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C o n t a b i l i d a d e

A n a l i t i c a I I
DEFININDO A ANÁLISE CUSTO – VOLUME -
RESULTADOS
A análise de custo-volume-lucro é um instrumento de
planeamento que permite estudar e analisar a relação
entre receitas totais, custos e despesas.
Os custos e despesas serão decompostos em suas
parcelas fixas e variáveis para que seja viável e
projetado lucro operacional e possibilitar obter
respostas às variações nos níveis de produção, vendas e
nos produtos. A análise preocupa-se com o efeito sobre
rendimentos de uma alteração no volume de vendas,
preço de venda, composição de vendas e custos.
Kaplan e Atkinson (1989) mencionam que diversas decisões
gerenciais requerem a análise atenta do comportamento de
custos e lucros em função das expectativas do volume de
vendas.
No curto prazo (menos que um ano), a maioria dos custos e
preços dos produtos da empresa, podem, em geral, serem
determinados. A principal incerteza não está relacionada com
custos e preços dos produtos, mas com a quantidade que irá
ser vendida.
A Análise de Custo/Volume/Lucro aponta os efeitos das
mudanças nos volumes de vendas na lucratividade da
organização.
O Gestor de Empresas tem por obrigação de aplicar todos
os esforços para evitar prejuízos operacionais. Assim, o
estudo do CVL é frequentemente utilizado para
determinar o ponto de equilíbrio empresarial e ajudar a
empresa a evitar prejuízos.
NOTE: Variações nos volumes produzidos provocam
diferentes consequências sobre custos e lucros,
logo a análise CVL é usada para determinar as inter-
relações entre essas diferenças nos níveis de atividades.
FERRAMENTAS DA ANÁLISE CVL

• Ponto de Equilíbrio
• Margem de Contribuição
• Margem de Segurança Operacional
• Grau de Alavancagem Operacional
MARGEM DE CONTRIBUICAO
Margem de Contribuição é quantia em dinheiro que sobra da Receita
obtida através da venda de um produto, serviço ou mercadoria após
retirar o valor dos gastos variáveis, composto por custo variável e
despesas variáveis. Tal quantia é que irá garantir a cobertura do custo
fixo e do lucro, após a empresa ter atingido o Ponto de equilíbrio, ou
ponto crítico de vendas (Break-even-point). O termo Margem de
Contribuição é usado quando nos referimos a todo o volume de venda.
Quando nos referimos a uma unidade do produto, o termo correto a
ser utilizado é Margem de Contribuição Unitária. Logo, quando
calculamos a diferença entre o preço de venda (da unidade) e o custo
unitário, estamos calculando a Margem de Contribuição Unitária e não
a Margem de Contribuição.
Ela representa uma margem dos produtos vendidos que contribuirá para a
empresa cobrir todos os seus custos e despesas fixas, chamados de Custo de
Estrutura/Suporte.
Representada da seguinte forma:
MC = PV - (CV + DV)
Onde:
MC=Margem de contribuição;
PV = Preço de Venda ou Receita Op. Bruta Total; (Lembrando que Preço de
Venda aqui refere-se à Receita e não ao Preço de Venda de uma unidade);
CV = Custo variável ou Custo das Mercadorias Vendidas (CMV);
DV = Despesa variável.
Receita = (Preço de venda (da Unidade)) x quantidade vendida

Índice de Margem de Contribuição (IMC) é a relação entre a Margem de


Contribuição e o Preço de Venda: IMC = MC / PV
Equilíbrio de Mercado
Conceito:
É o resultado da interação entre as forças de oferta e demanda que
são determinadas pelo processo de negociação entre produtores
(vendedores) e consumidores.

Em equilíbrio, o preço satisfaz tanto ao consumidor quanto ao


produtor de tal forma que a quantidade demandada é igual a
quantidade ofertada.
Qd = Qs
Equilíbrio de Mercado

P Ponto de Equilíbrio (E): é o ponto de


Qd = Qs = Qe S intersecção entre D e S.

Preço de Equilíbrio (Pe): é o preço de


mercado que faz com que a quantidade
E demandada seja igual a quantidade ofertada.

Pe Quantidade de Equilíbrio (Qe): é a


quantidade ofertada e demandada do bem, ao
preço de equilíbrio de mercado, que satisfaz
aos interesses dos produtores e consumidores.
D

Qe Q/t
Determinação matemática do ponto de equilíbrio
• O preço e a quantidade de equilíbrio são determinados igualando-se as quantidades demandadas
e ofertadas, como apresentadas no exercício a seguir.

EXEMPLO 2) Substitua Pe em Qd ou Qs para determinar


Qe:
Dadas as funções de demanda e oferta, determine o
preço e quantidade de equilíbrio:
Qe = 100 – 2,5(12,5)
Qd = 100 – 2,5 P
Qs = 50 + 1,5 P = 50 + 1,5(12,5)
= 68,75
1) Fazer Qd = Qs para encontrar Pe:

100 – 2,5 P = 50 + 1,5 P


Portanto, temos o ponto de equilíbrio dado por:
- 2,5 P – 1,5 P = 50 – 100 Qe = 68,75
(-2,5 – 1,5) P = - 50
Pe = 12,5
P = - 50 / - 4

P = 12,5 = Pe
Representação gráfica
Para Q = 0, temos:
0 = 100 – 2,5 P
P P = - 100 / -2,5 = 40

Qd = Qs = Qe
S
40
Para P = 0, temos:
Q = 100 – 2,5(0)
E
Q = 100
12,5

Para P=0, temos:


Q = 50 + 1,5(0)
D

50 68,75 100 Q/t


O que é ponto de equilíbrio?
No ponto de equilíbrio, também chamado de break-
even point, ponto de ruptura, ou, ainda, ponto crítico, o
lucro da empresa é zero, ou seja, é quando os produtos
vendidos pagam todos os custos e despesas fixas e
variáveis, mas ainda não sobra nada para o empresário
e seus sócios.
É a partir deste ponto que os novos produtos vendidos
(desde que com margem de contribuição positiva)
passarão a gerar lucro para a empresa.
A análise do Ponto de Equilíbrio é muito importante para a
esfera da gestao, os que tomam decisões devem
compreender a relação entre o custo de realização dos
negócios e a receita gerada pelas vendas da empresa. Esta
relação é importante porque, em sua forma mais simples, é
a própria definição de Lucro.
Portanto, o lucro de uma empresa é obtido a partir de
vendas ocorridas acima do Ponto de Equilíbrio.
A análise do Ponto de Equilíbrio é fundamental nas
decisões referente a investimentos, nos planeamentos
de controlo do lucro, no lançamento ou corte de
produtos e para análise das alterações do Preço de
Venda conforme o comportamento do mercado. Para
a determinação do ponto de Equilíbrio, é necessário
definir alguns termos usados:
Custos Fixos. São aqueles cujos valores são os
mesmos qualquer que seja o volume de produção da
empresa. É o caso, por exemplo, do aluguel da
fábrica. Este será cobrado pelo mesmo valor
qualquer que seja o nível da produção, inclusive no
caso de a fábrica nada produzir. Os custos fixos se
tornam progressivamente menores em termos
unitários à medida que o direcionador de custo
aumenta. Exemplos: Imposto Predial, depreciação
dos equipamentos (pelo método linear), salários de
vigias e porteiros da fábrica, prêmios de seguros.
Custos Variáveis –. São aqueles cujos valores se
alteram em função do volume de produção da
empresa. Os custos variáveis aumentam à medida
que aumenta o volume de produção. Outros
exemplos matéria-prima consumida, materiais
indiretos consumidos, depreciação dos
equipamentos quando esta for feita em função das
horas/máquina trabalhadas, gastos com horas
horas-extras na produção.
Custos semivariáveis – São custos que variam
com o nível de produção , entretanto, têm uma
parcela fixa mesmo que nada seja produzido.
Exemplo: conta de energia elétrica da fábrica, na
qual a concessionária cobra uma taxa mínima
mesmo que nada seja gasto no período. Outros
exemplos: aluguel de uma copiadora no qual se
cobra uma parcela fixa mesmo que nenhuma cópia
seja tirada; gasto com combustível para
aquecimento de uma caldeira, já que a caldeira não
pode esfriar.
Custos semifixos – Também chamados Custos por Degraus, são
custos que são fixos em uma determinada faixa de produção, mas
que variam se houver uma mudança desta faixa. Considere, por
exemplo, a necessidade de supervisores de produção de uma
empresa.
Outras classificações de custos
Custo de Produção = custos com matéria prima + mão de obra direta +
custos indiretos.
Custo Primário = matéria prima + mão de obra direta.

Custo de Transformação ou de conversão = mão de obra direta + custos


indiretos de fabricação.
Ponto de equilíbrio contabilístico

O Ponto de equilíbrio contabilístico é o local ou


espaço, onde se dividem os custos e as despesas
fixas pela margem de contribuição, tendo, assim,
o valor necessário para igualar os gastos e
começar a ter o tão sonhado lucro.
Ponto de equilíbrio financeiro
Esse é muito semelhante ao anterior. A diferença é que ele
exclui da conta depreciações e outras despesas que a
empresa não precisa necessariamente desembolsar, mas que
são contabilizadas em um Demonstrativo de Resultados do
Exercício (DRE), por exemplo.
O que importa aqui são apenas os gastos realizados para tocar
o negócio, como despesas administrativas e custos
operacionais. É mais ou menos parecido com a ideia de EBITA,
que é o lucro das empresas antes de juros, amortizações,
depreciações e impostos.
Ponto de equilíbrio económico
Na analise do ponto de equilíbrio económico a empresa precisa
acrescentar o custo de oportunidade, que considera a margem de ganho
que a empresa poderia ter se tivesse investido em outro negócio ou em
um fundo de investimento, por exemplo. Trata-se da escolha que e
empresa faz. Ao optar por um caminho, deixa outro de lado, que poderia
ser mais lucrativo.
Sendo assim, o negócio escolhido precisa gerar um resultado igual ou
superior ao que foi preterido pelo empresário ou investidor. E é aí que
entra o ponto de equilíbrio económico, que, além dos custos, considera o
custo de oportunidade para indicar o quanto é necessário faturar para
equilibrar esse fator e tornar a opção vantajosa.
Analise de Custo –Volume - Resultados

• Introdução ao tema:
Pressupostos a Considerar
Margem de Cobertura ou Contribuição
Determinação de Ponto de Equilíbrio em Quantidade
Determinação do Ponto de Equilíbrio em Valor
Análise gráfica do Ponto de Equilíbrio
Gráfico da Analise conjunta dos Custos e dos Proveitos
Análise gráfica dos custos e proveitos unitários
Análise gráfica da Margem da Cobertura ou de Contribuição
Conceito da Margem de Segurança
Margem de Segurança em Quantidade

Margem de Segurança em Valor


Margem de Segurança em Percentagem
Análise gráfica da Margem de Segurança em Percentagem
Efeitos de uma alteração nos Preços de Venda
Efeitos de uma alteração nos Custos Variáveis Unitários
Calculo do ponto de equilíbrio para múltiplos
produtos
Atendendo às Margens mas Altas
Atentando as Taxas de Quantidades vendidas ”Mix”de Vendas

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