( h i ' t r u l l , t'l'm
llliiluuilMlti.il /c I h ' i n t m t ic iii t h i U i t l r /lllt'hilu n '
S r i l S < uííHMM M
ID l ‘m d a t i a d u v . t n l. ia.slien. i I diluía IIIM(,
l i s i e l i v r o o l í p a r l e d e l e n ; l u p o d e , sci l e p r u d u / U l o p u t
q u a lq u e r m e io sein aulo riz av ao escrita d o Editor
C a ta lo g a ç ã o na p u b lic a ç ã o : D iv isã o d e P la n e ja m e n to
D iv u lg a çã o da B ib lio te c a U n iv ersitária - UFMG
o >BN: 8 5 - 7 0 4 1 -1 8 4 - 7
m
o
ED ITO R A Ç Ã O DE T E X T O
Ana Maria de M oraes
P R O JE T O G RÁ FIC O
G ló ria C am pos - M angã
CAPA
Pau lo Schm idt
ILUSTRAÇÃO DA CAPA
rto N em er, sem títu lo, a q u a rela s o b re p a p e l, 1 1 0 x 7 5 cm , 1 9 9 3 ,
fo to Rui C ezar d os San tos, c o le ç ã o H elv é cio B e liz á rio
REVISÀO DE T E X TO E NORMALIZAÇÃO
S im o n e d e A lm eida G o m es
REVISÃO DE PROVAS
Lilian Valderez F e líc io
Maria S tela Souza Reis
P R O D U Ç Ã O G RÁ FIC A
Jo n a s R o d rigu es Fróis
m FORM ATAÇÃO
M arcelo B é lic o
EDITORA UFMG
Av. Antônio Carlos, 6627 - Biblioteca Central - sala 405
Campus Pam pulha - 31270-901 - B e lo Horizonte/MG
T e l.: (3 1 ) 499 -4 6 5 0 - Fax: (3 1 ) 4 9 9 -4 7 6 8
E-nraiî: FxlUora®bu.ufmg.br
http://ww w .editoras.com /ufm g
UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS
Reitor: Francisco César de Sá Barreto
Vice-Reitora: Ana Lúcia Almeida Gazzola
CONSELHO EDITORIAL
T i tui -ahi -s
Carlos Antônio Leite Brandão, Heitor Capuz/o Filho, Heloisa Maria Murgel Starling, Luiz Otávio
Fagundes Amaral, Manoel Otávio da Costa Rocha, Maria Helena Dam asceno e Silva M egale,
Romeu Cardoso Guimarães, Silvana Maria Leal Coser, W ander Melo Miranda (Presidente)
Suruivir. s
A ntônio Luiz Pinho Ribeiro, Beatriz. Rezende Dantas, Cristiano M achado G ontijo,
Leonardo Barci Castriota, Maria das Grabas Sania bárbara, M auiílio Nunes Vieira, Newton
Bignotto de Souza, Reinaldo Marliniano Marques
O MUNDO
i*' <|in l.il.i a literatura? A mimesis, desde a Poética de
iw i il* Ii r o Icimo mais gérai e corrente sob o quai se
m.. lu i.un .is ida vues entre a literatura e a realidade. Na
m .111 *11 h 111.11 obra de lîrich Auerbach, Mimesis. La Représen-
•iiMK , If hi h’ritlilf dans laLittérature Occidentale [Miníese. A
i* i............ da Realidade na Literatura Ocidental] (1946),
• h in ii.m era questionada. Auerbach traçava o panorama
ii i iiliiv.m da literatura compreendendo muitos milênios,
i 1 1. 111 ii ■111 a Virginia Woolf. Mas a mimèsis foi questionada
i ii 11 i h i.i literaria que insistiu na autonomia da literatura
...... I ii,.Ki a realidade, ao referente, ao mundo, e defendeu
•i i di i pi iiiiado ila forma sobre o fundo, da expressão sobre
mili utli), do significante sobre o significado, da significação
i.ii i lepiesentação, ou ainda, da sèmiosis sobre a mimèsis.
' i :..... .. mtençao do autor, a referência seria uma ilusão que
ii.i|.i .Ir a compreensão da literatura como tal. O auge dessa
i 'iiiiu,i loi atingido com o dogma da auto-referencialidade
ii » i« lo literário, isto é, com a idéia de que “o poema fala do
i .i m.r c ponto final. Philippe Sollers denunciava cruamente,
III l'lll’l, o
CONTRA A MIMÈSIS
A MIMÈSIS DESNATURALIZADA
«list mgm.i, no <11K' :>c irlere ao <ji u* ele chamava tie dii’gcsis
on narrativa, lie.1, modos segundo a presença ou ausência de
disi urso direto; sao os modos sim/)les, de resto não atestado,
quando a narrativa está inteiramente em discurso indireto; o
modo imitativo, ou mimèsis, com o na tragédia, quando tudo
está em discurso direto; e o modo misto, quando a narrativa,
como na litada, eventualmente dá a palavra aos personagens e
mistura, pois, discurso indireto e discurso direto (392d-394a).
A mimèsis, segundo Platão, dá a ilusão de que a narrativa é
conduzida por um outro que não o autor, com o no teatro,
onde o termo encontra, aliás, sua origem (mimeisthai). Quando
Platão volta à mimèsis, no livro X, é para condenar a arte
com o “imitação da imitação, distante dois graus daquilo que
é ” (596a-597b). Ela faz passar a cópia por original e afasta a
verdade: por isso Platão quer expulsar da Cidade os poetas
que não praticam a diègesis simples.
Aristóteles, no entanto, na Poética, modifica o uso do
termo mimèsis (Cap, III): a diègesis não é mais a noção mais
geral definindo a arte poética, e texto dramático e texto épico
não se opõem mais, no interior da diègesis, como mais mimé-
tico e m enos mimético, mas a mimèsis torna-se, ela mesma,
a noção mais geral, no interior da qual drama e epopéia se
opõem em termos de modo direto (representação da história)
ou indireto (exposição da história). A mimèsis recobre dora
vante não apenas o drama, mas também aquilo que Platão
chamava de diègesis simples, isto é, a narrativa ou a narração.
Segundo a concepção aceita desde então, essa extensão aristo
télica da mimèsis ao conjunto da arte poética coincide com uma
banalização da noção que passa a designar toda atividade
imitativa (Cap. IV), e toda poesia, toda literatura como imitação.
A teoria literária, invocando Aristóteles e negando que a
literatura se refira à realidade devia, pois, mostrar, através
de uma retomada do texto da Poética, que a mimèsis, aliás,
nunca definida por Aristóteles, não tratava, na verdade, em
primeiro lugar da imitação em geral, mas que foi depois de
um mal-entendido, ou de um contra-senso, que essa palavra se
viu sobrecarregada da reflexão plurissecular sobre as relações
entre a literatura e a realidade, segundo o modelo da pintura.
Para chegar-se a essa distinção, basta observar que, na Poética,
Alïslolekvs 1 1 , 1 0 1 1 11 - n t i i ) Il : I , r i n lu^ii nrlilllllil, o l l l l i i 1. n l i j r l o s
OS TERMOS DA DISCUSSÃO
Ii clc sc- vcmc paia o inverno, pois luí poucas passagens tão
maldosas fin Um liusca do Tempo Perdido: as relações entre
pai f 1'illio sào ifpifsentadas e resumidas por esse barômetro.
Hardies, entretanto, exige que haja no romance notações
que não rem etam a nada senão ao real, com o se por elas
o real irrompesse no rom ance. Essa chave é oferecida em
conclusão ao seu artigo:
O ARBITRÁRIO DA LÍNGUA
OS MUNDOS FICCIONAIS