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Instrumentos
Náuticos
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Pedro Nunes- Biografia
(1502-1578)
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Em 1555, é eleito para proceder á reforma dos Estudos Universitários,
juntamente com Baltazar Faria.
A 11 de Junho de 1557 morre D. João III: a rainha D. Catarina
autoriza, por despacho de 21 de Outubro, Pedro Nunes a estar ausente
da regência da sua Cadeira na Universidade durante 3 ou 4 anos, para se
ocupar da tarefas ligadas á ciência das navegações. A 20 de Dezembro
deste mesmo ano, Pedro Nunes apresenta ao Conselho da Universidade
de Coimbra um alvará de lembrança em que a rainha determina que os 4
anos que ele iria passar na corte, e os 3 anos em que foi professor na
Universidade de Lisboa lhe fossem contados para efeito do cômputo de
jubilação .Em Julho de 1562 é-lhe concedida a jubilação por diploma de
D.Catarina, sua última interferência como Regente do Reino.
Entre 1562 e 1572 afastou-se da corte e viveu em Coimbra, mas
D.Sebastião voltou a chamá-lo ao serviço como cosmógrafo em 1572.
Parece ter sido a partir desse momento que se ocupou de uma « aula de
esfera» (astronomia e cosmografia) destinada aos pilotos, navegadores e
cartógrafos.
Em 1566, publica em Bâle, o volume Petri Nonii Salaciensis opera,
trabalho em que são refundidos e ampliados os trabalhos que, em 1537,
publicara com o título Tratado da Sphera , mas agora acrescidos de
novos escritos. Aqui aparece pela primeira vez uma das suas obras mais
notáveis: o tratado De Arte atque ratione navigandi em comjunto com o
De corpusculis. Em 1567, publica em língua castelhana, na cidade de
Antuérpia, o seu Libro de Algebra en Arithmetica y geometria.
A 11 de Outubro de 1568 foi encarregado por D.Sebastião da reforma
dos pesos e medidas do Reino, que foi promulgada em 1575. Em 1571, é
publicado um volume contendo o De corpusculis e o De erratis Orontii
Finaei por Antonio Mariz. Em 1573 a segunda edição de Petri Nonii
Salaciensis Opera.
Em 1576, já viúvo, deixa Lisboa para se fixar em Coimbra.
Em 1577, recebe o convite do Papa Gregório XIII para se pronunciar
sobre um projecto de Reforma do Calendário.
A 11 de Agosto de 1578 desapareceu do número dos vivos e o seu
nome continuou célebre como um dos maiores matemáticos de sempre.
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O Conceito de Nónio
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Retrato de Tycho Brahe in Astronomiae Quadrante mural in Ticho Brahe,
Istauratae Mechanica, ed. 1602, Astronomiae Instauratae Mechanica, ed. 1602.
Biblioteca da Ajuda, Lisboa Biblioteca da Ajuda, Lisboa
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Obras de Pedro Nunes
Obras Impressas
*Tratado da Esfera Lisboa, Simão Galhardo, 1537
- Tratado da Sphera
- Theorica do Sol e da Lua, de Purbachio
- Livro primeiro da Geographia de Ptolomeu
- Tratado em defensam da carta de Marear
*Astronomi Introductorii de Sphaera Epitome (sem data)
*De Crepusculis Libri Unus Lisboa, Luís Rodrigues, 1542
*De Erratis Orontii Finaei Coimbra, João Barreiros e João
Alvares,1546
*Petri Nonii Salaciensis Opera Basileia, Ex Officina
Henricpetrina,1567
-Rerum astronomicum Problemata Geometrica
-De Regulis et Instrumentis
-In Theorica Planetarum Georgii Purbachii
*Libro de Algebra en Aritmetica e Geometria Anvers, Juan
Stelsio,1567
*De Crepusculis Libri Unus Coimbra, António Mariz, 1571
*De Erratis Orontii Finaei Conimbricae, António Mariz, 1571
*De arte atque ratione navigandi, Conimbricae, António Mariz,
1573
Manuscritos
*Defensam do Tratado de Rumacao do Globo para a Arte de
Navegar( Biblioteca Nacional de Florença), publicado em: Joaquim de
Carvalho
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Obras de que só há notícia
*Geometria dos triangulos spheraes
*De ortu et occasu signorum
*De astrolabio opus demonstratiuum
*De planisphaerio goemetrico
*De globo delineando ad nauigandi artem
*Traduçao do De Architectura, de Vitruvio
Imagens
in Libro de Algebra
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in Libro de Algebra
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in Libro de Algebra
in De Corpusculis,1542
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Moeda de 100$00
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Instrumentos Náuticos e Navegação Astronómica
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Quadrante
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Pricípio do Nónio- caso que indica 29.6º
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Astrolábio Náutico
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O instrumento era composto por um disco graduado, a madre, onde se
achavam colocadas várias lâminas circulares, Essas lâminas eram
também graduadas á superfície das suas margens, permitindo através da
alidade(régua móvel que faz parte de um instrumento com que se
determina a direcção dos objectos) determinar a altura de qualquer astro.
A alidade girava em torno do centro comum da madre e de todas as
lâminas. Cada uma das lâminas ou discos servia para uma determinada
latitude. No século XI, Zarquial, um árabe da Península Ibérica,
idealizou um astrolábio universal com uma só lâmina e que servia para
qualquer lugar. Com o astrolábio plano resolviam-se problemas
geométricos, tais como, calcular a altura de um determinado edifício ou a
profundidade de um poço. Era também usado em astrologia.
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Nos primeiros tempos o zero da graduação encontrava-se na
horizontal do quadrante mas no século XV o sentido da escala foi
invertido agora com o zero na vertical do quadrante. Obtinha-se assim
directamente na escala a distância zenital (complemento de altura) do
astro suprimindo uma operação no cálculo da latitude, sempre
complicado para os pilotos da época. Para o hemisfério norte a fórmula
da latitude é lat= (90º- h) +d o que simplificado dá lat=z+d, em que h é
igual á altura do astro, d a declinação e z a distância zenital.
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Em Portugal existem pelo menos dez exemplares, nove dos quais no
Museu da Marinha em Lisboa formando a maior exposição permanente
de astrolábios náuticos. São eles Sacramento, Santiago, Atocha III,
Atocha IV, Ericeira, Aveiro, São Julião da Barra 1, 2 e 3.
Aquele que é conhecido por Coimbra, encontra-se no Observatório da
Universidade de Coimbra, o qual, devido ás suas características,
dimensões e peso, nunca foi usado a bordo dos navios.
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A Bússola
Bússola Chinesa
Foi através dos Árabes que esse princípio entra na Europa, onde se
tem a notícia do seu uso no século XII. Inicialmente, era composta por
uma palhinha flutuando numa vasilha cheia de água e que apontava
para Norte. Levava-se a bordo pedras de magnetite para se cevar as
agulhas á medida que estas iam perdendo o seu magnetismo.
Pedra de cevar
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aparecia desenhada uma cruz que indicava a direcção da Terra Santa. A
rosa dos ventos era marcada com pontos cardeais e com os quadrantes
divididos consoante os rumos. Aos espaços entre cada um dos 32 rumos
chamavam-se quartas .
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Bússola francesa- 1690
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O Prumo
Prumo de mão
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Até meados deste século o prumo de mão era de extrema importância
para a navegação. Ainda não havia sondas electrónicas ou eram demasiado
dispendiosas para um uso generalizado. A sondagem realizava-se para
determinar a altura da água debaixo da embarcação de modo a evitar um
encalhe ou ainda para se determinar o fundo para que largasse a âncora com
segurança.
Este é mais um dos instrumentos a reter a bordo para remediar
eventuais avarias do chamado, progresso.
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A Balestilha
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O Nocturlábio
O nocturlábio foi um instrumento usado nos primórdios da navegação
que servia para se ler a hora através do movimento das estrelas. O princípio
de funcionamento do nocturlábio assenta na observação e leitura do
movimento das estrelas realizam em torno da estrela polar.
Este movimento é, como sabemos, um movimento aparente resultante
da rotação do nosso planeta. Em teoria considera-se que a polar está fixa no
enfiamento do eixo de rotação da terra, a norte, apesar de um pequeno
desvio que era de 3º, 5 no século XV. As estrelas giram no sentido contrário
aos dos ponteiros do relógios em torno da polar (isto no hemisfério norte), e é
o movimento de uma das guardas da Ursa Menor, a estrela Kochab, que é
observado e usado na leitura do tempo ao longo do ano.
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Roda Polar de Raimundo Lúlio
Rodas de D.Duarte
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entre a data de observação e a Kochab indica o número de horas que faltam
ou passam da meia-noite. Neste exemplo no dia 31 de Maio são cerca das 20
horas (24- 2). Para saber a hora do nascer do sol contamos, na segunda
coroa, os intervalos entre a data de observação na 1ªcoroa e a mesma data
na 4ª coroa, pelo que assim o sol nasceria ás 4,5 horas.
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*Junho meado, será meia-noite uma hora abaixo da linha; e no fim do
mês será meia-noite duas horas abaixo da linha;
*Junho meado, será meia-noite no braço direito, e no fim do mês será
meia-noite uma hora abaixo do braço;
*Agosto meado, será meia-noite duas horas abaixo do braço; e no fim
do mês será meia-noite na linha intermédia;
*Setembro meado, será meia-noite uma hora abaixo da linha; no fim
do mês será meia noite duas horas abaixo da linha:
*Outubro meado, será meia-noite no pé; e no fim do mês será a dita
meia-noite uma hora acima do pé;
*Novembro meado, será meia-noite duas horas acima do pé; e no fim
do mês será meia-noite na linha intermédia;
*Dezembro meado, será meia-noite duas horas acima desta linha; e no
fim do mês será meia-noite duas horas acima desta linha.
Deo Gracias
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Os exemplos descritos atrás estão todos relacionados com a Estrela
Polar, mas este instrumento, o nocturlábio, também foi adaptado pelos
nossos navegadores para as navegações no hemisfério sul. Nesses mares
socorriam-se do Cruzeiro do Sul, já que a polar em latitudes abaixo do
Equador não é visível.
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O Sextante
Sextante
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Peças e princípio de funcionamento
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Tábua se levar as estrelas
Para usar a tábua, era usada a mão esquerda que a segurava a meio
de um dos lados, com o braço estendido, de modo a ficar perpendicular á
superfície da água. Escolhia-se uma tábua de modo a que o bordo inferior
desta ficasse tangente á linha do horizonte e superior á estrela visada. O
número de Zhi que estava inscrito na tábua, equivalia á altura do astro. Se
por acaso a tábua não coincidisse com a tangência era escolhida outra ou
combinava-se com a peça de marfim para se obter a medida angular. A
combinação da peça de marfim com uma das tábuas permitia uma precisão
de meio grau.
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Visualizar uma estrela com a tábua
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Diário de Bordo
O diário de bordo é um precioso auxiliar de navegação. É o local onde
se anotam e registam diversos factores que ocorrem durante uma viagem.
O registo de entradas no diário de bordo deverá ser da
responsabilidade de um membro da tripulação. O seu uso obedece a regras
simples e metódicas, de modo a tirar alguma utilidade.
Existem vários tipos de registo que se podem efectuar num diário de
bordo que podem variar conforme a viagem a efectuar. Deverá existir uma
primeira parte, uma espécie de introdução, onde é escrita:
*hora
*posição(latitude e longitude)
*rumo
*milhas marcadas no conta milhas
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*velocidade do barco
*vento (direcção e velocidade)
*tempo(pressão, temperatura e humidade)
*outros dados considerados relevantes
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Bibliografia
*1999, Diciopédia,
*http://www.lerparaver.com/cultura/fig_pedronunes.html
*http://www.e-pedro-nunes.rcts.pt/historia1.htm
*http://www.instituto-camoes.pt/cvc/ciencia/p1.html
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*http://www.cienciaviva.mct.pt/kit/nonio1.asp
*http://www.cienciaviva.mct.pt/kit/nonio2.asp
*http://www.edinfor.pt/anc/ancinstr.html
*http://www.edinfor.pt/anc/ancinstr.html
*http://www.edinfor.pt/anc/anci-quadrante.html
*http:/www.edinfor.pt/anc/anci-astrolabio.html
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*http:/www.edinfor.pt/anc/anci-prumo
*http:/www.edinfor.pt/anc/anci-dbordo.html
*http:/www.edinfor.pt/anc/anci-nocturlabio.html
*http:/www.edinfor.pt/anc/anci-sextante.html
*http:/www.edinfor.pt/anc/anci-bussola
*http:/www.edinfor.pt/anc/anci-tchinesas.html
*Lusobrasileira- enciclopedia
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Índice
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