Você está na página 1de 15

Renascimento em Portugal

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.

O Renascimento em Portugal, começou em


meados do século XV a finais do século XVI.
O movimento cultural que assinalou o final da
Idade Média e o início da Idade Moderna foi
marcado por transformações em muitas áreas
da vida humana.

·       A chegada a Portugal foi tardia;

·       Nasceu da mistura do estilo gótico com as Painéis de São Vicente de Fora, obra-prima da pintura
novas inovações do século XV; portuguesa do século XV com um estilo seco mas
poderosamente realista, se retratam figuras proeminentes
·       Aparece como forma ornamental da corte portuguesa, Nuno Gonçalves (1470-1480)
associada à arquitetura da última fase do
gótico;

·       No reinado de D. João I verifica-se o contacto de artistas portugueses com as inovações técnicas e


estéticas então emergentes em Itália;

·       Os artistas italianos (ou de forma italiana) eram convidados a trabalhar em Portugal como Francisco
Holanda (1517-1584).

Embora o Renascimento italiano tenha tido um impacto modesto na arte, os portugueses foram influentes no
alargamento da visão do mundo dos europeus,[1] estimulando a curiosidade humanista.

Como pioneiro da exploração europeia, Portugal floresceu no final do século XV com as navegações para o
oriente, auferindo lucros imensos que fizeram crescer a burguesia comercial e enriquecer a nobreza,
permitindo luxos e o cultivar do espírito. O contacto com o Renascimento chegou através da influência de
ricos mercadores italianos e holandeses que investiam no comércio marítimo. O contato comercial com a
França, Espanha e Inglaterra era assíduo, e o intercâmbio cultural se intensificou bastante...

Contexto
O comércio marítimo da era dos descobrimentos desempenhou um papel determinante na evolução do
renascimento em Portugal: intensificou os contactos com importantes centros renascentistas, a Itália e a
Flandres, fez prosperar a burguesia comercial ao lado de mercadores estrangeiros, mas também divulgou na
Europa produtos, territórios e povos de África, do Oriente e do Brasil, que completavam - e até
contradiziam - o saber clássico.[2] [3] O rei mantinha uma missão diplomática permanente em Roma para
assegurar a cooperação do Papado, essencial para manter a demarcação de Tordesilhas e o seu status na
Europa. Além de embaixadores como o cardeal Miguel da Silva, um fluxo de enviados viajava para Roma
constantemente, trocando presentes sumptuosos, como a embaixada de Tristão da Cunha e Garcia de
Resende em 1514.[4]

Desde cedo os portugueses trabalhavam com navegadores, cartógrafos e geógrafos italianos. Em 1457 D
Afonso V encomendou o famoso mapa múndi a Fra Mauro; em 1474 o geógrafo Toscanelli, frequentador
da corte dos Médicis, escrevia-lhe sobre um caminho para Índia por oeste. Banqueiros, mercadores e
exploradores genoveses, florentinos e alguns dos rivais venezianos estavam investidos na exploração de
novas rotas marítimas. A partir de 1455 a florescente indústria de açúcar na Ilha da Madeira atraiu
interessados[5] entre os quais Cristóvão Colombo, e o florentino Bartolomeu Marchionni, num comércio
que misturava açúcar e escravos. "Em 1480 havia cerca de setenta navios envolvidos no comércio de
açúcar da Madeira, com a refinação e distribuição concentrada em Antuérpia."[5]

Em 1430 Portugal estreitara os antigos contactos com a Flandres, quando o casamento de Filipe III, Duque
de Borgonha com Isabel de Portugal levou mais 2 mil portugueses que desenvolveram actividade no
comércio, finanças e artes. A real feitoria portuguesa em Bruges, mais tarde transferida para Antuérpia,
cresceu como principal ponto de distribuição português na Europa. Com o patrocínio da princesa,
flamengos e alemães estabeleceram-se em Portugal, em especial na ilha do Faial, nos Açores, importante
escala de navegação. Entre estes o cosmógrafo Martin Behaim e o editor Valentim Fernandes. A arte
flamenga ganhou entre os portugueses grande prestígio, que a importavam em quantidade, disputando as
melhores obras e artistas,[6] com o Renascimento nórdico a influenciar as artes plásticas e na música.

Diplomatas, mercadores e um número significativo de estudantes nas universidades estrangeiras em Itália,


Paris e Lovaina, cultivaram amizades com humanistas, académicos e artistas do renascimento.[4] Nas
humanidades, estudantes e viajantes como Sá de Miranda importam o classicismo renascentista. Mas apesar
de divulgados por Ramusio e Américo Vespúcio, os relatos exóticos têm pouco impacto em Itália talvez por
colidirem com a visão clássica estrita. Também a influência do Renascimento italiano nas artes plásticas em
Portugal é modesta. Em 1540 Francisco de Holanda queixa-se:

"Fui o primeiro que n'este Reino louvei e apregoei ser perfeita a antiguidade, e não haver
outro primor nas obras, e isto em tempos que todos quasi querião zombar d'isso, sendo eu
moço e servindo ao Infante D. Fernando e ao Sereníssimo Cardeal D. Afonso meu
Senhor. E o conhecer isso me fez desejar de ir ver Roma…".[7]

Simultaneamente em Antuérpia Damião de Góis testemunha o interesse de importantes figuras do


renascimento nórdico como Durer e Thomas More.[8] Com a chegada à Índia, o comércio ganha
importantes financiadores alemães, como os Fugger, que fazem a ligação com várias personalidades.
Erasmo de Roterdão escreve uma dedicatória a D.João III[4] que chega a considerá-lo para ensinar em
Coimbra. Mas o saque de Roma (1527) e a reacção à Reforma Protestante acabam por arrefecer o
intercâmbio. Portugal volta-se para a missionação, ao abrigo do padroado português.

A descoberta de novos mundos e o contacto com outras civilizações levaram a uma miscigenação cultural
que se reflectiria, essencialmente, na arte. O contacto com as civilizações de África e do Oriente levou à
importação de numerosos objectos de cerâmica, têxteis e mobiliário, de madeiras preciosas, marfim e seda
que, por seu turno, levaram ao surgimento de novas formas artísticas resultantes dos intercâmbios culturais
entre a Europa, a África e o Oriente, através dos portugueses.

Ciência
Como pioneiro na exploração marítima, Portugal atraiu especialistas em astronomia, matemática e
tecnologia naval que fizeram avanços cruciais para mapear o mundo. Aparece toda uma série de obras de
carácter técnico relacionadas, como cartas, mapas-mundi, globos, tratados sobre a arte de navegar, roteiros,
relatórios de naufrágios, itinerários, crónicas, farmacopeias e tratados de
medicina tropical.

Em 1475 fora impressa pela primeira vez uma tradução em latim da


Geographia de Ptolomeu (século II), ilustrada com mapas derivados das suas
informações, adoptada como a referência clássica na geografia. Mas a
exploração portuguesa cedo revelou lacunas no conhecimento clássico:[2][4]
em 1488, ao passar o Cabo da Boa Esperança, Bartolomeu Dias provou errada
a visão de Ptolomeu, de que não havia passagem para o Índico. Em 1492, após
a estadia Portugal, Martin Behaim construiu em Nuremberga o primeiro globo
terrestre conhecido e partilhou com o médico e humanista Hieronymus Münzer
as últimas novidades em matéria de descobrimentos marítimos: África tinha Detalhe do mapa "Terra
forma penínsular, Europa e Ásia estavam separadas por um único oceano.[4] Brasilis" de Lopo
Visão que nesse ano Cristóvão Colombo testou, inspirado nas cartas do Homem e Pedro Reinel
florentino Toscanelli ao rei de Portugal em 1472. (Atlas Miller, 1519)

Desde cedo os portugueses valorizaram o conhecimento empírico, instando os


navegadores a registar todas as observações, que iam inscrevendo metodicamente em portulanos. A partir de
1485 iniciaram o registo das latitudes, um avanço crucial na história da navegação.[4] Tal foi conseguido
pela navegação astronómica, cruzando os dados das tábuas astronómicas de Abraão Zacuto[9] com leituras
feitas a bordo com o astrolábio, a balestilha e o quadrante.

Dada importância da navegação astronómica para o sucesso das


"A experiência é a navegações, uma instrução e exame básicos eram exigidos aos pilotos.[10]
madre de todas as Para tal foram escritos manuais de marinharia. O mais antigo, o Regimento
cousas, per ela do astrolábio e do quadrante (c.1493), regista leituras da latitude exactas até
soubemos cerca de meio grau. A partir de 1500 a navegação no hemisfério Sul guiava-
redicalmente se pelo Cruzeiro do Sul, cujo regimento foi escrito por João de Lisboa em
a verdade..." 1514.

Esmeraldo de Situ Orbis, Entre os tratados na astronomia, náutica e oceanografia destacam-se o


p. 196 Esmeraldo de Situ Orbis (1506) de Duarte Pacheco Pereira; o Tratado da
Esfera baseado em Johannes de Sacrobosco (https://en.wikipedia.org/wiki/J
ohannes_de_Sacrobosco)(1537) do matemático e cosmógrafo real Pedro Nunes, que dava formação a
navegadores e, entre outras obras, traduziu a Geographia de Ptolomeu. Entre 1538-1541 D. João de Castro,
seu amigo e discípulo, demonstra o empenho na análise rigorosa da realidade, numa antecipação da
revolução científica.[2] Entre as suas obras destacam-se três roteiros, entre eles o "Roteiro do Mar Roxo"
(1541),[11] o único publicado, atribuindo-se-lhe ainda um "Tratado da Sphaera, por perguntas e respostas a
modo de dialogo" e "Da Geographia por modo de Dialogo". Em 1555 Fernão de Oliveira escreve a "Ars
nautica" (c.1570), primeiro tratado enciclopédico mundial sobre navegação, guerra e construção naval e o
"Livro da fábrica das naus" (c.1580).

Pedro Nunes, um dos primeiros europeus a aplicar a matemática à cartografia, descobriu o conceito de
loxodrómia, mais tarde aplicado na "projecção de mercator" que em 1569 revolucionou a cartografia. Foi
também inventor de vários aparelhos de medida, incluindo o nónio, para medir frações de grau. E terá
influenciado Christopher Clavius, que divulgou a sua obra. Pouco antes de morrer foi instado pelos
enviados do Papa Gregório XIII a dar um parecer sobre a reforma do calendário juliano.

Os portulanos portugueses tiveram grande procura na Europa. Apesar de protegido como segredo de
estado, o conhecimento cartográfico acabava por ser transmitido clandestinamente por alguns dos
envolvidos na exploração.[12] São exemplos conhecidos o planisfério de Cantino, "roubado" para o duque
de Ferrara em 1502,[13] e os mapas produzidos em Dieppe entre 1540-60, comissionados por poderosos
patronos como Henrique II de França e Henrique VIII de Inglaterra, .[14]

Em 1507 Martin Waldseemüller e Matthias Ringmann publicam na Lorena (França) o famoso mapa-mundi
Universalis Cosmographia acompanhado do livro Cosmographiae introductio, que explica, entre outras
coisas, o nome de América para o então denominado "Novo Mundo", tendo como apêndice uma tradução
latina das quatro jornadas do navegador florentino Américo Vespúcio, integrando vários conhecimentos de
origem portugueses.[15]

o flamengo Johann Ruysch, que também serviria D. Manuel I, publicou o segundo mapa impresso na
história com informações sobre o Novo Mundo.[16] Em 1519, Pedro Reinel e Jorge Reinel, Lopo Homem e
o miniaturista António de Holanda compilaram o conhecimento português no sumptuoso Atlas Miller,[17]
possivelmente um presente de D. Manuel I para Francisco I de França.[18]

Com a chegada à Índia foram enviados ao oriente especialistas para estudar e compilar novas plantas
medicinais e drogas entre as "especiarias". O boticário Tomé Pires e os médicos Garcia de Orta e Christobal
Acosta, recolheram e publicaram trabalhos sobre as novas plantas e medicamentos locais. Os dois últimos
logo foram traduzidos para latim pelo médico e botânico flamengo Carolus Clusius.

Portugueses revelaram os limites das informações fornecidas por Ptolomeu, Plínio, o Velho e outras fontes
clássicas, mas também abriram o imaginário europeu para novas possibilidades. A Utopia de Thomas More
foi inspirado em parte pela descoberta do Novo Mundo.

Tábua astronómica Nónio original de Frontispício do Ananás por


do Almanach Pedro Nunes Colóquio dos Cristóvão Acosta no
Perpetuum de Simples de Garcia Tractado de las
Abraão Zacuto, de Orta. Goa, 1563 drogas, y medicinas
1496 de las Indias
Orientales, Burgos,
1578

Artes
O "Renascimento" na arte em Portugal é matéria de disputa historiográfica, pois apesar do grande
florescimento nas artes, não seguiu estritamente os padrões estéticos classicistas, como o italiano. O
Renascimento português, para além do seu cunho próprio, nasce, principalmente na arte, da mistura do
estilo gótico final com as inovações do século XV. Até meados do século XVI, a pintura portuguesa foi
vista como uma sobrevivência do Gótico nórdico. Uma mudança mais nítida em direção ao modelo italiano
só começa a se fazer notar por volta de 1540, quando o classicismo rigoroso da Alta Renascença já havia
desaparecido e a tendência dominante na Itália já era o Maneirismo.
Desta forma, para alguns autores, ocorre em Portugal um salto do
Gótico tardio para o Maneirismo, sem traços renascentistas
autênticos significativos.[19][20][21]

Arquitetura e escultura

Na arquitetura, os lucros do comércio de especiarias nas primeiras


décadas do século XVI financiaram um estilo de transição Nave, Mosteiro dos Jerónimos
sumptuoso, mais tarde nomeado manuelino [22] dado ter sido no (1502-1520) Diogo Boitaca e João de
reinado de Manuel I, que a maioria dos edifícios foi iniciada. O Castilho, Lisboa
Manuelino mescla o gótico final com elementos da renascentistas, a
influência dos estilos contemporâneos plateresco, isabelino, e
elementos mudéjares. Distingue-se pela decoração luxuriante, com motivos naturalistas marinhos, cordas e
uma rica variedade de animais e motivos vegetais. Remonta ao crescente gosto pelo exotismo, desde o
início da expansão.

O primeiro edifício conhecido em estilo manuelino é o Mosteiro de Jesus de Setúbal de (1490-1510) do


arquitecto Diogo Boitaca, considerado um dos criadores do estilo, que colaborou com o escultor francês
Nicolau de Chanterene. A nave da igreja, apoiada em colunas em espiral, revela a tentativa de unificar o
espaço interior que atinge seu clímax na igreja do Mosteiro dos Jerónimos, terminada em 1520 pelo
arquitecto João de Castilho.

O mesmo acontece na Sé da Guarda, nas igrejas paroquiais de


Olivença, Freixo de Espada à Cinta, Montemor-o-Velho e outros.
Surgem também portais elaborados com colunas em espiral, nichos
e e motivos renascentistas e gótico, como no Mosteiro de Santa
Cruz de Coimbra e a porta especiosa da Sé Velha de Coimbra.

A Torre de Belém de Francisco de Arruda e a janela do Capítulo do


Convento de Cristo, são exemplos conhecidos do estilo manuelino,
que se estende a outras artes, como a iluminura e ourivesaria
(custódia de Belém).
Igreja de São Roque (Lisboa) (1555)
traça renascentista de Afonso
O austero classicismo renascentista não prosperou em Portugal.
Álvares e maneirista de Filipe Terzi
Introduzido a partir da década de 1530 por arquitetos estrangeiros,
evoluiu de forma natural, mas lenta, para o maneirismo. Francisco
de Holanda no livro "Diálogos sobre a Pintura Antiga", disseminou os seus fundamentos.

A Ermida de Nossa Senhora da Conceição (Tomar), de João de Castilho (terminada por Diogo de Torralva)
é um bom exemplo do estilo renascentista puro em Portugal. A pequena igreja do Convento do Bom Jesus
de Valverde, em Évora, atribuída a Miguel de Arruda e construída por Manuel Pires, é outro. Da
arquitectura civil renascentista são exemplos a casa dos bicos de 1523 e o palácio da Bacalhoa.

Testemunhos maiores deste estilo são a Igreja de São Roque (Lisboa), iniciada em 1555 por Afonso
Álvares, um dos poucos grandes edifícios lisboetas que sobreviveu ao terramoto de 1755, e o magnífico
Claustro de D. João III, de dois pisos, no Convento de Cristo em Tomar iniciado por Diogo de Torralva em
1557. Concluídos anos mais tarde por Filipe Terzi, ambos viriam a evoluir para o maneirismo, de que o
claustro é considerado um dos mais importantes exemplos portugueses.
Claustro do Mosteiro "Porta especiosa" Torre de Belém Casa dos bicos,
dos Jerónimos, da Sé Velha de (1514-1520), 1523, Lisboa
Lisboa Coimbra (1530), Francisco Arruda,
João de Ruão, Lisboa
Coimbra

Claustro de D. João
III, no Convento de
Cristo em Tomar

Pintura

Na pintura o Renascimento chega por influência do Renascimento


nórdico. Desde meados do século XV a pintura entra numa fase de
grande prestígio, com a importação de arte flamenga, disputando as
melhores obras e os melhores artistas, cujo ritmo de produção é
elevadíssimo.[6]

Em 1430 Portugal estreitou os contactos com a Flandres, com o


casamento de Isabel de Portugal com Filipe III, Duque de
Borgonha. Na missão diplomática que negociou o casamento foi
enviado o pintor Jan van Eyck, para fazer o retrato da princesa. Van
Eyck permaneceu no país por mais de um ano, fazendo escola na
Detalhe do São Pedro pontífice,
arte portuguesa junto com conterrâneos seus [23] como Olivier de Vasco Fernandes, c.1506, Museu
Gand e Jean d'Ypres. Nos Açores nasce a Escola dos Mestres da Grão Vasco, Viseu
Sé.

Nuno Gonçalves, a quem são atribuídos os Painéis de São Vicente de Fora de 1470-1480 [24] e, por vezes,
o desenho das contemporâneas tapeçarias de Pastrana, é considerado um dos precursores da pintura
renascentista em Portugal.[25] No políptico retrata figuras proeminentes da sociedade da época com um
estilo seco mas poderosamente realista, com a preocupação de retratar cada figura individualmente,
influência da escola flamenga.[26]

No início de quinhentos vários grupos de pintores estão ativos, em colaboração com estrangeiros. Muitos
permanecem anônimos, tornando difícil a atribuição da autoria. Mesmo entre os que deixaram seus nomes
registrados a atribuição de autoria é complexa, pelo hábito de trabalho coletivo. Um desses grupos reuniu-se
em torno do pintor da corte Jorge Afonso. Nele participaram os flamengos Francisco Henriques e Frei
Carlos, além de Cristóvão de Figueiredo, Garcia Fernandes, Gregório Lopes e Jorge Leal, entre outros. No
norte, um grupo menor com Vasco Fernandes e seus colaboradores, como Gaspar Vaz e Fernão de
Anes.[27][28]

O centro maior, porém, foi Lisboa, privilegiada por sua posição como grande entreposto comercial, aberta a
um constante afluxo de novas informações e atuando como um centro irradiador de influência para o
interior de Portugal.[29] As obras desses mestres, praticamente todas no gênero sacro, de um modo geral se
caracterizam, no entender de Manuel Batoréo, por apresentarem um "... sentido humanista de representação
narrativa onde a perspectiva traz nova dinâmica à função da (…) arte religiosa, que é a única de que
temos testemunho na primeira metade do século XVI. E é natural que assim seja, por ser aquela que
responde à mentalidade da época, decorrente não apenas dos circunstancialismos económicos e políticos
mas ainda, e como consequência desses mesmos circunstancialismos, de uma agudização da consciência
da mortalidade na sociedade do tempo?".[30]

Em Coimbra, localizava-se uma oficina (Escola de Coimbra) cujos maiores pintores foram Vicente Gil e o
seu filho Manuel Vicente.[31]

Prossegue a tradição das iluminuras: a Bíblia dos Jerónimos, de 1494, realizada por encomenda expressa de
D.Manuel I ao italiano Attavanti Gabriello di Vante e seus assistentes, constitui o primeiro marco da
predileção manuelina pelo belo e o luxo. Dessa Bíblia Paolo d´Ancona disse ser "a obra mais sumptuosa
de quantas sairam das oficinas florentinas do século XV".[27][32][33][34] Destaca-se o trabalho de António
de Holanda, co-autor das ilustrações do Livro de Horas de D. Manuel (1517-1538). Os artistas da tradição
manuelina frequentemente incorporaram ornamentos e elementos classicistas em suas pinturas, mas de uma
forma decorativa e não essencial.

Francisco de Holanda na década de 1540, tendo concluído seus estudos na Itália, introduz uma nota nova,
classicista e italianizante, na pintura portuguesa. Desde cedo manifestou um gosto pela arqueologia, dizendo
de si mesmo: "Fui o primeiro que n'este Reino louvei e apregoei ser perfeita a antiguidade, e não haver
outro primor nas obras, e isto em tempos que todos quasi querião zombar d'isso, sendo eu moço e servindo
ao Infante D. Fernando e ao Sereníssimo Cardeal D. Afonso meu Senhor. E o conhecer isso me fez desejar
de ir ver Roma…".[7]
Painéis de São Livro de Horas de D. Martírio de São Casamento de
Vicente de Fora, Manuel, 1517-1538, Sebastião, Gregório Santo Aleixo, 1541,
Nuno Gonçalves, decorado em parte Lopes, c.1536. Garcia Fernandes,
c.1480, Lisboa por António de Museu Nacional de pormenor
Holanda Arte Antiga

Artistas

Jan van Eyck


Jorge Leal
Olivier de Gand
Vasco Fernandes
Jean d'Ypres
Gaspar Vaz
Attavante degli Attavanti
Jorge Afonso
Francisco Henriques
Manuel Vicente
Frei Carlos
António de Holanda
Cristóvão de Figueiredo
Francisco de Holanda
Garcia Fernandes
Vicente Juan Masip
Gregório Lopes

Música

Ao longo do século XVI os príncipes-cardeais D. Afonso e D.


Henrique, filhos de D. Manuel I, imposeram uma liturgia magnífica
nas catedrais por si administradas. D. Afonso atraiu para a catedral
de Évora músicos de qualidade, como Mateus de Aranda (chamado
em 1544 para lecionar música na Universidade de Coimbra) e
Pedro de Escobar, cantor de capela de Isabel a católica, que veio
como Mestre de Capela. Foi o autor da mais antiga peça polifónica
de um autor português (um Magnificat a três-vozes), bem como o
tratamento polifônico mais antigo de um Requiem na Península
Cancioneiro de Elvas, c.1560
Ibérica. D. Afonso fundou também uma escola para meninos do
coro, permitindo estudar depois da mudança de voz; muitos destes
jovens tornaram-se músicos profissionais. A escola Évora formou músicos de alto padrão por mais de 150
anos, como Filipe de Magalhães, Manuel Mendes e Duarte Lobo Além de Évora, destacaram-se Braga e
Coimbra. A versão mais antiga de uma missa por um autor Português é de um Cantor da catedral de
Coimbra, Fernão Gomes Correia (1505-1532). Da música profana nos períodos renascentista são
testemunhos quatro cancioneiros: o Cancioneiro de Elvas, uma das fontes mais importantes da Península
Ibérica, com obras em português e castelhano, o Cancioneiro de Lisboa, Cancioneiro de Paris e o
Cancioneiro de Belém. As formas poéticas são o vilancete, a cantiga e o romance. Os dois primeiros,
semelhante ao francês virelai, geralmente dedicados à temática do amor, apesar da sátira e crítica social não
estarem excluídas. Possuem um refrão e estrutura estrofes. O romance é dedicado a celebrar acontecimentos
históricos, aplicando o mesmo texto musical a todas as estrofes do poema.

Humanidades

Expansão da imprensa (prensa móvel)

Em Portugal, como na Europa, a imprensa (prensa móvel) teve um


papel fundamental no renascimento. As primeiras prensas chegaram
pela mão de tipógrafos judeus via Itália.[35] O primeiro livro em
língua portuguesa impresso em Portugal foi o Sacramental, de
1488, impresso em Chaves, seguido do Tratado de Confissom na
mesma cidade. Embora a maioria dos livros impressos fosse sobre
temas religiosos, o Almanach perpetuum de Abraão Zacuto,
publicado e impresso em Leiria foi um dos quatro primeiros livros
publicados em Portugal.[35]

A partir de 1490 imprimiam-se livros em Lisboa, no Porto e em


Braga. Apesar da expulsão dos judeus ordenada em 1495 por D.
Manuel I, tipógrafos como Abraão Usque, a partir de itália,
continuaram entre os tipógrafos e editores portugueses do Obras de Garcia de Resende, 1554,
renascimento, entre os quais se destacaram também o alemão Miscelânea onde defende Gil Vicente
Valentim Fernandes e Pedro Craesbeeck. Em 1514, tirando partido como "pai do teatro português."
da nova tecnologia, D. Manuel I mandou imprimir uma nova
legislação portuguesa, as Ordenações Manuelinas[36] determinando a sua aquisição em todo o país.

A impressão de livros multiplicou os incunábulos, o romance, a novela, os almanaques e fez surgir a


literatura de cordel, que popularizou autores como Gil Vicente.

Língua portuguesa

O Renascimento produziu uma plêiade de poetas, historiadores, críticos, teólogos e moralistas que fizeram
do século XVI uma idade de ouro. O grande número de palavras eruditas importadas do latim clássico e do
grego arcaico durante o renascimento aumentou o léxico português e a complexidade da língua portuguesa.
Considera-se o Cancioneiro Geral de Garcia de Resende o marco do fim do português arcaico e início do
português moderno (do século XVI até ao presente).

A normatização da língua portuguesa foi iniciada em 1536, quando Fernão de Oliveira publicou a primeira
gramática da língua portuguesa, a Grammatica da lingoagem portuguesa,[37] em Lisboa, dedicada a D.
Fernando de Almada. A obra do heterodoxo frade dominicano, diplomata, escritor e filólogo, marinheiro e
tratadista naval em breve seria seguida.

Em 1540, João de Barros o distinto funcionário da coroa que fora tesoureiro da Casa da Índia, publicou a
Grammatica da Língua Portuguesa e diversos diálogos morais a acompanhá-la, para ajudar ao ensino da
língua materna. A Grammatica foi a segunda obra a normatizar a língua portuguesa, sendo considerada a
primeira obra didática ilustrada no mundo[38] A Grammatica possui parte dedicada a informar aos jovens
aristocratas, a quem a obra se dirigia, também fundamentos básicos da Igreja Católica, contendo em seu
bojo os sacramentos, os Dez Mandamentos e as preces principais (como o Pai-nosso e Ave-Maria).[38]
Ilustrações

Letra S, "Serea" Letra N, "Náo" Letra O, "Olho" Letra X, "Xaroco"

Literatura

Em 1516 Garcia de Resende publicou o Cancioneiro Geral com obras de mais


de 200 autores dos tempos de D. Afonso V e D. João II. Entre estes o próprio
Resende, com as Trovas à Morte de Inês de Castro, e três nomes que mudaram
o curso da literatura portuguesa: Sá de Miranda, Gil Vicente e Bernardim
Ribeiro. O Cancioneiro Geral é considerado o marco do fim do português
arcaico e início do português moderno (do século XVI até ao presente).

O século inicia-se com a introdução de novos géneros literários. Sá de


Miranda, regressado de Itália em 1526, introduziu as formas da escola italiana:
o soneto, a canção, a sextina, as composições em tercetos e em oitavas e os
decassílabos. De 1502 até 1536, Gil Vicente escreveu e encenou quarenta e
uma peças de dramaturgia em português e em castelhano - entre elas autos e
mistérios de carácter devocional, farsas, comédias e tragicomédias- com que Os Lusíadas, edição de
seria considerado o "pai do teatro português". Os seus textos satirizavam os 1572
novos tempos, de mudança das hierarquias sociais inflexíveis da Idade Média
para a nova sociedade do renascentista, que subvertia a ordem instituída.

A novela pastoril foi introduzida na península ibérica por Bernardim Ribeiro em Menina e Moça de 1554, e
nas éclogas de Cristóvão Falcão. Luís de Camões fundiu os elementos clássicos com elementos nacionais
numa verdadeira épica culta nacional, em especial em Os Lusíadas, publicado em 1572.

Romances de cavalaria

Na prosa, o romance de cavalaria foi um fenómeno literário da Península Ibérica durante o século XVI,
com uma enorme popularidade a contagiar a Europa. Completa idealização dos códigos medievais
cavaleirescos, tinha como personagens princesas, donzelas e cavaleiros, e exaltava o cavalheirismo, as
proezas, a lealdade e a ética cristã.[12] O ciclo Amadis de Gaula (1508, versão castelhana de Montalvo)
estabeleceu o paradigma do perfeito cavaleiro andante. Em Portugal destaca-se a Crónica do Imperador
Clarimundo (1522), primeira obra impressa de João de Barros,[22] sendo o mais famoso o Palmeirim de
Inglaterra (1541) de Francisco de Morais, traduzido em castelhano, francês e italiano em 1553 e inglês em
1602. A popularidade destes romances foi tal, que influenciou a origem do nomes e povos "descobertos",
como Patagónia e Califórnia. E levou Miguel de Cervantes a escrever Dom Quixote (1605), expoente do
romance moderno da história da literatura.

Literatura de viagens
Em especial a literatura de viagem floresceu: João de Barros, Castanheda, António Galvão, Gaspar Correia,
Duarte Barbosa, Fernão Mendes Pinto, entre outros, descreveram novas terras e foram traduzidos e
divulgados pela nova imprensa. Após participar na exploração portuguesa do Brasil, em 1500, Amerigo
Vespucci, agente dos Medici, cunhou o termo Novo Mundo.

Amadis de Gaula Primeira edição do Edição original do Tratado das Cousas


Montalvo (1508).[39] Cancioneiro Geral Auto da Barca do da China Gaspar da
de Garcia de Inferno de Gil Cruz (1569)
Resende (1516). Vicente (1516)

Peregrinação de
Fernão Mendes
Pinto impresso em
1614

Cultura Humanista
Diogo de Teive, André de Resende, Damião de Góis e Francisco de Holanda foram outros dos humanistas
portugueses, que privaram com destacados vultos do Renascimento na Europa. Holanda, humanista, pintor,
arquiteto, historiador e teórico da arte. Em seu tratado Da Pintura Antigua (1548), expõe suas ideias sob a
forma de diálogos fictícios com Michelangelo, com quem entrara em contato em Roma e por quem fora
profundamente impressionado. Sua filosofia, influenciada pelo pensamento Neoplatônico italiano, via na
pintura uma segunda Natureza, um espelho do gênio criativo de Deus, a quem considerava "O primeiro
pintor". A arte assim não era tanto uma imitação da Natureza, mas uma nova Criação diretamente a partir da
fonte divina, origem de todas as ideias e do mundo manifesto, e justamente por isso não necessitava
primariamente agradar ao público, mas antes ao próprio artista. Ao mesmo tempo, sua concepção de história
era toda apologética, estruturada por valores onde "todo o prestígio do mundo é evocado com o único fim
de revelar e comprovar o valor e utilidade das artes", tendo a cultura da antiguidade como seu modelo
ideal.[40] Essa interação entre arte, classicismo e misticismo, de índole libertária e individualista, implicava
ainda uma ética de austeridade e virtude, identificando o Bem com a Beleza, e não desdenhava a
importância do aprendizado técnico sólido, dizendo que o engenho inato do pintor não era o bastante,
devendo sim cultivá-lo assiduamente através do estudo das ciências e humanidades e da prática continuada
das virtudes morais e dos ofícios artísticos. Daí se compreende seus esforços no sentido de fundar uma
Academia de Pintura em Portugal, esforços que não obstante não encontraram eco na mentalidade de seus
contemporâneos, ainda presa ao antigo sistema corporativo de produção.[41]

Ensino
O Renascimento português dir-se-ia caracterizado por um cosmopolitismo com duas vertentes, uma
europeia e outra ultramarina. Cada vez mais portugueses frequentavam os grandes centros universitários
europeus, pólos importantes dos novos ideais humanistas, nomeadamente os de Itália, Espanha e França.
Com uma papel relevante na transformação do meio académico em França e depois em Portugal destacam-
se Diogo de Gouveia e André de Gouveia. O primeiro, que estudou na Sorbonne e foi diplomata para o rei
D. Manuel I consegue com o patrocínio de D. João III levar 50 bolseiros portugueses para a universidade
em Paris. Director do Colégio de Santa Bárbara e professor de Francisco Xavier, foi em parte responsável
pela ligação deste a Portugal e ao padroado. O seu sobrinho André, regressou a Portugal. a convite de D.
João III, acompanhado de um grupo de mestres estrangeiros para dirigir o Real Colégio das Artes e
Humanidades em Coimbra, nascido centrado no estudo das artes liberais e das humanidades.

A afluência de estudantes portugueses às grandes cidades europeias coincide com a dispersão e fixação de
outros portugueses como é o caso dos soldados ou dos religiosos, no Ultramar, ocupando as cidades
fortificadas no Norte de África, colonizando a Ilha da Madeira e os Açores ou percorrendo a costa africana,
comerciando, evangelizando e fixando-se na Índia, na China, Malaca, Japão ou no Brasil. A própria língua
virá a sofrer a influência destes contactos transoceânicos dos portugueses, particularmente com a introdução
das terminologias autóctones das regiões além-mar, algumas delas persistindo ainda nos dias de hoje.

É também nesta altura que obras de autores portugueses são com mais frequência impressas no estrangeiro.
Graças aos estudos dos portugueses nas universidades estrangeiras, a fisionomia das escolas, e,
consequentemente, a cultura da nação portuguesa, foi-se alterando, influenciando fortemente as
universidades de Coimbra, Lisboa e Évora, a administração civil e religiosa, os centros culturais (quase
exclusivamente em Lisboa) da província e até do Ultramar, especialmente em Goa.

Influência além fronteiras


O intenso intercâmbio internacional produziu vários estudiosos humanistas e cosmopolitas: Francisco de
Holanda, André de Resende e Damião de Góis, amigo de Erasmus, que escreveu com independência rara
no reinado de D. Manuel I; Diogo e André de Gouveia, que fizeram importantes reformas no ensino via
França. Relatos e produtos exóticos na Feitoria Portuguesa de Antuérpia, atrairam o interesse de Thomas
More e Durer para o mundo mais vasto.[8] Em Antuérpia, os lucros e conhecimento portugueses ajudaram a
alimentar o renascimento holandês e a Idade de Ouro dos Países Baixos, especialmente após a chegada da
comunidade judaica culta e rica expulsa de Portugal.

As obras referentes ao Ultramar impressas em Portugal estão entre as mais procuradas na Europa da altura,
sendo traduzidas em várias línguas. O aparecimento de uma nova literatura e o aperfeiçoamento da ciência
naútica, para além da própria experiência de vida dos portugueses, no que respeita à epopeia dos
Descobrimentos, constitui um dos pilares socioculturais do Renascimento português. Portugal acaba por
influenciar, também, através das suas publicações, toda a Europa, ao mesmo tempo que recebe a influência
do Humanismo patente nestes centros, dando origem a uma atitude crítica com base na experiência ou na
observação directa dos factos, desmistificando algumas lendas medievais.

Toda a sociedade é atraída pela expansão ultramarina, ao mesmo tempo que nas grandes cidades e na
província surgem homens de várias nacionalidades com profissões específicas, que contribuem para a
constante aprendizagem e evolução do pensamento nacional, cruzando-se muitas vezes religiões,
importando-se livros e objectos de arte que influenciam uma nova mentalidade: a do Homem renascentista
ou humanista.

Ver também
Era dos descobrimentos
Império Português
Manuelino

Referências
1. University, Brown, The John Carter Brown Library. "Portuguese Overseas Travels and
European Readers". Portugal and Renaissance Europe. JCB Exhibitions. Retrieved 19 July
2011.
2. Bleichmar, Daniela (2009). Science in the Spanish and Portuguese empires, 1500-1800 (htt
p://books.google.com/books?id=aPcQY1CeW4IC&lpg=PP1). [S.l.]: Stanford University
Press. p. 39. ISBN 080475358X
3. cvc.instituto-camoes.pt Humanismo, as navegações e o (http://cvc.instituto-camoes.pt/naveg
aport/f05.html)
4. Lach, Donald Frederick (1994). Asia in the Making of Europe, Volume II: A Century of
Wonder. Book 2: The Literary Arts (http://books.google.com/books?id=hhE3sPY78s0C&lpg=
PA9&dq=portuguese%20rome%201527&pg=PA8#v=onepage&q=portuguese%20rome%20
1527&f=false). [S.l.]: University of Chicago Press. p. 8. ISBN 0226467333 Erro de citação:
Código <ref> inválido; o nome "Lach 1994" é definido mais de uma vez com
conteúdos diferentes
5. Ponting, Clive (2000) [2000]. World history: a new perspective. London: Chatto & Windus.
p. 481. ISBN 0-701-16834-X
6. Caetano, Joaquim. O Melhor Oficial de Pintura que Naquele Tempo Havia [1] (http://joaquim
caetano.wordpress.com/amor-fama-e-virtude/o-melhor-oficial-de-pintura-que-naquele-tempo
-havia/)
7. In Vilela. p. 10 (http://cvc.instituto-camoes.pt/bdc/arte/062/bb062.pdf)[ligação inativa]
8. Bietenholz, Peter G. , Thomas Brian Deutscher (2003). Contemporaries of Erasmus: a
biographical register of the Renaissance and Reformation, Volumes 1-3. University of
Toronto Press. p. 22. ISBN 0802085776.
9. Anos antes da publicação do seu Almanach Perpetuum.
10. Em 1590 é instituído como a Aula da Esfera com o objectivo inicial de fornecer as
ferramentas técnicas e matemáticas aos homens do mar.
11. Tábuas dos Roteiros de D. João de Castro na Biblioteca Joanina da Universidade de
Coimbra (http://bibliotecajoanina.uc.pt/obras_raras/tabuas_roteiros_djao_castro)
12. Sider, Sandra (2005). Handbook to Life in Renaissance Europe (https://books.google.com/bo
oks?id=yyRXHE3ZN5sC&lpg=PA228&dq=latitude+renaissance+portuguese&pg=PA228&hl
=pt-PT) (em inglês). [S.l.]: Infobase Publishing Erro de citação: Código <ref> inválido; o
nome "Sider" é definido mais de uma vez com conteúdos diferentes
13. LEITE, Duarte. O mais antigo mapa do Brasil. In: DIAS, Carlos Malheiros (coord.). História
da Colonização Portuguesa do Brasil (v. 2). p. 223-281 e il. à p. 229.
14. Gayle K. Brunelle, "Dieppe School", in David Buisseret (ed.), The Oxford Companion to
World Exploration, New York, Oxford University Press, 2007, pp.237-238.
15. Charles G. Herbermann, ed. (1907). The Cosmographiæ introductio of Martin Waldseemüller
in facsimile, followed by the Four voyages of Amerigo Vespucci, with their translation into
English (http://www.archive.org/details/cosmographiintr00waldgoog). New York: The U.S.
Catholic Historical Society. Consultado em 14 de junho de 2011. Alternative translations
have been proposed e.g. John Hessler, 2008.
16. Ruysch World Map: Census and Commentary, Donald L. McGuirk, Jr. Imago Mundi, Vol. 41,
1989 (1989), pp. 133-141
17. Atlas Miller na Gallica, Arquivo da BNF (http://gallica.bnf.fr/Search?ArianeWireIndex=index&
p=1&lang=EN&q=atlas+miller)
18. Cartographie historique du Golfe persique: actes du colloque organisé les 21 et 22 avril
2004 à Téhéran par l'EPHE, l'université de Téhéran et le Centre de documentation et de
recherche d'Iran (http://books.google.com/books?id=3h37IOxTO5cC&lpg=PA73&ots=7M9Rf
NYiad&dq=Atlas%20miller%20king%20Manuel%20I&pg=PA73#v=onepage&q=Atlas%20mi
ller%20king%20Manuel%20I&f=false)
19. Caetano, Joaquim. Ao Modo de Itália (http://joaquimcaetano.wordpress.com/amor-fama-e-virt
ude/ao-modo-de-italia/)
20. Ribeiro, Maria Teresa P. D. A Escola do Mestre de Romeira e o Maneirismo Escalabitano:
1540-1620. Universidade de Coimbra, 1992. pp. 1-2 [2] (http://dited.bn.pt/29864/864/1276.pd
f)
21. Serrão, Vítor. A pintura Maneirista em Portugal. Lisboa: Instituto de Língua e Cultura
Portuguesa, 1991. p. 9
22. Bergin, Thomas Goddard, Jennifer Speake (2004). Encyclopedia of the Renaissance and
the Reformation (http://books.google.com/books?id=VOb4hIp7EE8C&lpg=PP1&dq=Encyclo
pedia%20of%20the%20Renaissance%20and%20the%20Reformation%20%20By%20Thom
as%20Goddard%20Bergin&pg=PP1). London: Infobase Publishing. ISBN 0816054517 Erro
de citação: Código <ref> inválido; o nome "Bergin" é definido mais de uma vez com
conteúdos diferentes
23. Vasconcellos, Joaquim de. A Pintura Portuguesa nos Séculos XV e XVI. Coimbra: Imprensa
da Universidade, 1929. pp. 10-12. [3] (http://purl.pt/975/3/ba-606-5-v_PDF/ba-606-5-v_PDF_
24-C-R0075/ba-606-5-v_0000_capa-42_t24-C-R0075.pdf)
24. «Cópia arquivada» (https://web.archive.org/web/20070901011455/http://www.uc.pt/artes/6sp
p/n1.html). Consultado em 24 de julho de 2011. Arquivado do original (http://www.uc.pt/artes/
6spp/n1.html) em 1 de setembro de 2007
25. Britannica Educational Publishing, One hundred most influential painters and sculptors of
the Renaissance (http://books.google.com/books?id=L1thSSsLANkC&lpg=PA101&dq=Nun
o%20gon%C3%A7alves%20renaissance&pg=PA101#v=onepage&q=Nuno%20gon%C3%
A7alves%20renaissance&f=false), p.101
26. Sandra Sider, Handbook to life in Renaissance Europe (http://Handbook%20to%20life%20i
n%20Renaissance%20Europe,%20http://books.google.com/books?id=yyRXHE3ZN5sC&lp
g=PA76&dq=Nuno%20gon%C3%A7alves%20renaissance&pg=PA76#v=onepage&q=Nun
o%20gon%C3%A7alves%20renaissance&f=false), p.76
27. A Herança Artística Portuguesa no Período dos Descobrimentos. Projeto Memória: Pedro
Álvares Cabral. Fundação Banco do Brasil; Petrobras; Associação Cultural do Arquivo
Nacional [4] (http://www.projetomemoria.art.br/PedroAlvaresCabral/revista10/pais1_10p.htm)
28. Rodrigues, Dalila. Vasco Fernandes, Esboço Biográfico. In Grão Vasco e a Pintura Europeia
do Renascimento. Lisboa: Comissão Nacional para as Comemorações dos Descobrimentos
Portugueses, 1992 [5] (http://www1.ci.uc.pt/artes/6spp/frames.html) Arquivado em (https://we
b.archive.org/web/20120717013324/http://www1.ci.uc.pt/artes/6spp/frames.html) 17 de julho
de 2012, no Wayback Machine.
29. Serrão, p. 13
30. Batoréo, Manuel. Pintura do Renascimento Português na antiga Colecção dos Duques de
Palmela. Conferência na Casa Museu Anastácio Gonçalves, maio de 2001 [6] (http://pwp.net
cabo.pt/batoreo/conferencia.htm)
31. DIAS, Pedro — Vicente Gil e Manuel Vicente, pintores da Coimbra Manuelina. Coimbra:
Câmara Municipal de Coimbra 2003. Catálogo da Exposição.
32. Os Painéis de S. Vicente de Fora (http://paineis.org/INDEX.htm)
33. Vilela, José Stichini. Francisco de Holanda - Vida, Pensamento e Obra. Biblioteca Breve,
volume 62. Lisboa: Instituto de Cultura e Língua Portuguesa, 1982. pp. 6-7 [7] (http://cvc.instit
uto-camoes.pt/bdc/arte/062/bb062.pdf)[ligação inativa]
34. A Iluminura: Bíblia dos Jerónimos (http://iluminura.blogs.sapo.pt/2006/07/)
35. [8] (http://tipografos.net/historia/prototipografos-judeus.html), Imprensa em Portugal:
prototipógrafos judeus em tipógrafos.net.
36. Versão fac-similar das Ordenações Manuelinas (http://www.ci.uc.pt/ihti/proj/manuelinas//)
37. Tesouros impressos da Biblioteca Nacional GRAMMATICA DA LINGOAGEM
PORTUGUESA DE FERNÃO DE OLIVEIRATexto do link (http://purl.pt/369/1/ficha-obra-gra
matica.html), texto adicional.
38. CANTARINO, Nelson. O idioma nosso de cada dia, in: Revista de História da Biblioteca
Nacional, ano 1, nº 8, fev/mar 2006 (Seção: Documento Por Dentro da Biblioteca) – Texto
parcial (http://www.revistadehistoria.com.br/v2/home/?go=detalhe&id=941) Arquivado (http
s://archive.is/20121208183539/http://www.revistadehistoria.com.br/v2/home/?go=detalhe&id
=941) 2012-12-08 na Archive.today, sítio obtido em 31 de janeiro de 2008.
39. Rafael Ramos, «Tirante el Blanco a la zaga de Amadís de Gaula», en Parnaseo (http://parna
seo.uv.es/Tirant/Art.Ramos.html).
40. Vilela. p. 91 (http://cvc.instituto-camoes.pt/bdc/arte/062/bb062.pdf)[ligação inativa]
41. Calafate, Pedro. Francisco de Holanda. In Filosofia Portuguesa (http://cvc.instituto-camoes.p
t/filosofia/ren5.html)

Obtida de "https://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=Renascimento_em_Portugal&oldid=64181409"

Você também pode gostar