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São José
2017
INSTITUTO DE ENSINO SUPERIOR DA GRANDE FLORIANÓPOLIS – IES
CURSO DE DIREITO - NOTURNO
São José
2017
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INTRODUÇÃO
Neste trabalho, trataremos sobre a relação das leis doze tábuas (Lex Duodecim
Tabularum ou simplesmente Duodecim Tabulae, em latim) que constituía uma antiga
legislação que está na origem do direito romano com as leis do código civil e penal
que regem o nosso sistema de leis do direito brasileiro. A Lei das XII Tábuas é mais
uma conquista dos plebeus, condicionados à submissão incerta dos costumes, que,
até então, pautam a vida romana.
A quantidade de normas existentes por volta de 450 A.C., no mundo romano
com o intuito de determinar o direito legislativo e processual e o qual pautará a vida
e a forma de solucionar os conflitos de interesses do povo romano de modo geral.
Procuraremos estabelecer um paralelo direto entre algumas destas normas em
consonância com normas procedimentais do Código Processual Civil Brasileiro que
nos interessa mais proximamente.
1.1 OBJETIVOS
Associar os artigos das normas antigas com as normas e leis do Direito brasileiro
atual;
Relacionar a constante evolução das normas e leis que regem o Direito civil e
penal brasileiro.
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TÁBUA PRIMEIRA
Do chamamento a Juízo
TÁBUA SEXTA
Do direito de propriedade e da posse
8. Que a madeira utilizada para a construção de uma casa, ou para amparar videira,
não seja retirada só porque o proprietário a reivindica; mas aquele que utilizou a
madeira que não lhe pertencia, seja condenado a pagar o dobro do valor; e se a
madeira é destacada da construção ou do vinhedo, que seja permitido ao
proprietário reivindicá-la.
9. Se alguém quer repudiar a sua mulher, que apresente as razões desse repúdio.
Art.1.239, Código Civil. Aquele que, não sendo proprietário de imóvel rural
ou urbano, possua como sua, por cinco anos ininterruptos, sem oposição, área
de terra em zona rural não superior a cinquenta hectares, tornando-a produtiva
por seu trabalho ou de sua família, tendo nela sua mor adia, adquirir-lhe-á a
propriedade.
Art. 1.240, Código Civil. Aquele que possuir, como sua, área urbana de
até duzentos e cinquenta metros quadrados, por cinco anos ininterruptamente
e sem oposição, utilizando -a para sua moradia ou de sua família, adquirir -
lhe-á o domínio, desde que não seja proprietário de outro imóvel urbano ou
rural.
TÁBUA SEGUNDA
Dos julgamentos e dos furtos
1. ... cauções... subcauções ... a não ser que uma doença grave ... um voto ..., uma
ausência a serviço da república, ou uma citação por parte de estrangeiro, dêem
margem ao impedimento; pois se o citado, o juiz ou o árbitro, sofre qualquer desses
impedimen-tos, que seja adiado o julgamento.
2. Aquele que não tiver testemunhas irá, por três dias de feira, para a porta da casa
da parte contrária, anunciar a sua causa em altas vozes injuriosas, para que ela se
defenda.
3. Se alguém comete furto à noite e é morto em flagrante, o que matou não será
punido.
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TÁBUA QUINTA
Das heranças e tutelas
filhos do patrono a ele sobrevivem, que a sucessão desse liberto transfira ao parente
mais próximo na família do patrono.
5. Que as dividas ativas e passivas sejam divididas entre os herdeiros, segundo o
quinhão de cada um.
6. Quanto aos demais bens da sucessão indivisa, os herdeiros, poderão parilhá-los,
se assim o desejarem; para esse fim o pretor poderá indicar 3 árbitros.
7 Se o pai de família morre sem deixar testamento, ficando um herdeiro seu
impúbere, que o agnado mais próximo seja o seu tutor.
8. Se alguém torna-se louco ou pródigo e nato tem tutor, que a sua pessoa e seus
bens, sejam confiados à curatela dos aguados e, se não há agnados, à dos gentis.
Art. 1.784 – Aberta a sucessão, a herança transmite-se, desde logo, aos herdeiros
legítimos e testamentários.
Art. 1.785 – A sucessão abre-se no lugar do último domicílio do falecido.
Art. 1.786 – A sucessão dá-se por lei ou por disposição de última vontade.
Art.1.787 – Regula a situação e a legitimação para suceder a lei vigente ao tempo da
abertura daquela.
Art.1788 – Morrendo a pessoa sem testamento, transmite a herança aos herdeiros
legítimos; o mesmo ocorrerá quanto aos bens que não forem compreendidos no
testamento; e subsiste a sucessão legítima se o testamento caducar, ou for julgado
nulo.
Art.1.789 – Havendo herdeiros necessários, o testador só poderá dispor da metade
da herança.
Art.1790 – A companheira ou companheiro participará da sucessão do outro, quanto
aos bens adquiridos onerosamente na vigência da união estável, nas condições
seguintes:
I. Se concorrer com filhos comuns, terá direito a uma quota equivalente à que
por lei for atribuída ao filho;
II. Se concorrer com descendentes só do autor da herança, tocar-lhe-á a metade
do que couber a cada um daqueles;
III. Se concorrer com outros parentes sucessíveis, terá direito a um terço da
herança.
IV. Não havendo parentes sucessíveis, terá direito a totalidade da herança.
TÁBUA OITAVA
Dos direitos prediais
São regras que limitam o direito de propriedade a fim de evitar conflitos entre
proprietários de prédios contíguos, respeitando, assim, o convívio social. Constituem
obrigações propter rem (que acompanham a coisa).
Prevê o art. 1.277 do Código Civil que "o proprietário ou o possuidor de um prédio
tem o direito de fazer cessar as interferências prejudiciais à segurança, ao sossego
e à saúde dos que o habitam, provocadas pela utilização de propriedade vizinha".
Soluções
De acordo com o art. 1.279 do CC "ainda que por decisão judicial devam ser
toleradas as interferências, poderá o vizinho exigir a sua redução, ou eliminação,
quando estas, se tornarem possíveis".
Porém, se não for possível que o dano seja reduzido a um nível normal de
tolerância, determinará o juiz a cessação da atividade causadora do incômodo
(fechamento da indústria, p.ex.). Deve-se observar, no entanto, que se a atividade
for de interesse social, determina-se que o causador do dano pague indenização ao
vizinho (art. 1.278 do CC).
A ação que deve ser interposta nestes casos é a cominatória, que pode ser
ajuizada pelo proprietário, pelo possuidor ou pelo compromissário comprador.
Porém, se o dano for consumado, caberá ação de ressarcimento de danos.
Árvores Limítrofes
Dispõe o art. 1.282 do CC que "a árvore, cujo o tronco estiver na linha divisória,
presume-se pertencer em comum aos donos dos prédios confinantes".
Pode ainda, conforme previsto no art. 1.283, o proprietário do terreno invadido pelas
raízes ou ramos de árvore que ultrapassarem a estrema do prédio, cortá-los até o
plano divisório.
Tem direito, também, o vizinho aos frutos que caírem naturalmente no solo de seu
imóvel, se este for particular. Já se cair em propriedade pública, o proprietário
continuará sendo seu dono.
Cabe lembrar que, sendo comum a árvore, os frutos e o tronco, pertencem a ambos
os proprietários e, por isso, não pode um deles arrancá-lo sem o consentimento do
outro.
Das águas
Prevê ainda o art. 1.290 do mesmo código o direito às sobras das águas
nascentes e pluviais dos prédios inferiores, que poderão utilizá-las através de
servidão.
ou ressarcir os danos pelas demais que poluírem, conforme dispõe o art. 1.291 do
CC.
Estabelece também o art. 1.292 do mesmo diploma que "o proprietário tem
direito de construir barragens, açudes, ou outras obras para represamento de água
em seu prédio; se as águas represadas invadirem prédio alheio, será o seu
proprietário indenizado pelo dano sofrido, deduzido o valor do benefício obtido".
Preceitua o art. 1.297 do CC: "o proprietário tem direito a cercar, murar, valar
ou tapar de qualquer modo o seu prédio, urbano ou rural, e pode constranger o seu
confinante a proceder com ele à demarcação entre os dois prédios, a aviventar
rumos apagados e a renovar marcos destruídos ou arruinados, repartindo-se
proporcionalmente entre os interessados as respectivas despesas.
É interesse do dono de um prédio que se estabeleça os limites extremos de sua
propriedade".
Interposta tal ação o juiz delimitará as áreas de acordo com a posse justa e, no caso
da mesma não ser provada, o terreno será dividido em partes iguais entre os prédios
ou, não sendo possível a divisão cômoda, se adjudicará a um deles, mediante
indenização ao outro (art. 1.298 do CC).
Limitações e responsabilidades
O art. 1.299 do C.C. que "o proprietário pode levantar em seu terreno as
construções que lhe aprouver, salvo o direito dos vizinhos e os regulamentos
administrativos".
Assim, todo o proprietário deve ressarcir o seu vizinho pelos danos causados
pela construção, podendo este último valer-se da ação de indenização, na qual
provará a ocorrência do dano e o nexo de causalidade com a construção.
Prescreve o art. 1.301 do CC "é defeso abrir janelas, ou fazer eirado, terraço
ou varanda, a menos de metro e meio do terreno vizinho", com a finalidade de
resguardar a intimidade a intimidade das famílias. No entanto, não estão proibidas
pequenas aberturas para luz e ventilação.
Pode o proprietário "no lapso de ano e dia após a conclusão da obra, exigir
que se desfaça janela, sacada, terraço ou goteira sobre o seu prédio; escoado o
prazo, não poderá, por sua vez, edificar sem atender ao disposto no artigo
antecedente, nem impedir, ou dificultar, o escoamento das águas da goteira, com
prejuízo para o prédio vizinho", conforme previsto no art. 1.302 do CC.
Águas e beirais
3 CONSIDERAÇÕES FINAIS
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REFERÊNCIAS
Sites: