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Apostila Ibge 2013-Completa PDF
Apostila Ibge 2013-Completa PDF
Estatística
IBGE
ÍNDICE
LÍNGUA PORTUGUESA:
Compreensão e interpretação de texto; ....................................................................................................................................................... 1
A organização textual dos vários modos de organização discursiva; ............................................................................................. 5
Coerência e coesão; ............................................................................................................................................................................................... 8
Ortografia; .............................................................................................................................................................................................................. 20
Classe, estrutura, formação e significação de vocábulos; Derivação e composição; ............................................................ 30
A oração e seus termos; ................................................................................................................................................................................... 46
A estruturação do período; ............................................................................................................................................................................. 40
As classes de palavras: aspectos morfológicos, sintáticos e estilísticos; Linguagem figurada; Pontuação. .............. 30
RACIOCÍNIO LÓGICO:
Avaliação da habilidade do candidato em entender a estrutura lógica de relações entre pessoas, lugares, coisas ou
eventos, deduzir novas informações e avaliar as condições usadas para estabelecer a estrutura daquelas relações.
As questões das provas poderão tratar das seguintes áreas: estruturas lógicas; lógica de argumentação; diagra-
mas lógicos; aritmética, álgebra e geometria básica. .............................................................................................................Pp 1 a 80
GEOGRAFIA:
Noções básicas de cartografia: Orientação: pontos cardeais; Localização: coordenadas geográficas (latitude e
longitude); Representação: leitura, escala, legenda e convenções. ................................................................................................. 1
Natureza e meio ambiente no Brasil: Grandes domínios climáticos; Ecossistemas. ............................................................... 5
As atividades econômicas e a organização do espaço: Espaço agrário: modernização e conflitos; Espaço urbano:
atividades econômicas, emprego e pobreza; ............................................................................................................................................. 9
A rede urbana e as Regiões Metropolitanas. .......................................................................................................................................... 16
Formação Territorial e Divisão Político-Administrativa: Divisão Político-Administrativa; Organização federativa.
...................................................................................................................................................................................................................................... 17
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS:
Conhecimentos específicos sobre o IBGE: informações sobre a Instituição, conceitos básicos para o desenvolvi-
mento do trabalho na Agência e da atividade do Técnico de Coleta. .............................................................................. Pp 1 a 14
CONHECIMENTOS GERAIS:
Elementos de política brasileira. ..................................................................................................................................................................... 1
Cultura e sociedade brasileira: música, literatura, artes, arquitetura, rádio, cinema, teatro, jornais, revistas e tele-
visão. ............................................................................................................................................................................................................................ 2
História do Brasil. ............................................................................................................................................................................................... 11
Descobertas e inovações científicas na atualidade e seus impactos na sociedade contemporânea. ............................. 27
Meio ambiente e sociedade: problemas, políticas públicas, organizações não governamentais, aspectos locais e
aspectos globais. .................................................................................................................................................................................................. 29
Panorama da economia nacional. ................................................................................................................................................................ 46
O cotidiano brasileiro. ...................................................................................................................................................................................... 48
NOÇÕES DE INFORMÁTICA:
Correio Eletrônico (mensagens, anexação de arquivos, cópias). Periféricos. Componentes. Estruturação de diretó-
rios, subdiretórios e arquivos. Windows 7. Browser. ..........................................................................................................Pp 1 a 55
APOSTILAS OPÇÃO
Um texto argumentativo tem como objetivo convencer alguém das ‘ Pesquisa realizada pela Secretaria de Estado da Saúde de São Pau-
nossas ideias. Deve ser claro e ter riqueza lexical, podendo tratar qualquer lo aponta que as maiores vítimas do abuso sexual são as crianças meno-
tema ou assunto. res de 12 anos. Elas representam 43% dos 1.926 casos de violência se-
Observe que a ideia mais importante está contida na frase: “Logo per- A autora também apresenta diversas formas de classificação do discur-
cebi que se tratava de um terremoto”, que aparece no final do parágrafo. so e do texto, porém, detenhamo-nos na divisão de texto informativo e de
As outras frases (ou ideias) apenas explicam ou comprovam a afirmação: um texto literário ou ficcional.
“as estacas tremiam fortemente, e duas ou três vezes, o solo estremeceu
violentamente sob meus pés” e estas estão localizadas no início do pará- Analisando um texto, é possível percebermos que a repetição de um
grafo. nome/lexema, nos induz à lembrar de fatos já abordados, estimula a nossa
biblioteca mental e a informa da importância de tal nome, que dentro de um
Então, a respeito da estrutura do parágrafo, concluímos que as ideias
contexto qualquer, ou seja que não fosse de um texto informacional, seria
podem organizar-se da seguinte maneira:
apenas caracterizado como uma redundância desnecessária. Essa repeti-
Ideia principal + ideias secundárias ção é normalmente dada através de sinônimos ou “sinônimos perfeitos”
(p.30) que permitem a permutação destes nomes durante o texto sem que o
ou sentido original e desejado seja modificado.
Ideias secundárias + ideia principal
Esta relação semântica presente nos textos ocorre devido às interpre-
É importante frisar, também, que a ideia principal e as ideias se- tações feitas da realidade pelo interlocutor, que utiliza a chamada “semânti-
cundárias não são ideias diferentes e, por isso, não podem ser separadas ca referencial” (p.31) para causar esta busca mental no receptor através de
em parágrafos diferentes. Ao selecionarmos as ideias secundárias deve- palavras semanticamente semelhantes à que fora enunciada, porém, existe
mos verificar as que realmente interessam ao desenvolvimento da ideia ainda o que a autora denominou de “inexistência de sinônimo perfeito”
principal e mantê-las juntas no mesmo parágrafo. Com isso, estaremos (p.30) que são sinônimos porém quando posto em substituição um ao outro
evitando e repetição de palavras e assegurando a sua clareza. É importan- não geram uma coerência adequada ao entendimento.
te, ao termos várias ideias secundárias, que sejam identificadas aquelas
que realmente se relacionam à ideia principal. Esse cuidado é de grande Nesta relação de substituição por sinônimos, devemos ter cautela
valia ao se redigir parágrafos sobre qualquer assunto. quando formos usar os “hiperônimos” (p.32), ou até mesmo a “hiponímia”
(p.32) onde substitui-se a parte pelo todo, pois neste emaranhado de subs-
tituições pode-se causar desajustes e o resultado final não fazer com que a
Maria da Graça Costa Val lembra que “esses recursos expressam rela- Passei no vestibular porque estudei muito
ções não só entre os elementos no interior de uma frase, mas também visto que
entre frases e sequências de frases dentro de um texto”. já que
uma vez que
Não só a coesão explícita possibilita a compreensão de um texto. Mui- _________________ _____________________
tas vezes a comunicação se faz por meio de uma coesão implícita, apoia- consequência causa
da no conhecimento mútuo anterior que os participantes do processo
comunicativo têm da língua.
Estudei tanto que passei no vestibular.
A ligação lógica das ideias Estudei muito por isso passei no vestibular
Uma das características do texto é a organização sequencial dos ele- _________________ ____________________
mentos linguísticos que o compõem, isto é, as relações de sentido que se causa consequência
estabelecem entre as frases e os parágrafos que compõem um texto,
fazendo com que a interpretação de um elemento linguístico qualquer seja
dependente da de outro(s). Os principais fatores que determinam esse Como estudei passei no vestibular
encadeamento lógico são: a articulação, a referência, a substituição voca- Por ter estudado muito passei no vestibular
bular e a elipse. ___________________ ___________________
causa consequência
ARTICULAÇÃO
finalidade: uma das proposições do período explicita o(s) meio(s) para
Os articuladores (também chamados nexos ou conectores) são conjun-
se atingir determinado fim expresso na outra. Os articuladores principais
ções, advérbios e preposições responsáveis pela ligação entre si dos fatos
são: para, afim de, para que.
denotados num texto, Eles exprimem os diferentes tipos de interdependên-
cia de sentido das frases no processo de sequencialização textual. As
Língua Portuguesa 7 A Opção Certa Para a Sua Realização
APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
Utilizo o automóvel a fim de facilitar minha vida. redução lexical.
conformidade: essa relação expressa-se por meio de duas proposi- Interpretar e produzir textos de qualidade são tarefas muito importantes
ções, em que se mostra a conformidade de conteúdo de uma delas em na formação do aluno. Para realizá-las de modo satisfatório, é essencial
relação a algo afirmado na outra. saber identificar e utilizar os operadores sequenciais e argumentativos do
discurso. A linguagem é um ato intencional, o indivíduo faz escolhas quan-
O aluno realizou a prova conforme o professor solicitara. do se pronuncia oralmente ou quando escreve. Para dar suporte a essas
segundo escolhas, de modo a fazer com que suas opiniões sejam aceitas ou respei-
consoante tadas, é fundamental lançar mão dos operadores que estabelecem ligações
como (espécies de costuras) entre os diferentes elementos do discurso.
de acordo com a solicitação...
temporalidade: é a relação por meio da qual se localizam no tempo Autor e Narrador: Diferenças
ações, eventos ou estados de coisas do mundo real, expressas por meio de Equipe Aprovação Vest
duas proposições.
Quando Qual é, afinal, a diferença entre Autor e Narrador? Existe uma diferença
Mal enorme entre ambos.
Logo que terminei o colégio, matriculei-me aqui.
Autor
Assim que
Depois que É um homem do mundo: tem carteira de identidade, vai ao supermer-
No momento em que cado, masca chiclete, eventualmente teve sarampo na infância e, mais
Nem bem eventualmente ainda, pode até tocar trombone, piano, flauta transversal.
Paga imposto.
a) concomitância de fatos: Enquanto todos se divertiam, ele estu-
dava com afinco. Narrador
Existe aqui uma simultaneidade entre os fatos descritos em cada É um ser intradiegético, ou seja, um ser que pertence à história que
uma das proposições. está sendo narrada. Está claro que é um preposto do autor, mas isso não
b) um tempo progressivo: significa que defenda nem compartilhe suas ideias. Se assim fosse, Ma-
À proporção que os alunos terminavam a prova, iam se retirando. chado de Assis seria um crápula como Bentinho ou um bígamo, porque,
• bar enchia de frequentadores à medida que a noite caía. casado com Carolina Xavier de Novais, casou-se também com Capitu, foi
amante de Virgília e de um sem-número de mulheres que permeiam seus
Conclusão: um enunciado introduzido por articuladores como portan- contos e romances.
to, logo, pois, então, por conseguinte, estabelece uma conclusão em O narrador passa a existir a partir do instante que se abre o livro e ele,
relação a algo dito no enunciado anterior: em primeira ou terceira pessoa, nos conta a história que o livro guarda.
Confundir narrador e autor é fazer a loucura de imaginar que, morto o autor,
Assistiu a todas as aulas e realizou com êxito todos os exercícios. Por- todos os seus narradores morreriam junto com ele e que, portanto, não
tanto tem condições de se sair bem na prova. disporíamos mais de nenhuma narrativa dele.
É importante salientar que os articuladores conclusivos não se limitam COESÃO E COERÊNCIA
a articular frases. Eles podem articular parágrafos, capítulos.
Diogo Maria De Matos Polônio
Comparação: é estabelecida por articuladores : tanto (tão)...como,
tanto (tal)...como, tão ...quanto, mais ....(do) que, menos ....(do) que, Introdução
assim como. Este trabalho foi realizado no âmbito do Seminário Pedagógico sobre
Ele é tão competente quanto Alberto. Pragmática Linguística e Os Novos Programas de Língua Portuguesa, sob
orientação da Professora-Doutora Ana Cristina Macário Lopes, que decor-
Explicação ou justificativa: os articuladores do tipo pois, que, por- reu na Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra.
que introduzem uma justificativa ou explicação a algo já anteriormente
referido. Procurou-se, no referido seminário, refletir, de uma forma geral, sobre a
incidência das teorias da Pragmática Linguística nos programas oficiais de
Não se preocupe que eu voltarei Língua Portuguesa, tendo em vista um esclarecimento teórico sobre deter-
pois minados conceitos necessários a um ensino qualitativamente mais válido e,
porque simultaneamente, uma vertente prática pedagógica que tem necessaria-
mente presente a aplicação destes conhecimentos na situação real da sala
As pausas de aula.
Os articuladores são, muitas vezes, substituídos por “pausas” (marca-
das por dois pontos, vírgula, ponto final na escrita). Que podem assinalar Nesse sentido, este trabalho pretende apresentar sugestões de aplica-
tipos de relações diferentes. ção na prática docente quotidiana das teorias da pragmática linguística no
campo da coerência textual, tendo em conta as conclusões avançadas no
Compramos tudo pela manhã: à tarde pretendemos viajar. (causalida- referido seminário.
de)
Não fique triste. As coisas se resolverão. (justificativa) Será, no entanto, necessário reter que esta pequena reflexão aqui a-
Ela estava bastante tranquila eu tinha os nervos à flor da pele. ( oposi- presentada encerra em si uma minúscula partícula de conhecimento no
ção) vastíssimo universo que é, hoje em dia, a teoria da pragmática linguística e
Não estive presente à cerimônia. Não posso descrevê-la. (conclusão) que, se pelo menos vier a instigar um ponto de partida para novas reflexões
http://www.seaac.com.br/ no sentido de auxiliar o docente no ensino da língua materna, já terá cum-
prido honestamente o seu papel.
A análise de expressões referenciais é fundamental na interpretação do
discurso. A identificação de expressões correferentes é importante em Coesão e Coerência Textual
diversas aplicações de Processamento da Linguagem Natural. Expressões Qualquer falante sabe que a comunicação verbal não se faz geralmen-
referenciais podem ser usadas para introduzir entidades em um discurso ou te através de palavras isoladas, desligadas umas das outras e do contexto
podem fazer referência a entidades já mencionadas,podendo fazer uso de
Precisando um pouco mais, um texto, ou discurso, é um objeto materia- Além disso, para este autor, as regras que orientam a micro-coerência
lizado numa dada língua natural, produzido numa situação concreta e são as mesmas que orientam a macro-coerência textual. Efetivamente,
pressupondo os participantes locutor e alocutário, fabricado pelo locutor quando se elabora um resumo de um texto obedece-se às mesmas regras
através de uma seleção feita sobre tudo o que é dizível por esse locutor, de coerência que foram usadas para a construção do texto original.
numa determinada situação, a um determinado alocutário1.
Assim, para Charolles, micro-estrutura textual diz respeito às relações
Assim, materialidade linguística, isto é, a língua natural em uso, os có- de coerência que se estabelecem entre as frases de uma sequência textual,
digos simbólicos, os processos cognitivos e as pressuposições do locutor enquanto que macro-estrutura textual diz respeito às relações de coerência
sobre o saber que ele e o alocutário partilham acerca do mundo são ingre- existentes entre as várias sequências textuais. Por exemplo:
dientes indispensáveis ao objeto texto. • Sequência 1: O António partiu para Lisboa. Ele deixou o escritório
mais cedo para apanhar o comboio das quatro horas.
Podemos assim dizer que existe um sistema de regras interiorizadas • Sequência 2: Em Lisboa, o António irá encontrar-se com ami-
por todos os membros de uma comunidade linguística. Este sistema de gos.Vai trabalhar com eles num projeto de uma nova companhia
regras de base constitui a competência textual dos sujeitos, competência de teatro.
essa que uma gramática do texto se propõe modelizar.
Como micro-estruturas temos a sequência 1 ou a sequência 2, enquan-
Uma tal gramática fornece, dentro de um quadro formal, determinadas to que o conjunto das duas sequências forma uma macro-estrutura.
regras para a boa formação textual. Destas regras podemos fazer derivar
certos julgamentos de coerência textual. Vamos agora abordar os princípios de coerência textual3:
1. Princípio da Recorrência4: para que um texto seja coerente, torna-se
Quanto ao julgamento, efetuado pelos professores, sobre a coerência necessário que comporte, no seu desenvolvimento linear, elementos de
nos textos dos seus alunos, os trabalhos de investigação concluem que as recorrência restrita.
intervenções do professor a nível de incorreções detectadas na estrutura da
frase são precisamente localizadas e assinaladas com marcas convencio- Para assegurar essa recorrência a língua dispõe de vários recursos:
nais; são designadas com recurso a expressões técnicas (construção, - pronominalizações,
conjugação) e fornecem pretexto para pôr em prática exercícios de corre- - expressões definidas,
ção, tendo em conta uma eliminação duradoura das incorreções observa- - substituições lexicais,
das. - retomas de inferências.
Pelo contrário, as intervenções dos professores no quadro das incorre- Todos estes recursos permitem juntar uma frase ou uma sequência a
ções a nível da estrutura do texto, permite-nos concluir que essas incorre- uma outra que se encontre próxima em termos de estrutura de texto, reto-
ções não são designadas através de vocabulário técnico, traduzindo, na mando num elemento de uma sequência um elemento presente numa
maior parte das vezes, uma impressão global da leitura (incompreensível; sequência anterior:
não quer dizer nada).
a)-Pronominalizações: a utilização de um pronome torna possível a re-
Para além disso, verificam-se práticas de correção algo brutais (refazer; petição, à distância, de um sintagma ou até de uma frase inteira.
reformular) sendo, poucas vezes, acompanhadas de exercícios de recupe-
ração. O caso mais frequente é o da anáfora, em que o referente antecipa o
pronome.
Esta situação é pedagogicamente penosa, uma vez que se o professor Ex.: Uma senhora foi assassinada ontem. Ela foi encontrada estrangu-
desconhece um determinado quadro normativo, encontra-se reduzido a lada no seu quarto.
fazer respeitar uma ordem sobre a qual não tem nenhum controle.
No caso mais raro da catáfora, o pronome antecipa o seu referente.
Antes de passarmos à apresentação e ao estudo dos quatro princípios Ex.: Deixe-me confessar-lhe isto: este crime impressionou-me. Ou ain-
de coerência textual, há que esclarecer a problemática criada pela dicoto- da: Não me importo de o confessar: este crime impressionou-me.
mia coerência/coesão que se encontra diretamente relacionada com a
dicotomia coerência macro-estrutural/coerência micro-estrutural. Teremos, no entanto, que ter cuidado com a utilização da catáfora, pa-
ra nos precavermos de enunciados como este:
Mira Mateus considera pertinente a existência de uma diferenciação Ele sabe muito bem que o João não vai estar de acordo com o António.
entre coerência textual e coesão textual.
Num enunciado como este, não há qualquer possibilidade de identificar
Assim, segundo esta autora, coesão textual diz respeito aos processos ele com António. Assim, existe apenas uma possibilidade de interpretação:
linguísticos que permitem revelar a inter-dependência semântica existente ele dirá respeito a um sujeito que não será nem o João nem o António, mas
entre sequências textuais: que fará parte do conhecimento simultâneo do emissor e do receptor.
Ex.: Entrei na livraria mas não comprei nenhum livro.
Para que tal aconteça, torna-se necessário reformular esse enunciado:
Para a mesma autora, coerência textual diz respeito aos processos O António sabe muito bem que o João não vai estar de acordo com ele.
mentais de apropriação do real que permitem inter-relacionar sequências
textuais: As situações de ambiguidade referencial são frequentes nos textos dos
Ex.: Se esse animal respira por pulmões, não é peixe. alunos.
Ex.: O Pedro e o meu irmão banhavam-se num rio.
Também neste caso, surgem algumas regras que se torna necessário Quando analisamos certos exercícios de prolongamento de texto (con-
respeitar. Por exemplo, o termo mais genérico não pode preceder o seu tinuar a estruturação de um texto a partir de um início dado) os alunos são
representante mais específico. levados a veicular certas informações pressupostas pelos professores.
Ex.: O piloto alemão venceu ontem o grande prêmio da Alemanha. S-
chumacher festejou euforicamente junto da sua equipa. Por exemplo, quando se apresenta um início de um texto do tipo: Três
crianças passeiam num bosque. Elas brincam aos detetives. Que vão eles
Se se inverterem os substantivos, a relação entre os elementos linguís- fazer?
ticos torna-se mais clara, favorecendo a coerência textual. Assim, Schuma-
cher, como termo mais específico, deveria preceder o piloto alemão. A interrogação final permite-nos pressupor que as crianças vão real-
mente fazer qualquer coisa.
No entanto, a substituição de um lexema acompanhado por um deter-
minante, pode não ser suficiente para estabelecer uma coerência restrita. Um aluno que ignore isso e que narre que os pássaros cantavam en-
Atentemos no seguinte exemplo: quanto as folhas eram levadas pelo vento, será punido por ter apresentado
uma narração incoerente, tendo em conta a questão apresentada.
Picasso morreu há alguns anos. O autor da "Sagração da Primavera"
doou toda a sua coleção particular ao Museu de Barcelona. No entanto, um professor terá que ter em conta que essas inferências
ou essas pressuposições se relacionam mais com o conhecimento do
A presença do determinante definido não é suficiente para considerar mundo do que com os elementos linguísticos propriamente ditos.
que Picasso e o autor da referida peça sejam a mesma pessoa, uma vez
que sabemos que não foi Picasso mas Stravinski que compôs a referida Assim, as dificuldades que os alunos apresentam neste tipo de exercí-
peça. cios, estão muitas vezes relacionadas com um conhecimento de um mundo
ao qual eles não tiveram acesso. Por exemplo, será difícil a um aluno
Neste caso, mais do que o conhecimento normativo teórico, ou lexico- recriar o quotidiano de um multi-milionário,senhor de um grande império
enciclopédico, são importantes o conhecimento e as convicções dos parti- industrial, que vive numa luxuosa vila.
cipantes no ato de comunicação, sendo assim impossível traçar uma fron-
teira entre a semântica e a pragmática. 2.Princípio da Progressão: para que um texto seja coerente, torna-se
necessário que o seu desenvolvimento se faça acompanhar de uma infor-
Há também que ter em conta que a substituição lexical se pode efetuar mação semântica constantemente renovada.
por
- Sinonímia-seleção de expressões linguísticas que tenham a maior Este segundo princípio completa o primeiro, uma vez que estipula que
parte dos traços semânticos idêntica: A criança caiu. O miúdo nun- um texto, para ser coerente, não se deve contentar com uma repetição
ca mais aprende a cair! constante da própria matéria.
- Antonímia-seleção de expressões linguísticas que tenham a maior
parte dos traços semânticos oposta: Disseste a verdade? Isso Alguns textos dos alunos contrariam esta regra. Por exemplo: O ferreiro
cheira-me a mentira! estava vestido com umas calças pretas, um chapéu claro e uma vestimenta
Vamos, seguidamente, preocupar-nos, sobretudo, com o caso das con- Assim, o leitor vai esforçar-se na procura de um fio condutor de pen-
tradições inferenciais e pressuposicionais. samento que conduza a uma estrutura coerente.
Existe contradição inferencial quando a partir de uma proposição po- Tudo isto para dizer que deve existir nos nossos sistemas de pensa-
demos deduzir uma outra que contradiz um conteúdo semântico apresenta- mento e de linguagem uma espécie de princípio de coerência verbal (com-
do ou dedutível. parável com o princípio de cooperação de Grice8 estipulando que, seja qual
Ex.: A minha tia é viúva. O seu marido coleciona relógios de bolso. for o discurso, ele deve apresentar forçosamente uma coerência própria,
uma vez que é concebido por um espírito que não é incoerente por si
As inferências que autorizam viúva não só não são retomadas na se- mesmo.
gunda frase, como são perfeitamente contraditas por essa mesma frase.
É justamente tendo isto em conta que devemos ler, avaliar e corrigir os
O efeito da incoerência resulta de incompatibilidades semânticas pro- textos dos nossos alunos.
fundas às quais temos de acrescentar algumas considerações temporais,
uma vez que, como se pode ver, basta remeter o verbo colecionar para o 1. Coerência:
pretérito para suprimir as contradições. Produzimos textos porque pretendemos informar, divertir, explicar, con-
vencer, discordar, ordenar, ou seja, o texto é uma unidade de significado
As contradições pressuposicionais são em tudo comparáveis às infe- produzida sempre com uma determinada intenção. Assim como a frase não
renciais, com a exceção de que no caso das pressuposicionais é um conte- é uma simples sucessão de palavras, o texto também não é uma simples
údo pressuposto que se encontra contradito. sucessão de frases, mas um todo organizado capaz de estabelecer contato
Ex.: O Júlio ignora que a sua mulher o engana. A sua esposa é-lhe per- com nossos interlocutores, influindo sobre eles. Quando isso ocorre, temos
feitamente fiel. um texto em que há coerência.
Na segunda frase, afirma-se a inegável fidelidade da mulher de Júlio, A coerência é resultante da não-contradição entre os diversos segmen-
enquanto a primeira pressupõe o inverso. tos textuais que devem estar encadeados logicamente. Cada segmento
textual é pressuposto do segmento seguinte, que por sua vez será pressu-
É frequente, nestes casos, que o emissor recupere a contradição pre- posto para o que lhe estender, formando assim uma cadeia em que todos
sente com a ajuda de conectores do tipo mas, entretanto, contudo, no eles estejam concatenados harmonicamente. Quando há quebra nessa
entanto, todavia, que assinalam que o emissor se apercebe dessa contradi- concatenação, ou quando um segmento atual está em contradição com um
ção, assume-a, anula-a e toma partido dela. anterior, perde-se a coerência textual.
Ex.: O João detesta viajar. No entanto, está entusiasmado com a parti-
O avião (1) deixou Maringá às 7 horas de sábado e pousou no aeropor- Pronomes: a função gramatical do pronome é justamente substituir ou
to de Congonhas às 8h27. Na volta, o bimotor (1) decolou para Maringá às acompanhar um nome. Ele pode, ainda, retomar toda uma frase ou toda a
21h20 e, minutos depois, caiu na altura do número 375 da Rua Andaquara, ideia contida em um parágrafo ou no texto todo. Na matéria-exemplo, são
uma espécie de vila fechada, próxima à avenida Nossa Senhora do Sabará, nítidos alguns casos de substituição pronominal: o sogro de Name Júnior
uma das avenidas mais movimentadas da Zona Sul de São Paulo. Ainda (4), Márcio Artur Lerro Ribeiro (5), de 57; seus (4) filhos Márcio Rocha
não se conhece as causas do acidente (2). O avião (1) não tinha caixa Ribeiro Neto, de 28, e Gabriela Gimenes Ribeiro (6), de 31; e o marido dela
preta e a torre de controle também não tem informações. O laudo técnico (6), João Izidoro de Andrade (7), de 53 anos. O pronome possessivo seus
demora no mínimo 60 dias para ser concluído. retoma Name Júnior (os filhos de Name Júnior...); o pronome pessoal ela,
contraído com a preposição de na forma dela, retoma Gabriela Gimenes
ORAÇÃO PRINCIPAL ORAÇÃO SUBORDINADA ADVERBIAL TEM- Mas o narrador e locutor podem confundir-se em casos como o das
PORAL narrativas memorialistas feitas na primeira pessoa. Assim, na fala de Rio-
baldo, o personagem-narrador do romance de Grande Sertão: Veredas, de
Os professores de cursinhos ficam muito felizes / nos dias das provas.
Guimarães Rosa.
SUJ VERBO PREDICATIVO ADJUNTO ADVERBIAL DE TEMPO “Assaz o senhor sabe: a gente quer passar um rio a nado, e passa;
mas vai dar na outra banda é num ponto muito mais embaixo, bem diverso
Apesar de classificados de formas diferentes, os termos indicados con- do que em primeiro se pensou. Viver nem não é muito perigoso?”
tinuam exercendo o papel de elementos adverbiais temporais.
Exemplo da prova! Ou, também, nestes versos de Augusto Meyer, em que o autor, lirica-
mente identificado com a natureza de sua terra, ouve na voz do Minuano o
FUNDAÇÃO UNIVERSA SESI – SECRETÁRIO ESCOLAR (CÓDIGO convite que, na verdade, quem lhe faz é a sua própria alma:
203) Página 3 “Ouço o meu grito gritar na voz do vento:
- Mano Poeta, se enganche na minha garupa!”
Grassa nessas escolas uma praga de pedagogos de gabinete, que u-
sam o legalismo no lugar da lei e que reinterpretam a lei de modo obtuso,
Características do discurso direto
no intuito de que tudo fique igual ao que era antes. E, para que continue a
1. No plano formal, um enunciado em discurso direto é marcado, ge-
parecer necessário o desempenho do cargo que ocupam, para que pare-
ralmente, pela presença de verbos do tipo dizer, afirmar, ponderar,
çam úteis as suas circulares e relatórios, perseguem e caluniam todo e
sugerir, perguntar, indagar ou expressões sinônimas, que podem
qualquer professor que ouse interpelar o instituído, questionar os burocra-
introduzi-lo, arrematá-lo ou nele se inserir:
tas, ou — pior ainda! — manifestar ideias diferentes das de quem manda na
“E Alexandre abriu a torneira:
escola, pondo em causa feudos e mandarinatos.
- Meu pai, homem de boa família, possuía fortuna grossa, como não
O vocábulo “Grassa” poderia ser substituído, sem perda de sentido, por ignoram.” (Graciliano Ramos)
“Felizmente, ninguém tinha morrido - diziam em redor.” (Cecília
(A) Propaga-se. Meirelles)
(B) Dilui-se. “Os que não têm filhos são órfãos às avessas”, escreveu Machado
de Assis, creio que no Memorial de Aires. (A.F. Schmidt)
(C) Encontra-se. Quando falta um desses verbos dicendi, cabe ao contexto e a re-
(D) Esconde-se. cursos gráficos - tais como os dois pontos, as aspas, o travessão e
a mudança de linha - a função de indicar a fala do personagem. É
(E) Extingue-se. o que observamos neste passo:
“Ao aviso da criada, a família tinha chegado à janela. Não avista-
http://www.professorvitorbarbosa.com/
ram o menino:
- Joãozinho!
Discurso Direto. Nada. Será que ele voou mesmo?”
Discurso Indireto. 2. No plano expressivo, a força da narração em discurso direto pro-
vém essencialmente de sua capacidade de atualizar o episódio, fa-
Discurso Indireto Livre
zendo emergir da situação o personagem, tornando-o vivo para o
Celso Cunha
ouvinte, à maneira de uma cena teatral, em que o narrador desem-
Leia o texto para responder às próximas 3 questões. (TJ/SP – 2010 – VUNESP) 4 - De acordo com o texto, os brasileiros são
piores do que outros povos em
Sobre os perigos da leitura (A) eficiência de correios e andar a pé.
Nos tempos em que eu era professor da Unicamp, fui designado presidente (B) ajuste de relógios e andar a pé.
da comissão encarregada da seleção dos candidatos ao doutoramento, o (C) marcar compromissos fora de hora.
que é um sofrimento. Dizer esse entra, esse não entra é uma responsabili- (D) criar desculpas para atrasos.
dade dolorida da qual não se sai sem sentimentos de culpa. Como, em 20 (E) dar satisfações por atrasos.
minutos de conversa, decidir sobre a vida de uma pessoa amedrontada?
Mas não havia alternativas. Essa era a regra. Os candidatos amontoavam- (TJ/SP – 2010 – VUNESP) 5 - Pondo foco no processo de coesão textual
se no corredor recordando o que haviam lido da imensa lista de livros cuja do 2.º parágrafo, pode-se concluir que Levine é um
leitura era exigida. Aí tive uma ideia que julguei brilhante. Combinei com os (A) jornalista.
meus colegas que faríamos a todos os candidatos uma única pergunta, a (B) economista.
mesma pergunta. Assim, quando o candidato entrava trêmulo e se esfor- (C) cronometrista.
çando por parecer confiante, eu lhe fazia a pergunta, a mais deliciosa de (D) ensaísta.
todas: “Fale-nos sobre aquilo que você gostaria de falar!”. [...] (E) psicólogo.
A reação dos candidatos, no entanto, não foi a esperada. Aconteceu o
oposto: pânico. Foi como se esse campo, aquilo sobre o que eles gostariam (TJ/SP – 2010 – VUNESP) 6 - A expressão chá de cadeira, no texto, tem o
de falar, lhes fosse totalmente desconhecido, um vazio imenso. Papaguear significado de
os pensamentos dos outros, tudo bem. Para isso, eles haviam sido treina- (A) bebida feita com derivado de pinho.
dos durante toda a sua carreira escolar, a partir da infância. Mas falar sobre (B) ausência de convite para dançar.
os próprios pensamentos – ah, isso não lhes tinha sido ensinado! (C) longa espera para conseguir assento.
Na verdade, nunca lhes havia passado pela cabeça que alguém pudesse (D) ficar sentado esperando o chá.
se interessar por aquilo que estavam pensando. Nunca lhes havia passado (E) longa espera em diferentes situações.
pela cabeça que os seus pensamentos pudessem ser importantes.
(Rubem Alves, www.cuidardoser.com.br. Adaptado) Leia o texto para responder às próximas 4 questões.
(A) Thierry Henry ter dado um passe com a mão para o gol da França. (MP/RS – 2010 – FCC) 11 - O assunto do texto está corretamente resumi-
(B) a Gillette ter modificado a publicidade do futebolista francês. do em:
(C) a Gillete não concordar com que a França dispute a Copa do Mundo. (A) O uso da internet deveria motivar reações contrárias de inúmeros
(D) Thierry Henry ganhar 8,4 milhões de dólares anuais com a propaganda. especialistas, a exemplo de Nicholas Carr, que procura descobrir as cone-
(E) a FIFA não ter cancelado o jogo em que a França se classificou. xões entre raciocínio lógico e estudos científicos sobre o funcionamento do
cérebro.
(TJ/SP – 2010 – VUNESP) 8 - A expressão o gato subiu no telhado é parte (B) O mundo virtual oferecido pela internet propicia o desenvolvimento de
de uma conhecida anedota em que uma mulher, depois de contar abrupta- diversas capacidades cerebrais em todos aqueles que se dedicam a essa
mente ao marido que seu gato tinha morrido, é advertida de que deveria ter navegação, ainda pouco estudadas e explicitadas em termos científicos.
dito isso aos poucos: primeiramente, que o gato tinha subido no telhado, (C) Segundo Nicholas Carr, o uso frequente da internet produz alterações
depois, que tinha caído e, depois, que tinha morrido. No texto em questão, no funcionamento do cérebro, pois estimula leituras superficiais e distraí-
a expressão pode ser interpretada da seguinte maneira: das, comprometendo a formulação de raciocínios mais sofisticados.
(D) Usar a internet estimula funções cerebrais, pelas facilidades de percep-
(A) foi com a “mão do gato” que Thierry assegurou a classificação da Fran- ção e de domínio de assuntos diversificados e de formatos diferenciados de
ça. textos, que permitem uma leitura dinâmica e de acordo com o interesse do
(B) Thierry era um bom jogador antes de ter agido com má fé. usuário.
(C) a Gillette já cortou, de fato, o contrato com o jogador francês. (E) O novo livro de Nicholas Carr, a ser publicado, desperta a curiosidade
(D) a Fifa reprovou amplamente a atitude antiesportiva de Thierry Henry. do leitor pelo tratamento ficcional que seu autor aplica a situações concre-
(E) a situação de Thierry, como garoto-propaganda da Gillette, ficou instá- tas do funcionamento do cérebro, trazidas pelo uso disseminado da inter-
vel. net.
(TJ/SP – 2010 – VUNESP) 9 - A expressão diz que não, no final do 2.º (MP/RS – 2010 – FCC) 12 - Curiosamente, no caso da internet, os verda-
parágrafo, significa que deiros fundamentos científicos deveriam, sim, provocar reações muito
estridentes. O autor, para embasar a opinião exposta no 2o parágrafo,
(A) a Procter & Gamble nega o rompimento do contrato. (A) se vale da enorme projeção conferida ao pesquisador antes citado,
(B) o jogo em que a França se classificou deve ser refeito. ironicamente oferecida pela própria internet, em seu website.
(C) a repercussão na França foi bastaPnte negativa. (B) apoia-se nas conclusões de Nicholas Carr, baseadas em dezenas de
(D) a Procter & Gamble é proprietária da Gillette. estudos científicos sobre o funcionamento do cérebro humano.
(E) os publicitários franceses se opõem a Thierry. (C) condena, desde o início, as novas tecnologias, cujo uso indiscriminado
vemprovocando danos em partes do cérebro.
(TJ/SP – 2010 – VUNESP) 10 - Segundo a revista Forbes, (D) considera, como base inicial de constatação a respeito do uso da inter-
(A) Thierry deverá perder muito dinheiro daqui para frente. net, que ela nos torna menos sensíveis a sentimentos como compaixão e
(B) há três jogadores que faturam mais que Thierry em publicidade. piedade.
(C) o jogador francês possui contratos publicitários milionários. (E) questiona a ausência de fundamentos científicos que, no caso da inter-
(D) o ganho de Thierry, somado à publicidade, ultrapassa 28 milhões. net, [...]deveriam, sim, provocar reações muito estridentes.
(E) é um absurdo o que o jogador ganha com o futebol e a publicidade.
As 2 questões a seguir baseiam-se no texto abaixo.
As 2 questões a seguir baseiam-se no texto abaixo.
Em 2008, Nicholas Carr assinou, na revista The Atlantic, o polêmico artigo Também nas cidades de porte médio, localizadas nas vizinhanças das
"Estará o Google nos tornando estúpidos?" O texto ganhou a capa da regiões metropolitanas do Sudeste e do Sul do país, as pessoas tendem
revista e, desde sua publicação, encontra-se entre os mais lidos de seu cada vez mais a optar pelo carro para seus deslocamentos diários, como
website. O autor nos brinda agora com The Shallows: What the internet is mostram dados do Departamento Nacional de Trânsito. Em consequência,
doing with our brains, um livro instrutivo e provocativo, que dosa lingua- congestionamentos, acidentes, poluição e altos custos de manutenção da
gem fluida com a melhor tradição dos livros de disseminação científica. malha viária passaram a fazer parte da lista dos principais problemas
Novas tecnologias costumam provocar incerteza e medo. As reações mais desses municípios.
estridentes nem sempre têm fundamentos científicos. Curiosamente, no Cidades menores, com custo de vida menos elevado que o das capitais,
caso da internet, os verdadeiros fundamentos científicos deveriam, sim, baixo índice de desemprego e poder aquisitivo mais alto, tiveram suas
provocar reações muito estridentes. Carr mergulha em dezenas de estudos frotas aumentadas em progressão geométrica nos últimos anos. A facilida-
científicos sobre o funcionamento do cérebro humano. Conclui que a inter- de de crédito e a isenção de impostos são alguns dos elementos que têm
(MP/RS – 2010 – FCC) 14 - As ideias mais importantes contidas no 2o (CREMESP – 2011 - VUNESP) 15 - Leia o trecho: Vai bem a convivência
parágrafo constam, com lógica e correção, de: entre a indústria de eletrônica e aquilo que é politicamente correto na área
(A) A facilidade de crédito e a isenção de impostos são alguns elementos ambiental. É correto afirmar que a frase inicial do texto pode ser interpreta-
que tem colaborado para a realização do sonho de ter um carro nas cida- da como
des menores, e os brasileiros desses municípios passaram a utilizar seus (A) a união das empresas Motorola e RITI Coffee Printer para criar um
carros para percorrer curtas distâncias, além dos congestionamentos e dos novo celular com fibra de bambu.
alertas das autoridades sobre os danos provocados ao meio ambiente pelo (B) a criação de um equipamento eletrônico com estrutura de vidro que
aumento da frota. evita a emissão de dióxido de carbono na atmosfera.
(B) Cidades menores tiveram suas frotas aumentadas em progressão (C) o aumento na venda de celulares feitos com CarbonFree, depois que as
geométrica nos últimos anos em razão da facilidade de crédito e da isenção empresas nacionais se uniram à fabricante taiwanesa.
de impostos, elementos que têm colaborado para a aquisição de carros que (D) o compromisso firmado entre a empresa Apple e consultoria Gartner
passaram a ser utilizados até mesmo para percorrer curtas distâncias, Group para criar celulares sem o uso de carbono.
apesar dos congestionamentos e dos alertas das autoridades sobre os (E) a preocupação de algumas empresas em criarem aparelhos eletrônicos
danos provocados ao meio ambiente. que não agridam o meio ambiente.
(C) O menor custo de vida em cidades menores, com baixo índice de
desemprego e poder aquisitivo mais alto, aumentaram suas frotas em (CREMESP – 2011 - VUNESP) 16 - Em – Computadores “limpos” fazem
progressão geométrica nos últimos anos, com a facilidade de crédito e a uma importante diferença no efeito estufa... – a expressão entre aspas
isenção de impostos, que são alguns dos elementos que têm colaborado pode ser substituída, sem alterar o sentido no texto, por:
para a realização do sonho dos brasileiros de ter um carro. (A) com material reciclado.
(D) É nas cidades menores, com custo de vida menos elevado que o das (B) feitos com garrafas plásticas.
capitais, baixo índice de desemprego e poder aquisitivo mais alto, que (C) com arquivos de bambu.
tiveram suas frotas aumentadas em progressão geométrica nos últimos (D) feitos com materiais retirados da natureza.
anos pela facilidade de crédito e a isenção de impostos são alguns dos (E) com teclado feito de alumínio.
elementos que tem colaborado para a realização do sonho de ter um carro.
(E) Os brasileiros de cidades menores passaram até a percorrer curtas (CREMESP – 2011 - VUNESP) 17 - A partir da leitura do texto, pode-se
distâncias com seus carros, pela facilidade de crédito e a isenção de impos- concluir que
tos, que são elementos que têm colaborado para a realização do sonho de (A) as pesquisas na área de TI ainda estão em fase inicial.
tê-los, e com custo de vida menos elevado que o das capitais, baixo índice (B) os consumidores de eletrônicos não se preocupam com o material com
de desemprego e poder aquisitivo mais alto, tiveram suas frotas aumenta- que são feitos.
das em progressão geométrica nos últimos anos. (C) atualmente, a indústria de eletrônicos leva em conta o efeito estufa.
(D) os laptops feitos com fibra de bambu têm maior durabilidade.
(E) equipamentos ecologicamente corretos não têm um mercado de vendas
Leia o texto para responder às próximas 4 questões. assegurado.
Em sentido mais elementar, a Fonética é o estudo dos sons ou dos fo- SÍLABA
nemas, entendendo-se por fonemas os sons emitidos pela voz humana, os Dá-se o nome de sílaba ao fonema ou grupo de fonemas pronunciados
quais caracterizam a oposição entre os vocábulos. numa só emissão de voz.
Ex.: em pato e bato é o som inicial das consoantes p- e b- que opõe entre Quanto ao número de sílabas, o vocábulo classifica-se em:
si as duas palavras. Tal som recebe a denominação de FONEMA. • Monossílabo - possui uma só sílaba: pá, mel, fé, sol.
• Dissílabo - possui duas sílabas: ca-sa, me-sa, pom-bo.
Quando proferimos a palavra aflito, por exemplo, emitimos três sílabas e • Trissílabo - possui três sílabas: Cam-pi-nas, ci-da-de, a-tle-ta.
seis fonemas: a-fli-to. Percebemos que numa sílaba pode haver um ou mais • Polissílabo - possui mais de três sílabas: es-co-la-ri-da-de, hos-pi-ta-
fonemas. li-da-de.
No sistema fonética do português do Brasil há, aproximadamente, 33 fo-
Que e quê Dia a dia e dia-a-dia (antes da nova reforma ortográfica grafado com
O “que” pode assumir distintas funções sintáticas e morfológicas, entre elas hífen):
a de pronome, conjunção e partícula expletiva de realce: Antes do novo acordo ortográfico, a expressão “dia-a-dia”, cujo sentido
Convém que você chegue logo. Nesse caso, o vocábulo em questão atua fazia referência ao cotidiano, era grafada com hífen. Porém, depois de
como uma conjunção integrante. instaurado, passou a ser utilizada sem dele, ou seja:
Já o “quê”, monossílabo tônico, atua como interjeição e como substantivo, O dia a dia dos estudantes tem sido bastante conturbado.
em se tratando de funções morfossintáticas:
2. Acentuamos as palavras paroxítonas quando terminadas em: 1. Pela, pelo (verbo pelar) de pela, pelo (preposição + artigo) e pelo (subs-
tantivo)
• L – afável, fácil, cônsul, desejável, ágil, incrível. 2. Polo (substantivo) de polo (combinação antiga e popular de por e lo).
• N – pólen, abdômen, sêmen, abdômen. 3. pera (fruta) de pera (preposição arcaica).
• R – câncer, caráter, néctar, repórter.
• X – tórax, látex, ônix, fênix. A pronúncia ou categoria gramatical dessas palavras dar-se-á mediante o
• PS – fórceps, Quéops, bíceps. contexto.
• Ã(S) – ímã, órfãs, ímãs, Bálcãs. Acento agudo
• ÃO(S) – órgão, bênção, sótão, órfão. Ditongos abertos “ei”, “oi”
• I(S) – júri, táxi, lápis, grátis, oásis, miosótis. Não se usa mais acento nos ditongos ABERTOS “ei”, “oi” quando estiverem
• ON(S) – náilon, próton, elétrons, cânon. na penúltima sílaba.
• UM(S) – álbum, fórum, médium, álbuns. He-roi-co ji-boi-a
• US – ânus, bônus, vírus, Vênus. As-sem-blei-a i-dei-a
Pa-ra-noi-co joi-a
Também acentuamos as paroxítonas terminadas em ditongos crescentes OBS. Só vamos acentuar essas letras quando vierem na última sílaba e se
(semivogal+vogal): o som delas estiverem aberto.
Névoa, infância, tênue, calvície, série, polícia, residência, férias, lírio. Céu véu
3. Todas as proparoxítonas são acentuadas. Dói herói
Ex. México, música, mágico, lâmpada, pálido, pálido, sândalo, crisântemo, Chapéu beleléu
público, pároco, proparoxítona. Rei, dei, comeu, foi (som fechado – sem acento)
QUANTO À CLASSIFICAÇÃO DOS ENCONTROS VOCÁLICOS Não se recebem mais acento agudo as vogais tônicas “I” e “U” quando
4. Acentuamos as vogais “I” e “U” dos hiatos, quando: forem paroxítonas (penúltima sílaba forte) e precedidas de ditongo.
feiura baiuca
• Formarem sílabas sozinhos ou com “S” cheiinho saiinha
boiuno
Ex. Ju-í-zo, Lu-ís, ca-fe-í-na, ra-í-zes, sa-í-da, e-go-ís-ta. Não devemos mais acentuar o “U” tônico os verbos dos grupos “GUE/GUI”
IMPORTANTE e “QUE/QUI”. Por isso, esses verbos serão grafados da seguinte maneira:
Por que não acentuamos “ba-i-nha”, “fei-u-ra”, “ru-im”, “ca-ir”, “Ra-ul”, se Averiguo (leia-se a-ve-ri-gu-o, pois o “U” tem som forte)
todos são “i” e “u” tônicas, portanto hiatos? Arguo apazigue
Porque o “i” tônico de “bainha” vem seguido de NH. O “u” e o “i” tônicos de Enxague arguem
“ruim”, “cair” e “Raul” formam sílabas com “m”, “r” e “l” respectivamente. Delinguo
Essas consoantes já soam forte por natureza, tornando naturalmente a Acento Circunflexo
sílaba “tônica”, sem precisar de acento que reforce isso. Não se acentuam mais as vogais dobradas “EE” e “OO”.
5. Trema Creem veem
Não se usa mais o trema em palavras da língua portuguesa. Ele só vai Deem releem
permanecer em nomes próprios e seus derivados, de origem estrangeira, Leem descreem
como Bündchen, Müller, mülleriano (neste caso, o “ü” lê-se “i”) Voo perdoo
Só não acentuamos oxítonas terminadas em “I” ou “U”, a não ser que EXERCÍCIOS
seja um caso de hiato. Por exemplo: as palavras “baú”, “aí”, “Esaú” e “atraí-
lo” são acentuadas porque as semivogais “i” e “u” estão tônicas nestas 1. Com o novo acordo, quantas letras passa a ter o alfabeto da língua
palavras. portuguesa?
a) 23
7. Em quais das alternativas abaixo há apenas palavras grafadas de acordo No grupo BL, às vezes cada consoante é pronunciada separadamente,
com a nova ortografia da língua portuguesa? mantendo sua autonomia fonética. Nesse caso, tais consoantes ficam em
a) Pára-choque, ultrassonografia, relêem, União Européia, inconseqüen- sílabas separadas.
te, arquirrival, saúde 9- sublingual: sub-lin-gual
b) Para-choque, ultrassonografia, releem, União Europeia, inconsequen- sublinhar: sub-li-nhar
te, arquirrival, saude sublocar: sub-lo-car
c) Para-choque, ultrassonografia, releem, União Europeia, inconsequen-
te, arquirrival, saúde Preste atenção nas seguintes palavras:
d) Parachoque, ultra-sonografia, releem, União Européia, inconsequente, trei-no so-cie-da-de
arqui-rival, saúde gai-o-la ba-lei-a
e) Pára-choque, ultra-sonografia, relêem, União Européia, inconseqüen- des-mai-a-do im-bui-a
te, arqui-rival, saúde ra-diou-vin-te ca-o-lho
te-a-tro co-e-lho
Respostas: du-e-lo ví-a-mos
1. b a-mné-sia gno-mo
2. d co-lhei-ta quei-jo
FLEXÃO DOS SUBSTANTIVOS Muitos substantivos com esta terminação apresentam mais de uma forma
Como já assinalamos, os substantivos variam de gênero, número e de plural: aldeão, aldeãos ou aldeães; charlatão, charlatões ou charlatães;
grau. ermitão, ermitãos ou ermitães; tabelião, tabeliões ou tabeliães, etc.
Verifique que a forma combinada LHO resulta da fusão de LHE (que Ênclise
representa o livreiro) com O (que representa o livro).
Na linguagem culta, a colocação que pode ser considerada normal é a
ênclise: o pronome depois do verbo, funcionando como seu complemento
8. As formas oblíquas O, A, OS, AS são sempre empregadas como
direto ou indireto.
complemento de verbos transitivos diretos, ao passo que as formas
O pai esperava-o na estação agitada.
LHE, LHES são empregadas como complemento de verbos transitivos
Expliquei-lhe o motivo das férias.
indiretos:
O menino convidou-a. (V.T.D )
Ainda na linguagem culta, em escritos formais e de estilo cuidadoso, a
O filho obedece-lhe. (V.T. l )
ênclise é a colocação recomendada nos seguintes casos:
1. Quando o verbo iniciar a oração:
Consideram-se erradas construções em que o pronome O (e flexões)
Voltei-me em seguida para o céu límpido.
aparece como complemento de verbos transitivos indiretos, assim como as
2. Quando o verbo iniciar a oração principal precedida de pausa:
construções em que o nome LHE (LHES) aparece como complemento de
Como eu achasse muito breve, explicou-se.
verbos transitivos diretos:
3. Com o imperativo afirmativo:
Eu lhe vi ontem. (errado)
Companheiros, escutai-me.
Nunca o obedeci. (errado)
4. Com o infinitivo impessoal:
Eu o vi ontem. (certo)
A menina não entendera que engorda-las seria apressar-lhes um
Nunca lhe obedeci. (certo)
destino na mesa.
5. Com o gerúndio, não precedido da preposição EM:
9. Há pouquíssimos casos em que o pronome oblíquo pode funcionar
E saltou, chamando-me pelo nome, conversou comigo.
como sujeito. Isto ocorre com os verbos: deixar, fazer, ouvir, mandar,
6. Com o verbo que inicia a coordenada assindética.
sentir, ver, seguidos de infinitivo. O nome oblíquo será sujeito desse in-
A velha amiga trouxe um lenço, pediu-me uma pequena moeda de meio
finitivo:
franco.
Deixei-o sair.
Vi-o chegar.
Próclise
Sofia deixou-se estar à janela.
Na linguagem culta, a próclise é recomendada:
1. Quando o verbo estiver precedido de pronomes relativos, indefinidos,
É fácil perceber a função do sujeito dos pronomes oblíquos, desenvol-
interrogativos e conjunções.
vendo as orações reduzidas de infinitivo:
As crianças que me serviram durante anos eram bichos.
Deixei-o sair = Deixei que ele saísse.
Tudo me parecia que ia ser comida de avião.
10. Não se considera errada a repetição de pronomes oblíquos:
Quem lhe ensinou esses modos?
A mim, ninguém me engana.
Quem os ouvia, não os amou.
A ti tocou-te a máquina mercante.
Que lhes importa a eles a recompensa?
MENTIR SUMIR
Presente do indicativo minto, mentes, mente, mentimos, mentis, mentem Presente do indicativo sumo, somes, some, sumimos, sumis, somem
Presente do subjuntivo minta, mintas, minta, mintamos, mintais, mintam Presente do subjuntivo suma, sumas, suma, sumamos, sumais, sumam
Imperativo mente, minta, mintamos, menti, mintam Imperativo some, suma, sumamos, sumi, sumam
Conjugam-se como MENTIR: sentir, cerzir, competir, consentir, pressentir. Conjugam-se como SUMIR: subir, acudir, bulir, escapulir, fugir, consumir, cuspir
FUGIR ADVÉRBIO
Presente do indicativo fujo, foges, foge, fugimos, fugis, fogem
Imperativo foge, fuja, fujamos, fugi, fujam
Presente do subjuntivo fuja, fujas, fuja, fujamos, fujais, fujam Advérbio é a palavra que modifica a verbo, o adjetivo ou o próprio ad-
vérbio, exprimindo uma circunstância.
IR
Presente do indicativo vou, vais, vai, vamos, ides, vão
Pretérito imperfeito ia, ias, ia, íamos, íeis, iam Os advérbios dividem-se em:
Pretérito perfeito fui, foste, foi, fomos, fostes, foram 1) LUGAR: aqui, cá, lá, acolá, ali, aí, aquém, além, algures, alhures,
Pretérito mais-que-perfeito fora, foras, fora, fôramos, fôreis, foram nenhures, atrás, fora, dentro, perto, longe, adiante, diante, onde, avan-
Futuro do presente irei, irás, irá, iremos, ireis, irão te, através, defronte, aonde, etc.
Futuro do pretérito iria, irias, iria, iríamos, iríeis, iriam 2) TEMPO: hoje, amanhã, depois, antes, agora, anteontem, sempre,
Imperativo afirmativo vai, vá, vamos, ide, vão nunca, já, cedo, logo, tarde, ora, afinal, outrora, então, amiúde, breve,
Imperativo negativo não vão, não vá, não vamos, não vades, não vão brevemente, entrementes, raramente, imediatamente, etc.
Presente do subjuntivo vá, vás, vá, vamos, vades, vão
3) MODO: bem, mal, assim, depressa, devagar, como, debalde, pior,
Pretérito imperfeito fosse, fosses, fosse, fôssemos, fôsseis, fossem
Futuro for, fores, for, formos, fordes, forem melhor, suavemente, tenazmente, comumente, etc.
Infinitivo pessoal ir, ires, ir, irmos, irdes, irem 4) ITENSIDADE: muito, pouco, assaz, mais, menos, tão, bastante, dema-
Gerúndio indo siado, meio, completamente, profundamente, quanto, quão, tanto, bem,
Particípio ido mal, quase, apenas, etc.
5) AFIRMAÇÃO: sim, deveras, certamente, realmente, efefivamente, etc.
OUVIR 6) NEGAÇÃO: não.
Presente do indicativo ouço, ouves, ouve, ouvimos, ouvis, ouvem 7) DÚVIDA: talvez, acaso, porventura, possivelmente, quiçá, decerto,
Presente do subjuntivo ouça, ouças, ouça, ouçamos, ouçais, ouçam
provavelmente, etc.
Imperativo ouve, ouça, ouçamos, ouvi, ouçam
Particípio ouvido
Há Muitas Locuções Adverbiais
PEDIR 1) DE LUGAR: à esquerda, à direita, à tona, à distância, à frente, à entra-
Presente do indicativo peço, pedes, pede, pedimos, pedis, pedem da, à saída, ao lado, ao fundo, ao longo, de fora, de lado, etc.
Pretérito perfeito pedi, pediste, pediu, pedimos, pedistes, pediram 2) TEMPO: em breve, nunca mais, hoje em dia, de tarde, à tarde, à noite,
Presente do subjuntivo peça, peças, peça, peçamos, peçais, peçam às ave-marias, ao entardecer, de manhã, de noite, por ora, por fim, de
Imperativo pede, peça, peçamos, pedi, peçam repente, de vez em quando, de longe em longe, etc.
Conjugam-se como pedir: medir, despedir, impedir, expedir
3) MODO: à vontade, à toa, ao léu, ao acaso, a contento, a esmo, de bom
POLIR grado, de cor, de mansinho, de chofre, a rigor, de preferência, em ge-
Presente do indicativo pulo, pules, pule, polimos, polis, pulem ral, a cada passo, às avessas, ao invés, às claras, a pique, a olhos vis-
Presente do subjuntivo pula, pulas, pula, pulamos, pulais, pulam tos, de propósito, de súbito, por um triz, etc.
Imperativo pule, pula, pulamos, poli, pulam 4) MEIO OU INSTRUMENTO: a pau, a pé, a cavalo, a martelo, a máqui-
na, a tinta, a paulada, a mão, a facadas, a picareta, etc.
REMIR 5) AFIRMAÇÃO: na verdade, de fato, de certo, etc.
Presente do indicativo redimo, redimes, redime, redimimos, redimis, redimem 6) NEGAÇAO: de modo algum, de modo nenhum, em hipótese alguma,
Presente do subjuntivo redima, redimas, redima, redimamos, redimais, redimam
etc.
RIR 7) DÚVIDA: por certo, quem sabe, com certeza, etc.
Presente do indicativo rio, ris, ri, rimos, rides, riem
Pretérito imperfeito ria, rias, ria, riamos, ríeis, riam Advérbios Interrogativos
Pretérito perfeito ri, riste, riu, rimos, ristes, riram Onde?, aonde?, donde?, quando?, porque?, como?
Pretérito mais-que-perfeito rira, riras, rira, ríramos, rireis, riram
Futuro do presente rirei, rirás, rirá, riremos, rireis, rirão Palavras Denotativas
Futuro do pretérito riria, ririas, riria, riríamos, riríeis, ririam Certas palavras, por não se poderem enquadrar entre os advérbios, te-
Imperativo afirmativo ri, ria, riamos, ride, riam
rão classificação à parte. São palavras que denotam exclusão, inclusão,
Presente do subjuntivo ria, rias, ria, riamos, riais, riam
Pretérito imperfeito risse, risses, risse, ríssemos, rísseis, rissem situação, designação, realce, retificação, afetividade, etc.
Futuro rir, rires, rir, rirmos, rirdes, rirem 1) DE EXCLUSÃO - só, salvo, apenas, senão, etc.
Infinitivo pessoal rir, rires, rir, rirmos, rirdes, rirem 2) DE INCLUSÃO - também, até, mesmo, inclusive, etc.
Gerúndio rindo 3) DE SITUAÇÃO - mas, então, agora, afinal, etc.
Particípio rido 4) DE DESIGNAÇÃO - eis.
Conjuga-se como rir: sorrir 5) DE RETIFICAÇÃO - aliás, isto é, ou melhor, ou antes, etc.
6) DE REALCE - cá, lá, sã, é que, ainda, mas, etc.
VIR
Você lá sabe o que está dizendo, homem...
Presente do indicativo venho, vens, vem, vimos, vindes, vêm
Pretérito imperfeito vinha, vinhas, vinha, vínhamos, vínheis, vinham Mas que olhos lindos!
Pretérito perfeito vim, vieste, veio, viemos, viestes, vieram Veja só que maravilha!
Pretérito mais-que-perfeito viera, vieras, viera, viéramos, viéreis, vieram
Futuro do presente virei, virás, virá, viremos, vireis, virão NUMERAL
Língua Portuguesa 43 A Opção Certa Para a Sua Realização
APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
D 500 quinhen- quingenté- quingenté-
Numeral é a palavra que indica quantidade, ordem, múltiplo ou fração. tos simo simo
DC 600 seiscentos sexcentési- sexcentési-
O numeral classifica-se em: mo mo
- cardinal - quando indica quantidade. DCC 700 setecen- septingenté- septingenté-
- ordinal - quando indica ordem. tos simo simo
- multiplicativo - quando indica multiplicação. DCCC 800 oitocentos octingenté- octingenté-
- fracionário - quando indica fracionamento. simo simo
CM 900 novecen- nongentési- nongentési-
Exemplos: tos mo mo
Silvia comprou dois livros. M 1000 mil milésimo milésimo
Antônio marcou o primeiro gol.
Na semana seguinte, o anel custará o dobro do preço. Emprego do Numeral
O galinheiro ocupava um quarto da quintal. Na sucessão de papas, reis, príncipes, anos, séculos, capítulos, etc.
empregam-se de 1 a 10 os ordinais.
João Paulo I I (segundo) ano lll (ano terceiro)
Luis X (décimo) ano I (primeiro)
QUADRO BÁSICO DOS NUMERAIS Pio lX (nono) século lV (quarto)
Conjunções subordinativas
Examinemos estes exemplos: As conjunções subordinativas ligam duas orações, subordinando uma à
1º) Tristeza e alegria não moram juntas. outra. Com exceção das integrantes, essas conjunções iniciam orações que
2º) Os livros ensinam e divertem. traduzem circunstâncias (causa, comparação, concessão, condição ou
3º) Saímos de casa quando amanhecia. hipótese, conformidade, consequência, finalidade, proporção, tempo).
Abrangem as seguintes classes:
No primeiro exemplo, a palavra E liga duas palavras da mesma oração: é 1) Causais: porque, que, pois, como, porquanto, visto que, visto como, já
uma conjunção. que, uma vez que, desde que.
O tambor soa porque é oco. (porque é oco: causa; o tambor soa:
No segundo a terceiro exemplos, as palavras E e QUANDO estão ligando efeito).
orações: são também conjunções. Como estivesse de luto, não nos recebeu.
Desde que é impossível, não insistirei.
Conjunção é uma palavra invariável que liga orações ou palavras da 2) Comparativas: como, (tal) qual, tal a qual, assim como, (tal) como, (tão
mesma oração. ou tanto) como, (mais) que ou do que, (menos) que ou do que, (tanto)
quanto, que nem, feito (= como, do mesmo modo que), o mesmo que
No 2º exemplo, a conjunção liga as orações sem fazer que uma dependa (= como).
da outra, sem que a segunda complete o sentido da primeira: por isso, a Ele era arrastado pela vida como uma folha pelo vento.
conjunção E é coordenativa. O exército avançava pela planície qual uma serpente imensa.
"Os cães, tal qual os homens, podem participar das três categorias."
No 3º exemplo, a conjunção liga duas orações que se completam uma à (Paulo Mendes Campos)
outra e faz com que a segunda dependa da primeira: por isso, a conjunção "Sou o mesmo que um cisco em minha própria casa."
QUANDO é subordinativa. (Antônio Olavo Pereira)
"E pia tal a qual a caça procurada."
As conjunções, portanto, dividem-se em coordenativas e subordinativas. (Amadeu de Queirós)
"Por que ficou me olhando assim feito boba?"
CONJUNÇÕES COORDENATIVAS (Carlos Drummond de Andrade)
As conjunções coordenativas podem ser: Os pedestres se cruzavam pelas ruas que nem formigas apressadas.
1) Aditivas, que dão ideia de adição, acrescentamento: e, nem, mas Nada nos anima tanto como (ou quanto) um elogio sincero.
também, mas ainda, senão também, como também, bem como. Os governantes realizam menos do que prometem.
O agricultor colheu o trigo e o vendeu. 3) Concessivas: embora, conquanto, que, ainda que, mesmo que, ainda
Não aprovo nem permitirei essas coisas. quando, mesmo quando, posto que, por mais que, por muito que, por
Os livros não só instruem mas também divertem. menos que, se bem que, em que (pese), nem que, dado que, sem que
As abelhas não apenas produzem mel e cera mas ainda polinizam (= embora não).
as flores. Célia vestia-se bem, embora fosse pobre.
2) Adversativas, que exprimem oposição, contraste, ressalva, com- A vida tem um sentido, por mais absurda que possa parecer.
pensação: mas, porém, todavia, contudo, entretanto, sendo, ao Beba, nem que seja um pouco.
passo que, antes (= pelo contrário), no entanto, não obstante, ape- Dez minutos que fossem, para mim, seria muito tempo.
sar disso, em todo caso. Fez tudo direito, sem que eu lhe ensinasse.
Querem ter dinheiro, mas não trabalham. Em que pese à autoridade deste cientista, não podemos aceitar suas
Ela não era bonita, contudo cativava pela simpatia. afirmações.
Não vemos a planta crescer, no entanto, ela cresce. Não sei dirigir, e, dado que soubesse, não dirigiria de noite.
A culpa não a atribuo a vós, senão a ele. 4) Condicionais: se, caso, contanto que, desde que, salvo se, sem que
O professor não proíbe, antes estimula as perguntas em aula. (= se não), a não ser que, a menos que, dado que.
O exército do rei parecia invencível, não obstante, foi derrotado. Ficaremos sentidos, se você não vier.
Você já sabe bastante, porém deve estudar mais. Comprarei o quadro, desde que não seja caro.
Eu sou pobre, ao passo que ele é rico. Não sairás daqui sem que antes me confesses tudo.
Hoje não atendo, em todo caso, entre. "Eleutério decidiu logo dormir repimpadamente sobre a areia, a menos
3) Alternativas, que exprimem alternativa, alternância ou, ou ... ou, que os mosquitos se opusessem."
CONCORDÂNCIA VERBAL 1) Nos predicados nominais, com o sujeito representado por um dos
pronomes TUDO, NADA, ISTO, ISSO, AQUILO, os verbos SER e PA-
CASOS GERAIS RECER concordam com o predicativo.
Tudo são esperanças.
Aquilo parecem ilusões.
Aquilo é ilusão.
1) O verbo concorda com o sujeito em número e pessoa.
O menino chegou. Os meninos chegaram. 2) Nas orações iniciadas por pronomes interrogativos, o verbo SER con-
2) Sujeito representado por nome coletivo deixa o verbo no singular. corda sempre com o nome ou pronome que vier depois.
O pessoal ainda não chegou. Que são florestas equatoriais?
A turma não gostou disso. Quem eram aqueles homens?
Um bando de pássaros pousou na árvore.
3) Se o núcleo do sujeito é um nome terminado em S, o verbo só irá ao 3) Nas indicações de horas, datas, distâncias, a concordância se fará com
plural se tal núcleo vier acompanhado de artigo no plural. a expressão numérica.
Os Estados Unidos são um grande país. São oito horas.
Os Lusíadas imortalizaram Camões. Hoje são 19 de setembro.
Os Alpes vivem cobertos de neve. De Botafogo ao Leblon são oito quilômetros.
Em qualquer outra circunstância, o verbo ficará no singular.
Flores já não leva acento. 4) Com o predicado nominal indicando suficiência ou falta, o verbo SER
O Amazonas deságua no Atlântico. fica no singular.
Campos foi a primeira cidade na América do Sul a ter luz elétrica. Três batalhões é muito pouco.
4) Coletivos primitivos (indicam uma parte do todo) seguidos de nome Trinta milhões de dólares é muito dinheiro.
no plural deixam o verbo no singular ou levam-no ao plural, indiferen-
temente. 5) Quando o sujeito é pessoa, o verbo SER fica no singular.
A maioria das crianças recebeu, (ou receberam) prêmios. Maria era as flores da casa.
A maior parte dos brasileiros votou (ou votaram). O homem é cinzas.
5) O verbo transitivo direto ao lado do pronome SE concorda com o
sujeito paciente. 6) Quando o sujeito é constituído de verbos no infinitivo, o verbo SER
Vende-se um apartamento. concorda com o predicativo.
Vendem-se alguns apartamentos. Dançar e cantar é a sua atividade.
6) O pronome SE como símbolo de indeterminação do sujeito leva o Estudar e trabalhar são as minhas atividades.
verbo para a 3ª pessoa do singular.
Precisa-se de funcionários. 7) Quando o sujeito ou o predicativo for pronome pessoal, o verbo SER
7) A expressão UM E OUTRO pede o substantivo que a acompanha no concorda com o pronome.
singular e o verbo no singular ou no plural. A ciência, mestres, sois vós.
Um e outro texto me satisfaz. (ou satisfazem) Em minha turma, o líder sou eu.
8) A expressão UM DOS QUE pede o verbo no singular ou no plural.
Ele é um dos autores que viajou (viajaram) para o Sul. 8) Quando o verbo PARECER estiver seguido de outro verbo no infinitivo,
9) A expressão MAIS DE UM pede o verbo no singular. apenas um deles deve ser flexionado.
Mais de um jurado fez justiça à minha música. Os meninos parecem gostar dos brinquedos.
10) As palavras: TUDO, NADA, ALGUÉM, ALGO, NINGUÉM, quando Os meninos parece gostarem dos brinquedos.
empregadas como sujeito e derem ideia de síntese, pedem o verbo
no singular.
As casas, as fábricas, as ruas, tudo parecia poluição.
REGÊNCIA NOMINAL E VERBAL
11) Os verbos DAR, BATER e SOAR, indicando hora, acompanham o
sujeito. Regência é o processo sintático no qual um termo depende gramati-
Deu uma hora. calmente do outro.
Deram três horas.
Bateram cinco horas. A regência nominal trata dos complementos dos nomes (substantivos e
Naquele relógio já soaram duas horas. adjetivos).
12) A partícula expletiva ou de realce É QUE é invariável e o verbo da
frase em que é empregada concorda normalmente com o sujeito. Exemplos:
Ela é que faz as bolas.
Eu é que escrevo os programas. - acesso: A = aproximação - AMOR: A, DE, PARA, PARA COM
13) O verbo concorda com o pronome antecedente quando o sujeito é EM = promoção - aversão: A, EM, PARA, POR
um pronome relativo. PARA = passagem
Ele, que chegou atrasado, fez a melhor prova.
Fui eu que fiz a lição A regência verbal trata dos complementos do verbo.
Quando a LIÇÃO é pronome relativo, há várias construções possí-
veis.
• que: Fui eu que fiz a lição. ALGUNS VERBOS E SUA REGÊNCIA CORRETA
• quem: Fui eu quem fez a lição. 1. ASPIRAR - atrair para os pulmões (transitivo direto)
• o que: Fui eu o que fez a lição. • pretender (transitivo indireto)
No sítio, aspiro o ar puro da montanha.
14) Verbos impessoais - como não possuem sujeito, deixam o verbo na Nossa equipe aspira ao troféu de campeã.
terceira pessoa do singular. Acompanhados de auxiliar, transmitem a 2. OBEDECER - transitivo indireto
este sua impessoalidade. Devemos obedecer aos sinais de trânsito.
Chove a cântaros. Ventou muito ontem. 3. PAGAR - transitivo direto e indireto
Deve haver muitas pessoas na fila. Pode haver brigas e discussões. Já paguei um jantar a você.
4. PERDOAR - transitivo direto e indireto.
6. INFORMAR - transitivo direto e indireto. 17. IR - quando indica tempo definido, determinado, requer a preposição A:
Informei-lhe o problema. Ele foi a São Paulo para resolver negócios.
quando indica tempo indefinido, indeterminado, requer PARA:
7. ASSISTIR - morar, residir: Depois de aposentado, irá definitivamente para o Mato Grosso.
Assisto em Porto Alegre.
• amparar, socorrer, objeto direto 18. CUSTAR - Empregado com o sentido de ser difícil, não tem pessoa
O médico assistiu o doente. como sujeito:
• PRESENCIAR, ESTAR PRESENTE - objeto direto O sujeito será sempre "a coisa difícil", e ele só poderá aparecer na 3ª
Assistimos a um belo espetáculo. pessoa do singular, acompanhada do pronome oblíquo. Quem sente di-
• SER-LHE PERMITIDO - objeto indireto ficuldade, será objeto indireto.
Assiste-lhe o direito. Custou-me confiar nele novamente.
Custar-te-á aceitá-la como nora.
8. ATENDER - dar atenção
Atendi ao pedido do aluno.
• CONSIDERAR, ACOLHER COM ATENÇÃO - objeto direto Figuras de Linguagem
Atenderam o freguês com simpatia.
Figuras sonoras
9. QUERER - desejar, querer, possuir - objeto direto
A moça queria um vestido novo. Aliteração
• GOSTAR DE, ESTIMAR, PREZAR - objeto indireto repetição de sons consonantais (consoantes).
O professor queria muito a seus alunos.
Cruz e Souza é o melhor exemplo deste recurso. Uma das características
10. VISAR - almejar, desejar - objeto indireto marcantes do Simbolismo, assim como a sinestesia.
Todos visamos a um futuro melhor. Ex: "(...) Vozes veladas, veludosas vozes, / Volúpias dos violões, vozes
• APONTAR, MIRAR - objeto direto veladas / Vagam nos velhos vórtices velozes / Dos ventos, vivas, vãs,
O artilheiro visou a meta quando fez o gol. vulcanizadas." (fragmento de Violões que choram. Cruz e Souza)
• pör o sinal de visto - objeto direto
O gerente visou todos os cheques que entraram naquele dia. Assonância
repetição dos mesmos sons vocálicos.
11. OBEDECER e DESOBEDECER - constrói-se com objeto indireto
Devemos obedecer aos superiores. Ex: (A, O) - "Sou um mulato nato no sentido lato mulato democrático do
Desobedeceram às leis do trânsito. litoral." (Caetano Veloso)
(E, O) - "O que o vago e incóngnito desejo de ser eu mesmo de meu ser me
12. MORAR, RESIDIR, SITUAR-SE, ESTABELECER-SE deu." (Fernando Pessoa)
• exigem na sua regência a preposição EM
O armazém está situado na Farrapos. Paranomásia
Ele estabeleceu-se na Avenida São João. o emprego de palavras parônimas (sons parecidos).
13. PROCEDER - no sentido de "ter fundamento" é intransitivo. Ex: "Com tais premissas ele sem dúvida leva-nos às primícias" (Padre
Essas tuas justificativas não procedem. Antonio Vieira)
• no sentido de originar-se, descender, derivar, proceder, constrói-se Onomatopeia
com a preposição DE.
Algumas palavras da Língua Portuguesa procedem do tupi-guarani criação de uma palavra para imitar um som
• no sentido de dar início, realizar, é construído com a preposição A.
Ex: A língua do nhem "Havia uma velhinha / Que andava aborrecida / Pois
O secretário procedeu à leitura da carta.
dava a sua vida / Para falar com alguém. / E estava sempre em casa / A
14. ESQUECER E LEMBRAR boa velhinha, / Resmungando sozinha: / Nhem-nhem-nhem-nhem-nhem..."
• quando não forem pronominais, constrói-se com objeto direto: (Cecília Meireles)
Esqueci o nome desta aluna. Linguagem figurada
Lembrei o recado, assim que o vi.
• quando forem pronominais, constrói-se com objeto indireto: Elipse
Esqueceram-se da reunião de hoje.
omissão de um termo ou expressão facilmente subentendida. Casos mais
Lembrei-me da sua fisionomia.
comuns:
15. Verbos que exigem objeto direto para coisa e indireto para pessoa. a) pronome sujeito, gerando sujeito oculto ou implícito: iremos depois,
• perdoar - Perdoei as ofensas aos inimigos. compraríeis a casa?
• pagar - Pago o 13° aos professores. b) substantivo - a catedral, no lugar de a igreja catedral; Maracanã, no ligar
• dar - Daremos esmolas ao pobre. de o estádio Maracanã
• emprestar - Emprestei dinheiro ao colega. c) preposição - estar bêbado, a camisa rota, as calças rasgadas, no lugar
• ensinar - Ensino a tabuada aos alunos. de: estar bêbado, com a camisa rota, com as calças rasgadas.
• agradecer - Agradeço as graças a Deus. d) conjunção - espero você me entenda, no lugar de: espero que você me
• pedir - Pedi um favor ao colega. entenda.
e) verbo - queria mais ao filho que à filha, no lugar de: queria mais o filho
16. IMPLICAR - no sentido de acarretar, resultar, exige objeto direto: que queria à filha. Em especial o verbo dizer em diálogos - E o rapaz: - Não
O amor implica renúncia. sei de nada !, em vez de E o rapaz disse:
• no sentido de antipatizar, ter má vontade, constrói-se com a preposição
COM:
O professor implicava com os alunos
11. A frase correta de acordo com o padrão culto é: 17. Assinale a alternativa em que, de acordo com a norma culta, se
(A) Não vejo mal no Presidente emitir medidas de emergência devido às respeitam as regras de pontuação.
chuvas. (A) Por sinal, o próprio Senhor Governador, na última entrevista, revelou,
(B) Antes de estes requisitos serem cumpridos, não receberemos recla- que temos uma arrecadação bem maior que a prevista.
mações. (B) Indagamos, sabendo que a resposta é obvia: que se deve a uma
(C) Para mim construir um país mais justo, preciso de maior apoio à sociedade inerte diante do desrespeito à sua própria lei? Nada.
cultura. (C) O cidadão, foi preso em flagrante e, interrogado pela Autoridade
(D) Apesar do advogado ter defendido o réu, este não foi poupado da Policial, confessou sua participação no referido furto.
culpa. (D) Quer-nos parecer, todavia, que a melhor solução, no caso deste
(E) Faltam conferir três pacotes da mercadoria. funcionário, seja aquela sugerida, pela própria chefia.
(E) Impunha-se, pois, a recuperação dos documentos: as certidões
12. A maior parte das empresas de franquia pretende expandir os negó- negativas, de débitos e os extratos, bancários solicitados.
cios das empresas de franquia pelo contato direto com os possíveis
investidores, por meio de entrevistas. Esse contato para fins de sele- 18. O termo oração, entendido como uma construção com sujeito e
ção não só permite às empresas avaliar os investidores com relação predicado que formam um período simples, se aplica, adequadamen-
aos negócios, mas também identificar o perfil desejado dos investido- te, apenas a:
res. (A) Amanhã, tempo instável, sujeito a chuvas esparsas no litoral.
(Texto adaptado) (B) O vigia abandonou a guarita, assim que cumpriu seu período.
Para eliminar as repetições, os pronomes apropriados para substituir (C) O passeio foi adiado para julho, por não ser época de chuvas.
as expressões: das empresas de franquia, às empresas, os investi- (D) Muito riso, pouco siso – provérbio apropriado à falta de juízo.
dores e dos investidores, no texto, são, respectivamente: (E) Os concorrentes à vaga de carteiro submeteram-se a exames.
(A) seus ... lhes ... los ... lhes
(B) delas ... a elas ... lhes ... deles Leia o período para responder às questões de números 19 e 20.
(C) seus ... nas ... los ... deles
(D) delas ... a elas ... lhes ... seu O livro de registro do processo que você procurava era o que estava
(E) seus ... lhes ... eles ... neles sobre o balcão.
13. Assinale a alternativa em que se colocam os pronomes de acordo 19. No período, os pronomes o e que, na respectiva sequência, remetem
com o padrão culto. a
(A) Quando possível, transmitirei-lhes mais informações. (A) processo e livro.
(B) Estas ordens, espero que cumpram-se religiosamente. (B) livro do processo.
(C) O diálogo a que me propus ontem, continua válido. (C) processos e processo.
(D) Sua decisão não causou-lhe a felicidade esperada. (D) livro de registro.
(E) Me transmita as novidades quando chegar de Paris. (E) registro e processo.
14. O pronome oblíquo representa a combinação das funções de objeto 20. Analise as proposições de números I a IV com base no período
direto e indireto em: acima:
(A) Apresentou-se agora uma boa ocasião. I. há, no período, duas orações;
(B) A lição, vou fazê-la ainda hoje mesmo. II. o livro de registro do processo era o, é a oração principal;
(C) Atribuímos-lhes agora uma pesada tarefa. III. os dois quê(s) introduzem orações adverbiais;
(D) A conta, deixamo-la para ser revisada. IV. de registro é um adjunto adnominal de livro.
(E) Essa história, contar-lha-ei assim que puder. Está correto o contido apenas em
(A) II e IV.
15. Desejava o diploma, por isso lutou para obtê-lo. (B) III e IV.
Substituindo-se as formas verbais de desejar, lutar e obter pelos (C) I, II e III.
respectivos substantivos a elas correspondentes, a frase correta é: (D) I, II e IV.
(A) O desejo do diploma levou-o a lutar por sua obtenção. (E) I, III e IV.
(B) O desejo do diploma levou-o à luta em obtê-lo.
(C) O desejo do diploma levou-o à luta pela sua obtenção. 21. O Meretíssimo Juiz da 1.ª Vara Cível devia providenciar a leitura do
(D) Desejoso do diploma foi à luta pela sua obtenção. acórdão, e ainda não o fez. Analise os itens relativos a esse trecho:
(E) Desejoso do diploma foi lutar por obtê-lo. I. as palavras Meretíssimo e Cível estão incorretamente grafadas;
II. ainda é um adjunto adverbial que exclui a possibilidade da leitura
16. Ao Senhor Diretor de Relações Públicas da Secretaria de Educação pelo Juiz;
do Estado de São Paulo. Face à proximidade da data de inauguração III. o e foi usado para indicar oposição, com valor adversativo equivalen-
de nosso Teatro Educativo, por ordem de , Doutor XXX, Digníssimo te ao da palavra mas;
Secretário da Educação do Estado de YYY, solicitamos a máxima IV. em ainda não o fez, o o equivale a isso, significando leitura do acór-
urgência na antecipação do envio dos primeiros convites para o Ex- dão, e fez adquire o respectivo sentido de devia providenciar.
celentíssimo Senhor Governador do Estado de São Paulo, o Reve- Está correto o contido apenas em
rendíssimo Cardeal da Arquidiocese de São Paulo e os Reitores das (A) II e IV.
Universidades Paulistas, para que essas autoridades possam se (B) III e IV.
programar e participar do referido evento. (C) I, II e III.
Atenciosamente, (D) I, III e IV.
ZZZ (E) II, III e IV.
Assistente de Gabinete.
De acordo com os cargos das diferentes autoridades, as lacunas 22. O rapaz era campeão de tênis. O nome do rapaz saiu nos jornais.
são correta e adequadamente preenchidas, respectivamente, por Ao transformar os dois períodos simples num único período compos-
38. ''...não é uma empreitada simples'' equivale a dizer que é uma em- 41 Uma crônica, como a que você acaba de ler, tem como melhor
preitada complexa; o item em que essa equivalência é feita de forma definição:
INCORRETA é: A) registro de fatos históricos em ordem cronológica;
A) não é uma preocupação geral = é uma preocupação superficial; B) pequeno texto descritivo geralmente baseado em fatos do cotidiano;
B) não é uma pessoa apática = é uma pessoa dinâmica; C) seção ou coluna de jornal sobre tema especializado;
C) não é uma questão vital = é uma questão desimportante; D) texto narrativo de pequena extensão, de conteúdo e estrutura bas-
D) não é um problema universal = é um problema particular; tante variados;
E) não é uma cópia ampliada = é uma cópia reduzida. E) pequeno conto com comentários, sobre temas atuais.
39. ''...enquanto a miséria se mantinha...''; colocando-se o verbo desse 42 O texto começa com os tempos verbais no pretérito imperfeito -
segmento do texto no futuro do subjuntivo, a forma correta seria: vinha, faltavam - e, depois, ocorre a mudança para o pretérito perfei-
A) mantiver; B) manter; C)manterá; D)manteria; to - olhei, vi etc.; essa mudança marca a passagem:
E) mantenha. A) do passado para o presente;
B) da descrição para a narração;
40. A forma de infinitivo que aparece substantivada nos segmentos C) do impessoal para o pessoal;
abaixo é: D) do geral para o específico;
A) ''Como entender a resistência da miséria...''; E) do positivo para o negativo.
B) ''No decorrer das últimas décadas...'';
C) ''...desde que se passou a registrá-las...''; 43 ''...olhei para o lado e vi, junto à parede, antes da esquina, ALGO que
D) ''...começa a exercitar seus músculos.''; me pareceu uma trouxa de roupa...''; o uso do termo destacado se
E) ''...por ter se tornado um forte oponente...''. deve a que:
A) o autor pretende comparar o menino a uma coisa;
PROTESTO TÍMIDO B) o cronista antecipa a visão do menor abandonado como um traste
Ainda há pouco eu vinha para casa a pé, feliz da minha vida e faltavam inútil;
dez minutos para a meia-noite. Perto da Praça General Osório, olhei para o C) a situação do fato não permite a perfeita identificação do menino;
lado e vi, junto à parede, antes da esquina, algo que me pareceu uma D) esse pronome indefinido tem valor pejorativo;
trouxa de roupa, um saco de lixo. Alguns passos mais e pude ver que era E) o emprego desse pronome ocorre em relação a coisas ou a pesso-
um menino. as.
Em lógica, pode-se distinguir três tipos de raciocínio ló- A Lógica matemática, ou a Lógica Simbólica ou Lógica
gico: dedução, indução e abdução. Dada uma premissa, Algorítmica é caracterizada pela axiomatização, pelo simbo-
uma conclusão, e uma regra segundo a qual apremis- lismo e pelo formalismo. Tem seu desenvolvimento na ins-
sa implica a conclusão, eles podem ser explicados da se- tância dos símbolos e passam a analisar o raciocínio segun-
do operações e ralações de cálculo específico.
guinte forma:
1.2 CÁLCULO PROPOSICIONAL E CÁLCULO DOS
Dedução corresponde a determinar a conclusão. Utiliza- PREDICADOS:
se da regra e sua premissa para chegar a uma conclusão. A Lógica Matemática é fundamentada pelo cálculo propo-
Exemplo: "Quando chove, a grama fica molhada. Choveu sicional (ou cálculo dos enunciados, ou cálculo sentencial) e
hoje. Portanto, a grama está molhada." É comum associar pelo cálculo dos predicados. No cálculo sentencial têm-se as
os matemáticos com este tipo de raciocínio. entidades mínimas de análise (proposições ou enunciados)
como elementos geradores. No cálculo dos predicados os
Indução é determinar a regra. É aprender a regra a partir elementos de análise correspondem às chamadas funções
de diversos exemplos de como a conclusão segue proposicionais.
da premissa. Exemplo: "A grama ficou molhada todas as
Um indicador é um articulador do discurso, é uma palavra Por exemplo, as seguintes frases não exprimem proposi-
ou expressão que utilizamos para introduzir uma razão (uma ções, porque não têm valor de verdade, isto é, não são ver-
premissa) ou uma conclusão. O quadro seguinte apresenta dadeiras nem falsas:
alguns indicadores de premissa e de conclusão:
1. Que horas são?
2. Traz o livro.
Indicadores de premis- Indicadores de conclu- 3. Prometo ir contigo ao cinema.
sa são 4. Quem me dera gostar de Matemática.
Repara, agora, no seguinte argumento: Um argumento sólido não pode ter conclusão falsa, pois,
por definição, é válido e tem premissas verdadeiras; ora, a
Premissa 1: Todos os números primos são pares. validade exclui a possibilidade de se ter premissas verdadei-
Premissa 2: Nove é um número primo. ras e conclusão falsa.
Conclusão: Logo, nove é um número par.
O seguinte argumento é válido, mas não é sólido:
Fica agora claro por que é que o argumento "Sócrates era Proposições simples e compostas
grego; logo, Sócrates era grego", apesar de sólido, não é um
bom argumento: a razão que apresentamos a favor da con- As proposições simples ou atômicas são assim caracteri-
clusão não é mais plausível do que a conclusão e, por isso, o zadas por apresentarem apenas uma idéia. São indicadas
argumento não é persuasivo. pelas letras minúsculas: p, q, r, s, t...
Talvez recorras a argumentos deste tipo, isto é, argumen- As proposições compostas ou moleculares são assim ca-
tos que não são bons (apesar de sólidos), mais vezes do que racterizadas por apresentarem mais de uma proposição
imaginas. Com certeza, já viveste situações semelhantes a conectadas pelos conectivos lógicos. São indicadas pelas
esta: letras maiúsculas: P, Q, R, S, T...
— Pai, preciso de um aumento da "mesa- Obs: A notação Q(r, s, t), por exemplo, está indicando
da". que a proposição composta Q é formada pelas proposições
— Porquê? simples r, s e t.
— Porque sim.
Exemplo:
O que temos aqui? O seguinte argumento: Proposições simples:
p: O número 24 é múltiplo de 3.
q: Brasília é a capital do Brasil.
Preciso de um aumento da "mesada".
r: 8 + 1 = 3 . 3
Logo, preciso de um aumento da "mesa-
s: O número 7 é ímpar
da".
t: O número 17 é primo
Proposições compostas
Afinal, querias justificar o aumento da "mesada" (conclu- P: O número 24 é divisível por 3 e 12 é o dobro de 24.
são) e não conseguiste dar nenhuma razão plausível para Q: A raiz quadrada de 16 é 4 e 24 é múltiplo de 3.
esse aumento. Limitaste-te a dizer "Porque sim", ou seja, R(s, t): O número 7 é ímpar e o número 17 é primo.
"Preciso de um aumento da 'mesada', porque preciso de um
aumento da 'mesada'". Como vês, trata-se de um argumento Noções de Lógica
muito mau, pois com um argumento deste tipo não conse- Sérgio Biagi Gregório
gues persuadir ninguém.
1. CONCEITO DE LÓGICA
Mas não penses que só os argumentos em que a conclu-
são repete a premissa é que são maus. Um argumento é Lógica é a ciência das leis ideais do pensamento e a arte
mau (ou fraco) se as premissas não forem mais plausíveis do de aplicá-los à pesquisa e à demonstração da verdade.
A lógica é também uma arte porque, ao mesmo tempo Exemplo de sofisma intelectual: tomar por essencial o
que define os princípios universais do pensamento, estabele- que é apenas acidental; tomar por causa um simples ante-
ce as regras práticas para o conhecimento da verdade (1). cedente ou mera circunstância acidental (3).
Entende-se por juízo qualquer tipo de afirmação ou ne- Aristóteles é considerado, com razão, o fundador da lógi-
gação entre duas idéias ou dois conceitos. Ao afirmarmos, ca. Foi ele, realmente, o primeiro a investigar, cientificamen-
por exemplo, que “este livro é de filosofia”, acabamos de te, as leis do pensamento. Suas pesquisas lógicas foram
formular um juízo. reunidas, sob o nome de Organon, por Diógenes Laércio. As
leis do pensamento formuladas por Aristóteles se caracteri-
O enunciado verbal de um juízo é denomina- zam pelo rigor e pela exatidão. Por isso, foram adotadas
do proposição ou premissa. pelos pensadores antigos e medievais e, ainda hoje, são
admitidas por muitos filósofos.
Raciocínio - é o processo mental que consiste em coor-
denar dois ou mais juízos antecedentes, em busca de um O objetivo primacial da lógica é, portanto, o estudo da in-
juízo novo, denominado conclusão ou inferência. teligência sob o ponto de vista de seu uso no conhecimento.
É ela que fornece ao filósofo o instrumento e a técnica ne-
Vejamos um exemplo típico de raciocínio: cessária para a investigação segura da verdade. Mas, para
1ª) premissa - o ser humano é racional; atingir a verdade, precisamos partir de dados exatos e racio-
2ª) premissa - você é um ser humano; cinar corretamente, a fim de que o espírito não caia em con-
conclusão - logo, você é racional. tradição consigo mesmo ou com os objetos, afirmando-os
diferentes do que, na realidade, são. Daí as várias divisões
O enunciado de um raciocínio através da linguagem fala- da lógica.
da ou escrita é chamado de argumento. Argumentar signifi-
ca, portanto, expressar verbalmente um raciocínio (2). Assim sendo, a extensão e compreensão do conceito, o
juízo e o raciocínio, o argumento, o silogismo e o sofisma são
4. SILOGISMO estudados dentro do tema lógica. O silogismo, que é um
raciocínio composto de três proposições, dispostos de tal
Silogismo é o raciocínio composto de três proposições, maneira que a terceira, chamada conclusão, deriva logica-
dispostas de tal maneira que a terceira, chamada conclusão, mente das duas primeiras chamadas premissas, tem lugar de
deriva logicamente das duas primeiras, chamadas premis- destaque. É que todos os argumentos começam com uma
sas. afirmação caminhando depois por etapas até chegar à con-
clusão. Sérgio Biagi Gregório
Todo silogismo regular contém, portanto, três proposi-
ções nas quais três termos são comparados, dois a dois. PROPOSIÇÃO
Exemplo: toda a virtude é louvável; ora, a caridade é uma
virtude; logo, a caridade é louvável (1). Denomina-se proposição a toda frase declarativa, expressa
em palavras ou símbolos, que exprima um juízo ao qual se
5. SOFISMA possa atribuir, dentro de certo contexto, somente um de dois
valores lógicos possíveis: verdadeiro ou falso.
Sofisma é um raciocínio falso que se apresenta com apa- São exemplos de proposições as seguintes sentenças
rência de verdadeiro. Todo erro provém de um raciocínio declarativas:
ilegítimo, portanto, de um sofisma. A capital do Brasil é Brasília.
23 > 10
Essas não são proposições categóricas, e somos deixa- Um argumento dedutivo afirma que a verdade de uma
dos na dúvida sobre quando o produto realmente será entre- conclusão é uma consequência lógica daspremissas que a
gue. antecedem.
Um argumento categórico (formado por proposições ca-
tegóricas) é, então, o mais efetivo dos argumentos porque Um argumento indutivo afirma que a verdade da
nos fornece certo conhecimento. conclusão é apenas apoiada pelas premissas.
- PROPOSIÇÃO HIPOTÉTICA. Toda premissa, assim como toda conclusão, pode ser
A Hipótese (do gr. Hypóthesis) é uma proposição que se apenas verdadeira ou falsa; nunca pode ser ambígua.
admite de modo provisório como verdadeira e como ponto de
partida a partir do qual se pode deduzir, pelas regras da Em funçao disso, as frases que apresentam um
lógica, um conjunto secundário de proposições, que têm por argumento são referidas como sendo verdadeiras ou falsas,
objetivo elucidar o mecanismo associado às evidências e e em consequência, são válidas ou são inválidas.
dados experimentais a se explicar.
Alguns autores referem-se à conclusão das premissas
Literalmente pode ser compreendida como uma suposi- usando os termos declaração, frase, afirmação ou
ção ou proposição na forma de pergunta, uma conjetura que proposição.
orienta uma investigação por antecipar características prová-
veis do objeto investigado e que vale quer pela concordância A razão para a preocupação com a verdade
com os fatos conhecidos quer pela confirmação através de é ontológica quanto ao significado dos termos (proposições)
deduções lógicas dessas características, quer pelo confronto em particular. Seja qual termo for utilizado, toda premissa,
com os resultados obtidos via novos caminhos de investiga- bem como a conclusão, deve ser capaz de ser apenas
ção (novas hipóteses e novos experimentos). verdadeira ou falsa e nada mais: elas devem
Não é possível provar ou refutar uma hipótese, mas confir- ser truthbearers ("portadores de verdade", em português).
má-la ou invalidá-la: provar e confirmar são coisas diferentes
embora divisadas por uma linha tênue. Entretanto, para as
Argumentos formais e argumentos informais
questões mais complexas, lembre-se, podem existir muitas
explicações possíveis, uma ou duas experiências talvez não
provem ou refutar uma hipótese. Argumentos informais são estudados na lógica informal.
São apresentados em linguagem comum e se destinam a ser
- TAUTOLOGIA o nosso discurso diário. Argumentos Formais são estudados
na lógica formal (historicamente chamada lógica simbólica,
A origem do termo vem de do grego tautó, que significa "o mais comumente referida como lógica matemática) e são
mesmo", mais logos, que significa "assunto".Portanto, tauto- expressos em uma linguagem formal. Lógica informal pode
logia é dizer sempre a mesma coisa em termos diferentes. chamar a atenção para o estudo da argumentação, que
enfatiza implicação, lógica formal e de inferência.
Em filosofia diz-se que um argumento é tautológico quan-
do se explica por ele próprio, às vezes redundante Argumentos dedutivos
ou falaciosamente.
O argumento dedutivo é uma forma de raciocínio que
Por exemplo, dizer que "o mar é azul porque reflete a geralmente parte de uma verdade universal e chega a uma
cor do céu e o céu é azul por causa do mar" é uma afirma- verdade menos universal ou singular. Esta forma de
tiva tautológica. raciocínio é válida quando suas premissas, sendo
Um exemplo de dito popular tautológico é "tudo o que é verdadeiras, fornecem provas evidentes para sua conclusão.
demais sobra". Sua característica principal é a necessidade, uma vez que
nós admitimos como verdadeira as premissas teremos que
admitir a conclusão como verdadeira, pois a conclusão
Solidez de um argumento
Validade
Um argumento sólido é um argumento válido com as
Argumentos tanto podem ser válidos ou inválidos. Se um premissas verdadeiras. Um argumento sólido pode ser válido
argumento é válido, e a sua premissa é verdadeira, a e, tendo ambas as premissas verdadeiras, deve seguir uma
conclusão deve ser verdadeira: um argumento válido não conclusão verdadeira.
pode ter premissa verdadeira e uma conclusão falsa.
Argumentos indutivos
A validade de um argumento depende, porém, da real
veracidade ou falsidade das suas premissas e e de sua
Lógica indutiva é o processo de raciocínio em que as
conclusões. No entanto, apenas o argumento possui uma
premissas de um argumento se baseiam na conclusão, mas
forma lógica. A validade de um argumento não é uma
não implicam nela. Indução é uma forma de raciocínio que
garantia da verdade da sua conclusão. Um argumento válido
faz generalizações baseadas em casos individuais.
pode ter premissas falsas e uma conclusão falsa.
Indução matemática não deve ser incorretamente
A Lógica visa descobrir as formas válidas, ou seja, as
interpretada como uma forma de raciocínio indutivo, que é
formas que fazer argumentos válidos. Uma Forma de
considerado não-rigoroso em matemática. Apesar do nome,
Argumento é válida se e somente se todos os seus
a indução matemática é uma forma de raciocínio dedutivo e é
argumentos são válidos. Uma vez que a validade de um
totalmente rigorosa.
argumento depende da sua forma, um argumento pode ser
demonstrado como inválido, mostrando que a sua forma é
inválida, e isso pode ser feito, dando um outro argumento da Nos argumentos indutivos as premissas dão alguma
mesma forma que tenha premissas verdadeiras mas uma evidência para a conclusão. Um bom argumento indutivo terá
falsa conclusão. Na lógica informal este argumento é uma conclusão altamente provável. Neste caso, é bem
chamado de contador. provável que a conclusão realizar-se-á ou será válida. Diz-se
então que as premissas poderão ser falsas ou verdadeiras e
as conclusões poderão ser válidas ou não válidas. Segundo
A forma de argumento pode ser demonstrada através da
John Stuart Mill, existem algumas regras que se aplicam aos
utilização de símbolos. Para cada forma de argumento,
argumentos indutivos, que são: O método da concordância, o
existe um forma de declaração correspondente, chamado
método da diferença, e o método das variações
de Correspondente Condicional. Uma forma de argumento é
concomitantes.
válida Se e somente se o seu correspondente condicional é
uma verdade lógica. A declaração é uma forma lógica de
verdade, se é verdade sob todas as interpretações. Uma
forma de declaração pode ser mostrada como sendo uma
Retórica, dialética e diálogos argumentativos (1) Todos os humanos são mentirosos. João é humano.
Logo, João é mentiroso.
Considerando que os argumentos são formais (como se
encontram em um livro ou em um artigo de investigação), os Podemos reescrever o argumento separando cada
diálogos argumentativos são dinâmicos. Servem como um sentença em sua determinada linha:
registro publicado de justificação para uma afirmação.
Argumentos podem também ser interativos tendo como (2) Todo humano é mentiroso.
interlocutor a relação simétrica. As premissas são discutidas,
bem como a validade das inferências intermediárias. (3) João é humano.
Vale enfatizar que quando dois ou mais argumentos têm Portanto, Sócrates é mortal.
a mesma forma, se um deles é válido, todos os outros
também são, e se um deles é inválido, todos os outros
Processo acima é chamado de dedutivo.
também são.
O leitor pode verificar que as premissas e a conclusão
são verdadeiras, mas a lógica segue junto com inferência: a
A CONTRARIO verdade da conclusão segue da verdade das premissas? A
validade de uma inferência depende da forma da inferência.
A contrario (ou a contrario sensu1 ) é uma locução Isto é, a palavra "válido" não se refere à verdade das
latina que qualifica um processo de argumentação em que a premissas ou a conclusão, mas sim a forma da inferência.
forma é idêntica a outro processo de argumentação, mas em Uma inferência pode ser válida, mesmo se as partes são
que a hipótese e, por consequência, a conclusão são as falsos, e pode ser nulo, mesmo se as peças são verdadeiras.
inversas deste último.2 Tal como na locução "a pari", usava- Mas uma forma válida e com premissas verdadeiras sempre
se originalmente, em linguagem jurídica, para se referir a um terá uma conclusão verdadeira.
argumento que, usado a respeito de uma dada espécie,
poderia ser aplicado a outra espécie do mesmo género. considere o seguinte exemplo:
Tornou-se posteriormente um tipo de raciocínio aplicável a
outros campos do conhecimento em que a oposição Todos os frutos são doces.
existente numa hipótese se reencontra também como A banana é uma fruta.
oposição nas consequências dessa hipótese.3 Portanto, a banana é doce.
Para a conclusão ser necessariamente verdadeira, as
Muito utilizado em Direito, o argumento "a contrario" tem premissas precisam ser verdadeiras.
de ser fundamentado nas leis lógicas de oposição por
contrários, para que não se caia num Agora nos voltamos para um forma inválida.
argumentofalacioso.4 Assim, se duas proposições contrárias
não podem ser simultaneamente verdadeiras, podem ser Todo A é B.
simultaneamente falsas, já que podem admitir a particular C é um B.
intermédia. Por exemplo, à proposição verdadeira "todos os Portanto, C é um A.
portugueses têm direito à segurança social" opõe-se a
Para mostrar que esta forma é inválida, buscamos
proposição falsa "nenhum português tem direito à segurança
demonstrar como ela pode levar a partir de premissas
social"; contudo, o contrário da proposição falsa "todos os
verdadeiras para uma conclusão falsa.
portugueses têm direito de voto" continua a ser falsa a
proposição "nenhum português tem direito de voto", já que Todas as maçãs são frutas. (Correto)
existe um meio termo verdadeiro: "alguns portugueses têm Bananas são frutas. (Correto)
direito de voto". Da mesma forma, ao estar consignado na Portanto, as bananas são maçãs. (Errado)
Constituição Portuguesa que "a lei estabelecerá garantias
efectivas contra a obtenção e utilização abusivas, ou Um argumento válido com premissas falsas podem levar
contrárias à dignidade humana, de informações relativas às a uma falsa conclusão:
pessoas e famílias", pode-se inferir que "A lei poderá não Todas as pessoas gordas são gregas.
estabelecerá garantias efectivas contra a obtenção e John Lennon era gordo.
utilização abusivas, ou contrárias à dignidade humana, de Portanto, John Lennon era grego.
informações relativas às pessoas e famílias".
Quando um argumento válido é usado para derivar uma
Inferência conclusão falsa de premissas falsas, a inferência é válida,
pois segue a forma de uma inferência correta. Um argumento
Inferência, em Lógica, é o ato ou processo de derivar
válido pode também ser usado para derivar uma conclusão
conclusões lógicas de premissas conhecida ou
verdadeira a partir de premissas falsas:
decididamente verdadeiras. A conclusão também é chamada
de idiomática. Todas as pessoas gordas são músicos
John Lennon era gordo
Definição Portanto, John Lennon era um músico
Neste caso, temos duas falsas premissas que implicam
O processo pelo qual uma conclusão é inferida a partir de uma conclusão verdadeira.
múltiplas observações é chamado processo dedutivo ou
indutivo, dependendo do contexto. A conclusão pode ser
Inferência incorreta
correta , incorreta, correta dentro de um certo grau de
precisão, ou correta em certas situações. Conclusões
inferidas a partir de observações múltiplas podem ser Uma inferência incorreta é conhecida como uma falácia.
testadas por observações adicionais. Os filósofos que estudam lógica informal compilaram grandes
listas deles, e os psicólogos cognitivos têm documentado
muitas vieses de raciocínio humano que favorecem o
Exemplos de Inferência
raciocínio incorreto.
Filósofos gregos definiram uma série de silogismos,
corrigir três inferências de peças, que podem ser usados
Os sistemas de IA primeiro providenciaram "inferência • "Alguns humanos são vegetarianos" se torna "Existe
logica automática". Uma vez que estes já foram temas de algum (ao menos um) x tal que x é humano e x é
investigação extremamente popular, levaram a aplicações vegetariano".
industriais sob a forma de sistemas especialistas e depois
"business rule engines".
A primeira frase fala de uma propriedade (ser homem) de ARGUMENTO DEDUTIVO: é válido quando suas pre-
um indivíduo distinguido ("Sócrates") de um domínio de dis- missas, se verdadeiras, a conclusão é também verdadeira.
curso. A segunda frase fala sobre objetos distiguidos "depar- Premissa : "Todo homem é mortal."
tamento de Ciência da Computação" e "lógica". Tais objetos Premissa : "João é homem."
poderão ser representados usando os símbolos , soc para Conclusão : "João é mortal."
"Sócrates", cc para "departamento de Ciência da Computa-
ção", lg para "lógica".Tais símbolos são chamados de símbo- ARGUMENTO INDUTIVO: a verdade das premissas não
los de constantes. basta para assegurar a verdade da conclusão.
Premissa : "É comum após a chuva ficar nublado."
As propriedades "ser aluno de ", "estuda" relacionam ob- Premissa : "Está chovendo."
jetos do universo de discurso considerado, isto é, "ser aluno Conclusão: "Ficará nublado."
de " relaciona os indivíduos de uma universidade com os
seus departamentos, "estuda" relaciona os indivíduos de As premissas e a conclusão de um argumento, formula-
uma universidade com as matérias. Para representar tais das em uma linguagem estruturada, permitem que o argu-
relações serão usados símbolos de predicados (ou relações). mento possa ter uma análise lógica apropriada para a verifi-
Nos exemplos citados podemos usar Estuda e Aluno que cação de sua validade. Tais técnicas de análise serão trata-
são símbolos de relação binária. As relações unárias expres- das no decorrer deste roteiro.
sam propriedades dos indivíduos do universo (por exemplo
"ser par","ser homem"). A relação "ser igual a" é tratata de OS SÍMBOLOS DA LINGUAGEM DO CÁLCULO PRO-
forma especial, sendo representada pelo símbolo de igualda- POSICIONAL
de ≈. • VARIÁVEIS PROPOSICIONAIS: letras latinas minús-
culas p,q,r,s,.... para indicar as proposições (fórmulas
Desta forma podemos simbolizar as sentenças conside- atômicas) .
radas nos exemplos da seguinte forma:
- "Todo mundo é igual a si mesmo " por ∀x x≈x; Exemplos: A lua é quadrada: p
- "Existem números naturais que são pares" por A neve é branca : q
∃xPar(x);
- "Sócrates é homem" por Homem(soc); • CONECTIVOS LÓGICOS: As fórmulas atômicas po-
- "Todo aluno do departamento de Ciência da Compu- dem ser combinadas entre si e, para representar tais
tação estuda lógica" por∀x(Aluno(x,cc) →Estuda combinações usaremos os conectivos lógicos:
(x,lg)). ∧: e , ∨: ou , → : se...então , ↔ : se e somente se , ∼: não
Três são as principais operações do intelecto humano: a Contudo, só faz sentido falar de verdade ou falsidade
simples apreensão, os juízos e o raciocínio. quando entram em jogo asserções nas quais se declara algo,
emitindo-se um juízo de realidade. Existem, então, dois tipos
A simples apreensão consiste na captação direta (atra- de frases: as assertivas e as não assertivas, que também
vés dos sentidos, da intuição racional, da imaginação etc) de podem ser chamadas de proposições ou juízos.
uma realidade sobre a qual forma-se uma idéia ou conceito
(p. ex., de um objeto material, ideal, sobrenatural etc) que, Nas frases assertivas afirma-se algo, como nos exemplos:
por sua vez, recebe uma denominação (as palavras ou ter- “a raiz quadrada de 9 é 3” ou “o sol brilha à noite”. Já, nas
mos, p. frases não assertivas, não entram em jogo o falso e o verda-
deiro, e, por isso, elas não têm “valor de verdade”. É o caso
ex.: “mesa”, “três” e “arcanjo”). das interrogações ou das frases que expressam estados
emocionais difusos, valores vivenciados subjetivamente ou
O juízo é ato pelo qual os conceitos ou idéias são ligadas ordens. A frase “toque a bola”, por exemplo, não é falsa nem
ou separadas dando origem à emissão de um “julgamento” verdadeira, por não se tratar de uma asserção (juízo).
(falso ou verdadeiro) sobre a realidade, mediante proposi-
ções orais ou escritas. Por exemplo: “Há três arcanjos sobre As frases declaratórias ou assertivas podem ser combina-
a mesa da sala” das de modo a levarem a conclusões conseqüentes, consti-
tuindo raciocínios válidos. Veja-se o exemplo:
O raciocínio, por fim, consiste no “arranjo” intelectual dos
juízos ou proposições, ordenando adequadamente os conte- (1) Não há crime sem uma lei que o defina;
údos da consciência. No raciocínio, parte-se de premissas
para se chegar a conclusões que devem ser adequadas. (2) não há uma lei que defina matar ET’s como crime;
Procedendo dessa forma, adquirem-se conhecimentos novos
e defende-se ou aprofunda-se o que já se conhece. Para (3) logo, não é crime matar ET’s.
tanto, a cada passo, é preciso preencher os requisitos da
coerência e do rigor. Por exemplo: “Se os três arcanjos estão
Ao serem ligadas estas assertivas, na mente do interlocu-
sobre a mesa da sala, não estão sobre a mesa da varanda”
tor, vão sendo criadas as condições lógicas adequadas à
conclusão do raciocínio. Esse processo, que muitas vezes
Quando os raciocínios são organizados com técnica e arte permite que a conclusão seja antecipada sem que ainda
e expostos de forma tal a convencer a platéia, o leitor ou sejam emitidas todas as proposições do raciocínio, chamase
qualquer interlocutor tem-se a argumentação. Assim, a ativi- inferência. O ponto de partida de um raciocínio (as premis-
dade argumentativa envolve o interesse da persuasão. Ar- sas) deve levar a conclusões óbvias.
14) Se João toca piano, então Lucas acorda cedo e Cristina 20) (QUESTÕES DE RACIOCÍNIO LÓGICO) Cinco moças,
não consegue estudar. Mas Cristina consegue estudar. Se- Ana, Beatriz, Carolina, Denise e Eduarda, estão vestindo
gue-se logicamente que: blusas vermelhas ou amarelas. Sabe-se que as moças que
a) Lucas acorda cedo. vestem blusas vermelhas sempre contam a verdade e as que
b) Lucas não acorda cedo. vestem blusas amarelas sempre mentem. Ana diz que Bea-
21) Dizer que "Pedro não é pedreiro ou Paulo é paulista" é, 29) (QUESTÕES DE RACIOCÍNIO LÓGICO) Uma colher de
do ponto de vista lógico, o mesmo que dizer que: sopa corresponde a três colheres de chá. Uma pessoa que
a) se Pedro é pedreiro, então Paulo é paulista está doente tem que tomar três colheres de sopa de um
b) se Paulo é paulista, então Pedro é pedreiro remédio por dia. No final de uma semana, a quantidade de
c) se Pedro não é pedreiro, então Paulo é paulista colheres de chá desse remédio que ela terá tomado é de:
d) se Pedro é pedreiro, então Paulo não é paulista a) 63;
b) 56;
22) A negação lógica da proposição "O pai de Marcos é per- c) 28;
nambucano, e a mãe de Marcos é gaúcha" é: d) 21;
a) "O pai de Marcos não é pernambucano, e a mãe de Mar-
cos não é gaúcha". 30) (QUESTÕES DE RACIOCÍNIO LÓGICO) Para cada
b) "O pai de Marcos não é pernambucano, ou a mãe de Mar- pessoa x, sejam f(x) o pai de x e g(x) a mãe de x. A esse
cos não é gaúcha". respeito, assinale a afirmativa FALSA.
c) "O pai de Marcos não é pernambucano, ou a mãe de Mar- a) f[f(x)] = avô paterno de x
cos é gaúcha". b) g[g(x)] = avó materna de x
d) "O pai de Marcos é pernambucano, e a mãe de Marcos c) f[g(x)] = avô materno de x
não é gaúcha". d) f[g(x)] = g[f(x)]
Note, entretanto, que as sentenças ‘todos os cariocas são Os operadores sentenciais se comportam de uma manei-
brasileiros’ e ‘alguns cariocas são flamenguistas’ têm uma ra análoga às funções matemáticas. Estas recebem números
estrutura diferente da sentença ‘se Deus existe, a felicidade como argumentos e produzem números como valores. Os
eterna é possível’. Esta última é formada a partir de duas operadores sentenciais são funções porque recebem valores
outras sentenças ‘Deus existe’ e ‘a felicidade eterna é possí- de verdade como argumentos e produzem valores de verda-
vel’, conectadas pelo operador lógico se...então. Já para de. Considere-se a seguinte função matemática:
analisar o argumento (2) precisamos analisar a estrutura (4) y =x + 1.
interna das sentenças, e não apenas o modo pelo qual sen-
tenças são conectadas umas às outras. O que caracteriza a Dizemos que y =f(x), isto é, ‘y é função de x’, o que sig-
lógica de predicados é o uso dos quantificadores todo, algum nifica que o valor de y depende do valor atribuído a x.
e nenhum. É por esse motivo que a validade de um argu- Quando x =1, y =2;
mento como o (2) depende da estrutura interna das senten- x =2, y =3;
ças. A diferença entre a lógica sentencial e a lógica de predi- x = 3, y =4,
cados ficará mais clara no decorrer desta e da próxima uni- e assim por diante. Analogamente a uma função matemá-
dade. tica, uma função de verdade recebe valores de verdade co-
mo argumentos e produz valores de verdade como valores.
Usualmente o estudo da lógica começa pela lógica sen-
tencial, e seguiremos esse caminho aqui. Nesta unidade As chamadas tabelas de verdade mostram como os ope-
vamos estudar alguns elementos da lógica sentencial. Na radores da lógica sentencial funcionam.
próxima unidade, estudaremos elementos da lógica de predi-
cados. No lado esquerdo da tabela de verdade temos as senten-
ças a partir das quais a sentença composta foi formada – no
2. Sentenças atômicas e moleculares caso da negação, uma única sentença. O valor produzido
Considere-se a sentença pela função de verdade está na coluna da direita. As letras V
(1) Lula é brasileiro. e F representam os valores de verdade verdadeiro e falso.
A sentença (1) é composta por um nome próprio, ‘Lula’, e 4. A negação
um predicado, ‘... é brasileiro’. Em lógica, para evitar o uso Comecemos pelo operador sentencial mais simples, a
de ‘...’, usamos uma variável para marcar o(s) lugar(es) em negação. A tabela de verdade da negação de uma sentença
que podemos completar um predicado. Aqui, expressões do Aé
tipo x é brasileiro designam predicados. Considere agora a A não A
sentença (2) Xuxa é mãe de Sasha. VF
FV
A sentença (2) pode ser analisada de três maneiras dife-
rentes, que correspondem a três predicados diferentes que A negação simplesmente troca o valor de verdade da
podem ser formados a partir de (2): sentença. Uma sentença verdadeira, quando negada, produz
(2a) x é mãe de Sasha; uma sentença falsa, e vice-versa.
(2b) Xuxa é mãe de x;
(2c) x é mãe de y. Há diferentes maneiras de negar uma sentença atômica
em português. Considere a sentença verdadeira
Do ponto de vista lógico, em (2c) temos o que é chamado (5) Lula é brasileiro.
de um predicado binário, isto é, um predicado que, diferen-
temente de x é brasileiro, deve completado por dois nomes As sentenças
próprios para formar uma sentença. (6) Não é o caso que Lula é brasileiro,
(7) Não é verdade que Lula é brasileiro
As sentenças (1) e (2) acima são denominadas sentenças e
atômicas. Uma sentença atômica é uma sentença formada (8) É falso que Lula é brasileiro
por um predicado com um ou mais espaços vazios, sendo são diferentes maneiras de negar (5). Como (5) é uma
todos os espaços vazios completados por nomes próprios. sentença atômica, podemos também negar (5) por meio da
Sentenças atômicas não contêm nenhum dos operadores sentença
lógicos e, ou, se...então etc., nem os quantificadores todo, (9) Lula não é brasileiro.
nenhum, algum etc.
A negação em (9) é denominada negação predicativa,
Sentenças moleculares são sentenças formadas com o pois nega o predicado, ao passo que em (6) há uma negação
auxílio dos operadores sentenciais. Exemplos de sentenças sentencial porque toda a sentença é negada. No caso de
moleculares são sentenças atômicas, a negação predicativa é equivalente à
(3) Lula é brasileiro e Zidane é francês, negação sentencial, mas veremos que isso não ocorre com
(4) Se você beber, não dirija, sentenças moleculares e sentenças com quantificadores.
(5) João vai à praia ou vai ao clube. Note que negar duas vezes uma sentença equivale a a-
firmar a própria sentença. A negação de
3. A interpretação vero-funcional dos operadores senten- (5) Lula é brasileiro
É importante observar que a interpretação vero-funcional Assim como ocorre com a conjunção, sentenças A ou B e
da conjunção não expressa todos os usos da partícula e em B ou A são equivalentes. Isso vale tanto para o ou inclusivo
português. A sentença quanto para o exclusivo.
(15) Maria e Pedro tiveram um filho e casaram não é e-
quivalente a 7. A condicional
(16) Maria e Pedro casaram e tiveram um filho. Uma condicional é uma sentença da forma se A, então B.
A é denominado o antecedente e B o conseqüente da condi-
Em outras palavras, o e que ocorre em (15) e (16) não é cional.
uma função de verdade.
Em primeiro lugar, é importante deixar clara a diferença
6. A disjunção entre um argumento (23) A, logo B e uma condicional (24) se
Uma sentença do tipo A ou B é denominada uma disjun- A, então B.
ção. Há dois tipos de disjunção, a inclusiva e a exclusiva.
Ambas tomam dois valores de verdade como argumentos e Em (23) a verdade tanto de A quanto de B é afirmada.
produzem um valor de verdade como resultado. Começarei Note que o que vem depois do ‘logo’ é afirmado como verda-
pela disjunção inclusiva. Considere-se a sentença deiro e é a conclusão do argumento. Já em (24), nada se diz
(17) Ou João vai à praia ou João vai ao clube, que é for- acerca da verdade de A, nem de B. (24) diz apenas que se A
mada pela sentenças é verdadeira, B também será verdadeira. Note que apesar de
(18) João vai à praia uma condicional e um argumento serem coisas diferentes
e usamos uma terminologia similar para falar de ambos. Em
(19) João vai ao clube combinadas pelo operador ou. A (23) dizemos que A é o antecedente do argumento, e B é o
sentença (17) é verdadeira em três situações: conseqüente do argumento. Em (24), dizemos que A é o
(i) João vai à praia e também vai ao clube; antecedente da condicional, e B é o conseqüente da condi-
(ii) João vai à praia mas não vai ao clube e cional.
(iii) João não vai à praia mas vai ao clube.
Da mesma forma que analisamos o e e o ou como fun-
A tabela de verdade da disjunção inclusiva é a seguinte: ções de verdade, faremos o mesmo com a condicional. Ana-
A B A ou B lisada vero-funcionalmente, a condicional é denominada
VVV condicional material.
VFV
FVV Quando analisamos a conjunção, vimos que a interpreta-
FFF ção vero-funcional do operador sentencial e não corresponde
exatamente ao uso que dela fazemos na linguagem natural.
No sentido inclusivo do ou, uma sentença A ou B é ver- Isso ocorre de modo até mais acentuado com o operador
dadeira quando uma das sentenças A e B é verdadeira ou se...então. Na linguagem natural, geralmente usamos
quando são ambas verdadeiras, isto é, a disjunção inclusiva se...então para expressar uma relação entre os conteúdos de
admite a possibilidade de A e B serem simultaneamente A e B, isto é, queremos dizer que A é uma causa ou uma
verdadeiras. explicação de B. Isso não ocorre na interpretação do
se...então como uma função de verdade. A tabela de verda-
No sentido exclusivo do ou, uma sentença A ou B é ver- de da condicional material é a seguinte:
dadeira apenas em duas situações: A B se A, então B
(i) A é verdadeira e B é falsa; VVV
Suponha que você não conhece Victor, mas sabe que Em (30), o ponto é que Lula fará um bom governo porque
Victor é um parente do seu vizinho que acabou de chegar da tem o apoio do PMDB. Há um suposto nexo explicativo e
França. Você não sabe mais nada sobre Victor. Agora consi- causal entre o antecedente e o conseqüente. Suponha, en-
dere a sentença: tretanto, que Lula obtém o apoio do PMDB durante todo o
(25) Se Victor é carioca, então Victor é brasileiro. seu mandato, mas ainda assim faz um mau governo. Nesse
caso, em que o antecedente é verdadeiro e o conseqüente
O antecedente de (25) é (26) Victor é carioca e o conse- falso, (30) é falsa.
qüente é (27) Victor é brasileiro.
Abaixo, você encontra diferentes maneiras de expressar,
A sentença (25) é verdadeira, pois sabemos que todo ca- na linguagem natural, uma condicional se A, então B, todas
rioca é brasileiro. Em outras palavras, é impossível que al- equivalentes.
guém simultaneamente seja carioca e não seja brasileiro. Por Se A, B
esse motivo, a terceira linha da tabela de verdade, que torna- B, se A
ria a condicional falsa, nunca ocorre. Caso A, B
B, caso A
Descartada a terceira linha, ainda há três possibilidades,
que correspondem às seguintes situações: As expressões abaixo também são equivalentes a se A,
(a) Victor é carioca. então B:
(b) Victor é paulista. A, somente se B
(c) Victor é francês. Somente se B, A
A é condição suficiente para B
Suponha que Victor é carioca. Nesse caso, o antecedente B é condição necessária para A,mas elas serão vistas
e o conseqüente da condicional são verdadeiros. com mais atenção na seção sobre condições necessárias e
suficientes.
Temos a primeira linha da tabela de verdade. Até aqui
não há problema algum. 8. Variantes da condicional material
Partindo de uma condicional
Suponha agora que Victor é paulista. Nesse caso, o ante- (31) Se A, então B
cedente da condicional (26) Victor é carioca é falso, mas o podemos construir sua conversa,
conseqüente (27) Victor é brasileiro é verdadeiro. (32) Se B, então A
sua inversa
Temos nesse caso a terceira linha da tabela de verdade (33) Se não A, então não B e sua contrapositiva (34) Se
da condicional. Note que a condicional (25) continua sendo não B, então não A.
verdadeira mesmo que Victor seja paulista, isto é, quando o
antecedente é falso. Há dois pontos importantes sobre as sentenças acima
que precisam ser observados. Vimos que A e B e B e A,
Por fim, suponha que Victor é francês. Nesse caso, tanto assim como A ou B e B ou A são equivalentes. Entretanto, se
(26) Victor é carioca quanto (27) Victor é brasileiro são fal- A, então B e se B então A NÃO SÃO EQUIVALENTES!!!
sas. Temos aqui a quarta linha da tabela de verdade da con-
dicional material. Mas, ainda assim, a sentença (25) é verda- Isso pode ser constatado facilmente pela construção das
deira. respectivas tabelas de verdade, que fica como exercício para
o leitor. Mas pode ser também intuitivamente percebido.
Vejamos outro exemplo. Considere a condicional Considere as sentenças: (35) Se João é carioca, João é
(28) Se Pedro não jogar na loteria, não ganhará o prêmio. brasileiro e
(36) Se João é brasileiro, João é carioca.
Essa é uma condicional verdadeira. Por quê? Porque é
impossível (em uma situação normal) o antecedente ser Enquanto a sentença (35) é verdadeira, é evidente que
verdadeiro e o conseqüente falso. Isto é, não é possível (36) pode ser falsa, pois João pode perfeitamente ser brasi-
Pedro não jogar e ganhar na loteria. Fica como exercício leiro sem ser carioca.
para o leitor a construção da tabela de verdade de (28).
Uma condicional se A, então B e sua contrapositiva se
Não é difícil perceber, em casos como (25) e (28) acima, não B, então não A são equivalentes. Isso pode ser consta-
por que uma condicional é verdadeira quando o antecedente tado pela construção da tabela de verdade, que fica como
é falso. O problema é que, sendo a condicional material uma um exercício para o leitor. Mas note que a contrapositiva de
função de verdade, coisas como (29) se 2 + 2 = 5, então a (35), (37) Se João não é brasileiro, não é carioca, é verdadei-
Lua é de queijo são verdadeiras. Sem dúvida, esse é um ra nas mesmas circunstâncias em que (35) é verdadeira. A
resultado contra-intuitivo. Note que toda condicional material diferença entre (35) e (37) é que (35) enfatiza que ser carioca
com antecedente falso será verdadeira. Mas no uso corrente é condição suficiente para ser brasileiro, enquanto (37) enfa-
da linguagem normalmente não formulamos condicionais tiza que ser brasileiro é condição necessária para ser cario-
Exemplos de negações de conjunções: 09. Duas grandezas A e B são tais que "se A = 2 então B =
(6) O PMDB receberá o ministério da saúde e o ministério 5". Pode-se concluir que:
da cultura. a) se A 2 antão B 5
A negação de (6) é b) se A = 5 então B = 2
(6a) Ou PMDB não receberá o ministério da saúde, ou c) se B 5 então A 2
não receberá o ministério da cultura. d) se A = 2 então B = 2
(7) Beba e dirija. e) se A = 5 então B 2
A negação de (7) é
(7a) não beba ou não dirija. 10. (VUNESP) Um jantar reúne 13 pessoas de uma mesma
Fonte: http://abilioazambuja.sites.uol.com.br/1d.pdf família. Das afirmações a seguir, referentes às pessoas reu-
nidas, a única necessariamente verdadeira é:
2. Julgue com CERTO ou ERRADO: Tanto o exemplo 1 quanto o 2 caracterizam uma afirma-
Na lista de frases apresentadas a seguir, há ção/proposição.
exatamente três proposições.
“a frase dentro destas aspas é uma mentira” A base das estruturas lógicas é saber o que é verda-
A expressão x + y é positiva de ou mentira (verdadeiro/falso).
O valor de + 3 = 7
Pelé marcou dez gols para a seleção brasileira.
Os resultados das proposições SEMPRE tem que dar
O que é isto?
verdadeiro.
3. Agente Fiscal de Rendas – Nível I / SP 2006
– FCC Há alguns princípios básicos:
Considere as seguintes frases:
I – Ele foi o melhor jogador do mundo em 2005. Contradição: Nenhuma proposição pode ser verdadeira e
II – (x + y) / 5 é um número inteiro falsa ao mesmo tempo.
III – João da Silva foi o Secretário da Fazenda do
Estado de São Paulo em 2000.
Raciocínio Lógico 30 A Opção Certa Para a Sua Realização
APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
Terceiro Excluído: Dadas duas proposições lógicas con- F F F
traditórias somente uma delas é verdadeira. Uma proposição
ou é verdadeira ou é falsa, não há um terceiro valor lógico DISJUNÇÃO (símbolo V):
(“mais ou menos”, meio verdade ou meio mentira).
Este conectivo também serve para unir duas proposições.
Ex. Estudar é fácil. (o contrário seria: “Estudar é difícil”. O resultado será verdadeiro se pelo menos uma das proposi-
Não existe meio termo, ou estudar é fácil ou estudar é difícil). ções for verdadeira.
Para facilitar a resolução das questões de lógica usam-se Ex3.: P V Q. (Ou o Pão é barato ou o Queijo não é bom.)
os Conectivos Lógicos, que são símbolos que comprovam V = “ou”
a veracidade das informações e unem as proposições uma a
outra ou as transformam numa terceira proposição. Regrinha para o conectivo de disjunção (V):
Veja abaixo:
(~) “não”: negação P Q PVQ
(Λ) “e”: conjunção V V V
(V) “ou”: disjunção
(→) “se...então”: condicional V F V
(↔) “se e somente se”: bicondicional F V V
Agora, vejamos na prática como funcionam estes conec-
F F F
tivos:
Temos as seguintes proposições:
O Pão é barato. O Queijo não é bom.
A letra P, representa a primeira proposição e a letra Q, a
segunda. Assim, temos: CONDICIONAL (símbolo →)
P: O Pão é barato.
Q: O Queijo não é bom. Este conectivo dá a ideia de condição para que a outra
NEGAÇÃO (símbolo ~): proposição exista. “P” será condição suficiente para “Q” e “Q”
é condição necessária para “P”.
Quando usamos a negação de uma proposição inverte-
mos a afirmação que está sendo dada. Veja os exemplos: Ex4.: P → Q. (Se o Pão é barato então o Queijo não é
bom.) → = “se...então”
Ex1. : ~P (não P): O Pão não é barato. (É a negação lógi-
ca de P) Regrinha para o conectivo condicional (→):
V V V
V F F
F V F
Disjunção (OU)
Tabela-verdade, tabela de verdade ou tabela veritativa
é um tipo de tabela matemática usada em Lógica para
determinar se uma fórmula é válida ou se um sequente é A disjunção é falsa se, e somente se ambos os
correto. operandos forem falsos
O número destas linhas é l = nt , sendo n o número de A conjunção é verdadeira se, e somente se, ambos
valores que o sistema permite (sempre 2 no caso do Cálculo operandos forem falsos ou ambos verdadeiros
Proposicional Clássico) e t o número de termos que a
fórmula contém. Assim, se uma fórmula contém 2 termos, o A B A↔B
número de linhas que expressam a permutações entre estes V V V
será 4: um caso de ambos termos serem verdadeiros (V V),
dois casos de apenas um dos termos ser verdadeiro (V F , F V F F
V) e um caso no qual ambos termos são falsos (F F). Se a F V F
fórmula contiver 3 termos, o número de linhas que F F V
expressam a permutações entre estes será 8: um caso de
todos termos serem verdadeiros (V V V), três casos de DISJUNÇÃO EXCLUSIVA (OU... OU XOR)
apenas dois termos serem verdadeiros (V V F , V F V , F V
V), três casos de apenas um dos termos ser verdadeiro (V F A conjunção é verdadeira se, e somente se, apenas um
F , F V F , F F V) e um caso no qual todos termos são falsos dos operandos for verdadeiro
(F F F).
Tabelas das Principais Operações do Cálculo A B A((B
Proposicional Dei V V F
Negação V F V
F V V
A ~A F F F
Tipos
Se A, então B. (A→B)
Indica que não exis-
B. tem elementos co-
muns entre os con-
Logo, A. juntos.
A B A→B
V V V
OBS: CONSIDERE QUE O TAMANHO DOS CÍRCULOS
V F F NÃO INDICA O TAMANHO RELATIVO DOS CONJUNTOS.
F V V
F F V LÓGICA DE ARGUMENTAÇÃO: ANALOGIAS,
INFERÊNCIAS, DEDUÇÕES E CONCLUSÕES.
Por raciocínio, entende-se tanto uma atividade mental No entanto, formalmente, é um raciocínio válido, porque a
quanto o produto dessa atividade. Esse, por sua vez, pode conclusão é adequada às premissas. É nesse sentido que se
ser analisado sob muitos ângulos: o psicólogo poderá estu- costuma dizer que o computador é falho, já que, na maioria
dar o papel das emoções sobre um determinado raciocínio; o dos casos, processa formalmente informações nele previa-
sociólogo considerará as influências do meio; o criminólogo mente inseridas, mas não tem a capacidade de verificar o
levará em conta as circunstâncias que o favoreceram na valor empírico de tais informações.
prática de um ato criminoso etc. Apesar de todas estas pos-
sibilidades, o raciocínio é estudado de modo muito especial Já, a lógica material preocupa-se com a aplicação das
no âmbito da lógica. Para ela, pouco importam os contextos operações do pensamento à realidade, de acordo com a
psicológico, econômico, político, religioso, ideológico, jurídico natureza ou matéria do objeto em questão. Nesse caso,
ou de qualquer outra esfera que constituam o “ambiente do interessa que o raciocínio não só seja formalmente correto,
raciocínio”. mas que também respeite a matéria, ou seja, que o seu con-
teúdo corresponda à natureza do objeto a que se refere.
Ao lógico, não interessa se o raciocínio teve esta ou a- Neste caso, trata-se da correspondência entre pensamento e
quela motivação, se respeita ou não a moral social, se teve realidade.
influências das emoções ou não, se está de acordo com uma
doutrina religiosa ou não, se foi produzido por uma pessoa Assim sendo, do ponto de vista lógico, costuma-se falar
embriagada ou sóbria. Ele considera a sua forma. Ao consi- de dois tipos de verdade: a verdade formal e a verdade mate-
derar a forma, ele investiga a coerência do raciocínio, as rial. A verdade formal diz respeito, somente e tão-somente, à
relações entre as premissas e a conclusão, em suma, sua forma do discurso; já a verdade material tem a ver com a
obediência a algumas regras apropriadas ao modo como foi forma do discurso e as suas relações com a matéria ou o
formulado etc. conteúdo do próprio discurso. Se houver coerência, no pri-
meiro caso, e coerência e correspondência, no segundo,
Apenas a título de ilustração, seguem-se algumas defini- tem-se a verdade.
ções e outras referências à lógica:
Em seu conjunto, a lógica investiga as regras adequadas
“A arte que dirige o próprio ato da razão, ou seja, nos à produção de um raciocínio válido, por meio do qual visa-se
permite chegar com ordem, facilmente e sem erro, ao próprio à consecução da verdade, seja ela formal ou material. Rela-
ato da razão – o raciocínio” (Jacques Maritain). cionando a lógica com a prática, pode-se dizer que é impor-
tante que se obtenha não somente uma verdade formal, mas,
“A lógica é o estudo dos métodos e princípios usados pa- também, uma verdade que corresponda à experiência. Que
ra distinguir o raciocínio correto do incorreto” (Irving Copi). seja, portanto, materialmente válida. A conexão entre os
princípios formais da lógica e o conteúdo de seus raciocínios
“A lógica investiga o pensamento não como ele é, mas pode ser denominada de “lógica informal”. Trata-se de uma
como deve ser” (Edmundo D. Nascimento). lógica aplicada ao plano existencial, à vida quotidiana.
(1) Não há crime sem uma lei que o defina; b) Princípio da não-contradição. Se algo é aquilo que é,
não pode ser outra coisa, sob o mesmo aspecto e ao mesmo
(2) não há uma lei que defina matar ET’s como crime; tempo. Por exemplo, se o brasileiro João está doente agora,
não está são, ainda que, daqui a pouco possa vir a curar-se,
(3) logo, não é crime matar ET’s. embora, enquanto João, ele seja brasileiro, doente ou são;
Ao serem ligadas estas assertivas, na mente do interlocu- c) Princípio da exclusão do terceiro termo. Entre o fal-
tor, vão sendo criadas as condições lógicas adequadas à so e o verdadeiro não há meio termo, ou é falso ou é verda-
conclusão do raciocínio. Esse processo, que muitas vezes deiro. Ou está chovendo ou não está, não é possível um
permite que a conclusão seja antecipada sem que ainda terceiro termo: está meio chovendo ou coisa parecida.
sejam emitidas todas as proposições do raciocínio, chamase
Depois da série de protestos realizados pela população, 2.3. Raciocínio dedutivo - do geral ao particular
depois das provas apresentadas nas CPI’s, depois do vexa-
me sofrido por alguns políticos denunciados pela imprensa,
O raciocínio dedutivo, conforme a convicção de muitos
depois do escárnio popular em festividades como o carnaval
estudiosos da lógica, é aquele no qual são superadas as
e depois de tanta insistência de muitos sobre necessidade de
deficiências da analogia e da indução.
moralizar o nosso país, a corrupção parece recrudescer,
apresenta novos tentáculos, se disfarça de modos sempre
novos, encontrando-se maneiras inusitadas de ludibriar a No raciocínio dedutivo, inversamente ao indutivo, parte-se
nação. do geral e vai-se ao particular. As inferências ocorrem a partir
do progressivo avanço de uma premissa de cunho geral,
para se chegar a uma conclusão tão ou menos ampla que a
- Sentia-me totalmente tranqüilo quanto ao meu amigo,
premissa. O silogismo é o melhor exemplo desse tipo de
pois, até então, os seus atos sempre foram pautados pelo
raciocínio:
respeito às leis e à dignidade de seus pares. Assim, enquan-
to alguns insinuavam a sua culpa, eu continuava seguro de Premissa maior: Todos os homens são mamíferos. uni-
sua inocência. versal
Premissa menor: Pedro é homem.
2) Os termos da conclusão nunca podem ser mais exten- ARGUMENTOS DEDUTIVOS E INDUTIVOS
sos que os termos das premissas.
Exemplo de formulação correta:
Termo Maior: Todas as onças são ferozes. Desidério Murcho
Termo Médio: Nikita é uma onça.
DIAGRAMAS LÓGICOS
Introdução
Esses dois argumentos são muito parecidos. A forma do Por exemplo, imaginando-se que se tem um conjunto de
A noção de contradição é, geralmente estudada sob a Na lógica proposicional, uma tautologia (do grego
forma de um princípio: o «princípio de contradição» ou «prin- ταυτολογία) é uma fórmula proposicional que é verdadeira
cípio de não contradição». Com frequência, tal princípio é para todas as possíveis valorações de suas variáveis
considerado um princípio ontológico e, neste sentido, enun- proposicionais. A negação de uma tautologia é uma
cia-se do seguinte modo: contradição ou antilogia, uma fórmula proposicional que é
«É impossível que uma coisa seja e não seja ao mesmo falsa independentemente dos valores de verdade de suas
tempo, a mesma coisa». Outras vezes, é considerado como variáveis. Tais proposições são ditas insatísfatíveis.
um princípio lógico, e então enunciado do modo seguinte: Reciprocamente, a negação de uma contradição é uma
«não se pode ter p e não p», onde p é símbolo de um enun- tautologia. Uma fórmula que não é nem uma tautologia nem
ciado declarativo. uma contradição é dita logicamente contingente. Tal
fórmula pode ser verdadeira ou falsa dependendo dos
O primeiro pensador que apresentou este princípio de valores atribuídos para suas variáveis proposicionais.
forma suficientemente ampla foi Aristóteles. Várias partes da
sua obra estão consagradas a este tema, mas nem sempre o Uma propriedade fundamental das tautologias é que
princípio é formulado do mesmo modo. Às vezes apresenta-o existe um procedimento efetivo para testar se uma dada
como uma das «noções comuns» ou «axiomas» que servem fórmula é sempre satisfeita (ou, equivalentemente, se seu
de premissa para a demonstração, sem poderem ser de- complemento é insatisfatível). Um método deste tipo usa as
monstradas. Noutras ocasiões, apresenta-o como uma «no- tabelas-verdade. O problema de decisão de determinar se
ção comum», usada para a prova de algumas conclusões. uma fórmula é satisfatível é o problema de satisfabilidade
Apresenta ainda este princípio como uma tese segundo a booleano, um exemplo importante de um problema NP-
qual se uma proposição é verdadeira, a sua negação é falsa completo na teoria da complexidade computacional.
e se uma proposição é falsa, a sua negação é verdadeira,
Tautologias e Contradições
quer dizer, como a tese segundo a qual, duas proposições
contraditórias não podem ser ambas verdadeiras ou ambas ∧
Considere a proposição composta s: (p q) → (p q) ∧
falsas. onde p e q são proposições simples lógicas quaisquer. Va-
mos construir a tabela verdade da proposição s :
Estas formulações podem reduzir-se a três interpretações Considerando-se o que já foi visto até aqui, teremos:
do mesmo princípio: ontológica, lógica e metalógica. No
primeiro caso o princípio refere-se à realidade; no segundo,
converte-se numa formula lógica ou numa tautologia de lógi-
ca sequencial, que se enuncia do seguinte modo:
¬(p Ù ¬p)
e que se chama geralmente de lei de contradição. No ter-
ceiro caso, o princípio é uma regra que permite realizar infe-
rências lógicas.
As discussões em torno do princípio de contradição têm Observe que quaisquer que sejam os valores lógicos das
diferido consoante se acentua o lado ontológico ou o lado proposições simples p e q, a proposição composta s é sem-
Exercícios
Princípio Fundamental da Contagem
Professores: Jorge e Lauro
1) (FGV/2005) Em uma gaveta de armário de um quarto
escuro há 6 camisetas vermelhas, 10 camisetas brancas e 7
camisetas pretas. Qual é o número mínimo de camisetas que
se deve retirar da gaveta, sem que se vejam suas cores,
para que:
a) 60 b) 48 c) 36 d) 24 e) 18
a) 54 b) 67 c) 66 d) 55 e) 56
GABARITO:
1) a)11 b)4 c)18 2)B 3)D 4)A 5)A 6)C 7)D 8)D 9)B 10)B
34. (Fiscal Recife 2003 ESAF) Pedro, após visitar uma aldeia
distante, afirmou: “Não é verdade que todos os aldeões da-
quela aldeia não dormem a sesta”. A condição necessária e
suficiente para que a afirmação de Pedro seja verdadeira é
que seja verdadeira a seguinte proposição: EQUIVALÊNCIA ENTRE PROPOSIÇÕES
a) No máximo um aldeão daquela aldeia não dorme a sesta. 40. (ICMS/SP 2006 FCC) Das proposições abaixo, a única
b) Todos os aldeões daquela aldeia dormem a sesta. que é logicamente equivalente a p → q é
c) Pelo menos um aldeão daquela aldeia dorme a sesta.
d) Nenhum aldeão daquela aldeia não dorme a sesta.
e) Nenhum aldeão daquela aldeia dorme a sesta.
42. (Assembléia Legislativa/SP 2010 FCC) Durante uma 46. (TRF 3ª Região Analista Judiciário 2007 FCC) Considere
sessão no plenário da Assembléia Legislativa, o presidente que as sentenças abaixo são verdadeiras.
da mesa fez a seguinte declaração, dirigindo- se às galerias Se a temperatura está abaixo de 5°C, há nevoeiro.
da casa: Se há nevoeiro, os aviões não decolam.
“Se as manifestações desrespeitosas não forem interrompi- Assim sendo, também é verdadeira a sentença:
das, então eu não darei início à votação”. (A) Se não há nevoeiro, os aviões decolam.
Esta declaração é logicamente equivalente à afirmação (B) Se não há nevoeiro, a temperatura está igual a ou acima
(A) se as manifestações desrespeitosas continuarem, então de 5°C.
o presidente da mesa começará a votação. (C) Se os aviões não decolam, então há nevoeiro.
(B) se as manifestações desrespeitosas não continuarem, (D) Se há nevoeiro, então a temperatura está abaixo de 5°C.
então o presidente da mesa não começará a votação. (E) Se a temperatura está igual a ou acima de 5°C os aviões
(C) se o presidente da mesa deu início à votação, então as decolam.
manifestações desrespeitosas foram interrompidas.
(D) se o presidente da mesa não deu início à votação, então 47. (ICMS/SP 2006 FCC) Se p e q são proposições, então a
as manifestações desrespeitosas não foram interrompidas. proposição p ∧ (~q) é equivalente a
(E) se as manifestações desrespeitosas forem interrompidas,
então o presidente da mesa dará início à votação.
são lados
do ângulo. O
ponto O é o seu
vértice.
Bissetriz de um ângulo
È a semi-reta de origem no
vértice de um ângulo e que o
divide em dois ângulos congru-
entes.
Alguns ângulos notáveis Corda: Segmento de reta que une dois pontos quaisquer
de uma circunferência.
Ângulo central
Um ângulo é central em relação a uma circunferên-
cia se o seu vértice coincide com o centro da mesma.
Trapézio
Ângulo inscrito
É inscrito numa circun-
ferência somente se o seu
vértice é um ponto da cir-
cunferência e cada um de
seus lados contém uma
corda dessa circunferência.
Retângulo
S=a.b
S = a²
Paralelogramo
S=a.h
Losango
Trapézio isósceles
Os lados transversos
têm medidas iguais.
Soma dos ângulos internos de um polígono
- A soma dos ângulos internos de um polígono de n lados AD = BC
é:
Trapézio retângulo
Um ponto I qualquer no inte- Um dos lados transver-
rior do polígono unindo esse sos é perpendicular as
ponto a cada vértice, o polígono bases.
fica decomposto em n triângu-
los,
LOSANGO
É todo paralelogramo
que possui quatro lados
congruentes.
Congruência de triângulos
Dois ou mais triângulos são congruentes somente se os
seus lados e ângulos forem ordenados congruentes.
3) Caso LLL (lado, lado, lado) Dois triângulos são
semelhantes somente se, têm os três lados,
respectivamente, proporcionais.
B a medida do cateto AC
C a medida do cateto AB
M a medida de HC, projeção ortogonal de AC sobre BC O baricentro (ponto de intersecção das medianas), o or-
tocentro (ponto de intersecção das retas suportes das altu-
ras), o incentro (ponto de intersecção das bissetrizes inter-
N a medida de BH, projeção ortogonal de AB sobre BC.
nas) e o circuncentro(ponto de intersecção das mediatrizes
dos lados) coincidem.
Quadrado
Num quadrado, cujo lado tem medida a, a medida d de
uma diagonal é dada por:
b.c=a.h.
h² = m . n
Triângulo Equilátero
Exemplo:
sinal (–)
5
–3x ybz 3 coeficiente numérico ou parte numérica
5
x ybz parte literal
Obs.:
As letras x, y, z (final do alfabeto) são usadas como
variáveis (valor variável)
quando o termo algébrico não vier expresso o coefi-
ciente ou parte numérica fica subentendido que
este coeficiente é igual a 1.
3 4 3 4
Exemplo: 1) a bx = 1.a bx 2) –abc = –1.a.b.c
Termos semelhantes: Dois ou mais termos são se-
melhantes se possuem as mesmas letras elevadas aos
mesmos expoentes e sujeitas às mesmas operações.
Exemplos:
3 3 3
a bx, –4a bx e 2a bx são termos semelhantes.
3 3 3
–x y, +3x y e 8x y são termos semelhantes.
Exemplos:
4 3 4 3 1
1) 2 x y z = 2.x .y .z (somando os expoentes da
parte literal temos, 4 + 3 + 1 = 8) grau 8.
Fonte: http://www.brasilescola.com
Expressão polinômio: É toda expressão literal
constituída por uma soma algébrica de termos ou mo-
EQUAÇÕES
nômios.
EXPRESSÕES LITERAIS OU ALGÉBRICAS
2 2
Exemplos: 1)2a b – 5x 2)3x + 2b+ 1
IGUALDADES E PROPRIEDADES
São expressões constituídas por números e letras, Polinômios na variável x são expressões polinomiais
unidos por sinais de operações. com uma só variável x, sem termos semelhantes.
2 2
Exemplo: 3a ; –2axy + 4x ; xyz; x + 2 , é o mes- Exemplo:
3 2
2 2 5x + 2x – 3 denominada polinômio na variável x cuja
mo que 3.a ; –2.a.x.y + 4.x ; x.y.z; x : 3 + 2, as letras a, 2 3 n
forma geral é a0 + a1x + a2x + a3x + ... + anx , onde a0,
x, y e z representam um número qualquer.
a1, a2, a3, ..., an são os coeficientes.
Chama-se valor numérico de uma expressão algé-
Grau de um polinômio não nulo, é o grau do monô-
brica quando substituímos as letras pelos respectivos
mio de maior grau.
valores dados:
2 4 2
2 Exemplo: 5a x – 3a x y + 2xy
Exemplo: 3x + 2y para x = –1 e y = 2, substituin-
2
do os respectivos valores temos, 3.(–1) + 2.2 → 3 . 1+ Grau 2+1 = 3, grau 4+2+1= 7, grau 1+1= 2, 7 é o
4 → 3 + 4 = 7 é o valor numérico da expressão. maior grau, logo o grau do polinômio é 7.
Exercícios Exercícios
Calcular os valores numéricos das expressões:
Raciocínio Lógico 60 A Opção Certa Para a Sua Realização
APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
Dar os graus e os coeficientes dos monômios: somente para determinado valor numérico atribuído à
2
a)–3x y z grau coefciente__________ variável. Logo, equação é uma igualdade condicional.
7 2 2
b)–a x z grau coeficiente__________
c) xyz grau coeficiente__________ Exemplo: 5 + x = 11
↓ ↓
0 0
Dar o grau dos polinômios: 1 .membro 2 .membro
4 2
a) 2x y – 3xy + 2x grau __________
5 2
b) –2+xyz+2x y grau __________ onde x é a incógnita, variável ou oculta.
Exemplo 1: Determine os números naturais de mo- Exercícios. Efetuar os produtos da soma pela dife-
do que 4 + 2x > 12. rença:
4 + 2x > 12 1) (a – 2) (a + 2) 2) (2a – 3) (2a + 3)
2x > 12 – 4 2 2
3) (a – 1) (a + 1)
2x > 8 ⇒ x > ⇒ x>4
8
2 Respostas: 3.º caso
2 2
1) a – 4 2) 4a – 9
4
Exemplo 2: Determine os números inteiros de modo 3) a – 1
que 4 + 2x ≤ 5x + 13
Exemplo 2: Exemplo 2:
2
3a + 6a: Fator comum dos coeficientes (3, 6) é 3,
a2
2
porque MDC (3, 6) = 3. 4 – a , extrair as raízes dos extremos 4 = 2,
2
= a, fica: (4 – a ) = (2 – a). (2+ a)
2
O m.d.c. entre: “a e a é “a” (menor expoente), então
2
o fator comum da expressão 3a + 6a é 3a. Dividindo Exercícios. Fatorar:
2 2 2 2 2
3a : 3a = a e 6 a : 3 a = 2, fica: 3a. (a + 2). 1) x – y 2) 9 – b 3) 16x – 1
x'⋅x "=
(− b + ∆ )⋅ (− b − ∆ ) x'⋅x "=
c
x '⋅ x "=c
1
4a2
− b2 − ∆ 2
( ) Exemplo:
x'⋅x "= 2
⇒ ∆ = b2 − 4 ⋅ a ⋅ c ⇒ x –7x+2 = 0 a = 1, b =–7, c = 2
4a 2 b (- 7)
S=x'+x"= − =- =7
b2 − b2 − 4ac
a 1
x '⋅ x " = ⇒ c 2
2 P = x'⋅x " = = = 2
4a a 1
EXERCÍCIOS
b2 − b2 + 4ac
x'⋅x "= ⇒ Calcule a Soma e Produto
4a2
2
1) 2x – 12x + 6 = 0
2
4ac c 2) x – (a + b)x + ab = 0
x'⋅x "= ⇒ x '⋅x " = 2
3) ax + 3ax–- 1 = 0
4a2 a 2
4) x + 3x – 2 = 0
c Respostas:
Daí o produto das raízes é igual a ou seja:
a 1) S = 6 e P = 3
c 2) S = (a + b) e P = ab
x '⋅ x " = ( Relação de produto) −1
a 3) S = –3 e P =
a
Sua Representação: 4) S = –3 e P = –2
Representamos a Soma por S
APLICAÇÕES DAS RELAÇÕES
b 2
S=x'+x"= − Se considerarmos a = 1, a expressão procurada é x
a + bx + c: pelas relações entre coeficientes e raízes
c temos:
Representamos o Produto pôr P P = x '⋅x " =
a x’ + x”= –b b = – ( x’ + x”)
Exemplos: x’ . x” = c c = x’ . x”
2
1) 9x – 72x +45 = 0 a = 9, b = –72, c = 45. 2
Daí temos: x + bx + c = 0
b (-72) = 72 = 8
S=x'+x"= − =-
a 9 9
c 45
P = x '⋅ x " = = =5
a 9
2
2) 3x +21x – 24= 0 a = 3, b = 21,c = –24
b (21) = - 21 = −7
S=x'+x"= − =-
a 3 3
c + (- 24 ) − 24 REPRESENTAÇÃO
P = x '⋅x " = = = = −8 Representando a soma x’ + x” = S
a 3 3
a = 4, Representando o produto x’ . x” = P
2
E TEMOS A EQUAÇÃO: x – Sx + P = 0
2
3) 4x – 16 = 0 b = 0, (equação incompleta)
c = –16 Exemplos:
a) raízes 3 e – 4
b 0
S = x ' + x "= − = = 0 S = x’+ x” = 3 + (-4) =3 – 4 = –1
a 4 P = x’ .x” = 3 . (–4) = –12
c + (- 16 ) − 16 x – Sx + P = 0
P = x '⋅ x " = = = = −4 2
a 4 4 x + x – 12 = 0
a = a+1
2 b) 0,2 e 0,3
4) ( a+1) x – ( a + 1) x + 2a+ 2 = 0 b = – (a+ 1)
c = 2a+2 S = x’+ x” =0,2 + 0,3 = 0,5
b [- (a + 1)] a + 1 P = x . x =0,2 . 0,3 = 0,06
2
S=x'+x"= − =- = =1 x – Sx + P = 0
a a +1 a +1 2
x – 0,5x + 0,06 = 0
c 2a + 2 2(a + 1)
P = x'⋅x " = = = =2
a a +1 a +1 5 3
c) e
2 4
Se a = 1 essas relações podem ser escritas: 5 3 10 + 3 13
b S = x’+ x” = + = =
x'+ x"= − x ' + x " = −b 2 4 4 4
1
Respostas:
2 2
1) x – 5x+6= 0 2) x – x – 30 = 0 SISTEMA DE EQUAÇÕES DO 2° GRAU
2 −6 x 8 Como resolver
3)x – – =0 Para resolver sistemas de equações do 2º grau, é im-
5 5
2 2 portante dominar as técnicas de resolução de sistema
4) x – 6x + 4 = 0 5) x – 6x = 0
de 1º grau: método da adição e método da substitui-
ção.
RESOLUÇÃO DE PROBLEMAS
Imagine o seguinte problema: dois irmãos possuem
Um problema de 2.º grau pode ser resolvido por idades cuja soma é 10 e a multiplicação 16. Qual a
meio de uma equação ou de um sistema de equações idade de cada irmão?
do 2.º grau.
Equacionando:
Para resolver um problema do segundo grau deve-se
seguir três etapas:
Estabelecer a equação ou sistema de equações corres-
pondente ao problema (traduzir matematicamente), o
enunciado do problema para linguagem simbólica.
Resolver a equação ou sistema
Interpretar as raízes ou solução encontradas
Exemplo:
Qual é o número cuja soma de seu quadrado com
seu dobro é igual a 15?
número procurado : x Pela primeira equação, que vamos chamar de I:
2
equação: x + 2x = 15
Resolução:
2
x + 2x –15 = 0
2 2
∆ =b – 4ac ∆ = (2) – 4 .1.(–15) ∆ = 4 + 60
∆ = 64
Substituindo na segunda:
− 2 ± 64 −2 ± 8
x= x=
2 ⋅1 2
−2 + 8 6
x'= = =3
2 2
−2 − 8 −10
x"= = = −5
2 2 Logo:
Os números são 3 e – 5.
Verificação:
2 2
x + 2x –15 = 0 x + 2x –15 = 0
2 2
(3) + 2 (3) – 15 = 0 (–5) + 2 (–5) – 15 = 0
9 + 6 – 15 = 0 25 – 10 – 15 = 0 Usando a fórmula:
De Produtos notáveis:
Logo
Dividindo por 2:
Substituindo em I:
Logo:
Substituindo em II:
Aplicando na segunda:
Os números são 3 e - 2 ou 2 e - 3.
Exemplo 1 Exemplo 2
Isolando x ou y na 2ª equação:
x – y = –3
Isolando x ou y na 2ª equação do sistema:
x=y–3
x+y=6
x=6–y Substituindo o valor de x na 1ª equação:
Substituindo o valor de x na 1ª equação:
x² + 2y² = 18
(y – 3)² + 2y² = 18
x² + y² = 20
y² – 6y + 9 + 2y² – 18 = 0
(6 – y)² + y² = 20
3y² – 6y – 9 = 0 (dividir todos os membros da equação
(6)² – 2 * 6 * y + (y)² + y² = 20 por 3)
36 – 12y + y² + y² – 20 = 0
16 – 12y + 2y² = 0
y² – 2y – 3 = 0
2y² – 12y + 16 = 0 (dividir todos os membros da
equação por 2)
∆ = b² – 4ac
∆ = (–2)² – 4 * 1 * (–3)
y² – 6y + 8 = 0 ∆ = 4 + 12
∆ = 16
∆ = b² – 4ac
∆ = (–6)² – 4 * 1 * 8
a = 1, b = –2 e c = –3
∆ = 36 – 32
∆=4
a = 1, b = –6 e c = 8
2. Assinale a alternativa que apresenta uma contra- (A) Fátima corre menos do que Rita.
dição. (B) Fátima corre mais do que Marta.
(C) Juliana corre menos do que Rita.
(A) Todo espião não é vegetariano e algum vegetari- (D) Marta corre mais do que Juliana.
ano é espião. (E) Juliana corre menos do que Marta.
(B) Todo espião é vegetariano e algum vegetariano
não é espião. 8. Há 4 caminhos para se ir de X a Y e 6 caminhos para
(C) Nenhum espião é vegetariano e algum es pião se ir de Y a Z. O número de caminhos de X a Z que
não é vegetariano. passam por Y é
(D) Algum espião é vegetariano e algum es pião não
é vegetariano. (A) 10.
(E) Todo vegetariano é espião e algum espião não é (B) 12.
vegetariano. (C) 18.
(D) 24.
3. Todos os que conhecem João e Maria admiram (E) 32.
Maria. Alguns que conhecem Maria não a admi-
ram. Logo, 9. Todas as plantas verdes têm clorofila. Algumas plan-
tas que tem clorofila são comestíveis. Logo,
(A) todos os que conhecem Maria a admiram.
(B) ninguém admira Maria. (A) algumas plantas verdes são comestíveis.
(C) alguns que conhecem Maria não conhecem João. (B) algumas plantas verdes não são comestíveis.
(D) quem conhece João admira Maria. (C) algumas plantas comestíveis têm clorofila.
(E) só quem conhece João e Maria conhece Maria. (D) todas as plantas que têm clorofila são comestí-
veis.
4. Válter tem inveja de quem é mais rico do que ele. Ge- (E) todas as plantas vendes são comestíveis.
raldo não é mais rico do que quem o inveja. Logo,
10. A proposição 'É necessário que todo aconteci-
(A) quem não é mais rico do que Válter é mais pobre mento tenha causa' é equivalente a
do que Válter.
(B) Geraldo é mais rico do que Válter. (A) É possível que algum acontecimento não tenha
(C) Válter não tem inveja de quem não é mais rico do causa.
que ele. (B) Não é possível que algum acontecimento não te-
(D) Válter inveja só quem é mais rico do que ele. nha causa.
(E) Geraldo não é mais rico do que Válter. (C) É necessário que algum acontecimento não tenha
causa.
5. Em uma avenida reta, a padaria fica entre o posto de (D) Não é necessário que todo acontecimento tenha
gasolina e a banca de jornal, e o posto de gasoli- causa.
na fica entre a banca de jornal e a sapataria. Logo, (E) É impossível que algum acontecimento tenha
causa.
(A) a sapataria fica entre a banca de jornal e a pada-
ria. 11. Continuando a seqüência 47, 42, 37, 33, 29, 26, ... ,
(B) a banca de jornal fica entre o posto de gasolina e temos
a padaria.
(C) o posto de gasolina fica entre a padaria e a banca (A) 21.
de jornal. (B) 22.
(D) a padaria fica entre a sapataria e o posto de ga- (C) 23.
solina. (D) 24.
(E) o posto de gasolina fica entre a sapataria e a pa- (E) 25.
daria.
12. ... ó pensador crítico precisa ter uma tolerância e
6. Um técnica de futebol, animado com as vitórias obti- até predileção por estados cognitivos de conflito,
das pela sua equipe nos últimos quatro jogos, em que o problema ainda não é totalmente com-
decide apostar que essa equipe também vencerá preendido. Se ele ficar aflito quando não sabe 'a
resposta correta', essa ansiedade pode impedir a
22. Em uma classe, há 20 alunos que praticam futebol 26. Se Francisco desviou dinheiro da campanha as-
mas não praticam vôlei e há 8 alunos que prati- sistencial, então ele cometeu um grave delito.
cam vôlei mas não praticam futebol. O total dos Mas Francisco não desviou dinheiro da campanha
que praticam vôlei é 15. Ao todo, existem 17 alu- assistencial. Logo,
nos que não praticam futebol. O número de alu-
nos da classe é (A) Francisco desviou dinheiro da campanha assis-
tencial.
(A) 30. (B) Francisco não cometeu um grave delito.
(B) 35. (C) Francisco cometeu um grave delito.
(C) 37. (D) alguém desviou dinheiro da campanha assisten-
(D) 42. cial.
(E) 44. (E) alguém não desviou dinheiro da campanha assis-
tencial.
INSTRUÇÃO: Utilize o texto a seguir para responder
às questões de nº 23 e 24. 27. Se Rodrigo mentiu, então ele é culpado. Logo,
“Os homens atribuem autoridade a comunicações de (A) se Rodrigo não é culpado, então ele não mentiu.
posições superiores, com a condição de que estas comuni- (B) Rodrigo é culpado.
cações sejam razoavelmente consistentes com as vanta- (C) se Rodrigo não mentiu. então ele não é culpado.
gens de escopo e perspectiva que são creditadas a estas (D) Rodrigo mentiu.
posições. Esta autoridade é, até um grau considerável, in- (E) se Rodrigo é culpado, então ele mentiu.
dependente da habilidade pessoal do sujeito que ocupa a
posição. E muitas vezes reconhecido que, embora este 28. Continuando a seqüência de letras F, N, G, M, H . .
sujeito possa ter habilidade pessoal limitada, sua recomen- ..., ..., temos, respectivamente,
dação deve ser superior pela simples razão da vantagem de
posição. Esta é a autoridade de posição”. (A) O, P.
(B) I, O.
Mas é óbvio que alguns homens têm habilidade supe- (C) E, P.
rior. O seu conhecimento e a sua compreensão, indepen- (D) L, I.
dentemente da posição, geram respeito. Os homens atribu- (E) D, L.
em autoridade ao que eles dizem, em uma organização,
apenas por esta razão. Esta é a autoridade de liderança.' 29. Continuando a seqüência 4, 10, 28, 82, ..., temos
(Chester Barnard, The Functions of the Executive).
(A) 236.
23. Para o autor, (B) 244.
(C) 246.
(A) autoridade de posição e autoridade de liderança (D) 254.
são sinônimos. (E) 256.
(B) autoridade de posição é uma autoridade superior
à autoridade de liderança. 30. Assinale a alternativa em que ocorre uma conclu-
(C) a autoridade de liderança se estabelece por ca- são verdadeira (que corresponde à realidade) e o
racterísticas individuais de alguns homens. argumento inválido (do ponto de vista lógico).
(D) a autoridade de posição se estabelece por habili-
dades pessoais superiores de alguns líderes. (A) Sócrates é homem, e todo homem é mortal, por-
(E) tanto a autoridade de posição quanto a autoridade tanto Sócrates é mortal.
de liderança são ineficazes. (B) Toda pedra é um homem, pois alguma pedra é
um ser, e todo ser é homem.
24. Durante o texto, o autor procura mostrar que as (C) Todo cachorro mia, e nenhum gato mia, portanto
pessoas cachorros não são gatos.
(D) Todo pensamento é um raciocínio, portanto, todo
(A) não costumam respeitar a autoridade de posição. pensamento é um movimento, visto que todos os
(B) também respeitam autoridade que não esteja li- raciocínios são movimentos.
gada a posições hierárquicas superiores. (E) Toda cadeira é um objeto, e todo objeto tem cinco
(C) respeitam mais a autoridade de liderança do que pés, portanto algumas cadeiras tem quatro pés.
de posição.
(D) acham incompatíveis os dois tipos de autoridade. 31 - Sabe-se que existe pelo menos um A que é B. Sabe-se,
(E) confundem autoridade de posição e liderança. também, que todo B é C. Segue-se, portanto, necessaria-
mente que
25. Utilizando-se de um conjunto de hipóteses, um a) todo C é B
cientista deduz uma predição sobre a ocorrência b) todo C é A
de um certo eclipse solar. Todavia, sua predição c) algum A é C
mostra-se falsa. O cientista deve logicamente d) nada que não seja C é A
concluir que e) algum A não é C
(A) todas as hipóteses desse conjunto são falsas. 32- Considere as seguintes premissas (onde X, Y, Z e P são
(B) a maioria das hipóteses desse conjunto é falsa. conjuntos não vazios):
(C) pelo menos uma hipótese desse conjunto é falsa. Premissa 1: "X está contido em Y e em Z, ou X está contido
(D) pelo menos uma hipótese desse conjunto é ver- em P"
dadeira. Premissa 2: "X não está contido em P"
17 Escreva o número que falta. 4 5. (Os braços para cima se somam e os para baixo se
15 13 12 11 9 9 subtraem, para obter o número da cabeça).
?
5 18. (Existem duas séries alternadas, uma que aumen-
18. Escreva o número que falta. ta de 4 em 4 e a outra de 3 em 3).
9 4 1
6 6 2 6 154. (Some os números de fora do parêntese e multi-
1 9 ? plique por 2).
19 Escreva o número que falta. 7 86. (Multiplique o número por dois e subtraia 1, 2, 3 e
11 12 14 ? 26 42 4).
20. Escreva o número que falta. 8 3. (Subtraia os números das duas primeiras colunas e
8 5 2 divida por 2).
4 2 0
9 6 ? 9 333. (Subtraia o número da esquerda do número da
direita para obter o número inserto no parêntese).
21 Escreva o número que falta.
10 5. (O número da cabeça é igual a semi--soma dos
números dos pés).
20 3. (Os números diminuem em saltos iguais, 3 na pri- 5 Assinale a figura que não tem relação com as de-
meira fileira, 2 na segunda e 3 na terceira). mais.
22 Assinale a figura que não tem relação com as de- 27 Assinale a figura que não tem relação com as de-
mais. mais.
2 3. (Todas as outras figuras podem girar até se sobrepo- 23 1. (Todas as outras figuras podem girar até se sobrepo-
rem). rem).
3 4 . (Todas as outras figuras podem girar até se sobrepo- 24 4. (Todas as outras figuras podem girar até se sobrepo-
rem). rem).
4 1. (A figura principal gira 180° e o círculo pequeno passa 25 4. (Todas as outras figuras podem girar até se sobrepo-
para o outro lado). rem).
5 1. (Todas as outras figuras podem girar até se sobrepo- 26 3. (1 e 4 formam urna dupla e o mesmo ocorre com 2 e 5.
rem). Em cada dupla os retângulos preto e hachur alternam
sua posição; a figura 3 tem o sombreado em posição dife-
6. 4. (A figura gira 90° cada vez, em sentido contrario aos rente).
ponteiros do relógio, exceto a 4 que gira no sentido dos
mencionados ponteiros). 27 5. (Todas as outras figuras podem girar até se sobrepo-
rem).
7 4. (Todas as outras figuras podem girar até se sobrepo-
rem). 28 6. (As outras figuras podem girar até se sobreporem).
8 4. (A figura gira 90° cada vez em sentido contrario aos 29 3. (Todas as outras figuras podem girar até se sobrepo-
ponteiros do relógio, exceto o 4 que gira no mesmo senti- rem).
do dos mencionados ponteiros).
30. (A figura principal gira no sentido dos ponteiros do reló-
9 4. (Todas as outras figuras podem girar até se sobrepo- gio; a seta, no sentido contrario).
rem no plano do papel).
BIBLIOGRAFIA
10 2. (Todas as outras figuras podem girar até se sobrepo-
rem). Os testes acima foram extraídos da coleção “FAÇA SEU
TESTE”, da EDITORA MESTRE JOU – SÃO PAULO – SP.
11 3. (As outras três figuras são esquemas de urna mão
esquerda; a de n.° 3 é o esquema de urna mão direita).
___________________________________
12 3. (A figura gira 45° cada vez em sentido contrario aos
ponteiros do relógio, porém o sombreado preto avança ___________________________________
urna posição a mais, exceto em 3, que é, portanto, a figu-
ra que não corresponde as demais). ___________________________________
___________________________________
13 5. (Todas as outras figuras podem girar até se sobrepo-
rem). ___________________________________
_______________________________________________________
14 1. (Todas as outras figuras podem girar até se sobrepo-
rem). _______________________________________________________
O homem, para facilitar o seu deslocamento sobre a superfície terres- ORIENTAÇÃO PELO CRUZEIRO DO SUL
tre, tomando por base o nascer e o pôr do Sol, criou alguns pontos de
orientação. Além dos meios de orientação já conhecidos, à noite é possível nos
orientarmos por meio das estrelas.
Devido à marcante influência que o Sol exerce sobre a Terra, o ho-
mem, observando sua aparente marcha pelo espaço, fixou a direção em Um importante elemento de orientação em nosso hemisfério é o Cru-
que ele surge no horizonte’. zeiro do Sul, para nós bastante visível.
O ponto em que o Sol aparece diariamente no horizonte, o nascente, A forma de nos orientarmos por ele consiste em prolongarmos quatro
é conhecido também por leste ou oriente, e o local onde ele se põe, o vezes o braço maior da cruz e, desse ponto imaginário, baixarmos uma
poente, corresponde ao oeste ou ocidente. perpendicular à linha do horizonte.
Estendendo a mão direita para leste e a esquerda para oeste, encon- Assim teremos o sul. Se nos colocarmos de costas para a constelação
tramos mais dois pontos de orientação — o norte, à nossa frente, e o sul, teremos à frente o norte, à direita o leste e à esquerda o oeste.
às nossas costas.
No hemisfério norte usa-se a estrela Polar como meio de orientação.
Esses quatro principais pontos de orientação: norte, sul, leste e oeste, Ela aponta sempre a direção norte.
constituem os pontos cardeais.
AS LINHAS E CÍRCULOS DA TERRA
Entre os pontos cardeais, foram criados mais quatro pontos de orien-
tação, os colaterais, que são: nordeste, sudeste, noroeste e sudoeste. Devido à grande extensão do nosso planeta, para facilitar a localiza-
ção de qualquer ponto da sua superfície foram imaginadas algumas linhas
Para tornar mais segura a orientação sobre a superfície terrestre, en- ou círculos.
tre um ponto cardeal e um colateral foi criado o subcolateral.
Para se traçar essas linhas foi necessário representar-se graficamente
Os pontos subcolaterais são em número de oito: a Terra por meio de uma figura semelhante à sua forma — a esfera.
NNE — nor-nordeste;
ENE — es-nordeste;
ESE — es-sudeste;
SSE — su-sudeste;
SSO — su-sudoeste;
OSO — os-sudoeste;
ONO — os-noroeste;
NNO — nor-noroeste.
MERIDIANOS
Utilizando os paralelos e os meridianos podemos, por meio da latitude Todos os pontos da superfície terrestre que têm a mesma latitude en-
e da longitude, determinar a posição exata de um ponto qualquer da super- contram-se evidentemente sobre o mesmo paralelo.
fície terrestre. A latitude e a longitude constituem as coordenadas geográfi-
cas. LONGITUDE
FUSOS HORÁRIOS
Sabendo-se que a esfera terrestre se divide em 3600 e que o Sol leva O globo terrestre é a melhor forma de se representar a Terra, pois não
24 horas para iluminá-la, conclui-se que, a cada hora, são iluminados distorce a área e a forma dos oceanos e continentes. Porém, os mapas,
diretamente pelo astro-rei 15 meridianos (360 : 24 = 15). além de oferecerem maior comodidade no seu manuseio e transporte, são
menos custosos e permitem, também, que as indicações neles contidas
O espaço da superfície terrestre compreendido entre 15 meridianos sejam mais completas e minuciosas do que nos globos.
ou 150 recebe o nome de fuso horário. A Terra possui, portanto, 24 fusos
horários, que representam as 24 horas do dia. ESCALAS
Para calcular a hora, convencionou-se que o fuso horário inicial, isto Para reproduzirmos a Terra ou parte dela em um mapa, precisamos
é, o fuso a partir do qual a hora começaria a ser contada, seria o fuso que diminuir o tamanho da área a ser representada.
passa por Greenwich.
Para este fim é que dispomos das escalas. Chamamos escala à rela-
A hora determinada por este fuso horário recebe o nome de hora ção de redução que existe entre as dimensões reais do terreno e as que ele
GMT. apresenta no mapa. As escalas podem ser de duas espécies:
Partindo-se da hora GMT, quando na região que corresponde ao me- Numérica ou aritmética: representada por uma fração ordinária ou sob
ridiano inicial for meio-dia, nas regiões compreendidas em cada um dos 1
fusos a leste desse meridiano teremos uma hora a mais, e a oeste, uma a forma de uma razão — 1:500 000.
hora a menos, isto porque, conforme vimos, a Terra gira de oeste para 500 000
leste.
Consideradas as ilhas oceânicas, o Brasil possui 4 fusos horários. Isto significa que o objeto da representação foi reduzido em quinhen-
tas mil vezes para ser transportado com detalhes para o mapa.
Observamos pelo mapa que há um limite prático e um teórico dos fu-
sos horários. Assim, para se saber o valor real de cada centímetro basta fazer a
seguinte operação:
O meridiano que divide o 1º fuso do 2º passa pelos Estados do Nor-
deste. Se esse limite teórico prevalecesse, esses Estados teriam horas Escala 1: 500 000
diferentes. Como a diferença não é muito grande, criou-se um limite prático,
através do desvio do meridiano que divide o 1º do 2º fuso horário. Assim, 1 cm = 5 000 metros ou 5 km
todo o território nordestino permanece no 2º fuso horário brasileiro.
Conhecendo o valor real de cada centímetro, com o auxílio de uma
Notamos também que do 2º para o 3º fuso houve um desvio para co- régua, poderemos calcular a distância em linha reta entre dois ou mais
incidir com os limites políticos dos Estados, exceção feita ao Pará, cujo pontos do mapa.
território se encontra no 2º e 3º fusos.
Basta, por exemplo, medir os centímetros que separam duas cidades
O 1º fuso horário brasileiro está atrasado duas horas em relação a e multiplicá-los pelo valor equivalente a 1 cm, já encontrado pela operação
Greenwich. acima exemplificada.
O 2º fuso horário, atrasado três horas em relação a Greenwich, consti- Gráfica: representada por uma linha reta dividida em
tui a hora legal do nosso país (hora de Brasília). Nele encontra-se a maioria partes, na qual encontramos diretamente os valores.
dos Estados brasileiros. Um mapa é feito em grande escala quando a redução ou o denomina-
dor da fração é pequeno (1:80000; 1:50000). Um mapa é elaborado em
O 3º fuso horário está atrasado quatro horas em relação a Londres e pequena escala quando a redução ou o denominador da fração é grande
uma hora em relação a Brasília.. (1:500 000; 1:10 000 000).
O 4º fuso horário, com cinco horas de atraso em relação a Greenwich, PROJEÇÕES CARTOGRÁFICAS
está atrasado também duas horas em relação a Brasília. Nele estão inseri-
dos apenas o Acre e o extremo-oeste do Estado do Amazonas. Como a representação da Terra ou de parte dela em um mapa não
pode ser feita com exatidão matemática, posto que a esfera é um corpo
LINHA INTERNACIONAL DE MUDANÇA DA DATA geométrico de certa incompatibilidade com as figuras planas, é preciso
deformá-la um pouco.
Estabelecido o sistema de fusos horários, tornava-se necessário de-
terminar o meridiano a partir do qual deveríamos começar a contagem de Essas deformações serão tanto maiores quanto menor for a superfície
um novo dia. Escolheu-se para tal fim o meridiano de 1800 ou linha interna- representada.
cional da data, onde ocorre a mudança de datas. Cruzando-se esta linha no
sentido oeste-leste, deve-se subtrair um dia (24 horas) e, cruzando-a no As deformações que a Terra ou parte dela sofre ao ser representada
sentido leste-oeste, deve-se acrescentar um dia. em figuras planas —os mapas — ocorrem devido às projeções cartográfi-
cas.
A REPRESENTAÇÃO DA TERRA
Diversos tipos de projeções permitem-nos passar para um plano, com
A representação gráfica da Terra é uma tarefa que cabe a um impor- o mínimo possível de deformações, as figuras construídas sobre uma
tante ramo da ciência geográfica — a Cartografia. esfera.
A Cartografia tem por objetivo estudar os métodos científicos mais Em todos os tipos de projeções, primeiro é transportada, da esfera pa-
adequados para uma melhor e mais segura representação da Terra, ocu- ra a superfície, a rede de paralelos e meridianos, depois, ponto por ponto,
pando-se, portanto, da confecção e análise dos mapas ou cartas geográfi- as figuras ou formas que se deseja representar.
cas.
TIPOS DE PROJEÇÕES CARTOGRÁFICAS
Uma vez que nenhuma projeção reúne os requisitos de conservação CONVENÇÕES CARTOGRÁFICAS
do ângulo, da área, da distância e da forma, o cartógrafo deve usá-las de
acordo com a superfície que deseja representar e a finalidade a que o Várias técnicas são empregadas pelos cartógrafos para se represen-
mapa se destina. tar, em um mapa, os aspectos físicos, humanos e econômicos de um
continente, país ou região.
As projeções costumam ser reunidas em três tipos básicos: cilíndri-
cas, cônicas, e azimutais. SÍMBOLOS
Neste tipo de projeção, muito utilizada na confecção dos planisférios, A REPRESENTAÇÃO DO RELEVO TERRESTRE
os paralelos e meridianos são representados por linhas retas que se cortam
em ângulos retos. Os paralelos aparecem tanto mais separados à medida A representação do relevo terrestre pode ser feita por meio de vários
que se aproximam dos pólos, acarretando grandes distorções nas altas processos: graduação de cores, curvas de nível, hachuras e mapas som-
latitudes. breados.
Dessa forma, a Groenlândia, por exemplo, que é bem menor que a MAPAS COM GRADUAÇÃO DE CORES
América do Sul, no planisfério aparece quase do mesmo tamanho que essa
parte do continente americano. Como exemplo de mapas com graduação de cores, temos:
Por essa projeção, obtemos mapas ou cartas com meridianos for- mapas oceânicos ou batimétricos: onde observamos as
mando uma rede de linhas retas, que convergem para os pólos, e paralelos diferentes profundidades oceânicas, peas tonalidades do a-
constituindo círculos concêntricos que têm o pólo como centro. zul: azul claro, para representar as pequenas profundidades,
e vários tons de azul, até o mais escuro, para as maiores pro-
Na projeção cônica, as deformações são pequenas próximo ao para- fundidades.
lelo de contato, mas tendem a aumentar à medida que as zonas represen-
tadas estão mais distantes. CURVAS DE NÍVEL
Devemos recorrer a este tipo de projeção para representarmos mapas As curvas de nível são linhas empregadas para unir os pontos da su-
regionais, onde são apresentadas apenas pequenas partes da superfície perfície terrestre de igual altitude sobre o nível do mar.
terrestre.
PROJEÇÃO AZIMUTAL
I – Domínio Amazônico – região norte do Brasil, com terras baixas e Com um grande processo de lixiviação encontrado na Amazônia, essa
grande processo de sedimentação; clima e floresta equatorial; ação torna o solo pobre levando todos os seus nutrientes pela força da
Condições Ambientais e Economicamente Sustentáveis Devido o homem não intervir de significativa maneira em seu habitat, o
ambiente natural da caatinga encontra-se pouco devastado. Sua região
Lembrando que foi colocado anteriormente em relação ao povoamento, poderia ser ocupada mais a nível agrícola, em virtude do seu solo possuir
essas terras já estão sendo utilizadas economicamente há muitos anos. boas condições de manejo, só necessitando de irrigação artificial. Assim,
Decorrente disso, observa-se uma considerável desgastação do solo que considerando os fatos apresentados, a caatinga teria condições de desen-
elucida uma atual preservação das matas restantes. Esta região já sofreu volver-se economicamente com a agricultura, que seria de suma importân-
muita devastação do homem e da sociedade e devem ser tomadas atitudes cia para acabar com a miséria existente. Mas sem esquecer de utilizar os
urgentes para sua conservação. Existem muitos programas, tanto do go- recursos naturais com equilíbrio, sendo feito de modo organizado e pré-
verno como privados, para a proteção da mata atlântica. Destaca-se por estabelecido à não causar desastres e consequências ambientais futuros.
exemplo, a Fundação O Boticário (privado), que detém áreas de preserva-
ção ao ambiente natural e o SOS Mata Atlântica (governamental e privado). V – Domínio Morfoclimático das Araucárias
Neste sentido, a solução mais adequada para este domínio, seria a estag- Situação Geográfica
nação de muitos processos agrícolas ao longo de sua área, pois o solo
encontra-se desgastado e com problemas erosivos muito acentuados. Encontrado desde o sul paulista até o norte gaúcho, o domínio das a-
Deixando assim, a terra “descansar” e iniciar um projeto de reconstituição à raucárias ocupa uma área de 400.000 km², abrangendo em seu território
vegetação nativa. cidades importantes, como: Curitiba, Ponta Grossa, Lages, Caxias do Sul,
Passo Fundo, Chapecó e Cascavel.
IV – Domínio Morfoclimático das Caatingas
Características do Povoamento
Situação Geográfica
A região das araucárias foi povoada no final do século XIX, principal-
Situado no nordeste brasileiro, o domínio morfoclimático das caatingas mente por imigrantes italianos, alemães, poloneses, ucranianos etc. Com
abrange em seu território a região dos polígonos das secas. Com uma isto, os estrangeiros diversificaram a economia local, o que tornou essa
extensão de aproximadamente 850.000 km², este domínio inclui o Estado região uma das mais prósperas economicamente. Caracterizado por colô-
do Ceará e partes dos Estados da Bahia, de Sergipe, de Alagoas, de Per- nias de imigração estabelecidas pela descendência estrangeira, podemos
nambuco, da Paraíba, do Rio Grande do Norte e do Piauí. Tendo como destacar como principais pontos, as cidades de: Blumenau – SC , colônia
principais cidades: Crato, Petrolina, Juazeiro e Juazeiro do Norte. alemã; Londrina – PR, colônia japonesa; Caxias do Sul – RS, colônia
Características do Povoamento italiana. Mas a vinda desses imigrantes não foi só boa vontade do governo
daquela época. O Brasil tinha acabado de terminar a sua guerra com Para-
Sendo uma das áreas junto ao domínio morfoclimático dos mares de guai, que deixou muitas perdas em sua população, em virtude disso a
morros, de colonização pelos europeus (portugueses e holandeses), sua solução foi atrair imigrantes europeus e asiáticos.
história de povoamento já é bastante antiga. A caatinga foi sempre um
palco de lutas de independência, seja ela escravista ou nacionalista. A Características Bio-Hidro-Climáticas e Fisiográficas
região tornou-se alvo de bandidos e fugitivos contrários ao Reinado Portu- Atualmente, a vegetação de araucária – chamada de pinheiro-do-
guês e posteriormente ao Império Brasileiro. Como o domínio das caatingas Paraná, ou pinheiro-braseleiro – pouco resta, as indústrias de celulose e
localiza-se numa área de clima seco, logo chamou a atenção dos mesmos madeireiras da região, fizeram um extrativismo descontrolado que resultou
para refugiarem-se e construírem suas “fortalezas”, chamados de cangacei- no desaparecimento total em algumas áreas. Sua condição de arbórea,
ros. Com isso o processo de povoamento, instaurados nos anos 40 e 50, geralmente com mais de 30 m de altura, condiz a um solo profundo, em
centrou-se mais em áreas próximas ao litoral, mas o governo federal inves- virtude de suas raízes estabelecerem a sustentação da própria árvore. A
tiu em infra-estrutura na construção de barragens, açudes e canais fluviais, região das araucárias encontra-se no planalto meridional onde a altitude
surgindo assim o Departamento Nacional de Obras Contra as Secas pode variar de 500 metros até cerca de 1.200 m. Isso evidencia um clima
(DNOCS). Entretanto, o clima “desértico” da caatinga, prejudicou muito a subtropical em toda sua extensão que mantém uma boa relação com a
ocupação populacional nesta região, sendo que a caatinga continua sendo precipitação existente nesse domínio, variando de 1.200 a 1.800 mm.
uma área preocupante no território brasileiro em vista do seus problemas Nesse sentido, a região identifica-se com uma grande rede de drenagem
sociais, que são imensos. Valendo destacar que com todos esses obstácu- em toda a sua extensão territorial. O solo é formado principalmente por
los sociais e naturais da caatinga, seus habitantes partem para migração latossolos brunos e também é encontrado latossolos roxos, cambissolos,
em regiões como a Amazônia e o sudeste brasileiro, chamada de migra- terras brunas e solos litólicos. Com estas características, o solo detém uma
ções de transumância (saída na seca e volta na chuva). alta potencialidade agrícola, como: milho, feijão, batata, etc. As morfologias
Características Bio-Hidro-Climáticas e Fisiográficas do relevo se destacam por uma forte ondulação até um montanhoso, o que
o representa num solo de fácil adesão a processos erosivos, iniciados pela
Com o seu clima semi-árido, o solo só poderia ter características seme- degradação humana e social.
lhantes. Sendo raso e pedregoso, o solo da caatinga sofre muito intempe-
rismo físico nos latossolos e pouca erosão nos litólicos e há influência de Condições Ambientais e Economicamente Sustentáveis
sais em solo, como: solonetz, solodizados, planossolos, solódicos e soon- Percebe-se atualmente que esta arbórea quase desapareceu dessa
chacks. Segundo Ab´Saber, a textura dos solos da caatinga passa de região, devido à descontrolada exploração da araucária para produção de
argilosa para textura média, outra característica é a diversidade de solos e celulose. Felizmente, medidas foram tomadas e hoje a araucária é protegi-
ambientes, como o sertão e o agreste. Mesmo tendo aspectos de um solo da por lei estadual no Paraná. Mas os questionamentos ambientais não
pobre, a caatinga nos engana, pois necessita apenas de irrigação para estão somente na vegetação. Devido este solo ser utilizado há anos vêem
florescer e desenvolver a cultura implantada. Tendo pouca rede de drena- a ocorrer uma erosividade considerada. Em virtude do mesmo, surge a
gem, os mínimos rios existentes são em sua maioria sazonais ao período técnica de manejo agrícola chamada plantio direto, que evidencia uma
das chuvas, que ocorrem num curto intervalo durante o ano. Porém existe proteção ao solo nu em épocas de pós-safra. Nesse sentido, o domínio
Em meio a esse contexto, em março de 1963, foi aprovado o Estatuto O espaço urbano no Brasil
do Trabalhador Rural, regulando as relações de trabalho no campo, que até Crescimento urbano – crescimento da população que vive nas cida-
então estavam à margem da legislação trabalhista. Contudo, com o golpe des.
militar de 1964, as ideias foram revistas e a reforma agrária realizada nesse Urbanização – corresponde a transferência de populações originárias
período foi concentrada na fronteira agrícola do Centro-Oeste, visando das zonas rurais em direção às cidades.
sobretudo a ocupação do território. O processo de urbanização brasileira começou a partir de 1940, como
Entre 1980 e 1990, surgiram várias organizações em defesa da refor- resultado da modernização econômica e do grande desenvolvimento indus-
ma agrária como o Movimento dos Trabalhadores Sem-Terra, Ligas Cam- trial graças a entradas de capital estrangeiro no país.
ponesas e a Pastoral da Terra. As empresas transnacionais preferiram se instalar nas cidades em que
a concentração populacional fosse maior e de melhor infra-estrutura, dando
Em 1993, o Congresso Nacional estabeleceu que a improdutividade origem às grandes metrópoles.
das terras caracterizava o não cumprimento do caso previsto pela Constitu-
ição de 1988 de função social da propriedade; ficou estabelecido por Lei A industrialização gerou empregos para os profissionais qualificados,
que a improdutividade procederia à desapropriação. Atualmente, por parte expandiu a classe média e o nível de consumo urbano. A cidade transfor-
dos movimentos, as ocupações de terra tornaram-se o principal mecanismo mou-se num padrão de modernidade, gerando êxodo rural.
de pressão sobre o Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária A tecnologia e o nível de modernização econômica não estavam adap-
(Incra), para a execução dos processos de desapropriação e assentamen- tados à realidade brasileira.
tos. A migração campo-cidade gerou desemprego e aumento das ativida-
des do setor terciário informal.
Para Viviam Nascimento, um caminho para minimizar o conflito neste
sentido é fortalecer as políticas de controle e fiscalização da propriedade O modelo de desenvolvimento econômico e social adotado no Brasil a
agrícola, "organizando a titulação, acompanhando o mercado de terras partir dos anos 50 levou a um processo de metropolização.
(incluindo a compra por parte dos estrangeiros), além de fiscalizar e agir Ocorrência do fenômeno da conurbação, que constituem as regiões
com rapidez nas resoluções de conflitos". metropolitanas (criadas em 1974 e 1975).
A partir da década de 80 houve o que se chama de desmetropolização,
Segundo Carlos Feliciano, "a solução para esse impasse é a realização com os índices de crescimento econômico maiores nas cidades médias,
de uma reforma agrária ampla, baseada em critérios legais melhor defini- havendo assim um processo de desconcentração econômica.
dos", de acordo com o pesquisador, só assim o Estado cumpriria o que a
Constituição Federal estabelece como função social da propriedade: ser Outras regiões passaram a atrair mais que as regiões metropolitanas,
produtiva, respeitar as leis trabalhistas, ambientais, gerando desenvolvi- havendo também desconcentração populacional.
mento para a região a que pertence. Está ocorrendo um declínio da importância das metrópoles na dinâmica
social e econômica do país.
Mapeamento dos conflitos Um número crescente de cidades passou a pertencer ao conjunto das
Em abril deste ano, a Comissão Pastoral da Terra lançou um relatório cidades médias e grandes.
sobre conflitos no campo a partir de dados coletados em 2010. Dos 638 Podemos dizer que o Brasil se modernizou e que a grande maioria da
conflitos neste último ano, mais da metade refere-se a posseiros (antigos população brasileira, já está de alguma forma integrada aos sistemas de
donos de pequenas áreas sem títulos da propriedade) e a povos e comuni- consumo, produção e informação.
dades tradicionais (indígenas, quilombolas, extrativistas etc.) - totalizando Existe hoje uma integração entre o Brasil urbano e o agrário, um absol-
57% das violências ligadas à terra, no ano. A maioria tem sua causa ligada vendo aspectos do outro. A produção rural incorporou inovações tecnológi-
a grandes projetos, como barragens, ferrovias, rodovias, parques eólicos, e cas produzidas nas cidades. O Brasil rural tradicional está desaparecendo e
mineração. sobrevive apenas nas regiões mais pobres.
Mas o que mais marca o ano de 2010 nesse quesito é o crescimento A produção comercial está cada vez mais voltada para a cidade.
do número de assassinatos em conflitos no campo: 34 assassinatos, um A produtividade aumentou e o meio rural integrou-se aos principais
número 30% maior que em 2009, quando foram registrados 26. O estado mercados nacionais e internacionais.
do Pará mantém a liderança quanto ao número dos assassinatos, 18, A implantação de modernos sistemas de transportes e de comunica-
número 100% maior que em 2009, quando foram registrados 9 mortes. ções reduziu as distâncias e possibilitou a desconcentração das atividades
Além dos assassinatos, em 2010 foram registradas 55 tentativas de assas- econômicas, que se difundiram por todo o país e hoje são coordenadas a
sinato, 125 pessoas receberam ameaças de morte, 4 foram torturadas, 88 partir de diretrizes produzidas nos grandes centros nacionais e internacio-
presas e 90 agredidas. nais.
Com relação aos conflitos de terra propriamente ditos, o total permane- Segundo o modelo informacional, São Paulo é a metrópole mundial
ceu muito próximo ao de 2009, passando de 854 para 853, em 2010. Os brasileira que exerce controle sobre os principais sistemas de comunicação
“Com o crescimento e a geração de empregos, uma parte da popula- Para Neri, é possível que o número de extremamente pobres seja até
ção saiu da pobreza extrema. (Mas) as oportunidades não foram suficientes menor do que o estimado pelo Censo, se for levada em conta a renda
para todos – sobraram os com menos condições de aproveitar, como os obtida em transações não monetárias, como trocas e agricultura familiar.
que não tinham vínculos com o mercado de trabalho ou acesso à Previdên- “Pelo Pnad (Pesquisa Nacional de Amostra de Domicílios, também do
cia e à assistência social”, explicou Rafael Osório, pesquisador do Ipea IBGE), essas pessoas seriam 5,5% da população”, disse o pesquisador da
(Instituto de Pesquisas Econômicas Aplicadas). FGV.
Segundo o Censo 2010, em média 8,5% da população brasileira ainda A incerteza a respeito do tamanho dessa população revela, na verda-
vive com renda per capita mensal de até R$ 70. Isso equivale a cerca de de, uma boa notícia: como o grupo de extremamente pobres está cada vez
16,2 milhões de pessoas – praticamente a população do estado do Rio de menor, eles ficam pouco representados na amostra geral dos brasileiros,
Janeiro. explicou Rafael Osório, do Ipea.
Com 7,5 mil habitantes, Assunção do Piauí, visitada pela BBC Brasil “As pessoas extremamente pobres são mais difíceis de se investigar.
em janeiro, teve em 2010 o 10º pior rendimento per capita domiciliar do Algumas sequer são achadas, não interagem com o Estado, não têm
país – uma média de R$ 137 reais, contra R$ 1.180 de São Paulo. documentos, e o acesso a elas é complicado”, disse.
A taxa de analfabetismo é de quase 40% entre pessoas com 15 anos Além disso, a pobreza extrema não é apenas uma questão de renda:
ou mais. A cidade tem quase 1.500 famílias beneficiárias do Bolsa Família. diz respeito também à falta de acesso a serviços básicos, como saneamen-
"Muitos ficam na fila de espera (do programa) porque Assunção já ex- to, moradia e educação de qualidade, e ao isolamento em relação ao
trapolou a cota que o Ministério do Desenvolvimento estipula para cada mercado de trabalho.
cidade", diz a assistente social Ana Alaídes Soares Câmara, que trabalha Faltam atividades econômicas
no Centro de Referência de Assistência Social da cidade.
O perfil dos extremamente pobres
O Técnico do IBGE tem como atribuições precípuas coletar dados em O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística ou IBGE é uma
diversas fontes, organizar, criticar, corrigir, lançar, tratar e manter os dados fundação pública da administração federal brasileira criada em 1934 e
garantindo a sua integridade, confidencialidade e disponibilidade; realizar instalada em 1936 com o nome de Instituto Nacional de Estatística; seu
entrevistas em domicílios e estabelecimentos informantes para obtenção de fundador e grande incentivador foi o estatístico Mário Augusto Teixeira de
dados conforme metodologia e plano de supervisão de pesquisa; realizar Freitas. O nome atual data de 1938. A sede do IBGE está localizada
levantamentos topográficos, geográficos e cartográficos com vistas a man- na cidade do Rio de Janeiro.
ter atualizada a base territorial dos municípios; entre outras; O IBGE tem atribuições ligadas
Principais Funções do IBGE às geociências e estatísticas sociais, demográficas e econômicas, o que
inclui realizar censos e organizar as informações obtidas nesses censos,
O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística - IBGE se constitui no para suprir órgãos das esferas governamentais federal, estadual e
principal provedor de dados e informações do País, que atendem às neces- municipal, e para outras instituições e o público em geral.
sidades dos mais diversos segmentos da sociedade civil, bem como dos
órgãos das esferas governamentais federal, estadual e municipal. Histórico
O IBGE oferece uma visão completa e atual do País, através do de- A data oficial de criação do IBGE é 29 de maio de 1936 quando foi
sempenho de suas principais funções: regulamentado o Instituto Nacional de Estatística. Após a extinção do INE,
foi criado o IBGE mediante o Decreto-Lei n. 218 de 26 de janeiro de 1938.
Produção e análise de informações estatísticas
Estrutura
Coordenação e consolidação das informações estatísticas
O IBGE é uma entidade da administração pública federal, constituído
Produção e análise de informações geográficas na forma de fundação pública pelo Decreto-lei nº 161, de 13 de fevereiro de
1967,8 vinculado ao Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão.
Coordenação e consolidação das informações geográficas
Possui a presidência, quatro diretorias e dois outros órgãos centrais.
Estruturação e implantação de um sistema da informações ambientais
O IBGE possui uma rede nacional de pesquisa e disseminação,
Documentação e disseminação de informações composta por:
Coordenação dos sistemas estatístico e cartográfico nacionais Vinte e sete (27) unidades estaduais (26 nas capitais dos estados e 1
no Distrito Federal)
Histórico
Vinte e sete supervisões de documentação e disseminação de
Durante o período imperial, o único órgão com atividades exclusiva- informações (26 nas capitais e 1 no Distrito Federal)
mente estatísticas era a Diretoria Geral de Estatística, criada em 1871. Com
o advento da República, o governo sentiu necessidade de ampliar essas Vinte e sete supervisões de base territorial (26 nas capitais e 1 no
atividades, principalmente depois da implantação do registro civil de nasci- Distrito Federal)
mentos, casamentos e óbitos.
Seis Gerências de Geodésia e Cartografia (Bahia, Distrito
Com o passar do tempo, o órgão responsável pelas estatísticas no Federal, Ceará, Goiânia, Pará e Santa Catarina)
Brasil mudou de nome e de funções algumas vezes até 1934, quando foi
Cinco Gerências de Recursos Naturais (Bahia, Distrito
extinto o Departamento Nacional de Estatística, cujas atribuições passaram
Federal, Goiânia, Pará e Santa Catarina)
aos ministérios competentes.
Quinhentas e trinta e três (533) agências de pesquisa e disseminação
A carência de um órgão capacitado a articular e coordenar as pesqui-
nos principais municípios.
sas estatísticas, unificando a ação dos serviços especializados em funcio-
namento no País, favoreceu a criação, em 1934, do Instituto Nacional de Sede na cidade do Rio de Janeiro, onde está instalada a presidência,
Estatística - INE, que iniciou suas atividades em 29 de maio de 1936. No as diretorias e órgãos centrais a saber:
ano seguinte, foi instituído o Conselho Brasileiro de Geografia, incorporado
ao INE, que passou a se chamar, então, Instituto Brasileiro de Geografia e Diretoria Executiva (DE).
Estatística. Diretoria de Pesquisas (DPE), responsável pelo planejamento e
Desde então, o IBGE cumpre a sua missão: identifica e analisa o terri- coordenação e execução das pesquisas de cunho estatístico.
tório, conta a população, mostra como a economia evolui através do traba- Diretoria de Geociências (DGC), responsável pela cartografia básica,
lho e da produção das pessoas, revelando ainda como elas vivem. pelo sistema geodésico brasileiro, pela representação da estrutura
Estrutura territorial, pelo levantamento de recursos naturais e meio ambiente e pelos
levantamento e estudos geográficos.
O IBGE é uma entidade da administração pública federal, vinculada ao
Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão, que possui quatro direto- Diretoria de Informática (DI)
rias e dois outros órgãos centrais. Centro de Documentação e Disseminação de Informações (CDDI),
Para que suas atividades possam cobrir todo o território nacional, o responsável pela documentação e pela disseminação das informações
IBGE possui a rede nacional de pesquisa e disseminação, composta por: produzidas pelo instituto, bem como coordenar as 27 SDIs do país.
27 Unidades Estaduais (26 nas capitais dos estados e 1 no Distrito Fe- Escola Nacional de Ciências Estatísticas (ENCE),9 responsável pelo
deral) treinamento dos servidores do instituto. A ENCE também é uma instituição
federal de ensino superior que oferece os seguintes cursos:
27 Setores de Documentação e Disseminação de Informações (26 nas
capitais e 1 no Distrito Federal) Bacharelado em Estatística.
581 Agências de Coleta de dados nos principais municípios. Especialização em Análise Ambiental e Gestão do Território.
Mestrado em Estudos Populacionais e Pesquisas Sociais.
Em 1846 foi criado o primeiro regulamento censitário do país que fixava Na contagem realizada em 2007, o IBGE inovou ao substituir os
o intervalo de oito anos para execução do censo demográfico. O governo antigos questionários de papel pelo questionário eletrônico. Trata-se de um
só foi autorizado a realizar o censo em 1850 que teve início em 1852. A computador de mão oupersonal digital assistant (PDA), que foi utilizado
população revoltou-se contra o Decreto nº 797 de junho de 1851 que fez pelo recenseadores durante a coleta de dados. Estima-se que foram
crer que os homens de cor libertos seriam escravizados. A revolta atrapa- comprados cerca de 86 mil PDA's para a realização da contagem e do
lhou os planos censitários, que foram adiados por 20 anos. censo agropecuário.
Um novo regulamento censitário foi estabelecido em 1870, aumentan- Censo agropecuário no Brasil
do o tempo entre censos de oito para dez anos. Em 1872 foi realizado o O censo agropecuário no Brasil é uma pesquisa realizada
primeiro censo nacional no Brasil que recebeu o nome de Recenseamento pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). De 16 de abril até
da População do Império do Brasil. O censo seguinte, pela legislação, seria agosto de 2007 ocorreu a coleta de dados da décima edição do censo
em 1882 e não ocorreu. Com o fim do Império e a Proclamação da Repúbli- gropecuário referente às atividades desenvolvidas por todos os
ca em 1888 um novo censo foi realizado em 1890 seguido de censo estabelecimentos agropecuários nacionais entre as datas de 1 de janeiro
em 1900. Em 1910 não foi realizada contagem retornando em 1920. até 31 de dezembro de 2006.
Em 1930 também não houve censo.
Histórico do censo agropecuário no Brasil
O censo de 1940 inicia então nova fase nas pesquisas populacionais
do Brasil sendo organizado pelo IBGE que fora criado em 1936 com a 1920 — Primeiro censo agropecuário.
contribuição do renomado demógrafo italiano Giorgio Mortara. Desde então
o censo tem sido realizado rigorosamente a cada 10 anos. Os questionários 1940 até 1970 — realização decenal de censos agropecuários.
passaram a ser mais abrangentes contendo perguntas sobre temas eco- 1970 — Realização de censos a cada cinco anos (1975, 1980, 1985,
nômicos e sociais, tais como: mão-de-obra, emprego, desemprego, rendi- 1990).
mento, fecundidade, migrações internas, entre outros temas.
1996 — Censo agropecuário realizado (9ª edição) juntamente com a
Depois do censo de 1991 o IBGE buscou um novo modelo de condu- operação censitária "contagem de população". Período de referência: ano
ção de integração com a sociedade proprocionando a reformulação de agrícola 1995–1996.
perguntas e na estratégia das pesquisas e abordagem do intervistando
visando ao censo 2000. Atualmente, os planos para o censo de 2010 são 2007 — Realização do 10º e último censo agropecuário de 16 de abril
de uma constante atualização da população com aumento da informatiza- até 31 de agosto. Período de referência: 2006.
ção na coleta de dados já inicada na contagem populacional de 2007. Fonte: Ligação sobre censo agropecuário
Contagem de população 2007: http://www.ibge.gov.br/censos2007/index.php [ligação inativa]
Coleta — 16 de abril de 2007 a 21 de agosto de 2007. A partir da construção de uma infraestrutura amostral, permitirá condu-
zir todas as pesquisas do sistema.
Apuração — 16 de abril de 2007 a 31 de dezembro de 2008.
A Base Territorial para o Censo 2010 foi uma base única, integrando as
Dados preliminares — 16 de maio de 2007 a 30 de setembro de 2007. vertentes urbana e rural, onde o País foi mapeado e dividido em setores
censitários. Para cada setor, foi designado um recenseador que visitou os
Dados definitivos — 1 de outubro de 2007 a 31 de julho de 2008. domicílios e entrevistou os moradores.
Em 2010, o IBGE realizou o XII Censo Demográfico, que se constituiu Dentro dos aperfeiçoamentos do Censo 2010, o IBGE migrou a Base
no grande retrato em extensão e profundidade da população brasileira e Territorial e o Cadastro de Endereços para um ambiente gráfico estruturado
das suas características sócio-econômicas e, ao mesmo tempo, na base em bancos de dados geoespaciais.
sobre a qual deverá se assentar todo o planejamento público e privado da
próxima década. O Cadastro Nacional de Endereços para Fins Estatísticos – CNEFE,
elaborado a partir dos registros de unidades recenseadas em 2000-2007,
O Censo 2010 é um retrato de corpo inteiro do país com o perfil da po- compreendeu quase a totalidade dos setores urbanos. Esse cadastro
pulação e as características de seus domicílios, ou seja, ele nos diz como prévio de endereços foi associado aos mapas digitais, atualizado por fontes
somos, onde estamos e como vivemos. cadastrais diversas e passou por uma conferência nas áreas urbanas,
A fase preparatória da operação censitária teve início em 2007 e seus etapa denominada de Pré-Coleta, para posterior inclusão no computador de
trabalhos foram intensificados a partir de 2008. A coleta teve início em 1º de mão para a coleta, permitindo ao recenseador se orientar melhor no percur-
agosto de 2010, durando 3 meses. E os primeiros resultados foram divul- so que deveria fazer durante o trabalho de campo.
gados em dezembro do mesmo ano. Como o computador de mão estava equipado com GPS, durante os
Nesta página, um dos canais de divulgação do Censo 2010, você en- Censos 2007 foram captadas as coordenadas de localização de escolas e
contrará as principais informações sobre todas as etapas da pesquisa. estabelecimentos de saúde da área rural, gerando um cadastro com infor-
mações sobre essas unidades para integrar e alimentar sistemas de infor-
dimensões do censo 2010 mação de diversos órgãos.
Percorrer por inteiro um país como o Brasil, de dimensões continentais, Parcerias
com cerca de 8 milhões de km2 de um território heterogêneo e, muitas
vezes, de difícil acesso, é uma tarefa que envolve grandes números. Veja, Uma tarefa da magnitude de um Censo é impossível de ser executada
a seguir, os números que mostram as dimensões do Censo 2010. sem uma sólida rede de parcerias em nível governamental e privado.
Universo recenseado: todo o Território Nacional Como parceiros naturais, estão os Ministérios que, além de usuários
das informações do Censo, apoiam a operação de diversas formas.
Número de municípios: 5.565 municípios
Entre outros parceiros externos nacionais, estão também órgãos regio-
Número de domicílios: 67.569.688 de domicílios nais de estatística, secretarias estaduais e órgãos de planejamento metro-
Número de setores censitários: 314.018 setores censitários politano.
Pessoal contratado e treinado: cerca de 240 mil pessoas (coleta, su- As Comissões Censitárias Estaduais e as Comissões Municipais de
pervisão, apoio e administrativo) Geografia e Estatística participaram da realização do Censo 2010 nos
respectivos municípios e estados, colaborando para a realização da pes-
Orçamento: aproximadamente R$ 1,4 bilhão quisa e incentivando a população a receber o recenseador e responder
com exatidão às perguntas do questionário.
Tecnologia: centenas de computadores em rede nacional, rede de co-
municação em banda larga e 220 mil computadores de mão equipados com Como parceiros internacionais tivemos a Organização das Nações U-
receptores de GPS nidas, através de seus órgãos especializados tais como Statistics Division,
FAO e CEPAL, o EUROSTAT, a OECD, o MERCOSUL e diversos órgãos
Unidades executoras: 27 unidades estaduais, 7 mil postos de coleta in-
oficiais de estatística de outros países.
formatizados e 1.283 Coordenações de Subárea
Comissões
Aperfeiçoamentos
Assim como nos censos anteriores, o IBGE instalou Comissões que
Está em curso, no IBGE, uma transformação de grandes dimensões
funcionaram como canal de comunicação entre o Instituto e os representan-
nos seus métodos de trabalho e o principal benefício, que já começa a ser
tes da sociedade em cada município.
disponibilizado aos usuários, é o aumento do potencial analítico das infor-
mações estatísticas através de dados cada vez mais interativos e espaciali- As Comissões Municipais de Geografia e Estatística e as Comissões
zados. Censitárias Estaduais participaram de diferentes segmentos das socieda-
des locais para dar apoio e monitoramento à operação censitária. Forma-
Essa transformação está sendo obtida pelo aproveitamento de novas
das por membros do IBGE, dos poderes Executivo, Legislativo e Judiciário
tecnologias e sua rápida absorção nos projetos da Instituição. Os Censos
do município e de organizações civis, seu principal objetivo foi colaborar
2007 produziram não apenas os resultados da Contagem e do Censo
para que o recenseamento local se efetivasse com êxito, criando facilida-
Agropecuário, mas também um legado de grandes proporções de informa-
des para sua realização, seja através da mobilização da população ou de
ções espacializadas.
apoio na instalação dos postos de coleta, entre outras iniciativas.
Além de conhecer o índice de alfabetização do País, esse tema no Para aumentar a eficiência e competitividade.
Censo tem a finalidade de, inclusive para pequenas áreas, quantificar Os dados obtidos a partir do Censo são utilizados pelas empresas e
a população infantil atendida em creches e as pessoas que frequen- órgãos de fomento da atividade econômica para definir suas estratégias e
tam escola; traçar o perfil educacional da população; e identificar as tais informações permitem melhorar a eficiência e competitividade da ação
espécies dos cursos de nível superior (superior, mestrado, doutorado) privada, além da pública e comunitária.
que são frequentados.
Para gerar novas informações.
A educação é um dos parâmetros básicos do desenvolvimento
econômico e social, com reflexos sobre a produtividade da força de Os dados do Censo são a base necessária para as pesquisas por a-
trabalho e a evolução do mercado de trabalho, tendo implicações mostragem (inclusive as de mercado e as eleitorais), tão importantes em
significativas sobre saúde, fecundidade e outros temas sociais. uma sociedade onde a informação deve ser confiável e rapidamente dispo-
nível. A base geográfica, construída por ocasião da realização do Censo,
Trabalho representa um cadastro de áreas completo do País, de grande aplicação
Os dados censitários são essenciais para a análise da estrutura como estágio intermediário de amostragem, para o planejamento das
social e econômica do País, da sua evolução e tendências, em particu- pesquisas domiciliares. O Censo tem papel fundamental não só para a
lar no que diz respeito ao conhecimento da população economicamen- construção dos cadastros para a seleção das amostras probabilísticas das
te ativa (ocupação e desocupação) e suas características. O Censo pesquisas domiciliares, conduzidas no período intercensitário, como para a
levanta inúmeras informações que permitem avaliar as condições de estruturação dos planos amostrais, que tradicionalmente usam as informa-
funcionamento do mercado de trabalho: o número de trabalhadores, a ções censitárias para o dimensionamento e a seleção das amostras.
atividade do empreendimento e a ocupação do trabalhador, a posição Uma outra importante aplicação com os dados do Censo encontra-se
na ocupação (empregado, empregador, conta-própria, militar, funcio- no uso de técnica especial de estimação para pequenas áreas, que combi-
nário público, não remunerado), o número de pessoas que o empre- na os dados de pesquisas domiciliares com os do Censo, através de mode-
gador empregava no trabalho, a contribuição para a previdência, a lagem estatística.
posse de carteira de trabalho, as horas trabalhadas e o rendimento do
trabalho. Pesquisas em fase de coleta
Estatísticas do Registro Civil
Rendimento mensal habitual (População)
Além da renda do trabalho, o Censo levanta o total das demais
rendas, identificando as origens: aposentadoria ou pensão de instituto Fornece informações sobre as estatísticas vitais, relativamente aos nasci-
de previdência oficial (federal, estadual ou municipal); programa social dos vivos, óbitos e óbitos fetais, e de casamentos, incluindo análises regio-
Bolsa-Família ou Programa de Erradicação do Trabalho Infantil – PETI; nais e locais, bem como informações sobre pedidos de separações judiciais
rendimento de outros programas sociais de transferências; outras e divórcios apreciados em primeira instância e encerrados por sentença
fontes (juros de poupança, aplicações financeiras, aluguel, pensão ou concessória ou denegatória. As estatísticas vitais e casamentos têm como
aposentadoria e previdência privada, etc.). A renda é variável clássica unidade de coleta os cartórios de registro civil e as estatísticas sobre as
de estratificação socioeconômica e de avaliação das condições de separações judiciais e divórcios, as varas de família, foros ou varas cíveis.
vida objetivas, permitindo não apenas identificar as populações mais
vulneráveis, mas também acompanhar a desigualdade e suas conse- Estudo da Modalidade de Censo Demográfico Contínuo - EMCDC -
quências. Teste-piloto (MG, RJ, e RS)
(População)
Deslocamento para estudar e trabalhar
A investigação do tema do deslocamento no Censo permitirá Índice de Preços ao Produtor - Indústrias de Transformação
mensurar a população que frequenta escola em município que não é o (Indicadores, Indústria)
de residência. No caso do trabalho, a investigação permitirá estimar a
população que trabalha em município distinto daquele onde reside, Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo - IPCA e Índice
fenômeno frequente no entorno das grandes regiões metropolitanas Nacional de Preços ao Consumidor - INPC
brasileiras, se há deslocamento diário para o local de trabalho, se a (Indicadores, Preços)
pessoa trabalha em mais de um local, bem como o número de pessoas
que trabalha no próprio domicílio. Ademais, o Censo 2010 pesquisará,
Levantamento Sistemático da Produção Agrícola Pesquisa Industrial Mensal - Produção Física Regional
(Indicadores, Agropecuária) (Indicadores, Indústria)
Obtém informações mensais sobre previsão e acompanhamento de safras Produz indicadores de curto prazo relativos ao comportamento do produto
agrícolas, com estimativas de produção, rendimento médio e áreas planta- real das indústrias extrativa mineral e de transformação, tendo como unida-
das e colhidas, tendo como unidade de coleta os municípios. de de coleta os estabelecimentos industriais selecionados.
Obtém informações sobre a situação econômico-financeira, como emprego, Produz indicadores de curto prazo relativos ao comportamento do emprego
salários, custos, valor das obras, entre outras, das empresas que executam e dos salários nas atividades industriais, sobre pessoal ocupado assalaria-
obras e/ou serviços de construção, que constituem a unidade de coleta da do, admissões, desligamentos, número de horas pagas e valor da folha de
pesquisa. pagamento em termos nominais (valores correntes) e reais (deflacionados
pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo - IPCA), tendo como
Pesquisa Anual de Comércio unidade de coleta as empresas que possuem unidades locais registradas
(Economia, Comércio) no Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica - CNPJ, e reconhecidas como
industriais pelo Cadastro Central de Empresas do IBGE.
Obtém informações sobre a situação econômico-financeira, como pessoal
ocupado, gastos com pessoal e despesas diversas, custos, receitas, aqui- Pesquisa Mensal de Comércio
sições e baixas, vendas líquidas e estoques, e as atividades das empresas (Indicadores, PMC)
comerciais, que constituem a unidade de coleta da pesquisa, segundo os
itens da classificação de atividades. Produz indicadores que permitem acompanhar o comportamento conjuntu-
ral do comércio varejista no País, investigando a receita bruta de revenda
Pesquisa Anual de Serviços nas empresas formalmente constituídas, com 20 ou mais pessoas ocupa-
(Economia, Serviços) das, e cuja atividade principal é o comércio varejista.
Obtém informações sobre a situação econômico-financeira, como pessoal Pesquisa Mensal de Emprego
ocupado, salários, receitas, despesas, custos, entre outras, que permitem (Indicadores, Trabalho e Rendimento)
estimar o valor adicionado, emprego e salários de empresas que compõem
os diversos segmentos da atividade de prestação de serviços empresariais Produz indicadores mensais sobre a força de trabalho que permitem avaliar
não-financeiros, e que constituem a unidade de coleta da pesquisa. as flutuações e a tendência, a médio e a longo prazos, do mercado de
trabalho, nas suas áreas de abrangência, constituindo um indicativo ágil
Pesquisa de Estoques dos efeitos da conjuntura econômica sobre esse mercado, além de atender
(Indicadores, Agropecuária) a outras necessidades importantes para o planejamento socioeconômico do
País. Abrange informações referentes à condição de atividade, condição de
Obtém informações conjunturais sobre o volume e a distribuição espacial ocupação, rendimento médio nominal e real, posição na ocupação, posse
dos estoques de produtos agropecuários prioritários e sobre as unidades de carteira de trabalho assinada, entre outras, tendo como unidade de
onde é feita a sua guarda, tendo como unidade de coleta os estabelecimen- coleta os domicílios.
tos que se dedicam à prestação de serviços de armazenagem e estocagem
a seco ou que têm a guarda de produtos agropecuários ou derivados. Pesquisa Mensal de Serviços
(Indicadores)
Pesquisa Industrial Anual - Empresa
(Economia, Indústria, PIA Empresa) Produz indicadores que permitem acompanhar o comportamento conjuntu-
ral do setor de serviços no País, investigando a receita bruta de serviços
Obtém informações sobre a situação econômico-financeira, como pessoal nas empresas formalmente constituídas, com 20 ou mais pessoas ocupa-
ocupado, salários e retiradas, receitas, custos e despesas, valor da produ- das, que desempenham como principal atividade um serviço não financeiro,
ção e consumo intermediário e valor adicionado das empresas de extração excluídas as áreas de saúde e educação.
mineral e transformação, que constituem a unidade de coleta da pesquisa,
organizada, a partir de 1996, segundo as categorias de atividades definidas Pesquisa Nacional de Saúde - PNS
na Classificação Nacional de Atividades Econômicas - CNAE e/ou por (Saúde)
detalhamento geográfico.
Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua
Pesquisa Industrial Anual - Produto (PNAD, População)
(Economia, Indústria, PIA Produto)
É uma pesquisa por amostra probabilística de domicílios, de abrangência
Obtém informações sobre valores e quantidades produzidas e vendidas dos nacional, planejada para atender a diversos propósitos. Visa produzir
produtos e serviços industriais prestados por empresas, que constituem a informações básicas para o estudo do desenvolvimento socioeconômico do
unidade de coleta da pesquisa, organizada segundo as categorias de País e permitir a investigação contínua de indicadores sobre trabalho e
atividades definidas na Classificação Nacional de Atividades Econômicas - rendimento. A PNAD Contínua segue um esquema de rotação de domicí-
CNAE. O registro da informação de produtos e serviços é feito através da lios. Isso significa que cada domicílio selecionado será entrevistado cinco
Lista de Produtos da Indústria - PRODLIST - Indústria. vezes, uma vez a cada trimestre, durante cinco trimestres consecutivos.
Pesquisa Industrial Mensal - Produção Física Brasil Principais Indicadores que serão produzidos com base na PNAD Contínua:
(Indicadores, Indústria)
• População residente segundo o sexo e os grupos de idade
Produz indicadores de produção física com o objetivo de fornecer, mensal- • Taxa de desocupação
mente, uma estimativa do movimento de curto prazo do produto real da • Taxa de atividade
indústria, tendo como unidade de coleta os estabelecimentos industriais • Nível da ocupação
selecionados. Seus resultados são utilizados na mensuração preliminar da • Taxa de analfabetismo segundo os grupos de idade e o sexo
1.4 Formulários
1.5 Observação Conforme Lakatos e Marconi (2002, p.126), a sociometria é uma técnica
quantitativa que procura explicar relações pessoais entre indivíduos de um
A observação é o instrumento básico de coleta de dados em todas as mesmo grupo. Revela a estrutura interna dos grupos, indicando as posi-
ciências, sendo importante para a construção de qualquer conhecimento. ções de cada indivíduo em relação aos demais. Permite analisar os grupos,
As modalidades de observação que são empregadas na investigação identificar seus líderes, os subgrupos e os desajustados, tem sido utilizada
científica são a observação assistemática, a observação sistemática, a nos mais diversos campos de estudos.
participante, a não-participante, a individual, em equipe, na vida real e em
laboratório, que variam de acordo com as circunstâncias. A observação 1.7 Histórias de Vida
pode ser realizada na vida real, no próprio local onde o evento ocorre, em
um ambiente normal e cotidiano, registrando-se os dados à medida que Lakatos e Marconi (2002, p.135), definem história de vida como as experi-
1.8 Testes Todas as informações prestadas são destinadas a efeitos estatísticos que
capacita o Brasil conhecer melhor sua população bem como a forma de
Testes são muito usados nas organizações, especialmente no processo de habitação do povo.
seleção e na área de desenvolvimento gerencial, quando se deseja medir o
potencial dos indivíduos. Neste trabalho, encontramos diferentes tipos de pessoas desde a mais
Os testes possuem alguns requisitos como a sua validade, a sua precisão e hospitaleira a terrivelmente ignorante. O recenseador deve-se preparar
sua padronização. São apresentados de várias formas como, por exemplo, psicologicamente para essas últimas de forma que não afete sua atuação
verbais, de lápis e papel, visuais e podem ser feitos individualmente ou em campo.
coletivamente.
O resultado de algumas pessoas não nos receberem de forma receptiva e
1.9 Escalas Sociais cordial são sai em estatística do IBGE.
As escalas sociais são criadas para medir a intensidade das opiniões e O primeiro obstáculo é a violência que nos últimos anos aumentou de forma
atitudes da maneira mais objetiva possível. Criar uma escala social é algo progressiva em todo o país. As pessoas tem medo de prestar as informa-
muito trabalhoso que requer muito esforço e disciplina para se seguir os ções mais básicas possíveis.
passos corretamente, pois, elas podem acarretar alguns problemas tais
como: fidedignidade; validade; ponderação dos itens; natureza dos itens; E o segundo é a pura falta de informação sobre a chegada do recenseador
igualdade das unidades; definição de um contínuo entre outras. nos domicílios, pois apesar de uma campanha de publicidade tímida na
As escalas mais usadas são as escalas de ordenação, de graduação, de televisão, falta outros meios de divulgação popular nas áreas recenseadas
distância social. ou setor censitários como é de nosso conhecimento.
1.10 Amostragem Outro fator de deficiência é que as prefeituras de grandes cidades não
colaboram o suficiente.
A amostragem se fundamenta em leis estatísticas que lhe conferem funda-
mentação científica. Na pesquisa social são utilizados diversos tipos de A colaboração ajudaria a massificar a importância da população para
amostragem, que podem ser classificados em dois grandes grupos: amos- receber e prestar com veridicidade as informações para o censo.
tragem probabilística e não-probabilística. Os tipos do primeiro grupo são
rigorosamente científicos e os do segundo grupo não apresentam funda- A lei nº 5.534, de 14/11/1968, garante a segurança e confidencialidade dos
mentação matemática ou estatística, dependendo unicamente de critérios dados de confidencialidades no sigilo das informações que cada morador
do pesquisador (GIL, 1995, p. 93). Coleta de dados é de suma importância presta ao recenseador, se houver infração na quebra do sigilo recaíra as
nas ciências, fundamental para qualquer trabalho, em qualquer fase de sua penalidades da lei sobre o indivíduo que fraudar o segredo.
execução, sendo um importante instrumento para a construção de qualquer
conhecimento. Sem a coleta de dados, o estudo da realidade e de suas leis O principal medo de alguns cidadãos ao ser entrevistado é revelar o rendi-
seria reduzido a simples conjectura e adivinhação. mento mensal, implica em duas questões, na primeira a maioria dos casos
A coleta de dados possibilita meios diretos para estudar uma ampla varie- dizem um valor abaixo – devem pensar que há uma necessidade real de
dade de fenômenos e permite a análise sobre um conjunto de atitudes aumentar o salário mínimo depois das respostas.
comportamentais.
Publicado por DARLEI SIMIONI Na segunda questão é simples medo de revelar, pois não confiam nos
recenseadores tendo medo de futuro assalto.
Diário de um Recenseador
A primeira vista, a pessoa que decide trabalhar com recenseamento demo- Surge também a hipótese de cruzamento dos dados com a Receita Fede-
gráfico 2010 para o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística – IBGE, a ral. Pensando nisso, sempre digo quando há dúvida que as informações
sigla mais conhecida e atuante do país, produz constantes noticias impor- são somente para fins estatísticos. David Agra
tantes para planejamento de políticas públicas nacional e regionais.
PROVA SIMULADA
Assinale:
C = correto
E = errado
01. O Técnico do IBGE tem como atribuições precípuas coletar dados em diversas fontes, organizar, criticar, corrigir, lançar, tratar e manter os dados garan-
tindo a sua integridade, confidencialidade e disponibilidade; realizar entrevistas em domicílios e estabelecimentos informantes para obtenção de dados con-
forme metodologia e plano de supervisão de pesquisa; realizar levantamentos topográficos, geográficos e cartográficos com vistas a manter atualizada a base
territorial dos municípios; entre outras.
02. O IBGE é uma entidade da administração pública federal, vinculada ao Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão, que possui quatro diretorias e
dois outros órgãos centrais.
03. O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística ou IBGE é uma fundação pública da administração federal brasileira criada em 1934 e instalada
em 1936 com o nome de Instituto Nacional de Estatística; seu fundador e grande incentivador foi o estatístico Mário Augusto Teixeira de Freitas. O nome
atual data de 1938. A sede do IBGE está localizada na cidade do Rio de Janeiro.
04. O IBGE tem atribuições ligadas às geociências e estatísticas sociais, demográficas e econômicas, o que inclui realizar censos e organizar as informações
obtidas nesses censos, para suprir órgãos das esferas governamentais federal, estadual e municipal, e para outras instituições e o público em geral.
05. No IBGE a pesquisa foi iniciada em 1988 e reestruturada a partir de 1998, quando os seus resultados foram integrados ao atual Sistema de Contas
Nacionais. As ponderações anuais são obtidas a partir deste novo sistema de contas. Periodicidade: trimestral. Abrangência geográfica: Brasil.
06. A legislação vigente, de acordo com o Decreto Federal nº 73.177 de 20 de novembro de 1973 e a Lei nº 5.534 de 14 de novembro de 1968, modificada
pela Lei nº 5.878 de 11 de maio de 1978, dispõe sobre a obrigatoriedade e sigilo das informações coletadas pelo IBGE, as quais se destinam,
exclusivamente, a fins estatísticos e não poderão ser objeto de certidão e nem terão eficácia jurídica como meio de prova.
07. O IBGE realiza vários tipos de censos, embora o mais conhecido seja o Censo demográfico, que é o conjunto de dados estatísticos sobre a população de
um país. No Brasil, os censos demográficos são realizado de 10 em 10 anos exclusivamente pelo IBGE, pois é o órgão definido por lei como responsável pela
sua realização.
08. A Contagem de população é realizada entre o intervalo de dois censos demográficos, geralmente cinco anos depois do último ou cinco antes do próximo.
Objetiva atualizar os dados sobre o número de habitantes, e nem sempre é aplicada em todos os municípios.
09. O Censo agropecuário é o levantamento de informações sobre estabelecimentos agropecuários, florestais e/ou aquícolas de todos os municípios de um
país. O objetivo da pesquisa é atualizar dados de censos anteriores, fornecer informações sobre aspectos econômicos, sociais e ambientais da atividade
agropecuária. Ocorre geralmente a cada 10 anos.
10. O Censo do Brasil é um censo realizado a cada 10 anos pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. A população é contada em todo o território
do Brasil e os resultados são usados pelo governo no desenvolvimento de políticas públicas e na destinação dos fundos governamentais para a unidades
federativas.
11. A contagem de população é o cálculo quantitativo do número de pessoas em uma dada região, cidade ou estado de um determinado país.
12. O censo agropecuário no Brasil é uma pesquisa realizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). De 16 de abril até agosto de 2007
ocorreu a coleta de dados da décima edição do censo gropecuário referente às atividades desenvolvidas por todos os estabelecimentos agropecuários
nacionais entre as datas de 1 de janeiro até 31 de dezembro de 2006.
RESPOSTAS
01. C 11. C
02. C 12. C
03. C 13. C
04. C 14. C
05. C 15. C
06. C 16.
07. C 17.
08. C 18.
09. C 19.
10. C 20.
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Os conturbados anos 40 foram o palco da II Guerra Mundial e de A explosão cultural dos anos 50
suas conseqüências. A principal delas foi a divisão do mundo em dois Nacionalismo cultural
grandes blocos econômicos e ideológicos: EUA e URSS, iniciando o perío-
do que se convencionou chamar de guerra fria. Uma série de expurgos e O segundo governo da terceira República foi ocupado por Var-
de sectarismos ideológicos marcou esse período, e o Brasil não fugiu à gas (1950-1954), que retornou ao poder pelo voto. Durante esse período,
regra. seu governo caracterizou-se por uma organização nacionalista da econo-
mia, evidenciada com a criação da Companhia Siderúrgica Nacional e da
Alinhado com os EUA, dos quais historicamente sempre esteve Petrobrás. Esse nacionalismo econômico, que continuou sob o governo de
mais ou menos dependente, o Brasil, através da política econômica, co- Juscelino como nacional-desenvolvimentismo, revitalizou as preocupações
nheceu também a dependência cultural. O interesse dos Estados Unidos com a questão da cultura brasileira, sobretudo na produção teatral e no
em manter sua influência ideológica diante do avanço da URSS e do socia- cinema.
lismo foi um fator determinante nesse processo.
Nesse sentido, dois diretores anteciparam o que veio a se cha-
O intercâmbio cultural - estimulado pelo governo através do ci- mar de Cinema Novo. Em 1953, Lima Barreto filmou O cangaceiro e con-
nema e da música - que teve na carreira internacional de Carmem Miranda quistou uma premiação no Festival Internacional de Cannes no mesmo
sua melhor expressão, aumentou ainda mais a americanização dos costu- ano. Filiando-se ao neo-realismo italiano, Nelson Pereira dos Santos dirigiu,
mes e modos de vida dos brasileiros. Em 1941, por exemplo, Walt Disney, em 1955, Rio, 40 graus e voltou a exercer sua visão crítica da realidade em
que se tornara o porta-voz da política externa americana, batizada de "boa 1957, com Rio, Zona Norte. Ainda, no mundo do cinema, um ator-diretor
vizinhança" escolheu a música Aquarela do Brasil, de Ari Barroso, para alcançou enorme êxito popular: Mazzaropi, que cunhou o tipo do caipira
trilha sonora do fume Salud, amigos (Alô amigo !), que acabou sendo uru paulista ingênuo e trapalhão em Sai da frente (1952).
filme promocional da política norte-americana na América Latina. A criação
do personagem de Disney - Zé Carioca - representando o Brasil, tornou-se Duas outras emissoras de televisão entraram no ar: a TV Rio e a
um dos maiores estereótipos de nossa cultura no exterior. TV Record. Em 1956, a população brasileira assistiu à primeira partida de
futebol pela televisão: o jogo entre Brasil e Itália, no mês de janeiro. A
O rádio continuou expandindo seu alcance comercial e seu po- televisão suplantava pouco a pouco o domínio do rádio, um fenômeno que
der ideológico. Destacavam-se a Rádio Nacional, encampada pelo governo se concretizaria com sua implantação a nível nacional.
em 1940, a Rádio Tupi de São Paulo; a Rádio Record (SP) e a Rádio
Nacional (RJ), que passaram a transmitir, a partir de 1941, um dos maiores A literatura consagrou um escritor mineiro: Guimarães Rosa,
fenômenos de audiência do rádio: o Repórter Esso. com a publicação de Grande sertão: veredas e Corpo de baile, ambos em
1956. Sua estréia na literatura completava exatamente uma década, pois
Também em 1941, foi fundada a Companhia Cinematográfica A- seu primeiro livro, Sagarana, é de 1946. O Brasil passou também a discutir
tlântida, responsável pela popularização do cinema e pela consagração de o anúncio da construção da nova capital por Juscelino: Brasília. O populista
uru gênero popular de produção cinematográfica: as chanchadas, mistura Jânio Quadros, governador de São Paulo, alcançava as manchetes com a
de comédia e de musical, que a partir de Moleque Tião, lançado em 1943, proibição de execução de rock'n roll em bailes. Na área do esporte, Maria
apresentaram uma dupla célebre do cinema brasileiro: Grande Otelo e Ester Bueno tornou-se campeã de tênis em Wimbledon, enquanto Pelé
Oscarito. estreava na seleção brasileira.
Os anos 40 assinalaram também a consagração de um grande E, por fim, em 1958 o Brasil tornou-se campeão mundial de futebol,
autor teatral brasileiro, com uma temática crítica e irônica voltada para a vencendo a Suécia na final por 5x2. Pelé, Garrincha, Didi e Vavá tornaram-
classe média urbana: Nelson Rodrigues. Em 1943, estreia no Rio a peça se ídolos nacionais. Ainda em 1958, entrou em funcionamento a TV Cultura
Vestido de noiva, em 44, Álbum de família e, em 46, Anjo negro. - Canal 2, de São Paulo. Enquanto no Rio e em São Paulo um novo jeito de
tocar violão e de cantar, cujos representantes maiores eram João Gilberto,
Na ficção, destacam-se as obras de Clarice Lispector, cujo pri- Nara Leão, Tom Jobim, Roberto Menescal e outros da chamada Bossa
meiro romance - Perto do coração selvagem - foi publicado em 1943, Nova, dava destaque para a suavidade, o intimismo, a voz como um ins-
seguido pelo lançamento, em 1946, de O lustre. Nesses romances, afirma- trumento, as notas baixas e dissonantes. Esse "som" brasileiro correria o
va-se uma literatura de teor introspectivo. Na poesia, o ano de 1942 trouxe mundo; anos mais tarde, João Gilberto estaria no Carnegie Hall de Nova
a revelação de João Cabral de Melo Neto com Pedra de sono, seguido por York, onde se radicaria definitivamente consagrando-se como um dos mais
O engenheiro (1945). respeitáveis músicos brasileiros, no exterior, ao lado de Tom Jobim.
Bibi Ferreira (filha do consagrado ator Procópio Ferreira), Paulo A chanchada chegava ao fim, com a progressiva influência da
Autran, Ângela Maria, Vicente Celestino e Gilda de Abreu eram os ídolos do tevê, simbolizada no fechamento e na falência das grandes companhias
teatro e do rádio. O sociólogo Josué de Castro publicou em 1946 seu livro cinematográficas. Mas o teatro se revigorava com novos autores e temas
mais famoso, Geografia da fome, e Victor Nunes Leal criticou o sistema sociais, como a peça Eles não usam black-tie, de Gianfrancesco Guarnieri,
O governo-geral constituiu um esquema básico para todo o período co- Justiça e fazenda. O quadro hierárquico se fecha com o rígido controle
lonial, mesmo quando o vice-reino ocupou seu lugar. Sob a ascendência do da justiça e da fazenda, fixado pela supremacia dos agentes reais sobre as
governador-geral, chefe militar por excelência, estruturou-se a organização autoridades locais. O ouvidor-mor, ou o ouvidor-geral, contemporâneo do
da fazenda e da justiça, com a superintendência, respectivamente, do governo-geral, submetia os juízes a sua alçada, fossem eles juízes de fora
provedor-mor e do ouvidor-mor, cujos poderes se definiam em regimentos ou ordinários. A última instância era Lisboa, ou a Casa da Suplicação e o
próprios. Sempre que a matéria fosse relevante e a competência omissa, o Desembargo do Paço, que dominavam a emperrada e distante justiça
governador presidia a junta-geral, órgão colegiado que iria abrandar, com o colonial. A fazenda articulava-se também numa engrenagem complicada,
tempo, o despotismo do mais importante e direto agente real. que partia da vila e chegava até o rei, e abarcava de forma sufocante todas
as atividades econômicas. O Real Erário perdia-se num cipoal de reparti-
É claro que todo esse poder era muitas vezes apenas nominal. As ções, desde a Junta da Fazenda, que funcionava ao lado do governo-geral,
grandes distâncias e a dificuldade de comunicações impediam que a rede até os órgãos incumbidos da cobrança de tributos especiais, diretamente
oficial cobrisse todos os espaços, e assim formaram-se quistos de potenta- ligados a Lisboa.
dos locais. O governo-geral instituiu um predomínio, mas não a exclusivida-
de. O quadro do comando oficial partia verticalmente do rei para o gover- Organização militar. Para assegurar o funcionamento de toda essa en-
nador-geral e deste expandia-se aos governadores (capitães-generais e grenagem administrativa, jurídica e fazendária, dispunha a coroa de um
capitães-mores) e se espraiava nos municípios. Em sua aparente clareza, o mecanismo: as forças militares. A elas cabia assegurar a paz interna e a
esquema não dissimulava a complexa, difusa e tumultuária realidade, defesa exterior, e integrar de fato os povoadores aos desígnios da coroa. A
agravada pela ausência da teoria da separação de poderes e atribuições. organização militar precedeu à descoberta, estruturou-se com a monarquia
no curso dos séculos e fundiu-se com a história da colônia. A terra consoli-
Mas mesmo o rei, do alto da cúpula administrativa, não governava de dou-se em mãos portuguesas por via da força armada, fosse pela ação
modo absoluto, só e arbitrariamente. Havia a sua volta uma armadura militar violenta, quando era o caso, fosse pela integração no quadro das
ministerial, tão velha quanto a monarquia, e o controle colegiado, que funções e das honras militares. Assim se formou o elo mais profundo,
limitava o poder monocrático. A ascendência do soberano, mitigada pelas duradouro e estável da penetração ultramarina, que ligava a camada domi-
cortes, que se reuniam periodicamente, sofria a participação da aristocraci- nante de Portugal com a categoria ascendente dos senhores coloniais.
a, dependente dos ingressos públicos e não da propriedade territorial. A
partir de 1643, um órgão deliberativo e de assessoramento, o Conselho O Foral de 1534 e o Regimento de 1548 haviam fixado as primeiras li-
Ultramarino, ocupou-se dos negócios do Brasil, das colônias e das conquis- nhas do sistema militar que imperou nas colônias: os moradores eram
tas. Os assuntos da justiça permaneceram ainda entregues à estrutura obrigados a servir militarmente, em tempo de guerra. Tomé de Sousa
Sarney sabiamente escolheu uma posição de modéstia, que atraiu a Governo Itamar Franco. Itamar tornou-se presidente num dos momen-
simpatia popular. Manteve os ministros escolhidos por Tancredo e encam- tos mais graves da história brasileira. Além da crise política que colocou à
pou suas idéias básicas de formar um pacto nacional para a redemocrati- prova a estabilidade das instituições, o país enfrentava também grandes
zação do país, no período de governo civil que se iniciava, e que ficou dificuldades na área econômica, com recessão, desemprego e crescente
conhecido como Nova República. Em julho de 1985 o Congresso aprovou inflação. Logo que assumiu, ainda interino, Itamar nomeou novo ministério
proposta do presidente no sentido de convocar uma Assembléia Nacional (de caráter multipartidário, para tentar garantir apoio do Congresso) e
Constituinte, a ser formada pelos parlamentares que seriam eleitos em baixou medida provisória destinada a reverter a centralização administrativa
novembro de 1986. O sistema partidário ampliou-se e passou a abrigar estabelecida pelo governo Collor: superministérios como os da Economia,
várias legendas novas, até mesmo de partidos de esquerda, antes na Fazenda e Planejamento e o da Infra-estrutura foram desmembrados. O
clandestinidade. Em novembro de 1985 foram realizadas eleições para as novo mandatário também tomou iniciativas destinadas a moralizar a admi-
capitais dos estados e para os municípios considerados áreas de seguran- nistração pública, tais como a criação do Centro Federal de Inteligência
ça nacional. Embora vencedor em 16 das 23 capitais, entre elas Belo (CFI).
Horizonte, o PMDB perdeu em centros importantes como São Paulo, Rio de Em outubro e novembro de 1992 realizaram-se em todo o país eleições
Janeiro, Porto Alegre, Recife e Fortaleza. municipais; os partidos de esquerda foram os mais beneficiados. Em 21 de
O governo, assediado pelas crescentes taxas de inflação, substituiu o abril de 1993 os eleitores retornaram às urnas para decidir sobre o sistema
ministro da Fazenda, Francisco Dornelles, pelo empresário Dílson Funaro. e a forma de governo, como previra a constituição de 1988: venceu a
Em fevereiro de 1986 foi lançado o Programa de Estabilização Econômica, república presidencialista. O ano de 1993 foi marcado ainda por denúncias
que ficou conhecido como "Plano Cruzado", em alusão à nova moeda de corrupção e banditismo na Comissão de Orçamento do Congresso
criada, o cruzado. Os preços foram congelados e os salários fixados pela Nacional, envolvendo aproximadamente duas dezenas de parlamentares. O
média dos últimos seis meses. Foi extinta a correção monetária e criado o fato levou à criação de uma Comissão Parlamentar de Inquérito que teve
seguro-desemprego. O governo recebeu amplo apoio popular, sobretudo como presidente o senador Jarbas Passarinho e como relator o deputado
na fiscalização dos preços. No entanto, a especulação, a cobrança de ágio Roberto Magalhães.
e as remarcações de preços acabaram por desgastar o plano, reformulado Ansioso por mostrar resultados no combate à inflação, Itamar acabou
várias vezes. batendo o recorde de nomear quatro ministros da Fazenda (Gustavo Krau-
Empossada a Assembléia Nacional Constituinte, Sarney mobilizou-se se, Paulo Haddad, Eliseu Resende e Fernando Henrique Cardoso) em sete
para assegurar o sistema presidencialista e garantir o mandato de cinco meses. Fernando Henrique, sociólogo e senador, que antes ocupava a
anos, que os constituintes queriam reduzir para quatro. As manobras de pasta das Relações Exteriores, começou por mudar a moeda de cruzeiro
bastidores, noticiadas pela imprensa, com trocas de favores por votos, para cruzeiro real, com o corte de três zeros. Em seguida, o ministro e sua
desgastaram a imagem presidencial, agravada pelo aumento da inflação, equipe elaboraram um plano de combate gradativo à inflação que previa o
que voltou aos patamares do início do governo. Em 5 de outubro de 1988 emprego de uma unidade monetária provisória (a Unidade Real de Valor,
foi promulgada a nova constituição, que trouxe um notável avanço no urv) em antecipação ao lançamento de uma moeda forte, o real. No final de
campo dos direitos sociais e trabalhistas: qualificou como crimes inafiançá- abril de 1994, Cardoso deixou o Ministério da Fazenda para concorrer à
veis a tortura e as ações armadas contra o estado democrático e a ordem presidência da república nas eleições de outubro.
constitucional; determinou a eleição direta do presidente, governadores e Governo Fernando Henrique Cardoso. Lançado o real em 1º de julho e
prefeitos dos municípios com mais de 200.000 habitantes em dois turnos, com a estabilidade econômica que se seguiu, a popularidade de Fernando
no caso de nenhum candidato obter maioria absoluta no primeiro; e ampliou Henrique Cardoso, o que lhe permitiu derrotar Luís Inácio Lula da Silva logo
os poderes do Congresso. no primeiro turno da eleição, com 54,30% dos votos válidos contra 27,97%.
No final de 1989, o governo Sarney atingiu um desgaste impressionan- No Congresso, a coalizão de Cardoso assegurou 36% das cadeiras da
te. A inflação chegou a cinqüenta por cento ao mês e foi trazida de volta a Câmara e 41% das do Senado. Enquanto isso, o governo tomava uma
correção monetária. Nesse clima de insatisfação e de temor de um proces- série de medidas para proteger a nova moeda, como a restrição ao crédito
so hiperinflacionário, foi realizada a primeira eleição presidencial direta em (para coibir excesso de consumo) e liberalização das importações (para
29 anos. Apresentaram-se 21 candidatos, entre eles Aureliano Chaves, evitar desabastecimento e estimular a concorrência).
Leonel Brizola, Paulo Maluf e Ulisses Guimarães. Mas o segundo turno foi Empossado em 1º de janeiro de 1995, Fernando Henrique Cardoso
decidido entre os pólos extremos: Luís Inácio Lula da Silva, do PT, e o mobilizou sua base de apoio para aprovar várias reformas constitucionais.
jovem ex-governador de Alagoas, Fernando Collor de Melo, do Partido de A estabilidade monetária ajudou o governo a quebrar o monopólio da
Reconstrução Nacional (PRN). Collor elegeu-se com uma diferença superi- Petrobrás na exploração de petróleo e privatizar diversas estatais, incluindo
or a quatro milhões de votos. a Vale do Rio Doce e o sistema Telebrás. Também foi aprovado o fim da
Governo Collor. Tão logo assumiu o governo, em 15 de março de 1990, estabilidade dos servidores públicos e alteraram-se as regras para conces-
Collor baixou o mais drástico pacote econômico da história do país, que são de aposentadorias.
bloqueou cerca de dois terços do dinheiro circulante. A inflação, após súbita Em 1997, o governo fez aprovar a emenda constitucional que autoriza-
queda, voltou a subir. A ministra da Economia, Zélia Cardoso de Melo, foi va a reeleição do presidente da república, governadores e prefeitos. O
substituída por Marcílio Marques Moreira. Para os Ministérios da Justiça e último ano do governo Fernando Henrique foi o mais difícil, devido ao
da Saúde, foram convidados, respectivamente, Célio Borja e Adib Jatene. aumento do desemprego e a uma forte perda de divisas, em decorrência da
Com esses nomes, de excelente reputação moral e competência profissio- crise financeira mundial. Isso obrigou o governo a anunciar um acordo com
nal, Collor tentou reaver credibilidade para seu governo. Nesse momento o fmi que levaria a um duro conjunto de medidas econômicas. Contudo, o
começaram as denúncias de corrupção em vários ministérios, que culmina- presidente conseguiu se reeleger no primeiro turno do pleito presidencial,
ram com as acusações, feitas pelo próprio irmão do presidente, Pedro em 15 de outubro de 1998, derrotando novamente Luís Inácio Lula da Silva
Collor de Melo, de um gigantesco esquema de corrupção, capitaneado por com 53,06% dos votos válidos contra 31,71% do candidato do pt.
Meio Ambiente.
O meio ambiente[a], comumente chamado apenas de ambiente,
envolve todas as coisas vivas e não-vivas ocorrendo na Terra, ou em
alguma região dela, que afetam os ecossistemas e a vida dos humanos. É
o conjunto de condições, leis, influências e infra-estrutura de ordem física,
química e biológica, que permite, abriga e rege a vida em todas as suas
formas.
O conceito de meio ambiente pode ser identificado por seus
componentes:
Completo conjunto de unidades ecológicas que funcionam como um
sistema natural, mesmo com uma massiva intervenção humana e de outras
espécies do planeta, incluindo toda
avegetação, animais, microorganismos, solo, rochas, atmosfera e fenômen
os naturais que podem ocorrer em seus limites.
Recursos naturais e fenômenos físicos universais que não possuem
um limite claro, como ar,água, e clima, assim
como energia, radiação, descarga elétrica e magnetismo, que não são
originados por atividades humanas.
Na Conferência das Nações Unidas sobre o Meio Ambiente celebrada
em Estocolmo, em 1972, definiu-se o meio ambiente da seguinte forma: "O
meio ambiente é o conjunto de componentes físicos, químicos, biológicos e
Células sanguíneas podem ser reprogramadas para atuarem em outras sociais capazes de causar efeitos diretos ou indiretos, em um prazo curto
partes do corpo (Fonte da imagem: Reprodução/Wikimedia Commons) ou longo, sobre os seres vivos e as atividades humanas."
Tal descoberta é um grande passo para o tratamento de doenças ra- A Política Nacional do Meio Ambiente (PNMA) brasileira, estabelecida
ras, pois os cientistas já estão utilizando a técnica na produção de linhas de pela Lei 6938 de 1981, define meio ambiente como "o conjunto de
células voltadas a determinados pacientes. Além disso, outros genes são condições, leis, influências e interações de ordem física, química e
capazes de transformar as células da pele em neurônios ou até mesmo em biológica, que permite, abriga e rege a vida em todas as suas formas".
células de sangue. Outro grande objetivo deste tipo de técnica está em Composição
poder auxiliar transplantes, criando e substituindo tecidos, células e órgãos.
As ciências da Terra geralmente reconhecem quatro esferas,
5 – 9 a cada 10 células do nosso corpo são de micróbios a litosfera, a hidrosfera, a atmosfera e a biosfera, correspondentes
Há alguns anos, os cientistas vêm aprofundando as análises quanto à respectivamente às rochas, água, ar e vida. Alguns cientistas incluem,
interação entre os micróbios e os nossos corpos. Aparentemente, criou-se a como parte das esferas da Terra, a criosfera (correspondendo ao gelo)
teoria de que eles, por fim, fazem realmente parte de nós — já que nove a como uma porção distinta da hidrosfera, assim como
cada dez células que possuímos são células microbianas. E isso não é algo a pedosfera (correspondendo ao solo) como uma esfera ativa.
ruim, acredite. Ciências da Terra é um termo genérico para as ciências relacionadas
ao planeta Terra. Há quatro disciplinas principais nas ciências da
Terra: geografia, geologia, geofísica e geodésia. Essas disciplinas
principais usam física, química, biologia, cronologia e matemática para criar
um entendimento qualitativo e quantitativo para as áreas principais
ou esferas do "sistema da Terra".
Atividade geológica
A crosta da Terra, ou litosfera, é a superfície sólida externa do planeta
e é química e mecanicamente diferente do manto do interior. A crosta tem
sido gerada largamente pelo processo de criação das rochas ígneas, no
qual o magma (rocha derretida) se resfria e se solidifica para formar rocha
sólida. Abaixo da litosfera se encontra o manto no qual é aquecido
pela desintegração dos elementos radioativos. O processo de convecção
faz as placas da litosfera se moverem, mesmo lentamente. O processo
resultante é conhecido como tectonismo. Vulcões se formam primariamente
pelo derretimento do material da crosta da zona de subducção ou pela
ascensão do manto nas dorsais oceânicas e pluma mantélica.
Água na Terra
Nosso organismo hospeda muitos micróbios (Fonte da ima-
gem: Reprodução/Estadão) Oceanos
Pelo que foi estudado até o momento, apenas poucos micróbios real- Um oceano é um grande corpo de água salina e um componente da
mente nos deixam doentes, já que a maioria utiliza nosso corpo como hidrosfera. Aproximadamente 71% da superfície da Terra (uma área de 361
“casa” e poderia ser classificada como “bons inquilinos”. Somente no nosso milhões de quilômetros quadrados) é coberta pelo oceano, um contínuo
intestino, existem cerca de mil espécies de micróbios que trazem ao nosso corpo de água que é geralmente dividido em vários oceanos principais
corpo cem vezes mais genes que o nosso próprio DNA carrega. e mares menores. Mais da metade dessa área está numa profundidade
Reduzir o consumo pela sociedade dos combustíveis não-renováveis; Com um nível mais elaborado de atuação, muitos desses movimentos
vão combater as práticas consumistas nas economias desenvolvidas e
Desenvolvimento de fontes de energia alternativas, verdes, com pouco defender modelos alternativos de vida social e econômica.
carbono ou de energia renovável;
A pressão política desses movimentos e o agravamento da situação
Conservação e uso sustentável dos escarsos recursos naturais dos recursos naturais no planeta levaram a ONU, em 1972, a organizar a I
como água, terra e ar; Conferência Mundial para o Meio Ambiente e Desenvolvimento, em Esto-
colmo, na Suécia. Era uma conferência oficial, com representantes de
Proteção de ecossistemas representativos ou únicos;
Estado (mais de 100 países), o que não impediu que paralelamente compa-
Preservação de espécie em perigo ou ameaçadas de extinção; recessem ao evento cerca de 250 organizações não governamentais
(ONGs).
O estabelecimento de reservas naturais e biosferas sob diversos tipos
de proteção; e, mais geralmente, a proteção da biodiversidade e A Conferência de Estocolmo de 1972
ecossistemas nos quais todos os homens e outras vidas na Terra A Declaração oficial de Estocolmo alinhou mais de vinte princípios ori-
dependem. entadores para as políticas nacionais ambientais. Vejamos os principais: o
direito a um ambiente sadio e equilibrado e à justiça social; a importância
Grandiosos projetos de desenvolvimento - megaprojetos - colocam
do planejamento ambiental; os riscos dos altos níveis de urbanização; a
desafios e riscos especiais para o ambiente natural. Grandes represas e
busca de fontes alternativas e limpas de energia; o uso dos conhecimentos
centrais energéticas são alguns dos casos a citar. O desafio para o
científicos e da tecnologia para resolver problemas ambientais; e o papel
ambiente com esses projetos está aumentando porque mais e maiores
relevante da educação ambiental.
megaprojetos estão sendo construídos, em nações desenvolvidas e em
desenvolvimento. A posição do Brasil tornou-se muito conhecida na época. Nosso repre-
sentante, o general Costa Cavalcanti, declarou que “a pior poluição é a da
Notas
miséria”. Alegava que no Brasil não haveria condições de dispender recur-
[a] ^ A expressão «meio ambiente» é pleonástica, no sentido de se sos para a preservação sem antes resolver problemas sociais. Os jornais
falar do ambiente natural, do meio natural. Isto é, uma ou outra palavra já europeus da época receberam informes publicitários do governo brasileiro
seria suficiente para dar sentido ao texto. Ainda, a palavra «meio», a convidando empresas poluidoras para aqui se instalar.
O termo "Ecologia" foi criado por Haeckel (1834-1919) em 1869, em A biocenose e seu biótopo constituem dois elementos inseparáveis que
seu livro "Generelle Morphologie des Organismen", para designar "o estudo reagem um sobre o outro para produzir um sistema mais ou menos estável
das relações de um organismo com seu ambiente inorgânico ou orgânico, que recebe o nome de ecossistema (Tansley, 1935)...O ecossistema é a
em particular o estudo das relações do tipo positivo ou amistoso e do tipo unidade funcional de base em ecologia, porque inclui, ao mesmo tempo, os
negativo (inimigos) com as plantas e animais com que aparece pela primei- seres vivos e o meio onde vivem, com todas as interações recíprocas entre
ra vez em Pontes de Miranda, 1924, "Introdução à Política Científica". O o meio e os organismos" (Daioz, 1973).
conceito original evoluiu até o presente no sentido de designar uma ciência, "Os vegetais, animais e microorganismos que vivem numa região e
parte da Biologia, e uma área específica do conhecimento humano que constituem uma comunidade biológica estão ligados entre si por uma
tratam do estudo das relações dos organismos uns com os outros e com intrincada rede de relações que inclui o ambiente tísico em que existem
todos os demais fatores naturais e sociais que compreendem seu ambien- estes organismos. Estes componentes físicos e biológicos interdependen-
te. tes formam o que os biólogos designam com o nome de ecossiste-
"Em sentido literal, a Ecologia é a ciência ou o estudo dos organismos ma"(Ehrlich & Ehrlich 1974).
em sua casa, isto é, em seu meio... define-se como o estudo das relações "E o espaço limitado onde a ciclagem de recursos através de um ou vá-
dos organismos, ou grupos de organismos, com seu meio... Está em maior rios níveis tróficos é feita por agentes mais ou menos fixos, utilizando
consonância com a conceituação moderna definir Ecologia como estudo da simultânea e sucessivamente processos mutuamente compatíveis que
estrutura e da função da natureza, entendendo-se que o homem dela faz geram produtos utilizáveis a curto ou longo prazo" (Dansereau, 1978).
parte" (Odum, 1972).
"É um sistema aberto integrado por todos os organismos vivos (com-
"Deriva-se do grego oikos, que significa lugar onde se vive ou hábitat... preendido o homem) e os elementos não viventes de um setor ambiental
Ecologia é a ciência que estuda dinâmica dos ecossistemas... é a disciplina definido no tempo e no espaço, cujas propriedades globais de funciona-
que estuda os processos, interações e a dinâmica de todos os seres vivos mento (fluxo de energia e ciclagem de matéria) e auto-regulação (controle)
com cada um dos demais, incluindo os aspectos econômicos, sociais, derivam das relações entre todos os seus componentes,. tanto pertencen-
culturais e psicológicos peculiares ao homem...é um estudo interdisciplinar tes aos sistemas naturais, quanto os criados ou modificados pelo homem"
e interativo que deve, por sua própria natureza, sintetizar informação e (Hurtubia, 1980).
conhecimento da maioria, senão de todos os demais campos do saber...
Ecologia não é meio ambiente. Ecologia não é o lugar onde se vive. Ecolo- "Sistema integrado e autofuncionante que consiste em interações de
gia não é um descontentamento emocional com os aspectos industriais e elementos bióticos e abióticos, seu tamanho pode variar consideravelmen-
tecnológicos da sociedade moderna" (Wickersham et alii, 1975). te" (USDT. 1980).
"É a ciência que estuda as condições de existência dos seres vivos e "A comunidade total de organismos, junto com o ambiente físico e quí-
as interações, de qualquer natureza, existentes entre esses seres vivos e mico no qual vivem se denomina ecossistema. que é a unidade funcional
seu meio"(Dajoz, 1973). da ecologia" (Beron, 1981 ).
"Ciência das relações dos seres vivos com o seu meio... Termo usado ECODESENVOLVIMENTO
frequente e erradamente para designar o meio ou o ambiente"(Dansereau, "O ecodesenvolvimento se define como um processo criativo de trans-
1978). formação do meio com a ajuda de técnicas ecologicamente prudentes,
"...o ramo da ciência concernente à inter-relação dos organismos e concebidas em função das potencialidades deste meio, impedindo o des-
seus ambientes, manifestada em especial por: ciclos e ritmos naturais; perdício inconsiderado dos recursos, e cuidando para que estes sejam
desenvolvimento e estrutura das comunidades; distribuição geográfica; empregados na satisfação das necessidades de todos os membros da
interações dos diferentes tipos de organismos; alterações de população; o sociedade, dada a diversidade dos meios naturais e dos contestos cultu-
modelo ou a totalidade das relações entre os organismos e seu ambiente" rais.
(Webster`s, 1976). As estratégias do ecodesenvolvimento serão múltiplas e só poderão
"Parte da Biologia que estuda as relações entre os seres vivos e o ser concebidas a partir de um espaço endógeno das populações conside-
meio ou ambiente em que vivem, bem como suas recíprocas influências. radas.
Ramo das ciências humanas que estuda a estrutura e o desenvolvimentto Promover o ecodesenvolvimento é, no essencial, ajudar as populações
das comunidades humanas em suas relações com o meio ambiente e sua envolvidas a se organizar a se educar, para que elas repensem seus pro-
consequente adaptação a ele, assim como os novos aspectos que os blemas, identifiquem as suas necessidades e os recursos potenciais para
processos tecnológicos ou os sistemas de organização social possam conceber e realizar um futuro digno de ser vivido, conforme os postulados
acarretar para as condições de vida do homem" (Ferreira, 1975). de Justiça social e prudência ecológica" (Sachs, 1976). "Um estilo ou
"Disciplina biológica que lida com o estudo das interrelações dinâmicas modelo para o desenvolvimento de cada ecossistema, que, além dos
dos componentes bióticos e abióticos do meio ambiente"(USDT, 1980). aspectos gerais, considera de maneira particular os dados ecológicos e
culturais do próprio ecossistema pana otimizar seu aproveitamento, evitan-
Ecologia humana. do a degradação do meio ambiente e as ações degradadoras"... E uma
técnica de planejamento que busca articular dois objetivos: por um lado,
objetivo do desenvolvimento, a melhoria da qualidade de vida através do
A energia térmica ou calorífica origina-se da combustão de diversos Nas usinas nucleares, a energia é produzida por um dispositivo
materiais, e pode converter-se em mecânica por meio de uma série de denominado reator ou pilha atômica, assim chamado porque os recipientes
conhecidos mecanismos: as máquinas a vapor e os motores de combustão de urânio e, às vezes, de tório, são empilhados dentro de um receptáculo
interna tiram partido do choque de moléculas gasosas, submetidas a altas de outro material, geralmente o carbono. A fissão atômica produz calor, que
temperaturas, para impulsionar êmbolos, pistões e cilindros; as turbinas a pode mover uma turbina e gerar eletricidade. A grande vantagem da
gás utilizam uma mistura de ar comprimido e combustível para mover suas energia elétrica assim produzida reside na pequena quantidade de matéria
pás; e os motores a reação se baseiam na emissão violenta de gases. O físsil necessária à produção de uma considerável quantidade de calor: com
primeiro combustível, a madeira, foi substituído ao longo das sucessivas meio quilograma de urânio, por exemplo, uma pilha atômica pode produzir
inovações industriais pelo carvão, pelos derivados de petróleo e pelo gás tanto calor quanto a queima de dez toneladas de carvão.
natural. Hidroeletricidade
Pode-se aproveitar a energia gerada por certas reações químicas, em As matrizes renováveis de energia têm uma série de vantagens: a dis-
consequência de interações moleculares. À parte as reações de ponibilidade de recursos, a facilidade de aproveitamento e o fato de que
combustão, classificáveis entre as fontes térmicas, e nas quais substâncias continuam disponíveis na natureza com o passar do tempo. De todas as
se queimam ao entrar em contato com o oxigênio, a energia presente em fontes deste tipo, a hidrelétrica representa uma parcela significativa da
certos processos de soluções ácidas e básicas ou de sais pode ser captada produção mundial, que representa cerca de 16% de toda a eletricidade
em forma de corrente elétrica -- fundamento das pilhas e acumuladores. gerada no planeta.
Dá-se também o processo inverso. No Brasil, além de ser um fator histórico de desenvolvimento da eco-
A energia elétrica é produzida principalmente pela transformação de nomia, a energia hidrelétrica desempenha papel importante na integração e
outras formas de energia, como a hidráulica, a térmica e a nuclear. O no desenvolvimento de regiões distantes dos grandes centros urbanos e
movimento da água ou a pressão do vapor acionam turbinas que fazem industriais.
girar o rotor de dínamos ou alternadores para produzir corrente elétrica. O potencial técnico de aproveitamento da energia hidráulica do Brasil
Esse tipo de energia apresenta como principais vantagens seu fácil está entre os cinco maiores do mundo; o País tem 12% da água doce
transporte e o baixo custo, e talvez seja a forma mais difundida no uso superficial do planeta e condições adequadas para exploração. O potencial
cotidiano. Os motores elétricos são os principais dispositivos de conversão hidrelétrico é estimado em cerca de 260 GW, dos quais 40,5% estão locali-
dessa energia em sua manifestação mecânica. zados na Bacia Hidrográfica do Amazonas – para efeito de comparação, a
As energias renováveis são consideradas como energias É encontrada sob a forma de energia cinética, sob diferenças
alternativas ao modelo energético tradicional, tanto pela sua disponibilidade de temperatura ou gradientes de salinidade e pode ser aproveitada e
(presente e futura) garantida (diferente dos combustíveis fósseis que utilizada. Uma vez que a água é aproximadamente 800 vezes mais densa
que o ar, requer um lento fluxo ouondas de mar moderadas, que podem
produzir uma quantidade considerável de energia.
Assim, de maneira bastante simplificada, podemos considerar que Entre os atores privados destacam-se os empresários. Sem qualquer
grande parte da atividade política dos governos se destina à tentativa de sombra de dúvida, são atores dotados de grande capacidade de influir nas
satisfazer as demandas que lhes são dirigidas pelo atores sociais ou aque- políticas públicas, já que são capazes de afetar a economia do país: contro-
las formuladas pelos próprios agentes do sistema político, ao mesmo tempo lam as atividades de produção, parcelas do mercado e a oferta de empre-
que articulam os apoios necessários. Na realidade, o próprio atendimento gos. Os empresários podem se manifestar como atores individuais isolados
das demandas deve ser um fator gerador de apoios - mas isto nem sempre ou como atores coletivos.
ocorre, ou, mais comumente, ocorre apenas parcialmente. De qualquer
forma, é na tentativa de processar as demandas que se desenvolvem Um outro ator importante são os trabalhadores. O seu poder resulta da
aqueles "procedimentos formais e informais de resolução pacífica de confli- ação organizada, portanto, atuam através de seus sindicatos, que eventu-
tos" que caracterizam a política. almente são ligados a partidos, ONGs e até mesmo a igrejas. No caso dos
trabalhadores, é importante considerar que, dependendo da importância
Quanto às demandas, alguns aspectos devem ser considerados. Exis- estratégica do setor onde atuam, podem dispor de maior ou menor poder
tem, basicamente, três tipos de demandas: as demandas novas, as de- de pressão.
mandas recorrentes e as demandas reprimidas.
Além disso, é preciso considerar que nos países onde grande parte da
As demandas novas são aquelas que resultam do surgimento de novos economia foi estatizada, os servidores públicos de alguns setores são
atores políticos ou de novos problemas. Novos atores são aqueles que já capazes de virtualmente - parar o país. No Brasil, por exemplo, é importan-
existiam antes mas não eram organizados; quando passam a se organizar te ter em mente que o serviço público está quase totalmente sindicalizado e
para pressionar o sistema político, aparecem como novos atores políticos. os sindicatos de servidores públicos, são na sua maioria, ligados a comba-
Novos problemas, por sua vez, são problemas que ou não existiam efeti- tivas centrais sindicais.
vamente antes -como a AIDS, por exemplo - ou que existiam apenas como
"estados de coisas”, pois não chegavam a pressionar o sistema e se apre- Outro ator de grande importância no processo político são os agentes
sentar como problemas políticos a exigirem solução. Um exemplo é a internacionais. Podem ser agentes financeiros como o FMI, o Banco Mun-
questão ambiental. dial, etc., cuja importância é óbvia no que diz respeito a questões econômi-
cas. Podem ser organizações ou governos de países com os quais se
As demandas recorrentes são aquelas que expressam problemas não mantêm relações de troca importantes e que podem afetar não apenas a
resolvidos ou mal resolvidos, e que estão sempre voltando a aparecer no economia, mas também a política interna do país. Um exemplo foi a atua-
debate político e na agenda governamental. ção dos EUA em questões como a Lei de Patentes, etc. Outro é a atuação
da Anistia Internacional na questão dos desaparecidos políticos. Um outro
Quando se acumulam as demandas e o sistema não consegue enca- exemplo encontra-se na atuação de organizações ecológicas em tomo de
minhar soluções aceitáveis, ocorre o que se denomina "sobrecarga de problemas como a preservação da Amazônia. Hoje, além disso, é preciso
demandas": uma crise que ameaça a estabilidade do sistema. Dependendo ter em mente que existe um outro tipo de agente no cenário internacional:
da sua gravidade e da sua duração, pode levar até mesmo à ruptura insti- os chamados atores trasnacionalizados, que atuam em escala global,
tucional. Mesmo que isto não ocorra, o sistema passa a lidar com crises de concentrando atomizadamente vastas parcelas de poder, notadamente no
governabilidade: pressões resultantes da combinação do excesso ou com- mercado financeiro e nas telecomunicações, mas também no mercado de
plexidade de demandas - novas ou recorrentes - com withinputs contraditó- armas e no crime organizado.
rios e redução do apoio ou suporte.
Finalmente, embora não atue diretamente, não se pode ignorar o papel
As demandas reprimidas são aquelas constituídas por "estados de coi- da mídia. Principalmente os jornais e a televisão são importantes agentes
sas" ou por não-decisões, que serão discutidos adiante. formadores de opinião, que possuem capacidade de mobilizar a ação de
outros atores. Na verdade, principalmente a televisão, tem um grande
poder de formar a agenda de demandas públicas, de chamar a atenção do
II público para problemas diversos, de mobilizar a indignação popular, enfim,
de influir sobre as opiniões e valores da massa popular, E' importante
assinalar, ainda, que a mídia impressa e/ou eletrônica pode ser, ao mesmo
Conforme foi visto acima, a política compreende um conjunto de proce- tempo ou alternativamente, um ator, um recurso de poder e um canal de
dimentos destinados à resolução pacifica de conflitos em torno da alocação expressão de interesses.
de bens e recursos públicos. Quem são os envolvidos nestes conflitos? São
Uma situação pode existir durante mudo tempo, incomodando grupos Estas preferências dependem do cálculo de custo/benefício de cada
de pessoas e gerando insatisfações sem, entretanto, chegar a mobilizar as ator. O cálculo de custo/benefício é o cálculo das vantagens e desvanta-
autoridades governamentais. Neste caso, trata-se de um "estado de coisas" gens que cada ator tem em relação a cada alternativa proposta para solu-
- algo que incomoda, prejudica, gera insatisfação para muitos indivíduos, cionar um problema. Este cálculo não se restringe a custos econômicos ou
mas não chega a constituir um ítem da agenda governamental, ou seja, não financeiros. Envolve também elementos simbólicos, como prestígio; ou
se encontra entre as prioridades dos tomadores de decisão. Quando este elementos políticos, como ambições de poder e ganhos ou perdas eleito-
estado de coisas passa a preocupar as autoridades e se toma uma priori- rais, por exemplo.
dade na agenda governamental, então tornou-se um "problema político".
As preferências se formam em tomo de issues ou questões. As vezes é
Mas nem sempre isso acontece. Algumas vezes existem situações que difícil entender este conceito devido às limitações da língua portuguesa. Em
permanecem "estados de coisas" por períodos indeterminados, sem chegar inglês tem-se termos alternativos: problem, question, issue, o que não
a serem incluídos na agenda governamental, pelo fato de que existem ocorre em português, onde tem-se apenas problema e questão. Issue é um
barreiras culturais e institucionais que impedem que sequer se inicie o item ou aspecto de uma decisão, que afeta os interesses de vários atores e
debate público do assunto. Existem muitos exemplos: o estatuto da propri- que, por esse motivo, mobiliza as suas expectativas quanto aos resultados
edade privada não é, de forma alguma, um objeto de debate político nos da política e catalisa o conflito entre os atores. Por exemplo, na reforma
EUA. Os direitos da mulher não entram na pauta governamental de diver- agrária, são issues: o conceito de terra improdutiva, a forma de indenização
sos países do Oriente Médio. No Brasil, só muito recentemente chegou à nas desapropriações e o rito de desapropriação. Por que são issues?
agenda de debates a questão da legalização das relações entre homosse- Porque, dependendo da decisão que for tomada quanto a esses pontos,
xuais, a discriminalização do aborto, etc. Nesses casos, configura-se o que alguns atores ganham e outros perdem, seus interesses são afetados e a
Bachrach e Baratz conceituam como "não-decisão". política assume uma configuração ou outra. Para entender o processo de
formulação (e também a implementação) é essencial definir quais são os
A não decisão não se refere à ausência de decisão sobre uma questão issues de uma política e identificar as preferências dos atores em relação a
que foi incluída na agenda política. Isso seria, mais propriamente resultado cada um deles.
do emperramento do processo decisório. Não-decisão significa que deter-
minadas temáticas que ameaçam fortes interesses, ou que contrariam os Em função das preferências e das expectativas de resultados (vanta-
código de valores de uma sociedade (e, da mesma forma, ameaçam inte- gens e desvantagens) de cada alternativa na solução de um problema, os
resses) encontram obstáculos diversos e de variada intensidade à sua atores fazem alianças entre si e entram em disputa. Daí se formam as
transformação de um estado de coisas em um problema político - e, portan- arenas políticas: distributivas, regulatórias e redistributivas.
to, à sua inclusão na agenda governamental.
Grosso modo, a dinâmica das relações entre os atores pode obedecer
Entretanto, há autores que consideram que, no caso de uma forte não a três padrões: lutas, jogos e debates. As lutas geralmente acontecem
decisão, mesmo que o tema seja incluído na agenda governamental, não quando se trata de arenas redistributivas, onde se tem o chamado “jogo de
chega a ter uma solução por obstrução decisória. Ou que, caso chegue a soma-zero", ou seja, uma situação na qual, para que um ator ganhe, o
uma decisão, esta não chega a ser implementada. Certamente, esta é uma outro tem que perder. Esta é a pior de todas as situações em política.
ampliação do conceito, sujeita a exame mais cuidadoso e a debate entre Entretanto, mesmo nestes casos, dependendo daquilo que esteja em jogo,
especialistas. e dependendo do custo do confronto para os atores envolvidos, é possível
haver uma acomodação entre os interesses em conflito: pode-se ter uma
Um estado de coisas geralmente se transforma em problema político situação onde um lado não ganhe tudo, nem o outro lado perca tudo. Cada
quando mobiliza ação política. Para que uma situação ou estado de coisas um cede um pouco para resolver o conflito sem grandes enfrentamentos,
se torne um problema político e passe a figurar como um ítem prioritário da cujo custo pode ser elevado. Por outro lado, a acomodação pode ser uma
agenda governamental é necessário que apresente pelo menos uma das estratégia de algum ator interessado para adiar o confronto para o momen-
seguintes características: to da implementação, quando a situação política e a correlação de forças
podem lhe ser mais favoráveis.
(a) mobilize ação política: seja ação coletiva de grandes grupos, seja
ação coletiva de pequenos grupos dotados de fortes recursos de poder, Os jogos são as situações onde a lógica é vencer o adversário em uma
seja ação de atores individuais estrategicamente situados; situação específica, sem eliminá-lo totalmente do processo, de tal maneira
que ele possa vir a ser um aliado num momento posterior. Esta situação é a
(b) constitua uma situação de crise, calamidade ou catástrofe, de ma- mais típica do mundo da política, sendo exemplificada pelas negociações,
neira que o ônus de não resolver o problema seja maior que o ônus de barganhas, conluios, coalizões de interesses.
resolvê-lo;
Finalmente, os debates são situações onde cada um dos atores procu-
(c) constitua uma situação de oportunidade, ou seja, haja vantagens, ra convencer o outro da adequação das suas propostas, de tal maneira que
antevistas por algum ator relevante, a serem obtidas com o tratamento o que vence é aquele que se mostra capaz de transformar o adversário em
daquele problema. um aliado. Aqui, a lógica é a da persuasão. E é onde recursos como o
conhecimento técnico desempenham um papel relevante. De acordo com
Lindblom, no jogo do poder, diversos são os procedimentos ou táticas
Ao deixar de ser um estado de coisas e se transformar em um proble- utilizados pelos atores. A persuasão é a tentativa de buscar a adesão pela
ma político uma questão ou demanda toma-se um input, passando a inclu- avaliação das possibilidades de um determinado curso de ação. Envolve
ir-se na agenda governamental. A partir desse momento inicia-se o momen- análise e argumentação.
to de formulação das alternativas.
Além da persuasão, freqüentemente os atores recorrem ao chamado
A formulação das alternativas é um dos mais importantes momentos do "intercâmbio", que significa a troca de favores, de apoios e até mesmo de
processo decisório, porque é quando se colocam claramente as benefícios, como dinheiro, cargos, bens, etc. Quando nem a persuasão
Uma outra forma de atuação é a pressão pública, que pode ser realiza- Esta limitação é que imprime a característica de gradualidade à tomada
da por atores individuais ou coletivos. Inclui desde manifestações pela de decisões. Tipicamente, são decisões que dizem respeito a ajustes ou a
imprensa, até atitudes radicais como greves de fome, etc além de manifes- medidas experimentais de curto alcance no atendimento das demandas -
tações coletivas - pacíficas ou violentas, capazes de causar constrangimen- envolvendo pequenas tentativas que admitem o ensaio, o erro e a correção
to, de mobilizar a opinião pública e de chamar a atenção da imprensa e, dos rumos. O incrementalismo pode ser uma importante estratégia para a
eventualmente, de atores internacionais, para o problema. adoção de políticas com alto potencial de conflito, ou políticas que implicam
limitação de recursos ou de conhecimentos, de maneira a garantir melhores
E' possível, ainda, o exercício da autoridade, que significa, de fato, a condições para sua implementação. Por outro lado, a própria implementa-
exigência da obediência. Este exercício pode ser direto (A ordena e B ção pode ser prejudicada pelo gradualismo incrementalista. Assim, a esco-
obedece) ou pode ser indireto (A ordena a B, que ordena a C, e então C lha do modelo é sempre uma questão de estratégia.
obedece).
Já a modelo racional-compreensivo, formalizado por H. Simon, não se
Finalmente, pode-se utilizar da negociação e do compromisso: a tenta- distingue apenas pelo maior alcance e pela maior proporção de recursos
tiva de encontrar soluções negociadas nas quais todas as partes sintam-se alocados. Diferencia-se, também, pela própria lógica que orienta os toma-
mais ou menos satisfeitas com o que obtiveram, de tal maneira que todos dores de decisão. Enquanto que no modelo incremental existe a convicção
saiam do processo acreditando que ganharam alguma coisa e ninguém de que o conhecimento da realidade é sempre limitado e que as decisões
saia com a convicção de ter perdido tudo. envolvem conflitos de poder e precisam ser ágeis e rápidas - e por tudo
isso devem ser cautelosas - no modelo racional compreensivo, parte-se do
Obviamente, estes são apenas os procedimentos mais comuns, po- princípio de que é possível conhecer o problema de tal forma que se possa
dendo haver outros. Mas é importante observar que pode haver, ainda, um tomar decisões de grande impacto. Resumidamente, neste modelo de
outro procedimento: a obstrução. Trata-se do uso de recursos de poder tomada de decisão, os decisores estabelecem quais os valores a serem
para impedir, atrasar, confundir, etc, de tal maneira que o custo de determi- maximizados e quais as alternativas que melhor poderão maxímizá-los. A
nadas alternativas se torna tão elevado que os atores acabam por se seleção da alternativa a ser adotada é feita a partir de uma análise abran-
desgastar e por abandonar, ao menos temporariamente, a luta em tomo de gente e detalhada de cada alternativa e suas conseqüências.
uma demanda ou de uma alternativa. Neste caso, trata-se de uma situação
de paralisia decisória onde a decisão emperra de tal forma que todos os Porisso, a decisão é mais lenta, pois requer, antes, o levantamento de
atores ficam impossibilitados de obter qualquer solução admissível para todas as informações disponíveis sobre o assunto, o estudo de todas as
aquele problema. possibilidades técnicas e políticas para solucionar o problema, etc. Geral-
mente pretende-se realizar grandes mudanças a partir de objetivos e cursos
IV de ação previamente definidos a partir dos valores que orientam a decisão.
Uma vez que um problema qualquer tenha-se tornado prioridade go- Os dois estilos ou modelos de tomada de decisão apresentam proble-
vernamental, é iniciado o processo de formulação de alternativas. Existem mas. Entre outros, o modelo incremental mostra-se pouco compatível com
diferentes formas de "pensar" a solução para um input de demanda. Uma as necessidades de mudança e pode apresentar um viés conservador. Já o
das maneiras é o chamado "MODELO INCREMENTAL"; a outra é o cha- modelo racional-compreensivo parte de um pressuposto ingênuo de que a
mado "MODELO RACIONAL-COMPREENSIVO". Existe uma terceira informação é perfeita e não considera adequadamente o peso das relações
modalidade, que compõe as duas primeiras, denominada "MI- de poder na tomada de decisões. Assim, buscando solucionar essas difi-
XED-SCANNING". culdades e outras, elaboraram-se propostas de composição das duas
abordagens. Entre elas destaca-se a concepção defendida por Etzioni, do
Em termos simplificados, o modelo incremental - que tem em Lindblom mixed-scanning.
um dos seus defensores - significa buscar solucionar problemas de maneira
gradual, sem introduzir grandes modificações nas situações já existentes, e Etzioni distingue entre decisões ordinárias ou incrementais; e decisões
sem provocar rupturas de qualquer natureza. Ou seja, em vez de especifi- fundamentais ou estruturantes. As decisões estruturantes são aquelas que
car objetivos e de avaliar que decisões podem atender a esses objetivos, estabelecem os rumos básicos das políticas públicas em geral e proporcio-
os tomadores de decisão escolhem as alternativas mediante a comparação nam o contexto para as decisões incrementais. Etzioni considera o mi-
de alternativas específicas e da estimativa de quais dessas alternativas xed-scanning o método adequado para lidar com as decisões estruturantes
poderão melhor produzir os resultados esperados. Assim, a melhor decisão porque permite explorar um amplo leque de alternativas.
não é aquela que maximiza os valores e objetivos dos tomadores de deci-
são, mas aquela que assegura o melhor acordo entre os interesses envol- Basicamente, o mixed-scanning requer que os tomadores de decisão
vidos. se engajem em uma ampla revisão do campo de decisão, sem se dedicar à
análise detalhada de cada alternativa (conforme faz o modelo racio-
Esta forma de abordar os problemas resulta de duas constatações bá- nal-compreensivo). Esta revisão permite que alternativas de longo prazo
sicas: primeiro, por mais adequada que seja a fundamentação técnica de sejam examinadas e levem a decisões estruturantes. As decisões incre-
uma altemativa, a decisão envolve relações de poder. Assim, uma solução mentais, por sua vez, decorrem das decisões estruturantes e envolvem
tecnicamente irrevogável pode se revelar politicamente inviável, e vi- análise mais detalhadas de alternativas específicas.
ce-versa, o que significa dizer que não existem soluções perfeitas. Segun-
do, os governos democráticos efetivamente não possuem liberdade total na Conforme já foi mencionado antes, uma demanda expressa aspirações
alocação de recursos públicos. quanto à solução de um problema. Estas aspirações transformam-se em
expectativas quando as alternativas começam a ser formuladas. Obviamen-
De fato, é impossível pensar a tomada de decisões fora de certos hori- te, há atores que têm expectativas de obter vantagens com uma decisão e
zontes históricos, pois a alocação de recursos é um processo contínuo. outros que acreditam que esta decisão vá lhes trazer desvantagens. A
Assim, as decisões que se precisa tomar hoje freqüentemente são condi- partir destas expectativas é que os atores se mobilizam, defendendo aquilo
cionadas e limitadas pelo comprometimento de recursos que ocorreu em que seja o seu interesse.
algum momento do passado recente, seja pelo governo que está no poder,
seja por seu(s) antecessor(es). Este fato faz com que somente pequenas Esta mobilização assume, geralmente, alguns padrões definidos. As-
parcelas de recursos estejam disponíveis e reduz as decisões políticas a sim, quando se tem políticas distributivas, o padrão costuma ser pluralista.
decisões marginais, incrementais. Ou seja, mesmo que no longo prazo Quando se tem políticas regulatórias, o padrão pode ser pluralista, mas
estas decisões de pequenos alcance e pequenas mudanças cheguem a se também tende a ser elitista, dependendo de qual seja o problema a ser
1) As circunstâncias externas à agência implementadora não devem Além disso, nem sempre a implementação se distingue do próprio pro-
impor restrições que a desvirtuem; cesso de formulação, e em muitos casos, a implementação acaba sendo
algo como "a formulação em processo". Isto tem conseqüências: entre
2) 0 programa deve dispor de tempo e recursos suficientes; outras, os próprios objetivos da política, e os problemas envolvidos, não
são conhecidos antecipadamente em sua totalidade, ao contrário, vão
3) Não apenas não deve haver restrições em termos de recursos glo- aparecendo à medida em que o processo avança. Além disso, se há políti-
bais, mas também, em cada estágio da implementação, a combinação cas que possuem características de "programas" - com objetivos e recursos
necessária de recursos deve estar efetivamente disponível; definidos claramente - outras não possuem tais características, sendo muito
menos claras, inclusive quanto aos seus limites.
4) A política a ser implementada deve ser baseada numa teoria ade-
quada sobre a relação entre a causa (de um problema) e o efeito (de uma Quando se trata de políticas com características de "programas”, um
solução que está sendo proposta); dos problemas que surgem resulta do modo pelo quais esses programas
interagem e entram em conflito com outros programas. Neste caso, diver-
5) Esta relação entre causa e efeito deve ser direta e, se houver fatores sas coisas podem ocorrer: (a) novas iniciativas podem envolver mudanças
intervenientes, estes devem ser mínimos; que afetam atividades em andamento, com as quais podem entrar em
conflito; (b) muitas áreas e setores de políticas são dominados por agências
O Brasil tem mais de 8,5 milhões de km2 de área e população de 157 Em 1985, com o final do governo militar e o fim da lei salarial, os traba-
milhões de habitantes, sendo de 70 milhões a sua população economica- lhadores começaram a demandar correções cada vez mais freqüentes nos
mente ativa. Em 1995, a renda per capita do país foi de US$ 4 mil anuais e salários, com repercussão imediata sobre a taxa de inflação. A partir de
sua produção, no conceito de produto nacional bruto, foi de US$ 600 bi- 1986 o Brasil passou por diversos planos de estabilização econômica. O
lhões, o que o caracteriza como a maior economia da América Latina e a primeiro deles, o Plano Cruzado (1986), acabou com a correção monetária
oitava do mundo. e com a indexação, estabelecendo um congelamento geral de preços. O
plano fracassou e outras tentativas foram feitaó: Plano Bresser, em 1987;
A história da economia brasileira durante o período colonial foi marcada Plano Verão, em 1988; e Plano Collor, em 1990. Este último se diferenciou
pela especialização em diversos produtos que interessavam à metrópole dos demais pelo confisco de 80% dos ativos financeiros, inclusive depósitos
portuguesa. No início da colonização, concentrou-se na produção de pau- à vista, jogando a economia num processo recessivo, ao mesmo tempo em
brasil; mais tarde, entre os séculos XVI e XVII, na produção de cana-de- que dava início ao processo de redução das tarifas de importação.
açúcar; e, entre os séculos XVII e XIX, na extração do ouro. A partir da
segunda metade do século XIX, o país passou a ser um dos maiores produ- Em março de 1994 foi renegociada a dívida externa brasileira nos mol-
tores de café do mundo. des da renegociação de outros países da América Latina. Em julho desse
mesmo ano foi lançado o Plano Real, que, com preços livres, derrubou a
taxa de inflação e reduziu ainda mais as tarifas comerciais. O câmbio foi
fixado a valores nominais constantes e a inflação caiu sensivelmente.
Depois de muitos anos de superávits comerciais expressivos, a economia
brasileira passou a apresentar déficits.
Em termos de inflação, a economia brasileira passou por modificação
radical após o Plano Real. Em termos de crescimento, a estratégia adotada
pelo Plano Real e o próprio ritmo de crescimento das economias mundiais
são menos alvissareiros.
Com tudo isso, o estudante tendo em sua vida cotidiana a agilidade em (UC-MG) Na questão seguinte são feitas três afirmativas, cada uma das quais
todos os aspectos, quando chega na sala de aula há um choque: dá a pode estar certa ou errada. Leia-as com atenção e assinale a alternati-
impressão que atravessou um túnel do tempo entrando em um mundo onde va correta, de acordo com a tabela abaixo:
a realidade não evoluiu. se apenas a afirmativa I é correta.
1 - Revista especializada Meio & Mensagem se apenas as afirmativas I e II são corretas.
2 - RIBEIRO, Lair. O sucesso não ocorre por acaso. se apenas as afirmativas I e III são corretas.
se apenas as afirmativas II e III são corretas.
http://www.willians.pro.br/didatico/Cap1_3.htm I — Com a criação da Petrobrás, o governo Vargas instituiu o monopólio
estatal do petróleo.
Cotidiano Brasileiro II — O governo Kubitschek orienta a industrialização brasileira para a fabri-
cação de bens de consumo.
Farpa XXI
III — O plano SALTE, estabelecido no governo Dutra só é inteiramente
Um desempregado sai pra procurar um trampo aplicado pelo presidente Vargas.
Pra ele poder sustentar a sua família e se dignizar,
Mas num tem trampo não! (UnB-DF) A questão seguinte apresenta duas proposições, I e II, referentes a
E qual é a solução? um quadro histórico. Analise a questão e assinale:
se as proposições I e II forem verdadeiras e a proposição II for causa da
Ele corre pro bar pra se embriagar, proposição I.
Esquecer a vida, começar a matutar a sua desgraça se a proposição I for verdadeira, mas a proposição II for falsa.
Que tá prestes a chegar na porra de uma "parada" se a proposição I for falsa, mas a proposição II for verdadeira.
Que ele há de vacilar.
se as proposições I e II forem verdadeiras, mas não existir relação de causali-
dade entre elas.
Cotidiano brasileiro! Cotidiano brasileiro! I — Com a Segunda Guerra Mundial, os países americanos, menos o
Cotidiano! Cotidiano! Cotidiano! Cotidiano!
Brasil, tiveram que assinar um compromisso de auxílio mútuo de defe-
sa continental.
Um desempregado sai pra procurar um trampo
II — Em 1942, quando submarinos alemães atacaram nossos navios, o
Pra ele poder sustentar a sua família e se dignizar,
Mas num tem trampo não! Brasil passou'a participar efetivamente da guerra, junto às nações alia-
E qual é a solução? das.
Ele corre pro bar pra se embriagar, (F.M.STA. CASA-SP) Durante a Segunda Guerra Mundial, ao lado do café,
Esquecer a vida, começar a matutar a sua desgraça um outro produto brasileiro foi importante como reforço no equilíbrio
Que tá prestes a chegar na porra de uma "parada" da balança comercial, prejudicada pela queda das exportações du-
Que ele há de vacilar. rante o conflito. Qual era esse produto e para onde era exportado?
os têxteis, EUA, África do Sul e América Latina.
Cotidiano brasileiro! Cotidiano brasileiro! os motores; EUA.
Cotidiano! Cotidiano! Cotidiano! Cotidiano! a carne congelada; Inglaterra, França e Argentina.
GEOGRAFIA - PROVA SIMULADA I 06. O produto que acusou uma rápida expansão nos últimos anos, estando
http://www.coladaweb.com/exercicios-resolvidos/exercicios- entre os quatro mais importantes atualmente exportados pelo Brasil é:
resolvidos-de-geografia/agricultura
a) o arroz, cultivado principalmente no Rio Grande do Sul e Goiás;
Exercícios sobre agricultura b) o fumo, cultivado principalmente em Santa Catarina e Bahia;
Questões: c) o amendoim, cultivado principalmente em São Paulo, Paraná e Mato
Grosso;
01. De acordo com o mapa a seguir, assinale a alternativa cuja seqüência d) o milho, cultivado principalmente em São Paulo, Paraná e Minas Gerais;
numérica apresente a respectiva correspondência com os produtos de e) a soja, cultivada principalmente no Rio Grande do Sul e Paraná.
destaque em sua economia:
07. (OSEC) "Nas encostas montanhosas, onde a erosão é mais intensa
devem-se cultivar (de preferência em cima de terraços) produtos permanen-
tes, como a arboricultura; os vales e as planícies ficam reservados para as
culturas temporárias."
Questões: 06. (UFMG) Com a abertura das fronteiras brasileiras aos produtos manufa-
01. (CESGRANRIO) No 1º aniversário do Plano Real, festejou-se a queda turados estrangeiros, evidenciou-se a fraca competitividade da maioria dos
das taxas de inflação de 50% para 2% ao mês. Para muitos analistas, no setores industriais do país. Sobre esse aspecto da nossa indústria, todas as
entanto, o desempenho do Real, no início de 1995, esteve ameaçado, alternativas estão corretas, exceto:
tendo em vista repercussões das dificuldades experimentadas pelos planos
da estabilização econômica dos governos do México e da Argentina, que a) A competitividade da indústria está comprometida pelas recentes e
rediriam na manutenção prolongada de políticas de: generalizadas restrições à entrada de tecnologia estrangeira a à penetra-
ção de bens de capital.
a) substituição de importações por similares nacionais.
b) transferência de tecnologias avançadas dos países desenvolvidos. b) A falta de competitividade da indústria brasileira resulta da fraca produti-
c) criação de empresas estatais em setores estratégicos. vidade de determinados setores e da baixa qualidade dos produtos coloca-
d) sobrevalorização da moeda nacional frente ao dólar norte-americano. dos no mercado.
e) atração de investimentos estrangeiros de longo prazo.
c) A indústria brasileira adotou, até bem recentemente, a estratégia de
aumentar receitas por meio de aplicações financeiras em detrimento de
02. (FEMM/FIO/VEST) As exportações de manufaturas destacam-se no investimentos produtivos na modernização do setor.
corredor de exportação de:
d) A maior parte dos setores dessa atividade é voltada apenas para o
a) São Paulo mercado interno que, embora se situe entre os maiores do mundo, é pouco
b) Minas Gerais – Espírito Santo exigente e não estimula a competitividade.
c) Rio de Janeiro
d) Paraná e) N. d. a.
e) n.d.a.
a) Houve grande aumento das exportações de manufaturados e semi- a) sistema de conjugação de transportes, portos, silos e frigoríficos para
industrializados superando exportações de produtos primários. receber, conservar e exportar os produtos para o mercado externo;
b) Menor dependência em relação ao mercado norte-americano. b) conjunto de rodovias que alcançam os mais distantes e interiorizados
centros de produção para conectá-los com os grandes eixos viários;
c) Grande diversificação quanto aos tipos de produtos exportados e quanto
aos parceiros comerciais. c) tratamento preferencial que, enfatiza os principais produtos locais, como
a soja em Paranaguá, o café em Santos, o minério de ferro em Vitória e
d) Apresenta diminuição gradativa do volume de mercadorias exportadas e outros;
do valor de exportações.
d) conjunto de normas e processos fiscais e financeiros que desburocratiza-
e) A balança comercial apresenta um superávit, desde 82, apesar de não ram e agilizaram as exportações;
poder ser considerado como lucro.
e) sistema de empresas de produção, transporte e armazenamento - as
trading companies - para escoamento e exportação de produção.
04. (UFPA) As regiões brasileiras exercem diferentes papéis no que diz
respeito a “divisão inter-regional do trabalho” ressaltando-se que:
08. O acordo com os europeus
De acordo com o conteúdo do texto podemos afirmar que, exceto: 03. (PUC) A Usina de Itaipu é um empreendimento conjunto:
a) Os EUA vêem com maus olhos a concorrência que o Mercosul faz à a) Brasil – Paraguai;
ALCA (Área de Livre Comércio das Américas. b) Brasil – Argentina;
c) Brasil – Paraguai – Argentina;
b) O texto não corresponde à realidade, não há grande interesse em inte- d) Argentina – Paraguai;
grar o Mercosul à U.E. (União Européia). e) Brasil – Uruguai.
a) siderúrgicas e alimentícias.
b) alimentícias e petroquímicas. 07. (UNIFOR) Os novos investimentos em regiões mais distantes do eixo
c) eletroeletrônicas e de calçados. Rio-São Paulo estão permitindo a algumas cidades nordestinas, um cres-
d) siderúrgicas e petroquímicas. cimento industrial maior do que alguns pólos econômicos do Centro-Sul.
e) eletroeletrônicas e têxteis. Essa expansão se deve, basicamente:
a) metalúrgica – construção civil – naval. I. A Vale não tinha importância estratégica para o desenvolvimento econô-
Da relação anterior, são, particularmente, eram argumentos neoliberais: 02. (MACKENZIE) O Pantanal mato-grossense possui características
singulares que o individualizam e tornam uma unidade fisiográfica e morfo-
a) I e IV estrutural única no território brasileiro, com uma economia caracterizada
b) II e IV pela:
c) III e IV
d) V e IV a) criação extensiva de gado bovino.
e) Todas b) criação intensiva de gado bovino.
c) extração mineral.
d) elevada densidade de produção agrícola.
09. (UNIMEP) A crise econômica por que passou o Brasil na década de 80 - e) policultura comercial.
a "década perdida", como ficou conhecida - pôs fim ao período de extraor-
dinário crescimento econômico ocorrido nas três décadas anteriores. Da
década de 50 até a de 70, impulsionado por um processo de industrializa- 03. (CESGRANRIO) Que atividade econômica foi desenvolvida no Vale do
ção da sociedade, o Brasil apresentou bom desenvolvimento econômico Paraíba do Sul, como fase intermediária entre a cultura cafeeira e a indús-
tanto em nível regional quanto mundial. Nesse período, os ingredientes tria?
básicos do grande crescimento econômico industrial do país foram:
a) plantação de milho
a) a forte participação de capital estatal e estrangeiro na economia; b) cultivo de videira
b) o fácil endividamento externo; c) plantação de algodão
c) a abundância de mão-de-obra; d) pecuária leiteira
d) a grande disponibilidade de recursos naturais; e) rizicultura
e) a crescente presença estrangeira na indústria de bens não-duráveis.
c) maior integração do espaço brasileiro com desenvolvimento da rede de 05. O Vale do Itajaí (SC) destaca-se por apresentar expressivo rebanho:
transporte e comunicações interligando o Sudeste ao resto do país;
a) caprino
d) maior interdependência entre as regiões com a divisão inter-regional do b) bubalino
trabalho; c) ovino
d) eqüino
e) produção industrial se desenvolve em função das exportações, devido à e) bovino de leite
inexistência de mercado interno.
Resolução: 06. (SANTA CECÍLIA - Santos) A maior parte do rebanho bovino brasileiro
01. D está concentrada na região:
02. B
03. D a) Sudeste
04. D b) Sul
05. D c) Centro-Oeste
06. D d) Nordeste
07. E e) Norte
08. E
09. E
10. E As questões 07 e 08 estão ligadas ao texto a seguir:
08. Qual das seguintes alternativas apresenta o tema mais abrangente do 04. (PUCC) A linha principal da Ferrovia do Aço destina-se a ligar:
texto?
a) Belo Horizonte ao Rio de Janeiro.
a) Degradação dos recursos naturais. b) São Paulo ao Rio de Janeiro.
b) Empobrecimento de áreas agrícolas. c) Belo Horizonte ao Espírito Santo.
c) Erosão em solos de campos. d) Belo Horizonte a São Paulo.
d) Conseqüências de atividades pecuárias. e) Brasília a Belo Horizonte.
e) Conseqüências do desmatamento.
10. (FUVEST) "Até hoje, a produção leiteira é das mais importantes do vale
que se tornou uma das mais fortes áreas da zona de laticínios da Região."
O vale e a Região a que se refere o texto são, respectivamente:
Resolução:
01. D
02. A
03. D
04. C
05. E
06. C 05. As setas I, II e III indicam, respectivamente, importações brasileiras de:
07. E
08. A a) laticínios, cobre e estanho.
09. D b) cobre, trigo e petróleo.
10. A c) estanho, petróleo e laticínios.
d) petróleo, cobre e trigo.
PROVA SIMULADA VI e) trigo, laticínio e cobre.
a) à boa situação geográfica de Santos, que atraiu as ferrovias; a) do teor mais baixo do minério.
b) ao tipo de produção agrícola voltada para a exportação implantada no b) da pequena quantidade de minério.
Estado; c) das dificuldades de transporte.
c) à situação geográfica da capital paulista, próxima ao litoral; d) do grande consumo das proximidades.
d) aos problemas geográficos representados pela movimentação orogênica e) n.d.a.
do planalto;
e) aos incentivos estatais.
06. (UNIRIO) Muitos fatores geográficos favorecem a extração de sal
marinho na fachada litorânea do Rio Grande do Norte:
Resolução:
a) o clima tropical de altitude;
01. Porto de Santos. b) as fortes marés, cuja altura oscila entre 3 e 4m;
02. A c) as baixas temperaturas ali reinantes (18º - 36º em média);
03. E d) o clima equatorial superúmido.
04. D e) n.d.a.
05. D
06. A
07. A 07. (FAAP) A Companhia Vale do Rio Doce é uma empresa:
08. C
09. B a) de exploração madeireira
10. B b) hidrelétrica
c) siderúrgica
PROVA SIMULADA VII d) exportadora de minério de ferro
e) de navegação fluvial
Exercícios sobre indústria de extração mineral
02. (CESGRANRIO) Porto salineiro mais importante, situado no Nordeste a) Amapá, Santa Catarina e Rio Grande do Norte;
do País: b) Amazonas, Pará e Acre;
c) Amapá, Rio Grande do Sul e Goiás;
a) Areia Branca d) Rondônia, Rio de Janeiro e Rio Grande do Sul;
b) Aracati e) n.d.a.
c) Mucuripe
d) Camocim
e) Luiz Correia 10. A exploração das salinas no Brasil está mais desenvolvida nos Estados
do Rio Grande do Norte e do Rio de Janeiro. Qual a combinação correta
dos dois maiores centros produtores desses dois Estados?
Resolução: ( ) IV. Clima e relevo são os elementos mais importantes do domínio por
01. C se constituírem na causa dos demais.
02. A
03. B ( ) V. A vegetação não é considerada um dos elementos definidos da
04. C paisagem, pois é o elemento mais resistente da paisagem.
05. C
06. B
07. D 05. “La Niña se adianta e deve atingir o Brasil em 1998”.O CPTEC (Centro
08. E de Previsão de Tempo e Estudos Climáticos), localizado em Cachoeira
09. A Paulista, no Vale do Paraíba, acredita que ainda este ano os efeitos do
10. E fenômeno La Niña que resfria a temperatura média das águas do Oceano
Pacífico Equatorial, atingirão o Brasil. Este dado faz parte do relatório
PROVA SIMULADA VIII divulgado pelo órgão, em junho de 1998. Se isto efetivamente acontecer, as
conseqüências poderão ser notadas no Brasil, com efeitos contrários aos
Exercícios sobre clima do “El Niño”.
Questões:
Assinale a alternativa que caracteriza essa situação no Sul e Nordeste do
01. (SANTA CASA) Para apoiar a regra de que “a temperatura diminui com país respectivamente:
o aumento da latitude”, deveríamos tomar como exemplo os dados referen-
tes às cidades de: a) Secas prolongadas com posteriores nevascas; aumentará a aridez do
Sertão.
a) Manaus, Cuiabá e Porto Alegre. b) Deficiência de chuvas no Sul e excesso de precipitação no Nordeste.
b) Recife, Cuiabá e Rio de Janeiro. c) Geadas nas “Serras Gaúchas” e intensas chuvas na Zona da Mata.
c) Recife, Rio de Janeiro e Porto Alegre. d) Fortes ventos com chuvas no Sul e ventos secos em todo Nordeste.
d) Manaus, Recife e Cuiabá. e) Estiagem no Sul seguida de estação chuvosa e aumento da seca em
e) Manaus, Rio de Janeiro e Porto Alegre. todo o Nordeste.
02. Leia os textos: 06. (PUC) As porções orientais do território brasileiro, em termos de clima,
sofrem maior intervenção da massa de ar:
I. Calcula-se que a poluição do ar tenha provocado um crescimento do teor
de gás carbônico na atmosfera, que teria sofrido um aumento de 14% entre a) Equatorial Continental (Ec)
1830 e 1930, aumentando hoje em dia de 0,3% ao ano. Os desmatamentos b) Equatorial Atlântica (Ea)
contribuem bastante para isso, pois a queimada das florestas produz gran- c) Tropical Continental (Tc)
de quantidade de gás carbônico tem a propriedade de absorver calor, pelo d) Tropical Atlântica (Ta)
chamado “efeito estufa”, um aumento da proporção desse gás na atmosfera e) Polar Atlântica (Pa)
pode ocasionar um aquecimento de superfícies terrestres.
II. Inversão térmica é período em que o ar fica estagnado sobre um local, 07. (MACK) Dominam no inverno austral as massas de ar procedentes de
sem a formação de ventos ou correntes ascendentes na atmosfera. Sabe- áreas anticicloniais localizadas no Atlântico Sul e na Argentina, as quais
se que o ar mais elevado é mais que o que se encontra embaixo; esse fato invadem o Planalto Brasileiro e implicam na formação:
dá origem a correntes ascendentes na atmosfera, pois o ar quente é mais
leve que o ar mais frio. Mas sobre o efeito de uma inversão térmica ocorre o a) das brisas
inverso: o ar mais quente está acima do ar mais frio, impendido-o de subir. b) dos ventos contra-alísios do Nordeste
O ar fica estagnado e carregado de poluentes. As inversões térmicas c) do terral
ocorrem bastante no Sul do país, principalmente em São Paulo, no período d) dos ventos alísios do Sudeste
do inverno. e) dos ventos do Noroeste
As afirmações I e II estão:
08. (OSEC) O deslocamento das massas de ar, que dão origem aos ven-
a) totalmente corretas. tos, se fazem sempre:
b) totalmente erradas.
c) a I correta e a II errada. a) das áreas mais elevadas para as mais baixas;
d) a I errada e a II correta. b) das áreas de temperaturas mais altas para as de temperatura mais
e) as duas parcialmente corretas. baixa;
c) das áreas de alta pressão para as de baixa pressão;
d) das áreas mais úmidas para as mais secas;
03. (FUVEST) Explique as características e as causas da ocorrência do e) de oeste para leste.
clima subtropical no Brasil.
09. (OSEC) (...) "Ventos periódicos beneficiam toda a extensa orla litorâ-
04. Observe as afirmações e coloque V verdadeiro ou F falso: nea: são... que, como alhures se apresentam sob a forma da "viração" ... e
do "terral"... (Areldo de Azevedo)
( ) I. Domínio é o conjunto natural onde há uma interação entre os elemen-
Resolução: a) Rússia
b) Canadá
01. E c) Inglaterra
d) França
02. A e) EUA
PROVA SIMULADA X b) O rio Paraguai nasce na serra de Araporé, em Mato Grosso, com o nome
de rio das Pedras, de Amolar.
Exercícios sobre hidrografia
c) Durante as cheias do rio Paraguai, no início de outono, todo o Pantanal
Questões: vê-se invadido pela águas do rio, constituindo, então, a lagoa Xarajes.
01. (UFPA) Define-se “LAGOS DE VÁRZEA” como sendo aqueles oriundos d) O rio Uruguai é formado pelos rios Canoas e Pelotas.
da acumulação de aluviões fluviais. Deduz-se que tais formações devem
ser encontradas: e) O rio Uruguai é o principal rio da Bacia Platina em potencial hidrelétrico.
03. (FGV) “Em virtude da existência de inúmeros fatores históricos e eco- a) Piratini
nômicos, os baixos cursos dos rios geralmente apresentam elevadas den- b) Uruguai
sidades demográficas”. Comprovam a afirmação os rios: c) Paraguai
d) Paraná
a) Mackenzie e Volga. e) São Francisco
b) Yukon e Reno.
c) Nilo e Ganges.
d) Ob e Mississipi. 09. (UNIV. ESTÁCIO DE SÁ) Aponte a afirmativa incorreta:
e) Ienissei e São Francisco.
a) O regime dos rios brasileiros depende das chuvas de verão.
b) Talvegue é a linha de maior profundidade do leito do rio.
04. (UNOPAR) A expressão “Bacia Hidrográfica” pode ser entendida como: c) Os rios brasileiros possuem um regime pluvial, excetuando-se o Amazo-
nas que é complexo.
a) o conjunto das terras drenadas ou percorridas por um rio principal e seus d) Todos os rios do Brasil podem ser caracterizados como perenes.
afluentes. e) A foz de um rio pode ser de dois tipos: o estuário, livre de obstáculos, e o
b) a área ocupada pelas águas de um rio principal e seus afluentes no delta, com ilhas de luvião separadas por uma rede de canais.
período normal de chuvas.
c) o conjunto de lagoas isoladas que se formam no leito dos rios quando o
nível de água da água baixa. 10. (FAC. AGRONOMIA E ZOOTECNIA de Uberaba) Leia as afirmativas
d) o aumento exagerado do volume de água de um rio principal e seus abaixo sobre a hidrografia brasileira:
afluentes quando chove acima do normal.
Resolução: Resolução:
01. C 01. IDH
02. D 02. PIB
03. C 03. IDH/ alfabetização/ expectativa.
04. A 04. desenvolvido/ atrasado.
05. B 05. Devido aos indicadores sociais apenas razoáveis, o Brasil mantém uma
06. E posição modesta, apesar de contar com um dos maiores PIBs do mundo.
07. D 06. A ausência de países importantes como a Alemanha e a Itália que são,
08. D reconhecidamente, algumas das maiores economias mundiais; a 8ª posição
09. D ocupada pelos EUA, que é maior economia do mundo.
10. C
PROVA SIMULADA XI PROVA SIMULADA XII
04. Os países são classificados de 0 a 1, após analisados todos os fatores a) São Paulo e Rio de Janeiro
de ponderação, sendo que, quanto mais próximo de 1, mais b) Vitória e Salvador
____________________ é o país e, conseqüentemente, quanto mais c) Recife e São Paulo
próximo de 0, mais _______________________ é o país. d) Manaus e Rio de Janeiro
e) Recife e Salvador
05. (PUC) Nos países industrializados, a migração campo-cidade tem como Resolução:
causa fundamental:
01. 1-F; 2-V; 3-V; 4-V
a) carência de melhores condições sociais no campo. 02. E
b) baixa produtividade agrícola. 03. C
c) pressão demográfica no campo. 04. B
d) dificuldade de aquisição de terras. 05. E
e) liberação de mão-de-obra pela mecanização. 06. A
07. C
08. C
06. (ULBRA) "O município está assentado sobre a borda da bacia sedimen- 09. B
tar do Paraná, tendo como embasamento rochas antigas tais como xisto e 10. D
gnaisses do Grupo Araxá (Pré-Cambriano)."
Sociedade & Natureza, Uberlância, dez./1989 PROVA SIMULADA XIII
a) metropolização 03. (MED. ABC) “Muitos colonos gaúchos e catarinenses estão ajudando na
b) área metropolitana conquista de uma nova fronteira agrícola: a região de Dourados, responsá-
c) rede urbana vel por 50% da produção de soja de Mato Grosso do Sul. Rondônia, nossa
d) megalópole última fronteira, recebeu, nos últimos três anos, cerca de 200.000 migran-
e) hierarquia urbana tes. Só 10% de sua população economicamente ativa nasceu ali.” (Jornal
da Tarde,de 16/5/81)
10. Sobre o surto de urbanização que se verifica no mundo, é correto Identifique, no mapa abaixo, a seta que corresponde à direção do fluxo
afirmar que: populacional descrito no texto anterior.
a) é verificado com a mesma intensidade nos países desenvolvidos e
a) 5 a) italiana
b) 3 b) portuguesa
c) 3 c) japonesa
d) 1 d) sírio-libanesa
e) 4 e) coreana
04. (UNIFOR) A região que forneceu o maior contingente de colonos- 10. (UNIUBE) Na segunda metade do século XIX, o Brasil recebeu um
migrantes para a ocupação da fronteira agrícola, no Mato Grosso, Rondô- grande contingente imigratório. Um dos grupos de imigrantes se destaca
nia e Acre, durante os anos 70 e 80, foi a: por ter participado da fundação de várias cidades, tais como: Blumenau,
Joinville, São Leopoldo e Novo Hamburgo. O texto refere-se aos imigrantes:
a) Norte
b) Nordeste a) italianos
c) Centro-Oeste b) franceses
d) Sul c) alemães
e) Sudeste d) espanhóis
e) portugueses
05. (UNOPAR) Dos imigrantes que vieram para o Brasil, a maior contribui- Resolução:
ção populacional populacional foi dada pelos:
01. 0-V;1-V; 2-V; 3-V; 4-V
a) portugueses e japoneses 02. D
b) italianos e alemães 03. A
c) alemães e espanhóis 04. D
d) japoneses e espanhóis 05. E
e) portugueses e italianos 06. E
07. A
08. E
06. (PUC) Entre os fatores que impulsionaram a migração européia para o 09. A
Brasil entre 1870 - 1930, podemos excluir: 10. C
e) devido à estabilidade política da Europa, que estimulava a fixação do 02. Sobre a imigração alemã (1850 – 1870) não é certo afirmarmos:
homem ao solo europeu, pois este não iria se aventurar em novas terras.
a) Radicou-se principalmente em Santa Catarina, no Vale do Itajaí e no Rio
Grande do Sul, no Vale do Jacuí e Vale dos Sinos.
08. (FEI) Migrações pendulares são:
b) Praticaram a policultura, introduziram no país os minifúndios, ou peque-
c) São Leopoldo (RS), Novo Hamburgo (RS), Itajaí (SC), Brusque (SC),
Joinville (SC), Colatina (ES) e Santo Amaro (SP) são localidades em que se 07. (UFPA) A reduzida entrada de imigrantes no primeiro período pode ser
fixaram um grande número de alemães. melhor explicada:
d) Integrou-se facilmente na comunidade brasileira, especialmente nos a) devido à abundância de mão-de-obra escrava no período;
estados sulinos de Santa Catarina e Rio Grande do Sul.
b) pela suspensão de financiamentos para o imigrante em 1830 e a exigên-
e) Influenciaram a alimentação, as construções e costumes, notadamente cia de que 25% deles se destinassem à agricultura;
em Santa Catarina.
c) pelo estabelecimento de cotas de imigração em 2%, segundo a naciona-
lidade, a partir de 1910;
03. (MED. ABC) “Muitos colonos gaúchos e catarinenses estão ajudando na
conquista de uma nova fronteira agrícola: a região de Dourados, responsá- d) pela tropicalidade do país;
vel por 50% da produção de soja de Mato Grosso do Sul. Rondônia, nossa
última fronteira, recebeu, nos últimos três anos, cerca de 200.000 migran- e) devido à estabilidade política da Europa, que estimulava a fixação do
tes. Só 10% de sua população economicamente ativa nasceu ali.” (Jornal homem ao solo europeu, pois este não iria se aventurar em novas terras.
da Tarde,de 16/5/81)
Identifique, no mapa abaixo, a seta que corresponde à direção do fluxo 08. (FEI) Migrações pendulares são:
populacional descrito no texto anterior.
a) movimentos ligados a atividades pastoris;
b) movimentos da população rural em direção aos grandes centros urba-
nos;
c) troca de imigrantes entre as grandes regiões;
d) deslocamento maciço de populações urbanas em direção ao campo;
e) movimentos diários de trabalhadores entre o local de residência e o local
de trabalho.
a) 5 a) italiana
b) 3 b) portuguesa
c) 3 c) japonesa
d) 1 d) sírio-libanesa
e) 4 e) coreana
04. (UNIFOR) A região que forneceu o maior contingente de colonos- 10. (UNIUBE) Na segunda metade do século XIX, o Brasil recebeu um
migrantes para a ocupação da fronteira agrícola, no Mato Grosso, Rondô- grande contingente imigratório. Um dos grupos de imigrantes se destaca
nia e Acre, durante os anos 70 e 80, foi a: por ter participado da fundação de várias cidades, tais como: Blumenau,
Joinville, São Leopoldo e Novo Hamburgo. O texto refere-se aos imigrantes:
a) Norte
b) Nordeste a) italianos
c) Centro-Oeste b) franceses
d) Sul c) alemães
e) Sudeste d) espanhóis
e) portugueses
05. (UNOPAR) Dos imigrantes que vieram para o Brasil, a maior contribui- Resolução:
ção populacional populacional foi dada pelos:
01. 0-V;1-V; 2-V; 3-V; 4-V
a) portugueses e japoneses 02. D
b) italianos e alemães 03. A
c) alemães e espanhóis 04. D
d) japoneses e espanhóis 05. E
e) portugueses e italianos 06. E
07. A
08. E
06. (PUC) Entre os fatores que impulsionaram a migração européia para o 09. A
Brasil entre 1870 - 1930, podemos excluir: 10. C
a) o desenvolvimento da cafeicultura;
b) as iniciativas dos fazendeiros de auxiliar colonos; PROVA SIMULADA XV
c) a abolição da escravatura e a conseqüente liberação da mão-de-obra;
d) a unificação política e industrialização tardia da Itália; Exercícios sobre relevo
a) Tectonismo e intemperismo.
b) Vento e vulcanismo.
c) Águas correntes e intemperismo. ___________________________________
d) Vento e águas correntes.
e) N.d.a. ___________________________________
___________________________________
06. (UNIVEST) Os escudos ou maciços antigos brasileiros formaram-se na ___________________________________
era:
___________________________________
a) cenozóica _______________________________________________________
b) terciária
c) pré-cambriana _______________________________________________________
d) mesozóica _______________________________________________________
e) quaternária
_______________________________________________________
_______________________________________________________
07. (UEMA) Entres os três tipos principais de estruturas geológicas é corre-
to afirmar que NÃO existe no território: _______________________________________________________
_______________________________________________________
a) bacias sedimentares;
b) escudos cristalinos; _______________________________________________________
Estes dispositivos são por vezes referidos como memória secundária. DISPOSITIVOS DE SAÍDA
Existe uma grande diversidade de placas de expansão, como, por e- Um CD-ROM comum tem capacidade para armazenar 417 vezes mais
xemplo, placas de rede, de vídeo, de som e de modem. dados do que um disquete de 3,5 polegadas. Hoje, a maioria dos progra-
mas vem em CD, trazendo sons e vídeo, além de textos e gráficos.
Terminal ou estação de trabalho
Um terminal é um sistema normalmente constituído por um teclado e Drive é o acionador ou leitor - assim o drive de CD-ROM é o dispositi-
por um monitor e que está ligado remotamente a um computador central. vo em que serão tocados os CD-ROMS, para que seus textos e imagens,
suas informações, enfim, sejam lidas pela máquina e devidamente proces-
O computador central processa a informação introduzida através do sadas.
teclado do terminal, enviando os resultados de volta para serem visualiza-
dos no monitor do terminal. A velocidade de leitura é indicada pela expressão 2X, 4X, 8X etc., que
Modem revela o número de vezes mais rápidos que são em relação aos sistemas
Um modem é um dispositivo utilizado na ligação de computadores a- de primeira geração.
través da rede telefônica pública.
E a tecnologia dos equipamentos evoluiu rapidamente. Os drivers de
O modem converte a informação digital do computador num formato hoje em dia tem suas velocidades nominais de 54X e 56X.
analógico, de modo a poder ser transmitida através das linhas telefônicas,
e faz a conversão inversa na recepção de informação da rede. A velocidade de acesso é o tempo que passa entre o momento em
que se dá um comando e a recuperação dos dados. Já o índice de transfe-
DISPOSITIVOS DE ENTRADA rência é a velocidade com a qual as informações ou instruções podem ser
deslocadas entre diferentes locais.
Teclado
O teclado é o dispositivo de entrada mais comum, permitindo ao utili- Há dois tipos de leitor de CD-ROM: interno (embutidos no computa-
zador introduzir informação e comandos no computador. dor); e externo ligados ao computador, como se fossem periféricos).
Uma vez dentro do computador, essa informação pode ser armazena- Por terem uma capacidade tão grande de armazenamento, comportam um
da, editada ou visualizada num monitor. conteúdo multimídia com facilidade, sendo muito usados para arma-
zenar filmes e shows.
Sensores
Os sensores são dispositivos que permitem capturar valores de um Os drives mais atuais permitem a gravação de dvds, porém o seu preço
dado processo contínuo e convertê-los para o formato digital, de modo a ainda é muito alto para o uso doméstico, porém um drive muito utiliza-
• Baixar atualizações, mas permitir que eu escolha quando Sistema Operacional multitarefa e múltiplos usuários. O novo sistema
instalá-las operacional da Microsoft trouxe, além dos recursos do Windows Seven,
muitos recursos que tornam a utilização do computador mais amigável.
• Procurar atualizações, mas permitir que eu escolha quando
baixá-las e instalá-las O que é o Windows 7?
4. Para agendar atualizações automáticas, em Instalar novas atua- O Sistema Operacional MS-DOS é um exemplo de sistema operacional
lizações, selecione o dia e a hora em que deseja que ocorram as atualiza- não-gráfico. A característica visual, ou interface não é nada amigável. Tem
ções. apenas uma tela escura e uma linha de comando. Quando desejávamos
acessar algum arquivo, pasta ou programa, digitamos seu endereço no
5. Para obter atualizações recomendadas para o computador, computador e vale lembrar que um ponto a mais ou a menos é o suficiente
em Atualizações recomendadas, marque a caixa de seleção Envie-me para não abri-lo.
atualizações recomendadas da mesma maneira como eu recebo
atualizações importantes. O Linux também não é um sistema operacional gráfico, porém utiliza um
ambiente gráfico para tornar mais amigável sua utilização como, por
6. Para permitir que qualquer pessoa que utilize o computador faça exemplo, GNOME e KDE.
atualizações, marque a caixa de seleçãoPermitir que todos os usuários
padrão instalem atualizações neste computador. Isso se aplica apenas Ambientes visuais como o Windows 3.11 facilitavam muito, mas são duas
a atualizações e software que são instalados manualmente; as atualiza- coisas distintas, a parte operacional (MS-DOS) e parte visual (Windows
ções automáticas serão instaladas independentemente do usuário. 3.11). A partir do Windows 95 temos, então, as duas coisas juntas, a parte
operacional e gráfica, logo, um Sistema Operacional Gráfico.
7. Clique em OK. Se você for solicitado a informar uma senha de Na nova versão do Windows Seven a aparência e características visuais
administrador ou sua confirmação, digite a senha ou forneça a confirma- mudaram em relação ao Vista e, muito mais, em relação ao XP.
ção.
Multitarefa
Observações
Mais uma característica do Windows Seven. Um sistema operacional
• Se o seu computador estiver em hibernação em um horário multitarefa permite trabalhar com diversos programas ao mesmo tempo
agendado, a instalação começará imediatamente na próxima vez em (Word e Excel abertos ao mesmo tempo).
que você iniciar o computador. Você receberá uma mensagem que per-
gunta se você deseja adiar a instalação. Clique na mensagem e siga as Multiusuário
instruções para configurar quanto tempo deseja que Capacidade de criar diversos perfis de usuários. No caso, o Windows
o Windows aguarde. Seven tem duas opções de contas de usuários: Administrador (root) e o
Usuário padrão (limitado). O administrador pode instalar de desinstalar
• Se você desativar a atualização automática, não deixe de
impressoras, alterar as configurações do sistema, modificar a conta dos
verificar regularmente se há atualizações. Para mais informações, con-
outros usuários entre outras configurações. Já, o usuário padrão poderá
sulte Instalar as atualizações do Windows, no Windows 7.
apenas usar o computador, não poderá, por exemplo, alterar a hora do
A Microsoft oferece uma extensão para o Windows Update chamada Sistema.
Microsoft Update. Esse serviço permite obter atualizações para outros
produtos Microsoft, bem como receber avisos de novo software Microsoft
que pode ser baixado e instalado gratuitamente. Veja como obter atualiza-
ções e avisos sobre novo software:
Botão Iniciar
O botão Iniciar é o principal elemento da Barra de Tarefas. Ele dá acesso
ao Menu Iniciar, de onde se podem acessar outros menus que, por sua Suspender: O Windows salva seu trabalho, não há necessidade de fechar
vez, acionam programas do Windows. Ao ser acionado, o botão Iniciar os programas e arquivos antes de colocar o computador em suspensão.
mostra um menu vertical com várias opções. Alguns comandos do menu Na próxima vez que você ligar o computador (e inserir sua senha, se
Iniciar têm uma seta para a direita, significando que há opções adicionais necessário), a aparência da tela será exatamente igual a quando você
disponíveis em um menu secundário. Se você posicionar o ponteiro sobre suspendeu o computador.
um item com uma seta, será exibido outro menu.
Para acordar o computador, pressione qualquer tecla. Como você não tem
O botão Iniciar é a maneira mais fácil de iniciar um programa que estiver de esperar o Windows iniciar, o computador acorda em segundos e você
instalado no computador, ou fazer alterações nas configurações do compu- pode voltar ao trabalho quase imediatamente.
tador, localizar um arquivo, abrir um documento. É apresentado em duas
colunas. A coluna da esquerda (2) apresenta atalhos para os programas, Observação: Enquanto está em suspensão, o computador usa uma quan-
os (3) programas fixados, (4) programas mais utilizados e (5) caixa de tidade muito pequena de energia para manter seu trabalho na memória. Se
pesquisa instantânea. A coluna da direita (1) o menu personalizado apre- você estiver usando um computador móvel, não se preocupe — a bateria
sentam atalhos para as principais pastas do usuário como Documentos, não será descarregada. Se o computador ficar muitas horas em suspensão
Imagens, Músicas e Jogos. A seqüência de teclas para ativar o Botão ou se a bateria estiver acabando, seu trabalho será salvo no disco rígido e
Iniciar é CTRL+ESC ou a Tecla do Windows (WINKEY). o computador será desligado de vez, sem consumir energia.
É possível solicitar o desligamento do computador pressionando as teclas
ALT+F4 na área de trabalho, exibindo a janela de desligamento com as
seguintes opções:
Executar:
Executar programas, arquivos, pasta, acessar páginas da internet, entre
outras utilidades.
Busca Instantânea: Com este recurso fica muito fácil localizar os arqui-
vos, programas, sites favoritos, músicas e qualquer outro arquivo do
Localizado no canto superior esquerdo. Neste menu podemos ativar os E caso você “agite” a janela, as janelas em segundo plano serão minimi-
seguintes comandos: zadas.
Busca Instantânea
Windows Explorer
No Windows, os Exploradores são as ferramentas principais para procurar,
visualizar e gerenciar informação e recursos – documentos, fotos, aplica-
ções, dispositivos e conteúdos da Internet. Dando uma experiência visual e
funcional consistente, os novos Exploradores do Windows Seven permi-
tem-lhe gerenciar a sua informação com flexibilidade e controle. Isto foi O exemplo mostrado na ilustração introduzindo a palavra Internet no
conseguido pela inclusão dos menus, barras de ferramentas, áreas de campo de Busca Instantânea resulta na apresentação de um número de
navegação e antevisão numa única interface que é consistente em todo o arquivos relacionados com o nome – arquivos cujo a palavra é menciona-
sistema. da tanto no nome como no conteúdo do arquivo.
Ao abrir o Windows Explorer o novo sistema de BIBLIOTECAS permite Barra de Ferramentas (Comandos)
acesso rápido as principais pastas do usuário.
Organizar
O comando Organizar exibe uma série de comandos como, por exemplo,
recortar, copiar, colar, desfazer, refazer, selecionar tudo, Layout do Explo-
Com a Área de Antevisão já não tem que clicar com o botão direito do
mouse em um arquivo para abrir a caixa das propriedades. Em vez disso,
uma descrição completa das propriedades do arquivo está sempre visível
no Painel de detalhes. Aqui também é possível adicionar ou editar proprie-
dades de um ou mais arquivos.
Painel de Visualização
De forma a oferecer-lhe uma maneira ainda mais completa de pré-
Live Icons (Modos de Exibição) visualizar os conteúdos dos documentos sem ter que os abrir, os Explora-
dores como o Explorador de Documentos, Explorador de Música e o
Os ícones “ao vivo” no Windows Seven são um grande melhoramento em Explorador de Imagens oferecem-lhe um Painel de Visualização opcional.
relação aos ícones tradicionais. Nas aplicações que tenham esta funciona- Nas aplicações que disponibilizem esta funcionalidade poderá navegar por
lidade disponível, os Live Icons fornecem-lhe uma pré-visualização em pré-visualizações legíveis de vários documentos ou antever alguns segun-
miniatura do conteúdo de cada arquivo, em vez de uma representação dos do conteúdo de arquivos de mídia.
genérica da aplicação que está associada ao arquivo. Conseguirá ver pré-
visualização dos arquivos - incluindo as primeiras páginas dos seus docu-
mentos, as suas fotos e mesmo as capas dos álbuns das músicas que têm
gravadas no computador sem ter que abrir qualquer desses arquivos.
Barra de Endereços
A Barra de Endereços melhorada contém menus que percorrem todas as
etapas de navegação, permitindo-lhe andar para trás ou para frente em
qualquer ponto de navegação.
Não podemos manipular arquivos que estão na lixeira. (no caso das ima-
gens podemos ativar o modo de exibição para visualizar quais imagens
foram excluídas);
A Lixeira do Windows possui dois ícones.
Lixeira vazia / Lixeira com itens
Paint
Editor simples de imagens do Windows. A extensão padrão é a BMP.
Permite manipular arquivos de imagens com as extensões: JPG ou JPEG,
GIF, TIFF, PNG, ICO entre outras.
Calculadora
Pode ser exibida de duas maneiras: padrão, científica, programador e
estatística.
Desfragmentador de Disco
É um utilitário que reorganiza os dados em seu disco rígido, de modo que
cada arquivo seja armazenado em blocos contíguos, ao invés de serem
dispersos em diferentes áreas do disco e elimina os espaços em branco.
Windows Live Movie Maker
Editor de vídeos. Permite a criação e edição de vídeos. Permite inserir
narrações, músicas, legendas, etc... Possui vários efeitos de transição
para unir cortes ou cenas do vídeo. A extensão padrão gerada pelo Movie
Maker é a MSWMM se desejar salvar o projeto ou WMV se desejar salvar
o vídeo.
ALT+letra sublinhada (Executar o comando do menu (ou outro comando Clique com o botão direito do mouse no atalho e clique em Propriedades.
sublinhado)) Na caixa de diálogo Propriedades do Atalho, clique na guia Atalho e na
F10 (Ativar a barra de menus no programa ativo) caixa Tecla de atalho.
SETA PARA A DIREITA (Abrir o próximo menu à direita ou abrir um sub- Pressione a tecla que deseja usar no teclado em combinação com C-
menu) TRL+ALT (atalhos de teclado iniciam automaticamente com CTRL+ALT) e
clique em OK.
SETA PARA A ESQUERDA (Abrir o próximo menu à esquerda ou fechar
um submenu) Agora você já pode usar esse atalho de teclado para abrir o programa
quando estiver usando a área de trabalho. O atalho também funcionará
F5 (Atualizar a janela ativa) enquanto você estiver usando alguns programas, embora possa não
funcionar com alguns programas que tenham seus próprios atalhos de
ALT+SETA PARA CIMA (Exibir a pasta um nível acima no Windows Explo-
teclado.
rer)
Observações
ESC (Cancelar a tarefa atual)
A caixa Tecla de atalho exibirá Nenhum até a tecla ser selecionada. De-
CTRL+SHIFT+ESC (Abrir o Gerenciador de Tarefas)
pois, a caixa exibirá Ctrl+Alt seguido pela tecla selecionada.
SHIFT quando inserir um CD (Evitar que o CD seja executado automati-
Você não pode usar as teclas ESC, ENTER, TAB, BARRA DE ESPAÇOS,
camente)
PRINT SCREEN, SHIFT ou BACKSPACE para criar um atalho de teclado.
Atalhos com tecla do Windows (Winkey)
O Windows apresenta muitas falhas em seu sistema. Falhas imper-
Windows tecla de logotipo (Abrir ou fechar o menu Iniciar) ceptíveis que os usuários comuns não se dão conta, porem, não passam
despercebidas pelos Hackers que exploram estas falhas para danificar o
Windows tecla de logotipo +PAUSE (Exibir a caixa de diálogo Proprieda- sistema de outras pessoas.
des do Sistema)
Em virtude disso, a Microsoft esta continuamente lançando atualiza-
Windows tecla de logotipo +D (Exibir a área de trabalho) ções que servem para corrigir estas falhas.
Windows tecla de logotipo +M (Minimizar todas as janelas) É muito importante manter o sistema atualizado e uma vantagem do
Windows tecla de logotipo +SHIFT+M (Restaurar janelas minimizadas na Windows é que ele se atualiza automaticamente, basta uma conexão com
área de trabalho) a internet.
Os papéis de parede não são tamanha novidade, virou praticamente Aumentando o tamanho da fonte você pode tornar o texto, os ícones e
uma rotina entre as pessoas colocarem fotos de ídolos, paisagens ou outros itens da tela mais fáceis de ver. Também é possível reduzir a escala
qualquer outra figura que as agrade. Uma das novidades fica por conta DPI, escala de pontos por polegada, para diminuir o tamanho do texto e
das fotos que você encontra no próprio SO. Variam de uma foto focando outros itens na tela para que caibam mais informações na tela.
uma única folha numa floresta até uma montanha. Outro recurso de personalização é colocar imagem de conta de usuá-
A outra é a possibilidade de criar um slide show com várias fotos. Elas rio que ajuda a identificar a sua conta em um computador. A imagem é
ficaram mudando em sequência, dando a impressão que sua área de exibida na tela de boas vindas e no menu Iniciar. Você pode alterar a
trabalho está mais viva. imagem da sua conta de usuário para uma das imagens incluídas no
Windows ou usar sua própria imagem.
Gadgets
E para finalizar você pode adicionar “gadgets” de área de trabalho,
As “bugigangas” já são conhecidas do Windows Vista, mas eram tra- que são mini-programas personalizáveis que podem exibir continuamente
vadas no canto direito. Agora elas podem ficar em qualquer local do desk- informações atualizadas como a apresentação de slides de imagens ou
top. contatos, sem a necessidade de abrir uma nova janela.
Servem para deixar sua área de trabalho com elementos sortidos, Aplicativos Novos
desde coisas úteis – como uma pequena agenda – até as de gosto mais
duvidosas – como uma que mostra o símbolo do Corinthians. Fica a crité- Uma das principais características do mundo Linux é suas versões vi-
rio do usuário o que e como utilizar. rem com muitos aplicativos, assim o usuário não precisa ficar baixando
arquivos após instalar o sistema, o que não ocorre com as versões Win-
O próprio sistema já vem com algumas, mas se sentir necessidade, dows.
pode baixar ainda mais opções da internet.
O Windows 7 começa a mudar essa questão, agora existe uma série
Reproduzir em de aplicativos juntos com o Windows 7, para que o usuário não precisa
baixar programas para atividades básicas.
Permitindo acessando de outros equipamentos a um computador com
o Windows Seven, é possível que eles se comuniquem e seja possível Com o Sticky Notes pode-se deixar lembretes no desktop e também
tocar, por exemplo, num aparelho de som as músicas que você tem no HD suportar entrada por caneta e toque.
de seu computador.
No Math Input Center, utilizando recursos multitoque, equações ma-
É apenas necessário que o aparelho seja compatível com o Windows temáticas escritas na tela são convertidas em texto, para poder adicioná-la
Seven – geralmente indicado com um logotipo “Compatível com o Win- em um processador de texto.
dows 7".
O print screen agora tem um aplicativo que permite capturar de formas
Streaming de mídia remoto diferentes a tela, como por exemplo, a tela inteira, partes ou áreas dese-
nhadas da tela com o mouse.
Aplicativo de copiar tela (botão print screen). · Placa de vídeo com suporte a elementos gráficos DirectX 9 com 256
MB de memória (para habilitar o tema do Windows Aero)
O Paint foi reformulado, agora conta com novas ferramentas e design
melhorado, ganhou menus e ferramentas que parecem do Office 2007. · Unidade de DVD-R/W
· Conexão com a Internet (para obter atualizações)
Atualizar de um SO antigo
O melhor cenário possível para a instalação do Windows 7 é com uma
máquina nova, com os requisitos apropriados. Entretanto, é possível
utilizá-lo num computador antigo, desde que atenda as especificações
mínimas.
Se o aparelho em questão possuir o Windows Vista instalado, você te-
rá a opção de atualizar o sistema operacional. Caso sua máquina utilize
Windows XP, você deverá fazer a re-instalação do sistema operacional.
Utilizando uma versão anterior a do XP, muito provavelmente seu compu-
tador não atende aos requisitos mínimos. Entretanto, nada impede que
você tente fazer a reinstalação.
Atualização
“Atualizar é a forma mais conveniente de ter o Windows 7 em seu
Paint com novos recursos.
computador, pois mantém os arquivos, as configurações e os programas
O WordPad também foi reformulado, recebeu novo visual mais próxi- do Windows Vista no lugar” (Site da Microsoft,
mo ao Word 2007, também ganhou novas ferramentas, assim se tornando http://windows.microsoft.com/pt- BR/windows7/help/upgrading-from-
um bom editor para quem não tem o Word 2007. windows-vista-to-windows-7).
A calculadora também sofreu mudanças, agora conta com 2 novos É o método mais adequado, se o usuário não possui conhecimento ou
modos, programador e estatístico. No modo programador ela faz cálculos tempo para fazer uma instalação do método tradicional. Optando por essa
binários e tem opção de álgebra booleana. A estatística tem funções de opção, ainda devese tomar cuidado com a compatibilidade dos programas,
cálculos básicos. o que funciona no Vista nem sempre funcionará no 7.
Também foi adicionado recurso de conversão de unidades como de Instalação
pés para metros.
Por qualquer motivo que a atualização não possa ser efetuada, a ins-
talação completa se torna a opção mais viável.
Neste caso, é necessário fazer backup de dados que se deseja utili-
zar, como drivers e documentos de texto, pois todas as informações no
computador serão perdidas. Quando iniciar o Windows 7, ele vai estar sem
os programas que você havia instalado e com as configurações padrão.
Desempenho
De nada adiantariam os novos recursos do Windows 7 se ele manti-
vesse a fama de lento e paranóico, adquirida por seu antecessor. Testes
indicam que a nova versão tem ganhou alguns pontos na velocidade.
O Seven te ajuda automaticamente com o desempenho: “Seu sistema
operacional toma conta do gerenciamento do processador e memória para
você” (Jim Boyce; Windows 7 Bible, pg 1041, tradução nossa).
Calculadora: 2 novos modos. WordPad remodelado Além disso, as tarefas recebem prioridades. Apesar de não ajudar efe-
tivamente no desempenho, o Windows 7 prioriza o que o usuário está
Requisitos interagindo (tarefas “foreground”).
Apesar desta nova versão do Windows estar mais leve em relação ao Outras, como uma impressão, tem baixa prioridade pois são natural-
Vista, ainda é exigido uma configuração de hardware (peças) relativamen- mente lentas e podem ser executadas “longe da visão” do usuário, dando
te boa, para que seja utilizado sem problemas de desempenho. a impressão que o computador não está lento.
Esta é a configuração mínima: · Processador de 1 GHz (32-bit) Essa característica permite que o usuário não sinta uma lentidão des-
· Memória (RAM) de 1 GB necessária no computador.
Operações com arquivos de música Comprimir arquivos em um único A renderização de gráficos 3D e edição de vídeos também são influ-
RAR – quanto menos, melhor enciadas pela quantidade de memória ganhando mais desempenho com
mais memória.
Windows 7 Básico – Questionário
10) Qual das alternativas apresenta corretamente uma novidade pre- Compatibilidade com o Windows Phone
sente na calculadora do Windows 7? a ( ). A calculadora agora pode Segundo o CEO da Nvidia, em entrevista ao CNET, que alguns dos
mudar de cores, de acordo com o tema do Windows em uso; b ( ). A apps feitos para Windows Phone serão compatíveis com o Windows 8 (na
calculadora faz cálculos maiores; c ( ). A calculadora conta agora com dois nova interface). Referiu também que esta compatibilidade "É uma maneira
novos modos de cálculo: programador e estatístico; * d ( ). A calculadora também de estimular os desenvolvedores a criarem novos aplicativos para
pode ser anexada ao Excel 2010. o Windows Phone".
Windows 8 Reconhecimento de voz
Windows 8é um sistema A Microsoft está planeando adicionar a tecnologia Tellme no Windows
operacional da Microsoft para computadores pessoais, 8, capaz de realizar comandos por voz. Esta tecnologia já está presente
portáteis, netbooks e tablets. É o sucessor do Windows 7. Foi anunciado outros aparelhos da marca como Kinect, Xbox 360, Windows
oficialmente por Steve Ballmer, diretor executivo da Microsoft, durante a Phone, Azure entre outros.
conferência de pré-lançamento do sistema operacional. Segundo a
empresa, este sistema operacional será um sistema para qualquer
37. Considere os dados da planilha eletrônica exemplificada no §5º. Está Em seguida solicitou ao funcionário que selecionasse as 6 células (de A1
correta a fórmula inserida em B3 e pronta para ser propagada para B4 e até C2) e propagasse o conteúdo selecionado para as 6 células seguintes
B5 se for igual a (de A3 até C4), arrastando a alça de preenchimento habilitada na borda
(A) =B3+A2. inferior direita de C2. Após essa operação, o respectivo resultado contido
(B) =B$2+A3. nas células C3 e C4 ficou
(C) =B2+A3. (A) 11 e 13.
(D) =B2+A2. (B) 13 e 15.
(E) =B2+A$3. (C) 15 e 19.
(D) 17 e 19.
(E) 17 e 21.
50. A exibição de tela inteira do computador para mostrar da mesma 57. Para iniciar uma nova apresentação em branco no PowerPoint, é
maneira que o público verá a aparência, os elementos e os efeitos nos possível usar a opção "Apresentação em branco", do "Painel de Tarefas",
slides é utilizada pelo PowerPoint no modo de exibição ou ainda o botão "Novo", que fica no início da barra de ferramentas pa-
(A) normal. drão. Ao fazer isso, o "Painel de Tarefas" será modificado para
(B) de estrutura de tópicos. (A) "Mostrar formatação".
(C) de guia de slides. (B) "Barra de títulos".
(D) de classificação de slides. (C) "Apresentação".
(E) de apresentação de slides. (D) "Layout do slide".
(E) "Barra de desenho".
51. Uma apresentação em PowerPoint pode conter efeitos nas exibições
dos slides, entre outros, do tipo esquema de transição 58. Ao fazer uma pesquisa envolvendo três termos no Google, foi escolhi-
(A) mostrar em ordem inversa. da uma determinada opção em um dos sites constantes da lista apresen-
(B) aplicar zoom gradativamente. tada. Ao abrir o site, tal opção faz com que os três termos sejam apresen-
(C) máquina de escrever colorida. tados em destaque com cores diferentes ao longo dos textos da página
(D) persiana horizontal. aberta. Tal opção é
(E) lâmpada de flash. (A) "Em cache".
92. O cabeçalho ou rodapé pode conter, além de número da página, a 100. Quando um arquivo não pode ser alterado ou excluído acidentalmen-
quantidade total de páginas do documento MS Word, escolhendo o mode- te deve-se assinalar em Propriedades do arquivo o atributo
lo Página X de Y inserido por meio da aba (A) Criptografar o conteúdo.
(A) Inserir, do grupo Cabeçalho e rodapé e do botão Número da página. (B) Somente leitura.
(B) Inserir, do grupo Cabeçalho e rodapé e do botão Cabeçalho ou botão (C) Gravar senha de proteção.
Rodapé. (D) Proteger o conteúdo.
(C) Layout da página, do grupo Cabeçalho e rodapé e do botão Número da (E) Oculto.
página.
(D) Layout da página, do grupo Cabeçalho e rodapé e do botão Cabeçalho RESPOSTAS
ou botão Rodapé. 01. D 11. C 21. B 31. B 41. A
(E) Layout da página, do grupo Número de página e do botão Cabeçalho 02. E 12. D 22. C 32. A 42. B
ou botão Rodapé. 03. A 13. B 23. A 33. D 43. C
04. C 14. A 24. E 34. D 44. A
93. As “Linhas a repetir na parte superior” das planilhas MS Excel, em 05. B 15. E 25. B 35. A 45. C
todas as páginas impressas, devem ser referenciadas na caixa Configurar 06. E 16. B 26. C 36. E 46. B
página e aba Planilha abertas pelo botão 07. D 17. D 27. B 37. C 47. C
(A) Imprimir área, na aba inserir. 08. B 18. E 28. D 38. B 48. A
(B) Imprimir títulos, na aba inserir. 09. C 19. C 29. E 39. D 49. D
(C) Inserir quebra de página, na aba Inserir. 10. A 20. A 30. E 40. E 50. E
(D) Imprimir área, na aba Inserir.
(E) Imprimir títulos, na aba Layout de página.
51. D 61. B 71. B 81. E 91. D
94. Dadas as células de uma planilha do BrOffice.org Calc, com os conte- 52. B 62. D 72. C 82. C 92. A
údos correspondentes: A1=1, B1=2, C1=3, D1=4 e E1=5, a função 53. E 63. A 73. D 83. A 93. E
=SOMA(A1:D1!B1:E1) apresentará como resultado o valor 54. E 64. C 74. E 84. D 94. B
(A) 6. 55. C 65. E 75. B 85. B 95. C
(B) 9. 56. B 66. C 76. E 86. A 96. D
(C) 10. 57. D 67. E 77. C 87. D 97. C
(D) 14. 58. A 68. D 78. A 88. B 98. E
(E) 15. 59. B 69. A 79. E 89. E 99. A
60. A 70. D 80. C 90. C 100. B
95. Um texto relacionado em um documento do editor BrOffice.org Writer e
definido com a opção de rotação a 270 graus será girado em Bibliografia
(A) 60 graus para a direita. http://www.ebah.com.br/content/ABAAAfcAQAK/curso-windows-7-
(B) 60 graus para a esquerda. basico-completo
(C) 90 graus para a direita. http://blog.tribunadonorte.com.br/tnconcursos/files/2013/04/Questõ
(D) 90 graus para a esquerda.
(E) 270 graus para a direita.
es-do-Windows-7.pdf
Prof. Wagner Bugs – http://www.wagnerbugs.com.br
96. As tecnologias denominadas Matriz passiva e Matriz ativa são utiliza- Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
das em monitores de vídeo de
(A) CRT monocromático.
(B) LCD monocromático.