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ANDREIA RIBEIRO TORRES | 15997306588 | artorres261@gmail.

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É proibida a reprodução deste material sem a devida autorização, sob pena da adoção das medidas cabíveis na esfera cível e penal.
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Material: 205º Simulado Mege (MP-SP III)

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205º Simulado Mege – MP-SP III 2


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(Gabarito Comentado)*
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[*] Gabarito atualizado em 08.04.2019

É proibida a reprodução deste material sem a devida autorização, sob pena da adoção das medidas cabíveis na esfera cível e penal.
ANDREIA RIBEIRO TORRES | 15997306588 | artorres261@gmail.com

SUMÁRIO
DIREITO PENAL ....................................................................................................................................... 4
DIREITO PROCESSUAL PENAL ............................................................................................................... 27
DIREITO CONSTITUCIONAL .................................................................................................................. 42
DIREITO ADMINISTRATIVO .................................................................................................................. 50
DIREITO CIVIL ....................................................................................................................................... 70
DIREITO PROCESSUAL CIVIL ................................................................................................................. 77
DIREITO EMPRESARIAL......................................................................................................................... 89
DIREITOS HUMANOS ............................................................................................................................ 96
DIREITO DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE ........................................................................................ 101
DIREITO ELEITORAL ............................................................................................................................ 108

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DIREITO PENAL
1. Com relação ao crime de roubo, analise as proposições abaixo e assinale a alternativa correta:
(A) A violência e a grave ameaça pode ser exercida contra outra coisa que não seja a pessoa.
(B) A violência só pode ser exercida antes da subtração da coisa, pois se for depois da subtração da
coisa o crime será de furto.
(C) Caso haja lesão corporal na vítima a pena deve ser aumentada.
(D) Se no crime de roubo haviam dois agentes praticando o crime, sendo um deles adolescente, não
se aplica a majorante do concurso de pessoas.
(E) É inadmissível aplicar, no furto qualificado, pelo concurso de agentes, a majorante do roubo.

RESPOSTA: E
COMENTÁRIOS
ALTERNATIVA A: INCORRETA
Errado, a violência ou a grave ameaça, conforme o próprio art. 157, caput, do CP só pode ser exercido
contra a pessoa.

Art. 157 - Subtrair coisa móvel alheia, para si ou para outrem, mediante grave ameaça ou violência a
pessoa, ou depois de havê-la, por qualquer meio, reduzido à impossibilidade de resistência:
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Pena - reclusão, de quatro a dez anos, e multa.
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ALTERNATIVA B: INCORRETA
6.

Errado, quando a violência é exercida após a subtração do bem, ocorre o chamado roubo improprio,
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disposto no art. 155, § 1º, do CP.


6.

Art. 157 - Subtrair coisa móvel alheia, para si ou para outrem, mediante grave ameaça ou violência a
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pessoa, ou depois de havê-la, por qualquer meio, reduzido à impossibilidade de resistência:


Pena - reclusão, de quatro a dez anos, e multa.
§ 1º - Na mesma pena incorre quem, logo depois de subtraída a coisa, emprega violência contra
pessoa ou grave ameaça, a fim de assegurar a impunidade do crime ou a detenção da coisa para si
ou para terceiro.

ALTERNATIVA C: INCORRETA
Errado, pois no caso, somente se houver lesão corporal grave é que no caso surgiria uma
qualificadora e não uma majorante como diz o enunciado. Conforme o art. 157, § 3º, do CP:

Art. 157 - Subtrair coisa móvel alheia, para si ou para outrem, mediante grave ameaça ou violência a
pessoa, ou depois de havê-la, por qualquer meio, reduzido à impossibilidade de resistência:
Pena - reclusão, de quatro a dez anos, e multa.
§ 3º Se da violência resulta lesão corporal grave, a pena é de reclusão, de sete a quinze anos, além da
multa; se resulta morte, a reclusão é de vinte a trinta anos, sem prejuízo da multa.

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ALTERNATIVA D: INCORRETA
Já é entendimento pacificado na doutrina e na jurisprudência que a menoridade de um dos agentes
não desfigura o concurso de pessoas.

ALTERNATIVA E: CORRETA
Súmula 442 - STJ - É inadmissível aplicar, no furto qualificado, pelo concurso de agentes, a majorante
do roubo.

2. Solicitar, exigir, cobrar ou obter, para si ou para outrem, vantagem ou promessa de vantagem, a
pretexto de influir em ato praticado por funcionário público no exercício da função, comete o crime
de:
(A) Corrupção passiva.
(B) Excesso de exação.
(C) Concussão
(D) Tráfico de influência.
(E) Advocacia administrativa.

RESPOSTA: D
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COMENTÁRIOS
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ALTERNATIVA A: INCORRETA
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Corrupção passiva
6.

Art. 317 - Solicitar ou receber, para si ou para outrem, direta ou indiretamente, ainda que fora da
função ou antes de assumi-la, mas em razão dela, vantagem indevida, ou aceitar promessa de tal
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vantagem:
6.

Pena – reclusão, de 2 (dois) a 12 (doze) anos, e multa


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ALTERNATIVA B: INCORRETA
Excesso de exação
Art. 316, § 1º - Se o funcionário exige tributo ou contribuição social que sabe ou deveria saber
indevido, ou, quando devido, emprega na cobrança meio vexatório ou gravoso, que a lei não autoriza:
Pena - reclusão, de 3 (três) a 8 (oito) anos, e multa

ALTERNATIVA C: INCORRETA
Concussão
Art. 316 - Exigir, para si ou para outrem, direta ou indiretamente, ainda que fora da função ou antes
de assumi-la, mas em razão dela, vantagem indevida:
Pena - reclusão, de dois a oito anos, e multa.

ALTERNATIVA D: CORRETA
Tráfico de Influência
Art. 332 - Solicitar, exigir, cobrar ou obter, para si ou para outrem, vantagem ou promessa de

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vantagem, a pretexto de influir em ato praticado por funcionário público no exercício da função:
Pena - reclusão, de 2 (dois) a 5 (cinco) anos, e multa.

ALTERNATIVA E: INCORRETA
Advocacia administrativa
Art. 321 - Patrocinar, direta ou indiretamente, interesse privado perante a administração pública,
valendo-se da qualidade de funcionário:
Pena - detenção, de um a três meses, ou multa.

Parágrafo único - Se o interesse é ilegítimo:


Pena - detenção, de três meses a um ano, além da multa.

3. Analise as afirmações abaixo sobre o instituto da tentativa e marque incorreta.


(A) Não se admite tentativa em crime culposo.
(B) No que concerne à punibilidade da tentativa, o Código Penal adota a teoria objetiva.
(C) Configura-se tentativa incruenta no caso de o agente não conseguir atingir a pessoa ou a coisa
contra a qual deveria recair sua conduta.
(D) Configura-se tentativa cruenta no caso de o agente conseguir atingir a pessoa ou a coisa contra a
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qual deveria recair sua conduta.
4-

(E) Em relação à tentativa, adota-se, no Código Penal, a teoria subjetiva.


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RESPOSTA: E
6.

COMENTÁRIOS
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ALTERNATIVA A: CORRETA
6.

Nos crimes culposos o agente não tem dolo de consumação, o que o torna essa modalidade de
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delito incompatível com o instituto da tentativa.

ALTERNATIVA B: CORRETA
A punibilidade da tentativa é disciplinada pelo art. 14, parágrafo único. E, nesse campo, o Código
Penal acolheu como regra teoria objetiva, realística ou dualista, ao determinar que a pena da
tentativa deve ser correspondente à pena do crime consumado, diminuída de 1 (um) a 2/3 (dois
terços). Como o desvalor do resultado é menor quando comparado ao do crime consumado, o
conatus deve suportar uma punição mais branda. Excecionalmente, entretanto, é aceita a teoria
subjetiva, voluntarística ou monista, consagrada pela expressão “salvo disposição em contrário”.

(Fonte: Cléber Rogério Masson - Direito Penal Esquematizado).

ALTERNATIVA C: CORRETA
A tentativa incruenta ou branca acontece quando é aquela na qual a vítima não chega a ser
fisicamente atingida, ou seja, quando a vítima sai ilesa.

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ALTERNATIVA D: CORRETA
Tentativa vermelha ou cruenta, na qual a vítima é atingida e sofre a lesão .

ALTERNATIVA E: INCORRETA
Como afirmado no item A, o código penal adota a teoria objetiva.

Na Teoria Subjetiva: A punição da tentativa deve observar seu aspecto subjetivo do delito, da
perspectiva do dolo do agente. Sabendo que, seja na consumação seja na tentativa, o crime é
subjetivamente completo, não pode haver, para esta teoria, distinção entre as penas nas duas
modalidades. A tentativa merece a mesma pena do crime consumado.

4. Acerca da antijuridicidade e das causas de exclusão no direito penal, julgue os itens subsequentes
e marque a alternativa correta.
(A) O consentimento do ofendido é uma excludente de ilicitude e poderá ser manifestado antes,
durante ou depois da conduta do agente.
(B) Segundo o Código Penal, o agente que tenha cometido excesso quando da análise das excludentes
de ilicitudes será punido apenas se o tiver cometido dolosamente.
(C) Somente na legitima defesa que será punido o agente pelo excesso doloso. 6
4
(D) O ordenamento jurídico brasileiro prevê a possibilidade de ocorrência de tipicidade sem
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antijuridicidade, assim como de antijuridicidade sem culpabilidade.


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(E) Nas excludentes de antijuridicidade, quando há o excesso, ele pode ocorrer na forma de excesso
intensivo e excesso extensivo. O excesso extensivo é aquele onde o agente usa imoderadamente os
6.

meios necessários para repelir a injusta agressão.


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6.

RESPOSTA: D
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COMENTÁRIOS
ALTERNATIVA A: INCORRETA
O consentimento do ofendido, a depender da construção do tipo incriminador diante do qual
analisado, pode apresentar-se como:

a) causa de exclusão da tipicidade: se o tipo penal exige o dissenso da vítima enquanto um dos
requisitos objetivos formais necessários à completude da figura incriminadora, é claro que o válido
consentimento do ofendido exclui a tipicidade. Exemplo: crimes de violação de domicílio — artigo
150 do Código Penal (se alguém permite ou tolera que terceiro ingresse em sua casa, ausente estará
a tipicidade da conduta) e estupro — artigo 213 do Código Penal (se a mulher consente na relação
sexual, inexiste tipicidade);
b) causa supralegal de exclusão da ilicitude: o consentimento do ofendido, fora essas hipóteses em
que o dissenso da vítima constitui requisito da figura típica, pode excluir a ilicitude, se praticado em
situação justificante. Exemplo: aquele que realiza tatuagens no corpo de terceiros pratica conduta
típica de lesões corporais (art. 129 do CP), muito embora lícita, se verificado o consentimento do
ofendido; aquele que inutiliza coisa de terceiro, ainda que a pedido deste, pratica conduta típica de

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dano (art. 163 do CP), muito embora lícita, se presente o consentimento da vítima.

O consentimento do ofendido só pode ser reconhecido validamente se presentes os seguintes


requisitos, em caráter cumulativo: bem jurídico disponível, ofendido capaz, consentimento livre,
indubitável e anterior ou, no máximo, contemporâneo à conduta, bem como que o autor do
consentimento seja titular exclusivo ou expressamente autorizado a dispor sobre o bem jurídico.

ALTERNATIVA B: INCORRETA
Exclusão de ilicitude
CP: Art. 23 - Não há crime quando o agente pratica o fato:
I - em estado de necessidade;
II - em legítima defesa;
III - em estrito cumprimento de dever legal ou no exercício regular de direito.

Excesso punível
Parágrafo único - O agente, em qualquer das hipóteses deste artigo, responderá pelo excesso doloso
ou culposo. 4 6
ALTERNATIVA C: INCORRETA
4-

Não só na legitima defesa, como em qualquer exclusão da ilicitude do art. 23, do CP.
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Exclusão de ilicitude
6.

CP: Art. 23 - Não há crime quando o agente pratica o fato:


20

I - em estado de necessidade;
6.

II - em legítima defesa;
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III - em estrito cumprimento de dever legal ou no exercício regular de direito.


Excesso punível
Parágrafo único - O agente, em qualquer das hipóteses deste artigo, responderá pelo excesso doloso
ou culposo.

ALTERNATIVA D: CORRETA
Pode ocorrer tipicidade sem antijuridicidade, exemplo são as causas de excludente de ilicitude. E o
fato pode ser antijurídico e não ser culpável, nos casos de exclusão de culpabilidade que isenta o
agente de pena.

É fato típico mas sem antijuridicidade: Legitima defesa, estado de necessidade, estrito cumprimento
de dever legal e exercício regular de direito.

E fato antijurídico mas sem culpabilidade: crimes cometidos por inimputáveis, quando não há
consciência da ilicitude, coação moral irresistível e obediência hierárquica.

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ALTERNATIVA E: INCORRETA
Excesso - Excedendo-se o agente na conduta de preservar o bem jurídico, responderá por ilícito penal
se atuou dolosa ou culposamente. O excesso pode ser dividido em dois tipos:
- Excesso Intensivo - Neste a reação sem moderação ocorre quando a agressão injusta está em curso.
- Excesso Extensivo - No excesso extensivo aquele que reage excede sua reação após o agressor ter
acabado a agressão.

5. São efeitos automáticos da condenação, exceto:


I. Tornar certa a obrigação de indenizar o dano causado pelo crime.
II. A perda em favor da União dos instrumentos do crime.
III. A perda do cargo ou função.
IV. A incapacidade para o exercício do pátrio poder.

(A) I e II.
(B) I, II e III.
(C) II, III e IV.
(D) Apenas III.
(E) III e IV. 6
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RESPOSTA: E
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COMENTÁRIOS
ALTERNATIVA I: CORRETA
6.

Os efeitos da condenação dispostos nos arts. 91 e 92 do CP, são efeitos extrapenais da condenação.
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Os efeitos do art. 91 são efeitos automáticos da condenação. Já os do art. 92 não são automáticos e
6.

precisam ser fundamentados em sua aplicação.


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Art. 91 - São efeitos da condenação:


I – tornar certa a obrigação de indenizar o dano causado pelo crime;
II – a perda em favor da União, ressalvado o direito do lesado ou de terceiro de boa-fé:
a) dos instrumentos do crime, desde que consistam em coisas cujo fabrico, alienação, uso, porte ou
detenção constitua fato ilícito;
b) do produto do crime ou de qualquer bem ou valor que constitua proveito auferido pelo agente
com a prática do fato criminoso.

ALTERNATIVA II: CORRETA


Art. 91 - São efeitos da condenação:
I – tornar certa a obrigação de indenizar o dano causado pelo crime;
II – a perda em favor da União, ressalvado o direito do lesado ou de terceiro de boa-fé:
a) dos instrumentos do crime, desde que consistam em coisas cujo fabrico, alienação, uso, porte ou
detenção constitua fato ilícito;

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b) do produto do crime ou de qualquer bem ou valor que constitua proveito auferido pelo agente
com a prática do fato criminoso.

ALTERNATIVA III: INCORRETA


Art. 92 - São também efeitos da condenação:
I – a perda de cargo, função pública ou mandato eletivo:
a) quando aplicada pena privativa de liberdade por tempo igual ou superior a um ano, nos crimes
praticados com abuso de poder ou violação de dever para com a Administração Pública;
b) quando for aplicada pena privativa de liberdade por tempo superior a 4 (quatro) anos nos demais
casos.
II – a incapacidade para o exercício do pátrio poder, tutela ou curatela, nos crimes dolosos, sujeitos
à pena de reclusão, cometidos contra filho, tutelado ou curatelado;
III - a inabilitação para dirigir veículo, quando utilizado como meio para a prática de crime doloso.
Parágrafo único - Os efeitos de que trata este artigo não são automáticos, devendo ser
motivadamente declarados na sentença.

ALTERNATIVA IV: INCORRETA


Art. 92 - São também efeitos da condenação:
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I – a perda de cargo, função pública ou mandato eletivo:
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a) quando aplicada pena privativa de liberdade por tempo igual ou superior a um ano, nos crimes
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praticados com abuso de poder ou violação de dever para com a Administração Pública;
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b) quando for aplicada pena privativa de liberdade por tempo superior a 4 (quatro) anos nos demais
casos.
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II – a incapacidade para o exercício do pátrio poder, tutela ou curatela, nos crimes dolosos, sujeitos
6.

à pena de reclusão, cometidos contra filho, tutelado ou curatelado;


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III - a inabilitação para dirigir veículo, quando utilizado como meio para a prática de crime doloso.
Parágrafo único - Os efeitos de que trata este artigo não são automáticos, devendo ser
motivadamente declarados na sentença

6. São considerados lesões de natureza grave, exceto:


(A) Incapacidade para as ocupações habituais, por mais de trinta dias;
(B) Perigo de vida;
(C) Deformidade permanente;
(D) Aceleração de parto.
(E) Debilidade permanente de membro, sentido ou função;

RESPOSTA: C
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ALTERNATIVA A: CORRETA
Lesão corporal
Art. 129. Ofender a integridade corporal ou a saúde de outrem:

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Pena - detenção, de três meses a um ano.


Lesão corporal de natureza grave
§ 1º Se resulta:
I - Incapacidade para as ocupações habituais, por mais de trinta dias;
II - perigo de vida;
III - debilidade permanente de membro, sentido ou função;
IV - aceleração de parto:
Pena - reclusão, de um a cinco anos.
§ 2° Se resulta: (gravíssima)
I - Incapacidade permanente para o trabalho;
II - enfermidade incurável;
III perda ou inutilização do membro, sentido ou função;
IV - deformidade permanente;
V - aborto:
Pena - reclusão, de dois a oito anos.

ALTERNATIVA B: CORRETA
Lesão corporal
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Art. 129. Ofender a integridade corporal ou a saúde de outrem:
4-

Pena - detenção, de três meses a um ano.


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Lesão corporal de natureza grave


6.

§ 1º Se resulta:
I - Incapacidade para as ocupações habituais, por mais de trinta dias;
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II - perigo de vida;
6.

III - debilidade permanente de membro, sentido ou função;


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IV - aceleração de parto:
Pena - reclusão, de um a cinco anos.
§ 2° Se resulta: (gravíssima)
I - Incapacidade permanente para o trabalho;
II - enfermidade incurável;
III perda ou inutilização do membro, sentido ou função;
IV - deformidade permanente;
V - aborto:
Pena - reclusão, de dois a oito anos.

ALTERNATIVA C: INCORRETA
Lesão corporal
Art. 129. Ofender a integridade corporal ou a saúde de outrem:
Pena - detenção, de três meses a um ano.
Lesão corporal de natureza grave
§ 1º Se resulta:

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I - Incapacidade para as ocupações habituais, por mais de trinta dias;


II - perigo de vida;
III - debilidade permanente de membro, sentido ou função;
IV - aceleração de parto:
Pena - reclusão, de um a cinco anos.
§ 2° Se resulta: (gravíssima)
I - Incapacidade permanente para o trabalho;
II - enfermidade incurável;
III perda ou inutilização do membro, sentido ou função;
IV - deformidade permanente;
V - aborto:
Pena - reclusão, de dois a oito anos.

ALTERNATIVA D: CORRETA
Lesão corporal
Art. 129. Ofender a integridade corporal ou a saúde de outrem:
Pena - detenção, de três meses a um ano.
Lesão corporal de natureza grave
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§ 1º Se resulta:
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I - Incapacidade para as ocupações habituais, por mais de trinta dias;


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II - perigo de vida;
6.

III - debilidade permanente de membro, sentido ou função;


IV - aceleração de parto:
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Pena - reclusão, de um a cinco anos.


6.

§ 2° Se resulta: (gravíssima)
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I - Incapacidade permanente para o trabalho;


II - enfermidade incurável;
III perda ou inutilização do membro, sentido ou função;
IV - deformidade permanente;
V - aborto:
Pena - reclusão, de dois a oito anos.

ALTERNATIVA E: CORRETA
Lesão corporal
Art. 129. Ofender a integridade corporal ou a saúde de outrem:
Pena - detenção, de três meses a um ano.
Lesão corporal de natureza grave
§ 1º Se resulta:
I - Incapacidade para as ocupações habituais, por mais de trinta dias;
II - perigo de vida;
III - debilidade permanente de membro, sentido ou função;

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IV - aceleração de parto:
Pena - reclusão, de um a cinco anos.
§ 2° Se resulta: (gravíssima)
I - Incapacidade permanente para o trabalho;
II - enfermidade incurável;
III perda ou inutilização do membro, sentido ou função;
IV - deformidade permanente;
V - aborto:
Pena - reclusão, de dois a oito anos.

7. Com relação ao crime de estelionato disposto no Código Penal e ao entendimento sumular do STF,
assinale a alternativa correta.
(A) A emissão de cheque sem fundos, configura o crime de emissão de cheque sem fundos.
(B) O foro competente para o processo e julgamento dos crimes de estelionato, sob a modalidade da
emissão dolosa de cheque sem provisão de fundos, é o do local onde se deu a recusa do pagamento
pelo sacado.
(C) O pagamento de cheque emitido sem provisão de fundos, antes do recebimento da denúncia,
não obsta ao prosseguimento da ação penal.
4 6
(D) O estelionato contra o idoso é uma agravante do crime de estelionato.
4-

(E) Extingue a punibilidade do crime de estelionato previdenciário (art. 171, § 3º, do CP) a devolução
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à Previdência Social, antes do recebimento da denúncia, da vantagem percebida ilicitamente.


6.

RESPOSTA: B
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COMENTÁRIOS
6.

ALTERNATIVA A: INCORRETA
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SÚMULA Nº 246 DO STF


Comprovado não ter havido fraude, não se configura o crime de emissão de cheque sem fundos.

ALTERNATIVA B: CORRETA
SÚMULA Nº 521 DO STF
O foro competente para o processo e julgamento dos crimes de estelionato, sob a modalidade da
emissão dolosa de cheque sem provisão de fundos, é o do local onde se deu a recusa do pagamento
pelo sacado.

ALTERNATIVA C: INCORRETA
SÚMULA Nº 554 DO STF
O pagamento de cheque emitido sem provisão de fundos, após o recebimento da denúncia, não
obsta ao prosseguimento da ação penal.

ALTERNATIVA D: INCORRETA
Segundo entendimento doutrinário, o estelionato contra o idoso é forma qualificada do crime.

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Estelionato
Art. 171 - Obter, para si ou para outrem, vantagem ilícita, em prejuízo alheio, induzindo ou mantendo
alguém em erro, mediante artifício, ardil, ou qualquer outro meio fraudulento:
Pena - reclusão, de um a cinco anos, e multa, de quinhentos mil réis a dez contos de réis.
§ 4o Aplica-se a pena em dobro se o crime for cometido contra idoso.

ALTERNATIVA E: INCORRETA
Não extingue a punibilidade do crime de estelionato previdenciário (art. 171, § 3º, do CP) a devolução
à Previdência Social, antes do recebimento da denúncia, da vantagem percebida ilicitamente. O art.
9º da Lei 10.684/2003 menciona os crimes aos quais são aplicadas suas regras: a) arts. 1º e 2º da Lei
nº 8.137/90; b) art. 168-A do CP (apropriação indébita previdenciária); c) Art. 337-A do CP (sonegação
de contribuição previdenciária). Repare, portanto, que o estelionato previdenciário (art. 171, § 3º do
CP) não está listado nessa lei. Mesmo sem o estelionato previdenciário estar previsto, não é possível
aplicar essas regras por analogia em favor do réu? NÃO. O art.9º da Lei 10.684/2003 somente
abrange crimes tributários materiais, delitos que são ontologicamente distintos do estelionato
previdenciário e que protegem bens jurídicos diferentes. Dessa forma, não há lacuna involuntária na
lei penal a demandar analogia. O fato de o agente ter pago integralmente o prejuízo trará algum
benefício penal? SIM. O agente poderá ter direito de receber o benefício do arrependimento
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posterior, tendo sua pena reduzida de 1/3 a 2/3 (art. 18 do CP). STJ. 6ª Turma. REsp 1.380.672-SC,
4-

Rel. Min. Rogerio Schietti Cruz, julgado em 24/3/2015.


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6.

8. Assinale a alternativa que só tenha itens corretos sobre os crimes contra a administração pública:
I. O princípio da insignificância é inaplicável aos crimes contra a administração pública.
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II. No crime de concussão, a situação de flagrante delito configura-se no momento da entrega da


6.

vantagem indevida.
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III. A obtenção de lucro fácil e a cobiça nos crimes de concussão e corrupção passiva podem ser
utilizados para aumentar a pena-base alegando que os “motivos do crime” (circunstância judicial do
art. 59 do CP) seriam desfavoráveis.
IV. Secretária de Estado que desvia verbas de convênio federal que tinha destinação específica e as
utiliza para pagamento da folha de servidores pratica o crime de peculato (art. 312 do CP).

(A) I e IV.
(B) I, III, e IV.
(C) II, III e IV.
(D) Apenas I.
(E) III e IV.

RESPOSTA: D
COMENTÁRIOS
ALTERNATIVA I: CORRETA
Súmula 599-STJ: O princípio da insignificância é inaplicável aos crimes contra a administração pública.

É proibida a reprodução deste material sem a devida autorização, sob pena da adoção das medidas cabíveis na esfera cível e penal.
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ALTERNATIVA II: INCORRETA


No crime de concussão, a situação de flagrante delito configura-se pela exigência - e não pela
entrega - da vantagem indevida. Isso porque a concussão é crime formal, que se consuma com a
exigência da vantagem indevida. Assim, a eventual entrega do exigido se consubstancia mero
exaurimento do crime previamente consumado. HC 266.460-ES, Rel. Min. Reynaldo Soares da
Fonseca, julgado em 11/6/2015, DJe 17/6/2015.

ALTERNATIVA III: INCORRETA


A obtenção de lucro fácil e a cobiça constituem elementares dos tipos de concussão e corrupção
passiva (arts. 316 e 317 do CP), sendo indevido utilizá-las para aumentar a pena-base alegando que
os “motivos do crime” (circunstância judicial do art. 59 do CP) seriam desfavoráveis.

STJ. 3ª Secção. EDv nos EREsp 1.196.136-RO, Rel. Min. Reynaldo Soares da Fonseca, j. 24/5/17 (Info
608).

ALTERNATIVA IV: INCORRETA


Secretária de Estado que desvia verbas de convênio federal que tinha destinação específica e as
4 6
utiliza para pagamento da folha de servidores não pratica o crime de peculato (art. 312 do CP), mas
4-

sim o delito de emprego irregular de verbas ou rendas públicas (art. 315).


15
12

STF. 2ª Turma. Inq 3731/DF, Rel. Min. Gilmar Mendes, julgado em 2/2/2016 (Info813).
6.

9. Com relação a lei de organização criminosa (lei 12.850/2013) e aos crimes a ele correlato, marque
20

a alternativa correta:
6.

(A) Considera-se organização criminosa a associação de 4 (quatro) ou mais pessoas mesmo que não
02

seja estruturalmente ordenada mas caracterizada pela divisão de tarefas, anda que informalmente,
com o objetivo de obter, direta ou indiretamente, vantagem de qualquer natureza, mediante a prática
de infrações penais cujas penas máximas sejam superiores a 4 (quatro) anos, ou que sejam de caráter
transnacional;
(B) A referida lei se aplica à organização terrorista.
(C) A lei de organização criminosa não traz em seu bojo crimes em espécies de forma expressa.
(D) A colaboração premiada somente é permitida durante a fase pré-processual.
(E) O fato do agente exercer o comando da organização criminosa é irrelevante para a aplicação da
pena.

RESPOSTA: B
COMENTÁRIOS
ALTERNATIVA A: INCORRETA
Lesão corporal
Art. 1o Esta Lei define organização criminosa e dispõe sobre a investigação criminal, os meios de
obtenção da prova, infrações penais correlatas e o procedimento criminal a ser aplicado.

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§ 1o Considera-se organização criminosa a associação de 4 (quatro) ou mais pessoas estruturalmente


ordenada e caracterizada pela divisão de tarefas, ainda que informalmente, com objetivo de obter,
direta ou indiretamente, vantagem de qualquer natureza, mediante a prática de infrações penais
cujas penas máximas sejam superiores a 4 (quatro) anos, ou que sejam de caráter transnacional.

ALTERNATIVA B: CORRETA
Verdade, art.1º, § 2º, II, introduzido pela lei 13.260/2016 (Lei do Terrorismo).

§ 2o Esta Lei se aplica também:


I - às infrações penais previstas em tratado ou convenção internacional quando, iniciada a execução
no País, o resultado tenha ou devesse ter ocorrido no estrangeiro, ou reciprocamente;
II - às organizações terroristas, entendidas como aquelas voltadas para a prática dos atos de
terrorismo legalmente definidos.

ALTERNATIVA C: INCORRETA
A referida lei traz sim tipo penal, Art. 2º e parágrafos.
Art. 2o Promover, constituir, financiar ou integrar, pessoalmente ou por interposta pessoa,
organização criminosa: 6
Pena - reclusão, de 3 (três) a 8 (oito) anos, e multa, sem prejuízo das penas correspondentes às demais
4
4-

infrações penais praticadas.


16
12

§ 1o Nas mesmas penas incorre quem impede ou, de qualquer forma, embaraça a investigação de
infração penal que envolva organização criminosa.
6.

§ 2o As penas aumentam-se até a metade se na atuação da organização criminosa houver emprego


20

de arma de fogo.
6.

§ 3o A pena é agravada para quem exerce o comando, individual ou coletivo, da organização


02

criminosa, ainda que não pratique pessoalmente atos de execução.


§ 4o A pena é aumentada de 1/6 (um sexto) a 2/3 (dois terços):
I - se há participação de criança ou adolescente;
II - se há concurso de funcionário público, valendo-se a organização criminosa dessa condição para a
prática de infração penal;
III - se o produto ou proveito da infração penal destinar-se, no todo ou em parte, ao exterior;
IV - se a organização criminosa mantém conexão com outras organizações criminosas independentes;
V - se as circunstâncias do fato evidenciarem a transnacionalidade da organização.
§ 5o Se houver indícios suficientes de que o funcionário público integra organização criminosa, poderá
o juiz determinar seu afastamento cautelar do cargo, emprego ou função, sem prejuízo da
remuneração, quando a medida se fizer necessária à investigação ou instrução processual.
§ 6o A condenação com trânsito em julgado acarretará ao funcionário público a perda do cargo,
função, emprego ou mandato eletivo e a interdição para o exercício de função ou cargo público pelo
prazo de 8 (oito) anos subsequentes ao cumprimento da pena.
§ 7o Se houver indícios de participação de policial nos crimes de que trata esta Lei, a Corregedoria de
Polícia instaurará inquérito policial e comunicará ao Ministério Público, que designará membro para

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acompanhar o feito até a sua conclusão.

ALTERNATIVA D: INCORRETA
Errado, ela pode a colaboração penal pode ser permitida:
Art. 3o Em qualquer fase da persecução penal, serão permitidos, sem prejuízo de outros já previstos
em lei, os seguintes meios de obtenção da prova:
I - colaboração premiada;
II - captação ambiental de sinais eletromagnéticos, ópticos ou acústicos;
III - ação controlada;
IV - acesso a registros de ligações telefônicas e telemáticas, a dados cadastrais constantes de bancos
de dados públicos ou privados e a informações eleitorais ou comerciais;
V - interceptação de comunicações telefônicas e telemáticas, nos termos da legislação específica;
VI - afastamento dos sigilos financeiro, bancário e fiscal, nos termos da legislação específica;
VII - infiltração, por policiais, em atividade de investigação, na forma do art. 11;
VIII - cooperação entre instituições e órgãos federais, distritais, estaduais e municipais na busca de
provas e informações de interesse da investigação ou da instrução criminal.

ALTERNATIVA E: INCORRETA
4 6
Art. 2o Promover, constituir, financiar ou integrar, pessoalmente ou por interposta pessoa,
4-

organização criminosa:
17
12

Pena - reclusão, de 3 (três) a 8 (oito) anos, e multa, sem prejuízo das penas correspondentes às demais
6.

infrações penais praticadas.


§ 1o Nas mesmas penas incorre quem impede ou, de qualquer forma, embaraça a investigação de
20

infração penal que envolva organização criminosa.


6.

§ 2o As penas aumentam-se até a metade se na atuação da organização criminosa houver emprego


02

de arma de fogo.
§ 3o A pena é agravada para quem exerce o comando, individual ou coletivo, da organização
criminosa, ainda que não pratique pessoalmente atos de execução.

10. Com relação aos crimes ligados a Lei Maria da Penha, (Lei 13.340/2006), assinale a alternativa
correta.
(A) Para a configuração da violência doméstica e familiar prevista no artigo 5º da Lei nº 11.340/2006
(Lei Maria da Penha) se exige a coabitação entre autor e vítima.
(B) É aplicável o princípio da insignificância nas contravenções penais praticados contra a mulher no
âmbito das relações domésticas.
(C) A prática de contravenção penal contra a mulher com violência ou grave ameaça no ambiente
doméstico possibilita a substituição da pena privativa de liberdade por restritiva de direitos.
(D) Cabe habeas corpus para apurar eventual ilegalidade na fixação de medida protetiva de urgência
consistente na proibição de aproximar-se de vítima de violência doméstica e familiar.
(E) A ação penal relativa ao crime de lesão corporal de natureza leve, resultante de violência
doméstica contra a mulher é pública condicionada a representação.

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RESPOSTA: D
COMENTÁRIOS
ALTERNATIVA A: INCORRETA
Súmula 600-STJ: Para a configuração da violência doméstica e familiar prevista no artigo 5º da Lei nº
11.340/2006 (Lei Maria da Penha) não se exige a coabitação entre autor e vítima.

ALTERNATIVA B: INCORRETA
Súmula 589-STJ: É inaplicável o princípio da insignificância nos crimes ou contravenções penais
praticados contra a mulher no âmbito das relações domésticas.

ALTERNATIVA C: INCORRETA
Súmula 588-STJ: A prática de crime ou contravenção penal contra a mulher com violência ou grave
ameaça no ambiente doméstico impossibilita a substituição da pena privativa de liberdade por
restritiva de direitos.

ALTERNATIVA D: CORRETA 6
Cabe habeas corpus para apurar eventual ilegalidade na fixação de medida protetiva de urgência
4
consistente na proibição de aproximar-se de vítima de violência doméstica e familiar. O eventual
4-

descumprimento de medidas protetivas arroladas na Lei Maria da Penha pode gerar sanções de 18
12

natureza civil (art. 22, § 4º, da n. Lei 11.340/2006, c/c art. 461, §§ 5º e 6º do CPC), bem como a
6.

decretação de prisão preventiva, de acordo com o art. 313, III, do CPP (HC 271.267-MS, Quinta Turma,
20

DJe 18/11/2015). Ademais, prevê o CPP o seguinte: “Art. 647. Dar-se-á habeas corpus sempre que
alguém sofrer ou se achar na iminência de sofrer violência ou coação ilegal na sua liberdade de ir e
6.

vir, salvo nos casos de punição disciplinar”. Se o paciente não pode aproximar-se da vítima ou de seus
02

familiares, decerto que se encontra limitada a sua liberdade de ir e vir. Assim, afigura-se cabível a
impetração do habeas corpus. HC 298.499-AL, Rel. Min. Reynaldo Soares da Fonseca, julgado em
1º/12/2015, DJe 9/12/2015.

ALTERNATIVA E: INCORRETA
Súmula 542-STJ: A ação penal relativa ao crime de lesão corporal resultante de violência doméstica
contra a mulher é pública incondicionada.

11. Com relação ao crime da Lei de Lavagem de Capitais (Lei 9.613/1998), é considerado causa de
aumento de pena quando:
(A) O agente importa ou exporta bens com valores não correspondentes aos verdadeiros
(B) O agente utiliza, na atividade econômica ou financeira, bens, direitos ou valores provenientes de
infração penal
(C) O agente participa de grupo, associação ou escritório tendo conhecimento de que sua atividade
principal ou secundária é dirigida à prática de crimes previstos nesta Lei

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(D) O agente, os adquire, recebe, troca, negocia, dá ou recebe em garantia, guarda, tem em depósito,
movimenta ou transfere.
(E) Se os crimes definidos nesta Lei forem cometidos de forma reiterada ou por intermédio de
organização criminosa.

RESPOSTA: E
COMENTÁRIOS
ALTERNATIVA A: INCORRETA
Art. 1o Ocultar ou dissimular a natureza, origem, localização, disposição, movimentação ou
propriedade de bens, direitos ou valores provenientes, direta ou indiretamente, de infração penal.
Pena: reclusão, de 3 (três) a 10 (dez) anos, e multa.
§ 1o Incorre na mesma pena quem, para ocultar ou dissimular a utilização de bens, direitos ou
valores provenientes de infração penal:
I - os converte em ativos lícitos;
II - os adquire, recebe, troca, negocia, dá ou recebe em garantia, guarda, tem em depósito,
movimenta ou transfere;
III - importa ou exporta bens com valores não correspondentes aos verdadeiros. 6
§ 2o Incorre, ainda, na mesma pena quem:
4
4-

I - utiliza, na atividade econômica ou financeira, bens, direitos ou valores provenientes de infração


19
12

penal;
II - participa de grupo, associação ou escritório tendo conhecimento de que sua atividade principal
6.

ou secundária é dirigida à prática de crimes previstos nesta Lei.


20
6.

ALTERNATIVA B: INCORRETA
02

Art. 1o Ocultar ou dissimular a natureza, origem, localização, disposição, movimentação ou


propriedade de bens, direitos ou valores provenientes, direta ou indiretamente, de infração penal.
Pena: reclusão, de 3 (três) a 10 (dez) anos, e multa.

§ 1o Incorre na mesma pena quem, para ocultar ou dissimular a utilização de bens, direitos ou
valores provenientes de infração penal:
I - os converte em ativos lícitos;
II - os adquire, recebe, troca, negocia, dá ou recebe em garantia, guarda, tem em depósito,
movimenta ou transfere;
III - importa ou exporta bens com valores não correspondentes aos verdadeiros.
§ 2o Incorre, ainda, na mesma pena quem:
I - utiliza, na atividade econômica ou financeira, bens, direitos ou valores provenientes de infração
penal;
II - participa de grupo, associação ou escritório tendo conhecimento de que sua atividade principal
ou secundária é dirigida à prática de crimes previstos nesta Lei.

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ALTERNATIVA C: INCORRETA
Art. 1o Ocultar ou dissimular a natureza, origem, localização, disposição, movimentação ou
propriedade de bens, direitos ou valores provenientes, direta ou indiretamente, de infração penal.
Pena: reclusão, de 3 (três) a 10 (dez) anos, e multa.
§ 1o Incorre na mesma pena quem, para ocultar ou dissimular a utilização de bens, direitos ou valores
provenientes de infração penal:
I - os converte em ativos lícitos;
II - os adquire, recebe, troca, negocia, dá ou recebe em garantia, guarda, tem em depósito,
movimenta ou transfere;
III - importa ou exporta bens com valores não correspondentes aos verdadeiros.
§ 2o Incorre, ainda, na mesma pena quem:
I - utiliza, na atividade econômica ou financeira, bens, direitos ou valores provenientes de infração
penal;
II - participa de grupo, associação ou escritório tendo conhecimento de que sua atividade principal
ou secundária é dirigida à prática de crimes previstos nesta Lei.

ALTERNATIVA D: INCORRETA 6
Art. 1o Ocultar ou dissimular a natureza, origem, localização, disposição, movimentação ou
4
4-

propriedade de bens, direitos ou valores provenientes, direta ou indiretamente, de infração penal.


20
12

Pena: reclusão, de 3 (três) a 10 (dez) anos, e multa.


§ 1o Incorre na mesma pena quem, para ocultar ou dissimular a utilização de bens, direitos ou valores
6.
20

provenientes de infração penal:


I - os converte em ativos lícitos;
6.

II - os adquire, recebe, troca, negocia, dá ou recebe em garantia, guarda, tem em depósito,


02

movimenta ou transfere;
III - importa ou exporta bens com valores não correspondentes aos verdadeiros.
§ 2o Incorre, ainda, na mesma pena quem:
I - utiliza, na atividade econômica ou financeira, bens, direitos ou valores provenientes de infração
penal;
II - participa de grupo, associação ou escritório tendo conhecimento de que sua atividade principal
ou secundária é dirigida à prática de crimes previstos nesta Lei.

ALTERNATIVA E: CORRETA
§ 4o A pena será aumentada de um a dois terços, se os crimes definidos nesta Lei forem cometidos
de forma reiterada ou por intermédio de organização criminosa.

12. A respeito dos crimes contra a fé pública de acordo com a jurisprudência e suas disposições
dispostas na lei, assinale a alternativa correta:
(A) Falsa declaração de hipossuficiência é crime.

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(B) Pratica falsidade ideológica (art. 299 do CP) o candidato que deixa de contabilizar despesas em
sua prestação de contas no TRE.
(C) A competência para processar e julgar o crime de uso de documento falso é firmada em razão da
entidade ou órgão expedidor.
(D) Antes da entrada em vigor da lei 12.737/12 que tipificou no art. 298 o crime de clonagem de
cartão de crédito, caso o agente clonasse cartões de crédito era considerado fato atípico.
(E) Inserir informação falsa em currículo Lattes configura crime de falsidade ideológica.

RESPOSTA: B
COMENTÁRIOS
ALTERNATIVA A: INCORRETA
É atípica a mera declaração falsa de estado de pobreza realizada com o intuito de obter os
benefícios da justiça gratuita.
A conduta de firmar ou usar declaração de pobreza falsa em juízo, com a finalidade de obter os
benefícios da gratuidade de justiça não é crime, pois aludida manifestação não pode ser considerada
documento para fins penais, já que é passível de comprovação posterior, seja por provocação da
parte contrária seja por aferição, de ofício, pelo magistrado da causa.
STJ. 6ª Turma. HC 261.074-MS, Rel. Min. Marilza Maynard (Desembargadora convocada do TJ-SE),
4 6
j. 5/8/14 (Info 546).
4-

21
12

ALTERNATIVA B: CORRETA
6.

A 1ª Turma, por maioria, recebeu denúncia oferecida contra senador pela suposta prática do crime
de falsidade ideológica (CP, art. 299). Na espécie, o investigado teria inserido informações falsas em
20

prestação de contas eleitoral, consistente na omissão de despesas com “banners”, “minidoors” e


6.

cartazes, no total de R$ 15.293,58. A Turma asseverou que a prestação de contas eleitoral haveria
02

de corresponder aos valores arrecadados e às despesas efetuadas e que, no presente caso, não se
poderia cogitar de insignificância penal. Vencidos os Ministros Luiz Fux e Dias Tofolli, que rejeitavam
a denúncia por não entreverem dolo específico e elemento subjetivo do tipo.
Inq 3767/DF, rel. Min. Marco Aurélio, 28.10.2014. (Inq-3767)

ALTERNATIVA C: INCORRETA
Súmula 546-STJ: A competência para processar e julgar o crime de uso de documento falso é firmada
em razão da entidade ou órgão ao qual foi apresentado o documento público, não importando a
qualificação do órgão expedidor.

ALTERNATIVA D: INCORRETA
Ainda que praticada antes da entrada em vigor da Lei n. 12.737/2012, é típica (art. 298 do CP) a
conduta de falsificar, no todo ou em parte, cartão de crédito ou débito. De fato, o caput do art. 298
do CP (“Falsificar, no todo ou em parte, documento particular ou alterar documento particular
verdadeiro”) descreve o elemento normativo: "documento". Segundo doutrina, “os elementos
normativos são aqueles para cuja compreensão é insuficiente desenvolver uma atividade meramente

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cognitiva, devendo-se realizar uma atividade valorativa.” Assim, o elemento normativo implica uma
atitude especial do intérprete, a exigir um pouco mais que a simples percepção de sentidos,
delimitando-se o alcance e o sentido do texto legal existente. Por conseguinte, no processo
hermenêutico que subjaz à atividade do julgador, o elemento normativo em questão prescinde de
integração, especialmente da utilização de analogia. Ao avançar na compreensão ou na valoração do
significado do elemento normativo “documento”, poder-se-ia extrair, de acordo com os escólios de
doutrina, a ideia de que seria “todo escrito especialmente destinado a servir ou eventualmente
utilizável como meio de prova de fato juridicamente relevante” e, acerca da falsidade documental:
“imitação ou deformação fraudulenta da verdade em um papel escrito, no sentido de conculcar uma
relação jurídica ou causar um prejuízo juridicamente apreciável.” Aliás, a própria Lei de Acesso à
Informação (art. 4º, II) define documento como "unidade de registro de informações, qualquer que
seja o suporte ou formato". Nessa perspectiva, não há como perder de vista que o "cartão de
crédito", embora não seja tão recente, passou a ter utilização propagada de forma exponencial no
final do século passado, notadamente pela facilidade de se estabelecer, com ele, uma gama de
relações jurídicas relevantes para o cenário econômico. Tal importância, fruto da própria dinâmica
tecnológica, culminou com a necessidade de se estabelecer uma proteção penal mais significativa
para essas relações. Nesse ponto, o elemento normativo previsto no art. 298 do CP assumiu especial
relevo, porque a maleabilidade valorativa que lhe é inerente permitiu a sua adaptação aos anseios e
4 6
às necessidades provenientes da existência de novas relações jurídicas advindas da evolução
4-

tecnológica. De acordo com doutrina, há uma vinculação entre esse conteúdo e a interpretação
22
12

valorativa, que sempre será determinada pelo julgador de acordo com a cultura da época. Em virtude
6.

disso, a jurisprudência, antes da entrada em vigor da Lei n. 12.737/2012, passou ao largo de discutir
se a falsificação de cartão de crédito poderia se enquadrar como falsificação de documento
20

particular. A presença do elemento normativo "documento" possibilitou ao aplicador da lei


6.

compreender que o cartão de crédito ou bancário enquadrar-se-ia no conceito de documento


02

particular, para fins de tipificação da conduta, principalmente porque dele constam dados pessoais
do titular e da própria instituição financeira (inclusive na tarja magnética) e que são passíveis de
falsificação. Isso pode ser constatado pelo fato de que os inúmeros processos que aportaram no STJ
antes da edição da referida lei e que tratavam de falsificação de documento particular em casos de
“clonagem” de cartão de crédito não reconheceram a atipicidade da conduta (HC 43.952-RJ, Quinta
Turma, DJ 11/9/2006; HC 116.356-GO, Quinta Turma, DJe 6/4/2009; RHC 19.936-RJ, Quinta Turma,
DJ 11/12/2006; RHC 13.415-CE, Quinta Turma, DJ 3/2/2003; HC 27.520-GO, Sexta Turma, DJ
15/9/2003; entre outros). No mesmo sentido, citam-se precedentes do STF: HC 102.971-RJ, Segunda
Turma, DJe 5/5/2011; e HC 82.582-RJ, Segunda Turma, DJ 4/4/2003; entre outros. Assim, a inserção
do parágrafo único no art. 298 do CP apenas ratificou e tornou explícito o entendimento
jurisprudencial da época, relativamente ao alcance do elemento normativo “documento”,
clarificando que cartão de crédito é considerado documento. Não houve, portanto, uma ruptura
conceitual que justificasse considerar, somente a partir da edição da Lei n. 12.737/2012, cartão de
crédito ou de débito como documento. Inclusive, seria incongruente, a prevalecer a tese da
atipicidade anterior à referida lei, reconhecer que todos os casos antes assim definidos pela
jurisprudência, por meio de legítima valoração de elemento normativo, devam ser desconstituídos

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justamente em virtude da edição de uma lei interpretativa que veio em apoio à própria jurisprudência
já então dominante. Acrescenta-se, ainda, não prosperar o argumento de que é sempre inviável a
retroatividade de uma lei penal interpretativa (se não favorável ao réu), esta compreendida como
norma que não altera o conteúdo ou o elemento da norma interpretada, mas, apenas, traduz o seu
significado. Esse raciocínio, se considerado isoladamente, conduziria à ideia de que a previsão contida
no parágrafo único do art. 298 do CP não poderia retroagir e, por esse ângulo, surgiria um imbróglio,
na medida em que a jurisprudência nunca oscilou quanto ao reconhecimento de que cartão de
crédito é documento para fins do caput do referido artigo. Nesse contexto, há vertente doutrinária
no viés de que: “se o sentido fixado pela lei interpretativa é diferente do atribuído à norma por uma
corrente jurisprudencial uniforme, então a lei nova [...] já não pode ser considerada realmente
interpretativa, mas inovadora.” Isso sugere, a contrario sensu, que o sentido atribuído à norma
interpretativa que estivesse em consonância com a jurisprudência não se caracterizaria como lei
inovadora, no sentido substancial. Na hipótese, repita-se, a jurisprudência era uníssona em
reconhecer que cartão de crédito era documento para fins do caput do art. 298 do CP, o que implica
dizer que a Lei n. 12.737/2012 apenas reproduziu, com palavras mais inequívocas, a jurisprudência
daquela época, tratando-se, desse modo, de lei interpretativa exemplificativa, porquanto o
conceito de "documento" previsto no caput não deixou de conter outras interpretações possíveis.
Por fim, não é possível deixar de salientar que, a não se compreender assim, todos os casos anteriores
4 6
à edição da referida lei e que culminaram em condenação, ou mesmo aqueles que ainda se
4-

encontram em andamento, deveriam ser revistos, embora não tenha ocorrido qualquer ruptura na
23
12

interpretação dada pela jurisprudência ao elemento normativo do tipo antes ou após a inserção do
6.

parágrafo único no art. 298 do CP. REsp 1.578.479-SC, Rel. Min. Maria Thereza de Assis Moura, Rel.
para acórdão Min. Rogério Schietti Cruz, julgado em 2/8/2016, DJe 3/10/2016.
20
6.

ALTERNATIVA E: INCORRETA
02

PROCESSUAL PENAL. INSERÇÃO DE DADO FALSO EM CURRÍCULO LATTES. FALSIDADE IDEOLÓGICA.


ATIPICIDADE. OCORRÊNCIA. TRANCAMENTO DA AÇÃO PENAL. PECULATO-FURTO POR OMISSÃO
RELEVANTE. DESCRIÇÃO FÁTICA INSUFICIENTE. INÉPCIA DA DENÚNCIA. 1 - Documento digital que
pode ter a sua higidez aferida e, pois, produzir efeitos jurídicos, é aquele assinado digitalmente,
conforme a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira (ICP-Brasil). 2 - O currículo inserido na página
digital Lattes do CNPq não é assinado digitalmente, mas decorrente da inserção de dados, mediante
imposição de login e senha, não ostentando, portanto, a qualidade de "documento digital" para fins
penais. 3 - Além disso, como qualquer currículo, material ou virtual, necessita ser averiguado por
quem tem nele tem interesse, o que, consoante consagradas doutrina e jurisprudência, denota
atipicidade na conduta do crime de falsidade ideológica. 4 - A consumação do crime de peculato-
furto por meio de omissão (crime comissivo por omissão) é excepcional e, como tal, há de constar na
denúncia narrativa de como a atuação do recorrente ou, melhor, de como a sua falta de ação deu
causa à figura do ilícito penal. 5 - Descrição, na espécie, insuficiente que limita-se a fazer constar ser
o recorrente Procurador-Geral da Universidade, o que, por óbvio, não é possível aceitar. Inépcia da
incoativa. 6 - Recurso provido para para trancar a ação penal quanto ao crime de falsidade ideológica,
por falta de justa causa, ante a constatada atipicidade e para declarar nula a denúncia, por inépcia,

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no tocante ao crime de peculato, sem prejuízo de que outra peça acusatória seja apresentada com
observância da lei processual penal. RHC 81451 / RJ RECURSO ORDINÁRIO EM HABEAS CORPUS
2017/0043808-8

13. De acordo com o estatuto do desarmamento (Lei 10.826/2003) assinale a única alternativa
correta:
(A) Portar granada de gás lacrimogêneo ou de pimenta configura crime do Estatuto do
Desarmamento.
(B) Configura o crime de posse ilegal de arma de fogo (art. 12 da Lei nº 10.826/2003) a conduta do
agente que mantém sob guarda, no interior de sua residência, arma de fogo de uso permitido com
registro vencido.
(C) Para que haja condenação pelo crime de posse ou porte não é necessário que a arma de fogo
tenha sido apreendida e periciada. No entanto, se a perícia for realizada na arma e o laudo constatar
que a arma não tem nenhuma condição de efetuar disparos não haverá crime.
(D) O porte de arma de fogo a que têm direito os policiais civis se estende aos policiais
aposentados.
(E) Não pratica o crime do art. art. 14 da Lei 10.826/03 o praticante de tiro desportivo que
transporta, municiada, arma de fogo de uso permitido em desacordo com os termos de sua guia
4 6
de tráfego.
4-

24
12

RESPOSTA: C
6.

COMENTÁRIOS
ALTERNATIVA A: INCORRETA
20

A conduta de portar granada de gás lacrimogêneo ou granada de gás de pimenta não se subsome
6.

(amolda) ao delito previsto no art. 16, parágrafo único, III, da Lei 10.826/03. Isso porque elas não se
02

enquadram no conceito de artefatos explosivos.


STJ. 6ª Turma. REsp 1627028/SP, Rel. Min. Maria Thereza de Assis Moura, j. 21/02/17 (Info 599).

ALTERNATIVA B: INCORRETA

Não configura o crime de posse ilegal de arma de fogo (art. 12 da Lei nº 10.826/2003) a conduta do
agente que mantém sob guarda, no interior de sua residência, arma de fogo de uso permitido com
registro vencido. Se o agente já procedeu ao registro da arma, a expiração do prazo é mera
irregularidade administrativa que autoriza a apreensão do artefato e aplicação de multa. A conduta,
no entanto, não caracteriza ilícito penal. STJ. Corte Especial. APn 686-AP, Rel. Min. João Otávio de
Noronha, j. 21/10/15 (Info 572).

ALTERNATIVA C: CORRETA
Para que haja condenação pelo crime de posse ou porte NÃO é necessário que a arma de fogo tenha
sido apreendida e periciada. Assim, é irrelevante a realização de exame pericial para a comprovação
da potencialidade lesiva do artefato. Isso porque os crimes previstos no arts. 12, 14 e 16 da Lei

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10.826/2003 são de mera conduta ou de perigo abstrato, cujo objeto jurídico imediato é a segurança
coletiva.

No entanto, se a perícia for realizada na arma e o laudo constatar que a arma não tem nenhuma
condição de efetuar disparos não haverá crime. Para o STJ, não está caracterizado o crime de porte
ilegal de arma de fogo quando o instrumento apreendido sequer pode ser enquadrado no conceito
técnico de arma de fogo, por estar quebrado e, de acordo com laudo pericial, totalmente inapto para
realizar disparos. Assim, demonstrada por laudo pericial a total ineficácia da arma de fogo e das
munições apreendidas, deve ser reconhecida a atipicidade da conduta do agente que detinha a posse
do referido artefato e das aludidas munições de uso proibido, sem autorização e em desacordo com
a determinação legal/regulamentar.
STJ. 6ª Turma. REsp 1.451.397-MG, Rel. Min. Maria Thereza de Assis Moura, j. 15/9/15 (Info 570).

ALTERNATIVA D: INCORRETA

O porte de arma de fogo a que têm direito os policiais civis não se estende aos policiais aposentados.
Isso porque, de acordo com o art. 33 do Decreto 5.123/2004, que regulamentou o art. 6º da Lei
10.826/2003, o porte de arma de fogo está condicionado ao efetivo exercício das funções 6
institucionais por parte dos policiais, motivo pelo qual não se estende aos aposentados.
4
4-

STJ. 5ª Turma. HC 267.058-SP, Rel. Min. Jorge Mussi, j. 4/12/14 (Info 554).
25
12

ALTERNATIVA E: INCORRETA
6.

É típica (art. 14 da Lei 10.826/2003) a conduta do praticante de tiro desportivo que transportava,
20

municiada, arma de fogo de uso permitido em desacordo com os termos de sua guia de tráfego, a
6.

qual autorizava apenas o transporte de arma desmuniciada. De fato, as armas dos praticantes de tiro
02

desportivo não integram rol dos “registros próprios” (art. 2º, § 1º, do Decreto 5.123/2004), ao menos
para o fim de lhes ser deferido porte de arma. Dispõe, na verdade, sobre guia de tráfego (art. 30, §
1º, do referido Decreto 5.123/2004), licença distinta, a ser expedida pelo Comando do Exército.
Poder-se-ia alegar que a restrição de se ter que trafegar com a arma desmuniciada não constaria de
lei ou regulamento, daí ser ela inócua mesmo que o Exército tenha expedido a guia com essa menção.
Todavia, o legislador foi extremamente cuidadoso ao consignar, claramente, na Lei 10.826/2003, em
seu art. 6º, que é “proibido o porte de arma de fogo em todo o território nacional”, seguindo-se as
ressalvas. Em relação aos atiradores, foi autorizado o porte apenas no momento em que a
competição é realizada. Nos indispensáveis trajetos para os estandes de tiro não se deferiu porte,
mas específica guia de tráfego. Daí, a necessidade de cautelas no transporte. Nesse contexto, em
consideração ao fato de que a prática esportiva de tiro é atividade que conta com disciplina legal, é
plenamente possível o traslado de arma de fogo para a realização de treinos e competições, exigindo-
se, porém, além do registro, a expedição de guia de tráfego (que não se confunde com o porte de
arma) e respeito aos termos desta autorização. Não concordando com os termos da guia, a lealdade
recomendaria que o praticante de tiro desportivo promovesse as medidas jurídicas cabíveis para
eventualmente modificá-la, e não simplesmente que saísse com a arma municiada, ao arrepio do que

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vem determinando a autoridade competente sobre a matéria, o Exército. RHC 34.579-RS, Rel. Min.
Maria Thereza de Assis Moura, julgado em 24/4/2014.

14. O crime de furto, com arrombamento em casa habitada, absorve os delitos de dano e invasão de
domicílio. Nesse caso, o conflito aparente de normas foi solucionado pelo princípio da
(A) consunção.
(B) especialidade.
(C) subsidiariedade.
(D) alternatividade.
(E) legalidade.

RESPOSTA: A
COMENTÁRIOS
Também conhecido como princípio da absorção, a consunção verifica-se quando o crime previsto por
uma norma (consumida) não passa de uma fase de realização do crime previsto por outra
(consuntiva) ou é uma forma normal de transição para o último (crime progressivo). Os fatos aqui
não acham em relação de espécie e gênero, mas de parte a todo, de meio a fim. 4 6
15. Com relação ao erro de tipo e ao erro de proibição, assinale a alternativa INCORRETA:
4-

(A) É isento de pena quem, por erro plenamente justificado pelas circunstâncias, supõe situação de 26
12

fato que, se existisse, tornaria a ação legítima. Não há isenção de pena quando o erro deriva de culpa
6.

e o fato é punível como crime culposo.


20

(B) De acordo com a teoria extremada da culpabilidade, todo e qualquer erro que recaia sobre uma
causa de justificação é erro de proibição.
6.

(C) O erro, sobre a causa do resultado, afasta o dolo ou a culpa, tendo em vista que recai sobre
02

elemento essencial do fato.


(D) O erro de proibição mandamental é aquele que recai sobre uma norma impositiva e, se inevitável,
isenta o agente de pena.
(E) O erro sobre a ilicitude do fato, se inevitável, isenta de pena; se evitável, poderá diminuí-la de um
sexto a um terço.

RESPOSTA: C
COMENTÁRIOS
ITEM A: CORRETO
É a dicção do art. 20, § 1°, CP.

ITEM B: CORRETO
Sim, para a teoria extremada (diferente da limitada), não importa que o erro tenha sido sobre
pressupostos fáticos de uma situação de justificação, limites ou até mesmo existência de uma
justificante. Para esta teoria, tudo será considerado como erro de proibição.

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ITEM C: ERRADO
O erro sobre o nexo causal não incide sobre elemento essencial e sim sobre o nexo que une a conduta
ao resultado (ABERRATIO CAUSAE). Está dentro do conceito de DOLO GERAL onde o agente imagina
que o crime se consumou com sua 1ª conduta porém somente houve a consumação devido condutas
posteriores. Ex: Agente atira para matar, imagina ter se consumado o homicídio, e enterra a vítima
para ocultar o cadáver e a mesma acaba morrendo por asfixia. Fato é que a responsabilidade penal
do autor continua, mas o nexo causal foi distinto do que esse imaginava. O aberratio causae não
exclui o dolo nem a culpa, não isentando o agente de pena, respondendo o agente pelo crime
provocado.

ITEM D: CORRETO
O erro mandamental ocorre nos crimes omissivos. O erro do agente recai sobre uma norma
impositiva, que manda fazer, que está implícita nos tipos omissivos. Por exemplo, alguém que deixa
de prestar socorro porque acredita, por erro, que esta assistência lhe trará risco pessoal, ou seja,
pensa que há o risco, quando este não existe, comete erro de tipo. Porém, se esta mesma pessoa,
consciente da ausência de risco pessoal, consciente da situação de perigo e da necessidade de prestar
socorro não o faz, porque acredita que não está obrigado a fazê-lo pela ausência de qualquer vínculo
com a vítima, incide em erro de proibição mandamental.
4 6
4-

ITEM E: CORRETO
27
12

É a dicção do art. 21, CP.


6.
20

DIREITO PROCESSUAL PENAL


16. Levando em consideração as previsões legais, bem como o entendimento dos tribunais
6.

superiores, assinale a alternativa incorreta:


02

(A) o isolamento, a suspensão e a restrição de direitos não poderá exceder a trinta dias.
(B) para concessão de saídas temporárias pelo juiz da execução não há necessidade de observância
do intervalo mínimo de 45 dias entre uma e outra.
(C) a falta de estabelecimento penal adequado não autoriza a manutenção do condenado em regime
prisional mais gravoso.
(D) o prazo prescricional para punição quanto às faltas disciplinares praticadas no curso da execução
da pena é de três anos.
(E) inadimplemento de parcelas da pena de multa pode autorizar a regressão de regime.

RESPOSTA: A
COMENTÁRIOS
LETRA A: ERRADA – art. 58, caput, da LEP, de fato, traz essa previsão, mas traz a ressalva do regime
disciplinar diferenciado, cujo prazo de duração é de 360 dias, sem prejuízo de repetição da sanção
por nova falta grave de mesma espécie, até o limite de um sexto da pena aplicada, conforme disposto
no art. 52, I. O art. 53 traz o rol das sanções disciplinares, entre as quais se acha o RDD, o isolamento,

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a suspensão e a restrição de direitos e o art. 58 trata exatamente do prazo de aplicação dessas


sanções. Todos esses dispositivos devem ser conjugados para a adequação da resposta.
LETRA B: CORRETA – De fato, o ar. 124, p. 3º da LEP prevê esse intervalo mínimo entre as saídas
temporárias, que será de 45 dias. Porém, nem sempre será observado tal intervalo. Como o
dispositivo em questão já começa a redação com “no demais casos”, vindo logo após o p. 2º, que
trata da saída temporária para frequência a cursos, percebe-se que, no caso de cursos, essa regra de
intervalo mínimo não precisa ser observada. Ainda, conforme entendeu o STJ no REsp 1.544.036,
para as saídas temporárias para visitação à família e atividade relativa ao retorno social limitadas a
cinco por ano, há necessidade de observância do intervalo de 45 dias. Por outro lado, conforme o
tribunal, para as saídas de curta duração, que ocorrem por outros motivos ao longo do ano, nem
sempre havendo pernoite, não se exige esse intervalo mínimo de 45 dias entre uma saída e outra.

LETRA C: CORRETA – Súmula Vinculante 56 traz exatamente essa previsão: “a falta de


estabelecimento penal adequado não autoriza a manutenção do condenado em regime prisional
mais gravoso, devendo-se observar, nesta hipótese, os parâmetros fixados no Recurso Extraordinário
(RE) 641320.” Nos termos deste recurso, cabe ao juiz da execução avaliar os estabelecimentos
voltados a regime aberto e semiaberto para qualificar como adequado ou não e, havendo déficit de
vaga, como o condenado não pode ficar no regime mais gravoso, deverá: determinar sua saída
4 6
antecipada; ou estabelecer sua liberdade com monitoramento eletrônico; ou colocação em prisão
4-

domiciliar; ou cumprimento de penas restritivas; ou verificação da possibilidade de progressão do


28
12

regime fechado para o aberto.


6.

LETRA D: CORRETA – Não há previsão na lei de tal prazo prescricional, trata-se de aplicação analógica
20

da jurisprudência, já que o direito de punir do Estado não pode se eternizar. Assim, entendeu-se pela
6.

aplicação do menor prazo prescricional previsto no CP, qual seja, o de três anos, nos termos do inciso
02

VI, do art. 109. Nesse sentido é o julgamento do HC 114.422 pelo STF.

LETRA E: CORRETA – Em regra, o não pagamento da pena de multa aplicada de forma cumulativa
com a pena privativa de liberdade impede a progressão de regime. Porém, será possível a progressão
se comprovada a efetiva impossibilidade de adimplemento da pena de multa. Caso autorizado pelo
juiz da execução o parcelamento da multa, em havendo a progressão de regime e o compromisso de
quitar as prestações da multa, o inadimplemento injustificado autoriza a regressão. Nesse sentido,
julgamento do EP 16 ProgReg-AgR pelo Plenário do STF.

17. Levando em consideração o entendimento jurisprudencial, bem como a legislação aplicável,


assinale a alternativa correta:
(A) o foro por prerrogativa de função no STF é aplicado aos crimes praticados no exercício do cargo
e em razão dele.
(B) se o réu deixar de ocupar o cargo que justificou seu foro por prerrogativa de função os autos
devem ser remetidos à primeira instância.

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(C) se não for conhecido o local da infração, a competência será determinada pelo local em que o
acusado for encontrado.
(D) na determinação da competência por conexão ou continência, segue-se sempre a regra do local
onde se tenham praticado mais infrações.
(E) os crimes dolosos contra a vida praticados por militares contra civis são de competência da justiça
militar.

RESPOSTA: A
COMENTÁRIOS
LETRA A: CORRETA – No julgamento da AP 937, QO, o STF entendeu por bem reduzir a aplicação do
foro por prerrogativa de função. Entre os fundamentos da decisão, o STF considerou que o foro por
prerrogativa é uma exceção ao princípio da igualdade, razão pela qual deve ser interpretado
restritivamente, assim como todas as normas que excepcionem princípios constitucionais. Ainda,
aplicou a redução teleológica, deixando de aplicar a regra do foro para todo e qualquer crime,
passando a restringi-la somente aos crimes cometidos no exercício do cargo e em razão dele.

LETRA B: INCORRETA: Conforme entendimento trazido pelo STF na AP 937, o fato do parlamentar
deixar de ocupar o cargo pode ou não cessar a competência do STF, a depender da fase do processo:
4 6
se ocorreu antes da instrução criminal, cessa a competência e os autos são remetidos à primeira
4-

instância; mas se o réu deixar de ocupar o carto após o encerramento da instrução, a competência
29
12

do STF subsiste. A alternativa está incorreta e, portanto, deveria ter sido assinalada, porque não fez
6.

qualquer ressalva. Desse modo, evita-se a fraude ao foro e estabelece-se um critério objetivo, já que
se considera encerrada a instrução com a publicação do despacho de intimação para apresentação
20

das alegações finais.


6.
02

LETRA C: INCORRETA: Nos termos do art. 72 do CPP, se não for conhecido o lugar da infração, a
competência será determinada pelo domicílio ou residência do réu. Porém, nos termos do parágrafo
1º desse dispositivo legal, caso o réu tenha mais de uma residência, aí a competência será fixada pela
prevenção. A alternativa não é peremptória ao afirmar que, não sendo conhecido o local da infração,
será caso de aplicação automática da regra da prevenção, mas diz apenas que é possível que assim
seja feito. Ainda, conforme o parágrafo 2º do dispositivo legal em questão, se o réu não tiver
residência certa ou for ignorado seu paradeiro, será competente o juiz que primeiro tomar
conhecimento do fato.

LETRA D: INCORRETA – O art. 78 do CPP traz as regras que devem ser observadas para fixação da
competência nos casos de conexão e continência, devendo ser verificado qual o tipo de concorrência
que se verifica: concorrendo júri e jurisdição comum, prevalece a competência daquele; no concurso
de jurisdições da mesma categoria, aí entram os critérios retratados na alternativa, acrescendo- se a
prevenção: prepondera a competência do lugar em que tenha ocorrido a infração com pena mais
grave; ou do lugar em que tenha ocorrido o maior número de infrações, se todos forem de igual
gravidade; se nenhum desses critérios bastar, aí recorre-se à prevenção; no concurso de jurisdições

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de diversas categorias, prevalece a de maior graduação; e no concurso entre jurisdição comum e


especial, prevalece a especial.

LETRA E: INCORRETA: Trata-se de previsão do art. 9º, parágrafos 1º e 2º do CPM, após a alteração da
Lei n. 13.491/2017. A regra continua sendo a competência da justiça comum e, portanto, do tribunal
do júri, para julgar os crimes dolosos contra a vida praticados por militares contra civis. Porém, a lei
estabelece algumas exceções, entre as quais a indicada na assertiva. São elas: os crimes dolosos
contra a vida praticados por militares das forças armadas contra civil serão julgados pela justiça
militar da União quando praticados no contexto: do cumprimento de atribuições que lhes forem
estabelecidas pelo presidente da república ou pelo ministro de estado da defesa; de ação que envolva
a segurança de instituição militar ou de missão militar, mesmo que não beligerante; ou de atividade
de natureza militar, de operação de paz, de garantia da lei e da ordem ou de atribuição subsidiária,
realizadas em conformidade com o disposto no art. 142 da CF e na forma das seguintes leis: Código
Brasileiro de Aeronáutica, LC 97/99, CPPM e Código Eleitoral.

18. Sobre a interceptação telefônica, assinale a alternativa correta, considerando o disposto na lei
específica e o entendimento da jurisprudência:
(A) o CNMP não tem atribuição para editar resolução tratando sobre interceptação telefônica, ainda
4 6
que no âmbito do Ministério Público, por ser matéria de direito penal e processual penal.
4-

(B) dada a peculiaridade da medida, por excepcionar direito fundamental, a interceptação telefônica
30
12

não pode ser prorrogada durante plantão judiciário nem durante o recesso forense, sendo essa
6.

decisão de competência exclusiva do juiz natural


(C) a denúncia anônima não autoriza a realização de investigação, pois lhe falta credibilidade.
20

(D) pela teoria do crime achado, é possível a ocorrência a utilização de conversa interceptada com
6.

autorização judicial na investigação de crime apenado com detenção.


02

(E) o juiz deverá decidir sobre o pedido de interceptação no prazo máximo de 48hs.

RESPOSTA: D
COMENTÁRIOS
LETRA A: INCORRETA – Em 2009 o CNMP editou a Res. 36, tratando exatamente do pedido e da
utilização de interceptações telefônicas no âmbito do MP, nos termos da Lei n. 9.296/96. E, segundo
entendeu o STF no julgamento da ADI 4263, a resolução é constitucional, pois somente tratou de
regulamentar aspectos administrativos e disciplinares. A resolução aborda, por ex., o trâmite do
pedido, a necessidade de lacração do envelope, de prestação de contas mensal à corregedoria acerca
dos números interceptados etc., não trata, portanto, nem de questões penais nem de questões
processuais, o que implicaria, realmente, em extrapolar as atribuições que a CF, art. 130-A, parágrafo
2º, incisos I e II confere ao CNMP.

LETRA B: INCORRETA – a Res. 59 de 2008 do CNJ buscou uniformizar o procedimento de


interceptação das comunicações telefônicas e sistemas de informática e telemática. Na ADI 4145,
proposta contra tal resolução, o STF julgou pela constitucionalidade, salvo quanto ao artigo 13,

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parágrafo 1º, que trata exatamente da proibição contida na questão: “não será admitido pedido de
prorrogação de prazo de medida cautelar de interceptação de comunicação telefônica, telemática
ou de informática durante o plantão judiciário, ressalvada a hipótese de risco iminente e grave à
integridade ou à vida de terceiros, bem como durante o plantão de recesso previsto no artigo 62 da
Lei n. 5.010/66.” O tribunal entendeu que essa previsão é inconstitucional porque o CNJ extrapolou
sua competência normativa e violou a competência dos estados para editar leis de organização
judiciária (CF, art. 125, parágrafo 1º); a competência legislativa da União para editar suas leis sobre
normas processuais (CF, art. 22, inciso I); e o princípio da inafastabilidade da jurisdição (CF, art. 5º,
inciso XXXV).

LETRA C: INCORRETA – Afirmações muito peremptórias, normalmente, estão equivocadas. É o caso


dessa assertiva. Realmente, ao receber a denúncia anônima, a autoridade policial não pode
simplesmente instaurar o inquérito policial, devendo, antes, verificar a veracidade da informação
recebida. Nesse sentido, a denúncia anônima constitui fonte de informação e de prova, razão pela
qual, no outro extremo, também não pode ser descartada pelo delegado. Neste cenário, o que está
vedado é a realização de investigação que implique no emprego de métodos invasivos, tais como
interceptação telefônica e expedida de mandado de busca e apreensão. Para tais providências, deve
haver um lastro mínimo; por isso que, recebida a denúncia anônima, devem ser realizadas
4 6
investigações preliminares para confirmar a informação recebida, se é factível, verossímil e se merece
4-

credibilidade. Confirmada a mínima aparência de procedência da informação trazida pela denúncia


31
12

anônima, aí sim será possível instaurar o inquérito policial, no bojo do qual a autoridade policial
6.

deverá buscar outros meios de prova que não a interceptação, à qual se recorre apenas em último
caso e quando efetivamente imprescindível. Veja, nesse sentido, STJ, HC 106152.
20
6.

LETRA D: CORRETA – Antes de tudo, deve ser observado que a alternativa não diz ser possível a
02

decretação da interceptação telefônica para o crime apenado com detenção, o que a tornaria errada,
nos termos do artigo 2º, II, da Lei n. 9.296/96. Para a hipótese, podem ser encontrados outros nomes,
como encontro fortuito de provas, teoria da serendipidade. O fato é que, autorizada regularmente a
interceptação telefônica, no curso dela são encontradas provas acerca de outro delito, que sequer
era conhecido, muito menos investigado. Ainda que não se trate de crime conexo, a prova obtida é
considerada lícita, desde que respeitados os requisitos estabelecidos na constituição e na lei
específica para a decretação da quebra.

LETRA E: INCORRETA – Nos termos do art. 4, parágrafo 2º, a decisão judicial sobre o pedido de
interceptação telefônica deverá ocorrer em 24hs.

19. É passível de anulação:


(A) a decisão condenatória proferida em processo criminal que teve origem em inquérito policial
conduzido por autoridade policial amigo íntimo da vítima, já que suspeito.
(B) o ato instrutório praticado por juiz de primeiro grau em ação penal originária do STF ou STJ, em
razão de violação ao princípio do juiz natural e caracterização do tribunal de exceção.

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(C) a instrução em que o magistrado tenha formulado perguntas à testemunha de acusação na


hipótese de não comparecimento do membro do MP à audiência, mesmo tendo sido regularmente
intimado, e insurgência da defesa, por violação aos princípios do contraditório e da ampla defesa.
(D) o depoimento da testemunha que se autoincrimina e a partir daí tem contra si deflagrada ação
penal quando assinado termo de depoimento comprometendo-se a dizer a verdade, ressalvadas as
garantias constitucionais aplicáveis.
(E) o julgamento da apelação ministerial se o advogado, mesmo intimado, deixa de apresentar
contrarrazões, sem que os autos tenham sido encaminhados à defensoria pública para apresentação
da peça, por violação à ampla defesa e ao contraditório.

RESPOSTA: C
COMENTÁRIOS
LETRA A: INCORRETA – não se anula a ação penal a partir de irregularidades verificadas no inquérito
penal, mesmo que tal irregularidade se refira à suspeição do delegado de polícia que presidiu a
investigação. E isso porque o inquérito policial é procedimento administrativo sem contraditório,
formando peça informativa a partir da qual o MP promoverá ou não a ação penal. Ainda, conforme
entendimento do STF, as nulidades são questões afetas ao processo penal, pois relacionadas a
defeitos de ordem jurídica que maculam os atos praticados na ação penal, essa sim submetida ao
4 6
contraditório. Nesse sentido: STF, HC 131450.
4-

32
12

LETRA B: INCORRETA – O art. 3º, inciso III autoriza a delegação dos atos instrutórios: “compete ao
6.

relator: III – convocar desembargadores de Turmas Criminais dos Tribunais de Justiça ou dos
Tribunais Regionais Federais, bem como juízes de varas criminais da Justiça dos Estados e da Justiça
20

Federal, pelo prazo de 6 (seis) meses, prorrogável por igual período, até o máximo de 2 (dois) anos,
6.

para a realização do interrogatório e de outros atos da instrução, na sede do tribunal ou no local


02

onde se deva produzir o ato.”. Reforçando a previsão legal, no julgamento do HC 131164 o STF
decidiu pela possibilidade de delegação pelos ministros, nas ações originárias, dos atos de instrução,
sendo certo que a figura dos juízes instrutores não caracteriza nulidade, uma vez que eles atuam
como longa manus do ministro relator, estando a delegação limitada a atos de instrução, com poder
decisório limitado e restrito a tal objetivo.

LETRA C: CORRETA – Conforme decidiu o STJ no REsp 1.384.978, não há nulidade se o magistrado
determina o registro na ata de audiência da ausência do MP e complementa a inquirição da
testemunha realizada pela defesa. Pode caracterizar nulidade, porém, se demonstrado o efetivo
prejuízo pelo defensor, que se insurge no momento oportuno contra tal conduta do juiz.

LETRA D: INCORRETA – Conforme decidiu o STF no Inq 3983, não há nulidade no depoimento se antes
de ser prestado a testemunha assina termo em que se compromete a dizer a verdade, mas ali consta
que estão ressalvadas as garantias constitucionais aplicáveis, sendo certo que uma delas é
justamente o direito à não-autoincriminação. A aplicação das garantias constitucionais permite que
a testemunha não responda às perguntas que eventualmente possam gerar sua autoincriminação.

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LETRA E: INCORRETA – Conforme decidiu o STF no RHC 133121, não ocorre nulidade no julgamento
da apelação interposta pela acusação desacompanhada das contrarrazões defensivas quando o
advogado constituído, devidamente intimado, não as apresenta. Tendo havido intimação, não se há
falar em cerceamento de defesa, até porque as peças defensivas indispensáveis ao julgamento da
causa foram devidamente apresentadas, como a resposta à acusação. Conforme Renato Brasileiro:
“dúvida não há quanto à obrigatoriedade de apresentação da resposta à acusação. Afinal, o art. 396-
A, § 2º, do CPP, estabelece que ‘não apresentada a resposta no prazo legal, ou se o acusado, citado,
não constituir defensor, o juiz nomeará defensor para oferecê-la, concedendo-lhe vista dos autos por
10 (dez) dias. Portanto, a não apresentação da resposta à acusação implicará em nulidade absoluta,
por força do art. 564, III, ‘e’, do CPP.”.

20. Sobre a vítima na ação penal pública, assinale a alternativa correta:


(A) é possível a impetração de mandado de segurança no caso de arquivamento de inquérito policial,
uma vez que a vítima tem o direito de produzir as provas pertinentes para à elucidação do crime.
(B) há necessidade de comunicação à vítima quanto à colocação do acusado em liberdade, mas não
quanto à sua prisão, pois a intenção da lei é informar à vítima quanto a possível risco, o que só se
verifica diante da liberdade do réu.
4 6
(C) poderá propor ação privada no prazo decadencial de seis, contados do encerramento do prazo
4-

do órgão acusador para oferecimento de denúncia ou determinação da realização de diligências.


33
12

(D) não é possível a fixação de valor mínimo para reparação de dano moral em sentença condenatória
6.

por crime de violência doméstica e familiar contra a mulher.


(E) a vítima não pode formular quesitos nem indicar assistente técnico para realização de perícias,
20

por não ser parte.


6.
02

RESPOSTA: C
COMENTÁRIOS
LETRA A: INCORRETA – Não sendo a vítima a titular da ação penal pública, mas o MP, cabe a ele a
avaliação da presença da justa causa para a deflagração da ação penal, ou continuidade das
diligências que se mostrem necessárias, ou arquivamento do inquérito caso todas as diligências
possíveis já tenham sido realizadas e ainda assim não exista justa causa para oferecimento da
denúncia, ou esteja extinta a punibilidade do agente. Não há um direito líquido e certo da vítima de
impedir o arquivamento do inquérito, já que não participa da ação penal, cabendo ao MP propor o
arquivamento e ao juiz homologar e, caso não concorde com a promoção ministerial, aplicar o art.
28 do CPP e submeter os autos ao PGJ.

LETRA B: INCORRETA – A alternativa contraria a literalidade do art. 201, p. 1º: “o ofendido será
comunicado dos atos processuais relativos ao ingresso e à saída do acusado da prisão, à designação
de data para audiência e à sentença e respectivos acórdãos que a mantenham ou modifiquem”. A
alteração levada a efeito pela lei de 2008 demonstra um novo olhar para a vítima, que passa a ter
mais atenção no sistema processual-penal.

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LETRA C: CORRETA – A alternativa está correta, pois trata da ação penal privada subsidiária da
pública, prevista inciso LIV do art. 5º da CF e no art. 29 do CPP. O art. 38 do último diploma legal
prevê o prazo decadencial de seis meses e traz a ressalva do início da contagem quanto ao
oferecimento da queixa subsidiária. O MP, ao receber o inquérito policial, no caso de réu solto, terá
15 dias (05 para réu preso) para adotar uma de três providências: oferecer denúncia, promover o
arquivamento ou requisitar à autoridade policial novas diligências imprescindíveis à formação da
opinio delicti. Findo o prazo sem qualquer manifestação ministerial, começa a contar o prazo
decadencial para propositura da queixa subsidiária.

LETRA D: INCORRETA – O STJ, no julgamento do Resp 1.643.051 decidiu pelo cabimento da fixação
de valor mínimo a título de reparação de danos morais em sentença condenatória por delito
praticado com a incidência da Lei Maria da Penha. Trata-se de previsão constante no inciso IV art.
387 do CPP “o juiz, ao proferir sentença condenatória: (...) IV 0 fixará o valor mínimo para reparação
dos danos causados pela infração, considerando os prejuízos sofridos pelo ofendido”. Como a lei não
fala em qual o tipo de prejuízo, o tribunal entendeu que podem ser de natureza material ou moral.
Porém, para o cabimento da fixação do valor, deve haver pedido expresso, seja da acusação, seja da
ofendida, mas não há necessidade de especificação da quantia nem de instrução probatória.
4 6
4-

LETRA E: INCORRETA – A alternativa contraria a redação do art. 159, p. 3º, do CPP: “o exame de corpo
34
12

de delito e outras perícias serão realizados por perito oficial, portador de diploma de curso superior.
6.

(...) § Serão facultadas ao Ministério Público, ao assistente de acusação, ao ofendido, ao querelante


e ao acusado a formulação de quesitos e indicação de assistente técnico.”.
20
6.

21. Acerca da inicial acusatória, é correto afirmar que:


02

(A) o Ministério Público somente poderá aditar a queixa-crime se se tratar de ação penal privada
subsidiária da pública, não podendo fazê-lo na hipótese de ação penal privada por natureza.
(B) conforme entendimento dos tribunais superiores, somente se aplica o princípio da indivisibilidade
à ação penal privada.
(C) a renúncia é instituto que somente pode ser reconhecido diante da expressa manifestação de
vontade do querelante, não sendo possível o reconhecimento da renúncia tácita quanto ao direito
de queixa porque foram excluídos alguns autores ou partícipes da queixa-crime.
(D) a invocação da teoria do domínio do fato é suficiente para imputar o crime de evasão de divisas
ao diretor presidente da empresa utilizada para a prática delitiva, pois o cargo implica no
conhecimento do ilícito penal e, consequentemente, na concorrência para o resultado.
(E) o prazo para oferecimento de denúncia por crime previsto na Lei de Drogas é de 05 dias para réu
preso e 10 para réu solto.

RESPOSTA: B
COMENTÁRIOS

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LETRA A: INCORRETA – O MP pode aditar a queixa-crime mesmo na hipótese de ação penal privada,
já que atua na condição de fiscal da lei e intervém na ação. O art. 45 do CPP autoriza o aditamento:
“a queixa, ainda quando a ação penal for privativa do ofendido, poderá ser aditada pelo Ministério
Público, a quem caberá intervir em todos os termos subsequentes do processo.”

LETRA B: CORRETA – Pela redação do art. 48 do CPP, o princípio da indivisibilidade, de fato, só é


aplicado às ações penais privadas. É a posição que prevalece no STF e no STJ, para os quais não se há
falar em indivisibilidade na ação penal pública. Não é, entretanto, o entendimento de parte da
doutrina, como Renato Brasileiro, Tourinho Filho etc., para quem, havendo indícios de autoria
suficientes, o MP deve denunciar todos os envolvidos.

LETRA C: INCORRETA – Não é o entendimento nem da doutrina nem da jurisprudência. Nesse sentido:
STJ, HC 186.405. Trata-se de decorrência do princípio da indivisibilidade previsto no art. 48 do CPP.
Assim, se o querelante promove a ação penal contra apenas um ou alguns dos autores do fato, deve
ser avaliado se os demais foram excluídos da queixa-crime por ato voluntário. E isso porque,
configurada a omissão voluntária, ou seja, o querelante, deliberadamente, não incluiu todos os
autores do fato na queixa, resta configurada a renúncia tácita em relação aos excluídos, cabendo ao
magistrado rejeitar a queixa e declarar extinta a punibilidade de todos. Por outro lado, configurada
4 6
uma omissão involuntária por parte do querelante, o MP, na qualidade de fiscal do princípio da
4-

indivisibilidade, deverá requerer a intimação do querelante para fins de aditar a queixa, incluindo
35
12

todos os autores do fato, sob pena, aí sim, de renúncia em relação aos excluídos e extinção da
6.

punibilidade em relação a todos. Veja, nesse sentido, a explicação de Renato Brasileiro.


20

LETRA D: INCORRETA – É possível a invocação da teoria do domínio do fato, conforme entendimento


6.

da doutrina e da jurisprudência. Porém, não é ela suficiente para a imputação delitiva, havendo
02

necessidade de descrição do fato praticado, ainda que pautado no domínio final, sob pena de inépcia
da denúncia. Nesse sentido foi o julgamento do HC 127397 do STF, para quem a teoria do domínio
do fato deve vir acompanhada de indícios suficientes de que o imputado, que no caso era diretor
presidente da empresa, além do conhecimento acerca da prática da evasão de divisas, tenha,
também, dirigido finalisticamente a atuação dos demais acusados. A simples posição hierárquica não
é suficiente para a imputação.

LETRA E: INCORRETA – O prazo para oferecimento da denúncia na Lei n. 11.343/06 é comum, tanto
para réu preso como para réu solto, e é de 10 dias, nos termos do art. 54, caput, da lei.

22. Não se trata de enunciado de súmula vinculante:


(A) só é lícito o uso de algemas em casos de resistência e de fundado receio de fuga ou perigo à
integridade física alheia, por parte do preso ou de terceiros, justificada a excepcionalidade por
escrito, sob pena de responsabilidade disciplinar, civil e penal do agente ou da autoridade e de
nulidade da prisão ou do ato processual a que se refere, sem prejuízo da responsabilidade civil do
Estado.

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(B) é direito do defensor, no interesse do representado, ter acesso amplo aos elementos de prova
que, já documentados em procedimento investigatório realizado por órgão com competência de
polícia judiciária, digam respeito ao exercício do direito de defesa.
(C) para efeito de progressão de regime no cumprimento de pena por crime hediondo ou equiparado,
o juízo da execução observará a inconstitucionalidade do art. 2º da Lei in. 8.072/90, sem prejuízo de
avaliar se o condenado preenche, ou não, os requisitos objetivos e subjetivos do benefício, podendo
determinar, para tal fim, de modo fundamentado, a realização de exame criminológico.
(D) a homologação da transação penal prevista no art. 76 da Lei n. 9.099/95 não faz coisa julgada
material e, descumpridas suas cláusulas, retoma-se a situação anterior, possibilitando-se ao
Ministério Público a continuidade da persecução penal mediante oferecimento de denúncia ou
requisição de inquérito policial.
(E) compete à justiça federal comum processar e julgar civil denunciado pelos crimes de falsificação
e de uso de documento falso quando se tratar de falsificação de caderneta de inscrição e registro ou
de carteira de habilitação de amador, ainda que expedidas pela Marinha do Brasil.

RESPOSTA: A
COMENTÁRIOS
LETRA A: INCORRETA – Essa alternativa deve ser assinalada porque, apesar de refletir quase que a
4 6
integralidade da súmula vinculante 11, omite a possibilidade de uso de algemas em razão de perigo
4-

à integridade física própria, fazendo menção apenas à alheia.


36
12
6.

LETRA B: CORRETA – Trata-se da súmula vinculante 14.


20

LETRA C: CORRETA – Trata-se da súmula vinculante 26.


6.
02

LETRA D: CORRETA – Trata-se da súmula vinculante 35.

LETRA E: CORRETA – Trata-se da súmula vinculante 36.

23. Acerca das intimações no processo penal, assinale a alternativa correta, levando em consideração
as previsões do Código de Processo Penal e a jurisprudência sobre o tema:
(A) se não houver intimação da defensoria pública quanto à data de julgamento de habeas corpus
haverá nulidade.
(B) para que seja reconhecida a ilegitimidade ativa do Ministério Público relativa à propositura de
ação civil ex delicto na qualidade de substituto de menor carente é necessário que tenha havido a
intimação da defensoria pública para tomar ciência da demanda.
(C) diante do direito à autodefesa, irrenunciável, é constitucional a previsão que autoriza a condução
coercitiva do acusado para interrogatório.
(D) a intimação da sentença ao acusado sempre será pessoal, ainda que seu advogado constituído
tenha sido intimado.

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(E) estando o acusado solto, a intimação de seu advogado constituído quanto à pronúncia, dispensa
a sua intimação pessoal.

RESPOSTA: B
COMENTÁRIOS
LETRA A: INCORRETA – Conforme entendimento do STF no HC 134.904, a intimação pessoal da
defensoria pública relativa à data de julgamento de habeas corpus somente será necessária se
houver pedido de sustentação oral. Do contrário, a intimação é dispensável e não há qualquer
nulidade.

LETRA B: CORRETA – De fato, em razão da inconstitucionalidade progressiva do art. 68 do CPP, a


legitimidade para propor a ação civil ex delicto, nos locais em que haja defensoria pública
estruturada, é dessa instituição, não do MP. Porém, antes de o magistrado reconhecer a ilegitimidade
ativa ministerial, deverá intimar a defensoria pública a fim de que tome conhecimento dessa ação e,
se for o caso, assuma o polo ativo, sob pena de violação ao art. 68 do CPP. Nesse sentido foi o
julgamento do STJ no REsp 888.081

LETRA C: INCORRETA – O art. 260 do CPP prevê que “se o acusado não atender à intimação para o
4 6
interrogatório, reconhecimento ou qualquer outro ato que, sem ele, não possa ser realizado, a
4-

autoridade poderá mandar conduzi-lo à sua presença.”. Porém, no julgamento das ADPF’s 395 e 444
37
12

o STF entendeu pela não recepção desse dispositivo legal pela CF/88. Portanto, não é possível a
6.

condição coercitiva do acusado para interrogatório, sob pena de responsabilidade administrativa,


civil e penal da autoridade e invalidação das provas obtidas a partir daí, sem prejuízo da
20

responsabilidade civil do Estado.


6.
02

LETRA D: INCORRETA – O at. 392, incisos I e II trata da intimação da sentença ao acusado, devendo
ser observado se ele está preso ou solto. O réu preso sempre deve ser intimado pessoalmente,
enquanto que o réu solto poderá ser intimado pessoalmente, ou na pessoa do defensor por ele
constituído.

LETRA E: INCORRETA – O art. 420, incisos I e II, do CPP, determina a necessidade de intimação pessoal
do acusado acerca da pronúncia, independente da intimação do advogado constituído ou da
defensoria pública. Salvo se, solto, não for encontrado para intimação, hipótese em que será
intimado por edital, nos termos do parágrafo único do mesmo dispositivo legal.

24. Acerca dos impedimentos e das suspeições, assinale a alternativa correta:


(A) o juiz deve se dar por suspeito apenas nos casos previstos na lei.
(B) o juiz somente será tido por impedido nos casos previstos em lei.
(C) o magistrado que atuou como corregedor em processo administrativo está impedido de julgar o
réu em processo criminal.

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(D) o promotor de justiça que atuou na fase investigatória criminal está impedido de oferecer a
denúncia.
(E) a dissolução do casamento que deu causa ao impedimento ou suspeição decorrente de
parentesco por afinidade faz cessar, automaticamente, o impedimento ou suspeição.

RESPOSTA: B
COMENTÁRIOS
LETRA A: INCORRETA – O rol previsto no art. 254 do CPP, conforme decidiu o STJ no HC 69.927, é
exemplificativo.

LETRA B: CORRETA – Ao contrário do rol das suspeições, o rol dos impedimentos, previsto no art. 252
do CPP, conforme entendeu o STJ no julgamento dos HC’s 94089 e 162.491, é taxativo.

LETRA C: INCORRETA – Como dito na alternativa B, o rol dos impedimentos é taxativo e, portanto, o
juiz que foi corregedor no processo administrativo, não está impedido de julgar o processo criminal
que tramita contra o mesmo acusado. Veja os julgados do STJ já mencionados acerca da taxatividade
do rol de impedimentos, combinado com a decisão proferida pelo STF no RHC 131735, que trata
especificamente de inexistência desse impedimento, diante da impossibilidade de interpretação
4 6
extensiva para criação de novas causas de impedimento que não as previstas na lei.
4-

38
12

LETRA D: INCORRETA – Nos termos da súmula 232 do STJ, “a participação de membro do Ministério
6.

Público na fase investigatória criminal não acarreta o seu impedimento ou suspeição para
oferecimento da denúncia.”. Lembre-se que o rol dos impedimentos e taxativo, conforme já
20

mencionado, o que se aplica aqui por analogia.


6.
02

LETRA E: INCORRETA – Nos termos do art. 255 do CPP, não é automática a cessação do impedimento
ou da suspeição, devendo ser verificado se há descendentes: “o impedimento ou suspeição
decorrente de parentesco por afinidade cessará pela dissolução do casamento que lhe tiver dado
causa, salvo sobrevindo descendentes; mas, ainda que dissolvido o casamento sem descendentes,
não funcionará como juiz o sogro, o padrasto, o cunha, o genro ou enteado de quem for parte no
processo.”.

25. Sobre os recursos, assinale a alternativa incorreta:


(A) o termo inicial do prazo para interposição de recurso supletivo pelo assistente começa com o
termo final do prazo para interposição do recurso pela acusação.
(B) mesmo sendo o Ministério Público o titular da ação penal pública, na hipótese de pedido de
absolvição feito pelo promotor de justiça em plenário do júri, o assistente de acusação tem
legitimidade para recorrer da decisão absolutória.
(C) interposto o recurso de apelação, o recorrente terá sempre oito dias para apresentação das
razões e o recorrido, o mesmo prazo para apresentar as contrarrazões.

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(D) cabe recurso em sentido estrito das decisões que julgam procedentes as exceções, salvo a de
suspeição.
(E) há previsão expressa na legislação processual penal do princípio da fungibilidade recursal.

RESPOSTA: C
COMENTÁRIOS
LETRA A: CORRETA – Se o recurso é supletivo, deve ser esgotado o prazo recursal da acusação, findo
o qual, aí sim, inicia-se a contagem para interposição do recurso supletivo. É a redação da súmula
448 do STF “o prazo para o assistente recorrer supletivamente começa a correr imediatamente após
o transcurso do prazo do Ministério Público”.

LETRA B: CORRETA – O assistente de acusação, neste caso, poderá interpor recurso supletivo, pois
tem legitimidade nos termos do CPP, art. 598, mesmo diante do pedido de absolvição feito pela
acusação. Nesse sentido foi o julgamento do REsp 1.451.720 pelo STJ.

LETRA C: INCORRETA – Nos termos do art. 600 do CPP, o prazo será de oito dias para os processos de
crime, sendo de três dias nos processos de contravenção: “assinado o termo de apelação, o apelante
e, depois dele, o apelado, terão o prazo de oito dias cada um para oferecer razões, salvo nos
4 6
processos de contravenção, em que o prazo será de três dias.”.
4-

39
12

LETRA D: CORRETA – A alternativa afirma que cabe RESE das decisões que julgam as exceções, sem
6.

excepcionar as de suspeição, nos termos do art. 581, III, do CPP: “caberá recurso, no sentido estrito,
da decisão, despacho ou sentença: III – que julgar procedentes as exceções, salvo a de suspeição.”.
20
6.

LETRA E: CORRETA – O CPP, art. 579, prevê, expressamente, tal princípio: “salvo hipótese de má-fé,
02

a parte não será prejudicada pela interposição de um recurso por outro.”

26. Compete à justiça federal:


(A) o processo e julgamento de qualquer crime de disponibilização ou aquisição de material
pornográfico envolvendo criança ou adolescente.
(B) o processo e julgamento dos crimes de violação de direito autoral e contra a lei de software
relacionados com o card sharing.
(C) o processo e julgamento de crimes ambientais.
(D) o processo e julgamento de contravenção penal que tenha a União como vítima.
(E) o processo e julgamento dos crimes cometidos a bordo de navios ou aeronaves.

RESPOSTA: B
COMENTÁRIOS
LETRA A: INCORRETA – A alternativa é muito genérica e coloca que tais delitos são julgamentos pela
justiça estadual pura e simplesmente. Porém, a forma de execução do crime é extremamente
relevante para fins de definição da competência. Com efeito, o STF, no julgamento do RE 6282624

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decidiu que tais crimes, previstos nos arts. 241, 241-A e 241-B, do ECA, serão julgados pela justiça
federal quando cometidos por meio da rede mundial de computadores. No mesmo sentido, veja o
julgamento do CC 150.564, STJ, que reconheceu a competência da justiça federal quando
caracterizada a internacionalidade da conduta. A publicação na internet, por permitir acesso por
qualquer pessoa, de qualquer lugar, configura a internacionalidade. Diferente é a situação de
transmissão do material pornográfico de forma privada, por aplicativos como WhatsApp, Messenger
etc., situação em que, apesar do uso da internet, a comunicação é entre pessoas certas e
determinadas, o agente escolhe a quem manda o material pornográfico, sendo certo que a
comunicação privada não está disponível a qualquer pessoa, pois não se trata de ambiente virtual de
livre acesso. Neste caso a competência é da justiça estadual.

LETRA B: CORRETA – A competência para processo e julgamento desses crimes é da justiça federal,
uma vez que envolve o compartilhamento ilícito de sinal de TV por assinatura, via satélite ou cabo,
com uso do serviço de card sharing. Diante do bem jurídico tutelado, fica caracterizado o interesse
federal no julgamento. Foi nesse sentido o julgamento do CC 150.629 pelo STJ.

LETRA C: INCORRETA – A competência para o processo e julgamento de crimes ambientais não é


automática da justiça federal. Por ex., no caso de crimes ambientais envolvendo animais silvestres,
4 6
em extinção, exóticos ou protegidos por compromissos internacionais diante do caráter
4-

transnacional, em razão da ameaça de extinção ou porque envolvem animais exóticos, ou porque os


40
12

espécimes são protegidos por compromissos internacionais assumidos pelo Brasil, aí a competência
6.

será da Justiça Federal. Foi nesse sentido o julgamento do RE 835558 pelo STF.
20

LETRA D: INCORRETA – O art. 109, IV, da CF, expressamente exclui da competência da justiça federal
6.

as contravenções: “aos juízes federais compete processar e julgar: IV – os crimes políticos e as


02

infrações penais praticadas em detrimento de bens, serviços ou interesse da União ou de suas


entidades autárquicas ou empresas públicas, excluídas as contravenções e ressalvada a competência
da Justiça Militar e da Justiça Eleitoral”. Portanto, apenas a justiça estadual julga contravenções
penais, ainda que praticadas em detrimento de bens, serviços ou interesses da União.

LETRA E: INCORRETA – O art. 109, IX, da CF determina que é competência da justiça federal o
processo e julgamento dos “crimes cometidos a bordo de navios ou aeronaves, ressalvada a
competência da Justiça Militar”. Portanto, nem sempre a competência será da justiça federal, deve
ser feita a ressalva da justiça militar.

27. Assinale a alternativa que reflete o entendimento dos tribunais superiores acerca do acordo de
colaboração premiada:
(A) o poder judiciário intervém no acordo de colaboração premiada apenas ao final, a fim de verificar
a presença dos requisitos legais de validade e existência, sendo indispensável a sua homologação.
(B) se o colaborador não tiver foro por prerrogativa de função não há necessidade de submissão do
acordo para homologação pelo tribunal, cabendo tal ato ao magistrado de primeira instância.

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(C) a decisão do juiz que avalia o acordo de delação premiada é de mérito, já que há necessidade de
análise das declarações do colaborador.
(D) considerando que não cabe ao magistrado a análise do conteúdo do acordo de delação premiada,
não pode avaliar o teor das declarações prestadas pelo colaborador, em nenhuma hipótese.
(E) no caso de acordo de colaboração premiada envolvendo investigado ou réu que tenha foro por
prerrogativa de função, cabe ao tribunal competente, pelo seu órgão colegiado, homologar o acordo.

RESPOSTA: A
COMENTÁRIOS
LETRA A: CORRETA – Realmente, as tratativas do acordo de colaboração premiada tramitam
exclusivamente entre Ministério Público e colaborador, sem a intervenção do poder judiciário, uma
vez que essa espécie de prova não se submete ao princípio da reserva de jurisdição e, portanto, não
demanda autorização judicial para sua realização. Nesse sentido foi o julgamento do STF na Pet. 7074.

LETRA B: INCORRETA – Não é o fato de o colaborador ter foro por prerrogativa de função que deve
ser analisado, mas sim aqueles que são por ele mencionados, ou seja, se há a delação de alguma
autoridade submetida a foro por prerrogativa de função, haverá necessidade, sim de homologação
deste acordo pelo tribunal competente para processar e julgar a autoridade. Também há necessidade
4 6
de que o acordo seja celebrado entre o delator e o PGR.
4-

41
12

LETRA C: INCORRETA – A decisão judicial acerca do acordo de colaboração premiada é meramente


6.

homologatória, não julga o mérito da pretensão acusatória. Trata-se de resolução de questão


incidente. O magistrado deve se limitar ao pronunciamento sobre a regularidade, voluntariedade e
20

legalidade do acordo, conforme previsão do art. 4º, p. 7º, da Lei n. 12.850/13. Ressalte-se que não
6.

cabe ao juiz a emissão de juízo de valor acerca do conteúdo do acordo. A análise do conteúdo do
02

acordo deve ser feita em cotejo com as demais provas produzidas nos autos, quando da prolação da
sentença, conforme art. 4º, p. 11, da lei. Veja, nesse sentido, STF, Pet. 7074.

LETRA D: INCORRETA – A alternativa está errada porque coloca que, em nenhuma situação, pode o
juiz analisar o conteúdo das declarações. De fato, na cabe ao judiciário verificar o teor do que foi
relatado pelo colaborador, já que não pode antecipar o juízo de valor acerca dos termos. Porém,
deve verificar se há flagrante ofensa ao ordenamento jurídico. Não se trata de análise do conteúdo
meritório, limitando-se à verificação dos aspectos formais e legais do acordo. Veja, ainda, o
julgamento do STF, Pet 7074.

LETRA E: INCORRETA – A alternativa está errada porque a competência para homologação é do


relator, que deverá, monocraticamente, verificar a regularidade, a legalidade e a voluntariedade do
acordo, conforme estabelece o art. 4º, p. 7º. Ao órgão colegiado caberá, na decisão final de mérito,
avaliar se houve cumprimento do acordo antes homologado, bem como sua eficácia, nos termos do
p. 11 do mesmo dispositivo legal.

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DIREITO CONSTITUCIONAL
28. Assinale a alternativa que contenha um enunciado de Súmula do Superior Tribunal de Justiça
inteiramente correto:
(A) Na ação de mandado de segurança se admite condenação em honorários advocatícios.
(B) Cabe mandado de segurança contra ato praticado em licitação promovida por sociedade de
economia mista ou empresa pública. (Súmula 333, PRIMEIRA SEÇÃO, julgado em 13/12/2006, DJ
14/02/2007 p. 246)
(C) A impetração de segurança por terceiro, contra ato judicial, se condiciona a interposição de
recurso.
(D) Os créditos de natureza alimentícia gozam de preferência, vinculados aos precatórios da ordem
cronológica dos créditos de natureza diversa.
(E) Os atos do presidente do tribunal que disponham sobre processamento e pagamento de
precatório não têm caráter administrativo, mas judicial.

RESPOSTA: B
COMENTÁRIOS
(A) Incorreta. Súmula 105 - Na ação de mandado de segurança não se admite condenação em
honorários advocatícios. (Súmula 105, CORTE ESPECIAL, julgado em 26/05/1994, DJ 03/06/1994 p.
4 6
13885).
4-

(B) Correta. 42
12

(C) Incorreta. Súmula 202 - A impetração de segurança por terceiro, contra ato judicial, não se
6.

condiciona a interposição de recurso. (Súmula 202, CORTE ESPECIAL, julgado em 17/12/1997, DJ


20

02/02/1998)
(D) Incorreta. Súmula 144 - Os créditos de natureza alimentícia gozam de preferência, desvinculados
6.

os precatórios da ordem cronológica dos créditos de natureza diversa. (Súmula 144, CORTE ESPECIAL,
02

julgado em 10/08/1995, DJ 18/08/1995 p. 25079)


(E) Incorreta. Súmula 311 - Os atos do presidente do tribunal que disponham sobre processamento
e pagamento de precatório não têm caráter jurisdicional.

29. Assinale a alternativa que contenha um enunciado de súmula do Superior Tribunal de Justiça
incorreto:
(A) O mutuário do SFH não pode ser compelido a contratar o seguro habitacional obrigatório com a
instituição financeira mutuante ou com a seguradora por ela indicada.
(B) A exigência de acordo entre o credor e o devedor na escolha do agente fiduciário aplica-se,
exclusivamente, aos contratos não vinculados ao Sistema Financeiro da Habitação SFH.
(C) A fixação do horário bancário, para atendimento ao público, é da competência da União.
(D) A comissão de permanência e a correção monetária são cumuláveis.
(E) A comprovação da mora é imprescindível à busca e apreensão do bem alienado fiduciariamente.

RESPOSTA: D
COMENTÁRIOS

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(A) Correto.
(B) Correto.
(C) Correto.
(D) Incorreto. Súmula 30: A comissão de permanência e a correção monetária são inacumuláveis.
(Súmula 30, SEGUNDA SEÇÃO, julgado em 09/10/1991, DJ 18/10/1991).
(E) Correta.

30. Assinale a alternativa que não corresponde a enunciado de Súmula Vinculante:


(A) Compete à Justiça Federal comum processar e julgar civil denunciado pelos crimes de falsificação
e de uso de documento falso quando se tratar de falsificação da Caderneta de Inscrição e Registro
(CIR) ou de Carteira de Habilitação de Amador (CHA), ainda que expedidas pela Marinha do Brasil.
(B) A homologação da transação penal prevista no artigo 76 da Lei 9.099/1995 não faz coisa julgada
material e, descumpridas suas cláusulas, retoma-se a situação anterior, possibilitando-se ao
Ministério Público a continuidade da persecução penal mediante oferecimento de denúncia ou
requisição de inquérito policial.
(C) A falta de estabelecimento penal adequado não autoriza a manutenção do condenado em regime
prisional mais gravoso, devendo-se observar, nessa hipótese, os parâmetros fixados no RE
641.320/RS.
4 6
(D) A medida provisória não apreciada pelo congresso nacional podia, até a Emenda Constitucional
4-

32/2001, ser reeditada dentro do seu prazo de eficácia de trinta dias, mantidos os efeitos de lei desde
43
12

a primeira edição.
6.

(E) Quando alugado a terceiros, não permanece imune ao IPTU o imóvel pertencente a qualquer das
entidades referidas pelo art. 150, VI, “c”, da Constituição Federal, ainda que o valor dos aluguéis seja
20

aplicado nas atividades para as quais tais entidades foram constituídas.


6.
02

RESPOSTA: E
COMENTÁRIOS
(A) Correta.
(B) Correta.
(C) Correta.
(D) Correta.
(E) Incorreta. Súmula Vinculante 52. Ainda quando alugado a terceiros, permanece imune ao IPTU o
imóvel pertencente a qualquer das entidades referidas pelo art. 150, VI, “c”, da Constituição Federal,
desde que o valor dos aluguéis seja aplicado nas atividades para as quais tais entidades foram
constituídas.

31. Assinale a alternativa que contenha enunciado correto de Súmula do Supremo Tribunal Federal:
(A) Cabe reclamação ainda que já houver transitado em julgado o ato judicial que se alega tenha
desrespeitado decisão do Supremo Tribunal Federal.
(B) Cabe recurso extraordinário contra acórdão que defere medida liminar.

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(C) A imunidade tributária conferida a instituições de assistência social sem fins lucrativos pelo art.
150, VI, c, da Constituição, somente alcança as entidades fechadas de previdência social privada se
houver contribuição dos beneficiários.
(D) Não pode o magistrado deixar de encaminhar ao Supremo Tribunal Federal o agravo de
instrumento interposto da decisão que não admite recurso extraordinário, ainda que referente a
causa instaurada no âmbito dos juizados especiais.
(E) São da competência legislativa da União a definição dos crimes de responsabilidade e o
estabelecimento das respectivas normas de processo e julgamento, podendo os Estados e os
Municípios legislarem a respeito com relação aos processos que tramitam em suas Assembleias
Legislativas e Câmaras de Vereadores.

RESPOSTA: C
COMENTÁRIOS
(A) Incorreta. SÚMULA 734. Não cabe reclamação quando já houver transitado em julgado o ato
judicial que se alega tenha desrespeitado decisão do Supremo Tribunal Federal.
(B) Incorreta. Súmula 735. Não cabe recurso extraordinário contra acórdão que defere medida
liminar.
(C) Correta.
4 6
(D) Incorreta. Súmula 727. Não pode o magistrado deixar de encaminhar ao Supremo Tribunal
4-

Federal o agravo de instrumento interposto da decisão que não admite recurso extraordinário, ainda
44
12

que referente a causa instaurada no âmbito dos juizados especiais.


6.

(E) Incorreta. Súmula 722. São da competência legislativa da União a definição dos crimes de
responsabilidade e o estabelecimento das respectivas normas de processo e julgamento.
20
6.

32. Sobre a recente jurisprudência do Superior Tribunal de Justiça, é incorreto dizer que:
02

(A) É inadmissível o restabelecimento do nome de solteiro na hipótese de dissolução do vínculo


conjugal pelo falecimento do cônjuge, possibilidade reservada para as demais hipóteses de
dissolução em vida.
(B) É inadmissível a homologação de acordo extrajudicial de retificação de registro civil de menor em
juízo sem a observância dos requisitos e procedimento legalmente instituído para essa finalidade.
(C) O bem de família é IMPENHORÁVEL quando for dado em garantia real de dívida por um dos sócios
da pessoa jurídica, cabendo ao credor o ônus da prova de que o proveito se reverteu à entidade
familiar.
(D) O bem de família é PENHORÁVEL quando os únicos sócios da empresa devedora são os titulares
do imóvel hipotecado, sendo ônus dos proprietários a demonstração de que não se beneficiaram dos
valores auferidos. Assim, é possível a penhora de bem de família dado em garantia hipotecária pelo
casal quando os cônjuges forem os únicos sócios da pessoa jurídica devedora.
(E) Constatado o caráter manifestamente excessivo da cláusula penal contratada, o magistrado
deverá, independentemente de requerimento do devedor, proceder à sua redução.

RESPOSTA: A

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COMENTÁRIOS
(A) Incorreta. É admissível o restabelecimento do nome de solteiro na hipótese de dissolução do
vínculo conjugal pelo falecimento do cônjuge. STJ. 3ª Turma. REsp 1.724.718-MG, Rel. Min. Nancy
Andrighi, julgado em 22/05/2018 (Info 627).
(B) Correta. STJ. 3ª Turma. REsp 1.698.717-MS, Rel. Min. Nancy Andrighi, julgado em 05/06/2018
(Info 627).
(C) Correta. STJ. 2ª Seção. EAREsp 848.498-PR, Rel. Min. Luis Felipe Salomão, julgado em 25/04/2018
(Info 627).
(D) Correta. STJ. 2ª Seção. EAREsp 848.498-PR, Rel. Min. Luis Felipe Salomão, julgado em 25/04/2018
(Info 627).
(E) Correta. Fundamento: CC/Art. 413. A penalidade deve ser reduzida equitativamente pelo juiz se
a obrigação principal tiver sido cumprida em parte, ou se o montante da penalidade for
manifestamente excessivo, tendo-se em vista a natureza e a finalidade do negócio. STJ. 4ª Turma.
REsp 1.447.247-SP, Rel. Min. Luis Felipe Salomão, julgado em 19/04/2018 (Info 627).

33. Sobre a recente jurisprudência do Supremo Tribunal Federal, é correto dizer que:
(A) Verifica-se a existência de dolo eventual no ato de dirigir veículo automotor sob a influência de
álcool, além de fazê-lo na contramão. Esse é, portanto, um caso específico que evidencia a diferença
4 6
entre a culpa consciente e o dolo eventual. O condutor assumiu o risco ou, no mínimo, não se
4-

preocupou com o risco de, eventualmente, causar lesões ou mesmo a morte de outrem.
45
12

(B) O descaminho é crime tributário material. Logo, para que seja proposta ação penal por
6.

descaminho é necessária a prévia constituição definitiva do crédito tributário.


(C) Simples fato de ter recebido a propina em espécie configura lavagem de dinheiro.
20

(D) O instituto da remição exige, necessariamente, a prática de atividade laboral ou educacional.


6.

Trata-se de reconhecimento pelo Estado do direito à diminuição da pena em virtude de trabalho


02

efetuado pelo detento. Todavia, por determinadas razões, se admite a remição ficta da pena.
(E) A imunidade tributária prevista no art. 150, VI, “d”, da Constituição Federal, abarca o maquinário
utilizado no processo de produção de livros, jornais e periódicos.

RESPOSTA: A
COMENTÁRIOS
(A) Correta. STF. 1ª Turma. HC 124687/MS, rel. Min. Marco Aurélio, red. p/ o ac. Min. Roberto
Barroso, julgado em 29/5/2018 (Info 904).
(B) Incorreta. O descaminho é crime tributário FORMAL. Logo, para que seja proposta ação penal por
descaminho não é necessária a prévia constituição definitiva do crédito tributário. Não se aplica a
Súmula Vinculante 24 do STF. O crime se consuma com a simples conduta de iludir o Estado quanto
ao pagamento dos tributos devidos quando da importação ou exportação de mercadorias. STJ. 6ª
Turma. REsp 1.343.463-BA, Rel. para acórdão Min. Rogerio Schietti Cruz, julgado em 20/3/2014 (Info
548). STF. 2ª Turma. HC 122325, Rel. Min. Gilmar Mendes, julgado em 27/05/2014.

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(C) Incorreta. O mero recebimento de valores em dinheiro não tipifica o delito de lavagem, seja
quando recebido pelo próprio agente público, seja quando recebido por interposta pessoa. STF. 2ª
Turma. AP 996/DF, Rel. Min. Edson Fachin, julgado em 29/5/2018 (Info 904).
(D) Incorreta. Não se admite a remição ficta da pena. Embora o Estado tenha o dever de prover
trabalho aos internos que desejem laborar, reconhecer a remição ficta da pena, nesse caso, faria com
que todas as pessoas do sistema prisional obtivessem o benefício, fato que causaria substancial
mudança na política pública do sistema carcerário, além de invadir a esfera do Poder Executivo. O
instituto da remição exige, necessariamente, a prática de atividade laboral ou educacional. Trata-se
de reconhecimento pelo Estado do direito à diminuição da pena em virtude de trabalho efetuado
pelo detento. Não sendo realizado trabalho, estudo ou leitura, não há que se falar em direito à
remição. STF. 1ª Turma. HC 124520/RO, rel. Min. Marco Aurélio, red. p/ ac. Min. Roberto Barroso,
julgado em 29/5/2018 (Info 904). STJ. 5ª Turma. HC 421.425/MG, Rel. Min. Felix Fischer, julgado em
27/02/2018. STJ. 6ª Turma. HC 425.155/MG, Rel. Min. Nefi Cordeiro, julgado em 06/03/2018.
(E) Incorreta. A imunidade tributária prevista no art. 150, VI, “d”, da Constituição Federal, não abarca
o maquinário utilizado no processo de produção de livros, jornais e periódicos. A imunidade
tributária visa à garantia e efetivação da livre manifestação do pensamento, da cultura e da produção
cultural, científica e artística. Assim, é extensível a qualquer material assimilável a papel utilizado no
processo de impressão e à própria tinta especial para jornal, mas não é aplicável aos equipamentos
4 6
do parque gráfico, que não são assimiláveis ao papel de impressão, por não guardarem relação direta
4-

com a finalidade constitucional do art. 150, VI, “d”, da CF/88. STF. 1ª Turma. ARE 1100204/SP, rel.
46
12

orig. Min. Marco Aurélio, red. p/ o ac. Min. Alexandre de Moraes, julgado em 29/5/2018 (Info 904).
6.

34. A Constituição poderá ser emendada mediante proposta:


20

(A) de um terço, no mínimo, dos membros da Câmara dos Deputados ou do Senado Federal; do
6.

Presidente da República; de mais da metade das Assembleias Legislativas das unidades da Federação,
02

manifestando-se, cada uma delas, pela maioria relativa de seus membros.


(B) de um terço, no mínimo, dos membros da Câmara dos Deputados ou do Senado Federal; do
Presidente e Vice-Presidente da República; de mais da metade das Assembleias Legislativas das
unidades da Federação, manifestando-se, cada uma delas, pela maioria absoluta de seus membros.
(C) de um terço, no mínimo, dos membros da Câmara dos Deputados ou do Senado Federal; de mais
da metade das Assembleias Legislativas das unidades da Federação, manifestando-se, cada uma
delas, pela maioria absoluta de seus membros.
(D) de dois terços, no mínimo, dos membros da Câmara dos Deputados ou do Senado Federal; do
Presidente da República; de mais da metade das Assembleias Legislativas das unidades da Federação,
manifestando-se, cada uma delas, pela maioria relativa de seus membros.
(E) de um terço, no mínimo, dos membros da Câmara dos Deputados ou do Senado Federal; do
Presidente da República; de mais de dois terços das Assembleias Legislativas das unidades da
Federação, manifestando-se, cada uma delas, pela maioria relativa de seus membros.

RESPOSTA: A
COMENTÁRIOS

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(A) Correta.
(B) Incorreta. Não há legitimidade do Vice-Presidente da República e o quórum das assembleias é de
maioria relativa.
(C) Incorreta. Faltou mencionar a legitimidade do Presidente e o quórum das assembleias é de
maioria relativa.
(D) Incorreta. O quórum dos membros da Câmara dos Deputados ou do Senado Federal; do
Presidente da República é de um terço.
(E) Incorreta. O quórum das Assembleias Legislativas é de mais da metade.
Constituição Federal, art. 60. A Constituição poderá ser emendada mediante proposta:
I - de um terço, no mínimo, dos membros da Câmara dos Deputados ou do Senado Federal;
II - do Presidente da República;
III - de mais da metade das Assembléias Legislativas das unidades da Federação, manifestando-se,
cada uma delas, pela maioria relativa de seus membros (...).

35. Acerca do Estado de Defesa, previsto no artigo 136 da Constituição Federal, NÃO é possível a
seguinte medida coercitiva:
(A) Restrição ao direito de sigilo de correspondência
(B) Ocupação e uso temporário de bens e serviços públicos, na hipótese de calamidade pública, sendo
6
4
a União a responsável pelos danos e não o Estado em que ocorreu a intervenção.
4-

(C) Suspensão ao direito de reunião, inclusive aqueles ocorridos no bojo de associação.


47
12

(D) Restrição ao sigilo de comunicação telegráfica;


(E) Restrição ao sigilo de comunicação telefônica.
6.
20

RESPOSTA: C
6.

COMENTÁRIOS
02

Nessa questão, o aluno deveria se atentar à diferença que existe entre restrição ao direito de reunião
e suspensão ao direito de reunião, sendo essa somente possível no Estado de Sítio. Portanto, não se
trata de mero jogo de palavras, mas de intensidade das medidas coercitivas nos dois modelos de
Estado de Exceção. No mais, todas as alternativas constam expressamente do texto do artigo 136, da
Constituição Federal.

36. Sobre a política agrícola, nos moldes tais como estabelecidos na Constituição Federal, deverá ser
estabelecida levando em consideração os seguintes instrumentos:
I - os preços compatíveis com os custos de produção e a garantia de comercialização;
II - o incentivo à pesquisa e à tecnologia;
III - o seguro agrícola;
IV - o cooperativismo;
V - a eletrificação rural e irrigação.

Estão CORRETAS:
(A) I, II e III.

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(B) II, IV, V.


(C) IV e V.
(D) I, III e IV.
(E) Todos os itens.

RESPOSTA: E
COMENTÁRIOS
Trata-se de questão que exigiu o conhecimento da literalidade do texto constitucional e, embora não
seja um tema de alta relevância, justifica-se para o fim de atentar o aluno sobre a necessidade de
estudar artigos de baixa incidência, pois eles podem fazer a diferença na nota de corte, com mera
leitura. No mais segue o texto do artigo 187:

Art. 187. A política agrícola será planejada e executada na forma da lei, com a participação efetiva
do setor de produção, envolvendo produtores e trabalhadores rurais, bem como dos setores de
comercialização, de armazenamento e de transportes, levando em conta, especialmente:

I - os instrumentos creditícios e fiscais;


II - os preços compatíveis com os custos de produção e a garantia de comercialização;
4 6
III - o incentivo à pesquisa e à tecnologia;
4-

IV - a assistência técnica e extensão rural;


48
12

V - o seguro agrícola;
6.

VI - o cooperativismo;
VII - a eletrificação rural e irrigação;
20

VIII - a habitação para o trabalhador rural.


6.
02

37. São cargos privativos de brasileiro NATO, exceto:


(A) Presidente do Senado Federal;
(B) Ministro do Supremo Tribunal Federal;
(C) Membro da carreira diplomática;
(D) Ministro da Justiça
(E) Oficial das Forças Armadas.

RESPOSTA: D
COMENTÁRIOS
A resposta encontra-se integralmente artigo 12, §3º, da CF. Segue: São privativos de brasileiro nato
os cargos: I - de Presidente e Vice-Presidente da República; II - de Presidente da Câmara dos
Deputados; III - de Presidente do Senado Federal; IV - de Ministro do Supremo Tribunal Federal; V -
da carreira diplomática; VI - de oficial das Forças Armadas, VII - de Ministro de Estado da Defesa.

38. É competência exclusiva do Congresso Nacional:

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(A) julgar semestralmente as contas prestadas pelo Presidente da República e apreciar os relatórios
sobre a execução dos planos de governo;
(B) fiscalizar e controlar, diretamente, ou por qualquer de suas Casas, os atos do Poder Executivo,
excluídos os da administração indireta;
(C) zelar pela preservação de sua competência legislativa em face da atribuição normativa dos outros
Poderes;
(D) apreciar os atos de concessão e renovação de concessão de emissoras de rádio, sendo as de
televisão competência do Senado Federal.
(E) escolher três quintos dos membros do Tribunal de Contas da União.

RESPOSTA: C
COMENTÁRIOS
(A) julgar anualmente as contas prestadas pelo Presidente da República e apreciar os relatórios sobre
a execução dos planos de governo;
(B) fiscalizar e controlar, diretamente, ou por qualquer de suas Casas, os atos do Poder Executivo,
incluídos os da administração indireta;
(C) zelar pela preservação de sua competência legislativa em face da atribuição normativa dos outros
Poderes;
4 6
(D) apreciar os atos de concessão e renovação de concessão de emissoras de rádio e de televisão.
4-

(E) escolher dois terços dos membros do Tribunal de Contas da União.


49
12
6.

39. Acerca do direito à educação, é dever do Poder Público, mediante garantia de:
(A) Educação básica obrigatória e gratuita dos 5 (cinco) aos 17 (dezessete) anos de idade, assegurada
20

inclusive sua oferta gratuita para todos os que a ela não tiveram acesso na idade própria;
6.

(B) Progressiva universalização do ensino médio gratuito;


02

(C) Atendimento educacional especializado aos portadores de deficiência, obrigatoriamente na rede


regular de ensino;
(D) Educação infantil, em creche e pré-escola, às crianças até 6 (seis) anos de idade;
(E) Acesso aos níveis mais elevados do ensino, da pesquisa e da criação artística, independente da
capacidade de cada um;

RESPOSTA: B
COMENTÁRIOS
(A) Educação básica obrigatória e gratuita dos 4 (quatro) aos 17 (dezessete) anos de idade,
assegurada inclusive sua oferta gratuita para todos os que a ela não tiveram acesso na idade própria;
(B) Progressiva universalização do ensino médio gratuito;
(C) Atendimento educacional especializado aos portadores de deficiência, preferencialmente na
rede regular de ensino;
(D) Educação infantil, em creche e pré-escola, às crianças até 5 (cinco) anos de idade;
(E) Acesso aos níveis mais elevados do ensino, da pesquisa e da criação artística, segundo da
capacidade de cada um;

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DIREITO ADMINISTRATIVO
40. Acerca das novas disposições sobre segurança jurídica e eficiência na aplicação do Direito Público
introduzidas na Lei de Introdução às normas do Direito Brasileiro - LINDB, assinale a assertiva
incorreta:
(A) Nas esferas administrativa, controladora e judicial, não se decidirá com base em valores jurídicos
abstratos sem que sejam consideradas as consequências práticas da decisão.
(B) A revisão, nas esferas administrativa, controladora ou judicial, quanto à validade de ato, contrato,
ajuste, processo ou norma administrativa cuja produção já se houver completado levará em conta as
orientações gerais da época, sendo vedado que, com base em mudança posterior de orientação
geral, se declarem inválidas situações plenamente constituídas;
(C) A decisão que, nas esferas administrativa, controladora ou judicial, decretar a invalidação de ato,
contrato, ajuste, processo ou norma administrativa deverá indicar de modo expresso suas
consequências econômica, jurídica e administrativa;
(D) Em qualquer órgão ou Poder, a edição de atos normativos por autoridade administrativa, salvo
os de mera organização interna, poderá ser precedida de consulta pública para manifestação de
interessados, preferencialmente por meio eletrônico, a qual será considerada na decisão;
6
(E) Para eliminar irregularidade, incerteza jurídica ou situação contenciosa na aplicação do direito
4
público, inclusive no caso de expedição de licença, a autoridade administrativa poderá, após oitiva
4-

do órgão jurídico e, quando for o caso, após realização de consulta pública, e presentes razões de 50
12

relevante interesse geral, celebrar compromisso com os interessados, observada a legislação


6.

aplicável, o qual só produzirá efeitos a partir de sua publicação oficial;


20

RESPOSTA: C
6.

COMENTÁRIOS
02

A questão demandava o conhecimento das alterações introduzidas na LINDB pela Lei 13.655/2018,
cuja leitura é fortemente recomendada.
Alternativa A: Correta, conforme art. 20, da LINDB.
Alternativa B: Correta, conforme art. 24 da LINDB;
Alternativa C: Incorreta, conforme art. Art. 21 da LINDB: “A decisão que, nas esferas administrativa,
controladora ou judicial, decretar a invalidação de ato, contrato, ajuste, processo ou norma
administrativa deverá indicar de modo expresso suas consequências jurídicas e administrativa.
(Incluído pela Lei nº 13.655, de 2018)”
Alternativa D: Correta, conforme art. 29 da LINDB;
Alternativa E: Correto, conforme art. 26 da LINDB. O dispositivo serve de permissivo genérico à
celebração de compromissos de conduta.

41. Acerca dos servidores públicos, assinale a alternativa CORRETA:


(A) A regra constitucional do concurso público obsta a realização dos chamados concursos internos,
destinados somente àqueles que já pertencem ao quadro de pessoal da administração. Dessa forma,
com a entrada em vigor da Constituição de 88, foram vedadas as formas de provimento derivado;

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(B) São absolutamente vedadas quaisquer distinções de salários, de exercício de funções e de critério
de admissão por motivo de sexo, idade, cor e estado civil;
(C) É vedada a acumulação de mais de uma aposentadoria do regime próprio dos servidores. Todavia,
nada impede que se acumule uma aposentadoria do regime geral com uma aposentadoria do regime
próprio dos servidores;
(D) Tendo em vista a reiterada mora do legislador, o Supremo Tribunal Federal declarou a omissão
legislativa quanto ao dever constitucional de editar lei que regulamente o exercício do direito de
greve no setor público e determinou a aplicação ao setor, no que couber, a lei de greve vigente no
setor privado (Lei nº 7.783/89);
(E) Admite-se a cumulação de dois cargos ou empregos privativos de profissionais da área de saúde,
desde que a jornada de trabalho não seja superior a 60 horas semanais, tendo em vista a necessidade
de compatibilidade de horários;

RESPOSTA: D
COMENTÁRIOS
(A) Incorreta. Apesar de realmente estar vedada a realização de concursos internos para provimento
de cargos, não foram complemente vedadas as formas de provimento derivado. A promoção (que é
também forma de provimento derivado), segue sendo admitida.
4 6
Neste sentido:
4-

“Provimento derivado é o que depende de um vínculo anterior do servidor com a Administração; a


51
12

legislação anterior à atual Constituição compreendia a promoção, a transposição, a reintegração, a


6.

readmissão, o aproveitamento, a reversão e a transferência. Com a nova constituição, esse rol ficou
bem reduzido, em decorrência do artigo 37, II, que exige a prévia aprovação em concurso público de
20

provas ou provas e títulos para a investidura em cargo ou emprego público” (Direito Administrativo.
6.

Maria Sylvia Zanella Di Pietro. 30ª Edição. Pag. 769)


02

De acordo com a súmula vinculante 43: É inconstitucional toda modalidade de provimento que
propicie ao servidor investir-se, sem prévia aprovação em concurso público destinado ao seu
provimento, em cargo que não integra a carreira na qual anteriormente investido.

(B) Incorreta, conforme a Súmula 683 do Supremo.


Sobre o tema:
“Também no que se refere ao ingresso, aplica-se aos servidores públicos a regra do art. 7º, XXX, da
Constituição, conforme determina o art. 39, §3º, com a redação dada pela EC 19. De acordo com
aquele dispositivo, são vedadas diferenças de salários, de exercício de funções e de critério de
admissão por motivo de sexo, idade, cor ou estado civil. Contudo, o art. 39, §3º, na parte final,
permite que a lei estabeleça requisitos diferenciados de admissão quando a natureza do cargo o
exigir. Trata-se de aplicação do princípio da razoabilidade. Embora o objetivo do constituinte seja o
de proibir o limite de idade e outros tipos de discriminação, a proibição não pode ser interpretada
de modo absoluto;” (Direito Administrativo. Maria Sylvia Zanella Di Pietro. 30ª Edição. Pag. 701)

É proibida a reprodução deste material sem a devida autorização, sob pena da adoção das medidas cabíveis na esfera cível e penal.
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(C) Incorreta, conforme art. 40, §6º, da Constituição, que admite a cumulação de duas
aposentadorias, desde que fossem licitamente acumuláveis os cargos públicos exercidos: “§ 6º
Ressalvadas as aposentadorias decorrentes dos cargos acumuláveis na forma desta Constituição, é
vedada a percepção de mais de uma aposentadoria à conta do regime de previdência previsto neste
artigo. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 20, de 15/12/98)”

(D) Correta, conforme decidido no MI 670 e MI 708. É legítimo o exercício do direito de greve dos
servidores públicos, conforme reconhecido pelo Supremo Tribunal Federal no julgamento dos
Mandados de Injunção 670, 708 e 712, momento em que se determinou a aplicação das normas
relativas ao direito de greve no âmbito do serviço privado (Leis 7.701/88 e 7.783/89), enquanto não
editada legislação específica.

(E) Incorreta.
Ementa: AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO ORDINÁRIO EM MANDADO DE SEGURANÇA. PARECER
GQ 145/1998/AGU. LIMITE MÁXIMO DE 60 HORAS SEMANAIS EM CASOS DE ACUMULAÇÃO DE
CARGOS OU EMPREGOS PÚBLICOS. IMPOSSIBILIDADE. PRECEDENTES. COMPATIBILIDADE DAS
JORNADAS DE TRABALHO DA IMPETRANTE. COMPROVAÇÃO. AGRAVO A QUE SE NEGA
PROVIMENTO, COM APLICAÇÃO DE MULTA. I – A existência de norma infraconstitucional que estipula
4 6
limitação de jornada semanal não constitui óbice ao reconhecimento do direito à acumulação
4-

prevista no art. 37, XVI, c, da Constituição, desde que haja compatibilidade de horários para o
52
12

exercício dos cargos a serem acumulados. Precedentes. II - Agravo regimental a que se nega
6.

provimento, com aplicação da multa prevista no art. 1.021, § 4°, do CPC. (RMS 34257 AgR, Relator(a):
Min. RICARDO LEWANDOWSKI, Segunda Turma, julgado em 29/06/2018, PROCESSO ELETRÔNICO
20

DJe-157 DIVULG 03-08-2018 PUBLIC 06-08-2018)


6.

ADMINISTRATIVO. RECURSO ESPECIAL. SERVIDOR PÚBLICO. ACUMULAÇÃO DE CARGOS PÚBLICOS


02

REMUNERADOS. ÁREA DA SAÚDE. LIMITAÇÃO DA CARGA HORÁRIA. IMPOSSIBILIDADE.


COMPATIBILIDADE DE HORÁRIOS. REQUISITO ÚNICO. AFERIÇÃO PELA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA.
1. A Primeira Seção desta Corte Superior tem reconhecido a impossibilidade de acumulação
remunerada de cargos ou empregos públicos privativos de profissionais da área de saúde quando a
jornada de trabalho for superior a 60 horas semanais.
2. Contudo, o Supremo Tribunal Federal, reiteradamente, posiciona-se "[...] no sentido de que a
acumulação de cargos públicos de profissionais da área de saúde, prevista no art. 37, XVI, da CF/88,
não se sujeita ao limite de 60 horas semanais previsto em norma infraconstitucional, pois inexiste
tal requisito na Constituição Federal" (RE 1.094.802 AgR, Relator Min. Alexandre de Moraes,
Primeira Turma, julgado em 11/5/2018, DJe 24/5/2018).
3. Segundo a orientação da Corte Maior, o único requisito estabelecido para a acumulação é a
compatibilidade de horários no exercício das funções, cujo cumprimento deverá ser aferido pela
administração pública. Precedentes.
4. Adequação do entendimento desta Corte ao posicionamento consolidado pelo Supremo Tribunal
Federal sobre o tema.
5. Recurso especial provido.

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(REsp 1746784/PE, Rel. Ministro OG FERNANDES, SEGUNDA TURMA, julgado em 23/08/2018, DJe
30/08/2018)

42. Assinale a alternativa incorreta no que concerne ao processo administrativo:


(A) A despeito da garantia constitucional da ampla defesa, a falta de defesa técnica por advogado no
processo administrativo disciplinar não ofende a Constituição;
(B) É possível a utilização de prova emprestada no processo administrativo disciplinar, devidamente
autorizada na esfera criminal, desde que produzida com observância do contraditório e do devido
processo legal;
(C) Não é possível a instauração de processo administrativo com base em denúncia anônima;
(D) De acordo com o princípio da oficialidade, aplicável ao processo administrativo, pode a
Administração pública, de ofício, requerer diligências, investigar fatos de que toma conhecimento e
solicitar laudos e informações, a fim de concretizar o interesse público;
(E) Vigora, no âmbito administrativo disciplinar ou sancionador, o princípio da atipicidade. Portanto,
diferente do que ocorre na seara penal, a tipicidade nem sempre estará presente no direito
administrativo, pois ainda que as infrações administrativas estejam prevista em lei, não são descritas
com precisão; 4 6
RESPOSTA: C
4-

COMENTÁRIOS
53
12

Alternativa A: Correta, nos termos da Súmula Vinculante 05: A falta de defesa técnica por advogado
6.

no processo administrativo disciplinar não ofende a Constituição.


Nos termos do entendimento do STF: “se devidamente garantido o direito (i) à informação, (ii) à
20

manifestação e (iii) à consideração dos argumentos manifestados, a ampla defesa foi exercida em
6.

sua plenitude, inexistindo ofensa ao art. 5º, LV, da CF/1988. (...) Por si só, a ausência de advogado
02

constituído ou de defensor dativo com habilitação não importa nulidade de processo administrativo
disciplinar (...). Ressalte-se que, mesmo em determinados processos judiciais — como no habeas
corpus, na revisão criminal, em causas da Justiça Trabalhista e dos Juizados Especiais —, esta Corte
assentou a possibilidade de dispensa da presença de advogado. (...) Nesses pronunciamentos, o
Tribunal reafirmou que a disposição do art. 133 da CF/1988 não é absoluta, tendo em vista que a
própria Carta Maior confere o direito de postular em juízo a outras pessoas.” [RE 434.059, voto do
rel. min. Gilmar Mendes, P, j. 7-5-2008, DJE 172 de 12-9-2008.]

Alternativa B: Correta, nos termos do Enunciado 03 da Jurisprudência em Teses Edição n. 1 do STJ. A


jurisprudência do Superior Tribunal de Justiça encontra-se consolidada no sentido de que, respeitado
o contraditório e a ampla defesa, é possível a utilização de "prova emprestada", desde que
devidamente autorizada na esfera criminal.
No mesmo sentido, a Súmula 591-STJ: É permitida a “prova emprestada” no processo administrativo
disciplinar, desde que devidamente autorizada pelo juízo competente e respeitados o contraditório
e a ampla defesa.

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Alternativa C: Incorreta. De acordo com a Jurisprudência do STJ, não há ilegalidade na instauração


de processo administrativo com fundamento em denúncia anônima, por conta do poder-dever de
autotutela imposto à Administração e, por via de consequência, ao administrador público.
Precedentes: EDcl no REsp 1.096.274/RJ, Sexta Turma, Min. Maria Thereza de Assis Moura, DJe
5/2/2013; MS 15.517/DF, Primeira Seção, Min. Benedito Gonçalves, DJe 18/2/2011; REsp
867.666/DF, Quinta Turma, Min. Arnaldo Esteves Lima, DJe 25/5/2009; MS 12.385/DF, Terceira
Seção, Min. Paulo Gallotti, DJe 5/9/2008.
O entendimento encontra-se cristalizado na Súmula 611-STJ: “Desde que devidamente motivada e
com amparo em investigação ou sindicância, é permitida a instauração de processo administrativo
disciplinar com base em denúncia anônima, em face do poder-dever de autotutela imposto à
Administração.”
Deveras, por força do princípio da autotutela, uma vez cientificada a administração acerca de
situação de ilegalidade, a Administração Pública tem o poder-dever de perquirir acerca do fato, de
modo a corrigir a eventual falha.

Alternativa D: Correta. Sobre o tema:


“No âmbito do direito administrativo, esse princípio assegura a possiblidade de instauração do
processo por iniciativa da Administração, independentemente de provocação do administrado e
4 6
ainda a possibilidade de impulsionar o processo, adotando doas as medidas necessárias a sua
4-

adequada instrução.
54
12

(...)
6.

O princípio da oficialidade autoriza a Administração a requerer diligências, investigar fatos de que


toma conhecimento no curso do processo, solicitar pareceres, laudos, informações, rever os próprios
20

atos e praticar tudo o que for necessário à consecução do interesse público” (Direito Administrativo.
6.

Marua Sylvia Zanella Di Pietro. 30ª Edição. Pag. 800/801)


02

Alternativa E: Correta, conforme entendimento doutrinário:


“no direito administrativo, existe a exigência da antijuridicidade, que constitui aplicação do princípio
da legalidade, significando que o ilícito administrativo tem que ter previsão legal. No entanto, a
tipicidade nem sempre está presente, tendo em vista que muitas infrações administrativas, ainda
que previstas em lei, não são descritas com precisão, ou seja, não correspondem a um modelo
definido em lei” (Direito Administrativo. Maria Sylvia Zanella Di Pietro. 30ª Edição. Pag. 805)
Ainda:
“Em regra, as normas de comando e controle têm fundamento na lei, uma vez que importam
restrição à liberdade dos particulares. Nada obstante, há amplo campo para a sua instituição por
regulamentos administrativos, tanto com fundamento direto na Constituição (regulamentos
autônomos), quanto com fundamento em lei habilitadora de competência da Administração. (...) É
possível, portanto, que normas que tipifiquem infrações administrativas e cominam sanções
punitivas sejam veiculadas em regulamentos administrativos, desde que haja parâmetros mínimos
de organização institucional e procedimental previstos na lei”

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43. Sobre os bens públicos, assinale a alternativa correta:


(A) Os bens públicos podem ser objetos de usucapião especial urbana, tendo em vista que desde que
consistam em edificação urbana de até duzentos e cinquenta metros quadrados, que o possuidor
nele esteja por pelo menos cinco anos, ininterruptamente e sem oposição, utilizando-o para sua
moradia ou de sua família;
(B) Os bens públicos podem estar afetados ou desafetados a uma destinação pública, o que significa
dizer que estão ou não sendo empregados em uma finalidade pública. De acordo com a doutrina, a
afetação e a desafetação podem ser expressas ou tácitas. Como exemplo de desafetação tácita temos
a não utilização do bem em sua finalidade;
(C) Os bens públicos não são usucapíveis, porquanto considerados imprescritíveis. No entanto, os
imóveis públicos situados em núcleo urbano informal consolidado existente em 22 de dezembro de
2016, poderão ser objeto de legitimação fundiária, forma originária de aquisição de propriedade
conferido por ato do poder público no âmbito da uma eventual Reurb, caso preenchidos os demais
requisitos legais;
(D) Os bens públicos possuem o atributo da inalienabilidade. Todavia, isso não quer significar que
não possam ser alienados, uma vez que, preenchidos os requisitos legais da autorização legislativa,
avaliação prévia e licitação na modalidade concorrência, poderão ser alienados;
(E) Os bens públicos podem estar sujeitos à utilização privativa através de autorização, permissão ou
4 6
concessão de uso. A autorização e a permissão de uso, ainda quando qualificadas, não se sujeitam à
4-

licitação, uma vez que possuem natureza de ato administrativo unilateral, discricionário e precário;
55
12
6.

RESPOSTA: C
COMENTÁRIOS
20

Alternativa A: Incorreta. Não há que se falar em usucapião, tendo em vista a imprescritibilidade dos
6.

bens públicos, o que significa dizer que os bens públicos não estão sujeitos à prescrição aquisitiva
02

(usucapião). Tal vedação decorre diretamente dos artigos 183, §3º e o art. 191, ambos da
Constituição, que vedam a usucapião de bens públicos. No mesmo sentido, temos o art. 102, do
Código Civil e o art. 200 no DL 9.760/46. No mesmo sentido, temos a Súmula 340 STF, que fala que
os bens públicos, inclusive os dominicais, não são passíveis de usucapião.

Alternativa B: Incorreta. De acordo com a doutrina, o não uso do bem não é suficiente para que
ocorra a desafetação. Neste sentido:
“O que é inaceitável é a desafetação pelo não uso, ainda que prolongado, como, por exemplo, no
caso de uma rua que deixa de ser utilizada. Em hipótese como essa, torna-se necessário um ato
expresso de desafetação, pois inexiste a fixação de um momento a partir do qual o não uso pudesse
significar desafetação. Sem essa restrição, a cessação da dominialidade pública poderia ocorrer
arbitrariamente, em prejuízo do interesse coletivo” (Direito Administrativo. Maria Sylvia Zanella Di
Pietro. Ed. Gen Forense. 30ª Edição. Rio de Janeiro: 2017. Pag. 849)

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Alternativa C: Correta. De fato, não cabe a usucapião de bens públicos, os quais são imprescritíveis,
por disposição constitucional expressa. Todavia, os bens públicos poderão ser objeto de legitimação
fundiária, conforme previsto no art. 23, da Lei 13.465/17:
“Art. 23. A legitimação fundiária constitui forma originária de aquisição do direito real de propriedade
conferido por ato do poder público, exclusivamente no âmbito da Reurb, àquele que detiver em área
pública ou possuir em área privada, como sua, unidade imobiliária com destinação urbana, integrante
de núcleo urbano informal consolidado existente em 22 de dezembro de 2016.
§1o. Apenas na Reurb-S, a legitimação fundiária será concedida ao beneficiário, desde que atendidas
as seguintes condições:
I - o beneficiário não seja concessionário, foreiro ou proprietário de imóvel urbano ou rural;
II - o beneficiário não tenha sido contemplado com legitimação de posse ou fundiária de imóvel
urbano com a mesma finalidade, ainda que situado em núcleo urbano distinto; e
III - em caso de imóvel urbano com finalidade não residencial, seja reconhecido pelo poder público o
interesse público de sua ocupação.
§ 2o Por meio da legitimação fundiária, em qualquer das modalidades da Reurb, o ocupante adquire
a unidade imobiliária com destinação urbana livre e desembaraçada de quaisquer ônus, direitos
reais, gravames ou inscrições, eventualmente existentes em sua matrícula de origem, exceto quando
disserem respeito ao próprio legitimado.
4 6
§ 3o Deverão ser transportadas as inscrições, as indisponibilidades ou os gravames existentes no
4-

registro da área maior originária para as matrículas das unidades imobiliárias que não houverem sido
56
12

adquiridas por legitimação fundiária.


§ 4o Na Reurb-S de imóveis públicos, a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios, e as suas
6.

entidades vinculadas, quando titulares do domínio, ficam autorizados a reconhecer o direito de


20

propriedade aos ocupantes do núcleo urbano informal regularizado por meio da legitimação
6.

fundiária.
02

§ 5o Nos casos previstos neste artigo, o poder público encaminhará a CRF para registro imediato da
aquisição de propriedade, dispensados a apresentação de título individualizado e as cópias da
documentação referente à qualificação do beneficiário, o projeto de regularização fundiária
aprovado, a listagem dos ocupantes e sua devida qualificação e a identificação das áreas que
ocupam.
§ 6o Poderá o poder público atribuir domínio adquirido por legitimação fundiária aos ocupantes que
não tenham constado da listagem inicial, mediante cadastramento complementar, sem prejuízo dos
direitos de quem haja constado na listagem inicial.”

A Lei 13.465/17 traz diversas novidades legislativas, razão por que a sua leitura torna-se salutar.
Sobre a legitimação fundiária, são as lições de Nelson Rosenvald:
“Para além de conferir propriedade em prol de possuidores de terrenos privados, exclusivamente na
Reurb-S - de interesse social da população de baixa renda – viabiliza-se a legitimação fundiária ao
detentor de imóveis públicos. Sob a perspectiva da Lei n. 13.465/17, pelo fato da aquisição originária
pela legitimação fundiária ser instituto jurídico diferenciado da usucapião (art. 15, incisos I e II),
possui a vantagem de incidir também sobre áreas públicas, o que é peremptoriamente vedado a

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usucapião urbana ou rural (art. 183 e 191, CF). Assim, para além da concessão de uso especial para
fins de moradia – que outorga ao cidadão um direito real em coisa alheia após cinco anos de
ocupação (até 22.12.2016, conforme redação concedida pela Lei n. 13.465/17 ao art. 1º. da MP
2.220/01) posto preservado o poder público na titularidade do bem – a legitimação fundiária propicia
ao particular a condição de proprietário, independentemente de qualquer requisito temporal. Some-
se a isso o fato de que na Reurb-S promovida sobre bem público, o registro do projeto de
regularização fundiária e a constituição de direito real em nome dos beneficiários poderão ser feitos
em ato único, a critério do ente público promovente (art. 17, Lei n. 13.465/17).
A única coincidência formal com a usucapião especial constitucional se dá em termos de legitimidade
para a legitimação fundiária: na Reurb-S ela será concedida ao beneficiário, desde que não seja
concessionário, foreiro ou proprietário de imóvel urbano ou rural; não tenha sido contemplado com
legitimação de posse ou fundiária de imóvel urbano com a mesma finalidade, ainda que situado em
núcleo urbano distinto; e, em caso de imóvel urbano com finalidade não residencial, seja reconhecido
pelo poder público o interesse público de sua ocupação (§ 1o , art. 23). Ressalte-se que o § 4o do art.
23 da Lei n. 13.465/17, atribui a União, Estados, e Municípios uma indiscriminada discricionariedade
no reconhecimento do direito de propriedade sobre bens públicos em prol de ocupantes de núcleos
urbanos informais regularizados por meio da legitimação fundiária, sem prever um limite mínimo de
prazo de ocupação do imóvel público ou sequer a natureza (justa, injusta, boa fé ou má fé) da
4 6
detenção originariamente exercida sobre o referido bem. Ademais, a lei ignora óbvias regras de
4-

desafetação, licitação, autorização legislativa e avaliação prévia, que amparam a alienação de bens
57
12

públicos em geral, vulnerando a tutela do patrimônio público e desmoralizando o básico em termos


6.

de “accountability”. Enfim, por qual razão se cria “pela tangente” um desvio a tradicional regra da
inusucapibilidade de bens públicos? Não me surpreende se à legitimação fundiária se tornar a via
20

adequada para a legalização de grilagens de grandes áreas ou de regularização de conjuntos


6.

habitacionais destinados à classe média ou alta.” (disponível em


02

https://www.nelsonrosenvald.info/single-post/2017/12/20/A Legitima%C3%A7%C3%A3o-
fundi%C3%A1ria-%E2%80%93-uma-pol%C3%AAmica-inova%C3%A7%C3%A3o)

Alternativa D: Incorreta. Os bens públicos são relativamente inalienáveis, já que, uma vez cumpridos
os requisitos legais, os bens públicos poderão ser alienados. Os arts. 100 e 101 do Código Civil falam
que os bens públicos de uso comum do povo e de uso especial são inalienáveis. O artigo diz ainda
que os bens dominicais podem ser alienados, desde que observados os requisitos da lei. Portanto, o
primeiro requisito é a desafetação do bem público.
O art. 17 da Lei 8666/93 vai dizer que a alienação é subordinada a interesse público devidamente
justificado, avaliação e licitação. Quanto aos bens imóveis de órgãos da administração direta e
entidades autárquicas e fundacionais, dependerá de autorização legislativa. E para os bens imóveis
de todas as entidades, dependerá de licitação. Portanto, os requisitos são extraídos dos arts. 100,
101, CC e 17 da Lei 8666/93.
Portanto, a autorização legislativa será necessária apenas para os imóveis de órgãos da administração
direta e entidades autárquicas e fundacionais. De outra parte, a alienação será feita como regra na

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modalidade concorrência. Todavia, excepcionalmente, na hipótese do art. 19 da Lei 8666/93, poderá


ser adotada a modalidade concorrência ou leilão.
“Art. 19. Os bens imóveis da Administração Pública, cuja aquisição haja derivado de procedimentos
judiciais ou de dação em pagamento, poderão ser alienados por ato da autoridade competente,
observadas as seguintes regras:
I - avaliação dos bens alienáveis;
II - comprovação da necessidade ou utilidade da alienação;
III - adoção do procedimento licitatório, sob a modalidade de concorrência ou
leilão. (Redação dada pela Lei nº 8.883, de 1994)”

Alternativa E: Incorreta. As permissões ou autorizações de uso de bem público, como regra, possuem
natureza jurídica de ato administrativo unilateral, discricionário e precário. No entanto, uma vez que
seja estabelecido prazo, teremos as chamadas permissões ou autorizações qualificadas. Neste caso,
de acordo com a doutrina, haverá necessidade de licitação, dada a aproximação do instituto com a
concessão de uso, de natureza contratual.
Neste sentido:
“a permissão de uso, embora seja ato unilateral, portanto excluído da abrangência do art. 2º [da lei
8666/93], às vezes assume a forma contratual, com características iguais ou semelhantes à concessão
4 6
de uso; é o que ocorre na permissão qualificada, com prazo estabelecido. Neste caso, a licitação
4-

torna-se obrigatória” (Direito Administrativo. Maria Sylvia Zanella Di Pietro. Ed. Gen Forense. 30ª
58
12

Edição. Rio de Janeiro: 2017. Pag. 869)


6.

44. Acerca dos atos administrativos, é incorreto afirmar que:


20

(A) Consideram-se vinculados os atos administrativos quando todos os seus elementos estejam
6.

previstos na lei, não restando espaço para a liberdade de escolha do administrador. De outra parte,
02

consideram-se discricionários os atos onde haja certa margem de liberdade ao gestor;


(B) A prática de atos administrativos compete, como regra, ao poder executivo. Todavia, agentes do
poder legislativo e do poder judiciário também praticarão atos administrativos quando estiverem no
exercício da função administrativa, que lhes é atípica;
(C) São elementos do ato administrativo: competência, finalidade, forma, motivo e objeto. O motivo
pode vir expresso em lei ou ser deixado a cargo do administrador. Em razão disso, considera-se o
motivo como um dos elementos do ato administrativo que poderá ser discricionário;
(D) O controle dos atos vinculados será sempre possível, bastando ao poder judiciário analisar, sob o
aspecto da legalidade, a presença e a validade dos elementos do ato administrativo. Quanto aos atos
discricionários, por sua vez, o controle judicial jamais será possível, sob pena de usurpação do mérito
administrativo e violação ao princípio da separação dos poderes;
(E) Dentre outras classificações, os atos administrativos podem ser complexos ou compostos. São
complexos os atos administrativos que resultam da manifestação de dois ou mais órgãos, para a
formação de um ato único. Compostos são os atos nos quais há manifestação de dois ou mais órgãos,
sendo que o ato de um deles é instrumental em relação ao outro;

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RESPOSTA: D
COMENTÁRIOS
Alternativa A: Correta, conforme tradicional entendimento doutrinário. A doutrina lembra que as
licenças são exemplos de atos vinculados, sendo certo que, uma vez preenchidos seus requisitos, há
direito subjetivo a obtenção da licença;

Alternativa B: Correta, valendo lembrar que os poderes legislativo e judiciário exercem a função
administrativa de forma atípica. No exercício desta função, tais poderes também praticarão atos
administrativos. Sobre o tema:
“A prática de atos administrativos cabe, em princípio e normalmente, aos órgãos executivos, mas as
autoridades judiciárias e as Mesas legislativas também os praticam restritamente, quando ordenam
seus próprios serviços, dispõem sobre seus servidores ou expede instruções sobre matéria de sua
competência privativa” (Hely Lopes Meirelles. Direito Administrativo Brasileiro. 41ª Edição.
Malheiros: 2015. Pag. 190/191)

Alternativa C: Correta, conforme entendimento da doutrina. O motivo poderá ser de fato ou de


direito. No motivo de fato, há margem de escolha ao administrador; no motivo de direito, a escolha
é efetivada na lei pelo legislador. Dessa forma, considera-se que o motivo de fato é discricionário, ao
4 6
passo que o motivo de direito é vinculado
4-

59
12

Alternativa D: Incorreta. Não está correta a assertiva no ponto em que se nega a possiblidade de
6.

controle dos atos discricionários. Em primeiro lugar, vale destacar que o poder judiciário poderá
sempre realizar o controle dos atos discricionários sob o viés da legalidade. Assim, acaso seja
20

vislumbrada alguma ilegalidade, nada impede que seja feita a anulação do ato.
6.

Questão mais complexa diz respeito ao controle do ato discricionário no que se refere ao mérito
02

administrativo. Deveras, no que se refere a tais atos, cabe ao poder judiciário um exercício de
autocontenção, de molde a respeitar as escolhas legítimas do administrador democraticamente
eleito. Todavia, isso não quer significar uma imunização de tais atos.
Sobre o tema:
“O controle judicial da discricionariedade administrativa evoluiu ao longo do tempo. Após o
abandono da noção de imunidade judicial da discricionariedade, várias teorias procuraram explicar
e legitimar o controle judicial da atuação estatal discricionária, com destaque para três teorias que
serão estudadas a seguir:
a) teoria do desvio de poder (détournement de pouvoir) ou desvio de finalidade;
b) teoria dos motivos determinantes; e
c) teoria dos princípios jurídicos (juridicidade)” (Rafael Oliveira. Curso de Direito Administrativo. Ed.
Gen)

Alternativa E: Correta. Neste sentido:


“ato completo é o que se forma pela conjugação de vontades de mais de um órgão administrativo. O
essencial, nesta categoria de atos, é o concurso de vontades de órgãos diferentes para a formação

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de um ato único. [...] o ato complexo só se aperfeiçoa com a integração da vontade final da
Administração, e a partir deste momento é que se torna atacável por via administrativa ou judicial.”
(...)
“ato composto é o que resulta da vontade única de um órgão, mas depende da verificação por parte
de outro, para se tornar exequível. [...] O ato composto distingue-se do ato completo porque este só
se forma com a conjugação de vontades de órgãos diversos, ao passo que aquele é formado pela
vontade única de um órgão, sendo apenas ratificado por outra autoridade” (Hely Lopes Meirelles.
Direito Administrativo Brasileiro. 41ª Edição. Malheiros: 2015. Pag. 190/191)

45. Sobre o controle da administração pública, não podemos afirmar que:


(A) Do ato administrativo que contrariar enunciado de súmula vinculante, negar-lhe vigência ou
aplicá-lo indevidamente caberá reclamação ao Supremo Tribunal Federal, sem prejuízo dos recursos
ou outros meios admissíveis de impugnação. Neste caso, trata-se a reclamação de instrumento de
controle judicial da administração pública;
(B) Os Poderes Legislativo, Executivo e Judiciário manterão, de forma integrada, sistema de controle
interno com a finalidade de julgar as contas dos administradores e demais responsáveis por
dinheiros, bens e valores públicos da administração direta e indireta, incluídas as fundações e
sociedades instituídas e mantidas pelo Poder Público, e as contas daqueles que derem causa a perda,
4 6
extravio ou outra irregularidade de que resulte prejuízo ao erário público;
4-

(C) O controle legislativo da administração pode ser exercido através do controle político ou do
60
12

controle financeiro. Exemplo de controle político pode ser divisado na competência do Poder
6.

Legislativo para convocar Ministros de Estado ou quaisquer titulares de órgãos diretamente


subordinados à Presidência da República para prestarem, pessoalmente, informações sobre assunto
20

previamente determinado;
6.

(D) A fiscalização financeira da administração pública, exercida pelo Poder Legislativo com auxílio do
02

Tribunal de Contas, compreende, dentre outros atos fiscalizatórios, a competência para o registro
dos atos de admissão de pessoal ou de concessão de inicial de aposentadoria, reforma ou pensão;
(E) A fim de concretizar os direitos fundamentais previstos na Constituição, diante da irrazoável mora
legislativa, cabe ao poder judiciário realizar o controle de omissões legislativas, o que poderá ser feito
através de mandado de injunção ou de ação direta de inconstitucionalidade por omissão;

RESPOSTA: B
COMENTÁRIOS
Alternativa A: Correta, conforme art. 7º, da Lei 11417/2006: “Art. 7o Da decisão judicial ou do ato
administrativo que contrariar enunciado de súmula vinculante, negar-lhe vigência ou aplicá-lo
indevidamente caberá reclamação ao Supremo Tribunal Federal, sem prejuízo dos recursos ou outros
meios admissíveis de impugnação.”

Alternativa B: Incorreta, conforme art. 71, II c/c art. 74, da Constituição;

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Alternativa C: Correta, conforme art. 50 da Constituição. O controle parlamentar sobre a


administração pública pode ser vislumbrado ainda: no art. 49, V, CR, que autoriza a sustação de atos
normativos do poder executivo que exorbitem do poder de regulamentar ou dos limites da
delegação; na possibilidade de convocação de ministros de estado e outras autoridades para
prestarem informações às casas legislativas e suas comissões (art. 50, CR); possibilidade de as Mesas
requisitarem informações por escrito (art. 50, §2º, CR); a possibilidade de instauração de Comissão
Parlamentar de Inquérito – CPI (art. 58); processo de impeachment (art. 52, CR);

Alternativa D: Correta, na forma do art. 71, III, da Constituição:


“Art. 71. O controle externo, a cargo do Congresso Nacional, será exercido com o auxílio do Tribunal
de Contas da União, ao qual compete:
III - apreciar, para fins de registro, a legalidade dos atos de admissão de pessoal, a qualquer título, na
administração direta e indireta, incluídas as fundações instituídas e mantidas pelo Poder Público,
excetuadas as nomeações para cargo de provimento em comissão, bem como a das concessões de
aposentadorias, reformas e pensões, ressalvadas as melhorias posteriores que não alterem o
fundamento legal do ato concessório;”

Alternativa E: Correto. Conforme art. 5º, LXXI, e art. 103, §2º, ambos da Constituição:
4 6
“Art. 5º, LXXI: conceder-se-á mandado de injunção sempre que a falta de norma regulamentadora
4-

torne inviável o exercício dos direitos e liberdades constitucionais e das prerrogativas inerentes à
61
12

nacionalidade, à soberania e à cidadania;”


6.

(...)
“art. 103, § 2º Declarada a inconstitucionalidade por omissão de medida para tornar efetiva norma
20

constitucional, será dada ciência ao Poder competente para a adoção das providências necessárias
6.

e, em se tratando de órgão administrativo, para fazê-lo em trinta dias.”


02

46. Sobre a ação de improbidade administrativa, assinale a alternativa incorreta:


(A) Tal como se verifica na seara penal, no momento do recebimento da petição inicial, deve o
magistrado pautar-se pelo princípio in dúbio pro societate, somente devendo ser indeferida a inicial
em caso de manifesta inexistência do ato de improbidade, da improcedência da ação ou da
inadequação da via eleita;
(B) De acordo com o entendimento do Supremo, são imprescritíveis as ações de ressarcimento ao
erário fundadas na prática de ato doloso tipificado na Lei de Improbidade Administrativa;
(C) Os agentes políticos, com exceção do presidente da República, encontram-se sujeitos a um duplo
regime sancionatório, e se submetem tanto à responsabilização civil pelos atos de improbidade
administrativa quanto à responsabilização político-administrativa por crimes de responsabilidade;
(D) No caso de a ação principal ter sido proposta pelo Ministério Público, a pessoas jurídica de direito
público ou de direito privado, cujo ato seja objeto de impugnação, poderá abster-se de contestar o
pedido, ou poderá atuar ao lado do autor, desde que isso se afigure útil ao interesse público, a juízo
do respectivo representante legal ou dirigente;

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(E) Tratando-se de medida de natureza cautelar, a medida de indisponibilidade de bens na ação de


improbidade demanda a demonstração concreta do fumus boni iuris e do periculum in mora, a fim
de que possa ser deferida;

RESPOSTA: E
COMENTÁRIOS
Alternativa A: correta, conforme art. 17, §§7º a 9º da Lei 8429/92. Após a fase de defesa prévia, o
juiz receberá ou não a petição inicial. Neste momento, prevalece o princípio in dúbio pro societate.
Ou seja, em havendo meros indícios, o juiz deve receber a denúncia e deixar para a fase de instrução
a solução da questão.
Neste sentido, o Enunciado 5) da Jurisprudência em Teses 38 STJ: 5) A presença de indícios de
cometimento de atos ímprobos autoriza o recebimento fundamentado da petição inicial nos termos
do art. 17, §§ 7º, 8º e 9º, da Lei n. 8.429/92, devendo prevalecer, no juízo preliminar, o princípio do
in dubio pro societate.

Alternativa B: Correta, conforme entendimento adotado no. julgamento do Recurso Extraordinário


(RE) 852475, com repercussão geral reconhecida. Foi aprovada a seguinte tese proposta pelo
ministro Edson Fachin, para fins de repercussão geral: “São imprescritíveis as ações de ressarcimento
4 6
ao erário fundadas na prática de ato doloso tipificado na Lei de Improbidade Administrativa”.
4-

62
12

Alternativa C: Correta, conforme entendimento adotado pelo Supremo na Pet. 3240. No julgamento,
6.

o Supremo afastou a tese no sentido de que agentes políticos responderiam apenas por crime de
responsabilidade (com exceção do presidente da República), fixando o entendimento quanto à
20

existência de um duplo regime sancionatório (improbidade + responsabilidade política).


6.
02

Alternativa D: Correta, conforme art. 17, §3º, da Lei 8.429/92 c/c § 3o do art. 6o da Lei no 4.717, de
29 de junho de 1965 (Lei de ação popular). De acordo com o referido dispositivo, “A pessoas jurídica
de direito público ou de direito privado, cujo ato seja objeto de impugnação, poderá abster-se de
contestar o pedido, ou poderá atuar ao lado do autor, desde que isso se afigure útil ao interesse
público, a juízo do respectivo representante legal ou dirigente.”
Os referidos dispositivos consagram a chamada legitimidade bifronte da pessoa jurídica interessada.
O art. 17, §3º da LIA determina a aplicação do art. 6º, §3º, da Lei da Ação Popular, que autoriza a
pessoa jurídica interessada a deixar de contestar aderir o polo ativo da ação de improbidade.
No entanto, veja que o ente público jamais será réu na ação de improbidade administrativa pura, já
que os legitimados passivos são os agentes públicos e os terceiros que tenham se beneficiado com o
ato. O ente público somente estará no polo passivo em caso de cumulação da demanda de
improbidade com algum outro pedido, como por exemplo, a anulação de um ato administrativo.
Portanto, salvo quando houver pedido de anulação de ato administrativo, essa intimação da Fazenda
Pública serve apenas como uma oportunidade para assumir o polo ativo da ação, ao lado do
Ministério Público. Isso porque, como o ente público não é réu, ele não teria que apresentar
contestação.

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Alternativa E: Incorreta. Apesar de haver controvérsia doutrinária, o STJ pacificou o entendimento


no sentido de que o periculum in mora neste caso é presumido. Assim, basta que se comprove
o fumus boni iuris, sendo o periculum in mora presumido. Alguns falam que aqui o periculum in mora
seria implícito. Assim, é desnecessária a prova do periculum in mora concreto, ou seja, de que os
réus estejam dilapidando seu patrimônio, ou na iminência de fazê-lo, exigindo-se apenas a
demonstração de fumus boni iuris, consistente em fundados indícios da prática de atos de
improbidade.
A medida cautelar de indisponibilidade de bens, prevista na LIA, consiste em uma tutela de evidência,
de forma que basta a comprovação da verossimilhança das alegações, pois, pela própria natureza do
bem protegido, o legislador dispensou o requisito do perigo da demora. Portanto, para o
entendimento que prevalece, pode ser decretada a indisponibilidade dos bens ainda que o acusado
não esteja se desfazendo de seus bens. A indisponibilidade dos bens visa, justamente, a evitar que
ocorra a dilapidação patrimonial. Não é razoável aguardar atos concretos direcionados à sua
diminuição ou dissipação. Exigir a comprovação de que tal fato esteja ocorrendo ou prestes a ocorrer
tornaria difícil a efetivação da medida cautelar e, muitas vezes, inócua (Min. Herman Benjamin).
Ademais, de acordo com o STJ, é possível a decretação da indisponibilidade inaudita altera pars, ou
seja, antes da manifestação da parte requerida. Neste sentido, o enunciado 11) da Jurisprudência em
4 6
Teses do STJ n. 38: 11) É possível o deferimento da medida acautelatória de indisponibilidade de bens
4-

em ação de improbidade administrativa nos autos da ação principal sem audiência da parte adversa
63
12

e, portanto, antes da notificação a que se refere o art. 17, § 7º, da Lei n. 8.429/92.
6.

47. Acerca da responsabilidade civil do Estado, assinale a alternativa correta:


20

(A) O caso fortuito e a força maior, por tratarem-se de eventos imprevisíveis ou previsíveis, mas de
6.

consequências incalculáveis, sempre excluirão a responsabilidade civil do Estado, por rompimento


02

do nexo de causalidade;
(B) A responsabilidade civil do Estado pode decorrer de atos lícitos, ilícitos, de comportamentos
comissivos ou omissivos do poder público. Para tanto, necessário que haja um dano causado a
terceiro por agente estatal, o elemento subjetivo da conduta e que esteja presente o nexo causal
entre a conduta e o dano;
(C) Em caso de suicídio de detento ocorrido no presídio, não haverá responsabilidade civil do Estado.
Isso porque, neste caso, incide a causa excludente da responsabilidade civil da culpa exclusiva da
vítima, de modo que o Estado não poderá ser responsabilizado;
(D) A responsabilidade civil do Estado será sempre objetiva, independentemente de derivar de
conduta comissiva ou omissiva de agentes estatais. Trata-se de imperativo de justiça, ante a
necessidade de repartição equitativa dos ônus sociais;
(E) De acordo com o Dec. 20910/32, prescrevem em cinco anos as dívidas passivas da Fazenda
Pública, contados da data do ato ou fato que as originou. Trata-se de normativa específica, restando
afastadas, neste ponto, as disposições do Código Civil;

RESPOSTA: E

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COMENTÁRIOS
Alternativa A: Incorreta. De acordo com a doutrina, o art. 37, §6º da Constituição encampa a teria do
risco administrativo. E a teoria do risco administrativo, ao contrário da teoria do risco integral, admite
as chamadas causas excludentes do nexo causal.
Com efeito, para que haja responsabilidade civil, é preciso que estejam presentes três elementos:
conduta, dano e nexo de causalidade. Ou seja, no âmbito de uma responsabilidade objetiva estatal,
a vítima, para conseguir a indenização por parte do estado, ela deve comprovar três coisas: a conduta
do estado, o dano e o nexo causal. Este nexo causal, por sua vez, é liame entre a conduta e o dano,
mostrar que aquela conduta do estado foi o causador daquele dano.
A teoria do risco administrativo admite a invocação das chamadas causas excludentes do nexo causal,
o que tem o condão de permitir que o estado rompa o nexo causal entre a conduta e o dano. Afastado
o nexo causal, o Estado não vai ser responder civilmente. A doutrina menciona normalmente três
grandes causas excludentes do nexo causal: culpa ou fato exclusivo da vítima; fato de terceiro ou
caso fortuito/força maior.
Todavia, temos que lembrar que, excepcionalmente, para fins de danos ambientais, adota-se a
teoria do risco integral, que não comporta a invocação de causas excludentes da ilicitude. Portanto,
não é correta a afirmação genérica no sentido de que o Estado jamais responderá se houver
fortuito ou força maior.
4 6
Além disso, conforme lembrado por Maria Sylvia, “mesmo ocorrendo motivo de força maior, a
4-

responsabilidade do estado poderá ocorrer se, aliada à força maior, ocorrer omissão do Poder Público
64
12

na realização de um serviço. [...] Porém, neste caso, entende-se que a responsabilidade ao é objetiva
6.

(...)” (Direito Administrativo. Maria Sylvia Zanella Di Pietro. 30ª Edição. Ed. Gen Forense. Pag. 825)
20

Alternativa B: Incorreta. Tratando-se de responsabilidade objetiva, não há necessidade de


6.

demonstração do elemento subjetivo da conduta (dolo ou culpa).


02

Alternativa C: Incorreta. Ainda que haja culpa exclusiva da vítima, se o estado tiver uma parcela de
responsabilidade, ainda que pequena, vai responder. É o que acontece no caso de suicídio cometido
por preso dentro do presídio ou por doente internado em hospital público.
De acordo com o STJ e com o STF, vai haver responsabilidade civil do estado quando o suicídio ocorre
dentro do próprio estabelecimento estatal. Neste sentido foi o entendimento do Supremo no RE
841526. De acordo com a tese fixada pelo Supremo, “Em caso de inobservância de seu dever
específico de proteção previsto no artigo 5º, inciso XLIX, da Constituição Federal, o Estado é
responsável pela morte de detento”.
O Colegiado asseverou que a responsabilidade civil estatal, segundo a CF/1988, em seu art. 37, § 6º,
subsume-se à teoria do risco administrativo, tanto para as condutas estatais comissivas quanto paras
as omissivas. Assim, a omissão do Estado reclama nexo de causalidade em relação ao dano sofrido
pela vítima nas hipóteses em que o Poder Público ostenta o dever legal e a efetiva possibilidade de
agir para impedir o resultado danoso. Além disso, é dever do Estado e direito subjetivo do preso a
execução da pena de forma humanizada, garantindo-se-lhe os direitos fundamentais, e o de ter
preservada a sua incolumidade física e moral.

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Por essa razão, nas situações em que não seja possível ao Estado agir para evitar a morte do detento,
rompe-se o nexo de causalidade. Afasta-se, assim, a responsabilidade do Poder Público, sob pena de
adotar-se a teoria do risco integral, ao arrepio do texto constitucional. A morte do detento pode
ocorrer por várias causas, como homicídio, suicídio, acidente ou morte natural, não sendo sempre
possível ao Estado evitá-la, por mais que adote as precauções exigíveis.
Portanto, a responsabilidade civil estatal fica excluída nas hipóteses em que o Poder Público
comprova causa impeditiva da sua atuação protetiva do detento, rompendo o nexo de causalidade
da sua omissão com o resultado danoso. RE 841526/RS, rel. Min. Luiz Fux, 30.3.2016. (RE-841526).

Alternativa D: Incorreta, conforme o Enunciado 5) da Jurisprudência em teses Edição 61 do STJ: A


responsabilidade civil do Estado por condutas omissivas é subjetiva, devendo ser comprovados a
negligência na atuação estatal, o dano e o nexo de causalidade.
O Estado poderá vir a responder em razão de conduta omissiva, caso reste demonstrado o nexo de
causalidade entre o dano sofrido e a omissão estatal. Todavia, não é pacífica a natureza jurídica da
responsabilidade civil estatal por omissão. Parcela da doutrina sustenta que a responsabilidade civil
estatal decorrente de ato omissivo será subjetiva. Isso porque o art. 37, §6º, da Constituição – que
consagra a responsabilidade objetiva -, seria vocacionado apenas aos atos comissivos.
A ideia é que o Estado não pode ser convolado em um garantidor universal de todos os atos lesivos
4 6
decorrentes de suas eventuais omissões. É o que sustenta Celso Antônio Bandeira de Mello. Outra
4-

parcela nos dirá que também nas condutas omissivas a responsabilidade será objetiva, porquanto o
65
12

art. 37, §6º, da Constituição não faz qualquer diferenciação. É o entendimento de Hely Lopes
6.

Meirelles. Uma terceira corrente busca estabelecer uma distinção entre as omissões genéricas e as
omissões específicas.
20

Nesta linha, será subjetiva a responsabilidade civil decorrente de uma omissão genérica estatal,
6.

carecendo, neste caso, de demonstração de culpa. Será genérica a omissão, quando não houver para
02

o Estado um específico fim de agir em relação a determinadas pessoas ou situações. De outra parte,
será objetiva a responsabilidade em razão de uma omissão específica estatal. Vale ressaltar que
estaremos diante de uma omissão específica nas hipóteses em que o Estado já houver sido instado a
solucionar determinada questão, mas, ainda assim, quedar-se inerte. É o entendimento de Sergio
Cavalieri Filho.

Alternativa E: Correta. Neste sentido, o Enunciado 4) da Jurisprudência em Teses 61 do STJ: O prazo


prescricional das ações indenizatórias ajuizadas contra a Fazenda Pública é quinquenal (Decreto n.
20.910/1932), tendo como termo a quo a data do ato ou fato do qual originou a lesão ao patrimônio
material ou imaterial. (Tese julgada sob o rito do art. 543-C do CPC/73 - Tema 553).

48. Sobre a intervenção do Estado na propriedade, é incorreto afirmar que:


(A) As limitações administrativas são espécie de intervenção branda, geral e abstrata, instituídas
através de lei ou ato normativo, com o fim de condicionar o exercício do direito de propriedade ao
bem-estar social, sendo certo que, como regra, não ensejam pagamento de indenização;

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(B) O tombamento é modalidade de intervenção branda do Estado na propriedade privada, incidente


sobre bens móveis e imóveis, decretada com fundamento na proteção do patrimônio histórico,
cultural e artístico nacional;
(C) Tendo em vista o princípio da hierarquia verticalizada, consagrado no DL 3365/41, entes menores
não podem intervir na propriedade de entes maiores. Dessa forma, Estados e Município não podem
instituir qualquer sorte de intervenção em bens de propriedade da União;
(D) Se houver concordância, reduzida a termo, do expropriado, a decisão concessiva da imissão
provisória na posse implicará a aquisição da propriedade pelo expropriante com o consequente
registro da propriedade na matrícula do imóvel;
(E) No caso de imissão prévia na posse, na desapropriação por necessidade ou utilidade pública e
interesse social, inclusive para fins de reforma agrária, havendo divergência entre o preço ofertado
em juízo e o valor do bem, fixado na sentença, expressos em termos reais, incidirão juros
compensatórios de 6% (seis por cento) ao ano, incidentes sobre a diferença entre o valor fixado na
sentença e 80% do preço oferecido pelo poder público, a contar da imissão na posse, vedado o cálculo
de juros compostos;

RESPOSTA: C
COMENTÁRIOS
4 6
Alternativa A: Correta, conforme entendimento doutrinário. Quando temos restrição à propriedade
4-

instituída por ato abstrato ou genérico, portanto, teremos uma limitação administrativa. Um
66
12

exemplo de limitação administrativa é o gabarito dos prédios, os recuos das construções, os


6.

zoneamentos urbanos, as limitações de ordem ambiental. Os gabaritos são impostos como regra por
meio de lei municipal e incidem geral e abstratamente sobre todos os imóveis de determinada região.
20

A limitação administrativa se diferencia das demais intervenções brandas pelo fato de ela ser
6.

instituída por ato genérico e abstrato, incidindo indiscriminadamente sobre todos, ao passo que as
02

demais intervenções são instituídas por ato individualizado.

Alternativa B: Correta, conforme conceito de desapropriação. De acordo com a doutrina:


“O tombamento é sempre uma restrição parcial, não impedindo ao particular o exercício dos direitos
inerentes ao domínio; por isso mesmo, não dá, em regra, direito à indenização; para fazer jus a uma
compensação pecuniária, o proprietário deverá demonstrar que realmente sofreu algum prejuízo em
decorrência do tombamento.
(...)
O tombamento pode ser definido como o procedimento administrativo pelo qual o poder público
sujeita a restrições parciais os bens de qualquer natureza cuja conservação seja de interesse público,
por sua vinculação a fatos memoráveis da história ou por seu excepcional valor arqueológico ou
etnológico, bibliográfico ou artístico” (Direito Administrativo. Maria Sylvia Zanella Di Pietro. 30ª
Edição. Ed. Gen Forense. Pag. 178/179)

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Alternativa C: incorreta. Conforme art. 2º, §2º, do DL 3365/41, entes menores não podem
desapropriar bens de entes maiores. No entanto, isso não quer significar que não possam instituir
outras intervenções na propriedade, como é o caso por exemplo do tombamento.
De acordo com o decidido pelo Supremo na ACO 1208, os bens da União não são excepcionados do
rol de bens que não podem ser tombados, tal como são excluídos do rol dos bens passíveis de serem
desapropriados pelos Estados e pelo Distrito Federal, motivo pelo qual se conclui que os bens da
União podem ser, em tese, tombados pelos Estados, Distrito Federal e Municípios.
O Supremo entendeu que os bens da União não foram imunizados do tombamento pelos demais
entes, tal como ocorre com a desapropriação, motivo pelo qual se conclui que os bens da União
podem ser, em tese, tombados pelos Estados, Distrito Federal e Municípios.
Conforme destacado pelo STF, o art. 2º, §2º, do DL 3365/41 é específico ao vedar a desapropriação
de entes maiores por entes menores, ao passo que o DL 25/37 nada diz sobre tal hierarquia
verticalizada na instituição de tombamentos. Ao contrário, o art. 5º, do DL 25/37 é expresso no
sentido de que O tombamento dos bens pertencentes à União, aos Estados e aos Municípios se fará
de ofício, sem estabelecer restrição.
Vê-se, portanto, que quando há intenção do legislador de que se observe a “hierarquia verticalizada”,
assim foi feito expressamente, ao referir-se como desapropriáveis os bens dos Municípios pelos
Estados e pela União, e os bens dos Estados e do Distrito Federal, apenas pela União.
4 6
4-

Alternativa D: Correta, conforme o novel art. 34-A do DL 3365/41:


67
12

“Art. 34-A. Se houver concordância, reduzida a termo, do expropriado, a decisão concessiva da


6.

imissão provisória na posse implicará a aquisição da propriedade pelo expropriante com o


consequente registro da propriedade na matrícula do imóvel.
20

§ 1º A concordância escrita do expropriado não implica renúncia ao seu direito de questionar o preço
6.

ofertado em juízo.
02

§ 2º Na hipótese deste artigo, o expropriado poderá levantar 100% (cem por cento) do depósito de
que trata o art. 33 deste Decreto-Lei.
§ 3º Do valor a ser levantado pelo expropriado devem ser deduzidos os valores dispostos nos §§ 1º
e 2º do art. 32 deste Decreto-Lei, bem como, a critério do juiz, aqueles tidos como necessários para
o custeio das despesas processuais.”

Alternativa E: Correta, conforme art. 15-A do DL 3365/41. Vale ressaltar que, no julgamento da ADI
2332, em 17/05/2018, o Supremo entendeu pela constitucionalidade do referido dispositivo. No
entanto, o Supremo declarou inconstitucional a partícula “até” contida no texto da lei. Portanto, o
dispositivo deve ser interpretado no sentido de que o percentual de juros compensatórios será de
6% ao ano.
O dispositivo ganha importância, mormente diante da virada jurisprudencial levada a efeito pelo
Supremo. Com efeito, em 2001, ao julgar a medida cautelar na ADI 2332, o STF havia suspendido a
eficácia do dispositivo, determinando a volta da aplicação dos juros compensatórios no percentual
de 12%, conforme determinava a Súmula 618 do STF.

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Com vistas a interpretar o entendimento do Supremo na ADI 2332 sobre os juros compensatórios, o
STJ editou à época a Súmula 408, fixando marcos temporais de incidência dos juros compensatórios.
De acordo com o enunciado, os juros compensatórios incidentes nas ações de desapropriação após
a de entrada em vigor da MP 1.577, em 11/06/1997, devem ser fixados em 6% ao ano até 13.09.2001
(data da decisão cautelar) e, a partir de então, em 12% ao ano, na forma da Súmula 618 (que
estabelecia a taxa de 12% ao ano).
No entanto, com a decisão final do Supremo na ADI 2332, foram superadas as Súmulas 408 do STJ e
618 do STF. Isso porque o Supremo entendeu constitucional o percentual de 6% ao ano.
Além disso, o STF decidiu interpretar conforme a Constituição o caput do art. 15-A do DL 3.365/41
de modo a entender que a base de cálculo dos juros compensatórios será a diferença eventualmente
apurada entre 80% do preço ofertado em juízo e o valor do bem fixado na sentença.
Digno de nota ainda que o Supremo declarou constitucionais os parágrafos 1º a 3º, do art. 15-A, do
DL 3365/41:
“Art. 15-A (...)
§ 1º Os juros compensatórios destinam-se, apenas, a compensar a perda de renda comprovadamente
sofrida pelo proprietário. (Incluído pela MP 2.183-56, de 2001)
§ 2º Não serão devidos juros compensatórios quando o imóvel possuir graus de utilização da terra e
de eficiência na exploração iguais a zero. (Incluído pela MP 2.183-56, de 2001)
4 6
§ 3o O disposto no caput deste artigo aplica-se também às ações ordinárias de indenização por
4-

apossamento administrativo ou desapropriação indireta, bem assim às ações que visem a


68
12

indenização por restrições decorrentes de atos do Poder Público, em especial aqueles destinados à
6.

proteção ambiental, incidindo os juros sobre o valor fixado na sentença. (Incluído pela
Medida Provisória nº 2.183-56, de 2001)”
20

Decisão: O Tribunal julgou parcialmente procedente a ação direta para: i) por maioria, e nos termos
6.

do voto do Relator, reconhecer a constitucionalidade do percentual de juros compensatórios de 6%


02

(seis por cento) ao ano para remuneração do proprietário pela imissão provisória do ente público na
posse de seu bem, declarando a inconstitucionalidade do vocábulo “até”, e interpretar conforme a
Constituição o caput do art. 15-A do Decreto-Lei 3.365/41, de 21 de junho de 1941, introduzido pelo
artigo 1º da Medida Provisória nº 2.027-43, de 27 de setembro de 2000, e suas sucessivas reedições,
de maneira a incidir juros compensatórios sobre a diferença entre 80% (oitenta por cento) do preço
ofertado em juízo pelo ente público e o valor do bem fixado na sentença, vencido o Ministro Marco
Aurélio, que julgava procedente o pedido, no ponto, em maior extensão; ii) por maioria, vencidos os
Ministros Roberto Barroso (Relator), Luiz Fux e Celso de Melo, declarar a constitucionalidade do § 1º
e do § 2º do art. 15-A do Decreto-Lei 3.365/41; iii) por unanimidade, e nos termos do voto do Relator,
declarar a constitucionalidade do § 3º do artigo 15-A do Decreto-Lei 3.365/41; iv) por maioria, e nos
termos do voto do Relator, declarar a inconstitucionalidade do § 4º do art. 15-A do Decreto-Lei
3.365/41, vencido o Ministro Marco Aurélio; v) por unanimidade, e nos termos do voto do Relator,
declarar a constitucionalidade da estipulação de parâmetros mínimo e máximo para a concessão de
honorários advocatícios previstos no § 1º do artigo 27 o Decreto-Lei 3.365/41 e declarar a
inconstitucionalidade da expressão “não podendo os honorários ultrapassar R$ 151.000,00 (cento e
cinqüenta e um mil reais)”. Ausente, justificadamente, o Ministro Dias Toffoli, em face de

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participação, na qualidade de representante do Supremo Tribunal Federal, no VIII Fórum Jurídico


Internacional de São Petersburgo, a realizar-se na Rússia. Falaram: pelo requerente, o Dr. Oswaldo
Pinheiro Ribeiro Júnior; e, pelo Presidente da República, a Dra. Grace Maria Fernandes Mendonça,
Advogada-Geral da União. Presidiu o julgamento a Ministra Cármen Lúcia. Plenário, 17.5.2018.
Sobre o tema: https://www.dizerodireito.com.br/2018/07/entenda-decisao-do-stf-sobre-os-
juros.html

49. Sobre licitações e contratos administrativos, assinale a alternativa incorreta:


(A) De acordo com o princípio da vinculação ao instrumento convocatório, dirigido à Administração
e aos licitantes, as normas e condições do edital não podem ser inobservadas, sob pena de nulidade;
(B) Nos casos de inexigibilidade da licitação, não há possibilidade de competição, razão por que a
licitação é inviável;
(C) É dispensável a licitação na contratação de remanescente de obra, serviço ou fornecimento, em
consequência de rescisão contratual, desde que atendida a ordem de classificação da licitação
anterior e aceitas as mesmas condições oferecidas pelo licitante vencedor, inclusive quanto ao preço,
devidamente corrigido;
(D) Quanto aos requisitos de habilitação nas licitações, a comprovação da regularidade fiscal e
trabalhista, no caso das microempresas e empresas de pequeno porte, somente será exigida para
4 6
efeito de assinatura do contrato;
4-

(E) O Sistema de Registro de Preços visa facilitar as contratações da administração, evitando que a
69
12

cada nova contratação seja necessária uma nova licitação. Uma vez que haja preços registrados
6.

validamente, fica a Administração obrigada a contratar as empresas registradas na ata, sob pena de
violação à eficiência e economicidade;
20
6.

RESPOSTA: E
02

COMENTÁRIOS
Alternativa A: Correta, conforme arts. 3º, 41, 43, II e 48, I, todos da Lei 8666/93.
Como bem observa Maria Sylvia Zanella Di Pietro, “quando a administração estabelece, no edital ou
na carta-convite, as condições para participar da licitação e as cláusulas essenciais do futuro contrato,
os interessados apresentarão suas propostas com base nesses elementos; ora, se for aceita proposta
ou celebrado contrato com desrespeito às condições previamente estabelecidas, burlados estarão os
princípios da licitação, em especial o da igualdade entre os licitantes, pois aquele que se prendeu aos
termos do edital poderá ser prejudicado pela melhor proposta apresentada por outro licitante que
os desrespeitou” (Direito Administrativo. 30ª Ed. Pag. 425)

Alternativa B: Correta, conforme art. 25, da Lei 8666/93, valendo lembrar que o dispositivo é
meramente exemplificativo. Com efeito, “a diferença básica entre as duas hipóteses (dispensa e
inexigibilidade) está no fato de que, na dispensa, há possiblidade de competição que justifique a
licitação; de modo que a lei faculta a dispensa, que fica inserida na competência discricionária da
Administração. Nos casos de inexigibilidade, não há possibilidade de competição, porque só existe

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um objeto ou uma pessoa que atenda às necessidades da Administração; a licitação é, portanto,


inviável” (Maria Sylvia Zanella Di Pietro. Direito Administrativo. 30ª Ed. Pag. 425)

Alternativa C: correta, conforme art. 24, XI, da Lei 8666/93.

Alternativa D: correta, conforme art. 42, da LC 123/06. Além disso, nos termos do art. 43, da LC 123:
“Art. 43. As microempresas e as empresas de pequeno porte, por ocasião da participação em
certames licitatórios, deverão apresentar toda a documentação exigida para efeito de comprovação
de regularidade fiscal e trabalhista, mesmo que esta apresente alguma restrição. (Redação
dada pela Lei Complementar nº 155, de 2016)

§ 1o Havendo alguma restrição na comprovação da regularidade fiscal e trabalhista, será assegurado


o prazo de cinco dias úteis, cujo termo inicial corresponderá ao momento em que o proponente for
declarado vencedor do certame, prorrogável por igual período, a critério da administração pública,
para regularização da documentação, para pagamento ou parcelamento do débito e para emissão
de eventuais certidões negativas ou positivas com efeito de certidão negativa. (Redação dada pela
Lei Complementar nº 155, de 2016)
§ 2o A não-regularização da documentação, no prazo previsto no § 1o deste artigo, implicará
4 6
decadência do direito à contratação, sem prejuízo das sanções previstas no art. 81 da Lei no 8.666,
4-

de 21 de junho de 1993, sendo facultado à Administração convocar os licitantes remanescentes, na


70
12

ordem de classificação, para a assinatura do contrato, ou revogar a licitação.


6.

Alternativa E: Incorreta, conforme art. 15, §4º, da Lei 8.666/93: “§ 4o A existência de preços
20

registrados não obriga a Administração a firmar as contratações que deles poderão advir, ficando-
6.

lhe facultada a utilização de outros meios, respeitada a legislação relativa às licitações, sendo
02

assegurado ao beneficiário do registro preferência em igualdade de condições.”


Com efeito, “o objetivo do registro de preços é facilitar as contratações futuras, evitando que, a cada
vez, seja realizado novo procedimento de licitação. O fato de existir o registro de preços não obriga
a administração pública a utilizá-lo em todas as contratações; se preferir, poderá utilizar outros meios
previstos na lei de licitações, hipótese em que será assegurado ao beneficiário do registro preferencia
em igualdade de condições com outros possíveis interessados” (Maria Sylvia Zanella Di Pietro. Direito
Administrativo. 30ª Ed. Pag. 482)

DIREITO CIVIL
50. Sobre tutela, assinale a alternativa correta:
(A) Podem escusar-se da tutela os maiores de setenta anos.
(B) O arrendamento de bens de raiz do tutelado depende de autorização do juiz.
(C) Quem institui um menor herdeiro, ou legatário seu, poderá nomear-lhe curador especial para os
bens deixados, desde que o beneficiário não se encontre sob o poder familiar.
(D) O direito de nomear tutor compete aos pais, separadamente.
(E) Os filhos menores são postos em tutela quando os pais forem julgados ausentes.

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RESPOSTA: E
COMENTÁRIOS
LETRA A: ERRADA – Art. 1.736, do Código Civil: Podem escusar-se da tutela: II - maiores de sessenta
anos.

LETRA B: ERRADA – O arrendamento pelo tutor independe de autorização do juiz, conforme artigo
1.747, V, do Código Civil.
LETRA C: ERRADA – Art. 1.733, § 2º, do Código Civil: Quem institui um menor herdeiro, ou legatário
seu, poderá nomear-lhe curador especial para os bens deixados, ainda que o beneficiário se
encontre sob o poder familiar, ou tutela.

LETRA D: ERRADA – Art. 1.729 do Código Civil: O direito de nomear tutor compete aos pais, em
conjunto.

LETRA E: CERTA – Art. 1.728, inciso II, do Código Civil.

51. Sobre o casamento, assinale a alternativa incorreta:


4 6
(A) Quando algum dos contraentes estiver em iminente risco de vida, não obtendo a presença da
4-

autoridade à qual incumba presidir o ato, nem a de seu substituto, poderá o casamento ser celebrado
71
12

na presença de seis testemunhas, que com os nubentes não tenham parentesco em linha reta, ou,
6.

na colateral, até segundo grau.


(B) As causas suspensivas da celebração do casamento podem ser arguidas por qualquer pessoa
20

capaz.
6.

(C) As causas suspensivas da celebração do casamento podem ser argüidas pelos parentes em linha
02

reta de um dos nubentes, sejam consangüíneos ou afins, e pelos colaterais em segundo grau, sejam
também consangüíneos ou afins.
(D) O registro civil do casamento religioso deverá ser promovido dentro de noventa dias de sua
realização, mediante comunicação do celebrante ao ofício competente, ou por iniciativa de qualquer
interessado, desde que haja sido homologada previamente a habilitação regulada neste Código. Após
o referido prazo, o registro dependerá de nova habilitação
(E) O casamento pode celebrar-se mediante procuração, por instrumento público, com poderes
especiais.

RESPOSTA: B
COMENTÁRIOS
LETRA A: CERTA – Art. 1.540 do Código Civil.
LETRA B: ERRADA – Art. 1.524 do Código Civil: As causas suspensivas da celebração do casamento
podem ser argüidas pelos parentes em linha reta de um dos nubentes, sejam consangüíneos ou afins,
e pelos colaterais em segundo grau, sejam também consangüíneos ou afins.
LETRA C: CERTA – Art. 1.524 do Código Civil.

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LETRA D: CERTA – Art. 1.516, § 1o, do Código Civil.


LETRA E: CERTA – Art. 1.542 do Código Civil.

52. Sobre os defeitos do negócio jurídico, assinale a alternativa correta:


(A) Configura-se a lesão quando alguém, premido da necessidade de salvar-se, ou a pessoa de sua
família, de grave dano conhecido pela outra parte, assume obrigação excessivamente onerosa.
(B) O temor reverencial pode ser considerado coação, a depender do caso concreto.
(C) O negócio jurídico não pode ser anulado por dolo de terceiro, que responderá por todas as perdas
e danos da parte a quem ludibriou.
(D) Na lesão, aprecia-se a desproporção das prestações segundo os valores vigentes ao tempo em
que foi celebrado o negócio jurídico.
(E) O dolo não prejudica a validade do negócio jurídico quando a pessoa, a quem a manifestação de
vontade se dirige, se oferecer para executá-la na conformidade da vontade real do manifestante.

RESPOSTA: D
COMENTÁRIOS
LETRA A: ERRADA – Art. 156 do Código Civil: Configura-se o estado de perigo quando alguém,
premido da necessidade de salvar-se, ou a pessoa de sua família, de grave dano conhecido pela outra
4 6
parte, assume obrigação excessivamente onerosa.
4-

LETRA B: ERRADA – Art. 153 do Código Civil: Não se considera coação a ameaça do exercício normal
72
12

de um direito, nem o simples temor reverencial.


6.

LETRA C: ERRADA – Art. 148 do Código Civil: Pode também ser anulado o negócio jurídico por dolo
de terceiro, se a parte a quem aproveite dele tivesse ou devesse ter conhecimento; em caso
20

contrário, ainda que subsista o negócio jurídico, o terceiro responderá por todas as perdas e danos
6.

da parte a quem ludibriou.


02

LETRA D: CERTA – Art. 157. § 1º do Código Civil: Aprecia-se a desproporção das prestações segundo
os valores vigentes ao tempo em que foi celebrado o negócio jurídico.
LETRA E: ERRADA – Art. 144 do Código Civil: O erro não prejudica a validade do negócio jurídico
quando a pessoa, a quem a manifestação de vontade se dirige, se oferecer para executá-la na
conformidade da vontade real do manifestante.

53. Assinale a alternativa incorreta:


(A) A união estável não se constituirá se ocorrerem causas suspensivas previstas no artigo 1.523 do
Código Civil.
(B) De acordo com o STJ, no regime de separação legal de bens, comunicam-se os adquiridos na
constância do casamento, desde que comprovado o esforço comum para sua aquisição.
(C) O prêmio de loteria recebido por quem está em relacionamento regulado pelo regime da
separação obrigatória deve ser objeto de partilha com o ex-cônjuge.
(D) É obrigatório o regime da separação de bens no casamento da pessoa maior de setenta anos.
(E) Excluem-se da comunhão, no regime de comunhão parcial os proventos do trabalho pessoal de
cada cônjuge.

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RESPOSTA: A
COMENTÁRIOS
LETRA A: ERRADA – Art. 1.723, § 1o do Código Civil: A união estável não se constituirá se ocorrerem
os impedimentos do art. 1.521; não se aplicando a incidência do inciso VI no caso de a pessoa casada
se achar separada de fato ou judicialmente; § 2º: As causas suspensivas do art. 1.523 não impedirão
a caracterização da união estável.
LETRA B: CERTA – REsp 1623858/MG, Rel. Ministro LÁZARO GUIMARÃES (DESEMBARGADOR
CONVOCADO DO TRF 5ª REGIÃO), SEGUNDA SEÇÃO, julgado em 23/05/2018, DJe 30/05/2018.
LETRA C: CERTA – REsp 1689152/SC, Rel. Ministro LUIS FELIPE SALOMÃO, QUARTA TURMA, julgado
em 24/10/2017, DJe 22/11/2017
LETRA D: CERTA – Artigo 1.641, II, do Código Civil.
LETRA E: CERTA – Artigo 1.659, VI, do Código Civil.

54. Assinale a alternativa incorreta, de acordo com o entendimento do C. Superior Tribunal de Justiça:
(A) É imprescindível o consentimento de pessoa maior para o reconhecimento de filiação post
mortem.
(B) A ausência de nomeação de curador à lide e de interrogatório do interditando dão ensejo à
4 6
nulidade do processo de interdição.
4-

(C) Ainda que o devedor de alimentos tenha pago quase toda a dívida, não é possível a aplicação da
73
12

teoria do adimplemento substancial e a sua liberação.


6.

(D) Não é possível cumular a indenização do dano moral com a reparação econômica da Lei n.
10.559/2002.
20

(E) Os efeitos da sentença que reduz, majora ou exonera o alimentante do pagamento retroagem à
6.

data da citação, vedadas a compensação e a repetibilidade.


02

RESPOSTA: D
COMENTÁRIOS
LETRA A: CERTA – STJ. 3ª Turma. REsp 1688470-RJ, Rel. Min. Nancy Andrighi, julgado em 10/04/2018
(Info 623).
LETRA B: CERTA – REsp 1686161/SP, Rel. Ministra NANCY ANDRIGHI, TERCEIRA TURMA, julgado em
12/09/2017, DJe 15/09/2017.
LETRA C: CERTA – HC 439.973/MG, Rel. Ministro LUIS FELIPE SALOMÃO, Rel. p/ Acórdão Ministro
ANTONIO CARLOS FERREIRA, QUARTA TURMA, julgado em 16/08/2018, DJe 04/09/2018.
LETRA D: ERRADA – Súmula n° 624 do STJ: É possível cumular a indenização do dano moral com a
reparação econômica da Lei n. 10.559/2002 (Lei da Anistia Política).
LETRA E: CERTA – Súmula n° 621 do STJ.

55. Assinale a alternativa correta:


(A) A capacidade de exercício é a capacidade de ter direitos subjetivos e contrais obrigações.
(B) O Código Civil não protege o natimorto.

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(C) Toda pessoa possui capacidade de fato.


(D) Os pródigos, que pela redação anterior do Código Civil eram considerados relativamente
incapazes, não possuem restrições à capacidade civil, de acordo com a atual redação do Código.
(E) A emancipação voluntaria decorre de ato unilateral dos pais de menor relativamente incapaz e
independe de homologação judicial.

RESPOSTA: E
COMENTÁRIOS
LETRA A: ERRADA – A capacidade de direito (ou de gozo, aquisição) é a capacidade de ter direitos
subjetivos e contrais obrigações. A capacidade de exercício (ou de fato), por sua vez, está relacionada
ao poder de praticar pessoalmente os atos da vida civil, sem necessidade de representação ou
assistência.
LETRA B: ERRADA - O Código Civil protege também o natimorto, no que concerne aos direitos da
personalidade, tais como nome, imagem e sepultura.
LETRA C: ERRADA – Toda pessoa possui capacidade de direito.
LETRA D: ERRADA – A redação atual do Código Civil estabelece que os pródigos são relativamente
incapazes, conforme artigo 4°, inciso II do Código Civil.
LETRA E: CERTA.
4 6
4-

56. Assinale a alternativa incorreta:


74
12

(A) A pena de sonegados só se pode requerer e impor em ação movida pelos herdeiros ou pelos
6.

credores da herança
(B) Aos cônjuges é permitido incluir ao seu nome o sobrenome do outro, desde que o requerimento
20

seja feito até a data da celebração do casamento.


6.

(C) O herdeiro pode sempre requerer a partilha, ainda que o testador o proíba, cabendo igual
02

faculdade aos seus cessionários e credores.


(D) Os sobrinhos podem requerem que cessem as ofensas ao tio falecido, quando forem os únicos
herdeiros.
(E) De acordo com o Código Civil em vigor, o valor de colação dos bens doados será aquele, certo ou
estimativo, que lhes atribuir o ato de liberalidade.

RESPOSTA: B
COMENTÁRIOS
LETRA A: CERTA – Art.1.994 do Código Civil.
LETRA B: ERRADA – Aos cônjuges é permitido incluir ao seu nome o sobrenome do outro, ainda que
após a data da celebração do casamento, porém deverá ser por meio de ação judicial. REsp 910.094,
Rei. Raul Araujo, j. 4.9.12, 4a Turma (Info 503).
LETRA C: CERTA – Artigo 2.013 do Código Civil.
LETRA D: CERTA – Art. 12 do Código Civil: Pode-se exigir que cesse a ameaça, ou a lesão, a direito da
personalidade, e reclamar perdas e danos, sem prejuízo de outras sanções previstas em lei. Parágrafo

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único. Em se tratando de morto, terá legitimação para requerer a medida prevista neste artigo o
cônjuge sobrevivente, ou qualquer parente em linha reta, ou colateral até o quarto grau.
LETRA E: CERTA – Art. 2.004 do Código Civil.

57. Sobre as obrigações, assinale a alternativa correta:


(A) O terceiro não interessado, que paga a dívida em seu próprio nome, tem direito a reembolsar-se
do que pagar, mas não se sub-roga nos direitos do credor.
(B) Nas obrigações de dar coisa certa e incerta, antes da escolha, não poderá o devedor alegar perda
ou deterioração da coisa, ainda que por força maior ou caso fortuito.
(C) A obrigação de dar coisa certa não abrange os acessórios não mencionados.
(D) Nas obrigações alternativas, a escolha cabe ao credor, se outra coisa não se estipulou.
(E) Convertendo-se a prestação em perdas e danos, não subsiste a solidariedade.

RESPOSTA: A
COMENTÁRIOS
LETRA A: CERTA - Artigo 305 do Código Civil.
LETRA B: ERRADA – Na obrigação de dar coisa INCERTA é que, antes da escolha, não poderá o devedor
alegar perda ou deterioração da coisa, ainda que por força maior ou caso fortuito (Art. 246 do Código
4 6
Civil).
4-

LETRA C: ERRADA – Art. 233 do Código Civil: A obrigação de dar coisa certa abrange os acessórios
75
12

dela embora não mencionados, salvo se o contrário resultar do título ou das circunstâncias do caso
6.

LETRA D: ERRADA – Art. 252 do Código Civil: Nas obrigações alternativas, a escolha cabe ao devedor,
se outra coisa não se estipulou
20

LETRA E: ERRADA – Art. 271 do Código Civil: Convertendo-se a prestação em perdas e danos, subsiste,
6.

para todos os efeitos, a solidariedade


02

58. Assinale a alternativa correta:


(A) Extingue-se a servidão, ficando ao dono do prédio serviente a faculdade de fazê-la cancelar, pelo
não uso, durante dez anos contínuos.
(B) Quando, por força natural violenta, uma porção de terra se destacar de um prédio e se juntar a
outro, há o fenômeno chamado de “aluvião”.
(C) Na venda a non domino, a tradição aliena a propriedade se o alienante adquirir depois a
propriedade, ainda que o adquirente esteja de má-fé.
(D) A avulsão ocorre quando são formados acréscimos, sucessiva e imperceptivelmente, por
depósitos e aterros naturais ao longo das margens das correntes, ou pelo desvio das águas destas.
(E) O dono do prédio que não tiver acesso a via pública, nascente ou porto, pode,
independentemente do pagamento de indenização, constranger o vizinho a lhe dar passagem, cujo
rumo será judicialmente fixado, se necessário.

RESPOSTA: A
COMENTÁRIOS

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LETRA A: CERTA – Artigo 1.389, inciso II, do Código Civil.

LETRA B: ERRADA – A aluvião ocorre quando são formados acréscimos, sucessiva e


imperceptivelmente, por depósitos e aterros naturais ao longo das margens das correntes, ou pelo
desvio das águas destas (artigo 1.250 do Código Civil). A avulsão, por outro lado, se dá quando, por
força natural violenta, uma porção de terra se destacar de um prédio e se juntar a outro (artigo 1.251
do Código Civil).

LETRA C: ERRADA – Art. 1.268 do Código Civil: Feita por quem não seja proprietário, a tradição não
aliena a propriedade, exceto se a coisa, oferecida ao público, em leilão ou estabelecimento comercial,
for transferida em circunstâncias tais que, ao adquirente de boa-fé, como a qualquer pessoa, o
alienante se afigurar dono. § 1o Se o adquirente estiver de boa-fé e o alienante adquirir depois a
propriedade, considera-se realizada a transferência desde o momento em que ocorreu a tradição.

LETRA D: ERRADA – A aluvião ocorre quando são formados acréscimos, sucessiva e


imperceptivelmente, por depósitos e aterros naturais ao longo das margens das correntes, ou pelo
desvio das águas destas (artigo 1.250 do Código Civil). A avulsão, por outro lado, se dá quando, por
força natural violenta, uma porção de terra se destacar de um prédio e se juntar a outro (artigo 1.251
4 6
do Código Civil).
4-

76
12

LETRA E: ERRADA – Art. 1.285 do Código Civil: O dono do prédio que não tiver acesso a via pública,
6.

nascente ou porto, pode, mediante pagamento de indenização cabal, constranger o vizinho a lhe
dar passagem, cujo rumo será judicialmente fixado, se necessário.
20
6.

59. Carla é mãe de Joaquina, que possui 16 anos, mas perdeu o poder familiar por ser viciada em
02

substâncias tóxicas e ter negligenciado suas obrigações familiares. Com o objetivo de se recuperar
do vício, Carla se internou em uma clínica para tratamento. Após obter melhora, elaborou
testamento, indicando José como tutor para a filha, em caso de seu falecimento. Carla faleceu alguns
meses depois. Nesse caso, assinale a alternativa correta:
(A) Deve ser nomeado José como tutor de Joaquina.
(B) É nula a disposição testamentária realizada por Carla.
(C) A nomeação do tutor por Carla poderá ser anulada se comprovado que não atende aos melhores
interesses da adolescente.
(D) A disposição testamentária realizada por Carla é válida, mas o Juiz poderá indicar outra pessoa
como tutor, se entender mais adequado.
(E) A disposição testamentária não terá valor por ter sido feita durante internação de Carla em clínica
para tratamento de viciados em tóxicos.

RESPOSTA: B
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LETRA A: ERRADA – Art. 1.730 do Código Civil: É nula a nomeação de tutor pelo pai ou pela mãe que,
ao tempo de sua morte, não tinha o poder familiar.

LETRA B: CERTA – Art. 1.730 do Código Civil.

LETRA C: ERRADA – A nomeação é nula (Art. 1.730 do Código Civil).

LETRA D: ERRADA – A disposição testamentária realizada por Carla é nula (Art. 1.730 do Código Civil).

LETRA E: ERRADA – A disposição testamentária realizada por Carla é nula não por ela estar internada,
mas sim por ela não possuir o poder familiar (Art. 1.730 do Código Civil).

DIREITO PROCESSUAL CIVIL


60. Marque o item verdadeiro
(A) A pendência de causa perante a jurisdição brasileira impede a homologação de sentença judicial
estrangeira quando exigida para produzir efeitos no Brasil.
(B) Não compete à autoridade judiciária brasileira o processamento e o julgamento da ação quando
6
houver cláusula de eleição de foro exclusivo estrangeiro em contrato internacional, arguida pelo réu
4
na contestação, mesmo quando o processo busca proceder à confirmação de testamento particular
4-

e ao inventário e à partilha de bens situados no Brasil, ainda que o autor da herança seja de 77
12

nacionalidade estrangeira ou tenha domicílio fora do território nacional.


6.

(C) Com relação a cooperação internacional, faz-se necessária reciprocidade para homologação de
20

sentença estrangeira.
(D) Recebido o pedido de auxílio direto passivo, a autoridade central o encaminhará ao Ministério
6.

Público Federal, que requererá em juízo a medida solicitada.


02

(E) O procedimento da carta rogatória perante o Superior Tribunal de Justiça é de jurisdição


contenciosa e deve assegurar às partes as garantias do devido processo legal, vedada a revisão de
mérito do pronunciamento judicial estrangeiro.

RESPOSTA: E
COMENTÁRIOS
ALTERNATIVA A: INCORRETA
A pendência de causa perante a jurisdição brasileira não impede a homologação de sentença judicial
estrangeira quando exigida para produzir efeitos no Brasil (Art. 24. parágrafo único, do NCPC), razão
pela quando sendo a sentença homologada no STJ, o feito que tramita no Brasil deve ser extinto sem
julgamento de mérito.

ALTERNATIVA B: INCORRETA
Conforme o Art. 25, do NCPC, não compete à autoridade judiciária brasileira o processamento e o
julgamento da ação quando houver cláusula de eleição de foro exclusivo estrangeiro em contrato
internacional, arguida pelo réu na contestação.

É proibida a reprodução deste material sem a devida autorização, sob pena da adoção das medidas cabíveis na esfera cível e penal.
ANDREIA RIBEIRO TORRES | 15997306588 | artorres261@gmail.com

Contudo o parágrafo 1o menciona um exceção, pois não se aplica o disposto no caput às hipóteses
de competência internacional exclusiva previstas neste Capítulo.

O processo para proceder à confirmação de testamento particular e ao inventário e à partilha de bens


situados no Brasil, ainda que o autor da herança seja de nacionalidade estrangeira ou tenha domicílio
fora do território nacional, é de competência exclusiva da autoridade brasileira (artigo 23, inciso II,
do NCPC).

Portanto, não cabe alegar cláusula de eleição de foro exclusivo estrangeiro em contrato internacional,
quando busca-se proceder à confirmação de testamento particular e ao inventário e à partilha de
bens situados no Brasil, ainda que o autor da herança seja de nacionalidade estrangeira ou tenha
domicílio fora do território nacional.

ALTERNATIVA C: INCORRETA
Art. 26. A cooperação jurídica internacional será regida por tratado de que o Brasil faz parte e
observará:
§ 1o Na ausência de tratado, a cooperação jurídica internacional poderá realizar-se com base em
6
reciprocidade, manifestada por via diplomática.
4
§ 2o Não se exigirá a reciprocidade referida no § 1o para homologação de sentença estrangeira.
4-

78
12

ALTERNATIVA D: INCORRETA
6.

Art. 33. Recebido o pedido de auxílio direto passivo, a autoridade central o encaminhará à Advocacia-
20

Geral da União, que requererá em juízo a medida solicitada.


6.
02

ALTERNATIVA E: CORRETA
Conforme o artigo 36 caput e § 2º, do NCPC: O procedimento da carta rogatória perante o Superior
Tribunal de Justiça é de jurisdição contenciosa e deve assegurar às partes as garantias do devido
processo legal. § 2o Em qualquer hipótese, sendo é vedada a revisão do mérito do pronunciamento
judicial estrangeiro pela autoridade judiciária brasileira.

61. Em relação ao processo comum, assinale a alternativa verdadeira:


(A) A ausência de alegação da existência de convenção de arbitragem na contestação, não implica na
renúncia ao juízo arbitral.
(B) Reconhecida a competência do foro indicado pelo réu, o juízo para o qual for distribuída a
contestação ou a carta precatória será realizada nova redistribuição por sorteio.
(C) Admite-se também a juntada posterior de documentos formados após a petição inicial ou a
contestação, bem como dos que se tornaram conhecidos, acessíveis ou disponíveis após esses atos,
independente de qualquer providência da parte.
(D) Ao réu revel será lícita a produção de provas, contrapostas às alegações do autor, desde que se
faça representar nos autos a tempo de praticar os atos processuais indispensáveis a essa produção.

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(E) Em caso de audiência para saneamento em cooperação com as partes, as partes não necessitam
levar o rol de testemunhas, tendo em vista que ainda não restou firmado os pontos contraditórios.

RESPOSTA: D
COMENTÁRIOS
ALTERNATIVA A: INCORRETA
Caso o réu não alegue a existência de juízo arbitral no primeiro momento de falar nos autos, resta
preclusa tal alegação.
Art. 337. Incumbe ao réu, antes de discutir o mérito, alegar: § 6o A ausência de alegação da existência
de convenção de arbitragem, na forma prevista neste Capítulo, implica aceitação da jurisdição estatal
e renúncia ao juízo arbitral.

ALTERNATIVA B: INCORRETA
Não haverá nova redistribuição por sorteio no juízo competente, uma vez que resta prevento o juízo
para qual foi distribuída a contestação ou a carta precatória.
Art. 340. Havendo alegação de incompetência relativa ou absoluta, a contestação poderá ser
protocolada no foro de domicílio do réu, fato que será imediatamente comunicado ao juiz da causa,
6
preferencialmente por meio eletrônico. § 2o Reconhecida a competência do foro indicado pelo réu,
4
o juízo para o qual for distribuída a contestação ou a carta precatória será considerado prevento.
4-

79
12

ALTERNATIVA C: INCORRETA
6.

As partes devem comprovar a impossibilidade de juntar os documentos no momento oportuno,


20

cabendo ao juízo aceitar ou refutar as alegações.


Art. 435. É lícito às partes, em qualquer tempo, juntar aos autos documentos novos, quando
6.

destinados a fazer prova de fatos ocorridos depois dos articulados ou para contrapô-los aos que foram
02

produzidos nos autos.

Parágrafo único. Admite-se também a juntada posterior de documentos formados após a petição
inicial ou a contestação, bem como dos que se tornaram conhecidos, acessíveis ou disponíveis após
esses atos, cabendo à parte que os produzir comprovar o motivo que a impediu de juntá-los
anteriormente e incumbindo ao juiz, em qualquer caso, avaliar a conduta da parte de acordo com o
art. 5o.

ALTERNATIVA D: CORRETA
Art. 349. Ao réu revel será lícita a produção de provas, contrapostas às alegações do autor, desde que
se faça representar nos autos a tempo de praticar os atos processuais indispensáveis a essa produção.

ALTERNATIVA E: INCORRETA
Já na audiência de saneamento em cooperação, as partes devem apresentar o rol de testemunhas.

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Art. 357. Não ocorrendo nenhuma das hipóteses deste Capítulo, deverá o juiz, em decisão de
saneamento e de organização do processo:
§ 3o Se a causa apresentar complexidade em matéria de fato ou de direito, deverá o juiz designar
audiência para que o saneamento seja feito em cooperação com as partes, oportunidade em que o
juiz, se for o caso, convidará as partes a integrar ou esclarecer suas alegações.
§ 5o Na hipótese do § 3o, as partes devem levar, para a audiência prevista, o respectivo rol de
testemunhas.

62. Marque o item verdadeiro:


(A) Falecendo uma das partes o juiz deve, em todo caso, suspender o feito.
(B) A desistência da ação pode ser apresentada a qualquer tempo pela parte requerente.
(C) A hipoteca judiciária poderá ser realizada mediante apresentação de cópia da sentença perante o
cartório de registro imobiliário, mediante ordem judicial.
(D) A decisão que julgar total ou parcialmente o mérito tem força de lei nos limites da questão
principal expressamente decidida, inclusive para resolução de questão prejudicial, decidida expressa
e incidentemente no processo em todo caso.
(E) Quando a sentença condenar ao pagamento de quantia ilíquida, proceder-se-á à sua liquidação, a
6
requerimento tanto do credor ou do devedor.
4
4-

RESPOSTA: E 80
12

COMENTÁRIOS
6.

ALTERNATIVA A: INCORRETA
20

Existe caso de falecimento da parte que o Magistrado deve sentenciar sem resolver o mérito.
6.

Art. 485. O juiz não resolverá o mérito quando: IX - em caso de morte da parte, a ação for
02

considerada intransmissível por disposição legal.

ALTERNATIVA B: INCORRETA
Art. 485. O juiz não resolverá o mérito quando: § 5o A desistência da ação pode ser apresentada até
a sentença.

ALTERNATIVA C: INCORRETA
Art. 495. A decisão que condenar o réu ao pagamento de prestação consistente em dinheiro e a que
determinar a conversão de prestação de fazer, de não fazer ou de dar coisa em prestação pecuniária
valerão como título constitutivo de hipoteca judiciária.
§ 2o A hipoteca judiciária poderá ser realizada mediante apresentação de cópia da sentença perante
o cartório de registro imobiliário, independentemente de ordem judicial, de declaração expressa do
juiz ou de demonstração de urgência.

ALTERNATIVA D: INCORRETA

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O caput do artigo 530 não se aplica à resolução da questão prejudicial, caso existam restrições
probatórias ou limitações à cognição que impeçam o aprofundamento da análise da questão
prejudicial.

Art. 503. A decisão que julgar total ou parcialmente o mérito tem força de lei nos limites da questão
principal expressamente decidida.
§ 1o O disposto no caput aplica-se à resolução de questão prejudicial, decidida expressa e
incidentemente no processo, se:
I - dessa resolução depender o julgamento do mérito;
II - a seu respeito tiver havido contraditório prévio e efetivo, não se aplicando no caso de revelia;
III - o juízo tiver competência em razão da matéria e da pessoa para resolvê-la como questão principal.
§ 2o A hipótese do § 1o não se aplica se no processo houver restrições probatórias ou limitações à
cognição que impeçam o aprofundamento da análise da questão prejudicial.

ALTERNATIVA E: CORRETA
Conforme o disposto no artigo 509, do NCPC.
Art. 509. Quando a sentença condenar ao pagamento de quantia ilíquida, proceder-se-á à sua 6
liquidação, a requerimento do credor ou do devedor:
4
4-

63. Com relação as medidas liminares contra o Poder Público, marque a alternativa verdadeira: 81
12

(A) Não será cabível medida liminar contra atos do Poder Público em quaisquer outras ações de
6.

natureza cautelar ou preventiva, toda vez que providência semelhante não puder ser concedida em
20

ações de mandado de segurança, em virtude de vedação legal.


(B) É cabível medida liminar que esgote, no todo ou em qualquer parte, o objeto da ação.
6.

(C) A interposição do agravo de instrumento contra liminar concedida nas ações movidas contra o
02

Poder Público e seus agentes prejudica o julgamento do pedido de suspensão de liminar contra o
poder público.
(D) Não será cabível, no juízo de primeiro grau, medida cautelar inominada ou a sua liminar, quando
impugnado ato de autoridade sujeita, na via de mandado de segurança, à competência originária de
tribunal, mesmo que se trate de ação civil pública ou ação cautelar.
(E) As liminares cujo objeto seja idêntico poderão ser suspensas em uma única decisão, não podendo
o Presidente do Tribunal estender os efeitos da suspensão a liminares supervenientes.

RESPOSTA: A
COMENTÁRIOS
ALTERNATIVA A: CORRETA
Conforme artigo 1º, da Lei nº. 8437/92.
Art. 1° Não será cabível medida liminar contra atos do Poder Público, no procedimento cautelar ou
em quaisquer outras ações de natureza cautelar ou preventiva, toda vez que providência semelhante
não puder ser concedida em ações de mandado de segurança, em virtude de vedação legal.

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ALTERNATIVA B: INCORRETA
Conforme artigo 1º, § 3º, da Lei nº. 8437/92.
Art. 1° Não será cabível medida liminar contra atos do Poder Público, no procedimento cautelar ou
em quaisquer outras ações de natureza cautelar ou preventiva, toda vez que providência semelhante
não puder ser concedida em ações de mandado de segurança, em virtude de vedação legal.
§ 3° Não será cabível medida liminar que esgote, no todo ou em qualquer parte, o objeto da ação.

ALTERNATIVA C: INCORRETA
Conforme artigo 4º, § 6º, da Lei nº. 8437/92.
Art. 4° Compete ao presidente do tribunal, ao qual couber o conhecimento do respectivo recurso,
suspender, em despacho fundamentado, a execução da liminar nas ações movidas contra o Poder
Público ou seus agentes, a requerimento do Ministério Público ou da pessoa jurídica de direito público
interessada, em caso de manifesto interesse público ou de flagrante ilegitimidade, e para evitar grave
lesão à ordem, à saúde, à segurança e à economia públicas.

§ 6o A interposição do agravo de instrumento contra liminar concedida nas ações movidas contra o
Poder Público e seus agentes não prejudica nem condiciona o julgamento do pedido de suspensão a
que se refere este artigo.
4 6
4-

ALTERNATIVA D: INCORRETA 82
12

Conforme artigo 1ª, § 2º, da Lei nº. 8437/92.


6.

Art. 1° Não será cabível medida liminar contra atos do Poder Público, no procedimento cautelar ou
20

em quaisquer outras ações de natureza cautelar ou preventiva, toda vez que providência semelhante
não puder ser concedida em ações de mandado de segurança, em virtude de vedação legal.
6.

§ 1° Não será cabível, no juízo de primeiro grau, medida cautelar inominada ou a sua liminar, quando
02

impugnado ato de autoridade sujeita, na via de mandado de segurança, à competência originária de


tribunal.
§ 2° O disposto no parágrafo anterior não se aplica aos processos de ação popular e de ação civil
pública.

ALTERNATIVA E: INCORRETA
Conforme artigo 4º, § 8º, da Lei nº. 8437/92.
Art. 4° Compete ao presidente do tribunal, ao qual couber o conhecimento do respectivo recurso,
suspender, em despacho fundamentado, a execução da liminar nas ações movidas contra o Poder
Público ou seus agentes, a requerimento do Ministério Público ou da pessoa jurídica de direito público
interessada, em caso de manifesto interesse público ou de flagrante ilegitimidade, e para evitar grave
lesão à ordem, à saúde, à segurança e à economia públicas.
§ 8o As liminares cujo objeto seja idêntico poderão ser suspensas em uma única decisão, podendo o
Presidente do Tribunal estender os efeitos da suspensão a liminares supervenientes, mediante
simples aditamento do pedido original.

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64. Julgue os seguintes itens e marque o incorreto:


(A) A conexão deve ser alegada pelas partes, podendo o juiz conhecê-la de ofício.
(B) A prescrição é defesa de mérito indireta.
(C) Em caso de ações relativas a imóveis situados no Brasil, a competência será exclusiva da
autoridade judiciária brasileira.
(D) Reconhecida a incompetência absoluta do juízo, os efeitos da decisão serão conservados até que
outra seja proferida pelo órgão jurisdicional competente.
(E) Não é permita a exclusão de competência da justiça brasileira em razão de cláusula contratual de
eleição de foro exclusivo estrangeiro previsto em contrato internacional, mesmo que haja arguição
pelo réu em constatação.

RESPOSTA: E
COMENTÁRIOS
ALTERNATIVA A: CORRETA
A conexão é matéria de ordem pública, portanto não está sujeita e preclusão, não havendo prazo ou
forma para sua alegação no processo. Segundo Daniel Amorim, “obrigatória ou não a reunião dos
processos, a conexão tem tratamento processual de matéria de ordem pública, o que significa
legitimidade plena para sua arguição (qualquer dos sujeitos processuais poderá fazê-lo: autor, réu,
4 6
terceiro interveniente, Ministério Público como fiscal da lei, juiz de ofício).
4-

83
12

ALTERNATIVA B: CORRETA
6.

A prescrição é espécie de defesa indireta, porque ela visa a embaraçar a outorga da tutela
jurisdicional pretendida pelo autor mediante extinção do processo, pois apresentam fatores
20

extintivos, modificativos e impeditivos do direito do autor.


6.
02

ALTERNATIVA C: CORRETA
Art. 23. Compete à autoridade judiciária brasileira, com exclusão de qualquer outra: I - conhecer de
ações relativas a imóveis situados no Brasil;

ALTERNATIVA D: CORRETA
Art. 64 do CPC: A incompetência, absoluta ou relativa, será alegada como questão preliminar de
contestação.
§ 4o Salvo decisão judicial em sentido contrário, conservar-se-ão os efeitos de decisão proferida pelo
juízo incompetente até que outra seja proferida, se for o caso, pelo juízo competente.

ALTERNATIVA E: INCORRETA
"Não compete à autoridade judiciária brasileira o processamento e julgamento da ação quando
houver cláusula de eleição de foro exclusivo estrangeiro em contrato internacional, arguido pelo réu
em contestação (art. 25, CPC).

65. Julgue os seguintes itens e marque a resposta certa:

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(A) O interesse de agir, um dos pressupostos processuais, pode ser corretamente definido como a
necessidade da tutela jurisdicional para evitar ameaça ou lesão do direito, ou, ainda, como
necessidade de invocar a prestação jurisdicional.
(B) Para propor a ação é necessário ter interesse e legitimidade. Para contestar, basta ter legitimidade
(C) Conforme o princípio da investidura as partes hão de se submeter ao quanto decidido pelo órgão
jurisdicional.
(D) A mediação e a conciliação no âmbito do Novo Código de Processo Civil serão regidas conforme
a livre autonomia dos interessados, inclusive no que diz respeito à definição das regras
procedimentais.
(E) O mediador, que atuará preferencialmente nos casos em que não houver vínculo anterior entre
as partes, poderá sugerir soluções para o litígio, sendo vedada a utilização de qualquer tipo de
constrangimento ou intimidação para que as partes conciliem.

RESPOSTA: D
COMENTÁRIOS
ALTERNATIVA A: INCORRETA
O interesse de agir não é pressuposto processual 4 6
ALTERNATIVA B: INCORRETA
4-

Art. 17. Para postular em juízo é necessário ter interesse e legitimidade.


84
12
6.

ALTERNATIVA C: INCORRETA
A alternativa trata do princípio da inevitabilidade.
20
6.

ALTERNATIVA D: CORRETA
02

Conforme o artigo 166, §4º, do NCPC/2015.


Art. 166. A conciliação e a mediação são informadas pelos princípios da independência, da
imparcialidade, da autonomia da vontade, da confidencialidade, da oralidade, da informalidade e da
decisão informada.
§ 4o A mediação e a conciliação serão regidas conforme a livre autonomia dos interessados, inclusive
no que diz respeito à definição das regras procedimentais.

ALTERNATIVA E: INCORRETA
A alternativa trata da figura do conciliador. O artigo 165, § 3º, do NCPC/2015, cuida do mediador.
Art. 165. Os tribunais criarão centros judiciários de solução consensual de conflitos, responsáveis
pela realização de sessões e audiências de conciliação e mediação e pelo desenvolvimento de
programas destinados a auxiliar, orientar e estimular a auto composição.
§ 3o O mediador, que atuará preferencialmente nos casos em que houver vínculo anterior entre as
partes, auxiliará aos interessados a compreender as questões e os interesses em conflito, de modo
que eles possam, pelo restabelecimento da comunicação, identificar, por si próprios, soluções

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consensuais que gerem benefícios mútuos.

66. Com relação às respostas do réu, marque a alternativa verdadeira:


(A) Havendo intervenção de terceiro, reconvenção ou outra hipótese de ampliação subjetiva do
processo, o juiz, de ofício, mandará proceder à respectiva anotação pelo distribuidor.
(B) É lícito ao réu propor reconvenção para manifestar pretensão própria, mesmo que não haja
conexão com a ação principal.
(C) Para reconvir o réu precisa contestar.
(D) Na ação monitória admite-se a reconvenção, sendo vedado o oferecimento de reconvenção à
reconvenção.
(E) O reconhecimento da existência de dívida somente opera efeito se aceito pelo autor.

RESPOSTA: D
COMENTÁRIOS
ALTERNATIVA A: INCORRETA
A reconvenção provoca uma ampliação objetiva da demanda. O juiz que inicialmente tinha que julgar
apenas o pedido do autor com a reconvenção terá o processo seu objeto ampliado para conhecer
não só o pedido do autor mas também o pedido do réu, tudo na mesma sentença conforme dispõe
4 6
o art. 318 do CPC.
4-

85
12

Art. 286. Serão distribuídas por dependência as causas de qualquer natureza:


6.

Parágrafo único. Havendo intervenção de terceiro, reconvenção ou outra hipótese de ampliação


objetiva do processo, o juiz, de ofício, mandará proceder à respectiva anotação pelo distribuidor.
20
6.

ALTERNATIVA B: INCORRETA
02

Art. 343. Na contestação, é lícito ao réu propor reconvenção para manifestar pretensão própria,
conexa com a ação principal ou com o fundamento da defesa.

ALTERNATIVA C: INCORRETA
Art. 343. Na contestação, é lícito ao réu propor reconvenção para manifestar pretensão própria,
conexa com a ação principal ou com o fundamento da defesa.
§ 6o O réu pode propor reconvenção independentemente de oferecer contestação.

ALTERNATIVA D: CORRETA
Art. 702. Independentemente de prévia segurança do juízo, o réu poderá opor, nos próprios autos,
no prazo previsto no art. 701, embargos à ação monitória.
§ 6o Na ação monitória admite-se a reconvenção, sendo vedado o oferecimento de reconvenção à
reconvenção.

ALTERNATIVA E: INCORRETA

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O reconhecimento da procedência do pedido é ato unilateral e privativo do réu, que abre mão do
direito disponível.

67. Marque a alternativa correta.


(A) A ausência de requerimento de citação do réu na inicial não inviabiliza o ato, pois o juiz poderá
determiná-lo de ofício.
(B) Quando, para cada pedido, corresponder tipo diverso de procedimento, será admitida a
cumulação se o autor empregar o procedimento comum, sendo absolutamente vedado o emprego
das técnicas processuais diferenciadas previstas nos procedimentos especiais a que se sujeitariam
um ou mais pedidos cumulados.
(C) Recebida a petição inicial pelo juiz, não sendo o caso de indeferimento da petição inicial ou de
improcedência liminar do pedido, o réu será citado para contestar o pedido de imediato.
(D) Em ação indenizatória fundada em dano moral, o autor terá sempre interesse recursal para
majorar a indenização, seja qual for o valor fixado na sentença.
(E) Podem as partes, independentemente da aquiescência do juiz da causa, fixar calendário para a
prática de atos processuais.

RESPOSTA: A
4 6
COMENTÁRIOS
4-

ALTERNATIVA A: CORRETA
86
12

No antigo CPC (Lei 5869/1973) havia previsão que a citação do réu devia constar na petição inicial
6.

(art. 282). Contudo, no NCPC NÃO há mais essa previsão (art. 319).
20

ALTERNATIVA B: INCORRETA
6.

Ar. 327, § 2o Quando, para cada pedido, corresponder tipo diverso de procedimento, será admitida
02

a cumulação se o autor empregar o procedimento comum, sem prejuízo do emprego das técnicas
processuais diferenciadas previstas nos procedimentos especiais a que se sujeitam um ou mais
pedidos cumulados, que não forem incompatíveis com as disposições sobre o procedimento comum.

ALTERNATIVA C: INCORRETA
O Réu será citado para comparecer a audiência de conciliação e mediação.
Art. 334. Se a petição inicial preencher os requisitos essenciais e não for o caso de improcedência
liminar do pedido, o juiz designará audiência de conciliação ou de mediação com antecedência
mínima de 30 (trinta) dias, devendo ser citado o réu com pelo menos 20 (vinte) dias de antecedência.

ALTERNATIVA D: INCORRETA
REsp 265133 / RJ -CIVIL E PROCESSUAL CIVIL. DANO MORAL.LOJAS DE DEPARTAMENTOS.
CONSTRANGIMENTO ILEGAL E CÁRCERE PRIVADO. INDENIZAÇÃO. QUANTUM. RAZOABILIDADE.
NEGATIVA DE PRESTAÇÃO JURISDICIONAL. AUSÊNCIA.INTERESSE RECURSAL ALTERAÇÃO DO PEDIDO.
INOCORRÊNCIA. RECURSO DESACOLHIDO.
...

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V - Não carece de interesse recursal a parte que, em ação de indenização por danos morais, deixa a
fixação do quantum ao prudente arbítrio do juiz, e posteriormente apresenta apelação discordando
do valor arbitrado. Nem há alteração do pedido quando a parte, apenas em sede de apelação,
apresenta valor que, a seu ver, se mostra mais justo.

ALTERNATIVA E: INCORRETA
Art. 191. De comum acordo, o juiz e as partes podem fixar calendário para a prática dos atos
processuais, quando for o caso.

68. Com relação aos princípios que regem o Direito Processual Civil brasileiro, assinale a alternativa
correta.
(A) O princípio da primazia do julgamento de mérito tem aplicação em todas as fases e em todos os
tipos de procedimentos, não se aplicando, todavia, em incidentes processuais.
(B) De acordo com o STF, a exigência de que seja feito prévio requerimento administrativo para
ingressar com ação previdenciária viola o princípio da inafastabilidade da jurisdição.
(C) A nulidade de algibeira ocorre quando a parte se vale da estratégia de não alegar a nulidade logo
depois de ela ter ocorrido, mas apenas em um momento posterior, se as suas outras teses não
conseguirem ter êxito. Tal postura viola os princípios da boa-fé processual e da lealdade.
4 6
(D) O princípio do “venire contra factum proprium” é aplicado aos atos praticados pelas partes do
4-

processo, mas não às condutas praticadas pelo juiz e pelos serventuários da justiça.
87
12

(E) Em face do princípio da segurança jurídica, não é possível a aplicação imediata de um novo
6.

entendimento jurisprudencial aos recursos pendentes de análise, quando interpostos antes do


julgamento que modificou a jurisprudência.
20
6.

RESPOSTA: C
02

COMENTÁRIOS
ALTERNATIVA A: INCORRETA
De acordo com o Enunciado 372 do Fórum Permanente de Processualistas Civis, o art. 4º do CPC, que
diz respeito ao princípio da primazia do julgamento de mérito “tem aplicação em todas as fases e em
todos os tipos de procedimentos, inclusive em incidentes processuais e na instância recursal,
impondo ao órgão jurisdicional viabilizar o saneamento de vícios para examinar o mérito, sempre
que seja possível a sua correção”.

ALTERNATIVA B: INCORRETA
Enunciado em desconformidade com o entendimento do STF sobre o tema, senão vejamos:
“A exigência de que seja feito prévio requerimento administrativo para ingressar com ação
previdenciária NÃO viola o princípio da inafastabilidade da jurisdição”. (STF. Plenário. RE 631240/MG,
Rel. Min. Roberto Barroso, julgado em 27/8/2014).

ALTERNATIVA C: CORRETA

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De acordo com o STJ, a “nulidade de algibeira” ocorre quando a parte se vale da estratégia de não
alegar a nulidade logo depois de ela ter ocorrido, mas apenas em um momento posterior, se as suas
outras teses não conseguirem ter êxito. Tal postura é rechaçada pelo STJ, por violar os princípios da
boa-fé processual e da lealdade. (STJ. 3ª Turma. REsp 1.372.802-RJ, Rel. Min. Paulo de Tarso
Sanseverino, julgado em 11/3/2014).

ALTERNATIVA D: INCORRETA
De acordo com a 4ª Turma do STJ, aplica-se também o venire contra factum proprium para atos do
juiz e dos serventuários da justiça. (STJ. 4ª Turma. AgRG no AREsp 91.311-DF, Rel. Min. Antonio Carlos
Ferreira, julgado em 6/12/2012).

ALTERNATIVA E: INCORRETA
Conforme entendimento da 3ª Turma do STJ, não fere o princípio da segurança jurídica a aplicação
imediata de novo entendimento jurisprudencial. Isso porque não se trata de alteração normativa,
mas apenas mudança jurisprudencial. (STJ. 3ª Turma. AgInt no REsp 1595438/SP, Rel. Min. Ricardo
Villas Bôas Cueva, julgado em 13/12/2016).

69. Com relação à tutela de urgência e às astreintes no âmbito do novo Código de Processo Civil,
4 6
marque a assertiva correta.
4-

(A) Não é possível o requerimento de antecipação dos efeitos da tutela em sede de sustentação oral.
88
12

(B) A tutela de urgência de natureza antecipada poderá ser concedida ainda que haja perigo de
6.

irreversibilidade dos efeitos da decisão.


(C) Será possível a execução provisória das astreintes fixadas em tutela antecipada após a sua
20

confirmação pela sentença de mérito, ainda que o recurso eventualmente interposto seja recebido
6.

com efeito suspensivo.


02

(D) A decisão que fixa o valor das astreintes não preclui, nem faz coisa julgada, sendo a multa
cominatória apenas um meio de coerção indireta ao cumprimento do julgado, podendo ser
cominada, alterada ou suprimida posteriormente.
(E) O juiz não pode arbitrar as astreintes de ofício.

RESPOSTA: D
COMENTÁRIOS
ALTERNATIVA A: INCORRETA
De acordo com a 4ª turma do STJ, “é possível o requerimento de antecipação dos efeitos da tutela
em sede de sustentação oral”. (STJ. 4ª Turma. REsp 1.191.262-DF, Rel. Min. Luis Felipe Salomão,
julgado em 01/6/2017).

ALTERNATIVA B: INCORRETA
Enunciado que contraria o disposto no art. 300, §3º, do CPC/2015, segundo o qual, “a tutela de
urgência de natureza antecipada não será concedida quando houver perigo de irreversibilidade dos
efeitos da decisão”.

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ALTERNATIVA C: INCORRETA
De acordo com o STJ, será possível a execução provisória das astreintes fixadas em tutela antecipada
após a sua confirmação pela sentença de mérito. Todavia, ao contrário do que afirmou a questão, é
necessário que o recurso eventualmente interposto NÃO seja recebido com efeito suspensivo. (STJ.
Corte Especial. REsp 1.200.856-RS. Rel. Min. Sidnei Beneti, julgado em 1/07/2014).

ALTERNATIVA D: CORRETA
Enunciado em consonância com o entendimento da 2ª Seção do STJ sobre o tema, que entende que
a decisão que fixa o valor das astreintes não preclui, nem faz coisa julgada, sendo a multa cominatória
apenas um meio de coerção indireta ao cumprimento do julgado, podendo ser cominada, alterada
ou suprimida posteriormente. (STJ. 2ª Seção. REsp 1.333.988-SP, Rel. Min. Paulo de Tarso
Sanseveriano, julgado em 09/04/2014).

ALTERNATIVA E: INCORRETA
De acordo com o art. 537 do CPC/2015, o juiz poderá arbitrar as astreintes de ofício. Vejamos:
“Art. 537. A multa independe de requerimento da parte e poderá ser aplicada na fase de
conhecimento, em tutela provisória ou na sentença, ou na fase de execução, desde que seja
4 6
suficiente e compatível com a obrigação e que se determine prazo razoável para cumprimento do
4-

preceito”.
89
12
6.

DIREITO EMPRESARIAL
20

70. Em relação a administração da sociedade limitada assinale a alternativa incorreta:


(A) A atividade do administrador é personalíssima, não podendo outrem exercer suas funções, o
6.

máximo que se permite é a delegação de certas atividades a mandatários.


02

(B) O exercício do cargo de administrador cessa pela destituição, que se opera pela aprovação de
titulares de quotas correspondentes a mais da metade do capital social, quando se tratar de sócio
nomeado administrador no contrato.
(C) Ao administrador é vedado fazer-se substituir no exercício de suas funções, sendo-lhe vedado
constituir mandatários.
(D) O uso da firma ou denominação social é privativo dos administradores que tenham os necessários
poderes.
(E) A renúncia de administrador torna-se eficaz, em relação à sociedade, desde o momento em que
esta toma conhecimento da comunicação escrita do renunciante; e, em relação a terceiros, após a
averbação e publicação.

RESPOSTA: C
COMENTÁRIOS
(A) Correta. “Também é válida para a sociedade limitada a observação de que a atividade do
administrador é personalíssima, não podendo outrem exercer suas funções. Nesse sentido, de
acordo com o que dispõe o Código Civil em seu art. 1.060, a sociedade limitada ‘é administrada por

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uma ou mais pessoas designadas no contrato social ou em ato separado’, às quais cabe,
privativamente, o uso da firma ou da denominação social, ou seja, a possibilidade de atuar em nome
da sociedade, exercendo direitos e assumindo obrigações (art. 1.064). O máximo que se permite,
frise-se, é a delegação de certas atividades a mandatários, nos termos do art. 1.018 do Código: ‘ao
administrador é vedado fazer-se substituir no exercício de suas funções, sendo-lhe facultado, nos
limites de seus poderes, constituir mandatários da sociedade, especificados no instrumento os atos
e operações que poderão praticar’.” (RAMOS, André Luiz Santa Cruz. Legislação Empresarial para
Concursos. Salvador: Juspodivm, 2016. P. 227).

(B) Correta. Art. 1.063 “§ 1º Tratando-se de sócio nomeado administrador no contrato, sua
destituição somente se opera pela aprovação de titulares de quotas correspondentes a mais da
metade do capital social, salvo disposição contratual diversa. (Redação dada pela Lei nº
13.792, de 2019)”

(C) Incorreta. Conforme comentários da assertiva A.


(D) Correto. Trata-se da transcrição do art. 1.064 do CC.
(E) Correto. Trata-se da transcrição do art. 1.063, §3º do CC. 4 6
71. Em relação às sociedades é incorreto afirmar:
4-

(A) O quórum deliberativo para exclusão judicial do sócio majoritário por falta grave no cumprimento
90
12

de suas obrigações deve levar em conta a maioria do capital social de sociedade limitada, excluindo-
6.

se do cálculo o sócio que se pretende jubilar.


(B) Compete ao conselho de administração de uma Sociedade Anônima fixar as atribuições dos
20

diretores da companhia.
6.

(C) Prescreve em 3 anos a pretensão do titular de ações de exigir contas da sociedade anônima,
02

referente ao pagamento de dividendos, de juros sobre capital próprio e demais rendimentos


inerentes às ações.
(D) Nas sociedades por ações, é vedada a emissão de ações por preço inferior ao seu valor nominal.
Caso isso ocorra, importará nulidade do ato ou operação e responsabilidade dos infratores, sem
prejuízo da ação penal que no caso couber.
(E) Os sócios da sociedade cooperativa respondem, sempre, limitadamente.

RESPOSTA: E
COMENTÁRIOS
(A) Correta.
Segundo o STJ, em caso de falta grave, o quórum necessário para exclusão do majoritário, considera
a decisão dos sócios restantes. Vejamos as informações do inteiro teor do julgado, publicado no
Informativo 616.

"Trata-se, na origem, de ação de dissolução parcial de sociedade limitada proposta pelo espólio do
sócio falecido, em que se alega a quebra da affectio societatis e a prática de concorrência desleal

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pelo sócio administrador. Na hipótese analisada, não há discussão a respeito da efetiva quebra da
affectio societatis, girando a controvérsia apenas quanto à necessidade de interpretação do art.
1.030 do CC/02 de forma conjunta ao art. 1.085 do mesmo diploma legal, exigindo-se, portanto, a
iniciativa dos sócios detentores da maioria do capital social para a exclusão por falta grave. Sobre o
tema cumpre salientar que, nos termos do Enunciado n. 216/CJF, aprovado na III Jornada de Direito
Civil, "o quórum de deliberação previsto no art. 1.004, parágrafo único, e no art. 1.030 é de maioria
absoluta do capital representado pelas quotas dos demais sócios, consoante a regra geral fixada no
art. 999 para as deliberações na sociedade simples". Segundo a doutrina, "a maioria será computada
excluindo-se do cálculo o sócio que se pretende jubilar. Se o sócio a ser excluído detém a maioria
do capital social da sociedade, a sua exclusão poderá, em tese, se dar por decisão dos sócios
restantes, ou seja, por decisão dos sócios minoritários". Frise-se que interpretação diversa
redundaria na impossibilidade de exclusão judicial do quotista majoritário, por mais nocivos que
fossem os seus atos em relação aos interesses e objetivos da sociedade, o que, em determinados
aspectos, não se coaduna com o princípio da preservação da empresa. Assim, o caput do art. 1.030
do Código Civil, ao dispor que a exclusão judicial de sócio majoritário por falta grave é de "iniciativa
da maioria dos demais sócios", determina que apenas as quotas dos sócios minoritários sejam
consideradas, excluídas aquelas pertencentes ao sócio que se pretende excluir. Desse modo, na
exclusão judicial de sócio em virtude da prática de falta grave não incide a condicionante prevista no
4 6
art. 1.085 do CC/02, somente aplicável na hipótese de exclusão extrajudicial de sócio por deliberação
4-

da maioria representativa de mais da metade do capital social, mediante alteração do contrato


91
12

social" (REsp 1.653.421-MG, Rel. Min. Ricardo Villas Bôas Cueva, por unanimidade, julgado em
6.

10/10/2017, DJe 13/11/2017).


20

(B) Correta. Trata-se do disposto no art. 142, II da Lei 6.404. Vejamos.


6.

Art. 142. Compete ao conselho de administração:


02

II - eleger e destituir os diretores da companhia e fixar-lhes as atribuições, observado o que a


respeito dispuser o estatuto;

(C) Correta.
RECURSO ESPECIAL. AÇÃO DE EXIGIR CONTAS, PROMOVIDA POR ACIONISTA, REFERENTE AO
PAGAMENTO DE DIVIDENDOS E OUTROS RENDIMENTOS INERENTES À TITULARIDADE DE AÇÕES.
PRETENSÃO DE EXIGIR CONTAS E A DE OBTER O RESSARCIMENTO, NA EVENTUALIDADE DE SE
APURAR CRÉDITO EM FAVOR DO DEMANDANTE. PRAZO PRESCRICIONAL TRIENAL. APLICAÇÃO DA
LEI ESPECIAL (ART. 287, II, A, DA LEI N. 6.404/1976). RECURSO ESPECIAL PROVIDO.
1. A questão submetida à análise desta Corte de Justiça centra-se em definir qual é o prazo
prescricional da pretensão do titular de ações, emitidas pela instituição financeira demandada, de
obter desta a prestação de contas referente ao pagamento de dividendos, de juros sobre capital
próprio e demais rendimentos inerentes às ações.
1.1 O atual Código Civil, além de preceituar novas pretensões com prazo de exercício específico
(anteriormente não contempladas), não mais adota a distinção entre ações pessoais e reais, para a
fixação do prazo residual, agora de 10 (dez) anos. Afinal, as ações (condenatórias) sujeitas à

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prescrição referem-se à pretensão de obter uma prestação, decorrente da violação do direito do


autor, no que se inserem, indistintamente, todos os direitos pessoais e reais.
No atual sistema, deve-se analisar se a pretensão está especificada no rol do art. 206 do Código Civil,
ou, ainda, nas demais leis especiais, para, apenas subsidiariamente, ter incidência o prazo decenário,
constante do art. 205. 1.2 As pretensões de exigir contas e a de obter o ressarcimento, na
eventualidade de se apurar a existência de crédito a favor do demandante, embora não se
confundam, são imbricadas entre si e instrumentalizadas no bojo da mesma ação, a observar, por
isso, necessariamente, o mesmo prazo prescricional. Logo, não havendo na lei um prazo específico
para a satisfação desse crédito, oriundo da administração/gestão de bens alheios, o exercício dessa
pretensão observa, naturalmente, o mesmo prazo prescricional da ação de exigir as contas em que
veiculada, que é de dez anos (prazo residual). Não é, todavia, o que o ocorre com a pretensão do
titular de ações de haver dividendos de sociedade anônima, que emerge, de igual modo, de uma
relação de administração ou gestão de bens alheios. 1.3 Estabelecido por lei especial (art. 287, II, a,
da Lei n. 6.404/1976), regente da matéria posta, que a ação para haver dividendos da companhia
prescreve em 3 (três) anos, a veiculação de tal pretensão, no bojo de ação de prestação de contas
mesmo que eventual, deve observar o aludido prazo prescricional. A ação de exigir contas deve se
revelar útil, a um só tempo, à pretensão de exigir contas e, caso apurado crédito existente em favor
do demandante, também à sua satisfação. A pretensão de exigir contas não pode ser concebida como
4 6
uma mera manifestação de emulação da parte demandante, devendo apresentar-se hábil, desde
4-

logo, a atingir estas finalidades.


92
12
6.

2. Recurso especial provido.


(REsp 1608048/SP, Rel. Ministro MARCO AURÉLIO BELLIZZE, TERCEIRA TURMA, julgado em
20

22/05/2018, DJe 01/06/2018) (Informativo 627).


6.
02

(D) Correta. Lei 6.404/76. Art. 13. É vedada a emissão de ações por preço inferior ao seu valor
nominal.
§ 1º A infração do disposto neste artigo importará nulidade do ato ou operação e responsabilidade
dos infratores, sem prejuízo da ação penal que no caso couber.

(E) Incorreta. Art. 1.095. Na sociedade cooperativa, a responsabilidade dos sócios pode ser limitada
ou ilimitada.

72. Em relação à Falência e à recuperação judicial é correto afirmar:


(A) O Ministério Público poderá requerer ao juiz a substituição do administrador judicial ou dos
membros do Comitê nomeados em desobediência aos preceitos da Lei n. 11.101/2005.
(B) Os créditos trabalhistas de natureza salarial ou indenizatória vencidos nos 3 meses anteriores à
decretação da falência, até o limite de 5 (cinco) salários-mínimos por trabalhador, serão pagos tão
logo haja disponibilidade em caixa.
(C) Segundo o STJ, sociedade empresária em recuperação judicial não pode participar de licitação.

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(D) A decretação do deferimento do processamento da recuperação judicial suspende todas as ações


e execuções em face do devedor, logo, é defesa a homologação de sentença arbitral estrangeira que
imputa à recuperanda obrigação de pagar.
(E) A recuperação judicial do devedor principal impede o prosseguimento das ações e execuções
ajuizadas contra terceiros devedores solidários ou coobrigados em geral, por garantia cambial, real
ou fidejussória.

RESPOSTA: A
COMENTÁRIOS
(A) Correta. Lei 11.101/2005. Art. 30 §2º O devedor, qualquer credor ou o Ministério Público poderá
requerer ao juiz a substituição do administrador judicial ou dos membros do Comitê nomeados em
desobediência aos preceitos desta Lei.

(B) Incorreta. Lei 11.101/2005. “Art. 151. Os créditos trabalhistas de natureza estritamente salarial
vencidos nos 3 (três) meses anteriores à decretação da falência, até o limite de 5 (cinco) salários-
mínimos por trabalhador, serão pagos tão logo haja disponibilidade em caixa”.

(C) Incorreta. “Sociedade empresária em recuperação judicial pode participar de licitação, desde que
4 6
demonstre, na fase de habilitação, a sua viabilidade econômica.” AREsp 309.867-ES, Rel. Min. Gurgel
4-

de Faria, por unanimidade, julgado em 26/06/2018, DJe 08/08/2018.


93
12
6.

(D) Incorreta. A primeira parte da assertiva está correta, pois conforme com o art. 6º da Lei
11.101/2005, mas a parte final é contrária ao entendimento do STJ. Segundo o qual “O fato da
20

empresa se encontrar em recuperação judicial não obsta a homologação de sentença arbitral


6.

estrangeira”. Vejamos:
02

“Cinge-se a controvérsia a saber se o art. 6º da Lei 11.101/2005, que prevê a suspensão de todas as
ações e execuções em face do devedor com o deferimento do processamento da recuperação
judicial, constitui óbice à homologação de sentença arbitral estrangeira que imputa à recuperanda
obrigação de pagar. Inicialmente, cumpre salientar que, em consonância com a Lei n. 11.101/2005,
a recuperação judicial tem o escopo precípuo de viabilizar a superação da situação de crise
econômico-financeira do devedor, com vistas a permitir a manutenção da fonte produtora, do
emprego dos trabalhadores e dos interesses dos credores, promovendo, assim, a preservação da
empresa, sua função social e o estímulo à atividade econômica. Essa é a razão de ser do art. 6º do
referido diploma legal. Em paralelo, é de sabença que o processo de homologação de sentença
estrangeira tem natureza constitutiva, destinando-se a viabilizar a eficácia jurídica de um provimento
jurisdicional alienígena no território nacional, de modo que tal decisão possa vir a ser aqui executada.
A homologação é, portanto, um pressuposto lógico da execução da decisão estrangeira, não se
confundindo, por óbvio, com o próprio feito executivo, o qual será instalado posteriormente - se for
o caso -, e em conformidade com a legislação pátria. Nessa linha de intelecção, não há falar na
incidência do art. 6º, § 4º, da Lei de Quebras como óbice à homologação de sentença arbitral
internacional, uma vez que se está em fase antecedente, apenas emprestando eficácia jurídica a esse

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provimento, a partir do que caberá ao Juízo da execução decidir o procedimento a ser adotado.
Ressoa evidente, portanto, que o processo de homologação de sentença estrangeira em face de
recuperanda não exerce nenhum efeito coibitivo ao princípio da preservação da empresa. Ainda que
assim não fosse, é certo que a suspensão da exigibilidade do direito creditório, prevista no
mencionado dispositivo legal é temporária, não implicando a extinção do feito executivo, haja vista
que a recuperação judicial de sociedade devedora não atinge o direito material do credor.
(SEC 14.408-EX, Rel. Min. Luis Felipe Salomão, por unanimidade, julgado em 21/6/2017, DJe
31/8/2017. Informativo 610).

(E) Incorreta. “Súmula 581 STJ - A recuperação judicial do devedor principal não impede o
prosseguimento das ações e execuções ajuizadas contra terceiros devedores solidários ou
coobrigados em geral, por garantia cambial, real ou fidejussória.”

73. Sobre os títulos de crédito assinale a alternativa incorreta:


(A) É dever do credor enviar ao devedor que quitou a dívida, independentemente de provocação, o
título de crédito, sob pena do dever de reparar danos morais.
(B) O aval posterior ao vencimento produz os mesmos efeitos do anteriormente dado.
(C) O endossatário de endosso em branco pode mudá-lo para endosso em preto, completando-o com
4 6
o seu nome ou de terceiro; pode endossar novamente o título, em branco ou em preto; ou pode
4-

transferi-lo sem novo endosso.


94
12

(D) Uma nota promissória à ordem, subscrita sem a indicação da data de emissão e da época do
6.

pagamento e, posteriormente, transferida pelo beneficiário para um terceiro não será considerada
um título de crédito até que tenha as informações supridas, antes da cobrança ou o protesto.
20

(E) A omissão de qualquer requisito legal, que tire ao escrito a sua validade como título de crédito,
6.

não implica a invalidade do negócio jurídico que lhe deu origem.


02

RESPOSTA: A
COMENTÁRIOS
(A) Incorreta.
RECURSO ESPECIAL. PROTESTO LEGÍTIMO. CANCELAMENTO. INCUMBÊNCIA. DEVEDOR.
REQUERIMENTO DE DOCUMENTO PARA CANCELAMENTO. NECESSIDADE. COGITAÇÃO DE INÉRCIA
DO OUTRORA CREDOR ANTES MESMO DA SOLICITAÇÃO. INVIABILIDADE.
1. Consoante tese firmada pela Segunda Seção, em sede de recurso repetitivo, REsp n. 1.339.436/SP,
no regime próprio da Lei n. 9.492/1997, legitimamente protestado o título de crédito ou outro
documento de dívida, salvo inequívoca pactuação em sentido contrário, incumbe ao devedor, após
a quitação, providenciar o cancelamento do protesto.
2. Bem pondera e adverte a abalizada doutrina que a legislação não estabeleceu parâmetros ou
standards de conduta que servissem de auxílio para determinação do conteúdo da cláusula geral de
boa-fé, mas é certo que impõe a colaboração somente para aqueles interesses objetivamente
extraídos do próprio negócio. Com efeito, essa tarefa demanda o prudente exame do julgador, a

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quem caberá analisar o comportamento usual dos agentes naquele campo específico, a honestidade
e a lealdade que se esperam das partes em relações semelhantes.
3. Por um lado, o art. 26, § 1º, da Lei do Protesto estabelece que o cancelamento do registro do
protesto será solicitado diretamente ao Tabelionato de Protesto de Títulos, por qualquer interessado,
mediante apresentação do documento protestado, e que apenas na impossibilidade de apresentação
do original do título ou do documento de dívida protestado será exigida a declaração de anuência.
Por outro lado, como o pagamento do título de crédito, em regra, implica o resgate da cártula, cogitar
ser dever do credor enviar, sem qualquer provocação do interessado, o próprio título de crédito,
seria providência inusual e claramente temerária para os interesses do próprio devedor e eventuais
coobrigados.
4. Assim, como qualquer interessado pode requerer o cancelamento do protesto - e, evidentemente,
quitar a dívida -, em princípio, o mais prudente é o credor aguardar provocação daquele que quitou
em nome próprio ou de comum acordo com os demais coobrigados para entregar-lhe o título
protestado ou a carta de anuência.
5. O acolhimento da tese da recorrente acerca de que o credor deve, sem provocação, enviar o
documento hábil ao cancelamento do protesto, representaria tacitamente impor o dever de
manutenção e o de permanente atualização de cadastro dos coobrigados enquanto subsistisse o
protesto, o qual, consoante o art. 27 da Lei de Regência, não deve ter nenhuma limitação temporal,
4 6
visto "que abrangerão o período mínimo dos cinco anos anteriores, contados da data do pedido".
4-

6. No caso em exame, consta da exordial que desde sempre o banco demandado se dispôs a entregar
95
12

para a autora, ora recorrente, a carta de anuência hábil ao requerimento de cancelamento do


6.

protesto, e que foi prontamente efetuada assim que formalmente solicitada na agência bancária
do recorrido. Portanto, não há falar em reparação de danos morais, em vista de que o réu agiu em
20

exercício regular de direito, não havendo negligência que pudesse lhe ser imputada.
6.

7. Recurso especial não provido.


02

(REsp 1346584/PR, Rel. Ministro LUIS FELIPE SALOMÃO, QUARTA TURMA, julgado em 09/10/2018,
DJe 22/11/2018) (Informativo 638)

(B) Correta. Trata-se da transcrição do art. 900 CC.


(C) Correta. Trata-se da transcrição do art. 913 CC.
(D) Correta. Pelo princípio do formalismo dos títulos de crédito o título em que faltar algum dos
requisitos essenciais, não produz efeito como título de crédito. (art. 76, LUG). A data de emissão é
um requisito essencial, não suprível, já a época do pagamento é um requisito que pode ser suprido.
Mesmo que o título tenha sido emitido com ausência de requisito essencial, o portador de boa-fé
pode preenchê-lo antes da cobrança ou da apresentação a protesto, nos termos do art. 77 c/c art.
10 (LUG). No mesmo sentido é o entendimento do STF, sua súmula 387: A cambial emitida ou aceita
com omissões, ou em branco, pode ser completada pelo credor de boa-fé antes da cobrança ou do
protesto.
(E) Correta. Trata-se da transcrição do art. 888 CC.

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DIREITOS HUMANOS
74. De acordo com o Pacto Internacional dos Direitos Civis e Políticos está INCORRETA a seguinte
assertiva:
(A) Nenhuma disposição do Pacto poderá ser interpretada no sentido de reconhecer a um Estado,
grupo ou indivíduo qualquer direito de dedicar-se a quaisquer atividades ou praticar quaisquer
atos que tenham por objetivo destruir os direitos ou liberdades reconhecidas no Pacto ou impor -
lhe limitações mais amplas do que aquelas nele previstas.
(B) Não se admitirá qualquer restrição ou suspensão dos direitos humanos fundamentais
reconhecidos ou vigentes em qualquer Estado Parte do Pacto em virtude de leis, convenções,
regulamentos ou costumes, sob pretexto de que o Pacto não os reconheça ou os reconheça em
menor grau.
(C) Não será considerado "trabalhos forçados ou obrigatórios", por exemplo, qualquer serviço
exigido em casos de emergência ou de calamidade que ameacem o bem-estar da comunidade;
(D) Ninguém poderá ser preso apenas por não poder cumprir com uma obrigação contratual.
(E) Será proibida por lei qualquer apologia do ódio nacional, racial ou religioso que constitua
incitamento à discriminação, à hostilidade ou a violência, mas inexiste vedação em relação à
propaganda em favor de guerra. 4 6
RESPOSTA: E
4-

COMENTÁRIOS 96
12

(A) CORRETA. Art. 5, 1: Nenhuma disposição do presente Pacto poderá ser interpretada no sentido
6.

de reconhecer a um Estado, grupo ou indivíduo qualquer direito de dedicar-se a quaisquer atividades


20

ou praticar quaisquer atos que tenham por objetivo destruir os direitos ou liberdades reconhecidos
no presente Pacto ou impor-lhe limitações mais amplas do que aquelas nele previstas.
6.
02

(B) CORRETA. Art. 5, 2: Não se admitirá qualquer restrição ou suspensão dos direitos humanos
fundamentais reconhecidos ou vigentes em qualquer Estado Parte do presente Pacto em virtude de
leis, convenções, regulamentos ou costumes, sob pretexto de que o presente Pacto não os reconheça
ou os reconheça em menor grau.

(C) CORRETA. Art. 8, 3, c, “iii”: 3. a) Ninguém poderá ser obrigado a executar trabalhos forçados ou
obrigatórios; c) Para os efeitos do presente parágrafo, não serão considerados "trabalhos forçados
ou obrigatórios": iii) qualquer serviço exigido em casos de emergência ou de calamidade que
ameacem o bem-estar da comunidade;

(D) CORRETA. Art. 11: Ninguém poderá ser preso apenas por não poder cumprir com uma obrigação
contratual.

(E) INCORRETA. Art. 20: 1. Será proibida por lei qualquer propaganda em favor da guerra. 2 Será
proibida por lei qualquer apologia do ódio nacional, racial ou religioso que constitua incitamento à
discriminação, à hostilidade ou a violência.

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ANDREIA RIBEIRO TORRES | 15997306588 | artorres261@gmail.com

75. De acordo com a Constituição Federal de 1988, a partir da Emenda Constitucional n. 45/04,
que versa sobre a aplicação das leis que tratam sobre direitos humanos, assinale a assertiva
correta.
(A) Os tratados e convenções internacionais sobre direitos humanos que forem aprovados, em
cada Casa do Congresso Nacional, em dois turnos, por três quintos dos votos dos respectivos
membros, serão equivalentes às leis complementares.
(B) Os tratados e convenções internacionais sobre direitos humanos que forem aprovados, em
cada Casa do Congresso Nacional, em dois turnos, por maioria absoluta dos votos dos respectivos
membros, serão equivalentes às emendas constitucionais.
(C) Os tratados e convenções internacionais sobre direitos humanos que forem aprovados, em
cada Casa do Congresso Nacional, em único turno, por três quintos dos votos dos respectivos
membros, serão equivalentes às emendas constitucionais.
(D) Os tratados e convenções internacionais sobre direitos humanos que forem aprovados, em
cada Casa do Congresso Nacional, em dois turnos, por três quintos dos votos dos respectivos
membros, serão equivalentes às leis ordinárias.
(E) Os tratados e convenções internacionais sobre direitos humanos que forem aprovados, em
cada Casa do Congresso Nacional, em dois turnos, por três quintos dos votos dos respectivos
4 6
membros, serão equivalentes às emendas constitucionais.
4-

97
12

RESPOSTA: E
6.

COMENTÁRIOS
É a simples leitura da literalidade da Constituição de 1988:
20

Art. 5 º (...) § 3º - Os tratados e convenções internacionais sobre direitos humanos que forem
6.

aprovados, em cada Casa do Congresso Nacional, em dois turnos, por três quintos dos votos dos
02

respectivos membros, serão equivalentes às emendas constitucionais. (Incluído pela EC 45/2004).

76. Sobre a Corte Interamericana de Direitos Humanos, pode-se afirmar o seguinte:


(A) A sentença da Corte será definitiva e inapelável. Em caso de divergência sobre o sentido ou
alcance da sentença, a Corte interpretá-la-á, a pedido de qualquer das partes, desde que o pedido
seja apresentado dentro de trinta dias a partir da data da notificação da sentença.
(B) Apenas os estados partes da Convenção poderão consultar a Corte sobre a interpretação desta
ou de outros tratados concernentes à proteção dos direitos humanos nos Estados americanos.
(C) A Corte não poderá emitir pareceres sobre a compatibilidade entre leis internas dos estados
americanos e os instrumentos jurídicos internacionais do sistema interamericano.
(D) Não é possível que sejam tomadas medidas provisórias pela Corte IDH.
(E) A Corte é composta de sete juízes, nacionais dos Estados membros da Organização, eleitos a título
pessoal dentre juristas da mais alta autoridade moral, de reconhecida competência em matéria de
direitos humanos, que reúnam as condições requeridas para o exercício das mais elevadas funções
judiciais, de acordo com a lei do Estado do qual sejam nacionais, ou do Estado que os propuser como
candidatos.

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RESPOSTA: E
COMENTÁRIOS
(A) Incorreta: Artigo 67. A sentença da Corte será definitiva e inapelável. Em caso de divergência
sobre o sentido ou alcance da sentença, a Corte interpretá-la-á, a pedido de qualquer das partes,
desde que o pedido seja apresentado dentro de noventa dias a partir da data da notificação da
sentença.

(B) e (C): Incorretas. Artigo 64. 1. Os Estados membros da Organização poderão consultar a Corte
sobre a interpretação desta Convenção ou de outros tratados concernentes à proteção dos direitos
humanos nos Estados americanos. Também poderão consultá-la, no que lhes compete, os órgãos
enumerados no capítulo X da Carta da Organização dos Estados Americanos, reformada pelo
Protocolo de Buenos Aires. 2. A Corte, a pedido de um Estado membro da Organização, poderá emitir
pareceres sobre a compatibilidade entre qualquer de suas leis internas e os mencionados
instrumentos internacionais.

(D) Incorreta. Artigo 63: 1. Quando decidir que houve violação de um direito ou liberdade protegidos
nesta Convenção, a Corte determinará que se assegure ao prejudicado o gozo do seu direito ou
4 6
liberdade violados. Determinará também, se isso for procedente, que sejam reparadas as
4-

conseqüências da medida ou situação que haja configurado a violação desses direitos, bem como o
98
12

pagamento de indenização justa à parte lesada. 2. Em casos de extrema gravidade e urgência, e


6.

quando se fizer necessário evitar danos irreparáveis às pessoas, a Corte, nos assuntos de que estiver
conhecendo, poderá tomar as medidas provisórias que considerar pertinentes. Se se tratar de
20

assuntos que ainda não estiverem submetidos ao seu conhecimento, poderá atuar a pedido da
6.

Comissão.
02

(E) Correta: Artigo 52. 1. A Corte compor-se-á de sete juízes, nacionais dos Estados membros da
Organização, eleitos a título pessoal dentre juristas da mais alta autoridade moral, de reconhecida
competência em matéria de direitos humanos, que reúnam as condições requeridas para o exercício
das mais elevadas funções judiciais, de acordo com a lei do Estado do qual sejam nacionais, ou do
Estado que os propuser como candidatos. 2. Não deve haver dois juízes da mesma nacionalidade.

77. O controle de convencionalidade, cuja finalidade é compatibilizar as normas internas com os


tratados e convenções de direitos humanos, nos termos de doutrina pioneira, no Brasil, representa
um importante avanço na garantia dos direitos humanos. Considerando a jurisprudência mais
recente do STJ, indique a assertiva INCORRETA.
(A) A Comissão Interamericana de Direitos Humanos (CIDH) afirmou que as leis de desacato se
prestam ao abuso, como meio para silenciar ideias e opiniões consideradas incômodas pelo
establishment, bem assim proporcionam maior nível de proteção aos agentes do Estado do que aos
particulares, em contravenção aos princípios democrático e igualitário.

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(B) A punição do uso de linguagem e atitudes ofensivas contra agentes estatais é medida capaz de
fazer com que as pessoas se abstenham de usufruir do direito à liberdade de expressão, por temor
de sanções penais, sendo esta uma das razões pelas quais a Comissão Interamericana de Direitos
Humanos (CIDH) estabeleceu a recomendação de que os países aderentes ao Pacto de São José
abolissem suas respectivas leis de desacato
(C) Não há incompatibilidade do crime de desacato (art. 331 do CP) com as normativas internacionais
previstas na Convenção Americana de Direitos Humanos (CADH).
(D) Para que a produção normativa doméstica possa ter validade e, por conseguinte, eficácia, exige-
se uma dupla compatibilidade vertical material.
(E) Para a Convenção Americana de Direitos Humanos (CADH), o direito à liberdade de pensamento
e de expressão compreende a liberdade de buscar, receber e difundir informações e ideias de toda
natureza, sem consideração de fronteiras, verbalmente ou por escrito, ou em forma impressa ou
artística, ou por qualquer outro processo de sua escolha.

RESPOSTA: B
COMENTÁRIOS
Para resolução da questão, deve-se atentar ao art. 13 da CADH e ao seguinte julgado do STJ:
4 6
HABEAS CORPUS. RECEBIMENTO DA DENÚNCIA. VIOLAÇÃO DO ART. 306 DO CÓDIGO DE TRÂNSITO
4-

E DOS ARTS. 330 E 331 DO CÓDIGO PENAL. PRINCÍPIO DA CONSUNÇÃO. IMPOSSIBILIDADE.


99
12

MANUTENÇÃO DA TIPIFICAÇÃO DO CRIME DE DESACATO NO ORDENAMENTO JURÍDICO. DIREITOS


6.

HUMANOS. PACTO DE SÃO JOSÉ DA COSTA RICA (PSJCR). DIREITO À LIBERDADE DE EXPRESSÃO QUE
NÃO SE REVELA ABSOLUTO. CONTROLE DE CONVENCIONALIDADE. INEXISTÊNCIA DE DECISÃO
20

PROFERIDA PELA CORTE (IDH). ATOS EXPEDIDOS PELA COMISSÃO INTERAMERICANA DE DIREITOS
6.

HUMANOS (CIDH). AUSÊNCIA DE FORÇA VINCULANTE. TESTE TRIPARTITE. VETORES DE


02

HERMENÊUTICA DOS DIREITOS TUTELADOS NA CONVENÇÃO AMERICANA DE DIREITOS HUMANOS.


POSSIBILIDADE DE RESTRIÇÃO. PREENCHIMENTO DAS CONDIÇÕES ANTEVISTAS NO ART. 13.2. DO
PSJCR. SOBERANIA DO ESTADO. TEORIA DA MARGEM DE APRECIAÇÃO NACIONAL (MARGIN OF
APPRECIATION). INCOLUMIDADE DO CRIME DE DESACATO PELO ORDENAMENTO JURÍDICO PÁTRIO,
NOS TERMOS EM QUE ENTALHADO NO ART. 331 DO CÓDIGO PENAL. INAPLICABILIDADE, IN CASU,
DO PRINCÍPIO DA CONSUNÇÃO TÃO LOGO QUANDO DO RECEBIMENTO DA DENÚNCIA. WRIT NÃO
CONHECIDO.
1. O Brasil é signatário da Convenção Americana de Direitos Humanos (CADH), denominada Pacto de
São José da Costa Rica, sendo promulgada por intermédio do Decreto n. 678/1992, passando, desde
então, a figurar com observância obrigatória e integral do Estado.
2. Quanto à natureza jurídica das regras decorrentes de tratados de direitos humanos, firmou-se o
entendimento de que, ao serem incorporadas antes da Emenda Constitucional n. 45/2004, portanto,
sem a observância do rito estabelecido pelo art. 5º, § 3º, da CRFB, exprimem status de norma
supralegal, o que, a rigor, produz efeito paralisante sobre as demais normas que compõem o
ordenamento jurídico, à exceção da Magna Carta. Precedentes.

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3. De acordo com o art. 41 do Pacto de São José da Costa Rica, as funções da Comissão Interamericana
de Direitos Humanos não ostentam caráter decisório, mas tão somente instrutório ou cooperativo.
Desta feita, depreende-se que a CIDH não possui função jurisdicional.
4. A Corte Internacional de Direitos Humanos (IDH), por sua vez, é uma instituição judiciária
autônoma cujo objetivo é a aplicação e a interpretação da Convenção Americana sobre Direitos
Humanos, possuindo atribuição jurisdicional e consultiva, de acordo com o art. 2º do seu respectivo
Estatuto.
5. As deliberações internacionais de direitos humanos decorrentes dos processos de
responsabilidade internacional do Estado podem resultar em: recomendação; decisões quase
judiciais e decisão judicial. A primeira revela-se ausente de qualquer caráter vinculante, ostentando
mero caráter "moral", podendo resultar dos mais diversos órgãos internacionais. Os demais
institutos, porém, situam-se no âmbito do controle, propriamente dito, da observância dos direitos
humanos.
6. Com efeito, as recomendações expedidas pela CIDH não possuem força vinculante, mas tão
somente "poder de embaraço" ou "mobilização da vergonha".
7. Embora a Comissão Interamericana de Direitos Humanos já tenha se pronunciado sobre o tema
"leis de desacato", não há precedente da Corte relacionada ao crime de desacato atrelado ao Brasil.
8. Ademais, a Corte Interamericana de Direitos Humanos se posicionou acerca da liberdade de
4 6
expressão, rechaçando tratar-se de direito absoluto, como demonstrado no Marco Jurídico
4-

Interamericano sobre o Direito à Liberdade de Expressão.


100
12

9. Teste tripartite. Exige-se o preenchimento cumulativo de específicas condições emanadas do art.


6.

13.2. da CADH, para que se admita eventual restrição do direito à liberdade de expressão. Em se
tratando de limitação oriunda da norma penal, soma-se a este rol a estrita observância do princípio
20

da legalidade.
6.

10. Os vetores de hermenêutica dos Direitos tutelados na CADH encontram assento no art. 29 do
02

Pacto de São José da Costa Rica, ao passo que o alcance das restrições se situa no dispositivo
subsequente. Sob o prisma de ambos instrumentos de interpretação, não se vislumbra qualquer
transgressão do Direito à Liberdade de Expressão pelo teor do art. 331 do Código Penal.
11. Norma que incorpora o preenchimento de todos os requisitos exigidos para que se admita a
restrição ao direito de liberdade de expressão, tendo em vista que, além ser objeto de previsão legal
com acepção precisa e clara, revela-se essencial, proporcional e idônea a resguardar a moral pública
e, por conseguinte, a própria ordem pública.
12. A CIDH e a Corte Interamericana têm perfilhado o entendimento de que o exercício dos direitos
humanos deve ser feito em respeito aos demais direitos, de modo que, no processo de
harmonização, o Estado desempenha um papel crucial mediante o estabelecimento das
responsabilidades ulteriores necessárias para alcançar tal equilíbrio exercendo o juízo de entre a
liberdade de expressão manifestada e o direito eventualmente em conflito.
13. Controle de convencionalidade, que, na espécie, revela-se difuso, tendo por finalidade, de acordo
com a doutrina, "compatibilizar verticalmente as normas domésticas (as espécies de leis, lato sensu,
vigentes no país) com os tratados internacionais de direitos humanos ratificados pelo Estado e em
vigor no território nacional."

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14. Para que a produção normativa doméstica possa ter validade e, por conseguinte, eficácia, exige-
se uma dupla compatibilidade vertical material.
15. Ainda que existisse decisão da Corte (IDH) sobre a preservação dos direitos humanos, essa
circunstância, por si só, não seria suficiente a elidir a deliberação do Brasil acerca da aplicação de
eventual julgado no seu âmbito doméstico, tudo isso por força da soberania que é inerente ao Estado.
Aplicação da Teoria da Margem de Apreciação Nacional (margin of appreciation).
16. O desacato é especial forma de injúria, caracterizado como uma ofensa à honra e ao prestígio
dos órgãos que integram a Administração Pública. Apontamentos da doutrina alienígena.
17. O processo de circunspeção evolutiva da norma penal teve por fim seu efetivo e concreto ajuste
à proteção da condição de funcionário público e, por via reflexa, em seu maior espectro, a honra lato
sensu da Administração Pública.
18. Preenchimento das condições antevistas no art. 13.2. do Pacto de São José da Costa Rica, de
modo a acolher, de forma patente e em sua plenitude, a incolumidade do crime de desacato pelo
ordenamento jurídico pátrio, nos termos em que entalhado no art. 331 do Código Penal.
19. Voltando-se às nuances que deram ensejo à impetração, deve ser mantido o acórdão vergastado
em sua integralidade, visto que inaplicável o princípio da consunção tão logo quando do recebimento
da denúncia, considerando que os delitos apontados foram, primo ictu oculi, violadores de tipos
penais distintos e originários de condutas autônomas.
4 6
20. Habeas Corpus não conhecido.
4-

(HC 379.269/MS, Rel. Ministro REYNALDO SOARES DA FONSECA, Rel. p/ Acórdão Ministro ANTONIO
101
12

SALDANHA PALHEIRO, TERCEIRA SEÇÃO, julgado em 24/05/2017, DJe 30/06/2017).


6.
20

DIREITO DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE


78. A respeito das disposições contidas no Estatuto da Criança e do Adolescente (Lei 8.069/90),
6.

assinale a alternativa CORRETA:


02

(A) A gestante ou mãe que manifeste interesse em entregar seu filho para adoção, antes ou logo após
o nascimento, será encaminhada ao Conselho Tutelar.
(B) A condenação criminal do pai ou da mãe não implicará a destituição do poder familiar, exceto na
hipótese de condenação por crime doloso sujeito à pena de reclusão ou detenção superior a 04
(quatro) anos contra outrem igualmente titular do mesmo poder familiar ou contra filho, filha ou
outro descendente.
(C) A adoção será precedida de estágio de convivência com a criança ou adolescente, pelo prazo
máximo de 120 (cento e vinte) dias, observadas a idade da criança ou adolescente e as peculiaridades
do caso.
(D) O estágio de convivência poderá ser cumprido em outro país, desde que haja autorização judicial
e laudo favorável da equipe interprofissional.
(E) Para a colocação da criança em família substituta estrangeira é imprescindível a comprovação que
foram esgotadas todas as possibilidades de colocação da criança ou adolescente em família adotiva
brasileira.

RESPOSTA: E

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COMENTÁRIOS
LETRA A: ERRADA – A mãe ou gestante que manifeste o interesse em entregar seu filho para adoção
será encaminhada para a Justiça da Infância e da Juventude (art. 19-A do ECA).

LETRA B: INCORRETA – Não há a previsão de pena de detenção e nem que a pena deve ser superior
a 04 (quatro) anos (art. 23, §2º, do ECA).
Art. 23, § 2º A condenação criminal do pai ou da mãe não implicará a destituição do poder familiar,
exceto na hipótese de condenação por crime doloso sujeito à pena de reclusão contra outrem
igualmente titular do mesmo poder familiar ou contra filho, filha ou outro descendente.

LETRA C: INCORRETA – O prazo é de 90 dias (art. 46¸ caput, do ECA).


Art. 46. A adoção será precedida de estágio de convivência com a criança ou adolescente, pelo prazo
máximo de 90 (noventa) dias, observadas a idade da criança ou adolescente e as peculiaridades do
caso. (Redação dada pela Lei nº 13.509, de 2017)

LETRA D: INCORRETA – O estágio de convivência será cumprido em território nacional (art. 46, §5º,
do ECA).
Art. 46, §5o O estágio de convivência será cumprido no território nacional, preferencialmente na
4 6
comarca de residência da criança ou adolescente, ou, a critério do juiz, em cidade limítrofe,
4-

respeitada, em qualquer hipótese, a competência do juízo da comarca de residência da


102
12

criança. (Incluído pela Lei nº 13.509, de 2017)


6.

LETRA E: CORRETA – O esgotamento de todas as possibilidades de colocação da criança ou


20

adolescente em família adotiva brasileira é um dos requisitos para adoção internacional (art. 51, §1º,
6.

II, do ECA).
02

Art. 51, § 1o A adoção internacional de criança ou adolescente brasileiro ou domiciliado no Brasil


somente terá lugar quando restar comprovado:
(...)
II - que foram esgotadas todas as possibilidades de colocação da criança ou adolescente em família
adotiva brasileira, com a comprovação, certificada nos autos, da inexistência de adotantes
habilitados residentes no Brasil com perfil compatível com a criança ou adolescente, após consulta
aos cadastros mencionados nesta Lei;
(...)

79. Com relação à colocação da criança e do adolescente em família substituta, assinale a alternativa
INCORRETA:
(A) O acesso ao processo de adoção pode ser deferido aos menores de 18 (dezoito) anos, desde que
ele formule pedido nesse sentido e seja assegurada orientação e assistência jurídica e psicológica.
(B) A tutela pressupõe a prévia decretação da perda ou suspensão do poder familiar e implica
necessariamente o dever de guarda.

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(C) O prazo máximo para conclusão da ação de adoção será de 180 (cento e oitenta) dias, prorrogável
por uma única vez por igual período, mediante decisão fundamentada da autoridade judiciária.
(D) A guarda de fato não autoriza a dispensa da realização do estágio de convivência para adoção.
(E) Os divorciados podem adotar conjuntamente, contanto que acordem sobre a guarda e o regime
de visitas e desde que o estágio de convivência tenha sido iniciado na constância do período de
convivência e que seja comprovada a existência de vínculos de afinidade e afetividade com aquele
não detentor da guarda.

RESPOSTA: C
COMENTÁRIOS
LETRA A: CORRETA – Art. 48, caput, do ECA
Art. 48. O adotado tem direito de conhecer sua origem biológica, bem como de obter acesso
irrestrito ao processo no qual a medida foi aplicada e seus eventuais incidentes, após completar 18
(dezoito) anos.
LETRA B: CORRETA – Art. 36, parágrafo único, do ECA.
Art. 36, parágrafo único. O deferimento da tutela pressupõe a prévia decretação da perda ou
suspensão do poder familiar e implica necessariamente o dever de guarda.
LETRA C: INCORRETA – O prazo máximo para conclusão da ação de adoção é de 120 (cento e vinte)
4 6
dias, prorrogável uma única vez por igual período (art. 47, §10, do ECA).
4-

Art. 47, § 10. O prazo máximo para conclusão da ação de adoção será de 120 (cento e vinte) dias,
103
12

prorrogável uma única vez por igual período, mediante decisão fundamentada da autoridade
6.

judiciária. (Incluído pela Lei nº 13.509, de 2017)


LETRA D: CORRETA – Art. 46, §2º, do ECA
20

Art. 46, § 2o A simples guarda de fato não autoriza, por si só, a dispensa da realização do estágio de
6.

convivência.
02

LETRA E: CORRETA – Art. 42, §4º, do ECA.


Art. 42, § 4o Os divorciados, os judicialmente separados e os ex-companheiros podem adotar
conjuntamente, contanto que acordem sobre a guarda e o regime de visitas e desde que o estágio
de convivência tenha sido iniciado na constância do período de convivência e que seja comprovada
a existência de vínculos de afinidade e afetividade com aquele não detentor da guarda, que
justifiquem a excepcionalidade da concessão.

80. Em visita realizada pelo Conselho Tutelar de Mococa/SP constatou-se que a criança Enzo, de
apenas 03 anos, encontrava-se com vários de seus direitos violados. Conforme foi apurado, os
genitores, Paulo e Marcia, privavam a criança de alimentos, recorrentemente abandonavam criança
em casa de madrugada enquanto saiam para utilizar drogas ilícitas, além de praticarem
reiteradamente castigos imoderados em Enzo.
Diante dessa situação, o Ministério Público do Estado de São Paulo ajuizou ação de acolhimento, a
qual foi julgada procedente, sendo verificada a impossibilidade de reintegração a família natural.
Em seguida, o Promotor de Justiça ajuizou a ação de perda do poder familiar, para que,
posteriormente, a criança fosse encaminhada à adoção.

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Diante da situação exposta, assinale a alternativa CORRETA:


(A) Na hipótese de os genitores encontrarem-se em local incerto ou não sabido, serão citados por
edital no prazo de 10 (dez) dias, em publicação única, após o envio de ofícios para a localização.
(B) Por se tratar de procedimento que visa a perda do poder familiar, não se admite a citação por
hora certa.
(C) O prazo máximo para conclusão do procedimento será de 90 (noventa) dias.
(D) Na ação de perda do poder familiar os prazos processuais serão contados em dias úteis, excluído
o direito do começo e incluído o dia do vencimento, vedado o prazo em dobro para o Ministério
Público.
(E) No caso apresentado não haverá necessidade de nomeação de curador especial em favor da
criança.

RESPOSTA: E
COMENTÁRIOS
LETRA A: INCORRETA – Dispensa-se o envio de ofícios para localização (art. 158, §4º, do ECA)
Art. 158, § 4o Na hipótese de os genitores encontrarem-se em local incerto ou não sabido, serão
citados por edital no prazo de 10 (dez) dias, em publicação única, dispensado o envio de ofícios para
a localização. (Incluído pela Lei nº 13.509, de 2017)
4 6
LETRA B: INCORRETA – Art. 158, §3º, do ECA.
4-

Art. 158, § 3o Quando, por 2 (duas) vezes, o oficial de justiça houver procurado o citando em seu
104
12

domicílio ou residência sem o encontrar, deverá, havendo suspeita de ocultação, informar qualquer
6.

pessoa da família ou, em sua falta, qualquer vizinho do dia útil em que voltará a fim de efetuar a
citação, na hora que designar, nos termos do art. 252 e seguintes da Lei n o 13.105, de 16 de março
20

de 2015 (Código de Processo Civil).


6.

LETRA C: INCORRETA – O prazo máximo para conclusão do procedimento é de 120 (cento e vinte)
02

dias (art. 163 do ECA).


Art. 163. O prazo máximo para conclusão do procedimento será de 120 (cento e vinte) dias, e caberá
ao juiz, no caso de notória inviabilidade de manutenção do poder familiar, dirigir esforços para
preparar a criança ou o adolescente com vistas à colocação em família substituta. (Redação
dada pela Lei nº 13.509, de 2017)
LETRA D: INCORRETA – O prazo será contado em dias corridos (art. 152, §2º, do ECA).
Art. 152, §2º Os prazos estabelecidos nesta Lei e aplicáveis aos seus procedimentos são contados
em dias corridos, excluído o dia do começo e incluído o dia do vencimento, vedado o prazo em dobro
para a Fazenda Pública e o Ministério Público.
LETRA E: CORRETA – Art. 162, §4º, do ECA
Art. 162, §4o Quando o procedimento de destituição de poder familiar for iniciado pelo Ministério
Público, não haverá necessidade de nomeação de curador especial em favor da criança ou
adolescente.

81. A respeito das normas relativas ao Conselho Tutelar, assinale a alternativa CORRETA:

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(A) Em cada Município haverá, no mínimo 01 (um) Conselho Tutelar como órgão integrante da
administração pública local, composto por 04 (quatro) membros, escolhidos pela população local
para mandato de 04 (quatro) anos, permitida 01 (uma) recondução, mediante novo processo de
escolha.
(B) O Conselho Tutelar não pode realizar o afastamento de criança ou adolescente do convívio
familiar, devendo comunicar incontinenti o fato ao Ministério Público para que este órgão tome
providências.
(C) O Conselho Tutelar é órgão permanente, autônomo e jurisdicional, encarregado pela sociedade
de zelar pelo cumprimento dos direitos da criança e do adolescente
(D) Cabe ao Conselho Tutelar assessorar o Poder Executivo local na elaboração da proposta
orçamentária para planos e programas de atendimento dos direitos da criança e do adolescente.
(E) O Conselho Tutelar será mantido pelos recursos vinculados ao Fundo Municipal dos Direitos da
Criança e do Adolescente, cujo gestor é o Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do
Adolescente.

RESPOSTA: D
COMENTÁRIOS
LETRA A: INCORRETA – O Conselho Tutelar é composto por 05 (cinco) membros (art. 132 do ECA).
4 6
Art. 132. Em cada Município e em cada Região Administrativa do Distrito Federal haverá, no mínimo,
4-

1 (um) Conselho Tutelar como órgão integrante da administração pública local, composto de 5 (cinco)
105
12

membros, escolhidos pela população local para mandato de 4 (quatro) anos, permitida 1 (uma)
6.

recondução, mediante novo processo de escolha.


20

LETRA B: INCORRETA – O Conselho Tutelar pode efetuar o afastamento do convívio familiar, em caso
6.

de urgência, devendo comunicar o fato ao Ministério Público (art. 136, parágrafo único, do ECA).
02

Art. 136, parágrafo único. Se, no exercício de suas atribuições, o Conselho Tutelar entender
necessário o afastamento do convívio familiar, comunicará incontinenti o fato ao Ministério Público,
prestando-lhe informações sobre os motivos de tal entendimento e as providências tomadas para a
orientação, o apoio e a promoção social da família.

LETRA C: INCORRETA – Conselho Tutelar não é órgão jurisdicional (art. 131 do ECA).
Art. 131. O Conselho Tutelar é órgão permanente e autônomo, não jurisdicional, encarregado pela
sociedade de zelar pelo cumprimento dos direitos da criança e do adolescente, definidos nesta Lei.

LETRA D: CORRETA – Art. 136, IX, do ECA.


Art. 136. São atribuições do Conselho Tutelar:
IX - assessorar o Poder Executivo local na elaboração da proposta orçamentária para planos e
programas de atendimento dos direitos da criança e do adolescente;

LETRA E: INCORRETA – O Conselho Tutelar é remunerado pelo Executivo Municipal (art. 134,
parágrafo único, do ECA).

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Art. 134, parágrafo único. Constará da lei orçamentária municipal e da do Distrito Federal previsão
dos recursos necessários ao funcionamento do Conselho Tutelar e à remuneração e formação
continuada dos conselheiros tutelares.

82. A respeito dos atos infracionais praticados por adolescentes e de suas consequências, assinale a
alternativa INCORRETA:
(A) No caso da internação-sanção, a medida não poderá durar mais de 3 (três) meses.
(B) A liberdade assistida será fixada pelo prazo mínimo de seis meses, podendo a qualquer tempo ser
prorrogada, revogada ou substituída por outra medida, ouvido o orientador, o Ministério Público e o
defensor.
(C) No procedimento para aplicação de medida socioeducativa, é nula a desistência de outras provas
em face da confissão do adolescente.
(D) A superveniência da maioridade penal não interfere na apuração de ato infracional nem na
aplicabilidade de medida socioeducativa em curso, salvo na liberdade assistida, enquanto não
atingida a idade de 21 anos.
(E) A prescrição penal é aplicável nas medidas socioeducativas.

RESPOSTA: D
4 6
COMENTÁRIOS
4-

LETRA A: CORRETA – A internação-sanção é aquela aplicada em razão do descumprimento reiterado


106
12

e injustificado de medida anteriormente imposta (art. 122, III, do ECA). Nesses casos, a medida deve
6.

durar no máximo 3 meses (art. 122, §1º, do ECA).


Art. 122, § 1o O prazo de internação na hipótese do inciso III deste artigo não poderá ser superior a
20

3 (três) meses, devendo ser decretada judicialmente após o devido processo legal.
6.

LETRA B: CORRETA – Art. 118, §2º, do ECA.


02

Art. 118. A liberdade assistida será adotada sempre que se afigurar a medida mais adequada para o
fim de acompanhar, auxiliar e orientar o adolescente.
(...)
§ 2º A liberdade assistida será fixada pelo prazo mínimo de seis meses, podendo a qualquer tempo
ser prorrogada, revogada ou substituída por outra medida, ouvido o orientador, o Ministério Público
e o defensor.
A liberdade assistida será fixada pelo prazo mínimo de seis meses, podendo a qualquer tempo ser
prorrogada, revogada ou substituída por outra medida, ouvido o orientador, o Ministério Público e o
defensor.
LETRA C: CORRETA – Súmula 342 do STJ.
Súmula 342 do STJ → no procedimento para aplicação de medida sócio-educativa, é nula a
desistência de outras provas em face da confissão do adolescente.
LETRA D: INCORRETA – Súmula 605 do STJ.
Súmula 605 do STJ → A superveniência da maioridade penal não interfere na apuração de ato
infracional nem na aplicabilidade de medida socioeducativa em curso, inclusive na liberdade
assistida, enquanto não atingida a idade de 21 anos.

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LETRA E: CORRETA – Súmula 338 do STJ.


Súmula 338 do STJ → a prescrição penal é aplicável nas medidas sócio-educativas

83. [QUESTÃO ANULADA] Assinale a alternativa INCORRETA:


(A) A medida aplicada por força da remissão poderá ser revista judicialmente, a qualquer tempo,
mediante pedido expresso do adolescente ou de seu representante legal, ou do Ministério Público.
(B) Em caso de internação, será permitida a realização de atividades externas, a critério da equipe
técnica da entidade, salvo expressa determinação judicial em contrário.
(C) Antes de iniciado o procedimento judicial para apuração de ato infracional, o representante do
Ministério Público poderá conceder a remissão, como forma de exclusão do processo, atendendo às
circunstâncias e consequências do fato, ao contexto social, bem como à personalidade do
adolescente e sua maior ou menor participação no ato infracional.
(D) Assim como a internação, o regime de semiliberdade não comporta prazo determinado.
(E) Em nenhuma hipótese o período máximo de internação excederá a três anos.

RESPOSTA: C
COMENTÁRIOS
QUESTÃO ANULADA
4 6
Justificativa: A questão foi anulada pois a assertiva “C” também está correta (art. 126 do ECA).
4-

LETRA A: CORRETA – Art. 128 do ECA 107


12

Art. 128. A medida aplicada por força da remissão poderá ser revista judicialmente, a qualquer
6.

tempo, mediante pedido expresso do adolescente ou de seu representante legal, ou do Ministério


20

Público.
LETRA B: CORRETA – Art. 121, §1º, do ECA
6.

Art. 121, § 1º Será permitida a realização de atividades externas, a critério da equipe técnica da
02

entidade, salvo expressa determinação judicial em contrário.


LETRA C: INCORRETA – A remissão concedida pelo Ministério Público é forma de exclusão do
processo (art. 126 do ECA) (atenção porque isso cai sempre em provas do MP!).
Art. 126. Antes de iniciado o procedimento judicial para apuração de ato infracional, o representante
do Ministério Público poderá conceder a remissão, como forma de exclusão do processo, atendendo
às circunstâncias e conseqüências do fato, ao contexto social, bem como à personalidade do
adolescente e sua maior ou menor participação no ato infracional.
LETRA D: CORRETA – Art. 120, §2º, do ECA
Art. 120, § 2º A medida não comporta prazo determinado aplicando-se, no que couber, as
disposições relativas à internação.
LETRA E: CORRETA – Art. 121, §3º, do ECA.
Art. 121, §3º Em nenhuma hipótese o período máximo de internação excederá a três anos.

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DIREITO ELEITORAL
84. São inelegíveis para qualquer cargo os que forem condenados, em decisão transitada em julgado
ou proferida por órgão judicial colegiado, desde a condenação até o transcurso do prazo de 8 (oito)
anos após o cumprimento da pena, pelos seguintes crimes, exceto:
(A) crime contra a dignidade sexual
(B) crime contra a fé pública
(C) crime contra a incolumidade pública
(D) crime contra a vida
(E) crime contra o meio ambiente

RESPOSTA:C
COMENTÁRIOS
LETRA A: CORRETA – Art. 1º, inciso I, alínea e, item 9 da lei complementar 64/90
LETRA B: CORRETA – Art. 1º, inciso I, alínea e, item 1 da lei complementar 64/90
LETRA C: INCORRETA – Não está no rol.
LETRA D: CORRETA – Art. 1º, inciso I, alínea e, item 9 da lei complementar 64/90
LETRA E: CORRETA – Art. 1º, inciso I, alínea e, item 3 da lei complementar 64/90 4 6
85. Assinale a alternativa que não representa uma condição de elegibilidade:
4-

(A) idade mínima de 21 anos para o cargo de deputado federal 108


12

(B) idade mínima de 30 anos para o cargo de senador


6.

(C) domicilio eleitoral na circunscrição


20

(D) nacionalidade brasileira


(E) alistamento eleitoral
6.
02

RESPOSTA:B
COMENTÁRIOS
LETRA A: CORRETA – art. 14, § 3º, inciso VI, alínea c, da Constituição Federal
LETRA B: INCORRETA – art. 14, § 3º, inciso VI, alínea a da Constituição Federal
LETRA C: CORRETA – art. 14, § 3º, inciso IV da Constituição Federal
LETRA D: CORRETA – art. 14, § 3º, inciso I da Constituição Federal
LETRA E: CORRETA – art. 14, § 3º, inciso III da Constituição Federal

86. Com relação à propaganda eleitora, assinale a alternativa incorreta:


(A) É considerada propaganda eleitoral antecipada a convocação, por parte do Presidente da
República, dos Presidentes da Câmara dos Deputados, do Senado Federal e do Supremo Tribunal
Federal, de redes de radiodifusão para divulgação de atos que denotem propaganda política ou
ataques a partidos políticos e seus filiados ou instituições.
(B) Ao postulante a candidatura a cargo eletivo é permitida a realização, na quinzena anterior à
escolha pelo partido, de propaganda intrapartidária com vista à indicação de seu nome, vedado o
uso de rádio, televisão e outdoor

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(C) É vedada a veiculação de qualquer tipo de propaganda eleitoral paga na internet, inclusive o
impulsionamento de conteúdos, ainda que identificados.
(D) Não configuram propaganda eleitoral antecipada, desde que não envolvam pedido explícito de
voto, a menção à pretensa candidatura, a exaltação das qualidades pessoais dos pré-candidatos.
(E) Não é permitido qualquer tipo de propaganda política paga no rádio e na televisão.

RESPOSTA:C
COMENTÁRIOS
LETRA A: CORRETA – art. 36-B, caput, da lei 9504/97
LETRA B: CORRETA – Art. 36, § 1º da Lei 9504/97
LETRA C: INCORRETA – Art. 57-C, caput da Lei 9504/97
LETRA D: CORRETA – Art. 36-A, caput, da Lei 9504/97
LETRA E: CORRETA – Art. 36, § 2º, da lei 9504/97

87. Assinale a alternativa incorreta:


(A) Do indeferimento da inicial pelo juiz de primeiro grau caberá apelação e, quando a competência
para o julgamento do mandado de segurança couber originariamente a um dos tribunais, do ato do
relator caberá agravo para o órgão competente do tribunal que integre.
4 6
(B) O ingresso de litisconsorte ativo será admitido até o saneamento do feito.
4-

(C) Concedido o mandado, o juiz transmitirá em ofício, por intermédio do oficial do juízo, ou pelo
109
12

correio, mediante correspondência com aviso de recebimento, o inteiro teor da sentença à


6.

autoridade coatora e à pessoa jurídica interessada.


(D) No mandado de segurança coletivo, a sentença fará coisa julgada limitadamente aos membros
20

do grupo ou categoria substituídos pelo impetrante.


6.

(E) Não cabem, no processo de mandado de segurança, a interposição de embargos infringentes e a


02

condenação ao pagamento dos honorários advocatícios, sem prejuízo da aplicação de sanções no


caso de litigância de má-fé.

RESPOSTA: B
COMENTÁRIOS
Lei Mandado de Segurança.
(A) Correta. Art. 10. A inicial será desde logo indeferida, por decisão motivada, quando não for o
caso de mandado de segurança ou lhe faltar algum dos requisitos legais ou quando decorrido o prazo
legal para a impetração. § 1o Do indeferimento da inicial pelo juiz de primeiro grau caberá apelação
e, quando a competência para o julgamento do mandado de segurança couber originariamente a um
dos tribunais, do ato do relator caberá agravo para o órgão competente do tribunal que integre.
(B) Incorreta. Art. 10. § 2o O ingresso de litisconsorte ativo não será admitido após o despacho da
petição inicial.
(C) Correta. Art. 13. Concedido o mandado, o juiz transmitirá em ofício, por intermédio do oficial do
juízo, ou pelo correio, mediante correspondência com aviso de recebimento, o inteiro teor da
sentença à autoridade coatora e à pessoa jurídica interessada.

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(D) Correta. Art. 22. No mandado de segurança coletivo, a sentença fará coisa julgada limitadamente
aos membros do grupo ou categoria substituídos pelo impetrante. § 1o O mandado de segurança
coletivo não induz litispendência para as ações individuais, mas os efeitos da coisa julgada não
beneficiarão o impetrante a título individual se não requerer a desistência de seu mandado de
segurança no prazo de 30 (trinta) dias a contar da ciência comprovada da impetração da segurança
coletiva. § 2o No mandado de segurança coletivo, a liminar só poderá ser concedida após a audiência
do representante judicial da pessoa jurídica de direito público, que deverá se pronunciar no prazo de
72 (setenta e duas) horas.
(E) Correta. Art. 25. Não cabem, no processo de mandado de segurança, a interposição de embargos
infringentes e a condenação ao pagamento dos honorários advocatícios, sem prejuízo da aplicação
de sanções no caso de litigância de má-fé.

88. Não se concederá mandado de segurança quando se tratar:


I - de ato do qual caiba recurso administrativo com efeito suspensivo, independentemente de
caução;
II - de decisão judicial da qual caiba recurso com efeito suspensivo;
III - de decisão judicial transitada em julgado. 4 6
Estão corretos os incisos:
4-

(A) I, II, e III;


110
12

(B) I e II;
6.

(C) I;
(D) II e III;
20

(E) I e III.
6.
02

RESPOSTA: A
COMENTÁRIOS
Lei Mandado de Segurança.
(A) Correta.
(B) Incorreta.
(C) Incorreta.
(D) Incorreta.
(E) Incorreta.

Art. 5o Não se concederá mandado de segurança quando se tratar:


I - de ato do qual caiba recurso administrativo com efeito suspensivo, independentemente de
caução;
II - de decisão judicial da qual caiba recurso com efeito suspensivo;
III - de decisão judicial transitada em julgado.

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Parágrafo único. (VETADO)

89. Nos crimes ambientais, as penas restritivas de direito são:


I - prestação de serviços à comunidade;
II - interdição temporária de direitos;
III - suspensão parcial ou total de atividades;
IV - prestação pecuniária;
V - recolhimento domiciliar.

Assinale a alternativa correta:


(A) I, II, III.
(B) IV, V.
(C) III e II.
(D) I, II, III, e V.
(E) I, II, III, IV e V.

RESPOSTA: E
COMENTÁRIOS 6
4
(A) Incompleta.
4-

(B) Incompleta.
111
12

(C) Incompleta.
(D) Incompleta.
6.

(E) Correta.
20
6.

90. Assinale a alternativa correta:


02

(A) A prestação pecuniária consiste no pagamento em dinheiro à vítima ou à entidade pública ou


privada com fim social, de importância, fixada pelo juiz, não inferior a um salário mínimo nem
superior a trezentos e sessenta salários mínimos. O valor pago será deduzido do montante de
eventual reparação civil a que for condenado o infrator.
(B) São circunstâncias que atenuam a pena: I – elevado grau de instrução ou escolaridade do agente;
II - arrependimento do infrator, manifestado pela reparação do dano, apenas; III - comunicação
posterior pelo agente do perigo iminente de degradação ambiental.
(C) O recolhimento domiciliar baseia-se na autodisciplina e senso de responsabilidade do condenado,
que deverá, com vigilância, trabalhar, frequentar curso ou exercer atividade autorizada,
permanecendo recolhido nos dias e horários de folga em residência ou em qualquer local destinado
a sua moradia habitual, conforme estabelecido na sentença condenatória.
(D) As penas de interdição temporária de direito são a proibição de o condenado contratar com o
Poder Público, de receber incentivos fiscais ou quaisquer outros benefícios, bem como de participar
de licitações, pelo prazo de dez anos, no caso de crimes dolosos, e de cinco anos, no de crimes
culposos.

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(E) A multa será calculada segundo os critérios do Código Penal; se revelar-se ineficaz, ainda que
aplicada no valor máximo, poderá ser aumentada até dez vezes, tendo em vista o valor da vantagem
econômica auferida

RESPOSTA: A
COMENTÁRIOS
(A) Correta. Art. 12. A prestação pecuniária consiste no pagamento em dinheiro à vítima ou à
entidade pública ou privada com fim social, de importância, fixada pelo juiz, não inferior a um salário
mínimo nem superior a trezentos e sessenta salários mínimos. O valor pago será deduzido do
montante de eventual reparação civil a que for condenado o infrator.
(B) Incorreta. Art. 14. São circunstâncias que atenuam a pena: I - baixo grau de instrução ou
escolaridade do agente; II - arrependimento do infrator, manifestado pela espontânea reparação do
dano, ou limitação significativa da degradação ambiental causada; III - comunicação prévia pelo
agente do perigo iminente de degradação ambiental; IV - colaboração com os agentes encarregados
da vigilância e do controle ambiental.
(C) Incorreta. Art. 13. O recolhimento domiciliar baseia-se na autodisciplina e senso de
responsabilidade do condenado, que deverá, sem vigilância, trabalhar, freqüentar curso ou exercer
atividade autorizada, permanecendo recolhido nos dias e horários de folga em residência ou em
4 6
qualquer local destinado a sua moradia habitual, conforme estabelecido na sentença condenatória.
4-

(D) Incorreta. Art. 10. As penas de interdição temporária de direito são a proibição de o condenado
112
12

contratar com o Poder Público, de receber incentivos fiscais ou quaisquer outros benefícios, bem
6.

como de participar de licitações, pelo prazo de cinco anos, no caso de crimes dolosos, e de três anos,
no de crimes culposos.
20

(E) Incorreta. Art. 18. A multa será calculada segundo os critérios do Código Penal; se revelar-se
6.

ineficaz, ainda que aplicada no valor máximo, poderá ser aumentada até três vezes, tendo em vista
02

o valor da vantagem econômica auferida.

91. Nos crimes ambientais, são circunstâncias que agravam a pena, ter o agente cometido a infração:
I - para obter vantagem pecuniária; coagindo outrem para a execução material da infração; afetando
ou expondo a perigo, de maneira grave, a saúde pública ou o meio ambiente; concorrendo para
danos à propriedade alheia; atingindo áreas de unidades de conservação ou áreas sujeitas, por ato
do Poder Público, a regime especial de uso;
II - atingindo áreas urbanas ou quaisquer assentamentos humanos; em período de defeso à fauna;
em domingos ou feriados; à noite; em épocas de seca ou inundações; no interior do espaço territorial
especialmente protegido; com o emprego de métodos cruéis para abate ou captura de animais;
III - mediante fraude ou abuso de confiança; mediante abuso do direito de licença, permissão ou
autorização ambiental; no interesse de pessoa jurídica mantida, total ou parcialmente, por verbas
públicas ou beneficiada por incentivos fiscais; atingindo espécies ameaçadas, listadas em relatórios
oficiais das autoridades competentes;
IV - facilitada por funcionário público no exercício de suas funções.

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Está correto o contido na alínea:


(A) I, II e III.
(B) I e II.
(C) III.
(D) I e III.
(E) Todas as alíneas contém hipóteses corretas.

RESPOSTA: E
COMENTÁRIOS
(A) Incompleta.
(B) Incompleta.
(C) Incompleta.
(D) Incompleta.
(E) Correta.
Art. 15. São circunstâncias que agravam a pena, quando não constituem ou qualificam o crime:
I - reincidência nos crimes de natureza ambiental;
II - ter o agente cometido a infração:
a) para obter vantagem pecuniária;
4 6
b) coagindo outrem para a execução material da infração;
4-

c) afetando ou expondo a perigo, de maneira grave, a saúde pública ou o meio ambiente;


113
12

d) concorrendo para danos à propriedade alheia;


6.

e) atingindo áreas de unidades de conservação ou áreas sujeitas, por ato do Poder Público, a regime
especial de uso;
20

f) atingindo áreas urbanas ou quaisquer assentamentos humanos;


6.

g) em período de defeso à fauna;


02

h) em domingos ou feriados;
i) à noite;
j) em épocas de seca ou inundações;
l) no interior do espaço territorial especialmente protegido;
m) com o emprego de métodos cruéis para abate ou captura de animais;
n) mediante fraude ou abuso de confiança;
o) mediante abuso do direito de licença, permissão ou autorização ambiental;
p) no interesse de pessoa jurídica mantida, total ou parcialmente, por verbas públicas ou beneficiada
por incentivos fiscais;
q) atingindo espécies ameaçadas, listadas em relatórios oficiais das autoridades competentes;
r) facilitada por funcionário público no exercício de suas funções.

92. Com relação aos crimes ambientais, assinale a alternativa incorreta:


(A) Nos crimes previstos nesta Lei, a suspensão condicional da pena pode ser aplicada nos casos de
condenação a pena privativa de liberdade não superior a cinco anos.

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(B) A multa será calculada segundo os critérios do Código Penal; se revelar-se ineficaz, ainda que
aplicada no valor máximo, poderá ser aumentada até três vezes, tendo em vista o valor da vantagem
econômica auferida.
(C) As penas aplicáveis isolada, cumulativa ou alternativamente às pessoas jurídicas, de acordo com
o disposto no art. 3º, são: multa; restritivas de direitos; prestação de serviços à comunidade.
(D) A pessoa jurídica constituída ou utilizada, preponderantemente, com o fim de permitir, facilitar
ou ocultar a prática de crime definido nesta Lei terá decretada sua liquidação forçada, seu patrimônio
será considerado instrumento do crime e como tal perdido em favor do Fundo Penitenciário
Nacional.
(E) As penas restritivas de direitos da pessoa jurídica são: suspensão parcial ou total de atividades;
interdição temporária de estabelecimento, obra ou atividade; proibição de contratar com o Poder
Público, bem como dele obter subsídios, subvenções ou doações.

RESPOSTA: A
COMENTÁRIOS
(A) Incorreta. art. 16. Nos crimes previstos nesta Lei, a suspensão condicional da pena pode ser
aplicada nos casos de condenação a pena privativa de liberdade não superior a três anos.
(B) Correta. Art. 18. A multa será calculada segundo os critérios do Código Penal; se revelar-se
4 6
ineficaz, ainda que aplicada no valor máximo, poderá ser aumentada até três vezes, tendo em vista
4-

o valor da vantagem econômica auferida.


114
12

(C) Correta. Art. 21 As penas aplicáveis isolada, cumulativa ou alternativamente às pessoas jurídicas,
6.

de acordo com o disposto no art. 3º, são:I - multa; II - restritivas de direitos;III - prestação de serviços
à comunidade.
20

(D) Correta. Art. 24. A pessoa jurídica constituída ou utilizada, preponderantemente, com o fim de
6.

permitir, facilitar ou ocultar a prática de crime definido nesta Lei terá decretada sua liquidação
02

forçada, seu patrimônio será considerado instrumento do crime e como tal perdido em favor do
Fundo Penitenciário Nacional.
(E) Correta. Art. 22. As penas restritivas de direitos da pessoa jurídica são:I - suspensão parcial ou
total de atividades;II - interdição temporária de estabelecimento, obra ou atividade;III - proibição de
contratar com o Poder Público, bem como dele obter subsídios, subvenções ou doações.

93. De acordo com a Lei de Crimes Ambientais, A prestação de serviços à comunidade pela pessoa
jurídica consistirá em:
I - custeio de programas e de projetos ambientais;
II - execução de obras de recuperação de áreas degradadas;
III - manutenção de espaços públicos;
IV - contribuições a entidades ambientais ou culturais públicas.
V – financiamento de obras públicas.

Estão corretas as alíneas?


(A) I, II, e III.

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(B) I, II, III e IV.


(C) I, II, IV e V.
(D) I e II.
(E) Todas as alíneas estão corretas.

RESPOSTA: B
COMENTÁRIOS
(A) Incompleta.
(B) Correta.
(C) Financiamento de obras públicas não consta no rol do art. 23.
(D) Incompleta.
(E) Incompleta.
Art. 23. A prestação de serviços à comunidade pela pessoa jurídica consistirá em:
I - custeio de programas e de projetos ambientais;
II - execução de obras de recuperação de áreas degradadas;
III - manutenção de espaços públicos;
IV - contribuições a entidades ambientais ou culturais públicas. 4 6
94. Assinale a alternativa que contém o conceito errado, de acordo com a Lei 9.985/00:
4-

(A) manejo: documento técnico mediante o qual, com fundamento nos objetivos gerais de uma
115
12

unidade de conservação, se estabelece o seu zoneamento e as normas que devem presidir o uso da
área e o manejo dos recursos naturais, inclusive a implantação das estruturas físicas necessárias à
6.

gestão da unidade.
20

(B) conservação da natureza: o manejo do uso humano da natureza, compreendendo a preservação,


6.

a manutenção, a utilização sustentável, a restauração e a recuperação do ambiente natural, para que


02

possa produzir o maior benefício, em bases sustentáveis, às atuais gerações, mantendo seu potencial
de satisfazer as necessidades e aspirações das gerações futuras, e garantindo a sobrevivência dos
seres vivos em geral;
(C) diversidade biológica: a variabilidade de organismos vivos de todas as origens, compreendendo,
dentre outros, os ecossistemas terrestres, marinhos e outros ecossistemas aquáticos e os complexos
ecológicos de que fazem parte; compreendendo ainda a diversidade dentro de espécies, entre
espécies e de ecossistemas;
(D) preservação: conjunto de métodos, procedimentos e políticas que visem a proteção a longo
prazo das espécies, habitats e ecossistemas, além da manutenção dos processos ecológicos,
prevenindo a simplificação dos sistemas naturais;
(E) proteção integral: manutenção dos ecossistemas livres de alterações causadas por interferência
humana, admitido apenas o uso indireto dos seus atributos naturais;

RESPOSTA: A
COMENTÁRIOS

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(A) Errada. O conceito apresentado é do plano de manejo. Manejo é todo e qualquer procedimento
que vise assegurar a conservação da diversidade biológica e dos ecossistemas.
(B) Correta.
(C) Correta.
(D) Correta.
(E) Correta.

Art. 2o Para os fins previstos nesta Lei, entende-se por:


I - unidade de conservação: espaço territorial e seus recursos ambientais, incluindo as águas
jurisdicionais, com características naturais relevantes, legalmente instituído pelo Poder Público, com
objetivos de conservação e limites definidos, sob regime especial de administração, ao qual se
aplicam garantias adequadas de proteção;
II - conservação da natureza: o manejo do uso humano da natureza, compreendendo a preservação,
a manutenção, a utilização sustentável, a restauração e a recuperação do ambiente natural, para que
possa produzir o maior benefício, em bases sustentáveis, às atuais gerações, mantendo seu potencial
de satisfazer as necessidades e aspirações das gerações futuras, e garantindo a sobrevivência dos
seres vivos em geral;
III - diversidade biológica: a variabilidade de organismos vivos de todas as origens, compreendendo,
4 6
dentre outros, os ecossistemas terrestres, marinhos e outros ecossistemas aquáticos e os complexos
4-

ecológicos de que fazem parte; compreendendo ainda a diversidade dentro de espécies, entre
116
12

espécies e de ecossistemas;
6.

IV - recurso ambiental: a atmosfera, as águas interiores, superficiais e subterrâneas, os estuários, o


mar territorial, o solo, o subsolo, os elementos da biosfera, a fauna e a flora;
20

V - preservação: conjunto de métodos, procedimentos e políticas que visem a proteção a longo prazo
6.

das espécies, habitats e ecossistemas, além da manutenção dos processos ecológicos, prevenindo a
02

simplificação dos sistemas naturais;


VI - proteção integral: manutenção dos ecossistemas livres de alterações causadas por interferência
humana, admitido apenas o uso indireto dos seus atributos naturais;
VII - conservação in situ: conservação de ecossistemas e habitats naturais e a manutenção e
recuperação de populações viáveis de espécies em seus meios naturais e, no caso de espécies
domesticadas ou cultivadas, nos meios onde tenham desenvolvido suas propriedades características;
VIII - manejo: todo e qualquer procedimento que vise assegurar a conservação da diversidade
biológica e dos ecossistemas;
IX - uso indireto: aquele que não envolve consumo, coleta, dano ou destruição dos recursos naturais;
X - uso direto: aquele que envolve coleta e uso, comercial ou não, dos recursos naturais;
XI - uso sustentável: exploração do ambiente de maneira a garantir a perenidade dos recursos
ambientais renováveis e dos processos ecológicos, mantendo a biodiversidade e os demais atributos
ecológicos, de forma socialmente justa e economicamente viável;
XII - extrativismo: sistema de exploração baseado na coleta e extração, de modo sustentável, de
recursos naturais renováveis;

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XIII - recuperação: restituição de um ecossistema ou de uma população silvestre degradada a uma


condição não degradada, que pode ser diferente de sua condição original;
XIV - restauração: restituição de um ecossistema ou de uma população silvestre degradada o mais
próximo possível da sua condição original;
XV - (VETADO)
XVI - zoneamento: definição de setores ou zonas em uma unidade de conservação com objetivos de
manejo e normas específicos, com o propósito de proporcionar os meios e as condições para que
todos os objetivos da unidade possam ser alcançados de forma harmônica e eficaz;
XVII - plano de manejo: documento técnico mediante o qual, com fundamento nos objetivos gerais
de uma unidade de conservação, se estabelece o seu zoneamento e as normas que devem presidir o
uso da área e o manejo dos recursos naturais, inclusive a implantação das estruturas físicas
necessárias à gestão da unidade;
XVIII - zona de amortecimento: o entorno de uma unidade de conservação, onde as atividades
humanas estão sujeitas a normas e restrições específicas, com o propósito de minimizar os impactos
negativos sobre a unidade; e
XIX - corredores ecológicos: porções de ecossistemas naturais ou seminaturais, ligando unidades de
conservação, que possibilitam entre elas o fluxo de genes e o movimento da biota, facilitando a
dispersão de espécies e a recolonização de áreas degradadas, bem como a manutenção de
4 6
populações que demandam para sua sobrevivência áreas com extensão maior do que aquela das
4-

unidades individuais.
117
12

95. Assinale a alternativa que contém a unidade de conservação que não faz parte do grupo de
6.

proteção integral:
20

(A) Estação Ecológica;


6.

(B) Reserva Biológica;


02

(C) Parque Nacional;


(D) Monumento Natural;
(E) Reserva Particular do Patrimônio Natural.

RESPOSTA: E
COMENTÁRIOS
(A) Correta.
(B) Correta.
(C) Correta.
(D) Correta.
(E) Errada. Unidade de Uso Sustentável.

Art. 8o O grupo das Unidades de Proteção Integral é composto pelas seguintes categorias de
unidade de conservação:I - Estação Ecológica; I - Reserva Biológica; II - Parque Nacional; IV -
Monumento Natural; V - Refúgio de Vida Silvestre.

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Art. 14. Constituem o Grupo das Unidades de Uso Sustentável as seguintes categorias de unidade
de conservação: I - Área de Proteção Ambiental; II - Área de Relevante Interesse Ecológico; III -
Floresta Nacional; IV - Reserva Extrativista; V - Reserva de Fauna; VI – Reserva de Desenvolvimento
Sustentável; e VII - Reserva Particular do Patrimônio Natural.

96. Sobre o Estatuto da Cidade, assinale a alternativa correta:


(A) Decorridos cinco anos de cobrança do IPTU progressivo sem que o proprietário tenha cumprido a
obrigação de parcelamento, edificação ou utilização, o Município poderá proceder à desapropriação
do imóvel, com prévio pagamento em títulos da dívida agrária.
(B) Aquele que possuir como sua área ou edificação urbana de até duzentos e cinqüenta metros
quadrados, por cinco anos, ininterruptamente e sem oposição, utilizando-a para sua moradia ou de
sua família, adquirir-lhe-á o domínio, ainda que seja proprietário de outro imóvel urbano ou rural.
(C) São partes legítimas para a propositura da ação de usucapião especial urbana: o possuidor,
isoladamente ou em litisconsórcio originário ou superveniente; os possuidores, em estado de
composse; como substituto processual, a associação de moradores da comunidade, regularmente
constituída, com personalidade jurídica, desde que explicitamente autorizada pelos representados.
(D) A usucapião especial de imóvel urbano não poderá ser invocada como matéria de defesa, valendo
a sentença que a reconhecer como título para registro no cartório de registro de imóveis. 6
4
(E) Na ação judicial de usucapião especial de imóvel urbano, o rito processual a ser observado é o
4-

sumaríssimo.
118
12

RESPOSTA: C
6.

COMENTÁRIOS
20
6.

(A) Incorreta. Art. 8o Decorridos cinco anos de cobrança do IPTU progressivo sem que o proprietário
02

tenha cumprido a obrigação de parcelamento, edificação ou utilização, o Município poderá proceder


à desapropriação do imóvel, com pagamento em títulos da dívida pública.

(B) Incorreta. Art. 9o Aquele que possuir como sua área ou edificação urbana de até duzentos e
cinqüenta metros quadrados, por cinco anos, ininterruptamente e sem oposição, utilizando-a para
sua moradia ou de sua família, adquirir-lhe-á o domínio, desde que não seja proprietário de outro
imóvel urbano ou rural.

(C) Correta. Art. 12. São partes legítimas para a propositura da ação de usucapião especial urbana:I –
o possuidor, isoladamente ou em litisconsórcio originário ou superveniente;II – os possuidores, em
estado de composse; III – como substituto processual, a associação de moradores da comunidade,
regularmente constituída, com personalidade jurídica, desde que explicitamente autorizada pelos
representados.

(D) Incorreta. Art. 13. A usucapião especial de imóvel urbano poderá ser invocada como matéria de
defesa, valendo a sentença que a reconhecer como título para registro no cartório de registro de
imóveis.

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(E) Incorreta. Na ação judicial de usucapião especial de imóvel urbano, o rito processual a ser
observado é o sumário.

97. De acordo com o Estatuto da Cidade, está errada a alternativa:


(A) Extinto o direito de superfície, o proprietário recuperará o pleno domínio do terreno, bem como
das acessões e benfeitorias introduzidas no imóvel, independentemente de indenização, se as partes
não houverem estipulado o contrário no respectivo contrato. Antes do termo final do contrato,
extinguir-se-á o direito de superfície se o superficiário der ao terreno destinação diversa daquela para
a qual for concedida. A extinção do direito de superfície será averbada no cartório de registro de
imóveis.
(B) O direito de preempção confere ao Poder Público municipal preferência para aquisição de imóvel
urbano objeto de alienação onerosa entre particulares. Lei municipal, baseada no plano diretor,
delimitará as áreas em que incidirá o direito de preempção e fixará prazo de vigência, não superior a
cinco anos, renovável a partir de um ano após o decurso do prazo inicial de vigência. O direito de
preempção fica assegurado durante o prazo de vigência fixado, independentemente do número de
alienações referentes ao mesmo imóvel.
(C) O direito de preempção será exercido apenas quando o Poder Público necessitar de áreas para
regularização fundiária. 6
4
(D) O plano diretor poderá fixar áreas nas quais o direito de construir poderá ser exercido acima do
4-

coeficiente de aproveitamento básico adotado, mediante contrapartida a ser prestada pelo


119
12

beneficiário.
(E) Considera-se operação urbana consorciada o conjunto de intervenções e medidas coordenadas
6.

pelo Poder Público municipal, com a participação dos proprietários, moradores, usuários
20

permanentes e investidores privados, com o objetivo de alcançar em uma área transformações


6.

urbanísticas estruturais, melhorias sociais e a valorização ambiental.


02

RESPOSTA: C
COMENTÁRIOS
(A) Correta. Art. 24. Extinto o direito de superfície, o proprietário recuperará o pleno domínio do
terreno, bem como das acessões e benfeitorias introduzidas no imóvel, independentemente de
indenização, se as partes não houverem estipulado o contrário no respectivo contrato. § 1 o Antes do
termo final do contrato, extinguir-se-á o direito de superfície se o superficiário der ao terreno
destinação diversa daquela para a qual for concedida.§ 2 o A extinção do direito de superfície será
averbada no cartório de registro de imóveis.

(B) Correta. Art. 25. O direito de preempção confere ao Poder Público municipal preferência para
aquisição de imóvel urbano objeto de alienação onerosa entre particulares.§ 1 o Lei municipal,
baseada no plano diretor, delimitará as áreas em que incidirá o direito de preempção e fixará prazo
de vigência, não superior a cinco anos, renovável a partir de um ano após o decurso do prazo inicial
de vigência. § 2o O direito de preempção fica assegurado durante o prazo de vigência fixado na forma
do § 1o, independentemente do número de alienações referentes ao mesmo imóvel.

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(C) Errada. Art. 26. O direito de preempção será exercido sempre que o Poder Público necessitar de
áreas para:I – regularização fundiária; II – execução de programas e projetos habitacionais de
interesse social; III – constituição de reserva fundiária; IV – ordenamento e direcionamento da
expansão urbana; V – implantação de equipamentos urbanos e comunitários; VI – criação de espaços
públicos de lazer e áreas verdes; VII – criação de unidades de conservação ou proteção de outras
áreas de interesse ambiental; VIII – proteção de áreas de interesse histórico, cultural ou paisagístico;

(D) Correta. Art. 28. O plano diretor poderá fixar áreas nas quais o direito de construir poderá ser
exercido acima do coeficiente de aproveitamento básico adotado, mediante contrapartida a ser
prestada pelo beneficiário.

(E) Art. 32. § 1o Considera-se operação urbana consorciada o conjunto de intervenções e medidas
coordenadas pelo Poder Público municipal, com a participação dos proprietários, moradores,
usuários permanentes e investidores privados, com o objetivo de alcançar em uma área
transformações urbanísticas estruturais, melhorias sociais e a valorização ambiental.

98. Assinale a alternativa que contém todos os fundamentos do Plano Nacional de Recursos Hídricos:
4 6
(A) a água é um bem de domínio público; a água é um recurso natural limitado, dotado de valor
4-

econômico; em situações de escassez, o uso prioritário dos recursos hídricos é o consumo humano e
120
12

a dessedentação de animais; a gestão dos recursos hídricos deve sempre proporcionar o uso múltiplo
6.

das águas; a bacia hidrográfica é a unidade territorial para implementação da Política Nacional de
Recursos Hídricos e atuação do Sistema Nacional de Gerenciamento de Recursos Hídricos; a gestão
20

dos recursos hídricos deve ser descentralizada e contar com a participação do Poder Público, dos
6.

usuários e das comunidades.


02

(B) a água é um bem de domínio público; a água é um recurso natural limitado, dotado de valor
econômico; em situações de escassez, o uso prioritário dos recursos hídricos é o consumo humano e
a dessedentação de animais; a gestão dos recursos hídricos deve sempre proporcionar o uso múltiplo
das águas;
(C) a bacia hidrográfica é a unidade territorial para implementação da Política Nacional de Recursos
Hídricos e atuação do Sistema Nacional de Gerenciamento de Recursos Hídricos; - a gestão dos
recursos hídricos deve ser descentralizada e contar com a participação do Poder Público, dos usuários
e das comunidades.
(D) a água é um bem de domínio público; a água é um recurso natural limitado, dotado de valor
econômico; em situações de escassez, o uso prioritário dos recursos hídricos é o consumo humano e
a dessedentação de animais; a gestão dos recursos hídricos deve sempre proporcionar o uso múltiplo
das águas; a bacia hidrográfica é a unidade territorial para implementação da Política Nacional de
Recursos Hídricos e atuação do Sistema Nacional de Gerenciamento de Recursos Hídricos
(E) a água é um bem de domínio público; a água é um recurso natural limitado, dotado de valor
econômico; em situações de escassez, o uso prioritário dos recursos hídricos é o consumo humano e
a dessedentação de animais.

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RESPOSTA: A
COMENTÁRIOS
(A) Correta.
(B) Incompleta.
(C) Incompleta.
(D) Incompleta.
(E) Incompleta.

Art. 1º A Política Nacional de Recursos Hídricos baseia-se nos seguintes fundamentos:


I - a água é um bem de domínio público;
II - a água é um recurso natural limitado, dotado de valor econômico;
III - em situações de escassez, o uso prioritário dos recursos hídricos é o consumo humano e a
dessedentação de animais;
IV - a gestão dos recursos hídricos deve sempre proporcionar o uso múltiplo das águas;
V - a bacia hidrográfica é a unidade territorial para implementação da Política Nacional de Recursos
Hídricos e atuação do Sistema Nacional de Gerenciamento de Recursos Hídricos;
VI - a gestão dos recursos hídricos deve ser descentralizada e contar com a participação do Poder
4 6
Público, dos usuários e das comunidades.
4-

121
12

99. De acordo com Lei da Política Nacional dos Resíduos Sólidos, assinale a alternativa que traz o
conceito errôneo:
6.

(A) logística reversa: instrumento de desenvolvimento econômico e social caracterizado por um


20

conjunto de ações, procedimentos e meios destinados a viabilizar a coleta e a restituição dos resíduos
6.

sólidos ao setor empresarial, para reaproveitamento, em seu ciclo ou em outros ciclos produtivos,
02

ou outra destinação final ambientalmente adequada.


(B) reciclagem: processo de transformação dos resíduos sólidos que envolve a alteração de suas
propriedades físicas, físico-químicas ou biológicas, com vistas à transformação em insumos ou novos
produtos, observadas as condições e os padrões estabelecidos pelos órgãos competentes do Sisnama
e, se couber, do SNVS e do Suasa;
(C) rejeitos: resíduos sólidos que, depois de esgotadas todas as possibilidades de tratamento e
recuperação por processos tecnológicos disponíveis e economicamente viáveis, não apresentem
outra possibilidade que não a disposição final ambientalmente adequada;
(D) responsabilidade compartilhada pelo ciclo de vida dos produtos: conjunto de atribuições
individualizadas e encadeadas dos fabricantes, importadores, distribuidores e comerciantes, dos
consumidores e dos titulares dos serviços públicos de limpeza urbana e de manejo dos resíduos
sólidos, para minimizar o volume de resíduos sólidos e rejeitos gerados, bem como para reduzir os
impactos causados à saúde humana e à qualidade ambiental decorrentes do ciclo de vida dos
produtos, nos termos desta Lei;

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(E) destinação final ambientalmente adequada: distribuição ordenada de rejeitos em aterros,


observando normas operacionais específicas de modo a evitar danos ou riscos à saúde pública e à
segurança e a minimizar os impactos ambientais adversos;

RESPOSTA: E
COMENTÁRIOS
(A) Correta. XII - logística reversa: instrumento de desenvolvimento econômico e social caracterizado
por um conjunto de ações, procedimentos e meios destinados a viabilizar a coleta e a restituição dos
resíduos sólidos ao setor empresarial, para reaproveitamento, em seu ciclo ou em outros ciclos
produtivos, ou outra destinação final ambientalmente adequada;

(B) Correta. XIV - reciclagem: processo de transformação dos resíduos sólidos que envolve a alteração
de suas propriedades físicas, físico-químicas ou biológicas, com vistas à transformação em insumos
ou novos produtos, observadas as condições e os padrões estabelecidos pelos órgãos competentes
do Sisnama e, se couber, do SNVS e do Suasa.

(C) Correta. XV - rejeitos: resíduos sólidos que, depois de esgotadas todas as possibilidades de
tratamento e recuperação por processos tecnológicos disponíveis e economicamente viáveis, não
4 6
apresentem outra possibilidade que não a disposição final ambientalmente adequada;
4-

122
12

(D) Corrreta. XVII - responsabilidade compartilhada pelo ciclo de vida dos produtos: conjunto de
6.

atribuições individualizadas e encadeadas dos fabricantes, importadores, distribuidores e


comerciantes, dos consumidores e dos titulares dos serviços públicos de limpeza urbana e de manejo
20

dos resíduos sólidos, para minimizar o volume de resíduos sólidos e rejeitos gerados, bem como para
6.

reduzir os impactos causados à saúde humana e à qualidade ambiental decorrentes do ciclo de vida
02

dos produtos, nos termos desta Lei;

(E) Incorreta. O conceito de destinação final ambientalmente adequada é: destinação de resíduos


que inclui a reutilização, a reciclagem, a compostagem, a recuperação e o aproveitamento energético
ou outras destinações admitidas pelos órgãos competentes do Sisnama, do SNVS e do Suasa, entre
elas a disposição final, observando normas operacionais específicas de modo a evitar danos ou riscos
à saúde pública e à segurança e a minimizar os impactos ambientais adversos. O conceito trazido é
de disposição final ambientalmente adequada.

100. De acordo com a Jurisprudência do Superior Tribunal de Justiça sobre Direito do Consumidor,
todas as alternativas estão corretas, exceto:
(A) A relação entre concessionária de serviço público e o usuário final para o fornecimento de serviços
públicos essenciais é consumerista, sendo cabível a aplicação do Código de Defesa do Consumidor -
CDC.

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(B) As empresas públicas, as concessionárias e as permissionárias prestadoras de serviços públicos


respondem objetivamente pelos danos causados a terceiros, nos termos do art. 37, §6º da
Constituição Federal e Código de Defesa do Consumidor.
(C) É obrigatória a restituição em dobro da cobrança indevida de tarifa de água, esgoto, energia ou
telefonia, salvo na hipótese de erro justificável, que não decorra da existência de dolo, culpa ou má-
fé.
(D) É subjetiva a responsabilidade civil das instituições financeiras pelos crimes ocorridos no interior
do estabelecimento bancário, por se tratar de fato praticado por terceiro.
(E) Constitui prática comercial abusiva o envio de cartão de crédito sem prévia e expressa solicitação
do consumidor, configurando-se ato ilícito indenizável e sujeito à aplicação de multa administrativa.

RESPOSTA: D
COMENTÁRIOS
LETRA A – CORRETA - REsp 1595018/RJ,Rel. Ministro HUMBERTO MARTINS, SEGUNDA TURMA,
Julgado em 18/08/2016,DJE 29/08/2016 AgRg no REsp 1421766/RS,Rel. Ministro OLINDO MENEZES
(DESEMBARGADOR CONVOCADO DO TRF 1ª REGIÃO), PRIMEIRA TURMA,Julgado em 17/12/2015,DJE
04/02/2016 REsp 1396925/MG,Rel. Ministro HERMAN BENJAMIN, CORTE ESPECIAL, Julgado em
05/11/2014,DJE 26/02/2015AgRg no AREsp 479632/MS,Rel. Ministra ASSUSETE MAGALHÃES,
4 6
SEGUNDA TURMA,Julgado em 25/11/2014,DJE 03/12/2014AgRg no AREsp 546265/RJ,Rel. Ministro
4-

OG FERNANDES, SEGUNDA TURMA, Julgado em 07/10/2014,DJE 15/10/2014AgRg no AREsp


123
12

372327/RJ,Rel. Ministro ARNALDO ESTEVES LIMA, PRIMEIRA TURMA,Julgado em 05/06/2014,DJE


6.

18/06/2014
20

LETRA B – CORRETA - REsp 974138/SP,Rel. Ministro RAUL ARAÚJO, QUARTA TURMA,Julgado em


6.

22/11/2016,DJE 09/12/2016 REsp 1469087/AC,Rel. Ministro HUMBERTO MARTINS, SEGUNDA


02

TURMA, Julgado em 18/08/2016,DJE 17/11/2016 AgInt no AgRg no Ag 1225135/SP,Rel. Ministra


MARIA ISABEL GALLOTTI, QUARTA TURMA,Julgado em 04/08/2016,DJE 12/08/2016 AgRg no AREsp
586409/PR,Rel. Ministro ANTONIO CARLOS FERREIRA, QUARTA TURMA,Julgado em 04/08/2015,DJE
13/08/2015 EREsp 1097266/PB,Rel. Ministro RICARDO VILLAS BÔAS CUEVA, SEGUNDA
SEÇÃO,Julgado em 10/12/2014,DJE 24/02/2015 AgRg no AREsp 479632/MS,Rel. Ministra ASSUSETE
MAGALHÃES, SEGUNDA TURMA,Julgado em 25/11/2014,DJE 03/12/2014

LETRA C – CORRETA - AgRg no AREsp 642115/RS,Rel. Ministro HERMAN BENJAMIN, SEGUNDA


TURMA,Julgado em 15/09/2016,DJE 10/10/2016 AgRg no AREsp 672481/RS,Rel. Ministra DIVA
MALERBI (DESEMBARGADORA CONVOCADA TRF 3ª REGIÃO), SEGUNDA TURMA,Julgado em
04/08/2016,DJE 12/08/2016 AgRg no REsp 1348883/RJ,Rel. Ministra REGINA HELENA COSTA,
PRIMEIRA TURMA,Julgado em 03/03/2016,DJE 11/03/2016 AgRg no AREsp 550660/RJ,Rel. Ministra
ASSUSETE MAGALHÃES, SEGUNDA TURMA,Julgado em 03/12/2015,DJE 15/12/2015 AgRg no AgRg
no Ag 1269061/RJ,Rel. Ministro NAPOLEÃO NUNES MAIA FILHO, PRIMEIRA TURMA,Julgado em
01/10/2015,DJE 13/10/2015 AgRg no REsp 1525141/RS,Rel. Ministro HUMBERTO MARTINS,
SEGUNDA TURMA,Julgado em 22/09/2015,DJE 30/09/2015

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LETRA D – INCORRETA. É objetiva a responsabilidade civil das instituições financeiras pelos crimes
ocorridos no interior do estabelecimento bancário por se tratar de risco inerente à atividade
econômica (art. 14 do CDC).AgRg no REsp 1353504/SP,Rel. Ministro RICARDO VILLAS BÔAS CUEVA,
TERCEIRA TURMA,Julgado em 18/06/2015,DJE 07/08/2015 REsp 1183121/SC,Rel. Ministro LUIS
FELIPE SALOMÃO, QUARTA TURMA, Julgado em 24/02/2015,DJE 07/04/2015 AgRg no AREsp
162062/SP,Rel. Ministro MARCO BUZZI, QUARTA TURMA, Julgado em 16/12/2014,DJE 19/12/2014
AgRg no AREsp 405583/SP,Rel. Ministro RAUL ARAÚJO, QUARTA TURMA, Julgado em 04/02/2014,DJE
21/02/2014 AgRg nos EDcl no AREsp 355050/GO,Rel. Ministro SIDNEI BENETI, TERCEIRA
TURMA,Julgado em 19/11/2013,DJE 03/12/2013 AgRg no REsp 1273445/SP,Rel. Ministro MASSAMI
UYEDA, TERCEIRA TURMA,Julgado em 14/02/2012,DJE 02/03/2012

LETRA E – CORRETA – Súmula 532 - STJ

4 6
4-

124
12
6.
20
6.
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É proibida a reprodução deste material sem a devida autorização, sob pena da adoção das medidas cabíveis na esfera cível e penal.

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