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Introdução
O trabalho do Ferro
O Mundo Medieval
A Alquimia
A Revolução Cientifica
A Revolução Industrial
Bibliografia
pirometalurgia e eletrometalurgia)
Pirometalurgia
Pirometalurgia Não-ferrosa
Hidrometalurgia
Eletrometalurgia
Bibliografia
Cobre
Ouro
Zinco
Níquel
Estanho
Chumbo
Manganês
Alumínio
Conceitos Fundamentais
Mol
Balanço de Massa
Capítulo 05 – Siderurgia
Minério de Ferro
Fundentes
Combustíveis
Refratários
Aglomeração de Minérios
Sinterização
Pelotização
Alto-Forno
Produção de aço
Refino Primário
Refino Secundário
Lingotamento Contínuo
Capítulo 06 – Operações Metalúrgicas
Laminação
Trefilação
Extrusão
Forjammento
1.1- Introdução Tão longe quanto se remonta no tempo, os vestígios do homem na Terra
são marcados por armas, por instrumentos ou pelo resultado da ação do fogo. Enquanto
desapareciam os animais ferozes, os homens começaram a estabelecer-se fora das grutas
e das cavernas, a praticar a agricultura e a domesticar animais. O período
correspondente, chamado Período Neolítico ou Nova Idade da Pedra,é aquele em que se
constituíram as bases técnicas das nossas civilizações. O Período Neolítico é
caracterizado por uma considerável extensão das técnicas primitivas. Estas são a partir
de então aplicadas a gêneros de vida novos e têm de satisfazer necessidades variadas.
As transições de um grande período histórico para o seguinte são sempre graduais, e
assim foi a transição da Idade da Pedra para a Idade dos Metais. O cobre era utilizado
no Oriente Médio já no quinto milênio antes de Cristo, e talvez também no Egito. O
bronze apareceu no Oriente no quarto milênio, e pouco mais tarde no Egeu, mas não
surgiu no mediterrâneo ocidental antes do terceiro milênio a.C. Todos os povos da Idade
da Pedra Polida (Neolítico) tiveram um embrião de metalurgia. Mas isso não quer dizer
que todos tenham tido, desde essa época, conhecimento das técnicas metalúrgicas. Na
realidade fizeram uso acidental de metais nativos, especialmente o ouro. A metalurgia é
uma síntese; pressupõe o uso coerente de um conjunto de processos, e não a prática de
um instrumento único. A sua verdadeira origem é desconhecida. Com efeito, a forja põe
em jogo as percussões (martelo), o fogo (fornalha), a água (têmpera), o ar (fole) e os
princípios da alavanca. No início a raridade dos metais era tão grande que só eram
forjadas armas. A utensilagem corrente continuava a ser de pedra ou de madeira. Por
isso, o cobre, o bronze e o ferro não vieram suplantar brutalmente a pedra. Instrumentos
de pedra e instrumentos de metal coexistiram até o início dos tempos históricos e, em
certos casos, até os nossos dias. O desenvolvimento da civilização desde o período
neolítico prossegue através de uma série de 'culturas', caracterizadas cada uma delas por
um conjunto mais ou menos definido de técnicas fundamentais. O início das
civilizações antigas está estreitamente ligado ao progresso dos trabalhos agrícolas.
Surgem as 'cidades', que o trabalho das aldeias alimenta. Estas cidades dirigirão o
comércio, a indústria, a vida social, fixando as tribos. Assim se edificaram, em bases
pastoris e agrícolas, as civilizações dos grandes impérios. A ceifa fez-se primeiro com
foices de madeira ou de barro providas de dentes de sílex, muito cortantes, e depois com
foices metálicas. O uso do cobre, depois do bronze, em seguida do ferro, vai-se
definindo pouco a pouco na evolução destas culturas, sem introduzir uma brusca
modificação.
1.2- O Uso dos Metais Provavelmente, o cobre foi descoberto por acaso, quando alguma
fogueira de acampamento foi feita sobre pedras que continham minério cúprico. É
presumível que algum observador neolítico de olho arguto tenha notado o metal assim
derretido pelo calor do fogo, reproduzindo mais tarde o processo propositadamente. Por
certo tempo o cobre foi usado na forma pura porque assim era obtido. Mas o cobre puro
é por demais mole para fazer instrumentos e armas úteis. Do 4º ao 3º milênio, as
técnicas de fusão e modelagem vão se sofisticando quando surge a primeira liga, o
cobre arsênico, composto tão venenoso que logo terá que ser substituído. O passo
seguinte foi a descoberta de que a adição ao cobre de apenas pequena proporção de
estanho formava uma liga muito mais dura e muito mais útil do que o cobre puro. Era a
descoberta do bronze, que possibilitou ao homem modelar uma multidão de novos e
melhores utensílios: vasos, serras, espadas, escudos, machados, trombetas, sinos e
outros. Mais ou menos ao mesmo tempo, o homem aprendeu a fundir ouro, prata e
chumbo. Entre 3.000 e 2.200 a.C. - época contemporânea dos sumérios e do antigo
império egípcio -, a Idade do Bronze chegou para os povos neolíticos que ocupavam
Creta e as Cíclades. Florescentes manufaturas de metal existiam em Creta por volta de
2500 a.C., nas Cíclades e na parte meridional do continente. A procura dos minérios,
pelos testemunhos que os egípcios, por exemplo, nos puderam deixar, foi a causa de
muitas expedições guerreiras e de inúmeras rotas comerciais que favoreceram as mais
diversas trocas.
1.3- O trabalho do Ferro Uma brilhante descoberta conduz a outra, às vezes logo depois.
Assim, apenas cerca de 2.000 anos após a descoberta do cobre e do bronze, o ferro
também passou a ser usado. Esse novo metal já era conhecido no segundo milênio antes
de Cristo, mas por longo tempo permaneceu raro e dispendioso e seu uso só foi
amplamente estabelecido na Europa por volta de 500 a.C. Ao mencionar a descoberta
do ferro, ultrapassamos os limites dos tempos pré-históricos e invadimos a era da
história escrita. Ao alvorecer essa nova era, a cultura, em diversos lugares, amadurecia
em civilização. Após centenas de milhares de anos de lerda e tediosa preparação pré-
histórica, chega o princípio da história da civilização. O vestígio mais remoto deste
metal é um conjunto de quatro esferas de ferro, datadas de 4000 a.C., encontradas em
El-Gezivat, no Egito. Por volta de 1500 a.C., havia exploração regular de minério no
oriente próximo e os hititas são citados, na tradição grega, como o povo dominador das
terras e da técnica de obtenção e fabrico de instrumentos de ferro.
1.4 – A Técnica de Fundição do Ferro Antes de saber como obter o ferro pela fusão de
seus minérios, o homem por vezes fazia ferramentas e armas de pedaços de meteoritos
de ferro batidos. A fusão começou a existir
na Ásia Menor por volta de 1.500 a.C. e a arte se tornou amplamente conhecida por
volta de 1.000 a.C. Da descoberta não sabemos qual tenha sido o conjunto de acidente e
intuição. Difundiu-se lentamente, primeiro até o Egito e em seguida até o Egeu, onde,
mesmo nos tempos homéricos, o ferro era considerado metal raro e as armas eram feitas
de cobre reluzente. O emprego do ferro alcançou a bacia do Danúbio Superior por volta
de 900 a.C., sendo dessa área levado pelos celtas migrantes rumo ao Ocidente até a
França e a Península Ibérica, e no sentido norte-ocidental, através da Alemanha, até as
Ilhas Britânicas. Todo o ferro primitivo seria hoje em dia classificado como ferro
forjado. O método de obtê- lo "consistia em abrir um buraco em uma encosta, forrá-lo
com pedras, enchê-lo com minério de ferro e madeira ou carvão vegetal e atear fogo ao
combustível. Uma vez queimado todo o combustível, era encontrada uma massa porosa,
pedregosa e brilhante entre as cinzas. Essa massa era colhida e batida a martelo, o que
tornava o ferro compacto e expulsava as impurezas em uma chuva de fagulhas. O tarugo
acabado, chamado 'lupa', tinha aproximadamente o tamanho de uma batata doce das
grandes. Com o tempo, o homem aprendeu como tornar o fogo mais quente soprando-o
com um fole e a construir um forno permanente de tijolos em vez de meramente fazer
um buraco no chão. O aço era feito pela fusão do minério de ferro com um grande
excesso de carvão vegetal ou juntando ferro maleável e carvão vegetal e cozinhando o
conjunto durante vários dias, até que o ferro absorvesse carvão suficiente para se
transformar em aço. Como esse processo era dispendioso e incerto e os fundidores nada
sabiam da química do metal com que trabalhavam, o aço permaneceu por muitos anos
um metal escasso e dispendioso. Só tinha emprego em coisas de importância vital como
as lâminas das espadas.
1.6- A Alquimia Na cultura árabe, a alquimia era uma "mistura de ciência, arte e magia
que floresceu gradualmente até atingir uma forma inicial de química. A alquimia
referia-se à transformação da substância dos objetos na presença de um agente
espiritual, muitas vezes chamado de 'pedra filosofal'. Usavam-se metais e minerais, mas
se acreditava que participavam não apenas como corpos materiais, mas também como
símbolos do mundo cósmico do homem - daí sua correlação, em desenhos e manuscritos
de alquimia, com sinais astrológicos: por exemplo, o sinal do Sol indicava o ouro, o da
Lua, a prata, enquanto o de Mercúrio significava mercúrio e Vênus, o cobre. Era uma
'ciência' que envolvia o cosmo e a alma, em que a natureza era um domínio sagrado, que
fazia nascer minerais e metais. A alquimia ocidental estava muito mais preocupada com
a transmutação de metais não- preciosos em ouro do que a oriental. O ferro e o aço
eram, nos tempos mais antigos, considerados inteiramente à parte como substâncias
diversas. Mas, assim como o alquimista medieval tentou transformar os metais básicos
em ouro, assim também o trabalhador do ferro fez a tentativa - com êxito algo maior -
de transformar o ferro em aço. Mas praticava ele apenas uma forma bem sucedida de
alquimia. Transformava uma substância em outra por métodos mais mágicos do que
científicos. O seguinte trecho de um tratado medieval que descreve a manufatura de
uma lima de aço denota o ambiente de magia que cercava o que na realidade constituía
um processo metalúrgico simplíssimo: Queima-se o chifre de um boi no fogo, raspando-
o e misturando-o com uma terça parte de sal e em seguida moendo-o bem. Depois
coloca-se a lima no fogo e quando brilhar salpica-se esse preparado por toda ela, e,
aplicando-se algumas brasas, sopra-se rapidamente sobre ela, mas de tal forma que a
têmpera não caia... arrefecendo-a na água. Expresso em termos mais técnicos, o
processo descrito por Teófilo consistia em acrescentar-se carbono e aquecê-lo até que o
ferro tivesse absorvido ou dissolvido bastante carbono para adquirir as características do
aço. Assim, da aurora da Idade do Ferro até a última parte da Idade Média, o ferro era
feito na fornalha ou 'forja para fiar o ferro'. Ocasionalmente resultava o aço, conhecido
como aço 'natural', porém o que de modo geral se obtinha era o ferro doce e soldável,
rico em escória e impurezas. Ainda considerado um metal raro, o ferro era empregado,
naturalmente, para ferramentas, armas e armaduras. Com bastante freqüência, apenas a
relha de um arado pesado e a ponta da lâmina eram de ferro. Pequena parcela era
empregada nos grandes prédios da época clássica e medieval, muitas vezes sob a forma
de grades de ferro ornamental. Mas o ferro era desconhecido na cozinha. O marceneiro
geralmente tinha que trabalhar sem pregos; o arame era raro e uma agulha era quase
considerada uma herança. Contudo, a fabricação do ferro processou-se largamente na
Europa medieval, se não no resto do mundo antigo. Permanece a verdade geral de que,
antes do séc. XV, o ferro era obtido na Europa como uma massa pastosa que podia ser
moldada pelo uso do martelo e não como um líquido que corresse para um molde. O fim
da Idade Média, que prepara a Europa moderna pela extensão do maquinismo, é
também testemunha das primeiras intervenções do capitalismo no esforço para a
produção industrial. Esta evolução é acompanhada por grandes progressos técnicos,
especialmente no que se refere aos transportes marítimos. Um impulso semelhante se
observa no progresso da metalurgia. A força hidráulica foi aplicada aos foles da forja a
partir dos princípios do século XIII. Assim se obteve uma temperatura mais elevada e
regular. A carburação mais ativa deu a fundição, correndo na base do forno o ferro
fundido susceptível de fornecer peças moldadas. O forno, que, a partir de então, se pôde
ampliar, transformou-se no forno de fole (3 m de altura) e em seguida, no alto-forno (5
m de altura). O progresso técnico mais importante na história da indústria siderúrgica
foi a invenção do alto-forno. Contudo, este não foi a criação de um gênio inventivo,
tendo-se desenvolvido gradualmente a partir da forja para fiar o ferro. As altas paredes
desse alto-forno rudimentar impediam que o lingote fosse retirado por cima. Ao invés,
arrebentavam-se as próprias paredes e removia-se a massa de ferro, sendo o forno
reconstruído para receber outra carga. O primeiro alto-forno foi construído no século
XV. Desconhecem-se o tempo e o local exatos, embora provavelmente tivesse sido na
Renânia. A invenção alterou a escala e natureza do trabalho em ferro. Outra grande
contribuição desse período consistiu na obtenção de caracteres tipográficos metálicos
móveis, bastante nítidos, susceptíveis de resistir à pressão e ao desgaste e de serem
obtidos em número suficiente de maneira a permitir um resultado industrial. É o início
da imprensa moderna, sem dúvida, um dos maiores impulsos ao Renascimento. Desde o
fim da Idade Média que o emprego do ferro fundido, o uso do arame e dos cabos
metálicos dava ao equipamento técnico uma feição moderna completada pelo uso de
correias para transmissões mecânicas e pelo aperfeiçoamento das ligas metálicas.
1.7- A Revolução Cientifica O alto-forno a carvão mineral apareceu por volta de 1630.
O primeiro laminador remonta aproximadamente ao ano 1700. O processo de refinação
do ferro chamado pudlagem foi patenteado na Inglaterra em 1781 por Henry Cort,
difundindo-se com rapidez bem inusitada. A pudlagem é descrita como a mais pesada
forma de trabalho jamais empreendida regularmente pelo homem. Entretanto, o grande
impulso ao desenvolvimento da siderurgia ocorreu com o advento da tração a vapor e o
surgimento das ferrovias, a primeira das quais inaugurada em 1827.
Até o fim do século XVIII, a maior parte das máquinas industriais eram feitas de
madeira. O rápido desenvolvimento dos métodos de refinação e de trabalho do ferro
abriu caminho a novas utilizações do metal e à construção de máquinas industriais e,
por conseqüência, à produção em quantidade de objetos metálicos de uso geral. A
verdadeira máquina é de metal: o desenvolvimento da metalurgia condicionará todo o
desenvolvimento do maquinismo. Em meio às guerras napoleônicas desenvolve-se a
técnica do aço de cadinho. Krupp é um dos reivindicantes da patente ao fim da guerra
em 1815. Mas o aço de cadinho só podia ser feito em quantidades relativamente
pequenas, sendo o seu custo particularmente elevado.
em 1964 e World Trade Center (New York), 410 m de altura, 110 andares, construído
em 1972.
Disponibilidade de Combustível
Pureza
Teor Metálico
Mercado Oferta/demanda
OPERAÇÃO UNITÁRIA A P L I C A Ç Ã O
Extensas ilustrações do uso das primeiras cinco formas são encontradas nas indústrias
de produção de metais comuns tais como Fe, Cu, Pb, Sn, Ni, etc. A modo de ilustração,
a Figura 1.5 mostra um fluxograma simplificado em termos das operações e processos
unitários envolvidos na produção industrial de cobre.
Forno de Reação
Sistema de recuperação
de calorSiO2
Água
Gases friosGases quentes
Cu
Disposição de Gases
Unidade de Recuperação de Pó
Vapor de água
Mate
PRODUTO FINAL
SEPARAÇÃO DE METAIS
REFINO DE PRODUTOS
2) Separação dos Metais - A etapa de separação dos metais envolve a liberação dos
metais a partir dos compostos presentes na matéria prima. Isto normalmente é realizado
aplicando processos de redução ou conversão, e em menor extensão através de
oxidação
e decomposição térmica. Nesta etapa o metal pode ser produzido na forma sólida,
formando um líquido metálico ou na forma de vapor metálico.
CLASSIFICAÇÃO P R O C E S S O APLICAÇÃO
Tratamento Preliminar
Separação de Metais
Refino de Produtos
/ Mg, Ca / U, Au Bi Li
A) Com referência à Figura 1.6, deve-se indicar que a seqüência mostrada corresponde
a um enfoque geral do processamento podendo-se alterar a seqüência de etapas segundo
as necessidades do processo. Por exemplo, minérios com teores elevados de Fe, Pb ou
Zn, podem ser reduzidos diretamente a metal sem necessidade de tratamentos prévios.
C) Observa-se que técnicas similares ou com o mesmo fundamento químico podem ser
aplicadas em mais de um grupo de tratamentos. Por exemplo, os processos de cloração
podem ser usados tanto como tratamentos preliminares de um minério, quanto como
processos de refino de certos metais. A formação de escórias é uma operação
pirometalúrgica muito comum que pode ser aplicada em qualquer uma das três etapas.
Pode-se observar, nesta figura, que a eletrólise de um banho de sais fundidos requer de
um recipiente, chamado de célula de reação, para conter o banho metálico ou de sais
fundidos, dispositivos para coletar o metal liquido produzido e um sistema de
alimentação de tensão elétrica formado por um catodo e um ânodo. Esta energia elétrica
é destinada a promover a decomposição do sal metálico contido no banho. O banho
metálico pode estar formado por um sal puro do metal ou uma mistura deste sal com um
sal de um metal mais reativo. Neste ultimo caso o banho metálico serve como solvente
do elemento metálico a ser recuperado. Um dos aspectos críticos da eletrólise de sais
fundidos é a purificação do banho metálico. O sal ou oxido do metal a ser produzido
deve ser o mais puro possível. As impurezas eletroquimicamente mais ativas do que o
metal, serão reduzidas com a conseqüente migração destas para o catodo. Estas
impurezas poderão precipitar no catodo, contaminando assim a pureza do metal
desejado, causar reações de deslocamento e reduzir consideravelmente a eficiência
energética das células.
Retificador
Banho metálico
Metal líquido - -
3.1- Cobre
3.1.1- ORIGEM A palavra cobre é derivada cuprum, que significa metal da ilha de
Chipre, onde foi descoberto em estado natural durante a Antigüidade. Atualmente, é
obtido apartir de minérios, sendo os mais divulgados os minérios sulfurados. Existem
minas na Inglaterra, Rússia, Egito, Japão, Estados Unidos e Congo. Dois destes
minérios destacaram-se em primeiro plano: - A calcopirita (Cu2S + Fe2S3) cujo teor em
cobre é de 34,5 %, - A calcosita (Cu2S) contendo cerca de 80 % de cobre. Os minérios
oxidados e carbonatados também são encontrados freqüentemente: - A cuprita (Cu2O),
óxido de cobre, - A azurita (2 CuCo3), carbonato de cobre. Uma observação geral deve
ser feita sobre o local das jazidas de minérios de cobre: há predominância de minérios
oxidados na superfície, os minérios sulfurados encontrando-se, pelo contrário, em
profundidade.
3ª Cobre OFHC (isento de oxigênio e de alta condutividade): Este metal é obtido por
fusão, depois pela desoxidação dos cátodos obtidos por eletrólise e por fim fundido sob
atmosfera redutora. Pode conter até 99,995 % de cobre, e torna-se então excelente
condutor de corrente elétrica e adere perfeitamente ao vidro.
3.2- Ouro
3.2.4- MÉTODOS
3.2.5- MERCADO
O Brasil é o sétimo produtor mundial de ouro, produz cerca de 70 toneladas por ano,
aproximadamente 12% da produção da África do Sul, maior produtor mundial. A
história da produção mundial teve início em 1552 e o país chegou a ser o maior produtor
mundial no século XVIII. Estima-se que a produção total, desde as primeiras
descobertas, seja superior a 2.500 t. A partir da segunda metade da década de 70 tem
sido intensa a atividade de pesquisa de ouro no Brasil. Entre 1982 e 1993 foram
investidos US$ 653 milhões nessas pesquisas, ou 45% de todas as inversões em
exploração mineral no país, no mesmo período. As condições geológicas favoráveis
para a ocorrência de ouro no Brasil, cujo potencial estimado é superior a 30 mil
toneladas, indicam uma excelente perspectiva para o crescimento da mineração deste
metal. Aprovada a emenda constitucional encaminhada recentemente ao Congresso,
demovendo os obstáculos ao investimento estrangeiro na mineração, espera-se um novo
ciclo de investimento na mineração de ouro no país. Do ponto de vista econômico, a
perspectiva é considerada altamente favorável. Estudo realizado em 1991, com o
objetivo de avaliar o potencial econômico da exploração de ouro, conclui que o
investimento na mineração de ouro no Brasil é particularmente atrativo, apresentando
rentabilidade superior a projetos similares na Austrália e no Canadá.
b) CONSUMO INTERNO Desde 1996, após o advento da Lei Kandir - que promoveu
a desoneração das exportações de produtos primários e semi-manufaturados, a maior
parte do ouro produzido pela mineração brasileira vem sendo exportada como
mercadoria, nas formas bruta ou semi-manufaturada, sem maior valor agregado.
Quando o destino da produção é o consumo interno, apesar da diferença de tratamento
tributário (ICMS) com alíquotas elevadas nas vendas do ouro como mercadoria no
mercado interno, ter dificultado o desenvolvimento do maior segmento consumidor, a
indústria joalheira, ainda assim, os baixos preços do metal estimularam a demanda. Tal
fato permite estimar que a indústria joalheira tenha consumido 16 t, entre ouro novo de
primeira fusão e ouro reciclado em 1999, revelando um crescimento em torno de 60,0
em relação ao ano anterior.
Seu baixo ponto de fusão facilita a moldagem em peças injetadas e centrifugadas. Seu
baixo ponto de ebulição facilita a sua extração e refino e, por ser bastante maleável entre
100 e 150°C, pode ser laminado em chapas e estirado em fios. O zinco é encontrado na
natureza principalmente sob a forma de sulfetos, associado ao chumbo, cobre, prata e
ferro (galena, calcopirita, argentita e pirita, dentre outros). O minério sulfetado de zinco
está sujeito a grandes transformações na zona de oxidação formando óxidos, carbonatos
e silicatos. As mineralizações ocorrem, principalmente, nas rochas calcárias que são as
hospedeiras usuais. Os principais minerais de zinco são a blenda ou esfalerita (ZnS),
willemita (Zn2SiO4), smithsonita (ZnCO3), calamina ou hemimorfita
(2ZnO.SiO2.H2O), wurtzita (Zn,Fe)S, franklinita (Z,n,Mn)Fe2O4, hidrozincita
[2ZnO3.3Zn(OH)2] e zincita (ZnO), com destaque no caso do Brasil para os minérios
calamina, willemita e esfalerita. Pela sua propriedade anticorrosiva, o zinco tem larga
aplicação na construção civil, na indústria automobilística e de eletrodomésticos,
destacando-se o seu uso na galvanização como revestimento protetor de aços estruturais,
folhas, chapas, tubos e fios por meio da imersão ou eletrodeposição. As ligas para
fundição (Zamac) são utilizadas em peças fundidas, eletrodomésticos, indústria de
material bélico e automobilístico. Os latões e bronzes (ligas cobre-zinco com teores de
zinco entre 5,0 e 40,0%) são usados em acessórios elétricos e várias outras aplicações.
Os laminados têm como principal campo de aplicação às pilhas e baterias. O óxido e pó
de zinco são usados em produtos químicos e farmacêuticos, cosméticos, borrachas,
explosivos, tintas e papel. O zinco é também utilizado como anodo para proteção
catódica do aço ou ferro. O zinco é classificado em duas grandes famílias: o zinco
primário e zinco secundário (obtido através de sucatas e resíduos). O zinco primário
representa de 80,0% a 85,0% da produção atual, e o seu principal processo de produção
é o eletrolítico, que consiste na dissolução do óxido ustulado em ácido sulfúrico,
seguido de um processo de eletrólise, na qual o eletrólito, rico em zinco, entra em
células eletrolíticas com anodos de ligas de zinco e catodos de alumínio. O zinco se
deposita nos catodos de alumínio, sendo periodicamente retirado para posterior fusão e
transformação em placas. Entre os metais não ferrosos o consumo mundial de zinco só é
superado pelo alumínio e o cobre.
3.4 – Níquel O níquel é um metal branco-prateado, dúctil, maleável, peso específico 8,5
g/cm3, dureza escala de Mohs 3,5; tem seu ponto de fusão em aproximadamente 1.453º
C, calor de fusão 68 cal/g, peso atômico 58,68, possuindo grande resistência mecânica à
corrosão e à oxidação; o sistema de cristalização é isométrico; número atômico 28. Os
minerais de níquel são: os sulfetos (milerita e pentlandita (FeNi9S8), que se apresentam
associados a outros sulfetos metálicos em rochas básicas, freqüentemente
acompanhados de cobre e cobalto. O sulfeto é o principal mineral utilizado,
contribuindo com mais de 90% do níquel extraído. O outro mineral é a garnierita ou
silicato hidratado de níquel e magnésio, que se encontra associado às rochas básicas
(peridotitos), concentrando-se por processos de intemperismo nas partes alteradas, onde
forma veias e bolsas de cor verde maçã).
3.5 – Estanho
Estanho tem sido encontrado em tumbas no Egito e foi exportado para a Europa em
grandes quantidades a partir de Cornwall, Inglaterra, durante o período romano. Os
antigos egípcios consideravam o estanho e o chumbo como formas diferentes do mesmo
metal.
3.6 – Chumbo
3.6.3 – HISTÓRICO O chumbo está sendo usado pelos humanos por, pelo menos,
7000 anos, porque era (e continua sendo) muito difundido na natureza e de fácil
extração. Também é fácil de ser trabalhado por ser altamente maleável, ductil e de baixo
ponto de fusão. O chumbo foi mencionado no "Livro do Exodus". A peça mais antiga
de chumbo descoberta pelos arqueólogos data de 3800 a.C. e, está guardada no Museu
Britânico. Por volta de 3000 a.C. há evidências que os Chineses já produziam este
metal. Há indícios, também, que os fenícios exploravam o chumbo em 2000 a.C.
Encanamentos de chumbo com as insígnias de imperadores romanos, de 300 a.C, ainda
estão em serviço. Os alquimistas achavam que o chumbo era o mais velho dos metais e
associavam este metal ao planeta Saturno. A partir de 700 d.C. os alemães iniciaram a
exploração deste metal,
juntamente com a da prata, nas minas existentes nas montanhas de Hartz, no vale do
vale do Reno e na Boêmia a partir do século XIII. Na Grã-Bretanha, a partir do século
XVII, principalmente nas regiões de Derbyshire e Gales as indústrias de fundições deste
metal prosperaram. O símbolo “Pb” do chumbo é uma abreviatura do nome latino
“plumbum”.
hipersensibilidade.
Keisch, B., Feller, R. L., Levine, A. S., and Edwards, R. R.: Dating and Authenticating
Works of Art by Measurement of Natural Alpha Emitters. In: Science, 155, No. 3767, p.
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Improvements and Applications. In: Science, 160, p. 413-415, 1968. Keisch, B:
Discriminating Radioactivity Measurements of Lead: New Tool for Authentication. In:
Curator, 11, No. 1., p. 41-52, 1968. Klaassen, C.D. – Casarett & Doull´s Toxicology –
McGraw-Hill, 2001
3.7 – Manganês
Neotocita (Mn,Fe)SiO3.nH2O
Rodocrosita MnCO3
Alabandita MnS
Figura I: Ferreiro romano com suas ferramentas de trabalho No meio do século XVII, o
químico alemão Glauber obteve permanganato, o primeiro sal de manganês utilizável.
Somente em 1771, o manganês foi classificado quimicamente como elemento pelo
químico sueco Scheele. No começo do século XIX, cientistas britânicos e franceses
começaram a considerar o uso de manganês na siderurgia e, mais especificamente em
1816, um investigador alemão observou que o manganês aumentava a dureza do ferro,
sem contudo reduzir sua maleabilidade. Em 1826, Prieger na Alemanha produziu um
ferro-manganês que contém 80% manganês. J.M. Brejo produziu manganês metálico na
Inglaterra em aproximadamente 1840. No ano seguinte, Pourcel começou a produção
industrial de “spiegeleisen”, um ferro gusa que contém uma porcentagem alta de
manganês, e em 1875, ele começou a produção comercial de um ferro-manganês com
65% de manganês. A inovação principal no uso de manganês aconteceu em 1860 com
Henry Bessemer que superou problemas de excesso de oxigênio residual e enxofre na
fabricação de aço através do manganês. Em 1866, William Siemens patenteou o uso de
ferro-manganês na siderurgia para controlar os níveis de fósforo e enxofre. Em contraste
com todo o trabalho envolvendo manganês, Leclanché em 1868 desenvolveu a bateria
de cela seca que usa dióxido de manganês como um despolarizador sendo esta, hoje, a
segunda maior fonte de consumo de Mn. A história de manganês no século XX
presenciou um fluxo de novos processos e aplicações metalúrgicas / químicas que
causaram um impacto significante em mercados de latas de bebida, pesticidas agrícolas,
fungicidas e eletrônicos.
♦ Como Agente Oxidante: quando na forma de minério, pode ser usado para manter
uma escória de elevado potencial oxidante, que facilitará eliminação do P, do C ,e do Si
dissolvidos no aço, que assim ,são escorificados. Esse papel é de baixa importância
dado o baixo rendimento ,custos e agentes mais ativos.
Minérios e Escórias
Controle de
Coque e Carvão
REDUÇÃO
Lingotamento
ENERGIA
ESTOQUE
PRODUTO
Britagem e Peneiramento
Estocagem de ferro-ligas
PRODUT O FINAL
EXPEDIÇÃO
Céu aberto
2 Peneiras
12 SILOS
Escória
QUART ZO
Calcário Min. Mn
Forno R1 Fechado
Fornos R2 e R3 Abertos
Despoeiramento
Armazenagem
Venda
3.8- Alumínio A história do alumínio, como hoje o conhecemos, é recente. Ele surgiu
quando a Alcoa nasceu, em 1886, com o primeiro processo de transformação do
alumínio em quantidade. Há mais de 7 mil anos, os ceramistas da Pérsia faziam seus
vasos de um tipo de barro contendo óxido de alumínio – o que hoje conhecemos como
alumina. Em 1808, o senhor Humphrey Davy provou a existência do alumínio, dando-
lhe este nome. Logo depois, o físico alemão Hans Christian Oersted se encarregou de
produzir pequenas quantidades do metal. Outros melhoraram seu processo até 1869,
quando duas toneladas de alumínio foram produzidas. Isso baixou seu custo de $545
para $17 o grama, quase o mesmo valor da prata. Um preço razoável, tanto é que serviu
para ornar a mesa da Corte Francesa, a coroa do rei da Dinamarca e a capa do
Monumento de Washington. Mas foi preciso uma grande quantidade, por um preço de
produção muito baixo, para colocar o alumínio como um metal de primeira categoria. É
aí que a Alcoa começou, em 1886.
Em meados de 1880, o alumínio era um metal semiprecioso, mais raro que a prata. Na
Oberlin College de Ohio, o professor Frank Jewett mostrou a seus estudantes de
Química um pequeno pedaço de alumínio e disse a eles que quem conseguisse descobrir
um modo econômico de se obter este metal ficaria rico. Um de seus estudantes, Charles
Martin Hall, já vinha fazendo experimentos com minérios desde os 12 anos de idade,
num laboratório improvisado. Depois de formado, continuou seus experimentos.
Aprendeu como fazer óxido de alumínio – alumina. Em 1886, ele colocou num
recipiente um banho de criolita contendo alumina e passou uma corrente elétrica. O
resultado foi uma massa congelada que ele trabalhou com martelo. E então, várias
partículas de puro alumínio se formaram, dando origem a um dos metais mais usados
pela indústria na história.
3.8.3.3- Condutibilidade elétrica: É mais alta do que qualquer outro metal, exceto o
Cobre. Porém se compararmos na base de peso, sua condutibilidade elétrica é o dobro
da condutibilidade elétrica do cobre.
3.8.5- PROCESSOS
3.8.6- Calcinação
Alguns aditivos, todos compostos de flúor ( Al, Ca, Li ), podem ser introduzidos no
processo, visando atuar no ponto de fusão do banho eletrolítico. O procedimento para a
preparação de alumínio consiste em decompor a alumina em solução dentro de um
banho de criolita fundida, por meio da passagem de uma corrente
elétrica pelo banho, de uma parte por meio de um eletrodo em contato com o cadinho de
carbono, que contém a criolita, e, de outra parte, por meio de outro eletrodo de carbono
introduzido no banho.
Figura de Demonstração
• catodo, que é uma carcaça de aço isolada, revestida internamente com blocos de
carbono pré-recozido (antracito ), no fundo e nas laterais do catodo, apoiados em tijolos
refratários e isolantes;
pelos pinos, atravessa o carbono do anodo, entra no banho eletrolítico para decompor a
alumina, vai ao leito de metal fluido, daí, para o carbono do catodo e sai por barras
coletoras (de aço), nele engastadas.
• sistema elétrico necessário para operar as células parte da estação retificadora, onde se
origina a corrente contínua, que é levada às células por meio de barramentos de
alumínio.
As células são ligadas em série, ou seja, o barramento sai do catodo de uma e vai para o
anodo da outra, assim sucessivamente, até chegar de volta, para fechar o circuito.
O sistema pode possuir controle de vazão e de nível de metal líquido. Este controle pode
ser realizado manualmente por tampões controladores de níveis , válvulas e bombas
especiais. Para remover o hidrogênio dissolvido, o metal líquido pode ser tratado no
forno com um agente fluxante. A desgazeificação (remoção de hidrogênio) pode ,
também ser realizada por sistema denominado “em linha”, quando o metal flui do forno
para o equipamento de fundição. Os dispositivos em linha, que utilizam princípios de
filtração de flotação, são, também utilizados para remover inclusões do líquido. O metal
líquido pode também ser movimentado de um forno para outro ou para um equipamento
de fundição por meio de cadinhos ou panelas. Quando a distância é tal, que possa
ocorrer excessivo resfriamento, o metal é transportado através de recipientes isolados,
por meio de caminhões, dentro da fábrica ou nas vias públicas. No caso de fornos
rotativos, o metal é , normalmente, vazado diretamente em moldes. Nesses casos, a
velocidade de vazamento é controlada pela posição do forno (rotação).
3.9.4- VAZAMENTO O alumínio líquido é vazado em placas e tarugos, por meio de
equipamentos de vazamento, através de processo de resfriamento direto semicontínuo,
horizontal ou fundição contínua. Outras formas para o alumínio e sua ligas são
fundições em moldes de areia , moldes permanentes, sob pressão, etc.
4.3 - LEI DE GÁS IDEAL Para gases a equação de estado é a mesma, isto é devido ao
fato de que no estado gasoso, as moléculas são essencialmente independentes uma das
outras o que por isso a natureza das moléculas individuais não afeta o comportamento
do gás com um todo. Essa independência caracteriza o chamado gás Ideal e ela é real
para gases a baixa pressão e altas temperaturas (que é normalmente o caso da
metalurgia). A baixas temperaturas e altas pressões começam a ocorrer desvios do
comportamento ideal. Para Temperatura constante, PV é uma constante e sob pressão
constante, V é proporcional a T. Essas relações podem ser reunidas em uma única
equação que expressa o comportamento dos gases. A expressão que resulta é:
PV = nRT P: Pressão ( atm) V: Volume do gás( litros) N: Nº de moles R: Constante
universal dos gases = 0,082054 atm.l.K-1.mol-1 T: Temperatura (K) A equação acima é
chamada de equação do gás ideal, onde pode ser notado que é uma expressão genérica
que independe do gás considerado. Uma condição de temperatura e pressão
particularmente importante é a chamada condição normal de temperatura e pressão. Para
ela, tem-se: - Pressão : 1 atm - Temperatura: 0ºC ou 273K O Volume de gás medido nas
condições normais é normalmente precedido pela letra “N”. Assim 1 Nm3 significa 1
m3 de gás medido nas condições de 1 atm a 0ºC Exemplo: Calcular o volume ocupado
por 1 mol de gás nas condições normais. Solução: Usando a equação do gás ideal e
substituindo valores, tem-se: P= 1 atm ; T= 273 K; n= 1 mol ; R = 0,082504 atm.l.K-
1.mol-1PnRT V = =>NLV 40,22 1273*082054,0*1 ==
Um ponto importante a ser destacado é que volume igual de gases, medidos nas mesmas
condições, contém o mesmo número de moles. O estado ou a condição de uma mistura
de vários gases dependente não apenas da pressão, volume e temperatura, mas também
da composição da mistura. Uma das maneiras de expressar a concentração de uma
mistura é através da fração molar. As frações molares Xi, são obtidas dividindo cada um
dos números de moles pelo número total de moles de todas as substâncias presentes. nt=
n1+n2+n3+.........nt ni Xi =
A soma das frações molares de todas as substâncias de uma mistura é igual a 1 Para
gases, a fração molar se relaciona com a porcentagem em volume da seguinte maneira:
100 %i Xi =
As pressões parciais são relacionadas de modo simples com as frações molares dos
gases. Tem-se: Pi = Xi * P Os volumes molares são relacionados de modo simples com
as frações molares dos gases. Tem-se: Vi = Xi * V Exemplo: Calcular os números de
moles de oxigênio e nitrogênio em 1Nm3 de ar seco. Solução: Para o ar seco tem-se :
%O2 = 21 - % N2 = 79 Assim: XO2 = 21/100 = 0,21 XN2 = 79/100 =0,79
Consequentemente: PO2 = 0,21*1 = 0,21 atm PN2 = 0,79*1 = 0,79 atm Usando as
relações desenvolvidas anteriormente, tem-se:
moles RT
273*0820504,0
1000*21,0*2 2 ===
moles RT
273*0820504,0
1000*79,0*2 2 ===
As expressões obtidas até agora permitem que se formule uma relação genérica para
cálculo do número de moles de um gás contido num dado volume. Tem-se:
1*
100
%i
A equação para a reação química pode ser interpretada da seguinte maneira: 1 mol de
carbono sólido combina-se com meio mol de oxigênio gasoso para produzir um mol de
monóxido de carbono gasoso. Um ponto importante nessas equações é que o número de
moles de cada elemento deve ser igual em ambos os lados do sinal de igualdade.
Exemplo: Deseja-se queimar 1 kg de carbono com oxigênio, produzindo CO.
Determinar o volume de CO produzido .Caso esse oxigênio esteja contido no ar, qual o
volume de ar necessário a essa queima? Solução: Primeiramente, determina-se o
número de moles de carbono a ser queimado. Tem-se
moles molg
g Nc 33,83
/12
1000*1 ==
a) Nm3 gás natural/Nm3 de gás produto ( base seca) b) Nm3 de ar usado/Nm3 de gás
natural c) Composição do gás produto, em base úmida Solução: Tomando como base 1
Nm3 de gás natural, tem-se:
Capítulo V: SIDERURGIA
- Olivinas - São silicatos que se apresentam sob diversas formas sendo uma das mais
importantes para a compreensão de fenômenos que ocorrem no processamento dos aços
é a faialita (SiO4Fe2).
Desta forma, para que o material permaneça “íntegro“, torna-se necessário uma alta
resistência mecânica. Diante de tantas exigências, a gama de minérios utilizáveis em
alto- forno ficava muito restrita, agravada pelo fato de que em lavra de minério
(extração do minério), apenas 10~15% do total é minério "grosso" (NPO). Para
possibilitar o aproveitamento desse material fino, foram desenvolvidos processos os já
citados processos de pelotização e sinterização. A pelota apresenta uma resistência à
degradação no transporte bem maior do que o sínter, facilitando a sua comercialização
pelas empresas mineradoras.
O menor tamanho do minério melhora sua redutibilidade. Porém, quando uma grande
quantidade de finos é carregada no alto-forno, a permeabilidade torna-se baixa,
prejudicando o processo. Portanto, o minério deve ter um tamanho máximo em termos
de redutibilidade e um tamanho mínimo em termos de permeabilidade. A granulometria
do minério de ferro é atualmente controlada normalmente na faixa de um mínimo de 5 a
10 mm e de um máximo de 25 a 30 mm.
No caso do fósforo, aproximadamente 100% vai para o ferro-gusa. Além disso, estima-
se que para cada ±0,1% de fósforo no ferro-gusa, necessita-se de 1,0 kg de
carbono/tonelada de ferro-gusa. Os álcalis (Na2O e K2O) provocam formação de cascão
(solidificação de camada de ferro-gusa) no alto-forno. O enxofre e o fósforo elevados
podem causar a desclassificação do aço na aciaria devido ao fato de provocarem
fragilidade no mesmo.
5.1.2- Fundentes
5.1.2.1) Definição:
São substâncias minerais, com raras exceções sintéticas, com as funções de:
1ª) abaixar o ponto de fusão da mistura das gangas dos minérios e das cinzas dos
combustíveis, nos processos da metalurgia extratativa;
2ª) abaixar o ponto de fusão melhorando a fluidez das escórias nos processos de refino;
FUNDENTES ÁCIDOS
a) Sílica (SiO2)
silicosos. As argilas com alto teor de sílica também são usadas como fundentes ácidos.
O emprego dos fundentes ácidos se dá junto aos minérios de gangas básicas, ou em
escórias básicas.
são fundentes notáveis por serem anfóteros. Funcionam como ácidos ou como básicos,
dependendo do meio em que se encontram
É todo elemento ou substância que combina com o oxigênio, com velocidade apreciável
de reação,de tal forma que o calor produzido na reação seja em quantidade suficiente
para quantidade industriais.
5.1.3.4) CINZAS
Quanto maior o teor de lignina (substância depositada nas paredes das células vegetais
responsável pela rigidez da madeira), melhor o carvoeiamento.
Combustíveis
SÓLIDOS
LÍQUIDOS
GASOSOS
Naturais
Artificiais
Naturais
Naturais
Artificiais
Artificiais
Lenha
Turfa
Linhito
Hulha
Antracito
Coque metalúrgico
Carvão Vegetal
Petróleo
Óleos pesados
Óleos leves
Gás Natural
Gás de Óleo
Gás de Coqueria
Gás de Alto-forno
Gases de gasogênio
Acetona 0,2 0,2 Ácido Acético 3,2 1,1 Gases e Água 49,7 34,2
de 5%.
Baixo poder calorífico – 3500 kcal/kg – utilizado para pressão de vapor em caldeiras.
Utilizado também em termoelétricas. Rara aplicação na metalurgia. Análise média da
turfa seca é C = 60%; O=34%; H=6%
Hulha: A hulha é também denominada carvão betuminoso, por possuir emm sua massa
alto teor de substâncias oleosas, denominadas betume. Estágio posterior de
transformação geológica Poder calorífico entre 7000 e 8500 kcal/kg Teor de umidade
menor Hulha – matéria-prima do coque metalúrgico Análise média: C – 69-78%; MV -
22-31%
Antracito: É um combustível com alto grau de compactação, também denominado
carvão duro. Maiores teores de C (> 80%) e menores teores de MV Originam-se
geologicamente das hulhas Poder calorífico: 7200 – 8800 kcal/kg Utilizado em misturas
para confecções de eletrodos Não-coqueificável – baixo teor de MV Última fase de
transformação da lenha
4. Ressolidificação É a fase por que passa o carvão no interior da célula, após o
inchamento, e que consiste da perda gradativa da plasticidade do material, tornando-se
um produto rígido com apreciável resistência mecânica. É nesta fase que aparecem as
fissuras no coque. A temperatura nesta fase está a níveis superiores a 550ºC.
5. Desvolatilização secundária É o último estágio da coqueifica nas faixas mais altas
de temperaturas onde há a liberação de H2. Ocorre aí também a liberação de HCN e CO
oriundos de anéis de nitrogênio e éteres mais fortemente ligados à matriz.
Como já foi dito, o calor necessário à coqueificação é fornecido pela queima dos gases
da própria coqueira. Este gás volta às instalações da coqueira após separado das outras
matérias voláteis que saem da hulha. A quantidade de calor necessária para a
coqueificação de uma tonelada de hulha fica em torno de 630 Mcal. Desta quantidade
de calor, quando o coque é descarregado da célula, leva em sua massa aproximadamente
260Mcal/t o que lhe garante uma temperatura acima de 700ºC, temperatura de ignição
do coque, em média.
d) UTILIZAÇÃO DO COQUE
O coque é usado como combustível nos altos fornos e nos fornos de fusão de metais
como o forno cubilô e fornos de cadinho. Nos altos fornos, o coque tem ainda a função
de fornecer o C para a redução dos minérios de ferro.
Briquetes de carvão são corpos prensados de finos de carvão misturados a ligantes que
normalmente são hidrocarbonetos, como alcatrão, pixe ou melaço de cana. A prensagem
se faz em máquinas chamadas briquetadeiras.
Empilham-se estacas de madeira, cobertas parcialmente por terra, para limitar a entrada
de ar, e procede-se à queima. Trata-se de uma técnica bastante primitiva, que não
permite o aproveitamento de nenhum subproduto, geralmente usada por pequenos
produtores, que operam no próprio local de desbaste das árvores.
O processo industrial utiliza fornos, preaquecidos à temperatura de 300ºC, nos quais são
colocados pedaços relativamente pequenos de madeira seca. Esse processo permite a
produção em escala incomparavelmente maior de carvão vegetal destinado à siderurgia
do ferro gusa e à obtenção de subprodutos, como metanol, ácido acético, piche, óleo e
gás. A madeira mais indicada é o eucalipto, plantado em grandes extensões. Graças à
principal característica do carvão vegetal, que é sua grande porosidade, costuma-se
empregá-lo como adsorvente, seja para desodorizador do ar, seja como
descorante de soluções. Utiliza-se esse tipo de carvão vegetal em respiradores de
máscaras contra gases, para remoção de vapores tóxicos, e na purificação da água.
Características do carvão vegetal
b) ARTIFICIAIS
b) ARTIFICIAIS
a) Gás de óleo: É o gás obtido na destilação do petróleo. Tem poder calorífico entre
4000 e 7000 Kcal/Nm3 . Parte deste gás (propano e butano) compõe o GLP de uso
domestico: outra parte e matéria prima na fabricação de plásticos.
Granulados
Argamassas
Plásticos refratários
Concretos refratários
-De tamponamento
-Tixotrópicas
...
Moldáveis
Peças
Tijolos
Placas
Blocos
Moldados
Refratários
REFRATÁRIO ÁCIDO
Refratário tal como o tijolo de sílica que contém uma proporção substancial de sílica
livre e que pode quando aquecido reagir quimicamente com refratários básicos, escória
de fluxos.
REFRATÁRIO BÁSICO
6.1.1 - PROCESSO
Preparação de matérias-primas
A preparação das matérias primas tem por objetivo adequar as características do minério
de ferro às exigidas para a produção de pelotas cruas. Neste estágio é preparada a
mistura a pelotizar, que pode comportar diferentes tipos de minérios e aditivos, estes
utilizados para modificar a composição química e as propriedades metalúrgicas das
pelotas. Em geral, incluem-se neste estágio as seguintes etapas: concentração /
separação, homogeneização das matérias primas, moagem, classificação, espessamento,
homogeneização da polpa e filtragem.
Formação de pelotas
A formação de pelotas cruas, também conhecida por pelotamento, tem por objetivo
produzir pelotas numa faixa de tamanhos apropriada e com resistência mecânica
suficiente para suportar as etapas de transferência e transporte entre os equipamentos de
pelotamento e o de tratamento térmico.
Forno de pelotização
Máquina de sinterização
Misturador
Fundentes
Moinha de coque
Rejeitos industriais.
Tratamento Mecânico
Alto-forno
Água
- Balanço de carga para o alto forno (devido ao nível de participação do sinter na carga
metálica do alto-forno). - O tipo e o volume de escória de Alto Forno. - A qualidade do
Sinter.
Normalmente no caso dos minérios brasileiros de elevado teor de ferro, enxofre, titânio
e álcalis, o controle químico resume-se nos teores de sílica (SiO2), Alumina (Al2O3) e
Fósforo (P). O sinter-feed geralmente utilizado é um concentrado de hematita com
granulometria abaixo de 5 a 8 mm, fornecido pelas mineradoras. Basicamente, os
minérios de ferro, fundentes, adições, material reciclado (pó de alto-forno, lixo
industrial, carepa), sínter de retorno e combustíveis sólidos (coque, carvão vegetal ou
antracito), convenientemente dosados e devidamente umidificados são misturados em
equipamentos do tipo misturadores e carregados na unidade de produção (panelas ou
esteira contínua). A umidade é importante para controlar a permeabilidade da camada,
proporcionar à mistura uma dada resistência mecânica e facilitar a micropelotização. O
calor gerado em um forno sobre o leito promove a queima de combustível presente na
superfície da mistura. O ar aquecido aspirado por um sistema de exaustão passa a
queimar todo o combustível disseminado na mistura. A frente de combustão progride
até o fundo do leito, impulsionada pelo fluxo de ar aspirado. Os gases quentes gerados
promovem a vaporização da água, a decomposição dos carbonatos e hidratos (calcário,
dolomita, etc.), a redução parcial do óxido de ferro (minério), provocando também a
fusão parcial (superficial) das partículas que permanecem ligadas por uma matriz da
escória formada no processo. A continuidade da sucção do ar permite o resfriamento do
As principais características exigidas para o sínter são: - não conter elementos químicos
indesejáveis para o alto-forno; - composição química estável; - elevado teor de ferro; -
baixo volume de escória; - elevada resistência mecânica; - granulometria estável; - baixa
porcentagem de finos; - baixa degradação sob redução; - possuir alta redutibilidade.
Exaustores
Resfriador
Caldeira
Máquina de sinterização
Chaminé
Mistura crua
Sínter
A utilização destes é feita conforme a ganga dos minérios. Se a ganga for ácida, o
fundente tem que ser básico e vice-versa. Desta forma, produz-se um sínter com a
basicidade compatível com a marcha operacional do alto-forno. A composição química
destes fundentes é a mesma tanto para a sinterização quanto para o alto-forno, porém a
granulometria varia:
Forno ignição móvel Forno de ignição fixo Descarga interrupta Descarga contínua
Do pátio primário as matérias-primas são enviadas aos silos de mistura de onde saem
nas percentagens requeridas pelo balanço de massas, através das balanças dosadoras, via
sistema de correias transportadoras, e deste ponto ao pátio de mistura, no qual se tem
uma pilha em formação e outra pilha em consumo. O minério de ferro blendado
(misturado) é enviado aos silos de minério da sinterização, onde também encontramos
silos com calcário, silos com cal, silos de retorno de sinterização e silos de coque para
sinterização.
Após a dosagem do material dos silos de minério da sinterização, estes são enviados ao
que irá condensar-se nas regiões inferiores do leito, que se encontram mais frias; forma-
se, então, uma região em que a umidade da mistura é superior à média; acima de 100ºC
inicia-se a zona de secagem.
(b) Entre 150 e 200ºC, mesmo no curto intervalo de tempo, toda a umidade já foi
evaporada e inicia- se a desidratação dos hidróxidos em função do calor do gerado no
processo.
(c) Quando a mistura atinge a faixa de 500 a 700ºC, em função da sua reatividade,
inicia-se a combustão com elevado desprendimento de calor, elevando a temperatura do
ambiente para 1250 a 1350ºC.
(d) A decomposição dos carbonatos inicia-se em torno de 700ºC, com consumo de calor
do processo. (e) Na faixa de 900 a 1350ºC, que define a zona de combustão, também
chamada de zona de
Zona de resfriamento - tem início abaixo de 900ºC, quando termina a reação. Nessa
fase do processo tem lugar o resfriamento e recristalização de todo o magma de sinter,
produzindo a estrutura final e conferindo determinadas propriedades ao sinter.
1000 kg Sinter
peneirado
0,2 kg Particulado
7- ALTO-FORNO
No caso de empresas que utilizam mini altos-fornos a carvão vegetal, o produto para a
Ferro-gusa
Escória
Exaustão de gases
Carga
Revestimento refratário
G as
es
G as
es
200
500
850
1000
1300
1900oC
Pátios de Blendagem
Pátios primários
Blender/reclaimer (Blendadora/
recuperadora)
Figura 1.3 – Transporte de minérios via ferroviária, virador de vagões, detalhes de uma
recuperadora para formação de pilhas de minérios e aspersão de água para evitar a
emissão de particulados de minérios (Imagens cedidas pela Companhia Siderúrgica de
Tubarão - CST). Figura 1.4 - Pátios para estocagem de diversos tipos de carvão mineral
numa usina siderúrgica integrada. (Imagens cedidas pela Companhia Siderúrgica de
Tubarão - CST).
Carvão Mineral
O carvão mineral do Brasil é encontrado nos estados Rio Grande do Sul, Santa Catarina,
Paraná, São Paulo, Góias, Piaui, Maranhão, Pará e Amazonas, mas somente as jazidas
dos estados sulinos, principalmente as de Santa Catarina e as do Rio Grande do Sul,
podem ser lavradas economicamente. Em São Paulo e Paraná as jazidas são ínfimas,
usadas somente em pequenas termoelétricas e em aplicações industriais de importância
reduzida.
O coque praticamente não tem materiais voláteis e o carvão vegetal tem um alto teor
deles. Esses materiais voláteis contêm muito CO e H2, gases combustíveis que saem no
topo. Portanto, o poder calorífico dos gases de topo de um alto-forno a carvão vegetal é
maior do que o dos gases de topo de um alto-forno a coque. Isso é importante para o
projeto dos trocadores de calor (Glendon ou Cowper) que utilizam esses gases para o
aquecimento do ar soprado.
Desta forma, para que o material permaneça “íntegro“, torna-se necessário uma alta
resistência mecânica. Diante de tantas exigências, a gama de minérios utilizáveis em
alto-forno ficava muito restrita, agravada pelo fato de que em lavra de minério (extração
do minério), apenas 10~15% do total é minério "grosso" (NPO). Para possibilitar o
aproveitamento desse material fino, foram desenvolvidos processos os já citados
processos de pelotização e sinterização. A pelota apresenta uma resistência à
degradação no transporte bem maior do que o sínter, facilitando a sua comercialização
pelas empresas mineradoras.
O menor tamanho do minério melhora sua redutibilidade. Porém, quando uma grande
quantidade de finos é carregada no alto-forno, a permeabilidade torna-se baixa,
prejudicando o processo. Portanto, o minério deve ter um tamanho máximo em termos
de redutibilidade e um tamanho mínimo em termos de permeabilidade. A granulometria
do minério de ferro é atualmente controlada normalmente na faixa de um mínimo de 5 a
10 mm e de um máximo de 25 a 30 mm.
No caso do fósforo, aproximadamente 100% vai para o ferro-gusa. Além disso, estima-
se que para cada ±0,1% de fósforo no ferro-gusa, necessita-se de 1,0 kg de
carbono/tonelada de ferro-gusa. Os álcalis (Na2O e K2O) provocam formação de cascão
(solidificação de camada de ferro-gusa) no alto-forno. O enxofre e o fósforo elevados
podem causar a desclassificação do aço na aciaria devido ao fato de provocarem
fragilidade no mesmo.
Carbono fixo % 65-75 ~88 Materiais voláteis % 25-35 ~1 Cinza % 2-5 10-12 Enxofre
% 0,03-0,10 0,45-0,70 Composição da cinza
SiO2 % 5-10 50-55 CaO % 37-56 4-5 MgO % 5-7 4-5 Al2O3 % 2-12 25-30 Fe2O3 %
6-13 5-7 P2O5 % 8-12 0,4-0,8 K2O % 15-25 2-4 Na2O % 2-3 1-3
Gasômetro
Gases
Carga
Ferro-gusa
EscóriaFinos de carvão
Escória (co-produto)
Ferro-gusa líquido
Termelétrica ou fornos
Coque
Sínter
Pelota
Carvão vegetal
ou
Fundentes
Regeneradores
(a) (b) Figura 2.4.2 – Representação esquemática dos equipamentos de carga do topo
do forno do tipo com 2 cones ou Mckee (a) e do tipo Paul Wurth (b) dotado de calha
giratória e inclinação variável.
(a) (b) (c) (d) (e) Figura 2.4.4a. – Representação esquemática de uma seqüência de
carregamento de um forno dotado de sistema de duplo cone: (a) fechar o cone grande,
girar as calhas rotativas, descer a sonda mecânica; (b) fechar o cone pequeno, recolher a
sonda mecânica, abrir o cone grande; (c) abrir o cone pequeno; (d) parar a calha rotativa
e (e) fechar o cone grande, girar a calha rotativa e descer a sonda mecânica, ou seja,
igual ao passo (a). Em todas as etapas é realizado o controle de pressão pelas válvulas.
(a) (b) (c) (d) (e) Figura 2.4.4b. – Representação esquemática de uma seqüência de
carregamento de um forno dotado de sistema Paul Wurth: (a) abrir a válvula 2
correspondente a tremonha que irá carregar, recuperando aproximadamente 90% do gás
para a linha após o separador de neblina; (b) abrir a válvula selo superior e inclinar a
calha de distribuição para a tremonha que irá carregar; (c) retornar a calha de
distribuição para a posição 0, fechar a válvula selo superior; (d) recolher a sonda
mecânica, abrir as válvulas de controle de fluxo e de selo inferior; (e) fechar as válvulas
de controle de fluxo e de selo inferior, girar as calhas rotativas, descer a sonda mecânica
e abrir a válvula 2 para um novo carregamento. Em todas as etapas é realizado o
controle de pressão pelas válvulas.
cuba
cadinho
goela
ventre
rampa
soleira Cadinho
Região de coque estagnado ou homem morto
Z ona Granular
Zona de Combustão
Zona de Gotejamento
Ferro-gusa
Camada de amolecimento
Escória
Anel de vento
Ventaneira
Casa de corrida
combustão e 1 (ou 2) em sopro. O gás misto e o ar frio entram pelo queimador, onde é
feita a mistura e o início da combustão. Na câmara de combustão é feita a queima
completa do gás misto. O domo é a parte superior do regenerador e tem a finalidade de
inverter o sentido de fluxo dos gases queimados e distribuir os gases para o
empilhamento de tijolos refratários (normalmente tijolos perfurados) durante a fase de
combustão. Na fase de ventilação o sentido do ar quente é inverso. A área da superfície
de aquecimento no empilhamento de tijolos refratários normalmente supera 40.000 m2.
Além disso, é necessário que haja uma espessura dos tijolos refratários suficiente para
armazenar o calor. A 2 Outros autores preferem dividir em 4 estágios: aquecimento,
sopro, abafado (regenerador aquecido e isolado com todas as válvulas fechadas) e
manobrando (uma fase intermediária entre todas as outras).
Figura 2.4.4 - Exemplos da casa de corrida (a), do perfurador do furo de ferro-gusa (b),
da coleta de amostra, de um canhão obturador (d) para o seu fechamento e do canal de
corrida (e).
Furo de ferro-gusa
Ferro-gusa Saída de
ferro-gusa
refratários em seu interior e devido a sua geometria, tem reduzida perda de calor para o
meio- ambiente, permitindo o armazenamento de ferro-gusa em seu interior por
períodos superiores a 30 h, podendo armazenar até 500 t de ferro-gusa. Para aumentar a
produtividade do alto-forno, reduzindo ao mesmo tempo o consumo de coque por
tonelada de ferro-gusa líquido produzido (coke rate), são empregadas técnicas de
injeção de combustíveis pelas ventaneiras (óleo mineral, carvão pulverizado, gás
natural, alcatrão, etc.) bem como o enriquecimento do ar de combustão com o oxigênio.
Uma das técnicas que vem sendo empregada nas grandes siderúrgicas nos últimos anos
é o sistema conhecido como PCI (Pulverized Carbon Injection) ou IPC em português
(Injeção de Carvão Pulverizado), que consiste basicamente na injeção de carvão
pulverizado via ventaneiras, empregando-se ainda o nitrogênio diluído com o carvão
como fluído de transporte. O carvão pulverizado injetado pelas ventaneiras pode
desempenhar as funções de combustível e fonte de gases redutores, mas não pode
constituir um leito permeável para suportar a carga dos materiais como faz o coque. O
uso do carvão injetado propicia os seguintes benefícios:
2.4.1 - EQUIPAMENTOS .
RegeneradoresVagonete de carregamento
Refratário
CadinhoCoque
Minério de ferro e
calcário
Ar
Carregamento
Gases de retorno
Cones
Carro-torpedo
Anel de vento
Ferro-gusa líquido
Escória
ALTO FORNO 1
ALTO FORNO 2
CARVÃO ANTRACITO
2- Correia Transportadora
3- Silos de Regularização
7- Silo de Finos
8- Vasos de Injeção
4- Silo do Moinho
5- Moinho
6- Peneiras
Anel de vento
Local para introdução da lança de injeção Homem morto
gotejamento
Zona de combustão
Zona de coesão
Ventaneira
Lança PCI
Sopro
1000 kg Ferro-gusa
85 kg Particulado 75 kg Hidrocarbonetos
poliaromáticos
suspensão 0,02 kg Óleo
0,001 kg Cianeto 0,002 Metais
Raw Coal
Natural Gas
Nitrogen
Booster Compressors
2000 t
Injection Station
2 x 19
834 t
2 x 42 t/h
2 x 42 t/h
Pulverizers
- Zona granular: Região onde toda a carga de minério de ferroe de coque permanece
sólida e granular, permanecendo em camadas alternadas como foram carregadas,
existindo apenas duas fases (gases e sólidos); portanto a redução dos óxidos de ferro
ocorre apenas no estado sólido.
- Zona de gotejamento: Região onde o metal e a escória, ambos líquidos, escoam pelos
poros do através do homem morto (coque sólido) até se depositarem no cadinho.
Durante a descida das gotas de ferro-gusa acontecem importantes reações que
incorporam os elementos de liga ao ferro-gusa.
- Zona de combustão (raceway): Região em frente das ventaneiras, onde ocorre a
queima do carvão ou do coque. É uma região parcialmente vazia devido à elevada
energia cinética das do sopro de ar quente. À medida que as partículas de coque
circulam, vão sendo queimadas, gerando o gás redutor e a energia de aquecimento do
forno. A absorção de Si e do S do gás continua a acontecer.
Gusa
Gases
Minério
Minério
Minério
CC
óxidos de ferro
CO2
Ferro-gusa
Escória
Final da fusão
Início da Fusão
Redução direta
CO2
Cadinho
Zona Granular
Zona de Combustão
Zona de Gotejamento
Ferro-gusa
Camada de amolecimento e
fusão
Escória
As reações que ocorrem no interior do alto forno serão analisadas a partir das
ventaneiras,
<C>coque + (O2)ar ↔ (CO2)gás -94,1 kcal/Mol (c1) Devido à alta temperatura do gás
CO2 formado, ocorre a combinação deste com o carbono do coque, porque o CO2 é
instável acima de 1000
oC na presença de carbono e para as pressões reinantes nesta região, através de uma
reação endotérmica, ou seja, absorvendo energia, conhecida como reação de
Boudouard ou Solution Loss (reação de perda por solução):
<2C>coque + (O2)ar ↔ (2CO)gás -52,9 kcal/Mol (c3) Nota-se assim que a combustão
do carbono do coque na região das ventaneiras (zona de combustão ou raceway) gera o
gás redutor (CO) para a redução dos óxidos de ferro e a geração de energia para
aquecimento da carga, com seu conseqüente amolecimento e fusão nas outras zonas do
forno.
b – setor de elaboração: onde o carbono do coque reage como CO2, restituindo o poder
redutor do gás através da reação de Boudouard.
Foi dito anteriormente que o CO2 só é instável, isto é passa a reagir com o carbono do
coque, acima de 1000oC, gerando o CO que é o gás redutor imprescindível para a
realização das reações objetivadas no alto-forno. Portanto, deve-se procurar transferir o
máximo possível de oxigênio dos óxidos de ferro para os gases, antes de entrar na
região onde o carbono passe a ser consumido para formar o CO pela reação de
Boudouard. Para permitir um melhor entendimento da delimitação que existe entre os
setores de preparação e elaboração, utiliza-se um diagrama de equilíbrio entre os
elementos ferro, carbono e oxigênio. Neste diagrama, apresentado na Figura 2.4.13, é
possível observar quais são os compostos formados em função da variação de
temperatura e da porcentagem do gás CO. Por exemplo, para a temperatura de 700oC o
gás contém 60% de CO e 40 % de CO2 e para a temperatura de 900oC o gás contém
96% de CO e 4 % de CO2, ou seja, o aumento da temperatura favorece a formação de
CO. O aumento de pressão pelo contrário favorece a formação de CO2. É importante
salientar ainda que os gases no forno passam por um intenso gradiente térmico, com
temperaturas da ordem de 1900 a 2100oC próximo às ventaneiras até 150 a 250oC
quando deixam o topo do forno. Ao mesmo tempo existe um gradiente de pressão, com
pressões acima de 2,5 atm na zona de combustão e que pode chegar abaixo de 0,2 atm
no topo. Outro ponto importante é lembrar que o tempo de percurso do gás num forno
varia de 4 a 8 segundos, não permitindo que as reações químicas atinjam o equilíbrio.
Figura 2.4.13 - Diagrama de equilíbrio Fe-C-O que permiti analisar quais são os
compostos formados em função da variação de temperatura e da porcentagem do gás
CO. Neste caso apresenta-se a curva de equilíbrio teórico da reação de formação do CO.
Com o carvão de madeira e com o coque esta curva é deslocada para a direita (mais
intensamente com o coque). O gás presente na zona de combustão é constituído
basicamente de CO, apresentando, portanto, elevado poder redutor (ponto A na Figura
2.4.13). À medida que as reações de redução se processam (deve-se fazer uma análise
como se estivéssemos nos deslocando na direção do topo do alto-forno), a temperatura e
o potencial redutor do gás cai (devido ao maior teor de CO2) e atingirmos o setor de
preparação, representada pelo ponto B na figura, localizado sobre a linha de equilíbrio
FeO-Fe. A parte superior do forno, fundamentalmente uma setor de preparação, pode
ser considerada como um reator em contra corrente, ou seja, a carga de minério de ferro
é seca, pré- aquecida e pré-reduzida pelos gases ascendentes no forno.
CO( %)
•A
B •
100
80
60
40
20
0 20 40 60 80 100
CO2 (%)
CO2 + C ↔ 2CO (1) FeO + CO ↔ Fe + CO2 (2) Fe3O4 + CO ↔ 3FeO + CO2 (3)
Outras reações do tipo direta ocorrem com o gás hidrogênio, proveniente da reação de
decomposição do vapor d’água presente devido à umidade do ar soprado na zona de
combustão (reação h1) como por exemplo a reação que ocorre a : <FeO> + (H2)gás ↔
<Fe> + (H2O)gás +5,7 kcal/Mol (h4)
As reações de redução dos óxidos Fe2O3, Fe3O4 e FeO ocorrem respectivamente nas
faixas de temperatura de ±550oC, ±620oC e de 620 a 800oC. O setor de elaboração do
forno também é um reator em contra-corrente, porém mais complexo do que o vigente
no setor de preparação. Neste setor os gases provenientes da combustão do coque
(essencialmente o CO e o N2) deixam a zona de combustão em temperaturas elevadas
e transmitem calor para o ferro-gusa e a escória na zona de gotejamento e prosseguem
no seu movimento ascendente penetrando na zona de amolecimento e fusão onde
existe um elevado gradiente térmico. Na zona de amolecimento e fusão o ferro
reduzido, ou seja, o <Fe> absorve carbono, abaixando o seu ponto de fusão, gotejando
pelos interstícios do coque incandescente (zona de gotejamento) e caindo para o
cadinho. A redução da sílica (SiO2) para silício (Si) e a incorporação deste elemento ao
ferro-gusa estão intimamente relacionadas com o perfil térmico do forno. Esse é um
aspecto de extrema importância porque exerce grande influência no processo de
elaboração do aço no convertedor LD, uma vez que o percentual de Si no ferro-gusa é
um parâmetro fundamental para o cálculo do balanço térmico na aciaria, afetando ainda
a quantidade de escória formada, o consumo de fundentes e o desgaste do refratário do
convertedor. As principais fontes de sílica no alto-forno são a ganga do minério de ferro
(é o maior componente da ganga do minério) e as cinzas do coque. A transferência do
silício para o ferro-gusa pode acontecer de duas formas: diretamente pela escória para o
ferro-gusa através de reações entre o ferro-gusa e a escória: (SiO2) + [2C] ↔ [Si] +
(2CO)gás (i1) ou indiretamente, onde o Si é transferido da escória ou da cinza do coque
para a fase gasosa como SiO2 e este reage com o carbono do ferro-gusa líquido,
incorporando o Si: (SiO2) + <C>coque ↔ (SiO)gás + (CO)gás (i2) (SiO)gás + [C] ↔ +
[Si] + (CO)gás (i3) Pesquisas realizadas concluíram que a reação i1 é muito lenta e,
portanto, as reações i2 e i3 prevalecem, sendo que a reação i2 é fortemente favorecida
pelo aumento da temperatura e prejudicada com o aumento da pressão. A reação i3 é
favorecida pelo aumento da zona de gotejamento, ou seja, pela elevação da zona
coesiva, o que aumenta o tempo disponível para a reação se processar. Deve-se lembrar
que a quantidade de (SiO)gás é proporcional ao teor de SiO2 na cinza do coque. Outro
aspecto a ser considerado é o fato de que para a redução da sílica, seria necessária uma
quantidade de energia muito grande, razão pela qual não acontece a separação direta do
silício do oxigênio no alto forno. Isto pode ser ilustrado pela reação: <SiO2> ↔ <Si> +
(O2)gás +215,6 kcal/Mol (i4) Uma outra possibilidade seria a redução da é através da
combinação com o ferro e o carbono para formar o silicieto de ferro apresentado apenas
teórica e o silício é incorporado ao ferro. Porém isto exige um elevado consumo de
combustível para elevação da temperatura. Este fenômeno pode ser descrito pela
equação:<SiO2> + <2C>coque ↔ <FeSi> + (2CO)gás +132,5 kcal/Mol (i5) A
temperatura acima de 1200oC, grande parte da sílica se combina com o CaO e o MgO
para formar a escória. A respeito do controle do teor de silício no ferro-gusa vários
autores concluíram que existem condições para oxidação do silício incorporado através
das reações anteriores através das seguintes mecanismos: [Si] + (2MnO) ↔ (SiO2) +
[2Mn] (i6) [Si] + (2FeO) ↔ (SiO2) + [2Fe] (i7) Como foi dito anteriormente, a redução
do minério de ferro inicia-se da periferia para o centro das partículas (sinter, pelota ou
minério). Porém , se a quantidade de sílica presente na carga for muito elevada, forma-
se uma camada na periferia das partículas de faialita (FeO-SiO2), que tende a impedir o
progresso da redução, diminuindo a temperatura de amolecimento e fusão da carga,
aumentando a espessura zona coesiva, dificultando o fluxo de gases no forno. O núcleo
das partículas permanece como FeO que é liberado quando a faialita é fundida nas zonas
de temperatura mais alta através da reação:
<FeO> +<C>coque ↔ {Fe}+ (CO)gás (f7) Porém a fusão do FeO ocorre por uma
reação endotérmica, o que provoca o esfriamento do forno. Além disto, o ferro formado
apresenta uma temperatura de fusão 150oC mais elevada do que o FeO, o que
provavelmente levará a formação de uma fase sólida nesta região. Estes dois fenômenos
podem provocar o arriamento ou engaiolamento do forno.
Para evitar este grave problema, tem-se produzido sinter e/ou pelotas com basicidade
mais elevada, ou seja, a relação entre a quantidade de cal e de sílica deve ser maior do
que 1,5 (CaO/SiO2 ≥ 1,5), com teores de MgO na faixa de 1,2 a 2,0. O MgO e CaO
adicionados combinan- se com a SiO2 aumentando a temperatura de fusão da película
formada em torno das partículas de minério, dando tempo para acontecer a completa
redução do FeO para Fe, permitindo que se trabalhe com temperatura de chama mais
alta no alto-forno, o que diminui o consumo de combustível (coke-rate) e aumenta a
permeabilidade da carga, ou seja, melhora a produtividade do alto-forno. O minério e o
coque contêm ainda outras impurezas que podem ser reduzidas no alto- forno. Estas
impurezas são absorvidas pelo ferro-gusa, pela escória ou deixam o forno junto com os
gases no topo. O manganês pode ser proveniente do minério de manganês ou a escória
de aciaria carregado no forno. As reações dos óxidos de manganês com o gás carbônico
são exotérmicas e podem ocorrer na coluna de carga, na parte média e inferior da cuba:
A reação m4 é mais difícil de ocorrer porque exige temperaturas elevadas, de forma que
geralmente entre 50 a 75% do MnO que é carregado no alto-forno, na forma de ganga
do minério de ferro, é reduzido, sendo que o restante é incorporado pela escória.
A cal formada é importante para a efetivação da dessulfuração com será visto a seguir.
Esta reação é mais provável devido ao excesso de carbono reinante no alto forno. Um
teor de cal mais elevado também favorece esta reação.
Pode-se agora justificar porque que a etapa de extração do ferro a partir do seu óxido é
- → O2-. O íon Fe2+ é atraído pelo íon O2- para formar óxidos do tipo Fe2O3, Fe3O4,
e FeO,
Fe2+ + 2e-→ Fe. Se considerarmos o último estágio da redução, isto é, depois do óxido
de ferro ter passado
de Fe2O3 para Fe3O4 e finalmente para FeO, a reação de redução direta pode ser escrita
como: Fe2+O2- + C4+ + 4e- → Fe + C4+O2- + 2e-
(CaO) + [S] + [C] ↔ (CaS) + (CO)gás (s6) Entre os principais elementos indesejáveis
no alto-forno estão os metais de baixa temperatura de fusão e ebulição, tais como: o
zinco, o cobre, o chumbo e os metais alcalinos (sódio e potássio por exemplo).
Os metais alcalinos entram no forno como silicatos complexos na ganga da carga e na
cinza do coque. Estes elementos são reduzidos à forma metálica em temperaturas em
torno de 800oC, ou seja, abaixo da temperatura de formação do ferro-gusa e acima da
temperatura de ebulição dos mesmos (882 e 779oC para o Na e K respectivamente). Isto
faz com que estes elementos permaneçam no forno (cuba) porque os mesmos são
volatizados na parte inferior e ascendem no forno, mas são novamente oxidados na parte
superior e passam a descer com a carga ou aderem às paredes do forno. Este ciclo se
repete, provocando o aumento da quantidade de material aderido com o passar do
tempo, passando a formar cascões no interior do forno e afetando a estrutura da carga,
reduzindo a eficiência operacional, como por exemplo, o aumento da pressão interna do
forno e a de sopro ou mesmo o desgaste acentuado do refratário. Por exemplo, para o
sódio, as reações envolvidas são: <Na2SiO3> + <C>coque ↔ <2Na> + <SiO2> +
(CO)gás (n1)
<Na2O> + (CO2)gás ↔ + <Na2CO3> (n4) Um outro composto que pode ser formado é
o cianeto de sódio através da reação:
<Na2O> + <3C>coque + (N2)gás ↔ (2NaCN)gás (n5) Este cianeto é um gás que pode
ser reoxidado no interior do forno ou ser condensado para o estado líquido e ser
arrastado para fora do forno, solidificando-se no contato com o ar. Deve-se ter a
máxima atenção porque os cianetos são venenos letais.
O material carregado no alto-forno pode conter ainda metais como titânio, cromo,
cobre, etc. Compostos a base de cobre são reduzido no forno e o cobre passa para o
ferro-gusa, podendo ser prejudicial na aciaria, visto que não é possível a sua eliminação
devido a sua não oxidação nas temperaturas de elaboração do aço. O óxido
de cromo que pode estar presente no minério pode ser reduzido mas em temperaturas
elevadas, ocasionando um maior consumo de combustível, através da reação:
Os compostos SiO2, MgO, CaO, Pb2O5 e CaS são proveniente do minério de ferro e
dos fundentes, O minério também pode conter Al2O3, TiO2, MnO2, PbO2, ZnO, FeO e
MnS. As cinzas do coque contêm cerca de 40% de SiO2 e S. A temperatura de fusão da
escória depende fundamentalmente de sua composição química. Porém, por se tratar de
um material cerâmico, mesmo após o início da fusão, o material e a escória podem
permanecer com uma ampla faixa de temperatura com a mistura das fases sólida e
líquida, mantendo uma alta viscosidade. A combinação dos óxidos citados nas
proporções normais presentes no alto forno resulta em escórias com temperatura de
fusão na faixa de 1200 a 1400oC. Os diagramas de fase ternários são instrumentos
extremamente úteis para mostrar a variação das temperaturas de início e fim de fusão
em função da composição química das escórias de alto forno. O principal diagrama é o
que leva em conta a presença dos óxidos CaO,⋅SiO2 e Al2O3. A viscosidade da escória
é afetada pela sua temperatura de início e fim de fusão, analisado pelos diagramas de
fases ternários, instrumentos de análise relativamente complexos. Um método mais fácil
de ser aplicado é através da relação entre os principais óxidos formadores da escória:
322 OAlSiO
MgO CaO
No vazamento do alto forno, a temperatura do gusa é de 1480 a 1510°C, pois até o carro
torpedo chegar ao convertedor haverá uma perda de temperatura do gusa de cerca de
135o C, e o processo de refino necessita de uma temperatura do gusa acima de 1400o C.
Com a queda da temperatura, o excesso de carbono deixa o banho sob a forma de
grafite, poluindo o ambiente. Entre 80 a 75% da carga do convertedor é constituída de
gusa líquido, sendo o restante, de sucata. A dessulfuração do gusa pode ser feita no
carro torpedo ou na panela de carga. Neste último caso, o grau de tratamento pode ser
ajustado individualmente para cada corrida. Os agentes dessulfurantes utilizados são:
Magnésio, Carboneto de Cálcio e o Carbonato de Cálcio. O uso deste último tem dois
inconvenientes: alto consumo específico e baixo poder dessulfurante. A injeção de
magnésio tem como base a elevada afinidade deste com o enxofre. Como o magnésio
tem baixo poder de ebulição (1100o C) e vaporiza facilmente, deve ser misturado com
cal ou coque (formando briquetes). A geração de escória varia de 5 a 16 kg/t de gusa,
dependendo da taxa de injeção e da escumagem efetuada. 3- SUCATA São usadas:
tanto a sucata interna, (pontas de lingotes, de placas ou blocos, de tarugos ou de corte de
chapas), como a externa, (sucata de operações industriais: de estamparia ou prensagem,
ou de obsolescência: ferro-velho). Com a sucata externa, há o risco de contaminação,
(metais não ferrosos, tintas, etc.). 4- ESCORIFICANTES Usa-se cal, dolomito
calcinado e fluorita. Na cal, procura-se alta porosidade e elevada reatividade. Cal
dolomítica pode ser usada para proteger o revestimento de magnésia ou de dolomita do
conversor, procurando-se operar com 4 a 6% de MgO na escória. O consumo de cal
dolomítica é da ordem de 30 a 35 kg por t de aço. A fluorita promove a dissolução da
cal e baixa o ponto de fusão, alem de estimular a fluidificação da escória. 5- FERRO-
LIGAS Fe-Cr e maiores quantidades de Fe-Mn podem ser adicionados no estado
líquido durante o vazamento. Pode-se empregar um forno de indução para este fim,
evitando- se ter que superaquecer o banho para dissolver as ferro- ligas. 6-
REFRATÁRIOS A duração do revestimento tem evoluído pela utilização de refratários
de melhor qualidade e pelo emprego de revestimentos diferenciados, embora, por outro
lado, as temperaturas do aço líquido tenham aumentado por causa do lingotamento
contínuo e do desenvolvimento da metalurgia secundária. Um amplo leque de materiais
está à disposição, como tijolos de dolomito ligado com alcatrão; dolomito enriquecido
com carbono, ligado com alcatrão; dolomito-grafite enriquecido com carbono, ligado
com alcatrão; dolomito enriquecido com magnésia, ligado com alcatrão; magnésia,
ligada com alcatrão; magnésia, ligada com alcatrão e impregnada com piche; magnésia-
grafite, ligada com alcatrão ou resina, magnésia, queimada, impregnada de alcatrão.
Aditivos metálicos, como alumínio, magnésio e silício, ou combinações destes
elementos, são usados para evitar a oxidação do carbono. Estes metais não só aumentam
a resistência à oxidação, como também, reduzem a porosidade e evitam a penetração da
escória, pela formação de óxidos e carbonetos; outrossim, melhoram a resistência a
quente, tanto à corrosão com à erosão. O consumo de refratário depende do tipo de
revestimento, da geometria do conversor e do programa de produção, variando entre 1 ,
5 a 8 kg/t de aço.
2.3. refino na panela São mais caros para instalar e operar. Por isso, são usados para o
refino de aços de elevada qualidade, com propriedades mecânicas superiores. Em
qualquer tipo de tratamento secundário, a distância entre o nível do metal e a borda livre
da panela deve ser suficiente para: 1. conter quaisquer respingos causados pelo sopro
com oxigênio e a injeção com gás inerte, 2. evitar o extravazamento de metal em
agitação, 3. manter o calor confinado à panela, no caso de usar arco voltaico. A
construção de uma panela à prova de vácuo exige alguns cuidados: 1. não pode ter furos
de ventilação, (usados para a secagem do revestimento da panela normal). 2. As soldas
devem ser à prova de vácuo; 3. A flange na borda da panela deve suportar o peso da
tampa de vácuo, com todos os seus acessórios; 4. Os tampões porosos e as válvulas de
gaveta devem, também, ser instalados à prova de vácuo. A unidade de Refino
Secundário de aço na CST, localiza-se entre o Convertedor e o Lingotamento Contínuo,
processo este chamado de Metalurgia da Panela, ou seja, tratamento físico e químico do
aço na panela. Funciona ainda como um "pulmão" para as unidades de lingotamento,
sendo responsável pelo sincronismo entre os convertedores e as máquinas de
lingotamento. Existem atualmente na CST, dois equipamentos nesta unidade, que são o
IR-UT (Injection Refining-up Temperature) e o RH-KTB (Ruhstall Heraeus -Kawasaki
Top Blowing). As principais atividades do IR-UT são: Reaquecimento de corridas
através da adição de alumínio (aluminotermia); Ajuste fino de composição química;
Homogeneização do aço líquido (composição química e temperatura); Remoção de
inclusões não metálicas através do borbulhamento do argônio; Controle da morfologia
de inclusões através da injeção de pó Ca-Si; Resfriamento de corridas através de adição
de sucata; Dessulfuração do aço para produção de materiais com enxofre muito baixo.
As principais atividades do RH-KTB são: Remoção de hidrogênio; Ajuste fino de
composição química; Homogeneização do aço líquido { composição química e
temperatura); Descarburação (natural ou forçada); Ajuste de temperatura {aquecimento
químico ou resfriamento com sucata). O processo RH-KTB, diferencia-se do RH pela
adição de uma lança de oxigênio na câmara de vácuo com a finalidade de descarburação
máxima e aquecimento do banho
pela reação do gás CO com o oxigenio gerando CO2 e liberando grande quantidade de
calor. Estes dois equipamentos são de fundamental importância no processo produtivo
da CST, atualmente, na medida que permitem a fabricação de aços para aplicações mais
nobres e de maior valor agregado {TIN PLATE, API, IF, etc).
solidificada tenha resistência própria, para não romper ou inchar em demasia. Após
deixar o resfriamento secundário, o resfriamento da peça se faz por irradiação, e
finalmente a peça é então cortada geralmente por maçaricos. Com o intuito de se reduzir
a altura das instalações, foi desenvolvido um sistema de encurvar o metal no veio depois
de a placa estiver toda solidificada. As máquinas mais modernas são as de molde curvo,
como visto nas fig.8.4 e 8.5. Nestas máquinas a placa ainda não totalmente solidificada
é encurvada na zona de resfriamento secundário, por roletes guia à temperatura de
aproximadamente 12000 C. Com isto a altura desta instalação fica um terço da altura da
máquina vertical. Deste modo, estas máquinas podem agora serem instaladas no interior
das alas de vazamento das aciarias. As máquinas de lingotamento contínuo
normalmente possuem mais de um veio de vazamento ao mesmo tempo, para maior
produção.
Ao passar entre os cilindros, a força de atrito entre a peça e os cilindros promove uma
deformação plástica, na qual a espessura é diminuída e a largura e o comprimento são
aumentados. A laminação é um dos processos de conformação mais utilizados na
prática. Tal fato acontece porque este processo apresenta uma alta produtividade e um
controle dimensional do produto acabado que pode ser bastante preciso. Na laminação é
possível obter-se tanto produtos acabados, como chapas, barras e perfis, como produtos
semi-acabados, tais como placas. O processo de laminação pode ser feito a frio ou a
quente. Normalmente, a laminação a quente é usada para as operações de desbaste e a
laminação a frio, para as operações de acabamento. Geralmente, utiliza-se um ou dois
conjuntos de cilindros para a laminação aquente, de modo que o lingote ou o esboço
passa várias vezes entre os mesmos cilindros. As últimas etapas da laminação a quente e
a maior parte da laminação a frio são efetuadas comumente em múltiplos conjuntos de
cilindros denominados trens de laminação. As matérias-primas iniciais para laminação
são constituídas geralmente por lingotes fundidos; blocos, tarugos ou placas do
lingotamento contínuo ou mais raramente placas eletrodepositadas. Ainda é possível a
laminação diretamente do pó, através de um processo especial que combina metalurgia
do pó com laminação. Os principais objetivos da laminação são: 1. obter um produto
final com tamanho e formato especificados, com uma alta taxa de produção e um baixo
custo; 2. obter um produto final de boa qualidade, com propriedades mecânicas e
condições superficiais adequadas. O número de operações necessárias para atender a
estes objetivos do processo de laminação, depende das especificações estipuladas para a
forma, as propriedades mecânicas, as condições superficiais (rugosidade, revestimentos,
etc.) e em relação a macro e microestrutura do produto laminado. Quanto mais
detalhadas forem estas especificações, mais complicado será o procedimento e um
maior número de operações será necessário. Para obtenção de produtos laminados as
principais etapas são: 1. preparação do material inicial para a laminação; 2. aquecimento
do material inicial; 3. laminação a quente; 4. acabamento e/ou tratamento térmico (caso
de ser produto final); 5. decapagem; 6. laminação a frio (caso seja necessário); 7.
tratamento térmico; 8 acabamento e revestimento. Durante as etapas de laminação,
deve-se efetuar um controle de qualidade do produto para se detectar a presença de
defeitos, tais como trincas e vazios internos, afim de se evitar que um produto com
excesso de defeitos, portanto, rejeitável, continue sendo processado, com desperdício de
tempo e energia. Pode-se destacar que as principais variáveis de influência na laminação
são: 1.o diâmetro dos rolos ou cilindros laminadores; 2. a resistência à deformação do
metal (tensão de escoamento e de ruptura, encruamento durante a deformação,
temperatura de trabalho, velocidade de trabalho, etc.); 3. o atrito entre os cilindros e o
metal; 4. a presença da tração de avanço ou de retrocesso no produto que esta sendo
Laminado.
2. chapa: Produto plano de espessura mínima de 0,38 fim e largura mínima de 500 mm.
2.1. chapa fina: Chapa com espessura entre 0,38 e 5,0 mm e com largura igual ou
superior a 500 mm. 2.2. chapa fina a frio: Chapa com espessura entre 0,38 e 3,0 mm e
com largura superior a 500 mm, fornecido em forma plana, cuja espessura final é obtida
por laminação a frio. 2.3. chapa fina a quente: Chapa com espessura entre 1,20 e 5,0
mm e com largura superior a 500 mm, fornecido em forma plana, cuja espessura final é
obtida por laminação a quente. 2.4. chapa grossa: Chapa com espessura superior a 5,0
fim e largura superior a 500mm, fornecido em forma plana, cuja espessura final é obtida
por laminação a quente, seja no laminador reversível até no máximo 152 mm ou no
laminador contínuo até no máximo 12,70 mm. 3. fita de aço para embalagem: Produto
plano laminado com espessura igual ou inferior a 1,27 mm e com largura igualou
inferior a 32 mm fornecido na forma de rolo, utilizado como elemento de fixação ou
compactação no acondicionamento e/ou embalagem. 4. folha: Produto plano laminado a
frio com espessura igual ou inferior a 0,38 mm e com largura mínima de 500 mm
fornecido em bobinas ou num comprimento definido. 5. tira: Produto plano relaminado
a frio ou produto plano laminado com largura igual ou inferior a 500 mm, fornecido
com comprimento definido. 5.1. tira cortada: Produto plano laminado com largura igual
ou inferior a 500 mm, fornecido com comprimento definido; pode ser obtida de rolos
cortados aplainados ou de corte mecânico de chapas finas a frio, chapas finas a quente,
chapa grossa ou qualquer produto plano laminado. 5.2. tira relaminada a frio: Produto
plano relaminado a frio com espessura igual ou inferior a 8,00 mm e largura igual ou
inferior a 500 mm, fornecido com comprimento definido, distinguindo-se da tira cortada
por ter tolerância mais estreitas na espessura e largura decorrentes do processo de
fabricação. 6. rolo: Produto plano relaminado a frio ou produto plano laminado com
largura igual ou inferior a 500 mm, enrolado na forma cilíndrica de tal modo que a
largura final do rolo seja igual à largura do produto plano (rolo simples) ou seja superior
a largura do produto plano, o qual é obtido em sistema oscilante (rolo zigue-zague). Os
produtos acabados laminados não-planos se classificam em barras, fios, tubos, perfis
comuns, perfis especiais e os trilhos.
Os produtos não planos chamados de fios (fio-máquina) são materiais com seção
transversal circular com diâmetro de 5 a 13mm, laminados a quente, fornecidos na
forma de bobinas ou não e geralmente são destinados a trefilação. Os tubos com costura
são aqueles produzidos por laminação na Mannesmann e outros.
12- TREFILAÇÃO
Da redução sucessiva de diâmetro de uma barra metálica maciça podem resultar barras,
vergalhões e arames, dependendo do diâmetro do produto final. Por outro lado, a
trefilação pode também ser realizada em tubos ocos e, neste caso, existem diversas
técnicas empregadas, com a utilização, ou não, de um mandril interno ao tubo que
permite um melhor controle da espessura final. Geralmente os processos de trefilação
são realizados à temperatura ambiente; todavia, uma vez que as deformações envolvidas
são normalmente grandes, ocorre um aumento considerável de temperatura durante a
operação.
a) Trefilação a Frio
Esse tipo de trefilação é usado para metais de rede CFC (Cúbico de Face Centrado). O
fio é preparado de forma que se prenda na tarracha da trefila, sendo então 'puxado'. A
medida que o fio é puxado através da tarracha, o seu volume permanece o mesmo, o
diâmetro diminui e o seu comprimento aumenta. Geralmente, são usadas mais de uma
tarracha seguidas umas das outras, reduzindo sucessivamente o diâmetro. A área de
redução da seção transversal de fios finos varia entre 15 e 25 % e fios grossos entre 20 e
45 %. É importante que a tarracha gire eventualmente deixando o fio deslizar com
menos resistência a uma velocidade constante com o objetivo de não deixar que o fio
agarre, o que poderia enfraquecer ou até mesmo quebrar o fio. A velocidade em que o
fio deve ser trefilado varia de acordo com o material e a dimensão da redução. O fato de
'puxar' o material sem aquecimento prévio, exige maior força da máquina. Logo, pode
causar exaustão antecipada do equipamento e fadigas no metal. Pra diminuir os efeitos
da exaustão, existe a lubrificação. Além de garantir mais durabilidade para as tarrachas,
a lubrificação faz com que o acabamento da trefilagem fique melhor. A seguir, alguns
tipos de lubrificação:
superfície preparada para a trefilação. • cobertura metálica: o fio é coberto com uma
camada de metal que funciona como um
Existem vários tipos de lubrificantes. Um dos métodos é mergulhar o fio numa solução
de Sulfato de cobre (II) fazendo com que uma camada de cobre fique depositada
formando uma espécie de
b) Trefilação a Quente
Essa trefilação aplica-se a metais de rede CCC (Cúbico de Corpo Centrado) e raramente
em metais de rede HC (Hexagonal Compacto). Por esses metais serem pouco maleáveis,
é necessário aquecê- los até uma temperatura adequada em que obterão empacotamento
igual às redes CFC, para poderem, então, serem trefilados. Após resfriamento
recuperam sua característica original.
12.3 Produtos
Os principais produtos são fios e barras, apesar de estas serem mais comumente
produzidas com a Extrusão .
13- EXTRUSÃO
A extrusão é um processo de produção de componentes mecânicos de forma semi-
contínua onde o material é forçado através de uma matriz adquirindo assim a forma pré
determinada pelo projetista da peça.
13.3- Utilização
13.4- Materiais
Os materiais mais utilizados no processo de extrusão podem ser o Alumínio, cobre, aço,
magnésio, chumbo e polímeros em geral.
Com uma vida útil longa, os produtos extrudados tem seção transversal constante com
dimensões bastante precisas, podendo no caso de peças compridas serem cortadas ou
fatiadas de acordo com a necessidade de uso
14- FORJAMENTO
Processo semelhante à conformação, diferenciado pelo fato de que este acontece por
impacto. A matéria-prima é colocada na parte inferior do molde, então a parte superior
desce em alta velocidade e atinge a matéria-prima.
Forja Pesada
Trata-se de prensas de enormes proporções, que exigem elevado número de operadores,
além de uma mão de obra especializada, motivos pelos quais são apropriadas apenas
para produção de peças de grandes dimensões para uso bastante específico. A força das
prensas utilizadas em forja pesada varia entre 3000 e 15000 toneladas. Uma prensa de
6000 toneladas pode estirar lingotes com cerca de 2,5 m de diâmetro e 120 toneladas.
Forja Média
♦ Forjamento a quente
- Formação de rebarba
♦ Forjamento a frio
g) Furação:
apropriado.
e) Expansão: Visa alargar uma fenda ou furo, fazendo passar através do mesmo uma
ferramenta de maiores dimensões ; geralmente se segue ao fendilhamento. Como etapas
de forjamento podem ser ainda executadas operações de corte, dobramento,
curvamento, torção, entalhamento, etc.
1. Prensas de fuso
3. Prensas hidráulicas
4. Martelo
A peça mais comumente usada dos equipamentos de forja é o martelo de forja. Os dois
tipos básicos de martelo são: martelo de queda livre com prancha e o martelo de duplo
efeito. No martelo de queda com prancha, a matriz superior e a massa cadente são
elevadas por rolos de atrito engrenados à prancha, correntes ou outros mecanismos.
Quando a prancha é liberada, a massa cadente cai sob a influência da gravidade para
produzir a energia da pancada. A prancha é imediatamente elevada para nova pancada.
O forjamento com um martelo é normalmente feito com pancadas repetidas. Os
martelos podem atingir entre 60 e 150 pancadas por minuto dependendo do tamanho e
capacidade. A energia suprida pelas pancadas é igual à energia potencial devido ao peso
da massa cadente e da altura de queda. Os martelos de queda são classificados pelo peso
da massa cadente. Entretanto, uma vez que o martelo é uma máquina limitada
energeticamente. no qual a deformação se processa até que a energia cinética é
dissipada pela deformação plástica da peça de trabalho ou pela deformação elástica das
matrizes e da máquina, é mais correto classificar essas máquinas em termos da energia
transmitida. Uma capacidade maior de forja é atingida com um martelo de duplo efeito
no qual o martelo é acelerado no seu curso descendente por pressão de vapor ou ar
comprimido em adição à gravidade. O vapor ou ar comprimido podem também serem
usados para elevar o martelo no seu curso ascendente. Nos martelos de queda o choque
produzido pela queda da massa é transmitido para toda a estrutura da máquina, bem
como para as fundações. O que é um grande transtorno. Para amenizar este fato foram
desenvolvidos os martelos de contragolpe, em que a chabota se movimenta ao mesmo
tempo que a massa superior encontrando-se ambas no meio do percurso. Desta forma a
reação do choque praticamente inexiste e não é transmitida para a estrutura da máquina
e fundações. Mas dada a configuração deste tipo de martelo temos como desvantagens:
• a força de forjamento deve estar localizada no meio da matriz para evitar grandes
atritos entre as massas e as guias;
Uma característica comum aos martelos é que em função do forjamento ser feito por
meio de golpes, o martelo adquire grande flexibilidade, pois enquanto as prensas são
limitadas em termos de força (só podem ser aplicadas se a força requerida for menor
que a disponível), nos martelos esta limitação não existe uma vez que o martelo aplicará
golpes sucessivos até que a conformação desejada se processe. Desta forma os martelos
são mais indicados para o uso com matrizes de múltiplas cavidades em que em um
único bloco existem as cavidades para pré - conformação e conformação final. Um
outro aspecto relativo aos martelos é que estes requerem em média 400% mais energia,
que as prensas, para executar a mesma deformação
• Queima – gases oxidantes penetram nos limites dos contornos dos grãos, formando
películas de óxidos. Ela é causada pelo aquecimento próximo ao ponto de fusão.
Defeitos de Forjados
Trinca a Quente Projeto inadequado, molde e/ou macho muito rígidos Iniciação de
trincas Rechupes Projeto inadequado de fundição Quebra Junta Fria Metal com Fluidez
deficiente Perda de Resistência Granulação Grosseira Superaquecimento, dimensão
inadequada do lingote, projeto de ferramental inadequado Quebra Suscetibilidade à
fadiga, perda de propriedades dependendo da direção do esforço Dobras Caldeamento
deficiente das superfícies gerando descontinuidade Aparecimento de concentradores de
tensões podendo ocasionar trincas
Vantagens
♦ As fibras podem ser alinhadas na direção em pontos onde ocorrem máximas tensões.
♦ Menor custo de fabricação, pois se tem a mínima perda de material.
Desvantagens
14.9- Aplicações