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Instituto Brasileiro de Geografia e

Estatística
IBGE

Técnico em Informações Geográficas e


Estatísticas

ÍNDICE

LÍNGUA PORTUGUESA:
Compreensão e interpretação de texto; ....................................................................................................................................................... 1
A organização textual dos vários modos de organização discursiva; ............................................................................................. 5
Coerência e coesão; ............................................................................................................................................................................................... 8
Ortografia; .............................................................................................................................................................................................................. 20
Classe, estrutura, formação e significação de vocábulos; Derivação e composição; ............................................................ 30
A oração e seus termos; ................................................................................................................................................................................... 46
A estruturação do período; ............................................................................................................................................................................. 40
As classes de palavras: aspectos morfológicos, sintáticos e estilísticos; Linguagem figurada; Pontuação. .............. 30

RACIOCÍNIO LÓGICO:
Avaliação da habilidade do candidato em entender a estrutura lógica de relações entre pessoas, lugares, coisas ou
eventos, deduzir novas informações e avaliar as condições usadas para estabelecer a estrutura daquelas relações.
As questões das provas poderão tratar das seguintes áreas: estruturas lógicas; lógica de argumentação; diagra-
mas lógicos; aritmética, álgebra e geometria básica. .............................................................................................................Pp 1 a 80

GEOGRAFIA:
Noções básicas de cartografia: Orientação: pontos cardeais; Localização: coordenadas geográficas (latitude e
longitude); Representação: leitura, escala, legenda e convenções. ................................................................................................. 1
Natureza e meio ambiente no Brasil: Grandes domínios climáticos; Ecossistemas. ............................................................... 5
As atividades econômicas e a organização do espaço: Espaço agrário: modernização e conflitos; Espaço urbano:
atividades econômicas, emprego e pobreza; ............................................................................................................................................. 9
A rede urbana e as Regiões Metropolitanas. .......................................................................................................................................... 16
Formação Territorial e Divisão Político-Administrativa: Divisão Político-Administrativa; Organização federativa.
...................................................................................................................................................................................................................................... 17

CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS:
Conhecimentos específicos sobre o IBGE: informações sobre a Instituição, conceitos básicos para o desenvolvi-
mento do trabalho na Agência e da atividade do Técnico de Coleta. .............................................................................. Pp 1 a 14

CONHECIMENTOS GERAIS:
Elementos de política brasileira. ..................................................................................................................................................................... 1
Cultura e sociedade brasileira: música, literatura, artes, arquitetura, rádio, cinema, teatro, jornais, revistas e tele-
visão. ............................................................................................................................................................................................................................ 2
História do Brasil. ............................................................................................................................................................................................... 11
Descobertas e inovações científicas na atualidade e seus impactos na sociedade contemporânea. ............................. 27
Meio ambiente e sociedade: problemas, políticas públicas, organizações não governamentais, aspectos locais e
aspectos globais. .................................................................................................................................................................................................. 29
Panorama da economia nacional. ................................................................................................................................................................ 46
O cotidiano brasileiro. ...................................................................................................................................................................................... 48

NOÇÕES DE INFORMÁTICA:
Correio Eletrônico (mensagens, anexação de arquivos, cópias). Periféricos. Componentes. Estruturação de diretó-
rios, subdiretórios e arquivos. Windows 7. Browser. ..........................................................................................................Pp 1 a 55

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APOSTILAS OPÇÃO

A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
No caso de textos literários, é preciso conhecer a ligação daquele texto
com outras formas de cultura, outros textos e manifestações de arte da
LÍNGUA PORTUGUESA época em que o autor viveu. Se não houver esta visão global dos momen-
tos literários e dos escritores, a interpretação pode ficar comprometida. Aqui
não se podem dispensar as dicas que aparecem na referência bibliográfica
Compreensão e interpretação de texto; da fonte e na identificação do autor.
A organização textual dos vários modos de organização
discursiva; A última fase da interpretação concentra-se nas perguntas e opções de
Coerência e coesão; resposta. Aqui são fundamentais marcações de palavras como não, exce-
Ortografia; to, errada, respectivamente etc. que fazem diferença na escolha adequa-
Classe, estrutura, formação e significação de vocábu- da. Muitas vezes, em interpretação, trabalha-se com o conceito do "mais
los; Derivação e composição; adequado", isto é, o que responde melhor ao questionamento proposto. Por
A oração e seus termos; isso, uma resposta pode estar certa para responder à pergunta, mas não
ser a adotada como gabarito pela banca examinadora por haver uma outra
A estruturação do período;
alternativa mais completa.
As classes de palavras: aspectos morfológicos, sintáti-
cos e estilísticos; Linguagem figurada; Pontuação. Ainda cabe ressaltar que algumas questões apresentam um fragmento
do texto transcrito para ser a base de análise. Nunca deixe de retornar ao
COMPREENSÃO E INTERPRETAÇÃO DE TEXTOS texto, mesmo que aparentemente pareça ser perda de tempo. A descontex-
tualização de palavras ou frases, certas vezes, são também um recurso
Os concursos apresentam questões interpretativas que têm por finali- para instaurar a dúvida no candidato. Leia a frase anterior e a posterior para
dade a identificação de um leitor autônomo. Portanto, o candidato deve ter ideia do sentido global proposto pelo autor, desta maneira a resposta
compreender os níveis estruturais da língua por meio da lógica, além de será mais consciente e segura.
necessitar de um bom léxico internalizado.
Podemos, tranquilamente, ser bem-sucedidos numa interpretação de
As frases produzem significados diferentes de acordo com o contexto texto. Para isso, devemos observar o seguinte:
em que estão inseridas. Torna-se, assim, necessário sempre fazer um
confronto entre todas as partes que compõem o texto. 01. Ler todo o texto, procurando ter uma visão geral do assunto;
02. Se encontrar palavras desconhecidas, não interrompa a leitura, vá
Além disso, é fundamental apreender as informações apresentadas por até o fim, ininterruptamente;
trás do texto e as inferências a que ele remete. Este procedimento justifica- 03. Ler, ler bem, ler profundamente, ou seja, ler o texto pelo monos
se por um texto ser sempre produto de uma postura ideológica do autor umas três vezes ou mais;
diante de uma temática qualquer. 04. Ler com perspicácia, sutileza, malícia nas entrelinhas;
05. Voltar ao texto tantas quantas vezes precisar;
Denotação e Conotação 06. Não permitir que prevaleçam suas ideias sobre as do autor;
Sabe-se que não há associação necessária entre significante (expres- 07. Partir o texto em pedaços (parágrafos, partes) para melhor compre-
são gráfica, palavra) e significado, por esta ligação representar uma con- ensão;
venção. É baseado neste conceito de signo linguístico (significante + signi- 08. Centralizar cada questão ao pedaço (parágrafo, parte) do texto cor-
ficado) que se constroem as noções de denotação e conotação. respondente;
09. Verificar, com atenção e cuidado, o enunciado de cada questão;
O sentido denotativo das palavras é aquele encontrado nos dicionários, 10. Cuidado com os vocábulos: destoa (=diferente de ...), não, correta,
o chamado sentido verdadeiro, real. Já o uso conotativo das palavras é a incorreta, certa, errada, falsa, verdadeira, exceto, e outras; palavras que
atribuição de um sentido figurado, fantasioso e que, para sua compreensão, aparecem nas perguntas e que, às vezes, dificultam a entender o que se
depende do contexto. Sendo assim, estabelece-se, numa determinada perguntou e o que se pediu;
construção frasal, uma nova relação entre significante e significado. 11. Quando duas alternativas lhe parecem corretas, procurar a mais
exata ou a mais completa;
Os textos literários exploram bastante as construções de base conota- 12. Quando o autor apenas sugerir ideia, procurar um fundamento de
tiva, numa tentativa de extrapolar o espaço do texto e provocar reações lógica objetiva;
diferenciadas em seus leitores. 13. Cuidado com as questões voltadas para dados superficiais;
14. Não se deve procurar a verdade exata dentro daquela resposta,
Ainda com base no signo linguístico, encontra-se o conceito de polis- mas a opção que melhor se enquadre no sentido do texto;
semia (que tem muitas significações). Algumas palavras, dependendo do 15. Às vezes a etimologia ou a semelhança das palavras denuncia a
contexto, assumem múltiplos significados, como, por exemplo, a palavra resposta;
ponto: ponto de ônibus, ponto de vista, ponto final, ponto de cruz ... Neste 16. Procure estabelecer quais foram as opiniões expostas pelo autor,
caso, não se está atribuindo um sentido fantasioso à palavra ponto, e sim definindo o tema e a mensagem;
ampliando sua significação através de expressões que lhe completem e 17. O autor defende ideias e você deve percebê-las;
esclareçam o sentido. 18. Os adjuntos adverbiais e os predicativos do sujeito são importantís-
simos na interpretação do texto.
Como Ler e Entender Bem um Texto Ex.: Ele morreu de fome.
Basicamente, deve-se alcançar a dois níveis de leitura: a informativa e de fome: adjunto adverbial de causa, determina a causa na realização
de reconhecimento e a interpretativa. A primeira deve ser feita de maneira do fato (= morte de "ele").
cautelosa por ser o primeiro contato com o novo texto. Desta leitura, extra- Ex.: Ele morreu faminto.
em-se informações sobre o conteúdo abordado e prepara-se o próximo faminto: predicativo do sujeito, é o estado em que "ele" se encontrava
nível de leitura. Durante a interpretação propriamente dita, cabe destacar quando morreu.;
palavras-chave, passagens importantes, bem como usar uma palavra para 19. As orações coordenadas não têm oração principal, apenas as idei-
resumir a ideia central de cada parágrafo. Este tipo de procedimento aguça as estão coordenadas entre si;
a memória visual, favorecendo o entendimento. 20. Os adjetivos ligados a um substantivo vão dar a ele maior clareza
de expressão, aumentando-lhe ou determinando-lhe o significado. Eraldo
Não se pode desconsiderar que, embora a interpretação seja subjetiva, Cunegundes
há limites. A preocupação deve ser a captação da essência do texto, a fim
de responder às interpretações que a banca considerou como pertinentes.
ELEMENTOS CONSTITUTIVOS

Língua Portuguesa 1 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
TEXTO NARRATIVO semos, é a personagem que está a contar a história. A posição em
• As personagens: São as pessoas, ou seres, viventes ou não, for- que se coloca o narrador para contar a história constitui o foco, o
ças naturais ou fatores ambientais, que desempenham papel no desenrolar aspecto ou o ponto de vista da narrativa, e ele pode ser caracteri-
dos fatos. zado por :
- visão “por detrás” : o narrador conhece tudo o que diz respeito às
Toda narrativa tem um protagonista que é a figura central, o herói ou personagens e à história, tendo uma visão panorâmica dos acon-
heroína, personagem principal da história. tecimentos e a narração é feita em 3a pessoa.
- visão “com”: o narrador é personagem e ocupa o centro da narra-
O personagem, pessoa ou objeto, que se opõe aos designos do prota- tiva que é feito em 1a pessoa.
gonista, chama-se antagonista, e é com ele que a personagem principal - visão “de fora”: o narrador descreve e narra apenas o que vê,
contracena em primeiro plano. aquilo que é observável exteriormente no comportamento da per-
sonagem, sem ter acesso a sua interioridade, neste caso o narra-
As personagens secundárias, que são chamadas também de compar- dor é um observador e a narrativa é feita em 3a pessoa.
sas, são os figurantes de influencia menor, indireta, não decisiva na narra- • Foco narrativo: Todo texto narrativo necessariamente tem de a-
ção. presentar um foco narrativo, isto é, o ponto de vista através do qual
a história está sendo contada. Como já vimos, a narração é feita
O narrador que está a contar a história também é uma personagem, em 1a pessoa ou 3a pessoa.
pode ser o protagonista ou uma das outras personagens de menor impor-
tância, ou ainda uma pessoa estranha à história. Formas de apresentação da fala das personagens
Como já sabemos, nas histórias, as personagens agem e falam. Há
Podemos ainda, dizer que existem dois tipos fundamentais de perso- três maneiras de comunicar as falas das personagens.
nagem: as planas: que são definidas por um traço característico, elas não
alteram seu comportamento durante o desenrolar dos acontecimentos e • Discurso Direto: É a representação da fala das personagens atra-
tendem à caricatura; as redondas: são mais complexas tendo uma dimen- vés do diálogo.
são psicológica, muitas vezes, o leitor fica surpreso com as suas reações Exemplo:
perante os acontecimentos. “Zé Lins continuou: carnaval é festa do povo. O povo é dono da
verdade. Vem a polícia e começa a falar em ordem pública. No carna-
• Sequência dos fatos (enredo): Enredo é a sequência dos fatos, a val a cidade é do povo e de ninguém mais”.
trama dos acontecimentos e das ações dos personagens. No enredo po-
demos distinguir, com maior ou menor nitidez, três ou quatro estágios No discurso direto é frequente o uso dos verbo de locução ou descendi:
progressivos: a exposição (nem sempre ocorre), a complicação, o climax, o dizer, falar, acrescentar, responder, perguntar, mandar, replicar e etc.; e de
desenlace ou desfecho. travessões. Porém, quando as falas das personagens são curtas ou rápidas
os verbos de locução podem ser omitidos.
Na exposição o narrador situa a história quanto à época, o ambiente,
as personagens e certas circunstâncias. Nem sempre esse estágio ocorre, • Discurso Indireto: Consiste em o narrador transmitir, com suas
na maioria das vezes, principalmente nos textos literários mais recentes, a próprias palavras, o pensamento ou a fala das personagens. E-
história começa a ser narrada no meio dos acontecimentos (“in média”), ou xemplo:
seja, no estágio da complicação quando ocorre e conflito, choque de inte- “Zé Lins levantou um brinde: lembrou os dias triste e passa-
resses entre as personagens. dos, os meus primeiros passos em liberdade, a fraternidade
que nos reunia naquele momento, a minha literatura e os me-
O clímax é o ápice da história, quando ocorre o estágio de maior ten- nos sombrios por vir”.
são do conflito entre as personagens centrais, desencadeando o desfecho,
ou seja, a conclusão da história com a resolução dos conflitos. • Discurso Indireto Livre: Ocorre quando a fala da personagem se
• Os fatos: São os acontecimentos de que as personagens partici- mistura à fala do narrador, ou seja, ao fluxo normal da narração.
pam. Da natureza dos acontecimentos apresentados decorre o gê- Exemplo:
nero do texto. Por exemplo o relato de um acontecimento cotidiano “Os trabalhadores passavam para os partidos, conversando
constitui uma crônica, o relato de um drama social é um romance alto. Quando me viram, sem chapéu, de pijama, por aqueles
social, e assim por diante. Em toda narrativa há um fato central, lugares, deram-me bons-dias desconfiados. Talvez pensassem
que estabelece o caráter do texto, e há os fatos secundários, rela- que estivesse doido. Como poderia andar um homem àquela
cionados ao principal. hora , sem fazer nada de cabeça no tempo, um branco de pés
• Espaço: Os acontecimentos narrados acontecem em diversos lu- no chão como eles? Só sendo doido mesmo”.
gares, ou mesmo em um só lugar. O texto narrativo precisa conter (José Lins do Rego)
informações sobre o espaço, onde os fatos acontecem. Muitas ve-
zes, principalmente nos textos literários, essas informações são TEXTO DESCRITIVO
extensas, fazendo aparecer textos descritivos no interior dos textos Descrever é fazer uma representação verbal dos aspectos mais carac-
narrativo. terísticos de um objeto, de uma pessoa, paisagem, ser e etc.
• Tempo: Os fatos que compõem a narrativa desenvolvem-se num
determinado tempo, que consiste na identificação do momento, As perspectivas que o observador tem do objeto são muito importantes,
dia, mês, ano ou época em que ocorre o fato. A temporalidade sa- tanto na descrição literária quanto na descrição técnica. É esta atitude que
lienta as relações passado/presente/futuro do texto, essas relações vai determinar a ordem na enumeração dos traços característicos para que
podem ser linear, isto é, seguindo a ordem cronológica dos fatos, o leitor possa combinar suas impressões isoladas formando uma imagem
ou sofre inversões, quando o narrador nos diz que antes de um fa- unificada.
to que aconteceu depois.
Uma boa descrição vai apresentando o objeto progressivamente, vari-
O tempo pode ser cronológico ou psicológico. O cronológico é o tempo ando as partes focalizadas e associando-as ou interligando-as pouco a
material em que se desenrola à ação, isto é, aquele que é medido pela pouco.
natureza ou pelo relógio. O psicológico não é mensurável pelos padrões
fixos, porque é aquele que ocorre no interior da personagem, depende da Podemos encontrar distinções entre uma descrição literária e outra téc-
sua percepção da realidade, da duração de um dado acontecimento no seu nica. Passaremos a falar um pouco sobre cada uma delas:
espírito. • Descrição Literária: A finalidade maior da descrição literária é
transmitir a impressão que a coisa vista desperta em nossa mente
• Narrador: observador e personagem: O narrador, como já dis- através do sentidos. Daí decorrem dois tipos de descrição: a subje-

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tiva, que reflete o estado de espírito do observador, suas preferên- É constituído por um primeiro parágrafo curto, que deixe a ideia no ar,
cias, assim ele descreve o que quer e o que pensa ver e não o depois o desenvolvimento deve referir a opinião da pessoa que o escreve,
que vê realmente; já a objetiva traduz a realidade do mundo objeti- com argumentos convincentes e verdadeiros, e com exemplos claros. Deve
vo, fenomênico, ela é exata e dimensional. também conter contra-argumentos, de forma a não permitir a meio da
• Descrição de Personagem: É utilizada para caracterização das leitura que o leitor os faça. Por fim, deve ser concluído com um parágrafo
personagens, pela acumulação de traços físicos e psicológicos, que responda ao primeiro parágrafo, ou simplesmente com a ideia chave da
pela enumeração de seus hábitos, gestos, aptidões e temperamen- opinião.
to, com a finalidade de situar personagens no contexto cultural, so-
Geralmente apresenta uma estrutura organizada em três partes:
cial e econômico .
a introdução, na qual é apresentada a ideia principal ou tese;
• Descrição de Paisagem: Neste tipo de descrição, geralmente o
o desenvolvimento, que fundamenta ou desenvolve a ideia principal; e
observador abrange de uma só vez a globalidade do panorama,
a conclusão. Os argumentos utilizados para fundamentar a tese podem ser
para depois aos poucos, em ordem de proximidade, abranger as
de diferentes tipos: exemplos, comparação, dados históricos, dados
partes mais típicas desse todo.
estatístico, pesquisas, causas socioeconômicas ou culturais, depoimentos -
• Descrição do Ambiente: Ela dá os detalhes dos interiores, dos enfim tudo o que possa demonstrar o ponto de vista defendido pelo autor
ambientes em que ocorrem as ações, tentando dar ao leitor uma tem consistência. A conclusão pode apresentar uma possível
visualização das suas particularidades, de seus traços distintivos e solução/proposta ou uma síntese. Deve utilizar título que chame a atenção
típicos. do leitor e utilizar variedade padrão de língua.
• Descrição da Cena: Trata-se de uma descrição movimentada,
que se desenvolve progressivamente no tempo. É a descrição de A linguagem normalmente é impessoal e objetiva.
um incêndio, de uma briga, de um naufrágio.
O roteiro da persuasão para o texto argumentativo:
• Descrição Técnica: Ela apresenta muitas das características ge-
rais da literatura, com a distinção de que nela se utiliza um vocabu- Na introdução, no desenvolvimento e na conclusão do texto argumen-
lário mais preciso, salientando-se com exatidão os pormenores. É tativo espera-se que o redator o leitor de seu ponto de vista. Alguns recur-
predominantemente denotativa tendo como objetivo esclarecer sos podem contribuir para que a defesa da tese seja concluída com suces-
convencendo. Pode aplicar-se a objetos, a aparelhos ou mecanis- so. Abaixo veremos algumas formas de introduzir um parágrafo argumenta-
mos, a fenômenos, a fatos, a lugares, a eventos e etc. tivo:

TEXTO DISSERTATIVO • Declaração inicial: É uma forma de apresentar com assertivi-


Dissertar significa discutir, expor, interpretar ideias. A dissertação cons- dade e segurança a tese.
ta de uma série de juízos a respeito de um determinado assunto ou ques- ‘ A aprovação das Cotas para negros vem reparar uma divida moral e
tão, e pressupõe um exame critico do assunto sobre o qual se vai escrever um dano social. Oferecer oportunidade igual de ingresso no Ensino Superi-
com clareza, coerência e objetividade. or ao negro por meio de políticas afirmativas é uma forma de admitir a
diferença social marcante na sociedade e de igualar o acesso ao mercado
A dissertação pode ser argumentativa - na qual o autor tenta persuadir de trabalho.’
o leitor a respeito dos seus pontos de vista ou simplesmente, ter como
finalidade dar a conhecer ou explicar certo modo de ver qualquer questão. • Interrogação: Cria-se com a interrogação uma relação próxima
com o leitor que, curioso, busca no texto resposta as perguntas feitas na
A linguagem usada é a referencial, centrada na mensagem, enfatizan- introdução.
do o contexto.
‘ Por que nos orgulhamos da nossa falta de consciência coletiva? Por
que ainda insistimos em agir como ‘espertos’ individualistas?’
Quanto à forma, ela pode ser tripartida em :
• Introdução: Em poucas linhas coloca ao leitor os dados funda- • Citação ou alusão: Esse recurso garante à defesa da tese cará-
mentais do assunto que está tratando. É a enunciação direta e ob- ter de autoridade e confere credibilidade ao discurso argumentativo, pois
jetiva da definição do ponto de vista do autor. se apoia nas palavras e pensamentos de outrem que goza de prestigio.
• Desenvolvimento: Constitui o corpo do texto, onde as ideias colo-
cadas na introdução serão definidas com os dados mais relevan- ‘ As pessoas chegam ao ponto de uma criança morrer e os pais não
tes. Todo desenvolvimento deve estruturar-se em blocos de ideias chorarem mais, trazerem a criança, jogarem num bolo de mortos, virarem
articuladas entre si, de forma que a sucessão deles resulte num as costas e irem embora’. O comentário do fotógrafo Sebastião Salgado
conjunto coerente e unitário que se encaixa na introdução e de- sobre o que presenciou na Ruanda é um chamado à consciência públi-
sencadeia a conclusão. ca.’’
• Conclusão: É o fenômeno do texto, marcado pela síntese da ideia • Exemplificação: O processo narrativo ou descritivo da exempli-
central. Na conclusão o autor reforça sua opinião, retomando a in- ficação pode conferir à argumentação leveza a cumplicidade. Porém,
trodução e os fatos resumidos do desenvolvimento do texto. Para deve-se tomar cuidado para que esse recurso seja breve e não interfira
haver maior entendimento dos procedimentos que podem ocorrer no processo persuasivo.
em um dissertação, cabe fazermos a distinção entre fatos, hipótese
e opinião. ‘ Noite de quarta-feira nos Jardins, bairro paulistano de classe média.
- Fato: É o acontecimento ou coisa cuja veracidade e reconhecida; é Restaurante da moda, frequentado por jovens bem-nascidos, sofre o se-
a obra ou ação que realmente se praticou. gundo ‘arrastão’ do mês. Clientes e funcionários são assaltados e amea-
- Hipótese: É a suposição feita acerca de uma coisa possível ou çados de morte. O cotidiano violento de São Paulo se faz presente.’’
não, e de que se tiram diversas conclusões; é uma afirmação so-
bre o desconhecido, feita com base no que já é conhecido. • Roteiro: A antecipação do que se pretende dizer pode funcionar
- Opinião: Opinar é julgar ou inserir expressões de aprovação ou como encaminhamento de leitura da tese.
desaprovação pessoal diante de acontecimentos, pessoas e obje- ‘ Busca-se com essa exposição analisar o descaso da sociedade em
tos descritos, é um parecer particular, um sentimento que se tem a relação às coletas seletivas de lixo e a incompetência das prefeituras.’’
respeito de algo.
• Enumeração: Contribui para que o redator analise os dados e
O TEXTO ARGUMENTATIVO exponha seus pontos de vista com mais exatidão.

Um texto argumentativo tem como objetivo convencer alguém das ‘ Pesquisa realizada pela Secretaria de Estado da Saúde de São Pau-
nossas ideias. Deve ser claro e ter riqueza lexical, podendo tratar qualquer lo aponta que as maiores vítimas do abuso sexual são as crianças meno-
tema ou assunto. res de 12 anos. Elas representam 43% dos 1.926 casos de violência se-

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xual atendidos pelo Programa Bem-Me-Quer, do Hospital Pérola Bying- vivência humana. Contraditoriamente, esses problemas da natureza, quan-
ton.’’ do analisados, são equivocadamente colocados em oposição à tecnologia.”
• Causa e consequência: Garantem a coesão e a concatenação 2º parágrafo: Há o desenvolvimento da tese com fundamentos ar-
das ideias ao longo do parágrafo, além de conferir caráter lógico ao pro- gumentativos;
cesso argumentativo. “O paradoxo acontece porque, de certa forma, o avanço tem um preço
‘ No final de março, o Estado divulgou índices vergonhosos do Idesp a se pagar. As indústrias, por exemplo, que são costumeiramente ligadas
– indicador desenvolvido pela Secretaria Estadual de Educação para ava- ao progresso, emitem quantidades exorbitantes de CO2 (carbono), respon-
liar a qualidade do ensino (…). O péssimo resultado é apenas conse- sáveis pelo prejuízo causado à Camada de Ozônio e, por conseguinte,
quência de como está baixa a qualidade do ensino público. As causas problemas ambientais que afetam a população.
são várias, mas certamente entre elas está a falta de respeito do Estado Mas, se a tecnologia significa conhecimento, nesse caso, não vemos
que, próximo do fim do 1º bimestre, ainda não enviou apostilas para al- contrastes com o meio-ambiente. Estamos numa época em que preservar
gumas escolas estaduais de Rio Preto. os ecossistemas do planeta é mais do que avanço, é uma questão de
• Sintese: Reforça a tese defendida, uma vez que fecha o texto continuidade das espécies animais e vegetais, incluindo-se principalmente
com a retomada de tudo o que foi exposto ao longo da argumentação. nós, humanos. As pesquisas acontecem a todo o momento e, dessa forma,
Recurso seguro e convincente para arrematar o processo discursivo. podemos considerá-las parceiras na busca por soluções a essa problemáti-
ca.”
‘ Quanto a Lei Geral da Copa, aprovou-se um texto que não é o ideal,
mas sustenta os requisitos da Fifa para o evento. 3º parágrafo: A conclusão é desenvolvida com uma proposta de
intervenção relacionada à tese.
O aspecto mais polêmico era a venda de bebidas alcoólicas nos es-
tádios. A lei eliminou o veto federal, mas não exclui que os organizadores “O desenvolvimento de projetos científicos que visem a amenizar os
precisem negociar a permissão em alguns Estados, como São Paulo.’’ transtornos causados à Terra é plenamente possível e real. A era tecnoló-
gica precisa atuar a serviço do bem-estar, da qualidade de vida, muito mais
• Proposta: Revela autonomia critica do produtor do texto e ga- do que em favor de um conforto momentâneo. Nessas circunstâncias não
rante mais credibilidade ao processo argumentativo. existe contraste algum, pelo contrário, há uma relação direta que poderá se
transformar na salvação do mundo.
‘ Recolher de forma digna e justa os usuários de crack que buscam
ajuda, oferecer tratamento humano é dever do Estado. Não faz sentido Portanto, as universidades e instituições de pesquisas em geral preci-
isolar para fora dos olhos da sociedade uma chaga que pertence a to- sam agir rapidamente na elaboração de pacotes científicos com vistas a
dos.’’ Mundograduado.org combater os resultados caóticos da falta de conscientização humana. Nada
melhor do que a ciência para direcionar formas práticas de amenizarmos a
Modelo de Dissertação-Argumentativa “ferida” que tomou conta do nosso Planeta Azul.” Profª Francinete
Meio-ambiente e tecnologia: não há contraste, há solução
A ideia principal e as secundárias
Uma das maiores preocupações do século XXI é a preservação ambi-
Para treinarmos a redação de pequenos parágrafos narrativos, vamos
ental, fator que envolve o futuro do planeta e, consequentemente, a sobre-
nos colocar no papel de narradores, isto é, vamos contar fatos com base na
vivência humana. Contraditoriamente, esses problemas da natureza, quan-
organização das ideias.
do analisados, são equivocadamente colocados em oposição à tecnologia.
Leia o trecho abaixo:
O paradoxo acontece porque, de certa forma, o avanço tem um preço a
se pagar. As indústrias, por exemplo, que são costumeiramente ligadas ao Meu primo já havia chegado à metade da perigosa ponte de ferro
progresso, emitem quantidades exorbitantes de CO2 (carbono), responsá- quando, de repente, um trem saiu da curva, a cem metros da ponte. Com
veis pelo prejuízo causado à Camada de Ozônio e, por conseguinte, pro- isso, ele não teve tempo de correr para a frente ou para trás, mas, demons-
blemas ambientais que afetam a população. trando grande presença de espírito, agachou-se, segurou, com as mãos,
um dos dormentes e deixou o corpo pendurado.
Mas, se a tecnologia significa conhecimento, nesse caso, não vemos
contrastes com o meio-ambiente. Estamos numa época em que preservar Como você deve ter observado, nesse parágrafo, o narrador conta-nos
os ecossistemas do planeta é mais do que avanço, é uma questão de um fato acontecido com seu primo. É, pois, um parágrafo narrativo. Anali-
continuidade das espécies animais e vegetais, incluindo-se principalmente semos, agora, o parágrafo quanto à estrutura.
nós, humanos. As pesquisas acontecem a todo o momento e, dessa forma,
podemos considerá-las parceiras na busca por soluções a essa problemáti- As ideias foram organizadas da seguinte maneira:
ca. Ideia principal:
O desenvolvimento de projetos científicos que visem a amenizar os Meu primo já havia chegado à metade da perigosa ponte de ferro
transtornos causados à Terra é plenamente possível e real. A era tecnoló- quando, de repente, um trem saiu da curva, a cem metros da ponte.
gica precisa atuar a serviço do bem-estar, da qualidade de vida, muito mais
do que em favor de um conforto momentâneo. Nessas circunstâncias não Ideias secundárias:
existe contraste algum, pelo contrário, há uma relação direta que poderá se Com isso, ele não teve tempo de correr para a frente ou para trás, mas,
transformar na salvação do mundo. demonstrando grande presença de espírito, agachou-se, segurou, com as
Portanto, as universidades e instituições de pesquisas em geral preci- mãos, um dos dormentes e deixou o corpo pendurado.
sam agir rapidamente na elaboração de pacotes científicos com vistas a A ideia principal, como você pode observar, refere-se a uma ação peri-
combater os resultados caóticos da falta de conscientização humana. Nada gosa, agravada pelo aparecimento de um trem. As ideias secundárias
melhor do que a ciência para direcionar formas práticas de amenizarmos a complementam a ideia principal, mostrando como o primo do narrador
“ferida” que tomou conta do nosso Planeta Azul. conseguiu sair-se da perigosa situação em que se encontrava.
Nesse modelo, didaticamente, podemos perceber a estrutura textual Os parágrafos devem conter apenas uma ideia principal acompanhado
dissertativa assim organizada: de ideias secundárias. Entretanto, é muito comum encontrarmos, em pará-
1º parágrafo: Introdução com apresentação da tese a ser defendi- grafos pequenos, apenas a ideia principal. Veja o exemplo:
da; O dia amanhecera lindo na Fazenda Santo Inácio.
“Uma das maiores preocupações do século XXI é a preservação ambi-
ental, fator que envolve o futuro do planeta e, consequentemente, a sobre-

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Os dois filhos do sr. Soares, administrador da fazenda, resolveram a- ESTRUTURAÇÃO E ARTICULAÇÃO DO TEXTO
proveitar o bom tempo. Pegaram um animal, montaram e seguiram conten-
tes pelos campos, levando um farto lanche, preparado pela mãe. Resenha Critica de Articulação do Texto
Nesse trecho, há dois parágrafos. Amanda Alves Martins
Resenha Crítica do livro A Articulação do Texto, da autora Elisa Guima-
No primeiro, só há uma ideia desenvolvida, que corresponde à ideia rães
principal do parágrafo: O dia amanhecera lindo na Fazenda Santo Inácio.
No segundo, já podemos perceber a relação ideia principal + ideias No livro de Elisa Guimarães, A Articulação do Texto, a autora procura
secundárias. Observe: esclarecer as dúvidas referentes à formação e à compreensão de um texto
e do seu contexto.
Ideia principal:
Formado por unidades coordenadas, ou seja, interligadas entre si, o
Os dois filhos do sr. Soares, administrador da fazenda, resolveram a-
texto constitui, portanto, uma unidade comunicativa para os membros de
proveitar o bom tempo.
uma comunidade; nele, existe um conjunto de fatores indispensáveis para a
Ideia secundárias: sua construção, como “as intenções do falante (emissor), o jogo de ima-
gens conceituais, mentais que o emissor e destinatário executam.”(Manuel
Pegaram um animal, montaram e seguiram contentes pelos campos, P. Ribeiro, 2004, p.397). Somado à isso, um texto não pode existir de forma
levando um farto lanche, preparado pela mãe. única e sozinha, pois depende dos outros tanto sintaticamente quanto
Agora que já vimos alguns exemplos, você deve estar se perguntando: semanticamente para que haja um entendimento e uma compreensão
“Afinal, de que tamanho é o parágrafo?” deste. Dentro de um texto, as partes que o formam se integram e se expli-
cam de forma recíproca.
Bem, o que podemos responder é que não há como apontar um pa-
drão, no que se refere ao tamanho ou extensão do parágrafo. Completando o processo de formação de um texto, a autora nos escla-
Há exemplos em que se veem parágrafos muito pequenos; outros, em rece que a economia de linguagem facilita a compreensão dele, sendo
que são maiores e outros, ainda, muito extensos. indispensável uma ligação entre as partes, mesmo havendo um corte de
trechos considerados não essenciais.
Também não há como dizer o que é certo ou errado em termos da ex-
tensão do parágrafo, pois o que é importante mesmo, é a organização das Quando o tema é a “situação comunicativa” (p.7), a autora nos esclare-
ideias. No entanto, é sempre útil observar o que diz o dito popular – “nem ce a relação texto X contexto, onde um é essencial para esclarecermos o
oito, nem oitenta…”. outro, utilizando-se de palavras que recebem diferentes significados con-
forme são inseridas em um determinado contexto; nos levando ao entendi-
Assim como não é aconselhável escrevermos um texto, usando apenas mento de que não podemos considerar isoladamente os seus conceitos e
parágrafos muito curtos, também não é aconselhável empregarmos os sim analisá-los de acordo com o contexto semântico ao qual está inserida.
muito longos.
Essas observações são muito úteis para quem está iniciando os traba- Segundo Elisa Guimarães, o sentido da palavra texto estende-se a
lhos de redação. Com o tempo, a prática dirá quando e como usar parágra- uma enorme vastidão, podendo designar “um enunciado qualquer, oral ou
fos – pequenos, grandes ou muito grandes. escrito, longo ou breve, antigo ou moderno” (p.14) e ao contrário do que
muitos podem pensar, um texto pode ser caracterizado como um fragmen-
Até aqui, vimos que o parágrafo apresenta em sua estrutura, uma ideia to, uma frase, um verbo ect e não apenas na reunião destes com mais
principal e outras secundárias. Isso não significa, no entanto, que sempre a algumas outras formas de enunciação; procurando sempre uma objetivida-
ideia principal apareça no início do parágrafo. Há casos em que a ideia de para que a sua compreensão seja feita de forma fácil e clara.
secundária inicia o parágrafo, sendo seguida pela ideia principal. Veja o
exemplo: Esta economia textual facilita no caminho de transmissão entre o enun-
As estacas da cabana tremiam fortemente, e duas ou três vezes, o solo ciador e o receptor do texto que procura condensar as informações recebi-
estremeceu violentamente sob meus pés. Logo percebi que se tratava de das a fim de se deter ao “núcleo informativo” (p.17), este sim, primordial a
um terremoto. qualquer informação.

Observe que a ideia mais importante está contida na frase: “Logo per- A autora também apresenta diversas formas de classificação do discur-
cebi que se tratava de um terremoto”, que aparece no final do parágrafo. so e do texto, porém, detenhamo-nos na divisão de texto informativo e de
As outras frases (ou ideias) apenas explicam ou comprovam a afirmação: um texto literário ou ficcional.
“as estacas tremiam fortemente, e duas ou três vezes, o solo estremeceu
violentamente sob meus pés” e estas estão localizadas no início do pará- Analisando um texto, é possível percebermos que a repetição de um
grafo. nome/lexema, nos induz à lembrar de fatos já abordados, estimula a nossa
biblioteca mental e a informa da importância de tal nome, que dentro de um
Então, a respeito da estrutura do parágrafo, concluímos que as ideias
contexto qualquer, ou seja que não fosse de um texto informacional, seria
podem organizar-se da seguinte maneira:
apenas caracterizado como uma redundância desnecessária. Essa repeti-
Ideia principal + ideias secundárias ção é normalmente dada através de sinônimos ou “sinônimos perfeitos”
(p.30) que permitem a permutação destes nomes durante o texto sem que o
ou sentido original e desejado seja modificado.
Ideias secundárias + ideia principal
Esta relação semântica presente nos textos ocorre devido às interpre-
É importante frisar, também, que a ideia principal e as ideias se- tações feitas da realidade pelo interlocutor, que utiliza a chamada “semânti-
cundárias não são ideias diferentes e, por isso, não podem ser separadas ca referencial” (p.31) para causar esta busca mental no receptor através de
em parágrafos diferentes. Ao selecionarmos as ideias secundárias deve- palavras semanticamente semelhantes à que fora enunciada, porém, existe
mos verificar as que realmente interessam ao desenvolvimento da ideia ainda o que a autora denominou de “inexistência de sinônimo perfeito”
principal e mantê-las juntas no mesmo parágrafo. Com isso, estaremos (p.30) que são sinônimos porém quando posto em substituição um ao outro
evitando e repetição de palavras e assegurando a sua clareza. É importan- não geram uma coerência adequada ao entendimento.
te, ao termos várias ideias secundárias, que sejam identificadas aquelas
que realmente se relacionam à ideia principal. Esse cuidado é de grande Nesta relação de substituição por sinônimos, devemos ter cautela
valia ao se redigir parágrafos sobre qualquer assunto. quando formos usar os “hiperônimos” (p.32), ou até mesmo a “hiponímia”
(p.32) onde substitui-se a parte pelo todo, pois neste emaranhado de subs-
tituições pode-se causar desajustes e o resultado final não fazer com que a

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imagem mental do leitor seja ativada de forma corretamente, e outra assimi- outro; ficando a organização da narrativa com uma forma de estrutura
lação, errônea, pode ser utilizada. clássica e seguindo uma linha sequencial já esperada pelo leitor, onde o
início alimenta a esperança de como virá a ser o texto, enquanto que o fim
Seguindo ainda neste linear das substituições, existem ainda as “nomi- exercer uma função de dar um destaque maior ao fechamento do texto, o
nações” e a “elipse”, onde na primeira, o sentido inicialmente expresso por que também, alimenta a imaginação tanto do leito, quanto do próprio autor.
um verbo é substituído por um nome, ou seja, um substantivo; e, enquanto
na segunda, ou seja, na elipse, o substituto é nulo e marcado pela flexão No geral, o que diz respeito ao livro A Articulação do Texto de Elisa
verbal; como podemos perceber no seguinte exemplo retirado do livro de Guimarães, ele nos trás um grande número de informações e novos concei-
Elisa Guimarães: tos em relação à produção e compreensão textual, no entanto, essa grande
“Louve-se nos mineiros, em primeiro lugar, a sua presença suave. Mil leva de informações muitas vezes se tornam confusas e acabam por des-
deles não causam o incômodo de dez cearenses. prenderem-se uma das outras, quebrando a linearidade de todo o texto e
dificultando o entendimento teórico.
__Não grita, ___ não empurram< ___ não seguram o braço da gente,
___ não impõem suas opiniões. Para os importunos inventaram eles uma A REFERENCIAÇÃO / OS REFERENTES / COERÊNCIA E COESÃO
palavra maravilhosamente definidora e que traduz bem a sua antipatia para
essa casta de gente (...)” (Rachel de Queiroz. Mineiros. In: Cem crônicas A fala e também o texto escrito constituem-se não apenas numa se-
escolhidas. Rio de Janeiros, José Olympio, 1958, p.82). quência de palavras ou de frases. A sucessão de coisas ditas ou escritas
forma uma cadeia que vai muito além da simples sequencialidade: há um
Porém é preciso especificar que para que haja a elipse o termo elíptico entrelaçamento significativo que aproxima as partes formadoras do texto
deve estar perfeitamente claro no contexto. Este conceito e os demais já falado ou escrito. Os mecanismos linguísticos que estabelecem a conectivi-
ditos anteriormente são primordiais para a compreensão e produção textu- dade e a retomada e garantem a coesão são os referentes textuais. Cada
al, uma vez que contribuem para a economia de linguagem, fator de grande uma das coisas ditas estabelece relações de sentido e significado tanto
valor para tais feitos. com os elementos que a antecedem como com os que a sucedem, constru-
indo uma cadeia textual significativa. Essa coesão, que dá unidade ao
Ao abordar os conceitos de coesão e coerência, a autora procura pri- texto, vai sendo construída e se evidencia pelo emprego de diferentes
meiramente retomar a noção de que a construção do texto é feita através procedimentos, tanto no campo do léxico, como no da gramática. (Não
de “referentes linguísticos” (p.38) que geram um conjunto de frases que irão esqueçamos que, num texto, não existem ou não deveriam existir elemen-
constituir uma “microestrutura do texto” (p.38) que se articula com a estrutu- tos dispensáveis. Os elementos constitutivos vão construindo o texto, e são
ra semântica geral. Porém, a dificuldade de se separar a coesão da coe- as articulações entre vocábulos, entre as partes de uma oração, entre as
rência está no fato daquela está inserida nesta, formando uma linha de orações e entre os parágrafos que determinam a referenciação, os contatos
raciocínio de fácil compreensão, no entanto, quando ocorre uma incoerên- e conexões e estabelecem sentido ao todo.)
cia textual, decorrente da incompatibilidade e não exatidão do que foi
escrito, o leitor também é capaz de entender devido a sua fácil compreen- Atenção especial concentram os procedimentos que garantem ao texto
são apesar da má articulação do texto. coesão e coerência. São esses procedimentos que desenvolvem a dinâ-
mica articuladora e garantem a progressão textual.
A coerência de um texto não é dada apenas pela boa interligação entre
as suas frases, mas também porque entre estas existe a influência da A coesão é a manifestação linguística da coerência e se realiza nas
coerência textual, o que nos ajuda a concluir que a coesão, na verdade, é relações entre elementos sucessivos (artigos, pronomes adjetivos, adjetivos
efeito da coerência. Como observamos em Nova Gramática Aplicada da em relação aos substantivos; formas verbais em relação aos sujeitos;
Língua Portuguesa de Manoel P. Ribeiro (2004, 14ed): tempos verbais nas relações espaço-temporais constitutivas do texto etc.),
na organização de períodos, de parágrafos, das partes do todo, como
A coesão e a coerência trazem a característica de promover a inter- formadoras de uma cadeia de sentido capaz de apresentar e desenvolver
relação semântica entre os elementos do discurso, respondendo pelo que um tema ou as unidades de um texto. Construída com os mecanismos
chamamos de conectividade textual. “A coerência diz respeito ao nexo gramaticais e lexicais, confere unidade formal ao texto.
entre os conceitos; e a coesão, à expressão desse nexo no plano linguísti- 1. Considere-se, inicialmente, a coesão apoiada no léxico. Ela pode
co” (VAL, Maria das Graças Costa. Redação e textualidade, 1991, p.7) dar-se pela reiteração, pela substituição e pela associação.
É garantida com o emprego de:
No capítulo que diz respeito às noções de estrutura, Elisa Guimarães, • enlaces semânticos de frases por meio da repetição. A mensa-
busca ressaltar o nível sintático representado pelas coordenações e subor- gem-tema do texto apoiada na conexão de elementos léxicos su-
dinações que fixam relações de “equivalência” ou “hierarquia” respectiva- cessivos pode dar-se por simples iteração (repetição). Cabe, nesse
mente. caso, fazer-se a diferenciação entre a simples redundância resul-
Um fato importante dentro do livro A Articulação do Texto, é o valor atribuí- tado da pobreza de vocabulário e o emprego de repetições como
do às estruturas integrantes do texto, como o título, o parágrafo, as inter e recurso estilístico, com intenção articulatória. Ex.: “As contas do
intrapartes, o início e o fim e também, as superestruturas. patrão eram diferentes, arranjadas a tinta e contra o vaqueiro, mas
Fabiano sabia que elas estavam erradas e o patrão queria enganá-
O título funciona como estratégica de articulação do texto podendo de- lo.Enganava.” Vidas secas, p. 143);
sempenhar papéis que resumam os seus pontos primordiais, como tam- • substituição léxica, que se dá tanto pelo emprego de sinônimos
bém, podem ser desvendados no decorrer da leitura do texto. como de palavras quase sinônimas. Considerem-se aqui além
das palavras sinônimas, aquelas resultantes de famílias ideológi-
Os parágrafos esquematizam o raciocínio do escritos, como enuncia cas e do campo associativo, como, por exemplo, esvoaçar, revoar,
Othon Moacir Garcia: voar;
“O parágrafo facilita ao escritor a tarefa de isolar e depois ajustar con-
• hipônimos (relações de um termo específico com um termo de
venientemente as ideias principais da sua composição, permitindo ao leitor
sentido geral, ex.: gato, felino) e hiperônimos (relações de um
acompanhar-lhes o desenvolvimento nos seus diferentes estágios”.
termo de sentido mais amplo com outros de sentido mais específi-
co, ex.: felino, gato);
É bom relembrar, que dentro do parágrafo encontraremos o chamado
tópico frasal, que resumirá a principal ideia do parágrafo no qual esta • nominalizações (quando um fato, uma ocorrência, aparece em
inserido; e também encontraremos, segundo a autora, dez diferentes tipos forma de verbo e, mais adiante, reaparece como substantivo, ex.:
de parágrafo, cada qual com um ponto de vista específico. consertar, o conserto; viajar, a viagem). É preciso distinguir-se en-
tre nominalização estrita e. generalizações (ex.: o cão < o animal)
No que diz respeito ao tópico Inicio e fim, Elisa Guimarães preferiu a- e especificações (ex.: planta > árvore > palmeira);
bordá-los de forma mútua já que um é consequência ou decorrência do • substitutos universais (ex.: João trabalha muito. Também o faço.

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O verbo fazer em substituição ao verbo trabalhar); ideias ou proposições podem se relacionar indicando causa, consequência,
• enunciados que estabelecem a recapitulação da ideia global. finalidade, etc.
Ex.: O curral deserto, o chiqueiro das cabras arruinado e também
deserto, a casa do vaqueiro fechada, tudo anunciava abandono Ingressei na Faculdade a fim de ascender socialmente.
(Vidas Secas, p.11). Esse enunciado é chamado de anáfora con- Ingressei na Faculdade porque pretendo ser biólogo.
ceptual. Todo um enunciado anterior e a ideia global que ele refere Ingressei na Faculdade depois de ter-me casado.
são retomados por outro enunciado que os resume e/ou interpreta.
Com esse recurso, evitam-se as repetições e faz-se o discurso a- É possível observar que os articuladores relacionam os argumentos di-
vançar, mantendo-se sua unidade. ferentemente. Podemos, inclusive, agrupá-los, conforme a relação que
2. A coesão apoiada na gramática dá-se no uso de: estabelecem.
• certos pronomes (pessoais, adjetivos ou substantivos). Destacam-
se aqui os pronomes pessoais de terceira pessoa, empregados Relações de:
como substitutos de elementos anteriormente presentes no texto, adição: os conectores articula sequencialmente frases cujos conteúdos
diferentemente dos pronomes de 1ª e 2ª pessoa que se referem à se adicionam a favor de uma mesma conclusão: e, também, não
pessoa que fala e com quem esta fala. só...como também, tanto...como, além de, além disso, ainda, nem.
• certos advérbios e expressões adverbiais;
Na maioria dos casos, as frases somadas não são permutáveis, isto é,
• artigos; a ordem em que ocorrem os fatos descritos deve ser respeitada.
• conjunções;
• numerais; Ele entrou, dirigiu-se à escrivaninha e sentou-se.
• elipses. A elipse se justifica quando, ao remeter a um enunciado alternância: os conteúdos alternativos das frases são articulados por
anterior, a palavra elidida é facilmente identificável (Ex.: O jovem conectores como ou, ora...ora, seja...seja. O articulador ou pode expres-
recolheu-se cedo. ... Sabia que ia necessitar de todas as suas for- sar inclusão ou exclusão.
ças. O termo o jovem deixa de ser repetido e, assim, estabelece a
relação entre as duas orações.). É a própria ausência do termo que Ele não sabe se conclui o curso ou abandona a Faculdade.
marca a inter-relação. A identificação pode dar-se com o próprio
enunciado, como no exemplo anterior, ou com elementos extraver- oposição: os conectores articulam sequencialmente frases cujos con-
bais, exteriores ao enunciado. Vejam-se os avisos em lugares pú- teúdos se opõem. São articuladores de oposição: mas, porém, todavia,
blicos (ex.: Perigo!) e as frases exclamativas, que remetem a uma entretanto, no entanto, não obstante, embora, apesar de (que), ainda
situação não-verbal. Nesse caso, a articulação se dá entre texto e que, se bem que, mesmo que, etc.
contexto (extratextual);
• as concordâncias; O candidato foi aprovado, mas não fez a matrícula.
• a correlação entre os tempos verbais. condicionalidade: essa relação é expressa pela combinação de duas
proposições: uma introduzida pelo articulador se ou caso e outra por então
Os dêiticos exercem, por excelência, essa função de progressão textu- (consequente), que pode vir implícito. Estabelece-se uma relação entre o
al, dada sua característica: são elementos que não significam, apenas antecedente e o consequente, isto é, sendo o antecedente verdadeiro ou
indicam, remetem aos componentes da situação comunicativa. Já os com- possível, o consequente também o será.
ponentes concentram em si a significação. Referem os participantes do ato
de comunicação, o momento e o lugar da enunciação. Na relação de condicionalidade, estabelece-se, muitas vezes, uma
condição hipotética, isto é,, cria-se na proposição introduzida pelo articula-
Elisa Guimarães ensina a respeito dos dêiticos: dor se/caso uma hipótese que condicionará o que será dito na proposição
Os pronomes pessoais e as desinências verbais indicam os participan- seguinte. Em geral, a proposição situa-se num tempo futuro.
tes do ato do discurso. Os pronomes demonstrativos, certas locuções
prepositivas e adverbiais, bem como os advérbios de tempo, referenciam o Caso tenha férias, (então) viajarei para Buenos Aires.
momento da enunciação, podendo indicar simultaneidade, anterioridade ou
posterioridade. Assim: este, agora, hoje, neste momento (presente); ulti- causalidade: é expressa pela combinação de duas proposições, uma
mamente, recentemente, ontem, há alguns dias, antes de (pretérito); de das quais encerra a causa que acarreta a consequência expressa na outra.
agora em diante, no próximo ano, depois de (futuro). Tal relação pode ser veiculada de diferentes formas:

Maria da Graça Costa Val lembra que “esses recursos expressam rela- Passei no vestibular porque estudei muito
ções não só entre os elementos no interior de uma frase, mas também visto que
entre frases e sequências de frases dentro de um texto”. já que
uma vez que
Não só a coesão explícita possibilita a compreensão de um texto. Mui- _________________ _____________________
tas vezes a comunicação se faz por meio de uma coesão implícita, apoia- consequência causa
da no conhecimento mútuo anterior que os participantes do processo
comunicativo têm da língua.
Estudei tanto que passei no vestibular.
A ligação lógica das ideias Estudei muito por isso passei no vestibular
Uma das características do texto é a organização sequencial dos ele- _________________ ____________________
mentos linguísticos que o compõem, isto é, as relações de sentido que se causa consequência
estabelecem entre as frases e os parágrafos que compõem um texto,
fazendo com que a interpretação de um elemento linguístico qualquer seja
dependente da de outro(s). Os principais fatores que determinam esse Como estudei passei no vestibular
encadeamento lógico são: a articulação, a referência, a substituição voca- Por ter estudado muito passei no vestibular
bular e a elipse. ___________________ ___________________
causa consequência
ARTICULAÇÃO
finalidade: uma das proposições do período explicita o(s) meio(s) para
Os articuladores (também chamados nexos ou conectores) são conjun-
se atingir determinado fim expresso na outra. Os articuladores principais
ções, advérbios e preposições responsáveis pela ligação entre si dos fatos
são: para, afim de, para que.
denotados num texto, Eles exprimem os diferentes tipos de interdependên-
cia de sentido das frases no processo de sequencialização textual. As
Língua Portuguesa 7 A Opção Certa Para a Sua Realização
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Utilizo o automóvel a fim de facilitar minha vida. redução lexical.

conformidade: essa relação expressa-se por meio de duas proposi- Interpretar e produzir textos de qualidade são tarefas muito importantes
ções, em que se mostra a conformidade de conteúdo de uma delas em na formação do aluno. Para realizá-las de modo satisfatório, é essencial
relação a algo afirmado na outra. saber identificar e utilizar os operadores sequenciais e argumentativos do
discurso. A linguagem é um ato intencional, o indivíduo faz escolhas quan-
O aluno realizou a prova conforme o professor solicitara. do se pronuncia oralmente ou quando escreve. Para dar suporte a essas
segundo escolhas, de modo a fazer com que suas opiniões sejam aceitas ou respei-
consoante tadas, é fundamental lançar mão dos operadores que estabelecem ligações
como (espécies de costuras) entre os diferentes elementos do discurso.
de acordo com a solicitação...

temporalidade: é a relação por meio da qual se localizam no tempo Autor e Narrador: Diferenças
ações, eventos ou estados de coisas do mundo real, expressas por meio de Equipe Aprovação Vest
duas proposições.
Quando Qual é, afinal, a diferença entre Autor e Narrador? Existe uma diferença
Mal enorme entre ambos.
Logo que terminei o colégio, matriculei-me aqui.
Autor
Assim que
Depois que É um homem do mundo: tem carteira de identidade, vai ao supermer-
No momento em que cado, masca chiclete, eventualmente teve sarampo na infância e, mais
Nem bem eventualmente ainda, pode até tocar trombone, piano, flauta transversal.
Paga imposto.
a) concomitância de fatos: Enquanto todos se divertiam, ele estu-
dava com afinco. Narrador
Existe aqui uma simultaneidade entre os fatos descritos em cada É um ser intradiegético, ou seja, um ser que pertence à história que
uma das proposições. está sendo narrada. Está claro que é um preposto do autor, mas isso não
b) um tempo progressivo: significa que defenda nem compartilhe suas ideias. Se assim fosse, Ma-
À proporção que os alunos terminavam a prova, iam se retirando. chado de Assis seria um crápula como Bentinho ou um bígamo, porque,
• bar enchia de frequentadores à medida que a noite caía. casado com Carolina Xavier de Novais, casou-se também com Capitu, foi
amante de Virgília e de um sem-número de mulheres que permeiam seus
Conclusão: um enunciado introduzido por articuladores como portan- contos e romances.
to, logo, pois, então, por conseguinte, estabelece uma conclusão em O narrador passa a existir a partir do instante que se abre o livro e ele,
relação a algo dito no enunciado anterior: em primeira ou terceira pessoa, nos conta a história que o livro guarda.
Confundir narrador e autor é fazer a loucura de imaginar que, morto o autor,
Assistiu a todas as aulas e realizou com êxito todos os exercícios. Por- todos os seus narradores morreriam junto com ele e que, portanto, não
tanto tem condições de se sair bem na prova. disporíamos mais de nenhuma narrativa dele.
É importante salientar que os articuladores conclusivos não se limitam COESÃO E COERÊNCIA
a articular frases. Eles podem articular parágrafos, capítulos.
Diogo Maria De Matos Polônio
Comparação: é estabelecida por articuladores : tanto (tão)...como,
tanto (tal)...como, tão ...quanto, mais ....(do) que, menos ....(do) que, Introdução
assim como. Este trabalho foi realizado no âmbito do Seminário Pedagógico sobre
Ele é tão competente quanto Alberto. Pragmática Linguística e Os Novos Programas de Língua Portuguesa, sob
orientação da Professora-Doutora Ana Cristina Macário Lopes, que decor-
Explicação ou justificativa: os articuladores do tipo pois, que, por- reu na Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra.
que introduzem uma justificativa ou explicação a algo já anteriormente
referido. Procurou-se, no referido seminário, refletir, de uma forma geral, sobre a
incidência das teorias da Pragmática Linguística nos programas oficiais de
Não se preocupe que eu voltarei Língua Portuguesa, tendo em vista um esclarecimento teórico sobre deter-
pois minados conceitos necessários a um ensino qualitativamente mais válido e,
porque simultaneamente, uma vertente prática pedagógica que tem necessaria-
mente presente a aplicação destes conhecimentos na situação real da sala
As pausas de aula.
Os articuladores são, muitas vezes, substituídos por “pausas” (marca-
das por dois pontos, vírgula, ponto final na escrita). Que podem assinalar Nesse sentido, este trabalho pretende apresentar sugestões de aplica-
tipos de relações diferentes. ção na prática docente quotidiana das teorias da pragmática linguística no
campo da coerência textual, tendo em conta as conclusões avançadas no
Compramos tudo pela manhã: à tarde pretendemos viajar. (causalida- referido seminário.
de)
Não fique triste. As coisas se resolverão. (justificativa) Será, no entanto, necessário reter que esta pequena reflexão aqui a-
Ela estava bastante tranquila eu tinha os nervos à flor da pele. ( oposi- presentada encerra em si uma minúscula partícula de conhecimento no
ção) vastíssimo universo que é, hoje em dia, a teoria da pragmática linguística e
Não estive presente à cerimônia. Não posso descrevê-la. (conclusão) que, se pelo menos vier a instigar um ponto de partida para novas reflexões
http://www.seaac.com.br/ no sentido de auxiliar o docente no ensino da língua materna, já terá cum-
prido honestamente o seu papel.
A análise de expressões referenciais é fundamental na interpretação do
discurso. A identificação de expressões correferentes é importante em Coesão e Coerência Textual
diversas aplicações de Processamento da Linguagem Natural. Expressões Qualquer falante sabe que a comunicação verbal não se faz geralmen-
referenciais podem ser usadas para introduzir entidades em um discurso ou te através de palavras isoladas, desligadas umas das outras e do contexto
podem fazer referência a entidades já mencionadas,podendo fazer uso de

Língua Portuguesa 8 A Opção Certa Para a Sua Realização


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em que são produzidas. Ou seja, uma qualquer sequência de palavras não Pensamos, no entanto, que esta distinção se faz apenas por razões de
constitui forçosamente uma frase. sistematização e de estruturação de trabalho, já que Mira Mateus não
hesita em agrupar coesão e coerência como características de uma só
Para que uma sequência de morfemas seja admitida como frase, torna- propriedade indispensável para que qualquer manifestação linguística se
se necessário que respeite uma certa ordem combinatória, ou seja, é transforme num texto: a conetividade.
preciso que essa sequência seja construÍda tendo em conta o sistema da
língua. Para Charolles não é pertinente, do ponto de vista técnico, estabelecer
uma distinção entre coesão e coerência textuais, uma vez que se torna
Tal como um qualquer conjunto de palavras não forma uma frase, tam- difícil separar as regras que orientam a formação textual das regras que
bém um qualquer conjunto de frases não forma, forçosamente, um texto. orientam a formação do discurso.

Precisando um pouco mais, um texto, ou discurso, é um objeto materia- Além disso, para este autor, as regras que orientam a micro-coerência
lizado numa dada língua natural, produzido numa situação concreta e são as mesmas que orientam a macro-coerência textual. Efetivamente,
pressupondo os participantes locutor e alocutário, fabricado pelo locutor quando se elabora um resumo de um texto obedece-se às mesmas regras
através de uma seleção feita sobre tudo o que é dizível por esse locutor, de coerência que foram usadas para a construção do texto original.
numa determinada situação, a um determinado alocutário1.
Assim, para Charolles, micro-estrutura textual diz respeito às relações
Assim, materialidade linguística, isto é, a língua natural em uso, os có- de coerência que se estabelecem entre as frases de uma sequência textual,
digos simbólicos, os processos cognitivos e as pressuposições do locutor enquanto que macro-estrutura textual diz respeito às relações de coerência
sobre o saber que ele e o alocutário partilham acerca do mundo são ingre- existentes entre as várias sequências textuais. Por exemplo:
dientes indispensáveis ao objeto texto. • Sequência 1: O António partiu para Lisboa. Ele deixou o escritório
mais cedo para apanhar o comboio das quatro horas.
Podemos assim dizer que existe um sistema de regras interiorizadas • Sequência 2: Em Lisboa, o António irá encontrar-se com ami-
por todos os membros de uma comunidade linguística. Este sistema de gos.Vai trabalhar com eles num projeto de uma nova companhia
regras de base constitui a competência textual dos sujeitos, competência de teatro.
essa que uma gramática do texto se propõe modelizar.
Como micro-estruturas temos a sequência 1 ou a sequência 2, enquan-
Uma tal gramática fornece, dentro de um quadro formal, determinadas to que o conjunto das duas sequências forma uma macro-estrutura.
regras para a boa formação textual. Destas regras podemos fazer derivar
certos julgamentos de coerência textual. Vamos agora abordar os princípios de coerência textual3:
1. Princípio da Recorrência4: para que um texto seja coerente, torna-se
Quanto ao julgamento, efetuado pelos professores, sobre a coerência necessário que comporte, no seu desenvolvimento linear, elementos de
nos textos dos seus alunos, os trabalhos de investigação concluem que as recorrência restrita.
intervenções do professor a nível de incorreções detectadas na estrutura da
frase são precisamente localizadas e assinaladas com marcas convencio- Para assegurar essa recorrência a língua dispõe de vários recursos:
nais; são designadas com recurso a expressões técnicas (construção, - pronominalizações,
conjugação) e fornecem pretexto para pôr em prática exercícios de corre- - expressões definidas,
ção, tendo em conta uma eliminação duradoura das incorreções observa- - substituições lexicais,
das. - retomas de inferências.

Pelo contrário, as intervenções dos professores no quadro das incorre- Todos estes recursos permitem juntar uma frase ou uma sequência a
ções a nível da estrutura do texto, permite-nos concluir que essas incorre- uma outra que se encontre próxima em termos de estrutura de texto, reto-
ções não são designadas através de vocabulário técnico, traduzindo, na mando num elemento de uma sequência um elemento presente numa
maior parte das vezes, uma impressão global da leitura (incompreensível; sequência anterior:
não quer dizer nada).
a)-Pronominalizações: a utilização de um pronome torna possível a re-
Para além disso, verificam-se práticas de correção algo brutais (refazer; petição, à distância, de um sintagma ou até de uma frase inteira.
reformular) sendo, poucas vezes, acompanhadas de exercícios de recupe-
ração. O caso mais frequente é o da anáfora, em que o referente antecipa o
pronome.
Esta situação é pedagogicamente penosa, uma vez que se o professor Ex.: Uma senhora foi assassinada ontem. Ela foi encontrada estrangu-
desconhece um determinado quadro normativo, encontra-se reduzido a lada no seu quarto.
fazer respeitar uma ordem sobre a qual não tem nenhum controle.
No caso mais raro da catáfora, o pronome antecipa o seu referente.
Antes de passarmos à apresentação e ao estudo dos quatro princípios Ex.: Deixe-me confessar-lhe isto: este crime impressionou-me. Ou ain-
de coerência textual, há que esclarecer a problemática criada pela dicoto- da: Não me importo de o confessar: este crime impressionou-me.
mia coerência/coesão que se encontra diretamente relacionada com a
dicotomia coerência macro-estrutural/coerência micro-estrutural. Teremos, no entanto, que ter cuidado com a utilização da catáfora, pa-
ra nos precavermos de enunciados como este:
Mira Mateus considera pertinente a existência de uma diferenciação Ele sabe muito bem que o João não vai estar de acordo com o António.
entre coerência textual e coesão textual.
Num enunciado como este, não há qualquer possibilidade de identificar
Assim, segundo esta autora, coesão textual diz respeito aos processos ele com António. Assim, existe apenas uma possibilidade de interpretação:
linguísticos que permitem revelar a inter-dependência semântica existente ele dirá respeito a um sujeito que não será nem o João nem o António, mas
entre sequências textuais: que fará parte do conhecimento simultâneo do emissor e do receptor.
Ex.: Entrei na livraria mas não comprei nenhum livro.
Para que tal aconteça, torna-se necessário reformular esse enunciado:
Para a mesma autora, coerência textual diz respeito aos processos O António sabe muito bem que o João não vai estar de acordo com ele.
mentais de apropriação do real que permitem inter-relacionar sequências
textuais: As situações de ambiguidade referencial são frequentes nos textos dos
Ex.: Se esse animal respira por pulmões, não é peixe. alunos.
Ex.: O Pedro e o meu irmão banhavam-se num rio.

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Um homem estava também a banhar-se. - Hiperonímia-a primeira expressão mantém com a segunda uma re-
Como ele sabia nadar, ensinou-o. lação classe-elemento: Gosto imenso de marisco. Então lagosta,
adoro!
Neste enunciado, mesmo sem haver uma ruptura na continuidade se- - Hiponímia- a primeira expressão mantém com a segunda uma re-
quencial, existem disfunções que introduzem zonas de incerteza no texto: lação elemento-classe: O gato arranhou-te? O que esperavas de
ele sabia nadar(quem?), um felino?
ele ensinou-o (quem?; a quem?)
d)-Retomas de Inferências: neste caso, a relação é feita com base em
b)-Expressões Definidas: tal como as pronominalizações, as expres- conteúdos semânticos não manifestados, ao contrário do que se passava
sões definidas permitem relembrar nominalmente ou virtualmente um com os processos de recorrência anteriormente tratados.
elemento de uma frase numa outra frase ou até numa outra sequência
textual. Vejamos:
Ex.: O meu tio tem dois gatos. Todos os dias caminhamos no jardim. P - A Maria comeu a bolacha?
Os gatos vão sempre conosco. R1 - Não, ela deixou-a cair no chão.
R2 - Não, ela comeu um morango.
Os alunos parecem dominar bem esta regra. No entanto, os problemas R3 - Não, ela despenteou-se.
aparecem quando o nome que se repete é imediatamente vizinho daquele
que o precede. As sequências P+R1 e P+R2 parecem, desde logo, mais coerentes do
Ex.: A Margarida comprou um vestido. O vestido é colorido e muito ele- que a sequência P+R3.
gante.
No entanto, todas as sequências são asseguradas pela repetição do
Neste caso, o problema resolve-se com a aplicação de deíticos contex- pronome na 3ª pessoa.
tuais.
Ex.: A Margarida comprou um vestido. Ele é colorido e muito elegante. Podemos afirmar, neste caso, que a repetição do pronome não é sufi-
ciente para garantir coerência a uma sequência textual.
Pode também resolver-se a situação virtualmente utilizando a elipse.
Ex.: A Margarida comprou um vestido. É colorido e muito elegante. Ou Assim, a diferença de avaliação que fazemos ao analisar as várias hi-
ainda: póteses de respostas que vimos anteriormente sustenta-se no fato de R1 e
A Margarida comprou um vestido que é colorido e muito elegante. R2 retomarem inferências presentes em P:
- aconteceu alguma coisa à bolacha da Maria,
c)-Substituições Lexicais: o uso de expressões definidas e de deíticos - a Maria comeu qualquer coisa.
contextuais é muitas vezes acompanhado de substituições lexicais. Este
processo evita as repetições de lexemas, permitindo uma retoma do ele- Já R3 não retoma nenhuma inferência potencialmente dedutível de P.
mento linguístico.
Ex.: Deu-se um crime, em Lisboa, ontem à noite: estrangularam uma Conclui-se, então, que a retoma de inferências ou de pressuposições
senhora. Este assassinato é odioso. garante uma fortificação da coerência textual.

Também neste caso, surgem algumas regras que se torna necessário Quando analisamos certos exercícios de prolongamento de texto (con-
respeitar. Por exemplo, o termo mais genérico não pode preceder o seu tinuar a estruturação de um texto a partir de um início dado) os alunos são
representante mais específico. levados a veicular certas informações pressupostas pelos professores.
Ex.: O piloto alemão venceu ontem o grande prêmio da Alemanha. S-
chumacher festejou euforicamente junto da sua equipa. Por exemplo, quando se apresenta um início de um texto do tipo: Três
crianças passeiam num bosque. Elas brincam aos detetives. Que vão eles
Se se inverterem os substantivos, a relação entre os elementos linguís- fazer?
ticos torna-se mais clara, favorecendo a coerência textual. Assim, Schuma-
cher, como termo mais específico, deveria preceder o piloto alemão. A interrogação final permite-nos pressupor que as crianças vão real-
mente fazer qualquer coisa.
No entanto, a substituição de um lexema acompanhado por um deter-
minante, pode não ser suficiente para estabelecer uma coerência restrita. Um aluno que ignore isso e que narre que os pássaros cantavam en-
Atentemos no seguinte exemplo: quanto as folhas eram levadas pelo vento, será punido por ter apresentado
uma narração incoerente, tendo em conta a questão apresentada.
Picasso morreu há alguns anos. O autor da "Sagração da Primavera"
doou toda a sua coleção particular ao Museu de Barcelona. No entanto, um professor terá que ter em conta que essas inferências
ou essas pressuposições se relacionam mais com o conhecimento do
A presença do determinante definido não é suficiente para considerar mundo do que com os elementos linguísticos propriamente ditos.
que Picasso e o autor da referida peça sejam a mesma pessoa, uma vez
que sabemos que não foi Picasso mas Stravinski que compôs a referida Assim, as dificuldades que os alunos apresentam neste tipo de exercí-
peça. cios, estão muitas vezes relacionadas com um conhecimento de um mundo
ao qual eles não tiveram acesso. Por exemplo, será difícil a um aluno
Neste caso, mais do que o conhecimento normativo teórico, ou lexico- recriar o quotidiano de um multi-milionário,senhor de um grande império
enciclopédico, são importantes o conhecimento e as convicções dos parti- industrial, que vive numa luxuosa vila.
cipantes no ato de comunicação, sendo assim impossível traçar uma fron-
teira entre a semântica e a pragmática. 2.Princípio da Progressão: para que um texto seja coerente, torna-se
necessário que o seu desenvolvimento se faça acompanhar de uma infor-
Há também que ter em conta que a substituição lexical se pode efetuar mação semântica constantemente renovada.
por
- Sinonímia-seleção de expressões linguísticas que tenham a maior Este segundo princípio completa o primeiro, uma vez que estipula que
parte dos traços semânticos idêntica: A criança caiu. O miúdo nun- um texto, para ser coerente, não se deve contentar com uma repetição
ca mais aprende a cair! constante da própria matéria.
- Antonímia-seleção de expressões linguísticas que tenham a maior
parte dos traços semânticos oposta: Disseste a verdade? Isso Alguns textos dos alunos contrariam esta regra. Por exemplo: O ferreiro
cheira-me a mentira! estava vestido com umas calças pretas, um chapéu claro e uma vestimenta

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preta. Tinha ao pé de si uma bigorna e batia com força na bigorna. Todos da para Itália, uma vez que sempre sonhou visitar Florença.
os gestos que fazia consistiam em bater com o martelo na bigorna. A
bigorna onde batia com o martelo era achatada em cima e pontiaguda em 4.Princípio da Relação: para que um texto seja coerente, torna-se ne-
baixo e batia com o martelo na bigorna. cessário que denote, no seu mundo de representação, fatos que se apre-
sentem diretamente relacionados.
Se tivermos em conta apenas o princípio da recorrência, este texto não
será incoerente, será até coerente demais. Ou seja, este princípio enuncia que para uma sequência ser admitida
como coerente, terá de apresentar ações, estados ou eventos que sejam
No entanto, segundo o princípio da progressão, a produção de um tex- congruentes com o tipo de mundo representado nesse texto.
to coerente pressupõe que se realize um equilíbrio cuidado entre continui-
dade temática e progressão semântica. Assim, se tivermos em conta as três frases seguintes
1 - A Silvia foi estudar.
Torna-se assim necessário dominar, simultaneamente, estes dois prin- 2 - A Silvia vai fazer um exame.
cípios (recorrência e progressão) uma vez que a abordagem da informação 3 - O circuito de Adelaide agradou aos pilotos de Fórmula 1.
não se pode processar de qualquer maneira.
A sequência formada por 1+2 surge-nos, desde logo, como sendo mais
Assim, um texto será coerente se a ordem linear das sequências a- congruente do que as sequências 1+3 ou 2+3.
companhar a ordenação temporal dos fatos descritos.
Ex.: Cheguei, vi e venci.(e não Vi, venci e cheguei). Nos discursos naturais, as relações de relevância factual são, na maior
parte dos casos, manifestadas por conectores que as explicitam semanti-
O texto será coerente desde que reconheçamos, na ordenação das su- camente.
as sequências, uma ordenação de causa-consequência entre os estados de Ex.: A Silvia foi estudar porque vai fazer um exame. Ou também: A Sil-
coisas descritos. via vai fazer um exame portanto foi estudar.
Ex.: Houve seca porque não choveu. (e não Houve seca porque cho- A impossibilidade de ligar duas frases por meio de conectores constitui
veu). um bom teste para descobrir uma incongruência.
Ex.: A Silvia foi estudar logo o circuito de Adelaide agradou aos pilotos
Teremos ainda que ter em conta que a ordem de percepção dos esta- de Fórmula 1.
dos de coisas descritos pode condicionar a ordem linear das sequências
textuais. O conhecimento destes princípios de coerência, por parte dos profes-
Ex.: A praça era enorme. No meio, havia uma coluna; à volta, árvores e sores, permite uma nova apreciação dos textos produzidos pelos alunos,
canteiros com flores. garantindo uma melhor correção dos seus trabalhos, evitando encontrar
incoerências em textos perfeitamente coerentes, bem como permite a
Neste caso, notamos que a percepção se dirige do geral para o particu- dinamização de estratégias de correção.
lar.
3.Princípio da Não- Contradição: para que um texto seja coerente, tor- Teremos que ter em conta que para um leitor que nada saiba de cen-
na-se necessário que o seu desenvolvimento não introduza nenhum ele- trais termo-nucleares nada lhe parecerá mais incoerente do que um tratado
mento semântico que contradiga um conteúdo apresentado ou pressuposto técnico sobre centrais termo-nucleares.
por uma ocorrência anterior ou dedutível por inferência.
No entanto, os leitores quase nunca consideram os textos incoerentes.
Ou seja, este princípio estipula simplesmente que é inadmissível que Pelo contrário, os receptores dão ao emissor o crédito da coerência, admi-
uma mesma proposição seja conjuntamente verdadeira e não verdadeira. tindo que o emissor terá razões para apresentar os textos daquela maneira.

Vamos, seguidamente, preocupar-nos, sobretudo, com o caso das con- Assim, o leitor vai esforçar-se na procura de um fio condutor de pen-
tradições inferenciais e pressuposicionais. samento que conduza a uma estrutura coerente.

Existe contradição inferencial quando a partir de uma proposição po- Tudo isto para dizer que deve existir nos nossos sistemas de pensa-
demos deduzir uma outra que contradiz um conteúdo semântico apresenta- mento e de linguagem uma espécie de princípio de coerência verbal (com-
do ou dedutível. parável com o princípio de cooperação de Grice8 estipulando que, seja qual
Ex.: A minha tia é viúva. O seu marido coleciona relógios de bolso. for o discurso, ele deve apresentar forçosamente uma coerência própria,
uma vez que é concebido por um espírito que não é incoerente por si
As inferências que autorizam viúva não só não são retomadas na se- mesmo.
gunda frase, como são perfeitamente contraditas por essa mesma frase.
É justamente tendo isto em conta que devemos ler, avaliar e corrigir os
O efeito da incoerência resulta de incompatibilidades semânticas pro- textos dos nossos alunos.
fundas às quais temos de acrescentar algumas considerações temporais,
uma vez que, como se pode ver, basta remeter o verbo colecionar para o 1. Coerência:
pretérito para suprimir as contradições. Produzimos textos porque pretendemos informar, divertir, explicar, con-
vencer, discordar, ordenar, ou seja, o texto é uma unidade de significado
As contradições pressuposicionais são em tudo comparáveis às infe- produzida sempre com uma determinada intenção. Assim como a frase não
renciais, com a exceção de que no caso das pressuposicionais é um conte- é uma simples sucessão de palavras, o texto também não é uma simples
údo pressuposto que se encontra contradito. sucessão de frases, mas um todo organizado capaz de estabelecer contato
Ex.: O Júlio ignora que a sua mulher o engana. A sua esposa é-lhe per- com nossos interlocutores, influindo sobre eles. Quando isso ocorre, temos
feitamente fiel. um texto em que há coerência.

Na segunda frase, afirma-se a inegável fidelidade da mulher de Júlio, A coerência é resultante da não-contradição entre os diversos segmen-
enquanto a primeira pressupõe o inverso. tos textuais que devem estar encadeados logicamente. Cada segmento
textual é pressuposto do segmento seguinte, que por sua vez será pressu-
É frequente, nestes casos, que o emissor recupere a contradição pre- posto para o que lhe estender, formando assim uma cadeia em que todos
sente com a ajuda de conectores do tipo mas, entretanto, contudo, no eles estejam concatenados harmonicamente. Quando há quebra nessa
entanto, todavia, que assinalam que o emissor se apercebe dessa contradi- concatenação, ou quando um segmento atual está em contradição com um
ção, assume-a, anula-a e toma partido dela. anterior, perde-se a coerência textual.
Ex.: O João detesta viajar. No entanto, está entusiasmado com a parti-

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A coerência é também resultante da adequação do que se diz ao con- Segundo testemunhas, o bimotor (1) já estava em chamas antes de ca-
texto extra verbal, ou seja, àquilo o que o texto faz referência, que precisa ir em cima de quatro casas (9). Três pessoas (10) que estavam nas casas
ser conhecido pelo receptor. (9) atingidas pelo avião (1) ficaram feridas. Elas (10) não sofreram ferimen-
tos graves. (10) Apenas escoriações e queimaduras. Elídia Fiorezzi, de 62
Ao ler uma frase como "No verão passado, quando estivemos na capi- anos, Natan Fiorezzi, de 6, e Josana Fiorezzi foram socorridos no Pronto
tal do Ceará Fortaleza, não pudemos aproveitar a praia, pois o frio era tanto Socorro de Santa Cecília.
que chegou a nevar", percebemos que ela é incoerente em decorrência da
incompatibilidade entre um conhecimento prévio que temos da realizada Vejamos, por exemplo, o elemento (1), referente ao avião envolvido no
com o que se relata. Sabemos que, considerando uma realidade "normal", acidente. Ele foi retomado nove vezes durante o texto. Isso é necessário à
em Fortaleza não neva (ainda mais no verão!). clareza e à compreensão do texto. A memória do leitor deve ser reavivada
a cada instante. Se, por exemplo, o avião fosse citado uma vez no primeiro
Claro que, inserido numa narrativa ficcional fantástica, o exemplo acima parágrafo e fosse retomado somente uma vez, no último, talvez a clareza
poderia fazer sentido, dando coerência ao texto - nesse caso, o contexto da matéria fosse comprometida.
seria a "anormalidade" e prevaleceria a coerência interna da narrativa.
E como retomar os elementos do texto? Podemos enumerar alguns
No caso de apresentar uma inadequação entre o que informa e a reali- mecanismos:
dade "normal" pré-conhecida, para guardar a coerência o texto deve apre-
sentar elementos linguísticos instruindo o receptor acerca dessa anormali- a) REPETIÇÃO: o elemento (1) foi repetido diversas vezes durante o
dade. texto. Pode perceber que a palavra avião foi bastante usada, principalmente
por ele ter sido o veículo envolvido no acidente, que é a notícia propriamen-
Uma afirmação como "Foi um verdadeiro milagre! O menino caiu do te dita. A repetição é um dos principais elementos de coesão do texto
décimo andar e não sofreu nenhum arranhão." é coerente, na medida que a jornalístico fatual, que, por sua natureza, deve dispensar a releitura por
frase inicial ("Foi um verdadeiro milagre") instrui o leitor para a anormalida- parte do receptor (o leitor, no caso). A repetição pode ser considerada a
de do fato narrado. mais explícita ferramenta de coesão. Na dissertação cobrada pelos vestibu-
lares, obviamente deve ser usada com parcimônia, uma vez que um núme-
2. Coesão: ro elevado de repetições pode levar o leitor à exaustão.
A redação deve primar, como se sabe, pela clareza, objetividade, coe-
rência e coesão. E a coesão, como o próprio nome diz (coeso significa b) REPETIÇÃO PARCIAL: na retomada de nomes de pessoas, a repe-
ligado), é a propriedade que os elementos textuais têm de estar interliga- tição parcial é o mais comum mecanismo coesivo do texto jornalístico.
dos. De um fazer referência ao outro. Do sentido de um depender da rela- Costuma-se, uma vez citado o nome completo de um entrevistado - ou da
ção com o outro. Preste atenção a este texto, observando como as palavras vítima de um acidente, como se observa com o elemento (7), na última
se comunicam, como dependem uma das outras. linha do segundo parágrafo e na primeira linha do terceiro -, repetir somente
o(s) seu(s) sobrenome(s). Quando os nomes em questão são de celebrida-
SÃO PAULO: OITO PESSOAS MORREM EM QUEDA DE AVIÃO des (políticos, artistas, escritores, etc.), é de praxe, durante o texto, utilizar
Das Agências a nominalização por meio da qual são conhecidas pelo público. Exemplos:
Nedson (para o prefeito de Londrina, Nedson Micheletti); Farage (para o
Cinco passageiros de uma mesma família, de Maringá, dois tripulantes candidato à prefeitura de Londrina em 2000 Farage Khouri); etc. Nomes
e uma mulher que viu o avião cair morreram femininos costumam ser retomados pelo primeiro nome, a não ser nos
casos em que o sobrenomes sejam, no contexto da matéria, mais relevan-
Oito pessoas morreram (cinco passageiros de uma mesma família e tes e as identifiquem com mais propriedade.
dois tripulantes, além de uma mulher que teve ataque cardíaco) na queda
de um avião (1) bimotor Aero Commander, da empresa J. Caetano, da c) ELIPSE: é a omissão de um termo que pode ser facilmente deduzido
cidade de Maringá (PR). O avião (1) prefixo PTI-EE caiu sobre quatro pelo contexto da matéria. Veja-se o seguinte exemplo: Estavam no avião
sobrados da Rua Andaquara, no bairro de Jardim Marajoara, Zona Sul de (1) o empresário Silvio Name Júnior (4), de 33 anos, que foi candidato a
São Paulo, por volta das 21h40 de sábado. O impacto (2) ainda atingiu prefeito de Maringá nas últimas eleições; o piloto (1) José Traspadini (4), de
mais três residências. 64 anos; o co-piloto (1) Geraldo Antônio da Silva Júnior, de 38. Perceba
que não foi necessário repetir-se a palavra avião logo após as palavras
Estavam no avião (1) o empresário Silvio Name Júnior (4), de 33 anos, piloto e co-piloto. Numa matéria que trata de um acidente de avião, obvia-
que foi candidato a prefeito de Maringá nas últimas eleições (leia reporta- mente o piloto será de aviões; o leitor não poderia pensar que se tratasse
gem nesta página); o piloto (1) José Traspadini (4), de 64 anos; o co-piloto de um piloto de automóveis, por exemplo. No último parágrafo ocorre outro
(1) Geraldo Antônio da Silva Júnior, de 38; o sogro de Name Júnior (4), exemplo de elipse: Três pessoas (10) que estavam nas casas (9) atingidas
Márcio Artur Lerro Ribeiro (5), de 57; seus (4) filhos Márcio Rocha Ribeiro pelo avião (1) ficaram feridas. Elas (10) não sofreram ferimentos graves.
Neto, de 28, e Gabriela Gimenes Ribeiro (6), de 31; e o marido dela (6), (10) Apenas escoriações e queimaduras. Note que o (10) em negrito, antes
João Izidoro de Andrade (7), de 53 anos. de Apenas, é uma omissão de um elemento já citado: Três pessoas. Na
verdade, foi omitido, ainda, o verbo: (As três pessoas sofreram) Apenas
Izidoro Andrade (7) é conhecido na região (8) como um dos maiores escoriações e queimaduras.
compradores de cabeças de gado do Sul (8) do país. Márcio Ribeiro (5) era
um dos sócios do Frigorífico Naviraí, empresa proprietária do bimotor (1). d) SUBSTITUIÇÕES: uma das mais ricas maneiras de se retomar um
Isidoro Andrade (7) havia alugado o avião (1) Rockwell Aero Commander elemento já citado ou de se referir a outro que ainda vai ser mencionado é a
691, prefixo PTI-EE, para (7) vir a São Paulo assistir ao velório do filho (7) substituição, que é o mecanismo pelo qual se usa uma palavra (ou grupo
Sérgio Ricardo de Andrade (8), de 32 anos, que (8) morreu ao reagir a um de palavras) no lugar de outra palavra (ou grupo de palavras). Confira os
assalto e ser baleado na noite de sexta-feira. principais elementos de substituição:

O avião (1) deixou Maringá às 7 horas de sábado e pousou no aeropor- Pronomes: a função gramatical do pronome é justamente substituir ou
to de Congonhas às 8h27. Na volta, o bimotor (1) decolou para Maringá às acompanhar um nome. Ele pode, ainda, retomar toda uma frase ou toda a
21h20 e, minutos depois, caiu na altura do número 375 da Rua Andaquara, ideia contida em um parágrafo ou no texto todo. Na matéria-exemplo, são
uma espécie de vila fechada, próxima à avenida Nossa Senhora do Sabará, nítidos alguns casos de substituição pronominal: o sogro de Name Júnior
uma das avenidas mais movimentadas da Zona Sul de São Paulo. Ainda (4), Márcio Artur Lerro Ribeiro (5), de 57; seus (4) filhos Márcio Rocha
não se conhece as causas do acidente (2). O avião (1) não tinha caixa Ribeiro Neto, de 28, e Gabriela Gimenes Ribeiro (6), de 31; e o marido dela
preta e a torre de controle também não tem informações. O laudo técnico (6), João Izidoro de Andrade (7), de 53 anos. O pronome possessivo seus
demora no mínimo 60 dias para ser concluído. retoma Name Júnior (os filhos de Name Júnior...); o pronome pessoal ela,
contraído com a preposição de na forma dela, retoma Gabriela Gimenes

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Ribeiro (e o marido de Gabriela...). No último parágrafo, o pronome pessoal
elas retoma as três pessoas que estavam nas casas atingidas pelo avião: Tempo (frequência, duração, ordem, sucessão, anterioridade, posterio-
Elas (10) não sofreram ferimentos graves. ridade): então, enfim, logo, logo depois, imediatamente, logo após, a princí-
pio, no momento em que, pouco antes, pouco depois, anteriormente, poste-
Epítetos: são palavras ou grupos de palavras que, ao mesmo tempo riormente, em seguida, afinal, por fim, finalmente agora atualmente, hoje,
que se referem a um elemento do texto, qualificam-no. Essa qualificação frequentemente, constantemente às vezes, eventualmente, por vezes,
pode ser conhecida ou não pelo leitor. Caso não seja, deve ser introduzida ocasionalmente, sempre, raramente, não raro, ao mesmo tempo, simulta-
de modo que fique fácil a sua relação com o elemento qualificado. neamente, nesse ínterim, nesse meio tempo, nesse hiato, enquanto, quan-
do, antes que, depois que, logo que, sempre que, assim que, desde que,
Exemplos: todas as vezes que, cada vez que, apenas, já, mal, nem bem.
a) (...) foram elogiadas pelo por Fernando Henrique Cardoso. O pre-
sidente, que voltou há dois dias de Cuba, entregou-lhes um certifi- Semelhança, comparação, conformidade: igualmente, da mesma
cado... (o epíteto presidente retoma Fernando Henrique Cardoso; forma, assim também, do mesmo modo, similarmente, semelhantemente,
poder-se-ia usar, como exemplo, sociólogo); analogamente, por analogia, de maneira idêntica, de conformidade com, de
b) Edson Arantes de Nascimento gostou do desempenho do Brasil. acordo com, segundo, conforme, sob o mesmo ponto de vista, tal qual,
Para o ex-Ministro dos Esportes, a seleção... (o epíteto ex-Ministro tanto quanto, como, assim como, como se, bem como.
dos Esportes retoma Edson Arantes do Nascimento; poder-se-iam,
por exemplo, usar as formas jogador do século, número um do Condição, hipótese: se, caso, eventualmente.
mundo, etc.
Adição, continuação: além disso, demais, ademais, outrossim, ainda
Sinônimos ou quase sinônimos: palavras com o mesmo sentido (ou mais, ainda cima, por outro lado, também, e, nem, não só ... mas também,
muito parecido) dos elementos a serem retomados. Exemplo: O prédio foi não só... como também, não apenas ... como também, não só ... bem
demolido às 15h. Muitos curiosos se aglomeraram ao redor do edifício, para como, com, ou (quando não for excludente).
conferir o espetáculo (edifício retoma prédio. Ambos são sinônimos).
Dúvida: talvez provavelmente, possivelmente, quiçá, quem sabe, é
Nomes deverbais: são derivados de verbos e retomam a ação expres- provável, não é certo, se é que.
sa por eles. Servem, ainda, como um resumo dos argumentos já utilizados.
Exemplos: Uma fila de centenas de veículos paralisou o trânsito da Avenida Certeza, ênfase: decerto, por certo, certamente, indubitavelmente, in-
Higienópolis, como sinal de protesto contra o aumentos dos impostos. A questionavelmente, sem dúvida, inegavelmente, com toda a certeza.
paralisação foi a maneira encontrada... (paralisação, que deriva de parali-
sar, retoma a ação de centenas de veículos de paralisar o trânsito da Surpresa, imprevisto: inesperadamente, inopinadamente, de súbito,
Avenida Higienópolis). O impacto (2) ainda atingiu mais três residências (o subitamente, de repente, imprevistamente, surpreendentemente.
nome impacto retoma e resume o acidente de avião noticiado na matéria-
exemplo) Ilustração, esclarecimento: por exemplo, só para ilustrar, só para e-
xemplificar, isto é, quer dizer, em outras palavras, ou por outra, a saber, ou
Elementos classificadores e categorizadores: referem-se a um ele- seja, aliás.
mento (palavra ou grupo de palavras) já mencionado ou não por meio de
uma classe ou categoria a que esse elemento pertença: Uma fila de cente- Propósito, intenção, finalidade: com o fim de, a fim de, com o propó-
nas de veículos paralisou o trânsito da Avenida Higienópolis. O protesto foi sito de, com a finalidade de, com o intuito de, para que, a fim de que, para.
a maneira encontrada... (protesto retoma toda a ideia anterior - da paralisa-
ção -, categorizando-a como um protesto); Quatro cães foram encontrados Lugar, proximidade, distância: perto de, próximo a ou de, junto a ou de,
ao lado do corpo. Ao se aproximarem, os peritos enfrentaram a reação dos dentro, fora, mais adiante, aqui, além, acolá, lá, ali, este, esta, isto, esse, essa,
animais (animais retoma cães, indicando uma das possíveis classificações isso, aquele, aquela, aquilo, ante, a.
que se podem atribuir a eles).
Resumo, recapitulação, conclusão: em suma, em síntese, em conclu-
Advérbios: palavras que exprimem circunstâncias, principalmente as são, enfim, em resumo, portanto, assim, dessa forma, dessa maneira, desse
de lugar: Em São Paulo, não houve problemas. Lá, os operários não aderi- modo, logo, pois (entre vírgulas), dessarte, destarte, assim sendo.
ram... (o advérbio de lugar lá retoma São Paulo). Exemplos de advérbios
que comumente funcionam como elementos referenciais, isto é, como Causa e consequência. Explicação: por consequência, por conseguin-
elementos que se referem a outros do texto: aí, aqui, ali, onde, lá, etc. te, como resultado, por isso, por causa de, em virtude de, assim, de fato, com
efeito, tão (tanto, tamanho) ... que, porque, porquanto, pois, já que, uma vez
Observação: É mais frequente a referência a elementos já citados no que, visto que, como (= porque), portanto, logo, que (= porque), de tal sorte
texto. Porém, é muito comum a utilização de palavras e expressões que se que, de tal forma que, haja vista.
refiram a elementos que ainda serão utilizados. Exemplo: Izidoro Andrade
(7) é conhecido na região (8) como um dos maiores compradores de cabe- Contraste, oposição, restrição, ressalva: pelo contrário, em contraste
ças de gado do Sul (8) do país. Márcio Ribeiro (5) era um dos sócios do com, salvo, exceto, menos, mas, contudo, todavia, entretanto, no entanto,
Frigorífico Naviraí, empresa proprietária do bimotor (1). A palavra região embora, apesar de, ainda que, mesmo que, posto que, posto, conquanto, se
serve como elemento classificador de Sul (A palavra Sul indica uma região bem que, por mais que, por menos que, só que, ao passo que.
do país), que só é citada na linha seguinte.
Ideias alternativas: Ou, ou... ou, quer... quer, ora... ora.
Conexão:
Além da constante referência entre palavras do texto, observa-se na
coesão a propriedade de unir termos e orações por meio de conectivos, que Equivalência e transformação de estruturas.
são representados, na Gramática, por inúmeras palavras e expressões. A Refere-se ao estudo das relações das palavras nas orações e nos pe-
escolha errada desses conectivos pode ocasionar a deturpação do sentido ríodos. A palavra equivalência corresponde a valor, natureza, ou função;
do texto. Abaixo, uma lista dos principais elementos conectivos, agrupados relação de paridade. Já o termo transformação pode ser entendido como
pelo sentido. Baseamo-nos no autor Othon Moacyr Garcia (Comunicação uma função que, aplicada sobre um termo (abstrato ou concreto), resulta
em Prosa Moderna). um novo termo, modificado (em sentido amplo) relativamente ao estado
original. Nessa compreensão ampla, o novo estado pode eventualmente
Prioridade, relevância: em primeiro lugar, antes de mais nada, antes coincidir com o estado original. Normalmente, em concursos públicos, as
de tudo, em princípio, primeiramente, acima de tudo, precipuamente, princi- relações de transformação e equivalência aparecem nas questões dotadas
palmente, primordialmente, sobretudo, a priori (itálico), a posteriori (itálico). dos seguintes comandos:

Língua Portuguesa 13 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
Exemplo: CONCURSO PÚBLICO 1/2008 – CARGO DE AGENTE DE ENUNCIAÇÃO E REPRODUÇÃO DE ENUNCIAÇÕES
POLÍCIA FUNDAÇÃO UNIVERSA Comparando as seguintes frases:
“A vida é luta constante”
Questão 8 - Assinale a alternativa em que a reescritura de parte do tex- “Dizem os homens experientes que a vida é luta constante”
to I mantém a correção gramatical, levando em conta as alterações gráficas
necessárias para adaptá-la ao texto. Notamos que, em ambas, é emitido um mesmo conceito sobre a vida..
Exemplo 2: FUNDAÇÃO UNIVERSA SESI – TÉCNICO EM EDUCA-
ÇÃO – ORIENTADOR PEDAGÓGICO 2010 Mas, enquanto o autor da primeira frase enuncia tal conceito como ten-
do sido por ele próprio formulado, o autor da segunda o reproduz como
(CÓDIGO 101) Questão 1 - A seguir, são apresentadas possibilidades tendo sido formulado por outrem.
de reescritura de trechos do texto I. Assinale a alternativa em que a reescri-
tura apresenta mudança de sentido com relação ao texto original. Estruturas de reprodução de enunciações
Nota-se que as relações de equivalência e transformação estão assen- Para dar-nos a conhecer os pensamentos e as palavras de persona-
tadas nas possibilidades de reescrituras, ou seja, na modificação de vocá- gens reais ou fictícias, os locutores e os escritores dispõiem de três moldes
bulos ou de estruturas sintáticas. linguísticos diversos, conhecidos pelos nomes de: discurso direto, discurso
indireto e discurso indireto livre.
Vejamos alguns exemplos de transformações e equivalências:
Discurso direto
1 Os bombeiros desejam / o sucesso profissional (não há verbo na se-
Examinando este passo do conto Guaxinim do banhado, de Mário de
gunda parte).
Andrade:
Sujeito VDT OBJETO DIRETO “O Guaxinim está inquieto, mexe dum lado pra outro. Eis que suspira lá
na língua dele - “Chente! que vida dura esta de guaxinim do banhado!...”
Os bombeiros desejam / ganhar várias medalhas (há verbo na segunda
parte = oração). Verificamos que o narrado, após introduzir o personagem, o guaxinim,
Oração principal oração subordinada substantiva objetiva direta deixou-o expressar-se “Lá na língua dele”, reproduzindo-lhe a fala tal como
ele a teria organizado e emitido.
No exemplo anterior, o objeto direto “o sucesso profissional” foi substi-
tuído por uma oração objetiva direta. Sintaticamente, o valor do termo A essa forma de expressão, em que o personagem é chamado a apre-
(complemento do verbo) é o mesmo. Ocorreu uma transformação de natu- sentar as suas próprias palavras, denominamos discurso direto.
reza nominal para uma de natureza oracional, mas a função sintática de
objeto direto permaneceu preservada. Observação
2 Os professores de cursinhos ficam muito felizes / quando os alunos No exemplo anterior, distinguimos claramente o narrador, do locutor, o
são aprovados. guaxinim.

ORAÇÃO PRINCIPAL ORAÇÃO SUBORDINADA ADVERBIAL TEM- Mas o narrador e locutor podem confundir-se em casos como o das
PORAL narrativas memorialistas feitas na primeira pessoa. Assim, na fala de Rio-
baldo, o personagem-narrador do romance de Grande Sertão: Veredas, de
Os professores de cursinhos ficam muito felizes / nos dias das provas.
Guimarães Rosa.
SUJ VERBO PREDICATIVO ADJUNTO ADVERBIAL DE TEMPO “Assaz o senhor sabe: a gente quer passar um rio a nado, e passa;
mas vai dar na outra banda é num ponto muito mais embaixo, bem diverso
Apesar de classificados de formas diferentes, os termos indicados con- do que em primeiro se pensou. Viver nem não é muito perigoso?”
tinuam exercendo o papel de elementos adverbiais temporais.
Exemplo da prova! Ou, também, nestes versos de Augusto Meyer, em que o autor, lirica-
mente identificado com a natureza de sua terra, ouve na voz do Minuano o
FUNDAÇÃO UNIVERSA SESI – SECRETÁRIO ESCOLAR (CÓDIGO convite que, na verdade, quem lhe faz é a sua própria alma:
203) Página 3 “Ouço o meu grito gritar na voz do vento:
- Mano Poeta, se enganche na minha garupa!”
Grassa nessas escolas uma praga de pedagogos de gabinete, que u-
sam o legalismo no lugar da lei e que reinterpretam a lei de modo obtuso,
Características do discurso direto
no intuito de que tudo fique igual ao que era antes. E, para que continue a
1. No plano formal, um enunciado em discurso direto é marcado, ge-
parecer necessário o desempenho do cargo que ocupam, para que pare-
ralmente, pela presença de verbos do tipo dizer, afirmar, ponderar,
çam úteis as suas circulares e relatórios, perseguem e caluniam todo e
sugerir, perguntar, indagar ou expressões sinônimas, que podem
qualquer professor que ouse interpelar o instituído, questionar os burocra-
introduzi-lo, arrematá-lo ou nele se inserir:
tas, ou — pior ainda! — manifestar ideias diferentes das de quem manda na
“E Alexandre abriu a torneira:
escola, pondo em causa feudos e mandarinatos.
- Meu pai, homem de boa família, possuía fortuna grossa, como não
O vocábulo “Grassa” poderia ser substituído, sem perda de sentido, por ignoram.” (Graciliano Ramos)
“Felizmente, ninguém tinha morrido - diziam em redor.” (Cecília
(A) Propaga-se. Meirelles)
(B) Dilui-se. “Os que não têm filhos são órfãos às avessas”, escreveu Machado
de Assis, creio que no Memorial de Aires. (A.F. Schmidt)
(C) Encontra-se. Quando falta um desses verbos dicendi, cabe ao contexto e a re-
(D) Esconde-se. cursos gráficos - tais como os dois pontos, as aspas, o travessão e
a mudança de linha - a função de indicar a fala do personagem. É
(E) Extingue-se. o que observamos neste passo:
“Ao aviso da criada, a família tinha chegado à janela. Não avista-
http://www.professorvitorbarbosa.com/
ram o menino:
- Joãozinho!
Discurso Direto. Nada. Será que ele voou mesmo?”
Discurso Indireto. 2. No plano expressivo, a força da narração em discurso direto pro-
vém essencialmente de sua capacidade de atualizar o episódio, fa-
Discurso Indireto Livre
zendo emergir da situação o personagem, tornando-o vivo para o
Celso Cunha
ouvinte, à maneira de uma cena teatral, em que o narrador desem-

Língua Portuguesa 14 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
penha a mera função de indicador das falas. “O guerreiro Tabajara disse que Caubi tinha voltado.”
d) Discurso direto: verbo enunciado no futuro do presente:
Daí ser esta forma de relatar preferencialmente adotada nos atos diá- “- Virão buscar V muito cedo? - perguntei.”(A.F. Schmidt)
rios de comunicação e nos estilos literários narrativos em que os autores Discurso indireto: verbo enunciado no futuro do pretérito:
pretendem representar diante dos que os lêem “a comédia humana, com a “Perguntei se viriam buscar V. muito cedo”
maior naturalidade possível”. (E. Zola) e) Discurso direto: verbo no modo imperativo:
“- Segue a dança! , gritaram em volta. (A. Azevedo)
Discurso indireto Discurso indireto: verbo no modo subjuntivo:
1. Tomemos como exemplo esta frase de Machado de Assis: “Gritaram em volta que seguisse a dança.”
“Elisiário confessou que estava com sono.” f) Discurso direto: enunciado justaposto:
Ao contrário do que observamos nos enunciados em discurso dire- “O dia vai ficar triste, disse Caubi.”
to, o narrador incorpora aqui, ao seu próprio falar, uma informação Discurso indireto: enunciado subordinado, geralmente introduzido
do personagem (Elisiário), contentando-se em transmitir ao leitor o pela integrante que:
seu conteúdo, sem nenhum respeito à forma linguística que teria “Disse Caubi que o dia ia ficar triste.”
sido realmente empregada. g) Discurso direto:: enunciado em forma interrogativa direta:
Este processo de reproduzir enunciados chama-se discurso indire- “Pergunto - É verdade que a Aldinha do Juca está uma moça en-
to. cantadora?” (Guimarães Rosa)
2. Também, neste caso, narrador e personagem podem confundir-se Discurso indireto: enunciado em forma interrogativa indireta:
num só: “Pergunto se é verdade que a Aldinha do Juca está uma moça en-
“Engrosso a voz e afirmo que sou estudante.” (Graciliano Ramos) cantadora.”
h) Discurso direto: pronome demonstrativo de 1ª pessoa (este, esta,
Características do discurso indireto isto) ou de 2ª pessoa (esse, essa, isso).
1. No plano formal verifica-se que, introduzidas também por um verbo “Isto vai depressa, disse Lopo Alves.”(Machado de Assis)
declarativo (dizer, afirmar, ponderar, confessar, responder, etc), as Discurso indireto: pronome demonstrativo de 3ª pessoa (aquele,
falas dos personagens se contêm, no entanto, numa oração subor- aquela, aquilo).
dinada substantiva, de regra desenvolvida: “Lopo Alves disse que aquilo ia depressa.”
“O padre Lopes confessou que não imaginara a existência de tan- i) Discurso direto: advérbio de lugar aqui:
tos doudos no mundo e menos ainda o inexplicável de alguns ca- “E depois de torcer nas mãos a bolsa, meteu-a de novo na gaveta,
sos.” concluindo:
Nestas orações, como vimos, pode ocorrer a elipse da conjunção - Aqui, não está o que procuro.”(Afonso Arinos)
integrante: Discurso indireto: advérbio de lugar ali:
“Fora preso pela manhã, logo ao erguer-se da cama, e, pelo cálcu- “E depois de torcer nas mãos a bolsa, meteu-a de novo na gaveta,
lo aproximado do tempo, pois estava sem relógio e mesmo se o ti- concluindo que ali não estava o que procurava.”
vesse não poderia consultá-la à fraca luz da masmorra, imaginava
podiam ser onze horas.”(Lima Barreto) Discurso indireto livre
A conjunçào integrante falta, naturalmente, quando, numa constru- Na moderna literatura narrativa, tem sido amplamente utilizado um ter-
ção em discurso indireto, a subordinada substantiva assume a for- ceiro processo de reprodução de enunciados, resultante da conciliação dos
ma reduzida.: dois anteriormente descritos. É o chamado discurso indireto livre, forma de
“Um dos vizinhos disse-lhe serem as autoridades do Cachoei- expressão que, ao invés de apresentar o personagem em sua voz própria
ro.”(Graça Aranha) (discurso direto), ou de informar objetivamente o leitor sobre o que ele teria
2. No plano expressivo assinala-se, em primeiro lugar, que o empre- dito (discurso indireto), aproxima narrador e personagem, dando-nos a
go do discurso indireto pressupõe um tipo de relato de caráter pre- impressão de que passam a falar em uníssono.
dominantemente informativo e intelectivo, sem a feição teatral e a-
tualizadora do discurso direto. O narrador passa a subordinar a si o Comparem-se estes exemplos:
personagem, com retirar-lhe a forma própria da expressão. Mas “Que vontade de voar lhe veio agora! Correu outra vez com a respira-
não se conclua daí que o discurso indireto seja uma construção es- ção presa. Já nem podia mais. Estava desanimado. Que pena! Houve um
tilística pobre. É, na verdade, do emprego sabiamente dosado de momento em que esteve quase... quase!
um e de outro tipo de discurso que os bons escritores extraem da Retirou as asas e estraçalhou-a. Só tinham beleza. Entretanto, qual-
narrativa os mais variados efeitos artísticos, em consonância com quer urubu... que raiva... “ (Ana Maria Machado)
intenções expressivas que só a análise em profundidade de uma “D. Aurora sacudiu a cabeça e afastou o juízo temerário. Para que es-
dada obra pode revelar. tar catando defeitos no próximo? Eram todos irmãos. Irmãos.” (Graciliano
Ramos)
Transposição do discurso direto para o indireto “O matuto sentiu uma frialdade mortuária percorrendo-o ao longo da
Do confronto destas duas frases: espinha.
“- Guardo tudo o que meu neto escreve - dizia ela.” (A.F. Schmidt) Era uma urutu, a terrível urutu do sertão, para a qual a mezinha domés-
“Ela dizia que guardava tudo o que o seu neto escrevia.” tica nem a dos campos possuíam salvação.
Perdido... completamente perdido...”
Verifica-se que, ao passar-se de um tipo de relato para outro, certos e- ( H. de C. Ramos)
lementos do enunciado se modificam, por acomodação ao novo molde
sintático. Características do discurso indireto livre
a) Discurso direto enunciado 1ª ou 2ª pessoa. Do exame dos enunciados em itálico comprova-se que o discurso indi-
Exemplo: “-Devia bastar, disse ela; eu não me atrevo a pedir reto livre conserva toda a afetividade e a expressividade próprios do discur-
mais.”(M. de Assis) so direto, ao mesmo tempo que mantém as transposições de pronomes,
Discurso indireto: enunciado em 3ª pessoa: verbos e advérbios típicos do discurso indireto. É, por conseguinte, um
“Ela disse que deveria bastar, que ela não se atrevia a pedir mais” processo de reprodução de enunciados que combina as características dos
b) Discurso direto: verbo enunciado no presente: dois anteriormente descritos.
“- O major é um filósofo, disse ele com malícia.” (Lima Barreto) 1. No plano formal, verifica-se que o emprego do discurso indireto li-
Discurso indireto: verbo enunciado no imperfeito: vre “pressupõe duas condições: a absoluta liberdade sintática do
“Disse ele com malícia que o major era um filósofo.” escritor (fator gramatical) e a sua completa adesão à vida do per-
c) Discurso direto: verbo enunciado no pretérito perfeito: sonagem (fator estético) “ (Nicola Vita In: Cultura Neolatina).
“- Caubi voltou, disse o guerreiro Tabajara.”(José de Alencar) Observe-se que essa absoluta liberdade sintática do escritor pode
Discurso indireto: verbo enunciado no pretérito mais-que-perfeito: levar o leitor desatento a confundir as palavras ou manifestações

Língua Portuguesa 15 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
dos locutores com a simples narração. Daí que, para a apreensão (TJ/SP – 2010 – VUNESP) 3 - A expressão “um vazio imenso” (3.º parágra-
da fala do personagem nos trechos em discurso indireto livre, ga- fo) refere-se a
nhe em importância o papel do contexto, pois que a passagem do (A) candidatos.
que seja relato por parte do narrador a enunciado real do locutor é, (B) pânico.
muitas vezes, extremamente sutil, tal como nos mostra o seguinte (C) eles.
passo de Machado de Assis: (D) reação.
“Quincas Borba calou-se de exausto, e sentou-se ofegante. Rubião (E) esse campo.
acudiu, levando-lhe água e pedindo que se deitasse para descan-
sar; mas o enfermo após alguns minutos, respondeu que não era Leia o texto para responder às próximas 3 questões.
nada. Perdera o costume de fazer discursos é o que era.” No fim da década de 90, atormentado pelos chás de cadeira que enfrentou
2. No plano expressivo, devem ser realçados alguns valores desta no Brasil, Levine resolveu fazer um levantamento em grandes cidades de
construção híbrida: 31 países para descobrir como diferentes culturas lidam com a questão do
a) Evitando, por um lado, o acúmulo de quês, ocorrente no discurso tempo. A conclusão foi que os brasileiros estão entre os povos mais atrasa-
indireto, e, por outro lado, os cortes das oposições dialogadas pe- dos – do ponto de vista temporal, bem entendido – do mundo. Foram
culiares ao discurso direto, o discurso indireto livre permite uma analisadas a velocidade com que as pessoas percorrem determinada
narrativa mais fluente, de ritmo e tom mais artisticamente elabora- distância a pé no centro da cidade, o número de relógios corretamente
dos; ajustados e a eficiência dos correios. Os brasileiros pontuaram muito mal
b) O elo psíquico que se estabelece entre o narrador e personagem nos dois primeiros quesitos. No ranking geral, os suíços ocupam o primeiro
neste molde frásico torna-o o preferido dos escritores memorialis- lugar. O país dos relógios é, portanto, o que tem o povo mais pontual. Já as
tas, em suas páginas de monólogo interior; oito últimas posições no ranking são ocupadas por países pobres.
c) Finalmente, cumpre ressaltar que o discurso indireto livre nem O estudo de Robert Levine associa a administração do tempo aos traços
sempre aparece isolado em meio da narração. Sua “riqueza ex- culturais de um país. “Nos Estados Unidos, por exemplo, a ideia de que
pressiva aumenta quando ele se relaciona, dentro do mesmo pará- tempo é dinheiro tem um alto valor cultural. Os brasileiros, em comparação,
grafo, com os discursos direto e indireto puro”, pois o emprego dão mais importância às relações sociais e são mais dispostos a perdoar
conjunto faz que para o enunciado confluam, “numa soma total, as atrasos”, diz o psicólogo. Uma série de entrevistas com cariocas, por e-
características de três estilos diferentes entre si”. xemplo, revelou que a maioria considera aceitável que um convidado
(Celso Cunha in Gramática da Língua Portuguesa, 2ª edição, MEC- chegue mais de duas horas depois do combinado a uma festa de aniversá-
FENAME.) rio. Pode-se argumentar que os brasileiros são obrigados a ser mais flexí-
QUESTÕES DE CONCURSOS ANTERIORES: veis com os horários porque a infraestrutura não ajuda. Como ser pontual
se o trânsito é um pesadelo e não se pode confiar no transporte público?
exercícios de Interpretação de texto (Veja, 02.12.2009)

Leia o texto para responder às próximas 3 questões. (TJ/SP – 2010 – VUNESP) 4 - De acordo com o texto, os brasileiros são
piores do que outros povos em
Sobre os perigos da leitura (A) eficiência de correios e andar a pé.
Nos tempos em que eu era professor da Unicamp, fui designado presidente (B) ajuste de relógios e andar a pé.
da comissão encarregada da seleção dos candidatos ao doutoramento, o (C) marcar compromissos fora de hora.
que é um sofrimento. Dizer esse entra, esse não entra é uma responsabili- (D) criar desculpas para atrasos.
dade dolorida da qual não se sai sem sentimentos de culpa. Como, em 20 (E) dar satisfações por atrasos.
minutos de conversa, decidir sobre a vida de uma pessoa amedrontada?
Mas não havia alternativas. Essa era a regra. Os candidatos amontoavam- (TJ/SP – 2010 – VUNESP) 5 - Pondo foco no processo de coesão textual
se no corredor recordando o que haviam lido da imensa lista de livros cuja do 2.º parágrafo, pode-se concluir que Levine é um
leitura era exigida. Aí tive uma ideia que julguei brilhante. Combinei com os (A) jornalista.
meus colegas que faríamos a todos os candidatos uma única pergunta, a (B) economista.
mesma pergunta. Assim, quando o candidato entrava trêmulo e se esfor- (C) cronometrista.
çando por parecer confiante, eu lhe fazia a pergunta, a mais deliciosa de (D) ensaísta.
todas: “Fale-nos sobre aquilo que você gostaria de falar!”. [...] (E) psicólogo.
A reação dos candidatos, no entanto, não foi a esperada. Aconteceu o
oposto: pânico. Foi como se esse campo, aquilo sobre o que eles gostariam (TJ/SP – 2010 – VUNESP) 6 - A expressão chá de cadeira, no texto, tem o
de falar, lhes fosse totalmente desconhecido, um vazio imenso. Papaguear significado de
os pensamentos dos outros, tudo bem. Para isso, eles haviam sido treina- (A) bebida feita com derivado de pinho.
dos durante toda a sua carreira escolar, a partir da infância. Mas falar sobre (B) ausência de convite para dançar.
os próprios pensamentos – ah, isso não lhes tinha sido ensinado! (C) longa espera para conseguir assento.
Na verdade, nunca lhes havia passado pela cabeça que alguém pudesse (D) ficar sentado esperando o chá.
se interessar por aquilo que estavam pensando. Nunca lhes havia passado (E) longa espera em diferentes situações.
pela cabeça que os seus pensamentos pudessem ser importantes.
(Rubem Alves, www.cuidardoser.com.br. Adaptado) Leia o texto para responder às próximas 4 questões.

(TJ/SP – 2010 – VUNESP) 1 - De acordo com o texto, os candidatos


(A) não tinham assimilado suas leituras.
(B) só conheciam o pensamento alheio.
(C) tinham projetos de pesquisa deficientes.
(D) tinham perfeito autocontrole.
(E) ficavam em fila, esperando a vez.

(TJ/SP – 2010 – VUNESP) 2 - O autor entende que os candidatos deveriam


(A) ter opiniões próprias.
(B) ler os textos requeridos.
(C) não ter treinamento escolar.
(D) refletir sobre o vazio.
(E) ter mais equilíbrio.

Língua Portuguesa 16 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
Zelosa com sua imagem, a empresa multinacional Gillette retirou a bola da net está provocando danos em partes do cérebro que constituem a base do
mão, em uma das suas publicidades, do atacante francês Thierry Henry, que entendemos como inteligência, além de nos tornar menos sensíveis a
garoto-propaganda da marca com quem tem um contrato de 8,4 milhões de sentimentos como compaixão e piedade.
dólares anuais. A jogada previne os efeitos desastrosos para vendas de O frenesi hipertextual da internet, com seus múltiplos e incessantes estímu-
seus produtos, depois que o jogador trapaceou, tocando e controlando a los, adestra nossa habilidade de tomar pequenas decisões. Saltamos textos
bola com a mão, para ajudar no gol que classificou a França para a Copa e imagens, traçando um caminho errático pelas páginas eletrônicas. No
do Mundo de 2010. (...) entanto, esse ganho se dá à custa da perda da capacidade de alimentar
Na França, onde 8 em cada dez franceses reprovam o gesto irregular, nossa memória de longa duração e estabelecer raciocínios mais sofistica-
Thierry aparece com a mão no bolso. Os publicitários franceses acham que dos. Carr menciona a dificuldade que muitos de nós, depois de anos de
o gato subiu no telhado. A Gillette prepara o rompimento do contrato. O exposição à internet, agora experimentam diante de textos mais longos e
serviço de comunicação da gigante Procter & Gamble, proprietária da elaborados: as sensações de impaciência e de sonolência, com base em
Gillette, diz que não. estudos científicos sobre o impacto da internet no cérebro humano. Segun-
Em todo caso, a empresa gostaria que o jogo fosse refeito, que a trapaça do o autor, quando navegamos na rede, "entramos em um ambiente que
não tivesse acontecido. Na impossibilidade, refez o que está ao seu alcan- promove uma leitura apressada, rasa e distraída, e um aprendizado super-
ce, sua publicidade. ficial."
Segundo lista da revista Forbes, Thierry Henry é o terceiro jogador de A internet converteu-se em uma ferramenta poderosa para a transformação
futebol que mais lucra com a publicidade – seus contratos somam 28 do nosso cérebro e, quanto mais a utilizamos, estimulados pela carga
milhões de dólares anuais. (...) gigantesca de informações, imersos no mundo virtual, mais nossas mentes
(Veja, 02.11.2009. Adaptado) são afetadas. E não se trata apenas de pequenas alterações, mas de
mudanças substanciais físicas e funcionais. Essa dispersão da atenção
(TJ/SP – 2010 – VUNESP) 7 - A palavra jogada, em – A jogada previne os vem à custa da capacidade de concentração e de reflexão.(Thomaz Wood
efeitos desastrosos para venda de seus produtos... – refere-se ao fato de Jr. Carta capital, 27 de outubro de 2010, p. 72, com adaptações)

(A) Thierry Henry ter dado um passe com a mão para o gol da França. (MP/RS – 2010 – FCC) 11 - O assunto do texto está corretamente resumi-
(B) a Gillette ter modificado a publicidade do futebolista francês. do em:
(C) a Gillete não concordar com que a França dispute a Copa do Mundo. (A) O uso da internet deveria motivar reações contrárias de inúmeros
(D) Thierry Henry ganhar 8,4 milhões de dólares anuais com a propaganda. especialistas, a exemplo de Nicholas Carr, que procura descobrir as cone-
(E) a FIFA não ter cancelado o jogo em que a França se classificou. xões entre raciocínio lógico e estudos científicos sobre o funcionamento do
cérebro.
(TJ/SP – 2010 – VUNESP) 8 - A expressão o gato subiu no telhado é parte (B) O mundo virtual oferecido pela internet propicia o desenvolvimento de
de uma conhecida anedota em que uma mulher, depois de contar abrupta- diversas capacidades cerebrais em todos aqueles que se dedicam a essa
mente ao marido que seu gato tinha morrido, é advertida de que deveria ter navegação, ainda pouco estudadas e explicitadas em termos científicos.
dito isso aos poucos: primeiramente, que o gato tinha subido no telhado, (C) Segundo Nicholas Carr, o uso frequente da internet produz alterações
depois, que tinha caído e, depois, que tinha morrido. No texto em questão, no funcionamento do cérebro, pois estimula leituras superficiais e distraí-
a expressão pode ser interpretada da seguinte maneira: das, comprometendo a formulação de raciocínios mais sofisticados.
(D) Usar a internet estimula funções cerebrais, pelas facilidades de percep-
(A) foi com a “mão do gato” que Thierry assegurou a classificação da Fran- ção e de domínio de assuntos diversificados e de formatos diferenciados de
ça. textos, que permitem uma leitura dinâmica e de acordo com o interesse do
(B) Thierry era um bom jogador antes de ter agido com má fé. usuário.
(C) a Gillette já cortou, de fato, o contrato com o jogador francês. (E) O novo livro de Nicholas Carr, a ser publicado, desperta a curiosidade
(D) a Fifa reprovou amplamente a atitude antiesportiva de Thierry Henry. do leitor pelo tratamento ficcional que seu autor aplica a situações concre-
(E) a situação de Thierry, como garoto-propaganda da Gillette, ficou instá- tas do funcionamento do cérebro, trazidas pelo uso disseminado da inter-
vel. net.

(TJ/SP – 2010 – VUNESP) 9 - A expressão diz que não, no final do 2.º (MP/RS – 2010 – FCC) 12 - Curiosamente, no caso da internet, os verda-
parágrafo, significa que deiros fundamentos científicos deveriam, sim, provocar reações muito
estridentes. O autor, para embasar a opinião exposta no 2o parágrafo,
(A) a Procter & Gamble nega o rompimento do contrato. (A) se vale da enorme projeção conferida ao pesquisador antes citado,
(B) o jogo em que a França se classificou deve ser refeito. ironicamente oferecida pela própria internet, em seu website.
(C) a repercussão na França foi bastaPnte negativa. (B) apoia-se nas conclusões de Nicholas Carr, baseadas em dezenas de
(D) a Procter & Gamble é proprietária da Gillette. estudos científicos sobre o funcionamento do cérebro humano.
(E) os publicitários franceses se opõem a Thierry. (C) condena, desde o início, as novas tecnologias, cujo uso indiscriminado
vemprovocando danos em partes do cérebro.
(TJ/SP – 2010 – VUNESP) 10 - Segundo a revista Forbes, (D) considera, como base inicial de constatação a respeito do uso da inter-
(A) Thierry deverá perder muito dinheiro daqui para frente. net, que ela nos torna menos sensíveis a sentimentos como compaixão e
(B) há três jogadores que faturam mais que Thierry em publicidade. piedade.
(C) o jogador francês possui contratos publicitários milionários. (E) questiona a ausência de fundamentos científicos que, no caso da inter-
(D) o ganho de Thierry, somado à publicidade, ultrapassa 28 milhões. net, [...]deveriam, sim, provocar reações muito estridentes.
(E) é um absurdo o que o jogador ganha com o futebol e a publicidade.
As 2 questões a seguir baseiam-se no texto abaixo.
As 2 questões a seguir baseiam-se no texto abaixo.
Em 2008, Nicholas Carr assinou, na revista The Atlantic, o polêmico artigo Também nas cidades de porte médio, localizadas nas vizinhanças das
"Estará o Google nos tornando estúpidos?" O texto ganhou a capa da regiões metropolitanas do Sudeste e do Sul do país, as pessoas tendem
revista e, desde sua publicação, encontra-se entre os mais lidos de seu cada vez mais a optar pelo carro para seus deslocamentos diários, como
website. O autor nos brinda agora com The Shallows: What the internet is mostram dados do Departamento Nacional de Trânsito. Em consequência,
doing with our brains, um livro instrutivo e provocativo, que dosa lingua- congestionamentos, acidentes, poluição e altos custos de manutenção da
gem fluida com a melhor tradição dos livros de disseminação científica. malha viária passaram a fazer parte da lista dos principais problemas
Novas tecnologias costumam provocar incerteza e medo. As reações mais desses municípios.
estridentes nem sempre têm fundamentos científicos. Curiosamente, no Cidades menores, com custo de vida menos elevado que o das capitais,
caso da internet, os verdadeiros fundamentos científicos deveriam, sim, baixo índice de desemprego e poder aquisitivo mais alto, tiveram suas
provocar reações muito estridentes. Carr mergulha em dezenas de estudos frotas aumentadas em progressão geométrica nos últimos anos. A facilida-
científicos sobre o funcionamento do cérebro humano. Conclui que a inter- de de crédito e a isenção de impostos são alguns dos elementos que têm

Língua Portuguesa 17 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
colaborado para a realização do sonho de ter um carro. E os brasileiros exibe revestimento de tiras dessa planta. Computadores “limpos” fazem
desses municípios passaram a utilizar seus carros até para percorrer curtas uma importante diferença no efeito estufa e para se ter uma noção do
distâncias, mesmo perdendo tempo em congestionamentos e apesar dos impacto de sua produção e utilização basta olhar o resultado de uma pes-
alertas das autoridades sobre os danos provocados ao meio ambiente pelo quisa da empresa americana de consultoria Gartner Group. Ela revela que
aumento da frota. a área de TI (tecnologia da informação) já é responsável por 2% de todas
Além disso, carro continua a ser sinônimo de status para milhões de brasi- as emissões de dióxido de carbono na atmosfera.
leiros de todas as regiões. A sua necessidade vem muitas vezes em se- Além da pesquisa da Gartner, há um estudo realizado nos EUA pela Co-
gundo lugar. Há 35,3 milhões de veículos em todo o país, um crescimento munidade do Vale do Silício. Ele aponta que a inovação “verde” permitirá
de 66% nos últimos nove anos. Não por acaso oito Estados já registram adotar mais máquinas com o mesmo consumo de energia elétrica e reduzir
mais mortes por acidentes no trânsito do que por homicídios. os custos de orçamento. Russel Hancock, executivo-chefe da Fundação da
(O Estado de S. Paulo, Notas e Informações, A3, 11 de setembro de 2010, Comunidade do Vale do Silício, acredita que as tecnologias “verdes” tam-
com adaptações) bém conquistarão espaço pelo fato de que, atualmente, conta pontos junto
ao consumidor ter-se uma imagem de empresa sustentável.
(MP/RS – 2010 – FCC) 13 - Não por acaso oito Estados já registram mais O estudo da Comunidade chegou às mãos do presidente da Apple, Steve
mortes por acidentes no trânsito do que por homicídios. A afirmativa final do Jobs, e o fez render-se às propostas do “ecologicamente correto” – ele era
texto surge como duramente criticado porque dava aval à utilização de mercúrio, altamente
(A) constatação baseada no fato de que os brasileiros desejam possuir um prejudicial ao meio ambiente, na produção de seus iPods e laptops. Preo-
carro, mas perdem muito tempo em congestionamentos. cupado em não perder espaço, Jobs lançou a nova linha do Macbook Pro
(B) observação irônica quanto aos problemas decorrentes do aumento na com estrutura de vidro e alumínio, tudo reciclável. E a RITI Coffee Printer
utilização de carros, com danos provocados ao meio ambiente. chegou à sofisticação de criar uma impressora que, em vez de tinta, se vale
(C) comprovação de que a compra de um carro é sinônimo de status e, por de borra de café ou de chá no processo de impressão. Basta que se colo-
isso, constitui o maior sonho de consumo do brasileiro. que a folha de papel no local indicado e se despeje a borra de café no
(D) hipótese de que a vida nas cidades menores tem perdido qualidade, cartucho – o equipamento não é ligado em tomada e sua energia provém
pois os brasileiros desses municípios passaram a utilizar seus carros até de ação mecânica transformada em energia elétrica a partir de um gerador.
para percorrer curtas distâncias. Se pensarmos em quantos cafezinhos são tomados diariamente em gran-
(E) conclusão coerente com todo o desenvolvimento, a partir de um título des empresas, dá para satisfazer perfeitamente a demanda da impressora.
que poderia ser: Carro, problema que se agrava. (Luciana Sgarbi, Revista Época, 22.09.2009. Adaptado)

(MP/RS – 2010 – FCC) 14 - As ideias mais importantes contidas no 2o (CREMESP – 2011 - VUNESP) 15 - Leia o trecho: Vai bem a convivência
parágrafo constam, com lógica e correção, de: entre a indústria de eletrônica e aquilo que é politicamente correto na área
(A) A facilidade de crédito e a isenção de impostos são alguns elementos ambiental. É correto afirmar que a frase inicial do texto pode ser interpreta-
que tem colaborado para a realização do sonho de ter um carro nas cida- da como
des menores, e os brasileiros desses municípios passaram a utilizar seus (A) a união das empresas Motorola e RITI Coffee Printer para criar um
carros para percorrer curtas distâncias, além dos congestionamentos e dos novo celular com fibra de bambu.
alertas das autoridades sobre os danos provocados ao meio ambiente pelo (B) a criação de um equipamento eletrônico com estrutura de vidro que
aumento da frota. evita a emissão de dióxido de carbono na atmosfera.
(B) Cidades menores tiveram suas frotas aumentadas em progressão (C) o aumento na venda de celulares feitos com CarbonFree, depois que as
geométrica nos últimos anos em razão da facilidade de crédito e da isenção empresas nacionais se uniram à fabricante taiwanesa.
de impostos, elementos que têm colaborado para a aquisição de carros que (D) o compromisso firmado entre a empresa Apple e consultoria Gartner
passaram a ser utilizados até mesmo para percorrer curtas distâncias, Group para criar celulares sem o uso de carbono.
apesar dos congestionamentos e dos alertas das autoridades sobre os (E) a preocupação de algumas empresas em criarem aparelhos eletrônicos
danos provocados ao meio ambiente. que não agridam o meio ambiente.
(C) O menor custo de vida em cidades menores, com baixo índice de
desemprego e poder aquisitivo mais alto, aumentaram suas frotas em (CREMESP – 2011 - VUNESP) 16 - Em – Computadores “limpos” fazem
progressão geométrica nos últimos anos, com a facilidade de crédito e a uma importante diferença no efeito estufa... – a expressão entre aspas
isenção de impostos, que são alguns dos elementos que têm colaborado pode ser substituída, sem alterar o sentido no texto, por:
para a realização do sonho dos brasileiros de ter um carro. (A) com material reciclado.
(D) É nas cidades menores, com custo de vida menos elevado que o das (B) feitos com garrafas plásticas.
capitais, baixo índice de desemprego e poder aquisitivo mais alto, que (C) com arquivos de bambu.
tiveram suas frotas aumentadas em progressão geométrica nos últimos (D) feitos com materiais retirados da natureza.
anos pela facilidade de crédito e a isenção de impostos são alguns dos (E) com teclado feito de alumínio.
elementos que tem colaborado para a realização do sonho de ter um carro.
(E) Os brasileiros de cidades menores passaram até a percorrer curtas (CREMESP – 2011 - VUNESP) 17 - A partir da leitura do texto, pode-se
distâncias com seus carros, pela facilidade de crédito e a isenção de impos- concluir que
tos, que são elementos que têm colaborado para a realização do sonho de (A) as pesquisas na área de TI ainda estão em fase inicial.
tê-los, e com custo de vida menos elevado que o das capitais, baixo índice (B) os consumidores de eletrônicos não se preocupam com o material com
de desemprego e poder aquisitivo mais alto, tiveram suas frotas aumenta- que são feitos.
das em progressão geométrica nos últimos anos. (C) atualmente, a indústria de eletrônicos leva em conta o efeito estufa.
(D) os laptops feitos com fibra de bambu têm maior durabilidade.
(E) equipamentos ecologicamente corretos não têm um mercado de vendas
Leia o texto para responder às próximas 4 questões. assegurado.

Os eletrônicos “verdes” (CREMESP – 2011 - VUNESP) 18 - O presidente da Apple, Steve Jobs,


(A) preocupa-se com o carbono emitido na fabricação de produtos eletrôni-
Vai bem a convivência entre a indústria de eletrônica e aquilo que é politi- cos.
camente correto na área ambiental. É seguindo essa trilha “verde” que a (B) pesquisa acerca do uso de bambu em teclados de laptops.
Motorola anunciou o primeiro celular do mundo feito de garrafas plásticas (C) descobriu que impressoras cujos cartuchos são de borra de chá não
recicladas. Ele se chama W233 Eco e é também o primeiro telefone com duram muito.
certificado CarbonFree, que prevê a compensação do carbono emitido na (D) responsabiliza a fabricação de celulares pelas emissões de dióxido de
fabricação e distribuição de um produto. Se um celular pode ser feito de carbono no meio ambiente.
garrafas, por que não se produz um laptop a partir do bambu? Essa ideia (E) está de acordo com outras empresas a favor do uso de materiais reci-
ganhou corpo com a fabricante taiwanesa Asus: tratase do Eco Book que cláveis em eletrônicos.

Língua Portuguesa 18 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
nemas.
(CREMESP – 2011 - VUNESP) 19 - No texto, o estudo realizado pela
Comunidade do Vale do Silício É importante não confundir letra com fonema. Fonema é som, letra é o
(A) é o primeiro passo para a implantação de laptops feitos com tiras de sinal gráfico que representa o som.
bambu.
(B) contribuirá para que haja mais lucro nas empresas, com redução de Vejamos alguns exemplos:
custos. Manhã – 5 letras e quatro fonemas: m / a / nh / ã
(C) ainda está pesquisando acerca do uso de mercúrio em eletrônicos. Táxi – 4 letras e 5 fonemas: t / a / k / s / i
(D) será decisivo para evitar o efeito estufa na atmosfera. Corre – letras: 5: fonemas: 4
(E) permite a criação de uma impressora que funciona com energia mecâ- Hora – letras: 4: fonemas: 3
nica. Aquela – letras: 6: fonemas: 5
Guerra – letras: 6: fonemas: 4
Leia o texto para responder à questão a seguir. Fixo – letras: 4: fonemas: 5
Hoje – 4 letras e 3 fonemas
Quanto veneno tem nossa comida? Canto – 5 letras e 4 fonemas
Desde que os pesticidas sintéticos começaram a ser produzidos em larga Tempo – 5 letras e 4 fonemas
escala, na década de 1940, há dúvidas sobre o perigo para a saúde huma- Campo – 5 letras e 4 fonemas
na. No campo, em contato direto com agrotóxicos, alguns trabalhadores Chuva – 5 letras e 4 fonemas
rurais apresentaram intoxicações sérias. Para avaliar o risco de gente que
apenas consome os alimentos, cientistas costumam fazer testes com ratos LETRA - é a representação gráfica, a representação escrita, de um
e cães, alimentados com doses altas desses venenos. A partir do resultado determinado som.
desses testes e da análise de alimentos in natura (para determinar o grau
de resíduos do pesticida na comida), a Agência Nacional de Vigilância CLASSIFICAÇÃO DOS FONEMAS
Sanitária (Anvisa) estabelece os valores máximos de uso dos agrotóxicos
para cada cultura. Esses valores têm sido desrespeitados, segundo as VOGAIS
amostras da Anvisa. Alguns alimentos têm excesso de resíduos, outros têm
resíduos de agrotóxicos que nem deveriam estar lá. Esses excessos, a, e, i, o, u
A E I O U
isoladamente, não são tão prejudiciais, porque em geral não ultrapassam
os limites que o corpo humano aguenta. O maior problema é que eles se SEMIVOGAIS
somam – ninguém come apenas um tipo de alimento.(Francine Lima, Só há duas semivogais: i e u, quando se incorporam à vogal numa
Revista Época, 09.08.2010) mesma sílaba da palavra, formando um ditongo ou tritongo. Exs.: cai-ça-ra, te-
sou-ro, Pa-ra-guai.
(CREMESP – 2011 - VUNESP) 20 - Com a leitura do texto, pode-se afir-
mar que CONSOANTES
(A) segundo testes feitos em animais, os agrotóxicos causam intoxicações.
(B) a produção em larga escala de pesticidas sintéticos tem ocasionado B Cb,
D c,
F Gd,Hf,J g,K h,
L j,
M l,N m,
K Pn,Rp,Sq,T r,
V s,
X t,
Z v,
Y Wx, z
doenças incuráveis.
(C) as pessoas que ingerem resíduos de agrotóxicos são mais propensas a ENCONTROS VOCÁLICOS
terem doenças de estômago. A sequência de duas ou três vogais em uma palavra, damos o nome de
(D) os resíduos de agrotóxicos nos alimentos podem causar danos ao encontro vocálico.
organismo. Ex.: cooperativa
(E) os cientistas descobriram que os alimentos in natura têm menos resí-
duos de agrotóxicos. Três são os encontros vocálicos: ditongo, tritongo, hiato
http://www.gramatiquice.com.br/2011/02/exercicios-interpretacao-de-texto-
ii_02.html DITONGO
É a combinação de uma vogal + uma semivogal ou vice-versa.
RESPOSTAS Dividem-se em:
01. B 11. C - orais: pai, fui
02. A 12. B - nasais: mãe, bem, pão
03. E 13. E - decrescentes: (vogal + semivogal) – meu, riu, dói
04. B 14. B - crescentes: (semivogal + vogal) – pátria, vácuo
05. E 15. E
06. E 16. A TRITONGO (semivogal + vogal + semivogal)
07. B 17. C Ex.: Pa-ra-guai, U-ru-guai, Ja-ce-guai, sa-guão, quão, iguais, mínguam
08. E 18. E
09. A 19. B HIATO
10. C 20. D Ê o encontro de duas vogais que se pronunciam separadamente, em du-
as diferentes emissões de voz.
Ex.: fa-ís-ca, sa-ú-de, do-er, a-or-ta, po-di-a, ci-ú-me, po-ei-ra, cru-el, ju-í-
FONÉTICA E FONOLOGIA zo

Em sentido mais elementar, a Fonética é o estudo dos sons ou dos fo- SÍLABA
nemas, entendendo-se por fonemas os sons emitidos pela voz humana, os Dá-se o nome de sílaba ao fonema ou grupo de fonemas pronunciados
quais caracterizam a oposição entre os vocábulos. numa só emissão de voz.

Ex.: em pato e bato é o som inicial das consoantes p- e b- que opõe entre Quanto ao número de sílabas, o vocábulo classifica-se em:
si as duas palavras. Tal som recebe a denominação de FONEMA. • Monossílabo - possui uma só sílaba: pá, mel, fé, sol.
• Dissílabo - possui duas sílabas: ca-sa, me-sa, pom-bo.
Quando proferimos a palavra aflito, por exemplo, emitimos três sílabas e • Trissílabo - possui três sílabas: Cam-pi-nas, ci-da-de, a-tle-ta.
seis fonemas: a-fli-to. Percebemos que numa sílaba pode haver um ou mais • Polissílabo - possui mais de três sílabas: es-co-la-ri-da-de, hos-pi-ta-
fonemas. li-da-de.
No sistema fonética do português do Brasil há, aproximadamente, 33 fo-

Língua Portuguesa 19 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
TONICIDADE a) O final dos substantivos AGEM, IGEM, UGEM: coragem, vertigem,
Nas palavras com mais de uma sílaba, sempre existe uma sílaba que se ferrugem, etc.
pronuncia com mais força do que as outras: é a sílaba tônica. b) Exceções: pajem, lambujem. Os finais: ÁGIO, ÉGIO, ÓGIO e ÍGIO:
Exs.: em lá-gri-ma, a sílaba tônica é lá; em ca-der-no, der; em A-ma-pá, estágio, egrégio, relógio refúgio, prodígio, etc.
pá. c) Os verbos em GER e GIR: fugir, mugir, fingir.

Considerando-se a posição da sílaba tônica, classificam-se as palavras DISTINÇÃO ENTRE S E Z


em: 1. Escrevem-se com S:
• Oxítonas - quando a tônica é a última sílaba: Pa-ra-ná, sa-bor, do- a) O sufixo OSO: cremoso (creme + oso), leitoso, vaidoso, etc.
mi-nó. b) O sufixo ÊS e a forma feminina ESA, formadores dos adjetivos pátrios
• Paroxítonas - quando a tônica é a penúltima sílaba: már-tir, ca-rá- ou que indicam profissão, título honorífico, posição social, etc.: portu-
ter, a-má-vel, qua-dro. guês – portuguesa, camponês – camponesa, marquês – marquesa,
• Proparoxítonas - quando a tônica é a antepenúltima sílaba: ú-mi-do, burguês – burguesa, montês, pedrês, princesa, etc.
cá-li-ce, ' sô-fre-go, pês-se-go, lá-gri-ma. c) O sufixo ISA. sacerdotisa, poetisa, diaconisa, etc.
d) Os finais ASE, ESE, ISE e OSE, na grande maioria se o vocábulo for
ENCONTROS CONSONANTAIS erudito ou de aplicação científica, não haverá dúvida, hipótese, exege-
É a sequência de dois ou mais fonemas consonânticos num vocábulo. se análise, trombose, etc.
Ex.: atleta, brado, creme, digno etc. e) As palavras nas quais o S aparece depois de ditongos: coisa, Neusa,
causa.
DÍGRAFOS f) O sufixo ISAR dos verbos referentes a substantivos cujo radical termina
São duas letras que representam um só fonema, sendo uma grafia com- em S: pesquisar (pesquisa), analisar (análise), avisar (aviso), etc.
posta para um som simples. g) Quando for possível a correlação ND - NS: escandir: escansão; preten-
der: pretensão; repreender: repreensão, etc.
Há os seguintes dígrafos:
1) Os terminados em h, representados pelos grupos ch, lh, nh. 2. Escrevem-se em Z.
Exs.: chave, malha, ninho. a) O sufixo IZAR, de origem grega, nos verbos e nas palavras que têm o
2) Os constituídos de letras dobradas, representados pelos grupos rr e mesmo radical. Civilizar: civilização, civilizado; organizar: organização,
ss. organizado; realizar: realização, realizado, etc.
Exs. : carro, pássaro. b) Os sufixos EZ e EZA formadores de substantivos abstratos derivados
3) Os grupos gu, qu, sc, sç, xc, xs. de adjetivos limpidez (limpo), pobreza (pobre), rigidez (rijo), etc.
Exs.: guerra, quilo, nascer, cresça, exceto, exsurgir. c) Os derivados em -ZAL, -ZEIRO, -ZINHO e –ZITO: cafezal, cinzeiro,
4) As vogais nasais em que a nasalidade é indicada por m ou n, encer- chapeuzinho, cãozito, etc.
rando a sílaba em uma palavra.
Exs.: pom-ba, cam-po, on-de, can-to, man-to.
DISTINÇÃO ENTRE X E CH:
NOTAÇÕES LÉXICAS 1. Escrevem-se com X
São certos sinais gráficos que se juntam às letras, geralmente para lhes a) Os vocábulos em que o X é o precedido de ditongo: faixa, caixote,
dar um valor fonético especial e permitir a correta pronúncia das palavras. feixe, etc.
c) Maioria das palavras iniciadas por ME: mexerico, mexer, mexerica, etc.
São os seguintes: d) EXCEÇÃO: recauchutar (mais seus derivados) e caucho (espécie de
1) o acento agudo – indica vogal tônica aberta: pé, avó, lágrimas; árvore que produz o látex).
2) o acento circunflexo – indica vogal tônica fechada: avô, mês, ânco- e) Observação: palavras como "enchente, encharcar, enchiqueirar, en-
ra; chapelar, enchumaçar", embora se iniciem pela sílaba "en", são grafa-
3) o acento grave – sinal indicador de crase: ir à cidade; das com "ch", porque são palavras formadas por prefixação, ou seja,
4) o til – indica vogal nasal: lã, ímã; pelo prefixo en + o radical de palavras que tenham o ch (enchente, en-
5) a cedilha – dá ao c o som de ss: moça, laço, açude; cher e seus derivados: prefixo en + radical de cheio; encharcar: en +
6) o apóstrofo – indica supressão de vogal: mãe-d’água, pau-d’alho; radical de charco; enchiqueirar: en + radical de chiqueiro; enchapelar:
o hífen – une palavras, prefixos, etc.: arcos-íris, peço-lhe, ex-aluno. en + radical de chapéu; enchumaçar: en + radical de chumaço).

2. Escrevem-se com CH:


a) charque, chiste, chicória, chimarrão, ficha, cochicho, cochichar, estre-
ORTOGRAFIA OFICIAL buchar, fantoche, flecha, inchar, pechincha, pechinchar, penacho, sal-
sicha, broche, arrocho, apetrecho, bochecha, brecha, chuchu, cachim-
As dificuldades para a ortografia devem-se ao fato de que há fonemas bo, comichão, chope, chute, debochar, fachada, fechar, linchar, mochi-
que podem ser representados por mais de uma letra, o que não é feito de la, piche, pichar, tchau.
modo arbitrário, mas fundamentado na história da língua. b) Existem vários casos de palavras homófonas, isto é, palavras que
possuem a mesma pronúncia, mas a grafia diferente. Nelas, a grafia se
Eis algumas observações úteis: distingue pelo contraste entre o x e o ch.
Exemplos:
DISTINÇÃO ENTRE J E G • brocha (pequeno prego)
• broxa (pincel para caiação de paredes)
1. Escrevem-se com J:
• chá (planta para preparo de bebida)
a) As palavras de origem árabe, africana ou ameríndia: canjica. cafajeste,
• xá (título do antigo soberano do Irã)
canjerê, pajé, etc.
• chalé (casa campestre de estilo suíço)
b) As palavras derivadas de outras que já têm j: laranjal (laranja), enrije-
• xale (cobertura para os ombros)
cer, (rijo), anjinho (anjo), granjear (granja), etc.
• chácara (propriedade rural)
c) As formas dos verbos que têm o infinitivo em JAR. despejar: despejei, • xácara (narrativa popular em versos)
despeje; arranjar: arranjei, arranje; viajar: viajei, viajeis.
• cheque (ordem de pagamento)
d) O final AJE: laje, traje, ultraje, etc. • xeque (jogada do xadrez)
e) Algumas formas dos verbos terminados em GER e GIR, os quais • cocho (vasilha para alimentar animais)
mudam o G em J antes de A e O: reger: rejo, reja; dirigir: dirijo, dirija. • coxo (capenga, imperfeito)
2. Escrevem-se com G:

Língua Portuguesa 20 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
DISTINÇÃO ENTRE S, SS, Ç E C Ela tem um quê de mistério.
Observe o quadro das correlações:
Correlações Exemplos Mal e mau
t-c ato - ação; infrator - infração; Marte - marcial “Mal” pode atuar com substantivo, relativo a alguma doença; advérbio,
ter-tenção abster - abstenção; ater - atenção; conter - contenção, deter denotando erradamente, irregularmente; e como conjunção, indicando
- detenção; reter - retenção tempo. De acordo com o sentido, tal expressão sempre se opõe a bem:
rg - rs aspergir - aspersão; imergir - imersão; submergir - submer- Como ela se comportou mal durante a palestra. (Ela poderia ter se compor-
rt - rs são;
tado bem)
pel - puls inverter - inversão; divertir - diversão
corr - curs impelir - impulsão; expelir - expulsão; repelir - repulsão “Mau” opõe-se a bom, ocupando a função de adjetivo:
sent - sens correr - curso - cursivo - discurso; excursão - incursão Pedro é um mau aluno. (Assim como ele poderia ser um bom aluno)
ced - cess sentir - senso, sensível, consenso
ceder - cessão - conceder - concessão; interceder - inter- Ao encontro de / de encontro a
gred - gress cessão. “Ao encontro de” significa ser favorável, aproximar-se de algo:
exceder - excessivo (exceto exceção) Suas ideias vão ao encontro das minhas. (São favoráveis)
prim - press agredir - agressão - agressivo; progredir - progressão - “De encontro a” denota oposição a algo, choque, colisão:
tir - ssão progresso - progressivo
O carro foi de encontro ao poste.
imprimir - impressão; oprimir - opressão; reprimir - repres-
são.
admitir - admissão; discutir - discussão, permitir - permissão. Afim e a fim
(re)percutir - (re)percussão “Afim” indica semelhança, relacionando-se com a ideia relativa à afinidade:
Na faculdade estudamos disciplinas afins.
“A fim” indica ideia de finalidade:
PALAVRAS COM CERTAS DIFICULDADES
Estudo a fim de que possa obter boas notas.
Mas ou mais: dúvidas de ortografia A par e ao par
Publicado por: Vânia Maria do Nascimento Duarte “A par” indica o sentido voltado para “ciente, estar informado acerca de
algo”:
Mais ou mais? Onde ou aonde? Essas e outras expressões geralmente são Ele não estava a par de todos os acontecimentos.
alvo de questionamentos por parte dos usuários da língua. “Ao par” representa uma expressão que indica igualdade, equivalência ente
valores financeiros:
Falar e escrever bem, de modo que se atenda ao padrão formal da lingua- Algumas moedas estrangeiras estão ao par.
gem: eis um pressuposto do qual devemos nos valer mediante nossa
postura enquanto usuários do sistema linguístico. Contudo, tal situação não Demais e de mais
parece assim tão simples, haja vista que alguns contratempos sempre “Demais” pode atuar como advérbio de intensidade, denotando o sentido de
tendem a surgir. Um deles diz respeito a questões ortográficas no mo- “muito”:
mento de empregar esta ou aquela palavra. A vítima gritava demais após o acidente.
Nesse sentido nunca é demais mencionar que o emprego correto de um Tal palavra pode também representar um pronome indefinido, equivalendo-
determinado vocábulo está intimamente ligado a pressupostos semânticos, se “aos outros, aos restantes”:
visto que cada vocábulo carrega consigo uma marca significativa de senti- Não se importe com o que falam os demais.
do. Assim, mesmo que palavras se apresentem semelhantes em temos “De mais” se opõe a de menos, fazendo referência a um substantivo ou a
sonoros, bem como nos aspectos gráficos, traduzem significados distintos, um pronome:
aos quais devemos nos manter sempre vigilantes, no intuito de fazermos Ele não falou nada de mais.
bom uso da nossa língua sempre que a situação assim o exigir.
Pois bem, partindo dessa premissa, ocupemo-nos em conhecer as caracte- Senão e se não
rísticas que nutrem algumas expressões que rotineiramente utilizamos. “Senão” tem sentido equivalente a “caso contrário” ou a “não ser”:
Entre elas, destacamos: É bom que se apresse, senão poderá chegar atrasado.
“Se não” se emprega a orações subordinadas condicionais, equivalendo-se
Mas e mais a “caso não”:
A palavra “mas” atua como uma conjunção coordenada adversativa, de- Se não chover iremos ao passeio.
vendo ser utilizada em situações que indicam oposição, sentido contrário.
Vejamos, pois: Na medida em que e à medida que
Esforcei-me bastante, mas não obtive o resultado necessário. “Na medida em que” expressa uma relação de causa, equivalendo-se a
Já o vocábulo “mais” se classifica como pronome indefinido ou advérbio de “porque”, “uma vez que” e “já que”:
intensidade, opondo-se, geralmente, a “menos”. Observemos: Na medida em que passava o tempo, a saudade ia ficando cada vez mais
Ele escolheu a camiseta mais cara da loja. apertada.
“À medida que” indica a ideia relativa à proporção, desenvolvimento grada-
Onde e aonde tivo:
“Aonde” resulta da combinação entre “a + onde”, indicando movimento para À medida que iam aumentando os gritos, as pessoas se aglomeravam
algum lugar. É usada com verbos que também expressem tal aspecto (o de ainda mais.
movimento). Assim, vejamos:
Aonde você vai com tanta pressa? Nenhum e nem um
“Onde” indica permanência, lugar em que se passa algo ou que se está. “Nenhum” representa o oposto de algum:
Portanto, torna-se aplicável a verbos que também denotem essa caracterís- Nenhum aluno fez a pesquisa.
tica (estado ou permanência). Vejamos o exemplo: “Nem um” equivale a nem sequer um:
Onde mesmo você mora? Nem uma garota ganhará o prêmio, quem dirá todas as competidoras.

Que e quê Dia a dia e dia-a-dia (antes da nova reforma ortográfica grafado com
O “que” pode assumir distintas funções sintáticas e morfológicas, entre elas hífen):
a de pronome, conjunção e partícula expletiva de realce: Antes do novo acordo ortográfico, a expressão “dia-a-dia”, cujo sentido
Convém que você chegue logo. Nesse caso, o vocábulo em questão atua fazia referência ao cotidiano, era grafada com hífen. Porém, depois de
como uma conjunção integrante. instaurado, passou a ser utilizada sem dele, ou seja:
Já o “quê”, monossílabo tônico, atua como interjeição e como substantivo, O dia a dia dos estudantes tem sido bastante conturbado.
em se tratando de funções morfossintáticas:

Língua Portuguesa 21 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
Já “dia a dia”, sem hífen mesmo antes da nova reforma, atua como uma
locução adverbial referente a “todos os dias” e permaneceu sem nenhuma Escrevem-se com letra inicial minúscula:
alteração, ou seja: 1) nomes de meses, de festas pagãs ou populares, nomes gentílicos,
Ela vem se mostrando mais competente dia a dia. nomes próprios tornados comuns: maia, bacanais, carnaval,
ingleses, ave-maria, um havana, etc.
Fim-de-semana e fim de semana 2) os nomes a que se referem os itens 4 e 5 acima, quando
A expressão “fim-de-semana”, grafada com hífen antes do novo acordo, faz empregados em sentido geral:
referência a “descanso”, diversão, lazer. Com o advento da nova reforma São Pedro foi o primeiro papa. Todos amam sua pátria.
ortográfica, alguns compostos que apresentam elementos de ligação, como 3) nomes comuns antepostos a nomes próprios geográficos: o rio
é o caso de “fim de semana”, não são mais escritos com hífen. Portanto, o Amazonas, a baía de Guanabara, o pico da Neblina, etc.
correto é: 4) palavras, depois de dois pontos, não se tratando de citação direta:
Como foi seu fim de semana? "Qual deles: o hortelão ou o advogado?" (Machado de Assis)
“Fim de semana” também possui outra acepção semântica (significado), "Chegam os magos do Oriente, com suas dádivas: ouro, incenso,
relativa ao final da semana propriamente dito, aquele que começou no mirra." (Manuel Bandeira)
domingo e agora termina no sábado. Assim, mesmo com a nova reforma
ortográfica, nada mudou no tocante à ortografia:
Viajo todo fim de semana. ORTOGRAFIA OFICIAL
Vânia Maria do Nascimento Duarte Novo Acordo Ortográfico

O Novo Acordo Ortográfico visa simplificar as regras ortográficas


FORMAS VARIANTES
da Língua Portuguesa e aumentar o prestígio social da língua no cenário
Existem palavras que apresentam duas grafias. Nesse caso, qualquer
internacional. Sua implementação no Brasil segue os seguintes parâmetros:
uma delas é considerada correta. Eis alguns exemplos.
2009 – vigência ainda não obrigatória, 2010 a 2012 – adaptação completa
aluguel ou aluguer hem? ou hein?
dos livros didáticos às novas regras; e a partir de 2013 – vigência obrigató-
alpartaca, alpercata ou alpargata imundície ou imundícia
ria em todo o território nacional. Cabe lembrar que esse “Novo Acordo
amídala ou amígdala infarto ou enfarte
Ortográfico” já se encontrava assinado desde 1990 por oito países que
assobiar ou assoviar laje ou lajem
falam a língua portuguesa, inclusive pelo Brasil, mas só agora é que teve
assobio ou assovio lantejoula ou lentejoula
sua implementação.
azaléa ou azaleia nenê ou nenen
É equívoco afirmar que este acordo visa uniformizar a língua, já que uma
bêbado ou bêbedo nhambu, inhambu ou nambu
língua não existe apenas em função de sua ortografia. Vale lembrar que a
bílis ou bile quatorze ou catorze
ortografia é apenas um aspecto superficial da escrita da língua, e que as
cãibra ou cãimbra surripiar ou surrupiar
diferenças entre o Português falado nos diversos países lusófonos subsisti-
carroçaria ou carroceria taramela ou tramela
rão em questões referentes à pronúncia, vocabulário e gramática. Uma
chimpanzé ou chipanzé relampejar, relampear, relampeguear
língua muda em função de seus falantes e do tempo, não por meio de Leis
debulhar ou desbulhar ou relampar
ou Acordos.
fleugma ou fleuma porcentagem ou percentagem

A queixa de muitos estudantes e usuários da língua escrita é que, depois


EMPREGO DE MAIÚSCULAS E MINÚSCULAS de internalizada uma regra, é difícil “desaprendê-la”. Então, cabe aqui uma
dica: quando se tiver uma dúvida sobre a escrita de alguma palavra, o ideal
Escrevem-se com letra inicial maiúscula: é consultar o Novo Acordo (tenha um sempre em fácil acesso) ou, na
1) a primeira palavra de período ou citação. melhor das hipóteses, use um sinônimo para referir-se a tal palavra.
Diz um provérbio árabe: "A agulha veste os outros e vive nua."
No início dos versos que não abrem período é facultativo o uso da Mostraremos nessa série de artigos o Novo Acordo de uma maneira des-
letra maiúscula. complicada, apontando como é que fica estabelecido de hoje em diante a
2) substantivos próprios (antropônimos, alcunhas, topônimos, nomes Ortografia Oficial do Português falado no Brasil.
sagrados, mitológicos, astronômicos): José, Tiradentes, Brasil,
Amazônia, Campinas, Deus, Maria Santíssima, Tupã, Minerva, Via- Alfabeto
Láctea, Marte, Cruzeiro do Sul, etc.
O deus pagão, os deuses pagãos, a deusa Juno. A influência do inglês no nosso idioma agora é oficial. Há muito tempo as
3) nomes de épocas históricas, datas e fatos importantes, festas letras “k”, “w” e “y” faziam parte do nosso idioma, isto não é nenhu-
religiosas: Idade Média, Renascença, Centenário da Independência ma novidade. Elas já apareciam em unidades de medidas, nomes próprios
do Brasil, a Páscoa, o Natal, o Dia das Mães, etc. e palavras importadas do idioma inglês, como:
4) nomes de altos cargos e dignidades: Papa, Presidente da República, km – quilômetro,
etc. kg – quilograma
5) nomes de altos conceitos religiosos ou políticos: Igreja, Nação, Show, Shakespeare, Byron, Newton, dentre outros.
Estado, Pátria, União, República, etc. Trema
6) nomes de ruas, praças, edifícios, estabelecimentos, agremiações, Não se usa mais o trema em palavras do português. Quem digita muito
órgãos públicos, etc.: textos científicos no computador sabe o quanto dava trabalho escrever
Rua do 0uvidor, Praça da Paz, Academia Brasileira de Letras, Banco linguística, frequência. Ele só vai permanecer em nomes próprios e seus
do Brasil, Teatro Municipal, Colégio Santista, etc. derivados, de origem estrangeira. Por exemplo, Gisele Bündchen não vai
7) nomes de artes, ciências, títulos de produções artísticas, literárias e deixar de usar o trema em seu nome, pois é de origem alemã. (neste caso,
científicas, títulos de jornais e revistas: Medicina, Arquitetura, Os o “ü” lê-se “i”)
Lusíadas, 0 Guarani, Dicionário Geográfico Brasileiro, Correio da
Manhã, Manchete, etc.
8) expressões de tratamento: Vossa Excelência, Sr. Presidente, ACENTUAÇÃO GRÁFICA
Excelentíssimo Senhor Ministro, Senhor Diretor, etc.
Quanto À Posição Da Sílaba Tônica
9) nomes dos pontos cardeais, quando designam regiões: Os povos do
Oriente, o falar do Norte.
Mas: Corri o país de norte a sul. O Sol nasce a leste. 1. Acentuam-se as oxítonas terminadas em “A”, “E”, “O”, seguidas ou não
10) nomes comuns, quando personificados ou individuados: o Amor, o de “S”, inclusive as formas verbais quando seguidas
Ódio, a Morte, o Jabuti (nas fábulas), etc.

Língua Portuguesa 22 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
de “LO(s)” ou “LA(s)”. Também recebem acento as oxítonas terminadas 6. Acento Diferencial
em ditongos abertos, como “ÉI”, “ÉU”, “ÓI”, seguidos ou não de “S” O acento diferencial permanece nas palavras:
pôde (passado), pode (presente)
Ex. pôr (verbo), por (preposição)
Nas formas verbais, cuja finalidade é determinar se a 3ª pessoa do verbo
Chá Mês nós está no singular ou plural:
Gás Sapé cipó SINGULAR PLURAL
Dará Café avós Ele tem Eles têm
Pará Vocês compôs Ele vem Eles vêm
vatapá pontapés só
Essa regra se aplica a todos os verbos derivados de “ter” e “vir”, como:
Aliás português robô
conter, manter, intervir, deter, sobrevir, reter, etc.
dá-lo vê-lo avó
recuperá-los Conhecê-los pô-los
guardá-la Fé compô-los Novo Acordo Ortográfico Descomplicado
réis (moeda) Véu dói Trema
méis céu mói Não se usa mais o trema, salvo em nomes próprios e seus derivados.
pastéis Chapéus anzóis Acento diferencial
ninguém parabéns Jerusalém Não é preciso usar o acento diferencial para distinguir:
Resumindo:
1. Para (verbo) de para (preposição)
Só não acentuamos oxítonas terminadas em “I” ou “U”, a não ser que seja
um caso de hiato. Por exemplo: as palavras “baú”, “aí”, “Esaú” e “atraí-lo” “Esse carro velho para em toda esquina”.
são acentuadas porque as vogais “i” e “u” estão tônicas nestas palavras. “Estarei voltando para casa daqui a uma hora”.

2. Acentuamos as palavras paroxítonas quando terminadas em: 1. Pela, pelo (verbo pelar) de pela, pelo (preposição + artigo) e pelo (subs-
tantivo)
• L – afável, fácil, cônsul, desejável, ágil, incrível. 2. Polo (substantivo) de polo (combinação antiga e popular de por e lo).
• N – pólen, abdômen, sêmen, abdômen. 3. pera (fruta) de pera (preposição arcaica).
• R – câncer, caráter, néctar, repórter.
• X – tórax, látex, ônix, fênix. A pronúncia ou categoria gramatical dessas palavras dar-se-á mediante o
• PS – fórceps, Quéops, bíceps. contexto.
• Ã(S) – ímã, órfãs, ímãs, Bálcãs. Acento agudo
• ÃO(S) – órgão, bênção, sótão, órfão. Ditongos abertos “ei”, “oi”
• I(S) – júri, táxi, lápis, grátis, oásis, miosótis. Não se usa mais acento nos ditongos ABERTOS “ei”, “oi” quando estiverem
• ON(S) – náilon, próton, elétrons, cânon. na penúltima sílaba.
• UM(S) – álbum, fórum, médium, álbuns. He-roi-co ji-boi-a
• US – ânus, bônus, vírus, Vênus. As-sem-blei-a i-dei-a
Pa-ra-noi-co joi-a
Também acentuamos as paroxítonas terminadas em ditongos crescentes OBS. Só vamos acentuar essas letras quando vierem na última sílaba e se
(semivogal+vogal): o som delas estiverem aberto.
Névoa, infância, tênue, calvície, série, polícia, residência, férias, lírio. Céu véu
3. Todas as proparoxítonas são acentuadas. Dói herói
Ex. México, música, mágico, lâmpada, pálido, pálido, sândalo, crisântemo, Chapéu beleléu
público, pároco, proparoxítona. Rei, dei, comeu, foi (som fechado – sem acento)
QUANTO À CLASSIFICAÇÃO DOS ENCONTROS VOCÁLICOS Não se recebem mais acento agudo as vogais tônicas “I” e “U” quando
4. Acentuamos as vogais “I” e “U” dos hiatos, quando: forem paroxítonas (penúltima sílaba forte) e precedidas de ditongo.
feiura baiuca
• Formarem sílabas sozinhos ou com “S” cheiinho saiinha
boiuno
Ex. Ju-í-zo, Lu-ís, ca-fe-í-na, ra-í-zes, sa-í-da, e-go-ís-ta. Não devemos mais acentuar o “U” tônico os verbos dos grupos “GUE/GUI”
IMPORTANTE e “QUE/QUI”. Por isso, esses verbos serão grafados da seguinte maneira:
Por que não acentuamos “ba-i-nha”, “fei-u-ra”, “ru-im”, “ca-ir”, “Ra-ul”, se Averiguo (leia-se a-ve-ri-gu-o, pois o “U” tem som forte)
todos são “i” e “u” tônicas, portanto hiatos? Arguo apazigue
Porque o “i” tônico de “bainha” vem seguido de NH. O “u” e o “i” tônicos de Enxague arguem
“ruim”, “cair” e “Raul” formam sílabas com “m”, “r” e “l” respectivamente. Delinguo
Essas consoantes já soam forte por natureza, tornando naturalmente a Acento Circunflexo
sílaba “tônica”, sem precisar de acento que reforce isso. Não se acentuam mais as vogais dobradas “EE” e “OO”.
5. Trema Creem veem
Não se usa mais o trema em palavras da língua portuguesa. Ele só vai Deem releem
permanecer em nomes próprios e seus derivados, de origem estrangeira, Leem descreem
como Bündchen, Müller, mülleriano (neste caso, o “ü” lê-se “i”) Voo perdoo

Língua Portuguesa 23 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
enjoo Entretanto, se o prefixo terminar em consoante, não se unem de jeito
Outras dicas nenhum.
Há muito tempo a palavra “coco” – fruto do coqueiro – deixou de ser acen-
tuada. Entretanto, muitos alunos insistem em colocar o acento: “Quero • Sub-reino
beber água de côco”. • ab-rogar
Quem recebe acento é “cocô” – palavra popularmente usada para se referir • sob-roda
a excremento.
Então, a menos se que queira beber água de fezes, é melhor parar de ATENÇÃO!
colocar acento em coco. Quando dois “R” ou “S” se encontrarem, permanece a regra geral: letras
Para verificar praticamente a necessidade de acentuação gráfica, utilize o iguais, SEPARA.
critério das oposições: super-requintado super-realista
Imagem armazém inter-resistente
Paroxítonas terminadas em “M” não levam acento, mas as oxítonas SIM.
Jovens provéns CONTINUAMOS A USAR O HÍFEN
Paroxítonas terminadas em “ENS” não levam acento, mas as oxítonas Diante dos prefixos “ex-, sota-, soto-, vice- e vizo-“:
levam. Ex-diretor, Ex-hospedeira, Sota-piloto, Soto-mestre, Vice-presidente ,
Útil sutil Vizo-rei
Paroxítonas terminadas em “L” têm acento, mas as oxítonas não levam Diante de “pós-, pré- e pró-“, quando TEM SOM FORTE E ACENTO.
porque o “L”, o “R” e o “Z” deixam a sílaba em que se encontram natural- pós-tônico, pré-escolar, pré-natal, pró-labore
mente forte, não é preciso um acento para reforçar isso. pró-africano, pró-europeu, pós-graduação
É por isso que: as palavras “rapaz, coração, Nobel, capataz, pastel, bom- Diante de “pan-, circum-, quando juntos de vogais.
bom; verbos no infinitivo (terminam em –ar, -er, -ir) doar, prover, consu- Pan-americano, circum-escola
mir são oxítonas e não precisam de acento. Quando terminarem do mesmo OBS. “Circunferência” – é junto, pois está diante da consoante “F”.
jeito e forem paroxítonas, então vão precisar de acento. NOTA: Veja como fica estranha a pronúncia se não usarmos o hífen:
Exesposa, sotapiloto, panamericano, vicesuplente, circumescola.
Uso do Hífen ATENÇÃO!
Não se usa o hífen diante de “CO-, RE-, PRE” (SEM ACENTO)
Novo Acordo Ortográfico Descomplicado (Parte V) – Uso do Hífen
Coordenar reedição preestabelecer
Tem se discutido muito a respeito do Novo Acordo Ortográfico e a grande Coordenação refazer preexistir
queixa entre os que usam a Língua Portuguesa em sua modalidade escrita Coordenador reescrever prever
tem gerado em torno do seguinte questionamento: “por que mudar uma Coobrigar relembrar
coisa que a gente demorou um tempão para aprender?” Bom, para quem já Cooperação reutilização
dominava a antiga ortografia, realmente essa mudança foi uma chateação. Cooperativa reelaborar
Quem saiu se beneficiando foram os que estão começando agora a adquirir O ideal para memorizar essas regras, lembre-se, é conhecer e usar pelo
o código escrito, como os alunos do Ensino Fundamental I. menos uma palavra de cada prefixo. Quando bater a dúvida numa palavra,
Se você tem dificuldades em memorizar regras, é inútil estudar o Novo compare-a à palavra que você já sabe e escreva-a duas vezes: numa você
Acordo comparando “o antes e o depois”, feito revista de propaganda de usa o hífen, na outra não. Qual a certa? Confie na sua memória! Uma delas
cosméticos. O ideal é que as mudanças sejam compreendidas e gravadas vai te parecer mais familiar.
na memória: para isso, é preciso colocá-las em prática.
REGRA GERAL (Resumindo)
Não precisa mais quebrar a cabeça: “uso hífen ou não”?
Letras iguais, separa com hífen(-).
Regra Geral
Letras diferentes, junta.
A letra “H” é uma letra sem personalidade, sem som. Em “Helena”, não O “H” não tem personalidade. Separa (-).
tem som; em “Hollywood”, tem som de “R”. Portanto, não deve aparecer O “R” e o “S”, quando estão perto das vogais, são dobrados. Mas não se
encostado em prefixos: juntam com consoantes.
http://www.infoescola.com/portugues/novo-acordo-ortografico-
• pré-história descomplicado-parte-i/
• anti-higiênico
• sub-hepático ACENTUAÇÃO GRÁFICA - resumo
• super-homem
ORTOGRAFIA OFICIAL
Por Paula Perin dos Santos
Então, letras IGUAIS, SEPARA. Letras DIFERENTES, JUNTA.
Anti-inflamatório neoliberalismo O Novo Acordo Ortográfico visa simplificar as regras ortográficas da
Supra-auricular extraoficial Língua Portuguesa e aumentar o prestígio social da língua no cenário
Arqui-inimigo semicírculo internacional. Sua implementação no Brasil segue os seguintes parâmetros:
sub-bibliotecário superintendente 2009 – vigência ainda não obrigatória, 2010 a 2012 – adaptação completa
Quanto ao “R” e o “S”, se o prefixo terminar em vogal, a consoante deverá dos livros didáticos às novas regras; e a partir de 2013 – vigência obrigató-
ria em todo o território nacional. Cabe lembrar que esse “Novo Acordo
ser dobrada:
Ortográfico” já se encontrava assinado desde 1990 por oito países que
suprarrenal (supra+renal) ultrassonografia (ultra+sonografia) falam a língua portuguesa, inclusive pelo Brasil, mas só agora é que teve
minissaia antisséptico sua implementação.
contrarregra megassaia

Língua Portuguesa 24 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
É equívoco afirmar que este acordo visa uniformizar a língua, já que 2. Acentuamos as palavras paroxítonas quando terminadas em:
uma língua não existe apenas em função de sua ortografia. Vale lembrar
que a ortografia é apenas um aspecto superficial da escrita da língua, e que
• L – afável, fácil, cônsul, desejável, ágil, incrível.
as diferenças entre o Português falado nos diversos países lusófonos
subsistirão em questões referentes à pronúncia, vocabulário e gramática. • N – pólen, abdômen, sêmen, abdômen.
Uma língua muda em função de seus falantes e do tempo, não por meio de • R – câncer, caráter, néctar, repórter.
Leis ou Acordos. • X – tórax, látex, ônix, fênix.
• PS – fórceps, Quéops, bíceps.
A queixa de muitos estudantes e usuários da língua escrita é que, de- • Ã(S) – ímã, órfãs, ímãs, Bálcãs.
pois de internalizada uma regra, é difícil “desaprendê-la”. Então, cabe aqui • ÃO(S) – órgão, bênção, sótão, órfão.
uma dica: quando se tiver uma dúvida sobre a escrita de alguma palavra, o • I(S) – júri, táxi, lápis, grátis, oásis, miosótis.
ideal é consultar o Novo Acordo (tenha um sempre em fácil acesso) ou, na • ON(S) – náilon, próton, elétrons, cânon.
melhor das hipóteses, use um sinônimo para referir-se a tal palavra.
• UM(S) – álbum, fórum, médium, álbuns.
• US – ânus, bônus, vírus, Vênus.
Mostraremos nessa série de artigos o Novo Acordo de uma maneira
descomplicada, apontando como é que fica estabelecido de hoje em diante
a Ortografia Oficial do Português falado no Brasil. Também acentuamos as paroxítonas terminadas em ditongos crescen-
tes (semivogal+vogal):
Névoa, infância, tênue, calvície, série, polícia, residência, férias, lírio.
Alfabeto
A influência do inglês no nosso idioma agora é oficial. Há muito tempo 3. Todas as proparoxítonas são acentuadas.
as letras “k”, “w” e “y” faziam parte do nosso idioma, isto não é nenhuma Ex. México, música, mágico, lâmpada, pálido, pálido, sândalo, crisân-
novidade. Elas já apareciam em unidades de medidas, nomes próprios e temo, público, pároco, proparoxítona.
palavras importadas do idioma inglês, como:
km – quilômetro, QUANTO À CLASSIFICAÇÃO DOS ENCONTROS VOCÁLICOS
kg – quilograma
Show, Shakespeare, Byron, Newton, dentre outros. 4. Acentuamos as vogais “I” e “U” dos hiatos, quando:
Trema
Não se usa mais o trema em palavras do português. Quem digita muito • Formarem sílabas sozinhos ou com “S”
textos científicos no computador sabe o quanto dava trabalho escrever
linguística, frequência. Ele só vai permanecer em nomes próprios e seus Ex. Ju-í-zo, Lu-ís, ca-fe-í-na, ra-í-zes, sa-í-da, e-go-ís-ta.
derivados, de origem estrangeira. Por exemplo, Gisele Bündchen não vai
deixar de usar o trema em seu nome, pois é de origem alemã. (neste caso, IMPORTANTE
o “ü” lê-se “i”) Por que não acentuamos “ba-i-nha”, “fei-u-ra”, “ru-im”, “ca-ir”, “Ra-ul”,
se todos são “i” e “u” tônicas, portanto hiatos?
QUANTO À POSIÇÃO DA SÍLABA TÔNICA
Porque o “i” tônico de “bainha” vem seguido de NH. O “u” e o “i” tônicos
de “ruim”, “cair” e “Raul” formam sílabas com “m”, “r” e “l” respectivamente.
1. Acentuam-se as oxítonas terminadas em “A”, “E”, “O”, seguidas ou
Essas consoantes já soam forte por natureza, tornando naturalmente a
não de “S”, inclusive as formas verbais quando seguidas de “LO(s)” ou
sílaba “tônica”, sem precisar de acento que reforce isso.
“LA(s)”. Também recebem acento as oxítonas terminadas em ditongos
abertos, como “ÉI”, “ÉU”, “ÓI”, seguidos ou não de “S”
5. Trema
Não se usa mais o trema em palavras da língua portuguesa. Ele só vai
Ex. permanecer em nomes próprios e seus derivados, de origem estrangeira,
como Bündchen, Müller, mülleriano (neste caso, o “ü” lê-se “i”)
Chá Mês nós
6. Acento Diferencial
Gás Sapé cipó
Dará Café avós O acento diferencial permanece nas palavras:
Pará Vocês compôs pôde (passado), pode (presente)
vatapá pontapés só pôr (verbo), por (preposição)
Nas formas verbais, cuja finalidade é determinar se a 3ª pessoa do
Aliás português robô verbo está no singular ou plural:
dá-lo vê-lo avó
recuperá-los Conhecê-los pô-los SIN-
PLURAL
guardá-la Fé compô-los GULAR
réis (moeda) Véu dói Ele
Eles têm
méis céu mói tem
pastéis Chapéus anzóis Ele
Eles vêm
vem
ninguém parabéns Jerusalém

Essa regra se aplica a todos os verbos derivados de “ter” e “vir”, como:


Resumindo: conter, manter, intervir, deter, sobrevir, reter, etc.

Só não acentuamos oxítonas terminadas em “I” ou “U”, a não ser que EXERCÍCIOS
seja um caso de hiato. Por exemplo: as palavras “baú”, “aí”, “Esaú” e “atraí-
lo” são acentuadas porque as semivogais “i” e “u” estão tônicas nestas 1. Com o novo acordo, quantas letras passa a ter o alfabeto da língua
palavras. portuguesa?
a) 23

Língua Portuguesa 25 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
b) 26 3. d
c) 28 4. d
d) 20 5. a
e) 21 6. a
7. c
2. A regra atual para acentuação no português do Brasil manda acentuar
todos os ditongos abertos “éu”, “éi”, “ói” (como ‘assembléia’, ‘céu’ ou ‘dói’). DIVISÃO SILÁBICA
Pelo novo acordo, palavras desse tipo passam a ser escritas:
a) Assembléia, dói, céu
b) Assembléia, doi, ceu Não se separam as letras que formam os dígrafos CH, NH, LH, QU,
c) Assembléia, dói, ceu GU.
d) Assembleia, dói, céu 1- chave: cha-ve
e) Assembleia, doi, céu aquele: a-que-le
palha: pa-lha
3. Pela nova regra, apenas uma dessas palavras pode ser assinalada com manhã: ma-nhã
acento circunflexo. Qual delas? guizo: gui-zo
a) Vôo
b) Crêem Não se separam as letras dos encontros consonantais que apresentam
c) Enjôo a seguinte formação: consoante + L ou consoante + R
d) Pôde 2- emblema: em-ble-ma abraço: a-bra-ço
e) Lêem reclamar: re-cla-mar recrutar: re-cru-tar
flagelo: fla-ge-lo drama: dra-ma
4. Qual das alternativas abaixo apresenta todas as palavras grafadas globo: glo-bo fraco: fra-co
corretamente: implicar: im-pli-car agrado: a-gra-do
a) bússola, império, platéia, cajú, Panamá atleta: a-tle-ta atraso: a-tra-so
b) bussola, imperio, plateia, caju, Panama prato: pra-to
c) bússola, imperio, plateia, caju, Panamá
d) bússola, império, plateia, caju, Panamá Separam-se as letras dos dígrafos RR, SS, SC, SÇ, XC.
e) bussola, imperio, plateia, cajú, Panamá 3- correr: cor-rer desçam: des-çam
passar: pas-sar exceto: ex-ce-to
fascinar: fas-ci-nar
5. De acordo com as novas regras para o hífen, passarão a ser corretas as
grafias: Não se separam as letras que representam um ditongo.
a) Coautor, antissocial e micro-ondas 4- mistério: mis-té-rio herdeiro: her-dei-ro
b) Co-autor, anti-social e micro-ondas cárie: cá-rie
c) Coautor, antissocial e microondas
d) Co-autor, antissocial e micro-ondas Separam-se as letras que representam um hiato.
e) Coautor, anti-social e microondas 5- saúde: sa-ú-de cruel: cru-el
rainha: ra-i-nha enjoo: en-jo-o
6. Qual das frases abaixo está redigida de acordo com a nova ortografia?
a) É preciso ter autoestima e autocontrole para coordenar o projeto de Não se separam as letras que representam um tritongo.
infraestrutura recém-aprovado, 6- Paraguai: Pa-ra-guai
ainda muito polêmico e com ajustes a fazer. saguão: sa-guão
b) É preciso ter auto-estima e autocontrole para coordenar o projeto de
infra-estrutura recém-aprovado, Consoante não seguida de vogal, no interior da palavra, fica na sílaba
ainda muito polemico e com ajustes a fazer. que a antecede.
c) É preciso ter auto-estima e autocontrole para co-ordenar o projeto de 7- torna: tor-na núpcias: núp-cias
infraestrutura recémaprovado, técnica: téc-ni-ca submeter: sub-me-ter
ainda muito polêmico e com ajustes a fazer. absoluto: ab-so-lu-to perspicaz: pers-pi-caz
d) É preciso ter auto-estima e auto-controle para coordenar o projeto de
infra-estrutura recém-aprovado, Consoante não seguida de vogal, no início da palavra, junta-se à sílaba
ainda muito polemico e com ajustes a fazer. que a segue
e) É preciso ter auto-estima e auto-controle para co-ordenar o projeto de 8- pneumático: pneu-má-ti-co
infraestrutura recém-aprovado, gnomo: gno-mo
ainda muito polêmico e com ajústes a fazer. psicologia: psi-co-lo-gia

7. Em quais das alternativas abaixo há apenas palavras grafadas de acordo No grupo BL, às vezes cada consoante é pronunciada separadamente,
com a nova ortografia da língua portuguesa? mantendo sua autonomia fonética. Nesse caso, tais consoantes ficam em
a) Pára-choque, ultrassonografia, relêem, União Européia, inconseqüen- sílabas separadas.
te, arquirrival, saúde 9- sublingual: sub-lin-gual
b) Para-choque, ultrassonografia, releem, União Europeia, inconsequen- sublinhar: sub-li-nhar
te, arquirrival, saude sublocar: sub-lo-car
c) Para-choque, ultrassonografia, releem, União Europeia, inconsequen-
te, arquirrival, saúde Preste atenção nas seguintes palavras:
d) Parachoque, ultra-sonografia, releem, União Européia, inconsequente, trei-no so-cie-da-de
arqui-rival, saúde gai-o-la ba-lei-a
e) Pára-choque, ultra-sonografia, relêem, União Européia, inconseqüen- des-mai-a-do im-bui-a
te, arqui-rival, saúde ra-diou-vin-te ca-o-lho
te-a-tro co-e-lho
Respostas: du-e-lo ví-a-mos
1. b a-mné-sia gno-mo
2. d co-lhei-ta quei-jo

Língua Portuguesa 26 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
pneu-mo-ni-a fe-é-ri-co interior.
dig-no e-nig-ma Eu, apressadamente, queria chamar Socorro; o motorista, porém, mais
e-clip-se Is-ra-el calmo, resolveu o problema sozinho.
mag-nó-lia
DOIS PONTOS
SINAIS DE PONTUAÇÃO • Enunciar a fala dos personagens:
Ele retrucou: Não vês por onde pisas?
• Para indicar uma citação alheia:
Pontuação é o conjunto de sinais gráficos que indica na escrita as Ouvia-se, no meio da confusão, a voz da central de informações de
pausas da linguagem oral. passageiros do voo das nove: “queiram dirigir-se ao portão de embar-
que".
PONTO • Para explicar ou desenvolver melhor uma palavra ou expressão anteri-
O ponto é empregado em geral para indicar o final de uma frase decla- or:
rativa. Ao término de um texto, o ponto é conhecido como final. Nos casos Desastre em Roma: dois trens colidiram frontalmente.
comuns ele é chamado de simples. • Enumeração após os apostos:
Como três tipos de alimento: vegetais, carnes e amido.
Também é usado nas abreviaturas: Sr. (Senhor), d.C. (depois de Cris-
to), a.C. (antes de Cristo), E.V. (Érico Veríssimo). TRAVESSÃO
Marca, nos diálogos, a mudança de interlocutor, ou serve para isolar
PONTO DE INTERROGAÇÃO palavras ou frases
É usado para indicar pergunta direta. – "Quais são os símbolos da pátria?
Onde está seu irmão? – Que pátria?
– Da nossa pátria, ora bolas!" (P. M Campos).
Às vezes, pode combinar-se com o ponto de exclamação. – "Mesmo com o tempo revoltoso - chovia, parava, chovia, parava outra
A mim ?! Que ideia! vez.
– a claridade devia ser suficiente p'ra mulher ter avistado mais alguma
PONTO DE EXCLAMAÇÃO coisa". (M. Palmério).
É usado depois das interjeições, locuções ou frases exclamativas. • Usa-se para separar orações do tipo:
Céus! Que injustiça! Oh! Meus amores! Que bela vitória! – Avante!- Gritou o general.
Ó jovens! Lutemos! – A lua foi alcançada, afinal - cantava o poeta.

Usa-se também para ligar palavras ou grupo de palavras que formam


VÍRGULA uma cadeia de frase:
A vírgula deve ser empregada toda vez que houver uma pequena pau- • A estrada de ferro Santos – Jundiaí.
sa na fala. Emprega-se a vírgula: • A ponte Rio – Niterói.
• Nas datas e nos endereços: • A linha aérea São Paulo – Porto Alegre.
São Paulo, 17 de setembro de 1989.
Largo do Paissandu, 128.
• No vocativo e no aposto: ASPAS
Meninos, prestem atenção! São usadas para:
Termópilas, o meu amigo, é escritor. • Indicar citações textuais de outra autoria.
• Nos termos independentes entre si: "A bomba não tem endereço certo." (G. Meireles)
O cinema, o teatro, a praia e a música são as suas diversões. • Para indicar palavras ou expressões alheias ao idioma em que se
• Com certas expressões explicativas como: isto é, por exemplo. Neste expressa o autor: estrangeirismo, gírias, arcaismo, formas populares:
caso é usado o duplo emprego da vírgula: Há quem goste de “jazz-band”.
Ontem teve início a maior festa da minha cidade, isto é, a festa da pa- Não achei nada "legal" aquela aula de inglês.
droeira. • Para enfatizar palavras ou expressões:
• Após alguns adjuntos adverbiais: Apesar de todo esforço, achei-a “irreconhecível" naquela noite.
No dia seguinte, viajamos para o litoral. • Títulos de obras literárias ou artísticas, jornais, revistas, etc.
• Com certas conjunções. Neste caso também é usado o duplo emprego "Fogo Morto" é uma obra-prima do regionalismo brasileiro.
da vírgula: • Em casos de ironia:
Isso, entretanto, não foi suficiente para agradar o diretor. A "inteligência" dela me sensibiliza profundamente.
• Após a primeira parte de um provérbio. Veja como ele é “educado" - cuspiu no chão.
O que os olhos não vêem, o coração não sente.
• Em alguns casos de termos oclusos: PARÊNTESES
Eu gostava de maçã, de pêra e de abacate. Empregamos os parênteses:
• Nas indicações bibliográficas.
RETICÊNCIAS "Sede assim qualquer coisa.
• São usadas para indicar suspensão ou interrupção do pensamento. serena, isenta, fiel".
Não me disseste que era teu pai que ... (Meireles, Cecília, "Flor de Poemas").
• Para realçar uma palavra ou expressão. • Nas indicações cênicas dos textos teatrais:
Hoje em dia, mulher casa com "pão" e passa fome... "Mãos ao alto! (João automaticamente levanta as mãos, com os olhos
• Para indicar ironia, malícia ou qualquer outro sentimento. fora das órbitas. Amália se volta)".
Aqui jaz minha mulher. Agora ela repousa, e eu também... (G. Figueiredo)
• Quando se intercala num texto uma ideia ou indicação acessória:
"E a jovem (ela tem dezenove anos) poderia mordê-Io, morrendo de
PONTO E VÍRGULA fome."
• Separar orações coordenadas de certa extensão ou que mantém (C. Lispector)
alguma simetria entre si. • Para isolar orações intercaladas:
"Depois, lracema quebrou a flecha homicida; deu a haste ao desconhe- "Estou certo que eu (se lhe ponho
cido, guardando consigo a ponta farpada. " Minha mão na testa alçada)
• Para separar orações coordenadas já marcadas por vírgula ou no seu Sou eu para ela."
Língua Portuguesa 27 A Opção Certa Para a Sua Realização
APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
(M. Bandeira) Vou até a (á ) chácara.
Cheguei até a(à) muralha
COLCHETES [ ] • A QUE - À QUE
Se, com antecedente masculino ocorrer AO QUE, com o feminino
Os colchetes são muito empregados na linguagem científica.
ocorrerá crase:
Houve um palpite anterior ao que você deu.
ASTERISCO Houve uma sugestão anterior à que você deu.
O asterisco é muito empregado para chamar a atenção do leitor para Se, com antecedente masculino, ocorrer A QUE, com o feminino não
alguma nota (observação). ocorrerá crase.
Não gostei do filme a que você se referia.
BARRA Não gostei da peça a que você se referia.
A barra é muito empregada nas abreviações das datas e em algumas O mesmo fenômeno de crase (preposição A) - pronome demonstrativo
abreviaturas. A que ocorre antes do QUE (pronome relativo), pode ocorrer antes do
de:
Meu palpite é igual ao de todos
CRASE Minha opinião é igual à de todos.

Crase é a fusão da preposição A com outro A. NÃO OCORRE CRASE


Fomos a a feira ontem = Fomos à feira ontem. • antes de nomes masculinos:
Andei a pé.
EMPREGO DA CRASE Andamos a cavalo.
• em locuções adverbiais: • antes de verbos:
à vezes, às pressas, à toa... Ela começa a chorar.
• em locuções prepositivas: Cheguei a escrever um poema.
em frente à, à procura de... • em expressões formadas por palavras repetidas:
• em locuções conjuntivas: Estamos cara a cara.
à medida que, à proporção que... • antes de pronomes de tratamento, exceto senhora, senhorita e dona:
• pronomes demonstrativos: aquele, aquela, aqueles, aquelas, aquilo, a, Dirigiu-se a V. Sa com aspereza.
as Escrevi a Vossa Excelência.
Fui ontem àquele restaurante. Dirigiu-se gentilmente à senhora.
Falamos apenas àquelas pessoas que estavam no salão: • quando um A (sem o S de plural) preceder um nome plural:
Refiro-me àquilo e não a isto. Não falo a pessoas estranhas.
Jamais vamos a festas.
A CRASE É FACULTATIVA
• diante de pronomes possessivos femininos: SINÔNIMOS, ANTÔNIMOS E PARÔNIMOS. SENTIDO PRÓPRIO
Entreguei o livro a(à) sua secretária . E FIGURADO DAS PALAVRAS.
• diante de substantivos próprios femininos:
Dei o livro à(a) Sônia.
SIGNIFICAÇÃO DAS PALAVRAS
CASOS ESPECIAIS DO USO DA CRASE
• Antes dos nomes de localidades, quando tais nomes admitirem o artigo Semântica
A:
Viajaremos à Colômbia. Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
(Observe: A Colômbia é bela - Venho da Colômbia)
• Nem todos os nomes de localidades aceitam o artigo: Curitiba, Brasília,
Fortaleza, Goiás, Ilhéus, Pelotas, Porto Alegre, São Paulo, Madri, Ve-
neza, etc.
Viajaremos a Curitiba.
(Observe: Curitiba é uma bela cidade - Venho de Curitiba).
• Haverá crase se o substantivo vier acompanhado de adjunto que o
modifique.
Ela se referiu à saudosa Lisboa.
Vou à Curitiba dos meus sonhos.
• Antes de numeral, seguido da palavra "hora", mesmo subentendida:
Às 8 e 15 o despertador soou.
• Antes de substantivo, quando se puder subentender as palavras “mo-
da” ou "maneira":
Aos domingos, trajava-se à inglesa.
Cortavam-se os cabelos à Príncipe Danilo. Semântica (do grego σηµαντικός, sēmantiká, plural neutro
• Antes da palavra casa, se estiver determinada: de sēmantikós, derivado de sema, sinal), é o estudo do significado. Incide
Referia-se à Casa Gebara. sobre a relação entre significantes, tais
• Não há crase quando a palavra "casa" se refere ao próprio lar. como palavras, frases, sinais e símbolos, e o que eles representam, a
Não tive tempo de ir a casa apanhar os papéis. (Venho de casa). sua denotação.
• Antes da palavra "terra", se esta não for antônima de bordo. A semântica linguística estuda o significado usado por seres humanos
Voltou à terra onde nascera. para se expressar através da linguagem. Outras formas de semântica
Chegamos à terra dos nossos ancestrais. incluem a semântica nas linguagens de programação, lógica formal,
Mas: e semiótica.
Os marinheiros vieram a terra.
O comandante desceu a terra. A semântica contrapõe-se com frequência à sintaxe, caso em que a
• Se a preposição ATÉ vier seguida de palavra feminina que aceite o primeira se ocupa do que algo significa, enquanto a segunda se debruça
artigo, poderá ou não ocorrer a crase, indiferentemente: sobre as estruturas ou padrões formais do modo como esse algo

Língua Portuguesa 28 A Opção Certa Para a Sua Realização


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é expresso(por exemplo, escritos ou falados). Dependendo da concepção
de significado que se tenha, têm-se diferentes semânticas. A semântica Eufemismo
formal, a semântica da enunciação ou argumentativa e a semântica Alguns sinônimos são também utilizados para minimizar o impacto,
cognitiva, fenômeno, mas com conceitos e enfoques diferentes. normalmente negativo, de algumas palavras (figura de linguagem
conhecida como eufemismo).
Na língua portuguesa, o significado das palavras leva em Exemplos:
consideração:
• gordo - obeso
Sinonímia: É a relação que se estabelece entre duas palavras ou mais • morrer - falecer
que apresentam significados iguais ou semelhantes, ou seja, os sinônimos:
Exemplos: Cômico - engraçado / Débil - fraco, frágil / Distante - afastado, Sinônimos Perfeitos e Imperfeitos
remoto. Os sinônimos podem ser perfeitos ou imperfeitos.
Antonímia: É a relação que se estabelece entre duas palavras ou mais Sinônimos Perfeitos
que apresentam significados diferentes, contrários, isto é, os antônimos: Se o significado é idêntico.
Exemplos: Economizar - gastar / Bem - mal / Bom - ruim. Exemplos:
• avaro – avarento,
Homonímia: É a relação entre duas ou mais palavras que, apesar de • léxico – vocabulário,
possuírem significados diferentes, possuem a mesma estrutura fonológica,
• falecer – morrer,
ou seja, os homônimos:
• escarradeira – cuspideira,
As homônimas podem ser: • língua – idioma
 Homógrafas: palavras iguais na escrita e diferentes na pronúncia. • catorze - quatorze
Exemplos: gosto (substantivo) - gosto / (1ª pessoa singular presente
indicativo do verbo gostar) / conserto (substantivo) - conserto (1ª pessoa Sinônimos Imperfeitos
singular presente indicativo do verbo consertar); Se os signIficados são próximos, porém não idênticos.
Exemplos: córrego – riacho, belo – formoso
 Homófonas: palavras iguais na pronúncia e diferentes na escrita.
Exemplos: cela (substantivo) - sela (verbo) / cessão (substantivo) - sessão Antônimo
(substantivo) / cerrar (verbo) - serrar ( verbo); Antônimo é o nome que se dá à palavra que tenha significado contrário
(também oposto ou inverso) à outra.
 Perfeitas: palavras iguais na pronúncia e na escrita. Exemplos: O emprego de antônimos na construção de frases pode ser um recurso
cura (verbo) - cura (substantivo) / verão (verbo) - verão (substantivo) / cedo
estilístico que confere ao trecho empregado uma forma mais erudita ou que
(verbo) - cedo (advérbio);
chame atenção do leitor ou do ouvinte.
 Paronímia: É a relação que se estabelece entre duas ou mais Pala-
Antônimo
palavras que possuem significados diferentes, mas são muito parecidas na vra
pronúncia e na escrita, isto é, os parônimos: Exemplos: cavaleiro - aberto fechado
cavalheiro / absolver - absorver / comprimento - cumprimento/ aura
(atmosfera) - áurea (dourada)/ conjectura (suposição) - conjuntura (situação alto baixo
decorrente dos acontecimentos)/ descriminar (desculpabilizar) - discriminar bem mal
(diferenciar)/ desfolhar (tirar ou perder as folhas) - folhear (passar as folhas bom mau
de uma publicação)/ despercebido (não notado) - desapercebido
bonito feio
(desacautelado)/ geminada (duplicada) - germinada (que germinou)/ mugir
(soltar mugidos) - mungir (ordenhar)/ percursor (que percorre) - precursor de-
de menos
(que antecipa os outros)/ sobrescrever (endereçar) - subscrever (aprovar, mais
assinar)/ veicular (transmitir) - vincular (ligar) / descrição - discrição / doce salgado
onicolor - unicolor. forte fraco
 Polissemia: É a propriedade que uma mesma palavra tem de gordo magro
apresentar vários significados. Exemplos: Ele ocupa um alto posto na salga-
empresa. / Abasteci meu carro no posto da esquina. / Os convites eram de insosso
do
graça. / Os fiéis agradecem a graça recebida.
amor ódio
 Homonímia: Identidade fonética entre formas de significados e seco molhado
origem completamente distintos. Exemplos: São(Presente do verbo ser) -
grosso fino
São (santo)
duro mole
Conotação e Denotação:
doce amargo
 Conotação é o uso da palavra com um significado diferente do grande pequeno
original, criado pelo contexto. Exemplos: Você tem um coração de pedra.
sober-
humildade
 Denotação é o uso da palavra com o seu sentido original. ba
Exemplos: Pedra é um corpo duro e sólido, da natureza das rochas. louvar censurar
Sinônimo bendi-
maldizer
zer
Sinônimo é o nome que se dá à palavra que tenha significado idêntico ativo inativo
ou muito semelhante à outra. Exemplos: carro e automóvel, cão e cachorro. simpá-
O conhecimento e o uso dos sinônimos é importante para que se evitem antipático
tico
repetições desnecessárias na construção de textos, evitando que se tornem
enfadonhos. pro-
regredir
gredir
rápido lento
sair entrar

Língua Portuguesa 29 A Opção Certa Para a Sua Realização


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sozi- acompa- deferimento. concessão - diferimento. adiamento
nho nhado delatar. denunciar - dilatar. retardar, estender
descrição. representação - discrição. reserva
con-
discórdia descriminar. inocentar - discriminar. distinguir
córdia
despensa. compartimento - dispensa. desobriga
pesa- destratar. insultar - distratar. desfazer(contrato)
leve
do emergir. vir à tona - imergir. mergulhar
quente frio eminência. altura, excelência - iminência. proximidade de ocorrência
pre- emitir. lançar fora de si - imitir. fazer entrar
ausente enfestar. dobrar ao meio - infestar. assolar
sente
enformar. meter em fôrma - informar. avisar
escuro claro entender. compreender - intender. exercer vigilância
inveja admiração lenimento. suavizante - linimento. medicamento para fricções
migrar. mudar de um local para outro - emigrar. deixar um país para
morar em outro - imigrar. entrar num país vindo de outro
Homógrafo peão. que anda a pé - pião. espécie de brinquedo
Homógrafos são palavras iguais ou parecidas na escrita e diferentes na recrear. divertir - recriar. criar de novo
pronúncia. se. pronome átono, conjugação - si. espécie de brinquedo
Exemplos vadear. passar o vau - vadiar. passar vida ociosa
• rego (subst.) e rego (verbo); venoso. relativo a veias - vinoso. que produz vinho
• colher (verbo) e colher (subst.); vez. ocasião, momento - vês. verbo ver na 2ª pessoa do singular
• jogo (subst.) e jogo (verbo); DENOTAÇAO E CONOTAÇAO
• Sede: lugar e Sede: avidez;
• Seca: pôr a secar e Seca: falta de água. A denotação é a propriedade que possui uma palavra de limitar-se a
Homófono seu próprio conceito, de trazer apenas o seu significado primitivo, original.
Palavras homófonas são palavras de pronúncias iguais. Existem dois
tipos de palavras homófonas, que são: A conotação é a propriedade que possui uma palavra de ampliar-se
• Homófonas heterográficas no seu campo semântico, dentro de um contexto, podendo causar várias
• Homófonas homográficas interpretações.
Homófonas heterográficas
Como o nome já diz, são palavras homófonas (iguais na pronúncia), mas Observe os exemplos
heterográficas (diferentes na escrita). Denotação
Exemplos As estrelas do céu. Vesti-me de verde. O fogo do isqueiro.
cozer / coser;
cozido / cosido; Conotação
censo / senso As estrelas do cinema.
consertar / concertar O jardim vestiu-se de flores
conselho / concelho O fogo da paixão
paço / passo
noz / nós SENTIDO PRÓPRIO E SENTIDO FIGURADO
hera / era
ouve / houve As palavras podem ser empregadas no sentido próprio ou no sentido
voz / vós figurado:
cem / sem Construí um muro de pedra - sentido próprio
acento / assento Maria tem um coração de pedra – sentido figurado.
Homófonas homográficas A água pingava lentamente – sentido próprio.
Como o nome já diz, são palavras homófonas (iguais na pronúncia), e
homográficas (iguais na escrita). ESTRUTURA E FORMAÇÃO DAS PALAVRAS.
Exemplos
Ele janta (verbo) / A janta está pronta (substantivo); No caso,
janta é inexistente na língua portuguesa por enquanto, já que As palavras, em Língua Portuguesa, podem ser decompostas em vários
deriva do substantivo jantar, e está classificado como elementos chamados elementos mórficos ou elementos de estrutura das
neologismo. palavras.
Eu passeio pela rua (verbo) / O passeio que fizemos foi bonito
(substantivo). Exs.:
cinzeiro = cinza + eiro
Parônimo endoidecer = en + doido + ecer
Parônimo é uma palavra que apresenta sentido diferente e forma predizer = pre + dizer
semelhante a outra, que provoca, com alguma frequência, confusão. Essas
palavras apresentam grafia e pronúncia parecida, mas com significados Os principais elementos móficos são :
diferentes.
O parônimos pode ser também palavras homófonas, ou seja, a RADICAL
pronúncia de palavras parônimas pode ser a mesma.Palavras parônimas É o elemento mórfico em que está a ideia principal da palavra.
são aquelas que têm grafia e pronúncia parecida. Exs.: amarelecer = amarelo + ecer
Exemplos enterrar = en + terra + ar
Veja alguns exemplos de palavras parônimas: pronome = pro + nome
acender. verbo - ascender. subir
acento. inflexão tônica - assento. dispositivo para sentar-se PREFIXO
cartola. chapéu alto - quartola. pequena pipa É o elemento mórfico que vem antes do radical.
comprimento. extensão - cumprimento. saudação Exs.: anti - herói in - feliz
coro (cantores) - couro (pele de animal)

Língua Portuguesa 30 A Opção Certa Para a Sua Realização


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SUFIXO EMPREGO DAS CLASSES DE PALAVRAS: SUBSTANTIVO,
É o elemento mórfico que vem depois do radical. ADJETIVO, NUMERAL, PRONOME, VERBO, ADVÉRBIO, PRE-
Exs.: med - onho cear – ense POSIÇÃO, CONJUNÇÃO (CLASSIFICAÇÃO E SENTIDO QUE
IMPRIMEM ÀS RELAÇÕES ENTRE AS ORAÇÕES).
FORMAÇÃO DAS PALAVRAS
SUBSTANTIVOS
As palavras estão em constante processo de evolução, o que torna a
língua um fenômeno vivo que acompanha o homem. Por isso alguns vocá- Substantivo é a palavra variável em gênero, número e grau, que dá no-
bulos caem em desuso (arcaísmos), enquanto outros nascem (neologis- me aos seres em geral.
mos) e outros mudam de significado com o passar do tempo.
São, portanto, substantivos.
Na Língua Portuguesa, em função da estruturação e origem das pala-
a) os nomes de coisas, pessoas, animais e lugares: livro, cadeira, cachorra,
vras encontramos a seguinte divisão:
Valéria, Talita, Humberto, Paris, Roma, Descalvado.
• palavras primitivas - não derivam de outras (casa, flor) b) os nomes de ações, estados ou qualidades, tomados como seres: traba-
lho, corrida, tristeza beleza altura.
• palavras derivadas - derivam de outras (casebre, florzinha)
CLASSIFICAÇÃO DOS SUBSTANTIVOS
• palavras simples - só possuem um radical (couve, flor) a) COMUM - quando designa genericamente qualquer elemento da espécie:
rio, cidade, pais, menino, aluno
• palavras compostas - possuem mais de um radical (couve-flor,
b) PRÓPRIO - quando designa especificamente um determinado elemento.
aguardente)
Os substantivos próprios são sempre grafados com inicial maiúscula: To-
Para a formação das palavras portuguesas, é necessário o conheci- cantins, Porto Alegre, Brasil, Martini, Nair.
mento dos seguintes processos de formação: c) CONCRETO - quando designa os seres de existência real ou não, pro-
priamente ditos, tais como: coisas, pessoas, animais, lugares, etc. Verifi-
Composição - processo em que ocorre a junção de dois ou mais radi- que que é sempre possível visualizar em nossa mente o substantivo con-
cais. São dois tipos de composição. creto, mesmo que ele não possua existência real: casa, cadeira, caneta,
• justaposição: quando não ocorre a alteração fonética (girassol, fada, bruxa, saci.
sexta-feira); d) ABSTRATO - quando designa as coisas que não existem por si, isto é, só
existem em nossa consciência, como fruto de uma abstração, sendo,
• aglutinação: quando ocorre a alteração fonética, com perda de e- pois, impossível visualizá-lo como um ser. Os substantivos abstratos vão,
lementos (pernalta, de perna + alta). portanto, designar ações, estados ou qualidades, tomados como seres:
trabalho, corrida, estudo, altura, largura, beleza.
Derivação - processo em que a palavra primitiva (1º radical) sofre o a- Os substantivos abstratos, via de regra, são derivados de verbos ou adje-
créscimo de afixos. São cinco tipos de derivação. tivos
trabalhar - trabalho
• prefixal: acréscimo de prefixo à palavra primitiva (in-útil);
correr - corrida
• sufixal: acréscimo de sufixo à palavra primitiva (clara-mente); alto - altura
belo - beleza
• parassintética ou parassíntese: acréscimo simultâneo de prefixo
e sufixo, à palavra primitiva (em + lata + ado). Esse processo é responsável FORMAÇÃO DOS SUBSTANTIVOS
pela formação de verbos, de base substantiva ou adjetiva; a) PRIMITIVO: quando não provém de outra palavra existente na língua
• regressiva: redução da palavra primitiva. Nesse processo forma-se portuguesa: flor, pedra, ferro, casa, jornal.
substantivos abstratos por derivação regressiva de formas verbais (ajuda / b) DERIVADO: quando provem de outra palavra da língua portuguesa:
de ajudar); florista, pedreiro, ferreiro, casebre, jornaleiro.
c) SIMPLES: quando é formado por um só radical: água, pé, couve, ódio,
• imprópria: é a alteração da classe gramatical da palavra primitiva tempo, sol.
("o jantar" - de verbo para substantivo, "é um judas" - de substantivo próprio d) COMPOSTO: quando é formado por mais de um radical: água-de-
a comum). colônia, pé-de-moleque, couve-flor, amor-perfeito, girassol.

Além desses processos, a língua portuguesa também possui outros


processos para formação de palavras, como: COLETIVOS
Coletivo é o substantivo que, mesmo sendo singular, designa um grupo
• Hibridismo: são palavras compostas, ou derivadas, constituídas de seres da mesma espécie.
por elementos originários de línguas diferentes (automóvel e monóculo,
grego e latim / sociologia, bígamo, bicicleta, latim e grego / alcalóide, alco- Veja alguns coletivos que merecem destaque:
ômetro, árabe e grego / caiporismo: tupi e grego / bananal - africano e latino alavão - de ovelhas leiteiras
/ sambódromo - africano e grego / burocracia - francês e grego); alcateia - de lobos
álbum - de fotografias, de selos
• Onomatopeia: reprodução imitativa de sons (pingue-pingue, zun- antologia - de trechos literários escolhidos
zum, miau); armada - de navios de guerra
armento - de gado grande (búfalo, elefantes, etc)
• Abreviação vocabular: redução da palavra até o limite de sua arquipélago - de ilhas
compreensão (metrô, moto, pneu, extra, dr., obs.)
assembleia - de parlamentares, de membros de associações
• Siglas: a formação de siglas utiliza as letras iniciais de uma se- atilho - de espigas de milho
quência de palavras (Academia Brasileira de Letras - ABL). A partir de atlas - de cartas geográficas, de mapas
siglas, formam-se outras palavras também (aidético, petista) banca - de examinadores
bandeira - de garimpeiros, de exploradores de minérios
• Neologismo: nome dado ao processo de criação de novas pala- bando - de aves, de pessoal em geral
vras, ou para palavras que adquirem um novo significado. pciconcursos cabido - de cônegos
cacho - de uvas, de bananas
cáfila - de camelos

Língua Portuguesa 31 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
cambada - de ladrões, de caranguejos, de chaves forma, tanto para o masculino como para o feminino. Subdividem-se
cancioneiro - de poemas, de canções em:
caravana - de viajantes 1. Substantivos epicenos: são substantivos uniformes, que designam
cardume - de peixes animais: onça, jacaré, tigre, borboleta, foca.
clero - de sacerdotes Caso se queira fazer a distinção entre o masculino e o feminino, deve-
colmeia - de abelhas mos acrescentar as palavras macho ou fêmea: onça macho, jacaré fê-
concílio - de bispos mea
conclave - de cardeais em reunião para eleger o papa 2. Substantivos comuns de dois gêneros: são substantivos uniformes que
congregação - de professores, de religiosos designam pessoas. Neste caso, a diferença de gênero é feita pelo arti-
congresso - de parlamentares, de cientistas go, ou outro determinante qualquer: o artista, a artista, o estudante, a
conselho - de ministros estudante, este dentista.
consistório - de cardeais sob a presidência do papa 3. Substantivos sobrecomuns: são substantivos uniformes que designam
constelação - de estrelas pessoas. Neste caso, a diferença de gênero não é especificada por ar-
corja - de vadios tigos ou outros determinantes, que serão invariáveis: a criança, o côn-
elenco - de artistas juge, a pessoa, a criatura.
enxame - de abelhas Caso se queira especificar o gênero, procede-se assim:
enxoval - de roupas uma criança do sexo masculino / o cônjuge do sexo feminino.
esquadra - de navios de guerra
esquadrilha - de aviões AIguns substantivos que apresentam problema quanto ao Gênero:
falange - de soldados, de anjos
farândola - de maltrapilhos
fato - de cabras São masculinos São femininos
o anátema o grama (unidade de peso) a abusão a derme
fauna - de animais de uma região o telefonema o dó (pena, compaixão) a aluvião a omoplata
feixe - de lenha, de raios luminosos o teorema o ágape a análise a usucapião
flora - de vegetais de uma região o trema o caudal a cal a bacanal
frota - de navios mercantes, de táxis, de ônibus o edema o champanha a cataplasma a líbido
o eclipse o alvará a dinamite a sentinela
girândola - de fogos de artifício o lança-perfume o formicida a comichão a hélice
horda - de invasores, de selvagens, de bárbaros o fibroma o guaraná a aguardente
junta - de bois, médicos, de examinadores o estratagema o plasma
o proclama o clã
júri - de jurados
legião - de anjos, de soldados, de demônios
malta - de desordeiros Mudança de Gênero com mudança de sentido
manada - de bois, de elefantes Alguns substantivos, quando mudam de gênero, mudam de sentido.
matilha - de cães de caça
ninhada - de pintos Veja alguns exemplos:
nuvem - de gafanhotos, de fumaça o cabeça (o chefe, o líder) a cabeça (parte do corpo)
o capital (dinheiro, bens) a capital (cidade principal)
panapaná - de borboletas
o rádio (aparelho receptor) a rádio (estação transmissora)
pelotão - de soldados o moral (ânimo) a moral (parte da Filosofia, conclusão)
penca - de bananas, de chaves o lotação (veículo) a lotação (capacidade)
pinacoteca - de pinturas o lente (o professor) a lente (vidro de aumento)
plantel - de animais de raça, de atletas
quadrilha - de ladrões, de bandidos Plural dos Nomes Simples
ramalhete - de flores 1. Aos substantivos terminados em vogal ou ditongo acrescenta-se S: casa,
réstia - de alhos, de cebolas casas; pai, pais; imã, imãs; mãe, mães.
récua - de animais de carga 2. Os substantivos terminados em ÃO formam o plural em:
romanceiro - de poesias populares a) ÕES (a maioria deles e todos os aumentativos): balcão, balcões; coração,
resma - de papel corações; grandalhão, grandalhões.
revoada - de pássaros b) ÃES (um pequeno número): cão, cães; capitão, capitães; guardião,
súcia - de pessoas desonestas guardiães.
vara - de porcos c) ÃOS (todos os paroxítonos e um pequeno número de oxítonos): cristão,
vocabulário - de palavras cristãos; irmão, irmãos; órfão, órfãos; sótão, sótãos.

FLEXÃO DOS SUBSTANTIVOS Muitos substantivos com esta terminação apresentam mais de uma forma
Como já assinalamos, os substantivos variam de gênero, número e de plural: aldeão, aldeãos ou aldeães; charlatão, charlatões ou charlatães;
grau. ermitão, ermitãos ou ermitães; tabelião, tabeliões ou tabeliães, etc.

Gênero 3. Os substantivos terminados em M mudam o M para NS. armazém,


Em Português, o substantivo pode ser do gênero masculino ou femini- armazéns; harém, haréns; jejum, jejuns.
no: o lápis, o caderno, a borracha, a caneta. 4. Aos substantivos terminados em R, Z e N acrescenta-se-lhes ES: lar,
lares; xadrez, xadrezes; abdômen, abdomens (ou abdômenes); hífen, hí-
Podemos classificar os substantivos em: fens (ou hífenes).
a) SUBSTANTIVOS BIFORMES, são os que apresentam duas formas, uma Obs: caráter, caracteres; Lúcifer, Lúciferes; cânon, cânones.
para o masculino, outra para o feminino: 5. Os substantivos terminados em AL, EL, OL e UL o l por is: animal, ani-
aluno/aluna homem/mulher mais; papel, papéis; anzol, anzóis; paul, pauis.
menino /menina carneiro/ovelha Obs.: mal, males; real (moeda), reais; cônsul, cônsules.
Quando a mudança de gênero não é marcada pela desinência, mas 6. Os substantivos paroxítonos terminados em IL fazem o plural em: fóssil,
pela alteração do radical, o substantivo denomina-se heterônimo: fósseis; réptil, répteis.
padrinho/madrinha bode/cabra Os substantivos oxítonos terminados em IL mudam o l para S: barril, bar-
cavaleiro/amazona pai/mãe ris; fuzil, fuzis; projétil, projéteis.
7. Os substantivos terminados em S são invariáveis, quando paroxítonos: o
b) SUBSTANTIVOS UNIFORMES: são os que apresentam uma única pires, os pires; o lápis, os lápis. Quando oxítonas ou monossílabos tôni-
cos, junta-se-lhes ES, retira-se o acento gráfico, português, portugueses;

Língua Portuguesa 32 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
burguês, burgueses; mês, meses; ás, ases. amarelo-ouro, paredes azul-piscina.
São invariáveis: o cais, os cais; o xis, os xis. São invariáveis, também, os 2) No adjetivo composto surdo-mudo, os dois elementos variam: sur-
substantivos terminados em X com valor de KS: o tórax, os tórax; o ônix, dos-mudos > surdas-mudas.
os ônix. 3) O composto azul-marinho é invariável: gravatas azul-marinho.
8. Os diminutivos em ZINHO e ZITO fazem o plural flexionando-se o subs-
tantivo primitivo e o sufixo, suprimindo-se, porém, o S do substantivo pri- Graus do substantivo
mitivo: coração, coraçõezinhos; papelzinho, papeizinhos; cãozinho, cãezi-
Dois são os graus do substantivo - o aumentativo e o diminutivo, os quais
tos.
podem ser: sintéticos ou analíticos.
Substantivos só usados no plural
afazeres anais Analítico
arredores belas-artes Utiliza-se um adjetivo que indique o aumento ou a diminuição do tama-
cãs condolências nho: boca pequena, prédio imenso, livro grande.
confins exéquias
férias fezes Sintético
núpcias óculos Constrói-se com o auxílio de sufixos nominais aqui apresentados.
olheiras pêsames
viveres copas, espadas, ouros e paus (naipes)
Principais sufixos aumentativos
AÇA, AÇO, ALHÃO, ANZIL, ÃO, ARÉU, ARRA, ARRÃO, ASTRO, ÁZIO,
Plural dos Nomes Compostos ORRA, AZ, UÇA. Ex.: A barcaça, ricaço, grandalhão, corpanzil, caldeirão,
povaréu, bocarra, homenzarrão, poetastro, copázio, cabeçorra, lobaz, dentu-
1. Somente o último elemento varia: ça.
a) nos compostos grafados sem hífen: aguardente, aguardentes; clara-
boia, claraboias; malmequer, malmequeres; vaivém, vaivéns; Principais Sufixos Diminutivos
b) nos compostos com os prefixos grão, grã e bel: grão-mestre, grão- ACHO, CHULO, EBRE, ECO, EJO, ELA, ETE, ETO, ICO, TIM, ZINHO,
mestres; grã-cruz, grã-cruzes; bel-prazer, bel-prazeres; ISCO, ITO, OLA, OTE, UCHO, ULO, ÚNCULO, ULA, USCO. Exs.: lobacho,
c) nos compostos de verbo ou palavra invariável seguida de substantivo montículo, casebre, livresco, arejo, viela, vagonete, poemeto, burrico, flautim,
ou adjetivo: beija-flor, beija-flores; quebra-sol, quebra-sóis; guarda- pratinho, florzinha, chuvisco, rapazito, bandeirola, saiote, papelucho, glóbulo,
comida, guarda-comidas; vice-reitor, vice-reitores; sempre-viva, sem- homúncula, apícula, velhusco.
pre-vivas. Nos compostos de palavras repetidas mela-mela, mela-
melas; recoreco, recorecos; tique-tique, tique-tiques) Observações:
• Alguns aumentativos e diminutivos, em determinados contextos, adqui-
2. Somente o primeiro elemento é flexionado:
rem valor pejorativo: medicastro, poetastro, velhusco, mulherzinha, etc.
a) nos compostos ligados por preposição: copo-de-leite, copos-de-leite;
Outros associam o valor aumentativo ao coletivo: povaréu, fogaréu, etc.
pinho-de-riga, pinhos-de-riga; pé-de-meia, pés-de-meia; burro-sem-
• É usual o emprego dos sufixos diminutivos dando às palavras valor afe-
rabo, burros-sem-rabo;
tivo: Joãozinho, amorzinho, etc.
b) nos compostos de dois substantivos, o segundo indicando finalidade
• Há casos em que o sufixo aumentativo ou diminutivo é meramente for-
ou limitando a significação do primeiro: pombo-correio, pombos-
mal, pois não dão à palavra nenhum daqueles dois sentidos: cartaz,
correio; navio-escola, navios-escola; peixe-espada, peixes-espada;
ferrão, papelão, cartão, folhinha, etc.
banana-maçã, bananas-maçã.
• Muitos adjetivos flexionam-se para indicar os graus aumentativo e di-
A tendência moderna é de pluralizar os dois elementos: pombos-
minutivo, quase sempre de maneira afetiva: bonitinho, grandinho, bon-
correios, homens-rãs, navios-escolas, etc.
zinho, pequenito.
3. Ambos os elementos são flexionados:
Apresentamos alguns substantivos heterônimos ou desconexos. Em lu-
a) nos compostos de substantivo + substantivo: couve-flor, couves-
gar de indicarem o gênero pela flexão ou pelo artigo, apresentam radicais
flores; redator-chefe, redatores-chefes; carta-compromisso, cartas-
diferentes para designar o sexo:
compromissos.
bode - cabra genro - nora
b) nos compostos de substantivo + adjetivo (ou vice-versa): amor-
burro - besta padre - madre
perfeito, amores-perfeitos; gentil-homem, gentis-homens; cara-pálida,
carneiro - ovelha padrasto - madrasta
caras-pálidas.
cão - cadela padrinho - madrinha
cavalheiro - dama pai - mãe
São invariáveis:
compadre - comadre veado - cerva
a) os compostos de verbo + advérbio: o fala-pouco, os fala-pouco; o pi-
frade - freira zangão - abelha
sa-mansinho, os pisa-mansinho; o cola-tudo, os cola-tudo;
frei – soror etc.
b) as expressões substantivas: o chove-não-molha, os chove-não-
molha; o não-bebe-nem-desocupa-o-copo, os não-bebe-nem-
desocupa-o-copo; ADJETIVOS
c) os compostos de verbos antônimos: o leva-e-traz, os leva-e-traz; o
perde-ganha, os perde-ganha. FLEXÃO DOS ADJETIVOS
Obs: Alguns compostos admitem mais de um plural, como é o caso
por exemplo, de: fruta-pão, fruta-pães ou frutas-pães; guarda- Gênero
marinha, guarda-marinhas ou guardas-marinhas; padre-nosso, pa- Quanto ao gênero, o adjetivo pode ser:
dres-nossos ou padre-nossos; salvo-conduto, salvos-condutos ou a) Uniforme: quando apresenta uma única forma para os dois gêne-
salvo-condutos; xeque-mate, xeques-mates ou xeques-mate. ros: homem inteligente - mulher inteligente; homem simples - mu-
lher simples; aluno feliz - aluna feliz.
Adjetivos Compostos b) Biforme: quando apresenta duas formas: uma para o masculino, ou-
Nos adjetivos compostos, apenas o último elemento se flexiona. tra para o feminino: homem simpático / mulher simpática / homem
Ex.:histórico-geográfico, histórico-geográficos; latino-americanos, latino- alto / mulher alta / aluno estudioso / aluna estudiosa
americanos; cívico-militar, cívico-militares.
1) Os adjetivos compostos referentes a cores são invariáveis, quando o Observação: no que se refere ao gênero, a flexão dos adjetivos é se-
segundo elemento é um substantivo: lentes verde-garrafa, tecidos melhante a dos substantivos.

Língua Portuguesa 33 A Opção Certa Para a Sua Realização


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muito trabalhador, excessivamente frágil, etc.
Número - Sintético: expresso por uma só palavra (adjetivo + sufixo) – anti-
a) Adjetivo simples quíssimo: cristianíssimo, sapientíssimo, etc.
Os adjetivos simples formam o plural da mesma maneira que os
substantivos simples: Os adjetivos: bom, mau, grande e pequeno possuem, para o compara-
pessoa honesta pessoas honestas tivo e o superlativo, as seguintes formas especiais:
regra fácil regras fáceis NORMAL COM. SUP. SUPERLATIVO
homem feliz homens felizes ABSOLUTO
Observação: os substantivos empregados como adjetivos ficam in- RELATIVO
variáveis: bom melhor ótimo
blusa vinho blusas vinho melhor
camisa rosa camisas rosa mau pior péssimo
b) Adjetivos compostos pior
Como regra geral, nos adjetivos compostos somente o último ele- grande maior máximo
mento varia, tanto em gênero quanto em número: maior
acordos sócio-político-econômico pequeno menor mínimo
acordos sócio-político-econômicos menor
causa sócio-político-econômica
causas sócio-político-econômicas
acordo luso-franco-brasileiro Eis, para consulta, alguns superlativos absolutos sintéticos:
acordo luso-franco-brasileiros acre - acérrimo ágil - agílimo
lente côncavo-convexa agradável - agradabilíssimo agudo - acutíssimo
lentes côncavo-convexas amargo - amaríssimo amável - amabilíssimo
camisa verde-clara amigo - amicíssimo antigo - antiquíssimo
camisas verde-claras áspero - aspérrimo atroz - atrocíssimo
sapato marrom-escuro audaz - audacíssimo benéfico - beneficentíssimo
sapatos marrom-escuros
benévolo - benevolentíssimo capaz - capacíssimo
Observações:
1) Se o último elemento for substantivo, o adjetivo composto fica invariável: célebre - celebérrimo cristão - cristianíssimo
camisa verde-abacate camisas verde-abacate cruel - crudelíssimo doce - dulcíssimo
sapato marrom-café sapatos marrom-café eficaz - eficacíssimo feroz - ferocíssimo
blusa amarelo-ouro blusas amarelo-ouro fiel - fidelíssimo frágil - fragilíssimo
2) Os adjetivos compostos azul-marinho e azul-celeste ficam invariáveis: frio - frigidíssimo humilde - humílimo (humildíssimo)
blusa azul-marinho blusas azul-marinho incrível - incredibilíssimo inimigo - inimicíssimo
camisa azul-celeste camisas azul-celeste íntegro - integérrimo jovem - juveníssimo
3) No adjetivo composto (como já vimos) surdo-mudo, ambos os elementos
livre - libérrimo magnífico - magnificentíssimo
variam:
menino surdo-mudo meninos surdos-mudos magro - macérrimo maléfico - maleficentíssimo
menina surda-muda meninas surdas-mudas manso - mansuetíssimo miúdo - minutíssimo
negro - nigérrimo (negríssimo) nobre - nobilíssimo
Graus do Adjetivo pessoal - personalíssimo pobre - paupérrimo (pobríssimo)
possível - possibilíssimo preguiçoso - pigérrimo
As variações de intensidade significativa dos adjetivos podem ser ex-
próspero - prospérrimo provável - probabilíssimo
pressas em dois graus:
público - publicíssimo pudico - pudicíssimo
- o comparativo
sábio - sapientíssimo sagrado - sacratíssimo
- o superlativo
salubre - salubérrimo sensível - sensibilíssimo
simples – simplicíssimo tenro - tenerissimo
Comparativo terrível - terribilíssimo tétrico - tetérrimo
Ao compararmos a qualidade de um ser com a de outro, ou com uma velho - vetérrimo visível - visibilíssimo
outra qualidade que o próprio ser possui, podemos concluir que ela é igual, voraz - voracíssimo vulnerável - vuInerabilíssimo
superior ou inferior. Daí os três tipos de comparativo:
- Comparativo de igualdade: Adjetivos Gentílicos e Pátrios
O espelho é tão valioso como (ou quanto) o vitral. Argélia – argelino Bagdá - bagdali
Pedro é tão saudável como (ou quanto) inteligente. Bizâncio - bizantino Bogotá - bogotano
- Comparativo de superioridade: Bóston - bostoniano Braga - bracarense
O aço é mais resistente que (ou do que) o ferro. Bragança - bragantino Brasília - brasiliense
Este automóvel é mais confortável que (ou do que) econômico. Bucareste - bucarestino, - Buenos Aires - portenho, buenairense
- Comparativo de inferioridade: bucarestense Campos - campista
A prata é menos valiosa que (ou do que) o ouro. Cairo - cairota Caracas - caraquenho
Este automóvel é menos econômico que (ou do que) confortável. Canaã - cananeu Ceilão - cingalês
Catalunha - catalão Chipre - cipriota
Ao expressarmos uma qualidade no seu mais elevado grau de intensi- Chicago - chicaguense Córdova - cordovês
dade, usamos o superlativo, que pode ser absoluto ou relativo: Coimbra - coimbrão, conim- Creta - cretense
- Superlativo absoluto bricense Cuiabá - cuiabano
Neste caso não comparamos a qualidade com a de outro ser: Córsega - corso EI Salvador - salvadorenho
Esta cidade é poluidíssima. Croácia - croata Espírito Santo - espírito-santense,
Esta cidade é muito poluída. Egito - egípcio capixaba
- Superlativo relativo Equador - equatoriano Évora - eborense
Consideramos o elevado grau de uma qualidade, relacionando-a a Filipinas - filipino Finlândia - finlandês
outros seres: Florianópolis - florianopolitano Formosa - formosano
Este rio é o mais poluído de todos. Fortaleza - fortalezense Foz do lguaçu - iguaçuense
Este rio é o menos poluído de todos. Gabão - gabonês Galiza - galego
Genebra - genebrino Gibraltar - gibraltarino
Observe que o superlativo absoluto pode ser sintético ou analítico: Goiânia - goianense Granada - granadino
- Analítico: expresso com o auxílio de um advérbio de intensidade - Groenlândia - groenlandês Guatemala - guatemalteco

Língua Portuguesa 34 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
Guiné - guinéu, guineense Haiti - haitiano Eles sairam (eles)
Himalaia - himalaico Honduras - hondurenho Convidei-o (o)
Hungria - húngaro, magiar Ilhéus - ilheense Convidei-os (os)
Iraque - iraquiano Jerusalém - hierosolimita
João Pessoa - pessoense Juiz de Fora - juiz-forense Os pronomes pessoais são os seguintes:
La Paz - pacense, pacenho Lima - limenho
Macapá - macapaense Macau - macaense NÚMERO PESSOA CASO RETO CASO OBLÍQUO
Maceió - maceioense Madagáscar - malgaxe singular 1ª eu me, mim, comigo
Madri - madrileno Manaus - manauense 2ª tu te, ti, contigo
Marajó - marajoara Minho - minhoto 3ª ele, ela se, si, consigo, o, a, lhe
Moçambique - moçambicano Mônaco - monegasco plural 1ª nós nós, conosco
Montevidéu - montevideano Natal - natalense 2ª vós vós, convosco
3ª eles, elas se, si, consigo, os, as, lhes
Normândia - normando Nova lguaçu - iguaçuano
Pequim - pequinês Pisa - pisano
Porto - portuense Póvoa do Varzim - poveiro PRONOMES DE TRATAMENTO
Quito - quitenho Rio de Janeiro (Est.) - fluminense Na categoria dos pronomes pessoais, incluem-se os pronomes de tra-
Santiago - santiaguense Rio de Janeiro (cid.) - carioca tamento. Referem-se à pessoa a quem se fala, embora a concordância
São Paulo (Est.) - paulista Rio Grande do Norte - potiguar deva ser feita com a terceira pessoa. Convém notar que, exceção feita a
São Paulo (cid.) - paulistano Salvador – salvadorenho, soteropolitano você, esses pronomes são empregados no tratamento cerimonioso.
Terra do Fogo - fueguino Toledo - toledano
Três Corações - tricordiano Rio Grande do Sul - gaúcho Veja, a seguir, alguns desses pronomes:
Tripoli - tripolitano Varsóvia - varsoviano PRONOME ABREV. EMPREGO
Veneza - veneziano Vitória - vitoriense Vossa Alteza V. A. príncipes, duques
Vossa Eminência V .Ema cardeais
Vossa Excelência V.Exa altas autoridades em geral Vossa
Locuções Adjetivas
Magnificência V. Mag a reitores de universidades
As expressões de valor adjetivo, formadas de preposições mais subs- Vossa Reverendíssima V. Revma sacerdotes em geral
tantivos, chamam-se LOCUÇÕES ADJETIVAS. Estas, geralmente, podem Vossa Santidade V.S. papas
ser substituídas por um adjetivo correspondente. Vossa Senhoria V.Sa funcionários graduados
Vossa Majestade V.M. reis, imperadores
PRONOMES
São também pronomes de tratamento: o senhor, a senhora, você, vo-
cês.
Pronome é a palavra variável em gênero, número e pessoa, que repre-
senta ou acompanha o substantivo, indicando-o como pessoa do discurso.
Quando o pronome representa o substantivo, dizemos tratar-se de pronome
EMPREGO DOS PRONOMES PESSOAIS
substantivo. 1. Os pronomes pessoais do caso reto (EU, TU, ELE/ELA, NÓS, VÓS,
• Ele chegou. (ele) ELES/ELAS) devem ser empregados na função sintática de sujeito.
• Convidei-o. (o) Considera-se errado seu emprego como complemento:
Convidaram ELE para a festa (errado)
Quando o pronome vem determinando o substantivo, restringindo a ex- Receberam NÓS com atenção (errado)
tensão de seu significado, dizemos tratar-se de pronome adjetivo. EU cheguei atrasado (certo)
• Esta casa é antiga. (esta) ELE compareceu à festa (certo)
• Meu livro é antigo. (meu) 2. Na função de complemento, usam-se os pronomes oblíquos e não os
pronomes retos:
Classificação dos Pronomes Convidei ELE (errado)
Há, em Português, seis espécies de pronomes: Chamaram NÓS (errado)
• pessoais: eu, tu, ele/ela, nós, vós, eles/elas e as formas oblíquas Convidei-o. (certo)
de tratamento: Chamaram-NOS. (certo)
• possessivos: meu, teu, seu, nosso, vosso, seu e flexões; 3. Os pronomes retos (exceto EU e TU), quando antecipados de preposi-
• demonstrativos: este, esse, aquele e flexões; isto, isso, aquilo; ção, passam a funcionar como oblíquos. Neste caso, considera-se cor-
• relativos: o qual, cujo, quanto e flexões; que, quem, onde; reto seu emprego como complemento:
• indefinidos: algum, nenhum, todo, outro, muito, certo, pouco, vá- Informaram a ELE os reais motivos.
rios, tanto quanto, qualquer e flexões; alguém, ninguém, tudo, ou- Emprestaram a NÓS os livros.
trem, nada, cada, algo. Eles gostam muito de NÓS.
• interrogativos: que, quem, qual, quanto, empregados em frases in- 4. As formas EU e TU só podem funcionar como sujeito. Considera-se
terrogativas. errado seu emprego como complemento:
Nunca houve desentendimento entre eu e tu. (errado)
PRONOMES PESSOAIS Nunca houve desentendimento entre mim e ti. (certo)
Pronomes pessoais são aqueles que representam as pessoas do dis-
curso: Como regra prática, podemos propor o seguinte: quando precedidas de
1ª pessoa: quem fala, o emissor. preposição, não se usam as formas retas EU e TU, mas as formas oblíquas
Eu sai (eu) MIM e TI:
Nós saímos (nós) Ninguém irá sem EU. (errado)
Convidaram-me (me) Nunca houve discussões entre EU e TU. (errado)
Convidaram-nos (nós) Ninguém irá sem MIM. (certo)
2ª pessoa: com quem se fala, o receptor. Nunca houve discussões entre MIM e TI. (certo)
Tu saíste (tu)
Vós saístes (vós) Há, no entanto, um caso em que se empregam as formas retas EU e
Convidaram-te (te) TU mesmo precedidas por preposição: quando essas formas funcionam
Convidaram-vos (vós) como sujeito de um verbo no infinitivo.
3ª pessoa: de que ou de quem se fala, o referente. Deram o livro para EU ler (ler: sujeito)
Ele saiu (ele) Deram o livro para TU leres (leres: sujeito)

Língua Portuguesa 35 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
Verifique que, neste caso, o emprego das formas retas EU e TU é obri-
gatório, na medida em que tais pronomes exercem a função sintática de Nesses casos, a repetição do pronome oblíquo não constitui pleonas-
sujeito. mo vicioso e sim ênfase.
5. Os pronomes oblíquos SE, SI, CONSIGO devem ser empregados
somente como reflexivos. Considera-se errada qualquer construção em 11. Muitas vezes os pronomes oblíquos equivalem a pronomes possessivo,
que os referidos pronomes não sejam reflexivos: exercendo função sintática de adjunto adnominal:
Querida, gosto muito de SI. (errado) Roubaram-me o livro = Roubaram meu livro.
Preciso muito falar CONSIGO. (errado) Não escutei-lhe os conselhos = Não escutei os seus conselhos.
Querida, gosto muito de você. (certo)
Preciso muito falar com você. (certo) 12. As formas plurais NÓS e VÓS podem ser empregadas para representar
uma única pessoa (singular), adquirindo valor cerimonioso ou de mo-
Observe que nos exemplos que seguem não há erro algum, pois os déstia:
pronomes SE, SI, CONSIGO, foram empregados como reflexivos: Nós - disse o prefeito - procuramos resolver o problema das enchentes.
Ele feriu-se Vós sois minha salvação, meu Deus!
Cada um faça por si mesmo a redação
O professor trouxe as provas consigo 13. Os pronomes de tratamento devem vir precedidos de VOSSA, quando
nos dirigimos à pessoa representada pelo pronome, e por SUA, quando
6. Os pronomes oblíquos CONOSCO e CONVOSCO são utilizados falamos dessa pessoa:
normalmente em sua forma sintética. Caso haja palavra de reforço, tais Ao encontrar o governador, perguntou-lhe:
pronomes devem ser substituídos pela forma analítica: Vossa Excelência já aprovou os projetos?
Queriam falar conosco = Queriam falar com nós dois Sua Excelência, o governador, deverá estar presente na inauguração.
Queriam conversar convosco = Queriam conversar com vós próprios.
14. VOCÊ e os demais pronomes de tratamento (VOSSA MAJESTADE,
7. Os pronomes oblíquos podem aparecer combinados entre si. As com- VOSSA ALTEZA) embora se refiram à pessoa com quem falamos (2ª
binações possíveis são as seguintes: pessoa, portanto), do ponto de vista gramatical, comportam-se como
me+o=mo me + os = mos pronomes de terceira pessoa:
te+o=to te + os = tos Você trouxe seus documentos?
lhe+o=lho lhe + os = lhos Vossa Excelência não precisa incomodar-se com seus problemas.
nos + o = no-lo nos + os = no-los
vos + o = vo-lo vos + os = vo-los COLOCAÇÃO DE PRONOMES
lhes + o = lho lhes + os = lhos Em relação ao verbo, os pronomes átonos (ME, TE, SE, LHE, O, A,
NÓS, VÓS, LHES, OS, AS) podem ocupar três posições:
A combinação também é possível com os pronomes oblíquos femininos 1. Antes do verbo - próclise
a, as. Eu te observo há dias.
me+a=ma me + as = mas 2. Depois do verbo - ênclise
te+a=ta te + as = tas Observo-te há dias.
- Você pagou o livro ao livreiro? 3. No interior do verbo - mesóclise
- Sim, paguei-LHO. Observar-te-ei sempre.

Verifique que a forma combinada LHO resulta da fusão de LHE (que Ênclise
representa o livreiro) com O (que representa o livro).
Na linguagem culta, a colocação que pode ser considerada normal é a
ênclise: o pronome depois do verbo, funcionando como seu complemento
8. As formas oblíquas O, A, OS, AS são sempre empregadas como
direto ou indireto.
complemento de verbos transitivos diretos, ao passo que as formas
O pai esperava-o na estação agitada.
LHE, LHES são empregadas como complemento de verbos transitivos
Expliquei-lhe o motivo das férias.
indiretos:
O menino convidou-a. (V.T.D )
Ainda na linguagem culta, em escritos formais e de estilo cuidadoso, a
O filho obedece-lhe. (V.T. l )
ênclise é a colocação recomendada nos seguintes casos:
1. Quando o verbo iniciar a oração:
Consideram-se erradas construções em que o pronome O (e flexões)
Voltei-me em seguida para o céu límpido.
aparece como complemento de verbos transitivos indiretos, assim como as
2. Quando o verbo iniciar a oração principal precedida de pausa:
construções em que o nome LHE (LHES) aparece como complemento de
Como eu achasse muito breve, explicou-se.
verbos transitivos diretos:
3. Com o imperativo afirmativo:
Eu lhe vi ontem. (errado)
Companheiros, escutai-me.
Nunca o obedeci. (errado)
4. Com o infinitivo impessoal:
Eu o vi ontem. (certo)
A menina não entendera que engorda-las seria apressar-lhes um
Nunca lhe obedeci. (certo)
destino na mesa.
5. Com o gerúndio, não precedido da preposição EM:
9. Há pouquíssimos casos em que o pronome oblíquo pode funcionar
E saltou, chamando-me pelo nome, conversou comigo.
como sujeito. Isto ocorre com os verbos: deixar, fazer, ouvir, mandar,
6. Com o verbo que inicia a coordenada assindética.
sentir, ver, seguidos de infinitivo. O nome oblíquo será sujeito desse in-
A velha amiga trouxe um lenço, pediu-me uma pequena moeda de meio
finitivo:
franco.
Deixei-o sair.
Vi-o chegar.
Próclise
Sofia deixou-se estar à janela.
Na linguagem culta, a próclise é recomendada:
1. Quando o verbo estiver precedido de pronomes relativos, indefinidos,
É fácil perceber a função do sujeito dos pronomes oblíquos, desenvol-
interrogativos e conjunções.
vendo as orações reduzidas de infinitivo:
As crianças que me serviram durante anos eram bichos.
Deixei-o sair = Deixei que ele saísse.
Tudo me parecia que ia ser comida de avião.
10. Não se considera errada a repetição de pronomes oblíquos:
Quem lhe ensinou esses modos?
A mim, ninguém me engana.
Quem os ouvia, não os amou.
A ti tocou-te a máquina mercante.
Que lhes importa a eles a recompensa?

Língua Portuguesa 36 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
Emília tinha quatorze anos quando a vi pela primeira vez. Eles batizaram com o nome delas as águas deste rio.
2. Nas orações optativas (que exprimem desejo):
Papai do céu o abençoe. Os possessivos devem ser usados com critério. Substituí-los pelos pro-
A terra lhes seja leve. nomes oblíquos comunica á frase desenvoltura e elegância.
3. Com o gerúndio precedido da preposição EM: Crispim Soares beijou-lhes as mãos agradecido (em vez de: beijou as
Em se animando, começa a contagiar-nos. suas mãos).
Bromil era o suco em se tratando de combater a tosse. Não me respeitava a adolescência.
4. Com advérbios pronunciados juntamente com o verbo, sem que haja A repulsa estampava-se-lhe nos músculos da face.
pausa entre eles. O vento vindo do mar acariciava-lhe os cabelos.
Aquela voz sempre lhe comunicava vida nova.
Antes, falava-se tão-somente na aguardente da terra. Além da ideia de posse, podem ainda os pronomes exprimir:
1. Cálculo aproximado, estimativa:
Mesóclise Ele poderá ter seus quarenta e cinco anos
Usa-se o pronome no interior das formas verbais do futuro do presente 2. Familiaridade ou ironia, aludindo-se á personagem de uma história
e do futuro do pretérito do indicativo, desde que estes verbos não estejam O nosso homem não se deu por vencido.
precedidos de palavras que reclamem a próclise. Chama-se Falcão o meu homem
Lembrar-me-ei de alguns belos dias em Paris. 3. O mesmo que os indefinidos certo, algum
Dir-se-ia vir do oco da terra. Eu cá tenho minhas dúvidas
Cornélio teve suas horas amargas
Mas: 4. Afetividade, cortesia
Não me lembrarei de alguns belos dias em Paris. Como vai, meu menino?
Jamais se diria vir do oco da terra. Não os culpo, minha boa senhora, não os culpo
Com essas formas verbais a ênclise é inadmissível:
Lembrarei-me (!?) No plural usam-se os possessivos substantivados no sentido de paren-
Diria-se (!?) tes de família.
É assim que um moço deve zelar o nome dos seus?
Podem os possessivos ser modificados por um advérbio de intensida-
O Pronome Átono nas Locuções Verbais
de.
1. Auxiliar + infinitivo ou gerúndio - o pronome pode vir proclítico ou
Levaria a mão ao colar de pérolas, com aquele gesto tão seu, quando
enclítico ao auxiliar, ou depois do verbo principal.
não sabia o que dizer.
Podemos contar-lhe o ocorrido.
Podemos-lhe contar o ocorrido.
Não lhes podemos contar o ocorrido. PRONOMES DEMONSTRATIVOS
O menino foi-se descontraindo. São aqueles que determinam, no tempo ou no espaço, a posição da
O menino foi descontraindo-se. coisa designada em relação à pessoa gramatical.
O menino não se foi descontraindo.
2. Auxiliar + particípio passado - o pronome deve vir enclítico ou proclítico Quando digo “este livro”, estou afirmando que o livro se encontra perto
ao auxiliar, mas nunca enclítico ao particípio. de mim a pessoa que fala. Por outro lado, “esse livro” indica que o livro está
"Outro mérito do positivismo em relação a mim foi ter-me levado a Des- longe da pessoa que fala e próximo da que ouve; “aquele livro” indica que o
cartes ." livro está longe de ambas as pessoas.
Tenho-me levantado cedo.
Não me tenho levantado cedo. Os pronomes demonstrativos são estes:
ESTE (e variações), isto = 1ª pessoa
O uso do pronome átono solto entre o auxiliar e o infinitivo, ou entre o ESSE (e variações), isso = 2ª pessoa
auxiliar e o gerúndio, já está generalizado, mesmo na linguagem culta. AQUELE (e variações), próprio (e variações)
Outro aspecto evidente, sobretudo na linguagem coloquial e popular, é o da MESMO (e variações), próprio (e variações)
colocação do pronome no início da oração, o que se deve evitar na lingua- SEMELHANTE (e variação), tal (e variação)
gem escrita.
Emprego dos Demonstrativos
PRONOMES POSSESSIVOS 1. ESTE (e variações) e ISTO usam-se:
Os pronomes possessivos referem-se às pessoas do discurso, atribu- a) Para indicar o que está próximo ou junto da 1ª pessoa (aquela que
indo-lhes a posse de alguma coisa. fala).
Este documento que tenho nas mãos não é meu.
Quando digo, por exemplo, “meu livro”, a palavra “meu” informa que o Isto que carregamos pesa 5 kg.
livro pertence a 1ª pessoa (eu) b) Para indicar o que está em nós ou o que nos abrange fisicamente:
Este coração não pode me trair.
Eis as formas dos pronomes possessivos: Esta alma não traz pecados.
1ª pessoa singular: MEU, MINHA, MEUS, MINHAS. Tudo se fez por este país..
2ª pessoa singular: TEU, TUA, TEUS, TUAS. c) Para indicar o momento em que falamos:
3ª pessoa singular: SEU, SUA, SEUS, SUAS. Neste instante estou tranquilo.
1ª pessoa plural: NOSSO, NOSSA, NOSSOS, NOSSAS. Deste minuto em diante vou modificar-me.
2ª pessoa plural: VOSSO, VOSSA, VOSSOS, VOSSAS. d) Para indicar tempo vindouro ou mesmo passado, mas próximo do
3ª pessoa plural: SEU, SUA, SEUS, SUAS. momento em que falamos:
Esta noite (= a noite vindoura) vou a um baile.
Os possessivos SEU(S), SUA(S) tanto podem referir-se à 3ª pessoa Esta noite (= a noite que passou) não dormi bem.
(seu pai = o pai dele), como à 2ª pessoa do discurso (seu pai = o pai de Um dia destes estive em Porto Alegre.
você). e) Para indicar que o período de tempo é mais ou menos extenso e no
qual se inclui o momento em que falamos:
Por isso, toda vez que os ditos possessivos derem margem a ambigui- Nesta semana não choveu.
dade, devem ser substituídos pelas expressões dele(s), dela(s). Neste mês a inflação foi maior.
Ex.:Você bem sabe que eu não sigo a opinião dele. Este ano será bom para nós.
A opinião dela era que Camilo devia tornar à casa deles. Este século terminará breve.

Língua Portuguesa 37 A Opção Certa Para a Sua Realização


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f) Para indicar aquilo de que estamos tratando: Que tal minha filha? Que tais minhas filhas? e quando correlativo DE QUAL
Este assunto já foi discutido ontem. ou OUTRO TAL:
Tudo isto que estou dizendo já é velho. Suas manias eram tais quais as minhas.
g) Para indicar aquilo que vamos mencionar: A mãe era tal quais as filhas.
Só posso lhe dizer isto: nada somos. Os filhos são tais qual o pai.
Os tipos de artigo são estes: definidos e indefinidos. Tal pai, tal filho.
2. ESSE (e variações) e ISSO usam-se: É pronome substantivo em frases como:
a) Para indicar o que está próximo ou junto da 2ª pessoa (aquela com Não encontrarei tal (= tal coisa).
quem se fala): Não creio em tal (= tal coisa)
Esse documento que tens na mão é teu?
Isso que carregas pesa 5 kg. PRONOMES RELATIVOS
b) Para indicar o que está na 2ª pessoa ou que a abrange fisicamente: Veja este exemplo:
Esse teu coração me traiu. Armando comprou a casa QUE lhe convinha.
Essa alma traz inúmeros pecados.
Quantos vivem nesse pais? A palavra que representa o nome casa, relacionando-se com o termo
c) Para indicar o que se encontra distante de nós, ou aquilo de que dese- casa é um pronome relativo.
jamos distância:
O povo já não confia nesses políticos. PRONOMES RELATIVOS são palavras que representam nomes já re-
Não quero mais pensar nisso. feridos, com os quais estão relacionados. Daí denominarem-se relativos.
d) Para indicar aquilo que já foi mencionado pela 2ª pessoa: A palavra que o pronome relativo representa chama-se antecedente.
Nessa tua pergunta muita matreirice se esconde. No exemplo dado, o antecedente é casa.
O que você quer dizer com isso? Outros exemplos de pronomes relativos:
e) Para indicar tempo passado, não muito próximo do momento em que Sejamos gratos a Deus, a quem tudo devemos.
falamos: O lugar onde paramos era deserto.
Um dia desses estive em Porto Alegre. Traga tudo quanto lhe pertence.
Comi naquele restaurante dia desses. Leve tantos ingressos quantos quiser.
f) Para indicar aquilo que já mencionamos: Posso saber o motivo por que (ou pelo qual) desistiu do concurso?
Fugir aos problemas? Isso não é do meu feitio.
Ainda hei de conseguir o que desejo, e esse dia não está muito distan- Eis o quadro dos pronomes relativos:
te.
3. AQUELE (e variações) e AQUILO usam-se: VARIÁVEIS INVARIÁVEIS
a) Para indicar o que está longe das duas primeiras pessoas e refere-se á
Masculino Feminino
3ª.
o qual a qual quem
Aquele documento que lá está é teu?
os quais as quais
Aquilo que eles carregam pesa 5 kg.
cujo cujos cuja cujas que
b) Para indicar tempo passado mais ou menos distante.
quanto quanta quantas onde
Naquele instante estava preocupado.
quantos
Daquele instante em diante modifiquei-me.
Usamos, ainda, aquela semana, aquele mês, aquele ano, aquele
Observações:
século, para exprimir que o tempo já decorreu.
1. O pronome relativo QUEM só se aplica a pessoas, tem antecedente,
4. Quando se faz referência a duas pessoas ou coisas já mencionadas,
vem sempre antecedido de preposição, e equivale a O QUAL.
usa-se este (ou variações) para a última pessoa ou coisa e aquele (ou
O médico de quem falo é meu conterrâneo.
variações) para a primeira:
2. Os pronomes CUJO, CUJA significam do qual, da qual, e precedem
Ao conversar com lsabel e Luís, notei que este se encontrava nervoso
sempre um substantivo sem artigo.
e aquela tranquila.
Qual será o animal cujo nome a autora não quis revelar?
5. Os pronomes demonstrativos, quando regidos pela preposição DE,
3. QUANTO(s) e QUANTA(s) são pronomes relativos quando precedidos
pospostos a substantivos, usam-se apenas no plural:
de um dos pronomes indefinidos tudo, tanto(s), tanta(s), todos, todas.
Você teria coragem de proferir um palavrão desses, Rose?
Tenho tudo quanto quero.
Com um frio destes não se pode sair de casa.
Leve tantos quantos precisar.
Nunca vi uma coisa daquelas.
Nenhum ovo, de todos quantos levei, se quebrou.
6. MESMO e PRÓPRIO variam em gênero e número quando têm caráter
4. ONDE, como pronome relativo, tem sempre antecedente e equivale a
reforçativo:
EM QUE.
Zilma mesma (ou própria) costura seus vestidos.
Luís e Luísa mesmos (ou próprios) arrumam suas camas. A casa onde (= em que) moro foi de meu avô.
7. O (e variações) é pronome demonstrativo quando equivale a AQUILO,
ISSO ou AQUELE (e variações). PRONOMES INDEFINIDOS
Nem tudo (aquilo) que reluz é ouro. Estes pronomes se referem à 3ª pessoa do discurso, designando-a de
O (aquele) que tem muitos vícios tem muitos mestres. modo vago, impreciso, indeterminado.
Das meninas, Jeni a (aquela) que mais sobressaiu nos exames. 1. São pronomes indefinidos substantivos: ALGO, ALGUÉM, FULANO,
A sorte é mulher e bem o (isso) demonstra de fato, ela não ama os SICRANO, BELTRANO, NADA, NINGUÉM, OUTREM, QUEM, TUDO
homens superiores. Exemplos:
8. NISTO, em início de frase, significa ENTÃO, no mesmo instante: Algo o incomoda?
A menina ia cair, nisto, o pai a segurou Acreditam em tudo o que fulano diz ou sicrano escreve.
9. Tal é pronome demonstrativo quando tomado na acepção DE ESTE, Não faças a outrem o que não queres que te façam.
ISTO, ESSE, ISSO, AQUELE, AQUILO. Quem avisa amigo é.
Tal era a situação do país. Encontrei quem me pode ajudar.
Não disse tal. Ele gosta de quem o elogia.
Tal não pôde comparecer. 2. São pronomes indefinidos adjetivos: CADA, CERTO, CERTOS, CERTA
CERTAS.
Pronome adjetivo quando acompanha substantivo ou pronome (atitu- Cada povo tem seus costumes.
des tais merecem cadeia, esses tais merecem cadeia), quando acompanha Certas pessoas exercem várias profissões.
QUE, formando a expressão que tal? (? que lhe parece?) em frases como Certo dia apareceu em casa um repórter famoso.

Língua Portuguesa 38 A Opção Certa Para a Sua Realização


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b) subjuntivo: a atitude do falante é de dúvida diante do fato.
PRONOMES INTERROGATIVOS Talvez a cachorra Baleia corra na frente .
Aparecem em frases interrogativas. Como os indefinidos, referem-se de c) imperativo: o fato é enunciado como uma ordem, um conselho, um
modo impreciso à 3ª pessoa do discurso. pedido
Exemplos: Corra na frente, Baleia.
Que há? 4. TEMPO: é a propriedade que tem o verbo de localizar o fato no tempo,
Que dia é hoje? em relação ao momento em que se fala. Os três tempos básicos são:
Reagir contra quê? a) presente: a ação ocorre no momento em que se fala:
Por que motivo não veio? Fecho os olhos, agito a cabeça.
Quem foi? b) pretérito (passado): a ação transcorreu num momento anterior àquele
Qual será? em que se fala:
Quantos vêm? Fechei os olhos, agitei a cabeça.
Quantas irmãs tens? c) futuro: a ação poderá ocorrer após o momento em que se fala:
Fecharei os olhos, agitarei a cabeça.
O pretérito e o futuro admitem subdivisões, o que não ocorre com o
VERBO presente.

CONCEITO Veja o esquema dos tempos simples em português:


“As palavras em destaque no texto abaixo exprimem ações, situando- Presente (falo)
as no tempo. INDICATIVO Pretérito perfeito ( falei)
Queixei-me de baratas. Uma senhora ouviu-me a queixa. Deu-me a re- Imperfeito (falava)
ceita de como matá-las. Que misturasse em partes iguais açúcar, farinha e Mais- que-perfeito (falara)
gesso. A farinha e o açúcar as atrairiam, o gesso esturricaria dentro elas. Futuro do presente (falarei)
Assim fiz. Morreram.” do pretérito (falaria)
(Clarice Lispector) Presente (fale)
SUBJUNTIVO Pretérito imperfeito (falasse)
Essas palavras são verbos. O verbo também pode exprimir: Futuro (falar)
a) Estado:
Não sou alegre nem sou triste. Há ainda três formas que não exprimem exatamente o tempo em que
Sou poeta. se dá o fato expresso. São as formas nominais, que completam o esquema
b) Mudança de estado: dos tempos simples.
Meu avô foi buscar ouro. Infinitivo impessoal (falar)
Mas o ouro virou terra. Pessoal (falar eu, falares tu, etc.)
c) Fenômeno: FORMAS NOMINAIS Gerúndio (falando)
Chove. O céu dorme. Particípio (falado)
5. VOZ: o sujeito do verbo pode ser:
VERBO é a palavra variável que exprime ação, estado, mudança de a) agente do fato expresso.
estado e fenômeno, situando-se no tempo. O carroceiro disse um palavrão.
(sujeito agente)
FLEXÕES O verbo está na voz ativa.
O verbo é a classe de palavras que apresenta o maior número de fle- b) paciente do fato expresso:
xões na língua portuguesa. Graças a isso, uma forma verbal pode trazer em Um palavrão foi dito pelo carroceiro.
si diversas informações. A forma CANTÁVAMOS, por exemplo, indica: (sujeito paciente)
• a ação de cantar. O verbo está na voz passiva.
• a pessoa gramatical que pratica essa ação (nós). c) agente e paciente do fato expresso:
• o número gramatical (plural). O carroceiro machucou-se.
• o tempo em que tal ação ocorreu (pretérito). (sujeito agente e paciente)
• o modo como é encarada a ação: um fato realmente acontecido no O verbo está na voz reflexiva.
passado (indicativo). 6. FORMAS RIZOTÔNICAS E ARRIZOTÔNICAS: dá-se o nome de
• que o sujeito pratica a ação (voz ativa). rizotônica à forma verbal cujo acento tônico está no radical.
Falo - Estudam.
Portanto, o verbo flexiona-se em número, pessoa, modo, tempo e voz. Dá-se o nome de arrizotônica à forma verbal cujo acento tônico está
1. NÚMERO: o verbo admite singular e plural: fora do radical.
O menino olhou para o animal com olhos alegres. (singular). Falamos - Estudarei.
Os meninos olharam para o animal com olhos alegres. (plural). 7. CLASSIFICACÃO DOS VERBOS: os verbos classificam-se em:
2. PESSOA: servem de sujeito ao verbo as três pessoas gramaticais: a) regulares - são aqueles que possuem as desinências normais de sua
1ª pessoa: aquela que fala. Pode ser conjugação e cuja flexão não provoca alterações no radical: canto -
a) do singular - corresponde ao pronome pessoal EU. Ex.: Eu adormeço. cantei - cantarei – cantava - cantasse.
b) do plural - corresponde ao pronome pessoal NÓS. Ex.: Nós adorme- b) irregulares - são aqueles cuja flexão provoca alterações no radical ou
cemos. nas desinências: faço - fiz - farei - fizesse.
2ª pessoa: aquela que ouve. Pode ser c) defectivos - são aqueles que não apresentam conjugação completa,
a) do singular - corresponde ao pronome pessoal TU. Ex.:Tu adormeces. como por exemplo, os verbos falir, abolir e os verbos que indicam fe-
b) do plural - corresponde ao pronome pessoal VÓS. Ex.:Vós adormeceis. nômenos naturais, como CHOVER, TROVEJAR, etc.
3ª pessoa: aquela de quem se fala. Pode ser d) abundantes - são aqueles que possuem mais de uma forma com o
a) do singular - corresponde aos pronomes pessoais ELE, ELA. Ex.: Ela mesmo valor. Geralmente, essa característica ocorre no particípio: ma-
adormece. tado - morto - enxugado - enxuto.
b) do plural - corresponde aos pronomes pessoas ELES, ELAS. Ex.: Eles e) anômalos - são aqueles que incluem mais de um radical em sua conju-
adormecem. gação.
3. MODO: é a propriedade que tem o verbo de indicar a atitude do falante verbo ser: sou - fui
em relação ao fato que comunica. Há três modos em português. verbo ir: vou - ia
a) indicativo: a atitude do falante é de certeza diante do fato.
A cachorra Baleia corria na frente. QUANTO À EXISTÊNCIA OU NÃO DO SUJEITO
Língua Portuguesa 39 A Opção Certa Para a Sua Realização
APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
1. Pessoais: são aqueles que se referem a qualquer sujeito implícito ou
explícito. Quase todos os verbos são pessoais. CONVERSÃO DA VOZ ATIVA NA PASSIVA
O Nino apareceu na porta.
Pode-se mudar a voz ativa na passiva sem alterar substancialmente o
2. Impessoais: são aqueles que não se referem a qualquer sujeito implíci-
sentido da frase.
to ou explícito. São utilizados sempre na 3ª pessoa. São impessoais:
Exemplo:
a) verbos que indicam fenômenos meteorológicos: chover, nevar, ventar,
Gutenberg inventou a imprensa. (voz ativa)
etc.
A imprensa foi inventada por Gutenberg. (voz passiva)
Garoava na madrugada roxa.
b) HAVER, no sentido de existir, ocorrer, acontecer:
Observe que o objeto direto será o sujeito da passiva, o sujeito da ativa
Houve um espetáculo ontem.
passará a agente da passiva e o verbo assumirá a forma passiva, conser-
Há alunos na sala.
vando o mesmo tempo.
Havia o céu, havia a terra, muita gente e mais Anica com seus olhos
claros.
Outros exemplos:
c) FAZER, indicando tempo decorrido ou fenômeno meteorológico.
Os calores intensos provocam as chuvas.
Fazia dois anos que eu estava casado.
As chuvas são provocadas pelos calores intensos.
Faz muito frio nesta região?
Eu o acompanharei.
Ele será acompanhado por mim.
O VERBO HAVER (empregado impessoalmente) Todos te louvariam.
O verbo haver é impessoal - sendo, portanto, usado invariavelmente na Serias louvado por todos.
3ª pessoa do singular - quando significa: Prejudicaram-me.
1) EXISTIR Fui prejudicado.
Há pessoas que nos querem bem. Condenar-te-iam.
Criaturas infalíveis nunca houve nem haverá. Serias condenado.
Brigavam à toa, sem que houvesse motivos sérios.
Livros, havia-os de sobra; o que faltava eram leitores. EMPREGO DOS TEMPOS VERBAIS
2) ACONTECER, SUCEDER a) Presente
Houve casos difíceis na minha profissão de médico. Emprega-se o presente do indicativo para assinalar:
Não haja desavenças entre vós. - um fato que ocorre no momento em que se fala.
Naquele presídio havia frequentes rebeliões de presos. Eles estudam silenciosamente.
3) DECORRER, FAZER, com referência ao tempo passado: Eles estão estudando silenciosamente.
Há meses que não o vejo. - uma ação habitual.
Haverá nove dias que ele nos visitou. Corra todas as manhãs.
Havia já duas semanas que Marcos não trabalhava. - uma verdade universal (ou tida como tal):
O fato aconteceu há cerca de oito meses. O homem é mortal.
Quando pode ser substituído por FAZIA, o verbo HAVER concorda no A mulher ama ou odeia, não há outra alternativa.
pretérito imperfeito, e não no presente: - fatos já passados. Usa-se o presente em lugar do pretérito para dar
Havia (e não HÁ) meses que a escola estava fechada. maior realce à narrativa.
Morávamos ali havia (e não HÁ) dois anos. Em 1748, Montesquieu publica a obra "O Espírito das Leis".
Ela conseguira emprego havia (e não HÁ) pouco tempo. É o chamado presente histórico ou narrativo.
Havia (e não HÁ) muito tempo que a policia o procurava. - fatos futuros não muito distantes, ou mesmo incertos:
4) REALIZAR-SE Amanhã vou à escola.
Houve festas e jogos. Qualquer dia eu te telefono.
Se não chovesse, teria havido outros espetáculos. b) Pretérito Imperfeito
Todas as noites havia ensaios das escolas de samba. Emprega-se o pretérito imperfeito do indicativo para designar:
5) Ser possível, existir possibilidade ou motivo (em frases negativas e - um fato passado contínuo, habitual, permanente:
seguido de infinitivo): Ele andava à toa.
Em pontos de ciência não há transigir. Nós vendíamos sempre fiado.
Não há contê-lo, então, no ímpeto. - um fato passado, mas de incerta localização no tempo. É o que ocorre
Não havia descrer na sinceridade de ambos. por exemplo, no inicio das fábulas, lendas, histórias infantis.
Mas olha, Tomásia, que não há fiar nestas afeiçõezinhas. Era uma vez...
E não houve convencê-lo do contrário. - um fato presente em relação a outro fato passado.
Não havia por que ficar ali a recriminar-se. Eu lia quando ele chegou.
c) Pretérito Perfeito
Como impessoal o verbo HAVER forma ainda a locução adverbial de Emprega-se o pretérito perfeito do indicativo para referir um fato já
há muito (= desde muito tempo, há muito tempo): ocorrido, concluído.
De há muito que esta árvore não dá frutos. Estudei a noite inteira.
De há muito não o vejo. Usa-se a forma composta para indicar uma ação que se prolonga até o
momento presente.
O verbo HAVER transmite a sua impessoalidade aos verbos que com Tenho estudado todas as noites.
ele formam locução, os quais, por isso, permanecem invariáveis na 3ª d) Pretérito mais-que-perfeito
pessoa do singular: Chama-se mais-que-perfeito porque indica uma ação passada em
Vai haver eleições em outubro. relação a outro fato passado (ou seja, é o passado do passado):
Começou a haver reclamações. A bola já ultrapassara a linha quando o jogador a alcançou.
Não pode haver umas sem as outras. e) Futuro do Presente
Parecia haver mais curiosos do que interessados. Emprega-se o futuro do presente do indicativo para apontar um fato
Mas haveria outros defeitos, devia haver outros. futuro em relação ao momento em que se fala.
Irei à escola.
A expressão correta é HAJA VISTA, e não HAJA VISTO. Pode ser f) Futuro do Pretérito
construída de três modos: Emprega-se o futuro do pretérito do indicativo para assinalar:
Hajam vista os livros desse autor. - um fato futuro, em relação a outro fato passado.
Haja vista os livros desse autor. - Eu jogaria se não tivesse chovido.
Haja vista aos livros desse autor. - um fato futuro, mas duvidoso, incerto.

Língua Portuguesa 40 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
- Seria realmente agradável ter de sair? Nas formas rizotônicas, o E do radical desaparece
Um fato presente: nesse caso, o futuro do pretérito indica polidez e às
vezes, ironia. NOMEAR
Presente da indicativo nomeio, nomeias, nomeia, nomeamos, nomeais, nomeiam
- Daria para fazer silêncio?!
Pretérito imperfeito nomeava, nomeavas, nomeava, nomeávamos, nomeáveis,
nomeavam
Modo Subjuntivo Pretérito perfeito nomeei, nomeaste, nomeou, nomeamos, nomeastes, nomea-
a) Presente ram
Emprega-se o presente do subjuntivo para mostrar: Presente do subjuntivo nomeie, nomeies, nomeie, nomeemos, nomeeis, nomeiem
- um fato presente, mas duvidoso, incerto. Imperativo afirmativo nomeia, nomeie, nomeemos, nomeai, nomeiem
Talvez eles estudem... não sei. Conjugam-se como nomear, cear, hastear, peritear, recear, passear
- um desejo, uma vontade:
COPIAR
Que eles estudem, este é o desejo dos pais e dos professores.
Presente do indicativo copio, copias, copia, copiamos, copiais, copiam
b) Pretérito Imperfeito Pretérito imperfeito copiei, copiaste, copiou, copiamos, copiastes, copiaram
Emprega-se o pretérito imperfeito do subjuntivo para indicar uma Pretérito mais-que-perfeito copiara, copiaras, copiara, copiáramos, copiá-
hipótese, uma condição. reis, copiaram
Se eu estudasse, a história seria outra. Presente do subjuntivo copie, copies, copie, copiemos, copieis, copiem
Nós combinamos que se chovesse não haveria jogo. Imperativo afirmativo copia, copie, copiemos, copiai, copiem
e) Pretérito Perfeito
Emprega-se o pretérito perfeito composto do subjuntivo para apontar ODIAR
Presente do indicativo odeio, odeias, odeia, odiamos, odiais, odeiam
um fato passado, mas incerto, hipotético, duvidoso (que são, afinal, as
Pretérito imperfeito odiava, odiavas, odiava, odiávamos, odiáveis, odiavam
características do modo subjuntivo). Pretérito perfeito odiei, odiaste, odiou, odiamos, odiastes, odiaram
Que tenha estudado bastante é o que espero. Pretérito mais-que-perfeito odiara, odiaras, odiara, odiáramos, odiáreis,
d) Pretérito Mais-Que-Perfeito - Emprega-se o pretérito mais-que-perfeito odiaram
do subjuntivo para indicar um fato passado em relação a outro fato Presente do subjuntivo odeie, odeies, odeie, odiemos, odieis, odeiem
passado, sempre de acordo com as regras típicas do modo subjuntivo: Conjugam-se como odiar, mediar, remediar, incendiar, ansiar
Se não tivéssemos saído da sala, teríamos terminado a prova tranqui-
lamente. CABER
Presente do indicativo caibo, cabes, cabe, cabemos, cabeis, cabem
e) Futuro
Pretérito perfeito coube, coubeste, coube, coubemos, coubestes, couberam
Emprega-se o futuro do subjuntivo para indicar um fato futuro já conclu- Pretérito mais-que-perfeito coubera, couberas, coubera, coubéramos,
ído em relação a outro fato futuro. coubéreis, couberam
Quando eu voltar, saberei o que fazer. Presente do subjuntivo caiba, caibas, caiba, caibamos, caibais, caibam
Imperfeito do subjuntivo coubesse, coubesses, coubesse, coubéssemos, coubésseis,
coubessem
VERBOS IRREGULARES Futuro do subjuntivo couber, couberes, couber, coubermos, couberdes, couberem
O verbo CABER não se apresenta conjugado nem no imperativo afirmativo nem no
DAR
imperativo negativo
Presente do indicativo dou, dás, dá, damos, dais, dão
Pretérito perfeito dei, deste, deu, demos, destes, deram
CRER
Pretérito mais-que-perfeito dera, deras, dera, déramos, déreis, deram
Presente do indicativo creio, crês, crê, cremos, credes, crêem
Presente do subjuntivo dê, dês, dê, demos, deis, dêem
Presente do subjuntivo creia, creias, creia, creiamos, creiais, creiam
Imperfeito do subjuntivo desse, desses, desse, déssemos, désseis, dessem
Imperativo afirmativo crê, creia, creiamos, crede, creiam
Futuro do subjuntivo der, deres, der, dermos, derdes, derem
Conjugam-se como crer, ler e descrer
MOBILIAR
DIZER
Presente do indicativo mobilio, mobílias, mobília, mobiliamos, mobiliais, mobiliam
Presente do indicativo digo, dizes, diz, dizemos, dizeis, dizem
Presente do subjuntivo mobilie, mobilies, mobílie, mobiliemos, mobilieis, mobiliem
Pretérito perfeito disse, disseste, disse, dissemos, dissestes, disseram
Imperativo mobília, mobilie, mobiliemos, mobiliai, mobiliem
Pretérito mais-que-perfeito dissera, disseras, dissera, disséramos, disséreis,
disseram
AGUAR
Futuro do presente direi, dirás, dirá, diremos, direis, dirão
Presente do indicativo águo, águas, água, aguamos, aguais, águam
Futuro do pretérito diria, dirias, diria, diríamos, diríeis, diriam
Pretérito perfeito aguei, aguaste, aguou, aguamos, aguastes, aguaram
Presente do subjuntivo diga, digas, diga, digamos, digais, digam
Presente do subjuntivo águe, agues, ague, aguemos, agueis, águem
Pretérito imperfeito dissesse, dissesses, dissesse, disséssemos, dissésseis,
dissesse
MAGOAR
Futuro disser, disseres, disser, dissermos, disserdes, disserem
Presente do indicativo magoo, magoas, magoa, magoamos, magoais, magoam
Particípio dito
Pretérito perfeito magoei, magoaste, magoou, magoamos, magoastes, magoa-
Conjugam-se como dizer, bendizer, desdizer, predizer, maldizer
ram
Presente do subjuntivo magoe, magoes, magoe, magoemos, magoeis, magoem
FAZER
Conjugam-se como magoar, abençoar, abotoar, caçoar, voar e perdoar
Presente do indicativo faço, fazes, faz, fazemos, fazeis, fazem
Pretérito perfeito fiz, fizeste, fez, fizemos fizestes, fizeram
APIEDAR-SE
Pretérito mais-que-perfeito fizera, fizeras, fizera, fizéramos, fizéreis, fizeram
Presente do indicativo: apiado-me, apiadas-te, apiada-se, apiedamo-nos, apiedais-
Futuro do presente farei, farás, fará, faremos, fareis, farão
vos, apiadam-se
Futuro do pretérito faria, farias, faria, faríamos, faríeis, fariam
Presente do subjuntivo apiade-me, apiades-te, apiade-se, apiedemo-nos, apiedei-
Imperativo afirmativo faze, faça, façamos, fazei, façam
vos, apiedem-se
Presente do subjuntivo faça, faças, faça, façamos, façais, façam
Nas formas rizotônicas, o E do radical é substituído por A
Imperfeito do subjuntivo fizesse, fizesses, fizesse, fizéssemos, fizésseis,
fizessem
MOSCAR
Futuro do subjuntivo fizer, fizeres, fizer, fizermos, fizerdes, fizerem
Presente do indicativo musco, muscas, musca, moscamos, moscais, muscam
Conjugam-se como fazer, desfazer, refazer satisfazer
Presente do subjuntivo musque, musques, musque, mosquemos, mosqueis, mus-
quem
PERDER
Nas formas rizotônicas, o O do radical é substituído por U
Presente do indicativo perco, perdes, perde, perdemos, perdeis, perdem
Presente do subjuntivo perca, percas, perca, percamos, percais. percam
RESFOLEGAR
Imperativo afirmativo perde, perca, percamos, perdei, percam
Presente do indicativo resfolgo, resfolgas, resfolga, resfolegamos, resfolegais,
resfolgam
PODER
Presente do subjuntivo resfolgue, resfolgues, resfolgue, resfoleguemos, resfolegueis,
Presente do Indicativo posso, podes, pode, podemos, podeis, podem
resfolguem

Língua Portuguesa 41 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
Pretérito Imperfeito podia, podias, podia, podíamos, podíeis, podiam Presente do subjuntivo soubesse, soubesses, soubesse, soubéssemos, soubésseis,
Pretérito perfeito pude, pudeste, pôde, pudemos, pudestes, puderam soubessem
Pretérito mais-que-perfeito pudera, puderas, pudera, pudéramos, pudéreis, Futuro souber, souberes, souber, soubermos, souberdes, souberem
puderam
Presente do subjuntivo possa, possas, possa, possamos, possais, possam VALER
Pretérito imperfeito pudesse, pudesses, pudesse, pudéssemos, pudésseis, Presente do indicativo valho, vales, vale, valemos, valeis, valem
pudessem Presente do subjuntivo valha, valhas, valha, valhamos, valhais, valham
Futuro puder, puderes, puder, pudermos, puderdes, puderem Imperativo afirmativo vale, valha, valhamos, valei, valham
Infinitivo pessoal pode, poderes, poder, podermos, poderdes, poderem
Gerúndio podendo TRAZER
Particípio podido Presente do indicativo trago, trazes, traz, trazemos, trazeis, trazem
O verbo PODER não se apresenta conjugado nem no imperativo afirmativo nem no Pretérito imperfeito trazia, trazias, trazia, trazíamos, trazíeis, traziam
imperativo negativo Pretérito perfeito trouxe, trouxeste, trouxe, trouxemos, trouxestes, trouxeram
Pretérito mais-que-perfeito trouxera, trouxeras, trouxera, trouxéramos,
PROVER trouxéreis, trouxeram
Presente do indicativo provejo, provês, provê, provemos, provedes, provêem Futuro do presente trarei, trarás, trará, traremos, trareis, trarão
Pretérito imperfeito provia, provias, provia, províamos, províeis, proviam Futuro do pretérito traria, trarias, traria, traríamos, traríeis, trariam
Pretérito perfeito provi, proveste, proveu, provemos, provestes, proveram Imperativo traze, traga, tragamos, trazei, tragam
Pretérito mais-que-perfeito provera, proveras, provera, provêramos, provê- Presente do subjuntivo traga, tragas, traga, tragamos, tragais, tragam
reis, proveram Pretérito imperfeito trouxesse, trouxesses, trouxesse, trouxéssemos, trouxésseis,
Futuro do presente proverei, proverás, proverá, proveremos, provereis, proverão trouxessem
Futuro do pretérito proveria, proverias, proveria, proveríamos, proveríeis, prove- Futuro trouxer, trouxeres, trouxer, trouxermos, trouxerdes, trouxe-
riam rem
Imperativo provê, proveja, provejamos, provede, provejam Infinitivo pessoal trazer, trazeres, trazer, trazermos, trazerdes, trazerem
Presente do subjuntivo proveja, provejas, proveja, provejamos, provejais. provejam Gerúndio trazendo
Pretérito imperfeito provesse, provesses, provesse, provêssemos, provêsseis, Particípio trazido
provessem
Futuro prover, proveres, prover, provermos, proverdes, proverem VER
Gerúndio provendo Presente do indicativo vejo, vês, vê, vemos, vedes, vêem
Particípio provido Pretérito perfeito vi, viste, viu, vimos, vistes, viram
Pretérito mais-que-perfeito vira, viras, vira, viramos, vireis, viram
QUERER Imperativo afirmativo vê, veja, vejamos, vede vós, vejam vocês
Presente do indicativo quero, queres, quer, queremos, quereis, querem Presente do subjuntivo veja, vejas, veja, vejamos, vejais, vejam
Pretérito perfeito quis, quiseste, quis, quisemos, quisestes, quiseram Pretérito imperfeito visse, visses, visse, víssemos, vísseis, vissem
Pretérito mais-que-perfeito quisera, quiseras, quisera, quiséramos, quisé- Futuro vir, vires, vir, virmos, virdes, virem
reis, quiseram Particípio visto
Presente do subjuntivo queira, queiras, queira, queiramos, queirais, queiram
Pretérito imperfeito quisesse, quisesses, quisesse, quiséssemos quisésseis, ABOLIR
quisessem Presente do indicativo aboles, abole abolimos, abolis, abolem
Futuro quiser, quiseres, quiser, quisermos, quiserdes, quiserem Pretérito imperfeito abolia, abolias, abolia, abolíamos, abolíeis, aboliam
Pretérito perfeito aboli, aboliste, aboliu, abolimos, abolistes, aboliram
REQUERER Pretérito mais-que-perfeito abolira, aboliras, abolira, abolíramos, abolíreis,
Presente do indicativo requeiro, requeres, requer, requeremos, requereis. requerem aboliram
Pretérito perfeito requeri, requereste, requereu, requeremos, requereste, Futuro do presente abolirei, abolirás, abolirá, aboliremos, abolireis, abolirão
requereram Futuro do pretérito aboliria, abolirias, aboliria, aboliríamos, aboliríeis, aboliriam
Pretérito mais-que-perfeito requerera, requereras, requerera, requereramos, Presente do subjuntivo não há
requerereis, requereram Presente imperfeito abolisse, abolisses, abolisse, abolíssemos, abolísseis,
Futuro do presente requererei, requererás requererá, requereremos, requerereis, abolissem
requererão Futuro abolir, abolires, abolir, abolirmos, abolirdes, abolirem
Futuro do pretérito requereria, requererias, requereria, requereríamos, requere- Imperativo afirmativo abole, aboli
ríeis, requereriam Imperativo negativo não há
Imperativo requere, requeira, requeiramos, requerer, requeiram Infinitivo pessoal abolir, abolires, abolir, abolirmos, abolirdes, abolirem
Presente do subjuntivo requeira, requeiras, requeira, requeiramos, requeirais, Infinitivo impessoal abolir
requeiram Gerúndio abolindo
Pretérito Imperfeito requeresse, requeresses, requeresse, requerêssemos, Particípio abolido
requerêsseis, requeressem, O verbo ABOLIR é conjugado só nas formas em que depois do L do radical há E ou I.
Futuro requerer, requereres, requerer, requerermos, requererdes,
requerem AGREDIR
Gerúndio requerendo Presente do indicativo agrido, agrides, agride, agredimos, agredis, agridem
Particípio requerido Presente do subjuntivo agrida, agridas, agrida, agridamos, agridais, agridam
O verbo REQUERER não se conjuga como querer. Imperativo agride, agrida, agridamos, agredi, agridam
Nas formas rizotônicas, o verbo AGREDIR apresenta o E do radical substituído por I.
REAVER
Presente do indicativo reavemos, reaveis COBRIR
Pretérito perfeito reouve, reouveste, reouve, reouvemos, reouvestes, reouve- Presente do indicativo cubro, cobres, cobre, cobrimos, cobris, cobrem
ram Presente do subjuntivo cubra, cubras, cubra, cubramos, cubrais, cubram
Pretérito mais-que-perfeito reouvera, reouveras, reouvera, reouvéramos, reouvéreis, Imperativo cobre, cubra, cubramos, cobri, cubram
reouveram Particípio coberto
Pretérito imperf. do subjuntivo reouvesse, reouvesses, reouvesse, reouvéssemos, reou- Conjugam-se como COBRIR, dormir, tossir, descobrir, engolir
vésseis, reouvessem
Futuro reouver, reouveres, reouver, reouvermos, reouverdes, FALIR
reouverem Presente do indicativo falimos, falis
O verbo REAVER conjuga-se como haver, mas só nas formas em que esse apresen- Pretérito imperfeito falia, falias, falia, falíamos, falíeis, faliam
ta a letra v Pretérito mais-que-perfeito falira, faliras, falira, falíramos, falireis, faliram
Pretérito perfeito fali, faliste, faliu, falimos, falistes, faliram
SABER Futuro do presente falirei, falirás, falirá, faliremos, falireis, falirão
Presente do indicativo sei, sabes, sabe, sabemos, sabeis, sabem Futuro do pretérito faliria, falirias, faliria, faliríamos, faliríeis, faliriam
Pretérito perfeito soube, soubeste, soube, soubemos, soubestes, souberam Presente do subjuntivo não há
Pretérito mais-que-perfeito soubera, souberas, soubera, soubéramos, Pretérito imperfeito falisse, falisses, falisse, falíssemos, falísseis, falissem
soubéreis, souberam Futuro falir, falires, falir, falirmos, falirdes, falirem
Pretérito imperfeito sabia, sabias, sabia, sabíamos, sabíeis, sabiam Imperativo afirmativo fali (vós)

Língua Portuguesa 42 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
Imperativo negativo não há Futuro do pretérito viria, virias, viria, viríamos, viríeis, viriam
Infinitivo pessoal falir, falires, falir, falirmos, falirdes, falirem Imperativo afirmativo vem, venha, venhamos, vinde, venham
Gerúndio falindo Presente do subjuntivo venha, venhas, venha, venhamos, venhais, venham
Particípio falido Pretérito imperfeito viesse, viesses, viesse, viéssemos, viésseis, viessem
Futuro vier, vieres, vier, viermos, vierdes, vierem
FERIR Infinitivo pessoal vir, vires, vir, virmos, virdes, virem
Presente do indicativo firo, feres, fere, ferimos, feris, ferem Gerúndio vindo
Presente do subjuntivo fira, firas, fira, firamos, firais, firam Particípio vindo
Conjugam-se como FERIR: competir, vestir, inserir e seus derivados. Conjugam-se como vir: intervir, advir, convir, provir, sobrevir

MENTIR SUMIR
Presente do indicativo minto, mentes, mente, mentimos, mentis, mentem Presente do indicativo sumo, somes, some, sumimos, sumis, somem
Presente do subjuntivo minta, mintas, minta, mintamos, mintais, mintam Presente do subjuntivo suma, sumas, suma, sumamos, sumais, sumam
Imperativo mente, minta, mintamos, menti, mintam Imperativo some, suma, sumamos, sumi, sumam
Conjugam-se como MENTIR: sentir, cerzir, competir, consentir, pressentir. Conjugam-se como SUMIR: subir, acudir, bulir, escapulir, fugir, consumir, cuspir

FUGIR ADVÉRBIO
Presente do indicativo fujo, foges, foge, fugimos, fugis, fogem
Imperativo foge, fuja, fujamos, fugi, fujam
Presente do subjuntivo fuja, fujas, fuja, fujamos, fujais, fujam Advérbio é a palavra que modifica a verbo, o adjetivo ou o próprio ad-
vérbio, exprimindo uma circunstância.
IR
Presente do indicativo vou, vais, vai, vamos, ides, vão
Pretérito imperfeito ia, ias, ia, íamos, íeis, iam Os advérbios dividem-se em:
Pretérito perfeito fui, foste, foi, fomos, fostes, foram 1) LUGAR: aqui, cá, lá, acolá, ali, aí, aquém, além, algures, alhures,
Pretérito mais-que-perfeito fora, foras, fora, fôramos, fôreis, foram nenhures, atrás, fora, dentro, perto, longe, adiante, diante, onde, avan-
Futuro do presente irei, irás, irá, iremos, ireis, irão te, através, defronte, aonde, etc.
Futuro do pretérito iria, irias, iria, iríamos, iríeis, iriam 2) TEMPO: hoje, amanhã, depois, antes, agora, anteontem, sempre,
Imperativo afirmativo vai, vá, vamos, ide, vão nunca, já, cedo, logo, tarde, ora, afinal, outrora, então, amiúde, breve,
Imperativo negativo não vão, não vá, não vamos, não vades, não vão brevemente, entrementes, raramente, imediatamente, etc.
Presente do subjuntivo vá, vás, vá, vamos, vades, vão
3) MODO: bem, mal, assim, depressa, devagar, como, debalde, pior,
Pretérito imperfeito fosse, fosses, fosse, fôssemos, fôsseis, fossem
Futuro for, fores, for, formos, fordes, forem melhor, suavemente, tenazmente, comumente, etc.
Infinitivo pessoal ir, ires, ir, irmos, irdes, irem 4) ITENSIDADE: muito, pouco, assaz, mais, menos, tão, bastante, dema-
Gerúndio indo siado, meio, completamente, profundamente, quanto, quão, tanto, bem,
Particípio ido mal, quase, apenas, etc.
5) AFIRMAÇÃO: sim, deveras, certamente, realmente, efefivamente, etc.
OUVIR 6) NEGAÇÃO: não.
Presente do indicativo ouço, ouves, ouve, ouvimos, ouvis, ouvem 7) DÚVIDA: talvez, acaso, porventura, possivelmente, quiçá, decerto,
Presente do subjuntivo ouça, ouças, ouça, ouçamos, ouçais, ouçam
provavelmente, etc.
Imperativo ouve, ouça, ouçamos, ouvi, ouçam
Particípio ouvido
Há Muitas Locuções Adverbiais
PEDIR 1) DE LUGAR: à esquerda, à direita, à tona, à distância, à frente, à entra-
Presente do indicativo peço, pedes, pede, pedimos, pedis, pedem da, à saída, ao lado, ao fundo, ao longo, de fora, de lado, etc.
Pretérito perfeito pedi, pediste, pediu, pedimos, pedistes, pediram 2) TEMPO: em breve, nunca mais, hoje em dia, de tarde, à tarde, à noite,
Presente do subjuntivo peça, peças, peça, peçamos, peçais, peçam às ave-marias, ao entardecer, de manhã, de noite, por ora, por fim, de
Imperativo pede, peça, peçamos, pedi, peçam repente, de vez em quando, de longe em longe, etc.
Conjugam-se como pedir: medir, despedir, impedir, expedir
3) MODO: à vontade, à toa, ao léu, ao acaso, a contento, a esmo, de bom
POLIR grado, de cor, de mansinho, de chofre, a rigor, de preferência, em ge-
Presente do indicativo pulo, pules, pule, polimos, polis, pulem ral, a cada passo, às avessas, ao invés, às claras, a pique, a olhos vis-
Presente do subjuntivo pula, pulas, pula, pulamos, pulais, pulam tos, de propósito, de súbito, por um triz, etc.
Imperativo pule, pula, pulamos, poli, pulam 4) MEIO OU INSTRUMENTO: a pau, a pé, a cavalo, a martelo, a máqui-
na, a tinta, a paulada, a mão, a facadas, a picareta, etc.
REMIR 5) AFIRMAÇÃO: na verdade, de fato, de certo, etc.
Presente do indicativo redimo, redimes, redime, redimimos, redimis, redimem 6) NEGAÇAO: de modo algum, de modo nenhum, em hipótese alguma,
Presente do subjuntivo redima, redimas, redima, redimamos, redimais, redimam
etc.
RIR 7) DÚVIDA: por certo, quem sabe, com certeza, etc.
Presente do indicativo rio, ris, ri, rimos, rides, riem
Pretérito imperfeito ria, rias, ria, riamos, ríeis, riam Advérbios Interrogativos
Pretérito perfeito ri, riste, riu, rimos, ristes, riram Onde?, aonde?, donde?, quando?, porque?, como?
Pretérito mais-que-perfeito rira, riras, rira, ríramos, rireis, riram
Futuro do presente rirei, rirás, rirá, riremos, rireis, rirão Palavras Denotativas
Futuro do pretérito riria, ririas, riria, riríamos, riríeis, ririam Certas palavras, por não se poderem enquadrar entre os advérbios, te-
Imperativo afirmativo ri, ria, riamos, ride, riam
rão classificação à parte. São palavras que denotam exclusão, inclusão,
Presente do subjuntivo ria, rias, ria, riamos, riais, riam
Pretérito imperfeito risse, risses, risse, ríssemos, rísseis, rissem situação, designação, realce, retificação, afetividade, etc.
Futuro rir, rires, rir, rirmos, rirdes, rirem 1) DE EXCLUSÃO - só, salvo, apenas, senão, etc.
Infinitivo pessoal rir, rires, rir, rirmos, rirdes, rirem 2) DE INCLUSÃO - também, até, mesmo, inclusive, etc.
Gerúndio rindo 3) DE SITUAÇÃO - mas, então, agora, afinal, etc.
Particípio rido 4) DE DESIGNAÇÃO - eis.
Conjuga-se como rir: sorrir 5) DE RETIFICAÇÃO - aliás, isto é, ou melhor, ou antes, etc.
6) DE REALCE - cá, lá, sã, é que, ainda, mas, etc.
VIR
Você lá sabe o que está dizendo, homem...
Presente do indicativo venho, vens, vem, vimos, vindes, vêm
Pretérito imperfeito vinha, vinhas, vinha, vínhamos, vínheis, vinham Mas que olhos lindos!
Pretérito perfeito vim, vieste, veio, viemos, viestes, vieram Veja só que maravilha!
Pretérito mais-que-perfeito viera, vieras, viera, viéramos, viéreis, vieram
Futuro do presente virei, virás, virá, viremos, vireis, virão NUMERAL
Língua Portuguesa 43 A Opção Certa Para a Sua Realização
APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
D 500 quinhen- quingenté- quingenté-
Numeral é a palavra que indica quantidade, ordem, múltiplo ou fração. tos simo simo
DC 600 seiscentos sexcentési- sexcentési-
O numeral classifica-se em: mo mo
- cardinal - quando indica quantidade. DCC 700 setecen- septingenté- septingenté-
- ordinal - quando indica ordem. tos simo simo
- multiplicativo - quando indica multiplicação. DCCC 800 oitocentos octingenté- octingenté-
- fracionário - quando indica fracionamento. simo simo
CM 900 novecen- nongentési- nongentési-
Exemplos: tos mo mo
Silvia comprou dois livros. M 1000 mil milésimo milésimo
Antônio marcou o primeiro gol.
Na semana seguinte, o anel custará o dobro do preço. Emprego do Numeral
O galinheiro ocupava um quarto da quintal. Na sucessão de papas, reis, príncipes, anos, séculos, capítulos, etc.
empregam-se de 1 a 10 os ordinais.
João Paulo I I (segundo) ano lll (ano terceiro)
Luis X (décimo) ano I (primeiro)
QUADRO BÁSICO DOS NUMERAIS Pio lX (nono) século lV (quarto)

De 11 em diante, empregam-se os cardinais:


Algarismos Numerais Leão Xlll (treze) ano Xl (onze)
Roma- Arábi- Cardinais Ordinais Multiplica- Fracionários Pio Xll (doze) século XVI (dezesseis)
nos cos tivos Luis XV (quinze) capitulo XX (vinte)
I 1 um primeiro simples -
II 2 dois segundo duplo meio Se o numeral aparece antes, é lido como ordinal.
dobro XX Salão do Automóvel (vigésimo)
III 3 três terceiro tríplice terço VI Festival da Canção (sexto)
IV 4 quatro quarto quádruplo quarto lV Bienal do Livro (quarta)
V 5 cinco quinto quíntuplo quinto XVI capítulo da telenovela (décimo sexto)
VI 6 seis sexto sêxtuplo sexto
VII 7 sete sétimo sétuplo sétimo Quando se trata do primeiro dia do mês, deve-se dar preferência ao
VIII 8 oito oitavo óctuplo oitavo emprego do ordinal.
IX 9 nove nono nônuplo nono Hoje é primeiro de setembro
X 10 dez décimo décuplo décimo Não é aconselhável iniciar período com algarismos
XI 11 onze décimo onze avos 16 anos tinha Patrícia = Dezesseis anos tinha Patrícia
primeiro
A título de brevidade, usamos constantemente os cardinais pelos ordi-
XII 12 doze décimo doze avos
nais. Ex.: casa vinte e um (= a vigésima primeira casa), página trinta e dois
segundo
(= a trigésima segunda página). Os cardinais um e dois não variam nesse
XIII 13 treze décimo treze avos
caso porque está subentendida a palavra número. Casa número vinte e um,
terceiro
página número trinta e dois. Por isso, deve-se dizer e escrever também: a
XIV 14 quatorze décimo quatorze
folha vinte e um, a folha trinta e dois. Na linguagem forense, vemos o
quarto avos
numeral flexionado: a folhas vinte e uma a folhas trinta e duas.
XV 15 quinze décimo quinze avos
quinto
XVI 16 dezesseis décimo dezesseis ARTIGO
sexto avos
XVII 17 dezessete décimo dezessete Artigo é uma palavra que antepomos aos substantivos para determiná-
sétimo avos los. Indica-lhes, ao mesmo tempo, o gênero e o número.
XVIII 18 dezoito décimo dezoito avos
oitavo Dividem-se em
XIX 19 dezenove décimo nono dezenove • definidos: O, A, OS, AS
avos • indefinidos: UM, UMA, UNS, UMAS.
XX 20 vinte vigésimo vinte avos Os definidos determinam os substantivos de modo preciso, particular.
XXX 30 trinta trigésimo trinta avos Viajei com o médico. (Um médico referido, conhecido, determinado).
XL 40 quarenta quadragé- quarenta
simo avos Os indefinidos determinam os substantivos de modo vago, impreciso,
L 50 cinquenta quinquagé- cinquenta geral.
simo avos Viajei com um médico. (Um médico não referido, desconhecido, inde-
LX 60 sessenta sexagésimo sessenta terminado).
avos
LXX 70 setenta septuagési- setenta avos lsoladamente, os artigos são palavras de todo vazias de sentido.
mo
LXXX 80 oitenta octogésimo oitenta avos
CONJUNÇÃO
XC 90 noventa nonagésimo noventa
avos
C 100 cem centésimo centésimo Conjunção é a palavra que une duas ou mais orações.
CC 200 duzentos ducentésimo ducentésimo
Coniunções Coordenativas
CCC 300 trezentos trecentésimo trecentésimo
1) ADITIVAS: e, nem, também, mas, também, etc.
CD 400 quatrocen- quadringen- quadringen-
2) ADVERSATIVAS: mas, porém, contudo, todavia, entretanto,
tos tésimo tésimo senão, no entanto, etc.

Língua Portuguesa 44 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
3) ALTERNATIVAS: ou, ou.., ou, ora... ora, já... já, quer, quer, ora ... ora, já ... já, quer ... quer, etc.
etc. Os sequestradores deviam render-se ou seriam mortos.
4) CONCLUSIVAS. logo, pois, portanto, por conseguinte, por Ou você estuda ou arruma um emprego.
consequência. Ora triste, ora alegre, a vida segue o seu ritmo.
5) EXPLICATIVAS: isto é, por exemplo, a saber, que, porque, Quer reagisse, quer se calasse, sempre acabava apanhando.
pois, etc. "Já chora, já se ri, já se enfurece."
(Luís de Camões)
Conjunções Subordinativas 4) Conclusivas, que iniciam uma conclusão: logo, portanto, por con-
1) CONDICIONAIS: se, caso, salvo se, contanto que, uma vez que, etc. seguinte, pois (posposto ao verbo), por isso.
2) CAUSAIS: porque, já que, visto que, que, pois, porquanto, etc. As árvores balançam, logo está ventando.
3) COMPARATIVAS: como, assim como, tal qual, tal como, mais que, etc. Você é o proprietário do carro, portanto é o responsável.
4) CONFORMATIVAS: segundo, conforme, consoante, como, etc. O mal é irremediável; deves, pois, conformar-te.
5) CONCESSIVAS: embora, ainda que, mesmo que, posto que, se bem que, 5) Explicativas, que precedem uma explicação, um motivo: que, por-
etc. que, porquanto, pois (anteposto ao verbo).
6) INTEGRANTES: que, se, etc. Não solte balões, que (ou porque, ou pois, ou porquanto) podem
7) FINAIS: para que, a fim de que, que, etc. causar incêndios.
8) CONSECUTIVAS: tal... qual, tão... que, tamanho... que, de sorte que, de Choveu durante a noite, porque as ruas estão molhadas.
forma que, de modo que, etc.
9) PROPORCIONAIS: à proporção que, à medida que, quanto... tanto mais, Observação: A conjunção A pode apresentar-se com sentido adversa-
etc. tivo:
10) TEMPORAIS: quando, enquanto, logo que, depois que, etc. Sofrem duras privações a [= mas] não se queixam.
"Quis dizer mais alguma coisa a não pôde."
VALOR LÓGICO E SINTÁTICO DAS CONJUNÇÕES (Jorge Amado)

Conjunções subordinativas
Examinemos estes exemplos: As conjunções subordinativas ligam duas orações, subordinando uma à
1º) Tristeza e alegria não moram juntas. outra. Com exceção das integrantes, essas conjunções iniciam orações que
2º) Os livros ensinam e divertem. traduzem circunstâncias (causa, comparação, concessão, condição ou
3º) Saímos de casa quando amanhecia. hipótese, conformidade, consequência, finalidade, proporção, tempo).
Abrangem as seguintes classes:
No primeiro exemplo, a palavra E liga duas palavras da mesma oração: é 1) Causais: porque, que, pois, como, porquanto, visto que, visto como, já
uma conjunção. que, uma vez que, desde que.
O tambor soa porque é oco. (porque é oco: causa; o tambor soa:
No segundo a terceiro exemplos, as palavras E e QUANDO estão ligando efeito).
orações: são também conjunções. Como estivesse de luto, não nos recebeu.
Desde que é impossível, não insistirei.
Conjunção é uma palavra invariável que liga orações ou palavras da 2) Comparativas: como, (tal) qual, tal a qual, assim como, (tal) como, (tão
mesma oração. ou tanto) como, (mais) que ou do que, (menos) que ou do que, (tanto)
quanto, que nem, feito (= como, do mesmo modo que), o mesmo que
No 2º exemplo, a conjunção liga as orações sem fazer que uma dependa (= como).
da outra, sem que a segunda complete o sentido da primeira: por isso, a Ele era arrastado pela vida como uma folha pelo vento.
conjunção E é coordenativa. O exército avançava pela planície qual uma serpente imensa.
"Os cães, tal qual os homens, podem participar das três categorias."
No 3º exemplo, a conjunção liga duas orações que se completam uma à (Paulo Mendes Campos)
outra e faz com que a segunda dependa da primeira: por isso, a conjunção "Sou o mesmo que um cisco em minha própria casa."
QUANDO é subordinativa. (Antônio Olavo Pereira)
"E pia tal a qual a caça procurada."
As conjunções, portanto, dividem-se em coordenativas e subordinativas. (Amadeu de Queirós)
"Por que ficou me olhando assim feito boba?"
CONJUNÇÕES COORDENATIVAS (Carlos Drummond de Andrade)
As conjunções coordenativas podem ser: Os pedestres se cruzavam pelas ruas que nem formigas apressadas.
1) Aditivas, que dão ideia de adição, acrescentamento: e, nem, mas Nada nos anima tanto como (ou quanto) um elogio sincero.
também, mas ainda, senão também, como também, bem como. Os governantes realizam menos do que prometem.
O agricultor colheu o trigo e o vendeu. 3) Concessivas: embora, conquanto, que, ainda que, mesmo que, ainda
Não aprovo nem permitirei essas coisas. quando, mesmo quando, posto que, por mais que, por muito que, por
Os livros não só instruem mas também divertem. menos que, se bem que, em que (pese), nem que, dado que, sem que
As abelhas não apenas produzem mel e cera mas ainda polinizam (= embora não).
as flores. Célia vestia-se bem, embora fosse pobre.
2) Adversativas, que exprimem oposição, contraste, ressalva, com- A vida tem um sentido, por mais absurda que possa parecer.
pensação: mas, porém, todavia, contudo, entretanto, sendo, ao Beba, nem que seja um pouco.
passo que, antes (= pelo contrário), no entanto, não obstante, ape- Dez minutos que fossem, para mim, seria muito tempo.
sar disso, em todo caso. Fez tudo direito, sem que eu lhe ensinasse.
Querem ter dinheiro, mas não trabalham. Em que pese à autoridade deste cientista, não podemos aceitar suas
Ela não era bonita, contudo cativava pela simpatia. afirmações.
Não vemos a planta crescer, no entanto, ela cresce. Não sei dirigir, e, dado que soubesse, não dirigiria de noite.
A culpa não a atribuo a vós, senão a ele. 4) Condicionais: se, caso, contanto que, desde que, salvo se, sem que
O professor não proíbe, antes estimula as perguntas em aula. (= se não), a não ser que, a menos que, dado que.
O exército do rei parecia invencível, não obstante, foi derrotado. Ficaremos sentidos, se você não vier.
Você já sabe bastante, porém deve estudar mais. Comprarei o quadro, desde que não seja caro.
Eu sou pobre, ao passo que ele é rico. Não sairás daqui sem que antes me confesses tudo.
Hoje não atendo, em todo caso, entre. "Eleutério decidiu logo dormir repimpadamente sobre a areia, a menos
3) Alternativas, que exprimem alternativa, alternância ou, ou ... ou, que os mosquitos se opusessem."

Língua Portuguesa 45 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
(Ferreira de Castro) Beba, um pouco que seja.
5) Conformativas: como, conforme, segundo, consoante. As coisas não 7) Temporal (= depois que, logo que):
são como (ou conforme) dizem. Chegados que fomos, dirigimo-nos ao hotel.
"Digo essas coisas por alto, segundo as ouvi narrar." 8) Final (= pare que):
(Machado de Assis) Vendo-me à janela, fez sinal que descesse.
6) Consecutivas: que (precedido dos termos intensivos tal, tão, tanto, 9) Causal (= porque, visto que):
tamanho, às vezes subentendidos), de sorte que, de modo que, de "Velho que sou, apenas conheço as flores do meu tempo." (Vivaldo
forma que, de maneira que, sem que, que (não). Coaraci)
Minha mão tremia tanto que mal podia escrever. A locução conjuntiva sem que, pode ser, conforme a frase:
Falou com uma calma que todos ficaram atônitos. 1) Concessiva: Nós lhe dávamos roupa a comida, sem que ele pe-
Ontem estive doente, de sorte que (ou de modo que) não saí. disse. (sem que = embora não)
Não podem ver um cachorro na rua sem que o persigam. 2) Condicional: Ninguém será bom cientista, sem que estude muito.
Não podem ver um brinquedo que não o queiram comprar. (sem que = se não,caso não)
7) Finais: para que, a fim de que, que (= para que). 3) Consecutiva: Não vão a uma festa sem que voltem cansados.
Afastou-se depressa para que não o víssemos. (sem que = que não)
Falei-lhe com bons termos, a fim de que não se ofendesse. 4) Modal: Sairás sem que te vejam. (sem que = de modo que não)
Fiz-lhe sinal que se calasse.
8) Proporcionais: à proporção que, à medida que, ao passo que, quanto Conjunção é a palavra que une duas ou mais orações.
mais... (tanto mais), quanto mais... (tanto menos), quanto menos... (tan-
to mais), quanto mais... (mais), (tanto)... quanto. PREPOSIÇÃO
À medida que se vive, mais se aprende.
À proporção que subíamos, o ar ia ficando mais leve.
Quanto mais as cidades crescem, mais problemas vão tendo. Preposições são palavras que estabelecem um vínculo entre dois ter-
Os soldados respondiam, à medida que eram chamados. mos de uma oração. O primeiro, um subordinante ou antecedente, e o
segundo, um subordinado ou consequente.
Observação:
São incorretas as locuções proporcionais à medida em que, na medida Exemplos:
que e na medida em que. A forma correta é à medida que: Chegaram a Porto Alegre.
"À medida que os anos passam, as minhas possibilidades diminuem." Discorda de você.
(Maria José de Queirós) Fui até a esquina.
Casa de Paulo.
9) Temporais: quando, enquanto, logo que, mal (= logo que), sempre
que, assim que, desde que, antes que, depois que, até que, agora que, Preposições Essenciais e Acidentais
etc. As preposições essenciais são: A, ANTE, APÓS, ATÉ, COM, CONTRA,
Venha quando você quiser. DE, DESDE, EM, ENTRE, PARA, PERANTE, POR, SEM, SOB, SOBRE e
Não fale enquanto come. ATRÁS.
Ela me reconheceu, mal lhe dirigi a palavra.
Desde que o mundo existe, sempre houve guerras. Certas palavras ora aparecem como preposições, ora pertencem a ou-
Agora que o tempo esquentou, podemos ir à praia. tras classes, sendo chamadas, por isso, de preposições acidentais: afora,
"Ninguém o arredava dali, até que eu voltasse." (Carlos Povina Caval- conforme, consoante, durante, exceto, fora, mediante, não obstante, salvo,
cânti) segundo, senão, tirante, visto, etc.
10) Integrantes: que, se.
Sabemos que a vida é breve. INTERJEIÇÃO
Veja se falta alguma coisa.
Interjeição é a palavra que comunica emoção. As interjeições podem
Observação: ser:
Em frases como Sairás sem que te vejam, Morreu sem que ninguém o - alegria: ahl oh! oba! eh!
chorasse, consideramos sem que conjunção subordinativa modal. A NGB, - animação: coragem! avante! eia!
porém, não consigna esta espécie de conjunção. - admiração: puxa! ih! oh! nossa!
- aplauso: bravo! viva! bis!
Locuções conjuntivas: no entanto, visto que, desde que, se bem que, - desejo: tomara! oxalá!
por mais que, ainda quando, à medida que, logo que, a rim de que, etc. - dor: aí! ui!
- silêncio: psiu! silêncio!
Muitas conjunções não têm classificação única, imutável, devendo, por- - suspensão: alto! basta!
tanto, ser classificadas de acordo com o sentido que apresentam no contex-
to. Assim, a conjunção que pode ser: LOCUÇÃO INTERJETIVA é a conjunto de palavras que têm o mesmo
1) Aditiva (= e): valor de uma interjeição.
Esfrega que esfrega, mas a nódoa não sai. Minha Nossa Senhora! Puxa vida! Deus me livre! Raios te partam!
A nós que não a eles, compete fazê-lo. Meu Deus! Que maravilha! Ora bolas! Ai de mim!
2) Explicativa (= pois, porque):
Apressemo-nos, que chove.
3) Integrante: SINTAXE DA ORAÇÃO E DO PERÍODO
Diga-lhe que não irei.
4) Consecutiva: FRASE
Tanto se esforçou que conseguiu vencer. Frase é um conjunto de palavras que têm sentido completo.
Não vão a uma festa que não voltem cansados. O tempo está nublado.
Onde estavas, que não te vi? Socorro!
5) Comparativa (= do que, como): Que calor!
A luz é mais veloz que o som.
Ficou vermelho que nem brasa. ORAÇÃO
6) Concessiva (= embora, ainda que): Oração é a frase que apresenta verbo ou locução verbal.
Alguns minutos que fossem, ainda assim seria muito tempo. A fanfarra desfilou na avenida.

Língua Portuguesa 46 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
As festas juninas estão chegando. Elegemos o nosso candidato vereador.

PERÍODO TERMOS INTEGRANTES DA ORAÇÃO


Período é a frase estruturada em oração ou orações. Chama-se termos integrantes da oração os que completam a
O período pode ser: significação transitiva dos verbos e dos nomes. São indispensáveis à
• simples - aquele constituído por uma só oração (oração absoluta). compreensão do enunciado.
Fui à livraria ontem.
• composto - quando constituído por mais de uma oração. 1. OBJETO DIRETO
Fui à livraria ontem e comprei um livro. Objeto direto é o termo da oração que completa o sentido do verbo
transitivo direto. Ex.: Mamãe comprou PEIXE.
TERMOS ESSENCIAIS DA ORAÇÃO
São dois os termos essenciais da oração: 2. OBJETO INDIRETO
Objeto indireto é o termo da oração que completa o sentido do verbo
SUJEITO transitivo indireto.
Sujeito é o ser ou termo sobre o qual se diz alguma coisa. As crianças precisam de CARINHO.

Os bandeirantes capturavam os índios. (sujeito = bandeirantes) 3. COMPLEMENTO NOMINAL


Complemento nominal é o termo da oração que completa o sentido de
O sujeito pode ser : um nome com auxílio de preposição. Esse nome pode ser representado por
- simples: quando tem um só núcleo um substantivo, por um adjetivo ou por um advérbio.
As rosas têm espinhos. (sujeito: as rosas; Toda criança tem amor aos pais. - AMOR (substantivo)
núcleo: rosas) O menino estava cheio de vontade. - CHEIO (adjetivo)
- composto: quando tem mais de um núcleo Nós agíamos favoravelmente às discussões. - FAVORAVELMENTE
O burro e o cavalo saíram em disparada. (advérbio).
(suj: o burro e o cavalo; núcleo burro, cavalo)
- oculto: ou elíptico ou implícito na desinência verbal 4. AGENTE DA PASSIVA
Chegaste com certo atraso. (suj.: oculto: tu) Agente da passiva é o termo da oração que pratica a ação do verbo na
- indeterminado: quando não se indica o agente da ação verbal voz passiva.
Come-se bem naquele restaurante. A mãe é amada PELO FILHO.
- Inexistente: quando a oração não tem sujeito O cantor foi aplaudido PELA MULTIDÃO.
Choveu ontem. Os melhores alunos foram premiados PELA DIREÇÃO.
Há plantas venenosas.
TERMOS ACESSÓRIOS DA ORAÇÃO
PREDICADO
TERMOS ACESSÓRIOS são os que desempenham na oração uma
Predicado é o termo da oração que declara alguma coisa do sujeito.
função secundária, limitando o sentido dos substantivos ou exprimindo
O predicado classifica-se em:
alguma circunstância.
1. Nominal: é aquele que se constitui de verbo de ligação mais predicativo
do sujeito.
São termos acessórios da oração:
Nosso colega está doente.
1. ADJUNTO ADNOMINAL
Principais verbos de ligação: SER, ESTAR, PARECER,
Adjunto adnominal é o termo que caracteriza ou determina os
PERMANECER, etc.
substantivos. Pode ser expresso:
Predicativo do sujeito é o termo que ajuda o verbo de ligação a
• pelos adjetivos: água fresca,
comunicar estado ou qualidade do sujeito.
• pelos artigos: o mundo, as ruas
Nosso colega está doente.
• pelos pronomes adjetivos: nosso tio, muitas coisas
A moça permaneceu sentada.
• pelos numerais : três garotos; sexto ano
2. Predicado verbal é aquele que se constitui de verbo intransitivo ou
• pelas locuções adjetivas: casa do rei; homem sem escrúpulos
transitivo.
O avião sobrevoou a praia.
Verbo intransitivo é aquele que não necessita de complemento. 2. ADJUNTO ADVERBIAL
O sabiá voou alto. Adjunto adverbial é o termo que exprime uma circunstância (de tempo,
Verbo transitivo é aquele que necessita de complemento. lugar, modo etc.), modificando o sentido de um verbo, adjetivo ou advérbio.
• Transitivo direto: é o verbo que necessita de complemento sem auxílio Cheguei cedo.
de proposição. José reside em São Paulo.
Minha equipe venceu a partida.
• Transitivo indireto: é o verbo que necessita de complemento com 3. APOSTO
auxílio de preposição. Aposto é uma palavra ou expressão que explica ou esclarece,
Ele precisa de um esparadrapo. desenvolve ou resume outro termo da oração.
• Transitivo direto e indireto (bitransitivo) é o verbo que necessita ao Dr. João, cirurgião-dentista,
mesmo tempo de complemento sem auxílio de preposição e de Rapaz impulsivo, Mário não se conteve.
complemento com auxilio de preposição. O rei perdoou aos dois: ao fidalgo e ao criado.
Damos uma simples colaboração a vocês. 4. VOCATIVO
3. Predicado verbo nominal: é aquele que se constitui de verbo Vocativo é o termo (nome, título, apelido) usado para chamar ou
intransitivo mais predicativo do sujeito ou de verbo transitivo mais interpelar alguém ou alguma coisa.
predicativo do sujeito. Tem compaixão de nós, ó Cristo.
Os rapazes voltaram vitoriosos. Professor, o sinal tocou.
• Predicativo do sujeito: é o termo que, no predicado verbo-nominal, Rapazes, a prova é na próxima semana.
ajuda o verbo intransitivo a comunicar estado ou qualidade do sujeito.
Ele morreu rico. PERÍODO COMPOSTO - PERÍODO SIMPLES
• Predicativo do objeto é o termo que, que no predicado verbo-nominal,
ajuda o verbo transitivo a comunicar estado ou qualidade do objeto No período simples há apenas uma oração, a qual se diz absoluta.
direto ou indireto. Fui ao cinema.

Língua Portuguesa 47 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
O pássaro voou. É aquela que vem entre os termos de uma outra oração.
O réu, DISSERAM OS JORNAIS, foi absolvido.
PERÍODO COMPOSTO
No período composto há mais de uma oração. A oração intercalada ou interferente aparece com os verbos:
(Não sabem) (que nos calores do verão a terra dorme) (e os homens CONTINUAR, DIZER, EXCLAMAR, FALAR etc.
folgam.)
ORAÇÃO PRINCIPAL
Período composto por coordenação Oração principal é a mais importante do período e não é introduzida
Apresenta orações independentes. por um conectivo.
(Fui à cidade), (comprei alguns remédios) (e voltei cedo.) ELES DISSERAM que voltarão logo.
ELE AFIRMOU que não virá.
Período composto por subordinação PEDI que tivessem calma. (= Pedi calma)
Apresenta orações dependentes.
(É bom) (que você estude.) ORAÇÃO SUBORDINADA
Oração subordinada é a oração dependente que normalmente é
Período composto por coordenação e subordinação introduzida por um conectivo subordinativo. Note que a oração principal
Apresenta tanto orações dependentes como independentes. Este nem sempre é a primeira do período.
período é também conhecido como misto. Quando ele voltar, eu saio de férias.
(Ele disse) (que viria logo,) (mas não pôde.) Oração principal: EU SAIO DE FÉRIAS
Oração subordinada: QUANDO ELE VOLTAR
ORAÇÃO COORDENADA
Oração coordenada é aquela que é independente. ORAÇÃO SUBORDINADA SUBSTANTIVA
Oração subordinada substantiva é aquela que tem o valor e a função
As orações coordenadas podem ser: de um substantivo.
- Sindética: Por terem as funções do substantivo, as orações subordinadas
substantivas classificam-se em:
Aquela que é independente e é introduzida por uma conjunção
coordenativa.
Viajo amanhã, mas volto logo. 1) SUBJETIVA (sujeito)
- Assindética: Convém que você estude mais.
Aquela que é independente e aparece separada por uma vírgula ou Importa que saibas isso bem. .
ponto e vírgula. É necessário que você colabore. (SUA COLABORAÇÃO) é necessária.
Chegou, olhou, partiu.
A oração coordenada sindética pode ser: 2) OBJETIVA DIRETA (objeto direto)
Desejo QUE VENHAM TODOS.
1. ADITIVA: Pergunto QUEM ESTÁ AI.
Expressa adição, sequência de pensamento. (e, nem = e não), mas,
também: 3) OBJETIVA INDIRETA (objeto indireto)
Ele falava E EU FICAVA OUVINDO. Aconselho-o A QUE TRABALHE MAIS.
Meus atiradores nem fumam NEM BEBEM. Tudo dependerá DE QUE SEJAS CONSTANTE.
A doença vem a cavalo E VOLTA A PÉ. Daremos o prêmio A QUEM O MERECER.

2. ADVERSATIVA: 4) COMPLETIVA NOMINAL


Ligam orações, dando-lhes uma ideia de compensação ou de contraste Complemento nominal.
(mas, porém, contudo, todavia, entretanto, senão, no entanto, etc). Ser grato A QUEM TE ENSINA.
A espada vence MAS NÃO CONVENCE. Sou favorável A QUE O PRENDAM.
O tambor faz um grande barulho, MAS É VAZIO POR DENTRO.
Apressou-se, CONTUDO NÃO CHEGOU A TEMPO. 5) PREDICATIVA (predicativo)
Seu receio era QUE CHOVESSE. = Seu receio era (A CHUVA)
3. ALTERNATIVAS: Minha esperança era QUE ELE DESISTISSE.
Ligam palavras ou orações de sentido separado, uma excluindo a outra Não sou QUEM VOCÊ PENSA.
(ou, ou...ou, já...já, ora...ora, quer...quer, etc).
Mudou o natal OU MUDEI EU? 6) APOSITIVAS (servem de aposto)
“OU SE CALÇA A LUVA e não se põe o anel, Só desejo uma coisa: QUE VIVAM FELIZES = (A SUA FELICIDADE)
OU SE PÕE O ANEL e não se calça a luva!” Só lhe peço isto: HONRE O NOSSO NOME.
(C. Meireles)
7) AGENTE DA PASSIVA
4. CONCLUSIVAS: O quadro foi comprado POR QUEM O FEZ = (PELO SEU AUTOR)
Ligam uma oração a outra que exprime conclusão (LOGO, POIS, A obra foi apreciada POR QUANTOS A VIRAM.
PORTANTO, POR CONSEGUINTE, POR ISTO, ASSIM, DE MODO QUE,
etc). ORAÇÕES SUBORDINADAS ADJETIVAS
Ele está mal de notas; LOGO, SERÁ REPROVADO.
Oração subordinada adjetiva é aquela que tem o valor e a função de
Vives mentindo; LOGO, NÃO MERECES FÉ.
um adjetivo.
Há dois tipos de orações subordinadas adjetivas:
5. EXPLICATIVAS:
Ligam a uma oração, geralmente com o verbo no imperativo, outro que 1) EXPLICATIVAS:
a explica, dando um motivo (pois, porque, portanto, que, etc.)
Explicam ou esclarecem, à maneira de aposto, o termo antecedente,
Alegra-te, POIS A QUI ESTOU. Não mintas, PORQUE É PIOR.
atribuindo-lhe uma qualidade que lhe é inerente ou acrescentando-lhe uma
Anda depressa, QUE A PROVA É ÀS 8 HORAS.
informação.
Deus, QUE É NOSSO PAI, nos salvará.
ORAÇÃO INTERCALADA OU INTERFERENTE
Língua Portuguesa 48 A Opção Certa Para a Sua Realização
APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
Ele, QUE NASCEU RICO, acabou na miséria. MAIS.
• SAINDO DAQUI, procure-me. = QUANDO SAIR DAQUI, procure-
2) RESTRITIVAS: me.
Restringem ou limitam a significação do termo antecedente, sendo
indispensáveis ao sentido da frase: CONCORDÂNCIA NOMINAL E VERBAL
Pedra QUE ROLA não cria limo.
As pessoas A QUE A GENTE SE DIRIGE sorriem.
Ele, QUE SEMPRE NOS INCENTIVOU, não está mais aqui. CONCORDÂNCIA NOMINAL E VERBAL
Concordância é o processo sintático no qual uma palavra determinante
se adapta a uma palavra determinada, por meio de suas flexões.
ORAÇÕES SUBORDINADAS ADVERBIAIS
Oração subordinada adverbial é aquela que tem o valor e a função de
um advérbio. Principais Casos de Concordância Nominal
1) O artigo, o adjetivo, o pronome relativo e o numeral concordam em
As orações subordinadas adverbiais classificam-se em: gênero e número com o substantivo.
1) CAUSAIS: exprimem causa, motivo, razão: As primeiras alunas da classe foram passear no zoológico.
Desprezam-me, POR ISSO QUE SOU POBRE. 2) O adjetivo ligado a substantivos do mesmo gênero e número vão
O tambor soa PORQUE É OCO. normalmente para o plural.
Pai e filho estudiosos ganharam o prêmio.
2) COMPARATIVAS: representam o segundo termo de uma 3) O adjetivo ligado a substantivos de gêneros e número diferentes vai
comparação. para o masculino plural.
O som é menos veloz QUE A LUZ. Alunos e alunas estudiosos ganharam vários prêmios.
Parou perplexo COMO SE ESPERASSE UM GUIA. 4) O adjetivo posposto concorda em gênero com o substantivo mais
próximo:
3) CONCESSIVAS: exprimem um fato que se concede, que se admite: Trouxe livros e revista especializada.
POR MAIS QUE GRITASSE, não me ouviram. 5) O adjetivo anteposto pode concordar com o substantivo mais próxi-
Os louvores, PEQUENOS QUE SEJAM, são ouvidos com agrado. mo.
CHOVESSE OU FIZESSE SOL, o Major não faltava. Dedico esta música à querida tia e sobrinhos.
6) O adjetivo que funciona como predicativo do sujeito concorda com o
4) CONDICIONAIS: exprimem condição, hipótese: sujeito.
SE O CONHECESSES, não o condenarias. Meus amigos estão atrapalhados.
Que diria o pai SE SOUBESSE DISSO? 7) O pronome de tratamento que funciona como sujeito pede o predica-
tivo no gênero da pessoa a quem se refere.
5) CONFORMATIVAS: exprimem acordo ou conformidade de um fato Sua excelência, o Governador, foi compreensivo.
com outro: 8) Os substantivos acompanhados de numerais precedidos de artigo
Fiz tudo COMO ME DISSERAM. vão para o singular ou para o plural.
Vim hoje, CONFORME LHE PROMETI. Já estudei o primeiro e o segundo livro (livros).
9) Os substantivos acompanhados de numerais em que o primeiro vier
6) CONSECUTIVAS: exprimem uma consequência, um resultado: precedido de artigo e o segundo não vão para o plural.
A fumaça era tanta QUE EU MAL PODIA ABRIR OS OLHOS. Já estudei o primeiro e segundo livros.
Bebia QUE ERA UMA LÁSTIMA! 10) O substantivo anteposto aos numerais vai para o plural.
Tenho medo disso QUE ME PÉLO! Já li os capítulos primeiro e segundo do novo livro.
7) FINAIS: exprimem finalidade, objeto: 11) As palavras: MESMO, PRÓPRIO e SÓ concordam com o nome a
Fiz-lhe sinal QUE SE CALASSE. que se referem.
Aproximei-me A FIM DE QUE ME OUVISSE MELHOR. Ela mesma veio até aqui.
Eles chegaram sós.
8) PROPORCIONAIS: denotam proporcionalidade: Eles próprios escreveram.
À MEDIDA QUE SE VIVE, mais se aprende. 12) A palavra OBRIGADO concorda com o nome a que se refere.
QUANTO MAIOR FOR A ALTURA, maior será o tombo. Muito obrigado. (masculino singular)
Muito obrigada. (feminino singular).
9) TEMPORAIS: indicam o tempo em que se realiza o fato expresso na 13) A palavra MEIO concorda com o substantivo quando é adjetivo e fica
oração principal: invariável quando é advérbio.
ENQUANTO FOI RICO todos o procuravam. Quero meio quilo de café.
QUANDO OS TIRANOS CAEM, os povos se levantam. Minha mãe está meio exausta.
É meio-dia e meia. (hora)
10) MODAIS: exprimem modo, maneira: 14) As palavras ANEXO, INCLUSO e JUNTO concordam com o substan-
Entrou na sala SEM QUE NOS CUMPRIMENTASSE. tivo a que se referem.
Aqui viverás em paz, SEM QUE NINGUÉM TE INCOMODE. Trouxe anexas as fotografias que você me pediu.
A expressão em anexo é invariável.
ORAÇÕES REDUZIDAS Trouxe em anexo estas fotos.
Oração reduzida é aquela que tem o verbo numa das formas nominais: 15) Os adjetivos ALTO, BARATO, CONFUSO, FALSO, etc, que substitu-
gerúndio, infinitivo e particípio. em advérbios em MENTE, permanecem invariáveis.
Vocês falaram alto demais.
Exemplos: O combustível custava barato.
• Penso ESTAR PREPARADO = Penso QUE ESTOU PREPARADO. Você leu confuso.
• Dizem TER ESTADO LÁ = Dizem QUE ESTIVERAM LÁ. Ela jura falso.
• FAZENDO ASSIM, conseguirás = SE FIZERES ASSIM,
conseguirás. 16) CARO, BASTANTE, LONGE, se advérbios, não variam, se adjetivos,
• É bom FICARMOS ATENTOS. = É bom QUE FIQUEMOS sofrem variação normalmente.
ATENTOS. Esses pneus custam caro.
• AO SABER DISSO, entristeceu-se = QUANDO SOUBE DISSO, Conversei bastante com eles.
entristeceu-se. Conversei com bastantes pessoas.
• É interesse ESTUDARES MAIS.= É interessante QUE ESTUDES Estas crianças moram longe.

Língua Portuguesa 49 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
Conheci longes terras. CONCORDÂNCIA DOS VERBOS SER E PARECER

CONCORDÂNCIA VERBAL 1) Nos predicados nominais, com o sujeito representado por um dos
pronomes TUDO, NADA, ISTO, ISSO, AQUILO, os verbos SER e PA-
CASOS GERAIS RECER concordam com o predicativo.
Tudo são esperanças.
Aquilo parecem ilusões.
Aquilo é ilusão.
1) O verbo concorda com o sujeito em número e pessoa.
O menino chegou. Os meninos chegaram. 2) Nas orações iniciadas por pronomes interrogativos, o verbo SER con-
2) Sujeito representado por nome coletivo deixa o verbo no singular. corda sempre com o nome ou pronome que vier depois.
O pessoal ainda não chegou. Que são florestas equatoriais?
A turma não gostou disso. Quem eram aqueles homens?
Um bando de pássaros pousou na árvore.
3) Se o núcleo do sujeito é um nome terminado em S, o verbo só irá ao 3) Nas indicações de horas, datas, distâncias, a concordância se fará com
plural se tal núcleo vier acompanhado de artigo no plural. a expressão numérica.
Os Estados Unidos são um grande país. São oito horas.
Os Lusíadas imortalizaram Camões. Hoje são 19 de setembro.
Os Alpes vivem cobertos de neve. De Botafogo ao Leblon são oito quilômetros.
Em qualquer outra circunstância, o verbo ficará no singular.
Flores já não leva acento. 4) Com o predicado nominal indicando suficiência ou falta, o verbo SER
O Amazonas deságua no Atlântico. fica no singular.
Campos foi a primeira cidade na América do Sul a ter luz elétrica. Três batalhões é muito pouco.
4) Coletivos primitivos (indicam uma parte do todo) seguidos de nome Trinta milhões de dólares é muito dinheiro.
no plural deixam o verbo no singular ou levam-no ao plural, indiferen-
temente. 5) Quando o sujeito é pessoa, o verbo SER fica no singular.
A maioria das crianças recebeu, (ou receberam) prêmios. Maria era as flores da casa.
A maior parte dos brasileiros votou (ou votaram). O homem é cinzas.
5) O verbo transitivo direto ao lado do pronome SE concorda com o
sujeito paciente. 6) Quando o sujeito é constituído de verbos no infinitivo, o verbo SER
Vende-se um apartamento. concorda com o predicativo.
Vendem-se alguns apartamentos. Dançar e cantar é a sua atividade.
6) O pronome SE como símbolo de indeterminação do sujeito leva o Estudar e trabalhar são as minhas atividades.
verbo para a 3ª pessoa do singular.
Precisa-se de funcionários. 7) Quando o sujeito ou o predicativo for pronome pessoal, o verbo SER
7) A expressão UM E OUTRO pede o substantivo que a acompanha no concorda com o pronome.
singular e o verbo no singular ou no plural. A ciência, mestres, sois vós.
Um e outro texto me satisfaz. (ou satisfazem) Em minha turma, o líder sou eu.
8) A expressão UM DOS QUE pede o verbo no singular ou no plural.
Ele é um dos autores que viajou (viajaram) para o Sul. 8) Quando o verbo PARECER estiver seguido de outro verbo no infinitivo,
9) A expressão MAIS DE UM pede o verbo no singular. apenas um deles deve ser flexionado.
Mais de um jurado fez justiça à minha música. Os meninos parecem gostar dos brinquedos.
10) As palavras: TUDO, NADA, ALGUÉM, ALGO, NINGUÉM, quando Os meninos parece gostarem dos brinquedos.
empregadas como sujeito e derem ideia de síntese, pedem o verbo
no singular.
As casas, as fábricas, as ruas, tudo parecia poluição.
REGÊNCIA NOMINAL E VERBAL
11) Os verbos DAR, BATER e SOAR, indicando hora, acompanham o
sujeito. Regência é o processo sintático no qual um termo depende gramati-
Deu uma hora. calmente do outro.
Deram três horas.
Bateram cinco horas. A regência nominal trata dos complementos dos nomes (substantivos e
Naquele relógio já soaram duas horas. adjetivos).
12) A partícula expletiva ou de realce É QUE é invariável e o verbo da
frase em que é empregada concorda normalmente com o sujeito. Exemplos:
Ela é que faz as bolas.
Eu é que escrevo os programas. - acesso: A = aproximação - AMOR: A, DE, PARA, PARA COM
13) O verbo concorda com o pronome antecedente quando o sujeito é EM = promoção - aversão: A, EM, PARA, POR
um pronome relativo. PARA = passagem
Ele, que chegou atrasado, fez a melhor prova.
Fui eu que fiz a lição A regência verbal trata dos complementos do verbo.
Quando a LIÇÃO é pronome relativo, há várias construções possí-
veis.
• que: Fui eu que fiz a lição. ALGUNS VERBOS E SUA REGÊNCIA CORRETA
• quem: Fui eu quem fez a lição. 1. ASPIRAR - atrair para os pulmões (transitivo direto)
• o que: Fui eu o que fez a lição. • pretender (transitivo indireto)
No sítio, aspiro o ar puro da montanha.
14) Verbos impessoais - como não possuem sujeito, deixam o verbo na Nossa equipe aspira ao troféu de campeã.
terceira pessoa do singular. Acompanhados de auxiliar, transmitem a 2. OBEDECER - transitivo indireto
este sua impessoalidade. Devemos obedecer aos sinais de trânsito.
Chove a cântaros. Ventou muito ontem. 3. PAGAR - transitivo direto e indireto
Deve haver muitas pessoas na fila. Pode haver brigas e discussões. Já paguei um jantar a você.
4. PERDOAR - transitivo direto e indireto.

Língua Portuguesa 50 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
Já perdoei aos meus inimigos as ofensas. • no sentido de envolver-se, comprometer-se, constrói-se com a preposi-
5. PREFERIR - (= gostar mais de) transitivo direto e indireto ção EM:
Prefiro Comunicação à Matemática. Implicou-se na briga e saiu ferido

6. INFORMAR - transitivo direto e indireto. 17. IR - quando indica tempo definido, determinado, requer a preposição A:
Informei-lhe o problema. Ele foi a São Paulo para resolver negócios.
quando indica tempo indefinido, indeterminado, requer PARA:
7. ASSISTIR - morar, residir: Depois de aposentado, irá definitivamente para o Mato Grosso.
Assisto em Porto Alegre.
• amparar, socorrer, objeto direto 18. CUSTAR - Empregado com o sentido de ser difícil, não tem pessoa
O médico assistiu o doente. como sujeito:
• PRESENCIAR, ESTAR PRESENTE - objeto direto O sujeito será sempre "a coisa difícil", e ele só poderá aparecer na 3ª
Assistimos a um belo espetáculo. pessoa do singular, acompanhada do pronome oblíquo. Quem sente di-
• SER-LHE PERMITIDO - objeto indireto ficuldade, será objeto indireto.
Assiste-lhe o direito. Custou-me confiar nele novamente.
Custar-te-á aceitá-la como nora.
8. ATENDER - dar atenção
Atendi ao pedido do aluno.
• CONSIDERAR, ACOLHER COM ATENÇÃO - objeto direto Figuras de Linguagem
Atenderam o freguês com simpatia.
Figuras sonoras
9. QUERER - desejar, querer, possuir - objeto direto
A moça queria um vestido novo. Aliteração
• GOSTAR DE, ESTIMAR, PREZAR - objeto indireto repetição de sons consonantais (consoantes).
O professor queria muito a seus alunos.
Cruz e Souza é o melhor exemplo deste recurso. Uma das características
10. VISAR - almejar, desejar - objeto indireto marcantes do Simbolismo, assim como a sinestesia.
Todos visamos a um futuro melhor. Ex: "(...) Vozes veladas, veludosas vozes, / Volúpias dos violões, vozes
• APONTAR, MIRAR - objeto direto veladas / Vagam nos velhos vórtices velozes / Dos ventos, vivas, vãs,
O artilheiro visou a meta quando fez o gol. vulcanizadas." (fragmento de Violões que choram. Cruz e Souza)
• pör o sinal de visto - objeto direto
O gerente visou todos os cheques que entraram naquele dia. Assonância
repetição dos mesmos sons vocálicos.
11. OBEDECER e DESOBEDECER - constrói-se com objeto indireto
Devemos obedecer aos superiores. Ex: (A, O) - "Sou um mulato nato no sentido lato mulato democrático do
Desobedeceram às leis do trânsito. litoral." (Caetano Veloso)
(E, O) - "O que o vago e incóngnito desejo de ser eu mesmo de meu ser me
12. MORAR, RESIDIR, SITUAR-SE, ESTABELECER-SE deu." (Fernando Pessoa)
• exigem na sua regência a preposição EM
O armazém está situado na Farrapos. Paranomásia
Ele estabeleceu-se na Avenida São João. o emprego de palavras parônimas (sons parecidos).

13. PROCEDER - no sentido de "ter fundamento" é intransitivo. Ex: "Com tais premissas ele sem dúvida leva-nos às primícias" (Padre
Essas tuas justificativas não procedem. Antonio Vieira)
• no sentido de originar-se, descender, derivar, proceder, constrói-se Onomatopeia
com a preposição DE.
Algumas palavras da Língua Portuguesa procedem do tupi-guarani criação de uma palavra para imitar um som
• no sentido de dar início, realizar, é construído com a preposição A.
Ex: A língua do nhem "Havia uma velhinha / Que andava aborrecida / Pois
O secretário procedeu à leitura da carta.
dava a sua vida / Para falar com alguém. / E estava sempre em casa / A
14. ESQUECER E LEMBRAR boa velhinha, / Resmungando sozinha: / Nhem-nhem-nhem-nhem-nhem..."
• quando não forem pronominais, constrói-se com objeto direto: (Cecília Meireles)
Esqueci o nome desta aluna. Linguagem figurada
Lembrei o recado, assim que o vi.
• quando forem pronominais, constrói-se com objeto indireto: Elipse
Esqueceram-se da reunião de hoje.
omissão de um termo ou expressão facilmente subentendida. Casos mais
Lembrei-me da sua fisionomia.
comuns:
15. Verbos que exigem objeto direto para coisa e indireto para pessoa. a) pronome sujeito, gerando sujeito oculto ou implícito: iremos depois,
• perdoar - Perdoei as ofensas aos inimigos. compraríeis a casa?
• pagar - Pago o 13° aos professores. b) substantivo - a catedral, no lugar de a igreja catedral; Maracanã, no ligar
• dar - Daremos esmolas ao pobre. de o estádio Maracanã
• emprestar - Emprestei dinheiro ao colega. c) preposição - estar bêbado, a camisa rota, as calças rasgadas, no lugar
• ensinar - Ensino a tabuada aos alunos. de: estar bêbado, com a camisa rota, com as calças rasgadas.
• agradecer - Agradeço as graças a Deus. d) conjunção - espero você me entenda, no lugar de: espero que você me
• pedir - Pedi um favor ao colega. entenda.
e) verbo - queria mais ao filho que à filha, no lugar de: queria mais o filho
16. IMPLICAR - no sentido de acarretar, resultar, exige objeto direto: que queria à filha. Em especial o verbo dizer em diálogos - E o rapaz: - Não
O amor implica renúncia. sei de nada !, em vez de E o rapaz disse:
• no sentido de antipatizar, ter má vontade, constrói-se com a preposição
COM:
O professor implicava com os alunos

Língua Portuguesa 51 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
Zeugma b) de número (sing x pl): Os Sertões contra a Guerra de Canudos (= o livro
de Euclides da Cunha). O casal não veio, estavam ocupados.
omissão (elipse) de um termo que já apareceu antes. Se for verbo, pode c) de pessoa: Os brasileiros somos otimistas (3ª pess - os brasileiros, mas
necessitar adaptações de número e pessoa verbais. Utilizada, sobretudo, quem fala ou escreve também participa do processo verbal)
nas or. comparativas. Ex: Alguns estudam, outros não, por: alguns estu-
dam, outros não estudam. / "O meu pai era paulista / Meu avô, pernambu- Antecipação
cano / O meu bisavô, mineiro / Meu tataravô, baiano." (Chico Buarque) -
omissão de era antecipação de termo ou expressão, como recurso enfático. Pode gerar
anacoluto.
Hipérbato Ex.: Joana creio que veio aqui hoje.
O tempo parece que vai piorar
alteração ou inversão da ordem direta dos termos na oração, ou das ora- Obs.: Celso Cunha denomina-a prolepse.
ções no período. São determinadas por ênfase e podem até gerar anacolu-
tos. Figuras de palavras ou tropos
Ex: Morreu o presidente, por: O presidente morreu. (Para Bechara alterações semânticas)
Obs1.: Bechara denomina esta figura antecipação. Metáfora
Obs2.: Se a inversão for violenta, comprometendo o sentido drasticamente,
Rocha Lima e Celso Cunha denominam-na sínquise emprego de palavras fora do seu sentido normal, por analogia. É um tipo de
Obs3.: RL considera anástrofe um tipo de hipérbato comparação implícita, sem termo comparativo.
Ex: A Amazônia é o pulmão do mundo. Encontrei a chave do problema. /
Anástrofe "Veja bem, nosso caso / É uma porta entreaberta." (Luís Gonzaga Junior)
Obs1.: Rocha Lima define como modalidades de metáfora: personificação
anteposição, em expressões nominais, do termo regido de preposição ao (animismo), hipérbole, símbolo e sinestesia. ? Personificação - atribuição de
termo regente. ações, qualidades e sentimentos humanos a seres inanimados. (A lua sorri
Ex: "Da morte o manto lutuoso vos cobre a todos.", por: O manto lutuoso da aos enamorados) ? Símbolo - nome de um ser ou coisa concreta assumin-
morte vos cobre a todos. do valor convencional, abstrato. (balança = justiça, D. Quixote = idealismo,
cão = fidelidade, além do simbolismo universal das cores)
Obs.: para Rocha Lima é um tipo de hipérbato Obs2.: esta figura foi muito utilizada pelos simbolistas
Pleonasmo Catacrese
repetição de um termo já expresso, com objetivo de enfatizar a ideia. uso impróprio de uma palavra ou expressão, por esquecimento ou na
Ex: Vi com meus próprios olhos. "E rir meu riso e derramar meu pranto / Ao ausência de termo específico.
seu pesar ou seu contentamento." (Vinicius de Moraes), Ao pobre não lhe Ex.: Espalhar dinheiro (espalhar = separar palha) / "Distrai-se um deles a
devo (OI pleonástico) enterrar o dedo no tornozelo inchado." - O verbo enterrar era usado primiti-
Obs.: pleonasmo vicioso ou grosseiro - decorre da ignorância, perdendo o vamente para significar apenas colocar na terra.
caráter enfático (hemorragia de sangue, descer para baixo) Obs1.: Modernamente, casos como pé de meia e boca de forno são consi-
Assíndeto derados metáforas viciadas. Perderam valor estilístico e se formaram
graças à semelhança de forma existente entre seres.
ausência de conectivos de ligação, assim atribui maior rapidez ao texto. Obs2.: Para Rocha Lima, é um tipo de metáfora
Ocorre muito nas or. coordenadas.
Metonímia
Ex: "Não sopra o vento; não gemem as vagas; não murmuram os rios."
substituição de um nome por outro em virtude de haver entre eles associa-
Polissíndeto ção de significado.
repetição de conectivos na ligação entre elementos da frase ou do período. Ex: Ler Jorge Amado (autor pela obra - livro) / Ir ao barbeiro (o possuidor
pelo possuído, ou vice-versa - barbearia) / Bebi dois copos de leite (conti-
Ex: O menino resmunga, e chora, e esperneia, e grita, e maltrata. "E sob as
nente pelo conteúdo - leite) / Ser o Cristo da turma. (indivíduo pala classe -
ondas ritmadas / e sob as nuvens e os ventos / e sob as pontes e sob o
culpado) / Completou dez primaveras (parte pelo todo - anos) / O brasileiro
sarcasmo / e sob a gosma e o vômito (...)" (Carlos Drummond de Andrade)
é malandro (sing. pelo plural - brasileiros) / Brilham os cristais (matéria pela
Anacoluto obra - copos).
termo solto na frase, quebrando a estruturação lógica. Normalmente, inicia- Antonomásia, perífrase
se uma determinada construção sintática e depois se opta por outra.
substituição de um nome de pessoa ou lugar por outro ou por uma expres-
Eu, parece-me que vou desmaiar. / Minha vida, tudo não passa de alguns são que facilmente o identifique. Fusão entre nome e seu aposto.
anos sem importância (sujeito sem predicado) / Quem ama o feio, bonito
Ex: O mestre = Jesus Cristo, A cidade luz = Paris, O rei das selvas = o leão,
lhe parece (alteraram-se as relações entre termos da oração)
Escritor Maldito = Lima Barreto
Anáfora
Obs.: Rocha Lima considera como uma variação da metonímia
repetição de uma mesma palavra no início de versos ou frases.
Sinestesia
Ex: "Olha a voz que me resta / Olha a veia que salta / Olha a gota que falta
interpenetração sensorial, fundindo-se dois sentidos ou mais (olfato, visão,
/ Pro desfecho que falta / Por favor." (Chico Buarque)
audição, gustação e tato).
Obs.: repetição em final de versos ou frases é epístrofe; repetição no início
Ex.: "Mais claro e fino do que as finas pratas / O som da tua voz deliciava ...
e no fim será símploce. Classificações propostas por Rocha Lima.
/ Na dolência velada das sonatas / Como um perfume a tudo perfumava. /
Silepse Era um som feito luz, eram volatas / Em lânguida espiral que iluminava /
Brancas sonoridades de cascatas ... / Tanta harmonia melancolizava."
é a concordância com a ideia, e não com a palavra escrita. Existem três (Cruz e Souza)
tipos:
Obs.: Para Rocha Lima, representa uma modalidade de metáfora
a) de gênero (masc x fem): São Paulo continua poluída (= a cidade de São
Paulo). V. Sª é lisonjeiro

Língua Portuguesa 52 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
Anadiplose (D) O rapaz já tinha abrido as portas quando chegamos.
(E) A faxineira tinha refazido a limpeza da casa toda.
é a repetição de palavra ou expressão de fim de um membro de frase no
começo de outro membro de frase. 04. Assinale a alternativa que dá continuidade ao texto abaixo, em
Ex: "Todo pranto é um comentário. Um comentário que amargamente conformidade com a norma culta.
condena os motivos dados." Nem só de beleza vive a madrepérola ou nácar. Essa substância do
interior da concha de moluscos reúne outras características interes-
Figuras de pensamento santes, como resistência e flexibilidade.
Antítese (A) Se puder ser moldada, daria ótimo material para a confecção de
componentes para a indústria.
aproximação de termos ou frases que se opõem pelo sentido. (B) Se pudesse ser moldada, dá ótimo material para a confecção de
Ex: "Neste momento todos os bares estão repletos de homens vazios" componentes para a indústria.
(Vinicius de Moraes) (C) Se pode ser moldada, dá ótimo material para a confecção de com-
Obs.: Paradoxo - ideias contraditórias num só pensamento, proposição de ponentes para a indústria.
Rocha Lima ("dor que desatina sem doer" Camões) (D) Se puder ser moldada, dava ótimo material para a confecção de
Eufemismo componentes para a indústria.
consiste em "suavizar" alguma ideia desagradável (E) Se pudesse ser moldada, daria ótimo material para a confecção de
Ex: Ele enriqueceu por meios ilícitos. (roubou), Você não foi feliz nos exa- componentes para a indústria.
mes. (foi reprovado)
Obs.: Rocha Lima propõe uma variação chamada litote - afirma-se algo 05. O uso indiscriminado do gerúndio tem-se constituído num problema
pela negação do contrário. (Ele não vê, em lugar de Ele é cego; Não sou para a expressão culta da língua. Indique a única alternativa em que
moço, em vez de Sou velho). Para Bechara, alteração semântica. ele está empregado conforme o padrão culto.
(A) Após aquele treinamento, a corretora está falando muito bem.
Hipérbole (B) Nós vamos estar analisando seus dados cadastrais ainda hoje.
exagero de uma ideia com finalidade expressiva (C) Não haverá demora, o senhor pode estar aguardando na linha.
Ex: Estou morrendo de sede (com muita sede), Ela é louca pelos filhos (D) No próximo sábado, procuraremos estar liberando o seu carro.
(gosta muito dos filhos) (E) Breve, queremos estar entregando as chaves de sua nova casa.
Obs.: Para Rocha Lima, é uma das modalidades de metáfora.
06. De acordo com a norma culta, a concordância nominal e verbal está
Ironia
correta em:
utilização de termo com sentido oposto ao original, obtendo-se, assim, valor (A) As características do solo são as mais variadas possível.
irônico. (B) A olhos vistos Lúcia envelhecia mais do que rapidamente.
(C) Envio-lhe, em anexos, a declaração de bens solicitada.
Obs.: Rocha Lima designa como antífrase (D) Ela parecia meia confusa ao dar aquelas explicações.
Ex: O ministro foi sutil como uma jamanta. (E) Qualquer que sejam as dúvidas, procure saná-las logo.

Gradação 07. Assinale a alternativa em que se respeitam as normas cultas de


apresentação de ideias em progressão ascendente (clímax) ou descenden- flexão de grau.
te (anticlímax) (A) Nas situações críticas, protegia o colega de quem era amiquíssimo.
(B) Mesmo sendo o Canadá friosíssimo, optou por permanecer lá duran-
Ex: "Nada fazes, nada tramas, nada pensas que eu não saiba, que eu não te as férias.
veja, que eu não conheça perfeitamente." (C) No salto, sem concorrentes, seu desempenho era melhor de todos.
(D) Diante dos problemas, ansiava por um resultado mais bom que ruim.
Prosopopeia, personificação, animismo
(E) Comprou uns copos baratos, de cristal, da mais malíssima qualidade.
é a atribuição de qualidades e sentimentos humanos a seres irracionais e
inanimados. Nas questões de números 08 e 09, assinale a alternativa cujas pala-
vras completam, correta e respectivamente, as frases dadas.
Ex: "A lua, (...) Pedia a cada estrela fria / Um brilho de aluguel ..." (Jõao
Bosco / Aldir Blanc) 08. Os pesquisadores trataram de avaliar visão público financiamento
Obs.: Para Rocha Lima, é uma modalidade de metáfora. estatal ciência e tecnologia.
(A) à ... sobre o ... do ... para
(B) a ... ao ... do ... para
PROVA SIMULADA (C) à ... do ... sobre o ... a
(D) à ... ao ... sobre o ... à
01. Assinale a alternativa correta quanto ao uso e à grafia das palavras. (E) a ... do ... sobre o ... à
(A) Na atual conjetura, nada mais se pode fazer.
(B) O chefe deferia da opinião dos subordinados. 09. Quanto perfil desejado, com vistas qualidade dos candidatos, a
(C) O processo foi julgado em segunda estância. franqueadora procura ser muito mais criteriosa ao contratá-los, pois
(D) O problema passou despercebido na votação. eles devem estar aptos comercializar seus produtos.
(E) Os criminosos espiariam suas culpas no exílio. (A) ao ... a ... à
(B) àquele ... à ... à
02. A alternativa correta quanto ao uso dos verbos é: (C) àquele...à ... a
(A) Quando ele vir suas notas, ficará muito feliz. (D) ao ... à ... à
(B) Ele reaveu, logo, os bens que havia perdido. (E) àquele ... a ... a
(C) A colega não se contera diante da situação.
(D) Se ele ver você na rua, não ficará contente. 10. Assinale a alternativa gramaticalmente correta de acordo com a
(E) Quando você vir estudar, traga seus livros. norma culta.
(A) Bancos de dados científicos terão seu alcance ampliado. E isso
03. O particípio verbal está corretamente empregado em: trarão grandes benefícios às pesquisas.
(A) Não estaríamos salvados sem a ajuda dos barcos. (B) Fazem vários anos que essa empresa constrói parques, colaborando
(B) Os garis tinham chego às ruas às dezessete horas. com o meio ambiente.
(C) O criminoso foi pego na noite seguinte à do crime. (C) Laboratórios de análise clínica tem investido em institutos, desenvol-

Língua Portuguesa 53 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
vendo projetos na área médica. (A) Ilustríssimo ... Sua Excelência ... Magníficos
(D) Havia algumas estatísticas auspiciosas e outras preocupantes apre- (B) Excelentíssimo ... Sua Senhoria ... Magníficos
sentadas pelos economistas. (C) Ilustríssimo ... Vossa Excelência ... Excelentíssimos
(E) Os efeitos nocivos aos recifes de corais surge para quem vive no (D) Excelentíssimo ... Sua Senhoria ... Excelentíssimos
litoral ou aproveitam férias ali. (E) Ilustríssimo ... Vossa Senhoria ... Digníssimos

11. A frase correta de acordo com o padrão culto é: 17. Assinale a alternativa em que, de acordo com a norma culta, se
(A) Não vejo mal no Presidente emitir medidas de emergência devido às respeitam as regras de pontuação.
chuvas. (A) Por sinal, o próprio Senhor Governador, na última entrevista, revelou,
(B) Antes de estes requisitos serem cumpridos, não receberemos recla- que temos uma arrecadação bem maior que a prevista.
mações. (B) Indagamos, sabendo que a resposta é obvia: que se deve a uma
(C) Para mim construir um país mais justo, preciso de maior apoio à sociedade inerte diante do desrespeito à sua própria lei? Nada.
cultura. (C) O cidadão, foi preso em flagrante e, interrogado pela Autoridade
(D) Apesar do advogado ter defendido o réu, este não foi poupado da Policial, confessou sua participação no referido furto.
culpa. (D) Quer-nos parecer, todavia, que a melhor solução, no caso deste
(E) Faltam conferir três pacotes da mercadoria. funcionário, seja aquela sugerida, pela própria chefia.
(E) Impunha-se, pois, a recuperação dos documentos: as certidões
12. A maior parte das empresas de franquia pretende expandir os negó- negativas, de débitos e os extratos, bancários solicitados.
cios das empresas de franquia pelo contato direto com os possíveis
investidores, por meio de entrevistas. Esse contato para fins de sele- 18. O termo oração, entendido como uma construção com sujeito e
ção não só permite às empresas avaliar os investidores com relação predicado que formam um período simples, se aplica, adequadamen-
aos negócios, mas também identificar o perfil desejado dos investido- te, apenas a:
res. (A) Amanhã, tempo instável, sujeito a chuvas esparsas no litoral.
(Texto adaptado) (B) O vigia abandonou a guarita, assim que cumpriu seu período.
Para eliminar as repetições, os pronomes apropriados para substituir (C) O passeio foi adiado para julho, por não ser época de chuvas.
as expressões: das empresas de franquia, às empresas, os investi- (D) Muito riso, pouco siso – provérbio apropriado à falta de juízo.
dores e dos investidores, no texto, são, respectivamente: (E) Os concorrentes à vaga de carteiro submeteram-se a exames.
(A) seus ... lhes ... los ... lhes
(B) delas ... a elas ... lhes ... deles Leia o período para responder às questões de números 19 e 20.
(C) seus ... nas ... los ... deles
(D) delas ... a elas ... lhes ... seu O livro de registro do processo que você procurava era o que estava
(E) seus ... lhes ... eles ... neles sobre o balcão.

13. Assinale a alternativa em que se colocam os pronomes de acordo 19. No período, os pronomes o e que, na respectiva sequência, remetem
com o padrão culto. a
(A) Quando possível, transmitirei-lhes mais informações. (A) processo e livro.
(B) Estas ordens, espero que cumpram-se religiosamente. (B) livro do processo.
(C) O diálogo a que me propus ontem, continua válido. (C) processos e processo.
(D) Sua decisão não causou-lhe a felicidade esperada. (D) livro de registro.
(E) Me transmita as novidades quando chegar de Paris. (E) registro e processo.

14. O pronome oblíquo representa a combinação das funções de objeto 20. Analise as proposições de números I a IV com base no período
direto e indireto em: acima:
(A) Apresentou-se agora uma boa ocasião. I. há, no período, duas orações;
(B) A lição, vou fazê-la ainda hoje mesmo. II. o livro de registro do processo era o, é a oração principal;
(C) Atribuímos-lhes agora uma pesada tarefa. III. os dois quê(s) introduzem orações adverbiais;
(D) A conta, deixamo-la para ser revisada. IV. de registro é um adjunto adnominal de livro.
(E) Essa história, contar-lha-ei assim que puder. Está correto o contido apenas em
(A) II e IV.
15. Desejava o diploma, por isso lutou para obtê-lo. (B) III e IV.
Substituindo-se as formas verbais de desejar, lutar e obter pelos (C) I, II e III.
respectivos substantivos a elas correspondentes, a frase correta é: (D) I, II e IV.
(A) O desejo do diploma levou-o a lutar por sua obtenção. (E) I, III e IV.
(B) O desejo do diploma levou-o à luta em obtê-lo.
(C) O desejo do diploma levou-o à luta pela sua obtenção. 21. O Meretíssimo Juiz da 1.ª Vara Cível devia providenciar a leitura do
(D) Desejoso do diploma foi à luta pela sua obtenção. acórdão, e ainda não o fez. Analise os itens relativos a esse trecho:
(E) Desejoso do diploma foi lutar por obtê-lo. I. as palavras Meretíssimo e Cível estão incorretamente grafadas;
II. ainda é um adjunto adverbial que exclui a possibilidade da leitura
16. Ao Senhor Diretor de Relações Públicas da Secretaria de Educação pelo Juiz;
do Estado de São Paulo. Face à proximidade da data de inauguração III. o e foi usado para indicar oposição, com valor adversativo equivalen-
de nosso Teatro Educativo, por ordem de , Doutor XXX, Digníssimo te ao da palavra mas;
Secretário da Educação do Estado de YYY, solicitamos a máxima IV. em ainda não o fez, o o equivale a isso, significando leitura do acór-
urgência na antecipação do envio dos primeiros convites para o Ex- dão, e fez adquire o respectivo sentido de devia providenciar.
celentíssimo Senhor Governador do Estado de São Paulo, o Reve- Está correto o contido apenas em
rendíssimo Cardeal da Arquidiocese de São Paulo e os Reitores das (A) II e IV.
Universidades Paulistas, para que essas autoridades possam se (B) III e IV.
programar e participar do referido evento. (C) I, II e III.
Atenciosamente, (D) I, III e IV.
ZZZ (E) II, III e IV.
Assistente de Gabinete.
De acordo com os cargos das diferentes autoridades, as lacunas 22. O rapaz era campeão de tênis. O nome do rapaz saiu nos jornais.
são correta e adequadamente preenchidas, respectivamente, por Ao transformar os dois períodos simples num único período compos-

Língua Portuguesa 54 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
to, a alternativa correta é: contempladas em diferentes proporções; haverá, ______, planos di-
(A) O rapaz cujo nome saiu nos jornais era campeão de tênis. versificados de acordo com as possibilidades de investimento dos
(B) O rapaz que o nome saiu nos jornais era campeão de tênis. possíveis franqueados.
(C) O rapaz era campeão de tênis, já que seu nome saiu nos jornais. A alternativa que completa, correta e respectivamente, as lacunas e
(D) O nome do rapaz onde era campeão de tênis saiu nos jornais. relaciona corretamente as ideias do texto, é:
(E) O nome do rapaz que saiu nos jornais era campeão de tênis. (A) digo ... portanto ... mas
(B) como ... pois ... mas
23. O jardineiro daquele vizinho cuidadoso podou, ontem, os enfraqueci- (C) ou seja ... embora ... pois
dos galhos da velha árvore. (D) ou seja ... mas ... portanto
Assinale a alternativa correta para interrogar, respectivamente, sobre (E) isto é ... mas ... como
o adjunto adnominal de jardineiro e o objeto direto de podar.
(A) Quem podou? e Quando podou? 30. Assim que as empresas concluírem o processo de seleção dos
(B) Qual jardineiro? e Galhos de quê? investidores, os locais das futuras lojas de franquia serão divulgados.
(C) Que jardineiro? e Podou o quê? A alternativa correta para substituir Assim que as empresas concluí-
(D) Que vizinho? e Que galhos? rem o processo de seleção dos investidores por uma oração reduzi-
(E) Quando podou? e Podou o quê? da, sem alterar o sentido da frase, é:
(A) Porque concluindo o processo de seleção dos investidores ...
24. O público observava a agitação dos lanterninhas da plateia. (B) Concluído o processo de seleção dos investidores ...
Sem pontuação e sem entonação, a frase acima tem duas possibili- (C) Depois que concluíssem o processo de seleção dos investidores ...
dades de leitura. Elimina-se essa ambiguidade pelo estabelecimento (D) Se concluído do processo de seleção dos investidores...
correto das relações entre seus termos e pela sua adequada pontua- (E) Quando tiverem concluído o processo de seleção dos investidores ...
ção em:
(A) O público da plateia, observava a agitação dos lanterninhas. A MISÉRIA É DE TODOS NÓS
(B) O público observava a agitação da plateia, dos lanterninhas. Como entender a resistência da miséria no Brasil, uma chaga social
(C) O público observava a agitação, dos lanterninhas da plateia. que remonta aos primórdios da colonização? No decorrer das últimas
(D) Da plateia o público, observava a agitação dos lanterninhas. décadas, enquanto a miséria se mantinha mais ou menos do mesmo tama-
(E) Da plateia, o público observava a agitação dos lanterninhas. nho, todos os indicadores sociais brasileiros melhoraram. Há mais crianças
em idade escolar frequentando aulas atualmente do que em qualquer outro
25. Felizmente, ninguém se machucou. período da nossa história. As taxas de analfabetismo e mortalidade infantil
Lentamente, o navio foi se afastando da costa. também são as menores desde que se passou a registrá-las nacionalmen-
Considere: te. O Brasil figura entre as dez nações de economia mais forte do mundo.
I. felizmente completa o sentido do verbo machucar; No campo diplomático, começa a exercitar seus músculos. Vem firmando
II. felizmente e lentamente classificam-se como adjuntos adverbiais de uma inconteste liderança política regional na América Latina, ao mesmo
modo; tempo que atrai a simpatia do Terceiro Mundo por ter se tornado um forte
III. felizmente se refere ao modo como o falante se coloca diante do oponente das injustas políticas de comércio dos países ricos.
fato;
IV. lentamente especifica a forma de o navio se afastar; Apesar de todos esses avanços, a miséria resiste.
V. felizmente e lentamente são caracterizadores de substantivos. Embora em algumas de suas ocorrências, especialmente na zona rural,
Está correto o contido apenas em esteja confinada a bolsões invisíveis aos olhos dos brasileiros mais bem
(A) I, II e III. posicionados na escala social, a miséria é onipresente. Nas grandes cida-
(B) I, II e IV. des, com aterrorizante frequência, ela atravessa o fosso social profundo e
(C) I, III e IV. se manifesta de forma violenta. A mais assustadora dessas manifestações
(D) II, III e IV. é a criminalidade, que, se não tem na pobreza sua única causa, certamente
(E) III, IV e V. em razão dela se tornou mais disseminada e cruel. Explicar a resistência da
pobreza extrema entre milhões de habitantes não é uma empreitada sim-
26. O segmento adequado para ampliar a frase – Ele comprou o carro..., ples.
indicando concessão, é: Veja, ed. 1735
(A) para poder trabalhar fora.
(B) como havia programado. 31. O título dado ao texto se justifica porque:
(C) assim que recebeu o prêmio. A) a miséria abrange grande parte de nossa população;
(D) porque conseguiu um desconto. B) a miséria é culpa da classe dominante;
(E) apesar do preço muito elevado. C) todos os governantes colaboraram para a miséria comum;
D) a miséria deveria ser preocupação de todos nós;
27. É importante que todos participem da reunião. E) um mal tão intenso atinge indistintamente a todos.
O segmento que todos participem da reunião, em relação a
É importante, é uma oração subordinada 32. A primeira pergunta - ''Como entender a resistência da miséria no
(A) adjetiva com valor restritivo. Brasil, uma chaga social que remonta aos primórdios da coloniza-
(B) substantiva com a função de sujeito. ção?'':
(C) substantiva com a função de objeto direto. A) tem sua resposta dada no último parágrafo;
(D) adverbial com valor condicional. B) representa o tema central de todo o texto;
(E) substantiva com a função de predicativo. C) é só uma motivação para a leitura do texto;
D) é uma pergunta retórica, à qual não cabe resposta;
28. Ele realizou o trabalho como seu chefe o orientou. A relação estabe- E) é uma das perguntas do texto que ficam sem resposta.
lecida pelo termo como é de
(A) comparatividade. 33. Após a leitura do texto, só NÃO se pode dizer da miséria no Brasil
(B) adição. que ela:
(C) conformidade. A) é culpa dos governos recentes, apesar de seu trabalho produtivo em
(D) explicação. outras áreas;
(E) consequência. B) tem manifestações violentas, como a criminalidade nas grandes
cidades;
29. A região alvo da expansão das empresas, _____, das redes de C) atinge milhões de habitantes, embora alguns deles não apareçam
franquias, é a Sudeste, ______ as demais regiões também serão para a classe dominante;

Língua Portuguesa 55 A Opção Certa Para a Sua Realização


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D) é de difícil compreensão, já que sua presença não se coaduna com a Escurinho, de seus seis ou sete anos, não mais. Deitado de lado, bra-
de outros indicadores sociais; ços dobrados como dois gravetos, as mãos protegendo a cabeça. Tinha os
E) tem razões históricas e se mantém em níveis estáveis nas últimas gambitos também encolhidos e enfiados dentro da camisa de meia esbura-
décadas. cada, para se defender contra o frio da noite. Estava dormindo, como podia
estar morto. Outros, como eu, iam passando, sem tomar conhecimento de
34. O melhor resumo das sete primeiras linhas do texto é: sua existência. Não era um ser humano, era um bicho, um saco de lixo
A) Entender a miséria no Brasil é impossível, já que todos os outros mesmo, um traste inútil, abandonado sobre a calçada. Um menor abando-
indicadores sociais melhoraram; nado.
B) Desde os primórdios da colonização a miséria existe no Brasil e se
mantém onipresente; Quem nunca viu um menor abandonado? A cinco passos, na casa de
C) A miséria no Brasil tem fundo histórico e foi alimentada por governos sucos de frutas, vários casais de jovens tomavam sucos de frutas, alguns
incompetentes; mastigavam sanduíches. Além, na esquina da praça, o carro da radiopatru-
D) Embora os indicadores sociais mostrem progresso em muitas áreas, lha estacionado, dois boinas-pretas conversando do lado de fora. Ninguém
a miséria ainda atinge uma pequena parte de nosso povo; tomava conhecimento da existência do menino.
E) Todos os indicadores sociais melhoraram exceto o indicador da
miséria que leva à criminalidade. Segundo as estatísticas, como ele existem nada menos que 25 milhões
no Brasil, que se pode fazer? Qual seria a reação do menino se eu o acor-
35. As marcas de progresso em nosso país são dadas com apoio na dasse para lhe dar todo o dinheiro que trazia no bolso? Resolveria o seu
quantidade, exceto: problema? O problema do menor abandonado? A injustiça social?
A) frequência escolar; (....)
B) liderança diplomática;
C) mortalidade infantil; Vinte e cinco milhões de menores - um dado abstrato, que a imagina-
D) analfabetismo; ção não alcança. Um menino sem pai nem mãe, sem o que comer nem
E) desempenho econômico. onde dormir - isto é um menor abandonado. Para entender, só mesmo
imaginando meu filho largado no mundo aos seis, oito ou dez anos de
36. ''No campo diplomático, começa a exercitar seus músculos.''; com idade, sem ter para onde ir nem para quem apelar. Imagino que ele venha a
essa frase, o jornalista quer dizer que o Brasil: ser um desses que se esgueiram como ratos em torno aos botequins e
A) já está suficientemente forte para começar a exercer sua liderança lanchonetes e nos importunam cutucando-nos de leve - gesto que nos
na América Latina; desperta mal contida irritação - para nos pedir um trocado. Não temos
B) já mostra que é mais forte que seus países vizinhos; disposição sequer para olhá-lo e simplesmente o atendemos (ou não) para
C) está iniciando seu trabalho diplomático a fim de marcar presença no nos livrarmos depressa de sua incômoda presença. Com o sentimento que
cenário exterior; sufocamos no coração, escreveríamos toda a obra de Dickens. Mas esta-
D) pretende mostrar ao mundo e aos países vizinhos que já é suficien- mos em pleno século XX, vivendo a era do progresso para o Brasil, con-
temente forte para tornar-se líder; quistando um futuro melhor para os nossos filhos. Até lá, que o menor
E) ainda é inexperiente no trato com a política exterior. abandonado não chateie, isto é problema para o juizado de menores.
Mesmo porque são todos delinquentes, pivetes na escola do crime, cedo
37. Segundo o texto, ''A miséria é onipresente'' embora: terminarão na cadeia ou crivados de balas pelo Esquadrão da Morte.
A) apareça algumas vezes nas grandes cidades;
B) se manifeste de formas distintas; Pode ser. Mas a verdade é que hoje eu vi meu filho dormindo na rua,
C) esteja escondida dos olhos de alguns; exposto ao frio da noite, e além de nada ter feito por ele, ainda o confundi
D) seja combatida pelas autoridades; com um monte de lixo.
E) se torne mais disseminada e cruel. Fernando Sabino

38. ''...não é uma empreitada simples'' equivale a dizer que é uma em- 41 Uma crônica, como a que você acaba de ler, tem como melhor
preitada complexa; o item em que essa equivalência é feita de forma definição:
INCORRETA é: A) registro de fatos históricos em ordem cronológica;
A) não é uma preocupação geral = é uma preocupação superficial; B) pequeno texto descritivo geralmente baseado em fatos do cotidiano;
B) não é uma pessoa apática = é uma pessoa dinâmica; C) seção ou coluna de jornal sobre tema especializado;
C) não é uma questão vital = é uma questão desimportante; D) texto narrativo de pequena extensão, de conteúdo e estrutura bas-
D) não é um problema universal = é um problema particular; tante variados;
E) não é uma cópia ampliada = é uma cópia reduzida. E) pequeno conto com comentários, sobre temas atuais.

39. ''...enquanto a miséria se mantinha...''; colocando-se o verbo desse 42 O texto começa com os tempos verbais no pretérito imperfeito -
segmento do texto no futuro do subjuntivo, a forma correta seria: vinha, faltavam - e, depois, ocorre a mudança para o pretérito perfei-
A) mantiver; B) manter; C)manterá; D)manteria; to - olhei, vi etc.; essa mudança marca a passagem:
E) mantenha. A) do passado para o presente;
B) da descrição para a narração;
40. A forma de infinitivo que aparece substantivada nos segmentos C) do impessoal para o pessoal;
abaixo é: D) do geral para o específico;
A) ''Como entender a resistência da miséria...''; E) do positivo para o negativo.
B) ''No decorrer das últimas décadas...'';
C) ''...desde que se passou a registrá-las...''; 43 ''...olhei para o lado e vi, junto à parede, antes da esquina, ALGO que
D) ''...começa a exercitar seus músculos.''; me pareceu uma trouxa de roupa...''; o uso do termo destacado se
E) ''...por ter se tornado um forte oponente...''. deve a que:
A) o autor pretende comparar o menino a uma coisa;
PROTESTO TÍMIDO B) o cronista antecipa a visão do menor abandonado como um traste
Ainda há pouco eu vinha para casa a pé, feliz da minha vida e faltavam inútil;
dez minutos para a meia-noite. Perto da Praça General Osório, olhei para o C) a situação do fato não permite a perfeita identificação do menino;
lado e vi, junto à parede, antes da esquina, algo que me pareceu uma D) esse pronome indefinido tem valor pejorativo;
trouxa de roupa, um saco de lixo. Alguns passos mais e pude ver que era E) o emprego desse pronome ocorre em relação a coisas ou a pesso-
um menino. as.

Língua Portuguesa 56 A Opção Certa Para a Sua Realização


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44 ''Ainda há pouco eu vinha para casa a pé,...''; veja as quatro frases a RESPOSTAS – PROVA I
seguir: 01. D 11. B 21. B 31. D 41. D
I- Daqui há pouco vou sair. 02. A 12. A 22. A 32. B 42. B
I- Está no Rio há duas semanas. 03. C 13. C 23. C 33. A 43. C
III - Não almoço há cerca de três dias. 04. E 14. E 24. E 34. A 44. E
IV - Estamos há cerca de três dias de nosso destino. 05. A 15. C 25. D 35. B 45. A
As frases que apresentam corretamente o emprego do verbo haver 06. B 16. A 26. E 36. C 46. A
são: 07. D 17. B 27. B 37. C 47. D
A) I - II 08. E 18. E 28. C 38. A 48. C
B) I - III 09. C 19. D 29. D 39. A 49. B
C) II - IV 10. D 20. A 30. B 40. B 50. C
D) I - IV
E) II - III

45 O comentário correto sobre os elementos do primeiro parágrafo do


texto é: ___________________________________
A) o cronista situa no tempo e no espaço os acontecimentos abordados ___________________________________
na crônica;
B) o cronista sofre uma limitação psicológica ao ver o menino ___________________________________
C) a semelhança entre o menino abandonado e uma trouxa de roupa é ___________________________________
a sujeira;
D) a localização do fato perto da meia-noite não tem importância para o ___________________________________
texto;
_______________________________________________________
E) os fatos abordados nesse parágrafo já justificam o título da crônica.
_______________________________________________________

46 Boinas-pretas é um substantivo composto que faz o plural da mesma _______________________________________________________


forma que: _______________________________________________________
A) salvo-conduto;
B) abaixo-assinado; _______________________________________________________
C) salário-família; _______________________________________________________
D) banana-prata;
E) alto-falante. _______________________________________________________

47 A descrição do menino abandonado é feita no segundo parágrafo do _______________________________________________________


texto; o que NÃO se pode dizer do processo empregado para isso é _______________________________________________________
que o autor:
A) se utiliza de comparações depreciativas; _______________________________________________________
B) lança mão de vocábulo animalizador; _______________________________________________________
C) centraliza sua atenção nos aspectos físicos do menino;
D) mostra precisão em todos os dados fornecidos; _______________________________________________________
E) usa grande número de termos adjetivadores.
_______________________________________________________
48 ''Estava dormindo, como podia estar morto''; esse segmento do texto _______________________________________________________
significa que:
A) a aparência do menino não permitia saber se dormia ou estava _______________________________________________________
morto; _______________________________________________________
B) a posição do menino era idêntica à de um morto;
C) para os transeuntes, não fazia diferença estar o menino dormindo ou _______________________________________________________
morto; _______________________________________________________
D) não havia diferença, para a descrição feita, se o menino estava
dormindo ou morto; _______________________________________________________
E) o cronista não sabia sobre a real situação do menino.
_______________________________________________________
49 Alguns textos, como este, trazem referências de outros momentos _______________________________________________________
históricos de nosso país; o segmento do texto em que isso ocorre é:
A) ''Perto da Praça General Osório, olhei para o lado e vi...''; _______________________________________________________
B) ''...ou crivados de balas pelo Esquadrão da Morte''; _______________________________________________________
C) ''...escreveríamos toda a obra de Dickens'';
D) ''...isto é problema para o juizado de menores''; _______________________________________________________
E) ''Escurinho, de seus seis ou sete anos, não mais''.
_______________________________________________________
50 ''... era um bicho...''; a figura de linguagem presente neste segmento _______________________________________________________
do texto é uma:
A) metonímia; _______________________________________________________
B) comparação ou símile; _______________________________________________________
C) metáfora;
D) prosopopeia; _______________________________________________________
E) personificação. ______________________________________________________
_______________________________________________________
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Língua Portuguesa 57 A Opção Certa Para a Sua Realização
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Língua Portuguesa 58 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
vezes em que choveu. Então, se chover amanhã, a grama
ficará molhada." É comum associar os cientistas com este
RACIOCÍNIO LÓGICO estilo de raciocínio.

Avaliação da habilidade do candidato em entender a Abdução significa determinar a premissa. Usa-se


estrutura lógica de relações entre pessoas, lugares, a conclusão e a regra para defender que a premissa poderia
coisas ou eventos, deduzir novas informações e avaliar explicar a conclusão. Exemplo: "Quando chove, a grama fica
molhada. A grama está molhada, então pode ter chovido."
as condições usadas para estabelecer a estrutura da-
Associa-se este tipo de raciocínio
quelas relações. As questões das provas poderão tra- aos diagnosticistas e detetives.
tar das seguintes áreas: estruturas lógicas; lógica de
argumentação; diagramas lógicos; aritmética, álgebra e
geometria básica. Lógica Matemática
Imagine que você foi convocado a participar de um júri
Conceito de raciocínio lógico em um processo criminal e o advogado de defesa apresenta
os seguintes argumentos:
Raciocínio Lógico “Se meu cliente fosse culpado, a faca estaria na gaveta.
Ou a faca não estava na gaveta ou José da Silva viu a faca.
Ao procurarmos a solução de um problema quando dis- Se a faca não estava lá no dia 10 de outubro, segue que
pomos de dados como um ponto de partida e temos um José da Silva não viu a faca. Além disso, se a faca estava lá
objetivo a estimularmos, mas não sabemos como chegar a no dia 10 de outubro, então a faca estava na gaveta e o
esse objetivo temos um problema. Se soubéssemos não martelo estava no celeiro. Mas todos sabemos que o martelo
haveria problema. não estava no celeiro. Portanto, senhoras e senhores do júri,
meu cliente é inocente.
É necessário, portanto, que comece por explorar as pos- Pergunta: O argumento do advogado esta correto? Co-
sibilidades, por experimentar hipóteses, voltar atrás num mo você deveria votar o destino do réu?
caminho e tentar outro. É preciso buscar idéias que se con- E mais fácil responder a essa pergunta reescrevendo o
formem à natureza do problema, rejeitar aqueles que não se argumento com a notação de lógica formal, que retira todo o
ajustam a estrutura total da questão e organizar-se. palavrório que causa confusão e permite que nos concen-
tremos na argumentação subjacente.
Mesmo assim, é impossível ter certeza de que escolheu o
melhor caminho. O pensamento tende a ir e vir quando se A lógica formal fornece as bases para o método de pen-
trata de resolver problemas difíceis. sar organizado e cuidadoso que caracteriza qualquer ativida-
de racional.
Mas se depois de examinarmos os dados chegamos a "Lógica: Coerência de raciocínio, de ideias. Modo de ra-
uma conclusão que aceitamos como certa concluímos que ciocinar peculiar a alguém, ou a um grupo. Sequencia coe-
estivemos raciocinando. rente, regular e necessária de acontecimentos, de coisas."
(dicionário Aurélio), portanto podemos dizer que a Lógica e a
Se a conclusão decorre dos dados, o raciocínio é dito ló- ciência do raciocínio.
gico. 1. PRINCÍPIOS FUNDAMENTAIS EM LÓGICA MATE-
MÁTICA
Nova teoria científica 1.1 CONSIDERAÇÕES PRELIMINARES
Partindo-se do contexto histórico, a lógica enquanto ciên-
A ciência é bàsicamente a combinação do raciocínio lógi-
cia do raciocínio pode ser subdividida em duas grandes cor-
co bom com o conhecimento prático bom de fenômenos
rentes, quais sejam: Lógica Clássica e Lógica Formal.
naturais reais. Todos os seres humanos fazem algum racio-
cínio lógico e têm algum conhecimento prático de alguns Enquanto Lógica Clássica esta fundamentada em pro-
fenômenos naturais reais, mas na maior parte têm que com- cessos não matemáticos, processos não analíticos, sendo
binar ciência com sobrevivência. Alguns povos puderam que suas verdades advêm de entidades filosóficas. Pode-se
devotar muito de seu tempo ao raciocínio e/ou a ganhar o dizer que a Lógica Clássica tem um caráter intuitivo.
conhecimento melhor da natureza e com isso nos legaram Enquanto Lógica Formal, a qual encerra dentre outras
contribuições pequenas ou grandes ao desenvolvimento da tendências a Lógica Matemática, esta baseada em métodos
ciência. http://wwwracimate.blogspot.com.br/ e técnicas matemáticas.

Em lógica, pode-se distinguir três tipos de raciocínio ló- A Lógica matemática, ou a Lógica Simbólica ou Lógica
gico: dedução, indução e abdução. Dada uma premissa, Algorítmica é caracterizada pela axiomatização, pelo simbo-
uma conclusão, e uma regra segundo a qual apremis- lismo e pelo formalismo. Tem seu desenvolvimento na ins-
sa implica a conclusão, eles podem ser explicados da se- tância dos símbolos e passam a analisar o raciocínio segun-
do operações e ralações de cálculo específico.
guinte forma:
1.2 CÁLCULO PROPOSICIONAL E CÁLCULO DOS
Dedução corresponde a determinar a conclusão. Utiliza- PREDICADOS:
se da regra e sua premissa para chegar a uma conclusão. A Lógica Matemática é fundamentada pelo cálculo propo-
Exemplo: "Quando chove, a grama fica molhada. Choveu sicional (ou cálculo dos enunciados, ou cálculo sentencial) e
hoje. Portanto, a grama está molhada." É comum associar pelo cálculo dos predicados. No cálculo sentencial têm-se as
os matemáticos com este tipo de raciocínio. entidades mínimas de análise (proposições ou enunciados)
como elementos geradores. No cálculo dos predicados os
Indução é determinar a regra. É aprender a regra a partir elementos de análise correspondem às chamadas funções
de diversos exemplos de como a conclusão segue proposicionais.
da premissa. Exemplo: "A grama ficou molhada todas as

Raciocínio Lógico 1 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
No primeiro caso não se analisa a relação íntima entre o negativas); tendo em vista que em lógica matemática tem-se
nome e o predicado da estrutura em análise. Sendo oposto apenas dois estados de verdade, esta tem por objeto de
no segundo caso. análise as denominadas sentenças declarativas, afirmativas,
Os símbolos têm significado e usos específicos no cálculo de sentido completo e não elípticas (não ambíguas).
proposicional. Desta forma toda sentença declarativa, afirmativa de sen-
1.2.1 PROPOSIÇÃO, DECLARAÇÃO tido completo que expressão um determinado pensamento
são denominado predicados ou enunciados, as quais de
É todo o conjunto de palavras ou símbolos que exprimem acordo com o universo relacional onde se encontram é sem-
um pensamento de sentido completo para a qual se associa pre possível predicar-se “verdade” ou a “falsidade”.
apenas um dos dois atributos verdadeiro ou falso.
São exemplos de proposições em lógica:
São exemplos de proposições:
“A filosofia é a lógica dos contrários”
Quatro e maior que cinco.
“Bananas solitárias são aves volares se e somente se,
Ana e inteligente. um logaritmo vermelho é um abacate feliz”.
São Paulo e uma cidade da região sudeste. “Se todo homem inteligente é uma flor, então flores racio-
Existe vida humana em Marte. nais são homens solitários”.
A lua é um satélite da Terra No cálculo proposicional o que dever ser considerado é a
forma do enunciado e não o significado que esta alcança no
Recife é capital de Pernambuco
mundo real.
Portanto os exemplos acima permitem afirmar que o nú-
Exemplos de não proposições: mero de nomes e/ou predicados que constituem as senten-
Como vai você? ças declarativas, afirmativas de sentido completo dão origem
às denominadas proposições simples ou proposições com-
Como isso pode acontecer! postas.
1.3 PRINCÍPIOS FUNDAMENTAIS: 2.3 CARACTERIZAÇÃO, DEFINIÇÃO E NOTAÇÃO
A Lógica Matemática constitui um sistema científico regi- DAS PROPOSIÇÕES SIMPLES:
do por três leis principais, consideradas princípios fundamen- Uma proposição simples ou um átomo ou ainda uma pro-
tais: posição atômica, constituem a unidade mínima de análise do
 Princípio da não-contradição: uma proposição não cálculo sentencial e corresponde a uma estrutura tal em que
pode ser verdadeira e falsa ao mesmo tempo. não existe nenhuma outra proposição como parte integrante
de si próprio. Tais estruturas serão designadas pelas letras
 Princípio do terceiro excluído: toda preposição ou é
latinas minúsculas tais como:
verdadeira ou é falsa, isto é, verifica-se sempre um destes
casos e nunca um terceiro. p, q, r, s, u, v, w, p1, p2. . . ¸pn...
As quais são denominadas letras proposicionais ou variá-
veis enunciativas. Desta forma, pra se indicar que a letra
Neste sistema de raciocínio tem-se estabelecido tão so-
proposicional p designa a sentença: “A Matemática é atributo
mente dois “estados de verdade”, isto é, a “verdade” e a “não
da lógica”, adota-se a seguinte notação:
verdade”. Portanto a Lógica Matemática é um sistema biva-
lente ou dicotômico, onde os dois estados de verdade ser- p: A matemática é atributo da lógica.
vem para caracterizar todas as situações possíveis sendo Observe que a estrutura: “A matemática não é atributo da
mutuamente excludentes (isto é, a ocorrência da primeira lógica” não corresponde a uma proposição simples, pois
exclui a existência da segunda). possui como parte integrante de si outra proposição.
Portanto de uma forma geral pode-se dizer que qualquer 2.4 CARACTERIZAÇÃO, DEFINIÇÃO E NOTAÇÃO DE
entidade (proposição ou enunciado) em Lógica Matemática PROPOSIÇÒES COMPOSTAS:
apresenta apenas dois “estados de verdade” ou será corres-
pondente a “verdade” ou correspondente a “falsidade” não Uma proposição composta, ou uma fórmula proposicional
admitindo quaisquer outras hipóteses e nem tão pouco a ou uma molécula ou ainda uma proposição molecular é uma
ocorrência dos dois estados de verdade simultaneamente. sentença declarativa, afirmativa, de sentido completo consti-
tuída de pelo menos um nome ou pelo menos um predicado
2. PROPOSIÇÕES OU ENUNCIADOS - FUNDAMEN- ou ainda negativa, isto é, são todas as sentenças que possu-
TAÇÃO DO CÁLCULO PROPOSICIONAL em como parte integrante de si própria pelo menos uma
2.1 CONSIDERAÇÕES SOBRE O SISTEMA DICOTÔ- outra proposição.
MICO OU BIVALENTE: As proposições compostas serão designadas pelas letras
A Lógica Matemática constitui em termos gerais um sis- latinas maiúsculas tais como:
tema científico de raciocínio, que se baseia em estados biva- P, Q, R, S, U, V, W, P1, P2. . . Pn...
lentes, ou seja, é um sistema dicotômico onde a quaisquer
de suas entidades pode-se predicar a “verdade” ou a “falsi- Considere as proposições simples:
dade”, sendo estados mutuamente excludentes. Desta forma p: A filosofia é arte
a partir de seus axiomas fundamentais e do sistema bivalen- q: A dialética é ciência.
te estabelecido desenvolver-se-á um método analítico de
raciocínio que objetiva analisar a validade do processo infor- Seja, portanto, a proposição composta “A filosofia é arte
mal a partir das denominadas primeiras verdades, “primí- embora a dialética é a ciência”.
cias”. Para se indicar que a dada sentença é designada pela le-
2.2 DEFINIÇÃO E NOTAÇÃO DE PROPOSIÇÕES NO tra proposicional P, sendo constituída de p e q componentes
CÁLCULO PROPOSICIONAL: adota-se a notação P (p, q): A filosofia é arte embora a dialé-
tica é a ciência.
Na linguagem falada ou escrita quatro são os tipos fun-
damentais de sentenças; quais sejam as imperativas, as Observe que uma fórmula proposicional pode ser consti-
exclamativas, interrogativas e as declarativas (afirmativas ou tuída de outras fórmulas proposicionais. Além do mais uma

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letra proposicional pode designar uma única proposição, quer cia de argumentos, não tendo sentido associar validade ou
seja simples ou composta, contudo uma dada proposição legitimidade a proposições ou enunciados.
pode ser qualificada por quaisquer das letras proposicionais De forma resumida, a validade esta associada à coerên-
num dado universo. cia ou a consistência do raciocínio analítico.
Sejam as proposições: 2.6 CARACTERIZAÇÃO, DEFINIÇÃO, NOTAÇÃO DE
p: A lógica condiciona a Matemática CONECTIVOS LÓGICOS:
q: A dialética fundamenta o pensamento ambíguo. (ou conectivos proposicionais)
P (p, q): A lógica condiciona a Matemática, mas a dialéti- Vejam os exemplos:
ca fundamenta o pensamento ambíguo. “A matemática é a juventude da lógica e a lógica é a ma-
Q (p, q): A lógica condiciona a Matemática e/ou a dialéti- turidade da matemática”
ca fundamenta o pensamento ambíguo. “A matemática é a juventude da lógica ou a lógica é a
Sejam ainda proposições compostas: maturidade da matemática”
S (P, Q): Se a lógica condiciona a Matemática mas a dia- “A matemática é a juventude da lógica ou a lógica é a
lética fundamente o pensamento ambíguo, então a Lógica maturidade da matemática e não ambos”
condiciona a matemática e/ou a dialética fundamente o pen- “Se a matemática é a juventude da lógica, então a lógica
samento ambíguo. é a maturidade da matemática”.
De forma simbólica tem-se que; “A matemática é a juventude da lógica se, e somente se,
P (p, q): p mas q a lógica é a maturidade da matemática”.
Q (p, q): p e/ou q “Não é fato que a matemática é a juventude da lógica”
S (P, Q):Se p mas q, então p e/ou q Designamos as proposições simples:
Observe que: S (P, Q) é análoga a S (p, q). p: A matemática é a juventude da lógica
2.5 VERDADE E VALIDADE: q: A lógica é a maturidade da matemática
(Valor lógico ou valor verdade das proposições) Tem-se que:
Partindo-se do fato de que a lógica matemática é um sis- P (p, q): p e q.
tema científico de raciocínios, bivalentes e dicotômicos, em Q (p, q): p ou q.
que existem apenas dois “estados de verdade” capazes de
gerar todos os resultados possíveis, a “verdade” corresponde R (p, q): p ou q, e não ambos.
a afirmações do fato enquanto tal, sendo a “falsidade” a con- S (p, q): Se p, então q.
tradição ou a negação do fato enquanto tal. Assim a verdade
W (p, q): p se, e somente se q.
ou a falsidade, corresponde respectivamente ao “verdadeiro”
ou “falso”, segundo o referencial teórico que institui as de- P1 (p): não p
terminadas entidades “proposições” ou “enunciados”, de um Observe que as fórmulas proposicionais ou proposições
dado universo relacional. compostas anteriormente apresentadas foram obtidas a partir
Em resumo, a verdade é a afirmação do fato e a falsidade de duas proposições simples quaisquer, unidas pelo conjunto
é a negação do fato estabelecido. de palavras, quando utilizadas para estabelecer a conexão
entre duas ou mais proposições (simples ou compostas), são
denominadas conectivos lógicos ou conectivos proposicio-
Dada uma proposição simples qualquer, designar, por nais, os quais definem classes de fórmulas proposicionais
exemplo, pela letra proposicional p, tem-se pelos princípios específicas.
fundamentais que tal proposição será a verdade (V) ou a Prof.a Paula Francis Benevides
falsidade (F) não se admitindo outra hipótese, e, nem tão
pouco a ocorrência dos dois estados simultaneamente, por- Símbolos
tanto, para denotar tais situações, adotar-se-á a simboliza-
ção: não

V ( p ) = V (valor lógico de p é igual à verdade) ou V ( p )
=F.
∧ e
Considere uma proposição composta P, constituída das
proposições simples p, q, r,...., p1,...., pn componentes. Para
indicar o valor lógico ou valor verdadeiro desta fórmula pro- ∨ ou
posicional adotar-se-á as notações:
V [ P ( p, q, r,..., p1,..., pn)] = V ou V [ P ( p, q, r,..., p1,...,
pn)] = F
→ se ... então
É oportuno salientar-se que a lógica matemática não ca-
be a obrigação de decidir se uma dada proposição é verdade ↔ se e somente se
ou falsidade, isto é, compete aos respectivos especialistas
das correspondentes áreas de conhecimento. Contudo a
lógica tem por obrigação estruturar métodos ou procedimen- | tal que
tos de decisão que permita, num tempo finito, a decisão
sobre os valores lógicos de fórmulas proposicionais constitu- ⇒ implica
ídas de n proposições e m raciocínios (sobre o ponto de vista
da analiticidade de tais processos). A de se observar tam-
bém, que validade em lógica matemática corresponde, tão ⇔ equivalente
somente a avaliação de argumentos dedutivos ou de inferên-

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fica me mais caro. Portanto, preciso de um
∃ existe aumento da "mesada".

Temos aqui um argumento, cuja conclusão é: "preciso de


∃| existe um e somente um aumento da 'mesada'". E como justificas esta conclusão?
um Com a subida dos preços no bar da escola e com o facto de
lanchares no bar. Então, estas são as premissas do teu ar-
gumento, são as razões que utilizas para defender a conclu-
∀ qualquer que seja são.

Este exemplo permite-nos esclarecer outro aspecto dos


Valor lógi- argumentos, que é o seguinte: embora um argumento seja
Símbolo Expressão
co um conjunto de proposições, nem todos os conjuntos de
proposições são argumentos. Por exemplo, o seguinte con-
Negação ,¬,~ não, é falso, não é verdade que junto de proposições não é um argumento:
ou '
Conjunção e, mas , também, além disso Eu lancho no bar da escola, mas o João não.
A Joana come pipocas no cinema.
Disjunção ou O Rui foi ao museu.
Condicional se...então, implica, logo, somente se
Neste caso, não temos um argumento, porque não há
Bi- ...se, e somente se...; ...é condição nenhuma pretensão de justificar uma proposição com base
condicional necessária que ... nas outras. Nem há nenhuma pretensão de apresentar um
conjunto de proposições com alguma relação entre si. Há
apenas uma sequência de afirmações. E um argumento é,
ALGUMAS NOÇÕES DE LÓGICA como já vimos, um conjunto de proposições em que se pre-
tende que uma delas seja sustentada ou justificada pelas
António Aníbal Padrão outras — o que não acontece no exemplo anterior.
Introdução
Todas as disciplinas têm um objecto de estudo. O objeto Um argumento pode ter uma ou mais premissas, mas só
de estudo de uma disciplina é aquilo que essa disciplina pode ter uma conclusão.
estuda. Então, qual é o objecto de estudo da lógica? O que é
que a lógica estuda? A lógica estuda e sistematiza a validade Exemplos de argumentos com uma só premissa:
ou invalidade da argumentação. Também se diz que estuda
inferências ou raciocínios. Podes considerar que argumen- Exemplo 1
tos, inferências e raciocínios são termos equivalentes.
Premissa: Todos os portugueses são europeus.
Muito bem, a lógica estuda argumentos. Mas qual é o in- Conclusão: Logo, alguns europeus são portugueses.
teresse disso para a filosofia? Bem, tenho de te lembrar que
a argumentação é o coração da filosofia. Em filosofia temos a
Exemplo 2
liberdade de defender as nossas ideias, mas temos de sus-
tentar o que defendemos com bons argumentos e, é claro,
também temos de aceitar discutir os nossos argumentos. Premissa: O João e o José são alunos do 11.º ano.
Conclusão: Logo, o João é aluno do 11.º ano.
Os argumentos constituem um dos três elementos cen-
trais da filosofia. Os outros dois são os problemas e as teori- Exemplos de argumentos com duas premissas:
as. Com efeito, ao longo dos séculos, os filósofos têm procu-
rado resolver problemas, criando teorias que se apoiam em Exemplo 1
argumentos.
Premissa 1: Se o João é um aluno do 11.º ano, então es-
Estás a ver por que é que o estudo dos argumentos é im- tuda filosofia.
portante, isto é, por que é que a lógica é importante. É impor- Premissa 2: O João é um aluno do 11.º ano.
tante, porque nos ajuda a distinguir os argumentos válidos Conclusão: Logo, o João estuda filosofia.
dos inválidos, permite-nos compreender por que razão uns
são válidos e outros não e ensina-nos a argumentar correc- Exemplo 2
tamente. E isto é fundamental para a filosofia.
Premissa 1: Se não houvesse vida para além da morte,
O que é um argumento?
então a vida não faria sentido.
Um argumento é um conjunto de proposições que utili- Premissa 2: Mas a vida faz sentido.
zamos para justificar (provar, dar razão, suportar) algo. A Conclusão: Logo, há vida para além da morte.
proposição que queremos justificar tem o nome de conclu-
são; as proposições que pretendem apoiar a conclusão ou a Exemplo 3:
justificam têm o nome de premissas.
Premissa 1: Todos os minhotos são portugueses.
Supõe que queres pedir aos teus pais um aumento da Premissa 2: Todos os portugueses são europeus.
"mesada". Como justificas este aumento? Recorrendo a Conclusão: Todos os minhotos são europeus.
razões, não é? Dirás qualquer coisa como:
É claro que a maior parte das vezes os argumentos
Os preços no bar da escola subiram; não se apresentam nesta forma. Repara, por exemplo, no
como eu lancho no bar da escola, o lanche argumento de Kant a favor do valor objectivo da felicida-

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de, tal como é apresentado por Aires Almeida et al. Proposições e frases
(2003b) no site de apoio ao manual A Arte de Pensar:
Um argumento é um conjunto de proposições. Quer as
premissas quer a conclusão de um argumento são proposi-
"De um ponto de vista imparcial, cada pessoa é um ções. Mas o que é uma proposição?
fim em si. Mas se cada pessoa é um fim em si, a felicida-
de de cada pessoa tem valor de um ponto de vista impar-
cial e não apenas do ponto de vista de cada pessoa. Da- Uma proposição é o pensamento que uma frase
do que cada pessoa é realmente um fim em si, podemos declarativa exprime literalmente.
concluir que a felicidade tem valor de um ponto de vista
imparcial." Não deves confundir proposições com frases. Uma frase
é uma entidade linguística, é a unidade gramatical mínima de
Neste argumento, a conclusão está claramente identifica- sentido. Por exemplo, o conjunto de palavras "Braga é uma"
da ("podemos concluir que..."), mas nem sempre isto aconte- não é uma frase. Mas o conjunto de palavras "Braga é uma
ce. Contudo, há certas expressões que nos ajudam a perce- cidade" é uma frase, pois já se apresenta com sentido gra-
ber qual é a conclusão do argumento e quais são as premis- matical.
sas. Repara, no argumento anterior, na expressão "dado
que". Esta expressão é um indicador de premissa: ficamos a Há vários tipos de frases: declarativas, interrogativas, im-
saber que o que se segue a esta expressão é uma premissa perativas e exclamativas. Mas só as frases declarativas ex-
do argumento. Também há indicadores de conclusão: dois primem proposições. Uma frase só exprime uma proposição
dos mais utilizados são "logo" e "portanto". quando o que ela afirma tem valor de verdade.

Um indicador é um articulador do discurso, é uma palavra Por exemplo, as seguintes frases não exprimem proposi-
ou expressão que utilizamos para introduzir uma razão (uma ções, porque não têm valor de verdade, isto é, não são ver-
premissa) ou uma conclusão. O quadro seguinte apresenta dadeiras nem falsas:
alguns indicadores de premissa e de conclusão:
1. Que horas são?
2. Traz o livro.
Indicadores de premis- Indicadores de conclu- 3. Prometo ir contigo ao cinema.
sa são 4. Quem me dera gostar de Matemática.

Mas as frases seguintes exprimem proposições, porque


têm valor de verdade, isto é, são verdadeiras ou falsas, ainda
pois por isso que, acerca de algumas, não saibamos, neste momento, se
porque por conseguinte são verdadeiras ou falsas:
dado que implica que
como foi dito logo
visto que portanto 1. Braga é a capital de Portugal.
devido a então 2. Braga é uma cidade minhota.
a razão é que daí que 3. A neve é branca.
admitindo que segue-se que 4. Há seres extraterrestres inteligentes.
sabendo-se que pode-se inferir que
assumindo que consequentemente A frase 1 é falsa, a 2 e a 3 são verdadeiras. E a 4? Bem,
não sabemos qual é o seu valor de verdade, não sabemos se
é verdadeira ou falsa, mas sabemos que tem de ser verda-
É claro que nem sempre as premissas e a conclusão são deira ou falsa. Por isso, também exprime uma proposição.
precedidas por indicadores. Por exemplo, no argumento:
Uma proposição é uma entidade abstracta, é o pensa-
O Mourinho é treinador de futebol e ganha mais de 100000 mento que uma frase declarativa exprime literalmente. Ora,
euros por mês. Portanto, há treinadores de futebol que ga- um mesmo pensamento pode ser expresso por diferentes
nham mais de 100000 euros por mês. frases. Por isso, a mesma proposição pode ser expressa por
diferentes frases. Por exemplo, as frases "O governo demitiu
A conclusão é precedida do indicador "Portanto", mas as o presidente da TAP" e "O presidente da TAP foi demitido
premissas não têm nenhum indicador. pelo governo" exprimem a mesma proposição. As frases
seguintes também exprimem a mesma proposição: "A neve é
branca" e "Snow is white".
Por outro lado, aqueles indicadores (palavras e expres-
sões) podem aparecer em frases sem que essas frases se- Ambiguidade e vagueza
jam premissas ou conclusões de argumentos. Por exemplo,
se eu disser: Para além de podermos ter a mesma proposição expres-
sa por diferentes frases, também pode acontecer que a
mesma frase exprima mais do que uma proposição. Neste
Depois de se separar do dono, o cão nunca mais foi o
caso dizemos que a frase é ambígua. A frase "Em cada dez
mesmo. Então, um dia ele partiu e nunca mais foi visto.
minutos, um homem português pega numa mulher ao colo" é
Admitindo que não morreu, onde estará?
ambígua, porque exprime mais do que uma proposição: tanto
pode querer dizer que existe um homem português (sempre
O que se segue à palavra "Então" não é conclusão de o mesmo) que, em cada dez minutos, pega numa mulher ao
nenhum argumento, e o que segue a "Admitindo que" não é colo, como pode querer dizer que, em cada dez minutos, um
premissa, pois nem sequer tenho aqui um argumento. Por homem português (diferente) pega numa mulher ao colo (a
isso, embora seja útil, deves usar a informação do quadro de sua).
indicadores de premissa e de conclusão criticamente e não
de forma automática.
Por vezes, deparamo-nos com frases que não sabemos
com exactidão o que significam. São as frases vagas. Uma
frase vaga é uma frase que dá origem a casos de fronteira

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indecidíveis. Por exemplo, "O professor de Filosofia é calvo" Este argumento é válido, apesar de quer as premissas
é uma frase vaga, porque não sabemos a partir de quantos quer a conclusão serem falsas. Continua a aplicar-se a no-
cabelos é que podemos considerar que alguém é calvo. ção de validade dedutiva anteriormente apresentada: é im-
Quinhentos? Cem? Dez? Outro exemplo de frase vaga é o possível que as premissas sejam verdadeiras e a conclusão
seguinte: "Muitos alunos tiveram negativa no teste de Filoso- falsa. A validade de um argumento dedutivo depende da
fia". Muitos, mas quantos? Dez? Vinte? Em filosofia devemos conexão lógica entre as premissas e a conclusão do argu-
evitar as frases vagas, pois, se não comunicarmos com exac- mento e não do valor de verdade das proposições que cons-
tidão o nosso pensamento, como é que podemos esperar tituem o argumento. Como vês, a validade é uma proprieda-
que os outros nos compreendam? de diferente da verdade. A verdade é uma propriedade das
proposições que constituem os argumentos (mas não dos
Validade e verdade
argumentos) e a validade é uma propriedade dos argumen-
A verdade é uma propriedade das proposições. A valida- tos (mas não das proposições).
de é uma propriedade dos argumentos. É incorrecto falar em
proposições válidas. As proposições não são válidas nem Então, repara que podemos ter:
inválidas. As proposições só podem ser verdadeiras ou fal-
sas. Também é incorrecto dizer que os argumentos são ver- Argumentos válidos, com premissas verdadeiras e conclu-
dadeiros ou que são falsos. Os argumentos não são verda- são verdadeira;
deiros nem falsos. Os argumentos dizem-se válidos ou invá-
lidos. Argumentos válidos, com premissas falsas e conclusão
falsa;
Quando é que um argumento é válido? Por agora, referi-
rei apenas a validade dedutiva. Diz-se que um argumento Argumentos válidos, com premissas falsas e conclusão
dedutivo é válido quando é impossível que as suas premis- verdadeira;
sas sejam verdadeiras e a conclusão falsa. Repara que, para
um argumento ser válido, não basta que as premissas e a
Argumentos inválidos, com premissas verdadeiras e con-
conclusão sejam verdadeiras. É preciso que seja impossível
clusão verdadeira;
que sendo as premissas verdadeiras, a conclusão seja falsa.
Argumentos inválidos, com premissas verdadeiras e con-
Considera o seguinte argumento:
clusão falsa;
Premissa 1: Alguns treinadores de futebol ganham mais
Argumentos inválidos, com premissas falsas e conclusão
de 100000 euros por mês.
falsa; e
Premissa 2: O Mourinho é um treinador de futebol.
Conclusão: Logo, o Mourinho ganha mais de 100000
euros por mês. Argumentos inválidos, com premissas falsas e conclusão
verdadeira.
Neste momento (Julho de 2004), em que o Mourinho é
treinador do Chelsea e os jornais nos informam que ganha Mas não podemos ter:
muito acima de 100000 euros por mês, este argumento tem
premissas verdadeiras e conclusão verdadeira e, contudo, Argumentos válidos, com premissas verdadeiras e conclu-
não é válido. Não é válido, porque não é impossível que as são falsa.
premissas sejam verdadeiras e a conclusão falsa. Podemos
perfeitamente imaginar uma circunstância em que o Mouri- Como podes determinar se um argumento dedutivo é vá-
nho ganhasse menos de 100000 euros por mês (por exem- lido? Podes seguir esta regra:
plo, o Mourinho como treinador de um clube do campeonato
regional de futebol, a ganhar 1000 euros por mês), e, neste Mesmo que as premissas do argumento não sejam verda-
caso, a conclusão já seria falsa, apesar de as premissas deiras, imagina que são verdadeiras. Consegues imaginar
serem verdadeiras. Portanto, o argumento é inválido. alguma circunstância em que, considerando as premissas
verdadeiras, a conclusão é falsa? Se sim, então o argumento
Considera, agora, o seguinte argumento, anteriormente não é válido. Se não, então o argumento é válido.
apresentado:
Lembra-te: num argumento válido, se as premissas forem
Premissa: O João e o José são alunos do 11.º ano. verdadeiras, a conclusão não pode ser falsa.
Conclusão: Logo, o João é aluno do 11.º ano.
Argumentos sólidos e argumentos bons
Este argumento é válido, pois é impossível que a Em filosofia não é suficiente termos argumentos válidos,
premissa seja verdadeira e a conclusão falsa. Ao contrá- pois, como viste, podemos ter argumentos válidos com con-
rio do argumento que envolve o Mourinho, neste não po- clusão falsa (se pelo menos uma das premissas for falsa).
demos imaginar nenhuma circunstância em que a premis- Em filosofia pretendemos chegar a conclusões verdadeiras.
sa seja verdadeira e a conclusão falsa. Podes imaginar o Por isso, precisamos de argumentos sólidos.
caso em que o João não é aluno do 11.º ano. Bem, isto
significa que a conclusão é falsa, mas a premissa também Um argumento sólido é um argumento válido
é falsa. com premissas verdadeiras.

Repara, agora, no seguinte argumento: Um argumento sólido não pode ter conclusão falsa, pois,
por definição, é válido e tem premissas verdadeiras; ora, a
Premissa 1: Todos os números primos são pares. validade exclui a possibilidade de se ter premissas verdadei-
Premissa 2: Nove é um número primo. ras e conclusão falsa.
Conclusão: Logo, nove é um número par.
O seguinte argumento é válido, mas não é sólido:

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Todos os minhotos são alentejanos. que a conclusão. É o que acontece com o seguinte argumen-
Todos os bracarenses são minhotos. to:
Logo, todos os bracarenses são alenteja-
nos. Se a vida não faz sentido, então Deus não
existe.
Este argumento não é sólido, porque a primeira premissa Mas Deus existe.
é falsa (os minhotos não são alentejanos). E é porque tem Logo, a vida faz sentido.
uma premissa falsa que a conclusão é falsa, apesar de o
argumento ser válido. Este argumento é válido, mas não é um bom argumento,
porque as premissas não são menos discutíveis do que a
O seguinte argumento é sólido (é válido e tem premissas conclusão.
verdadeiras):
Para que um argumento seja bom (ou forte), as premis-
Todos os minhotos são portugueses. sas têm de ser mais plausíveis do que a conclusão, como
Todos os bracarenses são minhotos. acontece no seguinte exemplo:
Logo, todos os bracarenses são portugue-
ses. Se não se aumentarem os níveis de exigência de estudo e de
trabalho dos alunos no ensino básico, então os alunos conti-
Também podemos ter argumentos sólidos deste tipo: nuarão a enfrentar dificuldades quando chegarem ao ensino
secundário.
Sócrates era grego.
Logo, Sócrates era grego. Ora, não se aumentaram os níveis de exigência de estudo e
de trabalho dos alunos no ensino básico.
(É claro que me estou a referir ao Sócrates, filósofo grego
e mestre de Platão, e não ao Sócrates, candidato a secretá- Logo, os alunos continuarão a enfrentar dificuldades quando
rio geral do Partido Socialista. Por isso, a premissa e a con- chegarem ao ensino secundário.
clusão são verdadeiras.)
Este argumento pode ser considerado bom (ou forte),
Este argumento é sólido, porque tem premissa verdadeira porque, além de ser válido, tem premissas menos discutíveis
e é impossível que, sendo a premissa verdadeira, a conclu- do que a conclusão.
são seja falsa. É sólido, mas não é um bom argumento, por-
que a conclusão se limita a repetir a premissa. As noções de lógica que acabei de apresentar são ele-
mentares, é certo, mas, se as dominares, ajudar-te-ão a
Um argumento bom (ou forte) é um argumento válido per- fazer um melhor trabalho na disciplina de Filosofia e, porven-
suasivo (persuasivo, do ponto de vista racional). tura, noutras.

Fica agora claro por que é que o argumento "Sócrates era Proposições simples e compostas
grego; logo, Sócrates era grego", apesar de sólido, não é um
bom argumento: a razão que apresentamos a favor da con- As proposições simples ou atômicas são assim caracteri-
clusão não é mais plausível do que a conclusão e, por isso, o zadas por apresentarem apenas uma idéia. São indicadas
argumento não é persuasivo. pelas letras minúsculas: p, q, r, s, t...

Talvez recorras a argumentos deste tipo, isto é, argumen- As proposições compostas ou moleculares são assim ca-
tos que não são bons (apesar de sólidos), mais vezes do que racterizadas por apresentarem mais de uma proposição
imaginas. Com certeza, já viveste situações semelhantes a conectadas pelos conectivos lógicos. São indicadas pelas
esta: letras maiúsculas: P, Q, R, S, T...

— Pai, preciso de um aumento da "mesa- Obs: A notação Q(r, s, t), por exemplo, está indicando
da". que a proposição composta Q é formada pelas proposições
— Porquê? simples r, s e t.
— Porque sim.
Exemplo:
O que temos aqui? O seguinte argumento: Proposições simples:
p: O número 24 é múltiplo de 3.
q: Brasília é a capital do Brasil.
Preciso de um aumento da "mesada".
r: 8 + 1 = 3 . 3
Logo, preciso de um aumento da "mesa-
s: O número 7 é ímpar
da".
t: O número 17 é primo
Proposições compostas
Afinal, querias justificar o aumento da "mesada" (conclu- P: O número 24 é divisível por 3 e 12 é o dobro de 24.
são) e não conseguiste dar nenhuma razão plausível para Q: A raiz quadrada de 16 é 4 e 24 é múltiplo de 3.
esse aumento. Limitaste-te a dizer "Porque sim", ou seja, R(s, t): O número 7 é ímpar e o número 17 é primo.
"Preciso de um aumento da 'mesada', porque preciso de um
aumento da 'mesada'". Como vês, trata-se de um argumento Noções de Lógica
muito mau, pois com um argumento deste tipo não conse- Sérgio Biagi Gregório
gues persuadir ninguém.
1. CONCEITO DE LÓGICA
Mas não penses que só os argumentos em que a conclu-
são repete a premissa é que são maus. Um argumento é Lógica é a ciência das leis ideais do pensamento e a arte
mau (ou fraco) se as premissas não forem mais plausíveis do de aplicá-los à pesquisa e à demonstração da verdade.

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O erro pode derivar de duas espécies de causas:
Diz-se que a lógica é uma ciência porque constitui um das palavras que o exprimem ou das idéias que o constitu-
sistema de conhecimentos certos, baseados em princípios em. No primeiro, os sofismas de palavras ou verbais; no
universais. Formulando as leis ideais do bem pensar, a lógica segundo, os sofismas de idéias ou intelectuais.
se apresenta como ciência normativa, uma vez que seu obje-
to não é definir o que é, mas o que deve ser, isto é, Exemplo de sofisma verbal: usar mesma palavra com
as normas do pensamento correto. duplo sentido; tomar a figura pela realidade.

A lógica é também uma arte porque, ao mesmo tempo Exemplo de sofisma intelectual: tomar por essencial o
que define os princípios universais do pensamento, estabele- que é apenas acidental; tomar por causa um simples ante-
ce as regras práticas para o conhecimento da verdade (1). cedente ou mera circunstância acidental (3).

2. EXTENSÃO E COMPREENSÃO DOS CONCEITOS


LÓGICA
Ao examinarmos um conceito, em termos lógicos, deve-
mos considerar a sua extensão e a sua compreensão. Lógica - do grego logos significa “palavra”, “expressão”,
“pensamento”, “conceito”, “discurso”, “razão”. Para Aristóte-
Vejamos, por exemplo, o conceito homem. les, a lógica é a “ciência da demonstração”; Maritain a define
como a “arte que nos faz proceder, com ordem, facilmente e
A extensão desse conceito refere-se a todo o conjunto sem erro, no ato próprio da razão”; para Liard é “a ciência
de indivíduos aos quais se possa aplicar a designação ho- das formas do pensamento”. Poderíamos ainda acrescentar:
mem. “É a ciência das leis do pensamento e a arte de aplicá-las
corretamente na procura e demonstração da verdade.
A compreensão do conceito homem refere-se ao conjun-
to de qualidades que um indivíduo deve possuir para ser A filosofia, no correr dos séculos, sempre se preocupou
designado pelo termo homem: animal, vertebrado, mamífero, com o conhecimento, formulando a esse respeito várias
bípede, racional. questões: Qual a origem do conhecimento? Qual a sua es-
sência? Quais os tipos de conhecimentos? Qual o critério da
Esta última qualidade é aquela que efetivamente distin- verdade? É possível o conhecimento? À lógica não interessa
gue o homem dentre os demais seres vivos (2). nenhuma dessas perguntas, mas apenas dar as regrasdo
pensamento correto. A lógica é, portanto, uma disciplina
3. JUÍZO E O RACIOCÍNIO propedêutica.

Entende-se por juízo qualquer tipo de afirmação ou ne- Aristóteles é considerado, com razão, o fundador da lógi-
gação entre duas idéias ou dois conceitos. Ao afirmarmos, ca. Foi ele, realmente, o primeiro a investigar, cientificamen-
por exemplo, que “este livro é de filosofia”, acabamos de te, as leis do pensamento. Suas pesquisas lógicas foram
formular um juízo. reunidas, sob o nome de Organon, por Diógenes Laércio. As
leis do pensamento formuladas por Aristóteles se caracteri-
O enunciado verbal de um juízo é denomina- zam pelo rigor e pela exatidão. Por isso, foram adotadas
do proposição ou premissa. pelos pensadores antigos e medievais e, ainda hoje, são
admitidas por muitos filósofos.
Raciocínio - é o processo mental que consiste em coor-
denar dois ou mais juízos antecedentes, em busca de um O objetivo primacial da lógica é, portanto, o estudo da in-
juízo novo, denominado conclusão ou inferência. teligência sob o ponto de vista de seu uso no conhecimento.
É ela que fornece ao filósofo o instrumento e a técnica ne-
Vejamos um exemplo típico de raciocínio: cessária para a investigação segura da verdade. Mas, para
1ª) premissa - o ser humano é racional; atingir a verdade, precisamos partir de dados exatos e racio-
2ª) premissa - você é um ser humano; cinar corretamente, a fim de que o espírito não caia em con-
conclusão - logo, você é racional. tradição consigo mesmo ou com os objetos, afirmando-os
diferentes do que, na realidade, são. Daí as várias divisões
O enunciado de um raciocínio através da linguagem fala- da lógica.
da ou escrita é chamado de argumento. Argumentar signifi-
ca, portanto, expressar verbalmente um raciocínio (2). Assim sendo, a extensão e compreensão do conceito, o
juízo e o raciocínio, o argumento, o silogismo e o sofisma são
4. SILOGISMO estudados dentro do tema lógica. O silogismo, que é um
raciocínio composto de três proposições, dispostos de tal
Silogismo é o raciocínio composto de três proposições, maneira que a terceira, chamada conclusão, deriva logica-
dispostas de tal maneira que a terceira, chamada conclusão, mente das duas primeiras chamadas premissas, tem lugar de
deriva logicamente das duas primeiras, chamadas premis- destaque. É que todos os argumentos começam com uma
sas. afirmação caminhando depois por etapas até chegar à con-
clusão. Sérgio Biagi Gregório
Todo silogismo regular contém, portanto, três proposi-
ções nas quais três termos são comparados, dois a dois. PROPOSIÇÃO
Exemplo: toda a virtude é louvável; ora, a caridade é uma
virtude; logo, a caridade é louvável (1). Denomina-se proposição a toda frase declarativa, expressa
em palavras ou símbolos, que exprima um juízo ao qual se
5. SOFISMA possa atribuir, dentro de certo contexto, somente um de dois
valores lógicos possíveis: verdadeiro ou falso.
Sofisma é um raciocínio falso que se apresenta com apa- São exemplos de proposições as seguintes sentenças
rência de verdadeiro. Todo erro provém de um raciocínio declarativas:
ilegítimo, portanto, de um sofisma. A capital do Brasil é Brasília.
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Raciocínio Lógico 8 A Opção Certa Para a Sua Realização


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Existe um número ímpar menor que dois.
João foi ao cinema ou ao teatro. Ela é uma palavra usada na terminologia própria da Lógica e
da Retórica.
Não são proposições: Tautologia é uma proposição dada como explicação ou
1) frases interrogativas: “Qual é o seu nome?” como prova, mas que, na realidade, apenas repete o que foi
2) frases exclamativas: “Que linda é essa mulher!” dito.
3) frases imperativas: “Estude mais.”
4) frases optativas: “Deus te acompanhe.” Exemplo clássico é o famoso 'subir para cima' ou
5) frases sem verbo: “O caderno de Maria.” o 'descer para baixo' (dizem que devemos evitar uso das
6) sentenças abertas (o valor lógico da sentença depende do repetições desnecessárias).
valor (do nome) atribuído a variável):

“x é maior que 2”; “x+y = 10”; “Z é a capital do Chile”. ARGUMENTO


PROPOSIÇÃO CATEGÓRICA Um argumento pode ser definido como uma afirmação
acompanhada de justificativa (argumento retórico) ou como
Proposição categórica faz uma afirmação da qual não fi- uma justaposição de duas afirmações opostas, argumento e
caremos com duvidas. contra-argumento (argumento dialógico)1 .
Por exemplo: “O produto será entregue hoje”. Temos Na lógica, um argumento é um conjunto de uma ou mais
certeza de que o produto será entregue hoje. sentenças declarativas, também conhecidas como
Mas, se a frase fosse: “Talvez o produto seja entregue proposições, ou ainda, premissas, acompanhadas de uma
hoje” ou “O produto poderá ser entregue hoje”, toda a outra frase declarativa conhecida comoconclusão.
certeza se esvai.

Essas não são proposições categóricas, e somos deixa- Um argumento dedutivo afirma que a verdade de uma
dos na dúvida sobre quando o produto realmente será entre- conclusão é uma consequência lógica daspremissas que a
gue. antecedem.
Um argumento categórico (formado por proposições ca-
tegóricas) é, então, o mais efetivo dos argumentos porque Um argumento indutivo afirma que a verdade da
nos fornece certo conhecimento. conclusão é apenas apoiada pelas premissas.

- PROPOSIÇÃO HIPOTÉTICA. Toda premissa, assim como toda conclusão, pode ser
A Hipótese (do gr. Hypóthesis) é uma proposição que se apenas verdadeira ou falsa; nunca pode ser ambígua.
admite de modo provisório como verdadeira e como ponto de
partida a partir do qual se pode deduzir, pelas regras da Em funçao disso, as frases que apresentam um
lógica, um conjunto secundário de proposições, que têm por argumento são referidas como sendo verdadeiras ou falsas,
objetivo elucidar o mecanismo associado às evidências e e em consequência, são válidas ou são inválidas.
dados experimentais a se explicar.
Alguns autores referem-se à conclusão das premissas
Literalmente pode ser compreendida como uma suposi- usando os termos declaração, frase, afirmação ou
ção ou proposição na forma de pergunta, uma conjetura que proposição.
orienta uma investigação por antecipar características prová-
veis do objeto investigado e que vale quer pela concordância A razão para a preocupação com a verdade
com os fatos conhecidos quer pela confirmação através de é ontológica quanto ao significado dos termos (proposições)
deduções lógicas dessas características, quer pelo confronto em particular. Seja qual termo for utilizado, toda premissa,
com os resultados obtidos via novos caminhos de investiga- bem como a conclusão, deve ser capaz de ser apenas
ção (novas hipóteses e novos experimentos). verdadeira ou falsa e nada mais: elas devem
Não é possível provar ou refutar uma hipótese, mas confir- ser truthbearers ("portadores de verdade", em português).
má-la ou invalidá-la: provar e confirmar são coisas diferentes
embora divisadas por uma linha tênue. Entretanto, para as
Argumentos formais e argumentos informais
questões mais complexas, lembre-se, podem existir muitas
explicações possíveis, uma ou duas experiências talvez não
provem ou refutar uma hipótese. Argumentos informais são estudados na lógica informal.
São apresentados em linguagem comum e se destinam a ser
- TAUTOLOGIA o nosso discurso diário. Argumentos Formais são estudados
na lógica formal (historicamente chamada lógica simbólica,
A origem do termo vem de do grego tautó, que significa "o mais comumente referida como lógica matemática) e são
mesmo", mais logos, que significa "assunto".Portanto, tauto- expressos em uma linguagem formal. Lógica informal pode
logia é dizer sempre a mesma coisa em termos diferentes. chamar a atenção para o estudo da argumentação, que
enfatiza implicação, lógica formal e de inferência.
Em filosofia diz-se que um argumento é tautológico quan-
do se explica por ele próprio, às vezes redundante Argumentos dedutivos
ou falaciosamente.
O argumento dedutivo é uma forma de raciocínio que
Por exemplo, dizer que "o mar é azul porque reflete a geralmente parte de uma verdade universal e chega a uma
cor do céu e o céu é azul por causa do mar" é uma afirma- verdade menos universal ou singular. Esta forma de
tiva tautológica. raciocínio é válida quando suas premissas, sendo
Um exemplo de dito popular tautológico é "tudo o que é verdadeiras, fornecem provas evidentes para sua conclusão.
demais sobra". Sua característica principal é a necessidade, uma vez que
nós admitimos como verdadeira as premissas teremos que
admitir a conclusão como verdadeira, pois a conclusão

Raciocínio Lógico 9 A Opção Certa Para a Sua Realização


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decorre necessariamente das premissas. Dessa forma, o lógica de verdade por um ou outro argumento, que mostra se
argumento deve ser considerado válido. “Um raciocínio tratar de uma tautologia por meio de uma prova.
dedutivo é válido quando suas premissas, se verdadeiras,
fornecem provas convincentes para sua conclusão, isto é, O correspondente condicional de um argumento válido é
quando as premissas e a conclusão estão de tal modo necessariamente uma verdade (verdadeiro em todos os
relacionados que é absolutamente impossível as premissas mundos possíveis) e, por isso, se poderia dizer que a
serem verdadeiras se a conclusão tampouco for verdadeira” conclusão decorre necessariamente das premissas, ou
(COPI, 1978, p.35). Geralmente os argumentos dedutivos resulta de uma necessidade lógica. A conclusão de um
são estéreis, uma vez que eles não apresentam nenhum argumento válido não precisa ser verdadeira, pois depende
conhecimento novo. Como dissemos, a conclusão já está de saber se suas premissas são verdadeiras.Tal conclusão
contida nas premissas. A conclusão nunca vai além das não precisa ser uma verdade: se fosse assim, seria
premissas. Mesmo que a ciência não faça tanto uso da independente das premissas. Exemplo: Todos os gregos são
dedução em suas descobertas, exceto a matemática, ela humanos e todos os seres humanos são mortais, portanto,
continua sendo o modelo de rigor dentro da lógica. Note que todos os gregos são mortais. Argumento válido, pois se as
em todos os argumentos dedutivos a conclusão já está premissas são verdadeiras a conclusão deve ser verdadeira.
contida nas premissas.
Exemplos
1) Só há movimento no carro se houver combustível.
O carro está em movimento. Alguns gregos são lógicos e alguns lógicos são chatos,
Logo, há combustível no carro. por isso, alguns gregos são chatos. Este argumento é
inválido porque todos os chatos lógicos poderiam ser
2) Tudo que respira é um ser vivo. romanos!
A planta respira.
Logo, a planta é um ser vivo. Ou estamos todos condenados ou todos nós somos
salvos, não somos todos salvos por isso estamos todos
3) O som não se propaga no vácuo. condenados. Argumento válido,pois as premissas implicam a
Na lua tem vácuo. conclusão. (Lembre-se que não significa que a conclusão
Logo, não há som na lua. tem de ser verdadeira, apenas se as premissas são
verdadeiras e, talvez, eles não são, talvez algumas pessoas
4) Só há fogo se houver oxigênio são salvas e algumas pessoas são condenadas, e talvez
Na lua não há oxigênio. alguns nem salvos nem condenados!)
Logo, na lua não pode haver fogo.
Argumentos podem ser invalidados por uma variedade de
5) P=Q razões. Existem padrões bem estabelecidos de raciocínio
Q=R que tornam argumentos que os seguem inválidos; esses
Logo, P=R padrões são conhecidos como falácias lógicas.

Solidez de um argumento
Validade
Um argumento sólido é um argumento válido com as
Argumentos tanto podem ser válidos ou inválidos. Se um premissas verdadeiras. Um argumento sólido pode ser válido
argumento é válido, e a sua premissa é verdadeira, a e, tendo ambas as premissas verdadeiras, deve seguir uma
conclusão deve ser verdadeira: um argumento válido não conclusão verdadeira.
pode ter premissa verdadeira e uma conclusão falsa.
Argumentos indutivos
A validade de um argumento depende, porém, da real
veracidade ou falsidade das suas premissas e e de sua
Lógica indutiva é o processo de raciocínio em que as
conclusões. No entanto, apenas o argumento possui uma
premissas de um argumento se baseiam na conclusão, mas
forma lógica. A validade de um argumento não é uma
não implicam nela. Indução é uma forma de raciocínio que
garantia da verdade da sua conclusão. Um argumento válido
faz generalizações baseadas em casos individuais.
pode ter premissas falsas e uma conclusão falsa.
Indução matemática não deve ser incorretamente
A Lógica visa descobrir as formas válidas, ou seja, as
interpretada como uma forma de raciocínio indutivo, que é
formas que fazer argumentos válidos. Uma Forma de
considerado não-rigoroso em matemática. Apesar do nome,
Argumento é válida se e somente se todos os seus
a indução matemática é uma forma de raciocínio dedutivo e é
argumentos são válidos. Uma vez que a validade de um
totalmente rigorosa.
argumento depende da sua forma, um argumento pode ser
demonstrado como inválido, mostrando que a sua forma é
inválida, e isso pode ser feito, dando um outro argumento da Nos argumentos indutivos as premissas dão alguma
mesma forma que tenha premissas verdadeiras mas uma evidência para a conclusão. Um bom argumento indutivo terá
falsa conclusão. Na lógica informal este argumento é uma conclusão altamente provável. Neste caso, é bem
chamado de contador. provável que a conclusão realizar-se-á ou será válida. Diz-se
então que as premissas poderão ser falsas ou verdadeiras e
as conclusões poderão ser válidas ou não válidas. Segundo
A forma de argumento pode ser demonstrada através da
John Stuart Mill, existem algumas regras que se aplicam aos
utilização de símbolos. Para cada forma de argumento,
argumentos indutivos, que são: O método da concordância, o
existe um forma de declaração correspondente, chamado
método da diferença, e o método das variações
de Correspondente Condicional. Uma forma de argumento é
concomitantes.
válida Se e somente se o seu correspondente condicional é
uma verdade lógica. A declaração é uma forma lógica de
verdade, se é verdade sob todas as interpretações. Uma
forma de declaração pode ser mostrada como sendo uma

Raciocínio Lógico 10 A Opção Certa Para a Sua Realização


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Argumentação convincente pelo menos, uma transformação qualitativa na direção do
diálogo.
Um argumento é convincente se e somente se a
veracidade das premissas tornar verdade a provável Argumentos em várias disciplinas
conclusão (isto é, o argumento é forte), e as premissas do
argumento são, de fato, verdadeiras. Exemplo: As declarações são apresentadas como argumentos em
todas as disciplinas e em todas as esferas da vida. A Lógica
está preocupada com o que consititui um argumento e quais
Nada Saberei se nada tentar. são as formas de argumentos válidos em todas as
interpretações e, portanto, em todas as disciplinas. Não
existem diferentes formas válidas de argumento, em
disciplinas diferentes.
Falácias e não argumentos
Argumentos matemáticos
Uma falácia é um argumento inválido que parece válido,
ou um argumento válido com premissas "disfarçadas". Em
A base de verdade matemática tem sido objeto de um
primeiro Lugar, as conclusões devem ser declarações,
longo debate. Frege procurou demonstrar, em particular, que
capazes de serem verdadeiras ou falsas. Em segundo lugar
as verdades aritméticas podem ser obtidas a partir de lógicas
não é necessário afirmar que a conclusão resulta das
puramente axiomáticas e, por conseguinte, são, no final,
premissas. As palavras, “por isso”, “porque”, “normalmente” e
lógicas de verdades. Se um argumento pode ser expresso
“consequentemente” separam as premissas a partir da
sob a forma de frases em Lógica Simbólica, então ele pode
conclusão de um argumento, mas isto não é
ser testado através da aplicação de provas. Este tem sido
necessariamente assim. Exemplo: “Sócrates é um homem e
realizado usando Axioma de Peano. Seja como for, um
todos os homens são mortais, logo, Sócrates é mortal”. Isso
argumento em Matemática, como em qualquer outra
é claramente um argumento, já que é evidente que a
disciplina, pode ser considerado válido apenas no caso de
afirmação de que Sócrates é mortal decorre das declarações
poder ser demonstrado que é de uma forma tal que não
anteriores. No entanto: “eu estava com sede e, por isso, eu
possa ter verdadeiras premissas e uma falsa conclusão.
bebi” não é um argumento, apesar de sua aparência. Ele não
está reivindicando que eu bebi por causa da sede, eu poderia
ter bebido por algum outro motivo. Argumentos políticos

Argumentos elípticos Um argumento político é um exemplo de uma


argumentação lógica aplicada a política. Argumentos
Políticos são utilizados por acadêmicos, meios de
Muitas vezes um argumento não é válido, porque existe
comunicação social, candidatos a cargos políticos e
uma premissa que necessita de algo mais para torná-lo
funcionários públicos. Argumentos políticos também são
válido. Alguns escritores, muitas vezes, deixam de fora uma
utilizados por cidadãos comuns em interações de comentar e
premissa estritamente necessária no seu conjunto de
compreender sobre os acontecimentos políticos.
premissas se ela é amplamente aceita e o escritor não
pretende indicar o óbvio. Exemplo: Ferro é um metal, por
isso, ele irá expandir quando aquecido. (premissa FORMA DE UM ARGUMENTO
descartada: todos os metais se expandem quando
aquecidos). Por outro lado, um argumento aparentemente Os argumentos lógicos, em geral, possuem uma
válido pode ser encontrado pela falta de uma premissa - um certa forma (estrutura). Uma estrutura pode ser criada a
"pressuposto oculto" - o que se descartou pode mostrar uma partir da substituição de palavras diferentes ou sentenças,
falha no raciocínio. Exemplo: Uma testemunha que geram uma substituição de letras (variáveis lógicas) ao
fundamentada diz “Ninguém saiu pela porta da frente, exceto logo das linhas da álgebra.
o pastor, por isso, o assassino deve ter saído pela porta dos
fundos”. (hipótese que o pastor não era o assassino). Um exemplo de um argumento:

Retórica, dialética e diálogos argumentativos (1) Todos os humanos são mentirosos. João é humano.
Logo, João é mentiroso.
Considerando que os argumentos são formais (como se
encontram em um livro ou em um artigo de investigação), os Podemos reescrever o argumento separando cada
diálogos argumentativos são dinâmicos. Servem como um sentença em sua determinada linha:
registro publicado de justificação para uma afirmação.
Argumentos podem também ser interativos tendo como (2) Todo humano é mentiroso.
interlocutor a relação simétrica. As premissas são discutidas,
bem como a validade das inferências intermediárias. (3) João é humano.

A retórica é a técnica de convencer o interlocutor através (4) Logo, João é mentiroso.


da oratória, ou outros meios de comunicação.
Classicamente, o discurso no qual se aplica a retórica é
Substituimos os termos similares de (2-4) por letras, para
verbal, mas há também — e com muita relevância — o
mostrar a importância da noção de forma de argumento a
discurso escrito e o discurso visual.
seguir:
Dialética significa controvérsia, ou seja, a troca de
(5) Todo H é M.
argumentos e contra-argumentos defendendo proposições. O
resultado do exercício poderá não ser pura e simplesmente
a refutação de um dos tópicos relevantes do ponto de vista, (6) J é H.
mas uma síntese ou combinação das afirmações opostas ou,
(7) Logo, J é M.

Raciocínio Lógico 11 A Opção Certa Para a Sua Realização


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O que fizemos em C foi substituir "humano" por "H", como blocos de construção para o raciocínio mais complexo.
"João" por "J" e "mentiroso" por "M", como resultado dessas Começamos com o mais famoso de todos eles:
alterações temos que (5-7) é uma forma do argumento
original (1), ou seja (5-7) é a forma de argumento de (1). Todos os homens são mortais
Além disso, cada sentença individual de (5-7) é a forma de
sentença de uma respectiva sentença em (1). Sócrates é um homem

Vale enfatizar que quando dois ou mais argumentos têm Portanto, Sócrates é mortal.
a mesma forma, se um deles é válido, todos os outros
também são, e se um deles é inválido, todos os outros
Processo acima é chamado de dedutivo.
também são.
O leitor pode verificar que as premissas e a conclusão
são verdadeiras, mas a lógica segue junto com inferência: a
A CONTRARIO verdade da conclusão segue da verdade das premissas? A
validade de uma inferência depende da forma da inferência.
A contrario (ou a contrario sensu1 ) é uma locução Isto é, a palavra "válido" não se refere à verdade das
latina que qualifica um processo de argumentação em que a premissas ou a conclusão, mas sim a forma da inferência.
forma é idêntica a outro processo de argumentação, mas em Uma inferência pode ser válida, mesmo se as partes são
que a hipótese e, por consequência, a conclusão são as falsos, e pode ser nulo, mesmo se as peças são verdadeiras.
inversas deste último.2 Tal como na locução "a pari", usava- Mas uma forma válida e com premissas verdadeiras sempre
se originalmente, em linguagem jurídica, para se referir a um terá uma conclusão verdadeira.
argumento que, usado a respeito de uma dada espécie,
poderia ser aplicado a outra espécie do mesmo género. considere o seguinte exemplo:
Tornou-se posteriormente um tipo de raciocínio aplicável a
outros campos do conhecimento em que a oposição Todos os frutos são doces.
existente numa hipótese se reencontra também como A banana é uma fruta.
oposição nas consequências dessa hipótese.3 Portanto, a banana é doce.
Para a conclusão ser necessariamente verdadeira, as
Muito utilizado em Direito, o argumento "a contrario" tem premissas precisam ser verdadeiras.
de ser fundamentado nas leis lógicas de oposição por
contrários, para que não se caia num Agora nos voltamos para um forma inválida.
argumentofalacioso.4 Assim, se duas proposições contrárias
não podem ser simultaneamente verdadeiras, podem ser Todo A é B.
simultaneamente falsas, já que podem admitir a particular C é um B.
intermédia. Por exemplo, à proposição verdadeira "todos os Portanto, C é um A.
portugueses têm direito à segurança social" opõe-se a
Para mostrar que esta forma é inválida, buscamos
proposição falsa "nenhum português tem direito à segurança
demonstrar como ela pode levar a partir de premissas
social"; contudo, o contrário da proposição falsa "todos os
verdadeiras para uma conclusão falsa.
portugueses têm direito de voto" continua a ser falsa a
proposição "nenhum português tem direito de voto", já que Todas as maçãs são frutas. (Correto)
existe um meio termo verdadeiro: "alguns portugueses têm Bananas são frutas. (Correto)
direito de voto". Da mesma forma, ao estar consignado na Portanto, as bananas são maçãs. (Errado)
Constituição Portuguesa que "a lei estabelecerá garantias
efectivas contra a obtenção e utilização abusivas, ou Um argumento válido com premissas falsas podem levar
contrárias à dignidade humana, de informações relativas às a uma falsa conclusão:
pessoas e famílias", pode-se inferir que "A lei poderá não Todas as pessoas gordas são gregas.
estabelecerá garantias efectivas contra a obtenção e John Lennon era gordo.
utilização abusivas, ou contrárias à dignidade humana, de Portanto, John Lennon era grego.
informações relativas às pessoas e famílias".
Quando um argumento válido é usado para derivar uma
Inferência conclusão falsa de premissas falsas, a inferência é válida,
pois segue a forma de uma inferência correta. Um argumento
Inferência, em Lógica, é o ato ou processo de derivar
válido pode também ser usado para derivar uma conclusão
conclusões lógicas de premissas conhecida ou
verdadeira a partir de premissas falsas:
decididamente verdadeiras. A conclusão também é chamada
de idiomática. Todas as pessoas gordas são músicos
John Lennon era gordo
Definição Portanto, John Lennon era um músico
Neste caso, temos duas falsas premissas que implicam
O processo pelo qual uma conclusão é inferida a partir de uma conclusão verdadeira.
múltiplas observações é chamado processo dedutivo ou
indutivo, dependendo do contexto. A conclusão pode ser
Inferência incorreta
correta , incorreta, correta dentro de um certo grau de
precisão, ou correta em certas situações. Conclusões
inferidas a partir de observações múltiplas podem ser Uma inferência incorreta é conhecida como uma falácia.
testadas por observações adicionais. Os filósofos que estudam lógica informal compilaram grandes
listas deles, e os psicólogos cognitivos têm documentado
muitas vieses de raciocínio humano que favorecem o
Exemplos de Inferência
raciocínio incorreto.
Filósofos gregos definiram uma série de silogismos,
corrigir três inferências de peças, que podem ser usados

Raciocínio Lógico 12 A Opção Certa Para a Sua Realização


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Inferência logica automática

Os sistemas de IA primeiro providenciaram "inferência • "Alguns humanos são vegetarianos" se torna "Existe
logica automática". Uma vez que estes já foram temas de algum (ao menos um) x tal que x é humano e x é
investigação extremamente popular, levaram a aplicações vegetariano".
industriais sob a forma de sistemas especialistas e depois
"business rule engines".

O trabalho de um sistema de inferência é a de estender


Frege trata sentenças simples sem substantivos como
uma base de conhecimento automaticamente. A base de
predicados e aplica a eles to "dummy objects" (x). A estrutura
conhecimento (KB) é um conjunto de proposições que
lógica na discussão sobre objetos pode ser operada de
representam o que o sistema sabe sobre o mundo. Várias
acordo com as regras da lógica sentencial, com alguns
técnicas podem ser utilizadas pelo sistema para estender KB
detalhes adicionais para adicionar e remover quantificadores.
por meio de inferências válidas.
O trabalho de Frege foi um dos que deu início à lógica formal
contemporânea.
RACIOCÍNIO
Frege adiciona à lógica sentencial:
O Raciocínio (ou raciocinar) é uma • o vocabulário de quantificadores (o A de ponta-
operação lógica discursiva e mental. Neste, o intelecto cabeça, e o E invertido) e variáveis;
humano utiliza uma ou mais proposições, para concluir,
através de mecanismos de comparações e abstrações, quais
• e uma semântica que explica que as variáveis
denotam objetos individuais e que os
são os dados que levam às respostas verdadeiras, falsas ou
quantificadores têm algo como a força de "todos" ou
prováveis. Das premissas chegamos a conclusões.
"alguns" em relação a esse objetos;
Foi pelo processo do raciocínio que ocorreu o
• métodos para usá-los numa linguagem.
desenvolvimento do método matemático, este considerado
Para introduzir um quantificador "todos", você assume
instrumento puramente teórico e dedutivo, que prescinde de
uma variável arbitrária, prova algo que deva ser verdadeira, e
dados empíricos.
então prova que não importa que variável você escolha, que
aquilo deve ser sempre verdade. Um quantificador "todos"
Através da aplicação do raciocínio, as ciências como um pode ser removido aplicando-se a sentença para um objeto
todo evoluíram para uma crescente capacidade do intelecto em particular. Um quantificador "algum" (existe) pode ser
em alavancar o conhecimento. Este é utilizado para isolar adicionado a uma sentença verdadeira de qualquer objeto;
questões e desenvolver métodos e resoluções nas mais pode ser removida em favor de um temo sobre o qual você
diversas questões relacionadas à existência e sobrevivência ainda não esteja pressupondo qualquer informação.
humana. Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.

O raciocínio, um mecanismo da inteligência, gerou a Lógica De Primeira Ordem


convicção nos humanos de que a razão unida
à imaginação constituem os instrumentos fundamentais para A linguagem da lógica proposicional não é adequada para
a compreensão do universo, cuja ordem interna, aliás, tem representar relações entre objetos. Por exemplo, se fôsse-
um caráter racional, portanto, segundo alguns, este processo mos usar uma linguagem proposicional para representar
é a base do racionalismo. "João é pai de Maria e José é pai de João" usaríamos duas
Logo, resumidamente, o raciocínio pode ser considerado letras sentenciais diferentes para expressar idéias semelhan-
também um dos integrantes dos mecanismos dos tes (por exemplo, P para simbolizar "João é pai de Maria "e Q
processos cognitivos superiores da formação de conceitos e para simbolizar "José é pai de João" ) e não estaríamos
da solução de problemas, sendo parte do pensamento. captando com esta representação o fato de que as duas
frases falam sobre a mesma relação de parentesco entre
Lógica De Predicados João e Maria e entre José e João. Outro exemplo do limite do
poder de expressão da linguagem proposicional, é sua inca-
Gottlob Frege, em sua Conceitografia (Begriffsschrift), pacidade de representar instâncias de um propriedade geral.
descobriu uma maneira de reordenar várias sentenças para Por exemplo, se quiséssemos representar em linguagem
tornar sua forma lógica clara, com a intenção de mostrar proposicional "Qualquer objeto é igual a si mesmo " e "3 é
como as sentenças se relacionam em certos aspectos. Antes igual a 3", usaríamos letras sentenciais distintas para repre-
de Frege, a lógica formal não obteve sucesso além do nível sentar cada uma das frases, sem captar que a segunda frase
da lógica de sentenças: ela podia representar a estrutura de é uma instância particular da primeira. Da mesma forma, se
sentenças compostas de outras sentenças, usando palavras por algum processo de dedução chegássemos à conclusão
como "e", "ou" e "não", mas não podia quebrar sentenças em que um indivíduo arbitrário de um universo tem uma certa
partes menores. Não era possível mostrar como "Vacas são propriedade, seria razoável querermos concluir que esta
animais" leva a concluir que "Partes de vacas são partes de propriedade vale para qualquer indivíduo do universo. Po-
animais". rém, usando uma linguagem proposicional para expressar
"um indivíduo arbitrário de um universo tem uma certa pro-
A lógica sentencial explica como funcionam palavras priedade " e "esta propriedade vale para qualquer indivíduo
como "e", "mas", "ou", "não", "se-então", "se e somente se", e do universo" usaríamos dois símbolos proposicionais distin-
"nem-ou". Frege expandiu a lógica para incluir palavras como tos e não teríamos como concluir o segundo do primeiro.
"todos", "alguns", e "nenhum". Ele mostrou como podemos
introduzir variáveis e quantificadores para reorganizar A linguagem de primeira ordem vai captar relações entre
sentenças. indivíduos de um mesmo universo de discurso e a lógica de
primeira ordem vai permitir concluir particularizações de uma
• "Todos os humanos são mortais" se torna "Para todo
propriedade geral dos indivíduos de um universo de discurso,
x, se x é humano, então x é mortal.".
assim como derivar generalizações a partir de fatos que
valem para um indivíduo arbitrário do universo de discurso.
Raciocínio Lógico 13 A Opção Certa Para a Sua Realização
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Para ter tal poder de expressão, a linguagem de primeira Seqüências de símbolos tais como suc(0) e suc(suc(suc(0)))
ordem vai usar um arsenal de símbolos mais sofisticado do são chamadas termos.
que o da linguagem proposicional.
Assim, a frase "Todo número natural diferente de zero é
Considere a sentença "Todo objeto é igual a si mesmo". sucessor de um número natural" pode ser simbolizada por
∀x(¬x≈0 →∃ysuc(y)≈x). Fonte: UFRJ
Esta sentença fala de uma propriedade (a de ser igual a
si mesmo) que vale para todos os indivíduos de um universo Lógica De Vários Valores
de discurso, sem identificar os objetos deste universo.
Sistemas que vão além dessas duas distinções
Considere agora a sentença "Existem números naturais (verdadeiro e falso) são conhecidos como lógicas não-
que são pares". aristotélicas, ou lógica de vários valores (ou então lógicas
polivaluadas, ou ainda polivalentes).
Esta sentença fala de um propriedade (a de ser par) que
vale para alguns (pelo menos um dos) indivíduos do universo No início do século 20, Jan Łukasiewicz investigou a
dos números naturais, sem, no entanto, falar no número" 0" extensão dos tradicionais valores verdadeiro/falso para incluir
ou "2" ou "4",etc em particular. um terceiro valor, "possível".
Para expressar propriedades gerais (que valem para to- Lógicas como a lógica difusa foram então desenvolvidas
dos os indivíduos) ou existenciais (que valem para alguns com um número infinito de "graus de verdade",
indivíduos) de um universo são utilizados os quantificadores representados, por exemplo, por um número real entre 0 e 1.
∀ (universal) e ∃ (existencial), respectivamente. Estes quanti- Probabilidade bayesiana pode ser interpretada como um
ficadores virão sempre seguidos de um símbolo de variável, sistema de lógica onde probabilidade é o valor verdade
captando, desta forma, a idéia de estarem simbolizando as subjetivo.
palavras "para qualquer" e "para algum".
O principal objetivo será a investigação da validade de
Considere as sentenças: ARGUMENTOS: conjunto de enunciados dos quais um é a
"Sócrates é homem" CONCLUSÃO e os demais PREMISSAS. Os argumentos
"Todo aluno do departamento de Ciência da Computação estão tradicionalmente divididos em DEDUTIVOS e INDUTI-
estuda lógica" VOS.

A primeira frase fala de uma propriedade (ser homem) de ARGUMENTO DEDUTIVO: é válido quando suas pre-
um indivíduo distinguido ("Sócrates") de um domínio de dis- missas, se verdadeiras, a conclusão é também verdadeira.
curso. A segunda frase fala sobre objetos distiguidos "depar- Premissa : "Todo homem é mortal."
tamento de Ciência da Computação" e "lógica". Tais objetos Premissa : "João é homem."
poderão ser representados usando os símbolos , soc para Conclusão : "João é mortal."
"Sócrates", cc para "departamento de Ciência da Computa-
ção", lg para "lógica".Tais símbolos são chamados de símbo- ARGUMENTO INDUTIVO: a verdade das premissas não
los de constantes. basta para assegurar a verdade da conclusão.
Premissa : "É comum após a chuva ficar nublado."
As propriedades "ser aluno de ", "estuda" relacionam ob- Premissa : "Está chovendo."
jetos do universo de discurso considerado, isto é, "ser aluno Conclusão: "Ficará nublado."
de " relaciona os indivíduos de uma universidade com os
seus departamentos, "estuda" relaciona os indivíduos de As premissas e a conclusão de um argumento, formula-
uma universidade com as matérias. Para representar tais das em uma linguagem estruturada, permitem que o argu-
relações serão usados símbolos de predicados (ou relações). mento possa ter uma análise lógica apropriada para a verifi-
Nos exemplos citados podemos usar Estuda e Aluno que cação de sua validade. Tais técnicas de análise serão trata-
são símbolos de relação binária. As relações unárias expres- das no decorrer deste roteiro.
sam propriedades dos indivíduos do universo (por exemplo
"ser par","ser homem"). A relação "ser igual a" é tratata de OS SÍMBOLOS DA LINGUAGEM DO CÁLCULO PRO-
forma especial, sendo representada pelo símbolo de igualda- POSICIONAL
de ≈. • VARIÁVEIS PROPOSICIONAIS: letras latinas minús-
culas p,q,r,s,.... para indicar as proposições (fórmulas
Desta forma podemos simbolizar as sentenças conside- atômicas) .
radas nos exemplos da seguinte forma:
- "Todo mundo é igual a si mesmo " por ∀x x≈x; Exemplos: A lua é quadrada: p
- "Existem números naturais que são pares" por A neve é branca : q
∃xPar(x);
- "Sócrates é homem" por Homem(soc); • CONECTIVOS LÓGICOS: As fórmulas atômicas po-
- "Todo aluno do departamento de Ciência da Compu- dem ser combinadas entre si e, para representar tais
tação estuda lógica" por∀x(Aluno(x,cc) →Estuda combinações usaremos os conectivos lógicos:
(x,lg)). ∧: e , ∨: ou , → : se...então , ↔ : se e somente se , ∼: não

Já vimos como representar objetos do domínio através de Exemplos:


constantes.Uma outra maneira de representá-los é atravez • A lua é quadrada e a neve é branca. : p ∧ q (p e q são cha-
do uso de símbolos de função. mados conjuntos)
• A lua é quadrada ou a neve é branca. : p ∨ q ( p e q são
Por exemplo podemos representar os números naturais chamados disjuntos)
"1", "2", "3", etc através do uso de símbolo de função, diga- • Se a lua é quadrada então a neve é branca. : p → q (p é o
mos, suc, que vai gerar nomes para os números naturais "1", antecedente e q o conseqüente)
"2", "3", etc. a partir da constante 0, e. g., "1" vai ser denota- • A lua é quadrada se e somente se a neve é branca. : p ↔ q
do por suc(0), "3" vai ser denotado por suc(suc(suc(0))), etc.

Raciocínio Lógico 14 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
• A lua não é quadrada. : ∼p declarando que, "O mapa não é o território". Um exemplo
comum das limitações da linguagem são algumas formas do
• SÍMBOLOS AUXILIARES: ( ), parênteses que servem verbo "ser". "Ser" não é definido claramente (a área de
para denotar o "alcance" dos conectivos; estudos filosóficos chamada ontologia ainda não produziu um
significado concreto) e assim se uma declaração incluir "ser"
Exemplos: com um elemento essencial, ela pode estar sujeita a
• Se a lua é quadrada e a neve é branca então a lua paradoxos.
não é quadrada.: ((p ∧ q) → ∼ p)
• A lua não é quadrada se e somente se a neve é Tipos de paradoxos
branca.: ((∼
∼ p) ↔q)) Temas comuns em paradoxos incluem auto-referências
diretas e indiretas, infinitudes, definições circulares e
• DEFINIÇÃO DE FÓRMULA : confusão nos níveis de raciocínio.
1. Toda fórmula atômica é uma fórmula.
2. Se A e B são fórmulas então (A ∨ B), (A ∧ B), (A → B), W. V. Quine (1962) distingüe três classes de paradoxos:
(A ↔ B) e (∼
∼ A) também são fórmulas. Os paradoxos verídicos produzem um resultado que
3. São fórmulas apenas as obtidas por 1. e 2. . parece absurdo embora seja demonstravelmente
verdadeiro. Assim, o paradoxo do aniversário de
Com o mesmo conectivo adotaremos a convenção pela Frederic na opereta The Pirates of Penzance
direita. estabelece o fato surpreendente de que uma pessoa
pode ter mais do que N anos em seu N-ésimo
Exemplo: a fórmula p ∨ q ∧ ∼ r → p → ∼ q deve ser entendida aniversário. Da mesma forma, o teorema da
como (((p ∨ q) ∧ (∼
∼ r)) → ( p → (∼
∼ q))) impossibilidade de Arrow envolve o comportamento
de sistemas de votação que é surpreendente mas,
ainda assim, verdadeiro.
Paradoxo Os paradoxos falsídicos estabelecem um resultado que
O frasco com auto-fluxo de Robert Boyle preenche a si não somente parece falso como também o é
próprio neste diagrama, mas máquinas de moto contínuo não demonstravelmente – há uma falácia da
existem. demonstração pretendida. As várias provas inválidas
(e.g., que 1 = 2) são exemplos clássicos, geralmente
Um paradoxo é uma declaração aparentemente dependendo de uma divisão por zero despercebida.
verdadeira que leva a uma contradição lógica, ou a uma Outro exemplo é o paradoxo do cavalo.
situação que contradiz a intuição comum. Em termos Um paradoxo que não pertence a nenhuma das classes
simples, um paradoxo é "o oposto do que alguém pensa ser acima pode ser uma antinomia, uma declaração que
a verdade". A identificação de um paradoxo baseado em chega a um resultado auto-contraditório aplicando
conceitos aparentemente simples e racionais tem, por vezes, apropriadamente meios aceitáveis de raciocínio. Por
auxiliado significativamente o progresso da ciência, filosofia e exemplo, o paradoxo de Grelling-Nelson aponta
matemática. problemas genuínos na nossa compreensão das
idéias de verdade e descrição.
A etimologia da palavra paradoxo pode ser traçada a
textos que remontam à aurora da Renascença, um período
Proposição
de acelerado pensamento científico na Europa e Ásia que
começou por volta do ano de 1500. As primeiras formas da
Segundo Quine, toda proposição é uma frase mas nem
palavra tiveram por base a palavra latina paradoxum, mas
toda frase é uma proposição; uma frase é uma proposição
também são encontradas em textos em grego como
apenas quando admite um dos dois valores lógicos: Falso
paradoxon (entretanto, o Latim é fortemente derivado do
(F)ou Verdadeiro (V). Exemplos:
alfabeto grego e, além do mais, o Português é também
1. Frases que não são proposições
derivado do Latim romano, com a adição das letras "J" e "U").
A palavra é composta do prefixo para-, que quer dizer
o Pare!
"contrário a", "alterado" ou "oposto de", conjungada com o
o Quer uma xícara de café?
sufixo nominal doxa, que quer dizer "opinião". Compare com
o Eu não estou bem certo se esta cor me agrada
2. Frases que são proposições
ortodoxia e heterodoxo.
o A lua é o único satélite do planeta terra (V)
Na filosofia moral, o paradoxo tem um papel central nos
o A cidade de Salvador é a capital do estado do Ama-
zonas (F)
debates sobre ética. Por exemplo, a admoestação ética para
"amar o seu próximo" não apenas contrasta, mas está em
o O numero 712 é ímpar (F)
contradição com um "próximo" armado tentando ativamente
o Raiz quadrada de dois é um número irracional (V)
matar você: se ele é bem sucedido, você não será capaz de
Composição de Proposições
amá-lo. Mas atacá-lo preemptivamente ou restringi-lo não é
É possível construir proposições a partir de proposições
usualmente entendido como algo amoroso. Isso pode ser
já existentes. Este processo é conhecido por Composição
considerado um dilema ético. Outro exemplo é o conflito
de Proposições. Suponha que tenhamos duas proposições,
entre a injunção contra roubar e o cuidado para com a família
1. A = "Maria tem 23 anos"
que depende do roubo para sobreviver.
2. B = "Maria é menor"
Deve ser notado que muitos paradoxos dependem de
Pela legislação corrente de um país fictício, uma pessoa
uma suposição essencial: que a linguagem (falada, visual ou
é considerada de menor idade caso tenha menos que 18
matemática) modela de forma acurada a realidade que
anos, o que faz com que a proposição B seja F, na interpre-
descreve. Em física quântica, muitos comportamentos
tação da proposição A ser V. Vamos a alguns exemplos:
paradoxais podem ser observados (o princípio da incerteza
1. "Maria não tem 23 anos" (nãoA)
de Heisenberg, por exemplo) e alguns já foram atribuídos
2. "Maria não é menor"(não(B))
ocasionalmente às limitações inerentes da linguagem e dos
3. "Maria tem 23 anos" e "Maria é menor" (A e B)
modelos científicos. Alfred Korzybski, que fundou o estudo da
4. "Maria tem 23 anos" ou "Maria é menor" (A ou B)
Semântica Geral, resume o conceito simplesmente
5. "Maria não tem 23 anos" e "Maria é menor" (não(A) e

Raciocínio Lógico 15 A Opção Certa Para a Sua Realização


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B) b) o sol gira em torno da Terra; valor lógico da proposi-
6. "Maria não tem 23 anos" ou "Maria é menor" (não(A) ção: falsidade (F)
ou B)
7. "Maria tem 23 anos" ou "Maria não é menor" (A ou TIPOS DE PROPOSIÇÃO
não(B)) Simples ou Atômicas - é a proposição que não contém
8. "Maria tem 23 anos" e "Maria não é menor" (A e nenhuma outra proposição como parte integrante de si mes-
não(B)) ma. As proposições simples são geralmente designadas por
9. Se "Maria tem 23 anos" então "Maria é menor" (A => letras minúsculas p, q, r, s ..., chamadas letras proposicio-
B) nais.
10. Se "Maria não tem 23 anos" então "Maria é menor"
(não(A) => B) Observação: Pode ser usada qualquer letra do alfabeto
11. "Maria não tem 23 anos" e "Maria é menor" (não(A) e minúsculo para representar uma proposição simples.
B)
12. "Maria tem 18 anos" é equivalente a "Maria não é Exemplo:
menor" (C <=> não(B)) p: Oscar é prudente;
q: Mário é engenheiro;
Note que, para compor proposições usou-se os símbolos r: Maria é morena.
não (negação), e (conjunção), ou (disjunção), => (impli-
cação) e, finalmente, <=> (equivalência). São os chamados Composta ou Molecular - é a proposição formada pela
conectivos lógicos. Note, também, que usou-se um símbolo combinação de duas ou mais proposições. São habitualmen-
para representar uma proposição: C representa a proposição te designadas por letras maiúsculas P, Q, R, S ..., também
Maria tem 18 anos. Assim, não(B) representa Maria não é denominadas letras proposicionais.
menor, uma vez que B representa Maria é menor.
Exemplo:
Algumas Leis Fundamentais p : Walter é engenheiro E Pedro é estudante;
q : Mauro é dedicado OU Pedro é trabalhador;
Um proposição é falsa (F) ou
r : SE Flávio é estudioso ENTÃO será aprovado.
Lei do Meio Excluido verdadeira (V): não há meio
termo. Observação: As proposições compostas são também
denominadas fórmulas proposicionais ou apenas fórmulas.
Uma proposição não pode ser, Quando interessa destacar que uma proposição composta P
Lei da Contradição
simultaneamente, V e F. é formada pela combinação de proposições simples, escre-
ve-se: P ( p, q, r ...);
O valor lógico (V ou F) de uma
proposição composta é unica- Conectivos - são palavras que se usam para formar no-
Lei da Funcionalidade mente determinada pelos valo- vas proposições a partir de outras.
res lógicos de suas proposições
constituintes. Exemplo:
P: 6 é par E 8 é cubo perfeito;
PROPOSIÇÕES E CONECTIVOS Q: NÃO vai chover;
Proposição - é todo o conjunto de palavras ou símbolos R: SE Mauro é médico, ENTÃO sabe biologia;
que exprimem um pensamento de sentido completo, isto é, S: o triângulo ABC é isósceles OU equilátero;
afirmam fatos ou exprimem juízos que formamos a respeito T: o triângulo ABC é equilátero SE E SOMENTE SE é
de determinados entes. equilátero.

Exemplo: São conectivos usuais em lógica Matemática as palavras


a) a lua é um satélite da Terra; que estão grifadas, isto é "e", "ou", "não", "se ... então", "... se
b) O sol é amarelo; e somente se ..."
c) Brasília é a capital do Brasil.

Princípios Adotados como Regras Fundamentais do SENTENÇAS ABERTAS


Pensamento, na Lógica Matemática
• Princípio da não contradição - uma proposição não Sentenças Abertas
pode ser verdadeira e falsa ao mesmo tempo.
• Princípio do terceiro excluído - toda proposição ou No capítulo um, comentamos sobre as sentenças aber-
é verdadeira ou é falsa, isto é, verifica-se sempre um tas, que são sentenças do tipo:
destes casos e nunca um terceiro.
a) x + 3 = 10
Valores Lógicos das Proposições b) x > 5
c) (x+1)2 – 5 = x2
Chama-se valor lógico de uma proposição a verdade se a
d) x – y = 20
proposição é verdadeira e a falsidade se a proposição é
falsa. e) Em 2004 foram registradas 800+z acidentes de
trânsito em São Paulo.
Valor Lógico Símbolo de Designação f) Ele é o juiz do TRT da 5ª Região.
Verdade V
Tais sentenças não são consideradas proposições por-
Falsidade F que seu valor lógico (V ou F) depende do valor atribuído à
variável (x, y, z,...). O pronome ele que aparece na última
Toda proposição tem um e um só dos valores V, F (de sentença acima, funciona como uma variável, a qual se pode
acordo os dois princípios supracitados). atribuir nomes de pessoas.

Exemplo: Há, entretanto, duas maneiras de transformar sentenças


a) o mercúrio é mais pesado que a água; valor lógico da abertas em proposições:
proposição: verdade (V)

Raciocínio Lógico 16 A Opção Certa Para a Sua Realização


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1ª) atribuir valor às variáveis; Por raciocínio, entende-se tanto uma atividade mental
quanto o produto dessa atividade. Esse, por sua vez, pode
2ª) utilizar quantificadores. ser analisado sob muitos ângulos: o psicólogo poderá estu-
dar o papel das emoções sobre um determinado raciocínio; o
A primeira maneira foi mostrada no capítulo um, mas ve- sociólogo considerará as influências do meio; o criminólogo
jamos outros exemplos: levará em conta as circunstâncias que o favoreceram na
prática de um ato criminoso etc. Apesar de todas estas pos-
sibilidades, o raciocínio é estudado de modo muito especial
Ao atribuir a x o valor 5 na sentença aberta x + 3 = 10,
no âmbito da lógica. Para ela, pouco importam os contextos
esta transforma-se na proposição 5 + 3 = 10, cujo valor lógi-
psicológico, econômico, político, religioso, ideológico, jurídico
co é F.
ou de qualquer outra esfera que constituam o “ambiente do
raciocínio”.
Ao atribuir a x o valor 2 na sentença aberta (x+1)2 – 5 =
x2, esta transforma-se na proposição (2+1)2 – 5 = 22, que
Ao lógico, não interessa se o raciocínio teve esta ou aque-
resulta em 4 = 4, tendo, portanto, valor lógico V.
la motivação, se respeita ou não a moral social, se teve influ-
ências das emoções ou não, se está de acordo com uma
A seguir, veremos a transformação de uma sentença a- doutrina religiosa ou não, se foi produzido por uma pessoa
berta numa proposição por meio de quantificadores. embriagada ou sóbria. Ele considera a sua forma. Ao consi-
derar a forma, ele investiga a coerência do raciocínio, as
Quantificadores relações entre as premissas e a conclusão, em suma, sua
obediência a algumas regras apropriadas ao modo como foi
Consideremos as afirmações: formulado etc.
a) Todo sangue é vermelho.
Apenas a título de ilustração, seguem-se algumas defini-
b) Cada um dos alunos participará da excursão.
ções e outras referências à lógica:
c) Algum animal é selvagem.
d) Pelo menos um professor não é rico.
e) Existe uma pessoa que é poliglota. “A arte que dirige o próprio ato da razão, ou seja, nos
f) Nenhum crime é perfeito. permite chegar com ordem, facilmente e sem erro, ao próprio
ato da razão – o raciocínio” (Jacques Maritain).
Expressões como “todo”, “cada um”, "algum", "pelo me-
nos um", “existe”, “nenhum” são quantificadores. “A lógica é o estudo dos métodos e princípios usados para
distinguir o raciocínio correto do incorreto” (Irving Copi).
Há fundamentalmente dois tipos de quantificadores: Uni-
versal e Existencial. “A lógica investiga o pensamento não como ele é, mas
como deve ser” (Edmundo D. Nascimento).
São quantificadores:
outro(s) “A princípio, a lógica não tem compromissos. No entanto,
pouco(s) sua história demonstra o poder que a mesma possui quando
quantos bem dominada e dirigida a um propósito determinado, como
tanto(s) o fizeram os sofistas, a escolástica, o pensamento científico
qualquer / quaisquer ocidental e, mais recentemente, a informática” (Bastos; Kel-
certo(s) ler).
todo(s)
ambos 1.1. Lógica formal e Lógica material
algum / alguns
vário(s) / vária(s) Desde Aristóteles, seu primeiro grande organizador, os es-
tudos da lógica orientaram-se em duas direções principais: a
Na lógica de predicados, a quantificação universal é da lógica formal, também chamada de “lógica menor” e a da
uma formalização da noção de que algumas coisas são ver- lógica material, também conhecida como “lógica maior”.
dadeiras para todas as coisas, ou para todas as coisas rele-
vantes. O resultado é uma afirmação universalmente quanti-
A lógica formal preocupa-se com a correção formal do
ficada. Em símbolos lógicos, o quantificador universal (usu-
almente ∀ ) é o símbolo usado para denotar o universo de pensamento. Para esse campo de estudos da lógica, o con-
quantificação, informalmente lido como "para todo". teúdo ou a matéria do raciocínio tem uma importância relati-
va. A preocupação sempre será com a sua forma. A forma é
respeitada quando se preenchem as exigências de coerência
Na lógica de predicados, um quantificador existencial é interna, mesmo que as conclusões possam ser absurdas do
a predicação de uma propriedade ou relação para, pelo me- ponto de vista material (conteúdo). Nem sempre um raciocí-
nos, umel emento do domínio. nio formalmente correto corresponde àquilo que chamamos
de realidade dos fatos.
LÓGICA DE ARGUMENTAÇÃO
No entanto, o erro não está no seu aspecto formal e, sim,
1. Introdução na sua matéria. Por exemplo, partindo das premissas que
(1) todos os brasileiros são europeus
Desde suas origens na Grécia Antiga, especialmente de e que
Aristóteles (384-322 a.C.) em diante, a lógica tornou-se um (2) Pedro é brasileiro,
dos campos mais férteis do pensamento humano, particular- formalmente, chegar-se-á à conclusão lógica que
mente da filosofia. Em sua longa história e nas múltiplas (3) Pedro é europeu.
modalidades em que se desenvolveu, sempre foi bem claro
seu objetivo: fornecer subsídios para a produção de um bom Materialmente, este é um raciocínio falso porque a experi-
raciocínio. ência nos diz que a premissa é falsa.

Raciocínio Lógico 17 A Opção Certa Para a Sua Realização


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No entanto, formalmente, é um raciocínio válido, porque a gumentar é o núcleo principal da retórica, considerada a arte
conclusão é adequada às premissas. É nesse sentido que se de convencer mediante o discurso.
costuma dizer que o computador é falho, já que, na maioria
dos casos, processaformalmente informações nele previa- Partindo do pressuposto de que as pessoas pensam aqui-
mente inseridas, mas não tem a capacidade de verificar o lo que querem, de acordo com as circunstâncias da vida e as
valor empírico de tais informações. decisões pessoais (subjetividade), um argumento conseguirá
atingir mais facilmente a meta da persuasão caso as idéias
Já, a lógica material preocupa-se com a aplicação das o- propostas se assentem em boas razões, capazes de mexer
perações do pensamento à realidade, de acordo com a natu- com as convicções daquele a quem se tenta convencer.
reza ou matéria do objeto em questão. Nesse caso, interessa Muitas vezes, julga-se que estão sendo usadas como bom
que o raciocínio não só seja formalmente correto, mas que argumento opiniões que, na verdade, não passam de pre-
também respeite a matéria, ou seja, que o seu conteúdocor- conceitos pessoais, de modismos, de egoísmo ou de outras
responda à natureza do objeto a que se refere. Neste caso, formas de desconhecimento. Mesmo assim, a habilidade no
trata-se da correspondência entrepensamento e realidade. argumentar, associada à desatenção ou à ignorância de
quem ouve, acaba, muitas vezes, por lograr a persuasão.
Assim sendo, do ponto de vista lógico, costuma-se falar de
dois tipos de verdade: a verdade formal e a verdade material. Pode-se, então, falar de dois tipos de argumentação: boa
A verdade formal diz respeito, somente e tão-somente, à ou má, consistente/sólida ou inconsistente/frágil, lógica ou
forma do discurso; já a verdade material tem a ver com a ilógica, coerente ou incoerente, válida ou não-válida, fraca ou
forma do discurso e as suas relações com a matéria ou o forte etc.
conteúdo do próprio discurso. Se houver coerência, no pri-
meiro caso, e coerência e correspondência, no segundo, De qualquer modo, argumentar não implica, necessaria-
tem-se a verdade. mente, manter-se num plano distante da existência humana,
desprezando sentimentos e motivações pessoais. Pode-se
Em seu conjunto, a lógica investiga as regras adequadas argumentar bem sem, necessariamente, descartar as emo-
à produção de um raciocínio válido, por meio do qual visa-se ções, como no caso de convencer o aluno a se esforçar nos
à consecução da verdade, seja ela formal ou material. Rela- estudos diante da perspectiva de férias mais tranqüilas. En-
cionando a lógica com a prática, pode-se dizer que é impor- fim, argumentar corretamente (sem armar ciladas para o
tante que se obtenha não somente uma verdade formal, mas, interlocutor) é apresentar boas razões para o debate, susten-
também, uma verdade que corresponda à experiência. Que tar adequadamente um diálogo, promovendo a dinamização
seja, portanto, materialmente válida. A conexão entre os do pensamento. Tudo isso pressupõe um clima democrático.
princípios formais da lógica e o conteúdo de seus raciocínios
pode ser denominada de “lógica informal”. Trata-se de uma 1.3. Inferência Lógica
lógica aplicada ao plano existencial, à vida quotidiana.
Cabe à lógica a tarefa de indicar os caminhos para um ra-
1.2. Raciocínio e Argumentação ciocínio válido, visando à verdade.

Três são as principais operações do intelecto humano: a Contudo, só faz sentido falar de verdade ou falsidade
simples apreensão, os juízos e o raciocínio. quando entram em jogo asserções nas quais se declara algo,
emitindo-se um juízo de realidade. Existem, então, dois tipos
A simples apreensão consiste na captação direta (atra- de frases: as assertivas e as não assertivas, que também
vés dos sentidos, da intuição racional, da imaginação etc) de podem ser chamadas de proposições ou juízos.
uma realidade sobre a qual forma-se uma idéia ou conceito
(p. ex., de um objeto material, ideal, sobrenatural etc) que, Nas frases assertivas afirma-se algo, como nos exemplos:
por sua vez, recebe uma denominação (as palavras ou ter- “a raiz quadrada de 9 é 3” ou “o sol brilha à noite”. Já, nas
mos, p. frases não assertivas, não entram em jogo o falso e o verda-
deiro, e, por isso, elas não têm “valor de verdade”. É o caso
ex.: “mesa”, “três” e “arcanjo”). das interrogações ou das frases que expressam estados
emocionais difusos, valores vivenciados subjetivamente ou
O juízo é ato pelo qual os conceitos ou idéias são ligadas ordens. A frase “toque a bola”, por exemplo, não é falsa nem
ou separadas dando origem à emissão de um “julgamento” verdadeira, por não se tratar de uma asserção (juízo).
(falso ou verdadeiro) sobre a realidade, mediante proposi-
ções orais ou escritas. Por exemplo: “Há três arcanjos sobre As frases declaratórias ou assertivas podem ser combina-
a mesa da sala” das de modo a levarem a conclusões conseqüentes, consti-
tuindo raciocínios válidos. Veja-se o exemplo:
O raciocínio, por fim, consiste no “arranjo” intelectual dos
juízos ou proposições, ordenando adequadamente os conte- (1) Não há crime sem uma lei que o defina;
údos da consciência. No raciocínio, parte-se de premissas
para se chegar a conclusões que devem ser adequadas. (2) não há uma lei que defina matar ET’s como crime;
Procedendo dessa forma, adquirem-se conhecimentos novos
e defende-se ou aprofunda-se o que já se conhece. Para (3) logo, não é crime matar ET’s.
tanto, a cada passo, é preciso preencher os requisitos da
coerência e do rigor. Por exemplo: “Se os três arcanjos estão
Ao serem ligadas estas assertivas, na mente do interlocu-
sobre a mesa da sala, não estão sobre a mesa da varanda”
tor, vão sendo criadas as condições lógicas adequadas à
conclusão do raciocínio. Esse processo, que muitas vezes
Quando os raciocínios são organizados com técnica e arte permite que a conclusão seja antecipada sem que ainda
e expostos de forma tal a convencer a platéia, o leitor ou sejam emitidas todas as proposições do raciocínio, chamase
qualquer interlocutor tem-se a argumentação. Assim, a ativi- inferência. O ponto de partida de um raciocínio (as premis-
dade argumentativa envolve o interesse da persuasão. Ar- sas) deve levar a conclusões óbvias.

Raciocínio Lógico 18 A Opção Certa Para a Sua Realização


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1.4. Termo e Conceito admitindo valor lógico não somente ao falso e ao verdadeiro,
como também ao indeterminado.
Para que a validade de um raciocínio seja preservada, é
fundamental que se respeite uma exigência básica: as pala- 2. Argumentação e Tipos de Raciocínio
vras empregadas na sua construção não podem sofrer modi-
ficações de significado. Observe-se o exemplo: Conforme vimos, a argumentação é o modo como é ex-
Os jaguares são quadrúpedes; posto um raciocínio, na tentativa de convencer alguém de
Meu carro é um Jaguar alguma coisa. Quem argumenta, por sua vez, pode fazer uso
logo, meu carro é um quadrúpede. de diversos tipos de raciocínio. Às vezes, são empregados
raciocínios aceitáveis do ponto de vista lógico, já, em outras
O termo “jaguar” sofreu uma alteração de significado ao ocasiões, pode-se apelar para raciocínios fracos ou inválidos
longo do raciocínio, por isso, não tem validade. sob o mesmo ponto de vista. É bastante comum que raciocí-
nios desse tipo sejam usados para convencer e logrem o
Quando pensamos e comunicamos os nossos pensamen- efeito desejado, explorando a incapacidade momentânea ou
tos aos outros, empregamos palavras tais como “animal”, persistente de quem está sendo persuadido de avaliar o valor
“lei”, “mulher rica”, “crime”, “cadeira”, “furto” etc. Do ponto de lógico do raciocínio empregado na argumentação.
vista da lógica, tais palavras são classificadas como termos,
que são palavras acompanhadas de conceitos. Assim sendo, Um bom raciocínio, capaz de resistir a críticas, precisa ser
o termo é o signo lingüístico, falado ou escrito, referido a um dotado de duas características fundamentais: ter premissas
conceito, que é o ato mental correspondente ao signo. aceitáveis e ser desenvolvido conforme as normas apropria-
das. Dos raciocínios mais empregados na argumentação,
Desse modo, quando se emprega, por exemplo, o termo merecem ser citados a analogia, a indução e a dedução. Dos
“mulher rica”, tende-se a pensar no conjunto das mulheres às três, o primeiro é o menos preciso, ainda que um meio bas-
quais se aplica esse conceito, procurando apreender uma tante poderoso de convencimento, sendo bastante usado
nota característica comum a todos os elementos do conjunto, pela filosofia, pelo senso comum e, particularmente, nos
de acordo com a ‘intencionalidade’ presente no ato mental. discursos jurídico e religioso; o segundo é amplamente em-
Como resultado, a expressão “mulher rica” pode ser tratada pregado pela ciência e, também, pelo senso comum e, por
como dois termos: pode ser uma pessoa do sexo feminino fim, a dedução é tida por alguns como o único raciocínio
cujos bens materiais ou financeiros estão acima da média ou autenticamente lógico, por isso, o verdadeiro objeto da lógica
aquela cuja trajetória existencial destaca-se pela bondade, formal.
virtude, afetividade e equilíbrio.
A maior ou menor valorização de um ou de outro tipo de
Para que não se obstrua a coerência do raciocínio, é pre- raciocínio dependerá do objeto a que se aplica, do modo
ciso que fique bem claro, em função do contexto ou de uma como é desenvolvido ou, ainda, da perspectiva adotada na
manifestação de quem emite o juízo, o significado dos ter- abordagem da natureza e do alcance do conhecimento.
mos empregados no discurso.
Às vezes, um determinado tipo de raciocínio não é ade-
1.5. Princípios lógicos quadamente empregado. Vejam-se os seguintes exemplos: o
médico alemão Ludwig Büchner (1824-1899) apresentou
Existem alguns princípios tidos como conditio sine qua como argumento contra a existência da alma o fato de esta
non para que a coerência do raciocínio, em absoluto, possa nunca ter sido encontrada nas diversas dissecações do cor-
ocorrer. Podem ser entendidos como princípios que se refe- po humano; o astronauta russo Gagarin (1934-1968) afirmou
rem tanto à realidade das coisas (plano ontológico), quanto que Deus não existe pois “esteve lá em cima” e não o encon-
ao pensamento (plano lógico), ou seja, se as coisas em geral trou. Nesses exemplos fica bem claro que o raciocínio induti-
devem respeitar tais princípios, assim também o pensamento vo, baseado na observação empírica, não é o mais adequa-
deve respeitá-los. São eles: do para os objetos em questão, já que a alma e Deus são de
ordem metafísica, não física.
a) Princípio da identidade, pelo qual se delimita a reali-
dade de um ser. Trata-se de conceituar logicamente qual é a 2.1. Raciocínio analógico
identidade de algo a que se está fazendo referência. Uma
vez conceituada uma certa coisa, seu conceito deve manter- Se raciocinar é passar do desconhecido ao conhecido, é
se ao longo do raciocínio. Por exemplo, se estou falando de partir do que se sabe em direção àquilo que não se sabe, a
um homem chamado Pedro, não posso estar me referindo a analogia (aná = segundo, de acordo + lógon = razão) é um
Antônio. dos caminhos mais comuns para que isso aconteça. No
raciocínio analógico, compara-se uma situação já conhecida
b) Princípio da não-contradição. Se algo é aquilo que é, com uma situação desconhecida ou parcialmente conhecida,
não pode ser outra coisa, sob o mesmo aspecto e ao mesmo aplicando a elas as informações previamente obtidas quando
tempo. Por exemplo, se o brasileiro João está doente agora, da vivência direta ou indireta da situação-referência.
não está são, ainda que, daqui a pouco possa vir a curar-se,
embora, enquanto João, ele seja brasileiro, doente ou são; c) Normalmente, aquilo que é familiar é usado como ponto
Princípio da exclusão do terceiro termo. Entre o falso e o de apoio na formação do conhecimento, por isso, a analogia
verdadeiro não há meio termo, ou é falso ou é verdadeiro. Ou é um dos meios mais comuns de inferência. Se, por um lado,
está chovendo ou não está, não é possível um terceiro ter- é fonte de conhecimentos do dia-a-dia, por outro, também
mo: está meio chovendo ou coisa parecida. tem servido de inspiração para muitos gênios das ciências e
das artes, como nos casos de Arquimedes na banheira (lei
A lógica clássica e a lógica matemática aceitam os três do empuxo), de Galileu na catedral de Pisa (lei do pêndulo)
princípios como suas pedras angulares, no entanto, mais ou de Newton sob a macieira (lei da gravitação universal). No
recentemente, Lukasiewicz e outros pensadores desenvolve- entanto, também é uma forma de raciocínio em que se come-
ram sistemas lógicos sem o princípio do terceiro excluído, tem muitos erros. Tal acontece porque é difícil estabelecer-
lhe regras rígidas. A distância entre a genialidade e a falha
grosseira é muito pequena. No caso dos raciocínios analógi-

Raciocínio Lógico 19 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
cos, não se trata propriamente de considerá-los válidos ou Pode-se notar que, no caso da analogia, não basta consi-
não-válidos, mas de verificar se são fracos ou fortes. Segun- derar a forma de raciocínio, é muito importante que se avalie
do Copi, deles somente se exige “que tenham alguma proba- o seu conteúdo. Por isso, esse tipo de raciocínio não é admi-
bilidade” (Introdução à lógica, p. 314). tido pela lógica formal. Se as premissas forem verdadeiras, a
conclusão não o será necessariamente, mas possivelmente,
A força de uma analogia depende, basicamente, de três isto caso cumpram-se as exigências acima.
aspectos:
a) os elementos comparados devem ser verdadeiros e im-
portantes; Tal ocorre porque, apesar de existir uma estrutura geral do
b) o número de elementos semelhantes entre uma situa- raciocínio analógico, não existem regras claras e precisas
ção e outra deve ser significativo; que, uma vez observadas, levariam a uma conclusão neces-
c) não devem existir divergências marcantes na compara- sariamente válida.
ção.
O esquema básico do raciocínio analógico é:
No raciocínio analógico, comparam-se duas situações, ca-
sos, objetos etc. semelhantes e tiram-se as conclusões A é N, L, Y, X;
adequadas. Na ilustração, tal como a carroça, o carro a mo- B, tal como A, é N, L, Y, X;
tor é um meio de transporte que necessita de um condutor. A é, também, Z
Este, tanto num caso quanto no outro, precisa ser dotado de logo, B, tal como A, é também Z.
bom senso e de boa técnica para desempenhar adequada- Se, do ponto de vista da lógica formal, o raciocínio analó-
mente seu papel. gico é precário, ele é muito importante na formulação de
hipóteses científicas e de teses jurídicas ou filosóficas. Con-
Aplicação das regras acima a exemplos: tudo, as hipóteses científicas oriundas de um raciocínio ana-
lógico necessitam de uma avaliação posterior, mediante
a) Os elementos comparados devem ser verdadeiros e re- procedimentos indutivos ou dedutivos.
levantes, não imaginários ou insignificantes.tc
Observe-se o seguinte exemplo: John Holland, físico e
"a) Os elementos comparados devem ser verdadeiros e professor de ciência da computação da Universidade de
relevantes, não imaginários ou insignificantes." Michigan, lançou a hipótese (1995) de se verificar, no campo
da computação, uma situação semelhante à que ocorre no
Analogia forte - Ana Maria sempre teve bom gosto ao da genética. Assim como na natureza espécies diferentes
comprar suas roupas, logo, terá bom gosto ao comprar as podem ser cruzadas para obter o chamado melhoramento
roupas de sua filha. genético - um indivíduo mais adaptado ao ambiente -, na
informática, também o cruzamento de programas pode con-
Analogia fraca - João usa terno, sapato de cromo e per- tribuir para montar um programa mais adequado para resol-
fume francês e é um bom advogado; ver um determinado problema. “Se quisermos obter uma rosa
mais bonita e perfumada, teremos que cruzar duas espécies:
uma com forte perfume e outra que seja bela” diz Holland.
Antônio usa terno, sapato de cromo e perfume francês; lo-
“Para resolver um problema, fazemos o mesmo. Pegamos
go, deve ser um bom advogado.
um programa que dê conta de uma parte do problema e
cruzamos com outro programa que solucione outra parte.
b) O número de aspectos semelhantes entre uma situação Entre as várias soluções possíveis, selecionam-se aquelas
e outra deve ser significativo.tc "b) O número de aspectos que parecem mais adequadas. Esse processo se repete por
semelhantes entre uma situação e outra deve ser significati- várias gerações - sempre selecionando o melhor programa -
vo." até obter o descendente que mais se adapta à questão. É,
portanto, semelhante ao processo de seleção natural, em
Analogia forte - A Terra é um planeta com atmosfera, que só sobrevivem os mais aptos”. (Entrevista ao JB,
com clima ameno e tem água; em Marte, tal como na Terra, 19/10/95, 1º cad., p. 12).
houve atmosfera, clima ameno e água; na Terra existe vida,
logo, tal como na Terra, em Marte deve ter havido algum tipo Nesse exemplo, fica bem clara a necessidade da averi-
de vida. guação indutiva das conclusões extraídas desse tipo de
raciocínio para, só depois, serem confirmadas ou não.
Analogia fraca - T. Edison dormia entre 3 e 4 horas por
noite e foi um gênio inventor; eu dormirei durante 3 1/2 horas 2.2. Raciocínio Indutivo - do particular ao geral
por noite e, por isso, também serei um gênio inventor.
Ainda que alguns autores considerem a analogia como
c) Não devem existir divergências marcantes na compara- uma variação do raciocínio indutivo, esse último tem uma
ção.tc "c) Não devem existir divergências marcantes na com- base mais ampla de sustentação. A indução consiste em
paração.." partir de uma série de casos particulares e chegar a uma
conclusão de cunho geral. Nele, está pressuposta a possibi-
Analogia forte - A pescaria em rios não é proveitosa por lidade da coleta de dados ou da observação de muitos fatos
ocasião de tormentas e tempestades; e, na maioria dos casos, também da verificação experimen-
tal. Como dificilmente são investigados todos os casos pos-
a pescaria marinha não está tendo sucesso porque troveja síveis, acaba-se aplicando o princípio das probabilidades.
muito.
Assim sendo, as verdades do raciocínio indutivo depen-
Analogia fraca - Os operários suíços que recebem o salá- dem das probabilidades sugeridas pelo número de casos
rio mínimo vivem bem; a maioria dos operários brasileiros, tal observados e pelas evidências fornecidas por estes. A enu-
como os operários suíços, também recebe um salário míni- meração de casos deve ser realizada com rigor e a conexão
mo; logo, a maioria dos operários brasileiros também vive entre estes deve ser feita com critérios rigorosos para que
bem, como os suíços. sejam indicadores da validade das generalizações contidas
nas conclusões.

Raciocínio Lógico 20 A Opção Certa Para a Sua Realização


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O esquema principal do raciocínio indutivo é o seguinte: a. Indução por enumeração incompleta suficiente
B é A e é X;
C é A e também é X; Nesse procedimento, os elementos enumerados são tidos
D é A e também é X; como suficientes para serem tiradas determinadas conclu-
E é A e também é X; sões. É o caso do exemplo das cobras, no qual, apesar de
logo, todos os A são X não poderem ser conferidos todos os elementos (cobras) em
No raciocínio indutivo, da observação de muitos casos particular, os que foram enumerados são representativos do
particulares, chega-se a uma conclusão de cunho geral. todo e suficientes para a generalização (“todas as cobras...”)
Aplicando o modelo:
A jararaca é uma cobra e não voa; b. Indução por enumeração completa
A caninana é uma cobra e também não voa;
A urutu é uma cobra e também não voa; Costuma-se também classificar como indutivo o raciocínio
A cascavel é uma cobra e também não voa; baseado na enumeração completa.
logo, as cobras não voam.
Ainda que alguns a classifiquem como tautologia, ela ocor-
Contudo,
re quando:
Ao sair de casa, João viu um gato preto e, logo a seguir,
b.a. todos os casos são verificados e contabilizados;
caiu e quebrou o braço. Maria viu o mesmo gato e, alguns
minutos depois, foi assaltada. Antonio também viu o mesmo
gato e, ao sair do estacionamento, bateu com o carro. Logo, b.b. todas as partes de um conjunto são enumeradas.
ver um gato preto traz azar.
Exemplos correspondentes às duas formas de indução por
Os exemplos acima sugerem, sob o ponto de vista do va- enumeração completa:
lor lógico, dois tipos de indução: a indução fraca e a indução
forte. É forte quando não há boas probabilidades de que um b.a. todas as ocorrências de dengue foram investigadas e
caso particular discorde da generalização obtida das premis- em cada uma delas foi constatada uma característica própria
sas: a conclusão “nenhuma cobra voa” tem grande probali- desse estado de morbidez: fortes dores de cabeça; obteve-
dade de ser válida. Já, no caso do “gato preto”, não parece se, por conseguinte, a conclusão segura de que a dor de
haver sustentabilidade da conclusão, por se tratar de mera cabeça é um dos sintomas da dengue.
coincidência, tratando-se de uma indução fraca. Além disso,
há casos em que b.b. contam-se ou conferem-se todos as peças do jogo de
xadrez: ao final da contagem, constata-se que são 32 peças.
uma simples análise das premissas é suficiente para de-
tectar a sua fraqueza. Nesses raciocínios, tem-se uma conclusão segura, po-
dendo-se classificá-los como formas de indução forte, mes-
Vejam-se os exemplos das conclusões que pretendem ser mo que se revelem pouco criativos em termos de pesquisa
aplicadas ao comportamento da totalidade dos membros de científica.
um grupo ou de uma classe tendo como modelo o compor-
tamento de alguns de seus componentes: O raciocínio indutivo nem sempre aparece estruturado nos
moldes acima citados. Às vezes, percebe-se o seu uso pela
1. Adriana é mulher e dirige mal; maneira como o conteúdo (a matéria) fica exposta ou orde-
Ana Maria é mulher e dirige mal; nada. Observem-se os exemplos:
Mônica é mulher e dirige mal;
Carla é mulher e dirige mal;
- Não parece haver grandes esperanças em se erradicar a
logo, todas as mulheres dirigem mal.
corrupção do cenário político brasileiro.
2. Antônio Carlos é político e é corrupto;
Fernando é político e é corrupto;
Paulo é político e é corrupto; Depois da série de protestos realizados pela população,
Estevão é político e é corrupto; depois das provas apresentadas nas CPI’s, depois do vexa-
logo, todos os políticos são corruptos. me sofrido por alguns políticos denunciados pela imprensa,
depois do escárnio popular em festividades como o carnaval
A avaliação da suficiência ou não dos elementos não é ta- e depois de tanta insistência de muitos sobre necessidade de
refa simples, havendo muitos exemplos na história do conhe- moralizar o nosso país, a corrupção parece recrudescer,
cimento indicadores dos riscos das conclusões por indução. apresenta novos tentáculos, se disfarça de modos sempre
Basta que um caso contrarie os exemplos até então colhidos novos, encontrando-se maneiras inusitadas de ludibriar a
para que caia por terra uma “verdade” por ela sustentada. nação.
Um exemplo famoso é o da cor dos cisnes. Antes da desco-
berta da Austrália, onde foram encontrados cisnes pretos, - Sentia-me totalmente tranqüilo quanto ao meu amigo,
acreditava-se que todos os cisnes fossem brancos porque pois, até então, os seus atos sempre foram pautados pelo
todos os até então observados eram brancos. Ao ser visto o respeito às leis e à dignidade de seus pares. Assim, enquan-
primeiro cisne preto, uma certeza de séculos caiu por terra. to alguns insinuavam a suaculpa, eu continuava seguro de
sua inocência.
2.2.1. Procedimentos indutivos
Tanto no primeiro quanto no segundo exemplos está sen-
Apesar das muitas críticas de que é passível o raciocínio do empregando o método indutivo porque o argumento prin-
indutivo, este é um dos recursos mais empregados pelas cipal está sustentado pela observação de muitos casos ou
ciências para tirar as suas conclusões. Há dois procedimen- fatos particulares que, por sua vez, fundamentam a conclu-
tos principais de desenvolvimento e aplicação desse tipo de são. No primeiro caso, a constatação de que diversas tentati-
raciocínio: o da indução por enumeração incompleta suficien- vas de erradicar a corrupção mostraram-se infrutíferas con-
te e o da indução por enumeração completa. duzem à conclusão da impossibilidade de sua superação,

Raciocínio Lógico 21 A Opção Certa Para a Sua Realização


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enquanto que, no segundo exemplo, da observação do com- Pedro é homem, há de se inferir, necessariamente, que Pe-
portamento do amigo infere-se sua inocência. dro é um mamífero. De certo modo, a conclusão já está pre-
sente nas premissas, basta observar algumas regras e inferir
Analogia, indução e probabilidade a conclusão.

Nos raciocínios analógico e indutivo, apesar de boas 2.3.1. Construção do Silogismo


chances do contrário, há sempre a possibilidade do erro. Isso
ocorre porque se está lidando com probabilidades e estas A estrutura básica do silogismo (sýn/com + lógos/razão)
não são sinônimas de certezas. consiste na determinação de uma premissa maior (ponto de
partida), de uma premissa menor (termo médio) e de uma
Há três tipos principais de probabilidades: a matemática, a conclusão, inferida a partir da premissa menor. Em outras
moral e a natural. palavras, o silogismo sai de uma premissa maior, progride
através da premissa menor e infere, necessariamente, uma
a) A probabilidade matemática é aquela na qual, partin- conclusão adequada.
do-se dos casos numerados, é possível calcular, sob forma
de fração, a possibilidade de algo ocorrer – na fração, o de- Eis um exemplo de silogismo:
nominador representa os casos possíveis e o numerador o Todos os atos que ferem a lei são puníveis Premissa Mai-
número de casos favoráveis. Por exemplo, no caso de um or
sorteio usando uma moeda, a probabilidade de dar cara é de A concussão é um ato que fere a lei Premissa Menor
50% e a de dar coroa também é de 50%. Logo, a concussão é punível Conclusão
b) A probabilidade moral é a relativa a fatos humanos O silogismo estrutura-se por premissas. No âmbito da ló-
destituídos de caráter matemático. É o caso da possibilidade gica, as premissas são chamadas de proposições que, por
de um comportamento criminoso ou virtuoso, de uma reação sua vez, são a expressão oral ou gráfica de frases assertivas
alegre ou triste etc. ou juízos. O termo é uma palavra ou um conjunto de palavras
que exprime um conceito. Os termos de um silogismo são
Exemplos: considerando seu comportamento pregresso, é necessariamente três: maior, médio e menor. O termo maior
provável que Pedro não tenha cometido o crime, contudo... é aquele cuja extensão é maior (normalmente, é o predicado
Conhecendo-se a meiguice de Maria, é provável que ela o da conclusão); o termo médio é o que serve de intermediário
receba bem, mas... ou de conexão entre os outros dois termos (não figura na
conclusão) e o termo menor é o de menor extensão (nor-
malmente, é o sujeito da conclusão). No exemplo acima,
c) A probabilidade natural é a relativa a fenômenos natu-
punível é o termo maior, ato que fere a lei é o termo médio e
rais dos quais nem todas as possibilidades são conhecidas.
concussão é o menor.
A previsão meteorológica é um exemplo particular de proba-
lidade natural. A teoria do caos assenta-se na tese da impre-
visibilidade relativa e da descrição apenas parcial de alguns 2.3.1.1. As Regras do Silogismo
eventos naturais.
Oito são as regras que fazem do silogismo um raciocínio
Por lidarem com probabilidades, a indução e a analogia perfeitamente lógico. As quatro primeiras dizem respeito às
são passíveis de conclusões inexatas. relações entre os termos e as demais dizem respeito às
relações entre as premissas. São elas:
Assim sendo, deve-se ter um relativo cuidado com as suas 2.3.1.1.1. Regras dos Termos
conclusões. Elas expressam muito bem a necessidade hu-
mana de explicar e prever os acontecimentos e as coisas, 1) Qualquer silogismo possui somente três termos: maior,
contudo, também revelam as limitações humanas no que diz médio e menor.
respeito à construção do conhecimento. Exemplo de formulação correta:
Termo Maior: Todos os gatos são mamíferos.
2.3. Raciocínio dedutivo - do geral ao particular Termo Médio: Mimi é um gato.
Termo Menor: Mimi é um mamífero.
O raciocínio dedutivo, conforme a convicção de muitos es- Exemplo de formulação incorreta:
tudiosos da lógica, é aquele no qual são superadas as defici- Termo Maior: Toda gata(1) é quadrúpede.
ências da analogia e da indução. Termo Médio: Maria é uma gata(2).
Termo Menor: Maria é quadrúpede.
No raciocínio dedutivo, inversamente ao indutivo, parte-se O termo “gata” tem dois significados, portanto, há quatro
do geral e vai-se ao particular. As inferências ocorrem a partir termos ao invés de três.
do progressivo avanço de uma premissa de cunho geral,
para se chegar a uma conclusão tão ou menos ampla que a 2) Os termos da conclusão nunca podem ser mais exten-
premissa. O silogismo é o melhor exemplo desse tipo de sos que os termos das premissas.
raciocínio: Exemplo de formulação correta:
Termo Maior: Todas as onças são ferozes.
Premissa maior: Todos os homens são mamíferos. univer- Termo Médio: Nikita é uma onça.
sal Termo Menor: Nikita é feroz.
Premissa menor: Pedro é homem. Exemplo de formulação incorreta:
Conclusão: Logo, Pedro é mamífero. Particular Termo Maior: Antônio e José são poetas.
No raciocínio dedutivo, de uma premissa de cunho geral Termo Médio: Antônio e José são surfistas.
podem-se tirar conclusões de cunho particular. Termo Menor: Todos os surfistas são poetas.
“Antonio e José” é um termo menos extenso que “todos os
Aristóteles refere-se à dedução como “a inferência na
surfistas”.
qual, colocadas certas coisas, outra diferente se lhe segue
necessariamente, somente pelo fato de terem sido postas”.
Uma vez posto que todos os homens são mamíferos e que

Raciocínio Lógico 22 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
3) O predicado do termo médio não pode entrar na con- por um ou por mais de um deles, já que podem ter agido
clusão. individualmente ou não. Sabe-se, ainda, que:
Exemplo de formulação correta: A) se o cozinheiro é inocente, então a governanta é culpada;
Termo Maior: Todos os homens podem infringir a lei. B) ou o mordomo é culpado ou a governanta é culpada, mas
Termo Médio: Pedro é homem. não os dois;
Termo Menor: Pedro pode infringir a lei. C) o mordomo não é inocente.
Exemplo de formulação incorreta: Logo:
Termo Maior: Todos os homens podem infringir a lei. a) o cozinheiro e o mordomo são os culpados
Termo Médio: Pedro é homem. b) somente o cozinheiro é inocente
Termo Menor: Pedro ou é homem (?) ou pode infringir a c) somente a governanta é culpada
lei. d) somente o mordomo é culpado
A ocorrência do termo médio “homem” na conclusão é i-
noportuna. 3) (QUESTÕES DE RACIOCÍNIO LÓGICO) Um professor de
lógica encontra-se em viajem em um país distante, habitado
4) O termo médio deve ser tomado ao menos uma vez em pelos verdamanos e pelos mentimanos. O que os distingue é
sua extensão universal. que os verdamanos sempre dizem a verdade, enquanto os
Exemplo de formulação correta: mentimanos sempre mentem. Certo dia, o professor depara-
Termo Maior: Todos os homens são dotados de habilida- se com um grupo de cinco habitantes locais. Chamemo-los
des. de Alfa, Beta, Gama, Delta e Épsilon. O professor sabe que
Termo Médio: Pedro é homem. um e apenas um no grupo é verdamano, mas não sabe qual
Termo Menor: Pedro é dotado de habilidades. deles o é. Pergunta, então, a cada um do grupo quem entre
Exemplo de formulação incorreta: eles é verdamano e obtém as seguintes respostas:
Termo Maior: Alguns homens são sábios. Alfa: "Beta é mentimano"
Termo Médio: Ora os ignorantes são homens Beta: "Gama é mentimano"
Termo Menor: Logo, os ignorantes são sábios Gama: "Delta é verdamano"
O predicado “homens” do termo médio não é universal, Delta: "Épsilon é verdamano"
mas particular. Épsilon, afônico, fala tão baixo que o professor não consegue
ouvir sua resposta. Mesmo assim, o professor de lógica con-
2.3.1.1.2. Regras das Premissas clui corretamente que o verdamano é:
5) De duas premissas negativas, nada se conclui. a) Delta
Exemplo de formulação incorreta: b) Alfa
Premissa Maior: Nenhum gato é mamífero c) Gama
Premissa Menor: Lulu não é um gato. d) Beta
Conclusão: (?).
6) De duas premissas afirmativas, não se tira uma conclu- 4) Três amigos têm o hábito de almoçar em um certo restau-
são negativa. rante no período de segunda à sexta-feira e, em cada um
Exemplo de formulação incorreta: destes dias, pelo menos um deles almoça nesse local. Con-
Premissa Maior: Todos os bens morais devem ser deseja- sultados sobre tal hábito, eles fizeram as seguintes afirma-
dos. ções:
Premissa Menor: Ajudar ao próximo é um bem moral. - Antônio: "Não é verdade que vou às terças, quartas ou
Conclusão: Ajudar ao próximo não (?) deve ser desejado. quintas-feiras."
7) A conclusão segue sempre a premissa mais fraca. A - Bento: "Não é verdade que vou às quartas ou sextas-
premissa mais fraca é sempre a de caráter negativo. feiras."
Exemplo de formulação incorreta: - Carlos: "Não é verdade que vou às segundas ou terças-
Premissa Maior: As aves são animais que voam. feiras."
Premissa Menor: Alguns animais não são aves. Se somente um deles está mentindo, então o dia da semana
Conclusão: Alguns animais não voam. em que os três costumam almoçar nesse restaurante é:
Exemplo de formulação incorreta: a) sexta-feira.
Premissa Maior: As aves são animais que voam. b) quinta-feira.
Premissa Menor: Alguns animais não são aves. c) quarta-feira.
Conclusão: Alguns animais voam. d) terça-feira.
8) De duas premissas particulares nada se conclui.
Exemplo de formulação incorreta: 5) (QUESTÕES DE RACIOCÍNIO LÓGICO) Há cinco objetos
Premissa Maior: Mimi é um gato. alinhados numa estante: um violino, um grampeador, um
Premissa Menor: Um gato foi covarde. vaso, um relógio e um tinteiro. Conhecemos as seguintes
Conclusão: (?) informações quanto à ordem dos objetos:
http://www.guiadoconcursopublico.com.br/apostilas/24_12 - O grampeador está entre o tinteiro e o relógio.
0.pdf - O violino não é o primeiro objeto e o relógio não é o último.
- O vaso está separado do relógio por dois outros objetos.
QUESTÕES RACIOCÍNIO LÓGICO Qual é a posição do violino?
a) Segunda posição.
1) (QUESTÕES DE RACIOCÍNIO LÓGICO) De seu salário b) Terceira posição.
de R$ 408,00 você gastou 2/6 com alimentação, 1/6 com a c) Quarta posição.
farmácia e 1/6 com material escolar dos filhos. Nesse mês d) Quinta posição.
sobraram __________ para as demais despesas.
a) R$ 166,00 6) Dizer que não é verdade que Pedro é pobre e Alberto é
b) R$ 146,00 alto, é logicamente equivalente a dizer que é verdade que:
c) R$ 156,00 a) Pedro não é pobre ou Alberto não é alto.
d) R$ 136,00 b) Pedro não é pobre e Alberto não é alto.
c) Pedro é pobre ou Alberto não é alto.
2) Há três suspeitos de um crime: o cozinheiro, a governanta d) se Pedro não é pobre, então Alberto é alto.
e o mordomo. Sabe-se que o crime foi efetivamente cometido

Raciocínio Lógico 23 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
7) (QUESTÕES DE RACIOCÍNIO LÓGICO) Considere ver- c) João toca piano.
dadeira a declaração: “Se x é par, então y é ímpar”. Com d) João não toca piano.
base na declaração, é correto concluir que, se:
a) x é ímpar, então y é par. 15) Alice entra em uma sala onde há apenas duas saídas,
b) x é ímpar, então y é ímpar. uma que fica a Leste e outra a Oeste. Uma das saídas leva
c) y é ímpar, então x é par. ao Paraíso, a outra ao Inferno. Na sala, também há dois
d) y é par, então x é ímpar. homens, um alto e outro baixo. Um dos homens apenas fala
a verdade, o outro apenas diz o falso. Então, Alice mantém o
8) Se de um ponto P qualquer forem traçados dois segmen- seguinte diálogo com um deles:
tos tangentes a uma circunferência, então as medidas dos - O homem baixo diria que é a saída do Leste que leva ao
segmentos determinados pelo ponto P e os respectivos pon- Paraíso? - questiona Alice.
tos de tangência serão iguais. Sabe-se que o raio de um - Sim, o homem baixo diria que é a saída do Leste que leva-
círculo inscrito em um triângulo retângulo mede 1 cm. Se a ria ao Paraíso - diz o homem alto.
hipotenusa desse triângulo for igual a 20 cm, então seu pe- Considerando essa situação, pode-se afirmar que:
rímetro será igual a: a) o homem alto necessariamente disse algo falso, mas a
a) 40 cm porta Leste leva ao Paraíso.
b) 35 cm b) o homem alto necessariamente disse a verdade e a porta
c) 23 cm Leste leva ao Inferno.
d) 42 cm c) a porta Leste necessariamente leva ao Paraíso, mas não
se pode dizer se o homem alto disse a verdade ou não.
9) (QUESTÕES DE RACIOCÍNIO LÓGICO) Para cada pes- d) a porta Leste necessariamente leva ao Inferno, mas não
soa x, sejam f(x) o pai de x e g(x) a mãe de x. A esse respei- se pode dizer se o homem alto disse a verdade ou não.
to, assinale a afirmativa FALSA.
a) f[f(x)] = avô paterno de x 16) (QUESTÕES DE RACIOCÍNIO LÓGICO) As irmãs Ilda,
b) g[g(x)] = avó materna de x Ilma, Isabela e Isadora iriam ser fotografadas juntas por Flá-
c) f[g(x)] = avô materno de x vio. O fotógrafo pediu para que elas se posicionassem lado a
d) f[g(x)] = g[f(x)] lado da seguinte maneira:
- do ponto de vista do fotógrafo, Ilda deveria estar mais à
10) Numa avenida reta há cinco pontos comerciais, todos do direita do que Isabela;
mesmo lado da rua. A farmácia fica entre a padaria e o res- - Isadora não deveria ficar entre duas irmãs;
taurante, a padaria fica entre o supermercado e a lotérica e o - Ilda não deveria ficar imediatamente ao lado de Isabela, isto
supermercado fica entre o restaurante e a farmácia. Nessas é, pelo menos uma irmã deveria estar entre Ilda e Isabela;
condições, qual das proposições abaixo é verdadeira? - Isabela não deveria ficar imediatamente ao lado de Isadora,
a) O supermercado fica entre a padaria e a lotérica. isto é, pelo menos uma irmã deveria estar entre Isabela e
b) A lotérica fica entre a padaria e o supermercado. Isadora.
c) Para ir do supermercado à lotérica, passa-se em frente ao As irmãs se posicionaram conforme as orientações de Flávio,
restaurante. a fotografia foi batida e revelada com sucesso. Assim, na
d) A farmácia fica entre o supermercado e a padaria. foto, é possível ver que:
a) Isabela está entre duas irmãs.
11) André é inocente ou Beto é inocente. Se Beto é inocente, b) Ilda não está entre duas irmãs.
então Caio é culpado. Caio é inocente se e somente se Dê- c) Ilma não está entre duas irmãs.
nis é culpado. Ora, Dênis é culpado. Logo: d) Ilma está imediatamente ao lado de Ilda.
a) Caio e Beto são inocentes
b) André e Caio são inocentes 17) Se 0,036³ , 0 m de óleo tem a massa de 28,8 Kg, pode-
c) André e Beto são inocentes mos concluir que 1 litro desse mesmo óleo tem a massa no
d) Caio e Dênis são culpados valor de:
a) 4,0 Kg
12) Qual das alternativas a seguir melhor representa a afir- b) 9,0 Kg
mação: “Para todo fato é necessário um ato gerador”? c) 8,0 Kg
a) É possível que algum fato não tenha ato gerador. d) 1,1 Kg
b) Não é possível que algum fato não tenha ato gerador.
c) É necessário que algum fato não tenha ato gerador. 18) A negação de "Se A é par e B é ímpar, então A + B é
d) Não é necessário que todo fato tenha um ato gerador. ímpar" é:
a) Se A é ímpar e B é par, então A + B é par.
13) (QUESTÕES DE RACIOCÍNIO LÓGICO) Marcos que b) Se A é par e B é ímpar, então A + B é par.
pesar três maçãs numa balança de dois pratos, mas ele c) Se A + B é par, então A é ímpar ou B é par.
dispões apenas de um bloco de 200 gramas. Observando o d) A é par, B é ímpar e A + B é par.
equilíbrio na balança, ele percebe que a maçã maior tem o
mesmo peso que as outras duas maçãs; o bloco e a maçã 19) Hoje, a diferença entre as idades de Roberto Carlos e
menor pesam tanto quanto as outras duas maçãs; a maçã Carlos Roberto é de 15 anos. Qual será a diferença entre as
maior junto com a menor pesam tanto quanto o bloco. Qual é idades quando Roberto Carlos tiver o dobro da idade de
o peso total das três maçãs? Carlos Roberto?
a) 300 gramas. a) 15 anos;
b) 150 gramas. b) 30 anos;
c) 100 gramas. c) 45 anos;
d) 50 gramas. d) 20 anos;

14) Se João toca piano, então Lucas acorda cedo e Cristina 20) (QUESTÕES DE RACIOCÍNIO LÓGICO) Cinco moças,
não consegue estudar. Mas Cristina consegue estudar. Se- Ana, Beatriz, Carolina, Denise e Eduarda, estão vestindo
gue-se logicamente que: blusas vermelhas ou amarelas. Sabe-se que as moças que
a) Lucas acorda cedo. vestem blusas vermelhas sempre contam a verdade e as que
b) Lucas não acorda cedo. vestem blusas amarelas sempre mentem. Ana diz que Bea-

Raciocínio Lógico 24 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
triz veste blusa vermelha. Beatriz diz que Carolina veste que fique ao menos uma cadeira vazia entre eles, é igual a:
blusa amarela. Carolina, por sua vez, diz que Denise veste a) 80
blusa amarela. Por fim, Denise diz que Beatriz e Eduarda b) 72
vestem blusas de cores diferentes. Por fim, Eduarda diz que c) 90
Ana veste blusa vermelha. Desse modo, as cores das blusas d) 18
de Ana, Beatriz, Carolina, Denise e Eduarda são, respecti-
vamente: 28) MMMNVVNM está para 936 assim como MMNNVMNV
está para:
a) amarela, amarela, vermelha, vermelha e amarela. a) 369
b) vermelha, vermelha, vermelha, amarela e amarela. b) 693
c) vermelha, amarela, amarela, amarela e amarela. c) 963
d) amarela, amarela, vermelha, amarela e amarela. d) 639

21) Dizer que "Pedro não é pedreiro ou Paulo é paulista" é, 29) (QUESTÕES DE RACIOCÍNIO LÓGICO) Uma colher de
do ponto de vista lógico, o mesmo que dizer que: sopa corresponde a três colheres de chá. Uma pessoa que
a) se Pedro é pedreiro, então Paulo é paulista está doente tem que tomar três colheres de sopa de um
b) se Paulo é paulista, então Pedro é pedreiro remédio por dia. No final de uma semana, a quantidade de
c) se Pedro não é pedreiro, então Paulo é paulista colheres de chá desse remédio que ela terá tomado é de:
d) se Pedro é pedreiro, então Paulo não é paulista a) 63;
b) 56;
22) A negação lógica da proposição "O pai de Marcos é per- c) 28;
nambucano, e a mãe de Marcos é gaúcha" é: d) 21;
a) "O pai de Marcos não é pernambucano, e a mãe de Mar-
cos não é gaúcha". 30) (QUESTÕES DE RACIOCÍNIO LÓGICO) Para cada
b) "O pai de Marcos não é pernambucano, ou a mãe de Mar- pessoa x, sejam f(x) o pai de x e g(x) a mãe de x. A esse
cos não é gaúcha". respeito, assinale a afirmativa FALSA.
c) "O pai de Marcos não é pernambucano, ou a mãe de Mar- a) f[f(x)] = avô paterno de x
cos é gaúcha". b) g[g(x)] = avó materna de x
d) "O pai de Marcos é pernambucano, e a mãe de Marcos c) f[g(x)] = avô materno de x
não é gaúcha". d) f[g(x)] = g[f(x)]

23) Em um orçamento foram acrescidos juros no valor de R$ Gabarito


73,80 a fim de que o mesmo pudesse ser financiado em 5 1.D 2.A 3.D 4.B 5.B 6.A 7.D 8.D 9.D 10.D 11.B 12.B 13.A
prestações de R$ 278,50. O valor real (inicial) do serviço é 14.D 15.D 16.D 17.C 18.B 19.D 20.D 21.A 22.B 23.A 24.D
de: 25.B 26.C 27.B 28.D 29.A 30.D
a) R$ 1.318,70 Postado por cleiton silva
b) R$ 1.329,70
c) R$ 976,70 LÓGICA SENTENCIAL E DE PRIMEIRA ORDEM
d) R$ 1.087,70
Elementos de Lógica sentencial
24) (QUESTÕES DE RACIOCÍNIO LÓGICO) De uma chapa
1. A diferença entre a lógica sentencial e a lógica de pre-
que mede 2 m por 1,5 m o serralheiro separou 2/6 dela para
dicados
cortar quadrados que medem 0,25 m de lado. Com esse
pedaço de chapa ele cortou exatamente:
A lógica divide-se em lógica sentencial e lógica de predi-
a) 12 quadrados
cados. A lógica sentencial estuda argumentos que não de-
b) 10 quadrados
pendem da estrutura interna das sentenças. Por exemplo:
c) 20 quadrados
d) 16 quadrados
(1)
Se Deus existe, então a felicidade eterna é possível.
25) (QUESTÕES DE RACIOCÍNIO LÓGICO) Esta sequência
Deus existe.
de palavras segue uma lógica:
Logo, a felicidade eterna é possível.
- Pá
- Xale
A validade do argumento (1) depende do modo pelo qual
- Japeri
as sentenças são conectadas, mas não depende da estrutura
Uma quarta palavra que daria continuidade lógica à sequên-
interna das sentenças. A forma lógica de (1) deixa isso claro:
cia poderia ser:
(1a)
a) Casa.
Se A, então B.
b) Anseio.
A.
c) Urubu.
Logo, B.
d) Café.
Diferentemente, a lógica de predicados estuda argumen-
26) A negação da sentença “Todas as mulheres são elegan-
tos cuja validade depende da estrutura interna das senten-
tes” está na alternativa:
ças. Por exemplo:
a) Nenhuma mulher é elegante.
(2)
b) Todas as mulheres são deselegantes.
Todos os cariocas são brasileiros.
c) Algumas mulheres são deselegantes.
Alguns cariocas são flamenguistas.
d) Nenhuma mulher é deselegante.
Logo, alguns brasileiros são flamenguistas.
A forma lógica de (2) é a seguinte:
27) (QUESTÕES DE RACIOCÍNIO LÓGICO) Pedro e Paulo
(2a)
estão em uma sala que possui 10 cadeiras dispostas em
Todo A é B.
uma fila. O número de diferentes formas pelas quais Pedro e
Algum A é C.
Paulo podem escolher seus lugares para sentar, de modo

Raciocínio Lógico 25 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
Logo, algum B é A. ciais
Os operadores sentenciais que estudaremos aqui são as
A primeira premissa do argumento (2) diz que o conjunto partículas do português não, ou, e, se...então, se, e somente
dos indivíduos que são cariocas está contido no conjunto dos se. A lógica sentencial interpreta esses operadores como
brasileiros. A segunda, diz que ‘dentro’ do conjunto dos cari- funções de verdade ou vero-funcionalmente. Isso significa
ocas, há alguns indivíduos que são flamenguistas. É fácil que eles operam apenas com os valores de verdade dos
concluir então que existem alguns brasileiros que são fla- seus operandos, ou em outras palavras, o valor de verdade
menguistas, pois esses flamenguistas que são cariocas se- de uma sentença formada com um dos operadores é deter-
rão também brasileiros. Essa conclusão se segue das pre- minado somente pelos valores de verdade das sentenças
missas. que a constituem.

Note, entretanto, que as sentenças ‘todos os cariocas são Os operadores sentenciais se comportam de uma manei-
brasileiros’ e ‘alguns cariocas são flamenguistas’ têm uma ra análoga às funções matemáticas. Estas recebem números
estrutura diferente da sentença ‘se Deus existe, a felicidade como argumentos e produzem números como valores. Os
eterna é possível’. Esta última é formada a partir de duas operadores sentenciais são funções porque recebem valores
outras sentenças ‘Deus existe’ e ‘a felicidade eterna é possí- de verdade como argumentos e produzem valores de verda-
vel’, conectadas pelo operador lógico se...então. Já para de. Considere-se a seguinte função matemática:
analisar o argumento (2) precisamos analisar a estrutura (4) y =x + 1.
interna das sentenças, e não apenas o modo pelo qual sen-
tenças são conectadas umas às outras. O que caracteriza a Dizemos que y =f(x), isto é, ‘y é função de x’, o que sig-
lógica de predicados é o uso dos quantificadores todo, algum nifica que o valor de y depende do valor atribuído a x.
e nenhum. É por esse motivo que a validade de um argu- Quando x =1, y =2;
mento como o (2) depende da estrutura interna das senten- x =2, y =3;
ças. A diferença entre a lógica sentencial e a lógica de predi- x = 3, y =4,
cados ficará mais clara no decorrer desta e da próxima uni- e assim por diante. Analogamente a uma função matemá-
dade. tica, uma função de verdade recebe valores de verdade co-
mo argumentos e produz valores de verdade como valores.
Usualmente o estudo da lógica começa pela lógica sen-
tencial, e seguiremos esse caminho aqui. Nesta unidade As chamadas tabelas de verdade mostram como os ope-
vamos estudar alguns elementos da lógica sentencial. Na radores da lógica sentencial funcionam.
próxima unidade, estudaremos elementos da lógica de predi-
cados. No lado esquerdo da tabela de verdade temos as senten-
ças a partir das quais a sentença composta foi formada – no
2. Sentenças atômicas e moleculares caso da negação, uma única sentença. O valor produzido
Considere-se a sentença pela função de verdade está na coluna da direita. As letras V
(1) Lula é brasileiro. e F representam os valores de verdade verdadeiro e falso.
A sentença (1) é composta por um nome próprio, ‘Lula’, e 4. A negação
um predicado, ‘... é brasileiro’. Em lógica, para evitar o uso Comecemos pelo operador sentencial mais simples, a
de ‘...’, usamos uma variável para marcar o(s) lugar(es) em negação. A tabela de verdade da negação de uma sentença
que podemos completar um predicado. Aqui, expressões do Aé
tipo x é brasileiro designam predicados. Considere agora a A não A
sentença (2) Xuxa é mãe de Sasha. VF
FV
A sentença (2) pode ser analisada de três maneiras dife-
rentes, que correspondem a três predicados diferentes que A negação simplesmente troca o valor de verdade da
podem ser formados a partir de (2): sentença. Uma sentença verdadeira, quando negada, produz
(2a) x é mãe de Sasha; uma sentença falsa, e vice-versa.
(2b) Xuxa é mãe de x;
(2c) x é mãe de y. Há diferentes maneiras de negar uma sentença atômica
em português. Considere a sentença verdadeira
Do ponto de vista lógico, em (2c) temos o que é chamado (5) Lula é brasileiro.
de um predicado binário, isto é, um predicado que, diferen-
temente de x é brasileiro, deve completado por dois nomes As sentenças
próprios para formar uma sentença. (6) Não é o caso que Lula é brasileiro,
(7) Não é verdade que Lula é brasileiro
As sentenças (1) e (2) acima são denominadas sentenças e
atômicas. Uma sentença atômica é uma sentença formada (8) É falso que Lula é brasileiro
por um predicado com um ou mais espaços vazios, sendo são diferentes maneiras de negar (5). Como (5) é uma
todos os espaços vazios completados por nomes próprios. sentença atômica, podemos também negar (5) por meio da
Sentenças atômicas não contêm nenhum dos operadores sentença
lógicos e, ou, se...então etc., nem os quantificadores todo, (9) Lula não é brasileiro.
nenhum, algum etc.
A negação em (9) é denominada negação predicativa,
Sentenças moleculares são sentenças formadas com o pois nega o predicado, ao passo que em (6) há uma negação
auxílio dos operadores sentenciais. Exemplos de sentenças sentencial porque toda a sentença é negada. No caso de
moleculares são sentenças atômicas, a negação predicativa é equivalente à
(3) Lula é brasileiro e Zidane é francês, negação sentencial, mas veremos que isso não ocorre com
(4) Se você beber, não dirija, sentenças moleculares e sentenças com quantificadores.
(5) João vai à praia ou vai ao clube. Note que negar duas vezes uma sentença equivale a a-
firmar a própria sentença. A negação de
3. A interpretação vero-funcional dos operadores senten- (5) Lula é brasileiro

Raciocínio Lógico 26 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
é (ii) B é verdadeira e A e falsa.
(9) Lula não é brasileiro,
e a negação de (9), Não há, na disjunção exclusiva, a possibilidade de serem
(10) Não é o caso que Lula não é brasileiro, é a negação ambas as sentenças verdadeiras. A tabela de verdade da
da negação de (5), que é equivalente à própria sentença (5). disjunção exclusiva é
A B A ou B
5. A conjunção VVF
Uma sentença do tipo A e B é denominada uma conjun- VFV
ção. Considere-se a sentença FVV
(11) João foi à praia e Pedro foi ao futebol. FFF
A sentença (1) é composta por duas sentenças,
(12) João foi à praia Um exemplo de disjunção exnclusiva é
e (20) Ou o PMDB ou o PP receberá o ministério da saúde,
(13) Pedro foi ao futebol que é formada a partir das sentenças:
conectadas pelo operador lógico e. Na interpretação vero- (21) o PMDB receberá o ministério da saúde;
funcional do operador e, o valor de verdade de (11) depende (22) o PP receberá o ministério da saúde.
apenas dos valores de verdade das sentenças (12) e (13). É
fácil perceber que (11) é verdadeira somente em uma situa- Quando se diz que um determinado partido receberá um
ção: quando (12) e (13) são ambas verdadeiras. A tabela de ministério, isso significa que um membro de tal partido será
verdade de uma conjunção A e B é a seguinte: nomeado ministro. Posto que há somente um ministro da
ABAeB saúde, não é possível que (21) e (22) sejam simultaneamen-
VVV te verdadeiras. O ou da sentença (20), portanto, é exclusivo.
VFF
FVF Na lógica simbólica, são usados símbolos diferentes para
FFF designar o ou inclusivo e o exclusivo. No latim, há duas pala-
vras diferentes, vel para a disjunção inclusiva e aut para a
Note que, na interpretação vero-funcional da conjunção, exclusiva. No português isso não ocorre. Na maioria das
A e B é equivalente a B e A. Não faz diferença alguma afir- vezes é apenas o contexto que deixa claro se se trata de
marmos (11) ou (14) Pedro foi ao futebol e João foi à praia. uma disjunção inclusiva ou exclusiva.

É importante observar que a interpretação vero-funcional Assim como ocorre com a conjunção, sentenças A ou B e
da conjunção não expressa todos os usos da partícula e em B ou A são equivalentes. Isso vale tanto para o ou inclusivo
português. A sentença quanto para o exclusivo.
(15) Maria e Pedro tiveram um filho e casaram não é e-
quivalente a 7. A condicional
(16) Maria e Pedro casaram e tiveram um filho. Uma condicional é uma sentença da forma se A, então B.
A é denominado o antecedente e B o conseqüente da condi-
Em outras palavras, o e que ocorre em (15) e (16) não é cional.
uma função de verdade.
Em primeiro lugar, é importante deixar clara a diferença
6. A disjunção entre um argumento (23) A, logo B e uma condicional (24) se
Uma sentença do tipo A ou B é denominada uma disjun- A, então B.
ção. Há dois tipos de disjunção, a inclusiva e a exclusiva.
Ambas tomam dois valores de verdade como argumentos e Em (23) a verdade tanto de A quanto de B é afirmada.
produzem um valor de verdade como resultado. Começarei Note que o que vem depois do ‘logo’ é afirmado como verda-
pela disjunção inclusiva. Considere-se a sentença deiro e é a conclusão do argumento. Já em (24), nada se diz
(17) Ou João vai à praia ou João vai ao clube, que é for- acerca da verdade de A, nem de B. (24) diz apenas que se A
mada pela sentenças é verdadeira, B também será verdadeira. Note que apesar de
(18) João vai à praia uma condicional e um argumento serem coisas diferentes
e usamos uma terminologia similar para falar de ambos. Em
(19) João vai ao clube combinadas pelo operador ou. A (23) dizemos que A é o antecedente do argumento, e B é o
sentença (17) é verdadeira em três situações: conseqüente do argumento. Em (24), dizemos que A é o
(i) João vai à praia e também vai ao clube; antecedente da condicional, e B é o conseqüente da condi-
(ii) João vai à praia mas não vai ao clube e cional.
(iii) João não vai à praia mas vai ao clube.
Da mesma forma que analisamos o e e o ou como fun-
A tabela de verdade da disjunção inclusiva é a seguinte: ções de verdade, faremos o mesmo com a condicional. Ana-
A B A ou B lisada vero-funcionalmente, a condicional é denominada
VVV condicional material.
VFV
FVV Quando analisamos a conjunção, vimos que a interpreta-
FFF ção vero-funcional do operador sentencial e não corresponde
exatamente ao uso que dela fazemos na linguagem natural.
No sentido inclusivo do ou, uma sentença A ou B é ver- Isso ocorre de modo até mais acentuado com o operador
dadeira quando uma das sentenças A e B é verdadeira ou se...então. Na linguagem natural, geralmente usamos
quando são ambas verdadeiras, isto é, a disjunção inclusiva se...então para expressar uma relação entre os conteúdos de
admite a possibilidade de A e B serem simultaneamente A e B, isto é, queremos dizer que A é uma causa ou uma
verdadeiras. explicação de B. Isso não ocorre na interpretação do
se...então como uma função de verdade. A tabela de verda-
No sentido exclusivo do ou, uma sentença A ou B é ver- de da condicional material é a seguinte:
dadeira apenas em duas situações: A B se A, então B
(i) A é verdadeira e B é falsa; VVV

Raciocínio Lógico 27 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
VFF com o antecedente falso.
FVV
FFV Mas cabe perguntar: se a condicional material de fato não
expressa todos os usos do se...então em português e, além
Uma condicional material é falsa apenas em um caso: disso, produz resultados contra-intuitivos como a sentença
quando o antecedente é verdadeiro e o conseqüente falso. (29), por que ela é útil para o estudo de argumentos constru-
ídos com a linguagem natural? A resposta é muito simples. O
A terceira e a quarta linhas da tabela de verdade da con- caso em que a condicional material é falsa, a segunda linha
dicional material costumam causar problemas para estudan- da tabela de verdade, corresponde exatamente ao caso em
tes iniciantes de lógica. Parece estranho que uma condicio- que, no uso corrente da linguagem, uma sentença se A,
nal seja verdadeira sempre que o antecedente é falso, mas então B é falsa. Considere-se a sentença (30) Se Lula con-
veremos que isso é menos estranho do que parece. seguir o apoio do PMDB, então fará um bom governo.

Suponha que você não conhece Victor, mas sabe que Em (30), o ponto é que Lula fará um bom governo porque
Victor é um parente do seu vizinho que acabou de chegar da tem o apoio do PMDB. Há um suposto nexo explicativo e
França. Você não sabe mais nada sobre Victor. Agora consi- causal entre o antecedente e o conseqüente. Suponha, en-
dere a sentença: tretanto, que Lula obtém o apoio do PMDB durante todo o
(25) Se Victor é carioca, então Victor é brasileiro. seu mandato, mas ainda assim faz um mau governo. Nesse
caso, em que o antecedente é verdadeiro e o conseqüente
O antecedente de (25) é (26) Victor é carioca e o conse- falso, (30) é falsa.
qüente é (27) Victor é brasileiro.
Abaixo, você encontra diferentes maneiras de expressar,
A sentença (25) é verdadeira, pois sabemos que todo ca- na linguagem natural, uma condicional se A, então B, todas
rioca é brasileiro. Em outras palavras, é impossível que al- equivalentes.
guém simultaneamente seja carioca e não seja brasileiro. Por Se A, B
esse motivo, a terceira linha da tabela de verdade, que torna- B, se A
ria a condicional falsa, nunca ocorre. Caso A, B
B, caso A
Descartada a terceira linha, ainda há três possibilidades,
que correspondem às seguintes situações: As expressões abaixo também são equivalentes a se A,
(a) Victor é carioca. então B:
(b) Victor é paulista. A, somente se B
(c) Victor é francês. Somente se B, A
A é condição suficiente para B
Suponha que Victor é carioca. Nesse caso, o antecedente B é condição necessária para A,mas elas serão vistas
e o conseqüente da condicional são verdadeiros. com mais atenção na seção sobre condições necessárias e
suficientes.
Temos a primeira linha da tabela de verdade. Até aqui
não há problema algum. 8. Variantes da condicional material
Partindo de uma condicional
Suponha agora que Victor é paulista. Nesse caso, o ante- (31) Se A, então B
cedente da condicional (26) Victor é carioca é falso, mas o podemos construir sua conversa,
conseqüente (27) Victor é brasileiro é verdadeiro. (32) Se B, então A
sua inversa
Temos nesse caso a terceira linha da tabela de verdade (33) Se não A, então não B e sua contrapositiva (34) Se
da condicional. Note que a condicional (25) continua sendo não B, então não A.
verdadeira mesmo que Victor seja paulista, isto é, quando o
antecedente é falso. Há dois pontos importantes sobre as sentenças acima
que precisam ser observados. Vimos que A e B e B e A,
Por fim, suponha que Victor é francês. Nesse caso, tanto assim como A ou B e B ou A são equivalentes. Entretanto, se
(26) Victor é carioca quanto (27) Victor é brasileiro são fal- A, então B e se B então A NÃO SÃO EQUIVALENTES!!!
sas. Temos aqui a quarta linha da tabela de verdade da con-
dicional material. Mas, ainda assim, a sentença (25) é verda- Isso pode ser constatado facilmente pela construção das
deira. respectivas tabelas de verdade, que fica como exercício para
o leitor. Mas pode ser também intuitivamente percebido.
Vejamos outro exemplo. Considere a condicional Considere as sentenças: (35) Se João é carioca, João é
(28) Se Pedro não jogar na loteria, não ganhará o prêmio. brasileiro e
(36) Se João é brasileiro, João é carioca.
Essa é uma condicional verdadeira. Por quê? Porque é
impossível (em uma situação normal) o antecedente ser Enquanto a sentença (35) é verdadeira, é evidente que
verdadeiro e o conseqüente falso. Isto é, não é possível (36) pode ser falsa, pois João pode perfeitamente ser brasi-
Pedro não jogar e ganhar na loteria. Fica como exercício leiro sem ser carioca.
para o leitor a construção da tabela de verdade de (28).
Uma condicional se A, então B e sua contrapositiva se
Não é difícil perceber, em casos como (25) e (28) acima, não B, então não A são equivalentes. Isso pode ser consta-
por que uma condicional é verdadeira quando o antecedente tado pela construção da tabela de verdade, que fica como
é falso. O problema é que, sendo a condicional material uma um exercício para o leitor. Mas note que a contrapositiva de
função de verdade, coisas como (29) se 2 + 2 = 5, então a (35), (37) Se João não é brasileiro, não é carioca, é verdadei-
Lua é de queijo são verdadeiras. Sem dúvida, esse é um ra nas mesmas circunstâncias em que (35) é verdadeira. A
resultado contra-intuitivo. Note que toda condicional material diferença entre (35) e (37) é que (35) enfatiza que ser carioca
com antecedente falso será verdadeira. Mas no uso corrente é condição suficiente para ser brasileiro, enquanto (37) enfa-
da linguagem normalmente não formulamos condicionais tiza que ser brasileiro é condição necessária para ser cario-

Raciocínio Lógico 28 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
ca. Isso ficará mais claro na seção sobre condições necessá- QUESTÕES I
rias e suficientes. 01. Sendo p a proposição Paulo é paulista e q a proposição
Ronaldo é carioca, traduzir para a linguagem corrente as
9. Negações seguintes proposições:
Agora nós vamos aprender a negar sentenças construí- a) ~q
das com os operadores sentenciais. b) p ^ q
c) p v q
Negar uma sentença é o mesmo afirmar que a sentença d) p " q
é falsa. Por esse motivo, para negar uma sentença construí- e) p " (~q)
da com os operadores sentenciais e, ou e se...então, basta
afirmar a(s) linha(s) da tabela de verdade em que a sentença 02. Sendo p a proposição Roberto fala inglês e q a proposi-
é falsa. ção Ricardo fala italiano traduzir para a linguagem simbólica
as seguintes proposições:
9a. Negação da disjunção a) Roberto fala inglês e Ricardo fala italiano.
Comecemos pelos caso mais simples, a disjunção (inclu- b) Ou Roberto não fala inglês ou Ricardo fala italiano.
siva). Como vimos, uma disjunção A ou B é falsa no caso em c) Se Ricardo fala italiano então Roberto fala inglês.
que tanto A quanto B são falsas. Logo, para negar uma dis- d) Roberto não fala inglês e Ricardo não fala italiano.
junção, nós precisamos dizer que A é falsa e também que B
é falsa, isto é, não A e não B. Fica como exercício para o 03. (UFB) Se p é uma proposição verdadeira, então:
leitor a construção das tabelas de verdade de A ou B e não A a) p ^ q é verdadeira, qualquer que seja q;
e não B para constatar que são idênticas. b) p v q é verdadeira, qualquer que seja q;
(1) João comprou um carro ou uma moto. c) p ^ q é verdadeira só se q for falsa;
d) p =>q é falsa, qualquer que seja q
A negação de (1) é: e) n.d.a.
(2) João não comprou um carro e não comprou uma moto,
ou 04. (MACK) Duas grandezas x e y são tais que "se x = 3
(3) João nem comprou um carro, nem comprou uma moto. então y = 7". Pode-se concluir que:
a) se x 3 antão y 7
Na linguagem natural, freqüentemente formulamos a ne- b) se y = 7 então x = 3
gação de uma disjunção com a expressão nem...nem. Nem c) se y 7 então x 3
A, nem B significa o mesmo que não A e não B. d) se x = 5 então y = 5
(4) O PMDB receberá o ministério da saúde ou o PP re- e) se x = 7 então y = 3
ceberá o ministério da cultura.
A negação de (4) é: 05. (ABC) Assinale a proposição composta logicamente ver-
(5) Nem o PMDB receberá o ministério da saúde, nem o dadeira:
PP receberá o ministério da cultura. a) (2 = 3) => (2 . 3 = 5)
b) (2 = 2) => (2 . 3 = 5)
Exercício: complete a coluna da direita da tabela abaixo c) (2 = 3) e (2 . 3 = 5)
com a negação das sentenças do lado esquerdo. d) (2 = 3) ou (2 . 3 = 5)
DISJUNÇÃO NEGAÇÃO e) (2 = 3) e (~ ( 2= 2))
A ou B não A e não B 06. (UGF) A negação de x > -2 é:
A ou não B a) x > 2
não A ou B b) x #-2
não A ou não B c) x < -2
d) x < 2
9b. Negação da conjunção e) x #2
Por um raciocínio análogo ao utilizado na negação da dis-
junção, para negar uma conjunção precisamos afirmar os 07. (ABC) A negação de todos os gatos são pardos é:
casos em que a conjunção é falsa. Esses casos são a se- a) nenhum gato é pardo;
gunda, a terceira e a quarta linhas da tabela de verdade. Isto b) existe gato pardo;
é, A e B é falsa quando: c) existe gato não pardo;
(i) A é falsa, d) existe um e um só gato pardo;
(ii) B é falsa ou e) nenhum gato não é pardo.
(iii) A e B são ambas falsas.
08. (ABC) Se A negação de o gato mia e o rato chia é:
É fácil perceber que basta uma das sentenças ligadas pe- a) o gato não mia e o rato não chia;
lo e ser falsa para a conjunção ser falsa. A negação de A e b) o gato mia ou o rato chia;
B, portanto, é não A ou não B. Fica como exercício para o c) o gato não mia ou o rato não chia;
leitor a construção das tabelas de verdade de A e B e não A d) o gato e o rato não chiam nem miam;
ou não B para constatar que são idênticas. e) o gato chia e o rato mia.

Exemplos de negações de conjunções: 09. Duas grandezas A e B são tais que "se A = 2 então B =
(6) O PMDB receberá o ministério da saúde e o ministério 5". Pode-se concluir que:
da cultura. a) se A 2 antão B 5
A negação de (6) é b) se A = 5 então B = 2
(6a) Ou PMDB não receberá o ministério da saúde, ou c) se B 5 então A 2
não receberá o ministério da cultura. d) se A = 2 então B = 2
(7) Beba e dirija. e) se A = 5 então B 2
A negação de (7) é
(7a) não beba ou não dirija. 10. (VUNESP) Um jantar reúne 13 pessoas de uma mesma
Fonte: http://abilioazambuja.sites.uol.com.br/1d.pdf família. Das afirmações a seguir, referentes às pessoas reu-
nidas, a única necessariamente verdadeira é:

Raciocínio Lógico 29 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
a) pelo menos uma delas tem altura superior a 1,90m; É verdade que APENAS
b) pelo menos duas delas são do sexo feminino; a) I e II são sentenças abertas
c) pelo menos duas delas fazem aniversário no mesmo mês; b) I e III são sentenças abertas
d) pelo menos uma delas nasceu num dia par; c) II e III são sentenças abertas
e) pelo menos uma delas nasceu em janeiro ou fevereiro. d) I é uma sentença aberta
e) II é uma sentença aberta
Resolução:
4. Das cinco frases abaixo, quatro delas têm
01. a) Paulo não é paulista. uma mesma característica lógica em comum,
b) Paulo é paulista e Ronaldo é carioca. enquanto uma delas não tem essa
c) Paulo é paulista ou Ronaldo é carioca. característica.
d) Se Paulo é paulista então Ronaldo é carioca. I – Que belo dia!
e) Se Paulo é paulista então Ronaldo não é carioca. II – Um excelente livro de raciocínio lógico.
02. a) p ^ q III – O jogo terminou empatado?
IV – Existe vida em outros planetas do universo.
b) (~p) v p V – Escreva uma poesia.
c) q " p A frase que não possui essa característica
d) (~p) ^ (~q) comum é a
a) I
03. B 04. C 05. A 06. C b) II
07. C 08. C 09. C 10. C c) III
d) IV
http://www.coladaweb.com/matematica/logica e) V
JULGUE SE É PROPOSIÇÃO E JUSTIFIQUE:
1. Paulo é alto. 5. CESPE (Adaptado) – JULGUE COM CERTO
2. Ele foi o melhor jogador da copa. OU ERRADO:
3. x > y Das cinco (5) afirmações abaixo, três delas
4. Rossana é mais velha que Marcela? são proposições.
5. Mário é pintor I – Mariana mora em Piúma.
6. x + 2 = 5 II – Em Vila Velha, visite o Convento da Penha.
7. 3 + 4 = 9 III – A expressão algébrica x + y é positiva.
8. É um péssimo livro de geografia IV – Se Joana é economista, então ela não
9. Se x é um número primo então x é um número real entende de políticas públicas.
10. x é um número primo. V – A SEGER oferece 220 vagas em concurso
público.
GABARITO
1.proposição GABARITO
2. vaga ou sentença aberta 1. certa
3.sentença aberta 2. errada
4. interrogativa 3.A
5. proposição 4.D
6. sentença aberta 5. certa
7. proposição
8. proposição ESTRUTURAS LÓGICAS
9. proposição ( variável não livre )
10. sentença aberta ou imperativa
As questões de Raciocínio Lógico sempre vão ser com-
TESTES postas por proposições que provam, dão suporte, dão razão
1. Julgue se a afirmação a seguir é CERTA ou a algo, ou seja, são afirmações que expressam um pensa-
ERRADA. mento de sentindo completo. Essas proposições podem ter
Há duas proposições no seguinte conjunto de um sentindo positivo ou negativo.
sentenças:
I – O BB foi criado em 1980. Exemplo 1: João anda de bicicleta.
II – Faça seu trabalho corretamente.
III – Manuela tem mais de 40 anos de idade. Exemplo 2: Maria não gosta de banana.

2. Julgue com CERTO ou ERRADO: Tanto o exemplo 1 quanto o 2 caracterizam uma afirma-
Na lista de frases apresentadas a seguir, há ção/proposição.
exatamente três proposições.
“a frase dentro destas aspas é uma mentira” A base das estruturas lógicas é saber o que é verda-
A expressão x + y é positiva de ou mentira (verdadeiro/falso).
O valor de + 3 = 7
Pelé marcou dez gols para a seleção brasileira.
Os resultados das proposições SEMPRE tem que dar
O que é isto?
verdadeiro.
3. Agente Fiscal de Rendas – Nível I / SP 2006
– FCC Há alguns princípios básicos:
Considere as seguintes frases:
I – Ele foi o melhor jogador do mundo em 2005. Contradição: Nenhuma proposição pode ser verdadeira e
II – (x + y) / 5 é um número inteiro falsa ao mesmo tempo.
III – João da Silva foi o Secretário da Fazenda do
Estado de São Paulo em 2000.
Raciocínio Lógico 30 A Opção Certa Para a Sua Realização
APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
Terceiro Excluído: Dadas duas proposições lógicas con- F F F
traditórias somente uma delas é verdadeira. Uma proposição
ou é verdadeira ou é falsa, não há um terceiro valor lógico DISJUNÇÃO (símbolo V):
(“mais ou menos”, meio verdade ou meio mentira).
Este conectivo também serve para unir duas proposições.
Ex. Estudar é fácil. (o contrário seria: “Estudar é difícil”. O resultado será verdadeiro se pelo menos uma das proposi-
Não existe meio termo, ou estudar é fácil ou estudar é difícil). ções for verdadeira.

Para facilitar a resolução das questões de lógica usam-se Ex3.: P V Q. (Ou o Pão é barato ou o Queijo não é bom.)
os Conectivos Lógicos, que são símbolos que comprovam V = “ou”
a veracidade das informações e unem as proposições uma a
outra ou as transformam numa terceira proposição. Regrinha para o conectivo de disjunção (V):
Veja abaixo:
(~) “não”: negação P Q PVQ
(Λ) “e”: conjunção V V V
(V) “ou”: disjunção
(→) “se...então”: condicional V F V
(↔) “se e somente se”: bicondicional F V V
Agora, vejamos na prática como funcionam estes conec-
F F F
tivos:
Temos as seguintes proposições:
O Pão é barato. O Queijo não é bom.
A letra P, representa a primeira proposição e a letra Q, a
segunda. Assim, temos: CONDICIONAL (símbolo →)
P: O Pão é barato.
Q: O Queijo não é bom. Este conectivo dá a ideia de condição para que a outra
NEGAÇÃO (símbolo ~): proposição exista. “P” será condição suficiente para “Q” e “Q”
é condição necessária para “P”.
Quando usamos a negação de uma proposição inverte-
mos a afirmação que está sendo dada. Veja os exemplos: Ex4.: P → Q. (Se o Pão é barato então o Queijo não é
bom.) → = “se...então”
Ex1. : ~P (não P): O Pão não é barato. (É a negação lógi-
ca de P) Regrinha para o conectivo condicional (→):

~Q (não Q): O Queijo é bom. (É a negação lógica de Q) P Q P→Q


V V V
Se uma proposição é verdadeira, quando usamos a ne-
gação vira falsa. V F F
F V V
Se uma proposição é falsa, quando usamos a negação vi-
F F V
ra verdadeira.

Regrinha para o conectivo de negação (~):


BICONDICIONAL (símbolo ↔)

O resultado dessas proposições será verdadeiro se e


P ~P
somente se as duas forem iguais (as duas verdadeiras ou as
V F duas falsas). “P” será condição suficiente e necessária para
F V “Q”

CONJUNÇÃO (símbolo Λ): Ex5.: P ↔ Q. (O Pão é barato se e somente se o Queijo


não é bom.) ↔ = “se e somente se”
Este conectivo é utilizado para unir duas proposições
formando uma terceira. O resultado dessa união somente Regrinha para o conectivo bicondicional (↔):
será verdadeiro se as duas proposições (P e Q) forem ver-
dadeiras, ou seja, sendo pelo menos uma falsa, o resultado P Q P↔Q
será FALSO. V V V
V F F
Ex.2: P Λ Q. (O Pão é barato e o Queijo não é bom.) Λ =
“e” F V F
F F V
Regrinha para o conectivo de conjunção (Λ):

P Q PΛQ Fonte: http://www.concursospublicosonline.com/

V V V
V F F
F V F

Raciocínio Lógico 31 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
TABELA VERDADE F F F

Disjunção (OU)
Tabela-verdade, tabela de verdade ou tabela veritativa
é um tipo de tabela matemática usada em Lógica para
determinar se uma fórmula é válida ou se um sequente é A disjunção é falsa se, e somente se ambos os
correto. operandos forem falsos

As tabelas-verdade derivam do trabalho de Gottlob Frege,


Charles Peirce e outros da década de 1880, e tomaram a
forma atual em 1922 através dos trabalhos de Emil Post e A B AvB
Ludwig Wittgenstein. A publicação do Tractatus Logico- V V V
Philosophicus, de Wittgenstein, utilizava as mesmas para V F V
classificar funções veritativas em uma série. A vasta
F V V
influência de seu trabalho levou, então, à difusão do uso de
tabelas-verdade. F F F

Como construir uma Tabela Verdade Condicional (Se... Então) [Implicação]


Uma tabela de verdade consiste em:
A conjunção é falsa se, e somente se, o primeiro
operando é verdadeiro e o segundo operando é falso
1º) Uma linha em que estão contidos todas as
subfórmulas de uma fórmula. Por exemplo, a fórmula
A B A→B
¬((A∧ B)→C) tem o seguinte conjuntos de subfórmulas:
V V V
{ ¬((A∋B)→C) , (A∧ B)→C , A∧ B , A , B , C} V F F
F V V
2º) l linhas em que estão todos possíveis valores que os F F V
termos podem receber e os valores cujas as fórmulas
moleculares tem dados os valores destes termos. Bicondicional (Se e somente se) [Equivalência]

O número destas linhas é l = nt , sendo n o número de A conjunção é verdadeira se, e somente se, ambos
valores que o sistema permite (sempre 2 no caso do Cálculo operandos forem falsos ou ambos verdadeiros
Proposicional Clássico) e t o número de termos que a
fórmula contém. Assim, se uma fórmula contém 2 termos, o A B A↔B
número de linhas que expressam a permutações entre estes V V V
será 4: um caso de ambos termos serem verdadeiros (V V),
dois casos de apenas um dos termos ser verdadeiro (V F , F V F F
V) e um caso no qual ambos termos são falsos (F F). Se a F V F
fórmula contiver 3 termos, o número de linhas que F F V
expressam a permutações entre estes será 8: um caso de
todos termos serem verdadeiros (V V V), três casos de DISJUNÇÃO EXCLUSIVA (OU... OU XOR)
apenas dois termos serem verdadeiros (V V F , V F V , F V
V), três casos de apenas um dos termos ser verdadeiro (V F A conjunção é verdadeira se, e somente se, apenas um
F , F V F , F F V) e um caso no qual todos termos são falsos dos operandos for verdadeiro
(F F F).
Tabelas das Principais Operações do Cálculo A B A((B
Proposicional Dei V V F
Negação V F V
F V V
A ~A F F F

V F Adaga de Quine (NOR)

F V A conjunção é verdadeira se e somente se os operandos


são falsos
A negação da proposição "A" é a proposição "~A", de
maneira que se "A" é verdade então "~A" é falsa, e vice- A B A((B A↓B
versa.
V V V F
Conjunção (E) V F V F
F V V F
A conjunção é verdadeira se e somente se os operandos F F F V
são verdadeiros
Como usar tabelas para verificar a validade de
A B A^B argumentos

V V V Verifique se a conclusão nunca é falsa quando


V F F as premissas são verdadeiros. Em caso positivo, o
argumento é válido. Em caso negativo, é inválido.
F V F

Raciocínio Lógico 32 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
Alguns argumentos válidos A B A→B B→A
V V V V
Modus ponens
V F F V
F V V F
F F V V
A B A→B Fonte: Wikipédia
V V V
V F F DIAGRAMAS LÓGICOS
F V V
História
F F V
Para entender os diagramas lógicos vamos dar uma rápi-
Modus tollens da passada em sua origem.
O suíço Leonhard Euler (1707 – 1783) por volta de 1770,
ao escrever cartas a uma princesa da Alemanha, usou os
diagramas ao explicar o significado das quatro proposições
A B ¬A ¬B A→B categóricas:
Todo A é B.
V V F F V
Algum A é B.
V F F V F Nenhum A é B.
F V V F V Algum A não é B.
F F V V V
Mais de 100 anos depois de Euler, o logicista inglês John
Venn (1834 – 1923) aperfeiçoou o emprego dos diagramas,
utilizando sempre círculos. Desta forma, hoje conhecemos
Silogismo Hipotético como diagramas de Euler/Venn.

Tipos

Existem três possíveis tipos de relacionamento entre dois


A B C A→B B→C A→C diferentes conjuntos:
V V V V V V
Indica que um con-
V V F V F F
junto está ompleta-
V F V F V V mente contido no
V F F F V F outro, mas o inverso
F V V V V V não é verdadeiro.
F V F V F V
F F V V V V
F F F V V V Indica que os dois
conjuntos tem alguns
Algumas falácias
elementos em co-
mum, mas não todos.
Afirmação do conseqüente

Se A, então B. (A→B)
Indica que não exis-
B. tem elementos co-
muns entre os con-
Logo, A. juntos.

A B A→B
V V V
OBS: CONSIDERE QUE O TAMANHO DOS CÍRCULOS
V F F NÃO INDICA O TAMANHO RELATIVO DOS CONJUNTOS.
F V V
F F V LÓGICA DE ARGUMENTAÇÃO: ANALOGIAS,
INFERÊNCIAS, DEDUÇÕES E CONCLUSÕES.

Comutação dos Condicionais 1. Introdução

A implica B. (A→B) Desde suas origens na Grécia Antiga, especialmente de


Aristóteles (384-322 a.C.) em diante, a lógica tornou-se um
Logo, B implica A. (B→A) dos campos mais férteis do pensamento humano, particular-
mente da filosofia. Em sua longa história e nas múltiplas
modalidades em que se desenvolveu, sempre foi bem claro

Raciocínio Lógico 33 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
seu objetivo: fornecer subsídios para a produção de um bom Materialmente, este é um raciocínio falso porque a expe-
raciocínio. riência nos diz que a premissa é falsa.

Por raciocínio, entende-se tanto uma atividade mental No entanto, formalmente, é um raciocínio válido, porque a
quanto o produto dessa atividade. Esse, por sua vez, pode conclusão é adequada às premissas. É nesse sentido que se
ser analisado sob muitos ângulos: o psicólogo poderá estu- costuma dizer que o computador é falho, já que, na maioria
dar o papel das emoções sobre um determinado raciocínio; o dos casos, processa formalmente informações nele previa-
sociólogo considerará as influências do meio; o criminólogo mente inseridas, mas não tem a capacidade de verificar o
levará em conta as circunstâncias que o favoreceram na valor empírico de tais informações.
prática de um ato criminoso etc. Apesar de todas estas pos-
sibilidades, o raciocínio é estudado de modo muito especial Já, a lógica material preocupa-se com a aplicação das
no âmbito da lógica. Para ela, pouco importam os contextos operações do pensamento à realidade, de acordo com a
psicológico, econômico, político, religioso, ideológico, jurídico natureza ou matéria do objeto em questão. Nesse caso,
ou de qualquer outra esfera que constituam o “ambiente do interessa que o raciocínio não só seja formalmente correto,
raciocínio”. mas que também respeite a matéria, ou seja, que o seu con-
teúdo corresponda à natureza do objeto a que se refere.
Ao lógico, não interessa se o raciocínio teve esta ou a- Neste caso, trata-se da correspondência entre pensamento e
quela motivação, se respeita ou não a moral social, se teve realidade.
influências das emoções ou não, se está de acordo com uma
doutrina religiosa ou não, se foi produzido por uma pessoa Assim sendo, do ponto de vista lógico, costuma-se falar
embriagada ou sóbria. Ele considera a sua forma. Ao consi- de dois tipos de verdade: a verdade formal e a verdade mate-
derar a forma, ele investiga a coerência do raciocínio, as rial. A verdade formal diz respeito, somente e tão-somente, à
relações entre as premissas e a conclusão, em suma, sua forma do discurso; já a verdade material tem a ver com a
obediência a algumas regras apropriadas ao modo como foi forma do discurso e as suas relações com a matéria ou o
formulado etc. conteúdo do próprio discurso. Se houver coerência, no pri-
meiro caso, e coerência e correspondência, no segundo,
Apenas a título de ilustração, seguem-se algumas defini- tem-se a verdade.
ções e outras referências à lógica:
Em seu conjunto, a lógica investiga as regras adequadas
“A arte que dirige o próprio ato da razão, ou seja, nos à produção de um raciocínio válido, por meio do qual visa-se
permite chegar com ordem, facilmente e sem erro, ao próprio à consecução da verdade, seja ela formal ou material. Rela-
ato da razão – o raciocínio” (Jacques Maritain). cionando a lógica com a prática, pode-se dizer que é impor-
tante que se obtenha não somente uma verdade formal, mas,
“A lógica é o estudo dos métodos e princípios usados pa- também, uma verdade que corresponda à experiência. Que
ra distinguir o raciocínio correto do incorreto” (Irving Copi). seja, portanto, materialmente válida. A conexão entre os
princípios formais da lógica e o conteúdo de seus raciocínios
“A lógica investiga o pensamento não como ele é, mas pode ser denominada de “lógica informal”. Trata-se de uma
como deve ser” (Edmundo D. Nascimento). lógica aplicada ao plano existencial, à vida quotidiana.

“A princípio, a lógica não tem compromissos. No entanto, 1.2. Raciocínio e Argumentação


sua história demonstra o poder que a mesma possui quando
bem dominada e dirigida a um propósito determinado, como Três são as principais operações do intelecto humano: a
o fizeram os sofistas, a escolástica, o pensamento científico simples apreensão, os juízos e o raciocínio.
ocidental e, mais recentemente, a informática” (Bastos; Kel-
ler). A simples apreensão consiste na captação direta (atra-
vés dos sentidos, da intuição racional, da imaginação etc) de
1.1. Lógica formal e Lógica material uma realidade sobre a qual forma-se uma idéia ou conceito
(p. ex., de um objeto material, ideal, sobrenatural etc) que,
Desde Aristóteles, seu primeiro grande organizador, os por sua vez, recebe uma denominação (as palavras ou ter-
estudos da lógica orientaram-se em duas direções principais: mos, p. ex.: “mesa”, “três” e “arcanjo”).
a da lógica formal, também chamada de “lógica menor” e a
da lógica material, também conhecida como “lógica maior”. O juízo é ato pelo qual os conceitos ou idéias são ligadas
ou separadas dando origem à emissão de um “julgamento”
A lógica formal preocupa-se com a correção formal do (falso ou verdadeiro) sobre a realidade, mediante proposi-
pensamento. Para esse campo de estudos da lógica, o con- ções orais ou escritas. Por exemplo: “Há três arcanjos sobre
teúdo ou a matéria do raciocínio tem uma importância relati- a mesa da sala”
va. A preocupação sempre será com a sua forma. A forma é
respeitada quando se preenchem as exigências de coerência O raciocínio, por fim, consiste no “arranjo” intelectual dos
interna, mesmo que as conclusões possam ser absurdas do juízos ou proposições, ordenando adequadamente os conte-
ponto de vista material (conteúdo). Nem sempre um raciocí- údos da consciência. No raciocínio, parte-se de premissas
nio formalmente correto corresponde àquilo que chamamos para se chegar a conclusões que devem ser adequadas.
de realidade dos fatos. No entanto, o erro não está no seu Procedendo dessa forma, adquirem-se conhecimentos novos
aspecto formal e, sim, na sua matéria. Por exemplo, partindo e defende-se ou aprofunda-se o que já se conhece. Para
das premissas que tanto, a cada passo, é preciso preencher os requisitos da
coerência e do rigor. Por exemplo: “Se os três arcanjos estão
(1) todos os brasileiros são europeus sobre a mesa da sala, não estão sobre a mesa da varanda”
e que
(2) Pedro é brasileiro, Quando os raciocínios são organizados com técnica e ar-
formalmente, chegar-se-á à conclusão lógica que te e expostos de forma tal a convencer a platéia, o leitor ou
(3) Pedro é europeu. qualquer interlocutor tem-se a argumentação. Assim, a ativi-

Raciocínio Lógico 34 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
dade argumentativa envolve o interesse da persuasão. Ar- inferência. O ponto de partida de um raciocínio (as premis-
gumentar é o núcleo principal da retórica, considerada a arte sas) deve levar a conclusões óbvias.
de convencer mediante o discurso.
1.4. Termo e Conceito
Partindo do pressuposto de que as pessoas pensam a-
quilo que querem, de acordo com as circunstâncias da vida e Para que a validade de um raciocínio seja preservada, é
as decisões pessoais (subjetividade), um argumento conse- fundamental que se respeite uma exigência básica: as pala-
guirá atingir mais facilmente a meta da persuasão caso as vras empregadas na sua construção não podem sofrer modi-
idéias propostas se assentem em boas razões, capazes de ficações de significado. Observe-se o exemplo:
mexer com as convicções daquele a quem se tenta conven-
cer. Muitas vezes, julga-se que estão sendo usadas como Os jaguares são quadrúpedes;
bom argumento opiniões que, na verdade, não passam de Meu carro é um Jaguar
preconceitos pessoais, de modismos, de egoísmo ou de logo, meu carro é um quadrúpede.
outras formas de desconhecimento. Mesmo assim, a habili- O termo “jaguar” sofreu uma alteração de significado ao
dade no argumentar, associada à desatenção ou à ignorân- longo do raciocínio, por isso, não tem validade.
cia de quem ouve, acaba, muitas vezes, por lograr a persua-
são.
Quando pensamos e comunicamos os nossos pensamen-
tos aos outros, empregamos palavras tais como “animal”,
Pode-se, então, falar de dois tipos de argumentação: boa “lei”, “mulher rica”, “crime”, “cadeira”, “furto” etc. Do ponto de
ou má, consistente/sólida ou inconsistente/frágil, lógica ou vista da lógica, tais palavras são classificadas como termos,
ilógica, coerente ou incoerente, válida ou não-válida, fraca ou que são palavras acompanhadas de conceitos. Assim sendo,
forte etc. o termo é o signo lingüístico, falado ou escrito, referido a um
conceito, que é o ato mental correspondente ao signo.
De qualquer modo, argumentar não implica, necessaria-
mente, manter-se num plano distante da existência humana, Desse modo, quando se emprega, por exemplo, o termo
desprezando sentimentos e motivações pessoais. Pode-se “mulher rica”, tende-se a pensar no conjunto das mulheres às
argumentar bem sem, necessariamente, descartar as emo- quais se aplica esse conceito, procurando apreender uma
ções, como no caso de convencer o aluno a se esforçar nos nota característica comum a todos os elementos do conjunto,
estudos diante da perspectiva de férias mais tranqüilas. En- de acordo com a ‘intencionalidade’ presente no ato mental.
fim, argumentar corretamente (sem armar ciladas para o Como resultado, a expressão “mulher rica” pode ser tratada
interlocutor) é apresentar boas razões para o debate, susten- como dois termos: pode ser uma pessoa do sexo feminino
tar adequadamente um diálogo, promovendo a dinamização cujos bens materiais ou financeiros estão acima da média ou
do pensamento. Tudo isso pressupõe um clima democrático. aquela cuja trajetóriaexistencial destaca-se pela bondade,
virtude, afetividade e equilíbrio.
1.3. Inferência Lógica
Para que não se obstrua a coerência do raciocínio, é pre-
Cabe à lógica a tarefa de indicar os caminhos para um ciso que fique bem claro, em função do contexto ou de uma
raciocínio válido, visando à verdade. manifestação de quem emite o juízo, o significado dos ter-
mos empregados no discurso.
Contudo, só faz sentido falar de verdade ou falsidade
quando entram em jogo asserções nas quais se declara algo, 1.5. Princípios lógicos
emitindo-se um juízo de realidade. Existem, então, dois tipos
de frases: as assertivas e as não assertivas, que também Existem alguns princípios tidos como conditio sine qua
podem ser chamadas de proposições ou juízos. non para que a coerência do raciocínio, em absoluto, possa
ocorrer. Podem ser entendidos como princípios que se refe-
Nas frases assertivas afirma-se algo, como nos exem- rem tanto à realidade das coisas (plano ontológico), quanto
plos: “a raiz quadrada de 9 é 3” ou “o sol brilha à noite”. Já, ao pensamento (plano lógico), ou seja, se as coisas em geral
nas frases não assertivas, não entram em jogo o falso e o devem respeitar tais princípios, assim também o pensamento
verdadeiro, e, por isso, elas não têm “valor de verdade”. É o deve respeitá-los. São eles:
caso das interrogações ou das frases que expressam esta-
dos emocionais difusos, valores vivenciados subjetivamente a) Princípio da identidade, pelo qual se delimita a reali-
ou ordens. A frase “toque a bola”, por exemplo, não é falsa dade de um ser. Trata-se de conceituar logicamente qual é a
nem verdadeira, por não se tratar de uma asserção (juízo). identidade de algo a que se está fazendo referência. Uma
vez conceituada uma certa coisa, seu conceito deve manter-
As frases declaratórias ou assertivas podem ser combi- se ao longo do raciocínio. Por exemplo, se estou falando de
nadas de modo a levarem a conclusões conseqüentes, cons- um homem chamado Pedro, não posso estar me referindo a
tituindo raciocínios válidos. Veja-se o exemplo: Antônio.

(1) Não há crime sem uma lei que o defina; b) Princípio da não-contradição. Se algo é aquilo que é,
não pode ser outra coisa, sob o mesmo aspecto e ao mesmo
(2) não há uma lei que defina matar ET’s como crime; tempo. Por exemplo, se o brasileiro João está doente agora,
não está são, ainda que, daqui a pouco possa vir a curar-se,
(3) logo, não é crime matar ET’s. embora, enquanto João, ele seja brasileiro, doente ou são;

Ao serem ligadas estas assertivas, na mente do interlocu- c) Princípio da exclusão do terceiro termo. Entre o fal-
tor, vão sendo criadas as condições lógicas adequadas à so e o verdadeiro não há meio termo, ou é falso ou é verda-
conclusão do raciocínio. Esse processo, que muitas vezes deiro. Ou está chovendo ou não está, não é possível um
permite que a conclusão seja antecipada sem que ainda terceiro termo: está meio chovendo ou coisa parecida.
sejam emitidas todas as proposições do raciocínio, chamase

Raciocínio Lógico 35 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
A lógica clássica e a lógica matemática aceitam os três do empuxo), de Galileu na catedral de Pisa (lei do pêndulo)
princípios como suas pedras angulares, no entanto, mais ou de Newton sob a macieira (lei da gravitação universal). No
recentemente, Lukasiewicz e outros pensadores desenvolve- entanto, também é uma forma de raciocínio em que se come-
ram sistemas lógicos sem o princípio do terceiro excluído, tem muitos erros. Tal acontece porque é difícil estabelecer-
admitindo valor lógico não somente ao falso e ao verdadeiro, lhe regras rígidas. A distância entre a genialidade e a falha
como também ao indeterminado. grosseira é muito pequena. No caso dos raciocínios analógi-
cos, não se trata propriamente de considerá-los válidos ou
2. Argumentação e Tipos de Raciocínio não-válidos, mas de verificar se são fracos ou fortes. Segun-
do Copi, deles somente se exige “que tenham alguma proba-
Conforme vimos, a argumentação é o modo como é ex- bilidade” (Introdução à lógica, p. 314).
posto um raciocínio, na tentativa de convencer alguém de
alguma coisa. Quem argumenta, por sua vez, pode fazer uso A força de uma analogia depende, basicamente, de três
de diversos tipos de raciocínio. Às vezes, são empregados aspectos:
raciocínios aceitáveis do ponto de vista lógico, já, em outras a) os elementos comparados devem ser verdadeiros e
ocasiões, pode-se apelar para raciocínios fracos ou inválidos importantes;
sob o mesmo ponto de vista. É bastante comum que raciocí- b) o número de elementos semelhantes entre uma situa-
nios desse tipo sejam usados para convencer e logrem o ção e outra deve ser significativo;
efeito desejado, explorando a incapacidade momentânea ou c) não devem existir divergências marcantes na compa-
persistente de quem está sendo persuadido de avaliar o valor ração.
lógico do raciocínio empregado na argumentação.
No raciocínio analógico, comparam-se duas situações,
Um bom raciocínio, capaz de resistir a críticas, precisa casos, objetos etc. semelhantes e tiram-se as conclusões
ser dotado de duas características fundamentais: ter premis- adequadas. Na ilustração, tal como a carroça, o carro a mo-
sas aceitáveis e ser desenvolvido conforme as normas apro- tor é um meio de transporte que necessita de um condutor.
priadas. Este, tanto num caso quanto no outro, precisa ser dotado de
bom senso e de boa técnica para desempenhar adequada-
Dos raciocínios mais empregados na argumentação, me- mente seu papel.
recem ser citados a analogia, a indução e a dedução. Dos
três, o primeiro é o menos preciso, ainda que um meio bas- Aplicação das regras acima a exemplos:
tante poderoso de convencimento, sendo bastante usado
pela filosofia, pelo senso comum e, particularmente, nos a) Os elementos comparados devem ser verdadeiros e
discursos jurídico e religioso; o segundo é amplamente em- relevantes, não imaginários ou insignificantes.tc
pregado pela ciência e, também, pelo senso comum e, por
fim, a dedução é tida por alguns como o único raciocínio "a) Os elementos comparados devem ser verdadeiros e
autenticamente lógico, por isso, o verdadeiro objeto da lógica relevantes, não imaginários ou insignificantes."
formal.
Analogia forte - Ana Maria sempre teve bom gosto ao
A maior ou menor valorização de um ou de outro tipo de comprar suas roupas, logo, terá bom gosto ao comprar as
raciocínio dependerá do objeto a que se aplica, do modo roupas de sua filha.
como é desenvolvido ou, ainda, da perspectiva adotada na
abordagem da natureza e do alcance do conhecimento. Analogia fraca - João usa terno, sapato de cromo e per-
fume francês e é um bom advogado;
Às vezes, um determinado tipo de raciocínio não é ade-
quadamente empregado. Vejam-se os seguintes exemplos: o Antônio usa terno, sapato de cromo e perfume francês;
médico alemão Ludwig Büchner (1824-1899) apresentou logo, deve ser um bom advogado.
como argumento contra a existência da alma o fato de esta
nunca ter sido encontrada nas diversas dissecações do cor-
b) O número de aspectos semelhantes entre uma situa-
po humano; o astronauta russo Gagarin (1934-1968) afirmou
ção e outra deve ser significativo.tc "b) O número de aspec-
que Deus não existe pois “esteve lá em cima” e não o encon-
tos semelhantes entre uma situação e outra deve ser signifi-
trou. Nesses exemplos fica bem claro que o raciocínio induti-
cativo."
vo, baseado na observação empírica, não é o mais adequa-
do para os objetos em questão, já que a alma e Deus são de
ordem metafísica, não física. Analogia forte - A Terra é um planeta com atmosfera,
com clima ameno e tem água; em Marte, tal como na Terra,
houve atmosfera, clima ameno e água; na Terra existe vida,
2.1. Raciocínio analógico
logo, tal como na Terra, em Marte deve ter havido algum tipo
de vida.
Se raciocinar é passar do desconhecido ao conhecido, é
partir do que se sabe em direção àquilo que não se sabe, a
Analogia fraca - T. Edison dormia entre 3 e 4 horas por
analogia (aná = segundo, de acordo + lógon = razão) é um
noite e foi um gênio inventor; eu dormirei durante 3 1/2 horas
dos caminhos mais comuns para que isso aconteça. No
por noite e, por isso, também serei um gênio inventor.
raciocínio analógico, compara-se uma situação já conhecida
com uma situação desconhecida ou parcialmente conhecida,
aplicando a elas as informações previamente obtidas quando c) Não devem existir divergências marcantes na compa-
da vivência direta ou indireta da situação-referência. ração.tc "c) Não devem existir divergências marcantes na
comparação.."
Normalmente, aquilo que é familiar é usado como ponto
de apoio na formação do conhecimento, por isso, a analogia Analogia forte - A pescaria em rios não é proveitosa por
é um dos meios mais comuns de inferência. Se, por um lado, ocasião de tormentas e tempestades; a pescaria marinha
é fonte de conhecimentos do dia-a-dia, por outro, também não está tendo sucesso porque troveja muito.
tem servido de inspiração para muitos gênios das ciências e
das artes, como nos casos de Arquimedes na banheira (lei
Raciocínio Lógico 36 A Opção Certa Para a Sua Realização
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Analogia fraca - Os operários suíços que recebem o sa- Assim sendo, as verdades do raciocínio indutivo depen-
lário mínimo vivem bem; a maioria dos operários brasileiros, dem das probabilidades sugeridas pelo número de casos
tal como os operários suíços, também recebe um salário observados e pelas evidências fornecidas por estes. A enu-
mínimo; logo, a maioria dos operários brasileiros também meração de casos deve ser realizada com rigor e a conexão
vive bem, como os suíços. entre estes deve ser feita com critérios rigorosos para que
sejam indicadores da validade das generalizações contidas
Pode-se notar que, no caso da analogia, não basta con- nas conclusões.
siderar a forma de raciocínio, é muito importante que se O esquema principal do raciocínio indutivo é o seguinte:
avalie o seu conteúdo. Por isso, esse tipo de raciocínio não é B é A e é X;
admitido pela lógica formal. Se as premissas forem verdadei- C é A e também é X;
ras, a conclusão não o será necessariamente, mas possivel- D é A e também é X;
mente, isto caso cumpram-se as exigências acima. E é A e também é X;
logo, todos os A são X
Tal ocorre porque, apesar de existir uma estrutura geral No raciocínio indutivo, da observação de muitos casos
do raciocínio analógico, não existem regras claras e precisas particulares, chega-se a uma conclusão de cunho geral.
que, uma vez observadas, levariam a uma conclusão neces- Aplicando o modelo:
sariamente válida. A jararaca é uma cobra e não voa;
A caninana é uma cobra e também não voa;
O esquema básico do raciocínio analógico é: A urutu é uma cobra e também não voa;
A cascavel é uma cobra e também não voa;
A é N, L, Y, X;
logo, as cobras não voam.
B, tal como A, é N, L, Y, X;
A é, também, Z Contudo,
logo, B, tal como A, é também Z.
Se, do ponto de vista da lógica formal, o raciocínio analó- Ao sair de casa, João viu um gato preto e, logo a seguir,
gico é precário, ele é muito importante na formulação de caiu e quebrou o braço. Maria viu o mesmo gato e, alguns
hipóteses científicas e de teses jurídicas ou filosóficas. Con- minutos depois, foi assaltada. Antonio também viu o mesmo
tudo, as hipóteses científicas oriundas de um raciocínio ana- gato e, ao sair do estacionamento, bateu com o carro. Logo,
lógico necessitam de uma avaliação posterior, mediante ver um gato preto traz azar.
procedimentos indutivos ou dedutivos.
Os exemplos acima sugerem, sob o ponto de vista do va-
Observe-se o seguinte exemplo: John Holland, físico e lor lógico, dois tipos de indução: a indução fraca e a indução
professor de ciência da computação da Universidade de forte. É forte quando não há boas probabilidades de que um
Michigan, lançou a hipótese (1995) de se verificar, no campo caso particular discorde da generalização obtida das premis-
da computação, uma situação semelhante à que ocorre no sas: a conclusão “nenhuma cobra voa” tem grande probali-
da genética. Assim como na natureza espécies diferentes dade de ser válida. Já, no caso do “gato preto”, não parece
podem ser cruzadas para obter o chamado melhoramento haver sustentabilidade da conclusão, por se tratar de mera
genético - um indivíduo mais adaptado ao ambiente -, na coincidência, tratando-se de uma indução fraca. Além disso,
informática, também o cruzamento de programas pode con- há casos em que uma simples análise das premissas é sufi-
tribuir para montar um programa mais adequado para resol- ciente para detectar a sua fraqueza.
ver um determinado problema. “Se quisermos obter uma rosa
mais bonita e perfumada, teremos que cruzar duas espécies: Vejam-se os exemplos das conclusões que pretendem
uma com forte perfume e outra que seja bela” diz Holland. ser aplicadas ao comportamento da totalidade dos membros
“Para resolver um problema, fazemos o mesmo. Pegamos de um grupo ou de uma classe tendo como modelo o com-
um programa que dê conta de uma parte do problema e portamento de alguns de seus componentes:
cruzamos com outro programa que solucione outra parte. 1. Adriana é mulher e dirige mal;
Entre as várias soluções possíveis, selecionam-se aquelas Ana Maria é mulher e dirige mal;
que parecem mais adequadas. Esse processo se repete por Mônica é mulher e dirige mal;
várias gerações - sempre selecionando o melhor programa - Carla é mulher e dirige mal;
até obter o descendente que mais se adapta à questão. É, logo, todas as mulheres dirigem mal.
portanto, semelhante ao processo de seleção natural, em 2. Antônio Carlos é político e é corrupto;
que só sobrevivem os mais aptos”. (Entrevista ao JB, Fernando é político e é corrupto;
19/10/95, 1º cad., p. 12). Paulo é político e é corrupto;
Estevão é político e é corrupto;
Nesse exemplo, fica bem clara a necessidade da averi- logo, todos os políticos são corruptos.
guação indutiva das conclusões extraídas desse tipo de
raciocínio para, só depois, serem confirmadas ou não. A avaliação da suficiência ou não dos elementos não é
tarefa simples, havendo muitos exemplos na história do co-
2.2. Raciocínio Indutivo - do particular ao geral nhecimento indicadores dos riscos das conclusões por indu-
ção. Basta que um caso contrarie os exemplos até então
colhidos para que caia por terra uma “verdade” por ela sus-
Ainda que alguns autores considerem a analogia como
tentada. Um exemplo famoso é o da cor dos cisnes. Antes da
uma variação do raciocínio indutivo, esse último tem uma
descoberta da Austrália, onde foram encontrados cisnes
base mais ampla de sustentação. A indução consiste em
pretos, acreditava-se que todos os cisnes fossem brancos
partir de uma série de casos particulares e chegar a uma
porque todos os até então observados eram brancos. Ao ser
conclusão de cunho geral. Nele, está pressuposta a possibi-
visto o primeiro cisne preto, uma certeza de séculos caiu por
lidade da coleta de dados ou da observação de muitos fatos
terra.
e, na maioria dos casos, também da verificação experimen-
tal. Como dificilmente são investigados todos os casos pos-
síveis, acaba-se aplicando o princípio das probabilidades. 2.2.1. Procedimentos indutivos

Raciocínio Lógico 37 A Opção Certa Para a Sua Realização


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Apesar das muitas críticas de que é passível o raciocínio Tanto no primeiro quanto no segundo exemplos está
indutivo, este é um dos recursos mais empregados pelas sendo empregando o método indutivo porque o argumento
ciências para tirar as suas conclusões. Há dois procedimen- principal está sustentado pela observação de muitos casos
tos principais de desenvolvimento e aplicação desse tipo de ou fatos particulares que, por sua vez, fundamentam a con-
raciocínio: o da indução por enumeração incompleta suficien- clusão. No primeiro caso, a constatação de que diversas
te e o da indução por enumeração completa. tentativas de erradicar a corrupção mostraram-se infrutíferas
conduzem à conclusão da impossibilidade de sua superação,
a. Indução por enumeração incompleta suficiente enquanto que, no segundo exemplo, da observação do com-
portamento do amigo infere-se sua inocência.
Nesse procedimento, os elementos enumerados são tidos
como suficientes para serem tiradas determinadas conclu- Analogia, indução e probabilidade
sões. É o caso do exemplo das cobras, no qual, apesar de
não poderem ser conferidos todos os elementos (cobras) em Nos raciocínios analógico e indutivo, apesar de boas
particular, os que foram enumerados são representativos do chances do contrário, há sempre a possibilidade do erro. Isso
todo e suficientes para a generalização (“todas as cobras...”) ocorre porque se está lidando com probabilidades e estas
não são sinônimas de certezas.
b. Indução por enumeração completa
Há três tipos principais de probabilidades: a matemática,
Costuma-se também classificar como indutivo o raciocínio a moral e a natural.
baseado na enumeração completa.
a) A probabilidade matemática é aquela na qual, partin-
Ainda que alguns a classifiquem como tautologia, ela o- do-se dos casos numerados, é possível calcular, sob forma
corre quando: de fração, a possibilidade de algo ocorrer – na fração, o de-
nominador representa os casos possíveis e o numerador o
b.a. todos os casos são verificados e contabilizados; número de casos favoráveis. Por exemplo, no caso de um
sorteio usando uma moeda, a probabilidade de dar cara é de
50% e a de dar coroa também é de 50%.
b.b. todas as partes de um conjunto são enumeradas.
b) A probabilidade moral é a relativa a fatos humanos
Exemplos correspondentes às duas formas de indução
destituídos de caráter matemático. É o caso da possibilidade
por enumeração completa:
de um comportamento criminoso ou virtuoso, de uma reação
alegre ou triste etc.
b.a. todas as ocorrências de dengue foram investigadas e
em cada uma delas foi constatada uma característica própria
Exemplos: considerando seu comportamento pregresso,
desse estado de morbidez: fortes dores de cabeça; obteve-
é provável que Pedro não tenha cometido o crime, contudo...
se, por conseguinte, a conclusão segura de que a dor de
Conhecendo-se a meiguice de Maria, é provável que ela o
cabeça é um dos sintomas da dengue.
receba bem, mas...
b.b. contam-se ou conferem-se todos as peças do jogo de
c) A probabilidade natural é a relativa a fenômenos na-
xadrez: ao final da contagem, constata-se que são 32 peças.
turais dos quais nem todas as possibilidades são conhecidas.
A previsão meteorológica é um exemplo particular de proba-
Nesses raciocínios, tem-se uma conclusão segura, po- lidade natural. A teoria do caos assenta-se na tese da impre-
dendo-se classificá-los como formas de indução forte, mes- visibilidade relativa e da descrição apenas parcial de alguns
mo que se revelem pouco criativos em termos de pesquisa eventos naturais.
científica.
Por lidarem com probabilidades, a indução e a analogia
O raciocínio indutivo nem sempre aparece estruturado são passíveis de conclusões inexatas.
nos moldes acima citados. Às vezes, percebe-se o seu uso
pela maneira como o conteúdo (a matéria) fica exposta ou
Assim sendo, deve-se ter um relativo cuidado com as su-
ordenada. Observem-se os exemplos:
as conclusões. Elas expressam muito bem a necessidade
humana de explicar e prever os acontecimentos e as coisas,
- Não parece haver grandes esperanças em se erradicar contudo, também revelam as limitações humanas no que diz
a corrupção do cenário político brasileiro. respeito à construção do conhecimento.

Depois da série de protestos realizados pela população, 2.3. Raciocínio dedutivo - do geral ao particular
depois das provas apresentadas nas CPI’s, depois do vexa-
me sofrido por alguns políticos denunciados pela imprensa,
O raciocínio dedutivo, conforme a convicção de muitos
depois do escárnio popular em festividades como o carnaval
estudiosos da lógica, é aquele no qual são superadas as
e depois de tanta insistência de muitos sobre necessidade de
deficiências da analogia e da indução.
moralizar o nosso país, a corrupção parece recrudescer,
apresenta novos tentáculos, se disfarça de modos sempre
novos, encontrando-se maneiras inusitadas de ludibriar a No raciocínio dedutivo, inversamente ao indutivo, parte-se
nação. do geral e vai-se ao particular. As inferências ocorrem a partir
do progressivo avanço de uma premissa de cunho geral,
para se chegar a uma conclusão tão ou menos ampla que a
- Sentia-me totalmente tranqüilo quanto ao meu amigo,
premissa. O silogismo é o melhor exemplo desse tipo de
pois, até então, os seus atos sempre foram pautados pelo
raciocínio:
respeito às leis e à dignidade de seus pares. Assim, enquan-
to alguns insinuavam a sua culpa, eu continuava seguro de Premissa maior: Todos os homens são mamíferos. uni-
sua inocência. versal
Premissa menor: Pedro é homem.

Raciocínio Lógico 38 A Opção Certa Para a Sua Realização


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Conclusão: Logo, Pedro é mamífero. Particular Termo Menor: Nikita é feroz.
No raciocínio dedutivo, de uma premissa de cunho geral Exemplo de formulação incorreta:
podem-se tirar conclusões de cunho particular. Termo Maior: Antônio e José são poetas.
Termo Médio: Antônio e José são surfistas.
Aristóteles refere-se à dedução como “a inferência na Termo Menor: Todos os surfistas são poetas.
qual, colocadas certas coisas, outra diferente se lhe segue
“Antonio e José” é um termo menos extenso que “todos
necessariamente, somente pelo fato de terem sido postas”. os surfistas”.
Uma vez posto que todos os homens são mamíferos e que
Pedro é homem, há de se inferir, necessariamente, que Pe- 3) O predicado do termo médio não pode entrar na con-
dro é um mamífero. De certo modo, a conclusão já está pre- clusão.
sente nas premissas, basta observar algumas regras e inferir Exemplo de formulação correta:
a conclusão. Termo Maior: Todos os homens podem infringir a lei.
Termo Médio: Pedro é homem.
2.3.1. Construção do Silogismo Termo Menor: Pedro pode infringir a lei.
Exemplo de formulação incorreta:
A estrutura básica do silogismo (sýn/com + lógos/razão) Termo Maior: Todos os homens podem infringir a lei.
consiste na determinação de uma premissa maior (ponto de Termo Médio: Pedro é homem.
partida), de uma premissa menor (termo médio) e de uma Termo Menor: Pedro ou é homem (?) ou pode infringir a
conclusão, inferida a partir da premissa menor. Em outras lei.
palavras, o silogismo sai de uma premissa maior, progride A ocorrência do termo médio “homem” na conclusão é i-
através da premissa menor e infere, necessariamente, uma noportuna.
conclusão adequada. 4) O termo médio deve ser tomado ao menos uma vez
em sua extensão universal.
Eis um exemplo de silogismo: Exemplo de formulação correta:
Termo Maior: Todos os homens são dotados de habilida-
Todos os atos que ferem a lei são puníveis Premissa des.
Maior A concussão é um ato que fere a lei Premissa Menor Termo Médio: Pedro é homem.
Termo Menor: Pedro é dotado de habilidades.
Logo, a concussão é punível Conclusão Exemplo de formulação incorreta:
Termo Maior: Alguns homens são sábios.
Termo Médio: Ora os ignorantes são homens
O silogismo estrutura-se por premissas. No âmbito da ló-
Termo Menor: Logo, os ignorantes são sábios
gica, as premissas são chamadas de proposições que, por
O predicado “homens” do termo médio não é universal,
sua vez, são a expressão oral ou gráfica de frases assertivas
mas particular.
ou juízos. O termo é uma palavra ou um conjunto de palavras
que exprime um conceito. Os termos de um silogismo são
2.3.1.1.2. Regras das Premissas
necessariamente três: maior, médio e menor. O termo maior
5) De duas premissas negativas, nada se conclui.
é aquele cuja extensão é maior (normalmente, é o predicado
Exemplo de formulação incorreta:
da conclusão); o termo médio é o que serve de intermediário
Premissa Maior: Nenhum gato é mamífero
ou de conexão entre os outros dois termos (não figura na
Premissa Menor: Lulu não é um gato.
conclusão) e o termo menor é o de menor extensão (nor-
Conclusão: (?).
malmente, é o sujeito da conclusão). No exemplo acima,
6) De duas premissas afirmativas, não se tira uma con-
punível é o termo maior, ato que fere a lei é o termo médio e
clusão negativa.
concussão é o menor.
Exemplo de formulação incorreta:
Premissa Maior: Todos os bens morais devem ser dese-
2.3.1.1. As Regras do Silogismo jados.
Premissa Menor: Ajudar ao próximo é um bem moral.
Oito são as regras que fazem do silogismo um raciocínio Conclusão: Ajudar ao próximo não (?) deve ser desejado.
perfeitamente lógico. As quatro primeiras dizem respeito às 7) A conclusão segue sempre a premissa mais fraca. A
relações entre os termos e as demais dizem respeito às premissa mais fraca é sempre a de caráter negativo.
relações entre as premissas. São elas: Exemplo de formulação incorreta:
Premissa Maior: As aves são animais que voam.
2.3.1.1.1. Regras dos Termos Premissa Menor: Alguns animais não são aves.
Conclusão: Alguns animais não voam.
1) Qualquer silogismo possui somente três termos: maior, Exemplo de formulação incorreta:
médio e menor. Premissa Maior: As aves são animais que voam.
Exemplo de formulação correta: Premissa Menor: Alguns animais não são aves.
Termo Maior: Todos os gatos são mamíferos. Conclusão: Alguns animais voam.
Termo Médio: Mimi é um gato. 8) De duas premissas particulares nada se conclui.
Termo Menor: Mimi é um mamífero. Exemplo de formulação incorreta:
Exemplo de formulação incorreta: Premissa Maior: Mimi é um gato.
Termo Maior: Toda gata(1) é quadrúpede. Premissa Menor: Um gato foi covarde.
Termo Médio: Maria é uma gata(2). Conclusão: (?)
Termo Menor: Maria é quadrúpede. Fonte: estudaki.files.wordpress.com/2009/03/logica-
O termo “gata” tem dois significados, portanto, há quatro argumentacao.pdf
termos ao invés de três.

2) Os termos da conclusão nunca podem ser mais exten- ARGUMENTOS DEDUTIVOS E INDUTIVOS
sos que os termos das premissas.
Exemplo de formulação correta:
Termo Maior: Todas as onças são ferozes. Desidério Murcho
Termo Médio: Nikita é uma onça.

Raciocínio Lógico 39 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
É comum falar em argumentos dedutivos, opondo-os aos Em termos rigorosos, não há problem algum com esta
indutivos. Este artigo procura mostrar que há um conjunto de opção; significa apenas que estamos a dar ao termo "dedu-
aspectos subtis que devem ser tidos em linha de conta, caso ção" força factiva, como damos ao termo "demonstração". Do
contrário será tudo muito confuso. mesmo modo que não há demonstrações inválidas, também
não há, de acordo com esta opção, deduções inválidas. Se é
Antes de mais: a expressão "argumento indutivo" ou "in- uma dedução, é válida; se é uma demostração, é válida.
dução" dá origem a confusões porque se pode ter dois tipos Uma "demonstração" inválida nada demonstra; uma "dedu-
muito diferentes de argumentos: as generalizações e as ção" inválida nada deduz.
previsões. Uma generalização é um argumento como
O primeiro problema desta opção é exigir a reforma do
Todos os corvos observados até hoje são pretos. modo como geralmente se fala e escreve sobre argumentos
Logo, todos os corvos são pretos. dedutivos — pois é comum falar de argumentos dedutivos
inválidos, como as falácias formais (por oposição às infor-
Numa generalização parte-se de algumas verdades mais). Este problema não é decisivo, caso não se levantasse
acerca de alguns membros de um dado domínio e gene- outro problema: o segundo.
raliza-se essas verdades para todos os membros desse
domínio, ou pelo menos para mais. O segundo problema é o seguinte: Dado que todos os ar-
gumentos são dedutivos ou não dedutivos (ou indutivos, se
Uma previsão é um argumento como quisermos reduzir todo o campo da não dedução à indução),
e dado que não faz muito sentido usar o termo "dedução"
factivamente e o termo "indução" não factivamente, o resul-
Todos os corvos observados até hoje são pretos.
tado bizarro é que deixa de haver argumentos inválidos. O
Logo, o próximo corvo que observarmos será preto.
termo "argumento" torna-se factivo tal como os termos "de-
dução" e "indução". E isto já é demasiado rebuscado; as
Uma pessoa imaginativa e com vontade de reduzir pessoas não usam mesmo o termo deste modo, nunca; pas-
coisas — uma síndrome comum em filosofia — pode que- samos a vida a falar de argumentos inválidos. E faz todo o
rer afirmar que podemos reduzir as previsões às generali- sentido que o façamos, pois se adoptarmos o entendimento
zações via dedução: a conclusão da previsão acima se- factivo do termo um "argumento" inválido não é de todo em
gue-se dedutivamente da conclusão da generalização an- todo um argumento: é apenas um conjunto de proposições.
terior. Não acho que isto capta de modo algum a natureza
lógica ou conceptual da previsão, mas isso não é relevan-
É sem dúvida possível aceitar o resultado bizarro, e pas-
te neste artigo. O que conta é que, mesmo que a previsão
sar a usar o termo "argumento" factivamente. Mas se tiver-
seja redutível à generalização mais dedução, continua a
mos a possibilidade de o evitar, de forma fundamentada e
ser um modo comum de falar e uma parte importante do
reflectida, estaremos a facilitar as coisas — sobretudo ao
nosso pensamento.
nível do ensino.
Numa veia ainda reducionista, algumas pessoas po-
E temos possibilidade de evitar este resultado bizarro, e
derão querer dizer que todos os outros tipos de argumen-
manter o uso de "argumento" de tal modo que faça sentido
tos não dedutivos se reduzem à generalização e à previ-
falar de argumentos inválidos, de deduções inválidas e de
são. Assim, não valeria a pena falar de argumentos de
induções inválidas. Para o fazer temos de distinguir cuidado-
autoridade, por exemplo, que são argumentos como o se-
samente a noção de argumento (dedutivo ou não) da noção
guinte:
de validade (dedutiva ou não). Podemos, claro, usar um
termo diferente para a validade não dedutiva, e reservar o
Einstein afirmou que não se pode viajar mais depressa do termo "validade" para a validade dedutiva, mas esta é uma
que a luz. mera opção terminológica: tanto faz. O que é crucial é poder
Logo, não se pode viajar mais depressa do que a luz. dizer que um argumento é dedutivo, apesar de inválido, ou
indutivo, apesar de inválido. E como se faz isso?
Uma vez mais: pode ser que este tipo de argumentos se-
ja redutível à generalização e à previsão. Mas é útil compre- Apresentando os argumentos dedutivos como argumen-
ender que este tipo de argumentos tem exigências próprias e tos cuja validade ou invalidade depende exclusivamente da
portanto é útil falar deles explicitamente, ainda que se trate sua forma lógica; e os argumentos não dedutivos como ar-
de um tipo de inferência redutível a qualquer outro tipo ou gumentos cuja validade ou invalidade não depende exclusi-
tipos. vamente da sua forma lógica. Evidentemente, isto não se
aplica a todos os argumentos dedutivos, mas esta é uma
Dados estes esclarecimentos, importa agora esclarecer o complicação que esclareceremos dentro de momentos. Para
seguinte: O que é um argumento dedutivo? E como se dis- já, vejamos alguns exemplos:
tingue tal coisa de um argumento indutivo?
Se Sócrates era ateniense, era grego.
Vou começar por dizer o modo como não se deve enten- Sócrates era grego.
der estas noções. A primeira coisa a não fazer é pensar que Logo, era ateniense.
um argumento dedutivo se caracteriza por ser impossível a
sua conclusão ser falsa se as suas premissas forem verda- Se Sócrates era ateniense, era grego.
deiras. Pensar isto provoca confusão porque significaria que Sócrates era ateniense.
não há argumentos dedutivos inválidos. Porquê? Porque só Logo, era grego.
nos argumentos dedutivos válidos é impossível a conclusão
ser falsa se as suas premissas forem verdadeiras; nos argu-
O primeiro argumento é inválido. Mas qualquer argumen-
mentos dedutivos inválidos, nas falácias (como a afirmação
to indutivo, ainda que válido, sofre deste tipo de invalidade
da antecedente, por exemplo) é perfeitamente possível as
dedutiva. Devemos então dizer que os argumentos deduti-
premissas serem verdadeiras e a conclusão falsa.
vamente inválidos não se distinguem dos argumentos induti-
vos válidos? Claro que não, dado que eles se distinguem
muito claramente uns dos outros.

Raciocínio Lógico 40 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
O primeiro argumento é dedutivamente inválido porque a
sua invalidade pode ser explicada recorrendo unicamente à
sua forma lógica. Mas seria uma enorme falta de sensibilida-
de lógica abandonar uma indução boa com base no facto de
a sua forma lógica e a verdade das suas premissas não
garantir a verdade da sua conclusão.

Assim, um argumento é dedutivo ou indutivo em função


da explicação mais adequada que tivermos para a sua vali-
dade ou invalidade. Um argumento dedutivo inválido explica-
se adequadamente recorrendo unicamente à sua forma lógi-
ca, no sentido em que a sua forma lógica é suficiente para
distinguir os argumentos dedutivos inválidos dos válidos; o
mesmo não acontece com os argumentos indutivos, pois a
sua validade ou invalidade não depende exclusivamente da
sua forma lógica. Assim, se num grupo de pessoas há 43 que dirigem carro, 18
que dirigem moto e 10 que dirigem carro e moto. Baseando-
Deste modo, podemos manter a tradição de falar de ar- se nesses dados, e nos diagramas lógicos poderemos saber:
gumentos dedutivos e indutivos; e podemos dizer que há
argumentos dedutivos inválidos; e não somos forçados a Quantas pessoas têm no grupo ou quantas dirigem somente
aceitar que todo o argumento indutivo, por melhor que seja, é carro ou ainda quantas dirigem somente motos.
sempre um argumento dedutivo inválido. Isto não acontece Vamos inicialmente montar os diagramas dos conjuntos que
porque os argumentos dedutivos nunca são indutivos, ainda representam os motoristas de motos e motoristas de carros.
que sejam inválidos. Porque o que conta é o tipo de explica-
ção adequada para a sua validade ou invalidade. Começaremos marcando quantos elementos tem a intersec-
ção e depois completaremos os outros espaços.
Em termos primitivos, pois, o que conta é a validade e in-
validade; há diferentes tipos de validade e invalidade: a de-
dutiva e a indutiva. E os argumentos são dedutivos ou induti-
vos consoante a sua validade ou invalidade for dedutiva ou
indutiva.

É agora tempo de esclarecer que nem todos os argumen-


tos dedutivos dependem exclusivamente da sua forma lógica;
há argumentos dedutivos de carácter conceptual, como "O
João é casado; logo, não é solteiro". Não é difícil acomodar
estas variedades de dedução não formal no esquema aqui
proposto: tudo depende da melhor explicação disponível para
a validade ou invalidade em causa.
Marcando o valor da intersecção, então iremos subtraindo
esse valor da quantidade de elementos dos conjuntos A e B.
Podemos assim continuar a falar de argumentos deduti-
vos e indutivos, validos ou inválidos. E os argumentos dedu- A partir dos valores reais, é que poderemos responder as
tivos inválidos nunca são uma subclasse dos argumentos perguntas feitas.
indutivos.

DIAGRAMAS LÓGICOS

Prof Msc SANDRO FABIAN FRANCILIO DORNELLES

Introdução

Os diagramas lógicos são usados na resolução de vários


problemas.

Uma situação que esses diagramas poderão ser usados, é


na determinação da quantidade de elementos que apresen- a) Temos no grupo: 8 + 10 + 33 = 51 motoristas.
tam uma determinada característica. b) Dirigem somente carros 33 motoristas.
c) Dirigem somente motos 8 motoristas.
No caso de uma pesquisa de opinião sobre a preferência
quanto à leitura de três jornais. A, B e C, foi apresentada a
seguinte tabela:

Raciocínio Lógico 41 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos

Com essa distribuição, poderemos notar que 205 pessoas


lêem apenas o jornal A.
Prof Msc SANDRO FABIAN FRANCILIO DORNELLES
Verificamos que 500 pessoas não lêem o jornal C, pois é a
Para termos os valores reais da pesquisa, vamos inicialmen- soma 205 + 30 + 115 + 150.
te montar os diagramas que representam cada conjunto. Notamos ainda que 700 pessoas foram entrevistadas, que é
a soma 205 + 30 + 25 + 40 + 115 + 65 + 70 +
A colocação dos valores começará pela intersecção dos três 150.
conjuntos e depois para as intersecções duas a duas e por
último às regiões que representam cada conjunto individual-
mente. EXERCÍCIOS DE CONCURSOS
Diagramas Lógicos
Representaremos esses conjuntos dentro de um retângulo
que indicará o conjunto universo da pesquisa. 1. De um total de 30 agentes administrativos sabe-se que:
I. 18 gostam de cinema
II. 14 gostam de teatro
III. 2 não gostam de cinema, nem de teatro
O número de agentes que gostam de cinema e de teatro
corresponde a:
a) 2
b) 4
c) 6
d) 8

2. De um grupo de N auxiliares técnicos de produção, 44


lêem jornal A, 42 o jornal B e 18 lêem ambos os jornais.
sabendo que todo auxiliar deste grupo é leitor de pelo menos
um dos jornais, o número N de auxiliares é:

3. Em uma turma, 45% dos alunos falam inglês e 33% falam


francês. Se 25% dos alunos não falam nenhuma duas lín-
Fora dos diagramas teremos 150 elementos que não são guas, a porcentagem de alunos que falam francês, mas não
leitores de nenhum dos três jornais. falam inglês é de:
Na região I, teremos: 70 - 40 = 30 elementos. a) 3%
Na região II, teremos: 65 - 40 = 25 elementos. b) 15%
Na região III, teremos: 105 - 40 = 65 elementos. c) 27%
Na região IV, teremos: 300 - 40 - 30 - 25 = 205 elementos. d) 30%
Na região V, teremos: 250 - 40 -30 - 65 = 115 elementos. e) 33%
Na região VI, teremos: 200 - 40 - 25 - 65 = 70 elementos.
Dessa forma, o diagrama figura preenchido com os seguintes 4. Realizou-se uma pesquisa e verificou-se que, das pessoas
elementos: consultadas, 200 ouviam a rádio A, 300 ouviam a rádio B, 20
ouviam as duas rádios (A e B) e 220 não ouviam nenhuma
das duas rádios.
Quantas pessoas foram consultadas?
a) 520
b) 560
c) 640
d) 680
e) 700

Raciocínio Lógico 42 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
5. Em uma pesquisa, foram entrevistados 100 telespectado- e) 510
res. 60 assistiam à televisão à noite e 50 assistiam à televi-
são de dia. Quantos assistiam à televisão de dia e de noite? 11. No problema anterior, calcular quantas pessoas compram
a) 5 apenas o produto A; apenas o produto B; apenas o produto
b) 10 C.
c) 15 a) 210;210;250
d) 20 b) 150;150;180
e) 25 c) 100;120;150
d) 120;140;170
6. Em uma pesquisa, foram entrevistadas 200 pessoas. 100 e) n.d.a.
delas iam regularmente ao cinema, 60 iam regularmente ao
teatro e 50 não iam regularmente nem ao cinema nem ao 12. (A_MPU_ESAF_04) Um colégio oferece a seus alunos à
teatro. Quantas prática de um ou mais de um dos seguintes esportes: futebol,
dessas pessoas iam regularmente a ambos? basquete e vôlei. Sabe-se que, no atual semestre,  20 alu-
a) 10 nos praticam vôlei e basquete;
b) 20  60 alunos praticam futebol e 65 praticam basquete;
c) 30  21 alunos não praticam nem futebol nem vôlei;
d) 40  o número de alunos que praticam só futebol é idêntico ao
e) 50 número dos alunos que praticam só vôlei;
 17 alunos praticam futebol e vôlei;
7. (NCNB_02) Uma professora levou alguns alunos ao par-  45 alunos praticam futebol e basquete; 30, entre os 45,
que de diversões chamado Sonho. Desses alunos: não praticam vôlei;
 16 já haviam ido ao parque Sonho, mas nunca andaram de O número total de alunos do colégio, no atual semestre, é
montanha russa. igual a:
 6 já andaram de montanha russa, mas nunca haviam ido a) 93
ao parque Sonho. b) 114
 Ao todo, 20 já andaram de montanha russa. c) 103
 Ao todo, 18 nunca haviam ido ao parque Sonho. d) 110
Pode-se afirmar que a professora levou ao parque Sonho: e) 99
a) 60 alunos
b) 48 alunos 13. (ESAF_97) Uma pesquisa entre 800 consumidores -
c) 42 alunos sendo 400 homens e 400 mulheres- mostrou os seguintes
d) 366alunos resultados:
e) 32 alunos Do total de pessoas entrevistadas:
 500 assinam o jornal X
8. (ICMS_97_VUNESP) Em uma classe, há 20 alunos que  350 têm curso superior
praticam futebol mas não praticam vôlei e há 8 alunos que  250 assinam o jornal X e têm nível superior
praticam vôlei mas não praticam futebol. O total dos que Do total de mulheres entrevistadas:
praticam vôlei é 15.  200 assinam o jornal X
Ao todo, existem 17 alunos que não praticam futebol. O nú-  150 têm curso superior
mero de alunos da classe é:  50 assinam o jornal X e têm nível superior
a) 30
b) 35 O número de homens entrevistados que não assinam o jornal
c) 37 X e não têm curso superior é, portanto, igual a:
d) 42 a) 100
e) 44 b) 200
c) 0
9. Suponhamos que numa equipe de 10 estudantes, 6 usam d) 50
óculos e 8 usam relógio. O numero de estudantes que usa ao e) 25
mesmo tempo, óculos e relógio é:
a) exatamente 6 14. No diagrama abaixo, considere os conjuntos A, B, C e U
b) exatamente 2 ( universo ).
c) no mínimo 6
d) no máximo 5
e) no mínimo 4

10. Numa pesquisa de mercado, foram entrevistadas várias


pessoas acerca de suas preferências em relação a 3 produ-
tos: A, B e C. Os resultados da pesquisa indicaram que:
 210 pessoas compram o produto A.
 210 pessoas compram o produto N.
 250 pessoas compram o produto C.
 20 pessoas compram os três produtos.
 100 pessoas não compram nenhum dos 3 produtos.
 60 pessoas compram o produto A e B.
 70 pessoas compram os produtos A eC.
 50 pessoas compram os produtos B e C.
Quantas pessoas foram entrevistadas:
a) 670
b) 970
c) 870
d) 610 A região sombreada corresponde à seguinte operação:  

Raciocínio Lógico 43 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
a) A ∪ B ∪ C EQUIVALÊNCIA LÓGICA
b) (A ∪ B) ∩ C
c) A ∩ B∩ C Na lógica, as asserções p e q são ditas logicamente
d) (A ∩ B) ∪ C equivalentes ou simplesmente equivalentes, se p = q e q =
p.
QUESTÕES CERTO / ERRADO (CESPE / UNB)
Em termos intuitivos, duas sentenças são logicamente
15. (UNB) Numa entrevista realizada pelo Departamento de equivalentes se possuem o mesmo "conteúdo lógico".
Ciências Econômicas da UCG com 50 pessoas, da classe
média de Goiânia, acerca de suas preferências por aplica- Do ponto de vista da teoria da demonstração, p e q são
ções de seus excedentes financeiros, obteve-se o seguinte equivalentes se cada uma delas pode ser derivada a partir da
resultado: 21 pessoas disseram que aplicam em fundos de outra. Semanticamente, p e q são equivalentes se elas têm
renda fixa; 34 em cadernetas de poupança e 50 não aplicam os mesmos valores para qualquer interpretação.
em nenhuma dasmodalidades. Deste modo, 10 pessoas
aplicam nas duas modalidades (obs.: uma mesma pessoa EQUIVALÊNCIAS LÓGICAS NOTÁVEIS
pode aplicar em mais de uma modalidade).
Negação da Negação (Dupla Negação)
16. (MPU_99UNB) Em exames de sangue realizados em 500
moradores de uma região com péssimas condições sanitá- ~(~p) ⇔ p
rias foi constatada a presença de três tipos de vírus: A, B, C .
O resultado dos exames revelou que o vírus A estava pre- p ~q ~(p)
sente em 210 moradores; o vírus B, em 230; os vírus A e B,
em 80; os vírus A e C, em 90; e os vírus B e C, em 70. Além F V F
disso, em 5 moradores não foi detectado nenhum dos três V F V
vírus e o numero de moradores infectados pelo vírus C era
igual ao dobro dos infectados apenas pelo vírus B.
Com base nessa situação, julgues os itens abaixo: Como as tabelas-verdade são idênticas podemos dizer
I. O número de pessoas contaminadas pelo três vírus simul- que ~(~p)⇔
⇔ p.
taneamente representa 9% do total de
pessoas examinadas. Exemplo: "Não é verdade que Mario não é estudioso" é
II. O número de moradores que apresentam o vírus C é igual logicamente equivalente a "Mario é estudioso".
a 230. Exemplos:
III. 345 moradores apresentam somente um dos vírus. a)
IV. Mais de 140 moradores apresentaram pelo menos, dois p: Não tem ninguém aqui.
vírus. ~p: Tem ninguém aqui.
V. O número de moradores que não foram contaminados ~(~p): Tem alguém aqui.
pelos vírus B e C representa menos de 16% do total de pes-
soas examinadas. Logicamente falando, "Não tem ninguém aqui" é equiva-
lente à "Tem alguém aqui".
17. Pedro, candidato ao cargo de Escrivão de Polícia Fede- b)
ral, necessitando adquirir livros para se preparar para o con- p: Não dá para não ler.
curso, utilizou um site de busca da Internet e pesquisou em ~p: Dá para não ler.
uma livraria virtual, especializada nas áreas de direito, admi- ~(~p): Dá para ler.
nistração e economia, que vende livros nacionais e importa-
dos. Nessa livraria, alguns livros de direito e todos os de Logicamente falando, "Não dá para não ler" é equivalente
administração fazem parte dos produtos nacionais. Alem à "Dá para ler".
disso, não há livro nacional disponível de capa dura. Com
base nas informações acima é possível que Pedro, em sua
pesquisa, tenha: ARGUMENTOS VÁLIDOS E INVÁLIDOS
I. Encontrado um livro de administração de capa dura. Eduardo O C Chaves
II. Adquirido dessa livraria um livro de economia de capa
flexível. Conceituação de Argumento
III. Selecionado para compra um livro nacional de direito de Um argumento é um conjunto de enunciados -- mas não
capa dura. um conjunto qualquer de enunciados. Num argumento os
IV. Comprado um livro importado de direito de capa flexível. enunciados têm que ter uma certa relação entre si e é ne-
cessário que um deles seja apresentado como uma tese, ou
Respostas exercícios: 1-C 2-A 3-A 4-B 5-B uma conclusão, e os demais como justificativa da tese, ou
premissas para a conclusão. Normalmente argumentos são
RESPOSTAS utilizados para provar ou disprovar algum enunciado ou para
1.B 11.C convencer alguém da verdade ou da falsidade de um enunci-
2.C 12.E ado.
3.D 13.A
4.E 14.C Assim sendo, o seguinte conjunto de enunciados não é,
5.B 15.C (certo) na realidade, um argumento:
6.A 16.C,E,C,C,E 1. Todos os metais se dilatam com o calor
7.B 17.E,C,E,C 2. Todas os meses há pelo menos quatro domingos
8.E 3. Logo, a UNICAMP é uma boa universidade.
9.E
10.D Neste caso, embora todos os enunciados sejam (pelo
menos à primeira vista) verdadeiros, e embora eles se dispo-
nham numa forma geralmente associada com a de um argu-

Raciocínio Lógico 44 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
mento (premissa 1, premissa 2, e conclusão, precedida por primeiro é:
"logo"), não temos um argumento porque os enunciados não 19. Se p, q
têm a menor relação entre si. Não devemos sequer afirmar 20. p
que temos um argumento inválido aqui, porque mesmo num 21. Logo, q
argumento inválido as premissas e a conclusão precisam ter A forma do segundo é:
uma certa relação entre si. 22. Se p, q
23. não-p
Por outro lado, o seguinte é um argumento: 24. Logo, não-q
4. Todos os homens são mortais
5. Sócrates é homem O primeiro argumento é válido porque se as duas premis-
6. Logo, Sócrates é mortal. sas forem verdadeiras a conclusão tem que, necessariamen-
te, ser verdadeira. Se eu argumentar com 13 e 14, e concluir
Neste caso, temos um argumento válido, em que todas que não fiquei milionário, estou me contradizendo.
as premissas são verdadeiras e a conclusão também -- ou
pelo menos assim parecem à primeira vista. O segundo argumento é inválido porque mesmo que as
duas premissas sejam verdadeiras a conclusão pode ser
A Forma de um Argumento falsa (na hipótese, por exemplo, de eu herdar uma fortuna
Argumentos têm uma certa forma ou estrutura. O argu- enorme de uma tia rica).
mento constituído pelo conjunto de enunciados (2) tem a
seguinte forma: Falácias e Argumentos Sólidos ou Cogentes
7. Todos os x são y Argumentos da forma representada pelos enunciados 22-
8. z é x 24 são todos inválidos. Dá-se o nome de falácia a um argu-
9. Logo, z é y. mento inválido, mas não, geralmente, a um argumento válido
que possua premissas falsas.
Imaginemos o seguinte argumento, que tem a mesma
forma do argumento constituído pelo conjunto de enunciados A um argumento válido cujas premissas são todas verda-
4-6: deiras (e, portanto, cuja conclusão também é verdadeira) dá-
10. Todos os homens são analfabetos se o nome de um argumento cogente ou sólido.
11. Raquel de Queiroz é homem
12. Logo, Raquel de Queiroz é analfabeta. Argumentos, Convicção e Persuasão
Este argumento, diferentemente do argumento constituí- Um argumento cogente ou sólido deveria convencer a to-
do pelos enunciados 4-6, tem premissas e conclusão todas dos, pois é válido e suas premissas são verdadeiras. Sua
falsas. No entanto, tem exatamente a mesma forma ou estru- conclusão, portanto, segue das premissas. Contudo, nem
tura do argumento anterior (forma explicitada nos enunciados sempre isso acontece.
7-9). Se o argumento anterior (4-6) é válido (e é), este (10-
12) também é. Em primeiro lugar, muitas pessoas podem não admitir
que o argumento é cogente ou sólido. Podem admitir a ver-
Quando dois ou mais argumentos têm a mesma forma, se dade de suas premissas e negar sua validade. Ou podem
um deles é válido, todos os outros também são, e se um admitir sua validade e negar a verdade de uma ou mais de
deles é inválido, todos os outros também são. Como o argu- suas premissas.
mento constituído pelos enunciados 4-6 é válido, e o argu-
mento constituído pelos enunciados 10-12 tem a mesma Em segundo lugar, algumas pessoas podem estar certas
forma (7-9), este (1012) também é válido. da validade de um argumento e estar absolutamente convic-
tas de que a conclusão é inaceitável, ou falsa. Neste caso,
A Forma de um Argumento e a Verdade das Premissas podem usar o mesmo argumento para mostrar que pelo
O último exemplo mostra que um argumento pode ser vá- menos uma de suas premissas tem que ser falsa.
lido apesar de todas as suas premissas e a sua conclusão
serem falsas. Isso é indicativo do fato de que a validade de Um argumento inválido (falácia), ou um argumento válido
um argumento não depende de serem suas premissas e sua com premissas falsas, não deveria convencer ninguém. No
conclusão efetivamente verdadeiras. entanto, muitas pessoas são persuadidas por argumentos
desse tipo.
Mas se esse é o caso, quando é um argumento válido?
A questão da validade ou não de um argumento é intei-
Argumentos Válidos e Inválidos ramente lógica.
Um argumento é válido quando, se todas as suas premis-
sas forem verdadeiras, a sua conclusão tiver que, necessari- A questão da cogência ou solidez de um argumento é ao
amente, ser verdadeira (sob pena de auto-contradição). mesmo tempo lógica (porque depende da sua validade) e
epistemológica (porque depende de suas premissas serem
Considere os dois argumentos seguintes, constituídos, verdadeiras).
respectivamente, pelos enunciados 13-15 e 16-18
A questão da força persuasiva de um argumento é uma
Primeiro: questão psicológica, ou psicossocial.
13. Se eu ganhar sozinho na Sena, fico milionário
14. Ganhei sozinho na Sena Contradição
15. Logo, fiquei milionário Diz-se que há contradição quando se afirma e se nega
simultaneamente algo sobre a mesma coisa. O princípio da
Segundo: contradição informa que duas proposições contraditórias
16. Se eu ganhar sozinho na Sena, fico milionário não podem ser ambas falsas ou ambas verdadeiras ao
17. Não ganhei sozinho na Sena mesmo tempo.Existe relação de simetria, não podem ter o
18. Logo, não fiquei milionário mesmo valor de verdade.

Esses dois argumentos são muito parecidos. A forma do Por exemplo, imaginando-se que se tem um conjunto de

Raciocínio Lógico 45 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
bolas, a afirmação "Toda Bola é Vermelha" e a afirmação lógico e metalógico. Quando se dá mais relevância ao lado
"Alguma Bola não é Vermelha" formam uma contradição, ontológico, trata-se sobretudo de afirmar o princípio como
visto que: expressão da estrutura constitutiva do real, ou de o negar
se "Toda Bola é Vermelha" for verdadeira, "Alguma Bola supondo que a própria realidade é contraditória (Hereclito) ou
não é Vermelha" tem que ser falsa que, no processo dialético da sua evolução, a realidade
se "Toda Bola é Vermelha" for falsa, "Alguma Bola não é supera, transcende ou vai mais além do princípio de
Vermelha" tem que ser verdadeira contradição (Hegel). Quando predomina o lado lógico e
se "Alguma Bola não é Vermelha" for verdadeira, "Toda metalógico, trata-se então de saber se o princípio deve ser
Bola é Vermelha" tem que ser falsa considerado como um axioma evidente por si mesmo ou
e como uma convenção da nossa linguagem que nos permite
se "Alguma Bola não é Vermelha" for falsa, "Toda Bola é falar acerca da realidade.
Vermelha" tem que ser verdadeira
LEIS DE AUGUSTUS DE MORGAN
Por outro lado, a afirmação "Toda Bola é Vermelha" e a 1. O complementar da reunião de dois conjuntos A e B é
afirmação "Nenhuma Bola é Vermelha", não formam uma a interseção dos complementares desses conjuntos.
contradição, visto que (A B)c = Ac Bc
se "Toda Bola é Vermelha" for verdadeira, "Nenhuma 2. O complementar da reunião de uma coleção finita de
Bola é Vermelha" tem que ser falsa conjuntos é a interseção dos complementares desses
mas conjuntos.
se "Toda Bola é Vermelha" for falsa, "Nenhuma Bola é (A1 A2 ... An)c = A1c A2c ... Anc
Vermelha" pode tanto ser verdadeira quanto falsa 3. O complementar da interseção de dois conjuntos A e
e B é a reunião dos complementares desses conjuntos.
se "Nenhuma Bola é Vermelha" for verdadeira, "Toda (A B)c = Ac Bc
Bola é Vermelha" tem que ser falsa 4. O complementar da interseção de uma coleção finita
mas de conjuntos é a reunião dos complementares desses
se "Nenhuma Bola é Vermelha" for falsa, "Toda Bola é conjuntos.
Vermelha" pode tanto ser verdadeira quanto falsa (A1 A2 ... An)c = A1c A2c ... Anc

E sendo uma negação total (ao nível da quantidade e da


qualidade) a contraditória da afirmação "As contraditórias das
grandes verdades são grandes verdades" seria: Algumas
contraditórias das grandes verdades não são grandes Tautologia
verdades.

A noção de contradição é, geralmente estudada sob a Na lógica proposicional, uma tautologia (do grego
forma de um princípio: o «princípio de contradição» ou «prin- ταυτολογία) é uma fórmula proposicional que é verdadeira
cípio de não contradição». Com frequência, tal princípio é para todas as possíveis valorações de suas variáveis
considerado um princípio ontológico e, neste sentido, enun- proposicionais. A negação de uma tautologia é uma
cia-se do seguinte modo: contradição ou antilogia, uma fórmula proposicional que é
«É impossível que uma coisa seja e não seja ao mesmo falsa independentemente dos valores de verdade de suas
tempo, a mesma coisa». Outras vezes, é considerado como variáveis. Tais proposições são ditas insatísfatíveis.
um princípio lógico, e então enunciado do modo seguinte: Reciprocamente, a negação de uma contradição é uma
«não se pode ter p e não p», onde p é símbolo de um enun- tautologia. Uma fórmula que não é nem uma tautologia nem
ciado declarativo. uma contradição é dita logicamente contingente. Tal
fórmula pode ser verdadeira ou falsa dependendo dos
O primeiro pensador que apresentou este princípio de valores atribuídos para suas variáveis proposicionais.
forma suficientemente ampla foi Aristóteles. Várias partes da
sua obra estão consagradas a este tema, mas nem sempre o Uma propriedade fundamental das tautologias é que
princípio é formulado do mesmo modo. Às vezes apresenta-o existe um procedimento efetivo para testar se uma dada
como uma das «noções comuns» ou «axiomas» que servem fórmula é sempre satisfeita (ou, equivalentemente, se seu
de premissa para a demonstração, sem poderem ser de- complemento é insatisfatível). Um método deste tipo usa as
monstradas. Noutras ocasiões, apresenta-o como uma «no- tabelas-verdade. O problema de decisão de determinar se
ção comum», usada para a prova de algumas conclusões. uma fórmula é satisfatível é o problema de satisfabilidade
Apresenta ainda este princípio como uma tese segundo a booleano, um exemplo importante de um problema NP-
qual se uma proposição é verdadeira, a sua negação é falsa completo na teoria da complexidade computacional.
e se uma proposição é falsa, a sua negação é verdadeira,
Tautologias e Contradições
quer dizer, como a tese segundo a qual, duas proposições
contraditórias não podem ser ambas verdadeiras ou ambas ∧
Considere a proposição composta s: (p q) → (p q) ∧
falsas. onde p e q são proposições simples lógicas quaisquer. Va-
mos construir a tabela verdade da proposição s :
Estas formulações podem reduzir-se a três interpretações Considerando-se o que já foi visto até aqui, teremos:
do mesmo princípio: ontológica, lógica e metalógica. No
primeiro caso o princípio refere-se à realidade; no segundo,
converte-se numa formula lógica ou numa tautologia de lógi-
ca sequencial, que se enuncia do seguinte modo:
¬(p Ù ¬p)
e que se chama geralmente de lei de contradição. No ter-
ceiro caso, o princípio é uma regra que permite realizar infe-
rências lógicas.

As discussões em torno do princípio de contradição têm Observe que quaisquer que sejam os valores lógicos das
diferido consoante se acentua o lado ontológico ou o lado proposições simples p e q, a proposição composta s é sem-

Raciocínio Lógico 46 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
pre logicamente verdadeira. Dizemos então que s é uma b) como uma tautologia é sempre verdadeira, podemos
TAUTOLOGIA. concluir que a negação de uma tautologia é sempre falsa, ou
Trazendo isto para a linguagem comum, considere as seja, uma contradição.
proposições: p: O Sol é um planeta Álgebra das proposições
(valor lógico falso - F) e q: A Terra é um planeta plano Sejam p , q e r três proposições simples quaisquer, v
(valor lógico falso - F), podemos concluir que a proposição uma proposição verdadeira e f uma proposição falsa. São
composta “Se o Sol é um planeta e a Terra é um planeta válidas as seguintes propriedades:
plano então o Sol é um planeta ou a Terra é um planeta
plano” é uma proposição logicamente verdadeira.
Opostamente, se ao construirmos uma tabela verdade
para uma proposição composta, verificarmos que ela é sem-
pre falsa, diremos que ela é uma CONTRADIÇÃO.

Ex.: A proposição composta t: p ~p é uma contradição,
senão vejamos:

NOTA: Se uma proposição composta é formada por n


proposições simples, a sua tabela verdade possuirá 2n li-
nhas.
Ex.: Construa a tabela verdade da proposição composta
∧ ∧
t: (p q) r
Teremos:

Observe que a proposição acima não é Tautologia nem


Contradição.
Apresentaremos a seguir, exemplos de TAUTOLOGIAS,
as quais você poderá verificá-las, simplesmente construindo
as respectivas tabelas verdades:
Sendo p e q duas proposições simples quaisquer, pode-
mos dizer que as seguintes proposições compostas, são
TAUTOLOGIAS:

1) (p q) → p

2) p → (p q)

3) [p (p→ q)] → q (esta tautologia recebe o nome parti-
cular de “modus ponens”)

4) [(p→ q) ~q] → ~p (esta tautologia recebe o nome
particular de “modus tollens”)
Você deverá construir as tabelas verdades para as pro-
posições compostas acima e comprovar que elas realmente
são tautologias, ou seja, na última coluna da tabela verdade
teremos V V V V.
Todas as propriedades acima podem ser verificadas com
NOTAS: a construção das tabelas verdades.
a) as tautologias acima são também conhecidas como http://www.g5ofertas.com.br/
regras de inferência.

Raciocínio Lógico 47 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos

PRINCIPIO FUNDAMENTAL DA CONTAGEM PRINCÍPIO DA ADIÇÃO


Suponhamos um procedimento executado em k fases. A
fase 1 tem n1 maneiras de ser executada, a fase 2 possui n2
Por meio do princípio fundamental da contagem,
maneiras de ser executada e a fase k tem nk modos de ser
podemos determinar quantas vezes, de modo diferente, um
executada. As fases são excludentes entre si, ou seja, não é
acontecimento pode ocorrer.
possível que duas ou mais das fases sejam realizadas em
conjunto. Logo, todo o procedimento tem n1 + n2 + ... + nk
Se um evento (ou fato) ocorre em n etapas consecutivas
maneiras de ser realizado.
e independentes, de maneira que o número de
possibilidades:
Exemplo
Na 1a etapa é k1,
Deseja-se fazer uma viagem para a cidade A ou para a
Na 2a etapa é k2,
cidade B. Existem 5 caminhos possíveis para a cidade A e 3
Na 33 etapa é k3,
possíveis caminhos para a cidade B. Logo, para esta viagem,
..........................
existem no total 5 + 3 = 8 caminhos possíveis.
Na enésima etapa é kn, então o número total de
PRINCÍPIO DA MULTIPLICAÇÃO
possibilidades de ocorrer o referido evento é o produto k1,
Suponhamos um procedimento executado em k fases,
k2, k3 ... kn.
concomitantes entre si. A fase 1 tem n1 maneiras de ser
executada, a fase 2 possui n2 maneiras de ser executada e a
O princípio fundamental da contagem nos diz que sempre
fase k tem nk modos de ser executada. A fase 1 poderá ser
devemos multiplicar os números de opções entre as escolhas
seguida da fase 2 até a fase k, uma vez que são
que podemos fazer. Por exemplo, para montar um computa-
concomitantes. Logo, há n1 . n2 . ... . nk maneiras de
dor, temos 3 diferentes tipos de monitores, 4 tipos de tecla-
executar o procedimento.
dos, 2 tipos de impressora e 3 tipos de "CPU". Para saber o
numero de diferentes possibilidades de computadores que
Exemplo
podem ser montados com essas peças, somente multiplica-
Supondo uma viagem para a cidade C, mas para chegar
mos as opções:
até lá você deve passar pelas cidades A e B. Da sua cidade
3 x 4 x 2 x 3 = 72
até a cidade A existem 2 caminhos possíveis; da cidade A
até a B existem 4 caminhos disponíveis e da cidade B até a
Então, têm-se 72 possibilidades de configurações diferen-
C há 3 rotas possíveis. Portanto, há 2 x 4 x 3 = 24 diferentes
tes.
caminhos possíveis de ida da sua cidade até a cidade C.
Um problema que ocorre é quando aparece a palavra
Os princípios enunciados acima são bastante intuitivos.
"ou", como na questão:
Contudo, apresentaremos ainda alguns exemplos um pouco
Quantos pratos diferentes podem ser solicitados por um
mais complexos de aplicação.
cliente de restaurante, tendo disponível 3 tipos de arroz, 2 de
feijão, 3 de macarrão, 2 tipos de cervejas e 3 tipos de refrige-
Quantos números naturais pares de três algarismos
rante, sendo que o cliente não pode pedir cerveja e refrige-
distintos podemos formar?
rante ao mesmo tempo, e que ele obrigatoriamente tenha de
Inicialmente, devemos observar que não podemos
escolher uma opção de cada alimento?
colocar o zero como primeiro algarismo do número. Como os
números devem ser pares, existem apenas 5 formas de
A resolução é simples: 3 x 2 x 3 = 18 , somente pela co-
escrever o último algarismo (0, 2, 4, 6, 8). Contudo, se
mida. Como o cliente não pode pedir cerveja e refrigerantes
colocamos o zero como último algarismo do número, nossas
juntos, não podemos multiplicar as opções de refrigerante
escolhas para distribuição dos algarismos mudam. Portanto,
pelas opções de cerveja. O que devemos fazer aqui é ape-
podemos pensar na construção desse número como um
nas somar essas possibilidades:
processo composto de 2 fases excludentes entre si.
(3 x 2 x 3) x (2 + 3) = 90
Fixando o zero como último algarismo do número, temos
Resposta para o problema: existem 90 possibilidades de
as seguintes possibilidades de escrever os demais
pratos que podem ser montados com as comidas e bebidas
algarismos:
disponíveis.
1º algarismo: 9 possibilidades (1,2,3,4,5,6,7,8,9)
2º algarismo: 8 possibilidades (1,2,3,4,5,6,7,8,9), porém
Outro exemplo:
excluímos a escolha feita para o 1º algarismo;
No sistema brasileiro de placas de carro, cada placa é
3º algarismo: 1 possibilidade (fixamos o zero).
formada por três letras e quatro algarismos. Quantas placas
onde o número formado pelos algarismos seja par, podem
Logo, há 9 x 8 x 1 = 72 formas de escrever um número de
ser formadas?
três algarismos distintos tendo o zero como último algarismo.
Primeiro, temos de saber que existem 26 letras. Segundo,
Sem fixar o zero, temos:
para que o numero formado seja par, teremos de limitar o
3º algarismo: 4 possibilidades (2,4,6,8)
ultimo algarismo à um numero par. Depois, basta multiplicar.
1º algarismo: 8 possibilidades (1,2,3,4,5,6,7,8,9),
26 x 26 x 26 = 17.567 -> parte das letras
excluindo a escolha feita para o último algarismo;
10 x 10 x 10 x 5 = 5.000 -> parte dos algarismos, note
2º algarismo: 8 possibilidades (0,1,2,3,4,5,6,7,8,9) ,
que na última casa temos apenas 5 possibilidades, pois que-
porém excluindo as escolhas feitas para o primeiro e
remos um número par (0, 2 , 4 , 6 , 8).
último algarismos.
Agora é só multiplicar as partes: 17.567 x 5.000 =
Portanto, temos 8 x 8 x 4 = 256 maneiras de escrever um
87.835.000
número de três algarismos distintos sem zero no último
algarismo.
Resposta para a questão: existem 87.835.000 placas on-
de a parte dos algarismos formem um número par.
Ao todo, temos 72 + 256 = 328 formas de escrever o

Raciocínio Lógico 48 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
número.

Exercícios
Princípio Fundamental da Contagem
Professores: Jorge e Lauro
1) (FGV/2005) Em uma gaveta de armário de um quarto
escuro há 6 camisetas vermelhas, 10 camisetas brancas e 7
camisetas pretas. Qual é o número mínimo de camisetas que
se deve retirar da gaveta, sem que se vejam suas cores,
para que:

a) Se tenha certeza de ter retirado duas camise-


tas de cores diferentes.
b) Se tenha certeza de ter retirado duas camisetas de mes- O valor de N é
ma cor.
c) Se tenha certeza de ter retirado pelo menos uma camiseta a) 27 b) 216 c) 512 d) 729 e) 1.331
de cada cor.
2) (Enem/2004)No Nordeste brasileiro, é comum encontrar- 4) (UFC/2002) A quantidade de números inteiros, positivos e
mos peças de artesanato constituídas por garrafas preenchi- ímpares, formados por três algarismos distintos, escolhidos
das com areia de diferentes cores, formando desenhos. Um dentre os algarismos 0, 1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8 e 9, é igual a:
artesão deseja fazer peças com areia de cores cinza, azul,
verde e amarela, mantendo o mesmo desenho, mas variando a) 320 b) 332 c) 348 d) 360 e) 384
as cores da paisagem (casa, palmeira e fundo), conforme a
figura. 5)(UFAL/200) Quantos números pares de quatro algarismos
distintos podem ser formados com os elementos do conjunto
A={0,1,2,3,4}?

a) 60 b) 48 c) 36 d) 24 e) 18

6)(UFPI/2000) Escrevendo-se em ordem decrescente todos


os números de cinco algarismos distintos formados pelos
algarismos 3, 5, 7, 8 e 9, a ordem do número 75389 é:

a) 54 b) 67 c) 66 d) 55 e) 56

7)(UFAL/99) Com os elementos do conjunto {1, 2, 3, 4, 5, 6,


7} formam-se números de 4 algarismos distintos. Quantos
dos números formados NÃO são divisíveis por 5?

a) 15 b) 120 c) 343 d) 720 e) 840

8)(ITA/2001) Considere os números de 2 a 6 algarismos


O fundo pode ser representado nas cores azul ou cinza; a distintos formados utilizando-se apenas 1, 2, 4, 5, 7 e 8.
casa, nas cores azul, verde ou amarela; e a palmeira, nas Quantos destes números são ímpares e começam com um
cores cinza ou verde. Se o fundo não pode ter a mesma cor dígito par?
nem da casa nem da palmeira, por uma questão de contras-
te, então o número de variações que podem ser obtidas para a) 375 b) 465 c) 545 d) 585 e) 625
a paisagem é
9)(UNESP/2000) Um turista, em viagem de férias pela Euro-
a) 6. b) 7. c) 8. d) 9. e) 10. pa, observou pelo mapa que, para ir da cidade A à cidade B,
havia três rodovias e duas ferrovias e que, para ir de B até
3) (UFES/2002) Num aparelho telefônico, as dez teclas nu- uma outra cidade, C, havia duas rodovias e duas ferrovias. O
meradas estão dispostas em fileiras horizontais, conforme número de percursos diferentes que o turista pode fazer para
indica a figura a seguir. Seja N a quantidade de números de ir de A até C, passando pela cidade B e utilizando rodovia e
telefone com 8 dígitos, que começam pelo dígito 3 e termi- trem obrigatoriamente, mas em qualquer ordem, é:
nam pelo dígito zero, e, além disso, o 2o e o 3o dígitos são
da primeira fileira do teclado, o 4o e o 5o dígitos são da se- a) 9. b) 10. c) 12. d) 15. e) 20.
gunda fileira, e o 6o e o 7o são da terceira fileira.
10)(UECE/99) Quantos números ímpares, cada um com três
algarismos, podem ser formados com os algarismos 2,3,4,6 e
7, se a repetição de algarismos é permitida?
a) 60 b) 50 c) 40 d) 30

GABARITO:

1) a)11 b)4 c)18 2)B 3)D 4)A 5)A 6)C 7)D 8)D 9)B 10)B

Raciocínio Lógico 49 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
PROVA SIMULADA I III. João da Silva foi o Secretário da Fazenda do Estado de
São Paulo em 2000.
É verdade que APENAS
EXERCÍCIOS
(A) I e II são sentenças abertas.
PROPOSIÇÕES E CONECTIVOS
(B) I e III são sentenças abertas.
Prof. Weber Campos (C) II e III são sentenças abertas.
(D) I é uma sentença aberta.
01. (TCE/PB 2006 FCC) Sabe-se que sentenças são orações (E) II é uma sentença aberta.
com sujeito (o termo a respeito do qual se declara algo) e
predicado (o que se declara sobre o sujeito). Na relação 06. (MRE 2008 CESPE) Julgue os itens a seguir.
seguinte há expressões e sentenças: 1. Considere a seguinte lista de sentenças:
1. Três mais nove é igual a doze. I. Qual é o nome pelo qual é conhecido o Ministério das Re-
2. Pelé é brasileiro. lações Exteriores?
3. O jogador de futebol. II. O Palácio Itamaraty em Brasília é uma bela construção do
4. A idade de Maria. século XIX.
5. A metade de um número. III. As quantidades de embaixadas e consulados gerais que o
6. O triplo de 15 é maior do que 10. Itamaraty possui são, respectivamente, x e y.
É correto afirmar que, na relação dada, são sentenças ape- IV. O barão do Rio Branco foi um diplomata notável.
nas os itens de números V. Indivíduo com 50 anos de idade ou mais não poderá se
(A) 1, 2 e 6. (D) 1, 2, 5 e 6. inscrever no concurso do TRT/ES.
(B) 2, 3 e 4. (E) 2, 3, 4 e 5. Nessa situação, é correto afirmar que entre as sentenças
(C) 3, 4 e 5. acima, apenas uma delas não é uma proposição.
02. (TRF 2ª Região 2007 FCC) Sabe-se que sentenças são 07. (SEBRAE-2008/CESPE) Uma proposição é uma senten-
orações com sujeito (o termo a respeito do qual se declara ça afirmativa ou negativa que pode ser julgada como verda-
algo) e predicado (o que se declara sobre o sujeito). Na rela- deira (V) ou falsa (F), mas não como ambas. Nesse sentido,
ção seguinte há expressões e sentenças: considere o seguinte diálogo:
1. A terça parte de um número. (1) Você sabe dividir? — perguntou Ana.
2. Jasão é elegante. (2) Claro que sei! — respondeu Mauro.
3. Mente sã em corpo são. (3) Então, qual é o resto da divisão de onze milhares, onze
4. Dois mais dois são 5. centenas e onze por três? — perguntou Ana.
5. Evite o fumo. (4) O resto é dois. — respondeu Mauro, após fazer a conta.
6. Trinta e dois centésimos. A partir das informações e do diálogo acima, julgue os itens
É correto afirmar que, na relação dada, são sentenças APE- que se seguem.
NAS os itens de números 1. A frase indicada por (3) não é uma proposição.
(A) 1, 4 e 6. (D) 3 e 5. 2. A frase (2) é uma proposição.
(B) 2, 4 e 5. (E) 2 e 4.
(C) 2, 3 e 5. 08. (ICMS/SP 2006 FCC) Considere a proposição
“Paula estuda, mas não passa no concurso”.
03. (PM-Bahia 2009 FCC) Define-se sentença como qualquer Nessa proposição, o conectivo lógico é
oração que tem sujeito (o termo a respeito do qual se declara (A) disjunção inclusiva.
alguma coisa) e predicado (o que se declara sobre o sujeito). (B) conjunção.
Na relação que segue há expressões e sentenças : (C) disjunção exclusiva.
1. Tomara que chova. (D) condicional.
2. Que horas são? (E) bicondicional.
3. Três vezes dois são cinco.
4. Quarenta e dois detentos. 09. (TRT 9ª Região 2004 FCC) Leia atentamente as proposi-
5. Policiais são confiáveis. ções simples P e Q:
6. Exercícios físicos são saudáveis. P: João foi aprovado no concurso do Tribunal.
De acordo com a definição dada, é correto afirmar que, dos Q: João foi aprovado em um concurso.
itens da relação acima, são sentenças APENAS os de núme- Do ponto de vista lógico, uma proposição condicional correta
ros em relação a P e Q é:
A) 1, 3 e 5. D) 4 e 6. (A) Se não Q, então P.
B) 2, 3 e 5. E) 5 e 6. (B) Se não P, então não Q.
C) 3, 5 e 6. (C) Se P, então Q.
(D) Se Q, então P.
04. (ICMS/SP 2006 FCC) Das cinco frases abaixo, quatro (E) Se P, então não Q.
delas têm uma mesma característica lógica em comum, en-
quanto uma delas não tem essa característica. 10. (BACEN 2006 FCC) Sejam as proposições:
I. Que belo dia! p: atuação compradora de dólares por parte do Banco Cen-
II. Um excelente livro de raciocínio lógico. tral;
III. O jogo terminou empatado? q: fazer frente ao fluxo positivo.
IV. Existe vida em outros planetas do universo. Se p implica em q, então
V. Escreva uma poesia. (A) a atuação compradora de dólares por parte do Banco
A frase que não possui essa característica comum é a Central é condição necessária para fazer frente ao fluxo
(A) I. (C) III. (E) V. positivo.
(B) II. (D) IV. (B) fazer frente ao fluxo positivo é condição suficiente para a
atuação compradora de dólares por parte do Banco Central.
05. (ICMS/SP 2006 FCC) Considere as seguintes frases: (C) a atuação compradora de dólares por parte do Banco
I. Ele foi o melhor jogador do mundo em 2005. Central é condição suficiente para fazer frente ao fluxo positi-
II. (x + y)/5 é um número inteiro. vo.

Raciocínio Lógico 50 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
(D) fazer frente ao fluxo positivo é condição necessária e (E) Todos os homens são sábios se há justiça para todos.
suficiente para a atuação compradora de dólares por parte
do Banco Central. 16. (TRT-SP Téc. Jud. Área Administrativa 2008 FCC) Dadas
(E) a atuação compradora de dólares por parte do Banco as proposições simples p e q, tais que p é verdadeira e q é
Central não é condição suficiente e nem necessária para falsa, considere as seguintes proposições compostas:
fazer frente ao fluxo positivo.

11. (TRT-SP Anal Jud 2008 FCC) São dadas as seguintes


proposições:
- p: Computadores são capazes de processar quaisquer tipos
de dados.
- q: É possível provar que ∞ + 1 = ∞. Quantas dessas proposições compostas são verdadeiras?
Se p implica em q, então o fato de (A) Nenhuma. (D) Apenas três.
(B) Apenas uma. (E) Quatro.
(A) ser possível provar que ∞ + 1 = ∞ é uma condição neces-
(C) Apenas duas.
sária e suficiente para que os computadores sejam capazes
de processar quaisquer tipos de dados.
17. (TRT 9ª Região 2004 FCC) Leia atentamente as proposi-
(B) computadores serem capazes de processar quaisquer
ções P e Q:
tipos de dados não é condição necessária e nem suficiente
P: o computador é uma máquina.
para que seja possível provar que ∞ + 1 = ∞.
Q: compete ao cargo de técnico judiciário a construção de
(C) ser possível provar que ∞ + 1 = ∞ é uma condição sufici- computadores.
ente para que os computadores sejam capazes de processar Em relação às duas proposições, é correto afirmar que
quaisquer tipos de dados. (A) a proposição composta “P ou Q" é verdadeira.
(D) computadores serem capazes de processar quaisquer (B) a proposição composta “P e Q” é verdadeira.
tipos de dados é condição necessária para que seja possível (C) a negação de P é equivalente à negação de Q.
provar que ∞ + 1 = ∞. (D) P é equivalente a Q.
(E) ser possível provar que ∞ + 1 = ∞ é condição necessária (E) P implica Q
para que os computadores sejam capazes de processar
quaisquer tipos de dados. 18. (Petrobrás 2006 Cesgranrio) Sabendo que as proposi-
ções p e q são verdadeiras e que as proposições r e s são
12. (MRE 2008 CESPE) Julgue o seguinte item: falsas, assinale a opção que apresenta valor lógico falso nas
Item 1. Considerando que A e B simbolizem, respectivamen- proposições abaixo.
te, as proposições “A publicação usa e cita documentos do
Itamaraty” e “O autor envia duas cópias de sua publicação de
pesquisa para a Biblioteca do Itamaraty”, então a proposição
BA é uma simbolização correta para a proposição “Uma
condição necessária para que o autor envie duas cópias de
sua publicação de pesquisa para a Biblioteca do Itamaraty é
que a publicação use e cite documentos do Itamaraty”.

13. (PETROBRAS 2007 CESPE) Julgue o seguinte item:


Item 1. A proposição “O piloto vencerá a corrida somente se
o carro estiver bem preparado” pode ser corretamente lida 19. (Téc Controle Interno RJ 99 ESAF) Dadas as proposi-
como “O carro estar bem preparado é condição necessária ções
para que o piloto vença a corrida”.

14. (TRF 1ª Região Técnico Jud 2006 FCC) Se todos os


nossos atos têm causa, então não há atos livres. Se não há
atos livres, então todos os nossos atos têm causa. Logo:
a) alguns atos não têm causa se não há atos livres.
b) Todos os nossos atos têm causa se e somente se há atos
livres.
c) Todos os nossos atos têm causa se e somente se não há
atos livres.
d) Todos os nossos atos não têm causa se e somente se não
há atos livres.
e) Alguns atos são livres se e somente se todos os nossos
A que tem valor lógico FALSO é a
atos têm causa
(A) IV (B) V (C) III (D) II (E) I
15. (TRT-SP Anal Jud 2008 FCC) Considere as seguintes
20. (ICMS/SP 2006 FCC) Na tabela-verdade abaixo, p e q
premissas:
são proposições
"Se todos os homens são sábios, então não há justiça para
todos."
"Se não há justiça para todos, então todos os homens são
sábios."
Para que se tenha um argumento válido, é correto concluir
que:
(A) Todos os homens são sábios se, e somente se, há justiça
para todos.
(B) Todos os homens são sábios se, e somente se, não há
justiça para todos.
(C) Todos os homens são sábios e há justiça para todos.
(D) Todos os homens são sábios e não há justiça para todos.
Raciocínio Lógico 51 A Opção Certa Para a Sua Realização
APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
A proposição composta que substitui corretamente o ponto (D) Abigail e Benício faltaram.
de interrogação é (E) Benício e Clóvis faltaram.

25. (Analista BACEN 2005 FCC) Aldo, Benê e Caio recebe-


ram uma proposta para executar um projeto. A seguir são
registradas as declarações dadas pelos três, após a conclu-
são do projeto:
- Aldo: Não é verdade que Benê e Caio executaram o proje-
to.
21. (Tec da Fazenda Estadual de SP 2010 FCC) Considere
- Benê: Se Aldo não executou o projeto, então Caio o execu-
as seguintes premissas:
tou.
p: Estudar é fundamental para crescer profissionalmente.
- Caio: Eu não executei o projeto, mas Aldo ou Benê o exe-
q: O trabalho enobrece.
cutaram.
A afirmação “Se o trabalho não enobrece, então estudar não Se somente a afirmação de Benê é falsa, então o projeto foi
é fundamental para crescer profissionalmente” é, com certe-
executado APENAS por
za, FALSA quando:
(A) Aldo. (C) Caio. (E) Aldo e Caio.
(A) p é falsa e q é verdadeira. (D) p é falsa e q é falsa.
(B) Benê. (D) Aldo e Benê.
(B) p é verdadeira e q é falsa. (E) p é verdadeira e q é verda-
deira. 26. (Câmara dos deputados 2007 FCC) Relativamente a uma
(C) p é falsa ou q é falsa.
mesma prova de um concurso a que se submeteram, três
amigos fizeram as seguintes declarações:
22. (TRT-SP Tec Jud 2008 FCC) Considere que são verda-
Ariovaldo: Benício foi reprovado no concurso e Corifeu foi
deiras as seguintes premissas:
aprovado.
“Se o professor adiar a prova, Lulu irá ao cinema.”
Benício: Se Ariovaldo foi reprovado no concurso, então Cori-
“Se o professor não adiar a prova, Lenine irá à Biblioteca.”
feu também o foi.
Considerando que, com certeza, o professor adiará a prova, Corifeu: Eu fui aprovado no concurso, mas pelo menos um
é correto afirmar que
dos outros dois não o foi.
a) Lulu e Lenine não irão à Biblioteca
Admitindo-se que as três declarações são verdadeiras, então
b) Lulu e Lenine não irão ao cinema.
(A) Ariovaldo foi o único dos três que foi aprovado no concur-
c) Lulu irá ao cinema.
so.
d) Lenine irá à Biblioteca.
(B) Benício foi o único dos três que foi aprovado no concurso.
e) Lulu irá ao cinema e Lenine não irá à Biblioteca.
(C) Corifeu foi o único dos três que foi aprovado no concurso.
(D) Benício foi o único dos três que foi reprovado no concur-
23. (TCE-SP 2010 FCC) Certo dia, cinco Agentes de um
so.
mesmo setor do Tribunal de Contas do Estado de São Paulo
(E) Ariovaldo foi o único dos três que foi reprovado no con-
− Amarilis, Benivaldo, Corifeu, Divino e Esmeralda − foram
curso.
convocados para uma reunião em que se discutiria a implan-
tação de um novo serviço de telefonia. Após a reunião, al- NEGAÇÃO DE PROPOSIÇÕES
guns funcionários fizeram os seguintes comentários: 27. Dê a negação de cada uma das proposições abaixo.
– “Se Divino participou da reunião, então Esmeralda também
a) Todos os corvos não são negros. Algum corvo é negro.
participou”;
b) Nenhum gato não sabe pular. Algum gato não sabe pular.
– “Se Divino não participou da reunião, então Corifeu partici-
c) Algum sapo é príncipe. Nenhum sapo é príncipe.
pou”;
d) Alguma planta não é venenosa. Toda planta é venenosa.
– “Se Benivaldo ou Corifeu participaram, então Amarilis não
participou”; 28. (TRT 9ª Região 2004 FCC) A correta negação da propo-
– “Esmeralda não participou da reunião”.
sição "todos os cargos deste concurso são de analista judici-
Considerando que as afirmações contidas nos quatro comen- ário” é:
tários eram verdadeiras, pode-se concluir com certeza que,
(A) alguns cargos deste concurso são de analista judiciário.
além de Esmeralda, não participaram de tal reunião
(B) existem cargos deste concurso que não são de analista
(A) Amarilis e Benivaldo.
judiciário.
(B) Amarilis e Divino. (C) existem cargos deste concurso que são de analista judi-
(C) Benivaldo e Corifeu.
ciário.
(D) Benivaldo e Divino.
(D) nenhum dos cargos deste concurso não é de analista
(E) Corifeu e Divino.
judiciário.
(E) os cargos deste concurso são ou de analista, ou no judi-
24. (Metrô-SP 2009 FCC) Entre outros, três enfermeiros −
ciário.
Abigail, Benício e Clóvis − foram incumbidos de acompanhar
um Programa de Vacinação contra o vírus da dengue, a ser 29. (Escriturário Banco do Brasil 2011 FCC) Um jornal publi-
executado em uma mesma estação de trens metropolitanos cou a seguinte manchete:
da cidade de São Paulo. Sabedor de que, no dia estipulado “Toda Agência do Banco do Brasil tem déficit de funcioná-
para a execução do programa, pelo menos um desses três rios.”
enfermeiros não havia comparecido ao local designado, o
Diante de tal inverdade, o jornal se viu obrigado a retratar-se,
Coordenador do Programa convocou-os a prestar esclareci- publicando uma negação de tal manchete. Das sentenças
mentos, ouvindo deles as seguintes declarações:
seguintes, aquela que expressaria de maneira correta a ne-
Abigail: Benício faltou e Clóvis faltou.
gação da manchete publicada é:
Benício: Clóvis compareceu ou Abigail faltou.
(A) Qualquer Agência do Banco do Brasil não têm déficit de
Clóvis: Se Benício compareceu, então Abigail faltou.
funcionários.
Considerando que as três declarações são falsas, é correto (B) Nenhuma Agência do Banco do Brasil tem déficit de fun-
afirmar que, apenas, cionários.
(A) Abigail faltou. (C) Alguma Agência do Banco do Brasil não tem déficit de
(B) Benício faltou. funcionários.
(C) Clóvis faltou.

Raciocínio Lógico 52 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
(D) Existem Agências com deficit de funcionários que não tenção se equivocara, sendo falsa sua sentença. Nessas
pertencem ao Banco do Brasil. condições, é necessário concluir que
(E) O quadro de funcionários do Banco do Brasil está com- (A) nenhum funcionário da manutenção conseguiu atende a
pleto. qualquer chamada dentro do prazo recomendado.
(B) pelo menos um funcionário da manutenção não conse-
30. (Prominp 2009 Cesgranrio) A negação de “Todos os guiu atender nenhuma chamada dentro do prazo recomen-
filhos de Maria gostam de quiabo” é dado.
(A) nenhum dos filhos de Maria gosta de quiabo. (C) todos os funcionários da manutenção tiveram pelo menos
(B) nenhum dos filhos de Maria desgosta de quiabo. uma chamada que não foi atendida dentro do prazo reco-
(C) pelo menos um dos filhos de Maria gosta de quiabo. mendado.
(D) pelo menos um dos filhos de Maria desgosta de quiabo. (D) apenas um funcionário da manutenção teve pelo menos
(E) alguns filhos de Maria não gostam de quiabo. uma chamada que não foi atendida dentro do prazo reco-
mendado.
31. (Metrô-SP 2010 FCC) A negação da proposição “Existem (E) 100% das chamadas feitas a funcionários da manutenção
Linhas do Metrô de São Paulo que são ociosas.” é: deixaram de ser atendidas dentro do prazo recomendado.
(A) Nenhuma Linha do Metrô de São Paulo é ociosa.
(B) Nenhuma Linha ociosa é do Metrô de São Paulo. 36. Dê uma negação para cada uma das proposições abaixo.
(C) Nem toda Linha do Metrô de São Paulo é ociosa. a) X > Y e Z = W.
(D) Algumas Linhas do Metrô de São Paulo não são ociosas. b) X ≤ Y ou Z < W.
(E) Toda Linha do Metrô de São Paulo é não ociosa. c) Se o tempo está chuvoso, então não faz calor.
d) João é bom médico se e só se estudou muito.
32. (Oficial de Justiça TJ-PE 2006 FCC) Considere a afirma-
ção abaixo. 37. (Metrô-SP 2010 FCC) Considere as proposições simples:
Existem funcionários públicos que não são eficientes. p: Maly é usuária do Metrô e q: Maly gosta de dirigir automó-
Se essa afirmação é FALSA, então é verdade que: vel
(A) nenhum funcionário público é eficiente. A negação da proposição composta p ∧ ~q é:
(B) nenhuma pessoa eficiente é funcionário público. (A) Maly não é usuária do Metrô ou gosta de dirigir automó-
(C) todo funcionário público é eficiente. vel.
(D) nem todos os funcionários públicos são eficientes. (B) Maly não é usuária do Metrô e não gosta de dirigir auto-
(E) todas as pessoas eficientes são funcionários públicos. móvel.
(C) Não é verdade que Maly não é usuária do Metrô e não
33. (TRT 9ª Região 2004 FCC) Em uma declaração ao tribu- gosta de dirigir automóvel.
nal, o acusado de um crime diz: (D) Não é verdade que, se Maly não é usuária do Metrô,
"No dia do crime, não fui a lugar nenhum. Quando ouvi a então ela gosta de dirigir automóvel.
campainha e percebi que era o vendedor, eu disse a ele: (E) Se Maly não é usuária do Metrô, então ela não gosta de
- hoje não compro nada. Isso posto, não tenho nada a decla- dirigir automóvel.
rar sobre o crime.”
Embora a dupla negação seja utilizada com certa freqüência 38. (ANEEL Analista 2006 ESAF) A negação da afirmação
na língua portuguesa como um reforço da negação, do ponto condicional “se Ana viajar, Paulo vai viajar” é:
de vista puramente lógico, ela equivale a uma afirmação. a) Ana não está viajando e Paulo vai viajar.
Então, do ponto de vista lógico, o acusado afirmou, em rela- b) se Ana não viajar, Paulo vai viajar.
ção ao dia do crime, que c) Ana está viajando e Paulo não vai viajar.
(A) não foi a lugar algum, não comprou coisa alguma do d) Ana não está viajando e Paulo não vai viajar.
vendedor e não tem coisas a declarar sobre o crime. e) se Ana estiver viajando, Paulo não vai viajar.
(B) não foi a lugar algum, comprou alguma coisa do vende-
dor e tem coisas a declarar sobre o crime. 39. (Prominp 2008 Cesgranrio) Sejam p, q e r proposições
(C) foi a algum lugar, comprou alguma coisa do vendedor e simples e ~p, ~q e ~r as suas respectivas negações. A nega-
tem coisas a declarar sobre o crime. ção de
(D) foi a algum lugar, não comprou coisa alguma do vende-
dor e não tem coisas a declarar sobre o crime.
(E) foi a algum lugar, comprou alguma coisa do vendedor e é
não tem coisas a declarar sobre o crime.

34. (Fiscal Recife 2003 ESAF) Pedro, após visitar uma aldeia
distante, afirmou: “Não é verdade que todos os aldeões da-
quela aldeia não dormem a sesta”. A condição necessária e
suficiente para que a afirmação de Pedro seja verdadeira é
que seja verdadeira a seguinte proposição: EQUIVALÊNCIA ENTRE PROPOSIÇÕES
a) No máximo um aldeão daquela aldeia não dorme a sesta. 40. (ICMS/SP 2006 FCC) Das proposições abaixo, a única
b) Todos os aldeões daquela aldeia dormem a sesta. que é logicamente equivalente a p → q é
c) Pelo menos um aldeão daquela aldeia dorme a sesta.
d) Nenhum aldeão daquela aldeia não dorme a sesta.
e) Nenhum aldeão daquela aldeia dorme a sesta.

35. (Especialista em Políticas Públicas SP 2009 FCC) A


sentença a seguir foi dita pelo chefe da manutenção de de-
terminada indústria durante uma reunião: “Não é verdade
que todos os funcionários do meu setor deixaram de cumprir 41. (TRF 3ª Região 2007 FCC) Se Lucia é pintora, então ela
a meta de atender a 100% das chamadas dentro do prazo é feliz. Portanto:
recomendado.” (A) Se Lucia não é feliz, então ela não é pintora.
Mais tarde, na mesma reunião, os dados apresentados pelos (B) Se Lucia é feliz, então ela é pintora.
outros setores da indústria mostraram que o chefe da manu- (C) Se Lucia é feliz, então ela não é pintora.

Raciocínio Lógico 53 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
(D) Se Lucia não é pintora, então ela é feliz. (E) toda pessoa que não é encaminhada ao setor verde não
(E) Se Lucia é pintora, então ela não é feliz. precisa autenticar documentos.

42. (Assembléia Legislativa/SP 2010 FCC) Durante uma 46. (TRF 3ª Região Analista Judiciário 2007 FCC) Considere
sessão no plenário da Assembléia Legislativa, o presidente que as sentenças abaixo são verdadeiras.
da mesa fez a seguinte declaração, dirigindo- se às galerias Se a temperatura está abaixo de 5°C, há nevoeiro.
da casa: Se há nevoeiro, os aviões não decolam.
“Se as manifestações desrespeitosas não forem interrompi- Assim sendo, também é verdadeira a sentença:
das, então eu não darei início à votação”. (A) Se não há nevoeiro, os aviões decolam.
Esta declaração é logicamente equivalente à afirmação (B) Se não há nevoeiro, a temperatura está igual a ou acima
(A) se as manifestações desrespeitosas continuarem, então de 5°C.
o presidente da mesa começará a votação. (C) Se os aviões não decolam, então há nevoeiro.
(B) se as manifestações desrespeitosas não continuarem, (D) Se há nevoeiro, então a temperatura está abaixo de 5°C.
então o presidente da mesa não começará a votação. (E) Se a temperatura está igual a ou acima de 5°C os aviões
(C) se o presidente da mesa deu início à votação, então as decolam.
manifestações desrespeitosas foram interrompidas.
(D) se o presidente da mesa não deu início à votação, então 47. (ICMS/SP 2006 FCC) Se p e q são proposições, então a
as manifestações desrespeitosas não foram interrompidas. proposição p ∧ (~q) é equivalente a
(E) se as manifestações desrespeitosas forem interrompidas,
então o presidente da mesa dará início à votação.

43. (TCE MG 2007 FCC) São dadas as seguintes proposi-


ções:
(1) Se Jaime trabalha no Tribunal de Contas, então ele é
eficiente.
(2) Se Jaime não trabalha no Tribunal de Contas, então ele
não é eficiente.
(3) Não é verdade que, Jaime trabalha no Tribunal de Contas
e não é eficiente. 48. (ICMS/SP 2006 FCC) Dentre as alternativas abaixo,
(4) Jaime é eficiente ou não trabalha no Tribunal de Contas. assinale a correta.
É correto afirmar que são logicamente equivalentes apenas (A) As proposições ~(p ∧ q) e (~p ∨ ~q) não são logicamente
as proposições de números equivalentes.
(A) 2 e 4 (B) A negação da proposição “Ele faz caminhada se, e so-
(B) 2 e 3 mente se, o tempo está bom”, é a proposição “Ele não faz
(C) 2, 3 e 4 caminhada se, e somente se, o tempo não está bom”.
(D) 1, 2 e 3 (C) A proposição ~[ p ∨ ~(p ∧ q)] é logicamente falsa.
(E) 1, 3 e 4 (D) A proposição “Se está quente, ele usa camiseta”, é logi-
camente equivalente à proposição “Não está quente e ele
44. (ISS São Paulo 2007 FCC) Considere a seguinte propo- usa camiseta”.
sição: (E) A proposição “Se a Terra é quadrada, então a Lua é
“Se um Auditor-Fiscal Tributário não participa de projetos de triangular” é falsa.
aperfeiçoamento, então ele não progride na carreira.”
Essa proposição é tautologicamente equivalente à proposi- 49. (Especialista em Políticas Públicas SP 2009 FCC) Um
ção: fornecedor do governo apresentou, no mês de abril, um con-
(A) Não é verdade que, ou um Auditor-Fiscal Tributário não trato para realização de um serviço que seria pago somente
progride na carreira ou ele participa de projetos de aperfeiço- em maio. O contrato trazia a seguinte cláusula:
amento. “Se o IPCA de abril for menor do que 2%, então os valores
(B) Se um Auditor-Fiscal Tributário participa de projetos de constantes no contrato não sofrerão qualquer correção.”
aperfeiçoamento, então ele progride na carreira. De acordo com essa cláusula, é correto concluir que, neces-
(C) Não é verdade que, um Auditor-Fiscal Tributário não sariamente, se
participa de projetos de aperfeiçoamento e não progride na (A) os valores constantes no contrato sofreram uma correção
carreira. de 2%, então o IPCA de abril foi, no mínimo, 2%.
(D) Ou um Auditor-Fiscal Tributário não progride na carreira (B) os valores constantes no contrato sofreram uma correção
ou ele participa de projetos de aperfeiçoamento. de 1%, então o IPCA de abril ficou entre 1% e 2%.
(E) Um Auditor-Fiscal Tributário participa de projetos de aper- (C) o IPCA de abril foi 3%, então os valores do contrato so-
feiçoamento e progride na carreira. freram algum tipo de correção.
(D) o IPCA de abril foi 1%, então os valores do contrato so-
45. (TRE-PI – Téc Jud 2009 FCC) Um dos novos funcioná- freram correção de, no mínimo, 1%.
rios de um cartório, responsável por orientar o público, rece- (E) os valores constantes no contrato não sofreram qualquer
beu a seguinte instrução: correção, então o IPCA de abril foi, no máximo, 1%
“Se uma pessoa precisar autenticar documentos, encaminhe-
a ao setor verde.” TAUTOLOGIA, CONTRADIÇÃO E CONTINGÊNCIA
Considerando que essa instrução é sempre cumprida corre- 50. (TRT9 2004 FCC) Considere a seguinte proposição: "na
tamente, pode-se concluir que, necessariamente, eleição para a prefeitura, o candidato A será eleito ou não
(A) uma pessoa que não precise autenticar documentos será eleito”. Do ponto de vista lógico, a afirmação da propo-
nunca é encaminhada ao setor verde. sição caracteriza:
(B) toda pessoa encaminhada ao setor verde precisa autenti- (A) um silogismo. (D) uma contingência.
car documentos. (B) uma tautologia. (E) uma contradição.
(C) somente as pessoas que precisam autenticar documen- (C) uma equivalência.
tos são encaminhadas ao setor verde.
(D) a única função das pessoas que trabalham no setor ver- RESPOSTAS
de é autenticar documentos. 01. A 11. E 21. B 31. - 41. A
Raciocínio Lógico 54 A Opção Certa Para a Sua Realização
APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
02. E 12. C 22. C 32. C 42. C
03. C 13. C 23. B 33. C 43. E
04. D 14. C 24. C 34. C 44. D
05. A 15. B 25. B 35. C 45. E
06. E 16. C 26. D 36. - 46. B
07. CC 17. A 27. - 37. A 47. B
08. B 18. D 28. B 38. C 48. C
09. C 19. B 29. C 39. A 49. A
10. C 20. C 30. D 40. A 50. B
Ângulos de duas paralelas cortadas por uma trans-
versal
GEOMETRIA PLANA
Áreas

Procedimentos para o cálculo das medidas de uma su-


perfície plana. Método para calcular a área do quadrado, do
losango, do paralelogramo, do triângulo, do retângulo, do
polígono e do círculo geométrico.

Geometria Plana (formulário) - Fórmula para o cálculo


da área das figuras geométricas. Triângulo, trapézio, parale- Propriedades
Nomenclatura
logramo, retângulo, losango, quadrado, círculo e polígono
regular. Correspondentes | a e e; b e f; c e g; d e h| Congruentes
Colaterais internos | e e f; d e e| Suplementares
Ângulos
Colaterais externos | a e h; d e g| Suplementares
Alternos externos | a e g; b e h| Congruentes
Alternos internos | c e e; d e f| Congruentes
Lê-se: ângulo

AOB e ÂNGULOS NA CIRCUNFERÊNCIA

são lados
do ângulo. O
ponto O é o seu
vértice.

Bissetriz de um ângulo

È a semi-reta de origem no
vértice de um ângulo e que o
divide em dois ângulos congru-
entes.

Arco: qualquer uma das duas partes em que uma circun-


ferência fica dividida por dois quaisquer de seus pontos .

Alguns ângulos notáveis Corda: Segmento de reta que une dois pontos quaisquer
de uma circunferência.

Diâmetro: Qualquer corda que passa pelo centro de uma


circunferência.

Ângulo central
Um ângulo é central em relação a uma circunferên-
cia se o seu vértice coincide com o centro da mesma.

Raciocínio Lógico 55 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
- Quando um arco é interceptado por um ângulo central,
ele é chamado de arco correspondente ao ângulo.

Trapézio

Ângulo inscrito
É inscrito numa circun-
ferência somente se o seu
vértice é um ponto da cir-
cunferência e cada um de
seus lados contém uma
corda dessa circunferência.

Obs: A medida de um ângulo inscrito é igual à metade da Triângulo


medida do arco correspondente ele.

ÁREAS DE QUADRILÁTEROS E TRIÂNGULOS

Retângulo

S=a.b

Se conhecermos as medidas a e b de dois lados de um


Quadrado triângulo e a sua medida α, podemos calcular sua área:

S = a²

Paralelogramo
S=a.h

Podemos também calcular a área de um triângulo utili-


zando o semi-perímetro:

Losango

Classificação dos polígonos

Vamos ressaltar a definição de polígono:

Polígono é uma região plana de uma linha poligonal


fechada com o conjunto de seus pontos interiores.
Essas linhas são chamadas de lados e a união de-
las é chamada de vértice e a união dos vértices é chamada
de diagonal. O único polígono que não possui diagonal é o
triângulo.

Raciocínio Lógico 56 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
Dependendo do número de lados de um polígono
ele receberá uma nomenclatura diferente, ( o i1, i2, i3, i4, ... in
menor número de lados para que seja formado são as medidas
um polígono são três lados) veja abaixo: dos ângulos internos de um
polígono de n lados.
3 lados triangulo ou trilátero
4 lados quadrângulo ou quadrilátero
5 lados pentágono ou pentalátero
6 lados hexagonal ou hexalátero
7 lados heptágono ou heptalátero
8 lados octógono ou octolátero
9 lados eneágono ou enealátero
10 lados decágono ou decalátero Polígono regular
11 lados undecágono ou undecalátero Um polígono regular
12 lados dodecágono ou dodecalátero somente se, todos os seus
15 lados pentadecágono ou pentadecalátero lados são congruentes e se
20 lados icoságono ou icosalátero todos os seus ângulos
internos são congruentes.
Além de classificar um polígono pelo seu número de la-
dos, podemos também classificá-lo conforme a congruência QUADRILÁTEROS
de seus lados e ângulos internos. Teorema
Quando o polígono tem todos os lados e ângulos in- A soma das medidas dos quatro ângulos internos de um
ternos congruentes eles recebem o nome de polígonos regu- quadrilátero qualquer é igual a 360º.
lares. Trapézio
É todo quadrilá-
Quando o polígono não tem nem lados e nem ângulos tero que possui somente
congruentes recebe o nome de irregulares. um par, de lados opostos
paralelos.
Para que um polígono seja regular ele tem que assumir
AB e CD
ser: eqüilátero, ter todos os lados congruentes e ser ao
mesmo tempo eqüiângulo, ter os ângulos congruentes.

Na construção de um polígono é preciso utilizar um trans-


feridor para medir os ângulos corretamente e uma régua para
medir os lados corretamente. AB e CD são as bases do trapézio

POLÍGONOS
AC e BD são os lados transversa is
Classificação dos Trapézios
É convexo somente se, quaisquer que sejam os pontos x
e y do seu interior, o segmento de reta xy está inteiramente Trapézio escaleno
contido em seu interior. Os lados transversos
Polígono convexo Polígono côncavo têm medidas diferentes
AD ≠ BC

Trapézio isósceles
Os lados transversos
têm medidas iguais.
Soma dos ângulos internos de um polígono
- A soma dos ângulos internos de um polígono de n lados AD = BC
é:

Trapézio retângulo
Um ponto I qualquer no inte- Um dos lados transver-
rior do polígono unindo esse sos é perpendicular as
ponto a cada vértice, o polígono bases.
fica decomposto em n triângu-
los,

Soma dos ângulos externos de um polígono


Em qualquer polígono convexo, a soma das medi-
das dos ângulos externos é constante e igual a 360º.

Raciocínio Lógico 57 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
Paralelogramos Dois triângulos são semelhantes somente se, existe uma
É todo quadrilátero que possui os lados opostos respecti- correspondência biunívoca que associa os três vértices de
vamente paralelos. um dos triângulos aos três vértices do outro, de forma que:
I) lados opostos a vértices correspondentes são propor-
cionais.
II) Ângulos com vértices correspondentes são congruen-
tes.

Casos de semelhança de triângulos


Paralelogramos Notáveis Critérios utilizados para que haja semelhança de triângu-
los
RETÂNGULO 1) Caso AA (ângulo, ângulo)Dois triângulos são semelhantes
somente se, têm dois ângulos respectivamente congruen-
É todo paralelogramo tes.
que possui seu ângulos
retos.

LOSANGO

É todo paralelogramo
que possui quatro lados
congruentes.

2) Caso LAL (lado, ângulo, lado)Dois triângulos são se-


melhantes somente se, têm dois lados, respectivamente,
proporcionais; e são congruentes os ângulos formados
QUADRADO por esses lados.

É todo paralelogramo que é


retângulo e losango simultâ-
neamente, ou seja, seu ângulos
são retos e seu lados são con-
gruentes.

Congruência de triângulos
Dois ou mais triângulos são congruentes somente se os
seus lados e ângulos forem ordenados congruentes.
3) Caso LLL (lado, lado, lado) Dois triângulos são
semelhantes somente se, têm os três lados,
respectivamente, proporcionais.

Relações Métricas no triângulo Retângulo


O emprego da congruência de triângulos em demonstra-
ção Caso ABC seja um triângulo retângulo em A, traçando-se
Com o auxilio da congruência de triângulos é que se de- a altura AH, relativa à hipotenusa, ficam definidos os seguin-
monstra grande parte dos teoremas fundamentais da geome- tes elementos.
tria.
Semelhança de triângulos

Raciocínio Lógico 58 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
Relações Métricas
Triângulo Retângulo
Num triângulo ABC, retângulo em A, indicamos por:
A a medida da hipotenusa BC

B a medida do cateto AC

C a medida do cateto AB

H a medida de AH, altura relativa a BC

M a medida de HC, projeção ortogonal de AC sobre BC O baricentro (ponto de intersecção das medianas), o or-
tocentro (ponto de intersecção das retas suportes das altu-
ras), o incentro (ponto de intersecção das bissetrizes inter-
N a medida de BH, projeção ortogonal de AB sobre BC.
nas) e o circuncentro(ponto de intersecção das mediatrizes
dos lados) coincidem.

O baricentro divide cada mediana em duas partes tais


que a que contém o vértice é o dobro da outra.

Quadrado
Num quadrado, cujo lado tem medida a, a medida d de
uma diagonal é dada por:

A soma dos quadrados dos catetos é igual ao quadrado da


hipotenusa, ou seja,
d = a √2
b² + c² = a² (teorema de Pitágoras).

O quadrado da medida de um cateto é igual ao produto da


medida da hipotenusa pela medida da projeção ortogo-
nal desse cateto sobre a hipotenusa, ou seja,
Teorema de Tales
b² = a . m
Se um feixe de paralelas determina segmentos congru-
c² = a . n entes sobre uma transversal, então esse feixe determina
segmentos congruentes sobre qualquer outra transversal.
O produto das medidas dos catetos é igual ao produto da
hipotenusa pela altura relativa à hipotenusa, ou seja,

b.c=a.h.

O quadrado da altura relativa à hipotenusa é igual ao produto


dos segmentos que ela determina na hipotenusa, ou se-
ja,

h² = m . n

Triângulo Equilátero

Num triângulo eqüilátero ABC, cujo lado tem medida a:


- Um feixe de paralelas separa, sobre duas transversais
quaisquer, segmentos de uma proporcionais aos segmentos
AH é altura, mediana e bissetriz relativa ao lado BC;
correspondentes na outra.
sua medida h é dada por:

Raciocínio Lógico 59 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
3x – 3y para x = 1 e y =3
x + 2a para x =–2 e a = 0
2
5x – 2y + a para x =1, y =2 e a =3
Respostas: 1) –6 2) –2 3) 4

Termo algébrico ou monômio: é qualquer número


real, ou produto de números, ou ainda uma expressão
na qual figuram multiplicações de fatores numéricos e
literais.
4
Exemplo: 5x , –2y, 3 x , –4a , 3,–x

Partes do termo algébrico ou monômio.

Exemplo:
sinal (–)
5
–3x ybz 3 coeficiente numérico ou parte numérica
5
x ybz parte literal

Obs.:
As letras x, y, z (final do alfabeto) são usadas como
variáveis (valor variável)
quando o termo algébrico não vier expresso o coefi-
ciente ou parte numérica fica subentendido que
este coeficiente é igual a 1.
3 4 3 4
Exemplo: 1) a bx = 1.a bx 2) –abc = –1.a.b.c
Termos semelhantes: Dois ou mais termos são se-
melhantes se possuem as mesmas letras elevadas aos
mesmos expoentes e sujeitas às mesmas operações.

Exemplos:
3 3 3
a bx, –4a bx e 2a bx são termos semelhantes.
3 3 3
–x y, +3x y e 8x y são termos semelhantes.

Grau de um monômio ou termo algébrico: E a


soma dos expoentes da parte literal.

Exemplos:
4 3 4 3 1
1) 2 x y z = 2.x .y .z (somando os expoentes da
parte literal temos, 4 + 3 + 1 = 8) grau 8.
Fonte: http://www.brasilescola.com
Expressão polinômio: É toda expressão literal
constituída por uma soma algébrica de termos ou mo-
EQUAÇÕES
nômios.
EXPRESSÕES LITERAIS OU ALGÉBRICAS
2 2
Exemplos: 1)2a b – 5x 2)3x + 2b+ 1
IGUALDADES E PROPRIEDADES
São expressões constituídas por números e letras, Polinômios na variável x são expressões polinomiais
unidos por sinais de operações. com uma só variável x, sem termos semelhantes.
2 2
Exemplo: 3a ; –2axy + 4x ; xyz; x + 2 , é o mes- Exemplo:
3 2
2 2 5x + 2x – 3 denominada polinômio na variável x cuja
mo que 3.a ; –2.a.x.y + 4.x ; x.y.z; x : 3 + 2, as letras a, 2 3 n
forma geral é a0 + a1x + a2x + a3x + ... + anx , onde a0,
x, y e z representam um número qualquer.
a1, a2, a3, ..., an são os coeficientes.
Chama-se valor numérico de uma expressão algé-
Grau de um polinômio não nulo, é o grau do monô-
brica quando substituímos as letras pelos respectivos
mio de maior grau.
valores dados:
2 4 2
2 Exemplo: 5a x – 3a x y + 2xy
Exemplo: 3x + 2y para x = –1 e y = 2, substituin-
2
do os respectivos valores temos, 3.(–1) + 2.2 → 3 . 1+ Grau 2+1 = 3, grau 4+2+1= 7, grau 1+1= 2, 7 é o
4 → 3 + 4 = 7 é o valor numérico da expressão. maior grau, logo o grau do polinômio é 7.
Exercícios Exercícios
Calcular os valores numéricos das expressões:
Raciocínio Lógico 60 A Opção Certa Para a Sua Realização
APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
Dar os graus e os coeficientes dos monômios: somente para determinado valor numérico atribuído à
2
a)–3x y z grau coefciente__________ variável. Logo, equação é uma igualdade condicional.
7 2 2
b)–a x z grau coeficiente__________
c) xyz grau coeficiente__________ Exemplo: 5 + x = 11
↓ ↓
0 0
Dar o grau dos polinômios: 1 .membro 2 .membro
4 2
a) 2x y – 3xy + 2x grau __________
5 2
b) –2+xyz+2x y grau __________ onde x é a incógnita, variável ou oculta.

Respostas: Resolução de equações


1) a) grau 4, coeficiente –3
b) grau 11, coeficiente –1 Para resolver uma equação (achar a raiz) seguire-
c) grau 3, coeficiente 1 mos os princípios gerais que podem ser aplicados numa
2) a) grau 5 b) grau 7 igualdade.
Ao transportar um termo de um membro de uma i-
CÁLCULO COM EXPRESSÕES LITERAIS gualdade para outro, sua operação deverá ser invertida.
Exemplo: 2x + 3 = 8 + x
Adição e Subtração de monômios e expressões poli- fica assim: 2x – x = 8 – 3 = 5 ⇒ x = 5
nômios: eliminam-se os sinais de associações, e redu-
zem os termos semelhantes. Note que o x foi para o 1.º membro e o 3 foi para o
2.º membro com as operações invertidas.
Exemplo: Dizemos que 5 é a solução ou a raiz da equação, di-
2 2
3x + (2x – 1) – (–3a) + (x – 2x + 2) – (4a) zemos ainda que é o conjunto verdade (V).
2 2
3x + 2x – 1 + 3a + x – 2x + 2 – 4a =
2 2
3x + 1.x + 2x – 2x + 3a – 4a – 1 + 2 = Exercícios
2
(3+1)x + (2–2)x + (3–4)a – 1+2 = Resolva as equações :
2
4x + 0x – 1.a + 1 = 1) 3x + 7 = 19 2) 4x +20=0
2
4x – a + 1 3) 7x – 26 = 3x – 6

Obs.: As regras de eliminação de parênteses são as Respostas: 1) x = 4 ou V = {4}


mesmas usadas para expressões numéricas no conjun- 2) x = –5 ou V = {–5} 3) x = 5 ou V = {5}
to Z.
Exercícios. Efetuar as operações: EQUAÇÕES DO 1.º GRAU COM DUAS VARIÁVEIS
1) 4x + (5a) + (a –3x) + ( x –3a) OU SISTEMA DE EQUAÇÕES LINEARES
2 2 2
2) 4x – 7x + 6x + 2 + 4x – x + 1
2 Resolução por adição.
Respostas: 1) 2x +3a 2) 9x – 3x + 3
 x+ y=7 -I
Exemplo 1: 
MULTIPLICAÇÃO DE EXPRESSÕES ALGÉBRICAS  x − y = 1 - II

Multiplicação de dois monômios: Multiplicam-se os Soma-se membro a membro.


coeficientes e após o produto dos coeficientes escre- 2x +0 =8
vem-se as letras em ordem alfabética, dando a cada 2x = 8
letra o novo expoente igual à soma de todos os expoen- 8
x=
tes dessa letra e repetem-se em forma de produto as 2
letras que não são comuns aos dois monômios. x=4

Exemplos: Sabendo que o valor de x é igual 4 substitua este va-


4 3 2 3 4+1 3+2 1+3
1) 2x y z . 3xy z ab = 2.3 .x . y . z .a.b = lor em qualquer uma das equações ( I ou II ),
5 5 4
6abx y z Substitui em I fica:
2 2+1 1 +1 3 2
2) –3a bx . 5ab= –3.5. a .b . x = –15a b x 4+y=7 ⇒ y=7–4 ⇒ y=3

Exercícios: Efetuar as multiplicações. Se quisermos verificar se está correto, devemos


2 3 3
1) 2x yz . 4x y z = substituir os valores encontrados x e y nas equações
3 2 2 2
2) –5abx . 2a b x = x+y=7 x–y=1
5 4 2 3 3 5
4 +3 = 7 4–3=1
Respostas: 1) 8x y z 2) –10a b x
Dizemos que o conjunto verdade: V = {(4, 3)}
EQUAÇÕES DO 1.º GRAU 2x + y = 11 - I
Exemplo 2 : 
Equação: É o nome dado a toda sentença algébrica  x + y = 8 - II
que exprime uma relação de igualdade.
Note que temos apenas a operação +, portanto de-
Ou ainda: É uma igualdade algébrica que se verifica vemos multiplicar qualquer uma ( I ou II) por –1, esco-

Raciocínio Lógico 61 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
lhendo a II, temos: 4+2x ≤ 5x + 13
2x + y = 11 2x + y = 11 2x – 5x ≤ 13 – 4
 →
–3x ≤ 9 . (–1) ⇒ 3x ≥ – 9, quando multiplicamos por
 x + y = 8 . ( - 1) - x − y = − 8
(-1), invertemos o sinal dê desigualdade ≤ para ≥, fica:
soma-se membro a membro −9
3x ≥ – 9, onde x ≥ ou x ≥ – 3
2x + y = 11 3
 +
 - x- y =-8 Exercícios. Resolva:
x+0 = 3 1) x – 3 ≥ 1 – x,
x=3 2) 2x + 1 ≤ 6 x –2
3) 3 – x ≤ –1 + x
Agora, substituindo x = 3 na equação II: x + y = 8, fi- Respostas: 1) x ≥ 2 2) x ≥ 3/4 3) x ≥ 2
ca 3 + y = 8, portanto y = 5 PRODUTOS NOTÁVEIS
Exemplo 3:
5x + 2y = 18 -Ι 1.º Caso: Quadrado da Soma
 2 2
(a + b) = (a+b). (a+b)= a + ab + ab + b
2
3x - y = 2 - ΙΙ
↓ ↓
2 2
1.º 2.º ⇒ a + 2ab +b
neste exemplo, devemos multiplicar a equação II por
2 (para “desaparecer” a variável y).
Resumindo: “O quadrado da soma é igual ao qua-
5x + 2y = 18 5 x + 2 y = 18 drado do primeiro mais duas vezes o 1.º pelo 2.º mais o
 ⇒
3x - y = 2 .(2) 6 x − 2 y = 4 quadrado do 2.º.
soma-se membro a membro:
5x + 2y = 18 Exercícios. Resolver os produtos notáveis
2 2 2 2
6x – 2y = 4 1)(a+2) 2) (3+2a) 3) (x +3a)
22
11x+ 0=22 ⇒ 11x = 22 ⇒ x = ⇒x=2 Respostas: 1.º caso
11 2
1) a + 4a + 4 2) 9 + 12a + 4a
2
Substituindo x = 2 na equação I: 4 2 2
3) x + 6x a + 9a
5x + 2y = 18
5 . 2 + 2y = 18 2.º Caso : Quadrado da diferença
10 + 2y = 18 2 2
(a – b) = (a – b). (a – b) = a – ab – ab - b
2
2y = 18 – 10
↓ ↓
2y = 8 2 2
1.º 2.º ⇒ a – 2ab + b
8
y=
2 Resumindo: “O quadrado da diferença é igual ao
y =4 quadrado do 1.º menos duas vezes o 1.º pelo 2.º mais o
então V = {(2,4)} quadrado do 2.º.

Exercícios. Resolver os sistemas de Equação Linear: Exercícios. Resolver os produtos notáveis:


7 x − y = 20 5 x + y = 7 8 x − 4 y = 28 1) (a – 2)
2
2) (4 – 3a)
2 2
3) (y – 2b)
2
1)  2)  3) 
5 x + y = 16 8 x − 3 y = 2 2x − 2y = 10
Respostas: 2.º caso
2 2
1) a – 4a +4 2) 16 – 24a + 9a
Respostas: 1) V = {(3,1)} 2) V = {(1,2)} 3) V {(–3,2 )} 4 2 2
3) y – 4y b + 4b
INEQUAÇÕES DO 1.º GRAU 3.º Caso: Produto da soma pela diferença
2 2 2 2
(a – b) (a + b) = a – ab + ab +b = a – b
Distinguimos as equações das inequações pelo sinal, ↓ ↓ ↓ ↓
na equação temos sinal de igualdade (=) nas inequa- 1.º 2.º 1.º 2.º
ções são sinais de desigualdade.
> maior que, ≥ maior ou igual, < menor que , Resumindo: “O produto da soma pela diferença é
≤ menor ou igual igual ao quadrado do 1.º menos o quadrado do 2.º.

Exemplo 1: Determine os números naturais de mo- Exercícios. Efetuar os produtos da soma pela dife-
do que 4 + 2x > 12. rença:
4 + 2x > 12 1) (a – 2) (a + 2) 2) (2a – 3) (2a + 3)
2x > 12 – 4 2 2
3) (a – 1) (a + 1)
2x > 8 ⇒ x > ⇒ x>4
8
2 Respostas: 3.º caso
2 2
1) a – 4 2) 4a – 9
4
Exemplo 2: Determine os números inteiros de modo 3) a – 1
que 4 + 2x ≤ 5x + 13

Raciocínio Lógico 62 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
2 2
FATORAÇÃO ALGÉBRICA então: 16 – 8a + a = (4 – a)

1.º Caso: Fator Comum Exercícios


Fatorar:
2 2 2 2
Exemplo 1: 1) x – 2xy + y 2) 4 – 4a + a 3) 4a – 8a + 4
2a + 2b: fator comum é o coeficiente 2, fica: 2
2 .(a+b). Note que se fizermos a distributiva voltamos Respostas: 2.º caso 1) (x – y)
2 2
no início (Fator comum e distributiva são “operações 2) (2 – a) 3) (2a – 2)
inversas”)
3.º Caso: (Diferença de dois quadrados) (note que
Exercícios. Fatorar: é um binômio)
1) 5 a + 5 b 2) ab + ax 3) 4ac + 4ab
Exemplo 1
Respostas: 1.º caso 2 2
a – b , extrair as raízes dos extremos a2 = a e
1) 5 .(a +b ) 2) a. (b + x)
b2 = b, então fica: a – b = (a + b) . (a – b)
2 2
3) 4a. (c + b)

Exemplo 2: Exemplo 2:
2
3a + 6a: Fator comum dos coeficientes (3, 6) é 3,
a2
2
porque MDC (3, 6) = 3. 4 – a , extrair as raízes dos extremos 4 = 2,
2
= a, fica: (4 – a ) = (2 – a). (2+ a)
2
O m.d.c. entre: “a e a é “a” (menor expoente), então
2
o fator comum da expressão 3a + 6a é 3a. Dividindo Exercícios. Fatorar:
2 2 2 2 2
3a : 3a = a e 6 a : 3 a = 2, fica: 3a. (a + 2). 1) x – y 2) 9 – b 3) 16x – 1

Exercícios. Fatorar: Respostas: 3.º caso 1) (x + y) (x – y)


2 2 3 2
1) 4a + 2a 2) 3ax + 6a y 3) 4a + 2a 2) (3 + b) (3 – b) 3) (4x + 1) (4x – 1)

Respostas: 1.º caso 1) 2a .(2a + 1) EQUAÇÕES FRACIONÁRIAS


2
2) 3a .(x + 2ay) 3) 2a (2a + 1)
São Equações cujas variáveis estão no denominador
2.º Caso: Trinômio quadrado perfeito (É a “ope- 4 1 3
ração inversa” dos produtos notáveis caso 1) Ex: = 2, + = 8, note que nos dois exem-
x x 2x
Exemplo 1 plos x ≠ 0, pois o denominador deverá ser sempre dife-
2 2
a + 2ab + b ⇒ extrair as raízes quadradas do ex- rente de zero.

tremo a2 + 2ab + b2 ⇒ a 2 = a e b2 = b e o Para resolver uma equação fracionária, devemos a-


2 2 2
termo do meio é 2.a.b, então a + 2ab + b = (a + b) char o m.m.c. dos denominadores e multiplicamos os
(quadrado da soma). dois membros por este m.m.c. e simplificamos, temos
então uma equação do 1.º grau.
Exemplo 2: 1 7
2 Ex: + 3 = , x ≠ 0, m.m.c. = 2x
4a + 4a + 1 ⇒ extrair as raízes dos extremos x 2
4a + 4a + 1 ⇒ 4a2 = 2a , 1 = 1 e o termo cen-
2 1
2x . +3 =
7
. 2x
2 2 x 2
tral é 2.2a.1 = 4a, então 4a + 4a + 1 = (2a + 1)
2x 14 x
+ 6x = , simplificando
Exercícios x 2
Fatorar os trinômios (soma)
2 2 2
1) x + 2xy + y 2) 9a + 6a + 1 2 + 6x = 7x ⇒ equação do 1.º grau.
2
3) 16 + 8a + a
2
Resolvendo temos: 2 = 7x – 6x
Respostas: 2.º caso 1) (x + y) 2 = x ou x = 2 ou V = { 2 }
2 2
2) (3a + 1) 3) (4 + a)
Exercícios
Fazendo com trinômio (quadrado da diferença) Resolver as equações fracionárias:
2 2
x – 2xy + y , extrair as raízes dos extremos 3 1 3
1) + = x≠0
x2 = x e y 2 = y, o termo central é –2.x.y, então: x 2 2x
2 2
x – 2xy + y = (x – y)
2 1 5
2) + 1 = x≠0
x 2x
Exemplo 3: Respostas: Equações: 1) V = {–3} 2) V = { 3 }
2
16 – 8a + a , extrair as raízes dos extremos 2

16 = 4 e a2 = a, termo central –2.4.a = –8a, RADICAIS

Raciocínio Lógico 63 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
20
2) = 20 : 10 = 20 : 10 = 2
4 = 2, 1 = 1, 9 = 3, 16 = 4 , etc., são raízes exa- 10
tas são números inteiros, portanto são racionais: 2= 3
15
3) = 3 15 : 3 5 = 3 15 : 5 = 3 3
1,41421356..., 3 = 1,73205807..., 5 = 3
5
2,2360679775..., etc. não são raízes exatas, não são
números inteiros. São números irracionais. Do mesmo Exercícios. Efetuar as divisões
modo 3 1 = 1, 3 8 = 2 , 3 27 = 3 , 3 64 = 4 ,etc., são 6 3
16 24
3 3 1) 2) 3)
racionais, já 9 = 2,080083823052.., 20 = 3
3 2 6
2,714417616595... são irracionais.
Respostas: 1) 2 2) 2 3) 2

Nomes: n a = b : n = índice; a = radicando = sinal Simplificação de Radicais


da raiz e b = raiz. Dois radicais são semelhantes se o
índice e o radicando forem iguais. Podemos simplificar radicais, extraindo parte de raí-
n n
zes exatas usando a propriedade a simplificar índice
Exemplos:
com expoente do radicando.
1) 2, 3 2 , - 2 são semelhantes observe o n = 2 Exemplos:
“raiz quadrada” pode omitir o índice, ou seja, 2 5 = 5 1)Simplificar 12
2) 53 7 , 3 7 , 23 7 são semelhantes decompor 12 em fatores primos:
12 2
2
Operações: Adição e Subtração 6 2 12 = 22 ⋅ 3 = 22 ⋅ 3 = 2 3
Só podemos adicionar e subtrair radicais semelhan- 3 3
tes. 1
Exemplos: 2) Simplificar 32 , decompondo 32 fica:
32 2
3 2 − 2 2 + 5 2 = (3 − 2 + 5 ) 2 = 6 2
16 2
53 6 − 33 6 + 73 6 = (5 − 3 + 7 )3 6 = 93 6 8 2
4 2
Multiplicação e Divisão de Radicais 2 2
Só podemos multiplicar radicais com mesmo índice e 32 = 22 ⋅ 22 ⋅ 2 = 2 2 2 ⋅ 2 22 ⋅ 2 = 2 ⋅ 2 ⋅ 2 = 4 2
n n n
usamos a propriedade: a ⋅ b = ab
3) Simplificar 3 128 , decompondo fica:
Exemplos
128 2
2 ⋅ 2 = 2.2 = 4 = 2 64 2
3 ⋅ 4 = 3 . 4 = 12 32 2
3 16 2
3 ⋅ 3 9 = 3 3 . 9 = 3 27 = 3 8 2
3
5 ⋅ 3 4 = 3 5 . 4 = 3 20 4 2
2 2
3 ⋅ 5 ⋅ 6 = 3 . 5 . 6 = 90 1
fica
Exercícios 3 3 3
3
128 = 23 ⋅ 23 ⋅ 2 = 23 ⋅ 23 ⋅ 3 2 = 2 ⋅ 2 ⋅ 3 2 = 43 2
Efetuar as multiplicações
Exercícios
1) 3⋅ 8 2) 5⋅ 5 3) 3 6 ⋅ 3 4 ⋅ 3 5
Simplificar os radicais:
Respostas: 1) 24 2) 5 3) 3 120
1) 20 2) 50 3) 3 40
Para a divisão de radicais usamos a propriedade Respostas: 1) 2 5 2) 5 2 3) 2. 3 5
a
também com índices iguais = a : b = a:b Racionalização de Radiciação
b Em uma fração quando o denominador for um radical
2
Exemplos: devemos racionalizá-lo. Exemplo: devemos multipli-
3
car o numerador e o denominador pelo mesmo radical
18
1) = 18 : 2 = 18 : 2 = 9 = 3 do denominador.
2 2 3 2 3 2 3 2 3
⋅ = = =
3 3 3⋅3 9 3

Raciocínio Lógico 64 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
2 2 3 3) a = 5, b = –2 e c =3
e são frações equivalentes. Dizemos que 4) a = 6, b = 0 e c =3
3 3
3 é o fator racionalizante. EQUAÇÕES COMPLETAS E INCOMPLETAS
Temos uma equação completa quando os
Exercícios coeficientes a , b e c são diferentes de zero.
Racionalizar: Exemplos:
1 2 3 2
1) 2) 3) 3x – 2x – 1= 0
2
5 2 2 y – 2y – 3 = 0 São equações completas.
2
5 6 y + 2y + 5 = 0
Respostas: 1) 2) 2 3)
5 2 Quando uma equação é incompleta, b = 0 ou c = 0,
costuma-se escrever a equação sem termos de coefici-
2 ente nulo.
Outros exemplos: devemos fazer:
3
2 Exemplos:
2
2 3
2 2
2 ⋅ 3 22 23 4 23 4 3 x – 16 = 0, b = 0 (Não está escrito o termo x)
⋅ = = = = 4 2
3 1 3 3 3 x + 4x = 0, c = 0 (Não está escrito o termo inde-
2 22 21 ⋅ 22 23 2
pendente ou termo constante)
2
x = 0, b = 0, c = 0 (Não estão escritos
Exercícios. o termo x e termo independente)
Racionalizar:
3 FORMA NORMAL DA EQUAÇÃO DO 2.º GRAU
1 3 2
1) 2) 3) 2
ax + bx + c = 0
3 3 3
4 22 3
3
16 3
3 2 3
18 EXERCÍCIOS
Respostas: 1) 2) 3) Escreva as equações na forma normal:
4 2 3 2 2 2 2
1) 7x + 9x = 3x – 1 2) 5x – 2x = 2x + 2
2 2
Respostas: 1) 4x + 9x + 1= 0 2) 3x – 2x –2 = 0
EQUAÇÕES DO 2.º GRAU
Resolução de Equações Completas
Definição: Denomina-se equação de 2.º grau com Para resolver a equação do 2.º Grau, vamos utilizar a
variável toda equação de forma: fórmula resolutiva ou fórmula de Báscara.
2
ax + bx + c = 0 2
A expressão b - 4ac, chamado discriminante de
onde : x é variável e a,b, c ∈ R, com a ≠ 0. equação, é representada pela letra grega ∆ (lê-se
deita).
Exemplos:
2
3x - 6x + 8 = 0 2
∆ = b - 4ac logo se ∆ > 0 podemos escrever:
2
2x + 8x + 1 = 0
2 2
x + 0x – 16 = 0 y -y+9 =0
2
- 3y - 9y+0 = 0
2
5x + 7x - 9 = 0 −b± ∆
x=
2a
COEFICIENTE DA EQUAÇÃO DO 2.º GRAU
Os números a, b, c são chamados de coeficientes da RESUMO
equação do 2.º grau, sendo que: NA RESOLUÇÃO DE EQUAÇÕES DO 2.º GRAU
2
a representa sempre o coeficiente do termo x . COMPLETA PODEMOS USAR AS DUAS FORMAS:
b representa sempre o coeficiente do termo x. ou 2
∆ = b - 4ac
c é chamado de termo independente ou termo 2
−b ± b − 4 a c
constante.
x=
2a −b± ∆
x=
Exemplos: 2a
2 2
a)3x + 4x + 1= 0 b) y + 0y + 3 = 0
a =3,b = 4,c = 1 a = 1,b = 0, c = 3 Exemplos:
2 2 2
c) – 2x –3x +1 = 0 d) 7y + 3y + 0 = 0 a) 2x + 7x + 3 = 0 a = 2, b =7, c = 3
a = –2, b = –3, c = 1 a = 7, b = 3, c = 0 2
− b ± b2 − 4 a c − (+ 7 ) ± (7 ) − 4 ⋅ 2 ⋅ 3
x= ⇒ x=
Exercícios 2a 2⋅2
Destaque os coeficientes: − (+ 7 ) ± 49 − 24 − (+ 7 ) ± 25
2
1)3y + 5y + 0 = 0
2
2)2x – 2x + 1 = 0 x= ⇒x =
2
3)5y –2y + 3 = 0
2
4) 6x + 0x +3 = 0 4 4
− (+ 7 ) ± 5 −7 + 5 -2 -1
x= ⇒x'= = =
Respostas: 4 4 4 2
1) a =3, b = 5 e c = 0 −7 − 5 -12
2)a = 2, b = –2 e c = 1 x"= = =-3
4 4
Raciocínio Lógico 65 A Opção Certa Para a Sua Realização
APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
−1  x = ± 81 →pela relação fundamental.
S =  , - 3
 2  x=±9 S = { 9; – 9 }
2
ou b) x +25 = 0
2
2
b) 2x +7x + 3 = 0 a = 2, b = 7, c = 3 x = –25
2
∆ = b – 4.a. c x = ± − 25 , − 25 não representa número real,
2
∆ =7 – 4 . 2 . 3
isto é − 25 ∉ R
∆ = 49 – 24
a equação dada não tem raízes em IR.
∆ = 25
S=φ ou S = { }
− (+ 7 ) ± 25 − (+ 7 ) ± 5
x= ⇒x = 2
4 4 c) 9x – 81= 0
2
−7 + 5 -2 -1 9x = 81
⇒ ‘x'= = = e
4 4 2 2 81
x =
−7 − 5 -12 9
x"= = =-3 2
x = 9
4 4
−1  x= ± 9
S =  , - 3
2  x=±3
S = { ±3}
Observação: fica ao SEU CRITÉRIO A ESCOLHA
Equação da forma: ax = 0 onde b = 0, c = 0
DA FORMULA.
A equação incompleta ax = 0 admite uma única
solução x = 0. Exemplo:
EXERCÍCIOS 2
3x = 0
Resolva as equações do 2.º grau completa:
2 0
1) x – 9x +20 = 0 2
x =
2
2) 2x + x – 3 = 0 3
2 2
3) 2x – 7x – 15 = 0 x =0
2
4) x +3x + 2 = 0 2
x = + 0
2
5) x – 4x +4 = 0
S={0}
Respostas
Exercícios Respostas:
1) V = { 4 , 5) 2
1) 4x – 16 = 0 1) V = { –2, + 2}
−3 2
2) V = { 1, } 2) 5x – 125 = 0 2) V = { –5, +5}
2
2 3) 3x + 75x = 0 3) V = { 0, –25}
−3
3) V = { 5 , }
2 Relações entre coeficiente e raízes
4) V = { –1 , –2 }
2
5) V = {2} Seja a equação ax + bx + c = 0 ( a ≠ 0), sejam x’ e x”
as raízes dessa equação existem x’ e x” reais dos
EQUAÇÃO DO 2.º GRAU INCOMPLETA coeficientes a, b, c.
Estudaremos a resolução das equações incompletas −b+ ∆ −b− ∆
2
do 2.º grau no conjunto R. Equação da forma: ax + bx = x'= e x"=
0 onde c = 0 2a 2a

Exemplo: RELAÇÃO: SOMA DAS RAÍZES


2
2x – 7x = 0 Colocando-se o fator x em evidência −b+ ∆ −b − ∆
x'+ x"= + ⇒
(menor expoente) 2a 2a

x . (2x – 7) = 0 x=0 −b+ ∆ −b− ∆


x'+x"=
2a
7 −2b b
ou 2x – 7 = 0 ⇒ x= x'+x"= ⇒ x'+x"= −
2 2a a
7
Os números reais 0 e são as raízes da equação Daí a soma das raízes é igual a -b/a ou seja, x’+ x” =
2
-b/a
7
S={0; ) b
2 Relação da soma: x ' + x " = −
2
Equação da forma: ax + c = 0, onde b = 0 a

Exemplos RELAÇÃO: PRODUTO DAS RAÍZES


2
a) x – 81 = 0 −b+ ∆ −b− ∆
2 x'⋅ x "= ⋅ ⇒
x = 81→transportando-se o termo independente 2a 2a
para o 2.º termo.

Raciocínio Lógico 66 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos

x'⋅x "=
(− b + ∆ )⋅ (− b − ∆ ) x'⋅x "=
c
x '⋅ x "=c
1
4a2
 − b2  − ∆ 2
( ) Exemplo:
 
x'⋅x "=   2
⇒ ∆ = b2 − 4 ⋅ a ⋅ c ⇒ x –7x+2 = 0 a = 1, b =–7, c = 2
4a 2 b (- 7)
S=x'+x"= − =- =7
b2 −  b2 − 4ac 
a 1
x '⋅ x " =   ⇒ c 2
2 P = x'⋅x " = = = 2
4a a 1
EXERCÍCIOS
b2 − b2 + 4ac
x'⋅x "= ⇒ Calcule a Soma e Produto
4a2
2
1) 2x – 12x + 6 = 0
2
4ac c 2) x – (a + b)x + ab = 0
x'⋅x "= ⇒ x '⋅x " = 2
3) ax + 3ax–- 1 = 0
4a2 a 2
4) x + 3x – 2 = 0

c Respostas:
Daí o produto das raízes é igual a ou seja:
a 1) S = 6 e P = 3
c 2) S = (a + b) e P = ab
x '⋅ x " = ( Relação de produto) −1
a 3) S = –3 e P =
a
Sua Representação: 4) S = –3 e P = –2
Representamos a Soma por S
APLICAÇÕES DAS RELAÇÕES
b 2
S=x'+x"= − Se considerarmos a = 1, a expressão procurada é x
a + bx + c: pelas relações entre coeficientes e raízes
c temos:
Representamos o Produto pôr P P = x '⋅x " =
a x’ + x”= –b b = – ( x’ + x”)
Exemplos: x’ . x” = c c = x’ . x”
2
1) 9x – 72x +45 = 0 a = 9, b = –72, c = 45. 2
Daí temos: x + bx + c = 0
b (-72) = 72 = 8
S=x'+x"= − =-
a 9 9
c 45
P = x '⋅ x " = = =5
a 9
2
2) 3x +21x – 24= 0 a = 3, b = 21,c = –24
b (21) = - 21 = −7
S=x'+x"= − =-
a 3 3
c + (- 24 ) − 24 REPRESENTAÇÃO
P = x '⋅x " = = = = −8 Representando a soma x’ + x” = S
a 3 3
a = 4, Representando o produto x’ . x” = P
2
E TEMOS A EQUAÇÃO: x – Sx + P = 0
2
3) 4x – 16 = 0 b = 0, (equação incompleta)
c = –16 Exemplos:
a) raízes 3 e – 4
b 0
S = x ' + x "= − = = 0 S = x’+ x” = 3 + (-4) =3 – 4 = –1
a 4 P = x’ .x” = 3 . (–4) = –12
c + (- 16 ) − 16 x – Sx + P = 0
P = x '⋅ x " = = = = −4 2
a 4 4 x + x – 12 = 0
a = a+1
2 b) 0,2 e 0,3
4) ( a+1) x – ( a + 1) x + 2a+ 2 = 0 b = – (a+ 1)
c = 2a+2 S = x’+ x” =0,2 + 0,3 = 0,5
b [- (a + 1)] a + 1 P = x . x =0,2 . 0,3 = 0,06
2
S=x'+x"= − =- = =1 x – Sx + P = 0
a a +1 a +1 2
x – 0,5x + 0,06 = 0
c 2a + 2 2(a + 1)
P = x'⋅x " = = = =2
a a +1 a +1 5 3
c) e
2 4
Se a = 1 essas relações podem ser escritas: 5 3 10 + 3 13
b S = x’+ x” = + = =
x'+ x"= − x ' + x " = −b 2 4 4 4
1

Raciocínio Lógico 67 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
5 3 15 0=0 0=0
P=x.x= . = (V) (V)
2 4 8
2 S = { 3 , –5 }
x – Sx + P = 0
2 13 15
x – x+ =0 RESOLVA OS PROBLEMAS DO 2.º GRAU:
4 8
O quadrado de um número adicionado com o quádru-
4e–4 plo do mesmo número é igual a 32.
S = x’ +x” = 4 + (–4) = 4 – 4 = 0 A soma entre o quadrado e o triplo de um mesmo nú-
P = x’ . x” = 4 . (–4) = –16 mero é igual a 10. Determine esse número.
2
x – Sx + P = 0 O triplo do quadrado de um número mais o próprio
2
x –16 = 0 número é igual a 30. Determine esse numero.
A soma do quadrado de um número com seu quíntu-
Exercícios plo é igual a 8 vezes esse número, determine-o.
Componha a equação do 2.º grau cujas raízes são:
−4 Respostas:
1) 3 e 2 2) 6 e –5 3) 2 e
5 1) 4 e – 8 2) – 5 e 2
4) 3 + 5e3– 5 5) 6 e 0 3) −10 3 e 3 4) 0 e 3

Respostas:
2 2
1) x – 5x+6= 0 2) x – x – 30 = 0 SISTEMA DE EQUAÇÕES DO 2° GRAU
2 −6 x 8 Como resolver
3)x – – =0 Para resolver sistemas de equações do 2º grau, é im-
5 5
2 2 portante dominar as técnicas de resolução de sistema
4) x – 6x + 4 = 0 5) x – 6x = 0
de 1º grau: método da adição e método da substitui-
ção.
RESOLUÇÃO DE PROBLEMAS
Imagine o seguinte problema: dois irmãos possuem
Um problema de 2.º grau pode ser resolvido por idades cuja soma é 10 e a multiplicação 16. Qual a
meio de uma equação ou de um sistema de equações idade de cada irmão?
do 2.º grau.
Equacionando:
Para resolver um problema do segundo grau deve-se
seguir três etapas:
Estabelecer a equação ou sistema de equações corres-
pondente ao problema (traduzir matematicamente), o
enunciado do problema para linguagem simbólica.
Resolver a equação ou sistema
Interpretar as raízes ou solução encontradas

Exemplo:
Qual é o número cuja soma de seu quadrado com
seu dobro é igual a 15?
número procurado : x Pela primeira equação, que vamos chamar de I:
2
equação: x + 2x = 15

Resolução:
2
x + 2x –15 = 0
2 2
∆ =b – 4ac ∆ = (2) – 4 .1.(–15) ∆ = 4 + 60
∆ = 64
Substituindo na segunda:
− 2 ± 64 −2 ± 8
x= x=
2 ⋅1 2
−2 + 8 6
x'= = =3
2 2
−2 − 8 −10
x"= = = −5
2 2 Logo:

Os números são 3 e – 5.

Verificação:
2 2
x + 2x –15 = 0 x + 2x –15 = 0
2 2
(3) + 2 (3) – 15 = 0 (–5) + 2 (–5) – 15 = 0
9 + 6 – 15 = 0 25 – 10 – 15 = 0 Usando a fórmula:

Raciocínio Lógico 68 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos

De Produtos notáveis:

Logo

Dividindo por 2:

Substituindo em I:

Logo:

As idades dos dois irmãos são, respectivamente, de 2


e 8 anos. Testando:
a multiplicação de 2 X 8 = 16 e a soma 2 + 8 = 10.

Outro exemplo Substituindo em II:


Encontre dois números cuja diferença seja 5 e a soma
dos quadrados seja 13.

Da primeira, que vamos chamar de II:

Substituindo em II:

Aplicando na segunda:

Os números são 3 e - 2 ou 2 e - 3.

Raciocínio Lógico 69 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
Os sistemas a seguir envolverão equações do 1º e do x=6–2
2º grau, lembrando de que suas representações gráfi- x=4
cas constituem uma reta e uma parábola, respectiva-
mente. Resolver um sistema envolvendo equações Par ordenado (4; 2)
desse modelo requer conhecimentos do método da
substituição de termos. Observe as resoluções comen- S = {(2: 4) e (4; 2)}
tadas a seguir:

Exemplo 1 Exemplo 2

Isolando x ou y na 2ª equação:
x – y = –3
Isolando x ou y na 2ª equação do sistema:
x=y–3
x+y=6
x=6–y Substituindo o valor de x na 1ª equação:
Substituindo o valor de x na 1ª equação:
x² + 2y² = 18
(y – 3)² + 2y² = 18
x² + y² = 20
y² – 6y + 9 + 2y² – 18 = 0
(6 – y)² + y² = 20
3y² – 6y – 9 = 0 (dividir todos os membros da equação
(6)² – 2 * 6 * y + (y)² + y² = 20 por 3)
36 – 12y + y² + y² – 20 = 0
16 – 12y + 2y² = 0
y² – 2y – 3 = 0
2y² – 12y + 16 = 0 (dividir todos os membros da
equação por 2)
∆ = b² – 4ac
∆ = (–2)² – 4 * 1 * (–3)
y² – 6y + 8 = 0 ∆ = 4 + 12
∆ = 16
∆ = b² – 4ac
∆ = (–6)² – 4 * 1 * 8
a = 1, b = –2 e c = –3
∆ = 36 – 32
∆=4

a = 1, b = –6 e c = 8

Determinando os valores de x em relação aos valores


de y obtidos:

Determinando os valores de x em relação aos valores Para y = 3, temos:


de y obtidos: x=y–3
x=3–3
Para y = 4, temos: x=0
x=6–y
x=6–4 Par ordenado (0; 3)
x=2
Para y = –1, temos:
Par ordenado (2; 4) x=y–3
x = –1 –3
x = –4
Para y = 2, temos:
x=6–y Par ordenado (–4; –1)

Raciocínio Lógico 70 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
o próximo jogo. Indique a Informação adicional
que tornaria menos provável a vitória esperada.
S = {(0; 3) e (–4; –1)}
(A) Sua equipe venceu os últimos seis jogos, em vez
de apenas quatro.
PROVA SIMULADA II (B) Choveu nos últimos quatro jogos e há previsão de
que não choverá no próximo jogo.
1. Todos os marinheiros são republicanos. Assim sen- (C) Cada um dos últimos quatro jogos foi ganho por
do, uma diferença de mais de um gol.
(D) O artilheiro de sua equipe recuperou-se do esti-
(A) o conjunto dos marinheiros contém o conjunto dos ramento muscular.
republicanos. (E) Dois dos últimos quatro jogos foram realizados
(B) o conjunto dos republicanos contém o conjunto em seu campo e os outros dois, em campo ad-
dos marinheiros. versário.
(C) todos os republicanos são marinheiros.
(D) algum marinheiro não é republicano. 7. Marta corre tanto quanto Rita e menos do que Juliana.
(E) nenhum marinheiro é republicano. Fátima corre tanto quanto Juliana. Logo,

2. Assinale a alternativa que apresenta uma contra- (A) Fátima corre menos do que Rita.
dição. (B) Fátima corre mais do que Marta.
(C) Juliana corre menos do que Rita.
(A) Todo espião não é vegetariano e algum vegetari- (D) Marta corre mais do que Juliana.
ano é espião. (E) Juliana corre menos do que Marta.
(B) Todo espião é vegetariano e algum vegetariano
não é espião. 8. Há 4 caminhos para se ir de X a Y e 6 caminhos para
(C) Nenhum espião é vegetariano e algum es pião se ir de Y a Z. O número de caminhos de X a Z que
não é vegetariano. passam por Y é
(D) Algum espião é vegetariano e algum es pião não
é vegetariano. (A) 10.
(E) Todo vegetariano é espião e algum espião não é (B) 12.
vegetariano. (C) 18.
(D) 24.
3. Todos os que conhecem João e Maria admiram (E) 32.
Maria. Alguns que conhecem Maria não a admi-
ram. Logo, 9. Todas as plantas verdes têm clorofila. Algumas plan-
tas que tem clorofila são comestíveis. Logo,
(A) todos os que conhecem Maria a admiram.
(B) ninguém admira Maria. (A) algumas plantas verdes são comestíveis.
(C) alguns que conhecem Maria não conhecem João. (B) algumas plantas verdes não são comestíveis.
(D) quem conhece João admira Maria. (C) algumas plantas comestíveis têm clorofila.
(E) só quem conhece João e Maria conhece Maria. (D) todas as plantas que têm clorofila são comestí-
veis.
4. Válter tem inveja de quem é mais rico do que ele. Ge- (E) todas as plantas vendes são comestíveis.
raldo não é mais rico do que quem o inveja. Logo,
10. A proposição 'É necessário que todo aconteci-
(A) quem não é mais rico do que Válter é mais pobre mento tenha causa' é equivalente a
do que Válter.
(B) Geraldo é mais rico do que Válter. (A) É possível que algum acontecimento não tenha
(C) Válter não tem inveja de quem não é mais rico do causa.
que ele. (B) Não é possível que algum acontecimento não te-
(D) Válter inveja só quem é mais rico do que ele. nha causa.
(E) Geraldo não é mais rico do que Válter. (C) É necessário que algum acontecimento não tenha
causa.
5. Em uma avenida reta, a padaria fica entre o posto de (D) Não é necessário que todo acontecimento tenha
gasolina e a banca de jornal, e o posto de gasoli- causa.
na fica entre a banca de jornal e a sapataria. Logo, (E) É impossível que algum acontecimento tenha
causa.
(A) a sapataria fica entre a banca de jornal e a pada-
ria. 11. Continuando a seqüência 47, 42, 37, 33, 29, 26, ... ,
(B) a banca de jornal fica entre o posto de gasolina e temos
a padaria.
(C) o posto de gasolina fica entre a padaria e a banca (A) 21.
de jornal. (B) 22.
(D) a padaria fica entre a sapataria e o posto de ga- (C) 23.
solina. (D) 24.
(E) o posto de gasolina fica entre a sapataria e a pa- (E) 25.
daria.
12. ... ó pensador crítico precisa ter uma tolerância e
6. Um técnica de futebol, animado com as vitórias obti- até predileção por estados cognitivos de conflito,
das pela sua equipe nos últimos quatro jogos, em que o problema ainda não é totalmente com-
decide apostar que essa equipe também vencerá preendido. Se ele ficar aflito quando não sabe 'a
resposta correta', essa ansiedade pode impedir a

Raciocínio Lógico 71 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
exploração mais completa do problema.' (David Na escola de amanhã os estudantes serão seus pró-
Canaher, Senso Crítico). prios instrutores, com programas de computador como fer-
O AUTOR QUER DIZER QUE O PENSADOR CRÍ- ramentas. Na verdade, quanto mais jovens forem os estu-
TICO dantes, maior o apelo do computador para eles e maior o
(A) precisa tolerar respostas corretas. seu sucesso na sua orientação e instrução. Historicamente,
(B) nunca sabe a resposta correta. a escola de primeiro grau tem sido totalmente intensiva de
(C) precisa gostar dos estados em que não sabe a mão-de-obra. A escola de primeiro grau de amanhã será
resposta correta. fortemente intensiva de capital.
(D) que não fica aflito explora com mais dificuldades
os problemas. Contudo, apesar da tecnologia disponível, a educa-
(E) não deve tolerar estados cognitivos de conflito. ção universal apresenta tremendos desafios. Os conceitos
tradicionais de educação não são mais suficientes. Ler,
13. As rosas são mais baratas do que os lírios. Não te- escrever e aritmética continuarão a ser necessários como
nho dinheiro suficiente para comprar duas dúzias de hoje, mas a educação precisará ir muito além desses itens
rosas. Logo, básicos. Ela irá exigir familiaridade com números e cálculos;
uma compreensão básica de ciência e da dinâmica da tec-
(A) tenho dinheiro suficiente para comprar uma dúzia nologia; conhecimento de línguas estrangeiras. Também
de rosas. será necessário aprender a ser eficaz como membro de uma
(B) não tenho dinheiro suficiente para comprar uma organização, como empregado." (Peter Drucker, A socieda-
dúzia de rosas. de pós-capitalista).
(C) não tenho dinheiro. suficiente para comprar meia
dúzia de lírios. 17. Para Peter Drucker, o ensino de matérias como
(D) não tenho dinheiro suficiente para comprar duas aritmética, ortografia, história e biologia
dúzias de lírios.
(E) tenho dinheiro suficiente para comprar uma dúzia (A) Deve Ocorrer Apenas No Primeiro Grau.
de lírios. (B) deve ser diferente do ensino de matérias como
neurocirurgia e diagnóstico médico.
14. Se você se esforçar, então irá vencer. Assim sen- (C) será afetado pelo desenvolvimento da informáti-
do, ca.
(D) não deverá se modificar, nas próximas décadas.
(A) seu esforço é condição suficiente para vencer. (E) deve se dar através de meras repetições e exer-
(B) seu esforço é condição necessária para vencer. cícios.
(C) se você não se esforçar, então não irá vencer.
(D) você vencerá só se se esforçar. 18. Para o autor, neste novo cenário, o computador
(E) mesmo que se esforce, você não vencerá.
(A) terá maior eficácia educacional quanto mais jo-
15. Se os tios de músicos sempre são músicos, então vem for o estudante.
(B) tende a substituir totalmente o professor em sala
(A) os sobrinhos de não músicos nunca são músicos. de aula.
(B) os sobrinhos de não músicos sempre são músi- (C) será a ferramenta de aprendizado para os profes-
cos. sores.
(C) os sobrinhos de músicos sempre são músicos. (D) tende a ser mais utilizado por médicos.
(D) os sobrinhos de músicos nunca são músicos. (E) será uma ferramenta acessória na educação.
(E) os sobrinhos de músicos quase sempre são mú-
sicos. 19. Assinale a alternativa em que se chega a uma
conclusão por um processo de dedução.
16. O paciente não pode estar bem e ainda ter febre.
O paciente está bem. Logo, o paciente (A) Vejo um cisne branco, outro cisne branco, outro
(A) TEM FEBRE E NÃO ESTÁ BEM. cisne branco ... então todos os cisnes são bran-
(B) TEM FEBRE OU NÃO ESTÁ BEM. cos.
(C) TEM FEBRE. (B) Vi um cisne, então ele é branco.
(D) NÃO TEM FEBRE. (C) Vi dois cisnes brancos, então outros cisnes de-
(E) NÃO ESTÁ BEM. vem ser brancos.
(D) Todos os cisnes são brancos, então este cisne é
INSTRUÇÃO: Utilize o texto a seguir para responder branco.
às questões de nº 17 e 18. (E) Todos os cisnes são brancos, então este cisne
pode ser branco.
"O primeiro impacto da nova tecnologia de aprendi-
zado será sobre a educação universal. Através dos tempos, 20. Cátia é mais gorda do que Bruna. Vera é menos
as escolas, em sua maioria, gastaram horas intermináveis gorda do que Bruna. Logo,
tentando ensinar coisas que eram melhor aprendidas do que
ensinadas, isto é, coisas que são aprendidas de forma com- (A) Vera é mais gorda do que Bruna.
portamental e através de exercícios, repetição e feedback. (B) Cátia é menos gorda do que Bruna.
Pertencem a esta categoria todas as matérias ensinadas no (C) Bruna é mais gorda do que Cátia.
primeiro grau, mas também muitas daquelas ensinadas em (D) Vera é menos gorda do que Cátia.
estágios posteriores do processo educacional. Essas maté- (E) Bruna é menos gorda do que Vera.
rias - seja ler e escrever, aritmética, ortografia, história, bio-
logia, ou mesmo matérias avançadas como neurocirurgia, 21. Todo cavalo é um animal. Logo,
diagnóstico médico e a maior parte da engenharia - são
melhor aprendidas através de programas de computador. O (A) toda cabeça de animal é cabeça de cavalo.
professor motiva, dirige, incentiva. Na verdade, ele passa a (B) toda cabeça de cavalo é cabeça de animal.
ser um líder e um recurso. (C) todo animal é cavalo.

Raciocínio Lógico 72 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
(D) nem todo cavalo é animal. (E) a maioria das hipóteses desse conjunto é verda-
(E) nenhum animal é cavalo. deira.

22. Em uma classe, há 20 alunos que praticam futebol 26. Se Francisco desviou dinheiro da campanha as-
mas não praticam vôlei e há 8 alunos que prati- sistencial, então ele cometeu um grave delito.
cam vôlei mas não praticam futebol. O total dos Mas Francisco não desviou dinheiro da campanha
que praticam vôlei é 15. Ao todo, existem 17 alu- assistencial. Logo,
nos que não praticam futebol. O número de alu-
nos da classe é (A) Francisco desviou dinheiro da campanha assis-
tencial.
(A) 30. (B) Francisco não cometeu um grave delito.
(B) 35. (C) Francisco cometeu um grave delito.
(C) 37. (D) alguém desviou dinheiro da campanha assisten-
(D) 42. cial.
(E) 44. (E) alguém não desviou dinheiro da campanha assis-
tencial.
INSTRUÇÃO: Utilize o texto a seguir para responder
às questões de nº 23 e 24. 27. Se Rodrigo mentiu, então ele é culpado. Logo,

“Os homens atribuem autoridade a comunicações de (A) se Rodrigo não é culpado, então ele não mentiu.
posições superiores, com a condição de que estas comuni- (B) Rodrigo é culpado.
cações sejam razoavelmente consistentes com as vanta- (C) se Rodrigo não mentiu. então ele não é culpado.
gens de escopo e perspectiva que são creditadas a estas (D) Rodrigo mentiu.
posições. Esta autoridade é, até um grau considerável, in- (E) se Rodrigo é culpado, então ele mentiu.
dependente da habilidade pessoal do sujeito que ocupa a
posição. E muitas vezes reconhecido que, embora este 28. Continuando a seqüência de letras F, N, G, M, H . .
sujeito possa ter habilidade pessoal limitada, sua recomen- ..., ..., temos, respectivamente,
dação deve ser superior pela simples razão da vantagem de
posição. Esta é a autoridade de posição”. (A) O, P.
(B) I, O.
Mas é óbvio que alguns homens têm habilidade supe- (C) E, P.
rior. O seu conhecimento e a sua compreensão, indepen- (D) L, I.
dentemente da posição, geram respeito. Os homens atribu- (E) D, L.
em autoridade ao que eles dizem, em uma organização,
apenas por esta razão. Esta é a autoridade de liderança.' 29. Continuando a seqüência 4, 10, 28, 82, ..., temos
(Chester Barnard, The Functions of the Executive).
(A) 236.
23. Para o autor, (B) 244.
(C) 246.
(A) autoridade de posição e autoridade de liderança (D) 254.
são sinônimos. (E) 256.
(B) autoridade de posição é uma autoridade superior
à autoridade de liderança. 30. Assinale a alternativa em que ocorre uma conclu-
(C) a autoridade de liderança se estabelece por ca- são verdadeira (que corresponde à realidade) e o
racterísticas individuais de alguns homens. argumento inválido (do ponto de vista lógico).
(D) a autoridade de posição se estabelece por habili-
dades pessoais superiores de alguns líderes. (A) Sócrates é homem, e todo homem é mortal, por-
(E) tanto a autoridade de posição quanto a autoridade tanto Sócrates é mortal.
de liderança são ineficazes. (B) Toda pedra é um homem, pois alguma pedra é
um ser, e todo ser é homem.
24. Durante o texto, o autor procura mostrar que as (C) Todo cachorro mia, e nenhum gato mia, portanto
pessoas cachorros não são gatos.
(D) Todo pensamento é um raciocínio, portanto, todo
(A) não costumam respeitar a autoridade de posição. pensamento é um movimento, visto que todos os
(B) também respeitam autoridade que não esteja li- raciocínios são movimentos.
gada a posições hierárquicas superiores. (E) Toda cadeira é um objeto, e todo objeto tem cinco
(C) respeitam mais a autoridade de liderança do que pés, portanto algumas cadeiras tem quatro pés.
de posição.
(D) acham incompatíveis os dois tipos de autoridade. 31 - Sabe-se que existe pelo menos um A que é B. Sabe-se,
(E) confundem autoridade de posição e liderança. também, que todo B é C. Segue-se, portanto, necessaria-
mente que
25. Utilizando-se de um conjunto de hipóteses, um a) todo C é B
cientista deduz uma predição sobre a ocorrência b) todo C é A
de um certo eclipse solar. Todavia, sua predição c) algum A é C
mostra-se falsa. O cientista deve logicamente d) nada que não seja C é A
concluir que e) algum A não é C

(A) todas as hipóteses desse conjunto são falsas. 32- Considere as seguintes premissas (onde X, Y, Z e P são
(B) a maioria das hipóteses desse conjunto é falsa. conjuntos não vazios):
(C) pelo menos uma hipótese desse conjunto é falsa. Premissa 1: "X está contido em Y e em Z, ou X está contido
(D) pelo menos uma hipótese desse conjunto é ver- em P"
dadeira. Premissa 2: "X não está contido em P"

Raciocínio Lógico 73 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
Pode-se, então, concluir que, necessariamente a) se João é alto, então João é alto ou Guilherme é gordo
a) Y está contido em Z b) se João é alto, então João é alto e Guilherme é gordo
b) X está contido em Z c) se João é alto ou Guilherme é gordo, então Guilherme é
c) Y está contido em Z ou em P gordo
d) X não está contido nem em P nem em Y d) se João é alto ou Guilherme é gordo, então João é alto e
e) X não está contido nem em Y e nem em Z Guilherme é gordo
e) se João é alto ou não é alto, então Guilherme é gordo
33- A operação Å x é definida como o dobro do quadrado de
x. Assim, o valor da expressão Å 21/2 - Å [ 1Å 2 ] é igual a 39- Sabe-se que a ocorrência de B é condição necessária
a) 0 para a ocorrência de C e condição suficiente para a ocorrên-
b) 1 cia de D. Sabe-se, também, que a ocorrência de D é condi-
c) 2 ção necessária e suficiente para a ocorrência de A. Assim,
d) 4 quando C ocorre,
e) 6 a) D ocorre e B não ocorre
b) D não ocorre ou A não ocorre
34- Um crime foi cometido por uma e apenas uma pessoa de c) B e A ocorrem
um grupo de cinco suspeitos: Armando, Celso, Edu, Juarez e d) nem B nem D ocorrem
Tarso. Perguntados sobre quem era o culpado, cada um e) B não ocorre ou A não ocorre
deles respondeu:
Armando: "Sou inocente" 40- Ou A=B, ou B=C, mas não ambos. Se B=D, então A=D.
Celso: "Edu é o culpado" Ora, B=D. Logo:
Edu: "Tarso é o culpado" a) B ¹ C
Juarez: "Armando disse a verdade" b) B ¹ A
Tarso: "Celso mentiu" c) C = A
Sabendo-se que apenas um dos suspeitos mentiu e que d) C = D
todos os outros disseram a verdade, pode-se concluir que o e) D ¹ A
culpado é:
a) Armando 41- De três irmãos – José, Adriano e Caio –, sabe-se que ou
b) Celso José é o mais velho, ou Adriano é o mais moço. Sabe-se,
c) Edu também, que ou Adriano é o mais velho, ou Caio é o mais
d) Juarez velho. Então, o mais velho e o mais moço dos três irmãos
e) Tarso são, respectivamente:
a) Caio e José
35- Três rapazes e duas moças vão ao cinema e desejam b) Caio e Adriano
sentar-se, os cinco, lado a lado, na mesma fila. O número de c) Adriano e Caio
maneiras pelas quais eles podem distribuir-se nos assentos d) Adriano e José
de modo que as duas moças fiquem juntas, uma ao lado da e) José e Adriano
outra, é igual a
a) 2 42- Se o jardim não é florido, então o gato mia. Se o jardim é
b) 4 florido, então o passarinho não canta. Ora, o passarinho
c) 24 canta. Logo:
d) 48 a) o jardim é florido e o gato mia
e) 120 b) o jardim é florido e o gato não mia
c) o jardim não é florido e o gato mia
36- De um grupo de 200 estudantes, 80 estão matriculados d) o jardim não é florido e o gato não mia
em Francês, 110 em Inglês e 40 não estão matriculados nem e) se o passarinho canta, então o gato não mia
em Inglês nem em Francês. Seleciona-se, ao acaso, um dos
200 estudantes. A probabilidade de que o estudante selecio- 43- Três amigos – Luís, Marcos e Nestor – são casados com
nado esteja matriculado em pelo menos uma dessas discipli- Teresa, Regina e Sandra (não necessariamente nesta or-
nas (isto é, em Inglês ou em Francês) é igual a dem). Perguntados sobre os nomes das respectivas espo-
a) 30/200 sas, os três fizeram as seguintes declarações:
b) 130/200 Nestor: "Marcos é casado com Teresa"
c) 150/200 Luís: "Nestor está mentindo, pois a esposa de Marcos é
d) 160/200 Regina"
e) 190/200 Marcos: "Nestor e Luís mentiram, pois a minha esposa é
Sandra"
37- Uma herança constituída de barras de ouro foi totalmente Sabendo-se que o marido de Sandra mentiu e que o marido
dividida entre três irmãs: Ana, Beatriz e Camile. Ana, por ser de Teresa disse a verdade, segue-se que as esposas de
a mais velha, recebeu a metade das barras de ouro, e mais Luís, Marcos e Nestor são, respectivamente:
meia barra. Após Ana ter recebido sua parte, Beatriz recebeu a) Sandra, Teresa, Regina
a metade do que sobrou, e mais meia barra. Coube a Camile b) Sandra, Regina, Teresa
o restante da herança, igual a uma barra e meia. Assim, o c) Regina, Sandra, Teresa
número de barras de ouro que Ana recebeu foi: d) Teresa, Regina, Sandra
a) 1 e) Teresa, Sandra, Regina
b) 2
c) 3 44- A negação da afirmação condicional "se estiver choven-
d) 4 do, eu levo o guarda-chuva" é:
e) 5 a) se não estiver chovendo, eu levo o guarda-chuva
b) não está chovendo e eu levo o guarda-chuva
38- Chama-se tautologia a toda proposição que é sempre c) não está chovendo e eu não levo o guarda-chuva
verdadeira, independentemente da verdade dos termos que d) se estiver chovendo, eu não levo o guarda-chuva
a compõem. Um exemplo de tautologia é: e) está chovendo e eu não levo o guarda-chuva

Raciocínio Lógico 74 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
03. C 13. D 23. C 33. C 43. D
45- Dizer que "Pedro não é pedreiro ou Paulo é paulista" é, 04. E 14. A 24. B 34. E 44. E
do ponto de vista lógico, o mesmo que dizer que: 05. E 15. A 25. C 35. D 45. A
a) se Pedro é pedreiro, então Paulo é paulista 06. B 16. D 26. E 36. D 46. B
b) se Paulo é paulista, então Pedro é pedreiro 07. B 17. C 27. A 37. E 47. A
c) se Pedro não é pedreiro, então Paulo é paulista 08. D 18. A 28. D 38. A 48. C
d) se Pedro é pedreiro, então Paulo não é paulista 09. C 19. D 29. B 39. C 49. E
e) se Pedro não é pedreiro, então Paulo não é paulista 10. B 20. D 30. E 40. A 50. B

46- Se Frederico é francês, então Alberto não é alemão. Ou


Alberto é alemão, ou Egídio é espanhol. Se Pedro não é
português, então Frederico é francês. Ora, nem Egídio é
espanhol nem Isaura é italiana. Logo: TESTE DE HABILIDADE NUMÉRICA
a) Pedro é português e Frederico é francês
b) Pedro é português e Alberto é alemão 1. Escreva o número que falta.
c) Pedro não é português e Alberto é alemão 18 20 24 32 ?
d) Egídio é espanhol ou Frederico é francês
e) Se Alberto é alemão, Frederico é francês 2. Escreva o número que falta.

47- Se Luís estuda História, então Pedro estuda Matemática.


Se Helena estuda Filosofia, então Jorge estuda Medicina.
Ora, Luís estuda História ou Helena estuda Filosofia. Logo,
segue-se necessariamente que:
a) Pedro estuda Matemática ou Jorge estuda Medicina
b) Pedro estuda Matemática e Jorge estuda Medicina
c) Se Luís não estuda História, então Jorge não estuda Me-
dicina
d) Helena estuda Filosofia e Pedro estuda Matemática
e) Pedro estuda Matemática ou Helena não estuda Filosofia

48- Se Pedro é inocente, então Lauro é inocente. Se Roberto


é inocente, então Sônia é inocente. Ora, Pedro é culpado ou 3. Escreva o número que falta.
Sônia é culpada. Segue-se logicamente, portanto, que: 212 179 146 113 ?
a) Lauro é culpado e Sônia é culpada
b) Sônia é culpada e Roberto é inocente 4. Escreva o número que falta.
c) Pedro é culpado ou Roberto é culpado
d) Se Roberto é culpado, então Lauro é culpado
e) Roberto é inocente se e somente se Lauro é inocente

49- Maria tem três carros: um Gol, um Corsa e um Fiesta.


Um dos carros é branco, o outro é preto, e o outro é azul.
Sabe-se que: 1) ou o Gol é branco, ou o Fiesta é branco, 2)
ou o Gol é preto, ou o Corsa é azul, 3) ou o Fiesta é azul, ou
o Corsa é azul, 4) ou o Corsa é preto, ou o Fiesta é preto.
Portanto, as cores do Gol, do Corsa e do Fiesta são, respec-
tivamente,
a) branco, preto, azul
b) preto, azul, branco 5. Escreva o número que falta.
c) azul, branco, preto 6 8 10 11 14 14
d) preto, branco, azul ?
e) branco, azul, preto
6. Escreva, dentro do parêntese, o número que falta.
50- Um rei diz a um jovem sábio: "dizei-me uma frase e se 17 (112) 39
ela for verdadeira prometo que vos darei ou um cavalo veloz, 28 ( . . . ) 49
ou uma linda espada, ou a mão da princesa; se ela for falsa,
não vos darei nada". O jovem sábio disse, então: "Vossa 7 Escreva o número que falta.
Majestade não me dará nem o cavalo veloz, nem a linda 7 13 24 45 ?
espada".
Para manter a promessa feita, o rei: 8. Escreva o número que falta.
a) deve dar o cavalo veloz e a linda espada 3 9 3
b) deve dar a mão da princesa, mas não o cavalo veloz nem 5 7 1
a linda espada 7 1 ?
c) deve dar a mão da princesa e o cavalo veloz ou a linda
espada 9. Escreva, dentro do parêntese, o número que falta.
d) deve dar o cavalo veloz ou a linda espada, mas não a mão 234 (333) 567
da princesa 345 (. . .) 678
e) não deve dar nem o cavalo veloz, nem a linda espada,
nem a mão da princesa 10 Escreva o número que falta.
RESPOSTAS
01. B 11. C 21. B 31. C 41. B
02. A 12. C 22. E 32. B 42. C

Raciocínio Lógico 75 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
22 Escreva, dentro do parêntese, o número que falta.
341 (250) 466
282 (. . .) 398

23 Escreva o número que falta.

11- Escreva o número que falta.


4 5 7 11 19 ?

12. Escreva o número que falta.


6 7 9 13 21 ?

13. Escreva o número que falta.


4 8 6
6 2 4 24 Escreva, dentro do parêntese, o número que falta.
8 6 ? 12 (336) 14
15 (. . .) 16
14. Escreva o número que falta.
64 48 40 36 34 ? 25 Escreva o número que falta.
4 7 6
15 Escreva, dentro do parêntese, o número que falta. 8 4 8
718 (26) 582 6 5 ?
474 (. . .) 226

16. Escreva o número que falta. RESPOSTAS - TESTE DE HABILIDADE


NUMËRICA

1 48. (Some 2, 4, 8 e, finalmente 16).

2 24. (No sentido contrário aos ponteiros do relógio, os


números aumentam em 2, 3, 4, 5 e 6).

3 80. (Subtraia 33 de cada número).

17 Escreva o número que falta. 4 5. (Os braços para cima se somam e os para baixo se
15 13 12 11 9 9 subtraem, para obter o número da cabeça).
?
5 18. (Existem duas séries alternadas, uma que aumen-
18. Escreva o número que falta. ta de 4 em 4 e a outra de 3 em 3).
9 4 1
6 6 2 6 154. (Some os números de fora do parêntese e multi-
1 9 ? plique por 2).

19 Escreva o número que falta. 7 86. (Multiplique o número por dois e subtraia 1, 2, 3 e
11 12 14 ? 26 42 4).

20. Escreva o número que falta. 8 3. (Subtraia os números das duas primeiras colunas e
8 5 2 divida por 2).
4 2 0
9 6 ? 9 333. (Subtraia o número da esquerda do número da
direita para obter o número inserto no parêntese).
21 Escreva o número que falta.
10 5. (O número da cabeça é igual a semi--soma dos
números dos pés).

11 35. (A série aumenta em 1, 2, 4, 8 e 16 unidades su-


cessivamente).

12 37. (Multiplique cada termo por 2 e subtraia 5 para


obter o seguinte).

13 7. (Os números da terceira coluna são a semi-soma


dos números das outras duas colunas).

14 33. (A série diminui em 16, 8, 4, 2 e 1 sucessivamen-


te).

Raciocínio Lógico 76 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
ponde à incógnita.
15 14. (Some os números de fora do parêntese e divida
por 50 para obter o número inserto no mesmo).

16 3. (No sentido dos ponteiros do relógio, multiplique por


3).

17 6. (Existem duas séries alternadas: uma diminui de 3


em 3; a outra de 2 em 2).

18 4. (Cada fileira soma 14).


19 18. (Dobre cada termo e subtraia 10 para obter o se-
guinte).

20 3. (Os números diminuem em saltos iguais, 3 na pri- 5 Assinale a figura que não tem relação com as de-
meira fileira, 2 na segunda e 3 na terceira). mais.

21 18. (Os números são o dobro de seus opostos diame-


tralmente).

22 232. (Subtraia a parte esquerda da parte direita e


multiplique o resultado por dois).

23 21. (Os números aumentam em intervalos de 2, 4, 6 e


8). 6 Assinale a figura que não tem relação com as de-
mais.
24 480. (O número inserto no parêntese é o dobro do
produto dos números de fora do mesmo).
25. 2. (A terceira coluna é o dobro da diferença entre a pri-
meira e a segunda).

TESTE DE HABILIDADE VÍSUO-ESPACIAL

1 Assinale a figura que não tem relação com as de-


mais. 7 Assinale a figura que não tem relação com as de-
mais.

8 Assinale a figura que não tem relação com as de-


2 Assinale a figura que não tem relação com as de- mais.
mais.

9 Assinale a figura que não tem relação com as de-


3 Assinale a figura que não tem relação com as de- mais.
mais.

* Não ter relação no sentido de não conservar as


mesmas relações com as demais, por questão de detalhe,
4 Escolha, dentre as numeradas, a figura que corres- posição etc.

Raciocínio Lógico 77 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
10 Assinale a figura que não tem relação com as de-
mais.

16 Assinale a figura que não tem relação com as de-


mais.

11 Assinale a figura que não tem relação com as de-


mais.

17 Assinale a figura que não tem relação com as de-


mais.

12 Assinale a figura que não tem relação com as de-


mais.

18 Assinale a figura que não tem relação com as de-


mais.

13 Assinale a figura que não tem relação com as de-


mais.
19. Assinale a figura que não tem relação com as demais.

20 Assinale a figura que não tem relação com as de-


mais.
14 Assinale a figura que não tem relação com as de-
mais.

21 Assinale a figura que não tem relação com as de-


mais.

15 Assinale a figura que não tem relação com as de-


mais.

Raciocínio Lógico 78 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos

22 Assinale a figura que não tem relação com as de- 27 Assinale a figura que não tem relação com as de-
mais. mais.

28 Assinale a figura que não tem relação com as de-


mais.

23 Assinale a figura que não tem relação com as de-


mais.

24 Assinale a figura que não tem relação com as de-


mais.

29 Assinale a figura que não tem relação com as de-


mais.

25 Assinale afigura que não tem relação com es de-


mais.
30 Escolha, dentre as figuras numeradas, a que cor-
responde à incógnita.

26 Assinale a figura que não tem relação com as de-


mais.

Raciocínio Lógico 79 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
cruz e o circulo interiores ficariam em posição dife-
RESPOSTAS - TESTE DE HABILIDADE VÍSUO - ES- rente).
PACIAL
22 4. (Os setores preto, branco ou hachur giram em sentido
1 4. (Todas as outras figuras podem inverterem-se sem contrario aos ponteiros do relógio; na figura 4 os setores
qualquer diferença). branco e hachur estão em posição diferente).

2 3. (Todas as outras figuras podem girar até se sobrepo- 23 1. (Todas as outras figuras podem girar até se sobrepo-
rem). rem).

3 4 . (Todas as outras figuras podem girar até se sobrepo- 24 4. (Todas as outras figuras podem girar até se sobrepo-
rem). rem).

4 1. (A figura principal gira 180° e o círculo pequeno passa 25 4. (Todas as outras figuras podem girar até se sobrepo-
para o outro lado). rem).

5 1. (Todas as outras figuras podem girar até se sobrepo- 26 3. (1 e 4 formam urna dupla e o mesmo ocorre com 2 e 5.
rem). Em cada dupla os retângulos preto e hachur alternam
sua posição; a figura 3 tem o sombreado em posição dife-
6. 4. (A figura gira 90° cada vez, em sentido contrario aos rente).
ponteiros do relógio, exceto a 4 que gira no sentido dos
mencionados ponteiros). 27 5. (Todas as outras figuras podem girar até se sobrepo-
rem).
7 4. (Todas as outras figuras podem girar até se sobrepo-
rem). 28 6. (As outras figuras podem girar até se sobreporem).

8 4. (A figura gira 90° cada vez em sentido contrario aos 29 3. (Todas as outras figuras podem girar até se sobrepo-
ponteiros do relógio, exceto o 4 que gira no mesmo senti- rem).
do dos mencionados ponteiros).
30. (A figura principal gira no sentido dos ponteiros do reló-
9 4. (Todas as outras figuras podem girar até se sobrepo- gio; a seta, no sentido contrario).
rem no plano do papel).
BIBLIOGRAFIA
10 2. (Todas as outras figuras podem girar até se sobrepo-
rem). Os testes acima foram extraídos da coleção “FAÇA SEU
TESTE”, da EDITORA MESTRE JOU – SÃO PAULO – SP.
11 3. (As outras três figuras são esquemas de urna mão
esquerda; a de n.° 3 é o esquema de urna mão direita).
___________________________________
12 3. (A figura gira 45° cada vez em sentido contrario aos
ponteiros do relógio, porém o sombreado preto avança ___________________________________
urna posição a mais, exceto em 3, que é, portanto, a figu-
ra que não corresponde as demais). ___________________________________
___________________________________
13 5. (Todas as outras figuras podem girar até se sobrepo-
rem). ___________________________________
_______________________________________________________
14 1. (Todas as outras figuras podem girar até se sobrepo-
rem). _______________________________________________________

15 4. (Todas as outras figuras podem girar até se sobrepo-


_______________________________________________________
rem). _______________________________________________________

16 5. (O conjunto completo de 4 círculos gira num ângulo de _______________________________________________________


90° cada vez. Em 5 os círculos com + e o com x trocaram _______________________________________________________
suas posições. Em todas as demais figuras o + está na
mesma fileira que o círculo preto). _______________________________________________________
_______________________________________________________
17 6. (Todas as outras figuras podem girar até se sobrepo-
rem). _______________________________________________________

18 3. (Todas as outras figuras podem girar até se sobrepo- _______________________________________________________


rem). _______________________________________________________
19 2. (Todas as outras figuras podem girar até se sobrepo- _______________________________________________________
rem). _______________________________________________________
20 2. (Todas as outras figuras podem girar até se sobrepo- _______________________________________________________
rem).
_______________________________________________________
21 5. (1 e 3, e 2 e 4 são duplas que podem se sobreporem _______________________________________________________
girando 45°. A figura 5 não pode sobrepor-se porque a

Raciocínio Lógico 80 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
O magnetismo terrestre tem sua provável origem na eletricidade emi-
GEOGRAFIA: tida pela massa líquida, proveniente da junção dos oceanos nas extremida-
Noções básicas de cartografia: Orientação: pontos cardeais; Locali- des do globo terrestre.
zação: coordenadas geográficas (latitude e longitude); Representa-
ção: leitura, escala, legenda e convenções. Descoberta a atração magnética que os extremos da Terra exercem
Natureza e meio ambiente no Brasil: Grandes domínios climáticos; sobre as demais partes do globo, inventou-se a bússola, aparelho que é um
Ecossistemas. seguro meio de orientação.
As atividades econômicas e a organização do espaço: Espaço
A bússola é constituída por uma agulha magnética convenientemente
agrário: modernização e conflitos; Espaço urbano: atividades eco-
colocada sobre uma haste no centro de uma caixa cilíndrica.
nômicas, emprego e pobreza;
A rede urbana e as Regiões Metropolitanas. A agulha está ligada a um círculo graduado e dividido como a rosa-
Formação Territorial e Divisão Político-Administrativa: Divisão Políti- dos-ventos. Este círculo é geralmente constituído de talco ou mica.
co-Administrativa; Organização federativa.
Como essa agulha tem a propriedade de apontar sempre o norte, para
nos orientarmos pela bússola basta colocarmos o “norte” do mostrador na
Noções básicas de cartografia: Orientação: pontos cardeais; direção indicada pela agulha, o que de imediato nos proporcionará a posi-
Localização: coordenadas geográficas (latitude e longitude); ção dos demais pontos.
Representação: leitura, escala, legenda e convenções.
A agulha imantada da bússola não aponta o norte geográfico, mas sim
MEIO DE ORIENTAÇÃO E COORDENADAS GEOGRÁFICAS o norte magnético. A direção da agulha e o norte geográfico formam quase
sempre um ângulo, variável de lugar para lugar e de época para época, ao
OS PONTOS DE ORIENTAÇÃO qual se dão nome de declinação magnética.

O homem, para facilitar o seu deslocamento sobre a superfície terres- ORIENTAÇÃO PELO CRUZEIRO DO SUL
tre, tomando por base o nascer e o pôr do Sol, criou alguns pontos de
orientação. Além dos meios de orientação já conhecidos, à noite é possível nos
orientarmos por meio das estrelas.
Devido à marcante influência que o Sol exerce sobre a Terra, o ho-
mem, observando sua aparente marcha pelo espaço, fixou a direção em Um importante elemento de orientação em nosso hemisfério é o Cru-
que ele surge no horizonte’. zeiro do Sul, para nós bastante visível.

O ponto em que o Sol aparece diariamente no horizonte, o nascente, A forma de nos orientarmos por ele consiste em prolongarmos quatro
é conhecido também por leste ou oriente, e o local onde ele se põe, o vezes o braço maior da cruz e, desse ponto imaginário, baixarmos uma
poente, corresponde ao oeste ou ocidente. perpendicular à linha do horizonte.

Estendendo a mão direita para leste e a esquerda para oeste, encon- Assim teremos o sul. Se nos colocarmos de costas para a constelação
tramos mais dois pontos de orientação — o norte, à nossa frente, e o sul, teremos à frente o norte, à direita o leste e à esquerda o oeste.
às nossas costas.
No hemisfério norte usa-se a estrela Polar como meio de orientação.
Esses quatro principais pontos de orientação: norte, sul, leste e oeste, Ela aponta sempre a direção norte.
constituem os pontos cardeais.
AS LINHAS E CÍRCULOS DA TERRA
Entre os pontos cardeais, foram criados mais quatro pontos de orien-
tação, os colaterais, que são: nordeste, sudeste, noroeste e sudoeste. Devido à grande extensão do nosso planeta, para facilitar a localiza-
ção de qualquer ponto da sua superfície foram imaginadas algumas linhas
Para tornar mais segura a orientação sobre a superfície terrestre, en- ou círculos.
tre um ponto cardeal e um colateral foi criado o subcolateral.
Para se traçar essas linhas foi necessário representar-se graficamente
Os pontos subcolaterais são em número de oito: a Terra por meio de uma figura semelhante à sua forma — a esfera.

NNE — nor-nordeste;
ENE — es-nordeste;
ESE — es-sudeste;
SSE — su-sudeste;
SSO — su-sudoeste;
OSO — os-sudoeste;
ONO — os-noroeste;
NNO — nor-noroeste.

Juntando-se os pontos cardeais, colaterais e subcolaterais notamos


que eles formam uma figura conhecida pelo nome de rosa-dos-ventos. Nos extremos da esfera terrestre estão situados os pólos norte e sul.
A igual distância dos pólos, foi traçado no centro da esfera terrestre um
O MAGNETISMO TERRESTRE círculo máximo — o Equador.

O Equador divide a Terra horizontalmente em duas partes iguais — os


A Terra pode ser perfeitamente comparada a um gigantesco imã, hemisférios norte ou boreal e sul ou austral.
possuindo dois pólos magnéticos que se situam próximo aos pólos
geográficos, mas que não coincidem com estes. PARALELOS

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Paralelamente ao Equador, em ambos os hemisférios, foram traçadas
outras linhas ou círculos — os paralelos (90 no hemisfério norte e 90 no
hemisfério sul).

Portanto, paralelos são círculos imaginários que atravessam a Terra


paralelamente ao Equador.

Destas linhas duas são mais importantes em cada um dos hemisférios


— os Trópicos de Câncer e de Capricórnio, distantes do Equador a aproxi-
madamente 23º27', e os círculos polares Ártico e Antártico, que se distanci-
am do seu pólo correspondente a aproximadamente 23º27'.

AS ZONAS CLIMÁTICAS DA TERRA

Os trópicos e os círculos polares dividem a superfície terrestre em


cinco grandes zonas climáticas, assim chamadas porque nos indicam
aproximadamente o clima de cada uma dessas regiões:

Zona tórrida: que se localiza entre os dois trópicos e é atravessada ao


centro pelo Equador. Constitui a zona mais quente do globo.

Zonas temperadas: a do Norte e a do Sul, situando-se respectivamen-


te entre os trópicos e os círculos polares, onde as temperaturas são bem
mais amenas do que na zona tórrida, e as estações do ano se apresentam
bem mais perceptíveis.

Zonas frias ou glaciais: situam-se no interior dos círculos polares Árti-


co e Antártico e constituem as regiões mais frias do globo, quase que
permanentemente cobertas de gelo.

MERIDIANOS

Atravessando perpendicularmente o Equador, temos também linhas


ou círculos que vão de um pólo a outro — os meridianos.

Assim como o Equador é o paralelo inicial ou de 00, os geógrafos


convencionaram adotar um meridiano inicial. Este meridiano é conhecido
também pelo nome de Meridiano de Greenwich, pelo fato de passar próxi-
mo de um observatório astronômico situado na cidade do mesmo nome, LATITUDE
nas proximidades de Londres, Inglaterra. Esse meridiano divide a Terra
verticalmente em dois hemisférios — o oriental e o ocidental. A latitude é a distância em graus de qualquer ponto da superfície ter-
restre em relação ao Equador.
Embora se possam traçar tantos meridianos quantos se queira, são u-
tilizados somente 360 deles. Tomando-se por base o Meridiano Inicial ou Ela pode ser definida como o ângulo que a vertical desse lugar forma
de Greenwich, temos 180 meridianos no hemisfério oriental e 180 no oci- com o plano do Equador.
dental.
A Latitude pode ser norte ou sul e variar de 00 a 900. Cada grau divi-
AS COORDENADAS GEOGRÁFICAS de-se em 60 minutos e cada minuto em 60 segundos.

Utilizando os paralelos e os meridianos podemos, por meio da latitude Todos os pontos da superfície terrestre que têm a mesma latitude en-
e da longitude, determinar a posição exata de um ponto qualquer da super- contram-se evidentemente sobre o mesmo paralelo.
fície terrestre. A latitude e a longitude constituem as coordenadas geográfi-
cas. LONGITUDE

Corresponde à distância em graus que existe entre um ponto da su-


perfície terrestre e o Meridiano Inicial ou de Greenwich.

Ela pode ser oriental ou ocidental, contada em cada um destes hemis-


férios de 0º a 180º.

Se quisermos saber qual a posição geográfica da cidade onde mora-


mos, basta procurar no mapa o paralelo e o meridiano que passam por ela
ou próximo a ela.

Observe o exemplo abaixo e ponha em prática o que acabamos de


aprender.

FUSOS HORÁRIOS

De acordo com o que observamos, a Terra realiza o movimento de ro-


tação de oeste para leste.

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Para dar uma volta completa sobre si, diante do Sol, a Terra leva 24 Existem duas formas por meio das quais representamos graficamente
horas, o que corresponde a um dia (um dia e uma noite). o nosso planeta: os globos e os mapas.

Sabendo-se que a esfera terrestre se divide em 3600 e que o Sol leva O globo terrestre é a melhor forma de se representar a Terra, pois não
24 horas para iluminá-la, conclui-se que, a cada hora, são iluminados distorce a área e a forma dos oceanos e continentes. Porém, os mapas,
diretamente pelo astro-rei 15 meridianos (360 : 24 = 15). além de oferecerem maior comodidade no seu manuseio e transporte, são
menos custosos e permitem, também, que as indicações neles contidas
O espaço da superfície terrestre compreendido entre 15 meridianos sejam mais completas e minuciosas do que nos globos.
ou 150 recebe o nome de fuso horário. A Terra possui, portanto, 24 fusos
horários, que representam as 24 horas do dia. ESCALAS

Para calcular a hora, convencionou-se que o fuso horário inicial, isto Para reproduzirmos a Terra ou parte dela em um mapa, precisamos
é, o fuso a partir do qual a hora começaria a ser contada, seria o fuso que diminuir o tamanho da área a ser representada.
passa por Greenwich.
Para este fim é que dispomos das escalas. Chamamos escala à rela-
A hora determinada por este fuso horário recebe o nome de hora ção de redução que existe entre as dimensões reais do terreno e as que ele
GMT. apresenta no mapa. As escalas podem ser de duas espécies:

Partindo-se da hora GMT, quando na região que corresponde ao me- Numérica ou aritmética: representada por uma fração ordinária ou sob
ridiano inicial for meio-dia, nas regiões compreendidas em cada um dos 1
fusos a leste desse meridiano teremos uma hora a mais, e a oeste, uma a forma de uma razão — 1:500 000.
hora a menos, isto porque, conforme vimos, a Terra gira de oeste para 500 000
leste.
Consideradas as ilhas oceânicas, o Brasil possui 4 fusos horários. Isto significa que o objeto da representação foi reduzido em quinhen-
tas mil vezes para ser transportado com detalhes para o mapa.
Observamos pelo mapa que há um limite prático e um teórico dos fu-
sos horários. Assim, para se saber o valor real de cada centímetro basta fazer a
seguinte operação:
O meridiano que divide o 1º fuso do 2º passa pelos Estados do Nor-
deste. Se esse limite teórico prevalecesse, esses Estados teriam horas Escala 1: 500 000
diferentes. Como a diferença não é muito grande, criou-se um limite prático,
através do desvio do meridiano que divide o 1º do 2º fuso horário. Assim, 1 cm = 5 000 metros ou 5 km
todo o território nordestino permanece no 2º fuso horário brasileiro.
Conhecendo o valor real de cada centímetro, com o auxílio de uma
Notamos também que do 2º para o 3º fuso houve um desvio para co- régua, poderemos calcular a distância em linha reta entre dois ou mais
incidir com os limites políticos dos Estados, exceção feita ao Pará, cujo pontos do mapa.
território se encontra no 2º e 3º fusos.
Basta, por exemplo, medir os centímetros que separam duas cidades
O 1º fuso horário brasileiro está atrasado duas horas em relação a e multiplicá-los pelo valor equivalente a 1 cm, já encontrado pela operação
Greenwich. acima exemplificada.

O 2º fuso horário, atrasado três horas em relação a Greenwich, consti- Gráfica: representada por uma linha reta dividida em
tui a hora legal do nosso país (hora de Brasília). Nele encontra-se a maioria partes, na qual encontramos diretamente os valores.
dos Estados brasileiros. Um mapa é feito em grande escala quando a redução ou o denomina-
dor da fração é pequeno (1:80000; 1:50000). Um mapa é elaborado em
O 3º fuso horário está atrasado quatro horas em relação a Londres e pequena escala quando a redução ou o denominador da fração é grande
uma hora em relação a Brasília.. (1:500 000; 1:10 000 000).

O 4º fuso horário, com cinco horas de atraso em relação a Greenwich, PROJEÇÕES CARTOGRÁFICAS
está atrasado também duas horas em relação a Brasília. Nele estão inseri-
dos apenas o Acre e o extremo-oeste do Estado do Amazonas. Como a representação da Terra ou de parte dela em um mapa não
pode ser feita com exatidão matemática, posto que a esfera é um corpo
LINHA INTERNACIONAL DE MUDANÇA DA DATA geométrico de certa incompatibilidade com as figuras planas, é preciso
deformá-la um pouco.
Estabelecido o sistema de fusos horários, tornava-se necessário de-
terminar o meridiano a partir do qual deveríamos começar a contagem de Essas deformações serão tanto maiores quanto menor for a superfície
um novo dia. Escolheu-se para tal fim o meridiano de 1800 ou linha interna- representada.
cional da data, onde ocorre a mudança de datas. Cruzando-se esta linha no
sentido oeste-leste, deve-se subtrair um dia (24 horas) e, cruzando-a no As deformações que a Terra ou parte dela sofre ao ser representada
sentido leste-oeste, deve-se acrescentar um dia. em figuras planas —os mapas — ocorrem devido às projeções cartográfi-
cas.
A REPRESENTAÇÃO DA TERRA
Diversos tipos de projeções permitem-nos passar para um plano, com
A representação gráfica da Terra é uma tarefa que cabe a um impor- o mínimo possível de deformações, as figuras construídas sobre uma
tante ramo da ciência geográfica — a Cartografia. esfera.

A Cartografia tem por objetivo estudar os métodos científicos mais Em todos os tipos de projeções, primeiro é transportada, da esfera pa-
adequados para uma melhor e mais segura representação da Terra, ocu- ra a superfície, a rede de paralelos e meridianos, depois, ponto por ponto,
pando-se, portanto, da confecção e análise dos mapas ou cartas geográfi- as figuras ou formas que se deseja representar.
cas.
TIPOS DE PROJEÇÕES CARTOGRÁFICAS

Geografia 3 A Opção Certa Para a Sua Realização


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Todas as projeções cartográficas têm vantagens e inconvenientes.
Por exemplo, as eqüiangulares, para dar traçado exato dos continentes, a estereográfica: utilizada para os mapas-múndi, em que a Terra apa-
respeitam os ângulos, porém exageram as proporções; as equivalentes rece representada por dois hemisférios — o oriental e o ocidental. Nela, os
mantêm as superfícies e as proporções, deformando com isto o traçado dos paralelos e meridianos, com exceção do Equador e do Meridiano Inicial,
continentes; as eqüidistantes procuram respeitar a proporção entre as são curvos, sendo que a curvatura dos paralelos aumenta gradativamente,
distâncias; e as ortomórficas conservam as formas. à medida que se aproximam dos pólos.

Uma vez que nenhuma projeção reúne os requisitos de conservação CONVENÇÕES CARTOGRÁFICAS
do ângulo, da área, da distância e da forma, o cartógrafo deve usá-las de
acordo com a superfície que deseja representar e a finalidade a que o Várias técnicas são empregadas pelos cartógrafos para se represen-
mapa se destina. tar, em um mapa, os aspectos físicos, humanos e econômicos de um
continente, país ou região.
As projeções costumam ser reunidas em três tipos básicos: cilíndri-
cas, cônicas, e azimutais. SÍMBOLOS

PROJEÇÃO CILÍNDRICA Tendo em vista simplificar o uso de símbolos para se expressar os e-


lementos geográficos em um mapa, foi padronizada uma simbologia inter-
Esta projeção, idealizada pelo cartógrafo Mercator, consiste em proje- nacional, que permite a leitura e a interpretação de um mapa em qualquer
tar a superfície terrestre e os paralelos e meridianos sobre um cilindro. parte do globo.

Neste tipo de projeção, muito utilizada na confecção dos planisférios, A REPRESENTAÇÃO DO RELEVO TERRESTRE
os paralelos e meridianos são representados por linhas retas que se cortam
em ângulos retos. Os paralelos aparecem tanto mais separados à medida A representação do relevo terrestre pode ser feita por meio de vários
que se aproximam dos pólos, acarretando grandes distorções nas altas processos: graduação de cores, curvas de nível, hachuras e mapas som-
latitudes. breados.

Dessa forma, a Groenlândia, por exemplo, que é bem menor que a MAPAS COM GRADUAÇÃO DE CORES
América do Sul, no planisfério aparece quase do mesmo tamanho que essa
parte do continente americano. Como exemplo de mapas com graduação de cores, temos:

PROJEÇÃO CÔNICA mapas de relevo ou hipsomêtricos: em que as diferen-


ças de altitude são sempre expressas: pelo verde, para re-
Neste tipo de projeção, a superfície da Terra é representada sobre um presentar as baixas altitudes; pelo amarelo e alaranjado, para
cone imaginário, que está em contato com a esfera em determinado parale- as médias altitudes; e pelo marrom e avermelhado, para as
lo. maiores altitudes;

Por essa projeção, obtemos mapas ou cartas com meridianos for- mapas oceânicos ou batimétricos: onde observamos as
mando uma rede de linhas retas, que convergem para os pólos, e paralelos diferentes profundidades oceânicas, peas tonalidades do a-
constituindo círculos concêntricos que têm o pólo como centro. zul: azul claro, para representar as pequenas profundidades,
e vários tons de azul, até o mais escuro, para as maiores pro-
Na projeção cônica, as deformações são pequenas próximo ao para- fundidades.
lelo de contato, mas tendem a aumentar à medida que as zonas represen-
tadas estão mais distantes. CURVAS DE NÍVEL

Devemos recorrer a este tipo de projeção para representarmos mapas As curvas de nível são linhas empregadas para unir os pontos da su-
regionais, onde são apresentadas apenas pequenas partes da superfície perfície terrestre de igual altitude sobre o nível do mar.
terrestre.

PROJEÇÃO AZIMUTAL

Esse tipo de projeção se obtém sobre um plano tangente a um ponto


qualquer da superfície terrestre. Este ponto de tangência ocupa sempre o
centro da projeção.

No caso do plano ser tangente ao pólo, os paralelos aparecem repre-


sentados por círculos concêntricos, que têm como centro o pólo e os meri-
dianos corno raios, convergindo todos para o ponto de contato.

Neste tipo de projeção, as deformações são pequenas nas proximida-


des do pólo (ou ponto de tangência), mas aumentam à medida que nos
distanciamos dele.

A projeção azimutal destina-se especialmente a representar as regi-


ões polares e suas proximidades. Elas são indicadas no mapa por algarismos aos quais se dá o nome
de “cotas de altitude”.
Além destes três tipos de projeções, podemos destacar também:
O processo de representar o relevo por curvas de nível consiste em
a de Mollweide: não utiliza nenhuma superfície de contato. Ela se des- se imaginar o terreno cortado por uma série de planos horizontais guardan-
tina à representação global da Terra, respeitando os aspectos da superfí- do entre si uma distância vertical.
cie, porém, os meridianos se transformam em elipses, e o valor dos ângulos
não é respeitado. Nesta projeção, os paralelos são linhas retas e os meridi- A diferença de nível entre duas curvas é quase sempre a mesma, po-
anos, linhas curvas; rém, se duas curvas se aproximam, é porque o declive (inclinação) é maior,

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e se, pelo contrário, se afastam, o declive, ou seja, o relevo, é mais suave e II – Domínio dos Cerrados – região central do Brasil, como diz o nome,
menos abrupto. vegetação tipo cerrado e inúmeros chapadões;
III – Domínio dos Mares de Morros – região leste (litoral brasileiro), onde se
HACHURAS encontra a floresta Atlântica que possui clima diversificado;
IV – Domínio das Caatingas – região nordestina do Brasil (polígono das
As hachuras são pequenos traços, de grossura e afastamento variá- secas), de formações cristalinas, área depressiva intermontanhas e de clima
vel, desenhados para exprimir maior inclinação do terreno. semi-árido;
V – Domínio das Araucárias – região sul brasileira, área do habitat do pinhei-
Elas são desenhadas entre as curvas de nível e perpendicularmente a ro brasileiro (araucária), região de planalto e de clima subtropical;
elas. VI – Domínio das Pradarias – região do sudeste gaúcho, local de coxilhas
subtropicais.
Assim sendo, os mapas que representam relevos de maior declivida-
de ou inclinação são bastante escurecidos, enquanto aqueles que repre- I – Domínio Morfoclimático Amazônico
sentam menores inclinações do terreno se apresentam mais claros. Os Situação Geográfica
terrenos planos e os situados ao nível do mar são deixados em branco.
Situado ao norte brasileiro, o domínio Amazônico é a maior região mor-
Este método não tem sido muito utilizado ultimamente, sendo substitu- foclimática do Brasil, com uma área de aproximadamente 5 milhões km² –
ído pelo das curvas de nível ou pelo da graduação de cores. equivalente a 60% do território nacional – abrangendo os Estados: Amazo-
nas, Amapá, Acre, Pará, Maranhão, Rondônia, Roraima, Tocantins e Mato
FOTOGRAFIAS AÉREAS OU AEROFOTOGRAMETRIA Grosso. Encontram-se como principais cidades desta região: Manaus,
Belém, Rio Branco, Macapá e Santarém.
Atualmente vem ganhando destaque o processo de reconhecimento Características do Povoamento
do terreno pelas fotografias aéreas. Este processo, denominado aerofoto-
grametria, é desenvolvido da seguinte maneira: A região é pouco povoada, sua densidade demográfica é de aproxima-
Um avião, devidamente equipado, fotografa uma certa área, de tal damente 2,88 hab./km². Isto se deve ao fato da grande extensão territorial e
modo que o eixo focal seja perpendicular à superfície. A primeira e a se- dos difíceis acessos ao interior dessa área. Nesse sentido, o governo em
gunda fotos devem corresponder à cobertura de uma área comum de 1970, fez o programa de ocupação populacional na região amazônica, com
aproximadamente 600/o (figura A). migrações oriundas do nordeste. A extração da borracha permitiu desen-
As fotos obtidas são colocadas uma ao lado da outra, obedecendo a volver esta área, antes inóspita economicamente, numa região de alta
mesma orientação, de tal forma que ambas apresentem igual posição. produtividade, seja ela econômica, cultural ou social. Nessa época, muitas
Com o auxílio de um estereoscopio podemos observar a área (A) em cidades foram afetadas com o crescimento gerado pelo capital. O governo
imagem tridimensional. continuou auxiliando e orientando o desenvolvimento da região e incorpora
Utilizando-se vários instrumentos, podem ser traçadas as curvas de em Manaus a Suframa (Superintendência da Zona Franca de Manaus), que
nível e interpretados os diversos aspectos físicos que a área focalizada trouxe para a capital amazonense muitas indústrias transnacionais. Tanto
apresenta. foi a resposta desta “zona livre”, que antes da Zona Franca de Manaus, a
mesma cidade detinha uma população de 300 mil/hab e com a instalação
desta área, passou para 800 mil/hab. Outros projetos são instalados pelo
Natureza e meio ambiente no Brasil: Grandes domínios climáti- governo federal na região amazônica, como: o Projeto Jari, o Programa
cos; Ecossistemas. Calha Norte, o PoloNoroeste e o Projeto Grande Carajás. Com isso, inicia-
se a exploração mineral e vegetal da Amazônia. Mas os resultados desses
Domínios Morfloclimáticos Brasileiros, Os (segundo Aziz Ab'Saber)
projetos foram pobres em sua maioria, pois com a retirada da vegetação
sobre Geografia por Denis Richter natural o solo tornava-se inadequado ao cultivo da agricultura.
drichtersa@hotmail.com Características Bio-Hidro-Climáticas e Fisiográficas
Dentre os diversos tipos de clima e relevo existente no Brasil, obser- Este domínio sofre grande influência fluvial, já que aí se encontra a
vamos que os mesmos mantêm grandes relações, sejam elas de espaço, maior bacia hidrográfica do mundo – a bacia amazônica. A região passa
de vegetação, de solo entre outros. Caracterizando vários ambientes a por dois tipos de estações flúvio-climáticas, a estação das cheias dos rios e
longo de todo território nacional. Para entende-los, é necessário distinguir a estação da seca, porém esta última estação não interrompe o processo
um dos outros. Pois a sua compreensão deve ser feita isoladamente. pluviométrico diário, só que em índices diferentes. O transporte existente
Nesse sentido, o geógrafo brasileiro Aziz Ab’Saber, faz uma classificação também é influenciado pela enorme rede hidrográfica, enquanto que o
desses ambientes chamados de Domínios Morfoclimáticos. Este nome, rodoviário é quase inexistente. Assim, o transporte fluvial e o aéreo são
morfoclimático, é devido às características morfológicas e climáticas encon- muito utilizados devido às facilidades encontradas neste domínio. Como se
tradas nos diferentes domínios, que são 6 (seis) ao todo e mais as faixas trata de uma floresta equatorial considerada um bioma riquíssimo, é de
de transição. Em cada um desses sistemas, são encontrados aspectos, fundamental importância entendê-la para não desestruturar seu frágil
histórias, culturas e economias divergentes, desenvolvendo singulares equilíbrio. Devido à existência de inúmeros rios, a região sofre muita sedi-
condições, como de conservação do ambiente natural e processos erosivos mentação por parte fluvial, já que a precipitação é abundante (2.500
provocados pela ação antrópica. Nesse sentido, este texto vem explicar e mm/ano), transformando a região numa grande “esponja” que detém altas
exemplificar cada domínio morfoclimático, demonstrando sua localização, taxas de umidade no solo. Este mesmo solo é formado basicamente por
área, povoamento, condições bio-hidro-climáticas, preservação ambiental e latossolos, podzólicos e plintossolos, mas o mesmo não detém característi-
economia local. cas de ser rico à vegetação existente, na verdade, o processo de precipita-
ção é o que torna este domínio morfoclimático riquíssimo em floresta hidró-
Os Domínios Morfoclimáticos fita e não o solo, como muitas pessoas pensam que é o responsável por
Os domínios morfoclimáticos brasileiros são definidos a partir das ca- tudo isto. Valendo destacar os tipos de matas encontradas na Amazônia,
racterísticas climáticas, botânicas, pedológicas, hidrológicas e fitogeográfi- como: de iaipó – de regiões inundadas; de várzea – de regiões inundadas
cas; com esses aspectos é possível delimitar seis regiões de domínio ciclicamente e de terras altas – que dificilmente são inundadas. As espécies
morfoclimático. Devido à extensão territorial do Brasil ser muito grande, de árvores encontradas nesta região são: castanaha-do-pará, seringueira,
vamos nos defrontar com domínios muito diferenciados uns dos outros. carnaúba, mogno, etc. (essas duas últimas em extinção); os animais: peixe-
Esta classificação feita, segundo o geógrafo Aziz Ab’Sáber (1970), dividiu o boi, boto-cor-de-rosa, onça-pintada; e a flora com a vitória régia e as diver-
Brasil em seis domínios: sas orquídeas.

I – Domínio Amazônico – região norte do Brasil, com terras baixas e Com um grande processo de lixiviação encontrado na Amazônia, essa
grande processo de sedimentação; clima e floresta equatorial; ação torna o solo pobre levando todos os seus nutrientes pela força da

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capacidade do rio (correnteza). Mas esta riqueza diversa não deve ser Centrada no planalto brasileiro, o domínio do cerrado é dividido pelas
confundida como grande potencialidade agrícola, pois com a retirada da formações de chapadas que existem ao longo de sua extensão territorial,
vegetação nativa, transforma o solo num grande alvo da erosão, devido as estas que são “gigantescos degraus” com mais de 500 metros de altura,
fortes chuvas ocorridas na região. A rede hidrográfica é outra fonte de formadas na era geológica Pré-Cambriana, limitam o planalto central e as
potencialidade econômica da Amazônia, pois seus leitos fluviais são de planícies – como a Pantaneira. Com sua flora única, constituída por árvores
grande piscosidade, o que torna a área num importante atrativo natural herbáceas tortuosas e de aspecto seco, devido à composição do solo,
para o turismo, às indústrias pesqueiras e a população ribeirinha. Com um deficiente em nutrientes e com altas concentrações de alumínio, a região
clima equatorial, sem muitas mudanças de temperatura ao longo do ano, a passa por dois períodos sazonais de precipitação, os secos e os chuvosos.
região amazônica diferencia-se apenas nas épocas das chuvas (ou cheias Com sua vegetação rasteira e de campos limpos, o clima tropical existente
dos rios) e das secas. Assim esta primeira época faz com que os rios nesta área, condiz a uma boa formação e um ótimo crescimento das plan-
transbordem e nutram as áreas de terras marginais ao leito dos mesmos. tas. Também auxiliado pela importante rede hidrográfica da região, de onde
Com um solo essencialmente argiloso e a forte influência do escoamento são oriundas nascentes das três maiores bacias hidrográficas do Brasil
fluvial, faz com que a Amazônia torna-se uma área de terras baixas, decapi- como foi destacado no início. Isto lhe dá uma imensa responsabilidade
tando as formações existentes no seu substrato rochosos. ambiental, pois denota a sua significativa conservação natural. Com um
solo formado principalmente por latossolos, areais quartzosas e podzólicos;
Condições Ambientais e Economicamente Sustentáveis constituem assim um solo carente em nutrientes fertilizantes, necessitando
Nos dias atuais é grande a devastação ambiental na Amazônia – quei- de correção para compor uma terra viável à agricultura. Observa-se tam-
madas, desmatamentos, extinção de espécies, etc. – fazem com que a bém, que este mesmo solo apresenta características à fácil erosividade
região e o mundo preocupe-se com seu futuro, pois se trata da maior devido às estações chuvosas que ali ocorrem e principalmente a degrada-
reserva florestal do globo. Ecologicamente a Amazônia está correndo muito ção ambiental descontrolada, estes processos fazem a remoção da vegeta-
perigo, devido ao grande atrativo econômico natural que é encontrado ção nativa que tornam frágeis os horizontes “A” frente aos problemas
nesta região, o equilíbrio é colocado muitas vezes em risco. A exploração ambientais existentes, como a voçoroca.
descontrolada faz com que as ideologias conservacionistas sejam deixadas Condições Ambientais e Ecologicamente Sustentáveis
de lado. As indústrias mineradoras geram consequências incalculáveis ao
ambiente e nos rios são despejados muitos produtos químicos para esta Em vista desses aspectos fisiográficos, o cerrado atraiu muita atenção
exploração. A agricultura torna áreas de vegetação em solos de fácil erosi- para a agricultura, o que lhe tornou uma região de grande produção de
vidade e em resposta a tudo isso, gera-se um efeito “dominó” no meio grãos como a soja e agropastoril, com a ótima adaptação dos gados zebu,
ambiente, onde um é responsável e necessário para o outro. São poucas nelore e ibagé. Em virtude disso, o solo nativo foi retirado e alterado por
as atividades econômicas que não agridem a natureza. A extração da outra vegetação, condizendo a uma maior facilidade aos processos erosi-
borracha, por exemplo, era uma economia viável ecologicamente, pois vos, devido à falta de cobertura vegetal, seja ela gramínea ou herbácea.
necessitava da floresta para o crescimento das seringueiras. Mas atualmen- Nesse sentido, faz-se muito pouco pela preservação e conservação das
te, esta exploração é quase rara, devido à falta de indústrias consumidoras. matas nativas – a não ser nas áreas demarcadas como reservas bio-
Nesse sentido, deverão ser tomadas medidas de aprimoramento nas explo- ecológicas. Outra exploração ativa é a mineral, como o ouro e o diamante,
rações existentes nesta região, para que deixem de causar imensas seque- donde decorre uma grande devastação à natureza. Dessa forma, os gover-
las ao ambiente natural. nos, tanto federal, estadual ou municipal, deverão tomar decisões imediatas
quanto à proteção do meio natural, pois deve ocorrer, sim, a exploração
II – Domínio Morfoclimático dos Cerrados pastoril, agrícola e mineral dessa região, porém não se deve esquecer que
Situação Geográfica para a efetiva existência dessas economias o ambiente deverá ser pruden-
temente conservado.
Formado pela própria vegetação de cerrado, nesta área encontram-se
as formações de chapadas ou chapadões como a Chapada dos Guimarães III – Domínio Morfoclimático de Mares de Morros
e dos Veadeiros, a fauna e flora ali situada, são de grande exuberância, Situação Geográfica
tanto para pontos turísticos, como científicos. Vale destacar que é da região
do cerrado que estão três nascentes das principais bacias hidrográficas Este domínio estende-se do sul do Brasil até o Estado da Paraíba (no
brasileiras: a Amazônica, a São-Franciscana e a Paranáica. nordeste), obtendo uma área total de aproximadamente 1.000.000 km².
Situado mais exatamente no litoral dos Estados do: Rio Grande do Sul,
Localizado na região central do Brasil, o Domínio Morfoclimático do Santa Catarina, Paraná, de São Paulo, Rio de Janeiro, Espírito Santo, da
Cerrado detém uma área de 45 milhões de hectares, sendo o segundo Bahia, Sergipe, de Alagoas, de Pernambuco, da Paraíba; e no interior dos
maior domínio por extensão territorial. Incluindo neste espaço os Estados: Estados, como: São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais e Espírito Santo.
do Mato Grosso, do Mato Grosso do Sul, do Tocantins (parte sul), de Goi- Incluindo em sua extensão territorial cidades importantes, como: São Paulo,
ás, da Bahia (parte oeste), do Maranhão (parte sudoeste) e de Minas Rio de Janeiro, Vitória, Salvador, Recife, Porto Alegre e Florianópolis.
Gerais (parte noroeste). Encontrado ao longo de sua área cidades impor-
tantes como: Brasília, Cuiabá, Campo Grande, Goiânia, Palmas e Montes Características de Povoamento
Claros.
Como encontra-se na região litorânea leste do Brasil, foi o primeiro lu-
Características do Povoamento gar a ser descoberto e colonizado pelos portugueses – tanto que é em
Porto Seguro, Bahia, que atracou o navegante Pedro Álvares Cabral,
Devido a sua localização geográfica ser no interior brasileiro, o povoa- descobrindo o Brasil. Com isso, a primeira capital da colônia portuguesa na
mento e a ocupação territorial nesta região era fraca, mas o governo federal América foi Salvador, onde iniciaram-se os processos de colonização e
vem a intervir com os programas de políticas de interiorização do desenvol- povoamento, respectivamente. É neste domínio que estão as duas maiores
vimento nos anos 40 e 50, e da política de integração nacional dos anos 70. cidades brasileiras – São Paulo e Rio de Janeiro. Isto se deve a antiga
A primeira é baseada, principalmente, na construção de Brasília e a segun- constituição das duas cidades como centros econômicos, integradores,
da, nos incentivos aos grandes projetos agropecuários e extrativistas, além culturais e políticos. Foram muitos os resultados desse povoamento, como
de investimentos de infra-estrutura, estradas e hidroelétricas. Com estes por exemplo, a maior concentração populacional do Brasil e a de melhor
recursos, a região vem a atrair investidores e mão-de-obra, e consequen- base econômica.
temente ocorre um salto no crescimento populacional de cada Estado,
como no Mato Grosso que em 1940 sua população era de 430 mil/hab. e Características Bio-Hidro-Climáticas e Fisiográficas
em 1970 vai para 1,6 milhões/hab. Tal foi à resposta destes programas,
que nos dias de hoje o setor agrícola do cerrado ocupa uma ótima coloca- Como o próprio nome já diz, é uma região de muitos morros de formas
ção em produção, em virtude de migrações do sul do Brasil. residuais e curtos em sua convexidade, com muitos movimentos de massa
generalizados. Os processos de intemperismo, como o químico, são fre-
Características Bio-Hidro-Climáticas e Fisiográficas quentes, motivo pelo qual as rochas da região encontram-se geralmente
em decomposição. Tem uma significativa gama de redes de drenagens,
somados à boa precipitação existente (1.100 a 1.800 mm a/a e 5.000 mm

Geografia 6 A Opção Certa Para a Sua Realização


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a/a nas regiões serranas), que é devido à massa de ar tropical atlântica um “oásis” no sertão nordestino, o Rio São Francisco, vindo da região
(MATA) e aos ventos alísios de sudeste, que ocasionam as chuvas de central do Brasil, irriga grandes áreas da caatinga, transformando suas
relevo nestas áreas de morros. Assim, os efeitos de sedimentação em margens num solo muito fértil – semelhante o que ocorre com as áreas
fundos de vale e de colúvios nas áreas altas são muito intensos. A vegeta- marginais ao Rio Nilo, no Egito. Neste sentido, comprova-se que a irrigação
ção natural é da mata chamada Atlântica, com poucas áreas nativas de na caatinga pode e deve ser feita com garantia de bons resultados. Outro
suma importância aos ecossistemas ali existentes. Sua flora e fauna são de fato que chama a atenção, é a vegetação sertaneja, pois ela sobrevive em
grande respaldo ambiental e o solo é composto em sua maioria por latosso- épocas de extrema estiagem e em razão disso sua casca é dura e seca,
los e podzólicos, sendo muito variável. A textura se contradiz de região conservando a umidade em seu interior. Assim, a região é caracterizada
para região, pois é encontrado tanto um solo arenoso como argiloso. Como por uma vegetação herbácea tortuosa, tendo como espécies: as cactáceas,
a sua extensão territorial alarga-se entre Norte – Sul, seu clima dependerá o madacaru, o xique-xique, etc.
da sua situação geográfica, diferenciando-se em: tropical, tropical de altitu-
de e subtropical. Condições Ambientais e Economicamente Sustentáveis

Condições Ambientais e Economicamente Sustentáveis Devido o homem não intervir de significativa maneira em seu habitat, o
ambiente natural da caatinga encontra-se pouco devastado. Sua região
Lembrando que foi colocado anteriormente em relação ao povoamento, poderia ser ocupada mais a nível agrícola, em virtude do seu solo possuir
essas terras já estão sendo utilizadas economicamente há muitos anos. boas condições de manejo, só necessitando de irrigação artificial. Assim,
Decorrente disso, observa-se uma considerável desgastação do solo que considerando os fatos apresentados, a caatinga teria condições de desen-
elucida uma atual preservação das matas restantes. Esta região já sofreu volver-se economicamente com a agricultura, que seria de suma importân-
muita devastação do homem e da sociedade e devem ser tomadas atitudes cia para acabar com a miséria existente. Mas sem esquecer de utilizar os
urgentes para sua conservação. Existem muitos programas, tanto do go- recursos naturais com equilíbrio, sendo feito de modo organizado e pré-
verno como privados, para a proteção da mata atlântica. Destaca-se por estabelecido à não causar desastres e consequências ambientais futuros.
exemplo, a Fundação O Boticário (privado), que detém áreas de preserva-
ção ao ambiente natural e o SOS Mata Atlântica (governamental e privado). V – Domínio Morfoclimático das Araucárias
Neste sentido, a solução mais adequada para este domínio, seria a estag- Situação Geográfica
nação de muitos processos agrícolas ao longo de sua área, pois o solo
encontra-se desgastado e com problemas erosivos muito acentuados. Encontrado desde o sul paulista até o norte gaúcho, o domínio das a-
Deixando assim, a terra “descansar” e iniciar um projeto de reconstituição à raucárias ocupa uma área de 400.000 km², abrangendo em seu território
vegetação nativa. cidades importantes, como: Curitiba, Ponta Grossa, Lages, Caxias do Sul,
Passo Fundo, Chapecó e Cascavel.
IV – Domínio Morfoclimático das Caatingas
Características do Povoamento
Situação Geográfica
A região das araucárias foi povoada no final do século XIX, principal-
Situado no nordeste brasileiro, o domínio morfoclimático das caatingas mente por imigrantes italianos, alemães, poloneses, ucranianos etc. Com
abrange em seu território a região dos polígonos das secas. Com uma isto, os estrangeiros diversificaram a economia local, o que tornou essa
extensão de aproximadamente 850.000 km², este domínio inclui o Estado região uma das mais prósperas economicamente. Caracterizado por colô-
do Ceará e partes dos Estados da Bahia, de Sergipe, de Alagoas, de Per- nias de imigração estabelecidas pela descendência estrangeira, podemos
nambuco, da Paraíba, do Rio Grande do Norte e do Piauí. Tendo como destacar como principais pontos, as cidades de: Blumenau – SC , colônia
principais cidades: Crato, Petrolina, Juazeiro e Juazeiro do Norte. alemã; Londrina – PR, colônia japonesa; Caxias do Sul – RS, colônia
Características do Povoamento italiana. Mas a vinda desses imigrantes não foi só boa vontade do governo
daquela época. O Brasil tinha acabado de terminar a sua guerra com Para-
Sendo uma das áreas junto ao domínio morfoclimático dos mares de guai, que deixou muitas perdas em sua população, em virtude disso a
morros, de colonização pelos europeus (portugueses e holandeses), sua solução foi atrair imigrantes europeus e asiáticos.
história de povoamento já é bastante antiga. A caatinga foi sempre um
palco de lutas de independência, seja ela escravista ou nacionalista. A Características Bio-Hidro-Climáticas e Fisiográficas
região tornou-se alvo de bandidos e fugitivos contrários ao Reinado Portu- Atualmente, a vegetação de araucária – chamada de pinheiro-do-
guês e posteriormente ao Império Brasileiro. Como o domínio das caatingas Paraná, ou pinheiro-braseleiro – pouco resta, as indústrias de celulose e
localiza-se numa área de clima seco, logo chamou a atenção dos mesmos madeireiras da região, fizeram um extrativismo descontrolado que resultou
para refugiarem-se e construírem suas “fortalezas”, chamados de cangacei- no desaparecimento total em algumas áreas. Sua condição de arbórea,
ros. Com isso o processo de povoamento, instaurados nos anos 40 e 50, geralmente com mais de 30 m de altura, condiz a um solo profundo, em
centrou-se mais em áreas próximas ao litoral, mas o governo federal inves- virtude de suas raízes estabelecerem a sustentação da própria árvore. A
tiu em infra-estrutura na construção de barragens, açudes e canais fluviais, região das araucárias encontra-se no planalto meridional onde a altitude
surgindo assim o Departamento Nacional de Obras Contra as Secas pode variar de 500 metros até cerca de 1.200 m. Isso evidencia um clima
(DNOCS). Entretanto, o clima “desértico” da caatinga, prejudicou muito a subtropical em toda sua extensão que mantém uma boa relação com a
ocupação populacional nesta região, sendo que a caatinga continua sendo precipitação existente nesse domínio, variando de 1.200 a 1.800 mm.
uma área preocupante no território brasileiro em vista do seus problemas Nesse sentido, a região identifica-se com uma grande rede de drenagem
sociais, que são imensos. Valendo destacar que com todos esses obstácu- em toda a sua extensão territorial. O solo é formado principalmente por
los sociais e naturais da caatinga, seus habitantes partem para migração latossolos brunos e também é encontrado latossolos roxos, cambissolos,
em regiões como a Amazônia e o sudeste brasileiro, chamada de migra- terras brunas e solos litólicos. Com estas características, o solo detém uma
ções de transumância (saída na seca e volta na chuva). alta potencialidade agrícola, como: milho, feijão, batata, etc. As morfologias
Características Bio-Hidro-Climáticas e Fisiográficas do relevo se destacam por uma forte ondulação até um montanhoso, o que
o representa num solo de fácil adesão a processos erosivos, iniciados pela
Com o seu clima semi-árido, o solo só poderia ter características seme- degradação humana e social.
lhantes. Sendo raso e pedregoso, o solo da caatinga sofre muito intempe-
rismo físico nos latossolos e pouca erosão nos litólicos e há influência de Condições Ambientais e Economicamente Sustentáveis
sais em solo, como: solonetz, solodizados, planossolos, solódicos e soon- Percebe-se atualmente que esta arbórea quase desapareceu dessa
chacks. Segundo Ab´Saber, a textura dos solos da caatinga passa de região, devido à descontrolada exploração da araucária para produção de
argilosa para textura média, outra característica é a diversidade de solos e celulose. Felizmente, medidas foram tomadas e hoje a araucária é protegi-
ambientes, como o sertão e o agreste. Mesmo tendo aspectos de um solo da por lei estadual no Paraná. Mas os questionamentos ambientais não
pobre, a caatinga nos engana, pois necessita apenas de irrigação para estão somente na vegetação. Devido este solo ser utilizado há anos vêem
florescer e desenvolver a cultura implantada. Tendo pouca rede de drena- a ocorrer uma erosividade considerada. Em virtude do mesmo, surge a
gem, os mínimos rios existentes são em sua maioria sazonais ao período técnica de manejo agrícola chamada plantio direto, que evidencia uma
das chuvas, que ocorrem num curto intervalo durante o ano. Porém existe proteção ao solo nu em épocas de pós-safra. Nesse sentido, o domínio

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morfoclimático das araucárias, que compreende uma importante área no sul região ambiental, onde se encontra a vegetação de mangue, que constitui
brasileiro, detém um nível de conservação e reestruturação vegetal consi- um bioma riquíssimo em decomposição de matéria. Outra faixa de transição
derável. Mas não se deve estagnar esse processo positivo, pois necessita- é o agreste, que é responsável pela produção de alimentos para o nordes-
mos muito dessas terras férteis que mantém as economias locais. te, como: leite, aves, sisal, entre outras matérias primas para indústrias. No
litoral cearense, encontra-se as dunas, que é uma região de montantes de
VI – Domínio Morfoclimático das Pradarias areias depositados pela ação dos ventos e de constante remodelação.
Situação Geográfica O meio-norte se estabelece entre a caatinga do sertão e a Amazônia
Situado ao extremo sul brasileiro, mais exatamente a sudeste gaúcho, (Maranhão e Piauí). Com uma diversidade de vegetação como cerrado e
o domínio morfoclimático das pradarias compreende uma extensão, segun- matas de cocais, o meio-norte detém sua economia na pecuária bovina,
do Ab’Saber, de 80.000 km² e de 45.000 km² de acordo com Fontes & Ker chamada de pé-duro e na criação do jegue. A carnaúba e o óleo de babaçú
– UFV. Tendo como cidades importantes em sua abrangência: Uruguaiana, são outras fontes de extrativismo. Sem esquecer que todas estas zonas
Bagé, Alegrete, Itaqui e Rosário do Sul. demonstradas situam-se na região nordestina brasileira.
Características do Povoamento Faixa de Transição da Região Sul Brasileira
Território mãe da cultura gauchesca, suas tradições ultrapassam gera- Na região sul, encontra-se a zona de transição das Pradarias, que se
ções, demonstrando a força da mesma. Caracterizado por um baixo povo- situa entre os domínios morfoclimáticos da Araucária e das Pradarias. São
amento, a região destaca-se grandes pelos latifúndios agropastoris, que geralmente campos acima de serras e são encontradas vegetações do tipo
são até hoje marcas conhecidas dos pampas gaúchos. Os jesuítas inicia- araucárias, de campo, floresta e cerrado. Assim, os sistemas naturais
ram o povoamento com a catequização dos índios e posteriormente surgem situados nessa região, são de fundamental importância para o meio natural
as povoações de charqueadas. Passando por bandeirantes e tropeiros, as envolvente a ela.
pradarias estagnam esse processo (ciclo do charque) com a venda de lotes Faixa de Transição – Pantanal
de terras para militares, pelo governo federal. Devido à proximidade geo-
gráfica com a divisão fronteiriça de dois países (Argentina e Uruguai), O pantanal é uma das principais zonas de transição encontrada no
ocorreram várias tentativas de anexação dos pampas a uma destas nações Brasil. Ele é um complexo ambiental de suma importância, pois compreen-
– devido aos tratados de Madrid e de Tordesilhas. Mas as tentativas foram de uma grande diversidade de fauna e flora. Situado em regiões serranas e
inválidas, hoje os pampas continuam sendo parte do território brasileiro. em terras altas, o pantanal é considerado um grande reservatório de água,
devido encontrar-se numa depressão entre várias montanhas. Sua rede
Características Bio-Hidro-Climáticas e Fisiográficas fluvial é composta por rios, como: Cuiabá, Taquari, Paraguai etc, sendo
Como é uma área também chamada de pradarias mistas, o solo condiz considerados rios perenes.
ao mesmo. Segundo Ab’Saber, que o caracteriza como diferente de todos Como o pantanal passa por duas estações climáticas durante o ano, a
os outros domínios morfoclimáticos, existindo o paleossolo vermelho e o seca e as cheias dos rios, essa região detém características e denomina-
paleossolo claro, sendo de clima quente e frio. Denominado um solo jovem, ções únicas, como: “cordilheira” – que significa áreas mais altas, onde não
devido guardar materiais ferrosos e primários, sua coloração vêem a ser sofrem alagamentos (pequenas elevações); salinas – regiões deprimidas
escura. Estabelecido por um clima subtropical com zonas temperadas que se tornam lagoas rasas e salgadas com as cheias dos rios; barreiros –
úmidas e sub-úmidas, a região é sujeita a sofrer alguma estiagem durante o são os depósitos de sal após a seca das salinas; caixas – canais que ligam
ano. Sua amplitude térmica alcança índices elevados, como em Uruguaia- lagoas, existindo somente durante as inundações; e vazante – cursos
na, considera a mais alta do Brasil, com 7° a/a. Isto evidencia suas limita- d´aguas existente durante as épocas das chuvas. Com tudo, o pantanal
ções agrícolas, pois o solo é pouco espesso e têm indícios de pedrugosi- sofre consequências ambientais como a exploração mineral, que poluem
dade. Assim, caracteriza-o a uma atividade pastoril de bovinos e ovinos. intensamente os rios – considerados como os responsáveis pela existência
Com a utilização do solo sem controle, denota-se um sério problema erosi- da biodiversidade da região. A pecuária e a utilização de enormes monocul-
vo que origina as ravinas e posteriormente as voçorocas. Esse processo turas, fazem o despejo de uma grande quantidade de agrotóxicos aos rios.
amplia-se rapidamente e origina o chamado deserto dos pampas. A drena-
gem existente é perene com rios de grande vazão, como: Rio Uruguai, Rio Nesse sentido, a preservação dessas zonas de transição são conside-
Ibicuí e o Rio Santa Maria. radas de suma importância para a existência dos domínios morfoclimáticos
brasileiros. Pois eles estabelecem uma relação direta com a fauna, flora,
Condições Ambientais e Economicamente Sustentáveis hidrografia, clima e morfologia, conservando o equilíbrio dos frágeis siste-
O domínio morfoclimático das Pradarias detém importantes reservas mas ecológicos.
biológicas, como a do Parque Estadual do Espinilho (Uruguaiana e Barra Principais Regiões Fitogeográficas do Brasil
do Quarai) e a Reserva Biológica de Donato (São Borja). As condições
ambientais atuais fora desses parques, são muito preocupantes. Com o
início da formação de um deserto que tende a crescer anualmente, essa
região está sendo foco de muitos estudos e projetos para estagnar esse
processo. Devido ao mau uso da terra pelo homem, como a monocultura e
as queimadas, essas darão origem as ravinas, que por sua vez farão surgir
às voçorocas. Como o solo é muito arenoso e a morfologia do relevo é
levemente ondulado, rapidamente os montantes de areia espalham-se na
região ocasionados pela ação eólica. Em virtude a tudo isso, poucas medi-
das estão sendo tomadas, exceto os estudos feitos. Assim, as autoridades
locais deverão estar alerta, para que esse processo erosivo tenha um fim
antes que torne toda as pradarias num imenso deserto.
Faixas de Transições
Encontrados entre os vários domínios morfoclimáticos brasileiros, as
faixas de transições são: as Zonas dos Cocais, a Zona Costeira, o Agreste,
o Meio-Norte, as Pradarias, o Pantanal e as Dunas. Espalhadas por todo o
território nacional, constituem importantes áreas ambientais e econômicas.
Faixas de Transição Nordestinas
A zona dos cocais, representa uma importante fonte de renda à popu-
lação nordestina, pois é nessa área principalmente, que se faz à extração
dos cocos. A zona costeira detém outra característica, é uma importante
Geografia 8 A Opção Certa Para a Sua Realização
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O Pantanal mato-grossense é a maior planície de inundação contínua
do planeta, coberta por vegetação predominantemente aberta e que ocupa
1,8% do território nacional. Este ecossistema é formado por terrenos em
grande parte arenosos, cobertos de diferentes fisionomias devido a varie-
dade de microrelevos e regimes de inundação. Como área transicional
entre Cerrado e Amazônia, o Pantanal ostenta um mosaico de ecossiste-
mas terrestres com afinidades sobretudo com o Cerrado.
Outras Formações
Os Campos do Sul (Pampas)
No clima temperado do extremo sul do país desenvolvem-se os cam-
pos do sul ou pampas, que já representaram 2,4% da cobertura vegetal do
país. Os terrenos planos das planícies e planaltos gaúchos e as coxilhas,
de relevo suave-ondulado, são colonizados por espécies pioneiras campes-
tres que formam uma vegetação tipo savana aberta. Há ainda áreas de
florestas estacionais e de campos de cobertura gramíneo-lenhosa.
A Mata de Araucárias (Região dos Pinheirais)
No Planalto Meridional Brasileiro, com altitudes superiores a 500m,
destaca-se a área de dispersão do pinheiro-do-paraná, Araucária angustifo-
lia, que já ocupou cerca de 2,6% do território nacional. Nestas florestas
A Amazônia coexistem representantes da flora tropical e temperada do Brasil, sendo
dominadas, no entanto, pelo pinheiro-do-paraná. As florestas variam em
A Floresta Amazônica ocupa a Região Norte do Brasil, abrangendo densidade arbórea e altura da vegetação e podem ser classificadas de
cerca de 47% do território nacional. É a maior formação florestal do planeta, acordo com aspectos de solo, como aluviais, ao longo dos rios, submonta-
condicionada pelo clima equatorial úmido. Esta possui uma grande varie- nas, que já inexistem, e montanas, que dominavam a paisagem. A vegeta-
dade de fisionomias vegetais, desde as florestas densas até os campos. ção aberta dos campos gramíneo-lenhosos ocorre sobre solos rasos.
Florestas densas são representadas pelas florestas de terra firme, as Devido ao seu alto valor econômico a Mata de Araucária vêm sofrendo forte
florestas de várzea, periodicamente alagadas, e as florestas de igapó, pressão de desmatamento.
permanentemente inundadas e ocorrem na por quase toda a Amazônia
central. Os campos de Roraima ocorrem sobre solos pobres no extremo Ecossistemas costeiros e insulares
setentrional da bacia do Rio Branco. As campinaranas desenvolvem-se
Os ecossistemas costeiros geralmente estão associados à Mata Atlân-
sobre solos arenosos, espalhando-se em manchas ao longo da bacia do
tica devido a sua proximidade. Nos solos arenosos dos cordões litorâneos e
Rio Negro. Ocorrem ainda áreas de cerrado isoladas do ecossistema do
dunas, desenvolvem-se as restingas, que pode ocorrer desde a forma
Cerrado do planalto central brasileiro.
rastejante até a forma arbórea. Os manguesais e os campos salinos de
O Semi-árido (Caatinga) origem fluvio-marinha desenvolvem-se sobre solos salinos. No terreno
plano arenoso ou lamacento da Plataforma Continental desenvolvem-se os
A área nuclear do Semi-Árido compreende todos os estados do Nor- ecossistemas bênticos. Na zona das marés destacam-se as praias e os
deste brasileiro, além do norte de Minas Gerais, ocupando cerca de 11% do rochedos, estes colonizados por algas. As ilhas e os recifes constituem-se
território nacional. Seu interior, o Sertão nordestino, é caracterizado pela acidentes geográficos marcantes da paisagem superficial.
ocorrência da vegetação mais rala do Semi-árido, a Caatinga. As áreas http://www.brcactaceae.org/ecossistemas.html
mais elevadas sujeitas a secas menos intensas, localizadas mais próximas
do litoral, são chamadas de Agreste. A área de transição entre a Caatinga e As atividades econômicas e a organização do espaço: Espaço
a Amazônia é conhecida como Meio-norte ou Zona dos cocais. Grande agrário: modernização e conflitos; Espaço urbano: atividades
parte do Sertão nordestino sofre alto risco de desertificação devido à de- econômicas, emprego e pobreza;
gradação da cobertura vegetal e do solo.
O Cerrado A agricultura brasileira se iniciou na região nordeste do Brasil, no sé-
culo XVI, com a criação das chamadas “Capitanias Hereditárias” e o início
O Cerrado ocupa a região do Planalto Central brasileiro. A área nuclear do cultivo da cana.
contínua do Cerrado corresponde a cerca de 22% do território nacional,
sendo que há grandes manchas desta fisionomia na Amazônia e algumas Baseada na monocultura, na mão de obra escrava e em gran-
menores na Caatinga e na Mata Atlântica. Seu clima é particularmente des latifúndios, a agricultura permaneceria basicamente restrita à cana com
marcante, apresentando duas estações bem definidas. O Cerrado apresen- alguns cultivos diferentes para subsistência da população da região, porém
ta fisionomias variadas, indo desde campos limpos desprovidos de vegeta- de pouca expressividade.
ção lenhosa a cerradão, uma formação arbórea densa. Esta região é per- Só a partir do século XVIII com a mineração e o início das plantações
meada por matas ciliares e veredas, que acompanham os cursos d'água. de café, que a partir do século XIX seriam o principal produto brasileiro, é
A Mata Atlântica que o cultivo de outros vegetais começa a ganhar mais expressividade.
Muitos engenhos são abandonados e a atividade canavieira se estagna
A Mata Atlântica, incluindo as florestas estacionais semideciduais, ori- devido à transferência da mão-de-obra para a mineração e o cultivo do
ginalmente foi a floresta com a maior extensão latitudinal do planeta, indo café.
de cerca de 6 a 32oS. Esta já cobriu cerca de 11% do território nacional.
Hoje, porém a Mata Atlântica possui apenas 4% da cobertura original. A Tal como ocorrera com o período de grande produção da cana-de-
variabilidade climática ao longo de sua distribuição é grande, indo desde açúcar, o auge da cafeicultura no Brasil representou uma nova fase eco-
climas temperados superúmidos no extremo sul a tropical úmido e semi- nômica. Por isso, podemos dizer que a história da agricultura no Brasil está
árido no nordeste. O relevo acidentado da zona costeira adiciona ainda intimamente associada com a história do desenvolvimento do próprio país.
mais variabilidade a este ecossistema. Nos vales geralmente as árvores se Ainda mais, quando se considera o período a partir do século XIX quando o
desenvolvem muito, formando uma floresta densa. Nas enconstas esta café se tornou o principal artigo de exportação brasileiro, logo após o declí-
floresta é menos densa, devido à freqüente queda de árvores. Nos topos nio da mineração.
dos morros geralmente aparecem áreas de campos rupestres. No extremo Mas o cultivo do café, que durante todo o século XIX faria fortunas e in-
sul a Mata Atlântica gradualmente se mescla com a floresta de Araucárias. fluenciaria fortemente a política do país, começa a declinar por volta de
O Pantanal Mato-Grossense 1902 quando a crise atinge seu ponto culminante, o Brasil produzira mais

Geografia 9 A Opção Certa Para a Sua Realização


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de 16 milhões de sacas de café enquanto que o consumo mundial pouco Nesse período houve também um grande desenvolvimento do
ultrapassava os 15 milhões fazendo com que o preço do café, que já estava conhecimento científico e a criação de novos tratos culturais, que foram
em queda, chegasse a 33 francos (bem menos que os 102 francos de introduzidos nas lavouras. Contudo, o principal fator de estímulo ao
1885). desenvolvimento e a modernização da agricultura foi a acumulação de bens
de capital, que proporcionaram um aumento da capacidade de financiar
Desta forma, houve uma necessidade de diversificação da economia máquinas modernas e, assim, a produtividade agrícola aumentou. Isso
que, entre outras atividades além das estreantes indústrias, começava a porque a Revolução Industrial provocou uma grande acumulação
valorizar outros tipos de culturas. Além do que, o aumento de capital.
da urbanização do país exigia também, o aumento do cultivo de matérias-
primas. Mas, esta mudança tomaria forma mesmo, só a partir da década de Como a produtividade agrícola aumentou rapidamente, e como a
1940. demanda por produtos agrícolas não aumentou, já que a quantidade de
alimentos que uma pessoa pode consumir é limitada em função da
Atualmente, segundo dados do último levantamento realizado pelo IB- capacidade do seu estômago, a porcentagem da população que trabalhava
GE em novembro de 2007, no Brasil são cultivados 58.033,075 ha de terra. na agricultura se reduziu drásticamente e foram buscar empregos nas
Sendo que a cana-de-açúcar ainda predomina: são produzidos cidades, gerando um grande processo de urbanização.
514.079,729t contra 58.197,297t da soja em grão. Quanto ao café em grão,
este responde por cerca de 2.178,246t. Caroline Faria Ocorreu ainda nessa a etapa da evolução agrícola o desenvolvimento
da pecuária leiteira na Europa Ocidental(França, Dinamarca etc.),
Agricultura moderna
nos EUA e, mais tarde, na ex-URSS, da floricultura nos Países Baixos e
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre. de olivais nas penínsulas Ibérica e Balcânica. Atualmente a maioria dos
países subdesenvolvidos encontra se com a agricultura nesse estágio.
Os conflitos pela terra no Brasil
Maria Teresa Manfredo
O tema da divisão da terra evoca uma questão recorrente no Brasil: os
conflitos fundiários que, no decorrer da história do país, adquiriram diferen-
tes contornos. De acordo com a doutora em história pela Universidade
Federal Fluminense (UFF), Marina Machado, muitas vezes esses conflitos
aconteceram por envolverem divisões territoriais administrativas, constru-
ção de limites e de fronteiras. Para ela, é fundamental, também, considerar
que tal discussão é atravessada pela questão das disputas entre terras
latifundiárias. A expansão - ou não - de uma fronteira explora diferentes
aspectos e interesses, de diferentes grupos envolvidos em um mesmo
processo (fazendeiros, moradores, grupos indígenas, agentes do governo,
representantes da igreja etc.), lembra a historiadora.
Num período mais recente, a partir da segunda metade da década de
1990, após a fase de reestruturação e modernização da produção agrícola,
Laranjal em Avaré as questões econômicas relacionadas a esses conflitos ganharam maior
grau de complexidade. De acordo com a economista Viviam Souza Nasci-
A agricultura moderna surgiu após a primeira fase da Revolução
mento, que desenvolveu pesquisa sobre o tema junto à Universidade de
Industrial, situada entre o final do século XVIII e o inicio do século XIX, com
São Paulo (USP), nos últimos anos a complexificação dessas disputas se
base na utilização da energia a vapor e também da eletricidade. Logo, ela é
deu em função "do aumento das demandas sociais criadas com a crise
aquela caracterizada pela maior regularização das safras e o aumento da
econômica da década de 1980, da modernização do setor agrícola e das
produção agrícola devido à utilização
significativas mudanças institucionais que alteraram o ambiente de negó-
de tratores, colheitadeiras, semeadeiras e alguns novos implementos
cios brasileiro".
agrícolas.
Por outro lado, Nascimento relembra o percurso histórico dessa ques-
A invenção da máquina de separar o caroço da fibra do algodão, por
tão, sinalizando que convencionalmente atribui-se a raiz desses conflitos no
exemplo, possibilitou o fornecimento abundante dessa importante matéria
Brasil ao problema da concentração de terras, que teria suas origens no
prima por um baixo preço. O Cotton Gin, o descaroçador de algodão, foi
modelo de ocupação territorial adotado no século XVI pela Coroa Portu-
inventado em 1793 por Eli Whitney, um mestre-escola da Nova Inglaterra.
guesa, durante o período da colonização. Contudo, para ela é "a falta de
Do ponto de vista de diversos historiadores, essa invenção contribuiu mais
regulamentação e fiscalização na distribuição de terras no país que efeti-
para a extinção da escravatura na América do Norte, que todas as teorias
vamente contribuiu para a concentração fundiária".
que pudessem incentivá-lo na época.
Carlos Alberto Feliciano, geógrafo da Universidade Estadual Paulista
(Unesp, campus de Presidente Prudente), reforça que entre as principais
causas dos conflitos fundiários no Brasil está a concentração de terras.
Esses conflitos são bastante antigos no Brasil, com maior evidência a partir
do século XIX, tendo se agravado ainda mais no século XX.
Entre os principais conflitos no início do século XX estão Canudos e
Contestado, que "embora muitas vezes sejam lembrados como episódios
que envolveram questões religiosas, estão diretamente voltados para uma
questão de luta pela terra", afirma a historiadora Marina Machado. Nesse
sentido, Feliciano ressalta que o assunto em nosso país ultrapassa a ques-
tão das fronteiras legais das unidades federativas, mas ao mesmo tempo é
movido pelas relações sociais de poder e disputa que nelas são materiali-
zadas.
Em comparação aos séculos anteriores, é possível afirmar que no sé-
Colheitadeira em um campo de cultivo de cerais culo XX houve, ao mesmo tempo, uma redução na concentração fundiária e
uma valorização da terra no país. Isso se deu, por um lado, devido ao fato
de os agricultores brasileiros passarem a investir em atividades urbano-

Geografia 10 A Opção Certa Para a Sua Realização


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industriais - em decorrência, sobretudo, da desvalorização mundial do café embates protagonizados pelos movimentos sociais do campo caíram 38%;
durante a Primeira Guerra Mundial e a crise econômica de 1929. Por outro por outro lado, os conflitos gerados por expulsões, pistolagem, despejos e
lado, houve um aumento do valor de uso da terra, gerando maior produtivi- ameaças cresceram 21% - passando de 528, em 2009, para 638, em 2010.
dade em propriedades de pequeno e médio porte em algumas regiões do A região Nordeste teve o maior número de conflitos, com 43,7% (279),
país - como é o caso da região Sul. seguido da região Norte com 36,7% (234). As demais regiões concentraram
9,6% (61) no Sudeste, 5,8% (37) no Centro-Oeste e 4,2% (27) no Sul.
Para o geógrafo da Unesp, além da concentração de terra, a constru-
ção da propriedade privada no Brasil trouxe consigo o significado de terra A chamada Amazônia Legal concentra 65% dos conflitos de terra, sen-
como reserva de valor, "onde boa parte dos ditos 'proprietários' vivem da do que Maranhão, Pará e Tocantins concentram 46,2% desse total.
renda que ela pode lhes auferir, mesmo sendo improdutiva."
Ao analisar as categorias sociais que foram vítimas das 604 ocorrên-
Foi na década de 1960, que surgiu com maior intensidade a discussão cias de ações violentas em conflitos no campo, 57% envolveram popula-
sobre a necessidade de reforma agrária no Brasil, principalmente nas ções tradicionais, como comunidades indígenas ou ribeirinhas. Outros 43%
regiões Norte e Nordeste que sofriam mais com a concentração fundiária. atingiram setores que eram considerados protagonistas da luta pela refor-
No mesmo período, seguiu-se a criação da organização das Ligas Campo- ma agrária, como os sem-terra (182 conflitos), os assentados (61), peque-
nesas e muitos outros conflitos, como o episódio de Trombas e Formoso, nos proprietários (9) e outros.
em Goiás (das décadas de 1950 e 1960). Ocorreu também nessa época a
discussão sobre terras devolutas - "um tipo de terra pública que deveria Para a Pastoral da Terra, esses dados "deixam evidente que não é por
estar sob o domínio do Estado, mas que está na esfera privada, seja ligada causa da ação dos sem-terra que a violência no campo persiste, mas sim
a proprietários, ou então, a grandes empreendimentos, como bancos ou devido à violência sobre a qual se alicerçou todo o processo de ocupação
indústrias", explica Feliciano. territorial brasileiro desde o tempo da Colônia até os dias de hoje."

Em meio a esse contexto, em março de 1963, foi aprovado o Estatuto O espaço urbano no Brasil
do Trabalhador Rural, regulando as relações de trabalho no campo, que até Crescimento urbano – crescimento da população que vive nas cida-
então estavam à margem da legislação trabalhista. Contudo, com o golpe des.
militar de 1964, as ideias foram revistas e a reforma agrária realizada nesse Urbanização – corresponde a transferência de populações originárias
período foi concentrada na fronteira agrícola do Centro-Oeste, visando das zonas rurais em direção às cidades.
sobretudo a ocupação do território. O processo de urbanização brasileira começou a partir de 1940, como
Entre 1980 e 1990, surgiram várias organizações em defesa da refor- resultado da modernização econômica e do grande desenvolvimento indus-
ma agrária como o Movimento dos Trabalhadores Sem-Terra, Ligas Cam- trial graças a entradas de capital estrangeiro no país.
ponesas e a Pastoral da Terra. As empresas transnacionais preferiram se instalar nas cidades em que
a concentração populacional fosse maior e de melhor infra-estrutura, dando
Em 1993, o Congresso Nacional estabeleceu que a improdutividade origem às grandes metrópoles.
das terras caracterizava o não cumprimento do caso previsto pela Constitu-
ição de 1988 de função social da propriedade; ficou estabelecido por Lei A industrialização gerou empregos para os profissionais qualificados,
que a improdutividade procederia à desapropriação. Atualmente, por parte expandiu a classe média e o nível de consumo urbano. A cidade transfor-
dos movimentos, as ocupações de terra tornaram-se o principal mecanismo mou-se num padrão de modernidade, gerando êxodo rural.
de pressão sobre o Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária A tecnologia e o nível de modernização econômica não estavam adap-
(Incra), para a execução dos processos de desapropriação e assentamen- tados à realidade brasileira.
tos. A migração campo-cidade gerou desemprego e aumento das ativida-
des do setor terciário informal.
Para Viviam Nascimento, um caminho para minimizar o conflito neste
sentido é fortalecer as políticas de controle e fiscalização da propriedade O modelo de desenvolvimento econômico e social adotado no Brasil a
agrícola, "organizando a titulação, acompanhando o mercado de terras partir dos anos 50 levou a um processo de metropolização.
(incluindo a compra por parte dos estrangeiros), além de fiscalizar e agir Ocorrência do fenômeno da conurbação, que constituem as regiões
com rapidez nas resoluções de conflitos". metropolitanas (criadas em 1974 e 1975).
A partir da década de 80 houve o que se chama de desmetropolização,
Segundo Carlos Feliciano, "a solução para esse impasse é a realização com os índices de crescimento econômico maiores nas cidades médias,
de uma reforma agrária ampla, baseada em critérios legais melhor defini- havendo assim um processo de desconcentração econômica.
dos", de acordo com o pesquisador, só assim o Estado cumpriria o que a
Constituição Federal estabelece como função social da propriedade: ser Outras regiões passaram a atrair mais que as regiões metropolitanas,
produtiva, respeitar as leis trabalhistas, ambientais, gerando desenvolvi- havendo também desconcentração populacional.
mento para a região a que pertence. Está ocorrendo um declínio da importância das metrópoles na dinâmica
social e econômica do país.
Mapeamento dos conflitos Um número crescente de cidades passou a pertencer ao conjunto das
Em abril deste ano, a Comissão Pastoral da Terra lançou um relatório cidades médias e grandes.
sobre conflitos no campo a partir de dados coletados em 2010. Dos 638 Podemos dizer que o Brasil se modernizou e que a grande maioria da
conflitos neste último ano, mais da metade refere-se a posseiros (antigos população brasileira, já está de alguma forma integrada aos sistemas de
donos de pequenas áreas sem títulos da propriedade) e a povos e comuni- consumo, produção e informação.
dades tradicionais (indígenas, quilombolas, extrativistas etc.) - totalizando Existe hoje uma integração entre o Brasil urbano e o agrário, um absol-
57% das violências ligadas à terra, no ano. A maioria tem sua causa ligada vendo aspectos do outro. A produção rural incorporou inovações tecnológi-
a grandes projetos, como barragens, ferrovias, rodovias, parques eólicos, e cas produzidas nas cidades. O Brasil rural tradicional está desaparecendo e
mineração. sobrevive apenas nas regiões mais pobres.
Mas o que mais marca o ano de 2010 nesse quesito é o crescimento A produção comercial está cada vez mais voltada para a cidade.
do número de assassinatos em conflitos no campo: 34 assassinatos, um A produtividade aumentou e o meio rural integrou-se aos principais
número 30% maior que em 2009, quando foram registrados 26. O estado mercados nacionais e internacionais.
do Pará mantém a liderança quanto ao número dos assassinatos, 18, A implantação de modernos sistemas de transportes e de comunica-
número 100% maior que em 2009, quando foram registrados 9 mortes. ções reduziu as distâncias e possibilitou a desconcentração das atividades
Além dos assassinatos, em 2010 foram registradas 55 tentativas de assas- econômicas, que se difundiram por todo o país e hoje são coordenadas a
sinato, 125 pessoas receberam ameaças de morte, 4 foram torturadas, 88 partir de diretrizes produzidas nos grandes centros nacionais e internacio-
presas e 90 agredidas. nais.
Com relação aos conflitos de terra propriamente ditos, o total permane- Segundo o modelo informacional, São Paulo é a metrópole mundial
ceu muito próximo ao de 2009, passando de 854 para 853, em 2010. Os brasileira que exerce controle sobre os principais sistemas de comunicação

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que difundem as inovações por todo o país, através dos meios de comuni- etc., multiplicam-se pelas ruas os menores abandonados, a partir dos quais
cação. surgirão os trombadinhas ou delinqüentes juvenis. Prof. Miguel Jeronymo
Observa-se uma ruptura com a hierarquia urbana tradicional e a formu- Filho
lação de um novo modelo de relações, muito mais complexo e adequado
Atividades Econômicas do Brasil
ao quadro social e econômico do Brasil contemporâneo. Autoria: Elton
Santiago Nona maior economia do planeta, segundo classificação do Banco
-o0o- Mundial, o Brasil desenvolve em seu território atividades dos setores
primário, secundário e terciário. Esse último é o destaque do país, res-
O processo de urbanização do Brasil, fruto de uma industrialização tar-
ponsável por mais da metade do seu Produto Interno Bruto (PIB) e pela
dia, realizada num país subdesenvolvido, trouxe uma série de problemas.
geração de 75% de seus empregos.
Esses problemas urbanos normalmente estão relacionados com o tipo de
desenvolvimento que vem ocorrendo no país por várias décadas, do qual, Um dos propulsores do desenvolvimento econômico brasileiro dos
por um lado, aumenta a riqueza de uma minoria e, por outro, agrava-se o últimos anos, o setor terciário, que corresponde à venda de produtos e
problema da maioria dos habitantes. aos serviços comerciais oferecidos à população, é ainda uma das razões
Um desses problemas é a moradia. Enquanto em algumas áreas das do aumento da competitividade interna e externa do Brasil, acelerando o
grandes cidades brasileiras surgem ou crescem novos bairros ricos com, seu progresso tecnológico. Segundo a Central Brasileira do Setor de
com residências moderníssimas, em outras, ou as vezes, até nas vizinhan- Serviços (CEBRASSE), das 500 maiores empresas no Brasil, 124 atuam
ças, multiplicam-se as favelas, cortiços e demais habitações precárias. nesse setor. Nessas empresas destacam-se, sucessivamente, as ativi-
dades de telecomunicações, serviços públicos, tecnologia e computação,
Mas o tipo de habitação popular que vem crescendo nos últimos anos, além das comunicações. Para o investidor estrangeiro são várias as
nos grandes centros urbanos do país, é a casa própria da periferia. Trata- opções de negócio no país, como o comércio de veículos, objetos pesso-
se de uma casinha que o trabalhador constrói, ele mesmo, com a ajuda de ais e domésticos, combustíveis, alimentos, além das atividades imobiliá-
familiares e amigos, sob a forma de mutirão, geralmente nos fins de sema- rias, aluguéis e serviços prestados às empresas.
na e feriados, num lote de terra que adquire na periferia da cidade. A cons-
trução leva vários anos e o material vai sendo adquirido aos poucos. A indústria, parte do setor secundário, é também um setor de grande
importância na formação da riqueza nacional. Com destaque na produ-
Ocorre, porém, que, ao residir na periferia da grande cidade, o traba- ção de bens de capital, ela tem na região Sudeste, em especial a Região
lhador e sua família terão de gastar mais em transporte para o serviço, Metropolitana de São Paulo, a maior concentração do país. Por categoria
além de perder várias horas por dia dentro de ônibus ou trens. E o transpor- de uso, essa atividade divide-se em indústrias de bens de capital, bens
te coletivo (ônibus, trens, metrôs) é um dos grandes problemas das metró- intermediários, bens de consumo duráveis, semiduráveis e não duráveis.
poles brasileiras, com carência e precariedade das linhas de ônibus e trens, A indústria de capital (produtora de bens que serão utilizados no proces-
com atraso na expansão das linhas de metrôs nas cidades onde esse so produtivo, como máquinas e equipamentos) é um dos destaques entre
transporte existe, sem contar o acédio sexual e roubos que ocorrem nos as categorias no Brasil, tanto em termos de produção física, quanto em
vagões ou nos ônibus lotados, nos quais vão pessoas penduradas nas termos de faturamento. Os produtos mais vendidos da indústria brasileira
portas, janelas ou até mesmo em cima dos mesmos, representando um são o óleo diesel, minério de ferro beneficiado, automóveis com cilindra-
grande perigo de acidentes. das, gasolina automotiva (exceto para aviação), óleos brutos de petróleo,
Outro problema importante nas grandes cidades brasileiras é a infra- álcool combustível, telefones celulares, açúcar cristal e cervejas ou
estrutura urbana: água encanada, pavimentação de ruas, iluminação e chope.
eletricidade, transportes, rede de esgotos etc. Apesar de a cada ano au- Já o setor primário no Brasil, dividido em atividades de agricultura,
mentar a área abrangida por esses serviços, o rápido crescimento das pecuária, extrativismo vegetal, caça, pesca e mineração, tem como
cidades torna-os sempre insuficientes. E a ampliação dessa infra-estrutura destaque a agropecuária. Essa atividade, que faz uso do solo para o
não tem conseguido acompanhar o ritmo de crescimento das áreas urba- cultivo de plantas e a criação de animais, é responsável por cerca de
nas dessas metrópoles. Assim, na Grande São Paulo, por exemplo, apenas 27% do PIB do Brasil, aproximadamente 42% de suas exportações totais
50 % dos domicílios são servidos por rede de esgotos e 65 % pela de água em 2009 e mais de 17 milhões de empregos. Além disso, o Brasil é o
encanada. responsável pelo fornecimento de 25% do mercado mundial de alimen-
Essa insuficiência dos recursos aplicados na expansão da infra- tos. Líder mundial em vários setores, o país tem no café, açúcar, álcool
estrutura urbana decorre não apenas da rápida expansão das cidades (a partir da cana-de-açúcar) e suco de laranja algumas de suas principais
como também da existência de terrenos baldios ou espaços ociosos em produções e exportações. Também importante, em primeiro lugar nas
seu interior. É comum empresas imobiliárias, ao realizarem um loteamento vendas externas, são o complexo de soja(farelo, óleo e grão), a carne
na periferia, onde ainda não existem serviços de infra-estrutura, deixarem, bovina e a carne de frango. Portal online do IBGE
entre as áreas que estão vendendo e o bairro mais próximo, um espaço de
Economia
terras sem lotear. Com o crescimento da área loteada, ocorrerão reivindica-
ções para que o local provido de infra-estrutura. E, quando isso ocorrer, tais A economia do Brasil tem um mercado livre e exportador. Com
serviços terão que passar pelo espaço ocioso. Aí é que esse espaço pode- um PIB nominal de 2,48 trilhões de dólares (4,14 trilhões de reais), foi
rá ser vendido ou loteado, mas agora por um preço bastante superior. classificada como a sexta maior economia do mundo em 2011, segundo
o FMI (considerando o PIB de 2,09 trilhões de dólares, para 2010) , ou a
Esse procedimento acaba prejudicando a maioria da população, pois
sétima, de acordo com o Banco Mundial (também considerando um PIB de
leva a população trabalhadora da periferia para locais cada vez mais dis-
2.09 trilhões de dólares em 2010) e o World Factbook da CIA (estimando o
tantes do centro da cidade. Esses espaços vazios ou ociosos abrangem
PIB de 2011 em 2,28 trilhões de dólares). É a segunda maior do continente
atualmente cerca de 40 % da área urbana da cidade de São Paulo.
americano, atrás apenas dos Estados Unidos.
Outro problema comum nas grandes cidades é a violência urbana. Os
A economia brasileira tem apresentado um crescimento consistente e,
acidentes de transito, com milhares de feridos e mortos a cada ano. O
segundo o banco de investimento Goldman Sachs, deve tornar-se a quarta
abuso do motorista e o desrespeito ao pedestre são de fato algo comum. A
maior do mundo por volta de 2050.
violência policial, especialmente sobre a população mais pobre, é também
muito frequente. E o número de assaltos, estupros e assassinatos cresce O Brasil é uma das chamadas potências emergentes: é o "B" do
cada vez mais. Surgiu nos últimos anos, nas grandes metrópoles até uma grupo BRICS. É membro de diversas organizações econômicas, como
figura nova de assaltante: o trombadinha, delinquente juvenil, fruto do o Mercosul, a UNASUL, o G8+5, o G20 e o Grupo de Cairns. Tem centenas
crescimento do desemprego e do declínio dos salários reais, isto é, da de parceiros comerciais, e cerca de 60% das exportações do país referem-
inflação sempre superior aos aumentos salariais; como decorrência desses se a produtos manufaturados e semimanufaturados. Os principais parceiros
fatos, agravados ainda pela falta de assistência social às famílias pobres, comerciais do Brasil em 2008 foram:Mercosul e América Latina (25,9% do
às mães solteiras, às vitimas de estupro ou da violência do marido, do pai,

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comércio), União Europeia (23,4%), Ásia (18,9%), Estados Unidos (14,0%) bilionários, à frente inclusive do Japão, com um número bastante superior
e outros (17,8%). aos dos demais países latino americanos.
Segundo o Fórum Econômico Mundial, o Brasil foi o país que mais Componentes da economia
aumentou sua competitividade em 2009, ganhando oito posições entre
outros países, superando a Rússia pela primeira vez e fechando O setor de serviços responde pela maior parte do PIB, com 66,8%,
parcialmente a diferença de competitividade com a Índia e seguido pelo setor industrial, com 29,7% (estimativa para 2007), enquanto
a China, economias BRIC . Importantes passos dados desde a década de a agricultura representa 3,5% (2008 est). A força de trabalho brasileira é
1990 para a sustentabilidade fiscal, bem como as medidas tomadas para estimada em 100,77 milhões, dos quais 10% são ocupados na agricultura,
liberalizar e abrir a economia, impulsionaram significativamente os 19% no setor da indústria e 71% no setor de serviços.
fundamentos do país em matéria de competitividade, proporcionando um Agricultura e produção de alimentos
melhor ambiente para o desenvolvimento do setor privado.
O desempenho da agricultura brasileira põe o agronegócio em uma
O país dispõe de setor tecnológico sofisticado e desenvolve projetos posição de destaque em termos de saldo comercial do Brasil, apesar das
que vão desde submarinos a aeronaves (a Embraer é a terceira maior barreiras alfandegárias e das políticas de subsídios adotadas por
empresa fabricante de aviões no mundo). O Brasil também está envolvido alguns países desenvolvidos. Em 2010, segundo a OMC o país foi o
na pesquisa espacial. Possui um centro de lançamento de satélites e foi o terceiro maior exportador agrícola do mundo, atrás apenas de Estados
único país do Hemisfério Sul a integrar a equipe responsável pela Unidos e da União Europeia.
construção do Estação Espacial Internacional (EEI).[25] É também o
pioneiro na introdução, em sua matriz energética, de um biocombustível – o No espaço de cinquenta e cinco anos (de 1950 a 2005), a população
etanol produzido a partir da cana-de-açúcar.Em 2008, a Petrobrás criou a brasileira passou de aproximadamente 52 milhões para cerca de 185
subsidiária, a Petrobrás Biocombustível, que tem como objetivo principal a milhões de indivíduos, ou seja, um crescimento demográfico médio de 2%
produção de biodiesel e etanol, a partir de fontes renováveis, ao ano. A fim de atender a essa demanda, uma autêntica revolução
como biomassa e produtos agrícolas. verde teve lugar, permitindo que o país criasse e expandisse seu complexo
setor de agronegócio. No entanto, a expansão da fronteira agrícola se deu
História à custa de grandes danos ao meio ambiente, destacando-se
Quando os exploradores portugueses chegaram no século XV, o desmatamento de grandes áreas da Amazônia, sobretudo nas últimas
as tribos indígenas do Brasil totalizavam cerca de 2,5 milhões de pessoas, quatro décadas.
que praticamente viviam de maneira inalterada desde a Idade da Pedra. Da A importância dada ao produtor rural tem lugar na forma do Plano da
colonização portuguesa do Brasil (1500-1822) até o final dos anos 1930, os Agricultura e Pecuária e através de outro programa especial voltado para
elementos de mercado da economia brasileira basearam-se na produção a agricultura familiar (Pronaf), que garantem o financiamento de
de produtos primários para exportação. Dentro do Império Português, o equipamentos e da cultura, incentivando o uso de novas tecnologias e pelo
Brasil era uma colônia submetida a uma política imperial mercantil, que zoneamento agrícola. Com relação à agricultura familiar, mais de 800 mil
tinha três principais grandes ciclos de produção econômica - o açúcar, habitantes das zonas rurais são auxiliados pelo crédito e por programas de
o ouro e, a partir do início do século XIX, o café. A economia do Brasil foi pesquisa e extensão rural, notadamente através da Embrapa. A linha
fortemente dependente do trabalho escravizado Africano até o final do especial de crédito para mulheres e jovens agricultores visa estimular o
século XIX (cerca de 3 milhões de escravos africanos importados no total). espírito empreendedor e a inovação.
Desde então, o Brasil viveu um período de crescimento econômico e
demográfico forte, acompanhado de imigração em massa da Com o Programa de Reforma Agrária, por outro lado, o objetivo do país
Europa (principalmente Portugal, Itália, Espanha e Alemanha) até os anos é dar vida e condições adequadas de trabalho para mais de um milhão de
1930. Na América, os Estados Unidos, o Brasil, o Canadá e famílias que vivem em áreas distribuídas pelo governo federal, uma
a Argentina (em ordem decrescente) foram os países que receberam a iniciativa capaz de gerar dois milhões de empregos. Através de parcerias,
maioria dos imigrantes. No caso do Brasil, as estatísticas mostram que 4,5 políticas públicas e parcerias internacionais, o governo está trabalhando
milhões de pessoas emigraram para o país entre 1882 e 1934. para garantir infra-estrutura para os assentamentos, a exemplo de escolas
e estabelecimentos de saúde. A idéia é que o acesso à terra represente
Atualmente, com uma população de 190 milhões e recursos apenas o primeiro passo para a implementação de um programa de
naturais abundantes, o Brasil é um dos dez maiores mercados do mundo, reforma da qualidade da terra.
produzindo 35 milhões de toneladas de aço, 26 milhões de toneladas de
cimento, 3,5 milhões de aparelhos de televisão e 5 milhões de geladeiras. Mais de 600 000 km² de terras são divididas em cerca de cinco mil
Além disso, cerca de 70 milhões de metros cúbicos de petróleo estão domínios da propriedade rural, uma área agrícola atualmente com três
sendo processados anualmente em combustíveis, lubrificantes, fronteiras: a região Centro-Oeste (cerrado), a região Norte (área de
gás propano e uma ampla gama de mais de cem produtos petroquímicos. transição) e de partes da região Nordeste (semiárido). Na vanguarda das
Além disso, o Brasil tem pelo menos 161.500 quilômetros de estradas culturas de grãos, que produzem mais de 110 milhões de toneladas/ano, é
pavimentadas e mais de 108.000 megawatts de capacidade instalada a de soja, produzindo 50 milhões de toneladas.
de energia elétrica. Na pecuária bovina de sensibilização do setor, o "boi verde", que é
Seu PIB real per capita ultrapassou US$ 8.000 em 2008, devido à forte criado em pastagens, em uma dieta de feno e sais minerais, conquistou
e continuada valorização do real, pela primeira vez nesta década. Suas mercados na Ásia, Europa e nas Américas, particularmente depois do
contas do setor industrial respondem por três quintos da produção industrial período de susto causado pela "doença da vaca louca". O Brasil possui o
da economia latino-americana. O desenvolvimento científico e maior rebanho bovino do mundo, com 198 milhões de cabeças,
tecnológico do país é um atrativo para o investimento direto estrangeiro, responsável pelas exportações superando a marca de US$ 1 bilhão/ano.
que teve uma média de US$ 30 bilhões por ano nos últimos anos, em Pioneiro e líder na fabricação de celulose de madeira de fibra-curta, o
comparação com apenas US$ 2 bilhões/ano na década Brasil também tem alcançado resultados positivos no setor de embalagens,
passada,evidenciando um crescimento notável. O setor agrícola, também em que é o quinto maior produtor mundial. No mercado externo, responde
tem sido notavelmente dinâmico: há duas décadas esse setor tem mantido por 25% das exportações mundiais de açúcar bruto e açúcar refinado, é o
Brasil entre os países com maior produtividade em áreas relacionadas ao líder mundial nas exportações de soja e é responsável por 80% do suco de
setor rural. O setor agrícola e o setor de mineração também laranja do planeta e, desde 2003, teve o maior números de vendas de
apoiaram superávits comerciais que permitiram ganhos cambiais maciços e carne de frango, entre os que lidam no setor.
pagamentos da dívida externa.
Indústria
Com um grau de desigualdade ainda grande, a economia brasileira
tornou-se uma das maiores do mundo. De acordo com a lista de bilionários O Brasil tem o segundo maior parque industrial na América.
da revista Forbes de 2011, o Brasil é o oitavo país do mundo em número de Contabilizando 28,5% do PIB do país, as diversas indústrias brasileiras
variam

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de automóveis, aço e petroquímicos até computadores, aeronaves e bens O período de grande transformação econômica e crescimento ocorreu
de consumo duráveis. Com o aumento da estabilidade econômica fornecido entre 1875 e 1975.
pelo Plano Real, as empresas brasileiras e multinacionais têm investido
pesadamente em novos equipamentos e tecnologia, uma grande parte dos Nos anos 2000, a produção interna aumentou 32,3% .
quais foi comprado de empresas estadunidenses. O agronegócio (agricultura e pecuária) cresceu 47%, ou 3,6% ao ano,
sendo o setor mais dinâmico - mesmo depois de ter resistido às crises
O Brasil possui também um diversificado e relativamente internacionais, que exigiram uma constante adaptação da economia
sofisticado setor de serviços. Durante a década de 1990, o setor brasileira.
bancário representou 16% do PIB. Apesar de sofrer uma grande
reformulação, a indústria de serviços financeiros do Brasil oferece às A posição em termos de transparência do Brasil no ranking
empresas locais uma vasta gama de produtos e está atraindo inúmeros internacional é a 75ª de acordo com a Transparência Internacional. É igual
novos operadores, incluindo empresas financeiras estadunidenses. A Bolsa à posição da Colômbia, do Peru e do Suriname.
de Valores, Mercadorias e Futuros de São Paulo está passando por um Controle e reforma
processo de consolidação e o setor de resseguros, anteriormente
monopolista, está sendo aberto a empresas de terceiros. Entre as medidas recentemente adotadas a fim de equilibrar a
economia, o Brasil realizou reformas para a sua segurança social e para os
Em 31 de Dezembro de 2007, havia cerca de 21.304.000 linhas sistemas fiscais. Essas mudanças trouxeram consigo um acréscimo
de banda larga no Brasil. Mais de 75% das linhas de banda larga via DSL e notável: a Lei de Responsabilidade Fiscal, que controla as despesas
10% através de modem por cabo. públicas dos Poderes Executivos federal, estadual e municipal. Ao mesmo
As reservas de recursos minerais são extensas. Grandes reservas tempo, os investimentos foram feitos no sentido da eficiência da
de ferro e manganês são importantes fontes de matérias-primas industriais administração e políticas foram criadas para incentivar as exportações, a
e receitas de exportação. Depósitos indústria e o comércio, criando "janelas de oportunidade" para os
de níquel, estanho, cromita, urânio, bauxita, berílio, cobre, chumbo,tungstên investidores locais e internacionais e produtores. Com estas mudanças, o
io, zinco, ouro, nióbio e outros minerais são explorados. Alta qualidade de Brasil reduziu sua vulnerabilidade. Além disso, diminuiu drasticamente as
cozimento de carvão de grau exigido na indústria siderúrgica está em falta. importações de petróleo bruto e tem metade da sua dívida doméstica pela
O Brasil possui extensas reservas de terras raras, minerais essenciais à taxa de câmbio ligada a certificados. O país viu suas exportações
indústria de alta tecnologia. De acordo com a Associação Mundial do Aço, o crescerem, em média, a 20% ao ano. A taxa de câmbio não coloca pressão
Brasil é um dos maiores produtores de aço do mundo, tendo estado sempre sobre o setor industrial ou sobre a inflação (em 4% ao ano) e acaba com a
entre os dez primeiros nos últimos anos. possibilidade de uma crise de liquidez. Como resultado, o país, depois de
12 anos, conseguiu um saldo positivo nas contas que medem as
O Brasil, juntamente com o México, tem estado na vanguarda do exportações/importações, acrescido de juros, serviços e pagamentos no
fenômeno das multinacionais latino-americanas, que, graças à tecnologia exterior. Assim, respeitados economistas dizem que o país não será
superior e organização, têm virado sucesso mundial. profundamente afetado pela atual crise econômica mundial.
Essas multinacionais têm feito essa transição, investindo maciçamente
no exterior, na região e fora dela, e assim realizando uma parcela crescente Sem empregos e educação, milhões ficam à margem de crescimento
de suas receitas a nível internacional. O Brasil também é pioneiro nos brasileiro
campos da pesquisa de petróleo em águas profundas, de onde 73% de Júlia Dias Carneiro e Paula Adamo Idoeta
suas reservas são extraídas. De acordo com estatísticas do governo, o
Brasil foi o primeiro país capitalista a reunir as dez maiores empresas Da BBC Brasil no Piauí e em São Paulo
montadoras de automóvel em seu território nacional.
Maiores companhias
Em 2012, 33 empresas brasileiras foram incluídas na Forbes Global
2000 - uma classificação anual das principais 2000 companhias em todo o
mundo pela revista Forbes.
Energia
O governo brasileiro empreendeu um ambicioso programa para reduzir
a dependência do petróleo importado. As importações eram responsáveis
por mais de 70% das necessidades de petróleo do país, mas o Brasil se
tornou autossuficiente em petróleo em 2006. O Brasil é um dos principais
produtores mundiais de energia hidrelétrica, com capacidade atual de cerca
de 108.000 megawatts. Hidrelétricas existentes fornecem 80% da Assunção do Piauí tem o 10º pior rendimento per capita domiciliar do
eletricidade do país. Dois grandes projetos hidrelétricos, a 15.900 Brasil. (Foto: Júlia Carneiro - BBC Brasil)
megawatts de Itaipu, no rio Paraná (a maior represa do mundo) e
da barragem de Tucuruí no Pará, no norte do Brasil, estão em operação. O Ao chegar de carro por uma estrada de terra arenosa, uma placa
primeiro reator nuclear comercial do Brasil, Angra I, localizado perto do Rio dá as boas-vindas a Assunção do Piauí, "a capital do feijão". Mas as
de Janeiro, está em operação há mais de 10 anos. Angra II foi concluído letras desbotadas, quase apagadas, deixam claro que a principal
em 2002 e está em operação também. Angra III tem a sua inauguração atividade econômica local já viu melhores dias.
prevista para 2014. Os três reatores terão uma capacidade combinada de Na pequena cidade, a 270 km de Teresina, as colheitas fracas estão
9.000 megawatts quando concluídos. O governo também planeja construir fazendo muitos desistirem de plantar feijão.
mais 17 centrais nucleares até ao ano de 2020.
"Aqui é assim, a gente só trabalha no escuro. Num ano dá e no outro
Situação econômica não dá", diz a dona de casa Francisca Pereira Moreno, mãe de cinco filhos.
Somente em 1808, mais de trezentos anos depois de ser descoberto Depois de conversar com alguns moradores de Assunção, perguntar
por Portugal, é que o Brasil obteve uma autorização do governo onde cada um trabalha parece perder sentido. Os principais empregos da
português para estabelecer as primeiras fábricas. cidade são na prefeitura local, mas para adultos como Francisca, que não
No século XXI, o Brasil é uma das dez maiores economias do mundo. sabe ler nem escrever, a única opção está na roça ou nos serviços domés-
Se, pelo menos até meados do século XX, a pauta de suas exportações era ticos. Sem alternativas, a maioria sobrevive do Bolsa Família.
basicamente constituída de matérias-primas e alimentos, como o açúcar, "Tem que ter o Bolsa Família. Porque a renda aqui do feijão não está
borracha e ouro, hoje 84% das exportações se constituem de produtos dando dinheiro. Dá R$ 60, R$ 70", diz Francisca.
manufaturados e semimanufaturados.

Geografia 14 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
A cidade é um dos retratos de um Brasil que ficou praticamente à mar- ‘O terço mais difícil’
gem do crescimento econômico nacional registrado nos últimos anos e que
tem colocado o país próximo de economias consideradas de primeiro
mundo como a Grã-Bretanha.
Apesar do recuo constante da pobreza desde o início do Plano Real,
em 1994, e da emergência da classe C, na última década, o país ainda tem
focos de pobreza extrema que se caracterizam por baixo rendimento domi-
ciliar, acesso limitado a serviços como saúde e educação e poucas pers-
pectivas de trabalho para os moradores locais.
Oportunidades insuficientes

Definindo a pobreza extrema

Grupo cada vez menor no Brasil, os extremamente pobres ficaram


mais difíceis de serem estimados:
- Segundo o Censo 2010, cerca de 16,2 milhões de pessoas vivem
com até R$ 70, em média, de renda domiciliar per capita. O número serviu
como base para o Brasil Sem Miséria. Mas o próprio IBGE faz recortes
diferentes, falando também em 12 milhões de pessoas com renda nesse
patamar (excluindo os "sem rendimento").
- Marcelo Néri, da FGV, acha o número superestimado e prefere usar
os dados do Pnad, citando cerca de 10 milhões de pessoas nessa situação Cerca de 20% da população de Assunção do Piauí depende do Bolsa
- Estudo do Ipea calculava, em 2009, 8,7 milhões de pessoas vivendo Família. (Foto: Júlia Carneiro – BBC Brasil)
com menos de R$ 67, contra 15 milhões em 2004 Desde o Plano Real, a pobreza caiu 67% no Brasil, algo inédito na sé-
Divergências numéricas à parte, especialistas concordam que a pobre- rie estatística, disse à BBC Brasil o pesquisador Marcelo Neri, do Centro de
za extrema vai além da mera questão de renda. Diz respeito também à falta Políticas Sociais da FGV. “Falta o último terço, que é o mais difícil da jorna-
de acesso a empregos, serviços básicos, educação e perspectivas. da.”

“Com o crescimento e a geração de empregos, uma parte da popula- Para Neri, é possível que o número de extremamente pobres seja até
ção saiu da pobreza extrema. (Mas) as oportunidades não foram suficientes menor do que o estimado pelo Censo, se for levada em conta a renda
para todos – sobraram os com menos condições de aproveitar, como os obtida em transações não monetárias, como trocas e agricultura familiar.
que não tinham vínculos com o mercado de trabalho ou acesso à Previdên- “Pelo Pnad (Pesquisa Nacional de Amostra de Domicílios, também do
cia e à assistência social”, explicou Rafael Osório, pesquisador do Ipea IBGE), essas pessoas seriam 5,5% da população”, disse o pesquisador da
(Instituto de Pesquisas Econômicas Aplicadas). FGV.
Segundo o Censo 2010, em média 8,5% da população brasileira ainda A incerteza a respeito do tamanho dessa população revela, na verda-
vive com renda per capita mensal de até R$ 70. Isso equivale a cerca de de, uma boa notícia: como o grupo de extremamente pobres está cada vez
16,2 milhões de pessoas – praticamente a população do estado do Rio de menor, eles ficam pouco representados na amostra geral dos brasileiros,
Janeiro. explicou Rafael Osório, do Ipea.
Com 7,5 mil habitantes, Assunção do Piauí, visitada pela BBC Brasil “As pessoas extremamente pobres são mais difíceis de se investigar.
em janeiro, teve em 2010 o 10º pior rendimento per capita domiciliar do Algumas sequer são achadas, não interagem com o Estado, não têm
país – uma média de R$ 137 reais, contra R$ 1.180 de São Paulo. documentos, e o acesso a elas é complicado”, disse.
A taxa de analfabetismo é de quase 40% entre pessoas com 15 anos Além disso, a pobreza extrema não é apenas uma questão de renda:
ou mais. A cidade tem quase 1.500 famílias beneficiárias do Bolsa Família. diz respeito também à falta de acesso a serviços básicos, como saneamen-
"Muitos ficam na fila de espera (do programa) porque Assunção já ex- to, moradia e educação de qualidade, e ao isolamento em relação ao
trapolou a cota que o Ministério do Desenvolvimento estipula para cada mercado de trabalho.
cidade", diz a assistente social Ana Alaídes Soares Câmara, que trabalha Faltam atividades econômicas
no Centro de Referência de Assistência Social da cidade.
O perfil dos extremamente pobres

Apesar das dificuldades em perfilar a população mais carente, um es-


tudo de agosto de 2011 do Ipea traz algumas características dessas pes-
soas, a partir de um universo estudado entre 2004 e 2009:
- 41,8% das famílias extremamente pobres eram casais com uma a
três crianças
- Na média geral, essas famílias tinham 4,2 pessoas
- Muitas viviam em moradias precárias ou sob risco
- 29% eram produtores agrícolas e 34% eram inativos (não trabalha-
vam nem procuravam emprego)
- Entre famílias rurais de municípios pequenos, a incidência de pobreza
extrema era mais de duas vezes superior à média nacional

Geografia 15 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
- Muitos são pequenos produtores rurais, incapazes de produzir exce- A complexidade da rede urbana brasileira
dente que gere renda; não têm conexão regular com o mercado de trabalho
e podem passam períodos desempregados A rede urbana brasileira, nos últimos anos, vem passando por um gran-
de processo de transformação oriundo do forte fenômeno de integração dos
Mas, um relatório do Ipea tenta traçar um perfil desse Brasil que demo- mercados proporcionado pela Globalização.
ra a crescer: em 2009, 41,8% das famílias extremamente pobres eram
formadas por casais com uma a três crianças; 29% eram agricultores e Estas cidades ligadas umas as outras estão em processo contínuo de
34% eram inativos (não trabalhavam nem procuravam emprego). dinamismo e assumem a sua importância dentro da rede de acordo com a
sua produção, circulação, consumo e os diversos aspectos das relações
Dados do Censo 2010 indicam que muitos desses bolsões extrema- sociais.
mente pobres se concentram em cidades de porte mediano, de entre 10 mil
e 50 mil habitantes. Segundo Correa (2001, p. 359), há alguns tipos de redes, como exem-
plo, tem-se redes do tipo solar, dendrítico, christalleriano, axial e complexo.
“São cidades onde faltam atividades econômicas”, explicou Osório. Nas formas mais antigas desse sistema integrado de cidades a rede dendrí-
“Muitas têm poucos atrativos para empresas e dependem cada vez mais de tica tomava destaque, posteriormente, a forma mais comum das redes de
políticas sociais, e algumas têm um vácuo generacional (sua população cidades caracterizava-se pelo modelo Christalleriano, ou seja, um modelo
economicamente ativa migra em busca de empregos).” baseado na teoria dos lugares centrais, por sua vez, de acordo com Christal-
ler (1966), consiste no desenvolvimento desigual dos centros urbanos, com
Mas o pesquisador ressalva que não se trata de uma população fixa e um grande centro urbano se sustentando no fornecimento de serviços
estagnada: “Uma parcela tem rendimento incerto e transita entre uma especializados – centrais – cuja produtividade é superior à encontrada em
camada de renda e outra. É o caso, por exemplo, de um guardador de centros urbanos menores.
carro – se ele ficar doente, perde a renda (e passa a figurar entre os extre-
mamente pobres)”. A rede urbana brasileira, até a década de 1970, caracterizava-se, de
acordo com Corrêa (2001, p.360), por uma menor complexidade funcional
Estratégias dos seus centros urbanos, ou seja, por um pequeno grau de articulação
Como, então, combater essa pobreza extrema? entre os centros urbanos, com interações espaciais predominantemente
regionais, e pela existência de padrões espaciais simples. Corrêa (2001,
A presidente Dilma Rousseff lançou como uma das prioridades de seu p.428) ressalta que, a partir desse período, as modificações que, sobretudo,
governo o programa Brasil Sem Miséria, que tem a ambiciosa meta de irão caracterizar a rede urbana brasileira são a continuidade da criação de
erradicar a pobreza extrema até 2014 e que foca as pessoas com renda per novos núcleos urbanos, a crescente complexidade funcional dos centros
capita mensal de até R$ 70. urbanos, a mais intensa articulação entre centros e regiões, a complexidade
Iniciado em junho do ano passado, o plano contém ações que comple- dos padrões espaciais da rede e as novas formas de urbanização. Tais
mentam o Bolsa Família, com programas para fomentar o emprego, a mudanças constituem expressão continuada e atualizada de uma estrutura
capacitação profissional e atividades econômicas locais, bem como o social crescentemente diferenciada e complexa, visto que as relações soci-
aumento da oferta de serviços públicos como saúde, educação e sanea- ais, seja por meio de fatores internos ou externos, estruturam o processo de
mento. urbanização, que, no caso brasileiro, traduz-se em uma maior complexidade
da rede urbana, uma vez que se constitui em um reflexo, um meio e uma
Os especialistas ouvidos pela BBC Brasil elogiam o foco estabelecido condição social. A rede urbana reflete e reforça as características dos con-
pelo programa, mas o projeto tem óbvias dificuldades em levar serviços, textos políticos, econômicos e socioculturais da própria realidade em sua
renda e oportunidades para as pessoas mais excluídas. complexidade.
A verdade é que ultimamente as relações entre as cidades brasileiras
estão bem mais integradas, as cidades não estão mais inseridas, somente,
na economia regional. “Trata-se, em toda parte, de uma rede urbana que
sofreu o impacto da globalização, na qual, cada centro, por minúsculo que
seja, participa, ainda que não exclusivamente, de um ou mais circuitos
espaciais de produção” (SANTOS, 1988).
A rede de cidades continua sendo um sistema integrado e hierarquizado
que vai dos pequenos aglomerados às regiões metropolitanas ou grandes
cidades, mas suas conexões, no entanto, adquirem contornos complexos,
agora não mais exibindo um padrão exclusivamente christalleriano e muito
menos dendrítico como aponta Corrêa (2001, p. 365), estabelece-se assim
uma relação de múltiplos circuitos na rede urbana. Lázaro Wandson de
Assunção do Piauí: A cidade vive da cultura do feijão. (foto: Júlia Car- Nazaré Teles
neiro - BBC Brasil) Regiões metropolitanas do Brasil
“É preciso localizar (as populações empobrecidas), levar serviços pú- Atualmente no Brasil há 60 regiões metropolitanas, distribuídas por
blicos, com agentes sociais. É algo mais caro, mais artesanal”, afirmou todas as grandes regiões do país, e definidas por leis federais ou estaduais.
Neri, da FGV. A criação de uma região metropolitana não se presta a uma finalidade
Para Osório, uma alternativa seria aumentar os valores pagos pelo meramente estatística; o principal objetivo é a viabilização de sistemas de
Bolsa Família. “A maior parte dos extremamente pobres já faz parte do gestão de funções públicas de interesse comum dos municípios
programa. Se aumentarem os valores, daremos um baque na pobreza.” abrangidos. Todavia, no Brasil, as regiões metropolitanas não
possuempersonalidade jurídica própria, nem os cidadãos elegem
Mas os pesquisadores concordam que o grande estímulo para a saída representantes para a gestão metropolitana.
da pobreza é a geração de empregos – e o desafio do Brasil é conseguir
gerar vagas em áreas mais pobres justamente num momento de desacele- Segundo dados do IBGE, as "12 redes metropolitanas de primeiro
ração econômica. nível" são as seguintes: Belém, Belo
Horizonte, Curitiba, Fortaleza, Goiânia, Manaus, Porto Alegre,Recife, Rio de
"Gerar empregos depende, em última instância, da economia", disse Janeiro, Salvador e São Paulo. Também é acrescentada a RIDE deBrasília,
Osório. "E o cenário é adverso, apesar de ser o melhor caminho. Isso pode como sendo a "13ª rede metropolitana de primeiro nível". A RIDE de
não ocorrer com a mesma intensidade do que nos anos de crescimento." Brasília é uma região metropolitana de abrangência interestadual.
A rede urbana e as Regiões Metropolitanas. As regiões metropolitanas de primeiro nível são praticamente as
mesmos de 40 anos atrás, excetuando-se Brasília e Manaus - que exercem

Geografia 16 A Opção Certa Para a Sua Realização


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influência sobre uma das maiores área percentuais: 19% da área do país, e seguintes cidades (e seus entornos): Campo Grande; Santa Maria;Porto
de menor densidade: 2,2 hab./km², correspondendo a 1,9% da população Velho; Castanhal e Três Lagoas-Andradina.
do País e 1,7% do PIB nacional, no entanto, além destas concentrarem a
maior parte da população e do PIB de suas redes urbanas Aglomerados urbanos fronteiriços
(respectivamente 47,3% e 75,5%), mostrando uma grande disparidade no Assim como os aglomerados urbanos não-metropolitanos, um
PIB per capita das cidades-polos em relação ao conjunto dos municípios aglomerado urbano fronteiriço é o espaço urbano resultante de um virtual
das redes metropolitanas. processo de conurbação fronteiriço entre dois ou mais países. Este
Critérios e conceitos fenômeno é observado nas seguintes cidades (e seus entornos) de
fronteira: Marco das Três Fronteiras; Zona de Fronteira Corumbá-Puerto
Cada Estado-membro define seus critérios específicos não só para a Suárez e a Fronteira da Paz.
instituição, como também para a gestão metropolitana, com a finalidade de
integrar a organização,planejamento e execução de funções públicas de Quais são as Regiões Metropolitanas do Brasil?
interesse comum dos municípios, que podem ser enfrentadas a partir de
uma perspectiva regional. Alagoas Região Metropolitana de Maceió
A Constituição do estado de Minas Gerais, por exemplo, define Alagoas Região Metropolitana do Agreste
uma região metropolitana como "o conjunto de municípios limítrofes que Amapá Região Metropolitana de Macapá
apresentam a ocorrência ou a tendência de continuidade do tecido urbano Amazonas Região Metropolitana de Manaus
e de complementaridade de funções urbanas, que tenha como núcleo a Bahia Região Metropolitana de Salvador
capital do estado ou metrópole regional e que exija planejamento integrado Ceará Região Metropolitana de Fortaleza
e gestão conjunta permanente por parte dos entes públicos nela atuantes". Ceará Região Metropolitana do Cariri
A mesma legislação estabelece regras para a administração da Região Espírito Santo Região Metropolitana de Vitória
Metropolitana de Belo Horizonte, com a participação do governo estadual, Goiás Região Metropolitana de Goiânia
das prefeituras e da sociedade civil. Maranhão Região Metropolitana de São Luís
Maranhão Região Metropolitana do Sudoeste Maranhense
Região integrada de desenvolvimento econômico
Mato Grosso Região Metropolitana do Vale do Rio Cuiabá
Além dessas regiões metropolitanas, existem as regiões integradas de Minas Gerais Região Metropolitana de Belo Horizonte
desenvolvimento econômico, que se constituem como regiões Minas Gerais Região Metropolitana do Vale do Aço
metropolitanas em que há conurbaçãoentre cidades de dois ou mais Pará Região Metropolitana de Belém
estados, como o que ocorre no Distrito Federal, naGrande Teresina e Paraíba Região Metropolitana de João Pessoa
em Petrolina/Juazeiro. Paraíba Região Metropolitana de Campina Grande
Paraná Região Metropolitana de Curitiba
Aglomerações urbanas
Paraná Região Metropolitana de Londrina
Uma aglomeração urbana é o espaço urbano contínuo, resultante de Paraná Região Metropolitana de Maringá
um processo deconurbação ainda incipiente. Trata-se de um espaço Pernambuco Região Metropolitana do Recife
urbano de nível sub-metropolitano ou, em termos simplificados, de Rio de Janeiro Região Metropolitana do Rio de Janeiro
uma região metropolitana de menor porte, em que asáreas urbanas de Rio Grande do Norte Região Metropolitana de Natal
duas ou mais cidades são fracamente conurbadas. São cinco as Rio Grande do Sul Região Metropolitana de Porto Alegre
aglomerações já estabelecidas por lei: Santa Catarina Região Metropolitana do Norte/Nordeste Catarinen-
se
Aglomeração Urbana de Jundiaí;
Santa Catarina Região Metropolitana de Florianópolis
Aglomeração Urbana de Piracicaba; Santa Catarina Região Metropolitana do Vale do Itajaí
São Paulo Região Metropolitana de São Paulo
Aglomeração urbana do Litoral Norte (Rio Grande do Sul); São Paulo Região Metropolitana de Campinas
Aglomeração Urbana do Nordeste do Rio Grande do Sul (região de São Paulo Região Metropolitana da Baixada Santista
Caxias do Sul); Sergipe Região Metropolitana de Aracaju

Aglomeração urbana do Sul (Rio Grande do Sul) (região de Pelotas).


Formação Territorial e Divisão Político-Administrativa: Divisão
Ainda há mais uma aglomerações existentes somente para fins Político-Administrativa; Organização federativa.
estatísticos, são elas:
Divisão político-administrativa do Brasil
Aglomeração Urbana Central
Eduardo de Freitas
Microrregiões
Microrregião é, de acordo com a Constituição brasileira de 1988, um
agrupamento de municípios limítrofes. Sua finalidade é integrar a
organização, o planejamento e a execução de funções públicas de
interesse comum, definidas por lei complementar estadual.
Não tem a função de uma região metropolitana, no entanto para fim
estatístico agrupa vários municípios com características socioeconômicas
similares.
Conurbações não-oficiais
Aglomerados urbanos não-metropolitanos
Um aglomerado urbano não-metropolitano é o espaço
urbano semicontínuo (às vezes sem nenhuma continuidade), resultante de
um virtual processo de conurbação. Não pode ser classificado como um
espaço urbano metropolitano, mas já apresenta um nível de interligação de
transportes e serviços muito grandes. Este fenômeno é observado nas

Geografia 17 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
o imperador deve observar os limites traçados no ordenamento jurídico do
Estado.
A responsabilidade dos governantes, em especial dos chefes do Poder
Executivo, é da essência da forma republicana de governo.
Velha República é a denominação dada ao período que abrange desde
a proclamação dessa forma de governo no Brasil até a Revolução de 1930.
Denomina-se Nova República o período iniciado com a eleição de
Tancredo Neves para a Presidência da República em 15 de janeiro de 1985
e o fim do regime militar instituído em 1964.
Montesquieu também cita o despotismo como forma de governo. Neste
o monarca reina fora da ordem jurídica e baseado no medo que impõe ao
povo.
A forma de Estado (Estado federado, composto, ou Estado unitário,
simples) indica a existência ou não de uma divisão territorial do poder.
O Estado unitário é caracterizado pela concentração do poder em um
órgão central. Pode ser puro (poder totalmente concentrado no órgão
central), descentralizado administrativamente (são designados órgãos para
executar as deliberações já tomadas pelo poder central) ou descentralizado
política e administrativamente (quando os órgãos executores das medidas
do poder central possuem maior liberdade de execução).
Divisão político-administrativa atual do Brasil Na Federação há poderes regionais, que desfrutam da autonomia que
lhes confere a Constituição Federal, e um poder central aglutinador, que
representa a soberania nacional. Nas Federações é comum a existência de
O Brasil é um país autônomo e independente politicamente, possui um um órgão judiciário de competência nacional, que dirime inclusive conflitos
território dividido em estados, que nesse caso são vinte seis, além do entre os Estados federados e entre estes e o poder central (no Brasil, o
distrito federal que representa uma unidade da federação que foi instituída STF), e de um Senado com representação idêntica de todas as unidades
com intuito de abrigar a capital do Brasil e também a sede do Governo da Federação (atualmente temos 26 Estados e 1 Distrito Federal, sendo
Federal. que cada um elege 3 dos nossos 81 senadores).
Federalismo assimétrico é aquele que busca acomodar as
Foram vários os motivos que levaram o Brasil a realizar uma divisão in- desigualdades regionais por meio de incentivos e repartições de receitas,
terna do território, dentre eles os fundamentais foram os fatores históricos e medidas que preservam a própria existência da unidade nacional.
político-administrativos. Esse processo teve início ainda no período coloni- Manoel Gonçalves Ferreira Filho cita a seguinte lição de Sampaio
al, momento esse que o Brasil estava dividido em capitanias hereditárias, Dória: “O poder que dita, o poder supremo, aquele acima do qual não haja
dessa forma estados como Pernambuco, Paraíba e Rio Grande do Norte outro, é a soberania. Só esta determina a si mesma os limites de sua
são derivados de antigas capitanias estabelecidas no passado momento no competência. A autonomia, não. A autonomia atua dentro dos limites que a
qual vigorava esse tipo de divisão. soberania lhe tenha transcrito”.
Um dos motivos que favorece a divisão interna do país é quanto ao CONCEITO DE ESTADO
controle administrativo do território, no qual subdivide as responsabilidades O Estado é a pessoa jurídica que tem como elementos básicos a
de fiscalizar em partes menores, uma vez que grandes extensões territori- soberania, o povo (elemento humano), o território (base) e o governo (poder
ais sem ocupação e ausência de estado podem provocar uma série de condutor); é a sociedade politicamente organizada dentro de determinado
problemas, inclusive de perda de territórios para países vizinhos. espaço físico e que tem por fim o bem-estar de todos.
No fim do século XIX praticamente todos os estados já estavam com Povo: é o conjunto dos cidadãos, daqueles que mantêm um vínculo
suas respectivas configurações atuais, porém alguns estados surgiram jurídico com o Estado.
posteriormente, como o Mato Grosso do Sul (1977) e o Tocantins (1988), Cidadão: em sentido estrito, é aquele que detém o poder de
provocando uma remodelagem na configuração cartográfica e administrati- participação nos negócios do Estado por estar no gozo dos seus direitos
va interna do país. políticos.
Estados significam unidades da federação brasileira. O Brasil possui População: é conceito meramente demográfico.
leis próprias, pois está organizado politicamente e detém total autonomia. Nação: é um conceito político-sociológico que indica a existência de
As leis são criadas em nível federal e são soberanas, no entanto, estados e uma comunidade unida por laços históricos.
municípios possuem leis próprias, mas que são subordinadas às leis nacio- Território: é a extensão sobre a qual o Estado exerce sua soberania.
nais, no caso, a Constituição Federal. Além da divisão em federações Por República Federativa do Brasil entende-se o território brasileiro, o
existem uma dentro dos estados, a regionalização em município, que espaço aéreo nacional, o mar territorial (12 milhas marítimas, nos termos da
possui leis particulares que são submissas às leis federais, essa regionali- Lei n. 8.617/1993), o subsolo, os navios e aeronaves de guerra brasileiros
zação ainda pode ser dividida em distritos. em qualquer lugar que se encontrem, os navios mercantes brasileiros em
alto-mar ou de passagem em mar territorial estrangeiro e as aeronaves civis
Da organização do Estado brasileiras em vôo sobre o alto-mar ou de passagem sobre águas
internacionais ou espaços aéreos estrangeiros.
FORMA DE GOVERNO E FORMA DE ESTADO
Zona contígua brasileira: é a faixa que se estende das doze às vinte e
O caput do art. 1º da CF estabelece que em relação à forma de
quatro milhas marítimas, contadas a partir das linhas de base que servem
governo e à forma de Estado o Brasil é uma República Federativa, formada
para medir a largura do mar territorial.
pela união indissolúvel dos Estados e Municípios e do Distrito Federal.
Na zona contígua, o Brasil poderá tomar as medidas de fiscalização
A forma de governo indica a maneira como se dá a instituição do poder
necessárias para:
na sociedade e a relação entre o povo e seus governantes. As formas mais
comuns de governo são a Monarquia (poder singular), caracterizada pela I — evitar as infrações às leis e aos regulamentos aduaneiros, fiscais,
ascensão automática, hereditária e vitalícia ao trono, e a República (poder de imigração ou sanitários, no seu território ou no seu mar territorial;
plural), cuja marca principal é a eletividade periódica do Chefe de Estado II — reprimir as infrações às leis e aos regulamentos, no seu território
para um mandato cujo prazo é fixado na Constituição. ou no seu mar territorial.
Na Monarquia absoluta o rei ou o imperador exerce o poder de forma Zona econômica exclusiva (ZEE): compreende uma faixa que se
ilimitada. Na Monarquia constitucional, mais comum na atualidade, o rei ou estende das doze às duzentas milhas marítimas, contadas a partir das

Geografia 18 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
linhas de base que servem para medir a largura do mar territorial. suplementar (art. 24, § 2º)”.
FEDERAÇÃO. A UNIÃO, OS ESTADOS, O DF, OS MUNICÍPIOS E A diferença que se faz entre competência exclusiva e competência
OS TERRITÓRIOS (ART. 18 DA CF) privativa é que a exclusiva é indelegável e a privativa, delegável.
No Brasil, a Federação nasceu de forma artificial, pois primeiro foi Divisão da competência legislativa
criado o Estado Central e depois foram criadas as Unidades Federativas As regras previstas nos arts. 22, 24, 25 e 30 da Constituição Federal
(federalismo por segregação). Nos Estados Unidos da América do Norte, ao são pertinentes à competência legislativa, ou seja, à atribuição
contrário, havia Estados soberanos preexistentes que se agregaram para constitucional de cada um dos entes políticos (assim entendidos os dotados
constituir a Federação (federalismo por agregação). de Poder Legislativo) no poder de editar leis.
E é na perspectiva da Federação que deve ser estudada a organização Havendo dúvida quanto à atribuição de cada ente político, deve ser
político-administrativa, quando é afirmada a autonomia dos entes que com- observado o princípio da predominância de interesse (nacional, regional ou
põem o Estado e se lhes garantem competências próprias. local) na matéria.
União À União compete legislar privativamente sobre as matérias previstas no
A União é componente da República Federativa do Brasil, em conjunto art. 22 da CF, embora o parágrafo único do dispositivo autorize a União a
com Estados-Membros, Distrito Federal e Municípios. Diga-se, no entanto, delegar aos Estados e ao DF, por lei complementar, poderes para legislar
que o modelo trilhado pelo constituinte pátrio não é usual, já que a sobre questões específicas das matérias ali arroladas.
Federação pressupõe apenas a reunião de Estados-Membros, sendo O art. 24, por sua vez, disciplina a denominada competência legislativa
atípica e própria do modelo brasileiro a elevação dos Municípios à categoria concorrente da União, dos Estados e do Distrito Federal. Quanto a essas
de ente da Federação. matérias, cabe à União estabelecer normas gerais (diretrizes gerais de
Na perspectiva interna, a União é ente da Federação, dotado de abrangência nacional), enquanto Estados e Distrito Federal recebem
autonomia política, administrativa e de autolegislação, sendo pessoa atribuição para suplementar as normas gerais e editar leis disciplinando as
jurídica de direito público interno (art. 41, I, do CC). Sob prisma diverso, ela especificações de cada matéria, garantindo assim a aplicabilidade das
representa a República Federativa, é instrumento de exteriorização da regras no âmbito regional.
soberania do Estado brasileiro (art. 21, I a IV, da CF). A competência da União para legislar sobre normas gerais não exclui a
O patrimônio da União é formado pelos bens indicados competência suplementar dos Estados, os quais devem apenas preencher
exemplificativamente a partir do art. 20 da CF, como as terras devolutas as lacunas ou adaptar as regras gerais às peculiaridades regionais, sem
indispensáveis à defesa da fronteira, indispensáveis à preservação afrontar a legislação federal.
ambiental; o mar territorial; os potenciais de energia hidráulica; os terrenos Inexistindo lei federal sobre as normas gerais previstas no art. 24,
de marinha; os recursos naturais da plataforma continental, dentre outros. Estados e Distrito Federal exercerão a competência legislativa plena
A Emenda Constitucional n. 46 alterou o inciso IV do art. 20 da (legislarão supletivamente sobre as normas gerais e exercerão sua
Constituição Federal. A redação atual estabelece que são bens da União as competência própria quanto às especificações). A superveniência de lei
ilhas fluviais e lacustres nas zonas limítrofes com outros países; as praias federal sobre normas gerais suspenderá (mas não revogará) a eficácia da
marítimas; as ilhas oceânicas e as costeiras, excluídas, destas, as que lei estadual, no que lhe for contrária.
contenham a sede de Municípios, exceto aquelas áreas afetadas ao serviço Aos Municípios compete legislar sobre assuntos de interesse local e
público e a unidade ambiental federal, e as referidas no art. 26, II, da complementar (suplementar) à legislação federal e à legislação estadual no
própria Constituição. que couber, respeitando as suas diretrizes básicas.
O rol não é, nem poderia ser, taxativo, pela impossibilidade lógica de o Nos termos da Súmula 645 do STF, é competente o Município para
constituinte antecipar fatos e mutações impostas pelo desenvolvimento fixar o horário de funcionamento de estabelecimento comercial.
nacional e mesmo pelo desenvolvimento tecnológico e científico, que Ao Distrito Federal são atribuídas as competências legislativas
podem importar em novas formas de descoberta de bens e atribuição de reservadas aos Estados e Municípios, exceto quanto à organização do
importância ou valor até então desconhecidos. Poder Judiciário, Ministério Público, Defensoria Pública, Polícia Civil, Polícia
Sendo, no entanto, bens públicos, integram necessariamente o Militar e Corpo de Bombeiros Militar, nos termos dos incisos XIII e XIV do
patrimônio público deferido à pessoa jurídica de direito público interno art. 21 da CF (que serão organizados por lei federal).
representativa da União Federal. Por fim, temos a denominada competência residual dos Estados-
A Floresta Amazônica brasileira, a Mata Atlântica, a Serra do Mar, o Membros, ou seja, são reservadas aos Estados as competências que a
Pantanal Mato-grossense e a Zona Costeira são patrimônio nacional, nos Constituição Federal não lhes veda nem atribui à União ou aos Municípios
termos do § 4º do art. 225 da CF. Referido dispositivo, contudo, não (art. 25, §§1º e 2º). A competência residual também é denominada
converte em bens públicos os imóveis particulares existentes nas áreas exclusiva.
especificadas, nem tampouco impede a utilização destes, desde que Em matéria tributária, porém, a competência residual foi atribuída à
observadas as prescrições legais e respeitadas as condições necessárias à União, que mediante lei complementar poderá instituir impostos não
preservação ambiental (STF, RE 134.297). previstos expressamente na CF, nos termos do seu art. 154, I.
Os símbolos do País são a bandeira, o hino, as armas e o selo Estados-Membros
nacionais, sem prejuízo de os Estados-Membros, o DF e os Municípios
adotarem símbolos próprios. Aos índios, o art. 231 da CF garante o uso das Integrantes da Federação, os Estados-Membros também são dotados
suas línguas. de autonomia política, administrativa e de competência para legislar, e são
pessoas jurídicas de direito público interno.
Competência material
A competência para o governO próprio e a competência para legislar é
A competência administrativa, também denominada material ou não que estabelecem a distinção entre o Estado unitário e o Estado federal, já
legislativa, impõe o dever ou a possibilidade de atuação material da União que a autonomia que lhes é deferida é exercida sem concessão pelo poder
em áreas e matérias expressas na Constituição, podendo ser: exclusiva central (não há poder do Estado por concessão da União). Detêm, no
(art. 21) ou comum a outros Entes Federados (art. 23). São hipóteses de entanto, apenas autonomia (e não soberania), o que resulta a necessidade
atuação da máquina administrativa, regida em regra por normas de direito de atendimento das diretrizes fixadas antes na Constituição da República.
público (especialmente de direito tributário, de direito administrativo, de
direito previdenciário). Trata-se da gestão da coisa pública, da atividade Auto-organização corresponde à possibilidade de os Estados organiza-
administrativa. rem-se por suas Constituições. Trata-se de poder decorrente, chamado por
muitos “poder constituinte derivado decorrente”, como já visto.
Conforme leciona José Afonso da Silva, “podemos classificar as
competências primeiramente em dois grandes grupos e suas subclasses: Tal poder pode ser reconhecido como “constituinte” porque, de fato,
(1) competência material, que pode ser: (a) exclusiva (art. 21, a exemplo de institui poderes estatais (o Legislativo, o Judiciário, o Executivo), mas não é
emitir moeda); e (b) comum, cumulativa ou paralela (art. 23, a exemplo de originário, pois deriva da Constituição.
cuidar da saúde); (2) competência legislativa, que pode ser: (a) exclusiva A limitação ao exercício desse poder constituinte está fixada na
(art. 25, §§ 1º e 2º); (b) privativa (art. 22); (e) concorrente (art. 24); (d) obrigatória observância de princípios constitucionais.

Geografia 19 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
Os princípios limitativos, aos quais a Constituição dos Estados está EC n. 15/1996 argumenta que as normas anteriores (LC n. 1/1967 e Dec.-
atrelada, classificam-se em duas espécies: Lei n. 411/1969) foram recepcionadas e disciplinam a questão.
a) princípios constitucionais sensíveis, que são aqueles enumerados O C. Supremo Tribunal Federal, ao apreciar a ADIn-MC 2.38 l/RS,
expressamente (CF, art. 34, VII); concluiu: “Embora não seja auto-aplicável o § 4º do art. 18 da CF (nova
b) princípios constitucionais estabelecidos, que são aqueles que redação dada pela EC 15/96) — que sujeita à lei complementar federal os
encerram algumas vedações ou determinam alguns procedimentos ou critérios para criação, incorporação, fusão e desmembramento de
regem a Administração Pública. municípios —, é imediata sua eficácia mínima, de modo a impedir a
Os princípios constitucionais sensíveis estão previstos no art. 34, VII, e instauração e conclusão de processos de emancipação de municípios em
são assim denominados porque a infringência de qualquer deles sensibiliza curso, ate que advenha a lei complementar federal”. No mesmo sentido a
o Estado Federal a tal ponto que provoca a sua intervenção na entidade liminar concedida pelo C. STJ no Mandado de Segurança n. 2.812-A,
violadora. suspendendo plebiscito emancipatório.
Autogoverno característica do Estado federal, o autogoverno garante Em São Paulo, onde os projetos de emancipação estão
aos Estados a capacidade de administrar seus interesses e de estabelecer temporariamente suspensos na Assembleia Legislativa aguardando a nova
a regência de seus negócios, sem prévia delegação ou descentralização lei complementar federal, a questão é disciplinada pela LC estadual n.
havida do poder central. 651/1990.
Incorporação, subdivisão e desmembramento dos EstadosMembros Ao julgar o Conflito de Competência n. 2.530/1992, o STJ concluiu que
compete à Justiça Estadual, e não à Justiça Eleitoral, processar e julgar
A incorporação (a exemplo do Estado da Guanabara, incorporado pelo mandado de segurança contra ato do plenário da Assembleia Legislativa
Rio de Janeiro em 1975, cf. LC n. 20/1974), a subdivisão (o ente originário que determina a realização de plebiscito objetivando a emancipação de
desaparece e seu território forma um ou mais novos Estados) ou o des- distrito. A competência da Justiça Eleitoral, no processo emancipacionista,
membramento (o ente originário subsiste, mas parte de seu território forma restringe-se a prestar informações sobre o eleitorado da área e a proceder
um novo Estado, a exemplo de Mato Grosso e Mato Grosso do Sul, Goiás à realização e apuração do plebiscito.
e Tocantins) de um Estado-Membro, para incorporação a outro, ou mesmo
para a criação de um novo Estado-Membro ou de um Território Federal, O art. 29 da CF dispõe que o Município se regerá por lei orgânica
depende da aprovação da população interessada, via plebiscito convocado votada em dois turnos, com o intervalo mínimo de dez dias e aprovada por
por decreto legislativo (aprovado por maioria simples), cuja proposta é de 2/3 dos membros da Câmara Municipal, que a promulgará.
iniciativa de 1/3 dos deputados federais ou dos senadores (Lei n. OS TERRITÓRIOS E O DISTRITO FEDERAL
9.709/1998). Para a criação de um Território (tramitam propostas de criação de
Havendo consentimento popular, o Congresso Nacional, por intermédio Territórios na Região Amazônica), exige-se a aprovação da proposta pela
da Casa pela qual começou a tramitar o projeto de lei, deve colher a população diretamente interessada, mediante plebiscito (a ser proposto por
manifestação (que não vincula a decisão do Parlamento Nacional) da(s) 1/3 dos deputados federais ou por 1/3 dos senadores), e a aprovação pelo
Assembleia(s) Legislativa(s) das regiões envolvidas, nos termos do art. 48, Congresso Nacional por lei complementar — que exige o voto favorável da
VI, da CF e da Lei n. 9.709/1998. maioria dos membros das Casas Legislativas (arts. 18, § 3º, e 69 da CF),
Ao final, a proposta dependerá da aprovação do Congresso Nacional, depois de ouvida(s) a(s) Assembleia(s) Legislativa(s) das áreas afetadas
por lei complementar federal. (parecer não vinculante — art. 48, VI, da CF).
Os Municípios Os Territórios podem ser divididos em Municípios (art. 33, § 1º, da CF)
e não são considerados entes da Federação (como são os Estados-
Atipicamente, a estrutura brasileira prevê que também os Municípios Membros). São uma descentralização administrativa e territorial da União,
integram a Federação, pois gozam de ampla autonomia política, financeira, com natureza de mera autarquia. O Território não elege senador (pois não
legislativa e administrativa (art. 18). A auto-organização dos Municípios é é ente federado), mas sua população elege quatro deputados federais
primordialmente expressa na elaboração de sua própria lei orgânica. (representantes do povo do Território).
Hely Lopes Meirelles sustenta que diante de sua grande importância e O governador do Território é nomeado pelo Presidente da República,
autonomia na federação brasileira o Município é uma “entidade estatal de após a aprovação do seu nome pelo Senado Federal (inciso XIV do art. 84
terceiro grau, integrante e necessária ao nosso sistema federativo”, ou seja, da CF), e naqueles Territórios Federais com mais de cem mil habitantes
nossa Federação é trina (tríplice), e não dualista.. No mesmo sentido haverá órgãos judiciários de primeira e segunda instâncias, membros do
decidiu o C. STF na ADIn-MC 2.38 1/RS, DJU, 14-12-2001. O art. 87 do Ministério Público e defensores públicos federais (§ 3º do art. 33 da CF).
ADCT, inserido pela EC n. 37/2002, e a Lei de Responsabilidade Fiscal (art.
2º da LC n. 101/2000) incluem os Municípios entre os entes da Federação. Conforme estabelece o parágrafo único do art. 110 da CF, “nos
Territórios Federais, a jurisdição e as atribuições cometidas aos juízes
José Afonso da Silva, por sua vez, leciona que “o município é federais caberão aos juízes da justiça local, na forma da lei”.
componente da Federação mas não entidade federativa”, destacando que
por onze vezes (entre elas o § 1º do art. 5º e o inciso II do art. 60) a A Lei n. 8.185/1991 dispõe sobre a organização judiciária do Distrito
Constituição Federal utiliza as expressões unidades da Federação e Federal e dos Territórios. O Distrito Federal integra a Federação, elege
unidade federada sem incluir os Municípios. senadores e deputados federais, tem eleição direta para governador, mas
não pode ser desmembrado em Municípios (art. 32, caput, da CF). Nele
Entre outros requisitos das unidades federadas, os Municípios não está situada a Capital Federal, Brasília, embora a sede do governo federal
dispõem de Poder Judiciário próprio ou representante exclusivo no Senado possa ser temporariamente transferida pelo Congresso Nacional (art. 48,
Federal. VII, da CF).
A criação, incorporação, fusão (dois ou mais Municípios são extintos e Discute-se a natureza jurídica do Distrito Federal, prevalecendo tratar-
formam uma nova cidade) ou desmembramento de Municípios depende de se de pessoa jurídica criada diretamente pela Constituição Federal e que se
estudos quanto à viabilidade do ente que se quer formar (EC n. 15, de 12- equipara aos Estados-Membros, desfrutando das competências legislativas
9-1996), da aprovação, por plebiscito, das populações dos Municípios municipais e estaduais.
envolvidos (segundo prevalece na doutrina e consta do art. 7º da Lei n.
9.709/1998, população da área desmembrada e da área que poderá ser Tem capacidade de se autoconstituir, elaborando sua própria lei
emancipada), da observância dos requisitos previstos em lei complementar orgânica, votada em dois turnos, com interstício mínimo de dez dias, e
federal que disciplina a matéria e de lei estadual. aprovada por 2/3 dos membros da Câmara Legislativa, que a promulgará
(art. 32 da CF). O povo do DF elege autoridades próprias (Câmara
Havendo empate no plebiscito, fica vedada a criação do novo Legislativa, onde estão os deputados distritais, além de governador e vice-
Município, conforme já decidiu o STF no julgamento da Ação Rescisória n. governador eleitos, nos termos do art. 32, §§ 2º e 3º). Funciona como sede
798/1983. das decisões do Estado Federal.
Prevalece atualmente que a EC n. 15/1996 depende de Observe-se, porém, que a autonomia do Distrito Federal não é tão
regulamentação por nova lei complementar, razão por que inúmeras ampla quanto aquela verificada nos Estados-Membros, já que parte de sua
Assembleias Legislativas suspenderam os procedimentos estrutura administrativa é organizada e mantida pela União (Poder
emancipacionistas. Quem sustenta a aplicabilidade imediata das regras da Judiciário, Ministério Público, Defensoria Pública, Polícia Civil, Polícia Militar

Geografia 20 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
e Bombeiro Militar, nos termos dos incisos XIII e XIV do art. 21 da CF). José A intervenção que decorre de requisição do Poder Judiciário não está
Afonso da Silva classifica o Distrito Federal como “uma unidade federada sujeita a controle político pelo Congresso Nacional, ainda que implique o
com autonomia parcialmente tutelada”. afastamento do Chefe de um dos Poderes, conforme sustenta Manoel
SECESSÃO Gonçalves Ferreira Filho e consta do § 3º do art. 36 da CF. Michel Temer
Destaque-se, ainda, que a Federação brasileira é indissolúvel (princípio leciona em sentido contrário, sempre exigindo a prévia manifestação do
da indissociabilidade — art. 1º, caput) . Essa indivisibilidade integra o Congresso Nacional para que seja consumada a intervenção federal.
conceito de Federação, forma de Estado explicitada como cláusula pétrea. Cessados os motivos da intervenção, as autoridades afastadas
Nem sequer por emenda constitucional, portanto, admite-se a secessão retornam aos seus cargos, salvo impedimento legal.
(separação de um dos entes da Federação para a formação de um novo A intervenção federal é uma das limitações circunstanciais ao Poder de
Estado soberano). Emenda (art. 60, § 1º, da CF).
De acordo com o art. 11 da Lei n. 7.170/1983, tentar desmembrar uma Outras hipóteses de intervenção federal
parte do Brasil para a formação de um novo país é crime punido com Conforme leciona Hugo Nigro Mazzilli, “há dois tipos de intervenção, a
reclusão de quatro a doze anos. espontânea, em que o Presidente da República age de ofício, e a
“Crime contra a Segurança Nacional, contra a Ordem Política e Social provocada, quando o presidente agirá, conforme o caso, de forma
— Movimentos separatistas. Caracterização em tese do crime previsto no discricionária ou vinculada. Será discricionária quando de solicitação do
art. 11 da Lei n. 7.170/83 — Providências requeridas pelo Ministro da Poder Legislativo ou do Poder Executivo coacto ou impedido, porque se
Justiça — Conduta que não se reveste de ilegalidade do abuso de poder aterá o presidente a critérios de oportunidade e conveniência, não estando
Habeas corpus preventivo denegado” (STJ, j. 3-6-1993, RT, 705/373). obrigado a decretá-la se entender que não é o caso. Por último, a
Compete ao Senado autorizar operações externas de natureza intervenção vinculada ocorre em duas hipóteses: a) quando de requisição
financeira, de interesse da União, dos Estados, do Distrito Federal, dos de um dos Tribunais Superiores indicados na Constituição; b) ou quando de
Territórios e dos Municípios, nos termos do art. 52, V, da CF, provimento de representação interventiva”.
regulamentado pela Resolução n. 43/2001. Além da intervenção decorrente da representação interventiva,
AÇÃO DECLARATÓRIA DE INCONSTITUCIONALIDADE INTER- (intervenção provocada e vinculada), o art. 34 da CF autoriza a intervenção
VENTIVA federal em um Estado ou no Distrito Federal para:
Essa ação, por vezes denominada representação interventiva, tem por I — manter a integridade nacional (intervenção espontânea e sujeita à
objetivo garantir a observância dos princípios constitucionais sensíveis, apreciação do Congresso Nacional);
podendo culminar com a intervenção federal em um Estado ou no DF, a II — repelir invasão estrangeira ou de uma unidade da Federação em
intervenção federal em Município de Território ou, ainda, a intervenção outra (intervenção espontânea e sujeita à apreciação do Congresso
estadual em um Município. Nacional);
São princípios constitucionais sensíveis, nos termos do art. 34, VII, da III — pôr termo a grave comprometimento da ordem pública
Constituição Federal: (intervenção espontânea e sujeita à apreciação do Congresso Nacional);
a) forma republicana, sistema representativo e regime democrático; IV — garantir o livre exercício de qualquer dos Poderes nas unidades
b) direitos da pessoa humana; da Federação. Trata-se de intervenção provocada ou pelo Poder Executivo
c) autonomia municipal; ou pelo Poder Legislativo de uma unidade da Federação, cabendo ao
Presidente da República acolher ou não o pedido dentro da sua
d) prestação de contas da administração pública, direta e indireta; discricionariedade. Caso decrete a intervenção federal, o Presidente da
e) aplicação do mínimo exigido da receita resultante de impostos República deve dar ciência do ato ao Congresso Nacional em vinte e quatro
estaduais, compreendida a proveniente de transferências, na manutenção e horas, o qual manterá ou revogará o ato.
desenvolvimento do ensino e nas ações e serviços públicos de saúde. Caso o poder impedido de exercer livremente suas atividades seja o
O único legitimado para propor essa ação junto ao STF, visando à Judiciário, cabe ao Presidente do respectivo tribunal coagido solicitar pro-
intervenção federal em um Estado, no DF ou em Município de Território vidências ao STF, o qual poderá requisitar a intervenção ao Presidente da
Federal, é o Procurador-Geral da República, nos termos do inciso III do art. República (intervenção provocada e vinculada);
36 da Constituição Federal. Qualquer interessado pode encaminhar-lhe V — reorganizar as finanças da unidade da Federação que:
representação nesse sentido.
a) suspender o pagamento da dívida fundada por mais de dois anos
A intervenção é medida excepcional que restringe a autonomia consecutivos (ou seja, por um mínimo de três anos seguidos), salvo motivo
conferida pela CF aos Estados, ao DF e aos Municípios. de força maior. Dívida fundada é aquela de exigibilidade superior a doze
De acordo com a Lei n. 4.337/1964 (parcialmente recepcionada pela meses, nos termos do art. 98 da Lei n. 4.320/64 e dos arts. 29 a 42 da Lei
CF de 1988), a autoridade ou o órgão responsável pelo ato impugnado terá Complementar n. 10 1/2000 (Lei de Responsabilidade Fiscal);
trinta dias para se manifestar. Em seguida, o relator terá trinta dias para b) deixar de entregar aos Municípios receitas tributárias fixadas nesta
elaborar seu relatório. Constituição, dentro dos prazos estabelecidos em lei. Os arts. 157 a 162 da
Não há previsão de liminar em ação declaratória de Constituição de 1988 e 83 a 94 do Código Tributário Nacional cuidam da
inconstitucionalidade interventiva da União nos Estados-Membros e no chamada repartição de receitas, também conceituada como federalismo
Distrito Federal, mas o relator, em caso de urgência decorrente de cooperativo.
relevante interesse da ordem pública, poderá requerer, com prévia ciência Nos dois casos (alíneas a e b) a intervenção é espontânea e está sujei-
das partes, a imediata convocação do Tribunal para deliberar sobre a ta à apreciação do Congresso Nacional;
questão.
VI— prover a execução de Lei Federal. A intervenção é provocada e a
Na sessão de julgamento pelo Tribunal Pleno poderão manifestar-se o requisição ao Presidente da República parte do STF (e não mais do STJ,
Procurador-Geral da República e o procurador da unidade cuja intervenção conforme se verificava antes da EC n. 45/2004), após representação do
se requer. Procurador-Geral da República.
Dando provimento ao pedido, o STF requisitará a intervenção ao VII— prover a execução de ordem ou decisão judicial. A intervenção é
Presidente da República, a quem incumbe decretar e executar o ato (art. provocada e a requisição ao Presidente da República pode ser feita pelo
84, X, da CF). STF, STJ ou TSE.
Inicialmente, o decreto pode apenas suspender a execução do ato Intervenção em município
impugnado, não dependendo de qualquer manifestação do Congresso
Nacional (art. 36, § 3º, da CF). É a denominada intervenção normativa. De acordo com o art. 35 da CF, o Estado não intervirá em seus
Municípios, nem a União nos Municípios localizados em Território Federal,
Caso a suspensão do ato se mostre insuficiente, será decretada a no- exceto quando:
meação de um interventor, afastando-se a autoridade local (Chefe do
Executivo, Legislativo ou Judiciário) do cargo até que cessem os motivos I — deixar de ser paga, sem motivo de força maior, por dois anos
determinantes da medida. consecutivos, a dívida fundada (intervenção espontânea e sujeita à

Geografia 21 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
apreciação da Assembleia Legislativa para a sua manutenção); & Natureza, Uberlância, dez./1989
II — não forem prestadas contas devidas (observados os requisitos O trecho acima define:
legais), na forma da lei (intervenção espontânea e sujeita à apreciação da
Assembleia Legislativa para a sua manutenção); a) o sítio urbano do município;
III— não tiver sido aplicado o mínimo exigido da receita municipal na b) o sítio urbano e a situação urbana do município;
manutenção e desenvolvimento do ensino (mínimo de 25% das receitas c) a situação urbana e a origem do município;
dos impostos próprios e transferidos, nos termos do art. 212 da CF) e nas d) a posição geográfica do município;
ações e serviços públicos de saúde (15% da receita dos impostos próprios e) a situação no contexto regional do município.
e transferidos, nos termos do art. 77, III, do ADCT). Trata-se de intervenção 6. (VUNESP) Segundo a hierarquia urbana, as cidades mais importantes de
espontânea e sujeita à apreciação da Assembleia Legislativa para a sua um país, que comandam a rede urbana nacional, estabelecendo áreas de
manutenção; influência, correspondem aos (às):
IV — o Tribunal de Justiça der provimento a representação para
assegurar a observância de princípios indicados na Constituição Estadual, a) centros regionais
ou para prover a execução de lei, de ordem ou de decisão judicial. Trata-se b) cidades-dormitórios
de intervenção provocada e vinculada, não dependendo sua manutenção c) metrópoles nacionais
da Assembleia Legislativa. d) capitais regionais
Na hipótese de inobservância dos princípios indicados na Constituição e) metrópoles regionais
do Estado ou da inexecução da lei, a iniciativa da Ação Direta de
Inconstitucionalidade interventiva junto ao Tribunal de Justiça do Estado é 7. (CEFET - PR) Um conjunto de municípios contíguos e integrados socioe-
exclusiva do Procurador-Geral de Justiça (chefe do Ministério Público no conomicamente a uma cidade central, com serviços públicos e infra-
Estado). Contudo, na hipótese de descumprimento de ordem ou de decisão estrutura comuns, define a:
judicial, qualquer interessado pode requerer a intervenção ao TJ.
A decisão do TJ do Estado que requisita do governador a intervenção a) metropolização
em um Município, em decorrência do descumprimento de ordem judicial, b) área metropolitana
não está sujeita a recurso extraordinário, pois de acordo com o C. Supremo c) rede urbana
Tribunal Federal não se reveste de caráter jurisdicional (Súmula 637 do d) megalópole
STF). e) hierarquia urbana
8. (FUVEST) Mandacaru, xiquexique e facheiro são algumas das espécies
PROVA SIMULADA vegetais que aparecem:
a) no cerrado
1. (PUC) Os “mocambos” e os “alagados” constituem áreas de habitações b) na caatinga
precárias que abrigam partes consideráveis das populações pobres das c) no manguezal
cidades de: d) na floresta tropical
e) n.d.a.
a) São Paulo e Rio de Janeiro
b) Vitória e Salvador
c) Recife e São Paulo http://www.passeiweb.com/
d) Manaus e Rio de Janeiro
e) Recife e Salvador

2. 02. (FUVEST) Imaginando um percurso de São Luis à Curitiba, encon-


traremos, quanto ao uso do solo, a predominância das seguintes ativida-
des:

a) lavoura de subsistência, lavoura comercial e extrativa vegetal.


b) extrativa vegetal, agricultura comercial e lavoura de subsistência.
c) extrativa vegetal, pecuária e agricultura comercial.
d) extrativa mineral, pecuária intensiva e agropecuária comercial.
Respostas
e) pecuária, lavoura comercial e extrativa vegetal.
01. E
02. C
3. 03. (PUC) O conceito de “hábitat” em Geografia compreende:
03. B
04. E
a) as formas de moradia nas diferentes regiões do globo.
05. A
b) as relações que se estabelecem entre as coletividades humanas e
06. C
o meio natural.
07. B
c) os tipos de habitações nas faixas intertropicais.
08. B
d) as relações entre os seres vivos e o meio ambiente.
e) a organização do espaço urbano.

4. (PUC) Nos países industrializados, a migração campo-cidade tem como


causa fundamental:

a) carência de melhores condições sociais no campo.


b) baixa produtividade agrícola.
c) pressão demográfica no campo.
d) dificuldade de aquisição de terras.
e) liberação de mão-de-obra pela mecanização.

5. (ULBRA) "O município está assentado sobre a borda da bacia se-


dimentar do Paraná, tendo como embasamento rochas antigas tais
como xisto e gnaisses do Grupo Araxá (Pré-Cambriano)." Sociedade

Geografia 22 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS: O IBGE mantém, ainda, a Reserva Ecológica do Roncador, situada a
35 quilômetros ao sul de Brasília.
Conhecimentos específicos sobre o IBGE: informações sobre a
Instituição, conceitos básicos para o desenvolvimento do trabalho Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística
na Agência e da atividade do Técnico de Coleta. Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.

O Técnico do IBGE tem como atribuições precípuas coletar dados em O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística ou IBGE é uma
diversas fontes, organizar, criticar, corrigir, lançar, tratar e manter os dados fundação pública da administração federal brasileira criada em 1934 e
garantindo a sua integridade, confidencialidade e disponibilidade; realizar instalada em 1936 com o nome de Instituto Nacional de Estatística; seu
entrevistas em domicílios e estabelecimentos informantes para obtenção de fundador e grande incentivador foi o estatístico Mário Augusto Teixeira de
dados conforme metodologia e plano de supervisão de pesquisa; realizar Freitas. O nome atual data de 1938. A sede do IBGE está localizada
levantamentos topográficos, geográficos e cartográficos com vistas a man- na cidade do Rio de Janeiro.
ter atualizada a base territorial dos municípios; entre outras; O IBGE tem atribuições ligadas
Principais Funções do IBGE às geociências e estatísticas sociais, demográficas e econômicas, o que
inclui realizar censos e organizar as informações obtidas nesses censos,
O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística - IBGE se constitui no para suprir órgãos das esferas governamentais federal, estadual e
principal provedor de dados e informações do País, que atendem às neces- municipal, e para outras instituições e o público em geral.
sidades dos mais diversos segmentos da sociedade civil, bem como dos
órgãos das esferas governamentais federal, estadual e municipal. Histórico

O IBGE oferece uma visão completa e atual do País, através do de- A data oficial de criação do IBGE é 29 de maio de 1936 quando foi
sempenho de suas principais funções: regulamentado o Instituto Nacional de Estatística. Após a extinção do INE,
foi criado o IBGE mediante o Decreto-Lei n. 218 de 26 de janeiro de 1938.
Produção e análise de informações estatísticas
Estrutura
Coordenação e consolidação das informações estatísticas
O IBGE é uma entidade da administração pública federal, constituído
Produção e análise de informações geográficas na forma de fundação pública pelo Decreto-lei nº 161, de 13 de fevereiro de
1967,8 vinculado ao Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão.
Coordenação e consolidação das informações geográficas
Possui a presidência, quatro diretorias e dois outros órgãos centrais.
Estruturação e implantação de um sistema da informações ambientais
O IBGE possui uma rede nacional de pesquisa e disseminação,
Documentação e disseminação de informações composta por:
Coordenação dos sistemas estatístico e cartográfico nacionais Vinte e sete (27) unidades estaduais (26 nas capitais dos estados e 1
no Distrito Federal)
Histórico
Vinte e sete supervisões de documentação e disseminação de
Durante o período imperial, o único órgão com atividades exclusiva- informações (26 nas capitais e 1 no Distrito Federal)
mente estatísticas era a Diretoria Geral de Estatística, criada em 1871. Com
o advento da República, o governo sentiu necessidade de ampliar essas Vinte e sete supervisões de base territorial (26 nas capitais e 1 no
atividades, principalmente depois da implantação do registro civil de nasci- Distrito Federal)
mentos, casamentos e óbitos.
Seis Gerências de Geodésia e Cartografia (Bahia, Distrito
Com o passar do tempo, o órgão responsável pelas estatísticas no Federal, Ceará, Goiânia, Pará e Santa Catarina)
Brasil mudou de nome e de funções algumas vezes até 1934, quando foi
Cinco Gerências de Recursos Naturais (Bahia, Distrito
extinto o Departamento Nacional de Estatística, cujas atribuições passaram
Federal, Goiânia, Pará e Santa Catarina)
aos ministérios competentes.
Quinhentas e trinta e três (533) agências de pesquisa e disseminação
A carência de um órgão capacitado a articular e coordenar as pesqui-
nos principais municípios.
sas estatísticas, unificando a ação dos serviços especializados em funcio-
namento no País, favoreceu a criação, em 1934, do Instituto Nacional de Sede na cidade do Rio de Janeiro, onde está instalada a presidência,
Estatística - INE, que iniciou suas atividades em 29 de maio de 1936. No as diretorias e órgãos centrais a saber:
ano seguinte, foi instituído o Conselho Brasileiro de Geografia, incorporado
ao INE, que passou a se chamar, então, Instituto Brasileiro de Geografia e Diretoria Executiva (DE).
Estatística. Diretoria de Pesquisas (DPE), responsável pelo planejamento e
Desde então, o IBGE cumpre a sua missão: identifica e analisa o terri- coordenação e execução das pesquisas de cunho estatístico.
tório, conta a população, mostra como a economia evolui através do traba- Diretoria de Geociências (DGC), responsável pela cartografia básica,
lho e da produção das pessoas, revelando ainda como elas vivem. pelo sistema geodésico brasileiro, pela representação da estrutura
Estrutura territorial, pelo levantamento de recursos naturais e meio ambiente e pelos
levantamento e estudos geográficos.
O IBGE é uma entidade da administração pública federal, vinculada ao
Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão, que possui quatro direto- Diretoria de Informática (DI)
rias e dois outros órgãos centrais. Centro de Documentação e Disseminação de Informações (CDDI),
Para que suas atividades possam cobrir todo o território nacional, o responsável pela documentação e pela disseminação das informações
IBGE possui a rede nacional de pesquisa e disseminação, composta por: produzidas pelo instituto, bem como coordenar as 27 SDIs do país.

27 Unidades Estaduais (26 nas capitais dos estados e 1 no Distrito Fe- Escola Nacional de Ciências Estatísticas (ENCE),9 responsável pelo
deral) treinamento dos servidores do instituto. A ENCE também é uma instituição
federal de ensino superior que oferece os seguintes cursos:
27 Setores de Documentação e Disseminação de Informações (26 nas
capitais e 1 no Distrito Federal) Bacharelado em Estatística.

581 Agências de Coleta de dados nos principais municípios. Especialização em Análise Ambiental e Gestão do Território.
Mestrado em Estudos Populacionais e Pesquisas Sociais.

Conhecimentos Específicos 1 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
O IBGE mantém, ainda, a Reserva Ecológica do Roncador, situada a Obrigatoriedade e sigilo das informações
35 km ao sul de Brasília.
A legislação vigente, de acordo com o Decreto Federal nº 73.177 de 20
Dá uma visão de conjunto da economia e descreve os fenômenos da de novembro de 1973 e a Lei nº 5.534 de 14 de novembro de
vida econômica: produção, consumo, acumulação e riqueza, fornecendo 1968, modificada pela Lei nº 5.878 de 11 de maio de 1978, dispõe sobre a
uma representação compreensível e simplificada destes dados. O Sistema obrigatoriedade e sigilo das informações coletadas pelo IBGE, as quais se
de Contas Nacionais do IBGE segue as mais recentes recomendações das destinam, exclusivamente, a fins estatísticos e não poderão ser objeto de
Nações Unidas expressas no Manual de Contas Nacionais (System of certidão e nem terão eficácia jurídica como meio de prova.
National Accounts 1993, SNA), incluindo o cálculo do Produto interno
bruto (PIB) e a Matriz de insumo-produto. A não prestação de informações nos prazos fixados bem como a
prestação de informações falsas constitui infração sujeito à multa de até 10
Contas nacionais trimestrais vezes o maior salário mínimo vigente no país, quando primário, e de até o
dobro desse limite quando reincidente.
Apresenta os valores correntes e os índices de volume (1991=100)
trimestralmente para o Produto interno bruto a preços de mercado,
impostos sobre produtos, valor adicionado a preços básicos, consumo
pessoal, consumo do governo, formação bruta de capital fixo, variação de
estoques, exportações e importações de bens e serviços. São calculadas
duas séries de números-índices: a com base no ano anterior e a
encadeada com referência em 1990 (1990 = 100). A série encadeada é
ajustada sazonalmente pelo X12-ARIMA possibilitando o cálculo das taxas
de variação em relação ao trimestre imediatamente anterior.
No IBGE a pesquisa foi iniciada em 1988 e reestruturada a partir de
1998, quando os seus resultados foram integrados ao atual Sistema de
Contas Nacionais. As ponderações anuais são obtidas a partir deste novo
sistema de contas. Periodicidade: trimestral. Abrangência geográfica: Brasil.
Pesquisas permanentes

Um Toyota Bandeirante, utilizado pelo IBGE na agência de Sinop,


em Mato Grosso.
Alguns índices econômicos divulgados pelo IBGE
Sistema Nacional de Índices de Preços ao Consumidor;
Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC);
Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA);
Índice Nacional da Construção Civil (INCC).
Censos
Censo demográfico
O IBGE realiza vários tipos de censos, embora o mais conhecido seja o
Sede do Centro de Documentação e Disseminação de Censo demográfico, que é o conjunto de dados estatísticos sobre a
Informações(CDDI) do IBGE, no bairro do Maracanã. Ao fundo, a sede da população de um país. No Brasil, os censos demográficos são realizado de
Golden Cross. À direita, uma sucursal da Petrobras. 10 em 10 anos exclusivamente pelo IBGE, pois é o órgão definido por lei
como responsável pela sua realização.
O IBGE mantém as seguintes pesquisas permanentes (lista não-
exaustiva): Contagem de população
Produção Agrícola Municipal (PAM) A Contagem de população é realizada entre o intervalo de dois censos
demográficos, geralmente cinco anos depois do último ou cinco antes do
Pesquisa Pecuária Municipal (PPM) próximo. Objetiva atualizar os dados sobre o número de habitantes, e nem
Pesquisa Extração Vegetal e Silvicultura (PEVS) sempre é aplicada em todos os municípios.
Pesquisa Anual da Indústria (modelo completo) (PIA-C) A primeira contagem de população foi realizada em 1996, não só para
atualizar os dados populacionais, mas principalmente pelo surgimento de
Pesquisa Anual da Indústria (modelo simplificado) (PIA-S) novos 1 500 municípios após o Censo demográfico de 1991.
Pesquisa Anual da Indústria (produto) (PIA-Prod) Passado o censo realizado no ano 2000, o IBGE procedeu a contagem
Pesquisa Anual da Indústria da Construção (PAIC) populacional no ano de 2007, a qual teve como objetivo atualizar as
estimativas de população, incorporando também as mudanças
Pesquisa Anual do Comércio (modelo simplificado) (PAC-S) demográficas ocorridas no território nacional, desde o último levantamento
de referência que, neste caso, foi o Censo demográfico 2000.
Pesquisa Anual do Comércio (modelo completo) (PAC-C)
A Contagem de população é de grande importância para os municípios,
Pesquisa Anual dos Serviços (PAS)
pois o repasse anual de verbas do Fundo de Participação dos
Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio Contínua (PNADC) Municípios (FPM), realizado pela União, é determinado por vários fatores,
mas principalmente pelas estimativas de variação populacional fornecidas
Pesquisa Industrial Mensal de Produção Física (PIM-PF) pelo IBGE, que influem diretamente no cálculo do coeficiente para o
Pesquisa de Orçamentos Familiares (POF) repasse do FPM aos municípios.

Conhecimentos Específicos 2 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
O censo demográfico é uma pesquisa sobre a população que dois censos demográficos, aproximadamente cinco anos depois e cinco
possibilita a recolha de várias informações , tais como o número de anos antes, quantifica o número de habitantes dos municípios brasileiros.
habitantes, número de homens, mulheres, crianças e idosos, onde e como
vivem as pessoas (se vivem de aluguel , se estão pagando o imóvel ou se é É uma ferramenta recente, tendo sido implementada pela primeira vez
casa própria) e o trabalho que realizam (qual o salário , qual o trabalho, se pelo governo no ano de 1996, para registrar fenômenos migratórios e
é formado no que trabalha , etc.), entre outras coisas. atender a demandas de novos municípios que surgem no período inter-
censos. Além disso, a contagem da população é baseada na
Censo agropecuário obrigatoriedade do fornecimento de estatísticas populacionais, definida
pela lei nº 8.443 de 16 de julho de 1992.
O Censo agropecuário é o levantamento de informações sobre
estabelecimentos agropecuários, florestais e/ou aquícolas de todos os O objetivo principal da contagem é atualizar os dados estatísticos
municípios de um país. O objetivo da pesquisa é atualizar dados de censos populacionais no intuito de orientar políticas e ações públicas com
anteriores, fornecer informações sobre aspectos econômicos, sociais e informações atualizadas sobre a população. Além disso, todos os
ambientais da atividade agropecuária. Ocorre geralmente a cada 10 anos. municípios do país recebem o chamado Fundo de Participação dos
Municípios (FPM), um repasse de verba da União, cujo quociente da fatia
O último censo agropecuário realizado pelo IBGE no Brasil havia sido percentual é calculado com base na quantidade de habitantes levantada
em 1996. Em 2007, foi realizado um novo censo agropecuário, referente às pelo IBGE nas estimativas anuais, na contagem populacional e no censo
atividades desenvolvidas no ano anterior. demográfico.
Censo demográfico no Brasil Contagem da população 2007
O Censo do Brasil é um censo realizado a cada 10 anos pelo Instituto No ano de 2007, cerca de 70 mil recenseadores foram contratados pelo
Brasileiro de Geografia e Estatística. A população é contada em todo o IBGE para realizar a coleta de informações populacionais, que ocorreu no
território do Brasil e os resultados são usados pelo governo no período de 16 de abril a 31 de agosto de 2007, apesar de a consolidação e
desenvolvimento de políticas públicas e na destinação dos fundos depuração dos dados coletados terem se estendido até o final do mês de
governamentais para a unidades federativas. setembro.
História A contagem da população foi realizada somente nos municípios com
A partir de 1750 é que se tem informações oficiais sobre a população até 170 mil habitantes — pois a partir desta faixa, o coeficiente para o
do Brasil a mando da Coroa Portuguesa visando a objetivos estritamente cálculo do FPM torna-se constante —, excetuando-se 21 municípios em
militares. Antes da realização do primeiro censo nacional foram realizados algumas unidades da federação que vão além deste limite, mas que
vários censos de caráter estadual ou municipal, como os censos realizados também foram recenseados pelo fato de que sobrariam um ou dois destes
no Rio de Janeiro nos anos de1799, 1821, 1838, 1849, 1856, e 1870, para que todo o estado fosse recenseado. No intuito de cortar gastos, o
em São Paulo nos anos de 1765, 1777, 1798 e 1836, e em outras cidades governo federal realizou, concomitantemente à contagem, ocenso
brasileiras. agropecuário 2006, que inicialmente seria realizado um ano antes.

Em 1846 foi criado o primeiro regulamento censitário do país que fixava Na contagem realizada em 2007, o IBGE inovou ao substituir os
o intervalo de oito anos para execução do censo demográfico. O governo antigos questionários de papel pelo questionário eletrônico. Trata-se de um
só foi autorizado a realizar o censo em 1850 que teve início em 1852. A computador de mão oupersonal digital assistant (PDA), que foi utilizado
população revoltou-se contra o Decreto nº 797 de junho de 1851 que fez pelo recenseadores durante a coleta de dados. Estima-se que foram
crer que os homens de cor libertos seriam escravizados. A revolta atrapa- comprados cerca de 86 mil PDA's para a realização da contagem e do
lhou os planos censitários, que foram adiados por 20 anos. censo agropecuário.

Um novo regulamento censitário foi estabelecido em 1870, aumentan- Censo agropecuário no Brasil
do o tempo entre censos de oito para dez anos. Em 1872 foi realizado o O censo agropecuário no Brasil é uma pesquisa realizada
primeiro censo nacional no Brasil que recebeu o nome de Recenseamento pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). De 16 de abril até
da População do Império do Brasil. O censo seguinte, pela legislação, seria agosto de 2007 ocorreu a coleta de dados da décima edição do censo
em 1882 e não ocorreu. Com o fim do Império e a Proclamação da Repúbli- gropecuário referente às atividades desenvolvidas por todos os
ca em 1888 um novo censo foi realizado em 1890 seguido de censo estabelecimentos agropecuários nacionais entre as datas de 1 de janeiro
em 1900. Em 1910 não foi realizada contagem retornando em 1920. até 31 de dezembro de 2006.
Em 1930 também não houve censo.
Histórico do censo agropecuário no Brasil
O censo de 1940 inicia então nova fase nas pesquisas populacionais
do Brasil sendo organizado pelo IBGE que fora criado em 1936 com a 1920 — Primeiro censo agropecuário.
contribuição do renomado demógrafo italiano Giorgio Mortara. Desde então
o censo tem sido realizado rigorosamente a cada 10 anos. Os questionários 1940 até 1970 — realização decenal de censos agropecuários.
passaram a ser mais abrangentes contendo perguntas sobre temas eco- 1970 — Realização de censos a cada cinco anos (1975, 1980, 1985,
nômicos e sociais, tais como: mão-de-obra, emprego, desemprego, rendi- 1990).
mento, fecundidade, migrações internas, entre outros temas.
1996 — Censo agropecuário realizado (9ª edição) juntamente com a
Depois do censo de 1991 o IBGE buscou um novo modelo de condu- operação censitária "contagem de população". Período de referência: ano
ção de integração com a sociedade proprocionando a reformulação de agrícola 1995–1996.
perguntas e na estratégia das pesquisas e abordagem do intervistando
visando ao censo 2000. Atualmente, os planos para o censo de 2010 são 2007 — Realização do 10º e último censo agropecuário de 16 de abril
de uma constante atualização da população com aumento da informatiza- até 31 de agosto. Período de referência: 2006.
ção na coleta de dados já inicada na contagem populacional de 2007. Fonte: Ligação sobre censo agropecuário
Contagem de população 2007: http://www.ibge.gov.br/censos2007/index.php [ligação inativa]

A contagem de população é o cálculo quantitativo do número de Censo agropecuário 2007


pessoas em uma dada região, cidade ou estado de um determinado país. Recenseamento realizado pelo IBGE em estabelecimentos
Brasil agropecuários, florestais e/ou aquícolas de todos os municípios do país. A
coleta de dados foi realizada entre 16 de abril até agosto de 2007, porém
No Brasil, a contagem oficial de população é realizada pelo Instituto os dados serão referentes às atividades desenvolvidas por estes
Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), uma fundação de direito estabelecimentos entre 1 de janeiro até 31 de dezembro de 2006.
público interno ligada ao Ministério do Planejamento, que no intervalo entre

Conhecimentos Específicos 3 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
Esta será a décima edição de censo agropecuário que será realizada Dessa forma, o Censo 2010 obteve mais avanços:
no país, sendo que as últimas pesquisas datam de 2006-2007. Neste ano,
por motivos operacionais e orçamentários, os recenseadores serão Uma base territorial que saiu do modo analógico para o digital, inte-
contratados para realizarem dois censos: censo agropecuário (em todos os grando a base urbana, rural e o Cadastro de Endereços.
municípios do país) e contagem de população (em municípios com até 170 A utilização do computador de mão ampliou a capacidade de investigar
mil habitantes). novos temas e obter maiores garantias de qualidade.
Coleta de dados com uso de personal digital assistants (PDAs) O computador de mão permitiu estender o questionário para popula-
O IBGE trouxe uma novidade tecnológica para as coletas dos censos ções específicas (indígena, por exemplo).
de 2007: o uso de personal digital assistants (PDAs) nas entrevistas. Desta A incorporação do Cadastro de Endereços, que já alimentava algumas
forma, os questionários de papéis são substituídos por planilhas eletrônicas pesquisas amostrais como PNAD, POF e o projeto Sistema Integrado de
configuradas nos mini-computadores de mão (PDAs). Pesquisas Domiciliares - SIPD, e que permitirá também a utilização da
Principais etapas Internet para responder a determinadas pesquisas.

Coleta — 16 de abril de 2007 a 21 de agosto de 2007. A partir da construção de uma infraestrutura amostral, permitirá condu-
zir todas as pesquisas do sistema.
Apuração — 16 de abril de 2007 a 31 de dezembro de 2008.
A Base Territorial para o Censo 2010 foi uma base única, integrando as
Dados preliminares — 16 de maio de 2007 a 30 de setembro de 2007. vertentes urbana e rural, onde o País foi mapeado e dividido em setores
censitários. Para cada setor, foi designado um recenseador que visitou os
Dados definitivos — 1 de outubro de 2007 a 31 de julho de 2008. domicílios e entrevistou os moradores.
Em 2010, o IBGE realizou o XII Censo Demográfico, que se constituiu Dentro dos aperfeiçoamentos do Censo 2010, o IBGE migrou a Base
no grande retrato em extensão e profundidade da população brasileira e Territorial e o Cadastro de Endereços para um ambiente gráfico estruturado
das suas características sócio-econômicas e, ao mesmo tempo, na base em bancos de dados geoespaciais.
sobre a qual deverá se assentar todo o planejamento público e privado da
próxima década. O Cadastro Nacional de Endereços para Fins Estatísticos – CNEFE,
elaborado a partir dos registros de unidades recenseadas em 2000-2007,
O Censo 2010 é um retrato de corpo inteiro do país com o perfil da po- compreendeu quase a totalidade dos setores urbanos. Esse cadastro
pulação e as características de seus domicílios, ou seja, ele nos diz como prévio de endereços foi associado aos mapas digitais, atualizado por fontes
somos, onde estamos e como vivemos. cadastrais diversas e passou por uma conferência nas áreas urbanas,
A fase preparatória da operação censitária teve início em 2007 e seus etapa denominada de Pré-Coleta, para posterior inclusão no computador de
trabalhos foram intensificados a partir de 2008. A coleta teve início em 1º de mão para a coleta, permitindo ao recenseador se orientar melhor no percur-
agosto de 2010, durando 3 meses. E os primeiros resultados foram divul- so que deveria fazer durante o trabalho de campo.
gados em dezembro do mesmo ano. Como o computador de mão estava equipado com GPS, durante os
Nesta página, um dos canais de divulgação do Censo 2010, você en- Censos 2007 foram captadas as coordenadas de localização de escolas e
contrará as principais informações sobre todas as etapas da pesquisa. estabelecimentos de saúde da área rural, gerando um cadastro com infor-
mações sobre essas unidades para integrar e alimentar sistemas de infor-
dimensões do censo 2010 mação de diversos órgãos.
Percorrer por inteiro um país como o Brasil, de dimensões continentais, Parcerias
com cerca de 8 milhões de km2 de um território heterogêneo e, muitas
vezes, de difícil acesso, é uma tarefa que envolve grandes números. Veja, Uma tarefa da magnitude de um Censo é impossível de ser executada
a seguir, os números que mostram as dimensões do Censo 2010. sem uma sólida rede de parcerias em nível governamental e privado.

Universo recenseado: todo o Território Nacional Como parceiros naturais, estão os Ministérios que, além de usuários
das informações do Censo, apoiam a operação de diversas formas.
Número de municípios: 5.565 municípios
Entre outros parceiros externos nacionais, estão também órgãos regio-
Número de domicílios: 67.569.688 de domicílios nais de estatística, secretarias estaduais e órgãos de planejamento metro-
Número de setores censitários: 314.018 setores censitários politano.

Pessoal contratado e treinado: cerca de 240 mil pessoas (coleta, su- As Comissões Censitárias Estaduais e as Comissões Municipais de
pervisão, apoio e administrativo) Geografia e Estatística participaram da realização do Censo 2010 nos
respectivos municípios e estados, colaborando para a realização da pes-
Orçamento: aproximadamente R$ 1,4 bilhão quisa e incentivando a população a receber o recenseador e responder
com exatidão às perguntas do questionário.
Tecnologia: centenas de computadores em rede nacional, rede de co-
municação em banda larga e 220 mil computadores de mão equipados com Como parceiros internacionais tivemos a Organização das Nações U-
receptores de GPS nidas, através de seus órgãos especializados tais como Statistics Division,
FAO e CEPAL, o EUROSTAT, a OECD, o MERCOSUL e diversos órgãos
Unidades executoras: 27 unidades estaduais, 7 mil postos de coleta in-
oficiais de estatística de outros países.
formatizados e 1.283 Coordenações de Subárea
Comissões
Aperfeiçoamentos
Assim como nos censos anteriores, o IBGE instalou Comissões que
Está em curso, no IBGE, uma transformação de grandes dimensões
funcionaram como canal de comunicação entre o Instituto e os representan-
nos seus métodos de trabalho e o principal benefício, que já começa a ser
tes da sociedade em cada município.
disponibilizado aos usuários, é o aumento do potencial analítico das infor-
mações estatísticas através de dados cada vez mais interativos e espaciali- As Comissões Municipais de Geografia e Estatística e as Comissões
zados. Censitárias Estaduais participaram de diferentes segmentos das socieda-
des locais para dar apoio e monitoramento à operação censitária. Forma-
Essa transformação está sendo obtida pelo aproveitamento de novas
das por membros do IBGE, dos poderes Executivo, Legislativo e Judiciário
tecnologias e sua rápida absorção nos projetos da Instituição. Os Censos
do município e de organizações civis, seu principal objetivo foi colaborar
2007 produziram não apenas os resultados da Contagem e do Censo
para que o recenseamento local se efetivasse com êxito, criando facilida-
Agropecuário, mas também um legado de grandes proporções de informa-
des para sua realização, seja através da mobilização da população ou de
ções espacializadas.
apoio na instalação dos postos de coleta, entre outras iniciativas.

Conhecimentos Específicos 4 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
As Comissões tiveram um papel fundamental para dar transparência • Onde vivemos?
aos trabalhos e facilitar a operação censitária em diversas etapas desde a
preparação até a coleta. Seus membros atuaram no interesse direto das • Como vivemos?
suas comunidades e facilitaram a caminhada do IBGE para realização do Os dados dos Censos, sobre a população e domicílios, são, assim,
Censo 2010, de modo rápido e eficiente e, acima de tudo, com resultados fundamentais:
fidedignos.
Para acompanhar evolução da ocupação do território e planejar o
DPE/GAB, 24/08/2010 seu desenvolvimento sustentável.
Como o IBGE garante a proteção das informações prestadas ao O conhecimento da distribuição da população no território, identi-
Censo? ficando as áreas de ocupação, seu adensamento ou baixa densidade
Os recenseadores estão percorrendo todos os domicílios do Brasil fa- demográfica, permite conhecer, em especial para o detalhamento
zendo uma série de perguntas aos seus moradores para o Censo Demo- urbano e rural, a relação com o ambiente e planejar adequadamente o
gráfico 2010. uso sustentável dos recursos. O Brasil se transforma e o seu território
se desenvolve em ritmos e modalidades distintas que o Censo permite
As respostas a essas perguntas são a matéria prima do processo de conhecer. É fundamental conhecer a distribuição territorial das pesso-
produção estatística, que transforma as informações individuais que são as e dos domicílios e suas principais características de modo a avaliar
prestadas em informações necessárias ao conhecimento da realidade do possíveis riscos humanos e ambientais.
País.
Para avaliar, planejar e reivindicar.
Através do processo de produção estatística, as informações individu-
ais são agregadas, retirando-lhes a individualidade e a identidade, para População
construir resumos das características relevantes da coleção de pessoas e O Censo, além de contar a população residente em uma data específi-
domicílios, no caso do Censo Demográfico. Assim sendo, quando o IBGE ca (01/08/2010) e definir a sua estrutura por sexo e idade, levanta inúmeras
divulga seus resultados, preserva a individualidade e a identidade de seus informações que permitem conhecer os padrões de fecundidade, mortali-
informantes. dade e migração (interna e externa) e inferir as transformações demográfi-
A proteção da confidencialidade das respostas individuais é de in- cas em curso, sua evolução e os impactos futuros sobre a população e sua
teira responsabilidade do IBGE, que garante sua segurança com todo composição. Tais informações são as bases para o desenho das políticas
rigor porque depende da confiança pública para obter as informações das áreas de saúde, previdência e educação da população em geral e de
de que necessita para disponibilizar para o governo e a sociedade as assistência a grupos específicos como mulheres, crianças, adolescentes e
estatísticas necessárias ao conhecimento do País, o que constitui o idosos. Neste sentido, em 2010, as informações demográficas são comple-
motivo de sua existência. Preservar essa confiança é um princípio tadas através da inclusão da investigação da emigração internacional e da
seguido pelo IBGE com inflexibilidade desde sua fundação, há 74 mortalidade. Pela primeira vez, o Censo vai investigar o registro de nasci-
anos. mento das pessoas até dez anos de idade, importante para avaliação da
cobertura dos registros administrativos e do primeiro passo da cidadania.
As informações individualizadas prestadas ao IBGE são utilizadas úni-
ca e exclusivamente para fins estatísticos e jamais são passadas para As informações de natureza demográfica obtidas pelo Censo – além de
qualquer outro órgão governamental ou empresa de marketing. Cada outras oriundas das pesquisas realizadas pelo IBGE e registros administra-
servidor do IBGE, incluindo os temporários, assume o compromisso do tivos - são primordiais para a elaboração das projeções e estimativas
sigilo estatístico e todos os sistemas e procedimentos da Instituição são populacionais, permitindo analisar a evolução da população.
construídos tendo em vista esta norma. Ademais, a população é parâmetro para distribuição das verbas fede-
Além disso, para assegurar a confidencialidade das informações pes- rais aos fundos estaduais e municipais e para definir o número dos repre-
soais, há a legislação brasileira sobre a garantia do sigilo estatístico à qual sentantes dos cidadãos nas assembleias legislativas municipais.
o IBGE está submetido: • • ° • Domicílios
Lei 5.534, de 14 de novembro de 1968. As informações sobre as características dos domicílios são impor-
Decreto n 73.177, de 20 de novembro de 1973. tantes para conhecer as condições de moradia e acesso a serviços
públicos básicos como energia elétrica, abastecimento de água, coleta
Decreto nº 74.084, de 20 de maio de 1974. de lixo e esgotamento sanitário, que têm forte impacto sobre a quali-
dade de vida da população e são imprescindíveis para identificar áreas
prioritárias de investimentos em níveis geográficos detalhados. Variá-
Também o documento “Os Princípios Fundamentais das Estatísticas veis investigadas: posse do domicílio, valor do aluguel para domicílios
Oficiais”, que traz um conjunto de recomendações da Comissão de Estatís- alugados, material predominante nas paredes externas, número de
tica das Nações Unidas seguido pelo IBGE, é explícito no enunciado do cômodos no domicílio, número de cômodos servindo de dormitório,
Princípio 6: “ Dados individuais coletados por órgãos de estatística para número de banheiros, existência de sanitário, escoadouro do banheiro
produção de informações estatística, sejam referentes à pessoa física ou ou do sanitário, forma de abastecimento de água utilizada no domicí-
jurídica, devem ser estritamente confidenciais e usados exclusivamente lio, canalização da água, destino do lixo, existência de companhia
para fins estatísticos.” distribuidora de energia elétrica, existência de medidor de energia
elétrica (de uso exclusivo ou comum), existência dos bens duráveis
Assim, cada cidadão pode se sentir seguro ao fornecer informações associados a: acesso às informações, facilidade dos serviços domés-
pessoais ao IBGE, pois sua privacidade será sempre preservada e garanti- ticos, inclusão digital e locomoção (rádio, televisão, máquina de lavar
da. roupa, geladeira, telefone celular, telefone fixo, microcomputador;
Por que fazer o Censo de 2010? microcomputador com acesso à Internet, motocicleta e automóvel
para uso particular).
Introdução
Composição dos domicílios
Através dos dados dos Censos é possível retratar, para níveis geográ-
ficos detalhados, a população e suas condições de vida, dando resposta às O número de moradores por domicilio, as relações de parentesco
seguintes questões: entre seus moradores, a nupcialidade e a responsabilidade comparti-
lhada, são informações que permitem acompanhar as alterações no
• Quantos somos? padrão reprodutivo e nos arranjos familiares, que têm fortes condicio-
nantes sobre o padrão de consumo e geração de renda da população,
• Como somos?
sobre os cuidados com as crianças e idosos, os afazeres domésticos
e etc. No Censo 2010 foram ampliadas as relações de parentesco:
Conhecimentos Específicos 5 A Opção Certa Para a Sua Realização
APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
cônjuge ou companheiro(a) de sexo diferente; cônjuge ou companhei- também, a duração habitual do deslocamento para o trabalho. Tais
ro(a) de mesmo sexo; filho(a) do responsável e do cônjuge; filho(a) informações servirão para orientar as políticas de transporte e tam-
somente do responsável; enteado(a); genro ou nora; pai, mãe padras- bém para avaliar o impacto nas condições de vida da população, uma
to ou madrasta; sogro(a); neto(a); bisneto(a); irmão ou irmã; avô ou vez que, associadas ao tempo dedicado ao trabalho, permitirão esti-
avó; outro parente; agregado(a); convivente; pensionista; emprega- mar o tempo restante para as demais atividades, como convívio fami-
do(a) doméstico(a); parente do(a) empregado(a) doméstico(a). Foram liar, cuidados pessoais, lazer, etc.
incluídas, em 2010, questões relativas à orfandade materna e, para
compor os núcleos de reprodução, a identificação, na lista de morado- Para a transparência e nos posicionar no mundo.
res, do cônjuge ou companheiro das mulheres. O Censo oferece informações vitais para aqueles que têm a responsa-
Características da população bilidade da gestão e planejamento local e útil aos cidadãos e às instituições
para avaliar as políticas implementadas. O Censo de 2010 segue, como é
Além de sexo e idade, são investigadas outras características da tradição no Brasil, as recomendações internacionais, o que torna possível
população como cor ou raça (que neste ano consta também do ques- comparar o País com diferentes regiões do mundo em muitos aspectos do
tionário básico), religião ou culto e, pela primeira vez, são levantadas a desenvolvimento social e econômico.
etnia e língua falada para a população indígena. Tais informações
contribuem para assegurar o conhecimento e a preservação da forma- Para a construção de indicadores dos Objetivos de Desenvolvi-
ção histórica e cultural da população brasileira e, simultaneamente, mento do Milênio (ODM).
para a promoção da diversidade e o combate à discriminação e intole- A construção dos indicadores dos Objetivos de Desenvolvimento Milê-
rância. Também são investigadas as pessoas que se avaliam como nio, para avaliar e monitorar o progresso rumo a um conjunto de metas de
possuidoras de deficiências para o dimensionamento de políticas que desenvolvimento acordadas internacionalmente, é dependente das infor-
assegurem a adequada assistência e levem à igualdade de oportuni- mações censitárias. Até mesmo para alguns indicadores não derivados
dades. diretamente do Censo, mas sim através das pesquisas domiciliares ou de
Educação estatísticas vitais, a população é usada como denominador dos mesmos.

Além de conhecer o índice de alfabetização do País, esse tema no Para aumentar a eficiência e competitividade.
Censo tem a finalidade de, inclusive para pequenas áreas, quantificar Os dados obtidos a partir do Censo são utilizados pelas empresas e
a população infantil atendida em creches e as pessoas que frequen- órgãos de fomento da atividade econômica para definir suas estratégias e
tam escola; traçar o perfil educacional da população; e identificar as tais informações permitem melhorar a eficiência e competitividade da ação
espécies dos cursos de nível superior (superior, mestrado, doutorado) privada, além da pública e comunitária.
que são frequentados.
Para gerar novas informações.
A educação é um dos parâmetros básicos do desenvolvimento
econômico e social, com reflexos sobre a produtividade da força de Os dados do Censo são a base necessária para as pesquisas por a-
trabalho e a evolução do mercado de trabalho, tendo implicações mostragem (inclusive as de mercado e as eleitorais), tão importantes em
significativas sobre saúde, fecundidade e outros temas sociais. uma sociedade onde a informação deve ser confiável e rapidamente dispo-
nível. A base geográfica, construída por ocasião da realização do Censo,
Trabalho representa um cadastro de áreas completo do País, de grande aplicação
Os dados censitários são essenciais para a análise da estrutura como estágio intermediário de amostragem, para o planejamento das
social e econômica do País, da sua evolução e tendências, em particu- pesquisas domiciliares. O Censo tem papel fundamental não só para a
lar no que diz respeito ao conhecimento da população economicamen- construção dos cadastros para a seleção das amostras probabilísticas das
te ativa (ocupação e desocupação) e suas características. O Censo pesquisas domiciliares, conduzidas no período intercensitário, como para a
levanta inúmeras informações que permitem avaliar as condições de estruturação dos planos amostrais, que tradicionalmente usam as informa-
funcionamento do mercado de trabalho: o número de trabalhadores, a ções censitárias para o dimensionamento e a seleção das amostras.
atividade do empreendimento e a ocupação do trabalhador, a posição Uma outra importante aplicação com os dados do Censo encontra-se
na ocupação (empregado, empregador, conta-própria, militar, funcio- no uso de técnica especial de estimação para pequenas áreas, que combi-
nário público, não remunerado), o número de pessoas que o empre- na os dados de pesquisas domiciliares com os do Censo, através de mode-
gador empregava no trabalho, a contribuição para a previdência, a lagem estatística.
posse de carteira de trabalho, as horas trabalhadas e o rendimento do
trabalho. Pesquisas em fase de coleta
Estatísticas do Registro Civil
Rendimento mensal habitual (População)
Além da renda do trabalho, o Censo levanta o total das demais
rendas, identificando as origens: aposentadoria ou pensão de instituto Fornece informações sobre as estatísticas vitais, relativamente aos nasci-
de previdência oficial (federal, estadual ou municipal); programa social dos vivos, óbitos e óbitos fetais, e de casamentos, incluindo análises regio-
Bolsa-Família ou Programa de Erradicação do Trabalho Infantil – PETI; nais e locais, bem como informações sobre pedidos de separações judiciais
rendimento de outros programas sociais de transferências; outras e divórcios apreciados em primeira instância e encerrados por sentença
fontes (juros de poupança, aplicações financeiras, aluguel, pensão ou concessória ou denegatória. As estatísticas vitais e casamentos têm como
aposentadoria e previdência privada, etc.). A renda é variável clássica unidade de coleta os cartórios de registro civil e as estatísticas sobre as
de estratificação socioeconômica e de avaliação das condições de separações judiciais e divórcios, as varas de família, foros ou varas cíveis.
vida objetivas, permitindo não apenas identificar as populações mais
vulneráveis, mas também acompanhar a desigualdade e suas conse- Estudo da Modalidade de Censo Demográfico Contínuo - EMCDC -
quências. Teste-piloto (MG, RJ, e RS)
(População)
Deslocamento para estudar e trabalhar
A investigação do tema do deslocamento no Censo permitirá Índice de Preços ao Produtor - Indústrias de Transformação
mensurar a população que frequenta escola em município que não é o (Indicadores, Indústria)
de residência. No caso do trabalho, a investigação permitirá estimar a
população que trabalha em município distinto daquele onde reside, Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo - IPCA e Índice
fenômeno frequente no entorno das grandes regiões metropolitanas Nacional de Preços ao Consumidor - INPC
brasileiras, se há deslocamento diário para o local de trabalho, se a (Indicadores, Preços)
pessoa trabalha em mais de um local, bem como o número de pessoas
que trabalha no próprio domicílio. Ademais, o Censo 2010 pesquisará,

Conhecimentos Específicos 6 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 taxa de variação da componente industrial do Produto Interno Bruto.

Levantamento Sistemático da Produção Agrícola Pesquisa Industrial Mensal - Produção Física Regional
(Indicadores, Agropecuária) (Indicadores, Indústria)

Obtém informações mensais sobre previsão e acompanhamento de safras Produz indicadores de curto prazo relativos ao comportamento do produto
agrícolas, com estimativas de produção, rendimento médio e áreas planta- real das indústrias extrativa mineral e de transformação, tendo como unida-
das e colhidas, tendo como unidade de coleta os municípios. de de coleta os estabelecimentos industriais selecionados.

Pesquisa Anual da Indústria da Construção Pesquisa Industrial Mensal de Emprego e Salário


(Economia, Indústria, PAIC) (Indicadores, Indústria)

Obtém informações sobre a situação econômico-financeira, como emprego, Produz indicadores de curto prazo relativos ao comportamento do emprego
salários, custos, valor das obras, entre outras, das empresas que executam e dos salários nas atividades industriais, sobre pessoal ocupado assalaria-
obras e/ou serviços de construção, que constituem a unidade de coleta da do, admissões, desligamentos, número de horas pagas e valor da folha de
pesquisa. pagamento em termos nominais (valores correntes) e reais (deflacionados
pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo - IPCA), tendo como
Pesquisa Anual de Comércio unidade de coleta as empresas que possuem unidades locais registradas
(Economia, Comércio) no Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica - CNPJ, e reconhecidas como
industriais pelo Cadastro Central de Empresas do IBGE.
Obtém informações sobre a situação econômico-financeira, como pessoal
ocupado, gastos com pessoal e despesas diversas, custos, receitas, aqui- Pesquisa Mensal de Comércio
sições e baixas, vendas líquidas e estoques, e as atividades das empresas (Indicadores, PMC)
comerciais, que constituem a unidade de coleta da pesquisa, segundo os
itens da classificação de atividades. Produz indicadores que permitem acompanhar o comportamento conjuntu-
ral do comércio varejista no País, investigando a receita bruta de revenda
Pesquisa Anual de Serviços nas empresas formalmente constituídas, com 20 ou mais pessoas ocupa-
(Economia, Serviços) das, e cuja atividade principal é o comércio varejista.

Obtém informações sobre a situação econômico-financeira, como pessoal Pesquisa Mensal de Emprego
ocupado, salários, receitas, despesas, custos, entre outras, que permitem (Indicadores, Trabalho e Rendimento)
estimar o valor adicionado, emprego e salários de empresas que compõem
os diversos segmentos da atividade de prestação de serviços empresariais Produz indicadores mensais sobre a força de trabalho que permitem avaliar
não-financeiros, e que constituem a unidade de coleta da pesquisa. as flutuações e a tendência, a médio e a longo prazos, do mercado de
trabalho, nas suas áreas de abrangência, constituindo um indicativo ágil
Pesquisa de Estoques dos efeitos da conjuntura econômica sobre esse mercado, além de atender
(Indicadores, Agropecuária) a outras necessidades importantes para o planejamento socioeconômico do
País. Abrange informações referentes à condição de atividade, condição de
Obtém informações conjunturais sobre o volume e a distribuição espacial ocupação, rendimento médio nominal e real, posição na ocupação, posse
dos estoques de produtos agropecuários prioritários e sobre as unidades de carteira de trabalho assinada, entre outras, tendo como unidade de
onde é feita a sua guarda, tendo como unidade de coleta os estabelecimen- coleta os domicílios.
tos que se dedicam à prestação de serviços de armazenagem e estocagem
a seco ou que têm a guarda de produtos agropecuários ou derivados. Pesquisa Mensal de Serviços
(Indicadores)
Pesquisa Industrial Anual - Empresa
(Economia, Indústria, PIA Empresa) Produz indicadores que permitem acompanhar o comportamento conjuntu-
ral do setor de serviços no País, investigando a receita bruta de serviços
Obtém informações sobre a situação econômico-financeira, como pessoal nas empresas formalmente constituídas, com 20 ou mais pessoas ocupa-
ocupado, salários e retiradas, receitas, custos e despesas, valor da produ- das, que desempenham como principal atividade um serviço não financeiro,
ção e consumo intermediário e valor adicionado das empresas de extração excluídas as áreas de saúde e educação.
mineral e transformação, que constituem a unidade de coleta da pesquisa,
organizada, a partir de 1996, segundo as categorias de atividades definidas Pesquisa Nacional de Saúde - PNS
na Classificação Nacional de Atividades Econômicas - CNAE e/ou por (Saúde)
detalhamento geográfico.
Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua
Pesquisa Industrial Anual - Produto (PNAD, População)
(Economia, Indústria, PIA Produto)
É uma pesquisa por amostra probabilística de domicílios, de abrangência
Obtém informações sobre valores e quantidades produzidas e vendidas dos nacional, planejada para atender a diversos propósitos. Visa produzir
produtos e serviços industriais prestados por empresas, que constituem a informações básicas para o estudo do desenvolvimento socioeconômico do
unidade de coleta da pesquisa, organizada segundo as categorias de País e permitir a investigação contínua de indicadores sobre trabalho e
atividades definidas na Classificação Nacional de Atividades Econômicas - rendimento. A PNAD Contínua segue um esquema de rotação de domicí-
CNAE. O registro da informação de produtos e serviços é feito através da lios. Isso significa que cada domicílio selecionado será entrevistado cinco
Lista de Produtos da Indústria - PRODLIST - Indústria. vezes, uma vez a cada trimestre, durante cinco trimestres consecutivos.

Pesquisa Industrial Mensal - Produção Física Brasil Principais Indicadores que serão produzidos com base na PNAD Contínua:
(Indicadores, Indústria)
• População residente segundo o sexo e os grupos de idade
Produz indicadores de produção física com o objetivo de fornecer, mensal- • Taxa de desocupação
mente, uma estimativa do movimento de curto prazo do produto real da • Taxa de atividade
indústria, tendo como unidade de coleta os estabelecimentos industriais • Nível da ocupação
selecionados. Seus resultados são utilizados na mensuração preliminar da • Taxa de analfabetismo segundo os grupos de idade e o sexo

Conhecimentos Específicos 7 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
• Pessoas de 14 anos ou mais segundo a condição de ocupação
• Pessoas ocupadas na semana de referência segundo o sexo e os grupos A coleta de dados é realizada pelas Agências de Coleta que fazem a
de anos de estudo distribuição aos Cartórios dos formulários ou disquetes a serem preen-
• População residente segundo a naturalidade em relação à Unidade da chidos, em uma única via, pelos oficiais dos Cartórios do Registro Civil das
Federação e ao município de residência Pessoas Naturais em funcionamento no País. Os formulários ou disque-
• Rendimento médio mensal per capita dos domicílios tes contendo as informações sobre os registros efetuados no trimestre
devem ser devolvidos em um prazo de 120 dias, a contar do início de cada
trimestre.
Sistema de Manutenção Cadastral Agente de Coleta, ao receber os questionários, procede à verificação do
Pesquisa realizada por telefone seu preenchimento e do nível de qualidade, utilizando o Manual de Orienta-
ção e Verificação, digitando-os, nos casos dos questionários, ou pas-
Sistema Nacional de Pesquisa de Custos e Índices da Construção sando pelo módulo de crítica do sistema da apuração. Na Gerência, as
Civil informações sofrem um processo de crítica e análise final. Uma vez
(Indicadores, Preços, SINAPI) finalizados os procedimentos mencionados, as informações são armazena-
das na Base de Dados do IBGE, estando disponíveis para os trabalhos de
Efetua a produção de custos e índices da construção civil, a partir do levan- divulgação. Para tanto, existe um plano de divulgação totalmente informati-
tamento de preços de materiais e salários pagos na construção civil, para o zado, que emite automaticamente as respectivas tabelas. Após ser sistema-
setor habitação. A partir de 1997 ocorreu a ampliação do Sistema, que tizado, revisado e analisado, este material é enviado à Divisão de Documen-
passou a abranger o setor de saneamento e infra-estrutura. Tem como tação e Disseminação - DPE/DDI e, posteriormente, ao Serviço Gráfico, para
unidade de coleta os fornecedores de materiais de construção e empresas a composição e edição da publicação.
construtoras do setor. O Sistema é produzido em convênio com a Caixa Data em que se iniciou a pesquisa 1974
Econômica Federal - CAIXA. Para os dados sobre saneamento e infra- ESTATÍSTICAS SOBRE AS SEPARAÇÕES JUDICIAIS E DIVÓRCIOS
estrutura estão disponíveis somente os relativos a preços. DESCRIÇÃO SUMÁRIA
Os inquéritos sobre Separações Judiciais e Divórcios são levantamentos
contínuos que têm como fonte de informação os processos registrados nas
Estatísticas do Registro Civil Varas de Família, Foros ou Varas Cíveis, abrangendo geograficamente todo
Metodologia o território nacional. O objetivo dessas pesquisas é obter informações refe-
ESTATÍSTICAS VITAIS E CASAMENTOS rentes a pedidos apreciados em primeira instância e encerrados por senten-
DESCRIÇÃO SUMÁRIA ça concessória ou denegatória, visando a atender ao desenvolvimento de
Os inquéritos sobre as Estatísticas Vitais e Casamentos são levantamentos estudos sociais e demográficos, sobretudo os de nupcialidade.
contínuos dos assentamentos dos Nascimentos, Casamentos, Óbitos e Estes levantamentos tiveram início em 1978 (ano de referência 1977), em
Óbitos Fetais registrados nos Cartórios do Registro Civil das Pessoas Natu- decorrência da Lei nº 6515, de 26/12/1977, que regula os casos de dissolu-
rais. Seu objetivo é fornecer informações que visem a atender aos interes- ção da sociedade conjugal e do casamento, seus efeitos e respectivos
ses de estudos demográficos, propiciando indicadores das estatísticas vitais processos. Inicialmente, a apuração do levantamento, ao nível estadual,
do País, análises regionais e locais sobre fecundidade, nupcialidade e cabia às Fundações Estaduais que mantinham convênio com o IBGE. Nas
mortalidade e, ainda, contribuir para o aprimoramento dos programas gover- Unidades da Federação onde isso não ocorria, esta atividade ficava a cargo
namentais nos campos escolar, previdenciário, econômico, social e da da Delegacia do IBGE. Em ambos os casos a apuração era processada
saúde pública. manualmente, utilizando-se para isso formulários próprios. A partir de 1982,
A pesquisa utiliza como base um cadastro de cartórios, o qual é atualizado o DEPIS passou a ter responsabilidade de definir os instrumentos de coleta
trimestralmente com base em informações coletadas pelos órgãos locais do e o manual de instruções, as normas para crítica e codificação, o plano
IBGE, através de um questionário apropriado. São armazenadas no banco tabular, apurar, sistematizar e divulgar os resultados.
de dados as seguintes informações: nome, endereço, titular do cartório e PRINCIPAIS VARIÁVEIS INVESTIGADAS
datas de criação e instalação. Características do processo em 1a instância:
PRINCIPAIS VARIÁVEIS INVESTIGADAS - data;
Nascimentos: - número;
- Características do registro e as individuais do nascido - natureza da separação ou do divórcio (consensual, não consensual); e
- ato final (data, sentença, existência ou não de recurso).
vivo; e Características do Casamento:
- Características dos genitores do nascido. - data; e
- regime de bens.
Casamentos: Características dos Cônjuges:
- número de filhos;
- Características dos registros e as individuais dos cônjuges. - responsável pela guarda do filho; e
- lugar e data do nascimento do marido e da mulher.
Óbitos: ABRANGÊNCIA GEOGRÁFICA E NÍVEL DE DIVULGAÇÃO
- Características dos registros e as individuais do falecido. Todo o território nacional.
PERIODICIDADE
Óbitos Fetais: A periodicidade da coleta era anual até 1982, passando a trimestral a
- Características do registro e as individuais do óbito fetal; e partir de 1983, com publicação anual dos resultados.
- Características dos genitores. METODOLOGIA
ABRANGÊNCIA GEOGRÁFICA E NÍVEL DE DIVULGAÇÃO Para a coleta de informações são utilizados dois questionários distintos (SJ-
Todo o território nacional. Separações Judiciais e DS-Divórcios). Os questionários são acompanhados
PERIODICIDADE do Manual de Orientação e Verificação elaborado para uso da Rede de
Trimestral, com publicação anual dos resultados. Coleta, visando a melhorar a qualidade das operações de campo e a padro-
METODOLOGIA nizar os trabalhos de verificação.
Para a coleta de informações são utilizados cinco questionários (RC.1- O desenvolvimento das etapas de coleta e apuração desses inquéritos
Nascidos Vivos; RC.2-Casamentos; RC.3-Óbitos; RC.4-Óbitos Fetais; é análogo ao adotado no levantamento das Estatísticas Vitais e Casamen-
RC.10-Folha de Cadastro) e Manual de Orientação e Verificação com orien- tos.
tações para o preenchimento de todos os modelos. Os Cartórios do Regis- O cadastro de informantes da pesquisa foi elaborado em 1984, tendo como
tro Civil que possuem equipamentos de informática podem prestar as base o campo de identificação dos questionários coletados em 1982 e em
informações utilizando sistema informatizado próprio ou módulo cedi- 1983, e vem sendo atualizado a cada ano.
do pelo IBGE.

Conhecimentos Específicos 8 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
IBGE otimiza coleta de dados com System Center da Para o IBGE, além do reconhecimento internacional, a informatização
Microsoft do Censo 2010 também representou redução de custos com mão de obra e
solução de problemas. A nova ferramenta tornou o processo de recensea-
O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) é uma institui- mento mais fácil, o que é essencial para o IBGE, pois é a partir dos núme-
ção pública federal, subordinada ao Ministério do Planejamento, Orçamento ros do censo que o Governo planeja os investimentos dos próximos 10
e Gestão. Ele é o principal provedor de dados e informações do Brasil, anos. A precisão das informações é fundamental para que o dinheiro públi-
oferecendo um retrato completo e atual do país. Com base nos panoramas co seja bem aplicado e atenda as necessidades da população assertiva-
observados pelo Instituto, o Governo brasileiro é capaz de planejar com mente.
mais assertividade os investimentos a serem feitos em todo território nacio-
Métodos de Coleta de Dados
nal, atendendo de forma abrangente a população.
A matéria prima para os estudos estatísticos são os dados de obser-
Um censo informatizado
vação, tratando-se dos valores que são adicionados as características. Os
O IBGE precisava, para a realização do 12º Censo Demográfico (2010) dados de observação são oriundos de várias fontes, podendo ser coletados
- o grande retrato da população brasileira e das suas características socio- de duas formas:
econômicas, de uma solução totalmente informatizada, que otimizasse a
-Enumeração: referentes a uma variável discreta;
coleta dos dados em cada um dos 5.565 municípios do país.
-Mensuração: referentes a uma variável contínua.
Anteriormente, o Instituto tentou utilizar soluções da IBM e mesmo ver-
sões anteriores da própria Microsoft, mas estas não deram o retorno espe- A coleta de dados pode ser dividida em contínuas, periódicas ou oca-
rado. Para o cliente, foi a experiência da Allen em vários projetos, com uma sionais.
equipe técnica competente, que possibilitou o enfrentamento deste desafio:
um censo totalmente informatizado. E, é claro, um resultado que atendesse * Coleta de dados contínua: quando os eventos que acontecem durante
as necessidades do cliente. determinado estudo, são registrados à medida que ocorrem;

A informatização * Coleta de dados periódica: acontecem de ciclo em ciclo, como exem-


plo o censo do Brasil;
Para garantir o controle da cobertura, a qualidade e a consistência das
informações coletadas por 82 mil recenseadores, a Allen desenvolveu um * Coleta de dados ocasional: são aqueles realizados sem a preocupa-
sistema automatizado através do PDA (Personal Digital Assistant) da ção de continuidade ou periodicidade.
Microsoft, um coletor eletrônico de dados que substitui os questionários de Nos estudos que são realizadas coletas de dados contínuas ou periódi-
papel. A LG participou do projeto fornecendo os 150 mil aparelhos mobile, cas o interesse é a enumeração total. Aestatística participa apenas no seu
enquanto coube a Allen desenvolver a máscara. O IBGE já havia adquirido aspecto descritivo de apresentação de dados.
outros 83 mil aparelhos da MIO para o Censo Agropecuário de 2007. No
final, aproximadamente 230 mil aplicativos móveis foram adquiridos para Os dados são obtidos pelo próprio pesquisador, utilizando dados já e-
realização das atividades do Instituto. xistentes (dados secundários) ou através de levantamentos (dados primá-
rios) e experimentos.
A decisão agilizou o processamento das informações, possibilitando
aos pesquisadores corrigir com apenas alguns cliques uma informação O pesquisador pode querer descrever o conjunto, mas o mais comum é
anotada de forma incorreta. Ainda garantiu a segurança e a confidenciali- ele querer fazer inferências a partir de amostras do total. Dessa forma a
dade das informações, uma vez que os dados foram criptografados. estatística participa no processo de fazer a inferência e planejar como a
mesma será realizada. Nos levantamentos, como os utilizados nas pesqui-
Os dados capturados pelos PDAs eram transmitidos, sem necessidade sas de saúde pública, a estatística indica a forma de amostragem que
de digitação ou escaneamento, para os bancos de dados do IBGE. Após a permite uma inferência sobre o todo. Nos experimentos ela fornece o
captura dos dados, cada recenseador passava os mesmos para um note- delineamento mais adequado em cada estudo.
book por meio de um cabo USB, wireless ou um cartão de memória.
Qualquer que seja a forma de obtenção de dados eles estarão no final
Para fazer as configurações necessárias nesses notebooks – cerca de do trabalho, desorganizados. Para que esses dados tenham um valor
oito (8) mil – foi utilizado o System Center Configuration Manager e para informativo (sobre o assunto investigado), deverão ser apresentados de
monitorar a distribuição e a troca de dados entre essas máquinas e os forma concisa e compreensível, satisfazendo a dúvida. Marcos Duarte
servidores foi utilizada a solução System Center Operations Manager.
A revolução A coleta de dados é o ato de pesquisar, juntar documentos e provas,
procurar informações sobre um determinado tema ou conjunto de temas
Os aplicativos e serviços desenvolvidos pela Allen para o IBGE facilita-
correlacionados e agrupá-las de forma a facilitar uma posterior análise.
ram o processo de coleta dos dados, de supervisão, assim como a análise
A coleta de dados ajuda a analisar ponto a ponto os fatos ou fenômenos
das informações coletadas de modo integrado, permitindo ainda identificar
que estão ocorrendo em uma organização, sendo o ponto de partida para a
omissões, duplicidades e dados incorretos. A solução permitiu também a
elaboração e execução de um trabalho.
segurança dos dados coletados, visualização de mapas e outros detalhes
Para a elaboração de um projeto com tema e delimitações já determinados
do setor, visualização de relação de recenseadores, procedimentos de pré-
o próximo passo é a coleta de dados e informações as quais estudaremos
coleta e coleta de dados e acompanhamento de todo o processo, possibili-
a seguir.
tando identificação de divergências rapidamente.
1.1 Utilização de documentos
Sem a automatização do processo, o IBGE não poderia ter as leituras e
a transmissão dos dados dos notebooks em tempo real, nem tampouco A coleta de dados pode ser através de dados impressos como jornais,
conseguiria distribuir as informações de forma automatizada. O gerencia- revistas, arquivos históricos, livros, diários, dados estatísticos, biografias.
mento das estações teria de ser feito de forma manual. A solução propor- Para Gil (1995, p. 158) as fontes escritas na maioria das vezes são muito
cionou mais agilidade e precisão nos dados coletados. A tecnologia em- ricas e ajudam o pesquisador a não perder tanto tempo na hora da busca
pregada no censo possibilitou que os dados coletados fossem tabulados de material em campo, sabendo que em algumas circunstâncias só é
mais rapidamente e, desta forma, a divulgação das informações também. possível a investigação social através de documentos.
A parceria da Allen com o IBGE foi uma revolução, que resultou no 1.2 Entrevista
primeiro Censo Demográfico completamente automatizado do mundo. Pelo
esforço da tecnologia, o projeto foi reconhecido pelas Nações Unidas e As entrevistas são largamente usadas em pesquisa de mercado, de opinião
tornou-se referência mundial, ou seja, um modelo a ser seguido por outros pública. Existem vantagens e desvantagens na coleta de dados através de
países. entrevistas em relação à remessa postal de um questionário, conforme
Oppenheim (1993) o uso de entrevistadores é necessário quando há no

Conhecimentos Específicos 9 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
questionário uma série de perguntas abertas e é fundamental escrever as forem ocorrendo, ou em laboratório, que requer condições especiais, ge-
respostas nas palavras do investigado. Algumas vantagens da entrevista ralmente exige organização cuidadosa e controlada, o uso de equipamen-
são que possibilitam a obtenção de dados referentes aos diversos aspectos tos adequados possibilita observações mais rigorosas.
da vida social; é uma técnica muito eficiente para a coleta de dados em A observação assistemática ou não estruturada, denominada também
profundidade acerca do comportamento humano; os dados obtidos são como espontânea, informal, simples, ocasional e acidental pelo fato de que
suscetíveis de classificação e de quantificação. Por outro lado, as desvan- o conhecimento ser obtido através de uma experiência casual, sem que se
tagens são: a inadequada compreensão do significado das perguntas; o tenha determinado de antemão quais os aspectos relevantes a serem
fornecimento de respostas falsas; a influência da presença do entrevista- observados e que meios utilizar para observá-los. A observação sistemática
dor; os custos com treinamento de pessoal para a aplicação das entrevistas designada também como estruturada, planejada controlada, o observador
entre outras. sabe o que procura e o que necessita de importância em determinada
A entrevista é uma das técnicas de coleta de dados mais usada no âmbito situação. Para Marconi e Lakatos (2003, p. 193) e Thums (2003, p. 155),
das ciências sociais como, por exemplo, os psicólogos, sociólogos, peda- neste tipo de observação há um planejamento de ações, sendo uma obser-
gogos entre outros. Alguns autores citam a entrevista como o método vação direcionada, ao inverso da assistemática. Quadros, anotações,
fundamental de investigação nos mais diversos campos e pode-se afirmar escalas, dispositivos mecânicos são alguns dos instrumentos que podem
que parte importante do desenvolvimento das ciências sociais nas últimas ser utilizados nessa observação.
décadas foi obtida graças à sua aplicação. A observação participante consiste na participação real e ativa do pesqui-
As entrevistas podem ser classificadas em quatro tipos, a entrevista infor- sador como membro do grupo, trabalha junto com o grupo e participa das
mal que é a menos estruturada por parecer uma conversação, mas se atividades normais deste.
diferencia por ter o objetivo básico de coletar dados; a entrevista focalizada Já na não participante, o pesquisador toma contato com a comunidade,
que é tão livre quanto a anterior, mas tem como enfoque um tema específi- grupo ou realidade estudada, mas sem integrar-se a ela, permanecendo
co; a entrevista por pautas que apresenta um grau de estruturação, pois as fora, presencia o fato, mas não participa dele.
pautas têm relação uma com a outra e devem ser guiadas pelo entrevista- A observação individual é a modalidade que requer a presença de apenas
dor para realmente haver as relações entre si e; a entrevista estruturada um pesquisador, a observação em equipe possibilita que o grupo observe a
que como já diz pare de uma continuação de perguntas fixas e que são ocorrência por vários ângulos e surge a oportunidade de confrontar os
geralmente em grande número. E por fim, a entrevista, indiferentemente do dados coletados.
tipo, devem ser encerradas da forma mais cordial possível, pois o entrevis-
tado não ganha nada pela entrevista e em algumas situações há a necessi- A observação pode ser realizada na vida real, no próprio local onde o
dade de mais de uma entrevista por isso a necessidade de se tratar bem o evento ocorre, em um ambiente normal e cotidiano, registrando-se os
interrogado. dados à medida que forem ocorrendo, ou em laboratório, que requer condi-
ções especiais, geralmente exige organização cuidadosa e controlada, o
1.3 Questionários uso de equipamentos adequados possibilita observações mais rigorosas.

É o método mais usado em pesquisa qualitativa, principalmente em pesqui-


sas de grande escala, como as que se propõem levantar a opinião política
da população ou a preferência do consumidor.
Como toda técnica, os questionários, tem suas vantagens e suas limita-
ções, atingirem um grande número de indivíduos mesmo que em regiões
afastadas uma das outras, gasto zero com pessoal qualificado para aplicar
o questionário porque não é necessário o treinamento dos pesquisadores,
permitirem que as pessoas respondam ao questionário na hora que deter-
minarem oportuna, garantir o anonimato das respostas, são algumas das
vantagens de se fazer um questionário para a obtenção de dados. Por
outro lado, os questionários não permitem que as pessoas que não saibam
ler e escrever respondam as questões causando assim, algumas deforma-
ções nos resultados da pesquisa, impedem também que o informante tire
dúvidas de entendimento nas questões pelo fato de o pesquisador não
estar presente, os questionários possuem um número relativamente baixo
de questões, pois é sabido que os questionários com número extenso de
perguntas são cansativos e muitas vezes não são respondidos totalmente.
Após, de o questionário ter sido redigido e antes de ser aplicado definitiva-
mente no público ele deverá passar por um pré-teste para assegurar que
esteja bem elaborado, sobretudo sobre a sua clareza e precisão de termos,
forma de questões, desmembramento das questões, ordem e introdução do
questionário.

1.4 Formulários

Para Vergara (2000, p. 55), os formulários são um meio-termo entre entre-


vista e questionário, mas, como no questionário o formulário também é
apresentado por escrito, mas é o pesquisador que assinala as respostas
dadas oralmente pelo respondente. 1.6 Sociometria

1.5 Observação Conforme Lakatos e Marconi (2002, p.126), a sociometria é uma técnica
quantitativa que procura explicar relações pessoais entre indivíduos de um
A observação é o instrumento básico de coleta de dados em todas as mesmo grupo. Revela a estrutura interna dos grupos, indicando as posi-
ciências, sendo importante para a construção de qualquer conhecimento. ções de cada indivíduo em relação aos demais. Permite analisar os grupos,
As modalidades de observação que são empregadas na investigação identificar seus líderes, os subgrupos e os desajustados, tem sido utilizada
científica são a observação assistemática, a observação sistemática, a nos mais diversos campos de estudos.
participante, a não-participante, a individual, em equipe, na vida real e em
laboratório, que variam de acordo com as circunstâncias. A observação 1.7 Histórias de Vida
pode ser realizada na vida real, no próprio local onde o evento ocorre, em
um ambiente normal e cotidiano, registrando-se os dados à medida que Lakatos e Marconi (2002, p.135), definem história de vida como as experi-

Conhecimentos Específicos 10 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
ências de alguém, suas vivências, que tenham significado importante para O recenseador (a) é aquela pessoa que tem a função de coletar informa-
o conhecimento do objeto em estudo. ções censitárias em domicílios urbanos e rurais por meio de questionários
A técnica permite estudar o impacto da interação social sobre as crenças e de tipo: amostra e básico.
decisões dos indivíduos. Por exemplo, como as pessoas agem nas organi-
zações e como as rotinas diárias influenciam seu trabalho, assim como o Amostra é o questionário mais extenso e básico é o mais curto é também o
efeito das decisões ao longo do tempo. mais frequente.

1.8 Testes Todas as informações prestadas são destinadas a efeitos estatísticos que
capacita o Brasil conhecer melhor sua população bem como a forma de
Testes são muito usados nas organizações, especialmente no processo de habitação do povo.
seleção e na área de desenvolvimento gerencial, quando se deseja medir o
potencial dos indivíduos. Neste trabalho, encontramos diferentes tipos de pessoas desde a mais
Os testes possuem alguns requisitos como a sua validade, a sua precisão e hospitaleira a terrivelmente ignorante. O recenseador deve-se preparar
sua padronização. São apresentados de várias formas como, por exemplo, psicologicamente para essas últimas de forma que não afete sua atuação
verbais, de lápis e papel, visuais e podem ser feitos individualmente ou em campo.
coletivamente.
O resultado de algumas pessoas não nos receberem de forma receptiva e
1.9 Escalas Sociais cordial são sai em estatística do IBGE.

As escalas sociais são criadas para medir a intensidade das opiniões e O primeiro obstáculo é a violência que nos últimos anos aumentou de forma
atitudes da maneira mais objetiva possível. Criar uma escala social é algo progressiva em todo o país. As pessoas tem medo de prestar as informa-
muito trabalhoso que requer muito esforço e disciplina para se seguir os ções mais básicas possíveis.
passos corretamente, pois, elas podem acarretar alguns problemas tais
como: fidedignidade; validade; ponderação dos itens; natureza dos itens; E o segundo é a pura falta de informação sobre a chegada do recenseador
igualdade das unidades; definição de um contínuo entre outras. nos domicílios, pois apesar de uma campanha de publicidade tímida na
As escalas mais usadas são as escalas de ordenação, de graduação, de televisão, falta outros meios de divulgação popular nas áreas recenseadas
distância social. ou setor censitários como é de nosso conhecimento.

1.10 Amostragem Outro fator de deficiência é que as prefeituras de grandes cidades não
colaboram o suficiente.
A amostragem se fundamenta em leis estatísticas que lhe conferem funda-
mentação científica. Na pesquisa social são utilizados diversos tipos de A colaboração ajudaria a massificar a importância da população para
amostragem, que podem ser classificados em dois grandes grupos: amos- receber e prestar com veridicidade as informações para o censo.
tragem probabilística e não-probabilística. Os tipos do primeiro grupo são
rigorosamente científicos e os do segundo grupo não apresentam funda- A lei nº 5.534, de 14/11/1968, garante a segurança e confidencialidade dos
mentação matemática ou estatística, dependendo unicamente de critérios dados de confidencialidades no sigilo das informações que cada morador
do pesquisador (GIL, 1995, p. 93). Coleta de dados é de suma importância presta ao recenseador, se houver infração na quebra do sigilo recaíra as
nas ciências, fundamental para qualquer trabalho, em qualquer fase de sua penalidades da lei sobre o indivíduo que fraudar o segredo.
execução, sendo um importante instrumento para a construção de qualquer
conhecimento. Sem a coleta de dados, o estudo da realidade e de suas leis O principal medo de alguns cidadãos ao ser entrevistado é revelar o rendi-
seria reduzido a simples conjectura e adivinhação. mento mensal, implica em duas questões, na primeira a maioria dos casos
A coleta de dados possibilita meios diretos para estudar uma ampla varie- dizem um valor abaixo – devem pensar que há uma necessidade real de
dade de fenômenos e permite a análise sobre um conjunto de atitudes aumentar o salário mínimo depois das respostas.
comportamentais.
Publicado por DARLEI SIMIONI Na segunda questão é simples medo de revelar, pois não confiam nos
recenseadores tendo medo de futuro assalto.
Diário de um Recenseador
A primeira vista, a pessoa que decide trabalhar com recenseamento demo- Surge também a hipótese de cruzamento dos dados com a Receita Fede-
gráfico 2010 para o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística – IBGE, a ral. Pensando nisso, sempre digo quando há dúvida que as informações
sigla mais conhecida e atuante do país, produz constantes noticias impor- são somente para fins estatísticos. David Agra
tantes para planejamento de políticas públicas nacional e regionais.

Conhecimentos Específicos 11 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos

A Divisão Política do Brasil e o Censo


Para começar, vamos relembrar alguns dados sobre o nosso país. Politicamente, o Brasil
está dividido em unidades territoriais, como descrito a seguir:

Conhecimentos Específicos 12 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos

PROVA SIMULADA
Assinale:
C = correto
E = errado

01. O Técnico do IBGE tem como atribuições precípuas coletar dados em diversas fontes, organizar, criticar, corrigir, lançar, tratar e manter os dados garan-
tindo a sua integridade, confidencialidade e disponibilidade; realizar entrevistas em domicílios e estabelecimentos informantes para obtenção de dados con-
forme metodologia e plano de supervisão de pesquisa; realizar levantamentos topográficos, geográficos e cartográficos com vistas a manter atualizada a base
territorial dos municípios; entre outras.
02. O IBGE é uma entidade da administração pública federal, vinculada ao Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão, que possui quatro diretorias e
dois outros órgãos centrais.
03. O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística ou IBGE é uma fundação pública da administração federal brasileira criada em 1934 e instalada
em 1936 com o nome de Instituto Nacional de Estatística; seu fundador e grande incentivador foi o estatístico Mário Augusto Teixeira de Freitas. O nome
atual data de 1938. A sede do IBGE está localizada na cidade do Rio de Janeiro.
04. O IBGE tem atribuições ligadas às geociências e estatísticas sociais, demográficas e econômicas, o que inclui realizar censos e organizar as informações
obtidas nesses censos, para suprir órgãos das esferas governamentais federal, estadual e municipal, e para outras instituições e o público em geral.
05. No IBGE a pesquisa foi iniciada em 1988 e reestruturada a partir de 1998, quando os seus resultados foram integrados ao atual Sistema de Contas
Nacionais. As ponderações anuais são obtidas a partir deste novo sistema de contas. Periodicidade: trimestral. Abrangência geográfica: Brasil.
06. A legislação vigente, de acordo com o Decreto Federal nº 73.177 de 20 de novembro de 1973 e a Lei nº 5.534 de 14 de novembro de 1968, modificada
pela Lei nº 5.878 de 11 de maio de 1978, dispõe sobre a obrigatoriedade e sigilo das informações coletadas pelo IBGE, as quais se destinam,
exclusivamente, a fins estatísticos e não poderão ser objeto de certidão e nem terão eficácia jurídica como meio de prova.
07. O IBGE realiza vários tipos de censos, embora o mais conhecido seja o Censo demográfico, que é o conjunto de dados estatísticos sobre a população de
um país. No Brasil, os censos demográficos são realizado de 10 em 10 anos exclusivamente pelo IBGE, pois é o órgão definido por lei como responsável pela
sua realização.
08. A Contagem de população é realizada entre o intervalo de dois censos demográficos, geralmente cinco anos depois do último ou cinco antes do próximo.
Objetiva atualizar os dados sobre o número de habitantes, e nem sempre é aplicada em todos os municípios.
09. O Censo agropecuário é o levantamento de informações sobre estabelecimentos agropecuários, florestais e/ou aquícolas de todos os municípios de um
país. O objetivo da pesquisa é atualizar dados de censos anteriores, fornecer informações sobre aspectos econômicos, sociais e ambientais da atividade
agropecuária. Ocorre geralmente a cada 10 anos.
10. O Censo do Brasil é um censo realizado a cada 10 anos pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. A população é contada em todo o território
do Brasil e os resultados são usados pelo governo no desenvolvimento de políticas públicas e na destinação dos fundos governamentais para a unidades
federativas.
11. A contagem de população é o cálculo quantitativo do número de pessoas em uma dada região, cidade ou estado de um determinado país.
12. O censo agropecuário no Brasil é uma pesquisa realizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). De 16 de abril até agosto de 2007
ocorreu a coleta de dados da décima edição do censo gropecuário referente às atividades desenvolvidas por todos os estabelecimentos agropecuários
nacionais entre as datas de 1 de janeiro até 31 de dezembro de 2006.

Conhecimentos Específicos 13 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
13. No ano de 2007, cerca de 70 mil recenseadores foram contratados pelo IBGE para realizar a coleta de informações populacionais, que ocorreu no período
de 16 de abril a 31 de agosto de 2007, apesar de a consolidação e depuração dos dados coletados terem se estendido até o final do mês de setembro.
14. O IBGE trouxe uma novidade tecnológica para as coletas dos censos de 2007: o uso de personal digital assistants (PDAs) nas entrevistas. Desta forma,
os questionários de papéis são substituídos por planilhas eletrônicas configuradas nos mini-computadores de mão (PDAs).
15. Está em curso, no IBGE, uma transformação de grandes dimensões nos seus métodos de trabalho e o principal benefício, que já começa a ser disponibi-
lizado aos usuários, é o aumento do potencial analítico das informações estatísticas através de dados cada vez mais interativos e espacializados.

RESPOSTAS
01. C 11. C
02. C 12. C
03. C 13. C
04. C 14. C
05. C 15. C
06. C 16.
07. C 17.
08. C 18.
09. C 19.
10. C 20.

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Conhecimentos Específicos 14 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
CONHECIMENTOS GERAIS: Este princípio se estende a todas as ações que exigem sacrifício. Por
isso é muito importante, depois de qualquer derrota, investigar, antes de
Elementos de política brasileira. tudo, a responsabilidade dos dirigentes, no sentido estrito. Por exemplo: um
Cultura e sociedade brasileira: música, literatura, artes, arquitetura, "front" é constituído de várias seções e cada seção tem seu dirigente. É
rádio, cinema, teatro, jornais, revistas e televisão. possível que os dirigentes se uma seção sejam mais responsabilizados por
História do Brasil. uma derrota que os dirigentes de uma outra seção, mas é questão de mais
Descobertas e inovações científicas na atualidade e seus impactos ou menos e não de eximir algum dirigente da responsabilidade, jamais.
na sociedade contemporânea. Uma vez colocado o princípio de que existem dirigidos e dirigentes, go-
Meio ambiente e sociedade: problemas, políticas públicas, organi- vernados e governantes, é verdade que os "partidos" têm sido até agora o
zações não governamentais, aspectos locais e aspectos globais. modo mais adequado de elaborar a capacidade de dirigir e os próprios
Panorama da economia nacional. dirigentes (os "partidos" podem apresentar-se com os mais diversos nomes,
O cotidiano brasileiro. incluindo o de antipartido ou de "negação dos partidos". Na realidade, até
os chamados "individualistas" são homens de partido, apenas gostariam de
ser "chefe de partido" pela graça de Deus ou da imbecilidade de quem os
Elementos de política brasileira. segue).
Elementos da Política Desenvolvimento do conceito geral contido na expressão "espírito esta-
Antonio Gramsci tal". Esta expressão tem um significado bem preciso, historicamente deter-
minado. Um problema, porém, se coloca: existe algo semelhante ao que se
É preciso dizer que os primeiros elementos a ser esquecidos são, jus- costuma chamar de "espírito estatal" em todo movimento sério, que não
tamente, os mais elementares. No entanto, como eles se repetem inúmeras seja a expressão arbitrária de individualismos mais ou menos justificados?
vezes, tornam-se os pilares da política e de qualquer ação coletiva. Para começar, o "espírito estatal" pressupõe a "continuidade", quer na
direção do passado ou da tradição, quer na direção do futuro, isto é, pres-
O primeiro elemento é que governados e governantes, dirigentes e diri-
supõe que cada ato seja o momento de um processo complexo que já se
gidos existem realmente. Toda ciência e arte da política se baseia neste
iniciou e que vai continuar. A responsabilidade por esse processo, de ser
fato primordial, irredutível (em determinadas condições gerais). As origens
ator desse processo, de ser solidário com forças materialmente "desconhe-
desse fato são um problema à parte, que deve ser estudado separadamen-
cidas", mas que, todavia, são sentidas como operantes e ativas e levadas
te (no mínimo se poderia e se deveria estudar como atenuar e até fazer
em conta como se fossem "materiais" e presentes fisicamente, se chama
desaparecer esse fato, mudando certas condições identificáveis como
justamente, em certos casos, "espírito estatal". É evidente que uma tal
operantes nesse sentido). Entretanto, permanece o fato de que existem
consciência da "duração" não deve ser abstrata e sim concreta, isto é, não
dirigentes e dirigidos, governantes e governados. A partir disso, é preciso deve, em certo sentido, ultrapassar determinados limites. Digamos que os
ver como (estabelecidos certos objetivos) dirigir do modo mais eficaz e, limites mínimos são uma geração precedente e uma geração futura, o que
portanto, como preparar da melhor maneira possível os dirigentes (esta é, não é dizer pouco, pois as gerações não se contam trinta anos antes e
precisamente, a primeira parte da ciência e da arte da política). Por outro trinta anos depois deste momento, mas organicamente, no sentido históri-
lado, é preciso distinguir as linhas de menor resistência, ou linhas racionais, co, o que ao menos para o passado é fácil de compreender: nos sentimos
para obter a obediência de dirigidos e governados. Na formação dos diri- solidários com os homens que hoje são velhíssimos e representam para
gentes, a seguinte premissa é fundamental: queremos que governados e nós o "passado" que ainda vive entre nós, que é preciso conhecer, com o
governantes existam sempre ou queremos criar condições para que a qual é preciso acertar as contas, que é um dos elementos do presente e
necessidade desta divisão desapareça? Partiremos do princípio de que a
uma das premissas do futuro. E com as crianças, com as gerações que
perpétua divisão do gênero humano é inevitável ou acreditaremos que ela
nascem e crescem, por quem somos responsáveis. (Diferente é o "culto" da
seja apenas um fato histórico que responde a determinadas condições? É
"tradição", que tem um valor tendencioso, que implica uma escolha e objeti-
preciso, todavia, ter sempre em mente que a divisão entre governantes e
vo determinados, ou seja, que está na base de uma ideologia). No entanto,
governados, embora (em última análise) remonte a uma divisão em grupos
podemos dizer que mesmo se o tão falado "espírito estatal" existe em todo
sociais, existe, sendo as coisas como são, mesmo dentro do mesmo grupo
o mundo, é preciso, de vez em quando, combater suas deformações e seus
e mesmo que este grupo seja socialmente homogêneo. De uma certa
desvios.
forma, podemos dizer que esta divisão é uma criação da divisão do traba-
lho; é um fato técnico. É sobre esta coexistência de motivos que especulam "O gesto pelo gesto", a luta pela luta etc. e, especialmente, o individua-
aqueles que, em tudo, vêem apenas "técnica", necessidade "técnica" etc., lismo mesquinho e pequeno, que é somente a satisfação caprichosa de
para não ter de enfrentar o problema fundamental. impulsos momentâneos etc. (Na realidade, o problema é sempre o "apoliti-
cismo" italiano, que assume essas formas pitorescas e bizarras). O indivi-
Tendo em vista que até no mesmo grupo existe a decisão entre gover- dualismo é apenas apoliticismo animalesco; o sectarismo é apoliticismo e,
nados e governantes, é preciso fixar alguns princípios irrevogáveis. É se observarmos bem, o sectarismo é, na verdade, uma forma de "clientela"
justamente neste terreno, em que ocorrem os "erros" mais graves, que se pessoal, pois lhe falta o espírito de partido que é o elemento fundamental
manifestam as incapacidades mais criminosas e mais difíceis de corrigir. do "espírito estatal". Demonstrar que o espírito de partido é o elemento
Acredita-se que, uma vez aceitos os princípios do próprio grupo, não só a fundamental do espírito estatal é uma das teses mais importantes a defen-
obediência será automática e virá sem nenhuma demonstração de "neces- der e, vice-versa, o "individualismo" é um elemento de caráter animal,
sidade" e racionalidade como também será indiscutível (alguns pensam e -
"admirado pelos estranhos" como os atos dos habitantes de um jardim
o que é pior - agem acreditando que a obediência "virá" sem ser solicitada,
zoológico.
sem que o caminho a seguir seja indicado). Assim é difícil extirpar dos
dirigentes o "cadornismo" (1), isto é, a convicção de que uma coisa será NOTAS
feita só porque um dirigente acha justo e racional que seja feita: se nada
acontece, joga-se a culpa em quem "deveria ter feito" etc. No entanto, o {1} -Referente ao general Luigui Cadorna, chefe do Estado-Maior das
senso comum mostra que a maior parte dos desastres coletivos (políticos) Forças Armadas italianas até a derrota de Caporetto (1917), da qual ele é
acontece porque danos inúteis não foram evitados e o sacrifício e a vida considerado o principal responsável. Cadornismo representa, então, o
das pessoas não foram levados em consideração. Todo mundo já ouviu autoritarismo e a irresponsabilidade de dirigentes que não consideram
oficiais do "front" contarem como os soldados arriscam a vida quando é importante a adesão de seus comandados e menosprezam o trabalho
necessário e como se rebelam quando se sentem negligenciados. Por político necessário para que a importância de uma ação seja compreendida
exemplo: uma companhia era capaz de jejuar por muitos dias se soubesse e aceita por eles.
que os víveres não podiam chegar por motivo de força maior, mas se (Extraído de Notas Sobre Maquiavel, in Gramsci: poder, política e par-
amotinaria se uma só refeição não fosse servida por desleixo ou burocracia tido. Editora Brasiliense. 2a. Edição. São Paulo: 1992. pp 15-19 – Faz parte
etc. dos Cadernos do Cárcere, Civilização Brasileira, 2007)

Conhecimentos Gerais 1 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
O Brasil é uma república federal presidencialista, de ministros do STF não é completamente renovada a cada mandato
regime democrático-representativo. Em nível federal, o poder executivo é presidencial: o presidente somente indica um novo ministro quando um
exercido pelo Presidente. É uma república porque o Chefe de Estado é deles se aposenta ou vem a falecer.
eletivo e temporário. O Estado brasileiro é uma federação pois é composto
de estados dotados de autonomia política garantida pela Constituição Cultura e sociedade brasileira: música, literatura, artes, arquite-
Federal e do poder de promulgar suas próprias Constituições. É uma tura, rádio, cinema, teatro, jornais, revistas e televisão.
república presidencial porque as funções de chefe de Estado e chefe de
governo estão reunidas em um único órgão: o Presidente da República. É A CULTURA BRASILEIRA
uma democracia representativa porque o povo dificilmente exerce sua Literatura, artes, cinema, teatro, rádio, televisão, esportes
soberania, apenas elegendo o chefe do poder executivo e os seus
representantes nos órgãos legislativos, como também diretamente, A riqueza cultural da década de 30
mediante plebiscito, referendo e iniciativa popular. Isso acontece Modernismo, regionalismo e samba
raramente, o que não caracteriza uma democracia representativa.
Indicadores O período inaugurado pela Revolução de 30 foi marcado por
transformações na economia, na política e na estrutura social. De um lado,
De acordo com o Índice de Democracia, compilado pela revista o sentido geral dessas transformações correspondia ao espírito do Movi-
britânica The Economist, o Brasil possui desempenho elevado nos quesitos mento Modernista de 1922; de outro, iria repercutir em um novo movimento
pluralismo no processo eleitoral (nota 9,5) e liberdades civis (nota 9,1). O literário: o regionalismo.
país possui nota acima da média em funcionalidade do governo (nota
7,5). No entanto, possui desempenho inferior nos quesitos participação A consciência modernista aliava a necessidade de pesquisa de
política (nota 5,0) e cultura política (nota 4,3). O desempenho do Brasil em novos meios formais de comunicação a uma nítida preocupação com o
participação política é comparável ao de Malauí e Uganda, considerados conhecimento da realidade brasileira. A década de 30 aprofundou e deu
"regimes híbridos", enquanto o desempenho em cultura política é novos traços à questão de uma cultura brasileira dotada de força artística e
comparável ao de Cuba, considerado um regime autoritário.No entanto, a capaz de reflexão crítica.
média geral do país (nota 7,1) é inferior somente à do Uruguai (nota 8,1) e
do Chile (nota 7,6) na América do Sul. Dentre os BRIC, apenas Por sua vez, o advento do rádio promoveu a popularização do
a Índia (nota 7,2) possui desempenho melhor. De fato, em relação aos samba, que desceu definitivamente do morro para a cidade. Além do rádio,
BRIC, a revista já havia elogiado a democracia do país anteriormente, outro meio de comunicação de massa passou por uma decisiva transforma-
afirmando que "em alguns aspectos, o Brasil é o mais estável dos BRIC. ção: surgiu o cinema falado. Os dois veículos participavam do caráter
Diferentemente da China e da Rússia, é uma democracia genuína; internacionalizador da cultura de massa. O rádio divulgava as músicas
diferentemente da Índia, não possui nenhum conflito sério com seus francesas e norte-americanas, mas tinha em contraposição o samba. Já o
vizinhos". cinema trazia a divulgação do american way of life e popularizava também
O Brasil é percebido como o 75º país menos corrupto do mundo, expressões estrangeiras. Essas características foram registradas com
perdendo para Romênia, Grécia, Macedônia e Bulgária por apenas um ironia no samba Não temi tradução, de Noel Rosa, em versos como: O
décimo. O país está empatado com os países sul-americanos da Colômbia, cinema falado é o grande culpado da transformação (... ) E esse negócio de
do Peru e do Suriname, e ganha da Argentina (106°), da Bolívia (120°), "aló, boy, aló Johnny" só pode ser conversa de telefone.
da Guiana (126°), do Equador (146°), do Paraguai (154°) e
da Venezuela (162°) na região. O Brasil ainda está em situação melhor que No entanto, todo esse complexo fenômeno cultural restringia-se
todos os outros países do BRIC. A China se encontra 80º lugar, a Índia em às cidades. O campo, o interior do país, permanecia afastado e vinculado
84° e a Rússia em 146°. às suas tradições culturais e folclóricas. Toda essa realidade foi tratada
criticamente pelo regionalismo literário.
Organização
Da criação literária à reflexão sobre o Brasil
O Estado brasileiro é dividido primordialmente em três esferas de
.
poder: o Poder Executivo, o Legislativo e o Judiciário. O chefe do Poder
Em 1930, Carlos Drummond de Andrade publicou seu primeiro
Executivo é o presidente da República, eleito pelo voto direto para um
livro, Alguma poesia, que se integrava à visão modernista, mas trazia uma
mandato de quatro anos, renovável por mais quatro. Na esfera estadual o
nota pessoal de invenção e de registro irônico. A ficção regionalista come-
Executivo é exercido pelos governadores dos estados; e na esfera
çou a se fixar como tendência predominante, revelando autores como
municipal pelos prefeitos. O Poder Legislativo é composto, em âmbito
Graciliano Ramos, José Lins do Rego, Jorge Amado e Erico Veríssimo.
federal, pelo Congresso Nacional, sendo este bicameral: dividido entre
Estava iniciada a "era do romance brasileiro". Em 1930 surgiu 0 'quinze, de
a Câmara dos Deputados e o Senado. Para a Câmara, são eleitos
Raquel de Queirós; em 1931, O país do carnaval de Jorge Amado; em
os deputados federais para dividirem as cadeiras em uma razão de modo a
1932, Menino de engenho, de José Lins do Rego; em 1933, Caetés, de
respeitar ao máximo as diferenças entre as vinte e sete Unidades da
Graciliano Ramos.
Federação, para um período de quatro anos. Já no Senado, cada estado é
representado por 3 senadores para um mandato de oito anos cada. Em
De modo geral, duas vertentes marcaram a ficção regionalista:
âmbito estadual, o Legislativo é exercido pelas Assembléias Legislativas
uma, de teor crítico, e outra, de traços mais pitorescos, apegada ao exotis-
Estaduais; e em âmbito municipal, pelas Câmaras Municipais.
mo. O caráter de realismo crítico fixado na realidade social brasileira assi-
Unidades federativas nalou a direção tomada pelos melhores representantes do regionalismo.
Essa perspectiva crítica assumiu um teor burlesco no romance Serafim
O Brasil possui vinte e seis estados e um Distrito Federal, indissolúveis, Ponte Grande (1933), do modernista Oswald de Andrade.
cada qual com um Governador eleito pelo voto direto para um mandato de
quatro anos renovável por mais quatro, assim como acontece com Com a publicação de Casa grande e senzala, de Gilberto Freyre
os Prefeitos. Tanto os estados quanto os municípios têm apenas uma casa (1933), iniciou-se todo um processo de reflexão sobre a formação cultural
parlamentar: no nível estadual os deputados estaduais são eleitos para 4 brasileira e suas características econômico-sociais. Desse modo, o ensaio
anos na Assembleia Legislativa e no nível municipal, os vereadores são de Freyre converteu-se numa espécie de marco da produção ensaística
eleitos para a Câmara Municipal para igual período. brasileira. Com uma perspectiva marxista, o ensaio de Caio Prado Jr.,
Poder Judiciário Evolução política do Brasil (1933), desencadeou também um rico diálogo
de análise e de confrontos de perspectivas críticas. Em 1935, Raízes do
Finalmente, há o Poder Judiciário , cuja instância máxima é o Supremo Brasil de Sérgio Buarque de Holanda, trouxe novos elementos para o
Tribunal Federal , responsável por interpretar a Constituição Federal e conhecimento crítico da realidade brasileira.
composto de onze Ministros indicados pelo Presidente sob referendo do
Senado, dentre indIvÍduos de renomado saber jurídico. A composição dos

Conhecimentos Gerais 2 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
Essa importante produção intelectual era, por assim dizer, a con- oligárquico da República Velha com o livro Coronelismo, enxada e voto,
trapartida crítica à manipulação nacionalista exercida pelo governo Vargas. publicado em 1949. Nesse ano, fundou-se em São Paulo a Companhia
Na verdade, o rádio forneceu ao getulismo o grande instrumento de con- Cinematográfica Vera Cruz, concorrente da Atlântida, já consagrada pelo
vencimento popular. A partir de 1938, em pleno Estado Novo, Getúlio enorme sucesso de suas produções.
Vargas criou o programa A hora do Brasil, e o DIP (Departamento de Im-
prensa e Propaganda) incumbiu-se fazer prevalecer a doutrinação e a Para a inauguração do Maracanã - o maior estádio do mundo - o
propaganda oficial. Nesse mesmo ano, surgiu a União Nacional dos Estu- Brasil, sede da Copa de 50, promoveu uma festa que acabou em comoção
dantes (UNE), que desempenharia um papel de crítica e de formação de nacional com sua derrota para o Uruguai (2x1), na partida final.
militantes no período posterior ao Estado Novo. Para fechar o balanço
cultural da década de 30, é fundamental registrar as tentativas de criação As novelas de rádio, o futebol, os programas de notícias
de uma produção cinematográfica nacional. Nesse sentido, destaca-se a radiofônicos e os programas de auditório alcançaram e interessaram todo o
obra de Humberto Mauro: Ganga bruta (1932/33), Favela & meus amores território nacional. O teatro chegou a seu período de esplendor, com forte
(1935) e o documento O descobrimento do Brasil (1937). penetração na classe média. Mas tudo isso pouco significava perto do
acontecimento de 18 de setembro de 1950: foi ao ar, pela primeira vez na
Os anos 40 - o "americanismo" e o Brasil América Latina, uma emissora de televisão. Era a PRF 3 TV Tupi, em São
Brasil: a chegada do Zé Carioca Paulo; começava, lentamente, uma nova fase cultural.

Os conturbados anos 40 foram o palco da II Guerra Mundial e de A explosão cultural dos anos 50
suas conseqüências. A principal delas foi a divisão do mundo em dois Nacionalismo cultural
grandes blocos econômicos e ideológicos: EUA e URSS, iniciando o perío-
do que se convencionou chamar de guerra fria. Uma série de expurgos e O segundo governo da terceira República foi ocupado por Var-
de sectarismos ideológicos marcou esse período, e o Brasil não fugiu à gas (1950-1954), que retornou ao poder pelo voto. Durante esse período,
regra. seu governo caracterizou-se por uma organização nacionalista da econo-
mia, evidenciada com a criação da Companhia Siderúrgica Nacional e da
Alinhado com os EUA, dos quais historicamente sempre esteve Petrobrás. Esse nacionalismo econômico, que continuou sob o governo de
mais ou menos dependente, o Brasil, através da política econômica, co- Juscelino como nacional-desenvolvimentismo, revitalizou as preocupações
nheceu também a dependência cultural. O interesse dos Estados Unidos com a questão da cultura brasileira, sobretudo na produção teatral e no
em manter sua influência ideológica diante do avanço da URSS e do socia- cinema.
lismo foi um fator determinante nesse processo.
Nesse sentido, dois diretores anteciparam o que veio a se cha-
O intercâmbio cultural - estimulado pelo governo através do ci- mar de Cinema Novo. Em 1953, Lima Barreto filmou O cangaceiro e con-
nema e da música - que teve na carreira internacional de Carmem Miranda quistou uma premiação no Festival Internacional de Cannes no mesmo
sua melhor expressão, aumentou ainda mais a americanização dos costu- ano. Filiando-se ao neo-realismo italiano, Nelson Pereira dos Santos dirigiu,
mes e modos de vida dos brasileiros. Em 1941, por exemplo, Walt Disney, em 1955, Rio, 40 graus e voltou a exercer sua visão crítica da realidade em
que se tornara o porta-voz da política externa americana, batizada de "boa 1957, com Rio, Zona Norte. Ainda, no mundo do cinema, um ator-diretor
vizinhança" escolheu a música Aquarela do Brasil, de Ari Barroso, para alcançou enorme êxito popular: Mazzaropi, que cunhou o tipo do caipira
trilha sonora do fume Salud, amigos (Alô amigo !), que acabou sendo uru paulista ingênuo e trapalhão em Sai da frente (1952).
filme promocional da política norte-americana na América Latina. A criação
do personagem de Disney - Zé Carioca - representando o Brasil, tornou-se Duas outras emissoras de televisão entraram no ar: a TV Rio e a
um dos maiores estereótipos de nossa cultura no exterior. TV Record. Em 1956, a população brasileira assistiu à primeira partida de
futebol pela televisão: o jogo entre Brasil e Itália, no mês de janeiro. A
O rádio continuou expandindo seu alcance comercial e seu po- televisão suplantava pouco a pouco o domínio do rádio, um fenômeno que
der ideológico. Destacavam-se a Rádio Nacional, encampada pelo governo se concretizaria com sua implantação a nível nacional.
em 1940, a Rádio Tupi de São Paulo; a Rádio Record (SP) e a Rádio
Nacional (RJ), que passaram a transmitir, a partir de 1941, um dos maiores A literatura consagrou um escritor mineiro: Guimarães Rosa,
fenômenos de audiência do rádio: o Repórter Esso. com a publicação de Grande sertão: veredas e Corpo de baile, ambos em
1956. Sua estréia na literatura completava exatamente uma década, pois
Também em 1941, foi fundada a Companhia Cinematográfica A- seu primeiro livro, Sagarana, é de 1946. O Brasil passou também a discutir
tlântida, responsável pela popularização do cinema e pela consagração de o anúncio da construção da nova capital por Juscelino: Brasília. O populista
uru gênero popular de produção cinematográfica: as chanchadas, mistura Jânio Quadros, governador de São Paulo, alcançava as manchetes com a
de comédia e de musical, que a partir de Moleque Tião, lançado em 1943, proibição de execução de rock'n roll em bailes. Na área do esporte, Maria
apresentaram uma dupla célebre do cinema brasileiro: Grande Otelo e Ester Bueno tornou-se campeã de tênis em Wimbledon, enquanto Pelé
Oscarito. estreava na seleção brasileira.

O reino das chanchadas 1958: Brasil campeão

Os anos 40 assinalaram também a consagração de um grande E, por fim, em 1958 o Brasil tornou-se campeão mundial de futebol,
autor teatral brasileiro, com uma temática crítica e irônica voltada para a vencendo a Suécia na final por 5x2. Pelé, Garrincha, Didi e Vavá tornaram-
classe média urbana: Nelson Rodrigues. Em 1943, estreia no Rio a peça se ídolos nacionais. Ainda em 1958, entrou em funcionamento a TV Cultura
Vestido de noiva, em 44, Álbum de família e, em 46, Anjo negro. - Canal 2, de São Paulo. Enquanto no Rio e em São Paulo um novo jeito de
tocar violão e de cantar, cujos representantes maiores eram João Gilberto,
Na ficção, destacam-se as obras de Clarice Lispector, cujo pri- Nara Leão, Tom Jobim, Roberto Menescal e outros da chamada Bossa
meiro romance - Perto do coração selvagem - foi publicado em 1943, Nova, dava destaque para a suavidade, o intimismo, a voz como um ins-
seguido pelo lançamento, em 1946, de O lustre. Nesses romances, afirma- trumento, as notas baixas e dissonantes. Esse "som" brasileiro correria o
va-se uma literatura de teor introspectivo. Na poesia, o ano de 1942 trouxe mundo; anos mais tarde, João Gilberto estaria no Carnegie Hall de Nova
a revelação de João Cabral de Melo Neto com Pedra de sono, seguido por York, onde se radicaria definitivamente consagrando-se como um dos mais
O engenheiro (1945). respeitáveis músicos brasileiros, no exterior, ao lado de Tom Jobim.

Bibi Ferreira (filha do consagrado ator Procópio Ferreira), Paulo A chanchada chegava ao fim, com a progressiva influência da
Autran, Ângela Maria, Vicente Celestino e Gilda de Abreu eram os ídolos do tevê, simbolizada no fechamento e na falência das grandes companhias
teatro e do rádio. O sociólogo Josué de Castro publicou em 1946 seu livro cinematográficas. Mas o teatro se revigorava com novos autores e temas
mais famoso, Geografia da fome, e Victor Nunes Leal criticou o sistema sociais, como a peça Eles não usam black-tie, de Gianfrancesco Guarnieri,

Conhecimentos Gerais 3 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
no Teatro de Arena, em São Paulo, ainda em 1958. Em 1959, Celso Furta- Em 1966, no Festival de Música Popular da TV Record saíram
do publicou o clássico Formação econômica do Brasil e Antônio Cândido vencedoras as composições A Banda de Chico Buarque de Holanda, e
lançou seu famoso ensaio Formação da literatura brasileira. As ciências Disparada de Geraldo Vandré e Theo Azevedo. No ano seguinte, explodi-
humana e sociais alcançavam espaço e distinção nas universidades, des- ram as primeiras investidas armadas contra o regime: oito guerrilheiros do
tacando-se entre estas a produção da USP. A formação cultural da década MR-8 foram presos em Caparaó, MG. O festival de MPB desse ano teve
chegou ao fim com a montagem da peça O pagador de promessas, do como vencedor Edu Lobo com a música Ponteio. Nesse mesmo ano, a
jovem autor Dias Gomes, e com a publicação de Laços de família, de CNBB (Conferência Nacional dos Bispos do Brasil) divulgou um manifesto
Clarice Lispector, além da monumental História Geral da civilização brasilei- denunciando a prisão de padres e freiras que tinham participação social de
ra, organizada por Sérgio Buarque de Holanda. oposição ao governo. Ainda em 1967, o governo criou a FUNAI (Fundação
Nacional do Índio) e o MOBRAL (Movimento Brasileiro de Alfabetização) e
As diversidades econômicas, políticas e ideológicas da a UNE realizou seu 29º Congresso na clandestinidade, e várias facções de
sociedade brasileira refletiam-se esquerda optaram pela ação terrorista e pela guerrilha para enfrentar a
na arte e nas expressões mais significativas dessa sociedade: a cultura, ditadura.
com uma riqueza e efervescência ímpares em sua história.
68: o auge dos festivais
Os loucos anos 60
Novos talentos Em 1968, a tensão entre as forças de oposição e o governo che-
gou ao máximo. Organizações paramilitares de direita, como o Comando de
Os anos 60 foram ricos em crises e contradições no mundo todo Caça aos Comunistas (CCC), depredaram o teatro onde se apresentava a
e igualmente no Brasil. Era a maturidade da primeira geração do pós-guerra peça Roda Viva, de Chico Buarque de Holanda, ferindo vários atores e
e ela não deixou de marcar época e fazer história. Foram anos de rupturas participantes. Os atentados se multiplicaram. Ainda em 68, realizou-se no
políticas, sociais, morais e ideológicas. Rio o III Festival Internacional da Canção, no qual o público se identificou
com a composição de Geraldo Vandré, Para não dizer que não falei das
O Brasil começou a década saudando a nova capital - Brasília - flores, que considerada subversiva, levou seu autor à prisão, e foi proibida
e nas eleições presidenciais escolheu Jânio Quadros e sua "vassoura" para de ser executada.
presidente com a maior votação da história do país.
Uma crise entre o Congresso e o governo emergiu com a cassa-
Enquanto Jânio renunciava e toda uma crise política levava João ção do deputado Márcio Moreira Alves. A resposta foi o AI-5, o fechamento
Goulart ao último governo constitucional da década, Éder Jofre sagrou-se do Congresso e a concessão de poderes de exceção ao presidente. De-
campeão mundial dos pesos-galo; em 1962, o Brasil tornou-se bicampeão sencadeou-se, então, violenta repressão do governo, estabelecendo censu-
mundial de futebol no Chile e profundas contradições econômicas levavam ra prévia a órgãos de imprensa, livros e obras de arte além da perseguição
a inúmeras greves, paralisações e passeatas, em todos os setores sociais. e prisão de líderes estudantis, intelectuais e todos os opositores ao regime.
A maior destas foi a luta pela reforma agrária. Só ao Congresso Camponês Por outro lado, a explosão do movimento tropicalista, com Caetano Veloso
de 1961, realizado em Belo Horizonte, compareceram 1 600 delegados, e Gilberto Gil, provocava reações indignadas tanto em setores da direita
lançando a campanha nacional pela reforma agrária. Em Recife, no ano quanto da esquerda.
seguinte, as manifestações pela reforma agrária foram reprimidas por
tropas do Exército. A Operação Bandeirantes (OBAN) - montada pelo governo - foi
responsável por inúmeras prisões, torturas e desaparecimentos. Em con-
A UNE assumiu dimensão nacional com a criação do CPC (Centro Po- trapartida, grupos guerrilheiros seqüestraram o embaixador norte-
pular de Cultura); em 1963, o educador Paulo Freire alcançou notoriedade americano Charles Elbrick, exigindo para soltá-lo a libertação de presos
nacional com seu "método" de alfabetização e conscientização de adultos, políticos. Foram mortos os líderes guerrilheiros Virgílio e Carlos Marighella.
em Pernambuco e em todo o Nordeste. O cinema conseguiu outro prêmio No topo desse confronto, foi eleito presidente o general Garrastazu Médici,
internacional em Cannes com o filme de Anselmo Duarte O pagador de inaugurando a década de 70.
promessas. Em 1963, Nelson Pereira dos Santos filmou Vidas secas,
baseado no clássico de Graciliano Ramos, e Glauber Rocha afirmou seu ta- A década de 70: da repressão à abertura
lento com Deus e o diabo na tema do sol (1964). Com o golpe de 64, surgiu Tortura e TV em cores
a necessidade de " resistência cultural''. O prédio da UNE foi incendiado no
Rio; seguiram-se prisões de líderes políticos, estudantes, artistas e intelec- Enquanto o Brasil conquistava o Tricampeonato Mundial de Fu-
tuais. O reacionarismo e tradicionalismo, além do patrulhamento ideológico, tebol no México, embalado pela marchinha Pra frente Brasil, e os brasileiros
da censura e dos mecanismos de coação tomaram conta do cenário cultu- acompanhavam pela TV a maestria da "seleção canarinho", vibrando com
ral do país. No governo de Castelo Branco realizou-se em São Paulo uma Pelé, Jairziriho, Tostão, Gerson, acontecia muita coisa nos porões do DOI-
campanha de " moralização'' nas escolas: estudantes foram obrigados a CODI. Aos atentados terroristas de esquerda o Estado respondia com
cortar o cabelo, usar calças de boca estreita, e também proibidos de exibir tortura, morte, desaparecimento. Anunciaram-se a Transamazônica e mais
cores berrantes ou "roupas exóticas". Em 1965, a censura proibiu inúmeras tarde a Itaipu. O ministro Delfim Neto proclamava “milagre brasileiro". Em
peças teatrais e filmes. Mesmo assim, foram lançados os filmes A falecida, 1971, depois de torturado e morto pelas Forças Armadas, desaparece o
de Leon Hirzsman, e Opinião pública, de Arnaldo Jabor. deputado Rubens Paiva. Enquanto isso, o Brasil via, em cores, as primeiras
emissões coloridas da América Latina, a propaganda do governo e seu
As transformações culturais e morais que o movimento hippie, os lema: "Brasil, ame-o ou deixe-o". O ministro Jarbas Passarinho reagiu às
Beatles, o rock desencadeavam na sociedade internacional entraram no denúncias, encampadas por organismos internacionais, de tortura no Brasil:
Brasil filtradas pela ditadura militar. Mesmo assim, a música popular nos Afirmar que a tortura, no Brasil, é praticada como sistema de governo é
anos 60 foi importante fator de resistência ao regime repressivo e apelo à uma infâmia.
liberdade de expressão. Os festivais foram o palco privilegiado dessa
resistência. Em abril de 1965, a TV Excelsior de São Paulo promoveu o I Em 1972, a Rede Globo lançou a primeira novela em cores no
Festival de Música Popular Brasileira, que deu a vitória à música Arrastão, Brasil - O Bem Amado - criada por Dias Gomes e estrelada por Paulo
de Edu Lobo e Vinícius de Morais. Em setembro do mesmo ano, entra no ar Gracindo. As novelas da televisão, ou telenovelas, passavam a ter cada
a TV Jovem Guarda, um programa comandado por Roberto Carlos e Eras- vez maior repercussão e audiência. Em 1972, a população brasileira che-
mo Carlos, vinculado ao rock. Ao mesmo tempo, a Universidade de Brasília gou aos cem milhões de habitantes. A televisão adquiriu a condição de
foi invadida e quinze de seus professores, presos. Os Atos Institucionais moderadora de opiniões e comportamentos, quer pela padronização das
extinguiam os partidos políticos, criando o sistema bipartidário: ARENA informações quer pela propaganda e excitação ao consumismo.
(governo) e MDB (oposição).
O cinema recompôs-se com a organização do I Festival de Gra-
mado (RS), onde o filme Toda nudez será castigada, de Arnaldo Jabor,

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sagrou-se o grande vencedor. Em 1977, Raquel de Queirós tornou-se a dominantes, sob forte influência dos EUA, a nação hegemônica do hemisfé-
primeira mulher eleita para a Academia Brasileira de Letras. Com a "abertu- rio ocidental.
ra" do governo Geisel, retornaram ao Brasil alguns líderes políticos e artis-
tas exilados no exterior. Ainda nesse ano, um manifesto de 1 046 inte- Depois do modernismo, a ficção regionalista espelhou situações
lectuais exigia que o governo extinguisse a censura no país. Na mobiliza- que afetavam distorções e misérias presentes em nossa realidade. O traço
ção contra a censura, ganhou destaque uma campanha pela liberação da local não impediu que certas características essenciais de toda uma socie-
peça Rasga Coração, de Oduvaldo Viana Filho, proibida desde 1974 e dade fossem reveladas por Graciliano Ramos, José Lins e Jorge Amado. A
liberada em 1978. visão crítica desses autores era ainda eficaz devido à força artística de
suas obras.
Os anos 80
Redemocratização, sindicalismo. Igreja De outro lado, a própria cultura, como tudo o mais, passou a ser
tratada, pela era de consumo de massa do capitalismo, como mercadoria.
As lutas pela redemocratização do país ganham força no início
dos anos 80. As grandes redes de televisão tentavam reeditar os famosos 1940: americanização. A década de 40 marcou o período áureo
festivais dos anos 60, sem o sucesso esperado, mas revelando alguns do alinhamento político-ideológico do Brasil. Os traços já delineados da
talentos. O processo de redemocratização do país era saudado pelos cultura de massa adquiriram um raio de ação ainda mais amplo.
intelectuais, pela imprensa e pela Igreja, respaldada por amplos setores da
sociedade. O sindicalismo dos últimos dois anos da década anterior torna- Em contraposição, a universidade adquiria uma presença decisi-
ra-se importante movimento de conscientização e repolitização da socieda- va na vida intelectual brasileira, com ênfase especial para a Universidade
de. Os círculos reacionários, organizados em grupos e facções paramilita- de São Paulo, que na década de 30 realizou um intenso programa de
res, descontentes com o processo de "abertura", promoveram inúmeros intercâmbio com as universidades francesas. Por fim, a própria americani-
atentados, entre os quais se contam uma bomba colocada na sede da OAB zação pode ser vista também como a conseqüência da modernização do
(que matou uma pessoa) e o episódio Rio Centro, em que uma bomba país e de seu ingresso nos padrões de consumo do mercado internacional.
explodiu em um carro onde se encontravam oficiais do Exército, à paisana,
com o intuito de sabotar a celebração do li de Maio. 1950: a década da fermentação. Escritores como Carlos Drum-
mond de Andrade, Murilo Mendes, Guimarães Rosa, Clarice Lispector e
Os inúmeros conflitos de terra, medrados pela Igreja, multiplica- João Cabral de Melo Neto dão continuidade às suas obras, mantendo suas
ram-se pelo país. O papa João Paulo II visitou o Brasil, encontrando-se qualidades e aprofundando suas pesquisas, oferecendo ao conjunto da
com os operários em São Paulo. Dois padres franceses foram presos por literatura brasileira uma elevação nunca antes atingida. No cinema, Nelson
envolvimento em conflitos de terra no Araguaia. Pereira dos Santos iniciava uma obra que anteciparia as preocupações do
Cinema Novo, e a Bossa Nova trazia uma renovação rítmica e harmônica,
As cidades históricas de Ouro Preto e Olinda, bem como Brasí- além de uma sensibilidade intimista nas letras e nas interpretações. A van-
lia, a capital do país, foram consideradas "patrimônio cultural da humanida- guarda artística definia-se com a estética do concretismo.
de'' pela UNESCO. O Brasil iniciou pesquisas na Antártida e lançou seus
primeiros satélites de comunicações - Brasilsat I e II. De 1960 aos 90: dilaceramento e padronização. Com a televi-
são, instrumento privilegiado de padronização, o país tornou-se objeto de
Os filmes O Homem que virou suco, de João Batista de Andrade, uma certa homogeneização cultural. O controle do setor de comunicações
e Pixote, de Hector Babenco, foram premiados internacionalmente. Depois pela ditadura imprimiu à televisão um papel de catequese ideológica. Na
de uma crise com a Embrafilme e outra com a censura, o filme de Roberto música, o tropicalismo foi a grande manifestação sintonizada com a revolu-
Farias Pra frente Brasil conseguiu ser exibido, recebendo o prêmio no ção cultural dos anos 60. O Cinema Novo herdava a tradição crítica do
Festival de Cinema de Berlim. Nelson Pereira dos Santos filmou Memórias melhor romance brasileiro e adquiria prestígio internacional. A vitalidade do
do Cárcere, de Graciliano Ramos, estrelado por Carlos Vereza, que rece- teatro afirmou-o também como palco da resistência cultural à ofensiva da
beu um prêmio no Festival Internacional de Cinema da Índia por seu de- repressão ideológica desfechada pela ditadura. Exílios, prisões, torturas,
sempenho. O beijo da mulher aranha, produção brasileira dirigida por guerrilhas, assassinatos configuraram uma época trágica, com um impacto
Hector Babenco, levou o Brasil até Hollyvvood e Eu sei que vou te amar, de de certo modo paralisante na cena cultural. Certos críticos vêem os anos 80
Arnaldo labor, deu à Fernanda Torres o prêmio de melhor atriz no Festival ainda definidos por essa paralisia, mas a extrema diversificação cultural
de Cannes. alcançada pelos grandes centros urbanos é um fator importante e aberto às
possibilidades de criação.
Por ocasião da votação de uma emenda proposta pelo deputado
Dante de Oliveira (PMDB) para eleições diretas como forma e condução da A atividade cultural no final da década de 80 e início da de 90 so-
sucessão presidencial, no final do governo Figueiredo, explodiu uma das freu grave redução no Brasil, por fatores como a recessão econômica e
maiores manifestações populares da História do país, consagrada como medidas políticas do governo Collor: a extinção da Lei Sarney, que canali-
"DIRETAS JÁ''. O comício da Candelária, no Rio, reuniu 1 milhão de pes- zava subsídios da iniciativa privada para a produção artística; a extinção da
soas. Era o fim da ditadura militar. Funarte e Embrafilme; a classificação prévia de programas de TV. Em 91, a
Lei Rounaet restabelece aqueles incentivos às artes.
Depois que a morte afastou Tancredo Neves da presidência, a
Nova República começava com José Sarney. A proibição do filme Je vous A produção artística teatral apresentou revelações, nesta primei-
salue, Marie, de Jean-Luc Godard, e Teledeum, em 1987, demonstrava a ra metade da década de 90, como o autor, diretor e ator Miguel Falabela e
vigência, ainda que restrita, de mecanismos de censura de obras artísticas. o diretor Gabriel Vilela. Peças como O Livro de Jó, Querida Mamãe e
Pérola foram alguns dos destaques em 1995. Neste mesmo ano o cinema
O diálogo cultura-sociedade nacional deu um salto produtivo de repercussão internacional com O Qua-
trilho e com o cinema bem cuidado de Walter Moreira Salles, com o filme
1930: reflexão sobre as contradições. A década de 30 continuou Terra Estrangeira.
e aprofundou a reflexão crítica sobre a sociedade brasileira inaugurada pelo
Modernismo. A sociedade que surgia via-se presa entre as contradições da Cultura do Brasil
ordem política internacional e as próprias contradições do embate interno Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
entre as classes sociais divergentes e antagônicas. Essas intensas contra-
dições, ao lado da emergência de um combate ideológico em todo o mun- "A sociedade e a cultura brasileiras são conformadas como variantes
do, foram aspectos decisivos para o impulso que orientou a cultura brasilei- da versão lusitana da tradição civilizatória européia ocidental, diferenciadas
ra. O rádio, o cinema e a televisão, embora desenvolvam contornos e por coloridos herdados dos índios americanos e dos negros africanos. O
peculiaridades ligados às nossas especificações, quase sempre foram os Brasil emerge, assim, como um renovo mutante, remarcado de característi-
meios de padronização, veiculação e sustentação das expressões culturais cas próprias, mas atado genericamente à matriz portuguesa, cujas potenci-

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APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
alidades insuspeitadas de ser e de crescer só aqui se realizariam plena- a Independência do Brasil: Portugal continuou sendo uma das fontes mais
mente. " importantes de imigrantes para o Brasil até meados do século XX.
O Povo Brasileiro, Darcy Ribeiro, , pag 16.1 A mais evidente herança portuguesa para a cultura brasileira é a língua
portuguesa, atualmente falada por virtualmente todos os habitantes do país.
A cultura brasileira é uma síntese da influência dos vários povos A religião católica, crença da maioria da população, é também decorrência
e etnias que formaram o povo brasileiro. Não existe uma cultura brasileira da colonização. O catolicismo, profundamente arraigado em Portugal, legou
perfeitamente homogênea, e sim um mosaico de diferentes vertentes ao Brasil as tradições do calendário religioso, com suas festas e procissões.
culturais que formam, juntas, a cultura do Brasil. Naturalmente, após mais As duas festas mais importantes do Brasil, o carnaval e as festas juninas,
de três séculos de colonização portuguesa, a cultura do Brasil é, foram introduzidas pelos portugueses. Além destas,
majoritariamente, de raiz lusitana. É justamente essa herança cultural lusa vários folguedos regionalistas como as cavalhadas, o bumba-meu-boi,
que compõe a unidade do Brasil: apesar do povo brasileiro ser um mosaico o fandango e a farra do boi denotam grande influência portuguesa.
étnico, todos falam a mesma língua (o português) e, quase todos, No folclore brasileiro, são de origem portuguesa a crença em seres
são cristãos, com largo predomínio de católicos. Esta igualdade linguística fantásticos como a cuca, o bicho-papão e o lobisomem, além de muitas
e religiosa é um fato raro para um país de grande tamanho como o Brasil, lendas e jogos infantis como as cantigas de roda.
especialmente em comparação com os países do Velho Mundo.
Na culinária, muitos dos pratos típicos brasileiros são o resultado da
Embora seja um país de colonização portuguesa, outros grupos étnicos adaptação de pratos portugueses às condições da colônia. Um exemplo é
deixaram influências profundas na cultura nacional, destacando-se os a feijoada brasileira, resultado da adaptação dos cozidos portugueses.
povos indígenas, os africanos, os italianos e os alemães. As influências Também a cachaça foi criada nos engenhos como substituto para
indígenas e africanas deixaram marcas no âmbito da música, da culinária, a bagaceira portuguesa, aguardente derivada do bagaço da uva. Alguns
do folclore, do artesanato, dos caracteres emocionais e das festas pratos portugueses também se incorporaram aos hábitos brasileiros, como
populares do Brasil, assim como centenas de empréstimos à língua as bacalhoadas e outros pratos baseados no bacalhau. Os portugueses
portuguesa. É evidente que algumas regiões receberam maior contribuição introduziram muitas espécies novas de plantas na colônia, atualmente
desses povos: os estados do Norte têm forte influência das culturas muito identificadas com o Brasil, como a jaca e a manga.
indígenas, enquanto algumas regiões do Nordeste têm uma cultura
bastante africanizada, sendo que, em outras, principalmente no sertão, há De maneira geral, a cultura portuguesa foi responsável pela introdução
uma intensa e antiga mescla de caracteres lusitanos e indígenas, com no Brasil colônia dos grandes movimentos artísticos
menor participação africana. europeus: renascimento, maneirismo,barroco, rococó e neoclassicismo.
Assim, a literatura, pintura, escultura, música, arquitetura e artes
No Sul do país as influências de imigrantes italianos e alemães são decorativas no Brasil colônia denotam forte influência da arte portuguesa,
evidentes, seja na língua, culinária, música e outros aspectos. Outras por exemplo nos escritos do jesuíta luso-brasileiro Padre Antônio Vieira ou
etnias, como os árabes,espanhóis, poloneses e japoneses contribuíram na decoração exuberante de talha dourada e pinturas de muitas igrejas
também para a cultura do Brasil, porém, de forma mais limitada. coloniais. Essa influência seguiu após a Independência, tanto na arte
Formação da cultura brasileira popular como na arte erudita.

O substrato básico da cultura brasileira formou-se durante os séculos Os indígenas


de colonização, quando ocorre a fusão primordial entre as culturas dos A colonização do território brasileiro pelos europeus representou em
indígenas, dos europeus, especialmente portugueses, e dos escravos grande parte a destruição física dos indígenas através de guerras e
trazidos da África subsahariana. A partir do século XIX, a imigração de escravidão, tendo sobrevivido apenas uma pequena parte das nações
europeus não-portugueses e povos de outras culturas, como árabes e indígenas originais. A cultura indígena foi também parcialmente eliminada
asiáticos, adicionou novos traços ao panorama cultural brasileiro. Também pela ação da catequese e intensa miscigenação com outras etnias.
foi grande a influência dos grandes centros culturais do planeta, como Atualmente, apenas algumas poucas nações indígenas ainda existem e
a França, a Inglaterra e, mais recentemente, dos Estados Unidos, países conseguem manter parte da sua cultura original.
que exportam hábitos e produtos culturais para o resto do globo.
Os portugueses

Indígena brasileiro, representando sua rica arte plumária e de pintura


corporal.
Apesar disso, a cultura e os conhecimentos dos indígenas sobre a terra
Cavalhadas de Pirenópolis(Pirenópolis, Goiás) de origem portuguesa - foram determinantes durante a colonização, influenciando a língua, a
Mascarados durante a execução do Hino do Divino. culinária, o folclore e o uso de objetos caseiros diversos como a rede de
Dentre os diversos povos que formaram o Brasil, foram os europeus descanso. Um dos aspectos mais notáveis da influência indígena foi a
aqueles que exerceram maior influência na formação da cultura brasileira, chamada língua geral (Língua geral paulista, Nheengatu), uma língua
principalmente os de origem portuguesa. derivada do Tupi-Guarani com termos da língua portuguesa que serviu
de língua franca no interior do Brasil até meados do século XVIII,
Durante 322 anos o território foi colonizado por Portugal, o que implicou principalmente nas regiões de influência paulista e na região amazônica.
a transplantação tanto de pessoas quanto da cultura da metrópole para as O português brasileiro guarda, de fato, inúmeros termos de origem
terras sul-americanas. O número de colonos portugueses aumentou muito indígena, especialmente derivados do Tupi-Guarani. De maneira geral,
no século XVIII, na época do Ciclo do Ouro. Em 1808, a própria corte de D. nomes de origem indígena são frequentes na designação de animais e
João VI mudou-se para o Brasil, um evento com grandes implicações plantas nativos (jaguar, capivara, ipê, jacarandá, etc), além de serem muito
políticas, econômicas e culturais. A imigração portuguesa não parou com frequentes na toponímia por todo o território.

Conhecimentos Gerais 6 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
A influência indígena é também forte no folclore do interior brasileiro, Os imigrantes
povoado de seres fantásticos como o curupira, osaci-pererê, o boitatá e
a iara, entre outros. Na culinária brasileira, a mandioca, a erva-mate, o açaí,
a jabuticaba, inúmeros pescados e outros frutos da terra, além de pratos
como os pirões, entraram na alimentação brasileira por influência indígena.
Essa influência se faz mais forte em certas regiões do país, em que esses
grupos conseguiram se manter mais distantes da ação colonizadora,
principalmente em porções da Região Norte do Brasil.
Os africanos
A cultura africana chegou ao Brasil com os povos escravizados trazidos
da África durante o longo período em que durou o tráfico
negreiro transatlântico. A diversidade cultural da África refletiu-se na
diversidade dos escravos, pertencentes a diversas etnias que O imigrante germânico e suas tradições: Oktoberfest em Igrejinha.
falavam idiomas diferentes e trouxeram tradições distintas. Os africanos
trazidos ao Brasil incluíram bantos, nagôs e jejes, cujas crenças religiosas A maior parte da população brasileira no século XIX era composta
deram origem às religiões afro-brasileiras, e os hauçás e malês, de por negros e mestiços. Para povoar o território, suprir o fim da mão-de-obra
religiãoislâmica e alfabetizados em árabe. Assim como a indígena, a cultura escrava mas também para "branquear" a população e cultura brasileiras, foi
africana foi geralmente suprimida pelos colonizadores. Na colônia, os incentivada a imigração da Europa para o Brasil durante os séculos XIX e
escravos aprendiam o português, eram batizados com nomes portugueses XX. Dentre os diversos grupos de imigrantes que aportaram no Brasil,
e obrigados a se converter ao catolicismo. foram os italianos que chegaram em maior número, quando considerada a
faixa de tempo entre 1870 e 1950. Eles se espalharam desde o sul
de Minas Gerais até o Rio Grande do Sul, sendo a maior parte na região
de São Paulo. A estes se seguiram os portugueses, com quase o mesmo
número que os italianos. Destacaram-se também os alemães, que
chegaram em um fluxo contínuo desde 1824. Esses se fixaram
primariamente na Região Sul do Brasil, onde diversas regiões herdaram
influências germânicas desses colonos.
Os imigrantes que se fixaram na zona rural do Brasil meridional,
vivendo em pequenas propriedades familiares (sobretudo alemães e
italianos), conseguiram manter seus costumes do país de origem, criando
no Brasil uma cópia das terras que deixaram na Europa. Alguns povoados
fundados por colonos europeus mantiveram a língua dos seus
Capoeira, a arte-marcial afro-brasileira. antepassados durante muito tempo. Em contrapartida, os imigrantes que se
fixaram nas grandes fazendas e nos centros urbanos
Os africanos contribuíram para a cultura brasileira em uma enormidade do Sudeste (portugueses, italianos, espanhóis e árabes), rapidamente se
de aspectos: dança, música, religião, culinária e idioma. Essa influência se integraram na sociedade brasileira, perdendo muitos aspectos da herança
faz notar em grande parte do país; em certos estados cultural do país de origem. A contribuição asiática veio com a imigração
como Bahia, Maranhão, Pernambuco,Alagoas, Minas Gerais, Rio de japonesa, porém de forma mais limitada.
Janeiro, São Paulo e Rio Grande do Sul a cultura afro-brasileira é
particularmente destacada em virtude da migração dos escravos. De maneira geral, as vagas de imigração europeia e de outras regiões
do mundo influenciaram todos os aspectos da cultura brasileira. Na
Os bantos, nagôs e jejes no Brasil colonial criaram o candomblé, culinária, por exemplo, foi notável a influência italiana, que transformou os
religião afro-brasileira baseada no culto aos orixás praticada atualmente em pratos de massas e a pizza em comida popular em quase todo o Brasil.
todo o território. Largamente distribuída também é a umbanda, uma religião Também houve influência na língua portuguesa em certas regiões,
sincrética que mistura elementos africanos com o catolicismo e especialmente no sul do território. Nas artes eruditas a influência europeia
o espiritismo, incluindo a associação de santos católicos com os orixás. imigrante foi fundamental, através da chegada de imigrantes capacitados
em seus países de origem na pintura, arquitetura e outras artes.
A influência da cultura africana é também evidente na culinária
regional, especialmente na Bahia, onde foi introduzido o dendezeiro, uma
palmeira africana da qual se extrai o azeite-de-dendê. Este azeite é
utilizado em vários pratos de influência africana como o vatapá, o caruru e
o acarajé.
Na música a cultura africana contribuiu com os ritmos que são a base
de boa parte da música popular brasileira. Gêneros musicais coloniais de
influência africana, como o lundu, terminaram dando origem à base rítmica
do maxixe, samba, choro, bossa-nova e outros gêneros musicais atuais.
Também há alguns instrumentos musicais brasileiros, como o berimbau,
o afoxé e o agogô, que são de origem africana. O berimbau é o instrumento
utilizado para criar o ritmo que acompanha os passos da capoeira, mistura
de dança e arte marcial criada pelos escravos no Brasil colonial.

Conhecimentos Gerais 7 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
Aspectos A partir de meados do século XX a construção de uma série de
obras modernistas, criadas por um grupo liderado porGregori
Arquitetura e patrimônio histórico Warchavchik, Lucio Costa e sobretudo Oscar Niemeyer, projetou a
arquitetura brasileira internacionalmente.4 O movimento moderno culminou
na realização de Brasília, o único conjunto urbanístico moderno do mundo
reconhecido pelaUNESCO como Patrimônio Cultural da Humanidade.

Parque Nacional Serra da Capivara


Também há diversidade em sítios arqueológicos, como o encontrado
no sul do estado do Piauí: serra da Capivara. Os problemas enfrentados
pela maioria dos sítios arqueológicos brasileiros não afetam os mais de 600
sítios que estão no Parque Nacional da Serra da Capivara, no Piauí.
Obra de Mestre Ataíde na abóbada da Igreja de São Francisco de Localizado em uma área de 130 mil hectares o Parque Nacional da Serra
Assis, em Ouro Preto, símbolo do Barroco brasileiro. da Capivara é um exemplo de conservação do patrimônio histórico e
O interesse oficial pela preservação do patrimônio histórico e artístico artístico nacional. Em 1991, foi consagrado patrimônio mundial pela
no Brasil começou com a instituição em 1934 da Inspetoria de Monumentos Unesco.5
Nacionais. O órgão foi sucedido pelo Serviço do Patrimônio Histórico e
A serra da Capivara é uma das áreas mais protegidas do Brasil, pois
Artístico Nacional e hoje o setor é administrado nacionalmente pelo Instituto
está sob a guarda do Iphan, Ministério do Meio Ambiente (MMA), Fundahm
do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN), que já possui mais de
e do Ibama local, que tem poder de polícia. Nesta mesma área se localiza o
20 mil edifícios tombados, 83 sítios e conjuntos urbanos, 12.517 sítios
Museu do Homem Americano, onde se encontra o mais
arqueológicos cadastrados, mais de um milhão de objetos arrolados, velho crânio humano encontrado na América.6
incluindo o acervo museológico, cerca de 250 mil volumes bibliográficos e
vasta documentação arquivística.2 Tradições imateriais como o samba de Culinária
roda do Recôncavo Baiano e a arte gráfica e pintura corporal dos
índios Wajapi do Amapá também já foram reconhecidas como Patrimônio
da Humanidade pela UNESCO. Também os estados e alguns municípios já
possuem instâncias próprias de preservação e o interesse nesta área tem
crescido nos últimos anos.
Mesmo com a intensa atividade dos órgãos oficiais, o patrimônio
nacional ainda sofre frequente depredação e tem sua proteção e
sustentabilidade limitadas pela escassez de verbas e pela falta de
consciência da população para com a riqueza de sua herança cultural e
artística e para com a necessidade de um compartilhamento de
responsabilidades para sua salvaguarda efetiva a longo prazo.3

Brigadeiro, doce típico do Brasil.


A culinária brasileira é fruto de uma mistura de
ingredientes europeus, indígenas e africanos.7 A refeição básica do
brasileiro médio consiste em arroz, feijão e carne. O prato
internacionalmente mais representativo do país é a feijoada. Os hábitos
alimentares variam de região para região. No Nordeste há grande influência
africana na culinária, com destaque para o acarajé, vatapá e molho de
O Palácio da Alvorada em Brasília, obra de Oscar Niemeyer. pimenta. No Norte há a influência indígena, no uso da mandioca e
de peixes de água doce. No Sudeste há pratos diversos como o feijão
O patrimônio histórico brasileiro é um dos mais antigos da América, tropeiro e angu, em Minas Gerais, e a pizza em São Paulo. No Sul do país
sendo especialmente rico em relíquias de arte e arquitetura barrocas, há forte influência da culinária italiana, em pratos como a polenta, e
concentradas sobretudo no estado de Minas Gerais (Ouro também da culinária alemã. O churrasco é típico do Rio Grande do Sul, que
Preto,Mariana, Diamantina, São João del-Rei, Sabará, Congonhas, etc) e também é uma característica muito forte na cultura brasileira. O Brasil não
em centros históricos de Recife, São possui carnes de qualidade tão elevada como a da Argentina e Uruguai que
Luis, Salvador, Olinda, Santos, Paraty, Goiana, Pirenópolis, Goiás, entre se destaca nessa área pelo seu terreno geográfico. No entanto, o brasileiro
outras cidades. Também possui nas grandes capitais numerosos e é um amante do bom churrasco acompanhado de bebidas como a cerveja,
importantes edifícios de arquitetura eclética, da transição entre o chopp deixando o vinho para outras ocasiões.
os séculos XIX e XX.

Conhecimentos Gerais 8 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
Literatura Artes visuais

"A descoberta da terra" (1941),pintura mural de Portinari no edifício


da Biblioteca do Congresso,Washington, DC.
O Brasil tem uma grande herança no campo das artes visuais.
Na pintura, desde o barroco se desenvolveu uma riquíssima tradição de
decoração de igrejas que deixou exemplos na maior parte dos templos
Machado de Assis, um dos maiores escritores do Brasil. coloniais, com destaque para os localizados nos centros da Bahia,
O primeiro documento a se considerar literário na história brasileira é a Pernambuco e sobretudo em Minas Gerais, onde a atuação de Mestre
carta de Pero Vaz de Caminha ao Rei Manuel I de Portugal, em que o Ataíde foi um dos marcos deste período. No século XIX, com a fundação
Brasil é descrito, em 1500. Nos próximos dois séculos, a literatura brasileira da Escola de Belas Artes, criou-se um núcleo acadêmico de pintura que
ficou resumida a descrições de viajantes e a textos religiosos. formaria gerações de notáveis artistas, que se encontram até hoje entre os
O barroco desenvolveu-se no Nordeste nos séculos XVI e XVII e melhores da história do Brasil, como Victor Meirelles, Pedro
o arcadismo se expandiu no século XVIII na região das Minas Gerais. Alexandrino, Pedro Américo, Rodolfo Amoedo e legião de outros. Com o
advento do Modernismo no início do século XX, o Brasil acompanhou o
Aproximadamente em 1836, o Romantismo afetou a Literatura movimento internacional de renovação das artes plásticas e criadores
Brasileira e nesse período, pela primeira vez, a literatura nacional tomou como Anita Malfatti, Tarsila do Amaral, Vicente do Rego
formas próprias, adquirindo características diferentes da literatura europeia. Monteiro, Guignard, Di Cavalcanti e Portinari determinaram os novos rumos
O Romantismo brasileiro (possuindo uma temática indianista), teve como da pintura nacional, que até os dias de hoje não cessou de se desenvolver
seu maior nome José de Alencar e exaltava as belezas naturais do Brasil e e formar grandes mestres.
os indígenas brasileiros.8
Após o Romantismo, o Realismo expandiu-se no país, principalmente
pelas obras de Machado de Assis (fundador da Academia Brasileira de
Letras). Entre 1895 e 1922, não houve estilos literários uniformes no Brasil,
seguindo uma inércia mundial. A Semana de Arte Moderna de 1922 abriu
novos caminhos para a literatura do país. Surgiram nomes como Oswald de
Andrade e Jorge Amado. O século XX também assistiu ao surgimento de
nomes como Guimarães Rosa e Clarice Lispector, os chamados
"romancistas instrumentalistas", elencados entre os maiores escritores
brasileiros de todos os tempos.9 10
Atualmente, o escritor Paulo Coelho (membro da Academia Brasileira
de Letras) é o escritor brasileiro mais conhecido, alcançando a liderança de
vendas no país e recordes pelo mundo. Apesar de seu sucesso comercial,
críticos diversos consideram que produz uma literatura meramente
comercial e de fácil digestão, e chegam a apontar diversos erros de
português em suas obras, principalmente em seus primeiros livros.
Outros autores contemporâneos são bem mais considerados pela
crítica e possuem também sucesso comercial, como Nelson
Rodrigues, Ignácio de Loyolla Brandão, Rubem Fonseca, Luís Fernando
Veríssimo e outros.
Escultura de Aleijadinho "Cristo no horto das oliveiras", localizada
Congonhas, Minas Gerais.
No campo da escultura, igualmente o barroco foi o momento fundador,
deixando uma imensa produção de trabalhos de talha dourada nas igrejas e
estatuária sacra, cujo coroamento é o ciclo de esculturas das Estações da
Via Sacra e dos 12 profetas no Santuário de Bom Jesus de Matosinhos,
obra de Aleijadinho. Experimentando um período de retraimento na primeira
metade do século XIX, a escultura nacional só voltaria a brilhar nas últimas
décadas do século, em torno da Academia Imperial de Belas Artes e
através da atuação de Rodolfo Bernardelli. Desde lá o gênero vem
florescendo sem mais interrupções pela mão de mestres do quilate
de Victor Brecheret, um dos precursores da arte moderna brasileira, e

Conhecimentos Gerais 9 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
depois dele Alfredo Ceschiatti, Bruno Giorgi, Franz Weissmann, Frans se tornaria nítido após a grande síntese realizada por Villa Lobos, já em
Krajcberg, Amilcar de Castro e uma série de outros, que têm levado a meados do século XX.
produção brasileira aos fóruns internacionais da arte.
Esportes
Da metade do século XX em diante outras modalidades de artes
visuais têm merecido a atenção dos artistas brasileiros, e nota-se um rápido
e grande desenvolvimento na gravura, no desenho, na cerâmica artística, e
nos processos mistos como instalações e performances, com resultados
que se equiparam à melhor produção internacional.
Música
A música do Brasil se formou, principalmente, a partir da fusão de
elementos europeus e africanos, trazidos respectivamente por
colonizadores portugueses e escravos.

Estádio do Maracanã, um dos maiores estádios de futebol do mundo.


O futebol é o esporte mais popular no Brasil.11 A Seleção Brasileira de
Futebol foi cinco vezes vitoriosa na Copa do Mundo FIFA,
em 1958, 1962, 1970, 1994 e 2002.12 Basquetebol, futsal, voleibol, automo
bilismo e as artes marciais também têm grande popularidade no país.
Instrumentos populares no Brasil. Embora não sejam tão praticados e acompanhados como os esportes
citados anteriormente, tênis, handebol, natação e ginástica têm encontrado
Até o século XIX Portugal foi a porta de entrada para a maior parte das
muitos seguidores brasileiros ao longo das últimas décadas. Alguns
influências que construíram a música brasileira, clássica e popular,
esportes têm suas origens no Brasil: futebol de praia,13 futsal (versão
introduzindo a maioria do instrumental, o sistema harmônico, a literatura
oficial do futebol indoor),14footsack,15 futetênis16 17 e futevôlei emergiram
musical e boa parcela das formas musicais cultivadas no país ao longo dos
de variações do futebol. Outros esportes criados no país são
séculos, ainda que diversos destes elementos não fosse de origem
a peteca,18 oacquaride,19 20 21 o frescobol22 o sandboard,23 e
portuguesa, mas genericamente europeia. O primeiro grande compositor
o biribol.24 Nas artes marciais, os brasileiros têm desenvolvido
brasileiro foi José Maurício Nunes Garcia, autor de peças sacras com
acapoeira,25 vale-tudo,26 e o jiu-jitsu brasileiro.27 No automobilismo,
notável influência do classicismo vienense. A maior contribuição do
pilotos brasileiros ganharam o campeonato mundial de Fórmula 1 oito
elemento africano foi a diversidade rítmica e algumas danças e
vezes: Emerson Fittipaldi, em 1972 e 1974;28 Nelson Piquet,
instrumentos, que tiveram um papel maior no desenvolvimento da música
em 1981, 1983 e 1987;29 e Ayrton Senna, em 1988, 1990 e 1991.30
popular e folclórica, florescendo especialmente a partir do século XX. O
indígena praticamente não deixou traços seus na corrente principal, salvo
em alguns gêneros do folclore, sendo em sua maioria um participante
passivo nas imposições da cultura colonizadora.

Grande Prêmio do Brasil de 2007 noAutódromo de Interlagos em São


Paulo.
O Brasil já organizou eventos esportivos de grande escala: o país
organizou e sediou a Copa do Mundo FIFA de 195031 e foi escolhido para
sediar a Copa do Mundo FIFA de 2014.32 O circuito localizado em São
Paulo, Autódromo José Carlos Pace, organiza anualmente o Grande
Prêmio do Brasil.33 São Paulo organizou os Jogos Pan-americanos de
Sala São Paulo, em São Paulo, uma das salas de concerto com 196334 e o Rio de Janeiro organizou os Jogos Pan-americanos de
melhoracústica no mundo. 2007.34 Além disso, o país vai sediar os Jogos Olímpicos de Verão de
Ao longo do tempo e com o crescente intercâmbio cultural com outros 2016, que serão realizados na cidade do Rio de Janeiro.35
países além da metrópole portuguesa, elementos musicais típicos de outros
países se tornariam importantes, como foi o caso da
voga operística italiana e francesa e das danças como a zarzuela,
o bolero e habanera de origem espanhola, e
as valsas e polcas germânicas, muito populares entre os séculos XVIII e
XIX, e o jazz norte-americano no século XX, que encontraram todos um
fértil terreno no Brasil para enraizamento e transformação.
Com grande participação negra, a música popular desde fins do século
XVIII começou a dar sinais de formação de uma sonoridade
caracteristicamente brasileira. Na música clássica, contudo, aquela
diversidade de elementos se apresentou até tardiamente numa feição
bastante indiferenciada, acompanhando de perto - dentro das
possibilidades técnicas locais, bastante modestas se comparadas com os
grandes centros europeus ou como os do México e do Peru - o que
acontecia na Europa e em grau menor na América espanhola em cada
período, e um caráter especificamente brasileiro na produção nacional só

Conhecimentos Gerais 10 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
Religião Jump up↑ Luciano Rodrigues Lima. Misticismo e Ateísmo em 'Amor', de Clarice
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Jump up↑ Dia do Desafio traz inventor de fute-tênisJornal O Imparcial, acessado em
17 de junho de 2010
Jump up↑ Santos terá torneio de fute-tênis no fim de semanaFolha Online, acessado
em 17 de junho de 2010
Jump up↑ Federação Mineira de Peteca, Histórico da Peteca
Jump up↑ Acqua Ride na Europa
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Jump up↑ Acqua Ride: Passeio aquático radical (em português). LivrEsportes.
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O Brasil é um país religiosamente diverso, com tendência Website. Página visitada em 2008-06-06.
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majoritariamente cristã (89%), sendo sua maior parte católica. Herança da Website. Página visitada em 2008-06-06.
colonização portuguesa, o catolicismo foi a religião oficial do Estado até Jump up↑ Donaldson, Gerald. Ayrton Senna.Hall of Fame. The Official Formula 1
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A mão de obra escrava, vinda principalmente da África, trouxe suas Federation of Association Football. Página visitada em 2008-06-06.
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colonizadores, dando origem às religiões afro-brasileiras. Football. Página visitada em 2008-06-06.
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Na segunda metade do século XIX, começa a ser divulgado Página visitada em 2008-06-06.
o espiritismo no Brasil, que hoje é o país com maior número de espíritas no ↑ Jump up to:a b Chronological list of Pan American Games. Pan American Sports
mundo. Nas últimas décadas, as religiões protestantes têm crescido Organization. Página visitada em 2008-06-06.
rapidamente em número de adeptos, alcançando atualmente uma parcela Jump up↑ Vencemos. E agora? Até 2016, há muito a ser feito pelo Rio de Janei-
significativa da população. Do mesmo modo, aumenta o percentual ro. R7. Rede Record (2 de outubro de 2009). Página visitada em 03/10/2009.
daqueles que declaram não ter religião, grupo superado em número apenas
pelos católicos nominais e evangélicos.
História do Brasil.
Muitos praticantes das religiões afro-brasileiras, assim como alguns
simpatizantes do espiritismo, também se denominam "católicos", e seguem A história do Brasil começa pelo descobrimento, episódio que é conse-
alguns ritos da Igreja Católica. Esse tipo de tolerância com o sincretismo é qüência da expansão européia, sobretudo portuguesa, na conquista do
um traço histórico peculiar da religiosidade no país. "mar tenebroso" e na superação do Atlântico como barreira geográfica.
Seguem as descrições das principais correntes religiosas brasileiras, Essa conquista, que distanciou subitamente os portugueses dos restantes
ordenadas pela porcentagem de integrantes de acordo com povos europeus, constituiu um movimento inteiramente novo, que mudou a
o recenseamento demográfico do IBGE em 2000. fisionomia do mundo. Mas no que concerne especificamente à descoberta
do Brasil, há controvérsias: teria sido fruto do acaso ou houve uma inten-
Folclore cionalidade velada dos portugueses? Teriam sido os navegadores lusitanos
os primeiros a chegar à nova terra, ou houve precursores de Cabral na rota
O folclore brasileiro é um conjunto de mitos, lendas, usos e costumes
do Atlântico brasileiro? Seja como for, ao iniciar-se o século XVI, Portugal
transmitidos em geral oralmente através das gerações com a finalidade de
inaugura a principal via marítima de passagem, a rota atlântica para as
ensinar algo, ou meramente nascido da imaginação do povo. Por ser
especiarias asiáticas, ao mesmo tempo em que minguava a tradicional
o Brasil um país de dimensões continentais, possui um folclore bastante
função histórica do Mediterrâneo. Marco primordial do universalismo renas-
rico e diversificado e suas histórias enaltecem o conhecimento popular e
centista, a descoberta do Brasil inicia a expansão colonial e comercial
encantam os que as escutam.
européia na época moderna.
Referências
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Jump up↑ Ministério da Cultura. A história do Brasil, nos três primeiros séculos a partir do descobrimen-
Jump up↑ ALMEIDA, Luiz Fernando de. O Brasil e os Desafios do Patrimônio. Portal
do Ministério da Cultura, 13 de Janeiro de 2007.
to, é parte preponderante da história da expansão colonial e comercial
Jump up↑ Fernando, Lara (12/09/2000). Vitruvius: Espelho de fora: arquitetura européia. O Brasil, nos quadros do sistema colonial então vigente, repre-
brasileira vista do exterior. Página visitada em 23/12/2008. senta tanto uma meta da expansão da economia mercantil européia quanto
Jump up↑ Lista do Patrimônio Mundial (em português). UNESCO. Página visitada em um instrumento de poder da metrópole portuguesa. Portugal, como os
2008-12-02. demais antigos reinos medievais europeus -- Espanha, Países Baixos,
Jump up↑ Lista do Patrimônio Mundial 2008 (em português). FUNDHAM - Museu do França e Inglaterra -- buscava organizar-se em estado moderno, unificado e
Homem Americano. Página visitada em 2008-12-02. centralizado, e como eles lançava-se à construção do seu império colonial.
Jump up↑ Cascudo, Luís da Câmara. História da alimentação no Brasil, p. 17. Belo
Horizonte: Ed. Itatiaia; São Paulo: Ed. Da Universidade de São Paulo, 1983. Administração colonial. As práticas coloniais no Brasil estavam subor-
Jump up↑ José de Alencar e o Romantismo(em português). Vestibular1. Página dinadas a repartições que integravam o aparelho de estado português: o
visitada em 2008-12-02. Conselho de Estado superintendia as decisões de maior relevância, até
Jump up↑ Goiamérico Felício Carneiro dos Santos.Literatura e filosofia: o pensar o
mesmo as de âmbito colonial; destacava-se nele o secretário de Estado, do
sentir. X Congresso Internacional da ABRALIC: O lugar da Filosofia na Teoria da
Literatura. Página visitada em 3 de dezembro de 2008. qual a figura mais notória foi o marquês de Pombal no reinado de D. José I,

Conhecimentos Gerais 11 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
na segunda metade do século XVIII; os assuntos militares cabiam ao Con- Política mercantilista. A colonização do Brasil representou o elemento
selho de Guerra, enquanto o desembargo do Paço e a Casa da Suplicação mais importante para o processo de fortalecimento de Portugal como esta-
encabeçavam as práticas judiciárias; o Conselho da Fazenda e a Casa da do moderno, capaz de superar as limitações ao desenvolvimento da eco-
Índia tinham a seu cargo as finanças e o comércio, e a Mesa da Consciên- nomia capitalista européia. A política colonial portuguesa integrava-se
cia e Ordens intervinha nos assuntos eclesiásticos, das ordens religiosas- assim no esquema mais amplo de política econômica que orientou a ação
militares e de ensino. Em face da união da igreja e do estado, neste se estatal nos primórdios da época moderna: a política mercantilista. Era o
incluía o Tribunal da Inquisição, cuja importância pode ser medida pela coroamento de uma luta de muitos séculos, ora pela independência do
relevância do pensamento religioso como ideologia que legitimava a autori- reino em relação aos senhores feudais, ora na guerra de reconquista contra
dade do soberano. O Conselho Ultramarino tinha funções diretamente o invasor muçulmano, e que afirmou a supremacia do rei sobre a nobreza
articuladas à política colonial e substituiu, depois da Restauração de 1640, territorial e aniquilou o esboço da monarquia agrária em favor do estilo
o Conselho da Índia e Conquistas Ultramarinas, instalado na União Ibérica patrimonial.
(1580-1640).
O capitalismo monárquico e comercial afirmou-se em torno da casa re-
Embora não houvesse uma legislação específica para o Brasil, nume- al. O comércio que se expandiu a partir das navegações costeiras medie-
rosas decisões setoriais indicam a especificidade dos problemas brasileiros, vais, e projetou-se na idade moderna para a África, a Ásia e a América, fez
como os regimentos e recomendações enviados aos governadores-gerais e do tesouro régio o centro dos cuidados políticos. Para servir a essa realida-
vice-reis, as disposições legais sobre os indígenas, a ação catequética e as de, nova e singular no contexto europeu, articulou-se um quadro adminis-
atividades econômicas, notadamente as de monopólio real, como o comér- trativo dependente do soberano e alimentado pelos lucros e aventuras
cio de pau-brasil. Até a transferência do governo português para o Brasil, mercantis.
em 1808, as decisões principais provinham de Lisboa. As vilas e cidades
eram administradas por câmaras municipais eletivas, intituladas Câmara de O primeiro cuidado de Portugal foi resguardar a área do seu império
Vereadores ou, excepcionalmente, Senado da Câmara. Compunham-se de colonial. Mas essa empresa, por demais dispendiosa, necessitava de uma
dois juízes ordinários, três vereadores e oficiais da Câmara. A partir de fonte de recursos que a financiasse. Essa fonte residiu no monopólio do
1796, como sintoma de maior centralização absolutista, as câmaras passa- comércio colonial. Assim, a expansão mercantil e a formação do moderno
ram a ser presididas pelos juízes-de-fora, nomeados pelo rei. O voto e a estado português foram processos articulados. O estado centralizado, único
vereança cabiam exclusivamente aos "homens bons", representantes da capaz de mobilizar recursos em escala nacional, era o pré-requisito à
classe proprietária. expansão ultramarina; ao mesmo tempo, os mecanismos de exploração
comercial e colonial do ultramar fortaleceram o estado colonizador.
O critério seletivo excluía até mesmo os comerciantes, que só tiveram
acesso à administração municipal a partir do século XVIII. A prática das O monopólio do pau-brasil se inseriu no sistema mercantil da coroa: o
câmaras expressava assim os interesses dos proprietários, e servia-lhes concessionário habilitava-se à exploração comercial e em contrapartida
como elemento legal de protesto contra as decisões metropolitanas. O defendia a terra contra a cobiça de franceses e espanhóis. A insuficiência
aumento da centralização administrativa diminuiu esse poder contestatório. de recursos dos arrendatários e a exacerbação das incursões européias
Até o século XVIII coexistiram duas práticas administrativas sob controle passaram a exigir um maior policiamento da costa pelas frotas portuguesas.
estatal: as capitanias hereditárias e as capitanias reais. Nas primeiras, o Essa preocupação levou à mudança do esquema comercial, com o estabe-
donatário exercia funções vitalícias e transmissíveis por herança, fixadas lecimento do sistema das donatarias.
nas "cartas de doação" e nos "forais"; nas capitanias reais, o capitão-mor A primeira instituição comercial e administrativa da colônia foi a feitoria.
governava pelo período que conviesse ao rei. Essa unidade administrativa Tratava-se na prática de instalações muito primitivas, cercadas de pau-a-
iniciou-se com a criação do governo-geral em 1548. A centralização admi- pique, que serviam de mediadoras no comércio com os índios, que forneci-
nistrativa empreendida pelo marquês de Pombal extinguiu o regime das am o pau-brasil e outros bens e recebiam em troca tecidos, artefatos e
capitanias hereditárias, que passaram a ser reais. quinquilharias, no regime de escambo. No entanto, o sistema de feitoria
O governo-geral foi instituído para dar maior eficácia ao sistema coloni- começou a ser desafiado pelo estrangeiro, com o aliciamento do indígena
al. Regimentos reais especificavam as atribuições do governador-geral e de pelo concorrente francês. Para mantê-lo seria necessário proteger a costa
seus principais auxiliares, o ouvidor-mor e o provedor-mor. Em 1640, Filipe com um cinto de fortalezas, empresa por demais onerosa. Tentou-se resol-
IV nomeou Jorge de Mascarenhas, marquês de Montalvão, como primeiro ver o impasse pela combinação da armada guarda-costas com a expedição
vice-rei do estado do Brasil. Somente quando a capital foi transferida de colonizadora, sob as ordens de Martim Afonso de Sousa. O objetivo era
Salvador para o Rio de Janeiro, a dignidade do vice-rei deixou de ser promover a limpeza da costa e fundar núcleos de moradores permanentes.
honorífica e pessoal para se tornar uma clara função administrativa. No entanto, o plano mostrou-se precário em vista da imensidade do territó-
rio. Era necessário ajustar o sistema das feitorias às novas necessidades, o
Os governadores-gerais exerceram autoridade sobre todo o estado do que levou ao regime das capitanias hereditárias, modelo já aprovado nas
Brasil até 1573, quando D. Sebastião o dividiu em repartição do norte e do possessões insulares do Atlântico.
sul, com capitais em Salvador e Rio de Janeiro respectivamente. O objetivo
era a melhor defesa do litoral contra as investidas dos franceses em Cabo Capitanias hereditárias. A coroa portuguesa necessitava de encontrar
Frio e no Nordeste. Em 1578 restabeleceu-se a unidade, novamente rompi- um modelo de produção colonial que se ajustasse às necessidades da
da em 1608, por outra divisão semelhante, determinada pela exploração do procura européia. Como não foi possível, logo no início, dedicar-se priorita-
ouro em São Vicente. riamente à mineração de metais nobres, a colonização teve de optar pela
especialização em produtos agrícolas tropicais. Desses, o que avulta em
De 1612 a 1615 os franceses ocuparam a ilha do Maranhão, e comer- primeiro lugar é o açúcar, cujo mercado aumentava a olhos vistos. Portugal
ciantes holandeses e ingleses incursionaram pela embocadura do Amazo- já detinha know-how suficiente para empreender um projeto de larga escala
nas. Em vista desses riscos, em 1621, Filipe III separou o estado do Mara- dessa cultura, tanto no nível da produção, experimentada com êxito nas
nhão, unidade administrativa que englobava a área compreendida entre o ilhas atlânticas portuguesas, como no de sua comercialização nas praças
Ceará e o Peru atuais. Essa criação foi determinada pelo isolamento do flamengas, em que vigoravam as mais adiantadas técnicas de comércio da
extremo norte, cujas comunicações terrestres ou marítimas com o estado época.
do Brasil eram precárias. Em 1737 o Maranhão passou a intitular-se estado
do Grão-Pará e Maranhão, e a capital transferiu-se de São Luís para Be- A cultura da cana e o fabrico do açúcar apresentaram-se assim como a
lém. O descobrimento de salinas e a expansão pecuarista articularam o solução ideal, porque ao mesmo tempo que se ajustavam perfeitamente às
extremo norte com o resto do Brasil, por meio do Piauí e do Maranhão. Na regiões quentes e úmidas da colônia, integravam-na na linha do comércio
ocasião planejava-se o desenvolvimento da Amazônia pela atividade agrí- europeu, valorizavam economicamente as terras e promoviam seu povoa-
cola exportadora baseada no regime da grande propriedade escravista. mento e ocupação efetiva, e facilitavam por conseguinte sua defesa. Como
Tais elementos determinaram, em 1774, a extinção do estado do Grão- o governo português não podia sozinho dar cabo de tarefa tão ampla, era
Pará e Maranhão, que passou a integrar o estado do Brasil, sob a autorida- preciso interessar a iniciativa privada, dona do capital necessário aos
de dos vice-reis no Rio de Janeiro. investimentos. Para isso, cumpria organizar a produção de tal forma que o
empresário metropolitano pudesse dela obter alta margem de lucro.

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Tais premissas levaram ao modelo das capitanias hereditárias, que própria, com os tribunais superiores no reino e as relações locais. A matéria
funcionavam como contratos de risco: de um lado, o governo português eclesiástica continuou confiada à Mesa de Consciência e Ordens, a quem
cedia as terras e garantia o necessário ordenamento jurídico capaz de competia as decisões nas causas espirituais.
conferir ao donatário uma soma de poderes e prerrogativas bastante atra-
ente; por outro lado, o donatário obrigava-se a remeter à coroa o numerário O vínculo de subordinação entre o reino e a colônia, filtrado pelo Con-
relativo aos impostos e obedecer fielmente às determinações reais. Mas selho Ultramarino, não se fixava entre o soberano e o governador-geral -- e
faltava ainda resolver um problema: caso a produção açucareira adotasse a mais tarde o vice-rei. As capitanias muitas vezes se entendiam diretamente
tendência européia para o trabalho assalariado livre, mais produtivo e com o rei, em clara subversão ao princípio do governo-geral. Os privilégios
rentável na economia de mercado, decerto os trabalhadores, dada a abun- inerentes ao cargo público, de acordo com o sistema de estamentos então
dância de terras, acabariam por se estabelecer por conta própria e desen- vigente, não permitia que a autoridade superior se substituísse à inferior,
volver atividades de subsistência, desvinculadas do centro metropolitano, com absorção total de suas atribuições. Daí ocorrerem freqüentes conflitos
opção totalmente contrária aos interesses monopolistas da metrópole. entre os funcionários, resolvidos pelo Conselho Ultramarino, nos quais cada
parte procurava aliciar o apadrinhamento de poderosos.
É em função dessas premissas que em pleno nascimento do mundo
moderno, o sistema colonial invoca o renascimento do sistema escravista. O Regimento de 1677, conjunto de normas administrativas que passou
Por mais escandalosa que fosse a contradição entre a consciência cristã e a regular as atividades dos governadores-gerais no Brasil, em substituição
a escravidão, de índios ou de negros, essa foi a solução pragmaticamente ao Regimento de 1548 trazido por Tomé de Sousa, diante das constantes
adotada pelos colonizadores. A resistência guerreira dos indígenas e a desavenças entre o governo-geral e as capitanias, determinou entre outras
oposição dos jesuítas é que ensejaram o tráfico negreiro, e abriram assim coisas a subordinação dos capitães-generais de Pernambuco e do Rio de
mais um importante setor comercial. A escravidão e o tráfico de escravos Janeiro ao governador-geral, sem, entretanto, alcançar grandes êxitos.
da África passaram assim a funcionar como eixo em torno do qual se O último elo na cadeia de poder era o município, na administração co-
estruturava a produção das capitanias hereditárias, estabelecidas em lonial portuguesa um instrumento político para o povoamento, orientado por
benefício exclusivo da metrópole, para a exportação de gêneros de que ela motivos fiscais, capaz de conservar a supremacia da autoridade real e de
necessitava para si e para comerciar com outros países. Fora disso, ape- transformar a economia natural na economia de moeda, com os tributos
nas a produção de gêneros estritamente necessários à subsistência da convertidos em dinheiro. A organização do município precedeu à coloniza-
população e que não pudessem ser importados da metrópole. ção e ao núcleo urbano, molde administrativo que abrigaria a futura socie-
As capitanias não representaram, pois, uma regressão política ao sis- dade. Assim, as populações já nascem sob as prescrições administrativas.
tema feudal. Na realidade, conforme definido pelas cartas de doação e os Quando as cidades e vilas são estabelecidas, o capitão-mor regente é o
forais, as capitanias constituíram circunscrições territoriais públicas, com próprio fundador, que já tem carta concedida pelo rei ou pelo governador,
delegação de poderes, sem que a realeza abdicasse de quaisquer prerro- muitas vezes antes da própria fundação da vila. Em outros casos, quando
gativas. O donatário não tinha, portanto, o senhorio de um feudo, com já há um grande número de latifúndios espalhados em uma região, o go-
propriedade plena da terra, mas sim uma província que administrava por verno cria as vilas, para reunir os moradores dispersos.
conta do rei. E quando as capitanias prosperaram e iniciou-se um tumulto No interesse da própria expansão econômica, a coroa admitiu, até me-
privatista e uma certa dispersão da autoridade, um corretivo logo se impôs: ados do século XVII, o crescimento espontâneo de comunidades locais,
a instituição do governo-geral. mas essa transigência não significava abandono da vigilância real e centra-
Governo-geral. O Regimento de 1548, documento que consubstancia lizadora. O próprio sistema eleitoral vigente não deve ser confundido com a
as instruções de D. João III ao primeiro governador-geral do Brasil, Tomé representatividade exigida pela doutrina liberal emergente a partir do século
de Sousa, não deixa margem a dúvidas quanto ao verdadeiro sentido do XIX. A escolha dos chefes era promovida entre os "homens bons", e consti-
governo-geral e do regime das capitanias. Ao transferir atribuições de tuía uma seleção, mas não uma eleição. As câmaras, nada obstante fuga-
governo, o regimento não excluía o poder do soberano, mas apenas definia zes momentos de autonomia, executavam ordens superiores, e em muitos
o alcance de seu predomínio sobre os delegados. Os capitães e governa- casos os vereadores eram diretamente nomeados pelos capitães-gerais,
dores deviam obedecer ao governador-geral, sem embargo dos privilégios para lhes cumprirem as determinações. A lei de organização municipal de
de que gozavam as doações, só irrevogáveis os direitos patrimoniais e 1828, ao assegurar a tutela do governo-geral e provincial sobre as câma-
reformável, a todo o tempo, o círculo da delegação pública. ras, veio apenas reconhecer uma antiga realidade.

O governo-geral constituiu um esquema básico para todo o período co- Justiça e fazenda. O quadro hierárquico se fecha com o rígido controle
lonial, mesmo quando o vice-reino ocupou seu lugar. Sob a ascendência do da justiça e da fazenda, fixado pela supremacia dos agentes reais sobre as
governador-geral, chefe militar por excelência, estruturou-se a organização autoridades locais. O ouvidor-mor, ou o ouvidor-geral, contemporâneo do
da fazenda e da justiça, com a superintendência, respectivamente, do governo-geral, submetia os juízes a sua alçada, fossem eles juízes de fora
provedor-mor e do ouvidor-mor, cujos poderes se definiam em regimentos ou ordinários. A última instância era Lisboa, ou a Casa da Suplicação e o
próprios. Sempre que a matéria fosse relevante e a competência omissa, o Desembargo do Paço, que dominavam a emperrada e distante justiça
governador presidia a junta-geral, órgão colegiado que iria abrandar, com o colonial. A fazenda articulava-se também numa engrenagem complicada,
tempo, o despotismo do mais importante e direto agente real. que partia da vila e chegava até o rei, e abarcava de forma sufocante todas
as atividades econômicas. O Real Erário perdia-se num cipoal de reparti-
É claro que todo esse poder era muitas vezes apenas nominal. As ções, desde a Junta da Fazenda, que funcionava ao lado do governo-geral,
grandes distâncias e a dificuldade de comunicações impediam que a rede até os órgãos incumbidos da cobrança de tributos especiais, diretamente
oficial cobrisse todos os espaços, e assim formaram-se quistos de potenta- ligados a Lisboa.
dos locais. O governo-geral instituiu um predomínio, mas não a exclusivida-
de. O quadro do comando oficial partia verticalmente do rei para o gover- Organização militar. Para assegurar o funcionamento de toda essa en-
nador-geral e deste expandia-se aos governadores (capitães-generais e grenagem administrativa, jurídica e fazendária, dispunha a coroa de um
capitães-mores) e se espraiava nos municípios. Em sua aparente clareza, o mecanismo: as forças militares. A elas cabia assegurar a paz interna e a
esquema não dissimulava a complexa, difusa e tumultuária realidade, defesa exterior, e integrar de fato os povoadores aos desígnios da coroa. A
agravada pela ausência da teoria da separação de poderes e atribuições. organização militar precedeu à descoberta, estruturou-se com a monarquia
no curso dos séculos e fundiu-se com a história da colônia. A terra consoli-
Mas mesmo o rei, do alto da cúpula administrativa, não governava de dou-se em mãos portuguesas por via da força armada, fosse pela ação
modo absoluto, só e arbitrariamente. Havia a sua volta uma armadura militar violenta, quando era o caso, fosse pela integração no quadro das
ministerial, tão velha quanto a monarquia, e o controle colegiado, que funções e das honras militares. Assim se formou o elo mais profundo,
limitava o poder monocrático. A ascendência do soberano, mitigada pelas duradouro e estável da penetração ultramarina, que ligava a camada domi-
cortes, que se reuniam periodicamente, sofria a participação da aristocraci- nante de Portugal com a categoria ascendente dos senhores coloniais.
a, dependente dos ingressos públicos e não da propriedade territorial. A
partir de 1643, um órgão deliberativo e de assessoramento, o Conselho O Foral de 1534 e o Regimento de 1548 haviam fixado as primeiras li-
Ultramarino, ocupou-se dos negócios do Brasil, das colônias e das conquis- nhas do sistema militar que imperou nas colônias: os moradores eram
tas. Os assuntos da justiça permaneceram ainda entregues à estrutura obrigados a servir militarmente, em tempo de guerra. Tomé de Sousa

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recebeu, pronto e articulado, um plano de defesa, baseado em forças veram-se irredutíveis às tendências de dissolução da família e à cobiça
profissionais. Ao aportar na Bahia, em 1549, trazia em sua frota de seis escravista.
navios cerca de mil pessoas, entre soldados, funcionários e mestres-de-
obras; e instruções claras no Regimento para, entre outras coisas, construir Economia colonial. A história econômica brasileira no período colonial
fortalezas, perseguir e destruir os corsários que infestavam a costa, castigar pode ser dividida em ciclos, conforme o produto dominante em cada época.
os tupinambás pela morte do donatário Francisco Pereira Coutinho e con- Assim, o ciclo inaugural é o do pau-brasil, único produto valioso e abundan-
denar à morte e ao confisco de bens os que salteavam e roubavam os te que o colonizador encontrou nos primeiros momentos de posse das
gentios de paz. As providências militares de defesa incluíam ainda o incen- novas terras. A fórmula empregada por Portugal para tirar partido de tal
tivo à construção de bergantins -- embarcação a vela e remo, esguia e riqueza foi a mesma de qualquer nação colonialista da época, a exploração
veloz -- e a determinação de que cada capitania e engenho dispusesse de econômica indireta: a terra foi arrendada a Fernão de Loronha, ou Noronha,
armas de fogo, armas brancas e munições de guerra. Para a segurança e por um período de três anos, que renovou-se por mais dois triênios. O
defesa das povoações e fortalezas, os capitães e senhores deveriam arrendatário obrigava-se, por seus próprios meios, a promover a defesa da
armar-se, e todo morador que tivesse no país casas, terras, águas ou terra e a entregar à coroa portuguesa um quarto do total exportado.
navio, deveria dispor no mínimo de besta, espingarda, espada, lança ou O sistema apresentava, entretanto, alguns inconvenientes, seja porque
chuço. Os que, no prazo de um ano, não satisfizessem tais exigências, a exploração extensiva e predatória exigia incursões cada vez maiores e
teriam de pagar em dobro o valor das que faltassem. mais onerosas, seja porque o contrabando realizado por espanhóis, e
A estrutura defensiva, formada pela fortaleza, guarnecida por tropas sobretudo por franceses, em escala gigantesca, obrigava à intervenção
pagas e soldados recrutados entre a população civil, institucionalizou-se armada dos portugueses. Além disso, a exploração do pau-brasil não era
com soldados do serviço público e soldados territoriais. A profissionalização tão simples como à primeira vista podia parecer. Havia necessidade de
do soldado libertou o rei da dependência perante a nobreza, transformada derrubar os troncos e livrá-los da casca grossa e cheia de espinhos, para
em corporação burocrática, e ainda subordinou os soldados de reserva, as só então embarcar as toras do pau-brasil propriamente dito. No início, os
milícias e ordenanças, ao mesmo padrão vertical de obediência. No século próprios índios encarregavam-se dessa tarefa, na base do escambo; depois
XVII, as milícias funcionavam ao lado e sob a direção das tropas regulares, houve necessidade de trazer escravos da África. De qualquer maneira, as
com a incumbência de devassar o interior, com o estímulo real e patentes incursões francesas e espanholas evidenciavam a necessidade de um
outorgadas pela coroa, armadas e alimentadas pelos chefes. Serviam sistema de ocupação mais efetivo da terra.
também para tornar efetivo e estável o comando nas capitanias. Em troca Ciclo do açúcar. Até o século XV, o açúcar era produzido em escala ín-
da cega obediência à autoridade, brancos e pardos recebiam patentes e fima, apenas como componente de remédios vendidos pelas boticas. O
honrarias. Foi graças ao domínio militar sobre a colônia que a metrópole adoçante adotado em toda a Europa era o mel. Mas tão logo sua produção
pôde, no final do século XVII, após mais de um século e meio de dispersão aumentou e seu uso se difundiu, o mercado do açúcar teve uma expansão
da autoridade, retomar a centralização e converter os régulos brasileiros em impressionante, sobretudo depois que os europeus se habituaram a bebi-
instrumentos de obediência. As descentralizações foram obrigadas, a ferro das como café, cacau e chá, tomadas geralmente com adoçante. Portugal
e fogo, a retroceder; os senhores de terra e os senhores de engenho tive- experimentara com sucesso a cultura da cana-de-açúcar e a fabricação do
ram de abrir mão de sua antiga ascendência. produto em parte da ilha da Madeira, nos Açores, São Tomé e Canárias. A
Papel da igreja. O missionário, sobretudo o jesuíta, teve o papel de in- lavoura canavieira e a indústria açucareira mostravam-se assim como a
fundir nos povoadores e indígenas da colônia os padrões de ética euro- solução ideal para a ocupação da terra e a geração de riqueza. A divisão
peus. Lutou assim em duas frentes espirituais: a conversão do índio ao da terra em capitanias e a subseqüente instituição do governo-geral foram
credo católico e a continência do branco diante do desregramento sexual e a expressão político-administrativa dessa solução.
da escravidão. Há aí uma particularidade histórica: se o governo dobrou e Um dos primeiros engenhos de açúcar foi estabelecido por Martim A-
absorveu a nobreza, jamais dominou o clero, ao qual conseguiu apenas fonso de Sousa, por volta de 1532, em São Vicente. Já nessa mesma
impor limites. Em todo o período colonial houve entre eles uma relação década, porém, proliferavam outros engenhos, sobretudo nas capitanias de
mútua de desconfiança, que se prolongou durante o império e só terminou Itamaracá, Paraíba e Pernambuco. O açúcar foi o principal responsável
na república, quando se concretizou a separação entre o estado e a igreja. pela vinda do escravo negro. E propiciou também o início de outras ativida-
As dificuldades de entrosamento resolviam-se diretamente entre o so- des que funcionaram como subciclos dentro do ciclo do açúcar: o fumo e a
berano e o papa, graças à tradição de fidelidade da monarquia à Santa Sé. criação de gado. Dessa forma, Portugal manteve o domínio internacional do
Com a articulação financeira, a partir da incorporação da Ordem de Cristo à produto até o século XVIII, quando começou a enfrentar a concorrência da
coroa, no governo de D. Manuel, o sustento do clero e de suas empresas produção da América Central. Mas não foram somente econômicos os
passou a ser pago pelo governo, em quantias muitas vezes superiores às reflexos da lavoura canavieira: a economia dos engenhos gerou também
arrecadadas pelos dízimos. Entrosou-se assim o sistema de nomeação de um tipo de vida social caracterizado pela casa-grande, residência do se-
autoridades eclesiásticas: o rei, na qualidade de chefe de estado, apresen- nhor-de-engenho, que ocupava na escala social posição superior à dos
tava ao papa os bispos; e na qualidade de grão-mestre da Ordem de Cristo, outros proprietários rurais; e ao seu lado, a senzala, a habitação tosca dos
indicava aos bispos os encarregados dos cabidos, paróquias e capelanias. escravos. A sociedade patriarcal assim instituída criou o tipo de civilização
Sob esse sistema e dentro dessas linhas, fixou-se a organização eclesiásti- mais estável da América luso-espanhola, ponto inicial dos mais significati-
ca no Brasil. vos na instituição da cultura moral, religiosa, científica, intelectual e artísti-
ca.
O primeiro bispado foi o de Salvador, instituído em 1554, com jurisdi-
ção sobre toda a colônia. Em 1676 a diocese foi elevada a arquidiocese. Ao Ciclo do ouro. No final do século XVII Portugal começou a receber os
término do período colonial, o arcebispado compreendia os bispados do Rio primeiros carregamentos de ouro do Brasil. Em 1703 o ouro brasileiro
de Janeiro, Maranhão, Pernambuco, Pará, Mariana e São Paulo e as ultrapassou toda a produção anteriormente obtida na Mina e na Guiné;
prelazias de Goiás e Mato Grosso. A igreja exerceu durante todo esse como riqueza colonial, vem em segundo lugar, logo abaixo do açúcar. Mas
período atribuições administrativas da mais alta relevância. Estavam a seu a descoberta das jazidas de ouro nas Minas Gerais trouxe também proble-
cargo o registro de todos os nascimentos, casamentos e óbitos, bem como mas para a ocupação da terra, pois deslocou massas da população que
a assistência social e a educação. É necessário ainda destacar o papel da habitavam a costa de São Paulo, Bahia e Pernambuco. Toda sorte de
catequese e da influência social dos religiosos sobre a vida dos indígenas. gente, brancos, pardos, negros e índios, homens e mulheres, velhos e
moços, pobres e ricos, plebeus e fidalgos, leigos e religiosos, acorriam em
Dentre todas as ordens religiosas -- franciscanos, capuchinhos, benedi- busca da riqueza súbita e fácil. Muitas fazendas de gado e engenhos de
tinos, carmelitas, oratorianos -- o maior papel nas relações entre os colonos açúcar tiveram de parar suas atividades por falta de braços, a tal ponto que
e os indígenas, entre os povoadores e a administração, coube aos jesuítas. a metrópole teve de intervir para evitar o despovoamento.
Em seu apostolado de dois séculos -- de 1549 a 1759 -- essa foi sem
dúvida a ordem que se mostrou mais irredutível aos interesses econômicos Ciclo do café. Na primeira metade do século XVIII começou a cultura
dos colonos e mais rebelde aos ditames do poder público. Enquanto as do café, trazido de Caiena, na Guiana Francesa, pelo militar e sertanista
outras ordens transigiam com a moral cediça da colônia, os jesuítas manti- Francisco de Melo Palheta, que iniciou uma plantação em Belém. De lá,
muitas mudas foram levadas para o Rio de Janeiro, depois para Resende e

Conhecimentos Gerais 14 A Opção Certa Para a Sua Realização


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norte de São Paulo, onde encontraram condições de solo e clima mais Diante da alternativa de enfrentar a França ou atrelar-se ao Reino Uni-
favoráveis que o norte do país. O café veio suplementar a queda de dois do, D. João preferiu a segunda hipótese, que lhe dava a esperança de
outros produtos agrícolas -- o açúcar e o algodão --, que sofriam sucessivas salvar, ainda que na aparência, a soberania real, e manter a integridade da
baixas frente à concorrência no mercado internacional. Além disso, enqua- colônia sul-americana. Além de combater mais diretamente as ambições
drava-se perfeitamente nas mesmas bases econômicas e técnicas das napoleônicas em relação ao Brasil, a coroa portuguesa abrigava-se em um
outras culturas: utilização ampla da terra, fator de produção abundante; não refúgio inexpugnável, com apoio do Reino Unido. De fato, tão logo a família
exigência de grandes investimentos de capital; possibilidade de ser implan- real embarcou para o Brasil, o marechal inglês William Carr Beresford ficou
tada com pouco equipamento. A mão-de-obra ociosa das minas refluiu para em Portugal, como Lord Protector, com poderes de soberano, e com a
essa nova riqueza, que em 1820 atingiu uma produção de cem mil tonela- ajuda dos patriotas portugueses, enfrentou e expulsou os invasores france-
das, superior à da Arábia. Seria, entretanto, no império, que o café ocuparia ses, comandados pelo general Jean Andoche Junot. Enquanto isso, o
o centro da economia e substituiria o açúcar como principal produto de governo português instalou-se no Brasil, e não tardou em vingar-se de
exportação. franceses e espanhóis pelas humilhações impostas pelo Tratado de Fontai-
nebleau: ocupou Caiena, na Guiana Francesa, em 1809, e Montevidéu, em
Predominância da economia agrícola. Todas essas atividades econô- 1810.
micas -- pau-brasil, açúcar, tabaco, algodão, ouro e café -- não se destina-
vam diretamente à metrópole. Lisboa funcionava como entreposto e empó- Chegada de D. João. A família real era composta pela rainha D. Maria
rio reexportador e retirava o lucro dos benefícios do transporte e das vanta- I, o príncipe-regente D. João, sua esposa, D. Carlota Joaquina, o príncipe
gens fiscais. Ausente da revolução industrial, Portugal torna-se satélite herdeiro D. Pedro, que acabava de completar nove anos de idade, o prínci-
econômico da Grã-Bretanha e, como conseqüência, o Brasil, no papel de pe D. Miguel, com apenas cinco, as cinco princesas filhas do casal, as
colônia de uma metrópole sem autonomia, ficaria à margem, por muitos princesas irmãs da rainha e o infante espanhol D. Pedro Carlos, irmão
séculos, do rumo industrial do mundo, e se constituiria num país essencial- menor de D. Carlota Joaquina. A 22 de janeiro de 1808, o príncipe-regente
mente agrícola. Outra constante em todas essas culturas de exploração era aportava na Bahia, de onde, como primeiro ato, assinou a carta-régia de 28
a busca pelo colonizador português da fortuna rápida sem o trabalho paci- de janeiro de 1808, conhecida como Abertura dos portos às nações ami-
ente: a conseqüência disso é o incremento da mão-de-obra escrava, primei- gas. Estipulava o documento, em suas duas cláusulas, que as alfândegas
ro o índio, depois o negro africano. poderiam receber "todos e quaisquer gêneros, fazendas e mercadorias
transportadas em navios das potências que se conservam em paz e har-
O trabalho escravo se insere no contexto da lavoura especulativa, só monia com a minha coroa, ou em navios dos meus vassalos"; e que não só
compensável com os altos preços dos produtos de exportação. Por isso, os vassalos, mas os sobreditos estrangeiros poderiam exportar para os
quando a economia açucareira começou a declinar, a lavra de ouro passou portos que quisessem todos os gêneros e produções coloniais, à exceção
a demandar contingentes de mão-de-obra escrava, subitamente valorizada. do pau-brasil e de outros notoriamente estancados, "a benefício do comér-
Incapaz de servir, quer nos engenhos, quer nas minas, quer nas cidades ou cio e da agricultura."
no transporte, nas funções de natureza técnica, o africano ficou relegado ao
trabalho pesado da mineração ou da lavoura. A agricultura de subsistência Embora tendo aportado na Bahia, o príncipe-regente, por questões de
e as funções técnicas ficaram entregues a uma classe de dependentes segurança, decidiu fixar-se no Rio de Janeiro, cidade dotada de maior
livres, que constituiria a tênue classe média da colônia. número de fortificações e onde ficaria menos exposto ao perigo francês.
Mas não foi pacífica essa decisão. Era evidente a superioridade econômica
Império da Bahia, onde floresciam prósperos engenhos de açúcar, lavouras de
Premido entre as imposições de Napoleão I, que exigia o fechamento algodão, arroz, fumo e cacau, e uma promissora pesca da baleia. Assim, D.
dos portos portugueses aos navios ingleses e a prisão dos súditos britâni- João teve de resistir aos apelos dos comerciantes baianos, que se propu-
cos, e as do Reino Unido, que ameaçava ocupar o Brasil caso fossem nham até mesmo construir um palácio para abrigar condignamente a família
acatadas tais exigências, na primeira década do século XIX D. João VI real.
decidiu, em comum acordo com o governo inglês, transferir temporariamen- O desembarque da família real no Rio de Janeiro, em 8 de março, foi
te a sede da monarquia portuguesa para o Brasil. Esse fato, singular na realizado com pompa nunca vista. A cidade, que contava à época com
história colonial americana, deu características muito peculiares ao proces- apenas cinqüenta mil habitantes, engalanou-se como pôde, sob as ordens
so de emancipação do Brasil em relação ao movimento de libertação dos do vice-rei, o conde dos Arcos. As festas duraram nove dias. De todas as
países da América espanhola. A presença real no Brasil contribuiu por um capitanias e até dos pontos mais afastados do interior, vieram governado-
lado para consolidar a unidade nacional; e por outro, para que se comple- res, bispos e outras autoridades. Imediatamente D. João tratou de instalar a
tasse a separação de Portugal sem o desmembramento do patrimônio alta administração: nomeou os titulares dos Ministérios do Reino, da Mari-
territorial brasileiro, que permaneceu intacto com a fundação do império, em nha e Ultramar, da Guerra e Estrangeiros, criou o Real Erário, depois
1822, e com a elevação da antiga colônia à categoria de reino. transformado em Ministério da Fazenda, e os conselhos de Estado, Militar e
A mudança para o Brasil não era de resto uma questão nova. Ao longo da Justiça, a Intendência Geral da Polícia, a Casa da Suplicação, o De-
de três séculos, essa hipótese já fora aventada, tendo em vista os constan- sembargo do Paço, a Mesa da Consciência e Ordens, o Conselho da
tes atritos com a Espanha. Sempre que se avizinhava o perigo de uma Fazenda, a Real Junta do Comércio, Agricultura, Fábricas e Navegação, o
guerra e da perda da autonomia portuguesa, a coroa considerava a alterna- Juízo dos Privilégios, as chancelarias, as superintendências e outras repar-
tiva de transferir-se para sua principal colônia, ficando assim longe dos tições de menor importância. Ficava assim montado o aparelho governa-
azares da política européia. Além disso, com a transferência da sede do mental e ao mesmo tempo criavam-se empregos para o grande número de
governo para o Brasil, a ameaça como que mudava de mão: imperador em fidalgos que acompanharam a comitiva real na fuga para o Brasil.
um vasto território, o soberano português teria maiores condições de amea- Estrutura do governo imperial. Ao lado dessa vasta e em muitos casos
çar o império colonial espanhol e encher de inquietação as potências euro- desnecessária rede burocrática, fundaram-se também estabelecimentos
péias. verdadeiramente importantes para a formação de uma elite civil e militar,
Inicialmente pensou-se em uma solução intermediária: D. João, prínci- como a Escola de Marinha, a Escola de Artilharia e Fortificações, a fábrica
pe regente desde a interdição da mãe, D. Maria I, em 1792, ficaria em de pólvora, o hospital do exército, o arquivo militar, o Jardim Botânico, a
Portugal, e enviaria para o Brasil o príncipe herdeiro D. Pedro, em compa- Biblioteca Pública, a Academia de Belas- Artes, o Banco do Brasil (que
nhia das infantas, com o título de Condestável do Brasil. Esse projeto estabeleceu a circulação fiduciária no Brasil), a Escola Médico-Cirúrgica da
entretanto não foi do agrado de D. João, que não queria abrir mão da Bahia e a Imprensa Régia -- cujas máquinas tinham vindo em uma das
coroa, herdada por morte do irmão mais velho e pela doença da mãe. A naus da comitiva, e que inaugurou a primeira tipografia brasileira, já que as
solução acabou sendo imposta pelos acontecimentos: diante das vacila- tentativas anteriores haviam sido destruídas à força, "para não propagar
ções de D. João, Napoleão assinou com a Espanha, em 1807, o Tratado de idéias que poderiam ser contrárias aos interesses do estado".
Fontainebleau, que dividia Portugal em dois reinos -- o da Lusitânia e o dos Em setembro do mesmo ano começou a ser impressa a Gazeta do Rio
Algarves. O rei da Espanha, Carlos IV investia-se assim do título de protetor de Janeiro, mera relação semanal de atos oficiais e anúncios. A verdadeira
da Lusitânia e imperador das duas Américas, sob o domínio luso-espanhol. imprensa brasileira nascera um pouco antes, com o Correio Brasiliense, de

Conhecimentos Gerais 15 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
Hipólito José da Costa, impresso em Londres, e que foi a primeira grande mesmo numa época em que já se haviam esgotado as minas de ouro e
trincheira contra o obscurantismo em Portugal e no Brasil. diamantes. Em agosto de 1808 já havia no Rio de Janeiro cerca de 200
estabelecimentos comerciais ingleses. No entanto, muitas das cláusulas
Para se ter uma idéia dos prejuízos que tal vezo obscurantista produziu leoninas dos tratados de 1810, que Portugal fora obrigado a assinar com a
no Brasil e o quanto impôs um descompasso em relação a outras partes do coroa inglesa não passaram de letra morta. Os portugueses, por inércia ou
continente, basta ver que na América inglesa a primeira universidade, a de por astúcia, como no caso da abolição gradual do tráfico negreiro, resistiam
Harvard, foi fundada em 1636, pelos puritanos ingleses, para "estimular o ao seu cumprimento. Mesmo assim os ingleses gozaram de uma situação
ensino e perpetuá-lo para a posteridade". As primeiras universidades da extremamente privilegiada, como os direitos de extraterritorialidade e as
América espanhola -- Lima, México, e Santo Domingo -- foram criadas no tarifas preferenciais muito baixas.
século XVI, segundo a ordem real de Carlos V, "para que os nossos vassa-
los, súditos e naturais tenham Universidades e Estudos Gerais em que Com o final da guerra européia e a assinatura do reconhecimento de
sejam instruídos e titulados em todas as ciências e faculdades... para paz em Paris, em 1813, o príncipe-regente assinou um novo decreto que
desterrar as trevas da ignorância". Da mesma forma, na América espanho- abria os portos brasileiros a todas as nações amigas, sem exceção. Repre-
la, os primeiros jornais datam do século anterior. sentantes diplomáticos da França, Holanda, Dinamarca, Áustria, Prússia,
Estados Unidos, Espanha e Rússia vieram para o Brasil, com novos inte-
resses e propostas. A chegada dos comerciantes franceses foi recebida
O atraso cultural da colônia ao tempo da chegada da família real en- com regozijo pela população. Reatadas as relações com a França e devol-
contra seu equivalente no atraso material. Assim, por exemplo, a indústria vida a Guiana, a influência francesa competiu com a inglesa e logo a supe-
de tecidos, que começara a se desenvolver com êxito na região sudeste, foi rou em muitos sentidos, não apenas nas idéias, como nos costumes, na
estrangulada por decisão da rainha D. Maria I, que em 1785 declarou culinária, na moda e no viver citadino. Esses imigrantes, entre os quais se
extintas e abolidas todas as fábricas de têxteis na colônia. Esse decreto foi encontram padeiros, confeiteiros, ourives, modistas, alfaiates, marceneiros,
revogado por D. João em 1808, a par com outras medidas tendentes ao serralheiros e pintores, impulsionaram a vida urbana do Rio de Janeiro e
desenvolvimento da indústria e do comércio. Ainda na Bahia, o príncipe- transformaram a fisionomia da cidade.
regente já decretara a incorporação da primeira companhia de seguros,
autorizara a instalação de uma fábrica de vidro, cultura de trigo e fábricas Preocupações de D. João VI. Duas questões de especial relevância
de moagem, uma fábrica de pólvora e uma fundição de artilharia. marcaram o período joanino: uma de âmbito interno foi a influência das
idéias liberais e a proliferação das sociedades maçônicas, que formavam
As primeiras providências do príncipe-regente, ao cabo de tantos anos uma vasta corrente subterrânea, sustentada e estimulada em grande parte
de abandono, foram recebidas como sinal de redenção. Estabelecida a por agentes franceses, republicanos vermelhos ou saudosistas do bonapar-
corte no Rio de Janeiro, começaram a afluir os governadores de Minas tismo, de qualquer modo claramente hostis às monarquias tradicionais; na
Gerais e São Paulo, em busca de medidas de amparo e proteção para suas frente externa, a questão do Prata, colocada pela insistência de D. João de
capitanias, agora transformadas em províncias. A cidade, que à época retomar a Colônia do Sacramento e com ela a Banda Oriental, para dessa
contava com apenas 75 logradouros -- 46 ruas, 19 campos ou largos, seis forma fixar a fronteira meridional brasileira na margem esquerda do estuá-
becos e quatro travessas -- não tinha condições de abrigar a comitiva de rio.
15.000 pessoas que acompanharam a família real. As melhores casas
foram confiscadas, com a sigla PR (Príncipe Regente) inscrita nas portas, e No plano interno, o episódio de maior relevância no período joanino foi
que o povo logo interpretou ironicamente como "ponha-se na rua". É claro a inconfidência mineira, que alguns historiadores preferem chamar conjura-
que as arbitrariedades cometidas pelos fidalgos provocaram rusgas e ção mineira, já que o termo "inconfidência" sugere traição, e esse era
dissensões com os portugueses da terra -- apelidados respectivamente de exatamente o ponto de vista do colonizador. Organizado em 1789, na
"pés-de-chumbo" e "pés-de-cabra", em alusão aos calçados (portugueses) localidade de Vila Rica, atual Ouro Preto, então sede da capitania das
e aos descalços (brasileiros). Minas Gerais, o movimento visava a independência do Brasil. Os principais
conspiradores foram Joaquim José da Silva Xavier, o Tiradentes, único
Hegemonia do Centro-Sul. Até o estabelecimento da família real, o úni- condenado à morte, menos por ser considerado chefe da conjuração que
co fator de unidade que vinha mantendo os laços frouxos da nacionalidade, pela atitude de altiva dignidade com que enfrentou a prisão, os interrogató-
apenas esboçada, era o regime servil. Num aglomerado inorgânico, quase rios e o julgamento, sem jamais delatar os companheiros ou eximir-se de
caótico, do Amazonas ao Prata, a escravidão era o único traço comum, culpa; os poetas Cláudio Manuel da Costa, Inácio José de Alvarenga Peixo-
respeitado e uniforme, de caráter institucional, capaz de assegurar a inte- to e Tomás Antônio Gonzaga, este último autor de um belo livro de poe-
gração das chamadas capitanias, na verdade um conjunto de regiões mas, Marília de Dirceu; os padres Carlos Correia de Toledo e Melo, José da
isoladas umas das outras, separadas às vezes por distâncias intransponí- Silva e Oliveira Rolim, Luís Vieira da Silva, José Lopes de Oliveira e Manuel
veis. Rodrigues da Costa; e José Álvares Maciel, filho do capitão-mor de Vila
Quer na Bahia, quer no Rio de Janeiro, o vice-rei jamais pôde exercer Rica. Os revolucionários não tinham opinião unânime em todos os pontos:
em plenitude e extensão a sua autoridade. Os baxás, como eram conheci- uns queriam a república, outros um governo monárquico; uns defendiam a
dos os governantes e capitães-generais, eram os senhores todo- imediata abolição da escravatura, outros achavam melhor adiá-la. Em
poderosos, que mandavam e desmandavam despoticamente até onde comum, queriam a criação de indústrias e universidades e a dinamização
alcançassem suas respectivas jurisdições. A justiça era a mais incipiente e da pesquisa e lavra mineral. A bandeira do novo sistema, toda branca, teria
deficiente que se pode supor: apenas uma relação de segunda instância na como dístico um verso do poeta latino Virgílio: Libertas quae sera tamen
Bahia e outra no Rio de Janeiro para todo o vasto território da colônia, e (Liberdade, ainda que tardia).
ainda assim dependentes de Lisboa. Os processos arrastavam-se com tal Na disputa com Buenos Aires pela posse das terras, o Brasil não pôde
lentidão que muitas vezes era preferível sofrer uma injustiça e conformar-se contar com a ajuda inglesa, a essa altura pragmaticamente convencida de
com ela do que aguardar a reparação do dano, quase sempre decepcio- que, não podendo impor pelas armas a sujeição das províncias espanholas
nante, ao final de uma inútil e dispendiosa campanha. à coroa britânica, mais valia incentivá-las à revolução contra a Espanha e
D. João, ainda como príncipe-regente, procurou amenizar essa situa- ao estabelecimento de governos independentes, com os quais a Inglaterra
ção. A Casa da Suplicação, instituída em 1808, substituiu o Supremo poderia ter relações muito mais proveitosas. A questão complicou-se mais
Tribunal de Lisboa e instituiu mais duas relações: uma em São Luís do ainda com a rebelião de José Gervasio Artigas, que levantou a bandeira da
Maranhão, em 1813, e outra em Recife, em 1821. Mesmo assim, a adminis- autonomia uruguaia. E chegou a um ponto insustentável com a guerra entre
tração de D. João teria muitos atritos com a classe dos aristocratas, altivos, a Grã-Bretanha e os Estados Unidos, que colocava para o Brasil uma
orgulhosos, rixentos e intrigantes. Não aceitavam o serviço militar, recusa- opção das mais difíceis. D. João decidiu aguardar as decisões do Congres-
vam-se a pagar impostos e mostravam-se ciumentos dos benefícios que so de Viena, para iniciar a contra-ofensiva no Prata.
engrandeciam o Rio de Janeiro e toda a área fluminense. Santa Aliança. O pacto da Santa Aliança foi um acordo firmado entre
A situação de inferioridade em que se encontrava Portugal, na prática várias potências européias para a defesa do absolutismo e do colonialismo.
como vassalo do Reino Unido, permitiu a entrada em profusão de firmas Na prática, o acordo tratava de suprimir a liberdade de imprensa e de
inglesas, ansiosas por tirar partido das tão apregoadas riquezas brasileiras, discussão, a liberdade religiosa, civil ou política ou qualquer outro entrave

Conhecimentos Gerais 16 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
ao restabelecimento dos princípios monárquicos, para sempre abalados gal. Com o retorno de D. João a Portugal e a nomeação de D. Pedro como
pela revolução francesa. No que tange ao Novo Mundo, a idéia, expressa regente do reino do Brasil encerra-se essa fase, à qual se segue a tentativa
pela Santa Aliança no Congresso de Verona, em 1822, era a recolonização de manter a unidade luso-brasileira.
dos países americanos que já se haviam emancipado.
Independência. Caso vigorasse o regime instituído pela constituição fei-
D. João ratificara o tratado, ao tempo em que se criara no Rio da Prata ta em Lisboa, o Brasil não teria mais um governo próprio, nem tribunais
um estado revolucionário, nas vésperas do Congresso de Tucumán, que superiores. A administração centralizada e unificada em Lisboa absorveria
proclamou a independência das Províncias Unidas, em 9 de julho de 1816, todas as regalias conquistadas desde a chegada do rei. O dilema apresen-
enquanto Artigas prosseguia em sua luta pela independência uruguaia. Em tado aos brasileiros não foi simplesmente o da união ou separação de
claro desafio à Santa Aliança, D. João enviou, sob o comando do general Portugal. Essa união foi desejada e defendida até o último momento pelas
Carlos Frederico Lecor, uma tropa de elite, vinda de Lisboa, para que figuras mais representativas do Brasil, como o próprio José Bonifácio de
obrigasse a Banda Oriental, incorporada desde julho de 1821 com o nome Andrada e Silva. E só foi abandonada quando ficou claro que seu preço era
de Província Cisplatina, a jurar a constituição do império. Era uma forma de a inferiorização e a desarticulação do reino do Brasil.
evitar entregar a D. Carlota Joaquina a regência das colônias espanholas,
na qualidade de irmã de Fernando VII e, portanto, representante da família Só havia uma fórmula para manter a unidade das províncias brasileiras
real da Espanha deposta por Napoleão. e ao mesmo tempo enfrentar as forças metropolitanas: a monarquia brasi-
leira, tendo como chefe da nova nação o próprio príncipe regente. Até
Essa campanha se desdobrava em duas frentes cada vez mais difíceis mesmo os mais extremados republicanos perceberam que a permanência
-- a luta armada, pela resistência heróica dos patriotas uruguaios; e as de D. Pedro era a garantia da manutenção da unidade nacional. O próprio
negociações diplomáticas, pela oposição clara ou velada das potências herdeiro do trono conduziu o movimento, do qual o grito do Ipiranga, a 7 de
européias contra as pretensões expansionistas. Além disso, D. João teve setembro de 1822, foi apenas o mais teatral de uma série de atos que
de enfrentar grave perturbação no Nordeste: a revolução de 1817, em tornaram realidade a independência do Brasil. Já antes o príncipe convoca-
Pernambuco e na Paraíba, em protesto contra a hegemonia do sul e pela ra um conselho de procuradores da Província; no decreto de 3 de junho de
autonomia. 1822, em que convocou uma Assembléia Constituinte, D. Pedro menciona-
va literalmente que o objetivo era dar ao Brasil "as bases sobre que se deva
Sufocando com requintes de crueldade esse movimento, D. João sen- erigir a sua independência". No dia 1º de agosto do mesmo ano, na quali-
tiu-se forte para buscar uma aliança com a Áustria e o apoio do chanceler dade de "regente deste vasto império" e considerando o estado de coação
austríaco Klemens Wenzel Nepomuk Lothar, príncipe de Metternich, ideali- em que se encontrava, proibiu o desembarque de tropas portuguesas e
zador da Santa Aliança e campeão dos princípios conservadores, para mandou combater as que ousassem desembarcar sem a sua licença.
manter-se no Brasil enquanto procurava consolidar o domínio do Prata.
Fazia assim, através de seu emissário à corte austríaca, uma profissão de A figura mais notável do espírito brasileiro nesse período foi José Boni-
fé conservadora; mas ao mesmo tempo, em carta a Thomas Jefferson, fácio, o chamado Patriarca da Independência. Sua obra política grandiosa
presidente dos Estados Unidos, confessava-se partidário dos "seguros foi a articulação entre o governo do príncipe no Rio de Janeiro e os gover-
princípios liberais, tanto religiosos como políticos, que ambos professamos" nos das províncias para sustentar a idéia da unidade nacional.
e fiel "à mais perfeita união e amizade... entre as nações que habitam esse
novo mundo". Pretendia o rei, ao que parece, obter o apoio das potências Ao desligar-se do Reino Unido de Portugal, Brasil e Algarves, criado
européias a sua permanência no Brasil e a sua política expansionista, e ao em 1815, o Brasil deveria ter conservado o título de reino. Assim é que em
mesmo tempo garantir a neutralidade da nova e forte nação americana, que São Paulo, após o grito do Ipiranga, D. Pedro foi aclamado rei do Brasil. A
despontava como a rival democrática do absolutismo europeu. idéia de império, entretanto, condizia mais com o ambiente liberal, ainda
impregnado do fenômeno napoleônico, do que a expressão legitimista de
A missão junto à Áustria foi coroada de êxito. D. João não somente reino. Assim, D. Pedro foi aclamado imperador constitucional e defensor
conseguiu o apoio de Metternich contra a Grã-Bretanha e a Espanha na perpétuo do Brasil em 12 de outubro de 1822. A 3 de maio de 1823 insta-
questão da ocupação do Prata, como ainda ajustou o casamento de D. lou-se a Assembléia Constituinte. No entanto, a ausência de um projeto
Pedro com D. Carolina Josefa Leopoldina, arquiduquesa da Áustria e filha constitucional claro e as delongas provocadas pela discussão e votação de
de Francisco I. D. Leopoldina chegou ao Brasil em novembro de 1817, e só leis ordinárias contribuíram para o desgaste da Assembléia. José Bonifácio
então o rei concordou em festejar oficialmente sua aclamação, embora a e seus irmãos entraram em franca oposição ao imperador. Diante das
rainha D. Maria já houvesse falecido há quase dois anos, em março de dificuldades crescentes e da impaciência do exército, o imperador dissolveu
1816. Prestigiado pela casa da Áustria, sustentáculo da Santa Aliança e a Assembléia e nomeou um Conselho de Estado, que rapidamente elabo-
anteparo valioso a sua política de resistência contra as pretensões espa- rou um projeto de constituição e o remeteu para exame a todas as câmaras
nholas, e liberto da opressiva predominância britânica, D. João podia final- municipais. Com base nas manifestações dos municípios, em 25 de março
mente realizar seus desejos de continuar em seus domínios americanos e de 1824, o imperador pôs em vigor a constituição e foram realizadas as
manter a integridade territorial brasileira, com a integração da Banda Orien- eleições para o Parlamento. A primeira sessão instalou-se em 1826 e daí
tal e a supressão do movimento sedicioso de Pernambuco. até 1889, funcionou regularmente o poder legislativo no Império do Brasil.
Primeiro reinado Guerra da independência. As províncias do Norte foram sendo incorpo-
radas ao império. Em algumas, como Bahia, Maranhão e Piauí, as tropas
No ato da aclamação, em 6 de fevereiro de 1818, D. João estava no portuguesas remanescentes tentaram opor-se ao imperador. Na Bahia, o
apogeu de seu reinado, mas mesmo assim a situação continuava tensa e general português Inácio Luís Madeira de Melo não reconheceu o governo
as frentes de luta abertas. As prisões brasileiras guardavam centenas de chefiado por D. Pedro. Os patriotas baianos, reunidos a reforços vindos de
patriotas; no sul, prosseguia a encarniçada resistência de Artigas; e em Pernambuco, e sob comando do general francês Pierre Labatut, cercaram
Portugal, os súditos reclamavam a reintegração européia do monarca. Em as tropas do general Madeira, que embora superiores em força não conse-
1820, a vitória da revolução liberal no Porto procurara viabilizar a implanta- guiram romper o cerco. Fracassaram também ao tentar a reconquista da
ção do capitalismo em Portugal, o que significava um programa de recolo- ilha de Itaparica, quando enfrentaram uma força naval comandada por
nização do Brasil. As condições reais de ambas as sociedades demonstra- Rodrigo Antônio de Lamare. A ela vieram juntar-se reforços enviados de
vam a inviabilidade de duas constituições, que respeitassem as caracterís- terra e uma esquadra formada às pressas, sob o comando do oficial britâni-
ticas das formações sociais portuguesa e brasileira, e portanto a manuten- co Lord Thomas John Cochrane.
ção do reino. D. João e seus conselheiros percebiam prudentemente a
inviabilidade do propósito recolonizador e a potencial ruptura do Brasil com Com um grupo de oficiais estrangeiros, Cochrane organizou as bases
a monarquia portuguesa. de uma Marinha de Guerra do Brasil, indispensável à proteção das capitais
do Norte, todas marítimas. As lutas prosseguiram no Ceará, Piauí e Mara-
A aprovação do projeto constitucional em Lisboa, sem a presença de nhão, todas sangrentas, mas a vitória dos patriotas acabou por se impor em
representantes brasileiros, a subordinação das capitanias à metrópole, e todas elas. No Pará, uma força naval enviada por Cochrane conseguiu
não ao Rio de Janeiro, a adesão do Grão-Pará, Bahia e da guarnição do dominar a situação. E na Província Cisplatina (Uruguai), onde as tropas se
Rio de Janeiro às manobras das cortes e o juramento constitucional impos- dividiram, os soldados leais a D. Pedro também venceram e obtiveram o
to a D. João VI definiram claramente as contradições entre Brasil e Portu- reconhecimento de Montevidéu.

Conhecimentos Gerais 17 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
O principal negociador de D. Pedro I na obtenção do reconhecimento A eleição popular, determinada pelo ato adicional, levou ao poder como
da independência por Portugal, em 1825, foi Felisberto Caldeira Brant, regente único o padre Diogo Antônio Feijó, que já se revelara um enérgico
marquês de Barbacena. Um ano antes, os Estados Unidos e o México já defensor da ordem como ministro da Justiça. Sob a regência de Feijó
haviam reconhecido o Império do Brasil, seguidos pela Inglaterra, França, definiram-se as duas correntes políticas que inspiraram os dois grandes
Áustria e outras potências européias, além da Santa Sé. partidos do império -- liberais e conservadores. Esses últimos, liderados por
Bernardo Pereira de Vasconcelos, com maioria parlamentar, tornaram a
Resistência nativista. Mesmo assim, a unificação do país encontrou ou- situação insustentável para a regência e obrigaram Feijó a renunciar. O
tras resistências. Em Pernambuco, os que haviam participado da revolução poder passou às mãos de Pedro de Araújo Lima, depois marquês de Olin-
de 1817 não se conformavam com a prerrogativa que tinha o imperador de da, que só o deixou diante do movimento da maioridade.
escolher livremente o presidente da província. O movimento alastrou-se
pelas províncias vizinhas e culminou com a proclamação da Confederação Segundo reinado
do Equador. A reação do governo imperial foi fulminante: o presidente da
Confederação, Manuel de Carvalho Pais de Andrade, fugiu para a Inglater- A contar da abdicação de D. Pedro I, em 7 de abril de 1831, até a pro-
ra e outros líderes do movimento, entre eles o carmelita frei Caneca, foram clamação da república, em 15 de novembro de 1889, o segundo reinado
presos e executados. Finalmente em 1826 os pernambucanos aceitaram o compreende um período de 58 anos, nele incluída a regência; ou de 49
regime e Pais de Andrade foi escolhido senador e depois presidente da anos, se contado a partir da maioridade. De qualquer maneira, foi o mais
província. longo período da história política do Brasil, e contou com um interregno de
quase quarenta anos de paz interna, o que propiciou a implantação de
A repressão aos confederados de 1824 deslocou a luta oposicionista medidas importantes, como o protecionismo alfandegário, que veio acabar
para o âmbito parlamentar. A partir de 1826, quando foi instalada a primeira com as dificuldades cambiais impostas pelos tratados desvantajosos com
assembléia geral, os problemas sociais se aguçaram, ao mesmo tempo em países estrangeiros, assinados para facilitar o estabelecimento de relações
que o governo perdia apoio político. O Senado, vitalício, congregava os diplomáticas; a criação da presidência do Conselho de Ministros, primeira
representantes do conservadorismo e até alguns saudosistas do absolutis- experiência de parlamentarismo brasileiro; a extinção do tráfico de escra-
mo; mas a Câmara dos Deputados, eletiva e temporária, era menos maleá- vos, que prenunciou a abolição; a inauguração de novos meios de transpor-
vel às pressões do monarca, e constituía uma oposição de certo peso te e comunicação (ferrovias e telégrafo); a maior racionalização da imigra-
específico. ção; e o desenvolvimento das letras, artes e ciências.
A oposição parlamentar contava ainda com o apoio da imprensa, so- A ansiedade por um governo estável e suprapartidário, aliada a um há-
bretudo da Aurora Fluminense, de Evaristo da Veiga, que advogava os bil movimento político dos liberais, levou à antecipação da maioridade do
princípios e práticas liberais, com grande coerência ideológica e objetivida- imperador, em 23 de julho de 1840. Mas os liberais logo tiveram de ceder
de de pensamento. Por outro lado, a crise era alimentada pela instabilidade novamente o poder aos conservadores, que prosseguiram em sua ação
econômico-financeira -- provocada pela evasão de capital, pela queda de centralizadora. A dissolução da Câmara, eleita sob governo liberal, provo-
preço dos produtos de exportação, pelo déficit no balanço de pagamentos, cou reações armadas em Minas Gerais e São Paulo, logo sufocadas pela
pelos empréstimos externos e pelas indenizações decorrentes do reconhe- ação enérgica do barão (futuro duque) de Caxias. Em 1844, os liberais
cimento da soberania brasileira. voltaram ao poder e governaram até 1848, quando os conservadores
retomaram as rédeas do governo, que teve de enfrentar, em Pernambuco,
Abdicação. D. Pedro I tentou enfrentar o desgaste político através de a revolução praieira.
certa tolerância, evitando a dissolução da Câmara, a intervenção nas
províncias e a coação à liberdade de imprensa. Vendo abalado seu prestí- A ascensão de D. Pedro II ao poder coincide com as sérias questões
gio pelo mau êxito da guerra Cisplatina e pela atenção demasiada que do Prata e a guerra contra Rosas, na Confederação Argentina, e Oribe, no
dispensava à questão sucessória do trono lusitano; e vendo crescer dia a Uruguai. O ministério, presidido pelo marquês do Paraná, solucionou as
dia a oposição parlamentar, D. Pedro I entrou na fase final de seu curto e questões diplomáticas e firmou o prestígio do Brasil no exterior. A criação
tumultuado governo. Ante o movimento crescente de insatisfação, mudou o das estradas de ferro e do telégrafo, a fundação de bancos, a multiplicação
gabinete e entregou o governo a um homem que gozava então de grande de indústrias e as grandes exportações de café, trouxeram grande desen-
prestígio, o marquês de Barbacena. Este conseguiu que o imperador afas- volvimento econômico ao país. De 1864 a 1870, o imperador teve ainda de
tasse da corte alguns de seus auxiliares diretos mais visados pelas críticas sustentar duas guerras, a primeira contra o governo uruguaio de Aguirre e a
da oposição, entre os quais o secretário particular, Francisco Gomes da segunda contra Solano López, no Paraguai.
Silva, o Chalaça. Algum tempo depois, porém, uma série de intrigas afasta-
ram do governo o marquês de Barbacena. No âmbito interno, o imperador foi obrigado a enfrentar as divergências
políticas provocadas pelo movimento abolicionista e pela criação, em 1870,
O ano de 1830 parecia um ano fatídico. A queda do rei da França, Car- do Partido Republicano. Somam-se a essas frentes dois impasses de maior
los X, partidário da reação, repercutiu fundamente no país, e abalou ainda relevância: a questão religiosa, provocada pela recusa dos bispos D. Antô-
mais a posição do imperador. Em uma excursão a Minas Gerais, D. Pedro I nio de Macedo Costa e D. Frei Vital de aceitar ingerências do governo, por
sentiu o declínio de seu prestígio. Um grupo de parlamentares dirigiu-se em influência da maçonaria, na nomeação de diretores de ordens terceiras e
manifesto ao imperador, pedindo urgentes providências. D. Pedro atendeu- irmandades; e a questão militar, na verdade uma série de atritos provoca-
os e reformou o gabinete, mas desgostoso com os ministros, substituiu-os dos pela ânsia por maior autonomia dos militares, como o protesto contra a
por outros, dóceis a sua vontade, o que provocou uma reação popular, com censura a oficiais que debatiam pela imprensa questões internas da classe,
a adesão de toda a tropa do Rio de Janeiro. Cansado de lutar, a 7 de abril e que teve o apoio do marechal Deodoro da Fonseca, seu maior líder.
de 1831 D. Pedro abdicou em favor do filho, D. Pedro II, então com cinco
anos. A propaganda republicana avolumava-se a olhos vistos. Na Escola Mili-
tar, o professor de maior prestígio, tenente-coronel Benjamin Constant,
Regência. O governo passou imediatamente às mãos de uma regência pregava livremente a república e o positivismo. Em São Paulo, um Con-
provisória, composta do brigadeiro Francisco de Lima e Silva, do marquês gresso Republicano, em 1873, chegou a aprovar um projeto de constitui-
de Caravelas e do senador Nicolau de Campos Vergueiro. A assembléia a ção. O desgaste do regime monárquico era cada vez maior. O agravamento
substituiu por uma regência trina, escolhida de acordo com a constituição, da questão militar durante o gabinete Ouro Preto ensejou uma aliança entre
na qual figuraram o brigadeiro Lima e Silva, o marquês de Monte Alegre e os líderes militares e os chefes republicanos de várias correntes. Em 15 de
João Bráulio Muniz. Entre as duas tendências extremas, a dos republicanos novembro de 1889, o marechal Deodoro da Fonseca assumiu o governo,
e federalistas e a dos restauradores, apelidados de "caramurus", impôs-se com o título de chefe do governo provisório, e um ministério composto de
a corrente dos moderados, sob a liderança do jornalista Evaristo da Veiga. republicanos históricos e liberais que aderiram à república. O novo governo
Em 1834 a constituição foi reformada por meio de um ato adicional, que apressou-se em enviar uma mensagem ao imperador, solicitando que se
representou uma conciliação das tendências mais extremadas. A regência retirasse do país. Sereno e altivo, D. Pedro II embarcou com a família no
trina tornou-se una, e os conselhos provinciais, controlados pelo Parlamen- dia 17 de novembro, depois de recusar a ajuda financeira oferecida pelo
to, passaram a Assembléias, com poderes mais amplos, o que atendia às governo provisório e recomendar aos seus antigos ministros que continuas-
demandas de descentralização. sem a servir ao Brasil.

Conhecimentos Gerais 18 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
Primeira república (1889-1930) manifesto por Saldanha, atraísse o apoio dos monarquistas, os republica-
nos concentraram-se em torno de Floriano. A sangrenta derrota dos dois
Governo Deodoro da Fonseca. A proclamação da república foi dirigida movimentos consolidou o regime. Portugal concedeu asilo aos oficiais
por facções civis e militares extremamente heterogêneas, que incluíam revoltosos, o que provocou o rompimento de relações com o Brasil.
desde republicanos históricos e oficiais de tendência monarquista, até
positivistas, políticos imperiais e oposicionistas. A quebra do sistema cen- Governo Prudente de Morais. Se o primeiro quatriênio da república foi
tralizado imperial permitiu a subida de segmentos sociais e políticos novos, tumultuoso, o segundo marcou o início de uma linha ascensional. Prudente
que se assenhorearam do poder federal e estadual. No plano do poder de Morais, presidente da constituinte republicana, eleito sem competidor,
central, como existiam combinações prévias, foi fácil organizar o poder; iniciou o período dos governos civis. A partir de então, São Paulo dominaria
mas no plano dos estados, com exceção de São Paulo, a perplexidade e a a política brasileira, posição que seria compartilhada por Minas Gerais a
desorganização permitiram que as autoridades federais indicassem os partir de 1906. O governo foi ocupado nos quatriênios seguintes por Cam-
nomes para as funções-chave do executivo. pos Sales, Rodrigues Alves e Afonso Pena, quando a primeira república
atingiu seu apogeu. Por interferência do Reino Unido, o Brasil restabeleceu
O período republicano iniciou-se com uma dissensão entre os que aspi- relações diplomáticas com Portugal e recuperou a soberania da ilha da
ravam a uma república democrática representativa e os que preferiam uma Trindade, ocupada arbitrariamente em 1895 pelos ingleses. Duas vitórias
ditadura sociocrática, do tipo propugnado pelos positivistas. Rui Barbosa, diplomáticas, obtidas sucessivamente pelo barão do Rio Branco nos julga-
ministro da Fazenda e vice-chefe do governo, conseguiu elaborar um mentos arbitrais das questões de limites com a Argentina e com a Guiana
projeto de constituição provisória de feitio democrático. Em 15 de novembro Francesa, restituíram a confiança na política exterior.
de 1890 instalou-se o Congresso Constituinte Republicano e em 24 de
fevereiro de 1891 foi proclamada a primeira constituição da república, que O governo Prudente de Morais enfrentou graves problemas internos,
estabeleceu o presidencialismo e o federalismo. A própria Assembléia desde movimentos de insubordinação na escola militar até a revolta de
elegeu como presidente e vice-presidente da república os marechais Deo- Canudos, no sertão da Bahia, e um atentado contra sua vida no qual mor-
doro da Fonseca e Floriano Peixoto, respectivamente. Assim, a primeira reu o ministro da Guerra, marechal Carlos Machado Bittencourt. Mesmo
fase do regime caracterizou-se por uma supremacia dos militares, na qual assim, mostrou determinação e firmeza, ao demitir funcionários contratados
oficiais do Exército e da Marinha tentaram predominar. irregularmente no governo anterior e ao vetar o aumento de soldos e efeti-
vos do Exército. Conseguiu também pacificar o Rio Grande do Sul. Mas a
A euforia do momento fez com que todos aceitassem a composição vi- contestação ao seu governo prosseguiu no Congresso. Em 1896, o presi-
toriosa. No entanto, no decorrer de 1890 ocorreu uma progressiva deterio- dente afastou-se do cargo por motivo de saúde, e foi substituído pelo vice-
ração do poder, com a conseqüente reaglutinação de novas forças, devido presidente, Manuel Vitorino Pereira, ligado às oposições, mas que nada
à disparidade de interesses do grupo federal, às lutas pelo poder estadual, conseguiu de concreto porque em março de 1897 Prudente de Morais
à política econômica do encilhamento e as divergências internas dos gru- reassumiu o poder, agora já em meio a manifestações violentas, como as
pos militar e civil. O retorno ao regime constitucional fora uma reivindicação ocorridas no Distrito Federal, em São Paulo e Salvador contra os monar-
geral, contestada apenas pelas alas militares e civis radicais, que preferiam quistas, sob pretexto da derrota dos militares em Canudos, apresentado
a continuação de um estado de fato, para que o governo pudesse imprimir ficticiamente como reduto de fanáticos monarquistas. Tantas cisões e
livremente suas medidas. Entretanto, devido ao Regulamento Cesário radicalismos levaram a maioria a buscar um candidato à presidência politi-
Alvim, de 23 de junho de 1890, conhecido como "lei do arrocho", as elei- camente mais equilibrado, e o escolhido foi Manuel Ferraz de Campos
ções estaduais foram dominadas pelos antigos grupos oligárquicos. Sales.
A escolha do presidente constitucional do Brasil, em 25 de fevereiro de Governo Campos Sales. O governo de Campos Sales não teve de en-
1891, foi o ápice da cisão: os partidários de Deodoro da Fonseca consegui- frentar inicialmente nenhuma desordem grave e pôde dedicar-se ao sane-
ram elegê-lo contra Prudente de Morais, mas Eduardo Wandenkolk, candi- amento das finanças do país, por meio das drásticas medidas econômicas
dato da Marinha, perdeu a vice-presidência para Floriano Peixoto. A eleição de seu ministro da Fazenda, Joaquim Murtinho. Para obter o apoio do
ocorreu logo no momento em que Deodoro da Fonseca escolheu o barão Congresso, o presidente garantiu aos governadores o reconhecimento dos
Henrique Pereira de Lucena para organizar um segundo ministério. A deputados por eles apoiados. Essa política desmontou a frágil organização
indicação de um ex-monarquista levou partidários do presidente a divergir partidária, deu uma aparente estabilidade à representação nacional e
de sua escolha. O descontentamento aumentou durante o ano, quando o proporcionou uma maioria governamental compacta.
barão de Lucena resolveu intervir na política de São Paulo e Minas Gerais,
ao substituir, respectivamente, os governadores Jorge Tibiriçá e Bias Fortes No entanto, a restrição dos gastos públicos e o aumento dos impostos
por Américo Brasiliense de Almeida e Melo e José Cesário de Faria Alvim. ensejou o retorno das agitações. Entre 1900 e 1901, as crises comercial e
bancária levaram ao fechamento de fábricas e lojas e ao aumento do
Durante a doença de Deodoro da Fonseca, em julho de 1891, o barão desemprego. A instabilidade aumentou com a dissidência paulista, encabe-
de Lucena tentou negociar com a oposição, mas apesar da boa vontade de çada por Prudente de Morais, e com as revoltas dos monarquistas e inte-
Campos Sales, vários políticos oposicionistas, entre eles Prudente de gradas por militares e oposicionistas. Mesmo assim, a situação financeira
Morais, não aceitaram acordo. Apoiados por Floriano Peixoto, pelo contra- melhorou, e foi o sucessor de Campos Sales, Francisco de Paula Rodri-
almirante Custódio de Melo, pelo vice-almirante Eduardo Wandenkolk e por gues Alves, quem se beneficiou desse trunfo.
outros militares, os oposicionistas aprovaram no Congresso federal uma lei
de restrição aos poderes governamentais, a lei de responsabilidades, que Governo Rodrigues Alves. Como encontrou as finanças em ordem e o
na prática configurou um verdadeiro impeachment do legislativo sobre o crédito externo revigorado, Rodrigues Alves pôde realizar grandes empre-
executivo. endimentos. Para isso contou com excelente corpo de auxiliares, entre eles
o barão do Rio Branco, que dirigiu genialmente a política exterior; o prefeito
Assim, logo nos primeiros meses de governo constitucional, Deodoro Pereira Passos, que executou as reformas urbanísticas do Rio de Janeiro;
entrou em choque com o Congresso e terminou por dar um golpe de esta- e Osvaldo Cruz, que à frente do Departamento de Saúde Pública, implan-
do, em que dissolveu a Câmara e o Senado e convocou novas eleições. tou medidas sanitárias radicais e inadiáveis.
Mas dessa vez não contou com o apoio unânime da classe. O almirante
Custódio de Melo, à frente da Marinha, declarou-se em revolta, e Deodoro O fim do governo Rodrigues Alves não foi pacífico. Além da revolução
foi obrigado a renunciar para evitar a guerra civil. mato-grossense de 1906, o problema sucessório aguçou-se, com a contes-
tação ao nome paulista de Bernardino de Campos. Pinheiro Machado e Rui
Governo Floriano Peixoto. Assumiu então o vice-presidente Floriano Barbosa iniciaram uma campanha que acabou por gerar um impasse, que
Peixoto, que reabriu o Congresso e restabeleceu a normalidade legislativa. se resolveu pela escolha de um nome mineiro, o de Afonso Augusto Morei-
Ao mesmo tempo promoveu a derrubada dos governadores que se haviam ra Pena.
solidarizado com o golpe. Floriano enfrentou duas revoluções, de origem
diferente, mas coligadas: a revolução federalista, no Rio Grande do Sul, Governo Afonso Pena. Foi com planos arrojados de um Brasil industria-
chefiada por Gaspar da Silveira Martins, e a revolta da Armada, no Rio de lizado, rico e militarmente forte que Afonso Pena iniciou seu período de
Janeiro, chefiada pelo almirante Custódio de Melo, à qual aderiu depois o governo. No intuito de colonizar o interior do país, promoveu a construção
almirante Saldanha da Gama. Como a idéia de um plebiscito, lançada em de estradas de ferro e portos e prestigiou a penetração capitaneada por

Conhecimentos Gerais 19 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
Cândido Mariano da Silva Rondon. Incrementou também a imigração e a tos contra as secas do Nordeste, fundou em 1920 a primeira universidade
pesquisa mineral. No âmbito parlamentar, teve de enfrentar a influência de brasileira, a do Rio de Janeiro, depois Universidade do Brasil e hoje Univer-
Pinheiro Machado, que controlava a maior parte das bancadas dos peque- sidade Federal do Rio de Janeiro. Promoveu em 1922 a exposição interna-
nos estados. Formou para isso um grupo de apoio com jovens parlamenta- cional comemorativa do primeiro centenário da independência. No entanto,
res, chamado por isso de "jardim da infância". No entanto, o súbito faleci- sua política de aparente descompromisso com as correntes políticas em
mento do presidente da república, em 1909, antecipou a reabertura da luta disputa ajudou a acirrar toda uma problemática latente: a política do café e
sucessória. Assumiu o poder o vice-presidente Nilo Peçanha e a campanha a nomeação do civil João Pandiá Calógeras para o Ministério da Guerra
política radicalizou-se entre os candidatos Hermes da Fonseca, apoiado iniciaram os choques entre os estados e dos militares contra o governo.
pela maioria dos estados e do Congresso, e o candidato civilista Rui Barbo-
sa, apoiado por São Paulo. A luta acabou com a vitória de Hermes da A situação política interna era das mais conturbadas. Na questão su-
Fonseca, mas sua posse foi antecedida por choques nos estados do Rio de cessória, o Rio Grande do Sul assumiu atitude oposicionista e lançou a
Janeiro e Bahia e pelo incidente do bombardeio de Manaus. candidatura de Nilo Peçanha, da chamada Reação Republicana, contra o
candidato das forças majoritárias, Artur Bernardes. O Clube Militar, então
Governo Hermes da Fonseca. Eleito, Hermes da Fonseca teve logo de presidido por Hermes da Fonseca, era o centro da agitação. O governo
enfrentar um governo agitado. Poucos dias após a posse eclodiu em 1910 reagiu, fechou o clube e prendeu seu presidente. O inconformismo come-
a revolta da chibata, também chamada revolta dos Marinheiros, comandada çou a empolgar as forças armadas. Em 5 de julho de 1922 rebentou a
pelo marinheiro João Cândido. Os marujos rebelados exigiam a extinção do revolta do forte de Copacabana. Alguns jovens oficiais, entre eles Siqueira
castigo da chibata, suprimido na lei mas mantido na prática. Foram atendi- Campos, Newton Prado e Eduardo Gomes, enfrentaram as forças legais
dos e anistiados por uma lei da autoria do senador Rui Barbosa, mas os em luta desigual. Esse episódio, conhecido como o dos "Dezoito do Forte",
novos oficiais nomeados para os navios rebelados prenderam João Cândi- comoveu a opinião pública e iniciou a mística do movimento chamado
do e seus companheiros, que foram lançados nos porões do navio Satélite "tenentismo".
e nas masmorras da ilha das Cobras, morrendo a maioria. Em seguida
rebelaram-se os marinheiros do Batalhão Naval e do cruzador Rio Grande Governo Artur Bernardes. Em 15 de novembro de 1922 assumiu a pre-
do Sul, tratados com idêntico rigor por ordem do presidente da república. sidência Artur Bernardes, num ambiente de nervosismo e forte oposição. O
presidente, para lutar contra os que o tinham atacado durante a campanha
Apesar de Pinheiro Machado ter fundado o Partido Republicano Con- eleitoral, provocou intervenções nos estados do Rio de Janeiro e Bahia, e
servador, com a intenção de influir diretamente sobre o presidente, os ajudou as oposições na revolução gaúcha contra o governo continuísta de
militares foram paulatinamente imiscuindo-se nas políticas estaduais. Borges de Medeiros. O ministro da Guerra, general Setembrino de Carva-
Impossibilitados de se apresentarem como candidatos aos governos de lho, conseguiu pacificar a situação em 1923.
São Paulo e do Rio Grande do Sul, alguns se candidataram por Pernambu-
co, Alagoas, Ceará etc. Resultaram daí inúmeras crises. A fermentação revolucionária continuava, e aqui e acolá eclodiam mo-
vimentos sediciosos. Em 1924 iniciou-se nova revolução militar, na capital
A partir de 1913, Pinheiro Machado conseguiu recuperar seu poderio de São Paulo, à qual aderiu a Força Pública estadual. O palácio dos Cam-
em alguns estados do Nordeste, principalmente após incentivar o padre pos Elísios foi bombardeado e a capital sitiada. O movimento alastrou-se
Cícero a desencadear a revolta cearense de 1914. Esse constante estado para outros pontos: Sergipe, Manaus, Belém, Rio de Janeiro. No Rio Gran-
de crise levou alguns militares a fazer críticas severas. Finalmente foi de do Sul sublevaram-se algumas guarnições, lideradas por Luís Carlos
decretado o estado de sítio. Para a sucessão do marechal Hermes foram Prestes, Juarez Távora e João Alberto. Resultou daí a Coluna Prestes, que
apontados os nomes de Pinheiro Machado e de Rui Barbosa. Prevaleceu percorreu trinta mil quilômetros do país, acossada pelas forças legalistas.
entretanto o primitivo esquema dos primeiros governos republicanos, com o Bernardes resistiu bravamente até o fim do mandato, ajudado pela decreta-
acordo entre os partidos dominantes de Minas Gerais e São Paulo. ção do estado de sítio, decretado em julho de 1922 e constantemente
renovado.
Governo Venceslau Brás. Eleito sem oposição, o mineiro Venceslau
Brás Pereira Gomes representou o retorno ao domínio civil. Durante seu Governo Washington Luís. Eleito sem disputa e recebido com simpatia
governo foi aprovado o código civil, cujo projeto, da autoria de Clóvis Bevi- e confiança, Washington Luís optou por uma política conservadora, com
láqua, arrastava-se pelo Congresso desde o governo Campos Sales. Em predomínio das oligarquias. Foi mantido o cerceamento à liberdade de
plena paz interna, o Brasil foi obrigado a entrar na primeira guerra mundial imprensa e negada a anistia aos revolucionários tenentistas exilados. No
ao lado dos aliados. Embora a participação brasileira fosse pequena, os plano administrativo, iniciou imediatamente um amplo plano rodoviário,
efeitos econômicos da guerra provocaram uma grave crise econômica e dentro do lema "governar é abrir estradas", e encetou uma reforma financei-
financeira, com repercussões negativas no meio social. Esse estado de ra com o fim de proporcionar um certo desafogo ao país. Foi, porém, colhi-
coisas foi agravado, no plano político, pelo assassinato de Pinheiro Macha- do pela crise financeira nos Estados Unidos, que redundou numa queda
do. catastrófica de preços, seguida de desemprego e falências.
Pressionado pelo vencimento de diversos empréstimos externos, o go- Nesse período, efetuou-se a fusão de segmentos dominantes nas
verno foi obrigado a contrair um vultoso empréstimo com os banqueiros grandes cidades. Embora descendentes das antigas oligarquias rurais e
Rothschild. Devido à situação internacional, a modalidade adotada foi um vinculados a interesses agrícolas, já tinham tradição urbana suficiente para
funding loan, que cobrisse todos os compromissos, presentes e futuros. A manifestarem certo inconformismo com o domínio oligárquico. O Partido
revolta dos sargentos, em 1915, e a eclosão das primeiras greves operárias Libertador, no Rio Grande do Sul, e o Partido Democrático, em São Paulo,
comprometeram ainda mais a estabilidade do governo. No entanto, a canalizaram os protestos contra a hegemonia dos chefes políticos paulistas
guerra provocou também um novo surto de desenvolvimento industrial e e mineiros na política federal. A sucessão colocou um impasse: o candidato
propiciou a expansão urbana, o que veio reforçar a força de atuação das governista, Júlio Prestes, não foi aceito pelo presidente de Minas Gerais,
classes médias. Antônio Carlos Ribeiro de Andrada, que passou à oposição. Em junho de
1929, Minas Gerais, Rio Grande do Sul e Paraíba constituíram a Aliança
Em 1918 foi novamente eleito presidente Rodrigues Alves, consagrado Liberal, com a chapa Getúlio Vargas-João Pessoa (governador da Paraíba),
pela capacidade anteriormente demonstrada. Entretanto, ele faleceu antes contra a chapa Júlio Prestes-Vital Soares (governador da Bahia). Uma série
de assumir a presidência, em janeiro de 1919, reabrindo o problema da de conflitos varreu o país, em meio à campanha sucessória. O assassinato
sucessão. O vice-presidente Delfim Moreira assumiu a chefia do governo de João Pessoa, em 1930, foi o estopim da revolução, que estalou simulta-
interinamente, durante sete meses. Como também não se encontrava em neamente nos três estados ligados pela Aliança Liberal.
boas condições de saúde, quem governou de fato foi o ministro da Viação,
Afrânio de Melo Franco. Delfim Moreira ainda exercia o cargo quando veio Na Paraíba, Juarez Távora conseguiu dominar todos os estados do
a falecer. Para a sucessão, foi escolhido um candidato neutro, Epitácio da Nordeste; no Rio Grande do Sul, Góis Monteiro reuniu as tropas do Exército
Silva Pessoa, por indicação do Rio Grande do Sul. e da polícia e atingiu os limites do Paraná e São Paulo; os mineiros domi-
naram os raros focos legalistas e ameaçaram Espírito Santo e Rio de
Governo Epitácio Pessoa. Na sucessão, assumiu Epitácio da Silva Janeiro. Na iminência de uma guerra civil, os generais Tasso Fragoso e
Pessoa, por indicação do Rio Grande do Sul, que governou somente um Mena Barreto e o almirante Isaías de Noronha constituíram uma Junta
triênio. Administrador experiente, executou grandes obras de melhoramen- Pacificadora que, com a interferência do cardeal-arcebispo do Rio de

Conhecimentos Gerais 20 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
Janeiro, D. Sebastião Leme, conseguiu a renúncia do presidente e entre- Severo Fournier e mais 45 integralistas assaltaram o palácio Guanabara. O
gou o governo a Getúlio Vargas. putsch fracassou, desencadeando uma repressão severa e fulminante, que
praticamente varreu o integralismo do cenário político brasileiro.
Governo provisório. Dissolvido o Congresso Nacional, Getúlio Vargas
instalou-se no palácio do Catete e iniciou o governo com amplo apoio Político carismático, Getúlio aproveitou a dispersão dos dois blocos i-
popular. Os primeiros passos foram o combate à corrupção administrativa, nimigos e a indefinição das restantes forças sociais para firmar-se no poder,
um dos pontos mais repetidos na campanha revolucionária, a reforma do com seu estilo pessoal de ditador. Desde 1930, nenhuma classe assumira
ensino e a ampliação das leis trabalhistas. Criaram-se dois novos ministé- o poder. As novas classes urbanas emergentes -- operários, funcionários
rios, o da Educação e Saúde, entregue a Francisco Campos, e o do Traba- públicos, profissionais liberais -- não tinham ainda suficiente consciência de
lho, a Lindolfo Collor. Na pasta do Exterior, Afrânio de Melo Franco logo classe para organizar-se; a alta burguesia, em pleno processo de diferenci-
conseguiu o reconhecimento internacional do novo governo. Para o Ministé- ação desde a falência do modelo agrário-exportador, preferiu deixar nas
rio da Fazenda, foi nomeado o banqueiro José Maria Whitaker; para o da mãos da ditadura a condução do processo -- até porque Vargas revelou-se
Agricultura, Assis Brasil; para o da Viação, José Américo de Almeida; para um hábil contemporizador, capaz de manipular com sucesso agitações e
o da Justiça, Osvaldo Aranha, que logo substituiu Whitaker no Ministério da movimentos sociais.
Fazenda.
Por meio dos seus interventores, em cada estado, e pelo rígido contro-
As forças que subiram ao poder com Vargas aliaram-se contra o domí- le da máquina estatal, através do Departamento Administrativo do Serviço
nio dos grandes fazendeiros. Em vários estados os tenentes assumiram o Público (DASP) e de outros organismos centralizadores, como o Departa-
governo: João Alberto, em São Paulo; Juraci Magalhães, na Bahia; Juarez mento de Imprensa e Propaganda (DIP), ou desestimuladores de quaisquer
Távora, na Paraíba. Em Minas Gerais, Olegário Maciel, que ajudara a veleidades contestatórias, como o Tribunal de Segurança Nacional, Vargas
revolução, conseguiu manter-se no poder, embora acossado pelos grupos conseguiu a hipertrofia total do executivo. Pôde assim realizar seus planos
tenentistas, liderados por Virgílio de Melo Franco. Em meio às dissidências no campo trabalhista, com o que assegurou o apoio da massa: criou a
internas nos diversos estados, Vargas procurou representar o papel de Justiça do Trabalho, vinculou a organização sindical ao Ministério do Traba-
poder moderador: de um lado, a pressão exercida pelos governos estadu- lho, por intermédio do imposto sindical, instituiu o salário mínimo e criou
ais, por membros do seu ministério, como Osvaldo Aranha e José Américo, uma legislação trabalhista capaz de ajustar a mão-de-obra egressa do meio
e pelo clube Três de Outubro, que congregava revolucionários; e de outro rural às condições do trabalho urbano. Propiciou assim, mediante o rígido
as pressões das diversas oligarquias e dos oficiais do Exército, contrários à controle sindical e a neutralização política do proletariado nascente, a
participação política dos militares. expansão dos empreendimentos capitalistas, numa economia em franco
processo de industrialização.
Segunda república (1930-1937)
No elenco de medidas governamentais estado-novistas atinentes ao
Em 9 de julho de 1932 irrompeu um movimento armado em São Paulo, favorecimento do processo de industrialização, o passo mais significativo
logo sufocado. A reconstitucionalização do país pôde assim processar-se foi a busca da auto-suficiência no setor do aço. Em 1940, num hábil jogo
sem maiores sobressaltos. Nova lei eleitoral estabeleceu o voto feminino, o com as rivalidades americanas e alemãs, o governo conseguiu do Import
voto secreto, a representação proporcional dos partidos, a justiça eleitoral e and Export Bank um financiamento no valor de 45 milhões de dólares para
a representação classista, eleita pelos sindicatos. Em 15 de novembro de a instalação de uma siderúrgica de capital integralmente nacional e priorita-
1933 reuniram-se 250 deputados eleitos pelo povo e cinqüenta pelas repre- riamente público. Instalada no município de Volta Redonda RJ, a Compa-
sentações de classe, para elaborar a nova constituição republicana, pro- nhia Siderúrgica Nacional (CSN) entrou em operação em 1946. Com ela o
mulgada somente em julho de 1934. Por voto indireto Getúlio Vargas foi governo criou uma das bases imprescindíveis à formação de uma infra-
eleito presidente da república. estrutura capaz de acolher o desenvolvimento do ainda incipiente parque
O período, que ficou conhecido como segunda república, ou República industrial brasileiro.
Nova, iniciou-se por um crescente movimento de polarização entre corren- A participação do Brasil, ao lado dos aliados, na segunda guerra mun-
tes extremistas, tal como sucedia na Europa: direitistas e esquerdistas, dial, deixou clara a necessidade da volta ao regime democrático e repre-
tendo em seus pólos extremos a Ação Integralista Brasileira, organização sentativo. Vargas ainda tentou, através do movimento chamado "quere-
ultradireitista dirigida por Plínio Salgado; e os comunistas, agregados na mismo" criar bases na esquerda para permanecer no poder. Mas os pró-
Aliança Nacional Libertadora, sob a presidência de honra de Luís Carlos prios militares, que antes o apoiavam, pressionaram também para a abertu-
Prestes, chefe do comunismo no Brasil. Em 1935, explodiu uma revolução ra do regime. Foram marcadas as eleições para 2 de dezembro de 1945 e
comunista em Natal RN e Recife PE, acompanhada pelo Regimento de formaram-se os partidos: a oposição ao Estado Novo concentrou-se na
Infantaria da Praia Vermelha, no Rio de Janeiro. Prontamente dominada, a União Democrática Nacional (UDN) e lançou a candidatura do brigadeiro
chamada intentona comunista fortaleceu a extrema-direita. Eduardo Gomes; os situacionistas criaram o Partido Social Democrático
Estado Novo (1937-1945) (PSD) e apresentaram como candidato o ministro da Guerra, general Eurico
Gaspar Dutra. Vargas e seus seguidores mais diretos alinharam-se no
Getúlio Vargas já se munira de documentos legais discricionários para Partido Trabalhista Brasileiro (PTB).
lidar com o crescimento da Ação Integralista e da Aliança Nacional Liberta-
dora. O levante comunista de 1935 deu-lhe o pretexto para livrar-se de um Entretanto, novas tentativas continuístas, entre elas a nomeação do ir-
dos problemas: todas as bancadas apoiaram o estado de sítio, concedido mão do presidente, Benjamim Vargas, para chefiar a poderosa polícia do
até fins de 1936, quando foi substituído por um instrumento ainda mais Distrito Federal, provocaram uma intervenção militar, e Vargas teve de
forte, o estado de guerra. Sufocado o movimento comunista, Getúlio voltou- deixar o poder, em 29 de outubro de 1945. A direção do país foi entregue
se ao combate dos grupos oligárquicos, liderados por São Paulo. Na ma- ao presidente do Supremo Tribunal Federal, ministro José Linhares, e as
nhã de 10 de novembro de 1937 tropas do Exército cercaram o Congresso, eleições, realizadas em dezembro, deram a vitória a Dutra, por ampla
enquanto cópias de uma nova constituição eram distribuídas à imprensa. À margem. Findara assim o Estado Novo, e o país era completamente outro,
noite, Vargas dirigiu-se pelo rádio a toda a nação, para justificar a institui- com novos grupos sociais urbanos -- burguesia industrial, classes médias,
ção do novo regime, necessariamente forte "para reajustar o organismo proletariado -- infra-estrutura econômica, mercado de trabalho regulamen-
político às necessidades econômicas do país e assegurar a unidade da tado e espaço econômico unificado, tudo propício a manter o processo de
pátria". Estava instituído o chamado Estado Novo, cuja base jurídica com- industrialização que já se firmara.
preendia dois documentos: a constituição, apelidada de "polaca", por suas Período populista (1945-1964)
semelhanças com a constituição fascista da Polônia, e a consolidação das
leis do trabalho, inspirada na Carta del lavoro, do fascismo italiano. Governo Dutra. Durante o governo Dutra perdurou a união nacional do
PSD com a UDN, surgida da necessidade de derrubar Vargas, e que propi-
As semelhanças com o fascismo não significaram simpatia ideológica ciou a conciliação de interesses entre os amplos setores industriais urba-
pelo integralismo. Vargas inicialmente tentou o apoio dos integralistas, mas nos. Entre o final da década de 1940 e o início da seguinte, tomou corpo o
logo Plínio Salgado rompeu com o governo. Uma tentativa de golpe trouxe processo de industrialização que se iniciara no Estado Novo. No campo
o pretexto para eliminar o segundo inimigo: em maio de 1938, o tenente político, uma nova ideologia empolgou amplos setores da classe média,

Conhecimentos Gerais 21 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
militares, estudantes, profissionais liberais, operários: o nacionalismo, cuja nos, começou a dar mostras de esgotamento. O endividamento externo e a
expressão mais significativa foi a campanha pelo petróleo, da qual surgiram intensificação inflacionária começaram a alimentar uma crise profunda. A
a lei do monopólio estatal da prospecção e do refino e a criação da Petro- alta burguesia estava disposta a aceitar uma paralisação momentânea do
brás, em outubro de 1953. desenvolvimento, em troca de uma política de austeridade e estabilização,
preocupada com a orgia de gastos públicos decorrente da dispendiosa
Nas eleições de 1950, os candidatos à sucessão de Dutra, apresenta- construção de Brasília, a nova capital federal, empreendimento sobre o
dos pela UDN (Eduardo Gomes) e PSD (Cristiano Machado) não consegui- qual acumulavam-se as denúncias de corrupção.
ram impedir a eleição do candidato do PTB, Getúlio Vargas, que no entanto
teve de compor um governo de fisionomia conservadora, com a participa- O político que assumiu a posição de defensor dessa política foi Jânio
ção de elementos dos dois partidos de oposição. O movimento sindical já Quadros, que soube combinar habilmente a demagogia populista com a
se organizara, e foi um dos apoios de Vargas, por meio do controle do mística de austeridade e honestidade. Jânio já se mostrara um político
Ministério do Trabalho e de conchavos com o governo, numa relação competente, em uma meteórica trajetória política que, iniciada em Mato
chamada de "peleguismo" -- de pelego, pele de carneiro colocada entre a Grosso, culminara com o governo de São Paulo. Como o voto era desvincu-
sela e a garupa do cavalo, em alusão ao papel de intermediário entre o lado, Jânio estimulou a ligação de seu nome ao do vice-presidente João
governo e as forças sindicais. Goulart, candidato à reeleição na chapa situacionista encabeçada pelo
marechal Teixeira Lott. A chamada "chapa Jan-Jan" (Jânio-Jango, apelido
Segundo governo Vargas. Em que pese o apoio dos nacionalistas à de- de João Goulart) tinha o apoio tanto da situação como das forças janistas,
fesa do petróleo e à tendência estatizante de seu governo, Vargas come- por meio de acordos de bastidores. Na eleição de 1960, Jânio foi eleito por
çou a detectar sinais claros da insatisfação de setores estratégicos de grande maioria de votos e Goulart reeleito.
opinião, sobretudo dos representantes do capital estrangeiro e da burgue-
sia nacional. Não obstante, também a classe média dava mostras de impa- Governo Jânio Quadros. A fórmula adotada por Jânio foi combinar uma
ciência, como ficou claro pela eleição de Jânio Quadros para a prefeitura de política interna conservadora, deflacionista e antipopular, com uma política
São Paulo, sem apoio dos grandes partidos. Getúlio procedeu a uma mu- externa de rompantes independentes, para atrair a simpatia da esquerda.
dança ministerial: convocou, para a pasta da Fazenda, Osvaldo Aranha, Muito mais retórica que efetiva, essa política, que se notabilizou por ata-
que atenuou a política cambial e tomou medidas de estabilização econômi- ques à China nacionalista e pela condecoração do líder da revolução cuba-
ca; e para a do Trabalho, um jovem político gaúcho, até então desconheci- na Ernesto "Che" Guevara, acabou por atrair a desconfiança da burguesia e
do, João Goulart, que iniciou alianças com o movimento operário, em a ira dos militares. O aumento das tarifas públicas, a ampliação da carga
substituição à política populista de Vargas. horária da burocracia estatal e a preocupação demagógica com questões
insignificantes, como a proibição das brigas de galo e de transmissões de
Em 1954, o governo propôs a elevação em cem por cento do salário televisão que mostrassem moças de biquíni, acabaram por desgastar o
mínimo, o que representava um ganho real para o trabalhador. Os militares apoio que ainda recebia da opinião pública.
pressionaram, e Vargas teve de recuar e substituir Goulart no Ministério do
Trabalho. Mas durante a comemoração do dia do trabalho, a 1º de maio, No dia 24 de agosto de 1961, Carlos Lacerda, então governador do es-
Vargas promulgou o novo salário nas bases propostas, o que atraiu a ira da tado da Guanabara, acusou o presidente de intenções golpistas. A acusa-
oposição udenista, representante dos interesses da burguesia industrial. A ção culminava uma campanha que Lacerda iniciara praticamente logo após
UDN, que até então mantivera uma política oposicionista de caráter morali- a posse de Jânio, a quem apoiara na eleição. Sempre postulante à presi-
zante, passou a acusar Vargas de pretender implantar no país uma "repú- dência da república, Lacerda retomava assim a bandeira oposicionista e
blica sindicalista" nos moldes do peronismo argentino. O jornalista Carlos buscava angariar a confiança dos militares. Jânio aproveitou a acusação de
Lacerda assumiu a liderança nos ataques cada vez mais virulentos ao golpismo para tentar uma manobra, menos de sete meses após sua posse:
governo. Vargas respondeu com a criação da Eletrobrás, em abril de 1954 - a renúncia, na esperança de voltar fortalecido ao governo com o apoio das
- mais uma medida estatizante, contrária aos interesses da aliança entre o massas. A manobra falhou, pois o Congresso aceitou imediatamente a
capital estrangeiro e a burguesia brasileira. renúncia e não houve nenhuma manifestação popular de apoio ao presi-
dente demissionário, que saiu acusando vagamente "forças terríveis" de
Em 5 de agosto de 1954 ocorreu no Rio de Janeiro um atentado contra tramarem contra seu governo.
Carlos Lacerda, no qual morreu o major Rubens Vaz, da Aeronáutica, e do
qual foi acusado o chefe da guarda pessoal do presidente, Gregório Fortu- Com a renúncia de Jânio, deveria assumir o vice-presidente, João Gou-
nato. As investigações foram conduzidas pela Aeronáutica, na base aérea lart, que se encontrava em Cingapura, de volta de uma viagem à República
do Galeão, à revelia do governo. As pressões militares se avolumaram, a Popular da China. Todavia, os setores militares e a alta burguesia, já alar-
par com os ataques cada vez mais candentes dos parlamentares udenistas mados com as aventuras esquerdistas de Jânio, não aceitaram a transmis-
e dos grandes jornais. Exigia-se a renúncia de Vargas. são do cargo. Os três ministros militares declararam que o retorno de
Goulart constituía uma "absoluta inconveniência", mas a Câmara dos
Na madrugada de 24 de agosto de 1954, o presidente suicidou-se com Deputados firmou posição de cumprir a regra constitucional. Três governa-
um tiro no peito, e deixou uma carta-testamento em que acusava os trustes dores, de Mato Grosso, Goiás e Rio Grande do Sul, pronunciaram-se a
estrangeiros de fomentarem uma campanha contra seu governo. A reação favor da legalidade. Ante a iminência de uma guerra civil, chegou-se a uma
popular espontânea foi explosiva e amedrontou os setores de direita. O medida de conciliação: a adoção do parlamentarismo, por emenda consti-
populismo renasceu na figura do candidato do PSD, Juscelino Kubitschek tucional a ser referendada em plebiscito ao final do mandato. A posse de
de Oliveira, que substituiu Café Filho, vice-presidente de Vargas, que Goulart deu-se assim em uma presidência despojada da maioria dos seus
ocupara o governo na fase de transição. Como vice de Juscelino, elegeu-se poderes. Goulart foi empossado no dia 7 de setembro de 1961, cabendo a
João Goulart, herdeiro político presuntivo de Vargas, que carreara o apoio Tancredo Neves a chefia do governo, como primeiro-ministro.
do PTB.
Governo João Goulart. Em pouco mais de um ano, sucederam-se três
Governo Juscelino Kubitschek. O qüinqüênio de Kubitschek voltou-se primeiros-ministros -- Tancredo Neves, Brochado da Rocha e Hermes Lima
para o desenvolvimento econômico e a política de industrialização. Expan- -- de atuação quase insignificante. Com apoio nas bases populares e
diu-se a infra-estrutura de rodovias, ferrovias e portos, energia elétrica, sindicalistas, Goulart conseguiu antecipar o plebiscito para janeiro de 1963
armazéns e silos. A fim de atenuar as disparidades regionais, Juscelino e reverteu facilmente o sistema para o presidencialismo. Goulart passou
criou a Superintendência do Desenvolvimento do Nordeste (Sudene) e então a manobrar para manter o apoio das bases populares e sindicais e
promoveu a interiorização, através de uma rede de estradas e da mudança ao mesmo tempo atrair as simpatias do centro político. Para isso, lançou o
da capital para Brasília. Nessa época, o centro de gravidade da economia plano trienal de desenvolvimento econômico e social, em que defendia
já se localizava no setor industrial. Iniciou-se a fase de implantação das conjuntamente as reformas de base, agrárias e urbanas, medidas antiinfla-
indústrias de bens de consumo duráveis e de bens de produção. Instala- cionárias clássicas e investimentos estrangeiros. O resultado foi exatamen-
ram-se as indústrias automobilística, de eletrodomésticos, de construção te o oposto. O plano foi atacado tanto pela esquerda quanto pelos conser-
naval, de mecânica pesada, de cimento, de papel e de celulose. vadores, todos preocupados mais com as implicações políticas que com os
No início da década de 1960, o modelo populista-desenvolvimentista, resultados práticos. O governo, atordoado pelas críticas de todos os lados e
que conseguira manter-se em clima de euforia e com poucos atritos inter-

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fustigado pelos problemas econômicos que se avolumavam, optou pelo São Paulo, Ademar de Barros, que além dos direitos políticos suspensos,
apoio das esquerdas. teve o mandato cassado.
Estas estavam constituídas pelo sistema sindical legal e paralegal, a- Outro fator de irritação foi a decisão de realizar, com base na nova lei
grupadas no Comando Geral dos Trabalhadores (CGT), no movimento eleitoral, eleição direta para governador em dez estados, dentre os quais a
estudantil e em pequenos blocos de matizes variados, desde as Ligas Guanabara, onde venceu Francisco Negrão de Lima, e Minas Gerais, que
Camponesas, fundadas pelo deputado Francisco Julião em Pernambuco, elegeu Israel Pinheiro, ambos candidatos de oposição. O presidente Caste-
até pequenos grupos de ativistas, vinculados a setores chegados ao presi- lo Branco empreendeu também, por meio do seu ministro do Planejamento,
dente. No lado oposto, crescia o movimento conspiratório dentro das forças Roberto Campos, a renovação do sistema tributário. Algumas conquistas
armadas, com o apoio dos setores mais ativos do empresariado industrial e dos trabalhadores oriundas do período Vargas, como a estabilidade do
rural, todos alarmados com as medidas que o governo tentava implantar: trabalhador, foram alteradas, por serem consideradas paternalistas e antie-
reforma agrária, limitação de remessa de lucros para o exterior, sindicaliza- conômicas.
ção rural; e com as manobras políticas que solicitava ao Congresso, como
a intervenção política no estado da Guanabara, para desarticular a conspi- Governo Costa e Silva. O general Artur da Costa e Silva assumiu o go-
ração golpista liderada por Lacerda, e o estado de sítio. verno em 15 de março de 1967, mas teve de deixá-lo em 31 de agosto de
1969, acometido de grave doença. Em seu curto governo, Costa e Silva
A classe média, que aguardava ansiosa a marcha dos acontecimentos, tratou de consolidar a ordem constitucional, dando cumprimento à carta de
começou a temer, embora ainda sem tomar declaradamente partido. Con- 1967, outorgada no momento de sua posse. Seu ministro da Fazenda,
tudo, o comício realizado por Goulart no dia 13 de março de 1964, diante Antônio Delfim Neto, executou uma política de dinamização da economia,
da estação da Estrada de Ferro Central do Brasil, no Rio de Janeiro, preci- com concessão de créditos e melhoria geral dos níveis salariais. Em seu
pitou os acontecimentos. As lideranças militares e empresariais e os seto- governo foi adotado também o plano nacional de comunicações, base da
res mais representativos da classe média uniram-se contra o governo, modernização do sistema brasileiro de comunicações. No campo dos
irritados menos pelas reformas do que pelos ataques dirigidos pelo deputa- transportes, intensificou-se a opção pelas rodovias, embora tenham-se
do Leonel Brizola contra o Congresso. Em Belo Horizonte e São Paulo iniciado alguns estudos com vistas ao aproveitamento das vias fluviais.
iniciaram-se grandes passeatas, promovidas por entidades da classe Foram também iniciados os estudos para a construção da ponte Rio-Niterói.
média, com apoio dos militares e empresários. Eram as "marchas da família
com Deus pela liberdade", que pediam a deposição do governo e o fim da Com Costa e Silva, o Exército passou a controlar mais diretamente o
maré montante subversiva e da corrupção administrativa. O estopim para o aparelho de estado, que sofrera no governo anterior um processo de mo-
golpe foi o motim dos marinheiros, no Rio de Janeiro, em 25 de março, que dernização burocrática e centralização administrativa. Ante as pressões
provocou a renúncia do ministro da Marinha. Em 31 de março, à noite, o oposicionistas, o início da resistência armada, a reativação do movimento
movimento militar eclodiu em Belo Horizonte e espalhou-se rapidamente estudantil e o surgimento de greves (numa mobilização das forças popula-
por todo o Brasil, praticamente sem reação da esquerda. Alguns políticos e res que durou todo o ano de 1968), agiu novamente a oposição interna ao
líderes esquerdistas foram presos, a maioria fugiu em debandada, e Gou- regime, o que resultou na crise militar de dezembro daquele ano, quando o
lart exilou-se no Uruguai. Congresso recusou o pedido de licença, feito pelo governo, para processar
o deputado Márcio Moreira Alves (MDB-RJ), que, em discurso, concitara o
Regime militar (1964-1985) país a não participar das comemorações pela independência, o que foi
interpretado como um ataque às forças armadas.
Num período de 21 anos, desde a deposição de Goulart, em 1964, até
1985, sucederam-se no poder cinco governos militares, todos empossados Seguiu-se a promulgação, em 13 de dezembro de 1968, do ato institu-
sem eleição popular. Para dar um mínimo de aparência de legalidade, os cional nº 5, que pôs em recesso o Congresso e todas as assembléias
"candidatos" submetiam-se à aprovação do Congresso, num jogo de resul- legislativas estaduais e renovou por período indefinido os poderes de
tados prévia e seguramente conhecidos. No entanto, ao tratar de evitar a exceção do presidente (autorização para governar por decreto e, de novo,
ruptura completa com os fundamentos constitucionais da democracia para cassar mandatos e suspender direitos políticos). Com o Congresso em
representativa, os militares mantiveram a periodicidade dos mandatos e a recesso, Costa e Silva encomendou ao vice-presidente Pedro Aleixo a
exigência de um mínimo de legitimidade, por meio das eleições indiretas elaboração de uma emenda que permitisse reabrir o Congresso e voltar à
para a presidência e vice-presidência da república e, posteriormente, para normalidade.
os governos estaduais e principais prefeituras. Mantiveram as casas legisla-
tivas e os calendários eleitorais, embora sujeitos a manipulações e restri- Entretanto, antes que pudesse assiná-la, o presidente foi vítima de uma
ções, e o alistamento eleitoral, que entre 1960 e meados da década de trombose cerebral e teve de ser afastado do governo. Imediatamente os
1990 registrou um aumento superior a 500%. ministros militares comunicaram a Pedro Aleixo que não lhe entregariam o
governo. Foi então constituída uma junta militar, formada pelos ministros do
Governo Castelo Branco. O primeiro presidente do governo militar foi o Exército, general Aurélio de Lira Tavares, da Marinha, Augusto Hamann
marechal Humberto de Alencar Castelo Branco, que governou até 1967, Rademaker Grünewald, e da Aeronáutica, Márcio de Sousa e Melo. A junta,
num regime de absoluta austeridade. O sistema partidário foi reorganizado em seu curto mandato, outorgou a emenda constitucional nº 1, na verdade
em dois partidos: a Aliança Renovadora Nacional (Arena), governista, e o um outro texto, que acentuou ainda mais o caráter ditatorial do regime: foi
Movimento Democrático Brasileiro (MDB), de oposição. Nada mais artificial eliminada a soberania do júri e decretada a pena de morte em tempos de
que esse esquema político, na verdade necessário apenas para coonestar paz, nos casos de "guerra psicológica adversa, revolucionária ou subversi-
o regime militar. O governo exercia-se na prática por meio dos atos institu- va". Pela emenda constitucional, o ato institucional nº 5 foi incorporado à
cionais, que foram sendo editados de acordo com as necessidades do constituição. Em 30 de outubro de 1969, a junta militar passou o poder ao
momento: o nº 1 suspendeu parcialmente a constituição de 1946 e facultou general Emílio Garrastazu Médici, então comandante do Terceiro Exército,
a cassação de mandatos parlamentares e a suspensão de direitos políticos; e que fora selecionado pelo alto comando do Exército e referendado pelo
o nº 2 renovou esses poderes e extinguiu os partidos políticos do passado; Congresso, especialmente reunido para esse fim.
o nº 3, de 5 de fevereiro de 1966, determinou a eleição indireta do presiden-
te e vice-presidente da república. Em janeiro de 1967 o Congresso aprovou Governo Médici. O governo do general Emílio Garrastazu Médici nota-
uma constituição previamente preparada pelo executivo e não submetida a bilizou-se por obras de grande porte, como as rodovias Transamazônica,
discussão. Perimetral Norte e Santarém-Cuiabá, assim como a ponte Rio-Niterói, e
concluiu um acordo para a construção da hidrelétrica de Itaipu e os pólos
Apesar do apoio militar maciço e de muitas das lideranças civis, Caste- petroquímicos da Bahia e São Paulo. Foram os tempos do chamado "mila-
lo Branco indispôs-se com três governadores que haviam conspirado a gre brasileiro", comandado pelo ministro da Fazenda, Antônio Delfim Neto,
favor do golpe militar, na esperança de chegar à presidência, e que se quando o país alcançou taxas de crescimento superiores a dez por cento, e
viram frustrados com a prorrogação do seu mandato, de 31 de janeiro de taxas inflacionárias de pouco mais de 14% ao ano. Somente com o passar
1966 para 15 de março de 1967. Foram eles o governador do estado da dos anos se revelariam os custos do milagre: a inflação reprimida voltou a
Guanabara, Carlos Lacerda, que teve os direitos políticos cassados, o passos largos e os empréstimos externos, que haviam financiado o cresci-
governador de Minas Gerais, José de Magalhães Pinto, e o governador de mento, implicaram taxas de juros elevadíssimas e a quase inadimplência do
país.

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No campo político, o governo Médici caracterizou-se por um combate a uma cirurgia cardíaca nos Estados Unidos, e foi substituído temporaria-
cerrado aos movimentos de resistência armada ao regime, que criaram mente pelo vice-presidente Aureliano Chaves, primeiro civil a ocupar a
focos de guerrilha e promoveram assaltos a bancos e seqüestros de em- presidência da república desde 1964.
baixadores. Entre 1969 e 1971 foram seqüestrados e trocados por presos
políticos os embaixadores dos Estados Unidos, Alemanha e Suíça. A No pleito de novembro de 1982 Franco Montoro, Leonel Brizola e Tan-
resposta do governo foi uma escalada da repressão, com uso da tortura credo Neves, todos de oposição, foram eleitos governadores, respectiva-
como método usual de interrogatório. Em maio de 1972, o sistema de mente, de São Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais. O governo Figueiredo
arbítrio foi reforçado com o estabelecimento de eleições indiretas para assimilou a derrota e garantiu a posse dos eleitos. Todavia, sofreu grande
governadores e vice-governadores dos estados. desgaste com a denúncia de escândalos financeiros, como os casos Ca-
pemi, Coroa-Brastel e Delfin, que representaram grandes prejuízos aos
Governo Geisel. Com o general Ernesto Geisel, que governou de 1974 cofres públicos, devido aos financiamentos sem garantias e a omissões de
a 1979, foram tomadas as primeiras medidas de suavização do regime, fiscalização. Além disso, o temperamento explosivo do presidente criou
entre elas a revogação do ato institucional nº 5. Pela primeira vez, no vários incidentes, que se somaram para desgastar sua imagem, embora ele
período militar, a oposição se fez ouvir, ao lançar como "anticandidato" o conduzisse com energia e coerência o processo de abertura.
presidente do MDB, deputado Ulisses Guimarães. Empossado em plena
crise mundial do petróleo, Geisel, que fora superintendente da refinaria Ao encerrar-se o governo Figueiredo, e com ele o período de 21 anos
Presidente Bernardes, membro do Conselho Nacional de Petróleo e presi- de regime militar, o país encontrava-se em situação econômica e financeira
dente da Petrobrás, iniciou imediatamente a exploração da plataforma das mais graves. A dívida externa alcançara tetos astronômicos, por força
submarina, que a médio e longo prazo mostrou excelentes resultados. dos juros exorbitantes. Emissões sucessivas destinadas a cobrir os déficits
Instituiu também os "contratos de risco", que permitiram a associação com do Tesouro aumentaram assustadoramente a dívida interna. Em março de
empresas estrangeiras, dotadas de capital e know-how, para explorar 1985, a taxa de inflação chegou a 234% anuais. No entanto, há pontos a
petróleo. creditar aos governos militares, como a redinamização da economia, que
alcançou altos níveis de crescimento, a modernização do país, principal-
O aumento da receita em divisas, com as exportações de café e soja e mente na área dos transportes e comunicações, o incremento das exporta-
o sucesso dos manufaturados brasileiros no exterior, aliviaram os proble- ções, e a política energética, sobretudo a criação do Proálcool e o aumento
mas econômicos do país no governo Geisel. Contudo, já não era mais dos investimentos na prospecção petrolífera, como resposta à crise mundial
possível sustentar a mística de crescimento acelerado. Na frente política, o de petróleo de 1973. Os resultados negativos foram a excessiva concentra-
sucesso do MDB nas eleições de 1974, que elegeu 16 senadores e 160 ção de renda, o aumento vertiginoso da dívida externa, o decréscimo
deputados federais, de um total de 364, e obteve maioria nas assembléias substancial do nível do salário real, o excessivo estatismo, a censura abso-
legislativas de cinco estados, entre eles São Paulo e Rio de Janeiro, levou luta aos meios de comunicação e a falta de representatividade do governo.
o governo a um certo retrocesso na prometida abertura política. Foi instituí- A tecnoburocracia, encastelada em Brasília, dirigiu a economia do país sem
do o mandato presidencial de seis anos e a nomeação de um terço do nenhuma consulta aos setores envolvidos, muitas vezes com resultados
Senado -- os chamados senadores "biônicos" -- pelo mesmo colégio eleito- desastrosos.
ral encarregado de escolher os governadores. Mas foram revogadas as
penas de morte e banimento, eliminada a censura prévia à imprensa e No campo da política externa, o Brasil havia adotado, a partir do gover-
extinta a todo-poderosa Comissão Geral de Investigações (CGI), que podia no Geisel, uma atitude mais crítica em relação às potências ocidentais. A
confiscar bens após processo sumário. O principal formulador das políticas política do "pragmatismo responsável", posta em vigor pelo chanceler
do governo Geisel foi o general Golbery do Couto e Silva, chefe do gabine- Antônio Francisco Azeredo da Silveira, significou na prática uma revisão do
te civil. Com essa abertura, denominada pelo próprio Geisel de "lenta, alinhamento automático e uma aproximação com os países do Terceiro
segura e gradual", foi possível encaminhar a sucessão. Mundo. Em 1975 foram estabelecidas relações diplomáticas com a China,
rompidas em 1964, e o Brasil votou na ONU a favor de uma resolução que
Governo Figueiredo. O último presidente militar foi o general João Ba- condenava o sionismo como forma de racismo e discriminação racial,
tista Figueiredo, eleito tranqüilamente contra a chapa que, apresentada contra o voto das potências ocidentais.
pelo MDB, tinha como candidato o general Euler Bentes. Na posse, o novo
presidente jurou "fazer deste país uma democracia", e realmente continuou No governo Figueiredo, a política externa foi entregue ao chanceler
o processo de abertura política e redemocratização. Seu primeiro ato foi a Ramiro Saraiva Guerreiro, que continuou a defender o princípio da não-
anistia política, que permitiu a volta ao país de alguns exilados de peso, intervenção e da autodeterminação dos povos. Durante a guerra das Malvi-
como Leonel Brizola, Luís Carlos Prestes e Miguel Arraes. Veio depois a nas, em 1982, o Brasil, que voltara a harmonizar suas relações com a
reforma partidária, que encerrou o bipartidarismo vigente. A Arena trans- Argentina, abaladas desde o projeto da hidrelétrica de Itaipu, manteve o
formou-se em Partido Democrático Social (PDS) e o MDB, obrigado a apoio às pretensões argentinas de soberania sobre as ilhas. O restabeleci-
mudar de sigla, optou por Partido do Movimento Democrático Brasileiro mento da liberdade de imprensa e dos direitos políticos, a anistia e outras
(PMDB). A sigla do PTB, Partido Trabalhista Brasileiro, foi dada à deputada medidas de abertura política melhoraram sensivelmente a imagem externa
Ivete Vargas, sob protesto de Brizola, que fundou então o Partido Democrá- do país.
tico Trabalhista (PDT). Tancredo Neves e Magalhães Pinto criaram o Parti- Normalização institucional
do Popular (PP). E Luís Inácio Lula da Silva, líder sindical dos metalúrgicos
do ABC paulista, fundou o Partido dos Trabalhadores (PT). O principal Governo Sarney. No final de 1983 iniciou-se o movimento pelas elei-
interlocutor e arquiteto da abertura no governo Figueiredo foi seu ministro ções diretas para presidente da república, conhecido como campanha das
da Justiça, Petrônio Portela. "diretas já". No decorrer de 1984 a campanha mobilizou milhões de pesso-
as, em gigantescos comícios e passeatas em todo o Brasil. Mesmo assim,
Figueiredo teve de suportar o inconformismo dos extremos: a extrema- a emenda constitucional nesse sentido, apresentada pelo deputado Dante
direita provocou vários atentados terroristas, o mais grave dos quais ocor- de Oliveira, do PMDB de Mato Grosso, não foi aprovada por falta de quó-
reu em 1981, no Riocentro, centro de exposições no Rio de Janeiro, onde rum. No dia da votação, o governo decretou o estado de emergência no
se realizava um show comemorativo do dia do Trabalho. No atentado Distrito Federal e em dez municípios de Goiás, inclusive Goiânia, e impediu
morreu um sargento e saiu ferido um capitão, que, segundo a versão oficial, a pressão dos manifestantes. Em junho de 1984, o senador José Sarney
estavam em missão de informações. O inquérito instaurado, como era renunciou à presidência do PDS e formou a Frente Liberal, que apoiou a
previsto, nada apurou, e o general Golbery pediu demissão em sinal de candidatura de Tancredo Neves à presidência. Em agosto, a Frente Liberal
protesto. e o PMDB uniram-se e Sarney foi escolhido como candidato a vice-
A esquerda procurou pressionar o projeto de anistia, a fim de que os presidente. Avolumaram-se as adesões à Frente, que depois transformou-
militares acusados de tortura e morte continuassem passíveis de processo se em Partido da Frente Liberal (PFL). No final do ano, o Colégio Eleitoral --
e punição. Estabeleceu-se, entretanto, um consenso político, aceito pela composto pelos membros do Congresso Nacional e por representantes das
opinião pública, segundo o qual a anistia deveria abranger a todos indistin- assembléias legislativas estaduais -- elegeu a chapa Tancredo Neves-José
tamente, de vez que os excessos haviam sido cometidos em ambas as Sarney, contra Paulo Maluf.
frentes. De setembro a novembro de 1981, Figueiredo teve de submeter-se

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O presidente eleito empreendeu uma viagem a vários países e ao vol- Paulo César Cavalcanti Farias, tesoureiro da campanha presidencial de
tar dedicou-se à organização do seu governo. Entretanto, na véspera da Collor.
data marcada para sua posse, Tancredo foi internado num hospital de
Brasília, para uma cirurgia. Em seu lugar, tomou posse, interinamente, o O processo avolumou-se rapidamente, e logo multidões saíram em
vice José Sarney. Depois de prolongada agonia, Tancredo veio a falecer passeatas pelas ruas para exigir o impeachment. Em 29 de setembro, ao
em São Paulo, em 21 de abril de 1985, e um sentimento geral de frustração fim de uma tensa Comissão Parlamentar de Inquérito iniciada em junho, a
tomou conta do país. Todas as expectativas concentraram-se então em Câmara dos Deputados autorizou o Senado Federal a processar o presi-
implementar o plano de governo por ele anunciado. Em linhas gerais, o seu dente por crime de responsabilidade; em 2 de outubro, Collor foi afastado e
plano condenava qualquer atitude revanchista, pregava a união nacional, a o vice-presidente Itamar Franco assumiu interinamente a presidência. Em
normalização institucional em moldes democráticos e a retomada do de- 29 de dezembro, pouco depois de iniciado seu julgamento pelo Senado,
senvolvimento. Collor renunciou e Itamar foi confirmado em definitivo no cargo.

Sarney sabiamente escolheu uma posição de modéstia, que atraiu a Governo Itamar Franco. Itamar tornou-se presidente num dos momen-
simpatia popular. Manteve os ministros escolhidos por Tancredo e encam- tos mais graves da história brasileira. Além da crise política que colocou à
pou suas idéias básicas de formar um pacto nacional para a redemocrati- prova a estabilidade das instituições, o país enfrentava também grandes
zação do país, no período de governo civil que se iniciava, e que ficou dificuldades na área econômica, com recessão, desemprego e crescente
conhecido como Nova República. Em julho de 1985 o Congresso aprovou inflação. Logo que assumiu, ainda interino, Itamar nomeou novo ministério
proposta do presidente no sentido de convocar uma Assembléia Nacional (de caráter multipartidário, para tentar garantir apoio do Congresso) e
Constituinte, a ser formada pelos parlamentares que seriam eleitos em baixou medida provisória destinada a reverter a centralização administrativa
novembro de 1986. O sistema partidário ampliou-se e passou a abrigar estabelecida pelo governo Collor: superministérios como os da Economia,
várias legendas novas, até mesmo de partidos de esquerda, antes na Fazenda e Planejamento e o da Infra-estrutura foram desmembrados. O
clandestinidade. Em novembro de 1985 foram realizadas eleições para as novo mandatário também tomou iniciativas destinadas a moralizar a admi-
capitais dos estados e para os municípios considerados áreas de seguran- nistração pública, tais como a criação do Centro Federal de Inteligência
ça nacional. Embora vencedor em 16 das 23 capitais, entre elas Belo (CFI).
Horizonte, o PMDB perdeu em centros importantes como São Paulo, Rio de Em outubro e novembro de 1992 realizaram-se em todo o país eleições
Janeiro, Porto Alegre, Recife e Fortaleza. municipais; os partidos de esquerda foram os mais beneficiados. Em 21 de
O governo, assediado pelas crescentes taxas de inflação, substituiu o abril de 1993 os eleitores retornaram às urnas para decidir sobre o sistema
ministro da Fazenda, Francisco Dornelles, pelo empresário Dílson Funaro. e a forma de governo, como previra a constituição de 1988: venceu a
Em fevereiro de 1986 foi lançado o Programa de Estabilização Econômica, república presidencialista. O ano de 1993 foi marcado ainda por denúncias
que ficou conhecido como "Plano Cruzado", em alusão à nova moeda de corrupção e banditismo na Comissão de Orçamento do Congresso
criada, o cruzado. Os preços foram congelados e os salários fixados pela Nacional, envolvendo aproximadamente duas dezenas de parlamentares. O
média dos últimos seis meses. Foi extinta a correção monetária e criado o fato levou à criação de uma Comissão Parlamentar de Inquérito que teve
seguro-desemprego. O governo recebeu amplo apoio popular, sobretudo como presidente o senador Jarbas Passarinho e como relator o deputado
na fiscalização dos preços. No entanto, a especulação, a cobrança de ágio Roberto Magalhães.
e as remarcações de preços acabaram por desgastar o plano, reformulado Ansioso por mostrar resultados no combate à inflação, Itamar acabou
várias vezes. batendo o recorde de nomear quatro ministros da Fazenda (Gustavo Krau-
Empossada a Assembléia Nacional Constituinte, Sarney mobilizou-se se, Paulo Haddad, Eliseu Resende e Fernando Henrique Cardoso) em sete
para assegurar o sistema presidencialista e garantir o mandato de cinco meses. Fernando Henrique, sociólogo e senador, que antes ocupava a
anos, que os constituintes queriam reduzir para quatro. As manobras de pasta das Relações Exteriores, começou por mudar a moeda de cruzeiro
bastidores, noticiadas pela imprensa, com trocas de favores por votos, para cruzeiro real, com o corte de três zeros. Em seguida, o ministro e sua
desgastaram a imagem presidencial, agravada pelo aumento da inflação, equipe elaboraram um plano de combate gradativo à inflação que previa o
que voltou aos patamares do início do governo. Em 5 de outubro de 1988 emprego de uma unidade monetária provisória (a Unidade Real de Valor,
foi promulgada a nova constituição, que trouxe um notável avanço no urv) em antecipação ao lançamento de uma moeda forte, o real. No final de
campo dos direitos sociais e trabalhistas: qualificou como crimes inafiançá- abril de 1994, Cardoso deixou o Ministério da Fazenda para concorrer à
veis a tortura e as ações armadas contra o estado democrático e a ordem presidência da república nas eleições de outubro.
constitucional; determinou a eleição direta do presidente, governadores e Governo Fernando Henrique Cardoso. Lançado o real em 1º de julho e
prefeitos dos municípios com mais de 200.000 habitantes em dois turnos, com a estabilidade econômica que se seguiu, a popularidade de Fernando
no caso de nenhum candidato obter maioria absoluta no primeiro; e ampliou Henrique Cardoso, o que lhe permitiu derrotar Luís Inácio Lula da Silva logo
os poderes do Congresso. no primeiro turno da eleição, com 54,30% dos votos válidos contra 27,97%.
No final de 1989, o governo Sarney atingiu um desgaste impressionan- No Congresso, a coalizão de Cardoso assegurou 36% das cadeiras da
te. A inflação chegou a cinqüenta por cento ao mês e foi trazida de volta a Câmara e 41% das do Senado. Enquanto isso, o governo tomava uma
correção monetária. Nesse clima de insatisfação e de temor de um proces- série de medidas para proteger a nova moeda, como a restrição ao crédito
so hiperinflacionário, foi realizada a primeira eleição presidencial direta em (para coibir excesso de consumo) e liberalização das importações (para
29 anos. Apresentaram-se 21 candidatos, entre eles Aureliano Chaves, evitar desabastecimento e estimular a concorrência).
Leonel Brizola, Paulo Maluf e Ulisses Guimarães. Mas o segundo turno foi Empossado em 1º de janeiro de 1995, Fernando Henrique Cardoso
decidido entre os pólos extremos: Luís Inácio Lula da Silva, do PT, e o mobilizou sua base de apoio para aprovar várias reformas constitucionais.
jovem ex-governador de Alagoas, Fernando Collor de Melo, do Partido de A estabilidade monetária ajudou o governo a quebrar o monopólio da
Reconstrução Nacional (PRN). Collor elegeu-se com uma diferença superi- Petrobrás na exploração de petróleo e privatizar diversas estatais, incluindo
or a quatro milhões de votos. a Vale do Rio Doce e o sistema Telebrás. Também foi aprovado o fim da
Governo Collor. Tão logo assumiu o governo, em 15 de março de 1990, estabilidade dos servidores públicos e alteraram-se as regras para conces-
Collor baixou o mais drástico pacote econômico da história do país, que são de aposentadorias.
bloqueou cerca de dois terços do dinheiro circulante. A inflação, após súbita Em 1997, o governo fez aprovar a emenda constitucional que autoriza-
queda, voltou a subir. A ministra da Economia, Zélia Cardoso de Melo, foi va a reeleição do presidente da república, governadores e prefeitos. O
substituída por Marcílio Marques Moreira. Para os Ministérios da Justiça e último ano do governo Fernando Henrique foi o mais difícil, devido ao
da Saúde, foram convidados, respectivamente, Célio Borja e Adib Jatene. aumento do desemprego e a uma forte perda de divisas, em decorrência da
Com esses nomes, de excelente reputação moral e competência profissio- crise financeira mundial. Isso obrigou o governo a anunciar um acordo com
nal, Collor tentou reaver credibilidade para seu governo. Nesse momento o fmi que levaria a um duro conjunto de medidas econômicas. Contudo, o
começaram as denúncias de corrupção em vários ministérios, que culmina- presidente conseguiu se reeleger no primeiro turno do pleito presidencial,
ram com as acusações, feitas pelo próprio irmão do presidente, Pedro em 15 de outubro de 1998, derrotando novamente Luís Inácio Lula da Silva
Collor de Melo, de um gigantesco esquema de corrupção, capitaneado por com 53,06% dos votos válidos contra 31,71% do candidato do pt.

Conhecimentos Gerais 25 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
No dia 1º de janeiro de 2011, Dilma Rousseff assumiu a Presidência da importantes na administração estatal, passavam a ter um peso social mais
República, tornando-se a primeira mulher a assumir o posto de chefe de significativo.
Estado, e também de governo, em toda a história do Brasil.
No plano político, o controle estatal ficava nas mãos da oligarquia rural
Instituições políticas e comercial, que decidia a sucessão presidencial na base de acordos de
interesses regionais. A grande maioria do povo tinha uma participação
Poder executivo. O Brasil é uma república federativa de tipo presiden- insignificante no processo eleitoral e político. A essa estrutura social e
cialista, com 26 estados e um distrito federal. A constituição em vigor, a política correspondia uma estrutura governamental extremamente descen-
oitava desde a independência, foi promulgada em 5 de outubro de 1988. O tralizada, típica do modelo de domínio oligárquico.
poder executivo federal é exercido pelo presidente da república, eleito por
sufrágio direto, em eleição de dois turnos, e substituído em seus impedi- Durante a década de 1930 esse quadro foi sendo substituído por um
mentos pelo vice-presidente. Colaboram com o chefe do executivo os modelo centralizador, cujo controle ficava inteiramente nas mãos do presi-
ministros de estado, por ele nomeados. No plano estadual, o poder executi- dente da república. Tão logo assumiu o poder, Getúlio Vargas baixou um
vo é exercido pelo governador, substituído em seus impedimentos pelo decreto que lhe dava amplos poderes governamentais e até mesmo legisla-
vice-governador, e auxiliado por seus secretários de estado; e no plano tivos, o que abolia a função do Congresso e das assembléias e câmaras
municipal, pelo prefeito, substituído em seus impedimentos pelo vice- municipais. Ao invés do presidente de província, tinha-se a figura do inter-
prefeito, e auxiliado pelos secretários municipais. As unidades da federação ventor, diretamente nomeado pelo chefe do governo e sob suas ordens.
subdividem-se em municípios. A sede de cada município toma seu nome e Essa tendência centralizadora adquiriu novo ímpeto com o golpe de 1937.
tem oficialmente a categoria de cidade. A partir daí, a União passou a dispor de muito mais força e autonomia em
relação aos poderes estaduais e municipais. O governo central ficou com
Poder legislativo. O poder legislativo é exercido, no âmbito federal, pelo competência exclusiva sobre vários itens, como a decretação de impostos
Congresso Nacional, composto pelo Senado e pela Câmara dos Deputa- sobre exportações, renda e consumo de qualquer natureza, nomear e
dos. Os membros do Senado (três por unidade da federação), eleitos para demitir interventores e, por meio destes, os prefeitos municipais, arrecadar
mandatos de oito anos, são representantes dos estados e do distrito fede- taxas postais e telegráficas etc. Firmou-se assim a tendência oposta à
ral; o Senado é renovado a cada quatro anos, na primeira vez em um terço estrutura antiga.
de seus membros e da segunda vez nos dois terços restantes. A Câmara
dos Deputados é formada por representantes do povo, em número propor- Outra característica do processo foi o aumento progressivo da partici-
cional à população de cada estado e do distrito federal, procedendo-se aos pação das massas na atividade política, o que corresponde a uma ideologi-
ajustes necessários no ano anterior às eleições, a fim de que nenhuma das zação crescente da vida política. No entanto, essa participação era molda-
unidades da federação tenha menos de oito ou mais de setenta deputados. da por uma atitude populista, que na prática assegurava o controle das
A eleição dos congressistas é direta. massas pelas elites dirigentes. Orientadas pelas manobras personalistas
dos dirigentes políticos, as massas não puderam dispor de autonomia e
Na esfera estadual, o poder legislativo é exercido pelas assembléias organização suficientes para que sua participação pudesse determinar uma
legislativas, cujo número de deputados corresponderá ao triplo da repre- reorientação político-administrativa do governo, no sentido do atendimento
sentação do estado na Câmara dos Deputados e, atingido o número de 36, de suas reivindicações. Getúlio Vargas personificou a típica liderança
será acrescido de tantos quantos forem os deputados federais acima de 12. populista, seguida em ponto menor por João Goulart e Jânio Quadros.
Os deputados estaduais são eleitos para mandatos de quatro anos. No
âmbito municipal, funcionam as câmaras municipais, cujo número de vere- Sociedade moderna. O processo de modernização iniciou-se de forma
adores é proporcional à população do município, observados os seguintes mais significativa a partir da década de 1950. Os antecedentes centraliza-
limites: mínimo de nove e máximo de 21 nos municípios de até um milhão dores e populistas condicionaram uma modernização pouco espontânea,
de habitantes; mínimo de 33 e máximo de 41 nos municípios com mais de marcadamente tutelada pelo estado. No espaço de três décadas, a fisio-
um milhão e menos de cinco milhões de habitantes; e mínimo de 42 e nomia social brasileira mudou radicalmente. Em 1950, cerca de 55% da
máximo de 55 nos municípios com mais de cinco milhões de habitantes. população brasileira vivia no campo, e apenas três cidades tinham mais de
500.000 habitantes; na década de 1990, a situação se alterara radicalmen-
Poder judiciário. O poder judiciário é constituído pelos seguintes ór- te: 75,5% da população vivia em cidades. A industrialização e o fortaleci-
gãos: Supremo Tribunal Federal (stf), Superior Tribunal de Justiça (stj), mento do setor terciário haviam induzido uma crescente marcha migratória
tribunais regionais federais e juízes federais, tribunais e juízes do trabalho, em dois sentidos: do campo para a cidade e do norte para o sul. Em termos
tribunais e juízes eleitorais, tribunais e juízes militares, e tribunais e juízes de distribuição por setores, verifica-se uma forte queda relativa na força de
dos estados, do distrito federal e dos territórios. Tanto o stf quanto os trabalho empregada no setor primário.
tribunais superiores -- como o Tribunal Superior do Trabalho (tst), o Tribunal
Superior Eleitoral (tse) e o Superior Tribunal Militar (stm) -- têm sede na O segundo governo Vargas (1951-1954) e o governo Juscelino Kubits-
capital federal e jurisdição sobre todo o território nacional. O stf é composto chek (1956-1960) foram períodos de fixação da mentalidade desenvolvi-
de 11 ministros e tem como competência precípua a guarda da constitui- mentista, de feição nacionalista, intervencionista e estatizante. No entanto,
ção. O stj compõe-se de, no mínimo, 33 ministros. foram também períodos de intensificação dos investimentos estrangeiros e
de participação do capital internacional. A partir do golpe militar de 1964,
Relações internacionais. O Brasil é um dos membros fundadores da estabeleceu-se uma quebra na tradição populista, embora o governo militar
Organização das Nações Unidas (onu), na qual foi admitido em 24 de tenha continuado e até intensificado as funções centralizadoras já observa-
outubro de 1945. Participa de 32 comissões internacionais da onu e de das, tanto na formação de capital quanto na intermediação financeira, no
diversos outros organismos internacionais, como a Organização dos Esta- comércio exterior e na regulamentação do funcionamento da iniciativa
dos Americanos (oea), a Associação Latino-Americana de Integração privada. As reformas institucionais no campo tributário, monetário, cambial
(aladi) e do Mercado Comum do Cone Sul (Mercosul). e administrativo levadas a efeito sobretudo nos primeiros governos milita-
Sociedade res, ensejaram o ambiente propício ao crescimento e à configuração mo-
derna da economia. Mas não se desenvolveu ao mesmo tempo uma vida
As bases da moderna sociedade brasileira remontam à revolução de política representativa, baseada em instituições estáveis e consensuais.
1930, marco referencial a partir do qual emerge e implanta-se o processo Ficou assim a sociedade brasileira marcada por um contraste entre uma
de modernização. Durante a República Velha (ou primeira república), o economia complexa e uma sociedade à mercê de um estado atrasado e
Brasil era ainda o país essencialmente agrícola, em que predominava a autoritário.
monocultura. O processo de industrialização apenas começava, e o setor
de serviços era muito restrito. A chamada "aristocracia rural", formada pelos Ao aproximar-se o final do século xx, a sociedade brasileira apresenta-
senhores de terras, estava unida à classe dos grandes comerciantes. Como va um quadro agudo de contrastes e disparidades, que alimentavam fortes
a urbanização era limitada e a industrialização, incipiente, a classe operária tensões. O longo ciclo inflacionário, agravado pela recessão e pela inefici-
tinha pouca importância na caracterização da estrutura social. A grande ência e corrupção do aparelho estatal, aprofundou as desigualdades soci-
massa de trabalhadores pertencia à classe dos trabalhadores rurais. So- ais, o que provocou um substancial aumento do número de miseráveis e
mente nas grandes cidades, as classes médias, que galgavam postos gerou uma escalada sem precedentes da violência urbana e do crime
organizado. O desânimo da sociedade diante dos sucessivos fracassos dos

Conhecimentos Gerais 26 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
planos de combate à inflação e de retomada do crescimento econômico mente técnicos, poderiam ser supridos por cursos profissionalizantes e
criavam um clima de desesperança. O quadro se complicava com a carên- complementados com a prática profissional.
cia quase absoluta nos setores públicos de educação e saúde, a deteriora-
ção do equipamento urbano e da malha rodoviária e a situação quase No final do século xx, o Ministério da Educação criou a Comissão Na-
falimentar do estado. cional de Avaliação de Universidades, com a finalidade de acompanhar o
panorama acadêmico e incentivar a auto-avaliação e a avaliação externa
Educação das escolas. A despeito da crise, algumas universidades brasileiras apre-
sentavam níveis de excelência em muitos dos seus cursos, como a Univer-
Os problemas da educação no Brasil estão afetos, em nível nacional, sidade de São Paulo (usp) e a Universidade de Campinas (Unicamp),
ao Ministério da Educação, que funciona por meio das delegacias sediadas ambas públicas e estaduais, e as universidades federais de Viçosa (ufv), do
nas capitais dos estados. Em nível estadual e municipal, às secretarias de Rio de Janeiro (ufrj) e de Santa Catarina (ufsc); a Fundação Getúlio Vargas
Educação. (fgv), a Universidade Nacional de Brasília (UnB) e algumas particulares,
O modelo de substituição de importações, adotado desde o governo como a Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (puc), o Instituto
Juscelino Kubitschek e reforçado no período militar, deu prioridade apenas Metodista de Ensino Superior de São Bernardo do Campo (ims) e o Instituto
ao ensino superior, a fim de melhor preparar a elite para gerir as grandes de Matemática Pura e Aplicada (impa), localizado no Rio de Janeiro e
obras de infra-estrutura e absorver rapidamente tecnologias importadas. A subordinado ao Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecno-
ausência de uma perspectiva em que a educação das massas fosse vista lógico (cnpq).
como complemento indispensável à formação e ao fortalecimento de um Saúde
estado nacional explica em parte a falência geral do ensino de primeiro e
segundo graus no Brasil. Todos os problemas ligados à saúde, desde a prevenção de surtos e-
pidêmicos e o controle de endemias, até a fabricação de medicamentos e a
No campo da educação de base, foi criado no governo Costa e Silva, fiscalização do exercício da medicina e de outras profissões paramédicas,
em 1967, o Movimento Brasileiro de Alfabetização (Mobral), com a meta de estão afetos em nível nacional ao Ministério da Saúde e, em nível estadual
alfabetizar adultos, na faixa de 12 a 35 anos. Sem atuar diretamente na e municipal, às secretarias de Saúde. Na linha adotada pela constituição de
alfabetização, o Mobral orientava, supervisionava, coordenava e financiava 1988, as ações e serviços de saúde pública passaram a obedecer a uma
supletivamente tudo que fosse feito nesse sentido pelo município ou comu- política de descentralização, visando o atendimento integral, com prioridade
nidade interessada. O programa propunha-se à extinção do analfabetismo, para as atividades preventivas. Foi assim constituído um Sistema Único de
ou pelo menos a sua redução para um nível residual inferior a dez por Saúde (sus), com a finalidade de controlar e fiscalizar produtos, procedi-
cento, índice considerado satisfatório pela unesco. Mas tanto o Mobral mentos e substâncias de interesse para a saúde, executar vigilância sanitá-
quanto a Fundação Educar, que o substituiu, e o Plano Nacional de Alfabe- ria, ordenar a formação de recursos humanos na área de saúde, participar
tização e Cidadania (pnac), criado no governo Collor, ficaram muito aquém da política de saneamento básico, incrementar o desenvolvimento científico
do pretendido, e o número de analfabetos continuou bastante elevado. e tecnológico e colaborar na proteção do meio ambiente. A Central de
A partir da redemocratização, iniciou-se no Rio de Janeiro, por iniciativa Medicamentos (Ceme) encarrega-se da compra de matéria-prima e fabrica-
do governo Leonel Brizola, um plano do sociólogo Darci Ribeiro, com ção de medicamentos básicos, a serem repassados à população carente
projeto arquitetônico de Oscar Niemeyer, denominado Centro Integrado de através do sus. A previdência está centralizada no Ministério da Previdên-
Educação Pública (ciep). Cada unidade se destina a oferecer educação cia, que age por meio do Sistema Nacional da Previdência e Assistência
integral aos alunos da rede pública, além de quadras de esporte e refei- Social (Sinpas), criado em 1976, e que atua através do Instituto Nacional de
ções. No governo Fernando Collor, esse projeto foi ampliado em escala Seguro Social (inss), responsável pela arrecadação de contribuições e
nacional para o Centro Integrado de Apoio à Criança (ciac), projeto ainda pagamento de benefícios.
mais ambicioso e destinado aos mesmos fins. Tanto um como outro projeto, A intenção de casar a ação pública à participação comunitária, expres-
porém, não deram a mesma atenção aos problemas cruciais do corpo sa nos artigos constitucionais que definem o sus, esbarrou na dificuldade
docente, desde sua preparação e treinamento até sua remuneração em em obter o concurso efetivo da comunidade, devido à desconfiança genera-
níveis condizentes com a importância do magistério. A profissão tornou-se lizada em relação ao sistema. A municipalização visava criar sistemas
assim uma espécie de emprego complementar, no qual o profissional não locais inseridos no contexto comunitário, de forma a facilitar o acesso dos
tem condições de investir o tempo adequado. usuários ao atendimento médico e permitir que o próprio usuário participe
Segundo dados estatísticos do final do século xx, mantido o ritmo ob- do controle de qualidade do sistema. Mas ao cabo de apenas uma década
servado por ocasião da pesquisa, o país somente conseguiria dar o primei- de implantação, verificou-se que o sus não só falhara em obter tal partici-
ro grau completo a 95% de sua juventude por volta do ano 2100; e o se- pação, como na maioria dos casos, a transferência para a autoridade
gundo grau completo para noventa por cento de uma geração, no ano estadual e municipal da gerência das unidades médico-hospitalares resul-
3080. Como esses percentuais eram já observados nos países desenvolvi- tou no sucateamento e quase abandono de tais unidades. Dessa forma, ao
dos e nos países do bloco denominado "tigres asiáticos", os dados coloca- final do século xx o país apresentava um quadro de saúde extremamente
vam o Brasil em uma situação de falência em relação ao problema. O deteriorado e com disparidades aberrantes: as regiões Sul e Sudeste
quadro agravou-se com o aumento das disparidades entre a rede pública e concentravam 55% dos 6.532 hospitais existentes; 35% de toda a rede
a particular, essa última somente franqueada às famílias de poder aquisitivo estava instalada nos estados de São Paulo, Minas Gerais e Paraná; do
muito acima da média brasileira. Em termos práticos, a conseqüência foi a total da população brasileira, 76% serviam-se da precária rede de medicina
elitização vertiginosa do ensino. pública, e desse percentual, 35% eram miseráveis, outros 21% possuíam
planos supletivos de saúde e apenas 3% tinham acesso a médicos particu-
Ensino superior. A expansão, a partir de 1971, do ensino superior des- lares.
tinou-se a resolver dois problemas básicos: por um lado, formar recursos
intelectuais suficientes para a demanda de quadros que deveria ser sempre O Brasil ocupava no início da década de 1990 o 63º lugar na lista dos
crescente, a julgar pela euforia dos planos de crescimento econômico; por países que mais investiam em saúde. Mas ao mesmo tempo em que a
outro lado, deter a avalanche de protestos da classe estudantil, para a qual população crescia, diminuíam os recursos destinados à área. Nesse qua-
a exigüidade de vagas na rede pública de ensino superior fechava qualquer dro, a saúde pública no Brasil padecia de uma fraca medicina preventiva e
possibilidade de acesso às melhores fatias do mercado de trabalho. O de péssimas condições de higiene para a grande maioria da população, o
resultado dessa política foi a proliferação de cursos superiores isolados, que explica por que muitas epidemias tornaram-se endêmicas, como ocor-
depois transformados em universidades, na maioria dos casos sem os reu com a cólera na primeira metade da década de 1990. O atendimento
requisitos acadêmicos mínimos. O corpo docente, recrutado às pressas e hospitalar público era precário, com permanente falta de medicamentos e
sem um critério seletivo rigoroso, encontrou nessas novas unidades de equipamentos mínimos, agravada pela baixa remuneração dos médicos,
ensino grande deficiência de equipamentos e recursos didáticos. Para a enfermeiros e outros profissionais de saúde e pela má gerência dos recur-
universidade pública, além do inchamento do quadro funcional, foram sos existentes. ©Encyclopaedia Britannica do Brasil Publicações Ltda.
incluídos cursos de pouco conteúdo acadêmico, que por serem eminente-

Conhecimentos Gerais 27 A Opção Certa Para a Sua Realização


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Descobertas e inovações científicas na atualidade e seus im- sobre o funcionamento desse processo encontra-se exatamente nessas
pactos na sociedade contemporânea. peças.
3 – Desafiando as leis de Newton
Há pouco tempo, uma notícia causou grande furor no mundo científico.
Aparentemente, os pesquisadores do CERN (Organização Europeia para a Materiais com bizarras propriedades ópticas e que possuem caracterís-
Pesquisa Nuclear) conseguiram “encontrar” o chamado Bóson de Higgs — ticas que não são encontradas em elementos da natureza. Ou, em outras
ou a “partícula de Deus”, que seria a origem de toda matéria existente no palavras, os chamados metamateriais — tecnologia utilizada por físicos e
universo. O anúncio de tal descoberta esteve entre as principais notícias do engenheiros para a manipulação e orientação da luz, criando lentes que
mês, gerando polêmica e grande interesse de várias pessoas de diferentes superam os limites de outras lentes comuns.
países.
Além do Bóson de Higgs, outras pesquisas científicas também ganha-
ram notoriedade e admiração por apresentarem resultados surpreendentes.
Entre elas está a possível descoberta de água líquida em Marte pela NASA,
assim como a provável detecção da matéria escura — que é responsável
pela gravidade que mantém as galáxias unidas, sendo um dos grandes
mistérios da Física.
Mas quais seriam as outras descobertas recentes que, apesar de não
terem recebido um grande espaço na mídia, são igualmente importantes?
O Tecmundo listou algumas das pesquisas mais interessantes dos últimos
tempos que, além de responderem a diversas questões formidáveis, tam-
bém podem mudar a ciência como a conhecemos.
1 – O DNA dos neandertais sobrevive em nossos genes
Um estudo genético apresentado há dois anos comprovou que nossos
ancestrais Homo sapiens cruzaram com neandertais e que, por isso, estes
últimos sobrevivem até hoje no DNA dos humanos. Os testes ainda aponta-
ram que a maioria das pessoas que não são de ascendência africana
(como europeus e asiáticos) possuem até 4% de DNA vindo de uma origem
neandertal.

Ilustração mostra a luz passando diretamente pelos materiais, efeito


causado pelos metamateriais (Fonte da imagem: Reprodução/Wikimedia
Commons)
Com os metamateriais, os cientistas pretendem utilizar as propriedades
ópticas não convencionais (que desafiam também as leis da física) para
criar objetos incríveis — como "capas de invisibilidade" a partir de efeitos de
camuflagem.
4 – Células “reprogramadas” poderão criar tecidos e órgãos
Um dos grandes avanços na área da saúde está na “reprogramação”
de células adultas. Com esta conquista, os cientistas conseguiram trans-
Os neandertais continuam entre nós. (Fonte da ima- formar células de pele ou sangue nas chamadas “células pluripotentes” —
gem: Reprodução/Wired) que possuem o potencial de se tornar qualquer tipo de célula existente no
Além disso, o estudo apresentou que não seriam apenas os neander- organismo.
tais a viverem em nós — também foram descobertos resquícios genéticos
dos denisovans, os “primos” dos neandertais. Tal descoberta também foi
importante por nos mostrar que o Homo sapiens não seria o produto de
uma linhagem pura e longa, mas uma mistura hominídea.
2 – Desvendando a “matéria escura” do nosso corpo
O RNA era visto como uma “matéria escura” do DNA, pois a complexi-
dade de seu papel como “mensageiro” em levar, na forma de genes, as
instruções necessárias para a produção de proteínas ainda era um mistério
para a ciência.
No entanto, aparentemente, uma “luz” caiu sobre essa questão — já
que os cientistas acreditam terem compreendido melhor o papel do RNA
como uma peça com grande influência na forma que os genomas operam
em nosso organismo.
Além disso, eles também perceberam que o “DNA lixo” (pedaços que
eram classificados como pouco úteis e que são encontrados entre os genes
“transportados” pelo RNA) passou a fazer um papel importante na regula-
ção dos genes — especialmente por alguns acreditarem que a verdade

Conhecimentos Gerais 28 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
Fonte: Science, The Guardian e Wired

Meio ambiente e sociedade: problemas, políticas públicas,


organizações não governamentais, aspectos locais e aspectos
globais.

Meio Ambiente.
O meio ambiente[a], comumente chamado apenas de ambiente,
envolve todas as coisas vivas e não-vivas ocorrendo na Terra, ou em
alguma região dela, que afetam os ecossistemas e a vida dos humanos. É
o conjunto de condições, leis, influências e infra-estrutura de ordem física,
química e biológica, que permite, abriga e rege a vida em todas as suas
formas.
O conceito de meio ambiente pode ser identificado por seus
componentes:
Completo conjunto de unidades ecológicas que funcionam como um
sistema natural, mesmo com uma massiva intervenção humana e de outras
espécies do planeta, incluindo toda
avegetação, animais, microorganismos, solo, rochas, atmosfera e fenômen
os naturais que podem ocorrer em seus limites.
Recursos naturais e fenômenos físicos universais que não possuem
um limite claro, como ar,água, e clima, assim
como energia, radiação, descarga elétrica e magnetismo, que não são
originados por atividades humanas.
Na Conferência das Nações Unidas sobre o Meio Ambiente celebrada
em Estocolmo, em 1972, definiu-se o meio ambiente da seguinte forma: "O
meio ambiente é o conjunto de componentes físicos, químicos, biológicos e
Células sanguíneas podem ser reprogramadas para atuarem em outras sociais capazes de causar efeitos diretos ou indiretos, em um prazo curto
partes do corpo (Fonte da imagem: Reprodução/Wikimedia Commons) ou longo, sobre os seres vivos e as atividades humanas."

Tal descoberta é um grande passo para o tratamento de doenças ra- A Política Nacional do Meio Ambiente (PNMA) brasileira, estabelecida
ras, pois os cientistas já estão utilizando a técnica na produção de linhas de pela Lei 6938 de 1981, define meio ambiente como "o conjunto de
células voltadas a determinados pacientes. Além disso, outros genes são condições, leis, influências e interações de ordem física, química e
capazes de transformar as células da pele em neurônios ou até mesmo em biológica, que permite, abriga e rege a vida em todas as suas formas".
células de sangue. Outro grande objetivo deste tipo de técnica está em Composição
poder auxiliar transplantes, criando e substituindo tecidos, células e órgãos.
As ciências da Terra geralmente reconhecem quatro esferas,
5 – 9 a cada 10 células do nosso corpo são de micróbios a litosfera, a hidrosfera, a atmosfera e a biosfera, correspondentes
Há alguns anos, os cientistas vêm aprofundando as análises quanto à respectivamente às rochas, água, ar e vida. Alguns cientistas incluem,
interação entre os micróbios e os nossos corpos. Aparentemente, criou-se a como parte das esferas da Terra, a criosfera (correspondendo ao gelo)
teoria de que eles, por fim, fazem realmente parte de nós — já que nove a como uma porção distinta da hidrosfera, assim como
cada dez células que possuímos são células microbianas. E isso não é algo a pedosfera (correspondendo ao solo) como uma esfera ativa.
ruim, acredite. Ciências da Terra é um termo genérico para as ciências relacionadas
ao planeta Terra. Há quatro disciplinas principais nas ciências da
Terra: geografia, geologia, geofísica e geodésia. Essas disciplinas
principais usam física, química, biologia, cronologia e matemática para criar
um entendimento qualitativo e quantitativo para as áreas principais
ou esferas do "sistema da Terra".
Atividade geológica
A crosta da Terra, ou litosfera, é a superfície sólida externa do planeta
e é química e mecanicamente diferente do manto do interior. A crosta tem
sido gerada largamente pelo processo de criação das rochas ígneas, no
qual o magma (rocha derretida) se resfria e se solidifica para formar rocha
sólida. Abaixo da litosfera se encontra o manto no qual é aquecido
pela desintegração dos elementos radioativos. O processo de convecção
faz as placas da litosfera se moverem, mesmo lentamente. O processo
resultante é conhecido como tectonismo. Vulcões se formam primariamente
pelo derretimento do material da crosta da zona de subducção ou pela
ascensão do manto nas dorsais oceânicas e pluma mantélica.
Água na Terra
Nosso organismo hospeda muitos micróbios (Fonte da ima-
gem: Reprodução/Estadão) Oceanos

Pelo que foi estudado até o momento, apenas poucos micróbios real- Um oceano é um grande corpo de água salina e um componente da
mente nos deixam doentes, já que a maioria utiliza nosso corpo como hidrosfera. Aproximadamente 71% da superfície da Terra (uma área de 361
“casa” e poderia ser classificada como “bons inquilinos”. Somente no nosso milhões de quilômetros quadrados) é coberta pelo oceano, um contínuo
intestino, existem cerca de mil espécies de micróbios que trazem ao nosso corpo de água que é geralmente dividido em vários oceanos principais
corpo cem vezes mais genes que o nosso próprio DNA carrega. e mares menores. Mais da metade dessa área está numa profundidade

Conhecimentos Gerais 29 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
maior que três mil metros. A salinidade oceânica média é por volta de 35 de carbono. Os gases restantes são geralmente referenciados como "trace
partes por milhar (ppt) (3,5%), e praticamente toda a água do mar tem uma gases", entre os quais se encontram os gases do efeito estufa como o
salinidade de 30 a 38 ppt. Apesar de geralmente reconhecidos como vários vapor d'água, dióxido de carbono, metano, óxido nitroso e ozônio. O ar
oceanos 'separados', essas águas formam um corpo global interconectado filtrado inclui pequenas quantidades de muitos outros compostos químicos.
de água salina por vezes chamado de Oceano Global.[8][9] Esse conceito O ar também contém uma quantidade variável de vapor
de oceano global como um corpo contínuo de água com um intercâmbio d'água e suspensões de gotas de água e cristais de gelo vistos
relativamente livre entre suas partes é de fundamental importância para a como nuvens. Muitas substâncias naturais podem estar presentes em
oceanografia. As principais divisões oceânicas são definidas em parte quantidades mínimas em amostras de ar não filtrado,
pelos continentes, vários arquipélagos, e outros critérios: essas divisões incluindo poeira, pólen e esporos, maresia, cinzas vulcânicas e meteoroide.
são (em ordem decrescente de tamanho) o Oceano Pacífico, o Oceano Vários poluentes industriais também podem estar presentes,
Atlântico, o Oceano Índico, o Oceano Antártico e o Oceano Ártico. como cloro (elementar ou em compostos), compostos de flúor, mercúrio na
forma elementar, e compostos de enxofre como o dióxido de enxofre [SO²].
Rios
A camada de ozônio da atmosfera terrestre possui um importante papel
Um rio é um curso de água natural, geralmente de água doce, fluindo em reduzir a quantidade de radiação ultravioleta (UV) que atinge a
em direção a um oceano, lago, mar, ou outro rio. Em alguns poucos casos, superfície. Como o DNA é facilmente danificado pela luz UV, isso serve
o rio simplesmente flui para o solo ou seca completamente antes de como proteção para a vida na superfície. A atmosfera também retém calor
alcançar outro corpo de água. Rios pequenos podem ser conhecidos por durante a noite, assim reduzindo os extremos de temperatura durante o dia.
vários outros nomes, incluindo córrego, angra e ribeiro.
Camadas atmosféricas
Nos Estados Unidos um rio é classificado como tal se tiver mais de
dezoito metros de largura. A água do rio geralmente está em um canal, Principais camadas
formado por um leito entre bancos. Em rios mais largos há também muitas
zonas sujeitas a inundações formadas pelas águas de enchente atingindo o A atmosfera terrestre pode ser dividida em cinco camadas principais.
canal. Essas zonas podem ser bem largas em relação ao tamanho do canal Essas camadas são determinadas principalmente pelo aumento ou redução
do rio. Rios são parte do ciclo da água. A água do rio é geralmente coletada da temperatura de acordo com a altura. Da mais alta a mais baixa, essas
da precipitação através da bacia hidrográfica e por reabastecimento camadas são:
da água subterrânea, nascentes e liberação da água armazenada Exosfera
nas geleiras e coberturas de neve. Termosfera
Córrego Mesosfera
Estratosfera
Um córrego é um corpo de água fluindo com uma corrente, confinado Troposfera
entre um berço e bancos. Em alguns países ou comunidades, um córrego Outras camadas
pode ser definido por seu tamanho. Nos Estados Unidos um córrego é Ozonosfera
classificado como um curso de água com menos que dezoito metros de Ionosfera
largura. Córregos são importantes corredores que conectam habitats Homosfera e heterosfera
fragmentados e assim conservam a biodiversidade. O estudo de córregos e Camada limite atmosférica
caminhos de água em geral é conhecido como hidrologia de superfície. Os Efeitos do aquecimento global
córregos incluem angras, os afluentes que não alcançam um oceano e não
se conectam com um outro córrego ou rio, e os ribeiros que são pequenos O aquecimento global está sendo estudado por um grande consórcio
córregos geralmente originários de uma nascente ou escoam para o mar. global de cientistas, que estão cada vez mais preocupados com os seus
efeitos potenciais a longo prazo em nosso ambiente natural e no planeta.
O lago (do latin lacus) é um acidente geográfico, um corpo de água que De especial preocupação é como a mudança climática e o aquecimento
está localizado no fundo de uma depressão. O corpo de água é global causados por fatores antropogênicos, como a liberação de gases do
considerado um lago quando está cercado por terra, não faz parte de um efeito estufa, mais notavelmente o dióxido de carbono, podem interagir e ter
oceano, é mais largo e mais profundo que uma lagoa e é alimentado por efeitos adversos sobre o planeta, seu ambiente natural e a existência
um rio. humana. Esforços têm sido focados na mitigação dos efeitos dos gases de
estufa, que estão causando mudanças climáticas, e no desenvolvimento de
Lagos naturais da Terra são geralmente encontrados em estratégias de adaptação para o aquecimento global, para ajudar homens,
áreas montanhosas, riftes, e áreas com glaciação em andamento ou espécies de animais e plantas, ecossistemas, regiões enações a se
recente. Outros lagos são encontrados em bacias endorreicas ou ao longo adequarem aos efeitos deste fenômeno. Alguns exemplos de colaboração
do curso de rios maduros. Em algumas partes do mundo, há muitos lagos recente em relação a mudança climática e aquecimento global incluem:
por causa do caótico padrão de drenagem deixado pela última Era do Gelo.
Todos os lagos são temporários em relação a escalas geológicas de tempo, O tratado e convenção da Convenção-Quadro das Nações Unidas
pois eles são lentamente preenchidos com sedimentos ou são liberados da sobre a Mudança do Clima sobre Mudança Climática, para estabilizar as
bacia que os contém. concentrações de gases estufa na atmosfera em um nível que iria prevenir
uma perigosa interferência antropogênica no sistema climático.
Lagoa
O Protocolo de Quioto, que é o acordo internacional com o objetivo de
Uma lagoa é um corpo de água estagnada, natural ou criada pelo reduzir os gases de estufa, em um esforço de prevenir mudanças climáticas
homem, que é geralmente menor que um lago. Uma grande variedade de antropogênicas.
corpos de água feitos pelo homem podem ser classificados como lagoas,
incluindo jardins de água criados para ornamentação estética, lagoas de A Iniciativa Climática Ocidental, para identificar, avaliar, e implementar
pesca criadas para reprodução comercial de peixes, e lagoas meios coletivos e cooperativos para reduzir os gases de estufa, se focando
solares criadas para armazenar energia térmica. Lagoas e lagos podem se em um sistema de mercado de captação-e-troca.
diferenciar de córregos pela velocidade da corrente. Enquanto a corrente
de córregos são facilmente observadas, lagos e lagoas possuem Um desafio significante é identificar as dinâmicas do ambiente natural
microcorrentes guiadas termicamente e correntes moderadas criadas pelo em contraste com as mudanças ambientais que não fazem parte das
vento. variações naturais. Uma solução comum é adaptar uma visão estática que
negligencia a existência de variações naturais. Metodologicamente, essa
Atmosfera, clima e tempo visão pode ser defendida quando olhamos processos que mudam
lentamente e séries de curto prazo, apesar do problema aparecer quando
A atmosfera da Terra serve como um fator principal para sustentar o processos rápidos se tornam essenciais no objeto de estudo.
ecossistema planetário. A fina camada de gases que envolve a Terra é
mantida no lugar pela gravidade do planeta. O ar seco consiste em 78% de
nitrogênio, 21% oxigênio, 1% árgon e outros gases inertes como o dióxido

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Clima de crescimento, responder a estímulo, reprodução e, através da seleção
natural, se adaptar ao seu ambiente em sucessivas gerações.Organismos
O clima incorpora as estatísticas de temperatura, umidade, pressão de vida mais complexa podem se comunicar através de vários meios.
atmosférica, vento, chuva, contagem de partículas atmosféricas e muitos
outros elementos meteorológicos em uma dada região por um longo Ecossistema
período de tempo. O clima pode se opor ao tempo, na medida em que esse
é a condição atual dos mesmos elementos em períodos de no máximo Um ecossistema é uma unidade natural consistindo de todas as
duas semanas. plantas, animais e micro-organismos (fatores bióticos) em uma área
funcionando em conjunto com todos os fatores físicos não-vivos (abióticos)
O clima de um local é afetado pela sua latitude, terreno, altitude, do ambiente.[25]
cobertura de gelo ou neve, assim como corpos de água próximos e suas
correntezas. O clima pode ser classificado de acordo com o valor média e Um conceito central do ecossistema é a ideia de que
típico de diferentes variáveis, as mais comuns sendo temperatura e os organismos vivos estão continuamente empenhados em um conjunto
precipitação. O método mais usado de classificação foi desenvolvido altamente interrelacionado de relacionamentos com cada um dos outros
originalmente por Wladimir Köppen. O sistema Thornthwaite, em uso desde elementos constituindo o ambiente no qual eles existem. Eugene Odum,
1948, incorpora evapotranspiração em adição à informação sobre um dos fundadores da ciência da ecologia, afirmou: "Any unit that includes
temperatura e precipitação e é usado para estudar no estudo da all of the organisms (ie: the "community") in a given area interacting with the
diversidade de espécies animais e os impactos potenciais das mudanças physical environment so that a flow of energy leads to clearly defined troph-
climáticas. Os sistemas de classificação de Bergeron e o Spatial Synoptic ic structure, biotic diversity, and material cycles (ie: exchange of materials
Classification se focam na origem de massas de ar definindo o clima em between living and nonliving parts) within the system is an ecosystem."[26]
certas áreas. O conceito humano de ecossistema é baseado na desconstrução
Tempo da dicotomia homem / natureza, e na promessa emergente que todas as
espécies são ecologicamente integradas com as outras, assim como os
Tempo é o conjunto de fenômenos ocorrendo em uma constituintes abióticos de seu biótipo.
dada atmosfera em um certo tempo. A maioria dos fenômenos de tempo
ocorrem na troposfera,[18][19] logo abaixo da estratosfera. O tempo se Um maior número ou variedade de espécies ou diversidade
refere, geralmente, a temperatura e atividade de precipitação no dia-a-dia, biológica de um ecossistema pode contribuir para uma maior resiliência do
enquanto o clima é um tempo para as condição atmosférica média em um ecossistema, porque há mais espécies presentes no local para responder a
longo período de tempo.[20] Quando usado sem qualificação, "tempo" é mudanças e assim "absorver" ou reduzir seus efeitos. Isso reduz o efeito
entendido como o tempo da Terra. antes da estrutura do ecossistema mudar para um estado diferente. Esse
não é sempre o caso e não há nenhuma prova da relação entre a
O tempo ocorre pela diferença de densidade (temperatura e mistura) diversidade de espécies em um ecossistema e sua habilidade para prover
entre um local e outro. Essa diferença pode ocorrer por causa do ângulo do um benefício a nível de sustentabilidade. Florestas tropicais úmidas
sol em um local específico, que varia de acordo com a latitude dos trópicos. produzem muito pouco benefício e são extremamente vulneráveis a
O forte contraste de temperaturas entre o ar polar e tropical dá origem mudança, enquanto florestas temperadas rapidamente crescem de volta
a correntes de ar. Sistemas de temperatura em altitudes medianas, para seu estado anterior de desenvolvimento dentro de um lifetiome após
como ciclones extratropicais, são causados pela instabilidade no fluxo das cair ou a floresta pegar fogo.[carece de fontes?]Algumas pradarias tem sido
correntes de ar. Como o eixo da Terra é inclinado relativo ao seu plano de exploradas sustentavelmente por milhares de anos (Mongólia, turfa
órbita, a luz solar incide em diferentes ângulos em diferentes épocas do européia, e mooreland communities).[carece de fontes?]
ano. Na superfície da terra, a temperatura normalmente varia de ±40 °C
anualmente. Ao passar de milhares de anos, mudanças na órbita da Terra O termo ecossistema pode também ser usado para ambientes criados
afetou a quantidade e distribuição de energia solar recebida pela Terra e pelo homem, como ecossistemas humanos e ecossistemas influenciados
influenciou o clima a longo prazo. pelo homem, e pode descrever qualquer situação na qual há uma relação
entre os organismos vivos e seu ambiente. Atualmente, existem poucas
A temperatura da superfície difere, por sua vez, por causa de diferença áreas na superfície da terra livres de contato humano, apesar de algumas
de pressão. Altas altitudes são mais frias que as mais baixas por causa da áreas genuinamente wilderness continuem a existir sem qualquer forma de
diferença na compressão do calor. A previsão do tempo é uma aplicação da intervenção humana.
ciência e tecnologia para predizer o estado da atmosfera da Terra em uma
determinada hora e lugar. A atmosfera da Terra é um sistema caótico, Biomas
então pequenas mudanças em uma parte do sistema podem causar Bioma é, terminologicamente, similar ao conceito de ecossistemas, e
grandes efeitos no sistema como um todo. Os homens tem são áreas na Terra climática e geograficamente definidas com condições
tentado controlar o clima ao longo da história, e há evidências que climáticas ecologicamente similares, como uma comunidades de
atividades humanas como agricultura e indústria tenham inadvertidamente plantas, animais e organismos do solo, geralmente referidos como
modificado os padrões climáticos. ecossistemas. Biomas são definidos na base de fatores como estrutura das
Vida plantas (como árvores, arbustos e grama), tipo de folha
(como broadleaf eneedleleaf), e clima. Ao contrário das ecozonas, biomas
As evidências sugerem que a vida na Terra tenha existido a 3.7 bilhões não são definidos pela genética, taxonomia, ou similaridades históricas.
de anos. Todas as formas de vida compartilham mecanismos moleculares biomas são normalmente identificados com padrões particulares
fundamentais, e baseando-se nessas observações, teorias sobre a origem de sucessão ecológicae vegetação clímax.
da vida tem tentado encontrar um mecanismo explicando a formação do
organismo de célula única primordial de onde toda a vida se originou. Há Ciclos biogeoquímicos
muitas hipóteses diferentes sobre o caminho que pode ter levado uma Um ciclo biogeoquímico é o percurso realizado no meio ambiente por
simples molécula orgânica, passando por vida pré-celular, até protocelular e um elemento químico essencial à vida. Ao longo do ciclo, cada elemento é
metabolismo. absorvido e reciclado por componentes bióticos (seres vivos)
Na biologia, a ciência dos organismos vivos, "vida" é a condição que e abióticos (ar, água, solo) da biosfera e, às vezes, pode se acumular
distingue organismos ativos da matéria inorgânica, incluindo a capacidade durante um longo período de tempo em um mesmo lugar. É por meio dos
de crescimento, atividade funcional e a mudança contínua precedendo a ciclos biogeoquímicos que os elementos químicos e compostos
morte. Um diverso conjunto de organismos vivos (formas de vida) pode ser químicos são transferidos entre os organismos e entre diferentes partes
encontrado na biosfera da Terra, e as propriedades comuns a esses do planeta.
organismos -plantas, animais, fungos, protistas, archaea e bactéria - são Os mais importantes são os ciclos
formas celulares baseadas em carbono e água com uma complexa da água, oxigênio, carbono, nitrogênio e fósforo.[27]
organização e informações genéticas hereditárias. Organismos vivos
passam por metabolismo, mantém homeostase, possuem a capacidade

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O ciclo do nitrogênio é a transformação dos compostos contendo despeito de seu uso como nome, adquire outras funções
nitrogênio na natureza. (adjetivo ou advérbio) quando junta a um outro substantivo ou posição na
frase quer significar a metade ou fração desse. Por exemplo, o adágio
O ciclo da água, é o contínuo movimento da água na, sobre e abaixo popular «meio pau, meio tijolo». Portanto, na expressão, a palavra meio é
da superfície da Terra. A água pode mudar de estado entre líquido, vapor e desnecessária ou, no mínimo, expletiva. É, contudo, muito difundida a
gelo em suas várias etapas. forma e aceita sem maiores questionamentos, mormente no Brasil, onde
O ciclo do carbono é o ciclo biogeoquímico no qual o carbono é pouco se lê.
passado entre a biosfera, pedosfera, geosfera, hidrosfera e a atmosfera. O DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL
O ciclo do oxigênio é o movimento do oxigênio dentro e entre os três Nesta parte, vamos examinar as relações do desenvolvimento sócio-
maiores reservatórios: a atmosfera, a biosfera e a litosfera. O principal fator econômico com a chamada questão ambiental.
do ciclo do oxigênio é a fotossíntese, que é responsável pela composição
atmosférica e pela vida na Terra. Nos países “subdesenvolvidos industrializados”, onde se vive uma crise
sócio-econômica de grande profundidade, que relações existiriam entre
O ciclo do fósforo é o movimento do fósforo pela litosfera, hidrosfera e crise, desenvolvimento e meio ambiente?
biosfera. A atmosfera não possui um papel significativo no movimento do
fósforo porque o fósforo e componentes fosfóricos são normalmente sólidos Não são relações harmoniosas, já que numa sociedade moderna as i-
nos níveis mais comuns de temperatura e pressão na Terra. déias de necessidade de desenvolvimento econômico sempre apareceram
como incompatíveis com a “preservação” da natureza.
Ciclos biogeoquímicos
Mas é possível que os conhecimentos sob domínio humano permitam
Desafios compatibilizar modelos de desenvolvimento econômico e formas de uso
O ambientalismo é um largo movimento político, social, e filosófico que preservacionista da natureza, obtendo-se desse fato extraordinários avan-
advoca várias ações e políticas com interesse de proteger a natureza que ços para todos os povos.
resta no ambiente natural, ou restaurar ou expandir o papel da natureza Assim, podemos pressionar para que o patrimônio ambiental herdado
nesse ambiente. do passado seja transferido às gerações futuras em melhores condições.
Objetivos geralmente expressos por cientistas ambientais incluem: Ampliando-se o conhecimento científico dos ecossistemas naturais, viabili-
za-se um aproveitamento e uma conservação racionais, de modo a garantir
uma base material superior para a sobrevivência e bem-estar da humani-
dade e do planeta.
Os movimentos de defesa do meio ambiente
Consideram-se os anos 70 como o marco da tomada de consciência
quanto aos problemas ambientais. Nessa época apareceram muitos movi-
mentos sociais para combater a degradação ambiental. Grande parte deles
eram desdobramentos dos movimentos pacifistas que se constituíram nos
anos 60.
Os movimentos pacifistas, colocando-se contra a ameaça de destrui-
ção potencial do planeta, rapidamente incorporaram as bandeiras ecológi-
cas, ampliando o espectro de sua atuação. O melhor exemplo é o Green-
peace (Paz Verde), formado originalmente por ex-soldados americanos e
canadenses. Tornou-se célebre por atitudes como impedir ações de gover-
nos ou empresas prejudiciais ao ser humano e ao ambiente natural, tais
como a pesca da baleia, os testes nucleares e o transporte irresponsável
Redução e limpeza da poluição, com metas futuras de poluição zero; de substâncias tóxicas. Hoje é uma organização mundial.

Reduzir o consumo pela sociedade dos combustíveis não-renováveis; Com um nível mais elaborado de atuação, muitos desses movimentos
vão combater as práticas consumistas nas economias desenvolvidas e
Desenvolvimento de fontes de energia alternativas, verdes, com pouco defender modelos alternativos de vida social e econômica.
carbono ou de energia renovável;
A pressão política desses movimentos e o agravamento da situação
Conservação e uso sustentável dos escarsos recursos naturais dos recursos naturais no planeta levaram a ONU, em 1972, a organizar a I
como água, terra e ar; Conferência Mundial para o Meio Ambiente e Desenvolvimento, em Esto-
colmo, na Suécia. Era uma conferência oficial, com representantes de
Proteção de ecossistemas representativos ou únicos;
Estado (mais de 100 países), o que não impediu que paralelamente compa-
Preservação de espécie em perigo ou ameaçadas de extinção; recessem ao evento cerca de 250 organizações não governamentais
(ONGs).
O estabelecimento de reservas naturais e biosferas sob diversos tipos
de proteção; e, mais geralmente, a proteção da biodiversidade e A Conferência de Estocolmo de 1972
ecossistemas nos quais todos os homens e outras vidas na Terra A Declaração oficial de Estocolmo alinhou mais de vinte princípios ori-
dependem. entadores para as políticas nacionais ambientais. Vejamos os principais: o
direito a um ambiente sadio e equilibrado e à justiça social; a importância
Grandiosos projetos de desenvolvimento - megaprojetos - colocam
do planejamento ambiental; os riscos dos altos níveis de urbanização; a
desafios e riscos especiais para o ambiente natural. Grandes represas e
busca de fontes alternativas e limpas de energia; o uso dos conhecimentos
centrais energéticas são alguns dos casos a citar. O desafio para o
científicos e da tecnologia para resolver problemas ambientais; e o papel
ambiente com esses projetos está aumentando porque mais e maiores
relevante da educação ambiental.
megaprojetos estão sendo construídos, em nações desenvolvidas e em
desenvolvimento. A posição do Brasil tornou-se muito conhecida na época. Nosso repre-
sentante, o general Costa Cavalcanti, declarou que “a pior poluição é a da
Notas
miséria”. Alegava que no Brasil não haveria condições de dispender recur-
[a] ^ A expressão «meio ambiente» é pleonástica, no sentido de se sos para a preservação sem antes resolver problemas sociais. Os jornais
falar do ambiente natural, do meio natural. Isto é, uma ou outra palavra já europeus da época receberam informes publicitários do governo brasileiro
seria suficiente para dar sentido ao texto. Ainda, a palavra «meio», a convidando empresas poluidoras para aqui se instalar.

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Dessa conferência até hoje, produziram-se inúmeros estudos e docu- "Estudo científico das relações entre os homens e seu meio ambiente,
mentos envolvendo técnicos da ONU e de diversos países. Os mais conhe- isto é, as condições naturais, interações e variações, em todos os aspectos
cidos são o Estratégia mundial para a conservação e o Nosso futuro co- quantitativos e qualitativos" (SAHOP, 1978).
mum, o primeiro de 1980 e o segundo de 1987.
Ecologia urbana.
Foi nesse contexto que surgiu a idéia de desenvolvimento “ecologica-
mente” sustentável. As entidades não governamentais e os “militantes "Estudo científico das relações biológicas, culturais e econômicas entre
ambientalistas” de modo geral nunca simpatizaram muito com essa expres- o homem e o meio ambiente urbano, que se estabelecem em função das
são. Alegam que o termo desenvolvimento refere-se ao desenvolvimento características particulares dos mesmos e das transformações que o ho-
capitalista, que, por natureza, é incompatível com o uso equilibrado dos mem exerce através da urbanização"(SAHOP, 1978).
recursos. ECOSSISTEMA
Diversos setores econômicos também viam na idéia de desenvolvimen- Sistema aberto que inclui, em uma certa área, todos os fatores físicos e
to “ecologicamente” sustentável nada mais do que um discurso para apla- biológicos (elementos bióticos e abióticos) do ambiente e suas interações. o
car a ira dos jovens ambientalistas. que resulta em uma diversidade biótica com estrutura trófica claramente
ECOLOGIA definida e na troca de energia e matéria entre esses fatores.

O termo "Ecologia" foi criado por Haeckel (1834-1919) em 1869, em A biocenose e seu biótopo constituem dois elementos inseparáveis que
seu livro "Generelle Morphologie des Organismen", para designar "o estudo reagem um sobre o outro para produzir um sistema mais ou menos estável
das relações de um organismo com seu ambiente inorgânico ou orgânico, que recebe o nome de ecossistema (Tansley, 1935)...O ecossistema é a
em particular o estudo das relações do tipo positivo ou amistoso e do tipo unidade funcional de base em ecologia, porque inclui, ao mesmo tempo, os
negativo (inimigos) com as plantas e animais com que aparece pela primei- seres vivos e o meio onde vivem, com todas as interações recíprocas entre
ra vez em Pontes de Miranda, 1924, "Introdução à Política Científica". O o meio e os organismos" (Daioz, 1973).
conceito original evoluiu até o presente no sentido de designar uma ciência, "Os vegetais, animais e microorganismos que vivem numa região e
parte da Biologia, e uma área específica do conhecimento humano que constituem uma comunidade biológica estão ligados entre si por uma
tratam do estudo das relações dos organismos uns com os outros e com intrincada rede de relações que inclui o ambiente tísico em que existem
todos os demais fatores naturais e sociais que compreendem seu ambien- estes organismos. Estes componentes físicos e biológicos interdependen-
te. tes formam o que os biólogos designam com o nome de ecossiste-
"Em sentido literal, a Ecologia é a ciência ou o estudo dos organismos ma"(Ehrlich & Ehrlich 1974).
em sua casa, isto é, em seu meio... define-se como o estudo das relações "E o espaço limitado onde a ciclagem de recursos através de um ou vá-
dos organismos, ou grupos de organismos, com seu meio... Está em maior rios níveis tróficos é feita por agentes mais ou menos fixos, utilizando
consonância com a conceituação moderna definir Ecologia como estudo da simultânea e sucessivamente processos mutuamente compatíveis que
estrutura e da função da natureza, entendendo-se que o homem dela faz geram produtos utilizáveis a curto ou longo prazo" (Dansereau, 1978).
parte" (Odum, 1972).
"É um sistema aberto integrado por todos os organismos vivos (com-
"Deriva-se do grego oikos, que significa lugar onde se vive ou hábitat... preendido o homem) e os elementos não viventes de um setor ambiental
Ecologia é a ciência que estuda dinâmica dos ecossistemas... é a disciplina definido no tempo e no espaço, cujas propriedades globais de funciona-
que estuda os processos, interações e a dinâmica de todos os seres vivos mento (fluxo de energia e ciclagem de matéria) e auto-regulação (controle)
com cada um dos demais, incluindo os aspectos econômicos, sociais, derivam das relações entre todos os seus componentes,. tanto pertencen-
culturais e psicológicos peculiares ao homem...é um estudo interdisciplinar tes aos sistemas naturais, quanto os criados ou modificados pelo homem"
e interativo que deve, por sua própria natureza, sintetizar informação e (Hurtubia, 1980).
conhecimento da maioria, senão de todos os demais campos do saber...
Ecologia não é meio ambiente. Ecologia não é o lugar onde se vive. Ecolo- "Sistema integrado e autofuncionante que consiste em interações de
gia não é um descontentamento emocional com os aspectos industriais e elementos bióticos e abióticos, seu tamanho pode variar consideravelmen-
tecnológicos da sociedade moderna" (Wickersham et alii, 1975). te" (USDT. 1980).

"É a ciência que estuda as condições de existência dos seres vivos e "A comunidade total de organismos, junto com o ambiente físico e quí-
as interações, de qualquer natureza, existentes entre esses seres vivos e mico no qual vivem se denomina ecossistema. que é a unidade funcional
seu meio"(Dajoz, 1973). da ecologia" (Beron, 1981 ).

"Ciência das relações dos seres vivos com o seu meio... Termo usado ECODESENVOLVIMENTO
frequente e erradamente para designar o meio ou o ambiente"(Dansereau, "O ecodesenvolvimento se define como um processo criativo de trans-
1978). formação do meio com a ajuda de técnicas ecologicamente prudentes,
"...o ramo da ciência concernente à inter-relação dos organismos e concebidas em função das potencialidades deste meio, impedindo o des-
seus ambientes, manifestada em especial por: ciclos e ritmos naturais; perdício inconsiderado dos recursos, e cuidando para que estes sejam
desenvolvimento e estrutura das comunidades; distribuição geográfica; empregados na satisfação das necessidades de todos os membros da
interações dos diferentes tipos de organismos; alterações de população; o sociedade, dada a diversidade dos meios naturais e dos contestos cultu-
modelo ou a totalidade das relações entre os organismos e seu ambiente" rais.
(Webster`s, 1976). As estratégias do ecodesenvolvimento serão múltiplas e só poderão
"Parte da Biologia que estuda as relações entre os seres vivos e o ser concebidas a partir de um espaço endógeno das populações conside-
meio ou ambiente em que vivem, bem como suas recíprocas influências. radas.
Ramo das ciências humanas que estuda a estrutura e o desenvolvimentto Promover o ecodesenvolvimento é, no essencial, ajudar as populações
das comunidades humanas em suas relações com o meio ambiente e sua envolvidas a se organizar a se educar, para que elas repensem seus pro-
consequente adaptação a ele, assim como os novos aspectos que os blemas, identifiquem as suas necessidades e os recursos potenciais para
processos tecnológicos ou os sistemas de organização social possam conceber e realizar um futuro digno de ser vivido, conforme os postulados
acarretar para as condições de vida do homem" (Ferreira, 1975). de Justiça social e prudência ecológica" (Sachs, 1976). "Um estilo ou
"Disciplina biológica que lida com o estudo das interrelações dinâmicas modelo para o desenvolvimento de cada ecossistema, que, além dos
dos componentes bióticos e abióticos do meio ambiente"(USDT, 1980). aspectos gerais, considera de maneira particular os dados ecológicos e
culturais do próprio ecossistema pana otimizar seu aproveitamento, evitan-
Ecologia humana. do a degradação do meio ambiente e as ações degradadoras"... E uma
técnica de planejamento que busca articular dois objetivos: por um lado,
objetivo do desenvolvimento, a melhoria da qualidade de vida através do

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incremento da produtividade, por outro, o objetivo de manter em equilíbrio o humanos, normalmente (mas nem sempre) usando resultados e técnicas da
ecossistema onde se realizam essas atividades" (SAHOP, 1978). ciência. O desenvolvimento da tecnologia pode se aproveitar de muitos
campos do conhecimento, incluindo o conhecimento científico,
"É uma forma de desenvolvimento econômico e social. em cujo plane- engenharia, matemático, linguístico, e histórico, para alcançar resultados
jamento se deve considerar a variável meio ambiente" (Strong, apud Hurtu- práticos.
bia, 1980).
A tecnologia é normalmente a consequência da ciência e da
"Uma forma de desenvolvimento planejado que otimiza o uso dos re- engenharia - apesar da tecnologia como uma atividade humana preceder
cursos disponíveis num lugar, dentro das restrições ambientais locais" os dois campos. Por exemplo, a ciência pode estudar o fluxo
(Munn, 1979). de elétrons em condutores elétricos, ao usar ferramentas e conhecimentos
Tecnologia já existentes. Esse conhecimento recém-adquirido pode então ser usado
por engenheiros para criar novas ferramentas e máquinas,
Tecnologia (do grego τεχνη — "técnica, arte, ofício" e λογια — como semicondutores, computadores, e outras formas de tecnologia
"estudo") é um termo que envolve o conhecimento técnico e científico e avançada. Nesse sentido, tanto cientistas como engenheiros podem ser
as ferramentas, processos e materiais criados e/ou utilizados a partir de tal considerados tecnologistas; os três campos são normalmente considerados
conhecimento. Dependendo do contexto, a tecnologia pode ser: como um para o propósito de pesquisa e referência. Esta relação próxima
As ferramentas e as máquinas que ajudam a resolver problemas; entre ciência e tecnologia contribui decisivamente para a crescente
especialização dos ramos científicos. Por exemplo, a física se dividiu em
As técnicas, conhecimentos, métodos, materiais, ferramentas e diversos outros ramos menores como a acústica e a mecânica, e estes
processos usados para resolver problemas ou ao menos facilitar a solução ramos por sua vez sofreram sucessivas divisões. O resultado é o
dos mesmos; surgimento de ramos científicos bem específicos e especialmente
destinados ao aperfeiçoamento da tecnologia, de acordo com este quesito
Um método ou processo de construção e trabalho (tal como
podemos citar a aerodinâmica, a geotecnia, a hidrodinâmica, a petrologia e
a tecnologia de manufatura, a tecnologia de infra-estrutura ou a tecnologia
a terramecânica.
espacial);
Especificamente, a relação entre ciência e tecnologia tem sido debatida
A aplicação de recursos para a resolução de problemas;
por cientistas, historiadores, e políticos no final do século XX, em parte
O termo tecnologia também pode ser usado para descrever o nível porque o debate pode definir o financiamento da ciência básica e aplicada.
de conhecimento científico, matemático e técnico de uma determinada No início da Segunda Guerra Mundial, por exemplo, nos Estados Unidos
cultura; era amplamente considerado que a tecnologia era simplesmente "ciência
aplicada" e que financiar ciência básica era colher resultados tecnológicos
Na economia, a tecnologia é o estado atual de nosso conhecimento de no seu devido tempo. Uma articulação dessa filosofia pode ser encontrada
como combinar recursos para produzir produtos desejados (e nosso explicitamente no tratado de Vannevar Bush na política científica do pós-
conhecimento do que pode ser produzido). guerra, Ciência - A Fronteira Sem Fim: "Novos produtos, novos produtos, e
Os recursos e como utilizá-los para se atingir a um determinado cada vez mais o trabalho requer um contínuo aumento do conhecimento
objetivo, para se fazer algo, que pode ser a solução ou minimização de um das leis da natureza ... Esse novo conhecimento essencial pode ser obtido
problema ou a geração de uma oportunidade, por exemplo. apenas através de pesquisa científica básica." No final da década de 1960,
entretanto, essa visão sofreu um ataque direto, tendendo a iniciativas que
A tecnologia é, de uma forma geral, o encontro entre ciência financiam ciência para atividades específicas (iniciativas resistidas pela
e engenharia. Sendo um termo que inclui desde as ferramentas e comunidade científica). A questão permanece - apesar da maioria dos
processos simples, tais como uma colher de madeira e a fermentação da analistas resistirem ao modelo de que a tecnologia é simplesmente o
uva, até as ferramentas e processos mais complexos já criados pelo ser resultado da pesquisa científica.
humano, tal como a Estação Espacial Internacional e a dessalinização da
água do mar. Frequentemente, a tecnologia entra em conflito com algumas História da tecnologia
preocupações naturais de nossa sociedade, como o desemprego, a A história da tecnologia é quase tão antiga quanto a história da
poluição e outras muitas questões ecológicas, assim humanidade, e se segue desde quando os seres humanos começaram a
como filosóficas e sociológicas, já que tecnologia pode ser vista como uma usar ferramentas de caça e de proteção. A história da tecnologia tem,
atividade que forma ou modifica a cultura. consequentemente, embutida a cronologia do uso dos recursos naturais,
Tecnologia e economia porque, para serem criadas, todas as ferramentas necessitaram, antes de
qualquer coisa, do uso de um recurso natural adequado. A história da
Existe um equilíbrio grande entre as vantagens e as desvantagens que tecnologia segue uma progressão das ferramentas simples e das fontes de
o avanço da tecnologia traz para a sociedade. A principal vantagem é energia simples às ferramentas complexas e das fontes de energia
refletida na produção industrial: a tecnologia torna a produção mais rápida e complexas, como segue:
maior e, sendo assim, o resultado final é um produto mais barato e com
maior qualidade. As tecnologias mais antigas converteram recursos naturais em
ferramentas simples. Os processos mais antigos, tais como arte rupestre e
As desvantagens que a tecnologia traz são de tal forma preocupantes a raspagem das pedras, e as ferramentas mais antigas, tais como a pedra
que quase superam as vantagens, uma delas é a poluição que, se não for lascada e a roda, são meios simples para a conversão de materiais brutos
controlada a tempo, evolui para um quadro irreversível. Outra desvantagem e "crus" em produtos úteis. Os antropólogos descobriram muitas casas e
é quanto ao desemprego gerado pelo uso intensivo das máquinas ferramentas humanas feitas diretamente a partir dos recursos naturais.
na indústria, na agricultura e no comércio. A este tipo de desemprego, no
qual o trabalho do homem é substituído pelo trabalho das máquinas, A descoberta e o consequente uso do fogo foi um ponto chave na
denominado desemprego estrutural. evolução tecnológica do homem, permitindo um melhor aproveitamento
dos alimentos e o aproveitamento dos recursos naturais que necessitam
Ciência, engenharia e tecnologia do calor para serem úteis. A madeira e o carvão de lenha estão entre os
A distinção entre ciência, engenharia e tecnologia não é sempre primeiros materiais usados como combustível. A madeira, a argila e a rocha
clara. Ciência é a investigação ou estudo racional de fenômenos, com o (tal como a pedra calcária) estavam entre os materiais mais adiantados a
objetivo de descobrir seus princípios entre os elementos do serem tratados pelo fogo, para fazer as armas, cerâmica, tijolos e cimento,
mundo fenomenal ao aplicar técnicas formais como o método científico. As entre outros materiais. As melhorias continuaram com a fornalha, que
tecnologias não são normalmente produtos exclusivos da ciência, porque permitiu a habilidade de derreter e forjar o metal (tal como o cobre,8000
elas devem satisfazer os requisitos de utilidade, usabilidade e segurança. aC.), e eventualmente a descoberta das ligas, tais como o bronze (4000
a.C.). Os primeiros usos do ferro e do aço datam de 1400 a.C..
Engenharia é o processo goal-oriented de desenhar e criar ferramentas
e sistemas para aproveitar fenômenos naturais para usos práticos Avião de caça F-16 Falcon

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As ferramentas mais sofisticadas incluem desde máquinas simples As crises de energia ocorridas na segunda metade do século XX
como a alavanca (300 a.C.), o parafuso (400 a.C.) e a polia, até a suscitaram a busca de novas fontes. Registraram-se duas tendências,
maquinaria complexa como o computador, os dispositivos aparentemente opostas: os projetos e invenções destinados a dominar os
de telecomunicações, o motor elétrico, o motor a jato, entre muitos outros. processos de reação nuclear e os sistemas de aproveitamento de energias
As ferramentas e máquinas aumentam em complexidade na mesma naturais não poluentes, como a hidráulica, a solar, a eólica e a geotérmica.
proporção em que o conhecimento científico se expande. Como resultado dessas pesquisas obteve-se um maior índice de
aproveitamento dos recursos terrestres e marítimos em determinadas
A maior parte das novidades tecnológicas costumam ser primeiramente regiões do globo.
empregadas na engenharia, na medicina, na informática e no ramo militar.
Com isso, o público doméstico acaba sendo o último a se beneficiar da alta A energia hidráulica, utilizada desde a antiguidade, oferece amplas
tecnologia, já que ferramentas complexas requerem uma manufatura possibilidades em rios e mares. As quedas d'água e a enorme força das
complexa, aumentando drasticamente o preço final do produto. marés constituem exemplos claros do potencial dessas fontes. No entanto,
embora as represas e reservatórios representem meios para armazenar
A energia pode ser obtida do vento, da água, dos hidrocarbonetos e água e energia, facilmente transformável em corrente elétrica, ainda não
da fusão nuclear. A água fornece a energia com o processo da geração foram encontrados meios eficazes para o aproveitamento das marés,
denominado hidroenergia. O vento fornece a energia a partir das correntes devido à complexidade de seu mecanismo.
do vento, usando moinhos de vento. Há três fontes principais dos
hidrocarbonetos, ao lado da madeira e de seu carvão, gás Ao longo da história, os moinhos e os barcos a vela tiraram amplo
natural e petróleo. O carvão e o gás natural são usados quase proveito de um dos tipos primários de energia, a eólica, ou produzida pelo
exclusivamente como uma fonte de energia. O coque é usado na vento. Essa manifestação energética, diretamente cinética por ser
manufatura dos metais, particularmente de aço. O petróleo é amplamente provocada pelo movimento do ar, apresenta baixo nível de rendimento e
usado como fonte de energia (gasolina e diesel) e é também um recurso sua utilização é insegura e pouco uniforme, ainda que de baixo custo.
natural usado na fabricação de plásticos e outros materiais sintéticos.
Alguns dos mais recentes avanços no ramo da geração de energia incluem A energia solar representa o modelo mais característico de fonte
a habilidade de usar a energia nuclear, derivada dos combustíveis tais renovável. Apesar de ser praticamente inesgotável, por provir diretamente
como o urânio, e a habilidade de usar o hidrogênio como fonte de energia da radiação solar, seu aproveitamento ainda não alcança rendimentos
limpa e barata. equiparáveis a outras fontes. A captação dessa energia tem como principal
finalidade a produção de energia calorífica, sobretudo para calefação
Nos tempos atuais, os denominados sistemas digitais tem ganhado doméstica. Alguns dispositivos, como as células fotoelétricas, permitem
cada vez mais espaço entre as inovações tecnológicas. Grande parte dos transformar a energia solar em elétrica.
instrumentos tecnológicos de hoje envolvem sistemas digitais,
principalmente no caso dos computadores. As fontes térmicas naturais e as forças terrestres, como terremotos e
vulcões, constituem formas de energia de difícil aproveitamento, e a
Energia pesquisa científica para utilização de tais fenômenos na indústria ainda está
em fase inicial.
Em nosso planeta encontramos diversos tipos de fontes de energia. E-
las podem ser renováveis ou esgotáveis. Por exemplo, a energia solar e a A pesquisa sobre energia nuclear, cercada por intensa polêmica,
eólica (obtida através dos ventos) fazem parte das fontes de energia ines- devido ao perigo de sua utilização militar e ao risco de poluição e radiação,
gotáveis. Por outro lado, os combustíveis fósseis (derivados do petróleo e atingiu substancial progresso na segunda metade do século XX.
do carvão mineral) possuem uma quantidade limitada em nosso planeta, Fenômeno natural na formação do universo, a reação nuclear, devido à
podendo acabar caso não haja um consumo racional. magnitude das energias liberadas no curso do processo, pode ser
altamente nociva para o organismo humano, exigindo rigorosos sistemas
Fontes de energia de segurança. Existem dois métodos de obtenção de energia nuclear: a
Existe uma grande variedade de processos capazes de gerar energia fissão ou ruptura de átomos pesados e a fusão de elementos leves, que se
em alguma de suas formas. No entanto, as fontes clássicas de energia transformam em átomos mais complexos. A enorme quantidade de energia
utilizadas pela indústria têm sido de origem térmica, química ou elétrica, resultante desse processo deve-se à transformação de massa em energia,
que são intercambiáveis e podem ser transformadas em energia mecânica. como previu Einstein em sua teoria da relatividade.

A energia térmica ou calorífica origina-se da combustão de diversos Nas usinas nucleares, a energia é produzida por um dispositivo
materiais, e pode converter-se em mecânica por meio de uma série de denominado reator ou pilha atômica, assim chamado porque os recipientes
conhecidos mecanismos: as máquinas a vapor e os motores de combustão de urânio e, às vezes, de tório, são empilhados dentro de um receptáculo
interna tiram partido do choque de moléculas gasosas, submetidas a altas de outro material, geralmente o carbono. A fissão atômica produz calor, que
temperaturas, para impulsionar êmbolos, pistões e cilindros; as turbinas a pode mover uma turbina e gerar eletricidade. A grande vantagem da
gás utilizam uma mistura de ar comprimido e combustível para mover suas energia elétrica assim produzida reside na pequena quantidade de matéria
pás; e os motores a reação se baseiam na emissão violenta de gases. O físsil necessária à produção de uma considerável quantidade de calor: com
primeiro combustível, a madeira, foi substituído ao longo das sucessivas meio quilograma de urânio, por exemplo, uma pilha atômica pode produzir
inovações industriais pelo carvão, pelos derivados de petróleo e pelo gás tanto calor quanto a queima de dez toneladas de carvão.
natural. Hidroeletricidade
Pode-se aproveitar a energia gerada por certas reações químicas, em As matrizes renováveis de energia têm uma série de vantagens: a dis-
consequência de interações moleculares. À parte as reações de ponibilidade de recursos, a facilidade de aproveitamento e o fato de que
combustão, classificáveis entre as fontes térmicas, e nas quais substâncias continuam disponíveis na natureza com o passar do tempo. De todas as
se queimam ao entrar em contato com o oxigênio, a energia presente em fontes deste tipo, a hidrelétrica representa uma parcela significativa da
certos processos de soluções ácidas e básicas ou de sais pode ser captada produção mundial, que representa cerca de 16% de toda a eletricidade
em forma de corrente elétrica -- fundamento das pilhas e acumuladores. gerada no planeta.
Dá-se também o processo inverso. No Brasil, além de ser um fator histórico de desenvolvimento da eco-
A energia elétrica é produzida principalmente pela transformação de nomia, a energia hidrelétrica desempenha papel importante na integração e
outras formas de energia, como a hidráulica, a térmica e a nuclear. O no desenvolvimento de regiões distantes dos grandes centros urbanos e
movimento da água ou a pressão do vapor acionam turbinas que fazem industriais.
girar o rotor de dínamos ou alternadores para produzir corrente elétrica. O potencial técnico de aproveitamento da energia hidráulica do Brasil
Esse tipo de energia apresenta como principais vantagens seu fácil está entre os cinco maiores do mundo; o País tem 12% da água doce
transporte e o baixo custo, e talvez seja a forma mais difundida no uso superficial do planeta e condições adequadas para exploração. O potencial
cotidiano. Os motores elétricos são os principais dispositivos de conversão hidrelétrico é estimado em cerca de 260 GW, dos quais 40,5% estão locali-
dessa energia em sua manifestação mecânica. zados na Bacia Hidrográfica do Amazonas – para efeito de comparação, a

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Bacia do Paraná responde por 23%, a do Tocantins, por 10,6% e a do São precisam de milhares de anos para a sua formação) como pelo seu
Francisco, por 10%. Contudo, apenas 63% do potencial foi inventariado. A menor impacto ambiental.
Região Norte, em especial, tem um grande potencial ainda por explorar.
Fontes de energia
Algumas das usinas em processo de licitação ou de obras na Amazô-
nia vão participar da lista das dez maiores do Brasil: Belo Monte (que terá As fontes de energia podem ser divididas em dois grupos principais:
potência instalada de 11.233 megawatts), São Luiz do Tapajós (8.381 MW), permanentes (renováveis) e temporários (não-renováveis). As fontes
Jirau (3.750 MW) e Santo Antônio (3.150MW). Entre as maiores em funcio- permanentes são aquelas que têm origem solar, no entanto, o conceito de
namento estão Itaipu (14 mil MW, ou 16,4% da energia consumida em todo renovabilidade depende da escala temporal que é utilizado e os padrões de
o Brasil), Tucuruí (8.730 MW), Ilha Solteira (3.444 MW), Xingó (3.162 MW) utilização dos recursos.
e Paulo Afonso IV (2.462 MW).
Assim, são considerados os combustíveis fósseis não-renováveis já
As novas usinas da região Norte apresentam um desafio logístico: a que a taxa de utilização é muito superior à taxa de formação do recurso
transmissão para os grandes centros, que ficam distantes milhares de propriamente dito.
quilômetros. Este problema vai ser solucionado pelo Sistema Integrado
Nacional (SIN), uma rede composta por linhas de transmissão e usinas que Não-renováveis
operam de forma integrada e que abrange a maior parte do território do
Os combustíveis fósseis são fontes não-renováveis de energia: não é
País.
possível repor o que se gasta, uma vez que podem ser necessários milhões
Composto pelas empresas de exploração de energia das regiões Sul, de anos para poder contar novamente com eles. São aqueles
Sudeste, Centro-Oeste, Nordeste e parte da região Norte, o SIN garante a cujas reservas são limitadas. As principais são a energia da fissão nuclear e
exploração racional de 96,6% de toda a energia produzida no País. os combustíveis fósseis (petróleo, gás natural e carvão).
Energia renovável Combustíveis fósseis
A energia renovável é a energia que vem de recursos Os combustíveis fósseis podem ser usados na forma sólida (carvão),
naturais como sol, vento, chuva, marés e energia geotérmica, que líquida (petróleo) ou gasosa (gás natural). Segundo a teoria mais aceita,
são recursos renováveis (naturalmente reabastecidos). Em 2008, cerca de foram formados por acumulações de seres vivos que viveram há milhões de
19% do consumo mundial de energia veio de fontes renováveis, com 13% anos e que foram fossilizados formando carvão ou hidrocarbonetos. No
provenientes da tradicional biomassa, que é usada principalmente caso do carvão se trata de bosques e florestas nas zonas úmidas e, no
para aquecimento, e 3,2% a partir da hidroeletricidade. Novas energias caso do petróleo e do gás natural de grandes massas
renováveis (pequenas hidrelétricas, biomassa, eólica, solar, geotérmica e de plâncton acumuladas no fundo de bacias marinhas ou lacustres. Em
biocombustíveis) representaram outros 2,7% e este percentual está ambos os casos, a matéria orgânica foi parcialmente decomposta, pela
crescendo muito rapidamente. A percentagem das energias renováveis ação da temperatura, pressão e certas bactérias, na ausência de oxigênio,
na geração de eletricidade é de cerca de 18%, com 15% da eletricidade de forma que foram armazenadas moléculas com ligações de alta energia.
global vindo de hidrelétricas e 3% de novas energias renováveis.
Se distinguem as "reservas identificadas", embora não sejam
A energia do Sol é convertida de várias formas para formatos exploradas, e as "reservas prováveis", que poderão ser descobertas
conhecidos, como a biomassa (fotossíntese), a energia hidráulica com tecnologias futuras. Segundo os cálculos, o planeta pode fornecer
(evaporação), a eólica (ventos) e a fotovoltaica, que contêm imensa energia para mais 40 anos (se for usado apenas o petróleo) e mais de 200
quantidade de energia, e que são capazes de se regenerar por meios (se continuar a usar carvão).
naturais.
Energia nuclear
A geração de energia eólica está crescendo à taxa de 30% ao ano,
Os núcleo atômicos de elementos pesados, como o urânio, podem ser
com uma capacidade instalada a nível mundial de 157,9
desintegrados (fissão nuclear ou cisão nuclear) e liberar energia
mil megawatts (MW) em 2009, e é amplamente utilizada na Europa, Ásia e
radiante e cinética. Usinas termonucleares usam essa energia para
nos Estados Unidos. No final de 2009, as instalações fotovoltaicas (PV) em
produzir eletricidade utilizando turbinas a vapor.
todo o globo ultrapassaram 21.000 MW e centrais fotovoltaicas são
populares na Alemanha e na Espanha. Centrais de energia térmica solar Uma consequência da atividade de produção deste tipo de energia são
operam nos Estados Unidos e Espanha, sendo a maior destas a usina de os resíduos nucleares, que podem levar milhares de anos para perder
energia solar do Deserto de Mojave, com capacidade de 354 MW. a radioatividade. Porém existe uma fonte de energia nuclear que não gera
resíduos radioativos, a da fusão nuclear, que ocorre quando 4 núcleos de
A maior instalação de energia geotérmica do mundo é The Geysers, na
deutério se fundem formando 1 de hélio liberando energia térmica que pode
Califórnia, com uma capacidade nominal de 750 MW. O Brasil tem um dos
ser usada em turbinas a vapor. Mas a reação de fusão ainda não foi
maiores programas de energia renovável no mundo, envolvendo a
conseguida em grande escala a ponto de se economicamente viável.
produção de álcool combustível a partir da cana de açúcar, e atualmente o
etanol representa 18% dos combustíveis automotivos do país. O etanol Renováveis
combustível também é amplamente disponível nos Estados Unidos.
Os combustíveis renováveis são combustíveis que usam como matéria-
Exemplos de fontes de energia renovável prima elementos renováveis para a natureza, como a cana-de-açúcar,
utilizada para a fabricação do etanol e também, vários
O Sol: energia solar
outros vegetais como a mamona utilizada para a fabricação do biodiesel ou
O vento: energia eólica
outros óleos vegetais que podem ser usados diretamente em motores
Os rios e correntes de água doce: energia hidráulica
diesel com algumas adaptações.
Os mares e oceanos: energia maremotriz
As ondas: energia das ondas Energia hidráulica
A matéria orgânica: biomassa, biocombustível
O calor da Terra: energia geotérmica A energia hidroelétrica é a energia que se produz
Água salobra: energia azul em barragens construídas em cursos de água (exemplo, a barragem do
O hidrogênio: energia do hidrogênio Alqueva). Essa energia parte da precipitação que forma os rios que
Energia da fissão são represados, a água desses rios faz girar turbinas que produzem
Energia da fusão energia elétrica.

As energias renováveis são consideradas como energias É encontrada sob a forma de energia cinética, sob diferenças
alternativas ao modelo energético tradicional, tanto pela sua disponibilidade de temperatura ou gradientes de salinidade e pode ser aproveitada e
(presente e futura) garantida (diferente dos combustíveis fósseis que utilizada. Uma vez que a água é aproximadamente 800 vezes mais densa
que o ar, requer um lento fluxo ouondas de mar moderadas, que podem
produzir uma quantidade considerável de energia.

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Biomassa O vento vem da palavra latina aeolicus, relativa à Eolo, deus dos
ventos na mitologia grega. A energia eólica tem sido utilizado desde
A energia da biomassa é a energia que se obtém durante a a Antiguidade para mover os barcos movidos por velas ou operação de
transformação de produtos de origem animal e vegetal para a produção de outras máquinas. É uma espécie de energia verde. Essa energia também
energia calorífica e elétrica. Na transformação de resíduos orgânicos é vem do Sol, que aquece a superfície da Terra de forma não homogênea,
possível obter biocombustíveis, como o biogás, o bioálcool e o biodiesel. gerando locais de baixa pressão e locais de alta pressão, fazendo com que
A formação de biomassa a partir de energia solar é realizada pelo o ar se mova gerando ventos.
processo denominado fotossíntese, pelas plantas que. Através da Energia geotérmica
fotossíntese, as plantas que contêm clorofila transformam o dióxido de
carbono e a água em materiais orgânicos com alto teor energético que, por A energia geotérmica é a energia do interior da Terra. A geotermia
sua vez, servem de alimento para os outros seres vivos. A biomassa consiste no aproveitamento de águas quentes e vapores para a produção
através destes processos armazena a curto prazo a energia solar sob a de eletricidade e calor. Exemplo: central geotérmica da Ribeira
forma de hidratos de carbono. A energia armazenada no processo Grande (Açores).
fotossintético pode ser posteriormente transformada em calor, liberando
novamente o dióxido de carbono e a água armazenados. Esse calor pode Parte do calor interno da Terra (5.000 °C) chega à crosta terrestre. Em
ser usado para mover motores ou esquentar água para gerar vapor e mover algumas áreas do planeta, próximas à superfície, as águas subterrâneas
uma turbina, gerando energia elétrica. podem atingir temperaturas de ebulição, e, dessa forma, servir para
impulsionar turbinas para eletricidade ou aquecimento. A energia
Energia solar geotérmica é aquela que pode ser obtida pelo homem através do calor
dentro da terra. O calor dentro da terra ocorre devido a vários fatores, entre
A energia solar é aquela energia obtida pela luz do Sol, pode ser eles o gradiente geotérmico e o calor radiogênico. Geotérmica provém do
captada com painéis solares. A radiação solar trazida para a Terra leva grego geo, "Terra" e Thermo, "calor", literalmente "calor da Terra".
energia equivalente a vários milhares de vezes a quantidade de energia
consumida pela humanidade. Energia maremotriz
Através de coletores solares, a energia solar pode ser transformada
em energia térmica, e usando painéis fotovoltaicos a energia luminosa pode
ser convertida em energia elétrica. Ambos os processos não têm nada a ver
uns com os outros em termos de sua tecnologia. As centrais térmicas
solares utilizam energia solar térmica a partir de coletores solares para
gerar eletricidade.
Há dois componentes na radiação solar: radiação direta e radiação
difusa. A radiação direta é a que vem diretamente do Sol, sem reflexões ou
refrações intermediárias. A difusa, é emitida pelo céu durante o dia, graças
aos muitos fenômenos de reflexão e refração da atmosfera solar,
nas nuvens, e nos restantes elementos da atmosfera terrestre.
A radiação refletida direta pode ser concentrada e utilizada. No entanto,
tanto a radiação direta quanto a radiação difusa são utilizáveis.
É possível diferenciar entre receptores ativos e passivos, em que os
primeiros utilizam mecanismos para orientar o sistema receptor rumo ao sol
(chamado seguidor) para melhor atrair a radiação direta.
Uma grande vantagem da energia solar é que ela permite a geração de
energia, no mesmo local de consumo, através da integração da arquitetura.
Assim, pode ser levada a sistemas de geração distribuída, quase Central elétrica maremotriz no estuário do Rio Rance,
eliminando completamente as perdas ligadas aos transportes, que ao noroeste da França.
representam cerca de 40% do total. Porém essa fonte de energia tem o A energia dos mares é a energia que se obtém a partir do movimento
inconveniente de não poder ser usada à noite, a menos que se das ondas, a das marés ou da diferença de temperatura entre os níveis da
tenham baterias. água do mar. Ocorre devido à força gravitacional entre a Lua, a Terra e
Energia eólica o Sol, que causam as marés, ou seja, a diferença de altura média dos
mares de acordo com a posição relativa entre estes três astros. Esta
diferença de altura pode ser explorada em locais estratégicos como
os golfos, baías e estuários que utilizam turbinas hidráulicas na circulação
natural da água, junto com os mecanismos de canalização e de depósito,
para avançar sobre um eixo. Através da sua ligação a um alternador, o
sistema pode ser usado para a geração de eletricidade, transformando,
assim, a energia das marés, em energia elétrica, uma energia mais útil e
aproveitável.
A energia das marés têm a qualidade de ser renovável, como fonte de
energia primária não está esgotada pela sua exploração e, é limpa, uma
vez que, na transformação de energia não produz poluentes derivados na
fase operacional. No entanto, a relação entre a quantidade de energia que
pode ser obtida com os atuais meios econômicos e os custos e o impacto
ambiental da instalação de dispositivos para o seu processo impediram
uma notável proliferação deste tipo de energia.
Outras formas de extrair energia a partir da energia das ondas
oceânicas são, a energia produzida pelo movimento das ondas do oceano
A energia eólica é uma das fontes mais amigáveis de energia e de energia devido ao gradiente térmico, que faz uma diferença de
renovável para o meio ambiente. temperatura entre as águas superficiais e profundas do oceano.
A energia eólica é a energia obtida pela ação do vento, ou seja, através
da utilização da energia cinética gerada pelas correntes atmosféricas.

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Energia do hidrogênio No entanto, com quatro metros quadrados de coletores solares
térmicos, um lar pode chegar muito da energia necessária para a água
A energia do hidrogênio é a energia que se obtém da combinação do quente sanitária, porém, devido ao aproveitamento da simultaneidade, os
hidrogênio com o oxigênio produzindo vapor de água e libertando energia prédios de apartamentos podem alcançar o mesmo retorno com menor
que é convertida em eletricidade. Existem alguns veículos que são movidos superfície de coletores e, sobretudo, com muito menor investimento por
a hidrogênio. agregado familiar.
Embora não seja uma fonte primária de energia, o hidrogênio se Irregularidade
constitui em uma forma conveniente e flexível de transporte e uso final de
energia, pois pode ser obtido de diversas fontes energéticas (petróleo, gás A produção de energia elétrica exige uma permanente fonte de energia
natural, eletricidade, energia solar) e sua combustão não é poluente (é confiável ou suporte de armazenamento (bomba hidráulica para
produto da combustão da água), além de ser uma fonte de energia barata. armazenamento, baterias, futuras pilhas de hidrogênio, etc). Assim, devido
O uso do hidrogênio como combustível está avançando mais rapidamente, ao elevado custo do armazenamento de energia, um pequeno sistema
havendo vários protótipos de carros nos países desenvolvidos que são autônomo é raramente econômico, exceto em situações isoladas, quando a
movidos a hidrogênio, que gera eletricidade, e descarregam como já dito, ligação à rede de energia implica custos mais elevados.
água em seus escapamentos. Calcula-se que já na próxima década
existirão modelos comerciais de automóveis elétricos cujo combustível será Fontes renováveis poluentes
o hidrogênio líquido. porém devemos lembrar que o hidrogênio não é uma Em termos de biomassa, é certo que armazena um ativo de dióxido de
fonte de energia, ele funciona como uma bateria que armazena a energia e carbono, formando a sua massa com ele e liberando o oxigênio de novo,
libera quando necessário na forma de calor. Para carregar essa bateria, enquanto para queimar novamente, combinam-se o carbono com
como foi dito anteriormente, precisamos de fontes reais de energia como as o oxigênio para formar o dióxido de carbono novamente. Teoricamente o
que foram mencionadas nesse artigo. ciclo fechado não teria emissões de dióxido de carbono, apesar das
Vantagens e desvantagens emissões serem o produto de combustão fixo na nova biomassa. Na
prática, é empregada a energia poluente no plantio, na colheita e na
Energias ecológicas transformação, pelo que o saldo é negativo. Porém o saldo de energias não
renováveis é muitas vezes mais negativo.
A primeira vantagem de certa quantidade de recursos energéticos
renováveis é que não produzem emissões de gases de efeito estufa nem Além disso, a biomassa não é verdadeiramente inesgotável, mesmo
outras emissões, ao contrário do que acontece com os combustíveis, sejam sendo renovável. A sua utilização pode ser feita apenas em casos
fósseis ou renováveis. Algumas fontes não emitem dióxido de carbono limitados. Há dúvidas quanto à capacidade da agricultura para fornecer as
adicional, exceto aqueles necessários para a construção e operação, e não quantidades de massa vegetal necessário, se esta fonte se popularizar, que
apresenta quaisquer riscos adicionais, tais como a ameaça nuclear. está se demonstrando pelo aumento de preços de grãos, devido à sua
utilização para a produção de biocombustíveis. Por outro lado, todos os
No entanto, alguns sistemas de energias renováveis geram problemas biocombustíveis produzidos produzem maior quantidade de dióxido de
ecológicos particulares. Assim, as primeiras turbinas eólicas estavam carbono por unidade de energia produzida ao equivalente fóssil. Mas essa
perigosas para as aves, como as suas lâminas giravam muito rapidamente, emissão maior é absorvida na produção do biocombustível pelo processo
enquanto as hidroeléctricas podem criar barreiras à migração de certos de fotossíntese.
peixes, um problema grave em muitos rios do mundo (nos rios na região
noroeste da América do Norte que desembocam para o Oceano Pacífico, a A energia geotérmica é muito restrita, não só geograficamente, mas
população de salmão diminuiu drasticamente). algumas das suas fontes são consideradas poluentes. Isso ocorre porque a
extração de água subterrânea em altas temperaturas geradas pelo arrastar
Natureza difusa para a superfície de sais minerais indesejáveis e tóxicos.
Diversidade geográfica
A diversidade geográfica dos recursos é também significativa. Alguns
países e regiões são significativamente melhores do que outros recursos,
nomeadamente no setor das energias renováveis. Alguns países têm
recursos significativos perto dos principais centros de habitação em que a
procura de eletricidade é importante. A utilização desses recursos em
grande escala requer, no entanto, investimentos consideráveis no
tratamento e redes de distribuição, bem como na casa de produção. Além
disso, diferentes países têm diferentes potencialidades energéticas, este
fator deve ser tido em conta no desenvolvimento das tecnologias a por em
prática. Mas isso pode ser resolvido produzindo os biocombustíveis em
países tropicais, com maior incidência de luz solar, e os levando para os
países menos providos de Sol. Dessa maneira o problema de transporte de
energia seria resolvido.
Administração das redes elétricas
Se a produção de eletricidade a partir de fontes renováveis está
generalizada, os sistemas de distribuição e transformação não seriam tão
Bateria de painéis solares. grandes distribuidores de eletricidade, mas funcionariam localmente, a fim
de equilibrar as necessidades das pequenas comunidades. Os que
Um problema inerente à energia renovável é o seu caráter difuso, com possuem energia em excesso venderiam aos setores com déficit, quer
exceção da energia geotérmica, que, no entanto, só está disponível quando dizer, o funcionamento da rede deverá passar de uma "gestão passiva",
a crosta é fina, como as fontes quentes e gêiseres. onde alguns produtores estão ligados e que o sistema é orientado para
Uma vez que algumas das fontes de energia renováveis proporcionam obter eletricidade "descendente" para o consumidor, para a gestão "ativa",
uma energia de uma relativamente baixa intensidade, distribuídas em onde alguns produtores são distribuídos na rede que devem monitorar
grandes áreas, são necessários novos tipos de "centrais" para transformá- constantemente as entradas e saídas para assegurar o equilíbrio do
los em fontes utilizáveis. Para 1.000kWh de eletricidade, consumo anual sistema local. Isso iria exigir grandes mudanças na forma de gerir as redes.
per capita nos países ocidentais, o proprietário de uma casa localizada em No entanto, a pequena utilização de energias renováveis, o que muitas
uma zona nublada da Europa tem de instalar oito metros quadrados de vezes podem ocorrer no local, reduz a necessidade de ter sistemas de
painéis fotovoltaicos (supondo um rendimento médio de 12,5% da energia). distribuição de eletricidade. Atuais sistemas, raramente e economicamente

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rentáveis, revelaram que uma família média que tem um sistema solar com As sociedades modernas têm, como principal característica, a diferen-
armazenamento de energia, e painéis de dimensão suficiente, só tem que ciação social. Isto significa que seus membros não apenas possuem atribu-
recorrer a fontes externas de energia elétrica em algumas horas por tos diferenciados (idade, sexo, religião, estado civil, escolaridade, renda,
semana. Portanto, aqueles que apóiam a energia renovável pensam que a setor de atuação profissional, etc), como também possuem idéias, valores,
eletricidade dos sistemas de distribuição deveriam ser menos importantes e interesses e aspirações diferentes e desempenham papéis diferentes no
mais fáceis de controlar. decorrer da sua existência. Tudo isso faz com que a vida em sociedade
seja complexa e freqüentemente envolva conflito: de opinião, de interesses,
A Integração na paisagem de valores, etc. Entretanto, para que a sociedade possa sobreviver e pro-
Uma desvantagem óbvia da energia renovável é o seu impacto visual gredir, o conflito deve ser mantido dentro de limites administráveis. Para
sobre o meio ambiente local. Algumas pessoas odeiam a estética de isto, existem apenas dois meios: a coerção pura e simples e a política. O
turbinas eólicas e mencionam a conservação da natureza quando se fala problema com o uso da coerção é que, quanto mais é utilizada, mais redu-
das grandes instalações solares elétricas fora das grandes cidades. No zido se torna o seu impacto e mais elevado se torna o seu custo.
entanto, o mundo inteiro encontra charme à vista dos "antigos moinhos de
vento", que em seu tempo, eram amostras bem visíveis da tecnologia Resta, então, a política. Esta envolve coerção - principalmente como
disponível. No entanto a estética das turbinas eólicas está sendo revista possibilidade - mas que não se limita a ela. Cabe indagar, então, o que é a
para não causar tanto impacto visual. política. Uma definição bastante simples é oferecida por Schmitter: política
é a resolução pacífica de conflitos. Entretanto, este conceito é demasiado
Outros tentam utilizar estas tecnologias de forma eficaz e amplo, restringe pouco. E' possível delimitar um pouco mais e estabelecer
esteticamente satisfatória: os painéis solares fixos podem duplicar as que a política consiste no conjunto de procedimentos formais e informais
barreiras anti-ruído ao longo das rodovias, há trechos disponíveis e que expressam relações de poder e que se destinam à resolução pacífica
poderiam então ser completamente substituídos por painéis solares, células dos conflitos quanto a bens públicos.
fotovoltaicas, de modo que podem ser empregados para pintar as janelas e
produzir energia, e assim por diante. As políticas públicas (policies), por sua vez, são outputs, resultantes da
Contraponto atividades política (politics) : compreendem o conjunto das decisões e
ações relativas à alocação imperativa de valores. Nesse sentido é
Nem sempre uma forma de energia renovável possui baixo impacto necessário distinguir entre política pública e decisão política. Uma política
ambiental. As grandes hidroelétricas acarretam em enorme impacto pública geralmente envolve mais do que uma decisão e requer diversas
ambiental e social, como é o caso por exemplo da Barragem das Três ações estrategicamente selecionadas para implementar as decisões
Gargantas, que foi recentemente finalizada na China e que provocou o tomadas. Já uma decisão política corresponde a uma escolha dentre um
deslocamento de milhões de pessoas e a inundação de muitos quilômetros leque de alternativas, conforme a hierarquia das preferências dos atores
quadrados de terras. envolvidos, expressando - em maior ou menor grau - uma certa adequação
entre os fins pretendidos e os meios disponíveis. Assim, embora uma
Investimentos
política pública implique decisão política, nem toda decisão política chega a
Em 2009 a China aplicou US$ 34 bilhões na geração de energias constituir uma política pública. Um exemplo encontra-se na emenda
renováveis. Com quase o dobro do investimento realizado pelos EUA, a constitucional para reeleição presidencial. Trata-se de uma decisão, mas
China passou a liderar o ranking de países que mais investem em energias não de uma política pública. Já a privatização de estatais ou a reforma
renováveis no mundo. O Brasil apareceu em 5º lugar com R$ 13,2 bi. agrária são políticas públicas.
Política pública é definida aqui como o conjunto de ações desencade- Além disso, por mais óbvio que possa parecer, as políticas públicas
adas pelo Estado, no caso brasileiro, nas escalas federal, estadual e muni- são ‘públicas '- e não privadas ou apenas coletivas. A sua dimensão 'públi-
cipal, com vistas ao atendimento a determinados setores da sociedade civil. ca' é dada não pelo tamanho do agregado social sobre o qual incidem, mas
Elas podem ser desenvolvidas em parcerias com organizações não gover- pelo seu caráter "imperativo” . Isto significa que uma das suas característi-
namentais e, como se verifica mais recentemente, com a iniciativa privada. cas centrais é o fato de que são decisões e ações revestidas da autoridade
Cabe ao Estado propor ações preventivas diante de situações de risco soberana do poder público.
à sociedade por meio de políticas públicas. O contratualismo gera esta
expectativa, ainda mais na América Latina, marcada por práticas populistas As políticas públicas envolvem, portanto, atividade política. Para usar a
no século XX. No caso das mudanças climáticas, por exemplo, é dever do linguagem de Easton, resultam do processamento, pelo sistema político,
Estado indicar alternativas que diminuam as conseqüências que elas trarão dos inputs originários do meio ambiente e, freqüentemente, de withinputs
à população do Brasil, em especial para a mais pobre, que será mais (demandas originadas no interior do próprio sistema político).
atingida.
Ainda de acordo com Easton, os inputs e os withinputs podem expres-
Porém, não resta dúvida que diversas forças sociais integram o Estado. sar demandas e suporte. As demandas podem ser, por exemplo, reivindica-
Elas representam agentes com posições muitas vezes antagônicas. Tam- ções de bens e serviços, como saúde, educação, estradas, transportes,
bém é preciso ter claro que as decisões acabam por privilegiar determina- segurança pública, normas de higiene e controle de produtos alimentícios,
dos setores, nem sempre voltados à maioria da população. previdência social, etc. Podem ser, ainda, demandas de participação no
Analisar ações em escalas diferentes de gestão permite identificar o- sistema político, como reconhecimento do direito de voto dos analfabetos,
portunidades, prioridades e lacunas. Além disso, ela possibilita ter uma acesso a cargos públicos para estrangeiros, organização de associações
visão ampla das ações governamentais em situações distintas da realidade políticas, direitos de greve, etc. Ou ainda, demandas de controle da corrup-
brasileira que, além de complexa, apresenta enorme diversidade natural, ção, de preservação ambiental, de informação política, de estabelecimento
social, política e econômica que gera pressões nos diversos níveis de de normas para o comportamento dos agentes públicos e privados, etc.
gestão. As forças políticas devem ser identificadas para compreender os
reais objetivos das medidas aplicadas relacionadas às mudanças climáticas O suporte ou apoio nem sempre estão diretamente vinculados a cada
no Brasil. demanda ou política especifica. Geralmente, estão direcionados para o
sistema político ou para a classe governante. Por outro lado, embora os
Análise de Políticas Públicas: Conceitos Básicos inputs de apoio nem sempre estejam diretamente vinculados a uma política,
eles não podem estar sempre totalmente desvinculados das políticas
Maria das Graças Rua governamentais, pois neste caso o governo não conseguiria cumprir seus
objetivos.
Este texto se destina àqueles que não são especialistas em políticas
Exemplo de suporte ou apoio são a obediência e o cumprimento de leis
públicas e tem como objetivo esclarecer alguns conceitos e teorias úteis à
e regulamentos; atos de participação política, como o simples ato de votar e
análise de políticas públicas.
apoiar um partido político, o respeito à autoridade dos governantes e aos

Conhecimentos Gerais 39 A Opção Certa Para a Sua Realização


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símbolos nacionais; a disposição para pagar tributos e para prestar servi- os chamados "atores políticos". Os atores políticos são diversos e possuem
ços, como por exemplo o serviço militar, etc. Mas podem ser também atos características distintas.
mais fortes, como o envolvimento na implementação de determinados
programas governamentais, a participação em manifestações públicas, etc; Para começar, pode-se distinguir entre atores públicos e atores priva-
dos. Os atores públicos são aqueles que se distinguem por exercer funções
Assim, quando os empresários, por exemplo, deixam de pagar impos- públicas e por mobilizar os recursos associados a estas funções. Dentre os
tos, constata-se a ausência de um input de apoio; o mesmo ocorre com a atores públicos, por sua vez, pode-se diferenciar, grosso modo, duas cate-
sonegação de impostos em geral, com a abstenção eleitoral, com as mani- gorias: os políticos e os burocratas.
festações contra os governantes: estes fatos significam que falta apoio -
seja ao governo, seja ao próprio sistema político. Os políticos são aqueles atores cuja posição resulta de mandatos eleti-
vos. Por isso, sua atuação é condicionada principalmente pelo cálculo
Um outro fato a considerar é o de que os inputs de demanda e de a- eleitoral e pelo pertencimento a partidos políticos. São os parlamentares,
poio não estão restritos ao plano interno da sociedade nacional. De fato, governadores, prefeitos e membros eleitos do executivo federal.
principalmente no mundo moderno, onde vem se acelerando o processo de
globalização da economia e de redução das barreiras nacionais, cada país Os burocratas, por sua vez, devem a sua posição à ocupação de car-
é - cada vez mais - afetado pelo que acontece com os outros países. Basta gos que requerem conhecimento especializado e que se situam em um
lembrar os abalos recentemente provocados na economia brasileira pelas sistema de carreira pública. Controlam, principalmente, recursos de autori-
crises do México e da Argentina. dade e informação. Embora não possuam mandato, os burocratas geral-
mente possuem clientelas setoriais. Além disso, eles têm projetos políticos,
Finalmente, os withinputs também expressam demandas e apoio e dis- que podem ser pessoais ou organizacionais (como a fidelidade à institui-
tínguem-se dos inputs pelo fato de que são provenientes do próprio sistema ção, o crescimento da organização à qual pertencem, etc). Por isso, é
político: dos agentes do executivo (ministros, burocratas, tecnocratas, etc) comum haver disputas não apenas entre políticos e burocratas, mas tam-
dos parlamentares, dos governadores de estado, do judiciário. bém conflitos entre burocracias de diferentes setores do governo.

Assim, de maneira bastante simplificada, podemos considerar que Entre os atores privados destacam-se os empresários. Sem qualquer
grande parte da atividade política dos governos se destina à tentativa de sombra de dúvida, são atores dotados de grande capacidade de influir nas
satisfazer as demandas que lhes são dirigidas pelo atores sociais ou aque- políticas públicas, já que são capazes de afetar a economia do país: contro-
las formuladas pelos próprios agentes do sistema político, ao mesmo tempo lam as atividades de produção, parcelas do mercado e a oferta de empre-
que articulam os apoios necessários. Na realidade, o próprio atendimento gos. Os empresários podem se manifestar como atores individuais isolados
das demandas deve ser um fator gerador de apoios - mas isto nem sempre ou como atores coletivos.
ocorre, ou, mais comumente, ocorre apenas parcialmente. De qualquer
forma, é na tentativa de processar as demandas que se desenvolvem Um outro ator importante são os trabalhadores. O seu poder resulta da
aqueles "procedimentos formais e informais de resolução pacífica de confli- ação organizada, portanto, atuam através de seus sindicatos, que eventu-
tos" que caracterizam a política. almente são ligados a partidos, ONGs e até mesmo a igrejas. No caso dos
trabalhadores, é importante considerar que, dependendo da importância
Quanto às demandas, alguns aspectos devem ser considerados. Exis- estratégica do setor onde atuam, podem dispor de maior ou menor poder
tem, basicamente, três tipos de demandas: as demandas novas, as de- de pressão.
mandas recorrentes e as demandas reprimidas.
Além disso, é preciso considerar que nos países onde grande parte da
As demandas novas são aquelas que resultam do surgimento de novos economia foi estatizada, os servidores públicos de alguns setores são
atores políticos ou de novos problemas. Novos atores são aqueles que já capazes de virtualmente - parar o país. No Brasil, por exemplo, é importan-
existiam antes mas não eram organizados; quando passam a se organizar te ter em mente que o serviço público está quase totalmente sindicalizado e
para pressionar o sistema político, aparecem como novos atores políticos. os sindicatos de servidores públicos, são na sua maioria, ligados a comba-
Novos problemas, por sua vez, são problemas que ou não existiam efeti- tivas centrais sindicais.
vamente antes -como a AIDS, por exemplo - ou que existiam apenas como
"estados de coisas”, pois não chegavam a pressionar o sistema e se apre- Outro ator de grande importância no processo político são os agentes
sentar como problemas políticos a exigirem solução. Um exemplo é a internacionais. Podem ser agentes financeiros como o FMI, o Banco Mun-
questão ambiental. dial, etc., cuja importância é óbvia no que diz respeito a questões econômi-
cas. Podem ser organizações ou governos de países com os quais se
As demandas recorrentes são aquelas que expressam problemas não mantêm relações de troca importantes e que podem afetar não apenas a
resolvidos ou mal resolvidos, e que estão sempre voltando a aparecer no economia, mas também a política interna do país. Um exemplo foi a atua-
debate político e na agenda governamental. ção dos EUA em questões como a Lei de Patentes, etc. Outro é a atuação
da Anistia Internacional na questão dos desaparecidos políticos. Um outro
Quando se acumulam as demandas e o sistema não consegue enca- exemplo encontra-se na atuação de organizações ecológicas em tomo de
minhar soluções aceitáveis, ocorre o que se denomina "sobrecarga de problemas como a preservação da Amazônia. Hoje, além disso, é preciso
demandas": uma crise que ameaça a estabilidade do sistema. Dependendo ter em mente que existe um outro tipo de agente no cenário internacional:
da sua gravidade e da sua duração, pode levar até mesmo à ruptura insti- os chamados atores trasnacionalizados, que atuam em escala global,
tucional. Mesmo que isto não ocorra, o sistema passa a lidar com crises de concentrando atomizadamente vastas parcelas de poder, notadamente no
governabilidade: pressões resultantes da combinação do excesso ou com- mercado financeiro e nas telecomunicações, mas também no mercado de
plexidade de demandas - novas ou recorrentes - com withinputs contraditó- armas e no crime organizado.
rios e redução do apoio ou suporte.
Finalmente, embora não atue diretamente, não se pode ignorar o papel
As demandas reprimidas são aquelas constituídas por "estados de coi- da mídia. Principalmente os jornais e a televisão são importantes agentes
sas" ou por não-decisões, que serão discutidos adiante. formadores de opinião, que possuem capacidade de mobilizar a ação de
outros atores. Na verdade, principalmente a televisão, tem um grande
poder de formar a agenda de demandas públicas, de chamar a atenção do
II público para problemas diversos, de mobilizar a indignação popular, enfim,
de influir sobre as opiniões e valores da massa popular, E' importante
assinalar, ainda, que a mídia impressa e/ou eletrônica pode ser, ao mesmo
Conforme foi visto acima, a política compreende um conjunto de proce- tempo ou alternativamente, um ator, um recurso de poder e um canal de
dimentos destinados à resolução pacifica de conflitos em torno da alocação expressão de interesses.
de bens e recursos públicos. Quem são os envolvidos nestes conflitos? São

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Como identificar os atores em uma política pública? Existem diversos preferências dos atores, manifestam-se os seus interesses e é então que
critérios. Entretanto, o mais simples e eficaz é estabelecer quem tem algu- os diversos atores entram em confronto. Cada um deles possui recursos de
ma coisa em jogo na política em questão. Ou seja, quem pode ganhar ou poder: influência, capacidade de afetar o funcionamento do sistema, meios
perder com tal política, quem tem seus interesses diretamente afetados de persuasão, votos, organização, etc. E cada um deles possui
pelas decisões e ações que compõem a política em questão. preferências. Uma preferência é a alternativa de solução para um problema
que mais beneficia um determinado ator. Assim, dependendo da sua
posição, os atores podem ter preferências muito diversas uns dos outros
III quanto à melhor solução para um problema político.

Uma situação pode existir durante mudo tempo, incomodando grupos Estas preferências dependem do cálculo de custo/benefício de cada
de pessoas e gerando insatisfações sem, entretanto, chegar a mobilizar as ator. O cálculo de custo/benefício é o cálculo das vantagens e desvanta-
autoridades governamentais. Neste caso, trata-se de um "estado de coisas" gens que cada ator tem em relação a cada alternativa proposta para solu-
- algo que incomoda, prejudica, gera insatisfação para muitos indivíduos, cionar um problema. Este cálculo não se restringe a custos econômicos ou
mas não chega a constituir um ítem da agenda governamental, ou seja, não financeiros. Envolve também elementos simbólicos, como prestígio; ou
se encontra entre as prioridades dos tomadores de decisão. Quando este elementos políticos, como ambições de poder e ganhos ou perdas eleito-
estado de coisas passa a preocupar as autoridades e se toma uma priori- rais, por exemplo.
dade na agenda governamental, então tornou-se um "problema político".
As preferências se formam em tomo de issues ou questões. As vezes é
Mas nem sempre isso acontece. Algumas vezes existem situações que difícil entender este conceito devido às limitações da língua portuguesa. Em
permanecem "estados de coisas" por períodos indeterminados, sem chegar inglês tem-se termos alternativos: problem, question, issue, o que não
a serem incluídos na agenda governamental, pelo fato de que existem ocorre em português, onde tem-se apenas problema e questão. Issue é um
barreiras culturais e institucionais que impedem que sequer se inicie o item ou aspecto de uma decisão, que afeta os interesses de vários atores e
debate público do assunto. Existem muitos exemplos: o estatuto da propri- que, por esse motivo, mobiliza as suas expectativas quanto aos resultados
edade privada não é, de forma alguma, um objeto de debate político nos da política e catalisa o conflito entre os atores. Por exemplo, na reforma
EUA. Os direitos da mulher não entram na pauta governamental de diver- agrária, são issues: o conceito de terra improdutiva, a forma de indenização
sos países do Oriente Médio. No Brasil, só muito recentemente chegou à nas desapropriações e o rito de desapropriação. Por que são issues?
agenda de debates a questão da legalização das relações entre homosse- Porque, dependendo da decisão que for tomada quanto a esses pontos,
xuais, a discriminalização do aborto, etc. Nesses casos, configura-se o que alguns atores ganham e outros perdem, seus interesses são afetados e a
Bachrach e Baratz conceituam como "não-decisão". política assume uma configuração ou outra. Para entender o processo de
formulação (e também a implementação) é essencial definir quais são os
A não decisão não se refere à ausência de decisão sobre uma questão issues de uma política e identificar as preferências dos atores em relação a
que foi incluída na agenda política. Isso seria, mais propriamente resultado cada um deles.
do emperramento do processo decisório. Não-decisão significa que deter-
minadas temáticas que ameaçam fortes interesses, ou que contrariam os Em função das preferências e das expectativas de resultados (vanta-
código de valores de uma sociedade (e, da mesma forma, ameaçam inte- gens e desvantagens) de cada alternativa na solução de um problema, os
resses) encontram obstáculos diversos e de variada intensidade à sua atores fazem alianças entre si e entram em disputa. Daí se formam as
transformação de um estado de coisas em um problema político - e, portan- arenas políticas: distributivas, regulatórias e redistributivas.
to, à sua inclusão na agenda governamental.
Grosso modo, a dinâmica das relações entre os atores pode obedecer
Entretanto, há autores que consideram que, no caso de uma forte não a três padrões: lutas, jogos e debates. As lutas geralmente acontecem
decisão, mesmo que o tema seja incluído na agenda governamental, não quando se trata de arenas redistributivas, onde se tem o chamado “jogo de
chega a ter uma solução por obstrução decisória. Ou que, caso chegue a soma-zero", ou seja, uma situação na qual, para que um ator ganhe, o
uma decisão, esta não chega a ser implementada. Certamente, esta é uma outro tem que perder. Esta é a pior de todas as situações em política.
ampliação do conceito, sujeita a exame mais cuidadoso e a debate entre Entretanto, mesmo nestes casos, dependendo daquilo que esteja em jogo,
especialistas. e dependendo do custo do confronto para os atores envolvidos, é possível
haver uma acomodação entre os interesses em conflito: pode-se ter uma
Um estado de coisas geralmente se transforma em problema político situação onde um lado não ganhe tudo, nem o outro lado perca tudo. Cada
quando mobiliza ação política. Para que uma situação ou estado de coisas um cede um pouco para resolver o conflito sem grandes enfrentamentos,
se torne um problema político e passe a figurar como um ítem prioritário da cujo custo pode ser elevado. Por outro lado, a acomodação pode ser uma
agenda governamental é necessário que apresente pelo menos uma das estratégia de algum ator interessado para adiar o confronto para o momen-
seguintes características: to da implementação, quando a situação política e a correlação de forças
podem lhe ser mais favoráveis.
(a) mobilize ação política: seja ação coletiva de grandes grupos, seja
ação coletiva de pequenos grupos dotados de fortes recursos de poder, Os jogos são as situações onde a lógica é vencer o adversário em uma
seja ação de atores individuais estrategicamente situados; situação específica, sem eliminá-lo totalmente do processo, de tal maneira
que ele possa vir a ser um aliado num momento posterior. Esta situação é a
(b) constitua uma situação de crise, calamidade ou catástrofe, de ma- mais típica do mundo da política, sendo exemplificada pelas negociações,
neira que o ônus de não resolver o problema seja maior que o ônus de barganhas, conluios, coalizões de interesses.
resolvê-lo;
Finalmente, os debates são situações onde cada um dos atores procu-
(c) constitua uma situação de oportunidade, ou seja, haja vantagens, ra convencer o outro da adequação das suas propostas, de tal maneira que
antevistas por algum ator relevante, a serem obtidas com o tratamento o que vence é aquele que se mostra capaz de transformar o adversário em
daquele problema. um aliado. Aqui, a lógica é a da persuasão. E é onde recursos como o
conhecimento técnico desempenham um papel relevante. De acordo com
Lindblom, no jogo do poder, diversos são os procedimentos ou táticas
Ao deixar de ser um estado de coisas e se transformar em um proble- utilizados pelos atores. A persuasão é a tentativa de buscar a adesão pela
ma político uma questão ou demanda toma-se um input, passando a inclu- avaliação das possibilidades de um determinado curso de ação. Envolve
ir-se na agenda governamental. A partir desse momento inicia-se o momen- análise e argumentação.
to de formulação das alternativas.
Além da persuasão, freqüentemente os atores recorrem ao chamado
A formulação das alternativas é um dos mais importantes momentos do "intercâmbio", que significa a troca de favores, de apoios e até mesmo de
processo decisório, porque é quando se colocam claramente as benefícios, como dinheiro, cargos, bens, etc. Quando nem a persuasão

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nem o intercâmbio funcionam, há atores que se utilizam de ameaças. As acumular e provocar grandes transformações, o processo de tomada de
ameaças podem se referir à imposição de danos ou prejuízos ou à suspen- decisão, em si mesmo, limita-se àquilo que é possível de ser alocado num
são de favores ou benefícios. momento preciso do tempo.

Uma outra forma de atuação é a pressão pública, que pode ser realiza- Esta limitação é que imprime a característica de gradualidade à tomada
da por atores individuais ou coletivos. Inclui desde manifestações pela de decisões. Tipicamente, são decisões que dizem respeito a ajustes ou a
imprensa, até atitudes radicais como greves de fome, etc além de manifes- medidas experimentais de curto alcance no atendimento das demandas -
tações coletivas - pacíficas ou violentas, capazes de causar constrangimen- envolvendo pequenas tentativas que admitem o ensaio, o erro e a correção
to, de mobilizar a opinião pública e de chamar a atenção da imprensa e, dos rumos. O incrementalismo pode ser uma importante estratégia para a
eventualmente, de atores internacionais, para o problema. adoção de políticas com alto potencial de conflito, ou políticas que implicam
limitação de recursos ou de conhecimentos, de maneira a garantir melhores
E' possível, ainda, o exercício da autoridade, que significa, de fato, a condições para sua implementação. Por outro lado, a própria implementa-
exigência da obediência. Este exercício pode ser direto (A ordena e B ção pode ser prejudicada pelo gradualismo incrementalista. Assim, a esco-
obedece) ou pode ser indireto (A ordena a B, que ordena a C, e então C lha do modelo é sempre uma questão de estratégia.
obedece).
Já a modelo racional-compreensivo, formalizado por H. Simon, não se
Finalmente, pode-se utilizar da negociação e do compromisso: a tenta- distingue apenas pelo maior alcance e pela maior proporção de recursos
tiva de encontrar soluções negociadas nas quais todas as partes sintam-se alocados. Diferencia-se, também, pela própria lógica que orienta os toma-
mais ou menos satisfeitas com o que obtiveram, de tal maneira que todos dores de decisão. Enquanto que no modelo incremental existe a convicção
saiam do processo acreditando que ganharam alguma coisa e ninguém de que o conhecimento da realidade é sempre limitado e que as decisões
saia com a convicção de ter perdido tudo. envolvem conflitos de poder e precisam ser ágeis e rápidas - e por tudo
isso devem ser cautelosas - no modelo racional compreensivo, parte-se do
Obviamente, estes são apenas os procedimentos mais comuns, po- princípio de que é possível conhecer o problema de tal forma que se possa
dendo haver outros. Mas é importante observar que pode haver, ainda, um tomar decisões de grande impacto. Resumidamente, neste modelo de
outro procedimento: a obstrução. Trata-se do uso de recursos de poder tomada de decisão, os decisores estabelecem quais os valores a serem
para impedir, atrasar, confundir, etc, de tal maneira que o custo de determi- maximizados e quais as alternativas que melhor poderão maxímizá-los. A
nadas alternativas se torna tão elevado que os atores acabam por se seleção da alternativa a ser adotada é feita a partir de uma análise abran-
desgastar e por abandonar, ao menos temporariamente, a luta em tomo de gente e detalhada de cada alternativa e suas conseqüências.
uma demanda ou de uma alternativa. Neste caso, trata-se de uma situação
de paralisia decisória onde a decisão emperra de tal forma que todos os Porisso, a decisão é mais lenta, pois requer, antes, o levantamento de
atores ficam impossibilitados de obter qualquer solução admissível para todas as informações disponíveis sobre o assunto, o estudo de todas as
aquele problema. possibilidades técnicas e políticas para solucionar o problema, etc. Geral-
mente pretende-se realizar grandes mudanças a partir de objetivos e cursos
IV de ação previamente definidos a partir dos valores que orientam a decisão.

Uma vez que um problema qualquer tenha-se tornado prioridade go- Os dois estilos ou modelos de tomada de decisão apresentam proble-
vernamental, é iniciado o processo de formulação de alternativas. Existem mas. Entre outros, o modelo incremental mostra-se pouco compatível com
diferentes formas de "pensar" a solução para um input de demanda. Uma as necessidades de mudança e pode apresentar um viés conservador. Já o
das maneiras é o chamado "MODELO INCREMENTAL"; a outra é o cha- modelo racional-compreensivo parte de um pressuposto ingênuo de que a
mado "MODELO RACIONAL-COMPREENSIVO". Existe uma terceira informação é perfeita e não considera adequadamente o peso das relações
modalidade, que compõe as duas primeiras, denominada "MI- de poder na tomada de decisões. Assim, buscando solucionar essas difi-
XED-SCANNING". culdades e outras, elaboraram-se propostas de composição das duas
abordagens. Entre elas destaca-se a concepção defendida por Etzioni, do
Em termos simplificados, o modelo incremental - que tem em Lindblom mixed-scanning.
um dos seus defensores - significa buscar solucionar problemas de maneira
gradual, sem introduzir grandes modificações nas situações já existentes, e Etzioni distingue entre decisões ordinárias ou incrementais; e decisões
sem provocar rupturas de qualquer natureza. Ou seja, em vez de especifi- fundamentais ou estruturantes. As decisões estruturantes são aquelas que
car objetivos e de avaliar que decisões podem atender a esses objetivos, estabelecem os rumos básicos das políticas públicas em geral e proporcio-
os tomadores de decisão escolhem as alternativas mediante a comparação nam o contexto para as decisões incrementais. Etzioni considera o mi-
de alternativas específicas e da estimativa de quais dessas alternativas xed-scanning o método adequado para lidar com as decisões estruturantes
poderão melhor produzir os resultados esperados. Assim, a melhor decisão porque permite explorar um amplo leque de alternativas.
não é aquela que maximiza os valores e objetivos dos tomadores de deci-
são, mas aquela que assegura o melhor acordo entre os interesses envol- Basicamente, o mixed-scanning requer que os tomadores de decisão
vidos. se engajem em uma ampla revisão do campo de decisão, sem se dedicar à
análise detalhada de cada alternativa (conforme faz o modelo racio-
Esta forma de abordar os problemas resulta de duas constatações bá- nal-compreensivo). Esta revisão permite que alternativas de longo prazo
sicas: primeiro, por mais adequada que seja a fundamentação técnica de sejam examinadas e levem a decisões estruturantes. As decisões incre-
uma altemativa, a decisão envolve relações de poder. Assim, uma solução mentais, por sua vez, decorrem das decisões estruturantes e envolvem
tecnicamente irrevogável pode se revelar politicamente inviável, e vi- análise mais detalhadas de alternativas específicas.
ce-versa, o que significa dizer que não existem soluções perfeitas. Segun-
do, os governos democráticos efetivamente não possuem liberdade total na Conforme já foi mencionado antes, uma demanda expressa aspirações
alocação de recursos públicos. quanto à solução de um problema. Estas aspirações transformam-se em
expectativas quando as alternativas começam a ser formuladas. Obviamen-
De fato, é impossível pensar a tomada de decisões fora de certos hori- te, há atores que têm expectativas de obter vantagens com uma decisão e
zontes históricos, pois a alocação de recursos é um processo contínuo. outros que acreditam que esta decisão vá lhes trazer desvantagens. A
Assim, as decisões que se precisa tomar hoje freqüentemente são condi- partir destas expectativas é que os atores se mobilizam, defendendo aquilo
cionadas e limitadas pelo comprometimento de recursos que ocorreu em que seja o seu interesse.
algum momento do passado recente, seja pelo governo que está no poder,
seja por seu(s) antecessor(es). Este fato faz com que somente pequenas Esta mobilização assume, geralmente, alguns padrões definidos. As-
parcelas de recursos estejam disponíveis e reduz as decisões políticas a sim, quando se tem políticas distributivas, o padrão costuma ser pluralista.
decisões marginais, incrementais. Ou seja, mesmo que no longo prazo Quando se tem políticas regulatórias, o padrão pode ser pluralista, mas
estas decisões de pequenos alcance e pequenas mudanças cheguem a se também tende a ser elitista, dependendo de qual seja o problema a ser

Conhecimentos Gerais 42 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
regulamentado. Quando se tem políticas redistributivas, o padrão costuma Entretanto, também esta abordagem oferece problemas. Em primeiro
ser o do jogo de soma-zero. lugar, ela ignora em grande parte o jogo político, de barganha e negocia-
ção, esquecendo que os lideres das organizações são também indivíduos
Estes padrões significam: (1) a forma assumida pelas relações de po- dotados de ambições políticas. Além disso, ignora que as organizações
der (quem tem poder, quem não tem, quem tem mais poder, quem tem freqüentemente também são pouco racionais - apesar de toda a informação
menos poder), e são, porisso, modelos de decisão; (2) no caso do padrão que possuem e das rotinas que desenvolvem - até porque elas tendem a
pluralista, significa, também, o formato assumido pelos mecanismos de desenvolver inflexibilidades.
representação de interesses, tanto do pontos de vista formal, quanto infor-
mal. Assim, existem uma terceira abordagem, que a Allison denomina "Mo-
delo da Política Burocrática", embora este não seja um nome apropriado.
Embora cada um desses padrões corresponda a verdadeiros paradig- Basicamente, este modelo rejeita a idéia da racionalidade linear em relação
mas de análise política - e portanto admita incontáveis considerações de a uma política específica, considerando que os interesses dos diversos
natureza teórica que excedem os limites deste texto - vale lembrar a idéia atores freqüentemente colocam linhas cruzadas entre diferentes políticas.
básica de cada um deles. No pluralismo, a principio e como regra, todos os Assim, uma decisão que parece pouco racional, indicando um prejuízo para
atores são equivalentes, ou seja todos tem chances de obter a decisão que um ator em determinada política, pode ter sido o elemento de barganha
lhes seja mais favorável. Isto vai depender da capacidade e da disposição para que esse mesmo ator obtivesse uma vantagem muito maior em uma
de cada ator para enfrentar a disputa pelos seus interesses e tratar de outra política que - em princípio - nada tem a ver com a primeira. Ou seja, o
articular estratégias e recursos de poder que lhes garantam a vitória contra elemento crucial é definir qual é o interesse em jogo para cada ator envol-
os seus oponentes. vido. Obviamente, além disso, é fundamental também definir que recursos
de poder cada ator possui para tentar impor o seu interesse aos demais,
No elitismo e no modelo de classes, isto não acontece: os resultados que alianças é capaz de compor, sua capacidade de ação estratégica, etc.
são previamente definidos pelos interesses das elites (elitismo), que contro-
lam os recursos organizacionais da sociedade, ou da classe dominante Além disso, esta abordagem considera que o jogo político não se dá
(modelo de classes), que controla os recursos produtivos (interesses eco- apenas entre unidades institucionais e coletivas: há todo tipo de ator. Ato-
nômicos). Entretanto, é necessário lembrar que as elites competem entre si res organizacionais defendendo interesses organizacionais ou, alternativa-
e o mesmo fazem as frações da classe dominante. Nesta competição, mente, usando sua posição organizacional para favorecer interesses e
eventualmente certas elites ou frações de classe podem procurar obter o ambições pessoais. Atores coletivos agindo em defesa dos interesses de
apoio das não-elites (massas) ou de setores da classe dominada. Neste suas coletividades ou não. Atores institucionais ou individuais, privados e
caso, a não-elite ou a classe dominada passam a influir no processo. públicos. E, sempre, tudo permeado por cálculos políticos, de curto, médio
ou longo alcance.
Uma vez que as alternativas estejam sendo formuladas, qual o compor-
tamento dos atores no jogo do poder? De acordo com Allison, existem pelo Neste jogo, para obter vantagens individuais, coletivas, organizacio-
menos três formas de tratar esta questão. nais, etc, os atores fazem todas as alianças possíveis, usam de todas as
estratégias e recursos. O que move o jogo do poder não é a lógica de um
Pode-se supor que todos os atores agem de maneira absolutamente curso de ação, nem as rotinas organizacionais, nem a excelência técnica
racional, buscando a solução mais perfeita para apenas aquele problema de cada altemativa, mas o poder efetivo e as habilidades políticas dos
que está em jogo. Nesse caso, o governo (logo, os tomadores de decisão) proponentes e adversários de uma alternativa para negociar, barganhar até
é visto como um ator unitário, monolítico, que trata o problema estrategica- obter uma solução satisfatória para um determinado problema político.
mente, estabelecendo quais são os seus objetivos, quais as soluções
alternativas disponíveis e quais as conseqüências de cada uma. Escolhe a Esta abordagem permite lidar, inclusive com as situações de falta de in-
alternativa que lhe traz conseqüências mais vantajosas e age. Conceitual- formação e de informação incompleta, permitindo entender situações nas
mente, este tipo de análise baseia-se em uma idéia semelhante à idéia do quais:
"mercado de concorrência perfeita" na economia.
(a) ocorre a cooperação universal porque todos os atores são solidá-
Acontece que o mercado de concorrência perfeita não existe na reali- rios; ou seja, todos acreditam que ganham com uma solução.
dade, pois a racionalidade humana não dá conta de todas as informações
e, além disso, o processo decisório carrega inúmeras ambigüidades. Ade- (b) não ocorre nenhuma cooperação, porque cada um quer levar van-
mais, uma política nunca se esgota nela mesma e freqüentemente mos- tagem em tudo;
tra-se um campo de interesse cruzados, diversificados e mesmo conflitan-
tes. Finalmente, o governo e o Estado não são unitários: ao contrário, são (c) alguns atores não cooperam e tiram vantagem do fato de todos os
compostos por indivíduos, que tem interesses próprios, diferenciados e que outros atores estarem cooperando;
fazem seu cálculo político pessoal, circunstancial e de longo prazo.
(d) alguns atores cooperam enquanto todos os outros só buscam suas
Uma outra forma de tratar o processo de decisão é a abordagem orga- vantagens individuais.
nizacional. Este tipo de análise consegue escapar do problema da raciona-
lidade absoluta e abstrata, que é uma das falhas da abordagem anterior e Neste contexto é que surgem as decisões. A rigor, uma decisão em po-
fornece uma solução para o fato de que o governo e o Estado não são lítica pública representa apenas um amontoado de intenções sobre a solu-
entidades unitárias e monolíticas. A abordagem organizacional supõe, em ção de um problema, expressas na forma de determinações legais: decre-
lugar disto, que o Estado e o governo são conglomerados de organizações tos, resoluções, etc, etc... Nada disso garante que a decisão se transforme
dotadas de vida mais ou menos autônoma. O governo percebe os proble- em ação e que a demanda que deu origem ao processo seja efetivamente
mas através dos sensores das organizações, usando as informações que atendida. Ou seja, não existe um vinculo ou relação direta entre o fato de
elas fornecem e encontra soluções para os problemas através das "rotinas" uma decisão ter sido tomada e a sua implementação. E também não existe
de procedimentos que as organizações desenvolvem. relação ou vínculo direto entre o conteúdo da decisão e o resultado da
implementação.
Nesse caso, as políticas públicas são entendidas como outputs organi-
zacionais. Os atores são agentes das organizações, o poder é dividido 0 que é que garante que uma decisão se transforme em ação em regi-
entre elas e os problemas são percebidos conforme o seu ponto de vista e mes democráticos? A efetiva resolução de todos os pontos de conflito
a sua interpretação. As prioridades são definidas conforme os seus interes- envolvidos naquela política pública. Esta "efetiva resolução" não significa
ses. As soluções devem se ajustar a procedimentos operacionais padroni- nada tecnicamente perfeito.
zados, conforme as rotinas desenvolvidas pelas organizações.
Em lugar disto, significa aquilo que politicamente se considera uma
"boa decisão": uma decisão em relação à qual todos os atores envolvidos

Conhecimentos Gerais 43 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
acreditem que saíram ganhando alguma coisa e nenhum ator envolvido 6) Deve haver uma só agência implementadora, que não depende de
acredite que saiu completamente prejudicado. outras agências para ter sucesso; se outras agências estiverem envolvidas,
a relação de dependência deverá ser mínima em número e em importância;
Como esta solução é realmente difícil de ser obtida, apesar de todas as
possibilidades de negociação, então considera-se também uma "boa deci- 7) Deve haver completa compreensão e consenso quanto aos objetivos
são" aquela que foi a melhor possível naquele momento específico. a serem atingidos e esta condição deve permanecer durante todo o proces-
so de implementação;
Isto, na prática, quer dizer que naquele momento todos os atores dota-
dos de efetivos recursos de poder para inviabilizar uma política pública 8) Ao avançar em direção aos objetivos acordados, deve ser possível
devem acreditar que saíram ganhando alguma coisa e nenhum ator dotado especificar, com detalhes completos e em seqüência perfeita, as tarefas a
de efetivos recursos de poder para inviabilizar a política pública acredite serem realizadas por cada participante;
que saiu prejudicado com a decisão. Ou seja, a ausência de ganhos e os
prejuízos reais em um momento especifico devem estar limitados àqueles 9) E' necessário que haja perfeita comunicação e coordenação entre os
atores que não são capazes de mobilizar recursos de poder para impedir vários elementos envolvidos no programa;
que a decisão se transforme em ação.
10) Os atores que exercem posições de comando devem ser capazes
de obter efetiva obediência dos seus comandados.
V
Neste tipo de abordagem, a responsabilidade por uma política cabe,
Os últimos aspectos abordados acima remetem a discussão à esfera claramente, aos agentes situados no topo do processo político, e são
da implementação de políticas públicas. Desde a década de 1970, o estudo quatro as variáveis mais importantes:
de políticas publicas indica haver algo como que um "elo perdido", situado
entre a tomada de decisão e a avaliação dos resultados: a implementação. a) a natureza da política: não pode admitir ambigüidades;
Embora esta preocupação com a implementação seja relevante, na reali-
dade, a separação entre a formulação, a decisão, a implementação e a b) a estrutura de implementação: os elos da cadeia devem ser míni-
avaliação de políticas públicas é um recurso mais importante para fins de mos;
análise do que um fato real do processo político.
c) a prevenção de interferências externas;
A implementação pode ser compreendida como o conjunto de ações
realizadas por grupos ou indivíduos de natureza pública ou privada, as d) o controle sobre os atores envolvidos na implementação.
quais são direcionadas para a consecução de objetivos estabelecidos
mediante decisões anteriores quanto a políticas. Em outra palavras, tra- Particularmente quando se trata das variáveis (c) e (d), deve-se levar
ta-se das ações para fazer uma política sair do papel e funcionar efetiva- em consideração, também, como o tipo de política e de arenas políticas
mente. Este processo precisa ser acompanhado, entre outras coisas, para pode afetar o processo de implementação. Ocorre que diferentes tipos de
que seja possível identificar porque muitas coisas dão certo enquanto políticas e de arenas políticas envolvem diferentes participantes com distin-
muitas outras dão errado entre o momento em que uma política é formula- tos níveis de envolvimento, conforme o que esteja em jogo no momento.
da e o seu resultado concreto. Assim, alguns tipos de políticas podem ser mais ou menos difíceis de
implementar, podem ter maior ou menos probabilidade de interferência
Efetivamente, em especial quando uma política envolve diferentes ní- externa, etc. Por exemplo: as políticas redistributivas podem ser mais
veis de governo - federal, estadual, municipal - ou diferentes regiões de difíceis de implementar que as políticas distributivas; já as políticas regula-
uma mesmo país, ou ainda, diferentes setores de atividade, a implementa- tórias podem ser mais ou menos bem sucedidas dependendo das suas
ção pode se mostrar uma questão problemática, já que o controle do pro- conseqüências redistributivas.
cesso de torna mais complexo.
Portanto, o acompanhamento e controle das políticas deve incluir, tam-
Mesmo quando se trata apenas do nível local, há que se considerar, bém: o tipo de política e de arena política; o contexto inter e in-
ainda, a importância dos vínculos entre diferentes organizações e agências tra-organizacional dentro do qual ocorre a implementação; e o mundo
públicas no nível local para o sucesso da implementação. Geralmente, externo sobre o qual a política deverá exercer o seu impacto.
quando a ação depende de um certo número de elos numa cadeia de
implementação, então o grau necessário de cooperação entre as organiza- Por outro lado, os implementadores nem sempre são os atores situa-
ções para que esta cadeia funcione pode ser muito elevado. Se isto não dos no topo da pirâmide política. Assim, o acompanhamento de uma políti-
acontecer, pequenas deficiências acumuladas podem levar a um grande ca deve levar em consideração a existência de uma percepção precisa
fracasso. acerca da política que se implementa. Isto nem sempre ocorre. Ou seja,
nem sempre os indivíduos que atuam na implementação de uma política
Assim, há estudos que indicam dez pré-condições necessárias para sabem efetivamente que estão trabalhando como implementadores de algo
que haja uma implementação perfeita: abstrato como uma política.

1) As circunstâncias externas à agência implementadora não devem Além disso, nem sempre a implementação se distingue do próprio pro-
impor restrições que a desvirtuem; cesso de formulação, e em muitos casos, a implementação acaba sendo
algo como "a formulação em processo". Isto tem conseqüências: entre
2) 0 programa deve dispor de tempo e recursos suficientes; outras, os próprios objetivos da política, e os problemas envolvidos, não
são conhecidos antecipadamente em sua totalidade, ao contrário, vão
3) Não apenas não deve haver restrições em termos de recursos glo- aparecendo à medida em que o processo avança. Além disso, se há políti-
bais, mas também, em cada estágio da implementação, a combinação cas que possuem características de "programas" - com objetivos e recursos
necessária de recursos deve estar efetivamente disponível; definidos claramente - outras não possuem tais características, sendo muito
menos claras, inclusive quanto aos seus limites.
4) A política a ser implementada deve ser baseada numa teoria ade-
quada sobre a relação entre a causa (de um problema) e o efeito (de uma Quando se trata de políticas com características de "programas”, um
solução que está sendo proposta); dos problemas que surgem resulta do modo pelo quais esses programas
interagem e entram em conflito com outros programas. Neste caso, diver-
5) Esta relação entre causa e efeito deve ser direta e, se houver fatores sas coisas podem ocorrer: (a) novas iniciativas podem envolver mudanças
intervenientes, estes devem ser mínimos; que afetam atividades em andamento, com as quais podem entrar em
conflito; (b) muitas áreas e setores de políticas são dominados por agências

Conhecimentos Gerais 44 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
governamentais que tomam decisões intra-organizacionais sobre como denomina formulação. E, na verdade, existem diversas razões para que
compatibilizar os novos programas com os antigos; (c) o poder Executivo estas decisões sejam adiadas para a fase da implementação. Por exemplo:
domina o sistema governamental e legisla de muitas formas, e apenas
alguns aspectos destas decisões aparecem como atos específicos do a) porque existem conflitos que não puderam ser resolvidos durante o
Congresso, e por este motivo as decisões do Legislativo podem parecer estágio de formulação;
ambíguas, pouco claras.
b) porque considera-se necessário deixar que decisões fundamentais
Então, freqüentemente o estudo e o acompanhamento da implementa- somente sejam tomadas quando todos os fatos estiverem à disposição dos
ção enfrentam a dificuldade de identificar o que é que efetivamente está implementadores;
sendo implementado, porque as políticas públicas são fenômenos comple-
xos. Eventualmente, esta complexidade é deliberada, ou seja, em certos c) porque existe a crença de que os profissionais da implementação
casos, as políticas formuladas podem ter apenas o objetivo de permitir que estarão melhor preparados do que outros atores para tomar certas
os políticos ofereçam ao público satisfações simbólicas, sem que haja decisões;
nenhuma intenção verdadeira de implementá-las.
d) porque existe pouco conhecimento sobre o impacto efetivo das no-
Qualquer sistema político no qual a formulação e a implementação são vas medidas;
separados - seja pela divisão entre o Legislativo e o Executivo, seja pela
divisão entre níveis de governo (federal, estadual, municipal) - oferece e) porque existe o reconhecimento de que as decisões cotidianas
oportunidades para a adoção simbólica de políticas. Em outras palavras, envolverão negociações e compromissos com interesses poderosos;
uma instância pode facilmente assumir que tomou a decisão demandada
pelo público, sabendo antecipadamente que os custos de sua implementa- f) porque se considera que seja politicamente inconveniente tentar re-
ção irão recair sobre outra instância, sem que sejam providenciados os solver esses conflitos.
recursos necessários para tornar a ação possível.
Assim, o processo de implementação pode ser uma continuação da
Mesmo quando não é este o caso, é importante reconhecer que o fe- formulação, envolvendo flexibilização, idas e vindas, etc - de maneira que
nômeno sobre o qual a ação irá incidir deverá requerer negociação e com- compreende um contínuo processo de interação e negociação ao longo do
promisso. Por isso, o acompanhamento e controle das políticas publicas tempo, entre aqueles que querem pôr uma política para funcionar e aqueles
requer que se tenha em mente que: de quem este funcionamento depende. Neste caso, é preciso identificar
quem procura influenciar a que, a quem, como e porque.
a) muitas políticas representam compromissos entre valores e objetivos
conflitantes; Por outro lado, frequentemente, a atitude dos agentes públicos respon-
sáveis pelas políticas frequentemente ignora todas essas considerações.
b) mudas políticas envolvem compromissos com interesses poderosos Mesmo quando se trata de atores capacitados e comprometidos com a
dentro da estrutura de implementação; realização de uma política, três atitudes são bastante comuns. Primeiro, os
que decidem supõem que o fato de uma política ter sido decidida automati-
c) muitas políticas envolvem compromissos com interesses poderosos camente garante que ela seja implementada. Segundo, todas as atenções
sobre quem será afetado pela implementação; se concentram na decisão e no grupo decisório, enquanto a implementação
fica ignorada ou é tratada como se fosse de responsabilidade de um outro
d) muitas políticas são formuladas sem que tenha sido dada a atenção grupo. Terceiro, aparentemente se supõe que a implementação se resume
necessárias ao modo pelo qual forças poderosas (particularmente as forças a levar a cabo o que foi decidido, logo, é apenas uma questão de os execu-
econômicas) poderão impossibilitar a sua implementação. tores fazerem o que deve ser feito para implementar a política.

Ocorre que a realidade é muito mais complexa, como foi visto


E' preciso reconhecer que tais compromissos não são imutáveis, mas anteriormente. Em virtude disso, uma política pode simplesmente não
que ainda assim eles podem persistir durante todo o processo de transfor- chegar a ser implementada, seja pela reação de interesses contrariados,
mação da decisão em ação; e que alguns tomadores de decisão podem se seja por reação ou omissão dos agentes públicos envolvidos, seja por
sentir muito satisfeitos em que isto ocorra, de maneira a liberá-los dos reação ou omissão até mesmo dos possíveis beneficiários. Ou,
problemas da decisão. alternativamente, pode ter apenas algumas de suas partes implementadas.
Pode ter partes implementadas contraditoriamente à decisão e seus
Um outro problema tem a ver com o fato de que muitas ações objetivos. Pode ter partes implementadas de maneira diversa - embora não
governamentais não envolvem a promulgação de programas explícitos contrária - do que foi previsto. Pode ter partes implementadas
instituindo novas atividades. Em lugar disso, elas se resumem a contraditoriamente entre si. E muitas outras coisas podem ocorrer, gerando
ajustamentos na forma pela qual as atividades existentes são realizadas. resultados absolutamente diferentes daquilo que se pretendia com a
Um exemplo comum deste tipo são os aumentos ou reduções de recursos decisão. Essa variedade de resultados decorre do fato de que a
para atividades específicas, de forma que podem estimular ou implementação é um processo interativo e continuado de tomada de
simplesmente cancelar determinadas políticas, sem que isto seja afirmado decisões por numerosos e pequenos grupos envolvidos com a política, os
diretamente por qualquer agencia governamental. E isto toma a quais apresentam reações efetivas ou potenciais à decisão. Por isso, a
implementação um assunto ainda mais complexo, pois a relação entre o implementação deve ser vista sob uma perspectiva interativa, na qual as
ajuste nos recursos e o próprio programa nem sempre é direta. ações individuais em pontos estratégicos influenciam consideravelmente os
Além do aspecto relativo aos recursos, uma outra forma de interferir em resultados obtidos.
uma política em andamento é a mudança na estrutura: transferências de
serviços e atribuições de uma agência para outra, instituição de novas E é assim porque na realidade o que existe não é um processo acaba-
regras sobre a gestão de determinadas atividades, etc - tudo isto muda o do, mas sim um contínuo movimento de interação entre uma política em
balanço de poder do sistema de implementação e pode afetar as próprias mudança, uma estrutura de relações de grande complexidade e um mundo
políticas: a mudança nas regras do jogo, afinal, pode mudar o próprio exterior não apenas complexo mas, também, dotado de uma dinâmica cada
resultado do jogo. vez mais acelerada.

A idéia, acima mencionada, da implementação como sendo "a


formulação em processo", pode trazer importantes contribuições para o
esforço de acompanhamento e controle. De fato, nem sempre todas as
decisões relevantes são tomadas durante a fase que convencionalmente se

Conhecimentos Gerais 45 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
Também é possível saber quanto cada ONG recebeu utilizando os
portais de transparencia do governo. Como exemplo, para a cidade de São
Organização não governamental Paulo, o portal de transparência pode ser acessado em: De olhos nas
contas. Utilizando os atalhos Secretaria e 2011 podemos ver todos os
pagamentos realizados no ano. Em geral os destinados a Associações são
ONGs.
Algumas ONGs mascaram sua receita mudando de nome
constantemente, como a "APOIO","APOIO MARIA SANTÍSSIMA","APOIO-
ATENÇÃO URBANA","APOIO-CAII CASTRO LOPES","APOIO-ESTRELA
DO AMANHÃ","APOIO-ASSOCIACAO DE AUXILIO MUTUO DA REGIAO
LESTE" e "APOIO-REPUBLICA PARA ADULTOS", entre outros nomes,
mas com o mesmo CNPJ: 74.087.081/0001-45. Tendo recebido mais de 10
milhões só em 2011.
Outras não parecem sequer possuir espaço para ajudar alguem:
Protesto feito pelo PETA na Espanha contra as touradas. ASSOCIAÇÃO BENEFICENTE JERUSALEM- ABJ, CNPJ
04.420.470/0001-65, que recebeu mais de 3milhões em 2011.
As Organizações não governamentais (ONG) atualmente significam
um grupo social organizado, sem fins lucrativos, constituído formal e ASSOCIAÇÃO DA VIDA VERDE TOPYBOL, CNPJ 04.931.931/0001-
autonomamente, caracterizado por ações de solidariedade no campo das 64, Recebeu Mais de 1 milhão.
políticas públicas e pelo legítimo exercício de pressões políticas em
proveito de populações excluídas das condições da cidadania. Porém seu ASSOCIAÇÃO DE MULHERES DE RAÇA E CORAGEM, CNPJ
conceito não é pacífico na doutrina, e com muitas divergências. Fazem 67.982.884/0001-06, Recebeu mais de 2 milhões só em 2011.
parte do chamado Terceiro setor. Quando operam com recursos públicos, estão sujeitas ao controle
Existem estudos universitários em forma de teses que querem externo da administração pública, exercido pelo Poder Legislativo, com o
estabelecer um "Quarto setor", para algumas dessas instituições auxílio do Tribunal de Contas, e com fiscalização regular feita
no Brasil que fogem das características próprias dos três primeiros setores. pelo Ministério Público. As Organizações Sociais e Organizações da
Todavia isso requer um estudo político e sociológico mais profundo, sociedade civil de interesse público devem cumprir umcontrato com
principalmente no que diz respeito à regulamentação e representatividade exigências governamentais para continuarem recebendo financiamento
de instituições políticas (partidos, agremiações) e sociais (clubes e público.
agremiações sociais) e também suas responsabilidades atuais perante a lei Segundo o IBGE, em 2005 estavam registradas 338 mil Fundações
e as determinações constitucionais. Privadas e Associações sem Fins Lucrativos, que empregavam 1,7 milhão
Essas organizações, quando sérias, podem complementar o trabalho de pessoas em todo o País, com salários médios mensais de R$ 1.094,44.
do Estado, podendo receber financiamentos e doações dele, e também O tempo médio de existência dessas instituições era de 12,3 anos e o
de entidades privadas, para tal fim. Sudeste abrigava 42,4% delas. Essas instituições são, em geral, de
pequeno porte, e 79,5% (268,9 mil) delas não possuem sequer um
Atualmente estudiosos têm defendido o uso empregado formalizado. A grande maioria não possui espaço físico para
da terminologia organizações da sociedade civil para designar tais realizar as obras que promete.
instituições.
Áreas de atuação
É importante ressaltar que ONG não tem valor jurídico. No Brasil, três
figuras jurídicas correspondentes no novo Código Civil compõem o terceiro Segundo a Associação Brasileira de Organizações Não
setor:associações, fundações e organizações religiosas (que foram Governamentais (ABONG), em 1998, as áreas de atuação das ONGs
recentemente consideradas como uma terceira categoria). entrevistadas eram :

No Brasil ÁREA TEMÁTICA Nº de ONGs %


Esses espaços organizacionais do Quarto Setor situados entre a esfera 1. Educação e/ou Profissionalização 121 65,76
pública e a privada, identificados por alguns autores como públicos não-
2. Saúde/DST-Aids 73 39,67
estatais, cumprem papel relevante para a sociedade.
3. Criança e/ou Adolescente 89 48,37
Na verdade, é preciso constatar que o surgimento dessas
organizações sem fins lucrativos, que têm como objetivo o desenvolvimento 4. Agrária/Agrícola 47 25,54
de atividades de interesse público, deu-se pelo motivo da não eficiência,
5. Ambiental/Ecológica 63 34,27
por parte do poder público, em atender as necessidades da sociedade.
6. Desenvolvimento Regional/Local 38 20,65
Há de se ressaltar que esses espaços organizacionais constituem
importantes alternativas de sistematizar a sociedade como um todo, 7. Organização Popular/Participação Popular 12 60,87
promovendo ações sociais, culturais, assistenciais etc.
8. Direitos Humanos 87 47,28
Betinho define as organizações não-governamentais da seguinte
9. Povos Indígenas 13 7,07
forma:
10. Racismo/Negros 24 13,04
"Uma ONG define-se por sua vocação política, por sua positividade
política: uma entidade sem fins de lucro cujo objetivo fundamental é 11. Relação de Gênero/Mulher 104 56,52
desenvolver uma sociedade democrática, isto é, uma sociedade fundada
nos valores da democracia – liberdade, igualdade, diversidade, participação 12. Arte e Cultura 45 24,46
e solidariedade. (...) As ONGs são comitês da cidadania e surgiram para 13. Trabalho e Renda 71 38,59
ajudar a construir a sociedade democrática com que todos sonham".
14. Comunicação 44 23,91
Recentemente muitas fraudes envolvendo falsas licitações têm
colocado diversas ONGs dentro de escândalos de corrupção e desvio 15. Questões Urbanas 52 28,26
de verbas. Entidades como o Activistcash revelam as fontes de 16. Justiça e Segurança Pública 28 15,22
financiamento de ONG's ao público.

Conhecimentos Gerais 46 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
17. Direitos do Consumidor 1 0,54 anuais. A inflação se acelerou rapidamente nos anos 60, a partir do final do
governo de João Goulart, sucessor do presidente Jânio Quadros, que
18. Políticas Públicas 13 7,07 renunciou ao cargo após a implementação de um plano de reformas eco-
19. Relações Internacionais 3 1,63 nômicas que acabava com o subsídio às importações e desvalorizava o
câmbio em 100%. Em 1964, o governo foi deposto por um golpe militar e
20. Desenvolvimento Institucional 2 1,09 uma série de novas reformas foi implementada. Entre as mais importantes
está a autonomia às empresas estatais, que passaram a se organizar por
21. Cidadania/Democracia 5 2,72
setores: elétrico, com a Eletrobrás; siderúrgico, com a Siderbrás; do petró-
22. Tecnologia 3 1,63 leo e petroquímica, com a Petrobrás, e de comunicações, com a Telebrás.
23. Segurança Alimentar 3 1,63 O governo militar estabeleceu uma rígida política salarial, que derrubou
a taxa de inflação, e criou uma legislação que permite a correção monetária
24. Migrantes 3 1,63
dos impostos e dos ativos financeiros e, finalmente, a partir de 1967, as
25. População de Rua 3 1,63 minidesvalorizações cambiais. A economia brasileira passou a ser uma
economia altamente indexada e com taxas decrescentes de inflação graças
26. Ecumenismo 4 2,17 ao controle dos salários e à repressão do movimento sindical.
Em 1974, com a crise do petróleo, a inflação voltou a subir e o governo
militar anunciou o início do processo de abertura política. O segundo cho-
Panorama da economia nacional. que do petróleo, em 1979, e a crise da dívida externa, em 1982, marcaram
o início de um período bastante difícil para a economia brasileira, com a
Panorama da Economia Brasileira Contemporânea interrupção dos empréstimos externos e com a elevação da taxa de infla-
por João Sayad ção a níveis inéditos mesmo para o Brasil.

O Brasil tem mais de 8,5 milhões de km2 de área e população de 157 Em 1985, com o final do governo militar e o fim da lei salarial, os traba-
milhões de habitantes, sendo de 70 milhões a sua população economica- lhadores começaram a demandar correções cada vez mais freqüentes nos
mente ativa. Em 1995, a renda per capita do país foi de US$ 4 mil anuais e salários, com repercussão imediata sobre a taxa de inflação. A partir de
sua produção, no conceito de produto nacional bruto, foi de US$ 600 bi- 1986 o Brasil passou por diversos planos de estabilização econômica. O
lhões, o que o caracteriza como a maior economia da América Latina e a primeiro deles, o Plano Cruzado (1986), acabou com a correção monetária
oitava do mundo. e com a indexação, estabelecendo um congelamento geral de preços. O
plano fracassou e outras tentativas foram feitaó: Plano Bresser, em 1987;
A história da economia brasileira durante o período colonial foi marcada Plano Verão, em 1988; e Plano Collor, em 1990. Este último se diferenciou
pela especialização em diversos produtos que interessavam à metrópole dos demais pelo confisco de 80% dos ativos financeiros, inclusive depósitos
portuguesa. No início da colonização, concentrou-se na produção de pau- à vista, jogando a economia num processo recessivo, ao mesmo tempo em
brasil; mais tarde, entre os séculos XVI e XVII, na produção de cana-de- que dava início ao processo de redução das tarifas de importação.
açúcar; e, entre os séculos XVII e XIX, na extração do ouro. A partir da
segunda metade do século XIX, o país passou a ser um dos maiores produ- Em março de 1994 foi renegociada a dívida externa brasileira nos mol-
tores de café do mundo. des da renegociação de outros países da América Latina. Em julho desse
mesmo ano foi lançado o Plano Real, que, com preços livres, derrubou a
taxa de inflação e reduziu ainda mais as tarifas comerciais. O câmbio foi
fixado a valores nominais constantes e a inflação caiu sensivelmente.
Depois de muitos anos de superávits comerciais expressivos, a economia
brasileira passou a apresentar déficits.
Em termos de inflação, a economia brasileira passou por modificação
radical após o Plano Real. Em termos de crescimento, a estratégia adotada
pelo Plano Real e o próprio ritmo de crescimento das economias mundiais
são menos alvissareiros.

A grande depressão de 1929 marcou um período importante para a e-


conomia brasileira. Diminuiu sensivelmente a importância do café, e o
processo de industrialização, que já se iniciara anteriormente, passou a ser
mais significativo devido à desvalorização cambial e ao estabelecimento de
uma política de câmbio diferenciada.
O período do pós-guerra foi marcado por um rápido processo
de substituição de importações que começou no setor de produção de bens
de consumo e foi avançando verticalmente para trás, chegando à produção
de bens de capital e de insumos básicos, particularmente nos anos finais
da ditadura militar imposta pelo golpe de 1964, quando foi implementado o
Segundo Plano Nacional de Desenvolvimento, na gestão do então presi-
dente Ernesto Geisel (1974-79).
Hoje, a indústria brasileira representa 20% da produção nacional,
a agricultura outros 20%, e o setor de serviços, 60%. A maior parte da A administração que assumiu o governo federal em 1995, com o presi-
população brasileira se concentra nas áreas urbanas, particularmente nas dente Fernando Henrique Cardoso, tem como objetivo principal aprovar no
grandes cidades. O índice deurbanização do país é de 75%, chegando a Congresso Nacional um grande conjunto de reformas da Constituição
93% em algumas regiões, como acontece no estado de São Paulo. Federal de 1988. O objetivo é preparar e adaptar a Constituição brasileira
para as características atuais da economia mundial: a grande mobilidade
A inflação foi a marca mais distintiva da economia brasileira, assim co- de capital, o rápido crescimento dos investimentos no estrangeiro, a desre-
mo de quase todas as economias latino-americanas. Desde 1948, quando gulamentação de mercados e, particularmente, a flexibilização das regras
a Fundação Getúlio Vargas começou a computar os índices gerais de de contratação de mão-de-obra. Entre as reformas destaca-se o fim do
preços, a inflação brasileira sempre foi muito elevada, sempre crescente e monopólio em áreas como a do petróleo e a de telecomunicações.
na maior parte do tempo atingindo valores superiores aos dois dígitos

Conhecimentos Gerais 47 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
O atual governo foi extremamente rápido e eficaz na estratégia de pri- mo soja, açúcar, laranja e outras frutas, além de novas variedades de café,
vatização. Todo o setor siderúrgico nacional passou para as mãos da o produto tradicional do país. A agricultura brasileira, no que toca a produti-
iniciativa privada, assim como o setor petroquímico e o de fertilizantes. O vidade e flexibilidade, é de elevada qualidade, sendo liderada por agriculto-
setor de energia elétrica ,na área de distribuição e geração regional, foi res e empresários muito diferentes do estereótipo do velho coronel que
privatizado completamente, restando agora a privatização das grandes caracterizava a agricultura brasileira na primeira metade do século XX.
produtoras de energia, como Furnas, as usinas da CESP, estadual, e as
Centrais Hidroelétricas de São Francisco, entre os nomes mais representa- Entretanto, a reforma agrária continua a ser um problema importante
tivos. Todo o setor de telecomunicações - a Telebrás e as várias empresas quando se considera a distribuição de renda, a concentrada distribuição da
telefônicas estaduais, tanto as fixas como as de telefonia móvel - foi privati- propriedade da terra e o crescimento exagerado das grandes cidades
zado na segunda metade de 1998. Assim, a privatização deixa de ser um brasileiras. O Movimento dos Sem Terra agrega grande contingente de
objeto prioritário da estratégia do governo, por ter sido implementada quase trabalhadores rurais e desempregados que ameaça a propriedade rural e
completamente. parece não se contentar com a desapropriação e distribuição, catalisando o
descontentamento de importante parcela da população brasileira em rela-
A população brasileira cresce mais lentamente desde meados dos a- ção ao estilo de crescimento.
nos 70 e começa a apresentar uma idade média maior. O sistema previ-
denciário brasileiro é organizado na base do sistema de repartição, no qual A questão mais relevante no longo prazo se refere aos resultados es-
as contribuições dos trabalhadores ativos financiam as aposentadorias dos perados do novo modelo mundial de crescimento. A se aplicarem no Brasil,
inativos. Tal sistema se torna inviável financeiramente quando a idade os resultados observados na economia mundial desde o início dos anos 80
média da população se eleva. O problema é agravado no Brasil pelo fato de indicam que o novo modelo tem gerado economias com baixa taxa de
a aposentadoria ser concedida por tempo de serviço (30 anos para a mu- inflação por um lado, mas, por outro, com baixo ritmo de crescimento e
lher e 35 para o homem) e incluir vários privilégios para categorias especi- elevado nível de desemprego.
ais - professores e juízes, por exemplo. Além disso, a Previdência Social é Para países como o Brasil, que, de partida, tem elevado nível de de-
um sistema muito grande e centralizado, o que permite falhas administrati- semprego estrutural, distribuição de renda concentrada, baixo nível
vas graves, corrupção e elevada sonegação fiscal. O déficit financeiro das deescolarização e renda média baixa, a expectativa de repetição deste
aposentadorias é reduzido no momento atual, mas estima-se que seja padrão de desempenho (inflação baixa e desemprego elevado) representa
potencialmente grande no futuro. Esta área também vem passando por um uma ameaça séria. Mais do que isso, é alternativa inviável, quer econômica
processo de reestruturação. ou politicamente.
A economia brasileira apresenta grande potencial de crescimento e Este é o verdadeiro desafio a ser enfrentado no Brasil - e se agrava
conta com um significativo mercado consumidor, mesmo considerando-se a quando lembramos que o país estará, como não poderá deixar de ser,
distribuição de renda, que, segundo dados de 1995 e considerando apenas fortemente inserido nos mercados financeiros internacionais. Não existem
seis das nove regiões metropolitanas brasileiras, fazia com que os 20% alternativas de políticas disponíveis, a não ser grandes investimentos na
mais ricos destas regiões recebessem 63% da renda, enquanto os 50% área social e investimentos públicos em infra-estrutura e tecnologia.
mais pobres ficassem com apenas 12%. De acordo com outros indicadores
e com a pesquisa sobre as condições de vida no mundo, realizada pela O forte desequilíbrio financeiro do setor público brasileiro, decorrente
ONU em 1996, a renda média dos 10% mais ricos da população é cerca de da estratégia de política de câmbio fixo e juros altos, impede que estes
30 vezes superior à renda média dos 40% mais pobres. Em outros países, investimentos sejam realizados em volume e tempo necessários para que o
onde a distribuição de renda é mais equilibrada, os mais ricos ganham em longo prazo possa ser apresentado como alvissareiro. Por outro lado,
média dez vezes mais do que os mais pobres. diferentemente de outros países, a nova vida e organização política do
país, com ampla liberdade de expressão e representação política, anulam o
Os investimentos na produção de automóveis, televisões e outros ele- risco da existência de bolsões de insatisfação ou revolta que a difícil situa-
trônicos, TV a cabo, TV por assinatura, cerveja e refrigerantes, cimento e ção social do país poderia sugerir.
outros produtos que atendem ao mercado interno têm crescido rapidamente
desde 1994 - o que demonstra a expectativa do setor privado no bom Talvez esta seja a característica mais positiva e promissora do Brasil.
desempenho da economia e particularmente no crescimento do mercado Um país de herança ibérica e cultura autoritária, com passado de grande
interno, que foi tão duramente afetado pela instabilidade que vigorou no instabilidade política, que apresenta como aspirações mais importantes a
País desde meados dos anos 80. prosperidade e a liberdade. Estas características permitem concluir que a
sociedade brasileira, assim como sua economia, passa por um período de
Em janeiro de 1999, após perder grande volume de reservas cambiais grandes transformações, que são ao mesmo tempo promissoras e difíceis
desde a crise da Rússia de outubro de 1998, o Banco Central abandonou o de serem realizadas.
sistema de taxas cambiais fixas que podiam oscilar dentro de bandas, que
representava grande ameaça à estabilidade do país. O câmbio se desvalo- O cotidiano brasileiro.
rizou nos primeiros dois meses em quase 60% e depois recuou para desva-
lorização da ordem de 30% com relação à taxa fixa final de 1998. Os resul- O cotidiano da geração atual
tados têm sido surpreendentemente positivos - a taxa de inflação se elevou,
mas muito menos do que todos esperavam. Os fluxos financeiros interna- A televisão tem presença marcante na vida do jovem atual. Segundo as
cionais se recompuseram também muito rapidamente. E a recessão proje- pesquisas sobre o tempo dedicado à televisão (1) o brasileiro consome em
tada em decorrência da desvalorização é menor do que todos temiam. A média quatro horas diárias frente a um aparelho receptor de televisão.
economia brasileira ficou livre de um obstáculo que impedia O computador é outro equipamento que já faz parte do dia a dia do jo-
as exportações e os investimentos na produção de exportáveis e de impor- vem. Desde seu surgimento, o computador passou a ter uma vida conjunta
táveis, e que preocupava a todos os analistas, sem comprometer a estabili- com todas as áreas profissionais, de laser e de informação.
dade do valor da moeda e a saúde do sistema financeiro.
A criança tem seu primeiro contato com o computador à partir do vídeo-
Para o longo prazo, o crescimento da economia depende, a partir de game. Jogos cada vez mais complexos vem dominando o interesse infantil.
agora, do desempenho dos diversos setores da economia. O País possui
um dos parques industriais mais diversificados e completos da América Ao acompanhar as compras em supermercados, o adolescente se vê
Latina e mesmo de todo o Hemisfério Sul, e, portanto, tem um grande diante de um terminal que ao ler o código de barras já informa o produto,
potencial de crescimento quando se considera a experiência, a cultura seu preço e sua validade com muita agilidade.
empresarial e o tamanho do mercado. Junto com seu pai, vê a agilidade de um saque bancário em um termi-
Em relação à agricultura, o mesmo tipo de observação é possível. Esta nal remoto ou as informações de movimentações financeiras no próprio
conseguiu ocupar áreas de solo consideradas improdutivas no passado - computador doméstico, utilizando-se de um modem e uma linha telefônica.
os cerrados - pelo aprimoramento de variedades desenvolvidas em labora-
tórios nacionais, especialmente adaptadas à região. E ainda, mostrou
dinamismo e iniciativa ao introduzir novos produtos, co-

Conhecimentos Gerais 48 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
Quando necessita uma pesquisa, prefere consultar um CD-ROM em Esse é o cotidiano de muitos brasileiros,
sistema multimídia, onde as respostas chegam muito mais rápidas do que Por falta de opção vão ao desespero.
ficar revirando folhas e mais folhas de um livro ou atlas.
Na busca de uma tradução, ou simplesmente querendo o significado de PROVA SIMULADA - HISTÓRIA
um verbete, prefere-se digitar a palavra em um dicionário eletrônico do que
procurar alfabeticamente nas folhas de um dicionário tradicional. (FATEC-SP) O período da história republicana no Brasil, que vai da queda do
Estado Novo de 1945, ao movimento militar de 1964, que depôs João
No trabalho, o jovem prefere procurar o CEP, Código de Endereçamen- Goulart, é comumente conhecido como o período do populismo. Este
to Postal, de um cliente utilizando-se do micro computador, do que revirar o fenômeno político pode ser caracterizado:
longo livro fornecido pelos correios. como um estilo de governo sempre sensível às pressões populares, mas com
Enfim, no dia a dia o jovem tem uma ligação muito íntima com a tecno- uma política de massa cujas aspirações procura conduzir e manipular.
logia cada vez mais rápida e mais acessível. Este dinamismo da informação como expressão política do deslocamento do pólo dinâmico da economia do
passou a fazer parte da cultura desta nova geração. setor urbano para o agrário, através do desenvolvimento da agricultura
de exportação.
O neuro-lingüista Lair Ribeiro (2) afirma que no mundo atual, o homem, pela mudança da posição do povo, que sai da condição de espectador,
para manter-se atualizado, necessita ler pelo menos quatro obras especia- chegando ao centro de decisões do Estado, que passa, assim, a ser
lizadas em sua área por mês e que a quantidade de informação cresce a popular.
uma proporção tal que a cada quatro anos dobra-se a quantidade de obras por uma política intervencionista e preocupada em manter as oligarquias
que necessitam ser lidas. Fazendo uma projeção, teremos que em doze conservadoras no poder.
anos, o profissional deverá ler pelo menos trinta e duas obras de sua área como resultado da insatisfação da massa camponesa, maioria da população
para manter-se atualizado. brasileira na época, e da tentativa de melhorar o seu padrão de vida.
No processo normal, o escrito, de difusão da informação, o homem terá
(UF-MG) Em virtude da atual recessão da economia brasileira, tem-se utiliza-
que passar o dia todo desde a hora que levanta até a hora de dormir lendo, do como mecanismo para evitar o agravamento das tensões sociais,
acumulando informação, porém sem ter tempo para aplicar seus conheci- decorrentes do alto índice de desemprego:
mentos acumulados. a liberação maciça, por parte do governo, do seguro-desemprego para os
Nesta teoria percebe-se que o formato de transmissão da informação trabalhadores demitidos.
também precisa evoluir. Evoluir na especialização e fragmentação cada vez o acordo entre patrões e empregados, no sentido da redução da jornada de
maior das áreas e evoluir no processo de difusão da informação. trabalho e dos salários.
O reinvestimento de parte dos lucros das empresas estrangeiras em novas
A fragmentação das especializações já vem ocorrendo em praticamen- frentes de trabalho.
te todas as áreas. A medicina é um exemplo bem conhecido. a participação sistemática da Confederação Geral dos Trabalhadores na
Porém a evolução do processo de difusão da informação não vem o- tomada de decisões econômicas.
correndo nas escolas. Continua-se utilizando o mesmo processo de quando a reorientação das diretrizes do modelo econômico brasileiro, tendo em vista
nem existiam rádio e TV. o crescimento do PIB.

Com tudo isso, o estudante tendo em sua vida cotidiana a agilidade em (UC-MG) Na questão seguinte são feitas três afirmativas, cada uma das quais
todos os aspectos, quando chega na sala de aula há um choque: dá a pode estar certa ou errada. Leia-as com atenção e assinale a alternati-
impressão que atravessou um túnel do tempo entrando em um mundo onde va correta, de acordo com a tabela abaixo:
a realidade não evoluiu. se apenas a afirmativa I é correta.
1 - Revista especializada Meio & Mensagem se apenas as afirmativas I e II são corretas.
2 - RIBEIRO, Lair. O sucesso não ocorre por acaso. se apenas as afirmativas I e III são corretas.
se apenas as afirmativas II e III são corretas.
http://www.willians.pro.br/didatico/Cap1_3.htm I — Com a criação da Petrobrás, o governo Vargas instituiu o monopólio
estatal do petróleo.
Cotidiano Brasileiro II — O governo Kubitschek orienta a industrialização brasileira para a fabri-
cação de bens de consumo.
Farpa XXI
III — O plano SALTE, estabelecido no governo Dutra só é inteiramente
Um desempregado sai pra procurar um trampo aplicado pelo presidente Vargas.
Pra ele poder sustentar a sua família e se dignizar,
Mas num tem trampo não! (UnB-DF) A questão seguinte apresenta duas proposições, I e II, referentes a
E qual é a solução? um quadro histórico. Analise a questão e assinale:
se as proposições I e II forem verdadeiras e a proposição II for causa da
Ele corre pro bar pra se embriagar, proposição I.
Esquecer a vida, começar a matutar a sua desgraça se a proposição I for verdadeira, mas a proposição II for falsa.
Que tá prestes a chegar na porra de uma "parada" se a proposição I for falsa, mas a proposição II for verdadeira.
Que ele há de vacilar.
se as proposições I e II forem verdadeiras, mas não existir relação de causali-
dade entre elas.
Cotidiano brasileiro! Cotidiano brasileiro! I — Com a Segunda Guerra Mundial, os países americanos, menos o
Cotidiano! Cotidiano! Cotidiano! Cotidiano!
Brasil, tiveram que assinar um compromisso de auxílio mútuo de defe-
sa continental.
Um desempregado sai pra procurar um trampo
II — Em 1942, quando submarinos alemães atacaram nossos navios, o
Pra ele poder sustentar a sua família e se dignizar,
Mas num tem trampo não! Brasil passou'a participar efetivamente da guerra, junto às nações alia-
E qual é a solução? das.

Ele corre pro bar pra se embriagar, (F.M.STA. CASA-SP) Durante a Segunda Guerra Mundial, ao lado do café,
Esquecer a vida, começar a matutar a sua desgraça um outro produto brasileiro foi importante como reforço no equilíbrio
Que tá prestes a chegar na porra de uma "parada" da balança comercial, prejudicada pela queda das exportações du-
Que ele há de vacilar. rante o conflito. Qual era esse produto e para onde era exportado?
os têxteis, EUA, África do Sul e América Latina.
Cotidiano brasileiro! Cotidiano brasileiro! os motores; EUA.
Cotidiano! Cotidiano! Cotidiano! Cotidiano! a carne congelada; Inglaterra, França e Argentina.

Conhecimentos Gerais 49 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
a borracha; Alemanha. (UF-MG) Sobre o papel político desempenhado pela classe operária brasi-
o quartzo e metais raros; EUA e Alemanha. leira no movimento revolucionário de 1930, pode-se afirmar que:
a instalação de um significativo parque industrial, destinado à produção de
(UC-MG) A implantação do Estado Novo por Vargas, em 1937, provoca a: bens de capital, atuou como pólo dinamizador da ação da classe o-
adoção de um excessivo federalismo. perária conferindo-lhe papel político decisivo no movimento revolu-
ascensão ao poder da Ação Integralista. cionário de 1930.
defesa do liberalismo econômico. a intervenção efetiva da classe operária nas rebeliões militares dos anos 20
dissolução de todos os partidos políticos e no movimento da Aliança Liberal acelerou o processo de mudança
organização da justiça eleitoral. do modelo político-econômico brasileiro, iniciado nos anos 30.
a crise do capitalismo, no final dos anos 20, acelerou o afluxo para o Brasil
(CESCEM-SP) "Juscelino Kubitschek ganhou as eleições de 3 de outubro. de trabalhadores europeus que, portadores de maior experiência in-
Mas ele recebeu pouco mais de um terço do total dos votos. A por- dustrial e política, aluaram no sentido de fortalecer o movimento sin-
centagem de votos recebida por Juscelino, 36%, foi muito mais baixa dical brasileiro.
que a recebida por Vargas nas eleições de 1950. Isto é, 49%, ou por a presença difusa da classe operária brasileira nos acontecimentos ligados
Dutra em 1945, 55%. Mesmo o número absoluto de votos recebidos à Revolução de 1930 está diretamente relacionada à especificidade
por Kubitschek (3 077 411) foi inferior ao número de votos recebidos de sua formação histórica, bem como à estrutura político-econômica
por Vargas, em 1950 (3 849 040) ou mesmo por Dutra, em 1945 (3 do país.
251 507), apesar do eleitorado ter crescido entre 1945 e 1955." O a inexistência de meios institucionais e de soluções legislativas para a
texto acima permite perceber que Juscelino Kubitschek: consideração dos problemas operários resultou no radicalismo do
ganhou as eleições de 1955 por larga margem de votos movimento operário brasileiro às vésperas da Revolução de 1930.
ganhou as eleições de 1955 por pequena margem de votos
obteve maior número de votos, em 1955, do que Vargas em 1950 (FATEC-SP) No dia 9 de abril de 1964 foi edita-lo no Brasil, sob a respon-
obteve maior número de votos, em 1955, do que Dutra em 1945 sabilidade do Comando Supremo da Revolução, o Ato Institucional
obteve, em 1955, a mesma porcentagem de votos que Vargas em 1950. n° 1, que tinha vigência prevista até 31 de janeiro de 1966 e dava i-
nício à estruturação da nova ordem político-administrativa que se im-
(UnB-DF) A Associação Latino-americana de Livre Comércio funciona: plantava no país. O Ato Institucional 1° estabelecia, entre outras me-
com finalidades sociais didas:
para promover a solidariedade entre os Estados americanos eleições diretas para a escolha de presidente da República a partir de
como um mercado comum 1982, suspensão das garantias constitucionais e extinção dos parti-
como defensora da soberania dos Estados-membros dos políticos.
a Lei Orgânica dos partidos com base na qual surgiram a ARENA e o MDB,
(UnB -DF) Dentre as grandes iniciativas no inicio do governo Geisel, encon- o pacote de abril e a mudança no sistema de aposentadoria.
tramos: recesso do Congresso Nacional, intervenção nos Estados e Municípios e
a ampliação do mar territorial brasileiro eleições diretas só para mandatos parlamentares.
a criação da Proterra e do Funrural autorização do Executivo para decretar estado de sítio, suspensão de
a elaboração do I PND direitos políticos e cassação de mandatos eletivos.
o acordo nuclear firmado com a Alemanha Ocidental reforma do poder judiciário, reforma eleitoral e reforma universitária proibin-
do aos estudantes a participação na vida política.
(F.C. CHAGAS-BA) A Constituição de 1937, elaborada por Francisco
Campos, seguiu a orientação de princípios políticos então dominan- (UF-ES) Toma-se impossível estabelecer normas sérias e sistematização
tes na Europa; dessa forma, eficiente à educação, à defesa e aos próprios empreendimentos de
criou uma legislação liberal para o pleno exercício das atividades partidá- ordem material, se o espírito que rege a política geral não estiver
rias. conformado em princípios que se ajustem às realidades nacionais.
restringiu acentuadamente a possibilidade do Executivo influir na economia. O trecho citado é parte da Proclamação ao Povo Brasileiro lida, em
ampliou consideravelmente o poder exercido pelo Legislativo. 10 de novembro de 1937, por Getúlio Vargas, que tentava justificar a
criou normas que favoreceram o exercício do sistema parlamentar de implantação do chamado Estado Novo. Seguem-se as afirmativas
governo. que caracterizam a fase do Estado Novo:
estabeleceu um regime que restringiu grandemente o federalismo republi- I — O poder passou a ser descentralizado, aumentando a autonomia dos
cano. estados com a nomeação de interventores estaduais.
II — A política de intervencionismo estatal teve papel destacado no Esta-
(UNESP) "O II Plano Nacional de Desenvolvimento (II PND), entre outros do Novo, principalmente no setor da indústria de base com a criação
objetivos, enfatiza: a substituição de importações, aumento das ex- da Companhia Siderúrgica Nacional.
portações, expansão do mercado interno, além de medidas sociais III — Em 1937, apesar do golpe de Estado, Vargas mantém aberto o
no campo da Educação, Saúde e Habitação." Ele foi elaborado no Congresso e privilegia os partidos políticos que passam a deter
governo de: grande força no governo.
Humberto de Alencar Castelo Branco IV — As realizações no Estado Novo no setor petrolífero foram muito
Artur da Costa e Silva importantes, destacando-se a criação da Petrobrás que instituiu o
Emílio Garrastazu Mediei monopólio estatal na exploração do petróleo no Brasil.
Ernesto Geisel V — O governo passou a ficar, durante o Estado Novo, com poder de
João Baptista de Figueiredo. controlar a propaganda nacional e a censura através do Departamen-
to de Imprensa e Propaganda — DIP — conhecido como a máquina
(FGV-SP) A partir de meados da década de 20, acentua-se a importância de propaganda do governo.
do papel do governo central na condução da economia e da política Assinale:
do país. É expressão significativa desse processo: se apenas as afirmativas II e V estiverem correias.
a reforma financeira realizada por Rui Barbosa. se apenas as afirmativas II, IV e V estiverem corretas.
a reforma constitucional realizada no governo de Artur Bernardes. se apenas as afirmativas IV e V estiverem corretas.
a reforma sindical realizada no governo de Venceslau Brás. se apenas as afirmativas I, II, III e IV estiverem corretas.
a vitória do governo central sobre a Revolução Federalista no Rio Grande se apenas as afirmativas III e IV estiverem corretas.
do Sul.
o fortalecimento das oligarquias estaduais e, conseqüentemente, do gover- (PUC-RJ) O período compreendido entre 1937 e 1945 — o Estado Novo —
no central por elas apoiado na Revolução de 1930. pode ser representado pelas seguintes características:
I — uma política centralizadora que gradualmente assumia um sentido

Conhecimentos Gerais 50 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
mais explicitamente nacionalista e industrializante; 20. (UC-MG) O governo Jânio Quadros é marcado pela:
II — uma alternância no poder das principais oligarquias — paulista e adoção de uma política externa independente.
mineira —, sustentáculos políticos de todo o período populista; ausência de oposição partidária.
III — a racionalização da máquina administrativa, através da criação do consolidação das reformas de base.
Departamento de Administração Serviço Público — o DASP — ins- elaboração do Plano de Metas.
trumento, na prática, de fortalecimento do Poder Federal; nacionalização das indústrias.
IV — o saneamento da economia, restabelecendo auxílio às exportações
de caie, mediante uma política financeira que proibia aos bancos (PUC-RJ)... empenhar-me-ei a fundo em fazer um governo nacionalista. O
conceder credite e qualquer outra atividade produtiva. Brasil ainda não conquistou a sua independência econômica e, nes-
Assinale: se sentido, farei tudo para consegui-lo.
se somente a afirmativa I está correia. ... o povo subirá comigo as escadas do Catete... (Getúlio Vargas —
se somente as afirmativas I e III estão corretas. campanha eleitoral de 1950) A partir dos trechos de dois diferentes
se somente as afirmativas II e III estão corretas. discursos de Getúlio Vargas, podemos afirmar que:
se somente as afirmativas II, III e IV estão corretas. I — O nacionalismo proposto pôr Vargas consistia em preservar, para o
somente a afirmativa IV está corretas. capital estatal e os capitais privados nacionais, os setores estratégi-
cos da economia brasileira.
17. (UF-MG) Em relação ao "milagre brasileiro conhecido como uma fase II — A força política de Vargas residia, principalmente, nas massas traba-
de recuperação da recuperação da economia brasileira (1968-1974) lhadoras dos centros urbanos, organizadas nos sindicatos controla-
—, quais das afirmações seguir são CERTAS? dos pelo Estado.
I — Houve, neste período, uma expansão considerável da dívida externa III — A independência econômica preconizada pôr Vargas residia na
em consequência de uma política econômica que favoreceu o capital adoção de uma política econômica liberal, capaz de estimular o de-
estrangeiro. senvolvimento das potencialidades agrícolas brasileiras.
II — Os salários apresentaram um crescimento substancial em relação IV — A força política de Vargas estava assentada, principalmente, no
aos períodos anteriores. poder dos grandes proprietários de terras, base do seu prometo na-
III — Houve, ao longo do período, o controle absoluto da inflação com a cionalista.
presença de índices inflacionários extremamente baixos. V — O nacionalismo de Vargas consistia na promoção de uma política
IV — A indústria automobilística alcançou taxas de crescimento excepcio- voltada para o atendimento das reivindicações operárias, sintetizadas
nais favorecendo em grande parte os Índices de expansão da eco- na oposição ao imperialismo dos países capitalistas mais avançados.
nomia nacional. Assinale:
V — As pequenas e médias indústrias de bens de consumo não-duráveis se somente as afirmativas I e IV estiverem corretas.
(alimentos, têxteis...) apresentaram um índice de crescimento alta- se somente as alternativas III e V estiverem corretas.
mente satisfatório. se somente as afirmativas I e II estiverem corretas.
apenas I e IV se somente as afirmativas III e II estiverem corretas.
apenas III e V se somente as afirmativas IV e V estiverem corretas.
apenas IV e II
apenas II e V 22. (UC-MG) É característica da Constituição de 1934:
apenas I e III a instalação do parlamentarismo.
o predomínio do unitarismo.
(FC-BA) A chamada questão social, durante o Estado Novo (1937-45), a representação classista.
caracterizou-se, entre outros aspectos, pela: o estabelecimento das eleições indiretas.
permissão para a livre contratação entre os operários e os empresários. a união entre a Igreja e o Estado.
elaboração de uma legislação de greve considerada permissiva.
intervenção estatal em todos os setores trabalhistas. 23. (CESCEM-SP) No dia 22 de agosto de 1942, Getúlio Vargas reuniu o
eliminação da figura do dirigente sindical chama do pelego. ministério para a declaração do estado de guerra com a Alemanha e
liberdade irrestrita nas relações entre o capital e o trabalho. a Itália. Uma das causas imediatas dessa medida foi:
a crise econômica mundial iniciada em 1929.
19. (CESGRANRIO) No processo de industrialização do Brasil, o período o ataque de submarinos alemães a navios brasileiros em 1942.
de 1930 é caracterizado: o tratado firmado com a Inglaterra e os Estados Unidos, em janeiro de
I — Pelas inúmeras falências industriais, como decorrência direta da 1942.
crise do capitalismo de 1929, não obstante as medidas governamen- o rompimento, pôr parte da Alemanha, das relações diplomáticas e co-
tais que objetivam a transferência de capitais do setor agrícola para o merciais com o Brasil, em janeiro de 1942.
industrial.
II — Pelo aproveitamento mais intenso da capacidade produtiva existente, 24. (FCC-BA) O Ato Institucional nº 5, em 1968, no governo do Presiden-
o que permitiu substituir uma série de bens de consumo, até então te Artur da Costa e Silva, mereceu numerosas críticas, pois:
importados, e a ampliação das indústrias de alimentos, de constru- permitiu que apenas o presidente da República tivesse iniciativa de leis que
ção e de equipamentos agrícolas. afetassem o orçamento nacional.
III — Pela expansão das indústrias de bens de capital e de bens interme- restringiu as liberdades individuais dos cidadãos, inclusive cerceando o
diários e pela ampliação do papel do Estado através das tentativas direito de habeas-corpus.
de planejamento econômico com o Plano Salte e o Plano Trienal. colocou em recesso o Congresso Nacional, suprimindo, definitivamente um
IV — Pelo início da ação do Estado, durante o período da Segunda Gran- dos Poderes do Estado.
de Guerra caracterizada pelo investimento no setor siderúrgico atra- alterou a estrutura do Judiciário suprimindo a capacidade do Supremo
vés da Usina de Volta Redonda. Tribunal apreciar o conflito entre as leis.
V — Pela ampliação de participação do governo nos investimentos e pela implantou uma reforma agrária que, em suas linhas gerais seguia orienta-
entrada de capital estrangeiro para o financiamento de setores con- ção idêntica à de João Goulart.
siderados estratégicos para o desenvolvimento, como as indústrias
automobilísticas e naval. Assinale: 25. (SANTA CASA-SP) O Rio Grande do Sul foi contrário ao Golpe de
se apenas as afirmativas I e III estão certas. Estado de 10 de novembro de 1937, que implantou o chamado Esta-
se apenas as afirmativas II e V estão certas. do Novo, inspirado em modelos fascistas, mas a situação foi neutrali-
se apenas as afirmativas I e V estão certas. zada pôr Getúlio Vargas
se apenas as afirmativas III e IV estão certas. pôr intermédio da federalização da Brigada Militar do Estado, o que impe-
se apenas as afirmativas II e IV estão certas. diu a reação armada das forças de oposição.
através de uma composição política com Flores da Cunha, Presidente do

Conhecimentos Gerais 51 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
Estado, que passou a influir ' na organização do Ministério de Var- 30. (PUC-SP) A respeito da política de desenvolvimento de Juscelino
gas. Kubitschek, podemos afirmar que:
graças ao fato de obter a adesão e de ter entregue a João Neves da Fon- I— Levou a um desenvolvimento integrado do território nacional, diminu-
toura, seu aliado regional, o poder do Estado. indo sensivelmente as disparidades regionais.
com o fechamento da Assembléia Legislativa do Estado pôr tempo ilimitado II — Contribuiu para uma integração mais profunda da economia brasilei-
e o exílio de seus membros. ra ao sistema capitalista ocidental, na direção de um desenvolvimen-
ao enviar Oswaldo Aranha a Porto Alegre, como porta-voz da Aliança to industrial acelerado, para cuja realização buscou-se atrair capital e
Liberal, com poderes revolucionários. tecnologia estrangeiros.
III — Representou o privilegiamento da indústria alimentícia e de bens de
26. (UF-GO) Sigo o destino que me é imposto. Depois de decênios de consumo populares, dada a preocupação marcante social que carac-
domínio e espoliação dos grupos econômicos e financeiros, fiz-me terizava seu prometo de desenvolvimento.
chefe de uma revolução e venci. Tive de renunciar. Voltei ao governo IV — Apesar da modernização a que levou uma parte do País, deixou
nos braços do povo ...) Lutei contra a espoliação do Brasil. Lutei con- sérios problemas econômicos e sociais de herança para os governos
tra a espoliação do povo. Tenho lutado de peito aberto. O ódio, as in- seguintes, como a maior dependência em relação ao capital estran-
fâmias, a calúnia não abateram meu ânimo. Eu vos minha vida. Ago- geiro, índices elevados de inflação e custo de vida, dívida externa
ra ofereço a minha morte. considerável. Estão correias as alternativas:
O texto acima é parte de um famoso documento histórico brasileiro. I e IV b) I e III c) II e IV d) II e III e) II.
Seu autor, um ex-presidente da Republica, é:
Eurico Gaspar Dutra. 31 (UF-MG) O governo militar brasileiro pós-64 tinha nos selares avan-
Humberto de Alencar Castelo Branco. çados da grande indústria e das finanças a base do novo modelo e-
Juscelino Kubitschek de Oliveira. conômico... (Bernardo Sorj e John Wilkison in Sociedade e política
Getúlio Dornelles Vargas. no Brasil pós-64) Com relação ao modelo político-econômico pós-
Francisco de Paula Rodrigues Alves. 64, não se pode afirmar que:
incrementou a indústria bélica nacional com o objetivo de exportação.
27. (SANTA CASA-SP) Não aceitei a indicação do meu nome pelo criou as condições para o fortalecimento do movimento operário, com a
Estado de Minas Gerais como candidato de combate, que não dese- crise do "milagre".
jo, que nenhum brasileiro pode desejar, sobretudo nesta hora, quan- intensificou suas relações com o capital internacional, favorecendo a atua-
do tudo recomenda uma política de completo apaziguamento da qual ção das multinacionais.
dependerá, última análise, o próprio êxito da propaganda governa- transformou o setor industrial na nova força dinamizadora da expansão
mental de V. Excia. capitalista.
O texto acima, extraído da carta de Getúlio Vargas, permite depreen- permitiu a descentralização política em troca da concentração da renda.
der que a candidatura de Vargas, proposta pela Aliança Liberal,
visava apaziguar os ânimos exaltados de São Paulo. 32 (UE-CE) A política econômica do governo Dutra tem como caracte-
apresentou-se à revelia do Presidente de Minas Gerais, Antônio Carlos. rística:
surgiu como uma arma moderada de pressão sobre Washington Luís. dirigismo econômico, com forte intervenção do Estado na economia.
traduziu uma capitulação das forças aliancistas ante os interesses conser- adoção de política protecionista que estimulou a criação da indústria de
vadores. base no Brasil.
pretendia impedir que Júlio Prestes e seus aliados assumissem o poder. liberalismo econômico e facilidades alfandegárias às mercadorias estran-
geiras.
28. (PUC-RJ) O Estatuto do Trabalhador Rural, criado em 1963, é consi- nacionalismo econômico e restrição ao capital estrangeiro.
derado uma extensão dos direitos trabalhistas ao homem do campo.
Podemos considerar como consequência da implantação dessa le- 33. (UE-CE) Graciliano Ramos, em seu livro Memórias do Cárcere,
gislação: recentemente transformado em filme, narra:
o aumento do número de trabalhadores permanentes nas áreas rurais as atrocidades da repressão exercida no governo do general Floriano
brasileiras. Peixoto.
a fixação dos parceiros, arrendatários e posseiros, que se constituíam em as prisões e torturas dos oponentes aos governos pós-1964.
numerosa mão-de-obra flutuante. as perseguições de que foram vítimas os adeptos do integralismo.
o fortalecimento das atividades ligadas à lavoura em detrimento daquelas a experiência vivida pelo autor nas prisões do Estado Novo.
ligadas à pecuária.
a ampliação do volume de mão-de-obra empregada nas diversas atividades 34. (FCC-BA) Eurico Gaspar Dutra, após a queda da ditadura (1945),
agrárias. consegue eleger-se graças
o aumento da mão-de-obra volante, dedicada às atividades agrárias em à união das oposições em torno de um programa de unificação nacional.
caráter intermitente. à dissidência de políticos ligados às esquerdas, que apoiavam a União
Democrática Nacional.
29. (FGV-SP) O chamado milagre econômico brasileiro, da segunda ao seu envolvimento com o movimento operário, através de um amplo
metade dos anos 70, pode ser melhor compreendido quando se programa de reformas sociais.
considera que nesse período, ao apoio que recebeu dos partidos que, paradoxalmente, foram fundados
a redução de interferência do governo na economia permitiu a expansão pôr Getúlio Vargas.
das empresas privadas nacionais e dos investimentos estrangeiros. ao fato de que o seu principal oponente, Eduardo Gomes, não tinha pene-
a redução da proporção dos impostos no produto interno foi o resultado das tração na classe média.
facilidades concedidas pelo governo às empresas que mostravam e-
ficiência em novos investimentos para expansão da produção. 35. (UNESP) O processo histórico brasileiro comporta uma multiformi-
a renda per capita e o produto interno aumentaram consideravelmente, dade de aspirações nacionais, permanentes e momentâneas. A par-
tendo-se deteriorado o valor real dos salários, sobretudo o do salário ticipação da mulher na formação do governo é uma delas. E, a pro-
mínimo. pósito, pode-se afirmar que a capacidade eleitoral no Brasil passou a
a renda per capita diminuiu consideravelmente, o que resultou em concen- ser menos restritiva com a introdução do voto feminino, que se deu:
tração da renda e maior capacidade para novos investimentos pôr no decurso do II reinado
parte das empresas. quando da proclamação da República
a renda per capita aumentou consideravelmente, o que tornou possível o com a Constituição de 1934
aumento do consumo de produtos siderúrgicos nacionais pôr todas com a Constituição de 1824
as camadas da população. com a Constituição de 1889

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36. (SANTA CASA-SP) A Constituição brasileira de 1934 apresenta O programa a que se refere o texto acima é conhecido como:
inovações, destacando-se a Primeiro Plano Nacional de Desenvolvimento
inexistência de subvenção oficial a culto ou igreja, nem relação de depen- Programas de Metas :
dência com a União. Plano Salte
proibição de o governo federal intervir em negócios peculiares aos Estados, Programa de Ação Econômica do Governo
salvo para manter a República. Plano Trienal de Desenvolvimento Econômico e Social
eleição direta do presidente e vice-presidente da Re pública pôr sufrágio
direto da nação e a maioria absoluta de votos. 43. (UF-CE) As principais metas da atual política econômica do Brasil,
livre manifestação do pensamento pela imprensa ou pela tribuna, sem para o período de 1975-1979, estão contidas:
dependência de censura. no II Plano Nacional de Desenvolvimento
fixação da jornada de oito horas de trabalho, férias remuneradas, assis- no I Plano Nacional de Desenvolvimento :
tência social e sindicalização. na Constituição Federal
no Plano Nacional de Política Econômica
37. (PUC-SP) As propostas de introduzir o sistema parlamentarista no
Brasil republicano, ocorridas quase sempre em momentos de crise 44. (CELSO LISBOA-RJ) O voto secreto, eleições dietas, salário míni-
política, significaram uma mo, direito de voto às mulheres e deputados classistas foram as
tendência a diminuir os poderes do Executivo. principais características da Constituição de:
tentativa de encaminhar as reformas de base de for ma radical. a) 1824 b) 1891 c) 1934 d) 1937 e) 1945
disposição de recuperar a força do poder popular.
reforma das instituições políticas herdadas do Império. 45. (UF-MG) O modelo político implantado no Brasil a partir de 1964 é
tentativa de restaurar o regime federalista. definido pela(o):
expansão da tecnoburocracia, a qual exerce o poder e tem sob seu controle
38. (PUC-SP) A tendência à deterioração do salário mínimo real, sobre- todos os setores da vida econômica nacional.
tudo após 1964, pode ser encarada como resultado aliança entre setores modernos do empresariado e classes médias, os
do aumento dos preços dos produtos industrializados. quais no exercício do poder estimulam um processo de privatização
da maior exploração da força de trabalho. crescente da economia.
da discrepância entre o poder de venda e de compra do país, no exterior. fortalecimento do poder executivo, baseado na grande unidade de produ-
das tentativas de pressão pôr parte dos sindicatos. ção pública e privada, visando ao crescimento do produto interno
da proposta de introduzir a livre negociação nos acordos salariais. bruto nacional.
predominância das Forças Armadas como grupo dirigente, que implemen-
39. (PUC-SP) As opções de política econômica, no Brasil, na década de tam uma política deliberada de estatização da economia.
50, oscilaram entre concepções de nacionalismo e desenvolvimen- hegemonia dos partidos políticos representantes dos interesses agroexpor-
tismo, o que significa dizer que: tadores e industriais, que promovem um projeto de desenvolvimento
a participação direta do Estado na economia se alterava com propostas de eminentemente nacionalista.
isolacionismo econômico.
o favorecido de grupos estrangeiros se alterava com a restrição total à 46. (FATEC-SP) Assinale a alternativa incorreta. Quanto aos planeja-
remessa de lucros. mentos, após a Revolução de 1964, podemos afirmar que:
apenas as medidas protetoras da indústria nacional foram uma constante o primeiro plano econômico foi o PAEG — Plano de Ação Econômica
no período. Governamental —, elaborado pelo ministro Roberto Campos.
as relações entre empresas e trabalhadores eram diretamente controladas o Governo Revolucionário apresentava e executava um modelo econômico
pelo Congresso. baseado na redistribuição da renda nacional e maior controle do ca-
o atendimento das reivindicações operárias dependia das exigências da pital estrangeiro.
conjuntura econômica. preocupava-se o Governo Revolucionário com a racionalidade administrati-
va.
40. (FATEC-SP) As reformas de base — reforma agrária, reforma admi- os planos econômicos eram elaborados pelo recém-criado Ministério do
nistrativa, reforma bancária e reforma fiscal — tinham um nítido cará- Planejamento.
ter ideológico. Tratava-se de um instrumento com o qual o governo os planos econômicos baseavam-se no binômio "segurança e desenvolvi-
buscava unir todas as forças populistas mobilizadas e fazer crer à o- mento".
pinião pública a necessidade de mudanças institucionais na ordem
política, social e econômica, como condição essencial ao desenvol- 47. A Revolução de 1930, no Brasil, resultou, em grande parte:
vimento nacional. O texto acima está relacionado: da crescente insatisfação dos militares com a política de Washington Luís.
com o Programa de Reformas de João Goulart. do surgimento de movimentos reivindicatórios da classe proletária nos
com os propósitos reformistas da Revolução de 1964. grandes centros urbanos.
com os objetivos da Revolução de 1930. da agitação no Brasil Central em face da luta entre latifundiários e possei-
com o Programa de Metas de Juscelino Kubitschek de Oliveira. ros.
com o Plano de Ação Econômica e Social do governo Castelo Branco. do crescente distanciamento das classes políticas dos centros de decisão
no Rio de Janeiro.
41. (FGV-SP) Roberto Campos foi várias vezes ministro no Brasil e da ruptura interna das oligarquias, que deixam deter condições de exercer
destacou-se pôr suas posições: as funções de grupos dirigentes.
populistas
nacionalistas 48. O Constitucionalismo de 1932, uma forma de reação da burguesia
favoráveis ao capital estrangeiro paulista ao governo Vargas pretendia:
liberais retomar o controle político do país pela instauração do processo eleitoral.
contrárias à concentração econômica estabelecer os limites de atuação política dos Estados.
barrar o avanço das reivindicações salariais das classes médias.
42. (CESCEM-SP) O programa compreendia apenas os investimentos bloquear as reformas sociais pretendidas pelos tenentes revolucionários.
públicos e foi o maior passo que deu o Governo Dutra em direção ao organizar, a nível nacional, a oposição sindical ao regime corporativista.
planejamento em .escala nacional. O planejamento a nível regional
estava, entretanto, contemplado no texto da Constituição de 1946: 49. O Governo Castelo Branco (1964-67) caracterizou-se, entre outros
estipulava-se a necessidade de planos para desenvolver os valesios aspectos, por uma:
dos rios São Francisco e Amazonas, bem como de um plano para tentativa de composição com elementos da linha populista representados
combater as secas do Nordeste. por Kubitschek, Quadros e Goulart.

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rígida política de contenção à inflação e repressão à subvenção. responsabilidade estatal em sociedades onde as instituições libe-
identificação com os ideais da Frente Ampla organizada pelo governador rais eram frágeis.
Carlos Lacerda. a recomendação de um sistema de tributação que fixasse obrigações iguais
procura de conciliar um governo democrático com os dispositivos ditatoriais para todos os brasileiros, a exemplo dos países liberais europeus
do Ato Institucional n° 5. que estabeleceram os mesmos direitos para todos os cidadãos.
promoção do desenvolvimento científico e tecnológico por intermédio do a federalização da Justiça e a consequente redução do poder local, de
plano de Metas e Bases para a Ação do Governo. acordo com os princípios constitucionais vigentes na sociedade nor-
te-americana.
50. (MACK) Não pertencem às características do período ocorrido no o enfraquecimento do Executivo federal, como ocorrência da alteração do
Brasil entre 1964 e 1978: sistema federalista e presidencialista da República brasileira.
eleições indiretas para presidente da República e para os governadores
dos Estados. 56. (MACK) O populismo, fenômeno político latino-americano no período
reforma constitucional e adoção da prisão perpétua e da pena de morte. pós-guerra, inicia-se no Brasil com a queda do "Estado Novo" e es-
pluripartidarismo e consolidação do poder político de grupos regionais. tende-se até a deposição de João Goulart. Pode ser definido como:
bipartidarismo e suspensão das imunidades parlamentares. a manipulação pelo Estado das camadas urbanas e suas reivindicações.
aumento do poder tecnocrático e implantação da Lei de Segurança Nacio- a expressão política autônoma da classe operária.
nal. a ditadura do proletariado que alija do poder a burguesia e a oligarquia
agrária.
51. (FGV) É correto afirmar, com relação aos sindicatos brasileiros, que: a queda do regime democrático e a instalação de um governo totalitário e
o Ministério do Trabalho tem o direito de intervir nas entidades, suspenden- antiindustrial.
do ou destituindo direções sindicais eleitas. um movimento antinacionalista e de defesa do capital estrangeiro.
sua ideologia baseia-se no anarquismo, que era predominante no movi-
mento operário brasileiro no final dos anos quarenta, quando foram 57. (MACK) São realizações do Governo de Getúlio Vargas (1951-1954):
implantados. a criação da SUDENE (Superintendência para o Desenvolvimento do
desde a sua organização observou-se uma plena independência com Nordeste) e do GEIA (Grupo de Estudos da Indústria Automobilísti-
relação ao possível controle por parte do Estado. ca).
existe uma grande autonomia financeira dos sindicatos frente ao Ministério a instituição do monopólio estatal sobre a exploração e refino do petróleo
do Trabalho. no Brasil e a fundação do BNDE (Banco Nacional de Desenvolvi-
eles foram organizados principalmente pêlos trabalhadores rurais, sendo a mento Econômico).
sindicalização dos trabalha dores urbanos um fenômeno mais re- abertura para ingresso do capital estrangeiro (em préstimos ou investimen-
cente. tos diretos) e a criação do CMN (Conselho Monetário Nacional).
52. (UBERL) O novo modelo político-econômico criado pela Revolução a reorganização dos sindicatos e a criação do BNH (Banco Nacional de
de 1964 foi responsável: Habitação).
pelo controle dos setores de base da nossa economia pelas multinacionais. a criação da OPA (Operação Pan-Americana) e o rompimento de rela-
pelo crescimento das pequenas e médias empresas. ções diplomáticas com a URSS.
por um crescimento da participação do Estado na economia.
pelo pequeno desenvolvimento do setor energético de nosso país. 58. (CESGRANRIO) Inspirando-se na "Carta dei Lavoro" do regime
pela privatização de um grande número de empresas estatais. fascista italiano, o Estado Novo intensificou a regulamentação das re-
lações mantidas entre as classes patronais e os trabalhadores, no
53. (UFRGS) Os governos brasileiros de Humberto Castelo Branco e processo de industrialização vivido pelo Brasil no período posterior a
Ernesto Geisel, no plano econômico, caracterizavam-se por: 1930. O espírito dessa intervenção estatal se expressa:
uma reformulação do planejamento econômico a fim de permitir maior I — na busca da harmonia social, caracterizada pelo fortalecimento do
expansão da indústria e do comércio nacional e estrangeiro. Estado que passa a tutelar as divergências e conflitos baseados em
um rígido controle da entrada de capitais estrangeiros no país através da interesses particularistas;
limitação às multinacionais. II — na tentativa de disciplinar a atuação dos diferentes agentes sociais
uma melhor distribuição da renda interna, evitando, assim, as tensões através da transformação de seus sindicatos em órgãos de colabora-
sociais. ção de classe;
uma crescente diminuição do endividamento externo, graças ao aumento III — na valorização do elemento nacional que se expressava tanto na
das exportações sobre as importações. expulsão dos judeus quanto na dos demais residentes de origem es-
um controle maior das importações, fazendo com que o saldo da balança trangeira;
comercial fosse quase sem prepositivo. IV — no estabelecimento de um salário mínimo calculado com base nos
índices de produtividade industrial, em atendimento a uma das prin-
54. (RF-RS) A implementação do Programa de Metas do governo Jus- cipais reivindicações dos trabalhadores urbanos.
celino Kubitschek foi de importância para a economia brasileira, pois: Assinale:
diversificou as exportações e abaixou os índices de inflação. se somente a afirmativa I está correta
provocou o crescimento do setor industrial e o ingresso maciço de capital se somente a afirmativa IV está correta
estrangeiro. se somente as afirmativas I e II estão corretas
evitou o deslocamento da força de trabalho do setor agrário para o industri- se somente as afirmativas II e III estão corretas
al. se somente as afirmativas II, III e IV estão corretas
nacionalizou o processo industrial do país, evitando a intervenção das
multinacionais. 59. (FUVEST) Entre as iniciativas de Getúlio Vargas em 1930, destaca-
impediu que a estrutura social das cidades se modificasse pôr influência da se a criação do:
industrialização. Programa de Integração Social.
Departamento Nacional de Telecomunicações.
55. (CESGRANRIO) A vitória dos aliados na II Guerra Mundial favoreceu Mimistério do Trabalho, Indústria e Comércio.
o agrupamento das forças de oposição ao Estado Novo em torno das Instituto Nacional de Previdência Social.
tradições do liberalismo ocidental. O regime constitucional inaugura- Partido Trabalhista Brasileiro.
do em 1946 firmava, como desdobramento desse processo:
a participação de todos os brasileiros maiores de 18 anos no processo 60. (UFRGS) A Ação Integralista Brasileira, organizada na década de 30
eleitoral, em conformidade com as Constituições liberais européias por Plínio Salgado, caracterizava-se por ser um movimento político
desde a Revolução Francesa. que preconizava a:
a manutenção da organização corporativa dos sindicatos como indicador da unificação com diferentes frentes, inclusive a Aliança Nacional Libertadora,

Conhecimentos Gerais 54 A Opção Certa Para a Sua Realização


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para combater o fascismo. cado pela ideologia nazista porque:
execução do Plano Cohén, a fim de evitar que o Brasil se inclinasse para o para os nazistas o judaísmo e o marxismo se identificavam e haviam cola-
totalitarismo de direita. borado para o declínio da Ale manha desde ala Guerra.
insurreição armada para garantia dos princípios revolucionários advogados Hitler não era apoiado em suas pretensões expansionistas pelos socialistas
pelo Comintem. e judeus;
realização de um amplo plebiscito para verificar se o povo apoiava o os nazistas temiam a influência política dos judeus na Alemanha;
Estado Novo. os socialistas e judeus, com auxílio da alta burguesia alemã, ameaçavam
instauração de um governo ditatorial ultranacionalista baseado na hegemo- tomar o poder;
nia unipartidária. tanto os judeus quanto os socialistas eram a favor de um governo totalitá-
rio, contrário à formação liberal dos nazistas alemães.
61. (UCBA) O Ato Institucional n° 5, legislação excepcional editada
durante o governo Costa e Silva, em 1968, resultou entre outros fato- 66. (UFMG) Em relação ao surgimento e à implantação do fascismo na
res: Itália e na Alemanha, no período inter-guerras, é CERTO afirmar
da crise econômico-financeira, com acelerado processo inflacionário, no que:
após 1964. o modelo econômico fascista procurou sanear as estruturas capitalistas,
da necessidade de reformulação da estrutura administrativa altamente abaladas pela crise de 1929, através do intervencionismo e da regu-
burocratizada do país. lamentação estatais.
do comportamento do Congresso Nacional, que recusou permissão para a Itália fascista conseguiu implantar uma área de influência política na
processar um de seus membros. Europa Oriental, no período compreendido entre as duas guerras
da possibilidade de surgimento de uma crise externa, em face da anulação mundiais.
do Acordo Militar Brasil-Estados Unidos. tanto a ascensão do Partido Fascista, na Itália, quanto a do Partido Nacio-
de pressões internas, com vistas a modificar o processo eleitoral, estabele- nal-Socialista, na Alemanha, foram consequências diretas da crise de
cendo eleições indiretas. 1929.
tanto na Itália quanto na Alemanha, o processo de ascensão dos partidos
62. (FGV) Dentre os partidos abaixo, apenas um não foi constituído fascista e nacional-socialista foi favorecido pelo apoio dos partidos
recentemente. Trata-se do: políticos de esquerda.
a) PDT b) PP c) PDC d) PT e) PDS A conquista do poder pêlos líderes fascistas Benito Mussolini e Adolf Hitler
só se tornou possível após o desmantelamento dos sistemas consti-
63. (FGV) O "New Deal" norte-americano foi: tucionais vigentes na Itália e na Alemanha.
a nova política externa norte-americana com relacão à América Latina que
foi inaugurada pelo estreitamento das relações entre os presidentes 67. (CESGRANRIO) A crise do Estado liberal, evidenciada ao término
Roosevelt (EUA) e Cárdenas (México), e pela criação da União da Primeira Guerra Mundial, assinalou a falência da sociedade liberal
Pan-americana. clássica, aparecendo, nessa conjuntura, o fascismo. As principais ca-
a política econômica adotada pelo Presidente Roosevelt para aumentar o racterísticas dos movimentos, partidos e regimes fascistas foram as
nível de produção e emprego nos EUA. seguintes:
o acordo celebrado entre os EUA e o Reino Unido para a cessão de 1 — A ideologia nacionalista, anticomunista e anticapitalista, típica das
equipamento bélico norte-americano à Inglaterra antes da entrada camadas médias duplamente ameaçadas — pelo bolchevismo e pe-
dos EUA na 2ª Guerra Mundial. la proletarização;
o auxílio econômico prestado pelos EUA às nações européias após a 2ª 2 — A formação de grupos paramilitares voltados para o esmagamento
Guerra Mundial. das organizações e movimentos do proletariado urbano e rural;
o conjunto de medidas legais que visava acabar com a segregação racial 3 — A mobilização de grandes massas urbanas contra as ameaças às
em empregos e moradias nos EUA. liberdades públicas e às instituições parlamentares;
4 — A associação entre os grupos ou partidos fascistas e os porta-vozes
64. (CESGRANRIO) "Ação, e ação agora, nesta hora difícil da vida do grande capital contra os liberais tradicionais e os socialistas;
nacional... A única coisa da qual devemos ter medo é do próprio me- 5 — O combate à violência como forma de atuação política contra os
do... Não perdemos a confiança no futuro da democracia. O povo dos adversários das idéias fascistas. Assinale:
EUA não esmoreceu. Em sua angústia ele confiou-nos um mandato se apenas a proposição 1 estiver correta;
que deseja direto e vigoroso em sua ação. Pediram-me disciplina e se apenas a proposição 5 estiver correta;
direção, além de liderança. Fizeram-me o instrumento atual de seus se apenas as proposições 2 e 3 estiverem corretas;
desejos. E é no próprio espírito desse dom que eu o assumo". O tex- se apenas as proposições 1, 2 e 4 estiverem corretas;
to acima, parte do discurso de Franklin D. Roosevelt como presidente se apenas as proposições 3, 4 e 5 estiverem corretas.
dos EUA, em 4 de março de 1933, situado sobre o pano de fundo da
Grande Depressão da década de 30, permite-nos afirmar que: 68. (UFRGS) O Governo Provisório de Getúlio Vargas (1930-34) sofreu,
1 — Os EUA viviam numa crise econômica e social sem precedentes, desde o seu início, a oposição de São Paulo, entre outros motivos,
desde o "estouro" da Bolsa de Nova York, em outubro de 1929; porque o referido Estado desejava:
2 — A maioria dos cidadãos norte-americanos perdera a confiança na o afastamento do interventor Pedro de Toledo, em face do seu comporta-
democracia e inclinava-se para as tendências totalitárias e repressi- mento com o tenentismo.
vas; a introdução de representações classistas dos sindicatos profissionais, o
3 — A posse de Roosevelt confirmava a fé dos norte-americanos em suas que contrariava a política getulista.
promessas de candidato, resumidas na ideologia do "New Deal"; a extensão do direito de voto às mulheres, soldados e analfabetos, a fim
4 — As propostas de Roosevelt, além de demagógicas, indicavam o de democratizar o sistema eleitoral.
caminho da recessão econômica, provocando fortes resistências en- a indicação de um interventor civil, assim como a imediata constitucionali-
tre os democratas. zação do país.
Assinale: a implantação de um governo forte, centralizado, que dominasse a vida
se apenas a afirmação 1 estiver certa; econômica, para garantia dos preços do café.
se apenas a afirmação 3 estiver certa;
se apenas a afirmação 4 estiver certa; 69. (UC-BA) O golpe de Estado de Getúlio Vargas, que instituiu o Esta-
se apenas as afirmações 1 e 3 estiverem certas; do Novo (1937-45), usou, como pretexto para a sua realização,
se apenas as afirmações 2 e 4 estiverem certas. o perigo que representava para a nação a penetração da direita nas Forças
Armadas.
65. (MACK) A ascensão de Hitler ao governo alemão foi marcada por o desejo de conter a ideologia da direita apresenta da pela Ação Integralis-
uma implacável perseguição a socialistas e judeus; tal fato era justifi- ta Brasileira.

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a inquietação social que existia no Nordeste em virtude da alta do custo de
vida. 04. (PUC) Entre as explorações tradicionais do Nordeste, aquela tem sido
a possibilidade de uma revolução comunista, conforme constava de um melhor aproveitada pela indústria moderna é a:
documento em poder do governo — o Plano Cohén.
a necessidade de conter a agitação política pela Aliança Liberal nos gran- a) de algodão mocó.
des centros urbanos. b) da cana-de-açúcar.
c) do couro.
RESPOSTAS d) do agrave.
1. a; 11. d; 21. c; 31. e; 41. c; 51.a; 61. c; e) da mandioca.
2. b; 12. b; 22. c; 32. c; 42. c; 52.c; 62. c;
3. b; 13. d; 23. b; 33. d; 43. a. 53.a; 63. b;
4. c; 14. d; 24. b; 34. d; 44. c; 54.b; 64. d; 05. (FGV) O litoral sul da Bahia caracteriza-se pela presença da monocultu-
5. a; 15. a; 25. a; 35. c; 45. a; 55.b; 65. a; ra de:
6. b; 16. b; 26. d; 36. e; 46. b; 56.a; 66. a;
7. b; 17. a; 27. c; 37. a; 47. e; 57.b; 67. d; a) cana-de-açúcar
8. c; 18. c; 28. e; 38. c; 48. a; 58. c; 68. d; b) algodão
9. d; 19. e; 29. c; 39. a; 49. a; 59.c; 69. d. c) amendoim
10. e; 20. a; 30. a; 40. a; 50. c; 60.e; d) cacau
e) sisal

GEOGRAFIA - PROVA SIMULADA I 06. O produto que acusou uma rápida expansão nos últimos anos, estando
http://www.coladaweb.com/exercicios-resolvidos/exercicios- entre os quatro mais importantes atualmente exportados pelo Brasil é:
resolvidos-de-geografia/agricultura
a) o arroz, cultivado principalmente no Rio Grande do Sul e Goiás;
Exercícios sobre agricultura b) o fumo, cultivado principalmente em Santa Catarina e Bahia;
Questões: c) o amendoim, cultivado principalmente em São Paulo, Paraná e Mato
Grosso;
01. De acordo com o mapa a seguir, assinale a alternativa cuja seqüência d) o milho, cultivado principalmente em São Paulo, Paraná e Minas Gerais;
numérica apresente a respectiva correspondência com os produtos de e) a soja, cultivada principalmente no Rio Grande do Sul e Paraná.
destaque em sua economia:
07. (OSEC) "Nas encostas montanhosas, onde a erosão é mais intensa
devem-se cultivar (de preferência em cima de terraços) produtos permanen-
tes, como a arboricultura; os vales e as planícies ficam reservados para as
culturas temporárias."

A principal idéia contida no texto é o fato de que:

a) As técnicas agrícolas variam de acordo com os tipos de cultivo.


b) As culturas, para defesa dos solos, devem-se distribuir de acordo com o
relevo.
c) As técnicas agrícolas estão na dependência dos tipos de relevo.
d) O relevo não pode interferir na escolha dos cultivos.
e) A erosão é mais intensa nas áreas montanhosas do que nas planas.
a) I – petróleo; II – algodão; III – cana-de-açúcar; IV – fumo.
b) I – babaçu; II – cana-de-açúcar; III – fumo; IV – tungstênio. 08. As primeiras áreas de cultivo do café em São Paulo e Paraná foram
c) I – carnaúba; II – sal; III – petróleo; IV – cana-de-açúcar. respectivamente:
d) I – cana-de-açúcar; II – petróleo; III – algodão; IV – cacau.
e) I – sal; II – cana-de-açúcar; III petróleo; IV – cacau. a) a Mogiana e o Planalto de Curitiba;
b) a Alta Paulista e o norte do Paraná;
c) o Vale do Paraíba e o norte do Paraná;
02. (UNIFENAS) O meeiro constitui, no Brasil, um tipo característico de d) o Vale do Paraíba e o sul do Paraná;
trabalhador rural: e) o noroeste de São Paulo e do Paraná.
a) de cuja terra é co-proprietário.
b) que recebe em pagamento metade do salário pago na região. 09. (STA. CECÍLIA - Santos) Os maiores produtores brasileiros de cana-de-
c) que recebe em pagamento metade dos lucros do proprietário. açúcar e cacau são, respectivamente:
d) que paga ao proprietário metade do aluguel da terra ocupada.
e) que entrega ao proprietário metade do que produziu. a) Pernambuco e Bahia
b) Pernambuco e Ceará
c) Ceará e Bahia
03. (PUC) O maior parcelamento das propriedades, a presença de culturas d) Paraná e Ceará
diversificadas em áreas de brejos constituem características no Nordeste, e) São Paulo e Bahia
notadamente:

a) no Meio-Norte. 10. (UNISA) Chamamos de sistemas agrícolas:


b) no Agreste.
c) na Zona da Mata. a) As formas de divisão de glebas, em relação às culturas desenvolvidas.
d) no Sertão b) O sistema de distribuição dos cultivos, em relação ao solo e todos produ-
e) no Recôncavo. tos agrícolas.

Conhecimentos Gerais 56 A Opção Certa Para a Sua Realização


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c) As formas de financiamento da produção e da comercialização dos a) a Região Sudeste coordenando o mercado nacional, caracteriza-se por
produtos agrícolas. ser exportadora unicamente de produtos provenientes do setor primário.
d) Aos sistemas planejados de produção agrícola.
e) Ao conjunto de técnicas empregadas para obtenção da produção agro- b) A Região Sul desempenha um papel eminentemente industrial, como
pastoril. fornecedora de produtos do setor secundário.

c) A Região Norte, caracteriza-se pela exportação de matéria-prima de


origem diversa, com destaque para os minérios.
Resolução:
01. E d) A Região Nordeste, mesmo com seus problemas endêmicos consegue
02. E ser fornecedora de alimentos para a força de trabalho de outras regiões.
03. B
04. A e) A Região Centro-Oeste caracteriza-se principalmente pela exportação de
05. D produtos agrícolas com destaque para o cacau e o fumo.
06. E
07. B
08. C 05. (UNIFENAS) São características do comércio exterior brasileiro na
09. E década de 80, exceto:
10. E
a) Aumento das exportações e diminuição das importações.
b) Grande aumento nas exportações de produtos industrializados.
c) Saldos comerciais positivos a partir de 83.
PROVA SIMULADA II
d) Diversificação dos mercados compradores.
e) Diminuição significativa do comércio com a Argentina.
Exercícios sobre comércio externo

Questões: 06. (UFMG) Com a abertura das fronteiras brasileiras aos produtos manufa-
01. (CESGRANRIO) No 1º aniversário do Plano Real, festejou-se a queda turados estrangeiros, evidenciou-se a fraca competitividade da maioria dos
das taxas de inflação de 50% para 2% ao mês. Para muitos analistas, no setores industriais do país. Sobre esse aspecto da nossa indústria, todas as
entanto, o desempenho do Real, no início de 1995, esteve ameaçado, alternativas estão corretas, exceto:
tendo em vista repercussões das dificuldades experimentadas pelos planos
da estabilização econômica dos governos do México e da Argentina, que a) A competitividade da indústria está comprometida pelas recentes e
rediriam na manutenção prolongada de políticas de: generalizadas restrições à entrada de tecnologia estrangeira a à penetra-
ção de bens de capital.
a) substituição de importações por similares nacionais.
b) transferência de tecnologias avançadas dos países desenvolvidos. b) A falta de competitividade da indústria brasileira resulta da fraca produti-
c) criação de empresas estatais em setores estratégicos. vidade de determinados setores e da baixa qualidade dos produtos coloca-
d) sobrevalorização da moeda nacional frente ao dólar norte-americano. dos no mercado.
e) atração de investimentos estrangeiros de longo prazo.
c) A indústria brasileira adotou, até bem recentemente, a estratégia de
aumentar receitas por meio de aplicações financeiras em detrimento de
02. (FEMM/FIO/VEST) As exportações de manufaturas destacam-se no investimentos produtivos na modernização do setor.
corredor de exportação de:
d) A maior parte dos setores dessa atividade é voltada apenas para o
a) São Paulo mercado interno que, embora se situe entre os maiores do mundo, é pouco
b) Minas Gerais – Espírito Santo exigente e não estimula a competitividade.
c) Rio de Janeiro
d) Paraná e) N. d. a.
e) n.d.a.

07. (BRAGANÇA PAULISTA) Para facilitar o aumento da produção brasilei-


03. (UNIFENAS) Sobre o comércio exterior brasileiro seria errado afirmar ra destinada à exportação, o governo federal criou os "corredores de expor-
que: tação", que podem ser assim definidos:

a) Houve grande aumento das exportações de manufaturados e semi- a) sistema de conjugação de transportes, portos, silos e frigoríficos para
industrializados superando exportações de produtos primários. receber, conservar e exportar os produtos para o mercado externo;
b) Menor dependência em relação ao mercado norte-americano. b) conjunto de rodovias que alcançam os mais distantes e interiorizados
centros de produção para conectá-los com os grandes eixos viários;
c) Grande diversificação quanto aos tipos de produtos exportados e quanto
aos parceiros comerciais. c) tratamento preferencial que, enfatiza os principais produtos locais, como
a soja em Paranaguá, o café em Santos, o minério de ferro em Vitória e
d) Apresenta diminuição gradativa do volume de mercadorias exportadas e outros;
do valor de exportações.
d) conjunto de normas e processos fiscais e financeiros que desburocratiza-
e) A balança comercial apresenta um superávit, desde 82, apesar de não ram e agilizaram as exportações;
poder ser considerado como lucro.
e) sistema de empresas de produção, transporte e armazenamento - as
trading companies - para escoamento e exportação de produção.
04. (UFPA) As regiões brasileiras exercem diferentes papéis no que diz
respeito a “divisão inter-regional do trabalho” ressaltando-se que:
08. O acordo com os europeus

Conhecimentos Gerais 57 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
c) do plioceno
"O acordo de cooperação entre a União Européia e o Mercosul, assinado d) do cambriano
nos dias 15 e 20 de dezembro de 1995, prevê o fomento do intercâmbio em e) do permocarbonífero
diversos setores. Por este acordo, ficou acertado que os Estados-partes da
União Européia e os países-membros do Mercosul envidarão esforços a fim
de promover a cooperação empresarial com o propósito de criar um marco 02. (CEFET-PR) dentre as citadas assinale a alternativa que contenha
favorável de desenvolvimento econômico que tenha em conta seus interes- apenas as fontes de energia renováveis mais utilizadas no Brasil:
ses mútuos. Para reafirmar as bases de tal acordo, particularmente o
presidente francês Chirac empenhou-se em convencer o Brasil das vanta- a) Solar, hidrelétrica e eólica.
gens de atrelar os negócios nacionais preferencialmente à Europa em lugar b) Hidráulica, lenha e biomassa.
de fazê-lo com os Estados Unidos. Chirac ofereceu a França como porta de c) Hidráulica, xisto e solar.
entrada para ampliar o comércio brasileiro com a União Européia." d) Petróleo, solar e lenha.
(adaptado da Revista Mercosul, maio de 1996 e Revista Veja, março de e) Álcool, eólica e solar.
1997)

De acordo com o conteúdo do texto podemos afirmar que, exceto: 03. (PUC) A Usina de Itaipu é um empreendimento conjunto:

a) Os EUA vêem com maus olhos a concorrência que o Mercosul faz à a) Brasil – Paraguai;
ALCA (Área de Livre Comércio das Américas. b) Brasil – Argentina;
c) Brasil – Paraguai – Argentina;
b) O texto não corresponde à realidade, não há grande interesse em inte- d) Argentina – Paraguai;
grar o Mercosul à U.E. (União Européia). e) Brasil – Uruguai.

c) O esforço de ampliar os contatos com as economias emergentes, entre


outros o Brasil, e a preferência de negociações entre blocos. 04. (PUC) A área carbonífera de Santa Catarina compreende os municípios
de:
d) Dentro da Nova Ordem Mundial a idéia é ampliar cada vez mais os
blocos econômicos. a) Brusque, Jaraguá do Sul e Lages;
b) Campos Novos, Chapecó e Aranguá;
e) O Mercosul já mantém relações amplas com a U.E. c) Joinville, Blumenau e Rio do Texto;
d) Criciúma, Lauro Müller e Urussanga;
e) Itajaí, Florianópolis e Laguna.
09. (USP) Com base nas informações do gráfico abaixo, podemos afirmar
que, no período de 1966 e 1975:
05. A bacia sedimentar do Brasil, que responde pela maior produção de
a) o valor das exportações brasileiras foi sempre inferior ao valor das impor- petróleo é:
tações;
b) o valor das exportações brasileiras atingiu seu ponto mais baixo no ano a) Bacia de Carmópolis.
de 1966; b) Bacia de Tabuleiro do Martins.
c) o valor das importações brasileiras atingiu seu ponto mais alto no ano de c) Bacia do Meio-Norte.
1975; d) Bacia do Recôncavo Baiano.
d) sempre houve equilíbrio entre o valor das exportações e o valor das e) Bacia de Campos.
importações brasileiras;
e) a maior diferença entre o valor das exportações e o valor das importa-
ções brasileiras ocorreu em 1974. 06. (FGV) Sobre o consumo de energia no Brasil é correto afirmar que:

a) a Região Sudeste não consegue consumir toda a energia que produz;


b) o setor residencial e de comércio representam 80% do consumo total de
Resolução: energia;
01. D c) mais da metade da energia consumida no país provém de fontes renová-
02. A veis, como a hidráulica e a biomassa;
03. D d) nesta década, devido às sucessivas crises econômicas, não tem havido
04. C aumento do consumo de energia;
05. E e) o petróleo e o carvão mineral representam mais de 70% de energia
06. A produzida para consumo no país.
07. A
08. B
09. E 07. (TAUBATÉ) Usina brasileira que se revelou um verdadeiro fracasso em
todos os aspectos: técnico, financeiro, social e ecológico. Inundou 2.360
metros quadrados de floresta, sem qualquer aproveitamento, e vai gerar
uma energia muito cara em relação ao investimento, sem atender à de-
PROVA SIMULADA III
manda da região:
TESTES OFICIAIS
a) Tucuruí
Exercícios sobre fontes de energia b) Balbina
c) Xingó
Questões: d) Orocó
01. As jazidas brasileiras de carvão mineral localizam-se em terrenos, e) Paratinga
datando geologicamente:

a) do proterozóico 08. A energia elétrica, no Brasil, contribui de maneira significativa para


b) do triássico atender às necessidades do país em fontes de energia. O setor que mais

Conhecimentos Gerais 58 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
utiliza ou consome energia elétrica no Brasil é: b) petroquímica – automobilística – siderúrgica.
c) elétrica – eletrônica – têxtil.
a) a indústria d) informática – microeletrônica – biotecnológica.
b) os domicílios e) alimentícia – de bebidas finas – de cosméticos.
c) o comércio
d) a iluminação pública
e) os transportes 04. (UESPI) A respeito da indústria moderna, é correto afirmar:

a) com as inovações tecnológicas atuais, eliminou-se a divisão técnica do


09. O levantamento do potencial hidráulico das principais bacias hidrográfi- trabalho.
cas brasileiras demonstra a grande supremacia dos rios da bacia: b) seus trabalhadores, chamados de artesãos, possuem uma clara idéia de
como ocorre todo o processo de produção, trocando freqüentemente de
a) Amazônica função dentro da empresa.
b) do São Francisco c) não mais se baseia no assalariamento, mas no regime de parceria.
c) do Paraná d) tende a absorver maior capacidade técnica e científica, deslocando
d) do Tocantins-Araguaia tarefas para a terceirização.
e) do Leste e) não se preocupa com a produtividade, passando a intensificar a competi-
tividade.

10. (OSEC) O conjunto hidroelétrico de Urubupungá, situado na divisa de


São Paulo com Mato Grosso do Sul, é constituído pelas usinas: 05. (ESCCAI) “No mundo capitalista a preocupação primordial é obtenção
de lucros cada vez maiores. É dessa busca incessante de lucros máximos
a) Furnas e Mascarenhas de Morais que resultam as estratégias de localização geográfica das empresas indus-
b) Volta Grande e Estreito triais, que em inúmeros fatores têm de ser considerados isoladamente e em
c) Três Marias e Furnas conjunto.”
d) Jupiá e Ilha Solteira
e) Presidente Bernardes e Manguinhos A partir do texto acima conclui-se que os fatores mais importantes são,
exceto:

Resolução: a) Mercado consumidor.


01. E b) Energia.
02. B c) Matéria-prima.
03. A d) Legislação ambiental.
04. D e) Mão-de-obra.
05. E
06. C
07. B 06. (UFF) O interesse dos governos estaduais em instalar indústrias em
08. A suas áreas por meio de incentivos fiscais levou-os a travar uma "guerra
09. A fiscal". Um dos Estados que há pouco se valeu desse recurso foi o Rio de
10. A Janeiro. Assinale a opção que indica corretamente a região do Estado do
Rio de Janeiro que mereceu, recentemente, destaque no noticiário dos
PROVA SIMULADA IV jornais pela instalação de grande indústria atraída por essa política da
"guerra fiscal":

Exercícios sobre indústria de transformação a) Turística da costa sul.


b) Campos, no norte fluminense.
Questões: c) Serrana norte.
01. (UNOPAR) As cidades de Volta Redonda (RJ) e Camaçari (BA) desta- d) Vale médio d rio Paraíba do Sul.
cam-se, respectivamente, na concentração de indústrias: e) Suburbana do Grande Rio.

a) siderúrgicas e alimentícias.
b) alimentícias e petroquímicas. 07. (UNIFOR) Os novos investimentos em regiões mais distantes do eixo
c) eletroeletrônicas e de calçados. Rio-São Paulo estão permitindo a algumas cidades nordestinas, um cres-
d) siderúrgicas e petroquímicas. cimento industrial maior do que alguns pólos econômicos do Centro-Sul.
e) eletroeletrônicas e têxteis. Essa expansão se deve, basicamente:

a) ao esgotamento do mercado consumidor no eixo Rio-São Paulo;


02. (UNIFOR) Ao processo contemporâneo de produção de bens industri- b) à resposta dos problemas sociais que até a década de 80 impediram a
ais, simultaneamente em vários países, através da padronização de mode- entrada de capital;
los tecnológicos e de consumo, suplantando as fronteiras nacionais pela c) ao aquecimento recente da indústria do turismo, exigindo maior tecnolo-
escala mundial, dá-se o nome de: gia para a Região;
d) à estabilidade da moeda que permitiu operar o significativo parque
a) internacionalização do capital. industrial nordestino;
b) globalização. e) ao crescimento do mercado consumidor nordestino associado às vanta-
c) terceirização. gens fiscais e ao baixo custo da mão-de-obra.
d) monopólio transnacional.
e) neoliberalismo.
08. (UNIMEP) Em relação à privatização da Vale do Rio Doce, existiu
argumentos pró e argumentos contra. Para os defensores da desestatiza-
03. (UEMA) São indústrias de ponta na terceira Revolução Industrial: ção:

a) metalúrgica – construção civil – naval. I. A Vale não tinha importância estratégica para o desenvolvimento econô-

Conhecimentos Gerais 59 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
mico-social do país. a) bovinos e eqüinos
II. O Estado deveria deixar a função de empresário. b) eqüinos e asininos
III. O financiamento da Vale seria um mau negócio para o Estado. c) asininos e muares
IV. Privatizar a Vale não seria privatizar o solo brasileiro. d) suínos e ovinos
V. A própria empresa, livre de burocracia, poderia produzir mais, pagar e) ovinos e caprinos
mais impostos e gerar mais empregos.

Da relação anterior, são, particularmente, eram argumentos neoliberais: 02. (MACKENZIE) O Pantanal mato-grossense possui características
singulares que o individualizam e tornam uma unidade fisiográfica e morfo-
a) I e IV estrutural única no território brasileiro, com uma economia caracterizada
b) II e IV pela:
c) III e IV
d) V e IV a) criação extensiva de gado bovino.
e) Todas b) criação intensiva de gado bovino.
c) extração mineral.
d) elevada densidade de produção agrícola.
09. (UNIMEP) A crise econômica por que passou o Brasil na década de 80 - e) policultura comercial.
a "década perdida", como ficou conhecida - pôs fim ao período de extraor-
dinário crescimento econômico ocorrido nas três décadas anteriores. Da
década de 50 até a de 70, impulsionado por um processo de industrializa- 03. (CESGRANRIO) Que atividade econômica foi desenvolvida no Vale do
ção da sociedade, o Brasil apresentou bom desenvolvimento econômico Paraíba do Sul, como fase intermediária entre a cultura cafeeira e a indús-
tanto em nível regional quanto mundial. Nesse período, os ingredientes tria?
básicos do grande crescimento econômico industrial do país foram:
a) plantação de milho
a) a forte participação de capital estatal e estrangeiro na economia; b) cultivo de videira
b) o fácil endividamento externo; c) plantação de algodão
c) a abundância de mão-de-obra; d) pecuária leiteira
d) a grande disponibilidade de recursos naturais; e) rizicultura
e) a crescente presença estrangeira na indústria de bens não-duráveis.

04. O rebanho ovino do Brasil, em razão das condições climáticas mais


10. (UNIFENAS) A organização do espaço geográfico brasileiro após a favoráveis, concentra-se principalmente no Estado de:
industrialização sofreu mudanças profundas. Seria errado afirmar:
a) São Paulo
a) grande concentração de atividades e decisões no Sudeste, tendo São b) Mato Grosso
Paulo como centro polarizador; c) Rio Grande do Sul
d) Rio de Janeiro
b) orientação da economia nacional com aplicação do modelo econômico e) Pará
centro-periferia;

c) maior integração do espaço brasileiro com desenvolvimento da rede de 05. O Vale do Itajaí (SC) destaca-se por apresentar expressivo rebanho:
transporte e comunicações interligando o Sudeste ao resto do país;
a) caprino
d) maior interdependência entre as regiões com a divisão inter-regional do b) bubalino
trabalho; c) ovino
d) eqüino
e) produção industrial se desenvolve em função das exportações, devido à e) bovino de leite
inexistência de mercado interno.

Resolução: 06. (SANTA CECÍLIA - Santos) A maior parte do rebanho bovino brasileiro
01. D está concentrada na região:
02. B
03. D a) Sudeste
04. D b) Sul
05. D c) Centro-Oeste
06. D d) Nordeste
07. E e) Norte
08. E
09. E
10. E As questões 07 e 08 estão ligadas ao texto a seguir:

"O homem está destruindo, em poucas décadas, o que a natureza levou


PROVA SIMULADA V milhões de anos para construir. A enorme capa de basalto, encobrindo o
arenito, já está totalmente desaparecida, em virtude da erosão. A prática da
queima e o pisoteio dos campos pelo gado bovino e principalmente ovino,
Exercícios sobre pecuária não permitem uma margem de tempo para que a terra recupere suas
qualidades naturais."
Questões:
07. O texto acima aplica-se melhor às áreas agropecuárias do:
01. (PUC) A Região Sul se destaca em termos de atividade criatória e entre
as regiões brasileiras é a que dispõe do maior rebanho de: a) sul de Goiás
b) oeste de Mato Grosso

Conhecimentos Gerais 60 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
c) oeste de Mato Grosso do Sul c) Santos, Rio de Janeiro e Salvador.
d) norte do Paraná d) Rio de Janeiro, Santos e Vitória.
e) oeste do Rio Grande do Sul e) Santos, Paranaguá e Vitória.

08. Qual das seguintes alternativas apresenta o tema mais abrangente do 04. (PUCC) A linha principal da Ferrovia do Aço destina-se a ligar:
texto?
a) Belo Horizonte ao Rio de Janeiro.
a) Degradação dos recursos naturais. b) São Paulo ao Rio de Janeiro.
b) Empobrecimento de áreas agrícolas. c) Belo Horizonte ao Espírito Santo.
c) Erosão em solos de campos. d) Belo Horizonte a São Paulo.
d) Conseqüências de atividades pecuárias. e) Brasília a Belo Horizonte.
e) Conseqüências do desmatamento.

Mapa para as questões 5 e 6


09. (UNISA) Na região Sudeste, dois Estados se destacam na criação de
gado:

a) Espírito Santo e Rio de Janeiro;


b) Minas Gerais e Espírito Santo;
c) São Paulo e Rio de Janeiro;
d) Minas Gerais e São Paulo;
e) Rio de Janeiro e Minas Gerais.

10. (FUVEST) "Até hoje, a produção leiteira é das mais importantes do vale
que se tornou uma das mais fortes áreas da zona de laticínios da Região."
O vale e a Região a que se refere o texto são, respectivamente:

a) Vale do Paraíba e Região Sudeste;


b) Vale do Ribeira e Região Sudeste;
c) Vale do Rio Doce e Região Sudeste;
d) Vale do São Francisco e Região Nordeste;
e) Vale do Itajaí e Região Sul.

Resolução:
01. D
02. A
03. D
04. C
05. E
06. C 05. As setas I, II e III indicam, respectivamente, importações brasileiras de:
07. E
08. A a) laticínios, cobre e estanho.
09. D b) cobre, trigo e petróleo.
10. A c) estanho, petróleo e laticínios.
d) petróleo, cobre e trigo.
PROVA SIMULADA VI e) trigo, laticínio e cobre.

Exercícios sobre transportes


06. Os principais portos de exportação de minérios no Brasil são:
Questões:
a) São Luis – Itaqui e Vitória – Tubarão.
01. (OSEC) Qual é o maior corredor de exportação do Brasil?
b) Paranaguá e Santos.
c) São Luis – Itaqui e Rio Grande.
d) Santos e Rio Grande.
02. (MACKENZIE) O Projeto Radam, entre outras coisas, tem mostrado a
e) Vitória – Tubarão e Paranaguá.
grande riqueza florestal da Amazônia. O seu aproveitamento econômico
pela indústria madeireira é principalmente dificultado:
07. A grande importância da Estrada de Ferro Vitória - Minas está ligada:
a) pela heterogeneidade e dispersão das espécies arbóreas;
b) pelas inundações das várzeas;
a) ao transporte de minério de ferro extraído do Quadrilátero Ferrífero;
c) pelas dificuldades de circulação;
b) ao escoamento da maior parte da produção agrícola de Minas Gerais;
d) pela má qualidade das madeiras.
c) à grande extensão de sua linha, permitindo a penetração ao interior de
e) n.d.a.
Minas Gerais;
d) ao transporte de gado proveniente do Triângulo Mineiro até os frigoríficos
localizados nos grandes centros consumidores;
03. (UNIMEP) Segundo o valor das exportações, os principais portos do
e) ao escoamento dos produtos oriundos do parque industrial mineiro.
Brasil são, respectivamente:

a) Santos, Rio de Janeiro e Porto Alegre.


08. (UNIMEP) A partir de 1860 e até 1879, houve a chamada expansão e
b) Rio de Janeiro, Santos e Recife.
evolução do sistema paulista de transportes. Tal evolução se deve à ex-

Conhecimentos Gerais 61 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
pansão cafeeira. Nesse sentido, os transportes que ganharam primazia 03. (CESGRANRIO) mais importante área de extração de sal no Brasil:
foram, naturalmente:
a) região salineira de Cabo Frio (RJ)
a) os marítimos b) região salineira potiguar (RN)
b) os rodoviários c) região salineira do Ceará (CE)
c) as ferrovias d) região salineira do Rio Grande do Sul (RS)
d) os transportes aéreos e) n.d.a.
e) os transportes fluviais

04. (PUC) A exploração de reservas de ferro e de manganês do Brasil


09. (PUC) Relacione os portos de Santos, Paranaguá, Rio Grande, Tubarão Sudeste se desenvolve em Minas Gerais e, mais precisamente:
e Areia Branca, respectivamente, com os principais produtos exportados:
a) no vale do Jequitinhonha.
a) café, algodão, soja, manganês e sal; b) no vale do São Francisco.
b) manufaturados, soja, carne, ferro e sal; c) nos vales superiores dos rios das Velhas, Doce e Paraopeba.
c) café, manufaturados, soja, ferro e sisal; d) no Triângulo Mineiro.
d) manufaturados, madeira, fumo, ferro e açúcar; e) no alto vale do Rio Grande.
e) banana, carne, manganês, manufaturados e sal.

05. (UnB) As jazidas de manganês no maciço de urucum, ao sul de Corum-


10. (MED. - Santos) O desenvolvimento da malha ferroviária no estado de bá, tem importância reduzida quando comparadas com as jazidas do Ama-
São Paulo, voltada para o litoral, com marcante afunilamento deve-se: pá, em decorrência:

a) à boa situação geográfica de Santos, que atraiu as ferrovias; a) do teor mais baixo do minério.
b) ao tipo de produção agrícola voltada para a exportação implantada no b) da pequena quantidade de minério.
Estado; c) das dificuldades de transporte.
c) à situação geográfica da capital paulista, próxima ao litoral; d) do grande consumo das proximidades.
d) aos problemas geográficos representados pela movimentação orogênica e) n.d.a.
do planalto;
e) aos incentivos estatais.
06. (UNIRIO) Muitos fatores geográficos favorecem a extração de sal
marinho na fachada litorânea do Rio Grande do Norte:
Resolução:
a) o clima tropical de altitude;
01. Porto de Santos. b) as fortes marés, cuja altura oscila entre 3 e 4m;
02. A c) as baixas temperaturas ali reinantes (18º - 36º em média);
03. E d) o clima equatorial superúmido.
04. D e) n.d.a.
05. D
06. A
07. A 07. (FAAP) A Companhia Vale do Rio Doce é uma empresa:
08. C
09. B a) de exploração madeireira
10. B b) hidrelétrica
c) siderúrgica
PROVA SIMULADA VII d) exportadora de minério de ferro
e) de navegação fluvial
Exercícios sobre indústria de extração mineral

Questões: 08. (PUCC) Em Geologia, o movimento tectônico responsável pela forma-


ção de montanhas é:
01. (PUC) O levantamento das potencialidades do meio natural constitui
toda a estratégia dos programas de desenvolvimento regional. Nesse a) epirogênse
campo, a maior contribuição para o conhecimento da Amazônia tem sido: b) diagênese
c) epigênese
a) da SUDAM d) morfogênese
b) da BASA e) orogênese
c) do Projeto RADAM
d) do INCRA
e) do MINTER 09. (PUCC) Pode-se relacionar manganês, carvão e sal com as seguintes
unidades político-administrativas do Brasil:

02. (CESGRANRIO) Porto salineiro mais importante, situado no Nordeste a) Amapá, Santa Catarina e Rio Grande do Norte;
do País: b) Amazonas, Pará e Acre;
c) Amapá, Rio Grande do Sul e Goiás;
a) Areia Branca d) Rondônia, Rio de Janeiro e Rio Grande do Sul;
b) Aracati e) n.d.a.
c) Mucuripe
d) Camocim
e) Luiz Correia 10. A exploração das salinas no Brasil está mais desenvolvida nos Estados
do Rio Grande do Norte e do Rio de Janeiro. Qual a combinação correta
dos dois maiores centros produtores desses dois Estados?

Conhecimentos Gerais 62 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
tos da natureza com um deles predominando.
a) Macau - Macaé
b) Açu - Cabo Frio ( ) II. Faixa de transição é a área de terra onde há uma certa homogenei-
c) Macaé - Açu dade dos elementos naturais.
d) Macau - Cabo Frio
e) Areia Branca - Cabo Frio ( ) III. O domínio morfoclimático inclui, além do clima e do relevo, elemen-
tos da vegetação, hidrografia e pedologia.

Resolução: ( ) IV. Clima e relevo são os elementos mais importantes do domínio por
01. C se constituírem na causa dos demais.
02. A
03. B ( ) V. A vegetação não é considerada um dos elementos definidos da
04. C paisagem, pois é o elemento mais resistente da paisagem.
05. C
06. B
07. D 05. “La Niña se adianta e deve atingir o Brasil em 1998”.O CPTEC (Centro
08. E de Previsão de Tempo e Estudos Climáticos), localizado em Cachoeira
09. A Paulista, no Vale do Paraíba, acredita que ainda este ano os efeitos do
10. E fenômeno La Niña que resfria a temperatura média das águas do Oceano
Pacífico Equatorial, atingirão o Brasil. Este dado faz parte do relatório
PROVA SIMULADA VIII divulgado pelo órgão, em junho de 1998. Se isto efetivamente acontecer, as
conseqüências poderão ser notadas no Brasil, com efeitos contrários aos
Exercícios sobre clima do “El Niño”.
Questões:
Assinale a alternativa que caracteriza essa situação no Sul e Nordeste do
01. (SANTA CASA) Para apoiar a regra de que “a temperatura diminui com país respectivamente:
o aumento da latitude”, deveríamos tomar como exemplo os dados referen-
tes às cidades de: a) Secas prolongadas com posteriores nevascas; aumentará a aridez do
Sertão.
a) Manaus, Cuiabá e Porto Alegre. b) Deficiência de chuvas no Sul e excesso de precipitação no Nordeste.
b) Recife, Cuiabá e Rio de Janeiro. c) Geadas nas “Serras Gaúchas” e intensas chuvas na Zona da Mata.
c) Recife, Rio de Janeiro e Porto Alegre. d) Fortes ventos com chuvas no Sul e ventos secos em todo Nordeste.
d) Manaus, Recife e Cuiabá. e) Estiagem no Sul seguida de estação chuvosa e aumento da seca em
e) Manaus, Rio de Janeiro e Porto Alegre. todo o Nordeste.

02. Leia os textos: 06. (PUC) As porções orientais do território brasileiro, em termos de clima,
sofrem maior intervenção da massa de ar:
I. Calcula-se que a poluição do ar tenha provocado um crescimento do teor
de gás carbônico na atmosfera, que teria sofrido um aumento de 14% entre a) Equatorial Continental (Ec)
1830 e 1930, aumentando hoje em dia de 0,3% ao ano. Os desmatamentos b) Equatorial Atlântica (Ea)
contribuem bastante para isso, pois a queimada das florestas produz gran- c) Tropical Continental (Tc)
de quantidade de gás carbônico tem a propriedade de absorver calor, pelo d) Tropical Atlântica (Ta)
chamado “efeito estufa”, um aumento da proporção desse gás na atmosfera e) Polar Atlântica (Pa)
pode ocasionar um aquecimento de superfícies terrestres.

II. Inversão térmica é período em que o ar fica estagnado sobre um local, 07. (MACK) Dominam no inverno austral as massas de ar procedentes de
sem a formação de ventos ou correntes ascendentes na atmosfera. Sabe- áreas anticicloniais localizadas no Atlântico Sul e na Argentina, as quais
se que o ar mais elevado é mais que o que se encontra embaixo; esse fato invadem o Planalto Brasileiro e implicam na formação:
dá origem a correntes ascendentes na atmosfera, pois o ar quente é mais
leve que o ar mais frio. Mas sobre o efeito de uma inversão térmica ocorre o a) das brisas
inverso: o ar mais quente está acima do ar mais frio, impendido-o de subir. b) dos ventos contra-alísios do Nordeste
O ar fica estagnado e carregado de poluentes. As inversões térmicas c) do terral
ocorrem bastante no Sul do país, principalmente em São Paulo, no período d) dos ventos alísios do Sudeste
do inverno. e) dos ventos do Noroeste

As afirmações I e II estão:
08. (OSEC) O deslocamento das massas de ar, que dão origem aos ven-
a) totalmente corretas. tos, se fazem sempre:
b) totalmente erradas.
c) a I correta e a II errada. a) das áreas mais elevadas para as mais baixas;
d) a I errada e a II correta. b) das áreas de temperaturas mais altas para as de temperatura mais
e) as duas parcialmente corretas. baixa;
c) das áreas de alta pressão para as de baixa pressão;
d) das áreas mais úmidas para as mais secas;
03. (FUVEST) Explique as características e as causas da ocorrência do e) de oeste para leste.
clima subtropical no Brasil.
09. (OSEC) (...) "Ventos periódicos beneficiam toda a extensa orla litorâ-
04. Observe as afirmações e coloque V verdadeiro ou F falso: nea: são... que, como alhures se apresentam sob a forma da "viração" ... e
do "terral"... (Areldo de Azevedo)
( ) I. Domínio é o conjunto natural onde há uma interação entre os elemen-

Conhecimentos Gerais 63 A Opção Certa Para a Sua Realização


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a) os ventos alísios do Sudeste; e) Malásia e Brasil.
b) os ventos alísios do Nordeste;
c) os ventos variáveis, "Pampeiro e Noroeste";
d) as brisas marítimas e terrestres; 03. (FUVEST) A Cia. Ford racionalizou o plantio da seringueira no Brasil.
e) as frentes frias do Sul. Para isso, fundou Fordlândia e Belterra. Atualmente, essas áreas não mais
pertencem a Ford. Tal tentativa foi desenvolvida no baixo rio:

10. (OSEC) A "friagem" consiste na queda brusca da temperatura, na a) Tocantins


região amazônica. Sobre ela pode-se afirmar que: b) Araguaia
c) Amazonas
I. O relevo baixo, de planície, facilita a incursão de massas de ar frio que d) Xingu
atingem a Amazônia. e) Tapajós
II. A massa de ar responsável pela ocorrência de friagem é a Tropical
Atlântica.
III. A friagem ocorre no inverno. 04. (FUVEST) O Brasil dominou o mercado mundial de borracha natural no
período compreendido pelos anos:
De acordo com as afirmativas acima, assinale:
a) 1860 a 1912
a) se apenas I estiver correta; b) 1900 a 1940
b) se I e II estiverem corretas; c) 1910 a 1950
c) se II e III estiverem corretas; d) 1870 a 1930
d) se I e III estiverem corretas; e) 1890 a 1950
e) se todas as afirmativas estiverem corretas.

05. (PUC-SP) O maior produtor mundial de borracha sintética é:

Resolução: a) Rússia
b) Canadá
01. E c) Inglaterra
d) França
02. A e) EUA

03. As características do clima subtropical no Brasil são:


1. Temperatura média anual baixa, entre 16°C e 20°C. 06. Os estados brasileiros que se destacam (1º lugar) na produção de
2. Amplitude térmica relativamente acentuada. babaçu e carnaúba são, respectivamente:
3. Chuvas regularmente distribuídas nas quatro estações.
4. Índices pluviométricos entre 1000 - 1500 mm / anuais. A existência a) Piauí
desse clima no sul do país está ligada à posição geográfica (região situada b) Maranhão e Ceará
abaixo do Trópico de Capricórnio) e à maior penetração da massa de ar c) Maranhão e Piauí
Polar Atlântica (mPa). d) Piauí e Ceará
e) Maranhão e Rio Grande do Norte
04. I – V, II – F, III – V, IV – V, V – F
05. B
06. D 07. O vale dos rios Maerim, Itapecuru, Parnaíba e Pindaré destacam-se na
07. D produção de:
08. C
09. D a) carnaúba
10. D b) caroá
c) oiticica
PROVA SIMULADA IX d) piaçava
e) babaçu
Exercícios sobre formações vegetais

Questões: 08. (PUC - SP) A exploração da seringueira é importante atividade da


Região Amazônica; todavia, a sua atuação se restringe atualmente às
01. (FUVEST) Mandacaru, xiquexique e facheiro são algumas das espécies porções:
vegetais que aparecem:
a) setentrionais
a) no cerrado b) orientais
b) na caatinga c) norocidentais
c) no manguezal d) sudocidentais
d) na floresta tropical e) meridionais
e) n.d.a.
09. (UNIMEP) O castanheiro, nativo da Amazônia e que tem seu principal
02. (FUVEST) O primeiro e segundo produtores de borracha natural são, reduto na Região de Marabá, no Pará, ocorre principalmente:
respectivamente:
a) na mata de Igapó
a) Ceilão e Malásia. b) na mata de Várzeas
b) Indonésia e Birmânia. c) na Mata de Terra Firme
c) Malásia e Indonésia. d) nas manchas de campos inundáveis
d) Malásia e Tailândia. e) nas ilhas fluviais

Conhecimentos Gerais 64 A Opção Certa Para a Sua Realização


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e) o lago formado pelo represamento das águas de um rio principal e seus
afluentes.
10. A Bahia destaca-se na produção de piaçava (Attalea), mas existem
outras áreas produtoras, como é o caso do:
05. (FUND. OSWALDO CRUZ) A rede hidrográfica brasileira apresenta,
a) alto e médio rio Negro dentre outras, as seguintes características:
b) baixo Amazonas
c) alto e médio Tocantins a) grande potencial hidráulico, predomínio de rios perenes e predomínio de
d) alto Amazonas foz do tipo delta.
e) baixo e médio Tapajós b) drenagem exorréica, predomínio de rios de planalto e predomínio de foz
do tipo estuário.
Resolução: c) predomínio de rios temporários, drenagem endorréica e grande potencial
01. B hidráulico.
02. C d) regime de alimentação pluvial, baixo potencial hidráulico e predomínio de
03. E rios de planície.
04. A e) drenagem endorréica, predomínio de rios perenes e regime de alimenta-
05. E ção pluvial.
06. B
07. E
08. D 06. (ENG. - Santos) Aponte a afirmativa correta:
09. C
10. A a) No rio Paraná, entre São Paulo e Mato Grosso do Sul, está localizado o
Complexo Hidrelétrico de Urubupungá.

PROVA SIMULADA X b) O rio Paraguai nasce na serra de Araporé, em Mato Grosso, com o nome
de rio das Pedras, de Amolar.
Exercícios sobre hidrografia
c) Durante as cheias do rio Paraguai, no início de outono, todo o Pantanal
Questões: vê-se invadido pela águas do rio, constituindo, então, a lagoa Xarajes.

01. (UFPA) Define-se “LAGOS DE VÁRZEA” como sendo aqueles oriundos d) O rio Uruguai é formado pelos rios Canoas e Pelotas.
da acumulação de aluviões fluviais. Deduz-se que tais formações devem
ser encontradas: e) O rio Uruguai é o principal rio da Bacia Platina em potencial hidrelétrico.

a) de modo abundante no país.


b) no Rio Grande do Sul (como as Lagoas dos Patos e Mirim). 07. (PUCC) Assinale a alternativa correta:
c) na Amazônia.
d) no baixo Paraná. a) Barra Bonita e Armando Laydner são hidrelétricas no Paranapanema.
e) no alto São Francisco. b) O Salto de Urubupungá localiza-se no rio Grade, assim como o de Ma-
rimbondo.
c) A hidrelétrica Lucas Nogueira Garcez faz parte do conjunto de hidrelétri-
02. (UFRJ) A bacia hidrográfica brasileira com maior possibilidade de cas do rio Paraná.
navegação é: d) Estreito e Salto Grande são hidrelétricas da Bacia do Paraná.
e) Tucuruí e Itaparica são hidrelétricas do rio São Francisco.
a) Bacia do São Francisco;
b) Bacia do Paraná;
c) Bacia do Uruguai; 08. (UNIV. CATÓLICA - Pelotas) A Bacia Platina é formada por grandes
d) Bacia Amazônica; bacias secundárias, possuindo o maior potencial hidrelétrico instalado no
e) Bacia do Paraíba do Sul. Brasil, e a maior usina hidrelétrica construída até hoje. Esse potencial é
localizado na bacia do rio:

03. (FGV) “Em virtude da existência de inúmeros fatores históricos e eco- a) Piratini
nômicos, os baixos cursos dos rios geralmente apresentam elevadas den- b) Uruguai
sidades demográficas”. Comprovam a afirmação os rios: c) Paraguai
d) Paraná
a) Mackenzie e Volga. e) São Francisco
b) Yukon e Reno.
c) Nilo e Ganges.
d) Ob e Mississipi. 09. (UNIV. ESTÁCIO DE SÁ) Aponte a afirmativa incorreta:
e) Ienissei e São Francisco.
a) O regime dos rios brasileiros depende das chuvas de verão.
b) Talvegue é a linha de maior profundidade do leito do rio.
04. (UNOPAR) A expressão “Bacia Hidrográfica” pode ser entendida como: c) Os rios brasileiros possuem um regime pluvial, excetuando-se o Amazo-
nas que é complexo.
a) o conjunto das terras drenadas ou percorridas por um rio principal e seus d) Todos os rios do Brasil podem ser caracterizados como perenes.
afluentes. e) A foz de um rio pode ser de dois tipos: o estuário, livre de obstáculos, e o
b) a área ocupada pelas águas de um rio principal e seus afluentes no delta, com ilhas de luvião separadas por uma rede de canais.
período normal de chuvas.
c) o conjunto de lagoas isoladas que se formam no leito dos rios quando o
nível de água da água baixa. 10. (FAC. AGRONOMIA E ZOOTECNIA de Uberaba) Leia as afirmativas
d) o aumento exagerado do volume de água de um rio principal e seus abaixo sobre a hidrografia brasileira:
afluentes quando chove acima do normal.

Conhecimentos Gerais 65 A Opção Certa Para a Sua Realização


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I. É a maior das três bacias que formam a Bacia Platina, pois possui
891.309 km2, o que corresponde a 10,4% da área do território brasileiro.

II. Possui a maior potência instalada de energia elétrica, destacando-se


algumas grandes usinas.

III. Em virtude de suas quedas d'água, a navegação é difícil. Entretanto,


com a instalação de usinas hidrelétricas, muitas delas já possuem eclusas
para permitir a navegação.

Estas características referem-se à bacia do:

a) Uruguai Comente a posição do Brasil em relação a sua localização na tabela.


b) São Francisco
c) Paraná
d) Paraguai 06. O que causa surpresa em relação a essa classificação?
e) Amazonas

Resolução: Resolução:
01. C 01. IDH
02. D 02. PIB
03. C 03. IDH/ alfabetização/ expectativa.
04. A 04. desenvolvido/ atrasado.
05. B 05. Devido aos indicadores sociais apenas razoáveis, o Brasil mantém uma
06. E posição modesta, apesar de contar com um dos maiores PIBs do mundo.
07. D 06. A ausência de países importantes como a Alemanha e a Itália que são,
08. D reconhecidamente, algumas das maiores economias mundiais; a 8ª posição
09. D ocupada pelos EUA, que é maior economia do mundo.
10. C
PROVA SIMULADA XI PROVA SIMULADA XII

Exercícios sobre condição sócio-econômica Exercícios sobre urbanização


Questões:
Questões:
01. A partir de 1990, a ONU passou a classificar os países pelo seu grau de 01. Quais alternativas estão corretas?
desenvolvimento através do _________ ou seja, o Indicador de Desenvol-
vimento Humano. (1) As maiores e mais bem equipadas metrópoles das regiões Norte, Nor-
deste, Sudeste e Sul são, respectivamente, Manaus, Salvador, São Paulo e
Porto Alegre.
02. Passou-se a utilizar essa fórmula de cálculo, pois o
________________________, Produto Interno Bruto, não servia para (2) Caxias (RS), Blumenau (SC), Londrina (PR), Ribeirão Preto (SP), Cam-
diferenciar corretamente o nível de desenvolvimento dos países. No antigo pos (RJ) e Feira de Santana (BA) são exemplos decapitais regionais.
cálculo, um país como a Arábia Saudita, com uma renda per capita de U$$
7.040, não possuía o mesmo nível de um país europeu, não se consideran- (3) Dentre as características de uma metrópole, podemos citar a função de
do diversos outros fatores, como nível de desenvolvimento, taxas de natali- polarização e de organização de espaço ao seu redor.
dade, de mortalidade etc.
(4) Comparando-se as redes urbanas das regiões Norte e Sudeste, pode-
mos dizer que a primeira não apresenta uma nítida hierarquia urbana ao
03. No cálculo do _____________________, contabilizam-se três indicado- passo que a segunda é bem caracterizada hierarquicamente.
res: nível de instrução, representado pela taxa de __________________
dos adultos e pela média dos anos de estudo; nível de saúde, representado
pela ___________________ de vida; e a renda, representada pelo PIB por 02. (PUC) Os “mocambos” e os “alagados” constituem áreas de habitações
habitante, levando em conta o poder de compra de um país para outro. precárias que abrigam partes consideráveis das populações pobres das
cidades de:

04. Os países são classificados de 0 a 1, após analisados todos os fatores a) São Paulo e Rio de Janeiro
de ponderação, sendo que, quanto mais próximo de 1, mais b) Vitória e Salvador
____________________ é o país e, conseqüentemente, quanto mais c) Recife e São Paulo
próximo de 0, mais _______________________ é o país. d) Manaus e Rio de Janeiro
e) Recife e Salvador

05. Observe a tabela a seguir com dados de 2001


03. (FUVEST) Imaginando um percurso de São Luis à Curitiba, encontra-
remos, quanto ao uso do solo, a predominância das seguintes atividades:

a) lavoura de subsistência, lavoura comercial e extrativa vegetal.


b) extrativa vegetal, agricultura comercial e lavoura de subsistência.
c) extrativa vegetal, pecuária e agricultura comercial.
d) extrativa mineral, pecuária intensiva e agropecuária comercial.
e) pecuária, lavoura comercial e extrativa vegetal.

Conhecimentos Gerais 66 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
04. (PUC) O conceito de “hábitat” em Geografia compreende: subdesenvolvidos;
b) é provocado em todo o mundo pelos altos índices de natalidade;
a) as formas de moradia nas diferentes regiões do globo. c) é um fenômeno característico dos países industrializados europeus;
b) as relações que se estabelecem entre as coletividades humanas e o d) é mais intenso nos países subdesenvolvidos, tendo como causa o êxodo
meio natural. rural;
c) os tipos de habitações nas faixas intertropicais. e) é mais intenso nos países desenvolvidos, devido ao desenvolvimento
d) as relações entre os seres vivos e o meio ambiente. industrial.
e) a organização do espaço urbano.

05. (PUC) Nos países industrializados, a migração campo-cidade tem como Resolução:
causa fundamental:
01. 1-F; 2-V; 3-V; 4-V
a) carência de melhores condições sociais no campo. 02. E
b) baixa produtividade agrícola. 03. C
c) pressão demográfica no campo. 04. B
d) dificuldade de aquisição de terras. 05. E
e) liberação de mão-de-obra pela mecanização. 06. A
07. C
08. C
06. (ULBRA) "O município está assentado sobre a borda da bacia sedimen- 09. B
tar do Paraná, tendo como embasamento rochas antigas tais como xisto e 10. D
gnaisses do Grupo Araxá (Pré-Cambriano)."
Sociedade & Natureza, Uberlância, dez./1989 PROVA SIMULADA XIII

O trecho acima define: Exercícios sobre movimentos migratórios


Questões:
a) o sítio urbano do município; 01. Escolha as alternativas corretas e que justificam a diminuição acentua-
b) o sítio urbano e a situação urbana do município; da na imigração do Brasil a partir da década de 1930.
c) a situação urbana e a origem do município;
d) a posição geográfica do município; (0) A crise da Bolsa de Valores de Nova York e a conseqüente crise eco-
e) a situação no contexto regional do município. nômica do Brasil.
(1) As medidas constitucionais de 1934 e 1937 regulamentando e restrin-
gindo a imigração.
07. (VUNESP) Segundo a hierarquia urbana, as cidades mais importantes (2) A cota dos 2%, medida segundo a qual a partir de 1934 só poderia
de um país, que comandam a rede urbana nacional, estabelecendo áreas entrar no Brasil 2% do total de imigrantes de cada nacionalidade entrados
de influência, correspondem aos (às): nos últimos 50 anos.
(3) Dificuldades impostas pelos países de emigração para evitar a saída de
a) centros regionais indivíduos.
b) cidades-dormitórios (4) A Lei Eusébio de Queiroz, proibindo o tráfico de escravos.
c) metrópoles nacionais
d) capitais regionais
e) metrópoles regionais 02. Sobre a imigração alemã (1850 – 1870) não é certo afirmarmos:

a) Radicou-se principalmente em Santa Catarina, no Vale do Itajaí e no Rio


08. Em relação às cidades, é correto afirmar: Grande do Sul, no Vale do Jacuí e Vale dos Sinos.
a) A cidade de São Paulo corresponde a uma metrópole nacional, situada b) Praticaram a policultura, introduziram no país os minifúndios, ou peque-
nas margens do Rio Paraíba do Sul. nas propriedades.
b) A cidade de Washington corresponde a uma metrópole nacional.
c) O êxodo rural é um dos fatores que mais têm contribuído para o inchaço c) São Leopoldo (RS), Novo Hamburgo (RS), Itajaí (SC), Brusque (SC),
das metrópoles brasileiras. Joinville (SC), Colatina (ES) e Santo Amaro (SP) são localidades em que se
d) No Brasil, verifica-se o predomínio de população rural. fixaram um grande número de alemães.
e) A partir da década de 1980, o êxodo rural deixou de ocorrer devido ao
assentamento dos sem-terra pelo Incra. d) Integrou-se facilmente na comunidade brasileira, especialmente nos
estados sulinos de Santa Catarina e Rio Grande do Sul.
09. (CEFET - PR) Um conjunto de municípios contíguos e integrados socio- e) Influenciaram a alimentação, as construções e costumes, notadamente
economicamente a uma cidade central, com serviços públicos e infra- em Santa Catarina.
estrutura comuns, define a:

a) metropolização 03. (MED. ABC) “Muitos colonos gaúchos e catarinenses estão ajudando na
b) área metropolitana conquista de uma nova fronteira agrícola: a região de Dourados, responsá-
c) rede urbana vel por 50% da produção de soja de Mato Grosso do Sul. Rondônia, nossa
d) megalópole última fronteira, recebeu, nos últimos três anos, cerca de 200.000 migran-
e) hierarquia urbana tes. Só 10% de sua população economicamente ativa nasceu ali.” (Jornal
da Tarde,de 16/5/81)
10. Sobre o surto de urbanização que se verifica no mundo, é correto Identifique, no mapa abaixo, a seta que corresponde à direção do fluxo
afirmar que: populacional descrito no texto anterior.
a) é verificado com a mesma intensidade nos países desenvolvidos e

Conhecimentos Gerais 67 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
a) movimentos ligados a atividades pastoris;
b) movimentos da população rural em direção aos grandes centros urba-
nos;
c) troca de imigrantes entre as grandes regiões;
d) deslocamento maciço de populações urbanas em direção ao campo;
e) movimentos diários de trabalhadores entre o local de residência e o local
de trabalho.

09. (UNIUBE) Na história da imigração para o Brasil, no século XX, há de


se destacar a Lei de Cotas, de 1934. Por essa lei, só poderiam ingressar,
anualmente, até 2% do total de imigrantes de uma mesma nacionalidade já
estabelecidos no país nos 50 anos anteriores. Com isso, o Governo Federal
visava a diminuir a importância política da mão-de-obra operária de origem:

a) 5 a) italiana
b) 3 b) portuguesa
c) 3 c) japonesa
d) 1 d) sírio-libanesa
e) 4 e) coreana

04. (UNIFOR) A região que forneceu o maior contingente de colonos- 10. (UNIUBE) Na segunda metade do século XIX, o Brasil recebeu um
migrantes para a ocupação da fronteira agrícola, no Mato Grosso, Rondô- grande contingente imigratório. Um dos grupos de imigrantes se destaca
nia e Acre, durante os anos 70 e 80, foi a: por ter participado da fundação de várias cidades, tais como: Blumenau,
Joinville, São Leopoldo e Novo Hamburgo. O texto refere-se aos imigrantes:
a) Norte
b) Nordeste a) italianos
c) Centro-Oeste b) franceses
d) Sul c) alemães
e) Sudeste d) espanhóis
e) portugueses

05. (UNOPAR) Dos imigrantes que vieram para o Brasil, a maior contribui- Resolução:
ção populacional populacional foi dada pelos:
01. 0-V;1-V; 2-V; 3-V; 4-V
a) portugueses e japoneses 02. D
b) italianos e alemães 03. A
c) alemães e espanhóis 04. D
d) japoneses e espanhóis 05. E
e) portugueses e italianos 06. E
07. A
08. E
06. (PUC) Entre os fatores que impulsionaram a migração européia para o 09. A
Brasil entre 1870 - 1930, podemos excluir: 10. C

a) o desenvolvimento da cafeicultura; PROVA SIMULADA XIV


b) as iniciativas dos fazendeiros de auxiliar colonos;
c) a abolição da escravatura e a conseqüente liberação da mão-de-obra; Exercícios sobre movimentos migratórios
d) a unificação política e industrialização tardia da Itália;
e) a Primeira Guerra Mundial. Questões:
01. Escolha as alternativas corretas e que justificam a diminuição acentua-
da na imigração do Brasil a partir da década de 1930.
07. (UFPA) A reduzida entrada de imigrantes no primeiro período pode ser
melhor explicada: (0) A crise da Bolsa de Valores de Nova York e a conseqüente crise eco-
nômica do Brasil.
a) devido à abundância de mão-de-obra escrava no período; (1) As medidas constitucionais de 1934 e 1937 regulamentando e restrin-
gindo a imigração.
b) pela suspensão de financiamentos para o imigrante em 1830 e a exigên- (2) A cota dos 2%, medida segundo a qual a partir de 1934 só poderia
cia de que 25% deles se destinassem à agricultura; entrar no Brasil 2% do total de imigrantes de cada nacionalidade entrados
nos últimos 50 anos.
c) pelo estabelecimento de cotas de imigração em 2%, segundo a naciona- (3) Dificuldades impostas pelos países de emigração para evitar a saída de
lidade, a partir de 1910; indivíduos.
(4) A Lei Eusébio de Queiroz, proibindo o tráfico de escravos.
d) pela tropicalidade do país;

e) devido à estabilidade política da Europa, que estimulava a fixação do 02. Sobre a imigração alemã (1850 – 1870) não é certo afirmarmos:
homem ao solo europeu, pois este não iria se aventurar em novas terras.
a) Radicou-se principalmente em Santa Catarina, no Vale do Itajaí e no Rio
Grande do Sul, no Vale do Jacuí e Vale dos Sinos.
08. (FEI) Migrações pendulares são:
b) Praticaram a policultura, introduziram no país os minifúndios, ou peque-

Conhecimentos Gerais 68 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
nas propriedades. e) a Primeira Guerra Mundial.

c) São Leopoldo (RS), Novo Hamburgo (RS), Itajaí (SC), Brusque (SC),
Joinville (SC), Colatina (ES) e Santo Amaro (SP) são localidades em que se 07. (UFPA) A reduzida entrada de imigrantes no primeiro período pode ser
fixaram um grande número de alemães. melhor explicada:

d) Integrou-se facilmente na comunidade brasileira, especialmente nos a) devido à abundância de mão-de-obra escrava no período;
estados sulinos de Santa Catarina e Rio Grande do Sul.
b) pela suspensão de financiamentos para o imigrante em 1830 e a exigên-
e) Influenciaram a alimentação, as construções e costumes, notadamente cia de que 25% deles se destinassem à agricultura;
em Santa Catarina.
c) pelo estabelecimento de cotas de imigração em 2%, segundo a naciona-
lidade, a partir de 1910;
03. (MED. ABC) “Muitos colonos gaúchos e catarinenses estão ajudando na
conquista de uma nova fronteira agrícola: a região de Dourados, responsá- d) pela tropicalidade do país;
vel por 50% da produção de soja de Mato Grosso do Sul. Rondônia, nossa
última fronteira, recebeu, nos últimos três anos, cerca de 200.000 migran- e) devido à estabilidade política da Europa, que estimulava a fixação do
tes. Só 10% de sua população economicamente ativa nasceu ali.” (Jornal homem ao solo europeu, pois este não iria se aventurar em novas terras.
da Tarde,de 16/5/81)

Identifique, no mapa abaixo, a seta que corresponde à direção do fluxo 08. (FEI) Migrações pendulares são:
populacional descrito no texto anterior.
a) movimentos ligados a atividades pastoris;
b) movimentos da população rural em direção aos grandes centros urba-
nos;
c) troca de imigrantes entre as grandes regiões;
d) deslocamento maciço de populações urbanas em direção ao campo;
e) movimentos diários de trabalhadores entre o local de residência e o local
de trabalho.

09. (UNIUBE) Na história da imigração para o Brasil, no século XX, há de


se destacar a Lei de Cotas, de 1934. Por essa lei, só poderiam ingressar,
anualmente, até 2% do total de imigrantes de uma mesma nacionalidade já
estabelecidos no país nos 50 anos anteriores. Com isso, o Governo Federal
visava a diminuir a importância política da mão-de-obra operária de origem:

a) 5 a) italiana
b) 3 b) portuguesa
c) 3 c) japonesa
d) 1 d) sírio-libanesa
e) 4 e) coreana

04. (UNIFOR) A região que forneceu o maior contingente de colonos- 10. (UNIUBE) Na segunda metade do século XIX, o Brasil recebeu um
migrantes para a ocupação da fronteira agrícola, no Mato Grosso, Rondô- grande contingente imigratório. Um dos grupos de imigrantes se destaca
nia e Acre, durante os anos 70 e 80, foi a: por ter participado da fundação de várias cidades, tais como: Blumenau,
Joinville, São Leopoldo e Novo Hamburgo. O texto refere-se aos imigrantes:
a) Norte
b) Nordeste a) italianos
c) Centro-Oeste b) franceses
d) Sul c) alemães
e) Sudeste d) espanhóis
e) portugueses

05. (UNOPAR) Dos imigrantes que vieram para o Brasil, a maior contribui- Resolução:
ção populacional populacional foi dada pelos:
01. 0-V;1-V; 2-V; 3-V; 4-V
a) portugueses e japoneses 02. D
b) italianos e alemães 03. A
c) alemães e espanhóis 04. D
d) japoneses e espanhóis 05. E
e) portugueses e italianos 06. E
07. A
08. E
06. (PUC) Entre os fatores que impulsionaram a migração européia para o 09. A
Brasil entre 1870 - 1930, podemos excluir: 10. C

a) o desenvolvimento da cafeicultura;
b) as iniciativas dos fazendeiros de auxiliar colonos; PROVA SIMULADA XV
c) a abolição da escravatura e a conseqüente liberação da mão-de-obra;
d) a unificação política e industrialização tardia da Itália; Exercícios sobre relevo

Conhecimentos Gerais 69 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
c) dobramentos modernos;
Questões: d) terrenos pré-cambrianos;
01. Sobre o domínio amazônico, assinale a alternativa falsa: e) jazidas petrolíferas.

a) Compõe-se em sua maior parte por baixos planaltos e planícies.


b) A hidrografia é riquíssima, com furos, igarapés, paranás-mirins e lagos 08. (VUNESP) Assinale a alternativa que apresenta o que têm em comum
da várzea. as seguintes cadeias montanhosas: Andes, Himalaia, Alpes e Rochosas.
c) Devido a riqueza mineral orgânica das águas dos rios é grande a pisco-
sidade. a) Geologicamente recentes e resultantes de desdobramentos.
d) Devido à exportação de peixes a matança tem-se descontrolado, colo- b) Geologicamente antigas e resultantes de desdobramentos.
cando em risco várias espécies. c) Localizam-se nas porções orientais dos continentes por onde ocorrem.
e) O solo amazônico tem-se mostrado fertilíssimo, prestando-se a grande d) Geologicamente constituídas por terrenos cristalinos antigos.
monocultura exportadora. e) Os grandes desníveis foram provocados por falhamentos em terrenos
cristalinos.

02. (FUVEST) Da ação de solapamento realizado pelas ondas do mar na


costa brasileira resulta uma forma de relevo escarpado, que se apresenta, 09. (ESAN) Área localizada entre as serras do Mar e Mantiqueira. Ocupada
geralmente, mais vertical nas formações sedimentares que nas cristalinas. por extensos cafezais no século passado, atualmente se caracteriza por
São: atividades pecuárias e grande desenvolvimento urbano industrial. O texto
se refere ao Vale do Rio
a) os tômbolos.
b) os pães-de-açúcar. a) Ribeira.
c) as falésias. b) Paranapanema.
d) os canyons. c) Paraíba do Sul.
e) os fiords. d) Piracicaba.
e) Jundiaí.

03. Geomorfologicamente a Serra do Mar é classificada como:


10. (ANÁPOLIS) Os terrenos cristalinos de origem proterozóica do Brasil
a) uma escarpa de planalto. caracterizam-se:
b) um altiplano.
c) uma sucessão de montanhas. a) por formarem extensas planícies aluvionais.
d) uma bacia de sedimentação. b) pela grande riqueza em minerais metálicos.
e) um dobramento terciário. c) pelas altitudes superiores a 3000m.
d) pela ocorrência de combustíveis fósseis.
e) pelo solo tipo terra roxa.
04. (FEI) No Sudeste Ocidental do Brasil, a decomposição de rocha vulcâ-
nica do tipo basáltico originou um solo típico de regiões onde se cultiva Resolução:
café, conhecido como: 01. E
02. C
a) látex; 03. A
b) arenoso; 04. D
c) pantanal; 05. A
d) terra roxa; 06. C
e) calcário. 07. C
08. A
09. C
05. (UNIFENAS) Podemos considerar agentes internos e externos do Globo
Terrestre respectivamente: 10. B

a) Tectonismo e intemperismo.
b) Vento e vulcanismo.
c) Águas correntes e intemperismo. ___________________________________
d) Vento e águas correntes.
e) N.d.a. ___________________________________
___________________________________
06. (UNIVEST) Os escudos ou maciços antigos brasileiros formaram-se na ___________________________________
era:
___________________________________
a) cenozóica _______________________________________________________
b) terciária
c) pré-cambriana _______________________________________________________
d) mesozóica _______________________________________________________
e) quaternária
_______________________________________________________
_______________________________________________________
07. (UEMA) Entres os três tipos principais de estruturas geológicas é corre-
to afirmar que NÃO existe no território: _______________________________________________________
_______________________________________________________
a) bacias sedimentares;
b) escudos cristalinos; _______________________________________________________

Conhecimentos Gerais 70 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
mais tradicional dos PCs. A maior vantagem dos desktops é maior possibi-
lidade de se fazer upgrade no hardware. Trocar o disco rígido por um mais
NOÇÕES DE INFORMÁTICA: espaçoso, instalar mais memória RAM ou mesmo uma placa de vídeo
mais robusta são tarefas bem mais fáceis do que em outros tipos de
Correio Eletrônico (mensagens, anexação de arquivos, có- computador. Os notebooks (termo cuja tradução literal é cadernos), são a
pias). versão móvel dos desktops. E este é o seu grande trunfo: poder ser levado
Periféricos. Componentes. Estruturação de diretórios, subdi- para tudo quanto é lado. E com o aprimoramento dos processadores
retórios e arquivos. voltados para esse tipo de equipamento, muitos notebooks – também
Windows 7. conhecidos como laptops ou computadores de colo – não perdem em
Browser. nada para os desktops quando o assunto é desempenho. Aliás, há mode-
los portáteis tão poderosos e grandes que até foram classificados em outra
categoria de computador: a dos desknotes, notebooks com telas de 17
Definição polegadas ou mais, que mais servem para ficar na mesa do que na mochi-
A informática é a ciência que tem como objetivo estudar o tratamento la. O lado ruim dos notes tradicionais é que são mais limitados em termos
da informação através do computador. Este conceito ou esta definição é de upgrade, já que além de não contarem com a mesma diversidade de
ampla devido a que o termo informática é um campo de estudo igualmente componentes que os seus irmãos de mesa, uma expansão de funções em
amplo. um notebook é bem mais cara.
A informática ajuda ao ser humano na tarefa de potencializar as capa-
cidades de comunicação, pensamento e memória. A informática é aplica- All-in-one ou Tudo-em-um
da em várias áreas da atividade social, e podemos perfeitamente usar Como o próprio nome diz, esse computador de mesa – ou desktop –
como exemplo as aplicações multimídia, arte, desenho computadorizado, traz tudo dentro de uma única peça. Nada de monitor de um lado e CPU
ciência, vídeo jogos, investigação, transporte público e privado, telecomu- do outro: tudo o que vai neste último foi incorporado ao gabinete do moni-
nicações, robótica de fabricação, controle e monitores de processos indus- tor, o que inclui placa-mãe, disco rígido, drive óptico, portas USB e por aí
triais, consulta e armazenamento de informação, e até mesmo gestão de vai. Já teclado e mouse continuam de fora. Mas o bom é que diversos
negócios. A informática se popularizou no final do século XX, quando modelos de computador AIO vêm com modelos sem fios desse acessório.
somente era usada para processos industriais e de uso muito limitado, e Ou seja, se você for o felizardo comprador de um PC do tipo com uma tela
passou a ser usada de forma doméstica estendendo seu uso a todo aque- de 20 polegadas ou superior, mais placa sintonizadora de TV (digital, de
le que pudesse possuir um computador. A informática, à partir de essa preferência) poderá usá-lo com um televisor turbinado. Imagina poder
época começou a substituir os costumes antigos de fazer quase tudo a assistir TV, gravar a programação, dar stop na transmissão de TV ao vivo
mão e potencializou o uso de equipamentos de música, televisores, e e, ainda por cima, dar uma “internetada” na hora do intervalo? E, pra
serviços tão essenciais nos dias atuais como a telecomunicação e os completar, sem ver a bagunça de cabos típica dos desktops convencionais
serviços de um modo geral. e ainda contar com tela touschscreen – como o modelo ao lado, o HP
O termo informática provém das palavras de origem francesa “informa- TouchSmart? Os pontos negativos desse equipamento são o custo, bem
tique” (união das palavras “information”, Informática e “Automatique”, mais alto do que o de um desktop convencional.
automática. Se trata de um ramo da engenharia que tem relação ao trata-
mento da informação automatizada mediante o uso de máquinas. Este Tablet PC
campo de estudo, investigação e trabalho compreende o uso da computa- Há anos que a indústria aposta nos tablets PCs, computadores portá-
ção para solucionar problemas vários mediante programas, desenhos, teis que contam com tela sensível ao toque rotacionável. A possibilidade
fundamentos teóricos científicos e diversas técnicas. de torcer a tela e dobrá-la sobre o teclado faz com que seja possível
A informática produziu um custo mais baixo nos setores de produção e segurá-lo com uma mão (o que pode ser um pouco penoso por causa do
o incremento da produção de mercadorias nas grandes indústrias graças a peso) e escrever ou desenhar na tela com a outra por meio de uma caneti-
automatização dos processos de desenho e fabricação. nha conhecida como stylus. Os ancestrais diretos dos tablets atuais já
Com aparecimento de redes mundiais, entre elas, a mais famosa e viveram dias melhores no mercado. No entanto, ainda são lançados mode-
conhecida por todos hoje em dia, a internet, também conhecida como a los do tipo todos os anos, como o netbook conversível Asus EeePC Touch
rede das redes, a informação é vista cada vez mais como um elemento de T101MT quetestamos há alguns dias. Voltados principalmente para o
criação e de intercambio cultural altamente participativo. mercado corporativo, dificilmente você, usuário doméstico, verá um desses
A Informática, desde o seu surgimento, facilitou a vida dos seres hu- sendo usado por aí.
manos em vários sentidos e nos dias de hoje pode ser impossível viver
sem o uso dela.queconceito.com.Br Netbook
Versão reduzida e bem mais econômica dos notebooks, os netbooks
TIPOS DE COMPUTADORES surgiram como a mais nova sensação do mercado – mas não conseguiram
manter o pique. A queda do preço dos notebooks e o surgimento de outros
Emerson Rezende tipos de computador reduziram o alcance desses pequenos. Como contam
Podemos dizer com tranquilidade que vivemos atualmente um verda- com pouquíssimos recursos computacionais, são voltados para o usuário
deiro “boom” no que se refere à diversidade de formas, preços, tamanhos que vive em trânsito e só precisa acessar a internet para baixar e-mails,
e cores de computadores pessoais. A variedade é tão grande que o con- visitar um site ou outro e...só. Nem com drive óptico eles vêm, o que obriga
sumidor pode se sentir perdido em meio a tantas opções ou, na pior das o proprietário a comprar um drive externo ou depender de arquivos que
hipóteses, até mesmo enganado ou prejudicado. Afinal, já pensou adquirir possam ser rodados a partir de pen drives caso necessite instalar mais
determinado equipamento e descobrir que poderia ter comprado outro? E programas. E como são equipados com telas de até 10 polegadas e pro-
que ele só não fez isso porque não hava sido informado, seja pela impren- cessadores da família Intel Atom, dificilmente o usuário conseguirá rodar
sa especializada, pelos “amigos que manjam de informática” ou, pior, pelo algum programa diferente do que os que já vêm com ele. Por outro lado,
vendedor da loja? em matéria de consumo de bateria, os netbooks são imbatíveis: há mode-
Quem detém a informação, detém o poder, caro leitor internauta. Va- los que aguentam até 10 horas longe da tomada em uso normal.
mos mostrar aqui alguns exemplos do quanto o formato dos computadores
pessoais (PCs) podem variar. E detalhe: com exceção do tablet, todos os Nettop
modelos estão à venda por aí. Eis um dos formatos (ou fatores de forma, para os mais técnicos) de
computador mais surpreendente que você pode encontrar. Trata-se da
Desktops e notebooks versão de mesa dos netbooks. Ou seja, pegue um desses, tire a tela , o
Vamos dar uma repassada nos tipos básicos de computador. Os desk- teclado e coloque tudo isso em um gabinete do tamanho de uma caixa de
tops são os computadores de mesas. Compostos por monitor, mouse, DVD (ok, um pouco maior, vai) e você terá um glorioso nettop. Feitos
teclado e a Unidade de Processamento Central (CPU), aquele módulo inicialmente para serem uma versão econômica de PCs para uso comerci-
onde ficam o drive óptico, disco rígido e demais componentes, é o formato al – como caixas de lojas e supermercados, por exemplo – logo surgiram

Informática 1 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
modelos para serem conectados à TV, como o aparelho produzido pela Monitor Touchscreen – Tela de monitor sensível ao toque. Através
Positivo Informática ao lado. Com saída HDMI, leitor de disco Blu-Ray e dela você recebe dados em forma de imagem e também enviar dados e
um processador Intel Atom que trabalha em conjunto com um chip gráfico comandos ao computador através do toque. A tecnologia é mais usada na
poderoso, esse computador ainda traz o poder do Windows Media Center indústria telefônica e seu uso em monitores de computadores ainda está
para dar mais inteligência à sua TV. O lado ruim do nettop é que ainda há em fase de expansão.
pouquíssimos modelos no mercado e, os que já foram lançados, não são Hardware
nada baratos. O hardware pode ser definido como um termo geral para
equipamentos como chaves, fechaduras, dobradiças, trincos, puxadores,
Dispositivos de Entrada e Saída do Computador fios, correntes, material de canalização, ferramentas, utensílios, talheres e
peças de máquinas. No âmbito eletrônico o termo "hardware" é bastante
Dispositivos de entrada/saída é um termo que caracteriza os tipos de utilizado, principalmente na área de computação, e se aplica à unidade
dispositivo de um computador. central de processamento, à memória e aos dispositivos de entrada e
Imput/Output é um termo da informática referente aos dispositivos saída. O termo "hardware" é usado para fazer referência a detalhes
de Entrada e Saída. específicos de uma dada máquina, incluindo-se seu projeto lógico
Quando um hardware insere dados no computador, dizemos que ele é pormenorizado bem como a tecnologia de embalagem da máquina.
um dispositivo de entrada. Agora quando esses dados são colocados a O software é a parte lógica, o conjunto de instruções e dados
mostra, ou quando saem para outros dispositivos, dizemos que estes processado pelos circuitos eletrônicos do hardware. Toda interação dos
hardwares são dispositivos de saída. usuários de computadores modernos é realizada através do software, que
Saber quais são os dispositivos de entrada e saída de um computador é a camada, colocada sobre o hardware, que transforma o computador em
é fácil. Não pense que é um bicho de sete cabeças. Listarei neste artigo os algo útil para o ser humano.
principais dispositivos de entrada e saída do computador. O termo "hardware" não se refere apenas aos computadores
pessoais, mas também aos equipamentos embarcados em produtos que
Dispositivo de Entrada do Computador necessitam de processamento computacional, como os dispositivos
Teclado – Principal dispositivo de entrada do computador. É nele que encontrados em equipamentos hospitalares, automóveis,
você insere caracteres e comandos do computador. No inicio da computa- aparelhos celulares (em Portugal telemóveis), entre outros.
ção sua existência era primordial para que o ser humano pudesse interagi Na ciência da computação a disciplina que trata das soluções de
com o computador. O inserimento de dados eram feitos através dos projeto de hardware é conhecida como arquitetura de computadores.
prompt de comandos. Para fins contábeis e financeiros, o hardware é considerado um bem
Mouse – Não menos importante que os teclados os mouses ganha- de capital.
ram grande importância com advento da interface gráfica. É através dos
botões do mouse que interagirmos com o computador. Os sistemas opera- História do Hardware
cionais de hoje estão voltados para uma interface gráfica e intuitiva onde é A Humanidade tem utilizado dispositivos para auxiliar a computação
difícil imaginar alguém usando um computador sem este periférico de há milênios. Pode se considerar que o ábaco, utilizado para fazer cálculos,
entrada. Ícones de programas, jogos e links da internet, tudo isto é clicado tenha sido um dos primeiros hardwares usados pela humanidade. A partir
através dos mouses. do século XVII surgem as primeiras calculadoras mecânicas. Em
1623 Wilhelm Schickard construiu a primeira calculadora mecânica.
Touchpad – É um dispositivo sensível ao toque que na informática APascalina de Blaise Pascal (1642) e a calculadora de Gottfried Wilhelm
tem a mesma função que o mouse. São utilizados principalmente em von Leibniz (1670) vieram a seguir.
Notebooks. Em 1822 Charles Babbage apresenta sua máquina diferencial e em
Web Cam – Câmera acoplada no computador e embutida na maioria 1835 descreve sua máquina analítica. Esta máquina tratava-se de um
dos notebooks. Dependendo do programa usado, sua função e capturar projeto de um computador programável de propósito geral, empregando
imagens que podem ser salvos tanto como arquivos de imagem ou como cartões perfurados para entrada e uma máquina de vapor para fornecer
arquivos de vídeo. energia. Babbage é considerado o pioneiro e pai da computação. 8Ada
Scanner – Periférico semelhante a uma copiadora, mas com função Lovelace, filha de lord Byron, traduziu e adicionou anotações ao Desenho
contraria. O escâner tem a função de capturar imagens e textos de docu- da Máquina Analítica.
mentos expostos sobre a sua superfície. Estes dados serão armazenados
no próprio computador. A partir disto, a tecnologia do futuro foi evoluindo passando pela
Microfone – Periférico de entrada com a função de gravação de voz e criação de calculadoras valvuladas, leitores de cartões perfurados,
testes de pronuncias. Também podem ser usados para conversação máquinas a vapor e elétrica, até que se cria o primeiro computador digital
online. durante a segunda guerra mundial. Após isso, a evolução
Dispositivo de Saída do Computador dos hardwares vem sendo muita rápida e sofisticada. A indústria
do hardware introduziu novos produtos com reduzido tamanho como
Monitor – Principal dispositivo de saída de um computador. Sua fun-
um sistema embarcado, computadores de uso pessoal, telefones, assim
ção é mostrar tudo que está sendo processado pelo computador.
como as novas mídias contribuindo para a sua popularidade.
Impressora – Dispositivo com a função de imprimir documentos para
um plano, folha A4, A3, A2, A1 e etc. Este documento pode ser um dese- Sistema binário
nho, textos, fotos e gravuras. Existem diversos tipos de impressora as Os computadores digitais trabalham internamente com dois níveis
mais conhecidas são a matricial, jato de tinta, a laser e a Plotter. de tensão (0:1), pelo que o seu sistema de numeração natural é o sistema
Caixas de Som – Dispositivo essencial para quem desejar processar binário (aceso, apagado).
arquivos de áudio como MP3, WMA e AVI.
Dispositivos de Entrada e Saída Conexões do hardware
O avanço da tecnologia deu a possibilidade de se criar um disposi- Uma conexão para comunicação em série é feita através de um cabo
ou grupo de cabos utilizados para transferir informações entre a CPU e um
tivo com a capacidade de enviar e transmitir dados. Tais perifé-
dispositivo externo como o mouse e o teclado, um modem,
ricos são classificados como dispositivos de entrada e saída. um digitalizador (scanner) e alguns tipos de impressora. Esse tipo de
São eles: conexão transfere um bit de dado de cada vez, muitas vezes de forma
Pen Drives – Tipo de memória portátil e removível com capacidade de lenta. A vantagem de transmissão em série é que é mais eficaz a longas
transferir dados ou retirar dados de um computador. distâncias.
Impressora Multifuncional - Como o próprio nome já diz este tipo Uma conexão para comunicação em paralelo é feita através de um
impressora poder servir tanto como copiadora ou scanner. cabo ou grupo de cabos utilizados para transferir informações entre
a CPU e um periférico como modem externo, utilizado em conexões
discadas de acesso a rede, alguns tipos de impressoras, um disco

Informática 2 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
rÍgido externo dentre outros. Essa conexão transfere oito bits de dado de é, hoje, um dos maiores estímulos para que as pessoas
cada vez, ainda assim hoje em dia sendo uma conexão mais lenta que as adquiram hardwares de computação.
demais.
Uma conexão para comunicação USB é feita através de um cabo ou Overclock
um conjunto de cabos que são utilizados para trocar informações entre Overclock é uma expressão sem tradução (seria algo como sobre-
a CPU e um periférico como webcams, um teclado, um mouse, pulso (de disparo) ou ainda aumento do pulso). Pode-se definir
uma câmera digital, um pda, um mp3 player. Ou que se utilizam da o overclock como o ato de aumentar a frequência de operação de um
conexão para armazenar dados como por exemplo um pen drive. As componente (em geral chips) que compõe um dispositivo (VGA ou
conexões USBs se tornaram muito populares devido ao grande número de mesmo CPU) no intuito de obter ganho de desempenho. Existem várias
dispositivos que podiam ser conectadas a ela e a utilização do padrão PnP formas de efetuar o overclock, uma delas é por software e outra seria
(Plug and Play). A conexão USB também permite prover a alimentação alterando a BIOS do dispositivo.
elétrica do dispositivo conectada a ela. Exemplos de hardware
 Caixas de som
Arquiteturas de computadores  Cooler
A arquitetura dos computadores pode ser definida como "as diferenças  Dissipador de calor
na forma de fabricação dos computadores".  CPU ou Microprocessador
Com a popularização dos computadores, houve a necessidade de um  Dispositivo de armazenamento (CD/DVD/Blu-ray, Disco
equipamento interagir com o outro, surgindo a necessidade de se criar um Rídido (HD), pendrive/cartão de memória)
padrão. Em meados da década de 1980, apenas duas "arquiteturas"  Estabilizador
resistiram ao tempo e se popularizaram foram: o PC (Personal  Gabinete
Computer ou em português Computador Pessoal), desenvolvido pela  Hub ou Concentrador
empresa IBM e Macintosh (carinhosamente chamado de Mac)
 Impressora
desenvolvido pela empresa Apple Inc..
Como o IBM-PC se tornou a arquitetura "dominante" na época,
 Joystick
acabou tornando-se padrão para os computadores que conhecemos hoje.  Memória RAM
 Microfone
Arquitetura aberta  Modem
A arquitectura aberta (atualmente mais utilizada, criada inicialmente  Monitor
pela IBM) é a mais aceita atualmente, e consiste em permitir que outras  Mouse
empresas fabriquem computadores com a mesma arquitetura, permitindo  No-Break ou Fonte de alimentação ininterrupta
que o usuário tenha uma gama maior de opções e possa montar seu  Placa de captura
próprio computador de acordo com suas necessidades e com custos que  Placa sintonizadora de TV
se enquadrem com cada usuário.  Placa de som
 Placa de vídeo
Arquitetura fechada  Placa-mãe
A arquitetura fechada consiste em não permitir o uso da arquitetura  Scanner ou Digitalizador
por outras empresas, ou senão ter o controle sobre as empresas que  Teclado
fabricam computadores dessa arquitetura. Isso faz com que os conflitos  Webcam
de hardware diminuam muito, fazendo com que o computador funcione
mais rápido e aumentando a qualidade do computador. No entanto, nesse Software
tipo de arquitetura, o utilizador está restringido a escolher de entre os Software, logiciário ou suporte lógico é uma sequência de
produtos da empresa e não pode montar o seu próprio computador. instruções a serem seguidas e/ou executadas, na manipulação,
Neste momento, a Apple não pertence exatamente a uma arquitetura redirecionamento ou modificação de um dado/informação ou
fechada, mas a ambas as arquiteturas, sendo a única empresa que produz acontecimento. Software também é o nome dado ao comportamento
computadores que podem correr o seu sistema operativo de forma legal, exibido por essa seqüência de instruções quando executada em um
mas também fazendo parte do mercado de compatíveis IBM. computador ou máquina semelhante além de um produto desenvolvido
Principais componentes pela Engenharia de software, e inclui não só o programa de computador
 1 Microprocessador (Intel, AMD e VIA) propriamente dito, mas também manuais e especificações. Para fins
 2 Disco rígido (memória de massa, não volátil, utilizada para contábeis e financeiros, o Software é considerado um bem de capital.
escrita e armazenamento dos dados) Este produto passa por várias etapas como: análise
 3 Periféricos (impressora, scanner, webcam, etc.) econômica, análise de
 4 Softwares (sistema operativo, softwares específicos) requisitos, especificação, codificação,teste, documentação, Treinamento,
 5 BIOS ou EFI manutenção e implantação nos ambientes.
 6 Barramento Software como programa de computador
 7 Memória RAM Um programa de computador é composto por uma sequência de
 8 Dispositivos de multimídia (som, vídeo, etc.) instruções, que é interpretada e executada por um processador ou por
 9 Memórias Auxiliares (hd, cdrom, floppy etc.) uma máquina virtual. Em um programa correto e funcional, essa sequência
 10 Memória cache segue padrões específicos que resultam em um comportamento desejado.
 11 Teclado O termo "software" foi criado na década de 1940, e é um trocadilho
 12 Mouse com o termo hardware. Hardware, em inglês, significa ferramenta
 13 Placa-Mãe física. Software seria tudo o que faz o computador funcionar excetuando-
se a parte física dele.
Redes Um programa pode ser executado por qualquer dispositivo capaz de
Existem alguns hardwares que dependem de redes para que possam interpretar e executar as instruções de que é formado.
ser utilizados, telefones, celulares, máquinas de cartão de crédito, as Quando um software está representado como instruções que podem
placas modem, os modems ADSL e Cable, os Acess points, roteadores, ser executadas diretamente por um processador dizemos que está escrito
entre outros. em linguagem de máquina. A execução de um software também pode ser
A criação de alguns hardwares capazes de conectar dois ou mais intermediada por um programa interpretador, responsável por interpretar e
hardwares possibilitou a existência de redes de hardware, a criação executar cada uma de suas instruções. Uma categoria especial e o notável
de redes de computadores e da rede mundial de computadores (Internet) de interpretadores são as máquinas virtuais, como a máquina virtual
Java (JVM), que simulam um computador inteiro, real ou imaginado.

Informática 3 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
O dispositivo mais conhecido que dispõe de um processador é o acessa pela internet, não sendo necessário instalá-lo no computador do
computador. Atualmente, com o barateamento dos microprocessadores, usuário. Geralmente esse tipo de software é gratuito e tem as mesmas
existem outras máquinas programáveis, como telefone celular, máquinas funcionalidades das versões armazenadas localmente.
de automação industrial, calculadora etc. Outra classificação possível em 3 tipos é:
A construção de um programa de computador  Software de sistema: Seu objetivo é separar usuário e
Um programa é um conjunto de instruções para o processador programador de detalhes do computador específico que está sendo usado.
(linguagem de máquina). Entretanto, pode-se utilizar linguagens de O software do sistema lhe dá ao usuário interfaces de alto nível e
programação, que traduza comandos em instruções para o processador. ferramentas que permitem a manutenção do sistema. Inclui, entre outros:
Normalmente, programas de computador são escritos em linguagens  Sistemas operacionais
de programação, pois estas foram projetadas para aproximar-se das  Drivers
linguagens usadas por seres humanos. Raramente a linguagem de
máquina é usada para desenvolver um programa. Atualmente existe uma  ferramentas de diagnóstico
quantidade muito grande de linguagens de programação, dentre elas as  ferramentas de Correção e Otimização
mais populares no momento são Java, Visual Basic, C, C++, PHP, dentre  Servidores
outras.  Software de programação: O conjunto de ferramentas que
Alguns programas feitos para usos específicos, como por permitem ao programador desenvolver programas de computador usando
exemplo software embarcado ou software embutido, ainda são feitos em diferentes alternativas e linguagens de programação, de forma prática.
linguagem de máquina para aumentar a velocidade ou diminuir o espaço Inclui, entre outros:
consumido. Em todo caso, a melhoria dos processadores dedicados  Editores de texto
também vem diminuindo essa prática, sendo a C uma linguagem típica
para esse tipo de projeto. Essa prática, porém, vem caindo em desuso,  Compiladores
principalmente devido à grande complexidade dos processadores atuais,  Intérpretes
dos sistemas operacionais e dos problemas tratados. Muito raramente,  linkers
realmente apenas em casos excepcionais, é utilizado o código de  Depuradores
máquina, a representação numérica utilizada diretamente pelo
processador.  Ambientes de Desenvolvimento Integrado : Agrupamento das
ferramentas anteriores, geralmente em um ambiente visual, de modo que o
O programa é inicialmente "carregado" na memória principal. Após
programador não precisa digitar vários comandos para a compilação,
carregar o programa, o computador encontra o Entry Point ou ponto inicial
interpretação, depuração, etc. Geralmente equipados com uma interface
de entrada do programa que carregou e lê as instruções de usuário gráfica avançada. Fonte Wikipedia
sucessivamente byte por byte. As instruções do programa são passadas
para o sistema ou processador onde são traduzidas da linguagens de
programação para a linguagem de máquina, sendo em seguida PROCEDIMENTOS, APLICATIVOS E DISPOSITIVOS PARA ARMAZE-
executadas ou diretamente para o hardware, que recebe as instruções na NAMENTO DE DADOS E PARA REALIZAÇÃO DE CÓPIA DE SEGU-
forma de linguagem de máquina. RANÇA (BACKUP)
Tipos de programas de computador
Qualquer computador moderno tem uma variedade de programas que BACKUP
fazem diversas tarefas.
Eles podem ser classificados em duas grandes categorias: Cópias de segurança dos dados armazenados em um computador são
importantes, não só para se recuperar de eventuais falhas, mas também
1. Software de sistema que incluiu o firmware (O BIOS dos das consequências de uma possível infecção por vírus, ou de uma inva-
computadores pessoais, por exemplo), drivers de dispositivos, o sistema são.
operacional e tipicamente uma interface gráfica que, em conjunto,
permitem ao usuário interagir com o computador e seus periféricos. Formas de realizar um Backup
2. Software aplicativo, que permite ao usuário fazer uma ou mais Cópias de segurança podem ser simples como o armazenamento de
tarefas específicas. Aplicativos podem ter uma abrangência de uso de arquivos em CDs, ou mais complexas como o espelhamento de um disco
larga escala, muitas vezes em âmbito mundial; nestes casos, os rígido inteiro em um outro disco de um computador.
programas tendem a ser mais robustos e mais padronizados. Programas Atualmente, uma unidade gravadora de CDs e um software que possi-
escritos para um pequeno mercado têm um nível de padronização menor. bilite copiar dados para um CD são suficientes para que a maior parte dos
Ainda é possível usar a usuários de computadores realizem suas cópias de segurança.
categoria Software embutido ou software embarcado, Também existem equipamentos e softwares mais sofisticados e espe-
indicando software destinado a funcionar dentro de uma máquina que não cíficos que, dentre outras atividades, automatizam todo o processo de
é um computador de uso geral e normalmente com um destino muito realização de cópias de segurança, praticamente sem intervenção do
específico. usuário. A utilização de tais equipamentos e softwares envolve custos mais
 Software aplicativo: é aquele que permite aos usuários executar elevados e depende de necessidades particulares de cada usuário.
uma ou mais tarefas específicas, em qualquer campo de atividade que A frequência com que é realizada uma cópia de segurança e a quanti-
pode ser automatizado especialmente no campo dos negócios. Inclui, dade de dados armazenados neste processo depende da periodicidade
entre outros: com que o usuário cria ou modifica arquivos. Cada usuário deve criar sua
 Aplicações de controle e sistemas de automação industrial. própria política para a realização de cópias de segurança.
 aplicações de informática para o escritório. Cuidados com o Backup
 Software educacional. Os cuidados com cópias de segurança dependem das necessidades
do usuário. O usuário deve procurar responder algumas perguntas antes
 Software de negócios. de adotar um ou mais cuidados com suas cópias de segurança:
 Banco de dados. Que informações realmente importantes precisam estar armazenadas em
 Telecomunicações. minhas cópias de segurança?
 video games. Quais seriam as consequências/prejuízos, caso minhas cópias de
 Software médico. segurança fossem destruídas ou danificadas?
 Software de calculo numérico e simbólico. O que aconteceria se minhas cópias de segurança fossem furtadas?
Atualmente, temos um novo tipo de software. O software como
serviço, que é um tipo de software armazenado num computador que se

Informática 4 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
Baseado nas respostas para as perguntas anteriores, um usuário deve O mesmo que arquivo. Todo o trabalho feito em um computador e
atribuir maior ou menor importância a cada um dos cuidados discutidos gravado em qualquer meio de armazenamento, que pode ser um disco
abaixo: rígido, um disquete ou um CD-Rom, de modo que fique gravado para ser
Escolha dos dados: cópias de segurança devem conter apenas ar- consultado depois.
quivos confiáveis do usuário, ou seja, que não contenham vírus ou sejam Drivers
cavalos de tróia. Arquivos do sistema operacional e que façam parte da Itens de software que permitem que o computador se comunique com
instalação dos softwares de um computador não devem fazer parte das um periférico específico, como uma determinada placa. Cada periférico
cópias de segurança. Eles pode ter sido modificados ou substituídos por exige um driver específico.
versões maliciosas, que quando restauradas podem trazer uma série de
CD-ROM
problemas de segurança para um computador. O sistema operacional e os
softwares de um computador podem ser reinstalados de mídias confiáveis, O CD-ROM - Compact Disc, Read-Only Memory - é um disco compac-
fornecidas por fabricantes confiáveis. to, que funciona como uma memória apenas para leitura - e, assim, é uma
forma de armazenamento de dados que utiliza ótica de laser para ler os
Mídia utilizada: a escolha da mídia para a realização da cópia de se-
dados.
gurança é extremamente importante e depende da importância e da vida
útil que a cópia deve ter. A utilização de alguns disquetes para armazenar Um CD-ROM comum tem capacidade para armazenar 417 vezes mais
um pequeno volume de dados que estão sendo modificados constante- dados do que um disquete de 3,5 polegadas. Hoje, a maioria dos progra-
mente é perfeitamente viável. Mas um grande volume de dados, de maior mas vem em CD, trazendo sons e vídeo, além de textos e gráficos.
importância, que deve perdurar por longos períodos, deve ser armazenado Drive é o acionador ou leitor - assim o drive de CD-ROM é o dispositi-
em mídias mais confiáveis, como por exemplo os CDs; vo em que serão tocados os CD-ROMS, para que seus textos e imagens,
Local de armazenamento: cópias de segurança devem ser guarda- suas informações, enfim, sejam lidas pela máquina e devidamente proces-
das em um local condicionado (longe de muito frio ou muito calor) e restri- sadas.
to, de modo que apenas pessoas autorizadas tenham acesso a este local A velocidade de leitura é indicada pela expressão 2X, 4X, 8X etc., que
(segurança física); revela o número de vezes mais rápidos que são em relação aos sistemas
Cópia em outro local: cópias de segurança podem ser guardadas em de primeira geração.
locais diferentes. Um exemplo seria manter uma cópia em casa e outra no E a tecnologia dos equipamentos evoluiu rapidamente. Os drivers de
escritório. Também existem empresas especializadas em manter áreas de hoje em dia tem suas velocidades nominais de 54X e 56X.
armazenamento com cópias de segurança de seus clientes. Nestes casos A velocidade de acesso é o tempo que passa entre o momento em
é muito importante considerar a segurança física de suas cópias, como que se dá um comando e a recuperação dos dados. Já o índice de transfe-
discutido no item anterior; rência é a velocidade com a qual as informações ou instruções podem ser
Criptografia dos dados: os dados armazenados em uma cópia de deslocadas entre diferentes locais.
segurança podem conter informações sigilosas. Neste caso, os dados que Há dois tipos de leitor de CD-ROM: interno (embutidos no computa-
contenham informações sigilosas devem ser armazenados em algum dor); e externo ligados ao computador, como se fossem periféricos).
formato criptografado; Atualmente, o leitor de CD-ROM (drive de CD-ROM) é um acessório
DISPOSITIVOS multimídia muito importância, Presente em quase todos os computadores.
Disco rígido, disco duro ou HD (Hard Disc) é a parte do computador Os cds hoje em dia são muito utilizados para troca de arquivos, atra-
onde são armazenadas as informações, ou seja, é a "memória" vés do uso de cds graváveis e regraváveis. Os cds somente podem ser
propriamente dita. Caracterizado como memória física, não-volátil, que é gravados utilizando-se um drive especial de cd, chamado gravador de cd.
aquela na qual as informações não são perdidas quando o computador é DVD – Rom
desligado.
Os DVDs são muito parecidos com os cds, porém a sua capacidade
O disco rígido é um sistema lacrado contendo discos de metal de armazenamento é muito maior, para se ter uma ideia, o DVD armazena
recompostos por material magnético onde os dados são gravados através quase que 10 vezes mais que um cd comum.
de cabeças, e revestido externamente por uma proteção metálica que é
presa ao gabinete do computador por parafusos. Também é chamado de Por terem uma capacidade tão grande de armazenamento, compor-
HD (Hard Disk) ou Winchester. É nele que normalmente gravamos dados tam um conteúdo multimídia com facilidade, sendo muito usados para
(informações) e a partir dele lançamos e executamos nossos programas armazenar filmes e shows.
mais usados. Os drives mais atuais permitem a gravação de dvds, porém o seu pre-
Memória RAM (Random Access Memory) é um tipo de memória de ço ainda é muito alto para o uso doméstico, porém um drive muito utilizado
computador. É a memória de trabalho, na qual são carregados todos os hoje em dia é o comb. Este drive possui a função de gravador de cd e
programas e dados usados pelo utilizador. Esta é uma memória volátil, e leitor de dvd.
será perdido o seu conteúdo uma vez que a máquina seja desligada. Pode
ser SIMM, DIMM, DDR etc. É medida em bytes, kilobytes (1 Kb = 1024 ou CONCEITOS DE ORGANIZAÇÃO E DE GERENCIAMENTO DE ARQUI-
210 bytes), megabytes (1 Mb = 1024 Kb ou 220 bytes). VOS, PASTAS E PROGRAMAS, INSTALAÇÃO DE PERIFÉRICOS.
Diretório A capacidade de armazenamento dos computadores pessoais aumen-
Compartimentação lógica destinada a organizar os diversos arquivos tou muito, desde os tempos áureos da década de 80, em que 16Kb de
de programas em uma unidade de armazenamento de dados de um com- memória eram um verdadeiro luxo para máquinas deste porte, até os dias
putador (disco rígido, disquete ou CD). Nos sistemas operacionais do atuais, em que temos de lidar com mega, giga e até terabytes de informa-
Windows e do Macintosh, os diretórios são representados por pastas ção. Administrar tanta coisa requer prática, bom senso, e muita, mas muita
Disco flexível paciência.
Mesmo que disquete. É um suporte para armazenamento magnético Conceitos de organização de arquivos e método de acesso
de dados digitais que podem ser alterados ou removidos. É um disco de O que é, afinal, um arquivo de dados? Imagine o seu computador co-
plástico, revestido com material magnético e acondicionado em uma caixa mo um grande gaveteiro. As gavetas principais contêm pastas que, por
plástica quadrada. Sua capacidade de armazenamento é 1,44Mb. sua vez, contêm as folhas de papel com as informações. Estes são os
Disquete arquivos à moda antiga. Mas a lógica de organização de arquivos no
Mesmo que disco flexível. É um suporte para armazenamento magné- computador guarda uma diferença essencial: as pastas dos micros podem
tico de dados digitais que podem ser alterados ou removidos. É um disco conter outras pastas!
de plástico, revestido com material magnético e acondicionado em uma Os arquivos podem ser classificados mediante a sua colocação em di-
caixa plástica quadrada. Sua capacidade de armazenamento é 1,44Mb. ferentes pastas e as próprias pastas podem ser classificadas do mesmo
Documento modo. Dessa forma, pastas podem conter arquivos, junto com outras
pastas, que podem conter mais arquivos e mais pastas, e assim por dian-

Informática 5 A Opção Certa Para a Sua Realização


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te. Ao clicar apenas uma vez nos ícones de qualquer drive, vamos poder
Mas onde termina (ou começa) isso tudo?? visualizar quanto de espaço está ocupado por arquivos e quanto ainda
está livre para gravarmos mais conteúdo.
Há pastas que não estão contidas em outras pastas e sim no que
chamamos de diretório-raiz.
Esse diretório representa um disco do computador que pode estar vi-
sível, como um disquete de pequena capacidade, ou um CD-ROM (disco
compacto de média capacidade) nele embutido, como um HD (hard-disk –
disco rígido, fixo no computador) de alta capacidade, no qual normalmente
ficam armazenados o sistema operacional e os programas (softwares)
instalados.
Observe na imagem seguinte uma estrutura típica de organização de
pastas no Windows:
Exemplo de estrutura de pastas do Windows

Essas informações ficam visíveis por um gráfico em forma de pizza


que o “Meu Computador” exibe automaticamente. Veja o exemplo: disco
rígido e em nossos disquetes e CDs.
Com o botão esquerdo do mouse podemos executar vários comandos
para o determinado arquivo. Entre eles: abrir, imprimir, examinar com o
anti-virus, abrir com um determinado aplicativo, enviar para outro diretório
ou outra pasta. Também é possível escolher a opção “enviar para destina-
tário de correio” e anexar o documento em uma mensagem do nosso
gerenciador de e-mails. Além desses comandos, pode-se também copiar,
recortar, criar um atalho, renomear, excluir e verificar as propriedades –
como o tamanho do arquivo, a data de criação e a data da última altera-
No lado esquerdo da tela acima, vemos o diretório-raiz, designado ção.
como “arquivos de programas:” e as pastas que estão abaixo dele, como
O ícone mais diferente do “Meu Computador” é o “Painel de Controle”.
“Acessórios” e “Adobe”. Note como a estrutura de pastas permite, por
Como o próprio nome já diz, é por ele que se gerencia várias modificações
exemplo, que a pasta “Adobe” contenha inúmeras outras pastas e, dentro
nas configurações do computador. É por esse painel, por exemplo, que
destas,
acessamos os aplicativos gerenciadores de instalação e remoção de
Entretanto, ambas estão vinculadas à pasta “Arquivos e Programas”. hardwares (placas de vídeo, som etc.) e softwares.
Estando a pasta (ou diretório) “Arquivos de Programas” selecionada, como
Tela do “Painel de Controle”. As características do micro são
na figura anterior, você pode ver o seu conteúdo do lado direito: ela con-
modificadas por aqui. Podemos adicionar e remover softwares, entre
tém outros arquivos.
outras coisas.
2. Utilizando o ícone “Meu Computador”
Em todas as áreas de trabalho (desktop) dos computadores que ope-
ram com o Windows há um ícone chamado “Meu Computador”. Esse ícone
é um atalho para um gerenciador de arquivos armazenados no micro.
Vamos verificar alguns dos comandos básicos nele existentes.
Ao clicar duas vezes no ícone “Meu computador”, surgirá uma nova
janela com outros ícones para se acessar os arquivos do drive A: (para
disquetes de 3½), do drive C: (disco rígido), do drive D (CD-ROM ou DVD)
e finalmente do Painel de Controle.

Pelo “Painel de Controle” ainda é possível mudar as configurações do


vídeo, determinar como o mouse deve funcionar (para pessoas destras ou
canhotas), configurar o teclado, adicionar ou remover tipos de fontes e
muitas outras aplicações.
Clicando duas vezes sobre um ícone do drive, vamos visualizar todas
as pastas, subpastas e arquivos gravados nessa unidade. Para abrir as
pastas ou os arquivos, basta clicar duas vezes sobre eles. O ícone “Meu
Computador” é o principal meio para verificar o espaço disponível no
nosso
3. Conhecendo os comandos do Windows Explorer
O Windows Explorer é um aplicativo de gerenciamento de arquivos já
Esses são os caminhos básicos.
instalado nos computadores com sistema Windows. Sua utilização é
Eventualmente haverá outros ícones, dependendo da configuração do bastante simples. Por ele pode-se organizar os arquivos de dados e de
computador, como um drive de Zip (D:), por exemplo. programas do seu computador, movê-los de uma pasta para outra, copiá-
Informática 6 A Opção Certa Para a Sua Realização
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los, excluir, compactar etc. O principal atalho para abrir o Windows Explo- E bom saber
rer é apertar ao mesmo tempo as teclas do Windows e da letra “E”. As ações de abrir e renomear um arquivo são iguais no Windows
É pelo Explorer também que se organiza arquivos gravados em outros Explorer e no Total Commander. Em ambos utilize os seguintes
computadores ligados a uma rede local. Por exemplo, nos Infocentros comandos:
(salas de acesso público à Internet para pessoas que não possuem micros 1. Para abrir um arquivo, selecione-o, posicionando o cursor sobre ele e
próprios) os computadores estão ligados uns aos outros pela rede interna. dê um duplo dique, automaticamente ele se abrirá.
Um usuário do Infocentro pode escrever, de qualquer computador, o seu
2. Paro renomeá-lo, selecione-o e dique uma vez sobre ele. Espere
currículo e salvá-lo no Micro 01. Desse computador, o usuário pode salvar
alguns instantes para que se torne editável e escreva o novo nome.
seu documento em um disquete – sempre pelo Windows Explorer, já que o
Atenção! Ao renomear um arquivo, mantenha a sua extensão, caso
Micro 01 é o único da sala com drive de disquete. Portanto, esse aplicativo
contrário poderá não conseguir abri-lo novamente! O arquivo deve
do Windows serve tanto para manipular arquivos do computador que
estar Fechado, pois não é possível renomear documentos abertos.
estamos operando quanto de algum outro da rede local.
Vamos conhecer alguns comandos básicos como: visualizar, abrir,
Fazer uma busca pelo Windows para procurar um arquivo que você
renomear, copiar, e apagar arquivos e diretórios.
não sabe ao certo em que pasta está gravado é um recurso interessante.
Clique no ícone “Pesquisar”, no alto da tela. A parte da tela à esquerda No Total Commander é possível visualizar os arquivos por meio de
mudará e você terá duas opções de pesquisa: escrevendo o nome ou duas janelas diferentes, o que nos possibilita ver, ao mesmo tempo, o
parte do nome do arquivo ou então um trecho do texto contido no docu- conteúdo do diretório-raiz C:, do drive A: ou D: (letras normalmente atribuí-
mento. Caso você não se lembre do nome do arquivo ou de uma palavra das aos drives de disquete e CD-ROM, respectivamente) e de outros
específica do texto, mas sabe que é arquivo do Word, pode escrever diretórios raiz ou drives que o micro possa ter. Para essa operação, basta
“*.doc” no campo “Procurar por Arquivos Chamados:”. O sinal de asteris- selecionar a letra do drive ou diretório no menu principal.
cos (*) indica que o aplicativo deve procurar todos os arquivos com essa Visualizando simultaneamente arquivos de drives e diretórios por meio
extensão, não importando o que estiver escrito antes. Para concluir a do Total commander
pesquisa, escolha o diretório onde o arquivo poderia estar. Com este aplicativo você pode copiar arquivos de dois modos:
Como fazer selecionando o arquivo com o mouse e arrastando-o para o local em que
O compartilhamento de pastas e arquivos em micros ligados em uma se deseja copiá-lo ou selecionando o arquivo e clicando na opção “F5
rede interna é bem simples. Basta habilitar que determinada pasta seja Copy” (ou clicando na tecla F5 do seu teclado).
compartilhada. Para isso, clique na pasta desejada com o botão esquerdo Nos dois casos, aparecerá uma janela para confirmar a ação. Basta
do mouse. Escolha “Compartilhamento”. Na tela que se abrir, marque a clicar em “0k”.
opção “Compartilhar esta Pasta”. Você ainda pode determinar quantas Para apagar um arquivo é necessário selecioná-lo com o mouse e
pessoas poderão abrir a pasta e se poderão modificar ou não os arquivos clicar na tecla “Delete/Del”. Você também pode apagá-lo, após a seleção,
abertos. clicando na opção “F8 Delete” (ou apertando a tecla F8 do teclado). Nesse
momento também aparecerá uma janela para confirmar a ação. Basta
então clicar em “Sim”.
Apagando arquivos com o Total Commander
Finalmente, para criar pastas ou diretórios, selecione o local em que a
pasta ou o diretório será criado. dique no botão “F7 New Folder” (ou aperte
a tecla F7). Logo em seguida aparecerá uma caixa de diálogo para digitar
o nome do novo diretório ou pasta. Depois é só clicar em “0k”.
Associando programas a seus respectivos Formatos
Você já sabe que um arquivo armazena dados. Dados, na linguagem
da informática, pode significar desde uma receita de bolo a um videoclipe
do Olodum. Uma receita de bolo pode ser feita utilizando um editor de
texto como o Word, por exemplo, enquanto um videoclipe pode ser
visualizado pelo Windows Media Player.
Se tivermos os devidos programas aqui citados instalados em nosso
computador, um duplo dique em cada um dos arquivos do exemplo
anterior faz com que o Word ou o Media Player iniciem-se
automaticamente, carregando e mostrando o arquivo no formato desejado.
Como o sistema operacional, no caso o Windows, consegue distinguir
entre os dois arquivos, o de texto e o de filme, sabendo qual aplicativo
chamar, para cada um deles?
Para permitir que a pasta seja aberta por outros micros da rede inter-
na, selecione “Compartilhar esta pasta” Defina também qual será o tipo de Isso é possível graças à extensão dos arquivos. A extensão é
compartilhamento. simplesmente a parte final do nome do arquivo. Quando clicamos duas
vezes sobre um arquivo, o sistema operacional olha primeiramente para a
Caso não se lembre do diretório, escolha o drive C: para pesquisar por
extensão do arquivo.
todo o disco rígido do micro. Clicando no botão “Pesquisar”, o sistema
começará a procurar por todos os arquivos de Word gravados no compu- Se for uma extensão que já está registrada, o sistema chama o
tador. aplicativo que é capaz de carregar aquele tipo de arquivo, a fim de exibi-lo
corretamente.
GERENCIANDO SEUS ARQUIVOS COM O TOTAL COMMANDER
O Total Comander é um aplicativo shareware que pode ser baixado Importante
pela rede. A extensão é tudo o que vai depois do ponto, no nome do arquivo.
Além de gerenciar arquivos, o Total Commander é um programa de Portanto, todos os arquivos que terminam em .doc reconhecidos pelo
FTP e compactador de arquivos. sistema para serem visualizados por meio do Word e ou do Open Writer.
Já a extensão .avi indico que o arquivo é visualizável através do Media
Seus comandos para gerenciamento de arquivos são bastante intuiti- Player e assim por diante.
vos, permitindo que organizemos nossas pastas muito facilmente. Além
dos recursos básicos de um gerenciador padrão, ele possui outros bastan- Mas o que significa “registrar uma extensão”? Registrar é avisar para
te sofisticados. o Windows que aplicativo ele deve chamar quando precisar abrir arquivos
daquela extensão. Assim, o sistema operacional guarda a informação de
quais aplicativos abrem os arquivos, livrando você de ter de se preocupar

Informática 7 A Opção Certa Para a Sua Realização


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com isso. arquivo executável, aceitar o contrato de licença e pronto: a instalação
O registro das extensões é normalmente feito durante a instalação de seguirá sem transtornos.
cada aplicativo. Cada programa de instalação cuida de registrar, automati- Para usar esse aplicativo, inicie o Windows Explorer, escolha a pasta
camente, a extensão dos arquivos com os quais o aplicativo que está a ser compactada (preferencialmente no lado esquerdo da tela, onde
sendo instalado trabalha. Por exemplo, é o instalador do Office que regis- apenas as pastas são mostradas) e clique com o botão direito do mouse
tra as extensões .doc, .dot (associando-as ao Word), assim como associa sobre ela.
as extensões .xls e .xlt ao Excel; .ppt ao PowerPoint e assim por diante. Ao aparecer o menu suspenso, você deverá escolher a opção “Add to
Muitas vezes, porém, precisamos fazer isso manualmente. Isso Zip”. Um arquivo com todo o conteúdo da pasta selecionada compactado
acontece quando um programa de instalação não completou sua será gerado. Como na imagem ao lado, o conteúdo de uma pasta será
execução, registrando erradamente extensões de um aplicativo que não compactado e colocado no arquivo Free.zip.
instalou. Para fazer a operação inversa, basta clicar duas vezes no arquivo
Para efetuar esse registro manual, você pode usar o Windows compactado e os arquivos serão retirados do arquivo zip e colocados em
Explorer. Selecione a opção de menu “Ferramentas”, “Opções de Pasta”. suas respectivas pastas.
Dentro dessa opção, selecione a última aba, “Tipos de Arquivo”. Como dissemos, o Total Commander também tem função de
Para registrar uma extensão, basta clicar em “Novo”, preencher o compactação de arquivos. Basta selecionar o arquivo que desejamos
campo com a extensão desejada, clicar em “Avançado” e escolher que compactar e clicar no menu “Arquivos”, “Compactar”.
aplicativo abrirá os arquivos com a extensão registrada: no nosso exemplo, Para descompactar um arquivo, basta selecioná-lo, clicar no menu
a extensão fictícia “XYZ”, como na figura 1. “Arquivo” e escolher a opção “Descompactar”. Em seguida você verá uma
Escolhido o aplicativo, basta clicar em “0K” e pronto. De acordo com caixa de diálogo, semelhante à da imagem anterior, para escolher a pasta
nosso exemplo, o sistema operacional passará a reconhecer arquivos do em que o arquivo será descompactado.
tipo “XYZ” como um arquivo de áudio do Windows Media Player. Amplie sua segurança: Faça cópias de seus arquivos
Ganhe tempo e espaço: aprenda a compactar e descompactar arqui- Ë muito importante que você faça a cópia de segurança (backup) dos
vos seus arquivos, principalmente daqueles com os quais você trabalha todos
No passado, para guardar arquivos em nosso computador os dias.
precisávamos que ele tivesse muita memória e isso exigia investimento. Para isso, tenha sempre à mão um disquete. lnsira-o no drive de mídia
Alguns arquivos não podiam ser copiados para disquetes, pois eles não flexível, geralmente representado pela letra A:. Abra o Windows Explorer e,
tinham memória suficiente para armazená-los. Esses e outros problemas do lado direito da tela, selecione os arquivos (ou pastas) que você quer
motivaram programadores a desenvolver formas de se trabalhar os copiar. Para selecionar mais de um arquivo, basta manter a tecla “CTRL”
arquivos alterando seu formato, tomando-os menores. Hoje, com as pressionada enquanto você clica sobre os arquivos. Depois dique no menu
técnicas adotadas, consegue-se reduzir um arquivo de texto em 82% ou “Editar”, “Copiar”.
mais de seu tamanho original, dependendo do conteúdo. Isso é feito com
Essa ação cria uma cópia temporária dos arquivos em um lugar
programas chamados compactadores.
especial chamado “Área de Transferência”. Depois, dique sobre o ícone A:,
E bom saber: E aconselhável compactar grandes arquivos para armazená- que indica a unidade de disquete, e selecione “Editar”, “Colar”. Os arquivos
los, otimizando espaço de armazenagem em seu HD. Esse procedimento armazenados na Área de Transferência serão copiados no disquete.
também é recomendado para enviá-los por e-mail, pois assim o tempo de A utilização de um disquete limita o processo de cópia de arquivos ou
download e upload desses arquivos é bem menor. conjuntos de arquivos até o tamanho total de 1.44Mb. Para a cópia de
Há diversos softwares para compactar e descompactar arquivos grandes quantidades de informação, o ideal é utilizar discos virtuais,
disponíveis no mercado. Eles reduzem diferentes arquivos em formato .zip, oferecidos por alguns servidores, ou uma mídia compacta como o CD-
.arj e outros. ROM.
E bom saber: Se você necessita ler apenas algumas informações de um Importante: E essencial utilizar antivírus no seu computador. Deixe
documento compactado, não é necessário descompactá-lo para isso o sempre ativada a função “Proteção de Arquivos”. Essa função possibilita a
aplicativo Zip Peeker permite que o usuário leia o conteúdo dos arquivos verificação automática à medida que eles são copiados.
mas sem a inconveniência de descompactá-los. E possível também
remover, copiar ou mover os arquivos escolhidos.
É bom saber: Há outros modos de copiar arquivos. Um deles é selecionar
Um dos softwares mais utilizados pelos usuários é o Winzip. Se esse aqueles que se deseja copiar, clicar e sobre eles e, sem soltar o botão do
aplicativo estiver devidamente instalado, para se compactar um arquivo mouse, arrastá-los até o drive A:.
pelo Windows Explorer, basta clicar nele com o botão direito e escolher a
opção “Add to Zip”. Isso pode ser feito com conjuntos de arquivos e até Detectando e corrigindo problemas: Scandisk
mesmo com pastas. Ao se escolher essa opção, uma janela se abrirá Sabemos que os arquivos são guardados em setores de disco (rígido
perguntando o nome do novo arquivo a ser criado com o(s) arquivo(s) ou flexível). Muitas vezes, porém, esses setores podem apresentar
devidamente compactado(s) e outras informações. Após o preenchimento defeitos, provocando perda de dados. Outras vezes, processos de
dessas informações, o arquivo compactado estará pronto. gravação não concluídos podem levar o sistema de arquivos a um estado
Em versões mais recentes do Winzip, ao se clicar com o botão direito inconsistente.
sobre um arquivo, automaticamente se habilita a opção de se criar o Quando você começara se deparar com erros do tipo: “Impossível
arquivo compactado (ou zipado, como se costuma dizer) já com o mesmo ler/gravar a partir do dispositivo”, fique certo de que as coisas não estão
nome do arquivo original, trocando-se somente a extensão original do como deveriam.
arquivo para “.zip”. O primeiro passo para tentar uma solução é executar o Scandisk para
Para se descompactar um arquivo, basta que se dê duplo dique nele. detectar e corrigir problemas no sistema de arquivos.
Uma janela se abrirá com todos os arquivos armazenados dentro de um É bom saber: O Scandisk elimina setores marcados erroneamente como
arquivo compactado e pode-se optar por descompactar todos, clicando-se se pertencessem a mais de um arquivo, e setores órfãos, que estão
no botão “Extrair”, ou apenas alguns deles, selecionando-os com um dique marcados como usados, mas não pertencem a nenhum arquivo. Ele
e usando novamente o botão “Extrair”. Vale lembrar que como é possível também tenta ler os dados de setores deFeituosos, transferindo-os para
compactar diretórios inteiros, quando estes são descompactados, o Winzip setores bons, marcando os defeituosos de modo que o sistema
e outros programas compactadores reconstroem a estrutura original das operacional não os use mais.
pastas.
Para executar o Scandisk, entre no Windows Explorer e dique com o
O Freezip é um descompactador freeware. Veja na seção “Links na
botão direito do mouse sobre a unidade de disco a ser diagnosticada (A:,
lnternet” o endereço para efetuar o download desse aplicativo. Sua
B:, C: ou D:). Selecione a opção “Propriedades” e, dentro da janela “Pro-
instalação é bastante simples, basta clicar duas vezes sobre o ícone do
priedades”, selecione a opção “Ferramentas”. Clique sobre o botão “Verifi-

Informática 8 A Opção Certa Para a Sua Realização


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car Agora” e o Scandisk será iniciado. Selecione a opção teste “Completo” Janela do Windows Explorer
e marque a opção de correção automática. dUque em “Iniciar” para realizar No Windows Explorer, você pode ver a hierarquia das pastas em seu
a verificação e correção. computador e todos os arquivos e pastas localizados em cada pasta
A primeira opção procura ler os dados, buscando setores defeituosos. selecionada. Ele é especialmente útil para copiar e mover arquivos. Ele é
A segunda procura fazer sua transferência para setores bons, corrigindo composto de uma janela dividida em dois painéis: O painel da esquerda é
automaticamente os setores ambíguos e órfãos. Em qualquer caso, os uma árvore de pastas hierarquizada que mostra todas as unidades de
setores defeituosos eventualmente encontrados são marcados para não disco, a Lixeira, a área de trabalho ou Desktop (também tratada como uma
serem mais utilizados pelo sistema operacional. Dependendo do tamanho pasta); O painel da direita exibe o conteúdo do item selecionado à esquer-
em megabytes da unidade de disco a ser diagnosticada, esse processo da e funciona de maneira idêntica às janelas do Meu Computador (no Meu
pode ser demorado. Computador, como padrão ele traz a janela sem divisão, é possível divi-
Importante: A Ferramenta do Scandisk só pode ser usada em discos que di−la também clicando no ícone Pastas na Barra de Ferramentas) Para
aceitam nova gravação de dados, como os disquetes e os HDs. Assim, abrir o Windows Explorer, clique no botão Iniciar, vá a opção Todos os
CD-ROMs que só podem ser gravados uma única vez não podem ser Programas / acessórios e clique sobre Windows Explorer ou clique sob
corrigidos, caso haja algum problema no processo de gravação. o botão iniciar com o botão direito do mouse e selecione a opção Explorar.
Preste atenção na Figura da página anterior que o painel da esquerda
Faça uma faxina em seu computador
na figura acima, todas as pastas com um sinal de + (mais) indicam que
O sistema operacional Windows, à medida de trabalha, faz uso de contêm outras pastas. As pastas que contêm um sinal de – (menos) indi-
uma área de rascunho que usa para guardar dados temporariamente. cam que já foram expandidas (ou já estamos visualizando as sub−pastas).
Quando você navega pela web, por exemplo, as páginas que você visitou
Painel de controle
são armazenadas em uma área temporária, para que possam ser
visualizadas rapidamente, caso você retome a elas. Tudo isso consome O Painel de controle do Windows XP agrupa itens de configuração de
espaço em seu disco rígido, o que, como veremos no tópico seguinte, dispositivos e opções em utilização como vídeo, resolução, som, data e
toma seu computador mais lento. hora, entre outros. Estas opções podem ser controladas e alteradas pelo
usuário, daí o nome Painel de controle.
Para ficar livre desses arquivos temporários, de tempos em tempos,
utilize a opção “Limpeza de Disco”. Para isso, faça o seguinte caminho: na
área de trabalho do Windows, dique na barra “Iniciar”, “Programas”,
“Acessórios”, “Ferramenta do Sistema”, “Limpeza de disco”. Ao acionar
essa opção, uma janela aparecerá para que você escolha a unidade de
disco a ser limpa. Faça a escolha e dique em “0K”. O Windows calculará
quanto de espaço pode ser liberado no disco e após esse processo abrirá
uma janela como a ilustrada ao lado.
Ao optar, por exemplo, em apagar os arquivos ActiveX e Java
baixados da lnternet, você impedirá a execução offline dos mesmos. Mas
ainda ficarão rastros de navegação como os cookies, por exemplo.
Há outros modos de apagar arquivos desnecessários, cookies e
outras pistas deixadas em nosso micro todas as vezes que abrimos um
arquivo, acionamos um programa ou navegamos na lnternet. Existem,
inclusive, programas especializados nessa tarefa. Essa limpeza torna a
navegação mais rápida.
Para apagar seus rastros de navegação, por exemplo, abra o
Windows Explorer e selecione no disco C: as pastas “Arquivos de
Programas ‘Windows”, ‘Tempo”, “Temporary lnternet Files”. Ao lado direito Para acessar o Painel de controle
da tela você poderá ver todos os arquivos e cookies recentemente 1. Clique em Iniciar, Painel de controle.
baixados da Internet para o seu computador. Basta selecioná-los e teclar
2. Inicialmente o Painel de controle exibe nove categorias distintas.
os comandos “shiftldel”.
Painel de controle
WINDOWS EXPLORER GERENCIAMENTO DE ARQUIVOS E PASTAS
3. Clique na opção desejada.
O Windows Explorer tem a mesma função do Meu Computador: Orga-
nizar o disco e possibilitar trabalhar com os arquivos fazendo, por exemplo, 4. Na próxima tela escolha a tarefa a ser realizada.
cópia, exclusão e mudança no local dos arquivos. Enquanto o Meu Com- Utilize os botões de navegação:
putador traz como padrão a janela sem divisão, você observará que o
Windows Explorer traz a janela dividida em duas partes. Mas tanto no Voltar Para voltar uma tela.
primeiro como no segundo, esta configuração pode ser mudada. Podemos
criar pastas para organizar o disco de uma empresa ou casa, copiar arqui- Avançar Para retornar a tarefa.
vos para disquete, apagar arquivos indesejáveis e muito mais.
Acima Para ir ao diretório acima.

Para localizar arquivos, imagens, sons, vídeos,


Pesquisar
etc.
Pastas Para exibir o conteúdo de uma pasta.
PASTAS E ARQUIVOS
Uma unidade de disco pode ter muitos arquivos. Se todos eles esti-
vessem em um mesmo lugar, seria uma confusão.
Para evitar esse caos, você pode colocar seus arquivos de computa-
dor em pastas. Essas pastas são utilizadas para armazenar arquivos e
ajudar a mantê-Ios organizado assim como as prateleiras e cabides aju-
dam você a manter suas roupas organizadas
Os destaques incluem o seguinte:
⇒ Meus Documentos

Informática 9 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
4. Digite o nome e tecle ENTER O ícone da unidade (C:) é uma boa escolha. Há sempre material
5. Pronto! A Pasta está criada. aí dentro. Um clique duplo no ícone abre unidade (C:) e permite
que você veja que arquivos e pastas residem lá.
⇒ Fazer uma pasta
2. Dê um passeio.
⇒ Excluir arquivos
Dê um clique duplo em uma pasta. Isso abre a pasta, e você vê
⇒ Recuperar arquivos outra janela cheia de arquivos e talvez ainda mais pastas.
⇒ Renomear arquivos 3. Para abrir outra pasta, dê um clique duplo em seu ícone.
⇒ Copiar arquivos 4. Feche a pasta quando tiver terminado.
⇒ Mover arquivos Clique no botão fechar (x) da janela da pasta localizado no canto
Entendendo como as pastas funcionam superior direito da janela.
As pastas contêm arquivos, normalmente arquivos de um tipo relacio- Só para lembrá-Io de onde você está com todos estes arquivos e pas-
nado. Por exempIo, todos os documentos utilizados para criar um livro, tas abertos, o nome da pasta atual que está vendo aparece na parte
como esta apostila por exemplo, residem em uma pasta chamada Apostila. superior da janela, na barra de título.
Cada matéria é um arquivo. E cada arquivo da área de informática é Excluindo arquivos
colocado dentro de uma pasta chamada informática, dentro da pasta 1. Selecione o arquivo destinado a ser destruído.
Apostila. Estas pastas mantêm esses arquivos específicos separados de
outros arquivos e pastas no disco rígido. Clique no arquivo uma vez com o mouse para selecioná-lo.
Meus Documentos 2. Escolha Excluir a partir do menu Arquivo.
Seu disco rígido do PC tem uma grande quantidade de espaço onde Aparecerá a mensagem: Você tem certeza de que quer enviar o
pode ser feita uma pasta - e então se esquecer do lugar onde você a arquivo para a Lixeira?
colocou. Então o Windows facilita as coisas para você fornecendo uma 3. Clique em Sim.
pasta pessoal, chamada Meus Documentos. Essa é a localização principal
para todo o material que você criará e usará enquanto estiver no Windows. Se você mudar de ideia, você pode sempre clicar em Não. Se você
Não há nenhuma regra sobre excluir arquivos e pastas até se falar de escolher Sim, talvez tenha uma breve animação gráfica representando
Meus Documentos. Você não pode excluir a pasta Meus Documentos. A papéis voando para um balde. Isso significa que seu arquivo está sendo
Microsoft quer que você a tenha e você irá mantê-la. Então, você deve jogado fora.
conviver com isso! Se clicar com o botão direito do mouse na pasta Meus Recuperação de arquivos
Documentos em sua área de trabalho, notará que há uma opção Excluir.
Essa opção é para excluir o atalho, que é realmente o que você vê na área OK, você exclui o arquivo. Pensando bem, você não está tão seguro
de trabalho, mas você não está eliminando a pasta Meus Documentos. se deveria ter excluído este arquivo. Não se preocupe. Há um ícone em
sua Área de trabalho chamado Lixeira.
Você pode renomear Meus Documentos se quiser. Clique com o botão
direito do mouse na pasta e escolha Renomear. Digite o novo nome. Recuperando um arquivo
Embora não seja recomendado. 1. Dê um clique duplo no ícone Lixeira.
Você pode compartilhar a pasta Meus Documentos com outros com- 2. Localize o arquivo que você excluiu
putadores conectados ao seu computador e com aqueles que estão confi- 3. Clique uma vez no arquivo.
gurados como um usuário diferente em seu computador. Siga exatamente 4. Clique em Arquivo.
os passos.
5. Escolha Restaurar.
Compartilhar Meus Documentos
Renomear um arquivo
1. Clique com o botão direito do mouse na pasta Meus Documentos.
1. Localize o arquivo que quer renomear
2. Escolha Propriedades.
Você pode utilizar o Explorer, ou se estiver abrindo um arquivo a
3. Clique a guia Compartilhamento. partir de qualquer pasta e encontrar aí um arquivo que quer reno-
Isto traz a guia Compartilhamento para frente -onde você de- mear, você pode seguir os passos abaixo para alterar o nome de
cide quem consegue compartilhar, quem não, e quanto con- arquivo.
trole essas pessoas têm sobre sua pasta. 2. Pressione a tecla F2.
4. Escolha Compartilhar Esta Pasta. Depois de pressionar a tecla F2, o texto do nome de arquivo já es-
Tudo agora ganha vida e você tem todo tipo de opção: tá selecionado para você. Você pode substituir inteiramente o no-
Criando uma pasta (DIRETÓRIO) me existente, simplesmente começando a digitar ou mover o cur-
A pasta Meus Documentos pode ficar facilmente desorganizada se sor para editar partes do nome.
você não se antecipar e criar pastas adicionais para organizar melhor seu 3. Digite um novo nome.
material. Lembre-se: Meus Documentos é como um grande gabinete de 4. Pressione Enter.
arquivos. Quando precisar de um novo arquivo, digamos para um novo E aí está: você tem um novo nome.
assunto, você prepara uma pasta para ele. Conforme continuar a trabalhar,
Copiando arquivos
você preencherá cada pasta com arquivos diferentes.
No Windows, copiar um arquivo é como copiar informações em um
Criar uma pasta (DIRETÓRIO)
programa: você seleciona o arquivo e então escolhe Copiar do menu
1. Dê um clique duplo em Meus Documentos. Editar. Para fazer a cópia, você localiza uma nova pasta ou unidade de
2. Clique em Arquivo > Novo, ou disco para o arquivo e então escolhe o comando Colar do menu Editar.
1. Em Meus Documentos clique com o botão direito do mouse Isso é copiar e colar!
2. Novo > Pasta Copiar um arquivo
COMO ABRIR ARQUIVOS E PASTAS 1. Localize o arquivo que quer copiar
Tudo no Windows se abre com um clique duplo do mouse. Abra uma 2. Clique com o botão direito do mouse no arquivo.
pasta para exibir os arquivos (e talvez até outras pastas) armazenados 3. Selecione Copiar.
nessa pasta. Abra um arquivo para iniciar um programa, ou abra um 4. Localize o lugar onde você quer colar essa nova cópia.
documento para editar.
5. Selecione Editar da barra de menus.
Abrir um arquivo ou pasta
6. Escolha Colar da lista.
1. Dê um clique duplo em um ícone da unidade de disco.

Informática 10 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
Para ser realmente eficiente, você deve fazer isso a partir do Windows Felizmente, o Windows fornece um recurso Pesquisar. Esse recurso
Explorer. Todos os seus arquivos estão listados e disponíveis para serem procura arquivos e pastas com base em vários tipos de critérios.
manuseados. Apenas selecione o arquivo que quer copiar, escolha Editar INSTALAÇÃO DE PERIFÉRICOS
do menu e então clique em Copiar. Agora, vá para a nova localização do
PAINEL DE CONTROLE > WINDOWS
arquivo, clique em Editar novamente no menu e clique em Colar.
O Painel de Controle foi projetado para gerenciar o uso dos recursos
Enviar Para
de seu computador.
A opção Enviar Para permite enviar uma cópia de um arquivo ou de
Abrir o Painel de Controle
uma pasta para uma das muitas localizações: um disquete (normalmente
na unidade A:), sua área de trabalho, um destinatário de correio (por 1. Clique no botão de menu Iniciar
correio eletrônico) ou a pasta Meus Documentos. 2. Escolha Configurações.
Utilizar Enviar Para 3. Clique no Painel de Controle, como mostra a Figura
1. Localize seu arquivo (ou pasta). Ou, você pode...
2. Clique com o botão direito do mouse no arquivo. 1. Dar um clique duplo em Meu Computador.
3. Escolha Enviar Para. 2. Dar um clique duplo no ícone Painel de Controle.
4. Clique em uma das quatro opções:
⇒ Disquete -Você deve ter um disco na unidade A: (ou sua unidade
de disquete).
⇒ Área de trabalho - Cria um atalho na área de trabalho para o ar-
quivo ou pasta selecionado.
⇒ Destinatário de correio - Abre o programa de correio eletrônico Ou-
tlook Express. Digite o endereço na caixa Para, ou clique no Catá-
logo de Endereços ao lado da palavra Para e escolha um endere-
ço de e-mail. Clique no botão Enviar quando tiver terminado
⇒ Meus Documentos - Faz uma cópia do arquivo ou pasta na pasta
Meus Documentos.
Movendo arquivos
Mover arquivos é como copiar arquivos, embora o original seja excluí-
do; apenas a cópia (o arquivo "movido") permanece. É como recortar e O Painel de Controle contém ícones que fazem uma variedade de fun-
colar em qualquer programa. Lembre-se de que toda a questão em torno cionalidades (todas as quais supostamente ajudam você a fazer melhor
de mover, copiar e excluir arquivos é para manter as coisas organizadas seu trabalho), incluindo mudar a aparência de sua área de trabalho e
de modo que seja fácil localizar seus arquivos. configurar as opções para vários dispositivos em seu computador.
Você pode mover arquivos de duas maneiras: recortando e colando ou O que você vê quando abre o Painel de Controle talvez seja ligeira-
arrastando. mente diferente da Figura. Certos programas podem adicionar seus pró-
Recortando e colando prios ícones ao Painel de Controle e você talvez não veja alguns itens
especiais, como as Opções de Acessibilidade.
Recortar e colar um arquivo ou uma pasta é a opção para se mudar
um arquivo ou pasta para o seu local correto. HARDWARE
Recortar e colar um arquivo O primeiro componente de um sistema de computação é o HARDWA-
RE, que corresponde à parte material, aos componentes físicos do siste-
1. Localize o arquivo que você quer utilizar. ma; é o computador propriamente dito.
Novamente, este arquivo pode ser localizado em qualquer lugar. Abra O hardware é composto por vários tipos de equipamento, caracteriza-
Meus Documentos, utilize o Explorer, ou uma pasta qualquer. dos por sua participação no sistema como um todo. Uma divisão primária
3. Clique com o botão direito do mouse no arquivo. separa o hardware em SISTEMA CENTRAL E PERIFÉRICOS. Tanto os
4. Escolha Recortar. periféricos como o sistema central são equipamentos eletrônicos ou ele-
4. Localize e abra a pasta onde você quer colar o arquivo. mentos eletromecânicos.
5. Selecione Editar do menu. ADICIONAR NOVO HARDWARE
6. Selecione Colar. Quando instalamos um hardware novo em nosso computador necessi-
tamos instalar o software adequado para ele. O item Adicionar Novo
Pronto!
Hardware permite de uma maneira mais simplificada a instalação deste
Arrastando arquivos hardware, que pode ser um Kit multimídia, uma placa de rede, uma placa
Arrastar arquivos é a maneira mais rápida e fácil de mover um arquivo. de fax modem, além de outros.
É especialmente conveniente para aqueles arquivos que você deixou um Na janela que surgiu você tem duas opções:
pouco largados por aí sem uma pasta para acomodá-los.
1) Sim - deixar que o Windows detecte o novo hardware.
Arrastar um arquivo
2) Não - dizer ao Windows qual o novo hardware conectado ao seu
1. Selecione o arquivo e arraste micro.
Não solte o arquivo depois de clicar nele. Você está literalmente Ao escolher a opção Sim e pressionar o botão AVANÇAR, o Windows
agarrando o arquivo, e irá arrastá-lo. iniciará uma busca para encontrar o novo hardware e pedirá instruções
2. Paire o ícone sobre a pasta desejada. passo a passo para instalá-lo.
Essa é a pasta onde você quer que o arquivo resida. Ao optar por Não e pressionar o botão AVANÇAR, surgirá uma janela
3. Solte o ícone. onde você deverá escolher o tipo de hardware.
Agora seu arquivo reside seguramente em sua nova casa. Clique sobre o tipo de hardware adequado e o Windows solicitará
Localizando arquivos e pastas passo a passo informações para instalá-lo.
Por mais que tente se manter organizado, há momentos em que você ADICIONAR OU REMOVER PROGRAMAS
não pode se lembrar de onde colocou um arquivo ou uma pasta. Embora o Você pode alterar a instalação do Windows e de outros aplicativos, a-
Windows tente mantê-lo organizado com a pasta Meus Documentos, as dicionando ou removendo itens, como Calculadora, proteção de tela, etc.
coisas podem ficar confusas. Para remover um aplicativo não basta deletar a pasta que contém os

Informática 11 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
arquivos relativos a ele, pois parte de sua instalação pode estar na pasta serem processados pelo computador.
do Windows. Para uma remoção completa de todos os arquivos de um
determinado programa você pode utilizar o item Adicionar/ Remover Pro- Por exemplo, há sensores de temperatura, de velocidade e de luz. Es-
gramas, que além de apagar o programa indesejado, remove todos os tes dispositivos são utilizados freqüentemente em processos de monitori-
arquivos relacionados a ele, independente do local onde se encontrem, e zação industrial.
remove o ícone que está no menu Programas do botão INICIAR.
Microfone
Um microfone é um dispositivo de entrada que permite introduzir som
PRINCIPAIS PERIFÉRICOS – MÍDIAS PARA ARMAZENA- no computador, para posterior edição e/ou armazenamento.
MENTO DE DADOS
Estes dispositivos encontram-se frequentemente em computadores
DISPOSITIVOS DE ENTRADA E SAÍDA multimídia.

Discos Magnéticos USB


Os discos magnéticos são dispositivos de armazenamento de infor- Originalmente concebida como uma eficiente porta de comunicação
mação, externos ao conjunto formado pelo processador e pela memória para periféricos (como mouse e impressora), foi a porta escolhida para as
principal. câmeras digitais para descarregar suas fotos.

Estes dispositivos são por vezes referidos como memória secundária. DISPOSITIVOS DE SAÍDA

Drives de Discos Magnéticos Monitor


As drives são dispositivos que lêem e escrevem dados nos discos O monitor é um dispositivo periférico utilizado para a visualização de
magnéticos, canalizando a informação entre os discos e o processador ou informação armazenada num sistema informático.
a memória principal.
CD-ROM
As drives podem ser internas ou externas à unidade de sistema. O CD-ROM - Compact Disc, Read-Only Memory - é um disco compacto,
Placas de Expansão que funciona como uma memória apenas para leitura - e, assim, é
As placas de expansão são dispositivos que se utilizam para estender uma forma de armazenamento de dados que utiliza ótica de laser para
as funcionalidades e o desempenho do computador. ler os dados.

Existe uma grande diversidade de placas de expansão, como, por e- Um CD-ROM comum tem capacidade para armazenar 417 vezes mais
xemplo, placas de rede, de vídeo, de som e de modem. dados do que um disquete de 3,5 polegadas. Hoje, a maioria dos progra-
mas vem em CD, trazendo sons e vídeo, além de textos e gráficos.
Terminal ou estação de trabalho
Um terminal é um sistema normalmente constituído por um teclado e Drive é o acionador ou leitor - assim o drive de CD-ROM é o dispositi-
por um monitor e que está ligado remotamente a um computador central. vo em que serão tocados os CD-ROMS, para que seus textos e imagens,
suas informações, enfim, sejam lidas pela máquina e devidamente proces-
O computador central processa a informação introduzida através do sadas.
teclado do terminal, enviando os resultados de volta para serem visualiza-
dos no monitor do terminal. A velocidade de leitura é indicada pela expressão 2X, 4X, 8X etc., que
Modem revela o número de vezes mais rápidos que são em relação aos sistemas
Um modem é um dispositivo utilizado na ligação de computadores a- de primeira geração.
través da rede telefônica pública.
E a tecnologia dos equipamentos evoluiu rapidamente. Os drivers de
O modem converte a informação digital do computador num formato hoje em dia tem suas velocidades nominais de 54X e 56X.
analógico, de modo a poder ser transmitida através das linhas telefônicas,
e faz a conversão inversa na recepção de informação da rede. A velocidade de acesso é o tempo que passa entre o momento em
que se dá um comando e a recuperação dos dados. Já o índice de transfe-
DISPOSITIVOS DE ENTRADA rência é a velocidade com a qual as informações ou instruções podem ser
deslocadas entre diferentes locais.
Teclado
O teclado é o dispositivo de entrada mais comum, permitindo ao utili- Há dois tipos de leitor de CD-ROM: interno (embutidos no computa-
zador introduzir informação e comandos no computador. dor); e externo ligados ao computador, como se fossem periféricos).

Mouse Atualmente, o leitor de CD-ROM (drive de CD-ROM) é um acessório


O rato é um dispositivo de entrada que permite ao utilizador percorrer multimídia muito importância, Presente em quase todos os computadores.
e selecionar itens no ecrã do computador.
Os cds hoje em dia são muito utilizados para troca de arquivos, atra-
Este dispositivo envia ao computador as coordenadas do cursor relati- vés do uso de cds graváveis e regraváveis. Os cds somente podem ser
vas aos movimentos no ecrã e ainda comandos ativados pela seleção de gravados utilizando-se um drive especial de cd, chamado gravador de cd.
itens.
DVD – Rom
Scanner Os DVDs são muito parecidos com os cds, porém a sua capacidade de
O scanner é um dispositivo que lê informação impressa em papel (tex- armazenamento é muito maior, para se ter uma idéia, o DVD armaze-
to e imagens) e a converte num formato digital. na quase que 10 vezes mais que um cd comum.

Uma vez dentro do computador, essa informação pode ser armazena- Por terem uma capacidade tão grande de armazenamento, comportam um
da, editada ou visualizada num monitor. conteúdo multimídia com facilidade, sendo muito usados para arma-
zenar filmes e shows.
Sensores
Os sensores são dispositivos que permitem capturar valores de um Os drives mais atuais permitem a gravação de dvds, porém o seu preço
dado processo contínuo e convertê-los para o formato digital, de modo a ainda é muito alto para o uso doméstico, porém um drive muito utiliza-

Informática 12 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
do hoje em dia é o comb. Este drive possui a função de gravador de almente as impressoras de jato de tinta.
cd e leitor de dvd.
Impressoras de Jato de Tinta
Data-Show As impressoras de Jato de Tinta ("ink-jet") semelhantemente às matri-
Os projetores de imagens, ou data-show, são dispositivos que permi- ciais, produzem caracteres em um papel em forma de matriz de pontos -
tem visualizar documentos eletrônicos (texto, gráficos, imagens) armaze- com a diferença de que o ponto é produzido por uma gota de tinta, que é
nados num computador. lançada no papel e secada por calor. Da reunião dessas gotas resultará o
formato do caractere, de forma bem parecida com os pontos obtidos pelas
Estes dispositivos são colocados em cima de um retroprojetor, e a sua agulhas nas impressoras matriciais.
ligação ao computador faz-se através do conector do monitor.
O mecanismo de impressão é, em geral, constituído de uma certa
Impressoras quantidade de pequeninos tubos com um bico apropriado para permitir a
As impressoras são dispositivos que imprimem no papel documentos saída das gotas de tinta. Um valor típico de bicos existentes em mecanis-
eletrônicos (texto, gráficos, imagens) gerados ou editados no computador. mos de impressão dessas impressoras oscila entre 50 e 64, mas atual-
mente já estão sendo lançados novos modelos com 128 e até 256 bicos. A
Há diversos tipos de impressoras, com diferentes funcionamentos, de- tecnologia mais comum - "dmp-on-demand buble jef'- projeção gota por
sempenhos e custos. demanda - consiste na passagem de uma corrente elétrica por uma resis-
tência, que, aquecida por esta corrente, gera suficiente calor para o tubo
Características Básicas de tinta. No instante em que se aquece o suficiente, a tinta vaporiza e se
O volume de impressão que ela suporta em uma unidade de tempo. expande, acarretando a saída de uma gota pelo bico do tubo, a qual vai
Impressoras indicam sua vazão de impressão em páginas por minuto. ser depositada e sacada no papel, gerando um ponto de tinta. O processo
ocorre milhares de vezes por segundo durante a impressão.
A tecnologia utilizada para gerar os símbolos a serem impressos. Atu-
almente, impressoras podem ser do tipo: Há impressoras que funcionam com apenas um cartucho de tinta preta,
• de jato de tinta; são as impressoras do tipo monocromáticas, e que imprimem colorido
• a laser; através do emprego de 2 cartuchos de tinta, 1 preto e um colorido.
• por transferência de cera aquecida ("thermal-wax");
• por sublimação de tinta ("dye sublimation"). Sendo uma impressora do tipo jato de tinta, sua resolução (a quanti-
dade de pontos que constituem um caractere) é tão maior - produz carac-
Impressoras Matriciais teres mais sólidos e nítidos - quanto a quantidade de bicos que o meca-
As impressora matriciais trabalham como máquinas de escrever. Elas nismo de impressão pode ter. Seu mecanismo de impressão contém algo
são muito comuns em escritórios e empresas que emitem notas fiscais. A em tomo de 60 bicos, produzindo, assim, uma matriz de pontos muito mais
impressão é feita por meio de um dispositivo qualquer que se projeta densa do que se consegue com impressoras matriciais de 24 agulhas.
contra uma fita com tinta, martelando-a contra um papel e nele imprimindo Valores típicos de resolução de impressoras de jato de tinta estão na faixa
o símbolo desejado (letra, desenho, etc). de 300 x 300 pontos por polegada e 360 x 360 pontos por polegada ("dpi-
dots per inchs"), com caracteres constituídos de uma matriz de 18 x 48 e
O nome matricial por si só explica a essência de seu funcionamento, já até 36 x 48 pontos. Elas possuem outra vantagem sobre as impressoras
que os caracteres são formados por uma matriz de pontos, expressão matriciais: são silenciosas, já que não dispõem de mecanismo de impacto.
derivada do inglês: "dot pitch".
Impressora a Laser
O método de geração dos pontos no papel se inicia com a existência Mais sofisticas e com melhor qualidade de impressão, as impressoras
de um dispositivo (cabeça de impressão) composto de vários fios, muito a laser funcionam semelhantemente às copiadoras de documentos, ou
finos, as agulhas ou pinos (em inglês usa- se "pin"), montados em um tubo seja, projetam em um cilindro fotossensitivo, uma imagem da página que
e ligados a uma bobina eletromagnética. As agulhas, que podem variar, será impressa. Em seguida, um produto chamado "tonel'. composto de
em quantidade, entre 9 e 24, são dispostas verticalmente, formando uma partículas minúsculas, é espalhado sobre a imagem criada no cilindro.
coluna, quando se trata de cabeça de impressão de 24 agulhas. Para que Finalmente, a imagem é transferida do cilindro para um papel e secada por
as agulhas possam ficar dispostas bem próximas umas das outras (e intenso calor; depois disso, o cilindro deve ter a imagem apagada para que
garantir, assim, boa qualidade de impressão), os magnetos são usualmen- uma nova imagem possa ser nele criada. E assim, sucessivamente, as
te arranjados de forma radial. páginas vão sendo impressas. A imagem é criada no cilindro através de
um feixe de laser que é acesso e apagado a cada ponto do cilindro (como
A cabeça de impressão caminha da esquerda para a direita (ou nos pixels em um vídeo), conforme a configuração binária e a localização dos
dois sentidos, dependendo do tipo de impressora) e em seu percurso vai símbolos que se deseja imprimir.
marcando os pontos correspondentes aos caracteres que se deseja impri-
mir. Em geral, um caractere é constituído de uma matriz com 5 x 9 pontos Também as impressoras a laser imprimem ponto por ponto e, por essa
(impressora com 9 agulhas) ou bem mais, no caso de impressoras de 24 razão, sua resolução é medida em pontos por polegada ("dpi = dots per
agulhas . Quando um padrão de bits, correspondente a uma caractere, é inch").
recebido no circuito de controle da impressora, este padrão gera correntes
elétricas que vão acionar a bobina ligada á correspondente de controle da No mercado atual há impressoras deste tipo funcionando com resolu-
impressora, este padrão gera correntes elétricas que vão acionar a bobina ção de 300 dpi a 2.000 dpi's, produzindo páginas em uma taxa em torno
ligada à correspondente agulha. Nessa ocasião, a bobina energizada de 10 ppm e 17 ppm (impressoras pessoais), como também 24 e mais
projeta rapidamente a agulha, que impacta a fita com tinta impregnando o (impressoras que funcionam em rede locais de microcomputadores) ou
papel com um ponto. Logo em seguida, uma mola retoma rapidamente a máquinas de maior poder, capazes de imprimir mais de 80 ppm.
agulha, que fica pronta para novo acionamento.
Plotters
Dessa forma, a cabeça imprime simultaneamente os n pontos de uma Os traçadores gráficos, ou plotters, são dispositivos de impressão em
coluna e logo em seguida os n pontos da coluna seguinte, e assim suces- papel utilizados quando a qualidade exigida ao documento impresso é
sivamente até formar todo o caractere e o caractere seguinte e o seguinte, bastante elevada.
até completar a linha.
Os plotters são constituídos por uma ou mais canetas que se deslo-
Apesar de ainda estarem sendo produzidas em escala razoável, as cam na largura do papel e cujos movimentos são controlados por coman-
impressoras matriciais vêm perdendo usuários em face das vantagens de dos enviados pelo computador.
preço/desempenho de modelos com tecnologia mais avançadas, especi-

Informática 13 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
Colunas de Som coloridos facilitam a categorização das mensagens. A pasta denominada –
As colunas de som encontram-se frequentemente em sistemas com Para Acompanhamento" sempre contém uma lista atualizada de todas as
funcionalidades multimídia. mensagens marcadas com sinalizadores rápidos em cada pasta da caixa
de correio.
Estes dispositivos de saída convertem os ficheiros audio, que se en- Organizar por Conversação. Se você receber muitos emails diaria-
contram na forma eletrônica, em sinais de pressão, transmitindo o som mente, poderá se beneficiar da opção de agrupamento denominada Orga-
resultante. nizar por Conversação. O modo de exibição Organizar por Conversação
mostra a lista de mensagens de uma forma orientada a conversação ou
"segmentada". Para que você leia os emails com mais rapidez, esse modo
de exibição mostra primeiro apenas as mensagens não lidas e marcadas
CORREIO ELETRÔNICO com Sinalizadores Rápidos. Cada conversação pode ser ainda mais
Microsoft Office Outlook expandida para mostrar todas as mensagens, inclusive os emails já lidos.
Para organizar as mensagens dessa forma, clique em Organizar por
Envie e receba email; gerencie sua agenda, contatos e tarefas; e re-
Conversação no menu Exibir.
gistre suas atividades usando o Microsoft Office Outlook.
Pastas de Pesquisa. As Pastas de Pesquisa contêm resultados de
Iniciando o Microsoft Office Outlook
pesquisa, atualizados constantemente, sobre todos os itens de email
Clique em Iniciar, Todos os programas, Microsoft Office, Microsoft Of- correspondentes a critérios específicos. Você pode ver todas as mensa-
fice Outlook. gens não lidas de cada pasta na sua caixa de correio em uma Pasta de
Esta versão do Outlook inclui novos recursos criados para ajudá-lo a Pesquisa denominada "Emails Não Lidos". Para ajudá-lo a reduzir o tama-
acessar, priorizar e lidar com comunicação e informações, de forma a nho da caixa de correio, a Pasta de Pesquisa "Emails Grandes" mostra os
otimizar o seu tempo e facilitar o gerenciamento do fluxo crescente de maiores emails da caixa de correio, independentemente da pasta em que
emails recebidos. eles estão armazenados. Você também pode criar suas próprias Pastas de
Experiência de Email Dinâmica. O Outlook ajuda você a ler, organi- Pesquisa: escolha uma pasta na lista de modelos predefinidos ou crie uma
zar, acompanhar e localizar emails com mais eficiência do que antigamen- pesquisa com critérios personalizados e salve-a como uma Pasta de
te. O novo layout da janela exibe mais informações na tela de uma só vez, Pesquisa para uso futuro.
mesmo em monitores pequenos. A lista de mensagens foi reprojetada para Calendários Lado a Lado,.Agora você pode exibir vários calendários
utilizar o espaço de forma mais inteligente. Como resultado disso, você lado a lado na janela Calendário do Outlook.Todos os calendários podem
perderá menos tempo com a navegação e dedicará mais tempo à realiza- ser vistos lado a lado: calendários locais, calendários de pastas públicas,
ção de suas tarefas. O agrupamento automático de mensagens ajuda o calendários de outros usuários ou lista de eventos da equipe do Microsoft
usuário a localizar e a ir para emails em qualquer lugar da lista com mais Windows® SharePoint™ Services. Os calendários são codificados por
rapidez do que antes. E você ainda pode mover ou excluir todas as men- cores para ajudá-lo a distingui-los.
sagens em um grupo de uma vez. Regras e Alertas. O Outlook o alertará da chegada de novos emails
Filtro de Lixo Eletrônico. O novo Filtro de Lixo Eletrônico ajuda a evi- na sua Caixa de Entrada exibindo uma notificação discreta na área de
tar muitos dos emails indesejáveis que você recebe todos os dias. Ele usa trabalho, mesmo quando você estiver usando outro programa. É possível
a tecnologia mais avançada desenvolvida pelo Centro de Pesquisa da criar rapidamente regras para arquivar emails com base na mensagem,
Microsoft para avaliar se uma mensagem deve ser tratada como lixo selecionando a mensagem e clicando em Criar Regra.
eletrônico com base em vários fatores como, por exemplo, o horário em Modo de Transferência em Cachê. Se você usa o Microsoft Exchan-
que a mensagem foi enviada e o seu conteúdo. O filtro não identifica ge Server não precisa mais se preocupar com problemas causados por
nenhum remetente ou tipo de email específico; ele se baseia no conteúdo redes lentas ou distantes. O Outlook pode baixar a caixa de correio para o
da mensagem e faz uma análise avançada da estrutura da mensagem seu computador, reduzindo a necessidade de comunicação com o servidor
para determinar a probabilidade de ser ou não lixo eletrônico. Qualquer de email. Se a rede ficar indisponível, o Outlook continuará utilizando as
mensagem detectada pelo filtro é movida para a pasta Lixo Eletrônico, de informações já baixadas — e talvez você nem perceba a queda da rede. O
onde ela pode ser recuperada ou revisada posteriormente. Você pode Outlook se adapta ao tipo de rede disponível, baixando mais itens de email
adicionar emails à Lista de Remetentes Confiáveis para garantir que as em redes mais rápidas e oferecendo mais controle sobre os itens baixados
mensagens desses remetentes nunca sejam tratadas como lixo eletrônico em redes lentas. Se usar o Outlook com o Microsoft Exchange Server,
e pode ainda bloquear mensagens de determinados endereços de email você se beneficiará de uma redução significativa no tráfego da rede, que o
ou nomes de domínio adicionando o remetente à Lista de Remetentes ajudará a obter as informações com mais rapidez.
Bloqueados.
Ícones de listas de mensagens do Outlook Express
Painel de Navegação. O Painel de Navegação é mais do que uma
Os ícones a seguir aparecem nos e-mails e indicam a prioridade das
simples lista de pastas: ele combina os recursos de navegação principal e
mensagens, se as mensagens possuem arquivos anexados ou ainda se as
compartilhamento do Outlook em um local de fácil utilização. Em Email,
mensagens estão marcadas como lidas ou não lidas. Veja o que eles
você encontrará mais pastas de email do que antigamente. Além disso,
significam:
poderá adicionar suas pastas favoritas ao início da lista. Em Calendário,
você poderá exibir os calendários compartilhados de outras pessoas lado a
lado com o seu próprio calendário. Em Contatos, você verá a lista de todas
as pastas de contatos que poderá abrir (estejam elas armazenadas no seu
computador ou em um local da rede), bem como maneiras aperfeiçoadas
de exibir os contatos. Todos os oito módulos do Outlook possuem uma
interface de usuário criada para ajudá-lo a encontrar rapidamente o que
você está procurando, na forma como você gosta de ver essa informação.
Painel de Leitura. O Painel de Leitura é o local ideal para ler emails,
sem a necessidade de abrir uma janela separada para cada mensagem.
Como um pedaço de papel, o Painel de Leitura é posicionado verticalmen-
te. Esse layout é mais confortável e, em conjunto com a nova lista de
mensagens de várias linhas, significa que você pode ver quase o dobro do
conteúdo de um email em um monitor do mesmo tamanho, se comparado
com o Painel de Visualização das versões anteriores do Outlook.
Sinalizadores Rápidos. Se você precisar responder a um email, mas
não tiver tempo agora, clique no ícone do sinalizador ao lado da mensa-
gem para marcá-la com um Sinalizador Rápido. Os diversos sinalizadores Como criar uma conta de e-mail

Informática 14 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
Para adicionar uma conta de e-mail em seu Outlook faça o seguinte: criar um novo contato na pasta compartilhada ou compartilhar um contato
1. Entre em contato com seu provedor de serviços de Internet ou do existente, movendo um de seus contatos para a pasta Contatos comparti-
administrador da rede local e informe-se sobre o tipo de servidor lhados.
de e-mail usado para a entrada e para a saída dos e-mails. 1. Clique em Ferramentas/ Catálogo de Endereços.
2. Você precisará saber o tipo de servidor usado : POP3 (Post Office Seu catálogo de endereços irá se abrir. Se você não estiver visuali-
Protocol), IMAP (Internet Message Access Protocol) ou HTTP zando a pasta Contatos compartilhados à esquerda, clique em Exibir
(Hypertext Transfer Protocol). Precisa também saber o nome da de seu Catálogo de Endereços, clique em Pastas e grupos.
conta e a senha, o nome do servidor de e-mail de entrada e, para
POP3 e IMAP, o nome de um servidor de e-mail de saída, geral-
mente SMTP (Simple Mail Transfer Protocol)
Vamos à configuração:
3. No menu Ferramentas, clique em Contas.

Na lista de contatos, selecione o contato que deseja compartilhar.


Arraste o contato para a pasta Contatos compartilhados ou para uma
de suas subpastas.
Salvar um rascunho
Para salvar um rascunho da mensagem para usar mais tarde, faça o
seguinte:
1. Com sua mensagem aberta, clique em Arquivo.
2. A seguir, clique em Salvar.
Você também pode clicar em Salvar como para salvar uma mensagem
de e-mail em outros arquivos de seu computador no formato de e-mail
(.eml), texto (.txt) ou HTML (.htm ou html).
Abrir anexos
Para ver um anexo de arquivo, faça o seguinte:
1. No painel de visualização, clique no ícone de clipe de papel no cabe-
çalho da mensagem e, em seguida, clique no nome do arquivo.
Ou apenas clique no símbolo de anexo

Logo a seguir visualizaremos o assistente de configuração do Outlook,


posteriormente clique no botão adicionar- Email.
Na parte superior da janela da mensagem, clique duas vezes no ícone
de anexo de arquivo no cabeçalho da mensagem.
(Quando uma mensagem tem um arquivo anexado, um ícone de clipe
de papel é exibido ao lado dela na lista de mensagens.)
Salvar anexos

Para salvar um anexo de arquivo de seu e-mail, faça o seguinte:


Clique em Email e o Assistente para conexão com a Internet irá se a- 1. Clique na mensagem que tem o arquivo que você quer salvar.
brir. Basta seguir as instruções para estabelecer uma conexão com um 2. No menu Arquivo, clique em Salvar anexos.
servidor de e-mail ou de notícias e ir preenchendo os campos de acordo
com seus dados.
Observação:
Cada usuário pode criar várias contas de e-mail, repetindo o procedi-
mento descrito acima para cada conta.
Compartilhar contatos
Uma nova janela se abre. Clique no(s) anexo(s) que você quer salvar.
Para compartilhar contatos você tiver outras identidades (outras pes-
soas) usando o mesmo Outlook Express, poderá fazer com que um conta- 4. Antes de clicar em Salvar, confira se o local indicado na caixa abaixo é
to fique disponível para outras identidades, colocando-o na pasta Contatos onde você quer salvar seus anexos. (Caso não seja, clique em "Procu-
compartilhados. Desta forma, as pessoas que estão em seu catálogo de rar" e escolha outra pasta ou arquivo.)
endereços "aparecerão" também para outras identidades de seu Outlook. 5. Clique em Salvar.
O catálogo de endereços contém automaticamente duas pastas de identi- Como redigir um e-mail
dades: a pasta Contatos da identidade principal e uma pasta que permite o
compartilhamento de contatos com outras identidades, a pasta Contatos
compartilhados. Nenhuma destas pastas pode ser excluída. Você pode

Informática 15 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
missor e o receptor. Exemplo:
Prezado Cliente
Agradecemos aquisição de nossos produtos.
Grato.
Podemos sintetizar assim:
1. Sempre colocar o assunto.
2. Indique o emissor e o destinatário no corpo da mensagem.
3. Coloque apenas uma saudação.
4. Escreva a mensagem com palavras claras e objetivas.
5. Coloque em destaque (negrito, sublinhado, ou itálico) os aspectos
A competitividade no mundo dos negócios obriga os profissionais a
principais do e-mail.
uma busca cada vez maior de um diferencial em sua qualificação. Sabe-se
da importância de uma boa comunicação em nossos dias. Quantos não 6. Digite o seu nome completo ou nome da empresa.
vivem às voltas com e-mails, atas, cartas e relatórios? 7. Abaixo digite o seu e-mail (no caso do destinatário querer responder
A arte de se comunicar com simplicidade é essencial para compor para você, ou guardar seu endereço).
qualquer texto. Incluímos aqui todas e quaisquer correspondências comer- 8. Envie a mensagem.
ciais, empresariais ou via Internet (correio eletrônico). Verificar novas mensagens
Uma correspondência tem como objetivo comunicar algo. Portanto, é Para saber se chegaram novas mensagens, faça o seguinte:
fundamental lembrar que a comunicação só será eficiente se transmitir ao
Com seu Outlook aberto, clique em Enviar/receber na barra de ferra-
destinatário as ideias de modo simples, claro, objetivo, sem deixar dúvidas
mentas.
quanto ao que estamos querendo dizer.
Os e-mail serão recebidos na caixa de entrada do Outlook, caso hou-
O e-mail é uma forma de comunicação escrita e, portanto, exige cui-
ver algum e-mail a ser enviado, o mesmo será enviado automaticamente.
dado. A maior diferença entre um e-mail e uma correspondência via cor-
reio tradicional está na forma de transmissão, sendo a primeira, indubita- Pastas Padrões
velmente, mais rápida e eficiente. As pastas padrões do Outlook não podem ser alteradas. Você poderá
Ao escrevermos um e-mail, sobretudo com finalidade comercial ou criar outras pastas, mas não deve mexer nas seguintes pastas:
empresarial, devemos observar alguns pontos: 1. Caixa de Entrada: local padrão para onde vão as mensagens que
1. A forma como você escreve e endereça o e-mail permite que o des- chegam ao seu Outlook. (Você pode criar pastas e regras para mudar
tinatário interprete seu interesse e o quanto ele é importante para você. o lugar para o qual suas mensagens devam ser encaminhadas.).
O bom senso deve sempre prevalecer de acordo com o tipo de men- 2. Caixa de Saída: aqui ficam os e-mails que você já escreveu e que vai
sagem a ser transmitida. A natureza do assunto e a quem se destina o e- mandar para o(s) destinatário(s).
mail determinam se a mensagem será informal ou mais formal. Em qual- 3. Itens Enviados: nesta pasta ficam guardados os e-mails que você já
quer um dos casos, os textos devem ser curtos, bastante claros, objetivos. mandou.
O alinhamento à esquerda facilita a leitura. 4. Itens Excluídos: aqui ficam as mensagens que você já excluiu de
2. Quando vamos enviar um e-mail em nome de uma empresa ou or- outra(s) pasta(s), mas continuam em seu Outlook.
ganização, é conveniente deixar em destaque que se trata de uma comu- 5. Rascunhos: as mensagens que você está escrevendo podem ficar
nicação institucional, o que não se faz necessário na correspondência guardadas aqui enquanto você não as acaba de compor definitiva-
tradicional, uma vez que esse aspecto é evidenciado pelo timbre, nome ou mente. Veja como salvar uma mensagem na pasta Rascunhos.
marca já impresso no papel. Criar novas pastas
No caso dos e-mails, temos apenas os campos Para ou To e, para Para organizar seu Outlook, você pode criar ou adicionar quantas pas-
enviarmos com uma cópia para outra pessoa, preenchemos o campo CC tas quiser.
(Cópia Carbono). 1. No menu Arquivo, clique em Pasta.
Convém ressaltar que existe um outro campo que pode utilizado para 2. Clique em Nova.
enviarmos uma cópia para outra pessoa, de modo que não seja exibido o
endereço em questão: é o campo CCO (Cópia Carbono Oculta). 3. Uma nova janela se abrirá.
Às vezes, recebemos um e-mail com uma lista enorme de destinatá- Na caixa de texto Nome da pasta, digite o nome que deseja dar à pas-
rios, o que não é nada recomendável. Se quisermos enviar uma mesma ta e, em seguida, selecione o local para a nova pasta.
mensagem para um grande Lembre-se de que o Outlook Express vai criar sua pasta nova dentro
Veja o exemplo: daquela que estiver selecionada no momento. Se você selecionar, por
exemplo, "Caixa de Entrada" e solicitar uma nova pasta, esta será posicio-
Posteriormente basta clicar no botão enviar nada dentro da Caixa de Entrada.

Para grupos de endereços, é preferível colocarmos todos eles no


campo CCO e apenas um endereço no campo Para. Estaremos fazendo
um favor a quem recebe, além de não estarmos divulgando o endereço de
outras pessoas desnecessariamente.
3. É importante indicar no campo Assunto qual é o tema a ser tratado.
Uma indicação clara nessa linha ajuda na recepção da mensagem. Lem-
bre-se de que seu destinatário pode receber muitas mensagens e não
presuma que ele seja um adivinho. Colocar, por exemplo, apenas a pala-
vra “informações” no campo assunto, não ajuda em nada. Especifique Se o que você quer é uma nova pasta, independente das que você já
claramente o conteúdo. Por exemplo: Informações sobre novo curso. criou, selecione sempre o item Pastas Locais
4. No espaço reservado à mensagem, especifique logo no início o e- Dê um nome e selecione o local onde quer que fique esta nova pasta

Informática 16 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
que você acabou de criar. É um protocolo cliente-servidor de comunicações usado para permitir
a comunicação entre computadores ligados numa rede (exemplo: Conec-
tar-se da sua casa ao computador da sua empresa), baseado em TCP.
ORGANIZAÇÃO DE INFORMAÇÕES PARA USO NA INTERNET, A-
CESSO Á DISTÂNCIA A COMPUTADORES, TRANSFERÊNCIA DE Antes de existirem os chats em IRC o telnet já permitia este género de
INFORMAÇÕES E ARQUIVOS, APLICATIVOS DE ÁUDIO, VÍDEO, funções.
MULTIMÍDIA, USO DA INTERNET NA EDUCAÇÃO. O protocolo Telnet também permite obter um acesso remoto a um
computador.
Ingresso, por meio de uma rede de comunicação, aos dados de um
computador fisicamente distante da máquina do usuário. Este protocolo vem sendo gradualmente substituído pelo SSH, cujo
conteúdo é encriptado antes de ser enviado. O uso do protocolo telnet tem
TIPOS DE ACESSO A DISTÂNCIA
sido desaconselhado, à medida que os administradores de sistemas vão
Redes VPN de acesso remoto tendo maiores preocupações de segurança, uma vez que todas as comu-
Um dos tipos de VPN é a rede de acesso remoto, também chamada nicações entre o cliente e o servidor podem ser vistas, já que são em texto
rede discada privada virtual (VPDN). É uma conexão usuário-LAN utilizada plano, incluindo a senha.
por empresas cujos funcionários precisam se conectar a uma rede privada SSH
de vários lugares distantes. Normalmente, uma empresa que precisa
Em informática, o Secure Shell ou SSH é, simultaneamente, um pro-
instalar uma grande rede VPN de acesso remoto terceiriza o processo
grama de computador e um protocolo de rede que permite a conexão com
para um provedor de serviços corporativo (ESP). O ESP instala um servi-
outro computador na rede, de forma a executar comandos de uma unidade
dor de acesso à rede (NAS) e provê os usuários remotos com um progra-
remota. Possui as mesmas funcionalidades do TELNET, com a vantagem
ma cliente para seus computadores. Os trabalhadores que executam suas
da conexão entre o cliente e o servidor ser criptografada.
funções remotamente podem discar para um 0800 para ter acesso ao NAS
e usar seu software cliente de VPN para alcançar os dados da rede corpo- Uma de suas mais utilizadas aplicações é o chamado Tunnelling, que
rativa. oferece a capacidade de redirecionar pacotes de dados. Por exemplo, se
alguém se encontra dentro de uma instituição cuja conexão à Internet é
Grandes empresas com centenas de vendedores em campo são bons
protegida por um firewall que bloqueia determinadas portas de conexão,
exemplos de firmas que necessitam do acesso remoto via VPN. O acesso
não será possível, por exemplo, acessar e-mails via POP3, o qual utiliza a
remoto via VPNs permite conexões seguras e criptografadas entre redes
porta 110, nem enviá-los via SMTP, pela porta 25. As duas portas essen-
privadas de empresas e usuários remotos por meio do serviço de provedor
ciais são a 80 para HTTP e a 443 para HTTPS. Não há necessidade do
terceirizado.
administrador da rede deixar várias portas abertas, uma vez que conexões
indesejadas e que comprometam a segurança da instituição possam ser
estabelecidas pelas mesmas.
Contudo, isso compromete a dinamicidade de aplicações na Internet.
Um funcionário ou aluno que queira acessar painéis de controle de sites,
arquivos via FTP ou amigos via mensageiros instantâneos não terá a
capacidade de fazê-lo, uma vez que suas respectivas portas estão blo-
queadas.
Para quebrar essa imposição rígida (mas necessária), o SSH oferece
o recurso do Túnel. O processo se caracteriza por duas máquinas ligadas
ao mesmo servidor SSH, que faz apenas o redirecionamento das requisi-
ções do computador que está sob firewall. O usuário envia para o servidor
um pedido de acesso ao servidor pop.xxxxxxxx.com pela porta 443
(HTTPS), por exemplo. Então, o servidor acessa o computador remoto e
requisita a ele o acesso ao protocolo, retornando um conjunto de pacotes
referentes à aquisição. O servidor codifica a informação e a retorna ao
usuário via porta 443. Sendo assim, o usuário tem acesso a toda a infor-
O que uma VPN faz? mação que necessita. Tal prática não é ilegal caso o fluxo de conteúdo
Bem planejada, uma VPN pode trazer muitos benefícios para a em- esteja de acordo com as normas da instituição.
presa. Por exemplo, ela pode: O SSH faz parte da suíte de protocolos TCP/IP que torna segura a
• ampliar a área de conectividade administração remota.
• aumentar a segurança FTP (File Transfer Protocol)
• reduzir custos operacionais (em relação a uma rede WAN) Significado: Protocolo usado para a transferência de arquivos. Sem-
• reduzir tempo de locomoção e custo de transporte dos usuários pre que você transporta um programa de um computador na Internet para
remotos o seu, você está utilizando este protocolo. Muitos programas de navega-
ção, como o Netscape e o Explorer, permitem que você faça FTP direta-
• aumentar a produtividade mente deles, em precisar de um outro programa.
• simplificar a topologia da rede FTP - File Transfer Protocol. Esse é o protocolo usado na Internet pa-
• proporcionar melhores oportunidades de relacionamentos globais ra transferência de arquivos entre dois computadores (cliente e servidor)
• prover suporte ao usuário remoto externo conectados à Internet.
• prover compatibilidade de rede de dados de banda larga. FTP server - Servidor de FTP. Computador que tem arquivos de
software acessiveis atraves de programas que usem o protocolo de
• Prover retorno de investimento mais rápido do que a tradicional WAN transferencia de ficheiros, FTP.
Que recursos são necessários para um bom projeto de rede VPN? Você pode encontrar uma variedade incrível de programas disponíveis
Ele deve incorporar: na Internet, via FTP. Existem softwares gratuitos, shareware (o shareware
• segurança pode ser testado gratuitamente e registrado mediante uma pequena taxa)
• confiabilidade e pagos que você pode transportar para o seu computador.
• escalabilidade Grandes empresas como a Microsoft também distribuem alguns pro-
gramas gratuitamente por FTP.
• gerência da rede
APLICATIVOS DE ÁUDIO, VÍDEO E MULTIMÍDIA
• gerência de diretrizes
Mas o que vem a ser multimídia?
Telnet
O termo nasce da junção de duas palavras:“multi” que significa vários,

Informática 17 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
diversos, e “mídia”, que vem do latim “media”, e significa meios, formas, res. Dessa forma, um minuto de som no padrão wav que, como você já
maneiras. Os americanos atribuíram significado moderno ao termo, graças sabe, ocuparia cerca de 10 MB, no padrão mp3 ocuparia apenas 1 MB
ao seu maciço poder de cultura, comércio e finanças sobre o mundo, sem perdas significativas de qualidade sonora.
difundidos pelas agências de propaganda comerciais. Daí nasceu a ex- O padrão mp3, assim como o jpeg utilizado para gravações de ima-
pressão: meios de comunicação de massa (mass media). O uso do termo gens digitalizadas: Uso da impressora e tratamento de imagens), trabalha
multimídia nos meios de comunicação corresponde ao uso de meios de com significância das perdas de qualidade sonora (ou gráfica no caso das
expressão de tipos diversos em obras de teatro, vídeo, música, performan- imagens). Isso significa que você pode perder o mínimo possível ou ir
ces etc. Em informática significa a técnica para apresentação de informa- aumentando a perda até um ponto que se considere aceitável em termos
ções que utiliza, simultaneamente, diversos meios de comunicação, mes- de qualidade e de tamanho de arquivo.
clando texto, som, imagens fixas e animadas.
O vídeo, entre todas as mídias possíveis de ser rodadas no computa-
Sem os recursos de multimídia no computador não poderíamos apre- dor, é, provavelmente, o que mais chama a atenção dos usuários, pois lida
ciar os cartões virtuais animados, as enciclopédias multimídia, as notícias ao mesmo tempo com informações sonoras, visuais e às vezes textuais.
veiculadas a partir de vídeos, os programas de rádio, os jogos e uma Em compensação, é a mídia mais demorada para ser carregada e visuali-
infinidade de atrações que o mundo da informática e Internet nos oferece. zada. Existem diferentes formatos de vídeos na web. Entre os padrões
Com os recursos de multimídia, uma mesma informação pode ser mais comuns estão o avi, mov e mpeg.
transmitida de várias maneiras, utilizando diferentes recursos, na maioria O avi (Audio Video Interleave) é um formato padrão do Windows, que
das vezes conjugados, proporcionando-nos uma experiência enriquecedo- intercala, como seu nome sugere, trechos de áudio juntamente com qua-
ra. dros de vídeo no inflacionado formato bmp para gráficos. Devido à exten-
Quando usamos um computador os sentidos da visão e da audição são do seu tamanho e outros problemas como o sincronismo de qualidade
estão sempre em ação. Vejamos: toda vez que um usuário liga seu micro- duvidosa entre áudio e vídeo, o AVI é um dos formatos de vídeo menos
computador com sistema operacional Windows, placa de som e aplicativos populares na web. Já o formato mpeg (Moving Pictures Expert Group) é
devidamente instalados, é possível ouvir uma melodia característica, com bem mais compacto e não apresenta os problemas de sincronismo comu-
variações para as diferentes versões do Windows ou de pacotes especiais mente observados no seu concorrente avi. O formato mpeg pode apresen-
de temas que tenham sido instalados. Esse recurso multimídia é uma tar vídeos de alta qualidade com uma taxa de apresentação de até 30
mensagem do programa, informando que ele está funcionando correta- quadros por segundo, o mesmo dos televisores.
mente. O formato mov, mais conhecido como QuickTime, foi criado pela Ap-
A música de abertura e a exposição na tela do carregamento da área ple e permite a produção de vídeos de boa qualidade, porém com taxas de
de trabalho significam que o micro está pronto para funcionar. Da mesma compressão não tão altas como o formato mpeg. Enquanto o mpeg chega
forma, operam os ruídos: um alerta soado quando um programa está a taxas de 200:1, o formato QuickTime chega à taxa média de 50:1. Para
tentando se instalar, um sinal sonoro associado a um questionamento mostrar vídeos em QuickTime, em computadores com Windows, é neces-
quando vamos apagar um arquivo, um aviso de erro etc. e alguns símbo- sário fazer o download do QuickTime for Windows. O Windows Media
los com pontos de exclamação dentro de um triângulo amarelo, por exem- Player e o Real Áudio são bastante utilizados na rede. Tanto um como o
plo, representam situações em que devemos ficar atentos. outro tocam e rodam a maioria dos formatos mais comuns de som e ima-
Portanto, a mídia sonora no micro serve para que o sistema operacio- gem digitais como wav, mp3 e midi e os vídeos mpeg e avi. Ambos os
nal e seus programas interajam com os usuários. Além disso, ela tem players suportam arquivos transmitidos no modo streaming gerados para
outras utilidades: permite que ouçamos música, enquanto lemos textos ou rodar neles.
assistimos vídeos; que possamos ouvir trechos de discursos e pronuncia-
mentos de políticos atuais ou do passado; que falemos e ouçamos nossos CONCEITOS DE EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA
contatos pela rede e uma infinidade de outras situações.
Muitas são as definições possíveis e apresentadas, mas há um con-
A evolução tecnológica dos equipamentos e aplicativos de informática
senso mínimo em torno da ideia de que educação a distância é a modali-
tem nos proporcionado perfeitas audições e gravações digitais de nossa
dade de educação em que as atividades de ensino-aprendizagem são
voz e outros sons.
desenvolvidas majoritariamente (e em bom número de casos exclusiva-
Os diferentes sons que ouvimos nas mídias eletrônicas são gravados mente) sem que alunos e professores estejam presentes no mesmo lugar
digitalmente a partir de padrões sonoros. No mundo digital, três padrões à mesma hora.
com finalidades distintas se impuseram: wav, midi e mp3.
Como funciona
O padrão wav apresenta vantagens e desvantagens. A principal van-
O conceito de educação a distância utiliza os mais diversos meios de
tagem é que ele é o formato de som padrão do Windows, o sistema opera-
comunicação, isolados ou combinados como, por exemplo: material im-
cional mais utilizado nos computadores do mundo. Dessa forma, na maio-
presso distribuído pelo correio, transmissão de rádio ou TV, fitas de áudio
ria dos computadores é possível ouvir arquivos wav, sem necessidade de
ou de vídeo, redes de computadores, sistemas de teleconferência ou
se instalar nenhum programa adicional. A qualidade sonora desse padrão
videoconferência, telefone.
também é muito boa. Sua desvantagem é o tamanho dos arquivos. Cada
minuto de som, convertido para formato wav, que simule qualidade de CD, Regulamentação da Educação a Distância
usa aproximadamente 10 Mb de área armazenada. Além da Constituição, a Lei de Diretrizes e Bases da Educação bem
O padrão midi surgiu com a possibilidade de se utilizar o computador como portarias, resoluções e normas do Ministério da Educação e das
para atividades musicais instrumentais. O computador passou a ser usado Secretarias Estaduais de Educação compõem a legislação brasileira sobre
como ferramenta de armazenamento de melodias. Definiu-se um padrão educação a distância.
de comunicação entre o computador e os diversos instrumentos (princi- Quais são os cursos de graduação reconhecidos pelo MEC e em
palmente teclados e órgãos eletrônicos), que recebeu o nome de “interface que instituições, como esses cursos funcionam.
midi”, que depois passou a ser armazenado diretamente em disco. Em 2004 foram catalogados 215 cursos de ensino a distância reco-
Esse padrão também apresenta vantagens e desvantagens. Sua prin- nhecidos pelo MEC, ministrados por 116 instituições espalhadas pelo país.
cipal vantagem junto aos demais é o tamanho dos arquivos. Um arquivo Cada instituição tem sua metodologia e seu esquema de trabalho, por isso
midi pode ter apenas alguns Kbs e conter toda uma peça de Chopin ao cabe à instituição fornecer informações sobre o funcionamento de seu
piano. A principal desvantagem é a vinculação da qualidade do áudio ao cursos.
equipamento que o reproduz. Como saber se um curso feito a distância em uma universidade es-
trangeira terá validade no Brasil?
Ultimamente, a estrela da mídia sonora em computadores é o padrão Todo o diploma de instituições estrangeiras deve ser validado por ins-
mp3. Este padrão corresponde à terceira geração dos algoritmos Mpeg, tituição nacional, conveniada com o MEC, que ofereça o mesmo curso,
especializados em som, que permite ter sons digitalizados quase tão bons para poder ser reconhecido pelo MEC.
quanto podem ser os do padrão wav e, ainda assim, serem até 90% meno- Orientação para escolha de curso a distância:

Informática 18 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
- colha impressões de alunos atuais e ex-alunos do curso; caso você através deste endereço, os arquivos poderão ser compartilhados.
não tenha contato com nenhum, solicite aos responsáveis indicações Gerenciamento de Pop-ups e Cookies
de nomes e contato;
Este artigo descreve como configurar o Bloqueador de pop-ups em um
- verifique a instituição responsável, sua idoneidade e reputação, bem computador executando o Windows . O Bloqueador de pop-ups é um novo
como dos coordenadores e professores do curso; recurso no Internet Explorer. Esse recurso impede que a maioria das
- confira ou solicite informações sobre a estrutura de apoio oferecida janelas pop-up indesejadas apareçam. Ele está ativado por padrão. Quan-
aos alunos (suporte técnico, apoio pedagógico, orientação acadêmica, do o Bloqueador de Pop-ups é ativado, as janelas pop-up automáticas e
etc); de plano de fundo são bloqueadas, mas aquelas abertas por um usuário
- verifique se você atende aos pré-requisitos exigidos pelo curso; ainda abrem normalmente.
- avalie o investimento e todos os custos, diretos e indiretos, nele envol- Como ativar o Bloqueador de pop-ups
vidos; O Bloqueador de pop-ups pode ser ativado das seguintes maneiras:
- para o caso de cursos que conferem titulação, solicite cópia ou refe- • Abrir o browser ou seja o navegador de internet.
rência do instrumento legal (credenciamento e autorização do MEC ou • No menu Ferramentas.
do Conselho Estadual de Educação) no qual se baseia sua regulari-
• A partir das Opções da Internet.
dade.
Perfil dos professores.
Além do exigido de qualquer docente, quer presencial quer a distân-
cia, e dependendo dos meios adotados e usados no curso, este professor
deve ser capaz de se comunicar bem através dos meios selecionados,
funcionando mais como um facilitador da aprendizagem, orientador aca- Observação O Bloqueador de pop-ups está ativado por padrão. Você
dêmico e dinamizador da interação coletiva (no caso de cursos que se precisará ativá-lo apenas se estiver desativado.
utilizem de meios que permitam tal interação).
Quais as vantagens e desvantagens Fazer abrir uma janela do tipo “pop up” sem identificação, solicitando
As principais vantagens estão ligadas às facilidades oferecidas pela dados confidenciais que são fornecidos pelo usuário por julgar que a
maior flexibilidade com relação a horários e lugares. As principais desvan- janela “pop up” enviará os dados ao domínio da instituição segura, quando
tagens estão relacionadas aos custos de desenvolvimento, que podem ser na verdade ela foi aberta a partir de código gerado por terceiros.
relativamente elevados, como por exemplo instação de programas, aceso A partir da versão 7 do IE isso já não mais pode ocorrer já que toda
a banda larga, e compra de equipamentos, câmeras digitais, computador janela, “pop up” ou não, apresenta obrigatoriamente uma barra de endere-
etc. ços onde consta o domínio a partir de onde foi gerada (Veja na Figura a
O aluno vai estudando o material didático e tem à disposição tutores a barra de endereços na janela “pop up”).
distância de cada disciplina que ele pode acessar por telefone, fax, correio, Como desativar a ferramanta anti- popup no Windows XP
e-mail, etc. 1. Clique em Iniciar, aponte para Todos os programas e clique em In-
Embora o estudante conte com a facilidade de organizar os estudos ternet Explorer.
da maneira que achar mais conveniente, ele deverá comparecer á institui- 2. No menu Ferramentas, aponte para - Desligarr bloqueador de
ção de ensino para fazer as avaliações de cada disciplina, conforme prevê janelas pop-up
o decreto que regulamenta a EAD.
COOKIES
De acordo com o secretário de Educação a Distância do Ministério da
Um cookie é um arquivo de texto muito pequeno, armazenado em sua
Educação, Ronaldo Mota, o estudante terá de fazer, obrigatoriamente,
maquina (com a sua permissão) por um Servidor de páginas Web. Há dois
uma prova presencial. "O aluno pode ter avaliações a distância. No entan-
tipos de cookie: um é armazenado permanentemente no disco rígido e o
to, mais de 50% do peso da nota final tem de ser de uma avaliação pre-
outro é armazenado temporariamente na memória. Os web sites geralmen-
sencial."
te utilizam este último, chamado cookie de sessão e ele é armazenado
apenas enquanto você estiver o usando. Não há perigo de um cookie ser
CONCEITOS DE PROTEÇÃO E SEGURANÇA. executado como código ou transmitir vírus, ele é exclusivamente seu e só
pode ser lido pelo servidor que o forneceu.
Tipos de programas disponíveis na Internet
Pelos procedimentos abaixo, você pode configurar seu browser para
• Shareware: É distribuído livremente, você pode copiá-lo para o seu aceitar todos os cookies ou para alertá-lo sempre que um deles lhe for
computador e testá-lo, mas deve pagar uma certa quantia estipulada oferecido. Então você poderá decidir se irá aceitá-lo ou não.
pelo autor do programa, se quiser ficar com ele. Normalmente custam
menos que os programas comerciais, pois o dinheiro vai direto para o Para que mais eles são utilizados?
desenvolvedor. Compras online e registro de acesso são os motivos correntes de utili-
zação. Quando você faz compras via Internet, cookies são utilizados para
• Demos: São versões demonstrativas que não possuem todas as criar uma memória temporária onde seus pedidos vão sendo registrados e
funções contidas no programa completo.
calculados. Se você tiver de desconectar do portal antes de terminar as
• Trials: Também são versões para testes, mas seu uso é restrito a um compras, seus pedidos ficarão guardados até que você retorne ao site ou
determinado período. Depois dessa data, deixam de funcionar. portal.
• Freeware: São programas gratuitos, que podem ser utilizados livre- Webmasters e desenvolvedores de portais costumam utilizar os coo-
mente. O autor continua detendo os direitos sobre o programa, embo- kies para coleta de informações. Eles podem dizer ao webmaster quantas
ra não receba nada por isso. visitas o seu portal recebeu, qual a frequência com que os usuários retor-
nam, que páginas eles visitam e de que eles gostam. Essas informações
• Addware: O usuário usa o programa gratuitamente, mas fica rece-
ajudam a gerar páginas mais eficientes, que se adaptem melhor as prefe-
bendo propaganda.
rências dos visitantes. Sua privacidade e segurança é mantida na utiliza-
UPLOAD ção de cookies temporários.
Como já verificamos anteriormente é a transferência de arquivos de Como configurar os cookies em seu computador
um cliente para um servidor. Caso ambos estejam em rede, pode-se usar
1. Escolha Ferramentas e, em seguida,
um servidor de FTP, HTTP ou qualquer outro protocolo que permita a
transferência. Ou seja caso tenha algum arquivo, por exemplo fotos ou 2. Opções da Internet
musicas, e gostaria de disponibilizar estes arquivos para outros usuários 3. Clique na guia Segurança
na Internet, basta enviar os arquivos para um provedor ou servidor, e 4. Selecione a área Internet ou Intranet, a depender da sua forma de
posteriormente disponibilizar o endereço do arquivo para os usuários, acesso

Informática 19 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
5. Clique no botão "Nível personalizado" intervém numa transação autêntica já estabelecida;
6. Ativar a opção "Permitir Cookies por sessão" • Defesa contra a “indisponibilização forçada”;
Spam Estes são alguns dos muitos motivos que nos trazem a preocupação
Spam é o termo usado para se referir aos e-mails não solicitados, que com a segurança, assim tornando-os o objetivo de uma luta intensa para
geralmente são enviados para um grande número de pessoas. Quando o se ter a tão imaginada segurança da informação.
conteúdo é exclusivamente comercial, este tipo de mensagem também é Por que devo me preocupar com a segurança do meu computa-
referenciada como UCE (do inglês Unsolicited Commercial E-mail). dor?
Quais são os problemas que o spam pode causar para um usuário da Computadores domésticos são utilizados para realizar inúmeras tare-
Internet? fas, tais como: transações financeiras, sejam elas bancárias ou mesmo
Os usuários do serviço de correio eletrônico podem ser afetados de compra de produtos e serviços; comunicação, por exemplo, através de e-
diversas formas. Alguns exemplos são: mails; armazenamento de dados, sejam eles pessoais ou comerciais, etc.
Não recebimento de e-mails. Boa parte dos provedores de Internet li- É importante que você se preocupe com a segurança de seu compu-
mita o tamanho da caixa postal do usuário no seu servidor. Caso o número tador, pois você, provavelmente, não gostaria que:
de spams recebidos seja muito grande o usuário corre o risco de ter sua • suas senhas e números de cartões de crédito fossem furtados e
caixa postal lotada com mensagens não solicitadas. Se isto ocorrer, o utilizados por terceiros;
usuário não conseguirá mais receber e-mails e, até que possa liberar
espaço em sua caixa postal, todas as mensagens recebidas serão devol- • sua conta de acesso a Internet fosse utilizada por alguém não autori-
vidas ao remetente. O usuário também pode deixar de receber e-mails em zado;
casos onde estejam sendo utilizadas regras anti-spam ineficientes, por • seus dados pessoais, ou até mesmo comerciais, fossem alterados,
exemplo, classificando como spam mensagens legítimas. destruídos ou visualizados por terceiros;
Gasto desnecessário de tempo. Para cada spam recebido, o usuário • seu computador deixasse de funcionar, por ter sido comprometido e
necessita gastar um determinado tempo para ler, identificar o e-mail como arquivos essenciais do sistema terem sido apagados, etc
spam e removê-lo da caixa postal.
Engenharia Social
Aumento de custos. Independentemente do tipo de acesso a Internet
Nos ataques de engenharia social, normalmente, o atacante se faz
utilizado, quem paga a conta pelo envio do spam é quem o recebe. Por
passar por outra pessoa e utiliza meios, como uma ligação telefônica ou e-
exemplo, para um usuário que utiliza acesso discado a Internet, cada
mail, para persuadir o usuário a fornecer informações ou realizar determi-
spam representa alguns segundos a mais de ligação que ele estará pa-
nadas ações. Exemplos destas ações são: executar um programa, acessar
gando.
uma página falsa de comércio eletrônico ou Internet Banking através de
Perda de produtividade. Para quem utiliza o e-mail como uma ferra- um link em um e-mail ou em uma página, etc.
menta de trabalho, o recebimento de spams aumenta o tempo dedicado à
Como me protejo deste tipo de abordagem?
tarefa de leitura de e-mails, além de existir a chance de mensagens impor-
tantes não serem lidas, serem lidas com atraso ou apagadas por engano. Em casos de engenharia social o bom senso é essencial. Fique atento
para qualquer abordagem, seja via telefone, seja através de um e-mail,
Conteúdo impróprio ou ofensivo. Como a maior parte dos spams são
onde uma pessoa (em muitos casos falando em nome de uma instituição)
enviados para conjuntos aleatórios de endereços de e-mail, é bem prová-
solicita informações (principalmente confidenciais) a seu respeito.
vel que o usuário receba mensagens com conteúdo que julgue impróprio
ou ofensivo. Procure não fornecer muita informação e não forneça, sob hipótese
alguma, informações sensíveis, como senhas ou números de cartões de
Prejuízos financeiros causados por fraude. O spam tem sido ampla-
crédito.
mente utilizado como veículo para disseminar esquemas fraudulentos, que
tentam induzir o usuário a acessar páginas clonadas de instituições finan- Nestes casos e nos casos em que receber mensagens, procurando
ceiras ou a instalar programas maliciosos projetados para furtar dados lhe induzir a executar programas ou clicar em um link contido em um e-
pessoais e financeiros. Este tipo de spam é conhecido como phi- mail ou página Web, é extremamente importante que você, antes de
shing/scam (Fraudes na Internet). O usuário pode sofrer grandes prejuízos realizar qualquer ação, procure identificar e entrar em contato com a
financeiros, caso forneça as informações ou execute as instruções solicita- instituição envolvida, para certificar-se sobre o caso.
das neste tipo de mensagem fraudulenta. Mensagens que contêm links para programas maliciosos
Como fazer para filtrar os e-mails de modo a barrar o recebimento Você recebe uma mensagem por e-mail ou via serviço de troca instan-
de spams tânea de mensagens, onde o texto procura atrair sua atenção, seja por
Existem basicamente dois tipos de software que podem ser utilizados curiosidade, por caridade, pela possibilidade de obter alguma vantagem
para barrar spams: aqueles que são colocados nos servidores, e que (normalmente financeira), entre outras. O texto da mensagem também
filtram os e-mails antes que cheguem até o usuário, e aqueles que são pode indicar que a não execução dos procedimentos descritos acarretarão
instalados nos computadores dos usuários, que filtram os e-mails com consequências mais sérias, como, por exemplo, a inclusão do seu nome
base em regras individuais de cada usuário. no SPC/SERASA, o cancelamento de um cadastro, da sua conta bancária
ou do seu cartão de crédito, etc. A mensagem, então, procura induzí-lo a
Conceitos de segurança e proteção
clicar em um link, para baixar e abrir/executar um arquivo.
Importância da Preocupação com a Segurança.
Risco: ao clicar no link, será apresentada uma janela, solicitando que
Apesar de muitas pessoas não se preocuparem com a segurança você salve o arquivo. Depois de salvo, se você abrí-lo ou executá-lo, será
de seu computador, há também grandes empresas e comércio que instalado um programa malicioso (malware) em seu computador, por
não se preocupam com a segurança do usuário como, por exemplo, exemplo, um cavalo de tróia ou outro tipo de spyware, projetado para furtar
em uma compra on-line, transações de Internet banking e outros. Mas seus dados pessoais e financeiros, como senhas bancárias ou números de
porquê se preocupar com a segurança da informação? A resposta é cartões de crédito2. Caso o seu programa leitor de e-mails esteja configu-
simples, sendo itens básicos como: rado para exibir mensagens em HTML, a janela solicitando que você salve
• Garantia de identidade dos sistemas participantes de uma transação; o arquivo poderá aparecer automaticamente, sem que você clique no link.
• Garantia de confidencialidade; Ainda existe a possibilidade do arquivo/programa malicioso ser baixa-
do e executado no computador automaticamente, ou seja, sem a sua
• Garantia de integridade dos dados; intervenção, caso seu programa leitor de e-mails possua vulnerabilidades.
• Garantia de unicidade da transação(única), impedindo sua replicação Esse tipo de programa malicioso pode utilizar diversas formas para
indevida; furtar dados de um usuário, dentre elas: capturar teclas digitadas no tecla-
• Garantia de autoria da transação; do; capturar a posição do cursor e a tela ou regiões da tela, no momento
em que o mouse é clicado; sobrepor a janela do browser do usuário com
• Defesa contra “carona”, ou seja, o processo em que um terceiro uma janela falsa, onde os dados serão inseridos; ou espionar o teclado do

Informática 20 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
usuário através da Webcam (caso o usuário a possua e ela esteja aponta- barra de tarefas mais larga e que agora mostra ícones dos programas
da para o teclado). como atalhos, um novo Menu Iniciar que expande lateralmente mostrando
Como identificar: seguem algumas dicas para identificar este tipo de os arquivos que já foram abertos pelo programa, um sistema de "network"
mensagem fraudulenta: chamada de "HomeGroup", e aumento na performance ao abrir programas
e ao inicializar o Windows e uma nova tela de boot. Algumas aplicações
• leia atentamente a mensagem. Normalmente, ela conterá diversos que foram incluídas em lançamentos anteriores do Windows, como o
erros gramaticais e de ortografia; Calendário do Windows, Windows Mail, Windows Movie Maker e Windows
• os fraudadores utilizam técnicas para ofuscar o real link para o arquivo Photo Gallery não serão incluÍdos no Windows 7 - estes são oferecidos
malicioso, apresentando o que parece ser um link relacionado à insti- separadamente como parte gratuita do Windows Essentials, pa-
tuição mencionada na mensagem. Ao passar o cursor do mouse sobre ra download gratuito. Em 2012, o Windows 7 alcançou 49,47% dos usuá-
o link, será possível ver o real endereço do arquivo malicioso na barra rios mundiais, continuando como o sistema operacional mais usado do
de status do programa leitor de e-mails, ou browser, caso esteja atua- mundo, ultrapassando o Windows XP.
lizado e não possua vulnerabilidades. Normalmente, este link será di-
ferente do apresentado na mensagem; qualquer extensão pode ser Recursos adicionados e melhorias
utilizada nos nomes dos arquivos maliciosos, mas fique particularmen- Steve Ballmer declarou que "O Windows Vista é bom, mas ele será
te atento aos arquivos com extensões ".exe", ".zip" e ".scr", pois estas muito melhor" em resposta à pergunta sobre a proximidade que ele teria
são as mais utilizadas. Outras extensões frequentemente utilizadas com o sistema operacional, Windows Vista. O Windows 7 possui os se-
por fraudadores são ".com", ".rar" e ".dll"; fique atento às mensagens guintes recursos:
que solicitam a instalação/execução de qualquer tipo de arqui-
vo/programa; acesse a página da instituição que supostamente envi-  interface gráfica aprimorada, com nova barra de tarefas e su-
ou a mensagem, e procure por informações relacionadas com a men- porte para telas touch screen e multi-táctil (multi-touch);
sagem que você recebeu. Em muitos casos, você vai observar que  Internet Explorer 8 (atualização para Internet Explorer 9 já dis-
não é política da instituição enviar e-mails para usuários da Internet, ponível via Windows Update);
de forma indiscriminada, principalmente contendo arquivos anexados.  novo menu Iniciar;
Recomendações:  nova barra de ferramentas totalmente reformulada;
No caso de mensagem recebida por e-mail, o remetente nunca deve
 comando de voz (inglês);
ser utilizado como parâmetro para atestar a veracidade de uma mensa-  leitura nativa de Blu-Ray e HD DVD;
gem, pois pode ser facilmente forjado pelos fraudadores; se você ainda  gadgets sobre o desktop, independentes da Sidebar;
tiver alguma dúvida e acreditar que a mensagem pode ser verdadeira,  novos papéis de parede, ícones, temas etc.;
entre em contato com a instituição para certificar-se sobre o caso, antes de  conceito de bibliotecas (libraries), como no Windows Media Pla-
enviar qualquer dado, principalmente informações sensíveis, como senhas yer, integrado ao Windows Explorer;
e números de cartões de crédito.  arquitetura modular, como no Windows Server 2008;
Como verificar se a conexão é segura  faixas (ribbons) nos programas incluídos com o Windows (Pa-
int e WordPad, por exemplo), como no Microsoft Office 2010;
Existem pelo menos dois itens que podem ser visualizados na janela
 aceleradores no Internet Explorer 8 (também no Internet Explo-
do seu browser, e que significam que as informações transmitidas entre o
rer 9);
browser e o site visitado estão sendo criptografadas.
 aperfeiçoamento no uso da placa de vídeo e memória RAM;
O primeiro pode ser visualizado no local onde o endereço do site é di-  UAC personalizável;
gitado. O endereço deve começar com https:// (diferente do http:// nas  Home Group
conexões normais), onde o s antes do sinal de dois-pontos indica que o  melhor desempenho;
endereço em questão é de um site com conexão segura e, portanto, os
 Windows Media Player 12;
dados serão criptografados antes de serem enviados. A figura abaixo
apresenta o primeiro item, indicando uma conexão segura, observado nos
 nova versão do Windows Media Center;
browsers Firefox e Internet Explorer, respectivamente.  gerenciador de credenciais;
 boot otimizado e suporte a boot de VHDs (HDs virtuais);
 instalação do sistema em VHDs;
 nova calculadora, com interface aprimorada e com mais fun-
ções;
 reedição de antigos jogos, como Espadas Internet, Gamão In-
ternet e Internet Damas;
Alguns browsers podem incluir outros sinais na barra de digitação do  ferramenta de captura, disponível para as versões: Home Pre-
endereço do site, que indicam que a conexão é segura. No Firefox, por mium, Professional, Ultimate e Enterprise;
exemplo, o local onde o endereço do site é digitado muda de cor, ficando  modo Windows XP;
amarelo, e apresenta um cadeado fechado do lado direito.  Aero Shake;
 Aero Peek;
WINDOWS 7  Aero Snap.
O Windows 7 é uma versão Microsoft Windows, uma série de siste- Recursos removidos
mas operativos produzidos pela Microsoft para uso em computadores
pessoais, incluindo computadores domésticos e empresariais, laptops Apesar do Windows 7 conter novos recursos, um número de capaci-
tablets e PC's de centros de mídia, entre outros. Windows 7 foi lançado dades e certos programas que faziam parte do Windows Vista não estão
para empresas no dia 22 de julho de 2009, e começou a ser vendido mais presentes ou mudaram, resultando na remoção de certas funcionali-
livremente para usuários comuns às 00:00 horas do dia 22 de outubro de dades. Segue-se uma lista de recursos que estavam presentes
2009, menos de 3 anos depois do lançamento de seu predeces- no Windows Vista mas foram removidas no Windows 7:
sor, Windows Vista. Pouco mais de três anos depois, o seu suces-
 muitas ferramentas da interface gráfica incluindo:
sor, Windows 8, foi lançado ás 00:00 de 26/10/2012 .
 o miniplayer do Windows Media Player foi substituído pelos botões
Diferente do Windows Vista, que introduziu um grande número de no- na miniatura da janela;
vas características, Windows 7 foi uma atualização mais modesta e focali-  fixar navegador de internet e cliente de e-mail padrão no menu Ini-
zada para ser mais eficiente, limpo e mais prático de usar, com a intenção ciar é na área de trabalho (programas podem ser fixados manualmente);
de torná-lo totalmente compatível com aplicações e hardwares com os  a marca d'água da versão Starter;
quais o Windows Vista já era compatível. Apresentações dadas pela  exibição do número de botões combinados na barra de tarefas;
companhia no começo de 2008 mostraram um "Shell" novo, com uma

Informática 21 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
 a capacidade de desligar a pré-visualização das janelas na barra do Windows XP, já que agora, programas incompatíveis com o Windows
de tarefas (somente no tema "Basic"); Vista e 7 até a Build 7100 (RC), já estarão funcionando perfeitamente
 advanced search builder UI; quando a ferramenta entrar em acção. Este recurso está presente nativa-
 a capacidade de desabilitar a propriedade "Sempre no topo" da mente a partir da versão RC do Windows 7 em inglês, e em versões como
barra de tarefas; em Português, deve ser baixada separadamente no site da Microsoft. Para
 não é mais possível ver as propriedades de várias pastas ao sele- poder executar o Modo Windows XP, a microsoft lançou uma atualização
cionar ambas; que retira o requisito de um processador com a tecnologia de virtualização.
 ao trocar o idioma seguindo os passos descritos no site da Micro- Edições
soft, o sistema, mesmo sendo original, é reconhecido como pirata, mesmo
que o usuário reinsira a chave original; O Windows 7, assim como o Windows Vista, tem disponível seis dife-
 o menu de contexto dos botões da barra de tarefas foi substituído rentes edições, porém apenas o Home Premium, Professional (Business) e
por Jump Lists, assim as opções Restaurar, Mover, Tamanho, Minimizar e Ultimate são vendidos na maioria dos países. As outras três edições
Maximizar foram movidas para o menu de contexto da respectiva miniatura Starter, Home Basic. O Enterprise é oferecido as empresas que se con-
da janela; centram em outros mercados, como mercados de empresas ou só pa-
 expandir a área de notificação horizontalmente (ícones aparecem ra países em desenvolvimento. Cada edição inclui recursos e limitações,
em uma nova mini-janela); sendo que só o Ultimate não tem limitações de uso. Com exceção
 alguns recursos do Windows Media Player: do Starter, que só está disponível na arquitetura x86 (32 bits), todas as
 editor de tags avançadas na lista de reprodução sendo agora so- outras edições são em arquitetura x86 (32 Bits) e x64 (64 Bits). Segundo a
mente na biblioteca; Microsoft, os recursos para todas as edições do Windows 7 serão armaze-
 não existe mais a opção "Abrir com..." ao selecionar vários objetos nados no computador, independentemente de qual edição em uso. Os
no Windows Explorer; usuários que desejam atualizar para uma edição do Windows 7 com mais
 recentemente adicionada Auto playlist; recursos, podem utilizar o Windows Anytime Upgrade para comprar a
atualização e desbloquear os recursos nessas edições.
 Windows Photo Gallery, Windows Movie Maker, Windows Ma-
il e Windows Calendar foram substituídos pelas suas respectivas contra- Windows 7 Starter
partes do Windows Live, com a perda de algumas funcionalidades;
 os filtros da web e relatório de atividades foram removidos da fer- O Windows 7 Starter Edition é a edição do Windows 7 que contém
ramenta de controle parental; essas funcionalidades foram substituídas menos características. O tema Windows Aero não está incluído nesta
pelo Windows Live Family Safety; edição, e ela não está na variante de 64 bits. O papel de parede e o estilo
 os protetores de tela Aurora, Windows Energy e Windows Logo visual (Windows 7 Basic) também não é modificável pelo usuário. Esta
edição está disponível pré-instalada em computadores, especialmen-
 Software Explorer do Windows Defender ;
te netbooks, através de integrantes de sistemas ou fabricantes de compu-
 gerenciador de mídias removíveis ; tadores.
 Windows Meeting Spac;
 InkBall; Windows 7 Home Basic
 o teclado numérico do Teclado Virtual; O Windows 7 Home Basic está disponível no Bra-
 Microsoft Agent 2.0 Technology; sil, China, Colômbia, Filipinas, Índia, México, Paquistão, Rússia, Tailândia
 Windows Sidebar (substituído por Desktop Gadget Gallery). e Turquia. Ela não está disponível nos países de Primeiro Mun-
 3 Gadgets do Windows Windows Sidebar. do incluindo Europa Ocidental e Central, América Anglo-
 A opção personalizar um atalho de um Game no Explorador de Saxônica, Austrália e Arábia Saudita. Algumas opções do Aerosão excluí-
Jogos. das juntamente com várias novas características. A Home Basic, junta-
 Muitos Bitmaps dos arquivos dll e shell do sistema sem uso. mente com outras edições vendidas em mercados emergentes, inclu-
 Bibliotecas sem uso no kernel do Windows. em restrição geográfica de ativação, que requer que os usuários ativem o
 Todos os Ultimate Extras incluindo o Dreamscene e o Tinker Windows dentro de certas regiões ou países.
WordPad e Paint Windows 7 Home Premium
O WordPad (programa padrão de edição de textos) e o Paint (progra- Esta edição contém características destinadas à segmentação de
ma padrão de edição de imagens) agora tem visual semelhante ao Micro- mercado doméstico, tal como Windows Media Center, Windows Aero e
soft Office 2007, com a interface Ribbon. controles de touch screen.
O WordPad agora abrem arquivos no formato DOCX (formato padrão Windows 7 Professional
do Office 2007 e posterior) e ODF (formato usado por muitos softwares
livres como o BROffice.org). Esta edição é destinada a usuários adeptos e de pequenas empresas.
Ela inclui todas as características do Windows 7 Home Premium e adiciona
Compatibilidade a capacidade de participar em um domínio do Windows Ser-
ver. Características adicionais incluem operações como um servidor
A Microsoft afirmou que o Windows 7 terá plena compatibilidade com
do serviço de terminal, Encrypting File System, modo de apresentação,
drivers e aplicações. Portanto, não se reproduzirão as incompatibilidades e
políticas de restrição de software (mas não com recursos extras de geren-
problemas que aconteceram ao se usarem programas que funcionavam
ciamento do AppLocker) e Modo Windows XP.
com perfeição no Windows XP e não funcionaram no Windows Vista.
Windows 7 Enterprise
Em 24 de Abril de 2009, a Microsoft revelou que o Windows 7 (ver-
sões Professional, Enterprise e Ultimate apenas) iria ter o Windows XP Esta edição se destina ao segmento corporativo do mercado e é ven-
"embutido", na forma de um modo virtual, similar ao ambiente Classic, do dida através do licenciamento por volume a empresas que têm um contrato
Mac OS X, disponível como download separado. do Software Assurance com a Microsoft. Características adicionais incluem
o suporte para pacotes da interfáce multilíngue de usuário
Modo Windows XP
(MUI), BitLocker e suporte a aplicativosUNIX. Não disponível no varejo ou
Conhecido também por XPM é a mais nova ferramenta do Windows 7. em canais OEM, esta edição é distribuída através do Microsoft Software
Consiste em virtualizar o Windows XP, não apenas em modo de compatibi- Assurance (SA). Como resultado ela inclui vários benefícios exclusivos do
lidade como nas outras versões do Windows, mas como num todo, como a Software Assurance, incluindo uma licença que permite a execução de
execução do código fonte em um Windows XP "de verdade". Este recurso, múltiplas máquinas virtuais, e a ativação via VLK.
promete resolver questões definitivamente como a incompatibilidade não
resolvida pelo recurso nativo do Windows Vista por exemplo, que apenas
emula parte do código do Windows XP, e também, o abandono definitivo

Informática 22 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
Windows 7 Ultimate • Alguns jogos e programas podem exigir uma placa de vídeo
O Windows 7 Ultimate contém todas as características do Windows 7 compatível com DirectX 10 ou superior para melhor desempenho
Enterprise, mas ao contrário da edição Enterprise, ela está disponível a • Para alguns recursos do Windows Media Center, um sintoni-
usuários domésticos em uma licença-base individual. . Usuários do Win- zador de TV e hardware adicional podem ser necessários
dows 7 Home Premium e do Windows 7 Professional podem atualizar para • O Windows Touch e Tablet PCs exigem hardware específico
o Windows 7 Ultimate por uma taxa usando o Windows Anytime Upgra- • O Grupo Doméstico exige uma rede e PCs com o Windows 7
de se desejarem. Ao contrário do Windows Vista Ultimate, a edição do • A autoração de DVD/CD requer uma unidade ótica compatível
Windows 7 Ultimate não inclui a característicaWindows Ultimate Extras ou • O BitLocker exige Trusted Platform Module (TPM) 1.2
nenhuma outra característica exclusiva como a Microsoft tinha afirmado
• O BitLocker To Go exige uma unidade flash USB
Edições N • O Modo Windows XP requer mais 1 GB de RAM e mais 15 GB
de espaço disponível no disco rígido.
As edições N do Windows 7 estão disponíveis para atualizações e no-
vas compras, para as edições Home Premium, Professional e Ultimate do • Música e sons requerem saída de áudio
Windows 7. As características nas edições N são as mesmas que suas
versões completas equivalentes bem como o mesmo preço, mas não A funcionalidade do produto e os gráficos podem variar com base na
incluem o Windows Media Player. O custo das edições N é o mesmo que configuração do seu sistema. Alguns recursos podem exigir hardware
das versões completas, como o Windows Media Player pode ser baixado avançado ou adicional.
da Microsoft sem custo para as edições N. Isto vem depois de uma ação
judicial em que a Microsoft foi processada por não permitir concorrência. PCs com processadores de vários núcleos:
Antes de o Internet Explorer ser iniciado, uma caixa de diálogo de escolha O Windows 7 foi projetado para trabalhar com os processadores mo-
de navegador é apresentada para perguntar ao usuário que navegador ele dernos com vários núcleos. Todas as versões de 32 bits
quer, porém, o Internet Explorer ainda está instalado. do Windows 7 têm suporte a até 32 núcleos de processador. As versões
de 64 bits tem suporte a até 256 núcleos de processador.
Compilações de licenciamento por volume
PCs com vários processadores (CPUs):
As compilações de licenciamento por volume trabalham com VLKs
Servidores comerciais, estações de trabalho e outros PCs de alto de-
(chaves de licenciamento por volume). As chaves de licenciamento por
sempenho podem ter mais de um processador físico. As edições Profes-
volume podem ser usadas para ativar múltiplas instalações do software
sional, Enterprise e Ultimate do Windows 7 aceitam dois processadores
sem nenhum mecanismo (tal como um mecanismo de ativação de produto)
físicos, proporcionando o melhor desempenho para esses computadores.
verificando o número total de instalações. A licença para o software aplica-
As edições Starter, Home Basic e Home Premium
rá restrições ao uso da chave. Tipicamente a licença limitará a chave a um
do Windows 7 reconhecem apenas um único processador físico.
número fixo de instalações que só devem estar dentro da organização e
também coloca o licenciado em uma obrigação de manter um número de
instalações, manter a chave confidencial e possivelmente mesmo requerer Sistema Operacional Microsoft Windows 7 Ultimate
que a organização se faça disponível para uma auditoria de licença de O Windows 7 Ultimate é a edição mais versátil e poderosa do
software para verificar que seu uso está dentro dos termos da licença. Windows 7. Ele combina uma facilidade de uso admirável aos recur-
Windows 7 Ultimate em Português sos de entretenimento do Home Premium e às capacidades corpora-
Principais Características tivas do Professional, incluindo a possibilidade de executar vários
programas de produtividade do Windows XP no Modo Windows XP.
• Executa vários programas de produtividade do Windows XP no
Para maior segurança, você pode criptografar seus dados com o
Modo Windows XP.
BitLocker e o BitLocker To Go. E para ainda mais flexibilidade, é
• Conecta-se a redes corporativas facilmente e com mais segu- possível trabalhar em 35 idiomas. Tenha tudo isso com o Windows 7
rança com o Ingresso no Domínio. Ultimate.
• Recupera facilmente seus dados com o backup automático.
• Ajuda a proteger os dados do seu computador. • Requisitos Mínimos Do Sistema
• Processador de 1 gigahertz (GHz) de 32 bits (x86) ou 64 bits (x64)
• Trabalha no idioma de sua escolha ou alterna entre 35 idiomas. • 1 gigabyte (GB) de RAM (32 bits) ou 2 GB de RAM (64 bits)
• 16 GB de espaço em discodisponível (32 bits) ou 20 GB (64 bits)
Requisitos do sistema do Windows 7 • Dispositivo gráfico DirectX 9 com driver WDDM 1.0 ou superior
Se quiser executar o Windows 7 no seu PC, você vai precisar de:
• Processador de 1 gigahertz (GHz) ou superior de 32 bits (x86) Instalar atualizações do Windows no Windows 7
ou 64 bits (x64)
Aplica-se ao Windows 7
• 1 gigabyte (GB) de RAM (32 bits) ou 2 GB de RAM (64 bits)
• 16 GB de espaço em disco disponível (32 bits) ou 20 GB (64 Se você desejar que o Windows instale atualizações importantes à
bits) medida que forem disponibilizadas, ative a atualização automática. As
• Dispositivo gráfico DirectX 9 com driver WDDM 1.0 ou superior atualizações importantes fornecem benefícios significativos, como segu-
rança e confiabilidade aprimoradas. Você pode também definir
A edições Windows 7 Home Premium, Professional, Ultimate e Enter- o Windows para instalar atualizações recomendadas automaticamente,
prise têm os seguintes requisitos mínimos de hardware. que podem solucionar problemas não críticos e ajudar a aperfeiçoar sua
 Processador de 1 GHz e 32 bits (x86) e 64 bits (x64) experiência de computação. As atualizações opcionais não são baixadas
ou instaladas automaticamente.
 1 GB de memória do sistema
 Um disco rígido de 40GB (tradiciobal ou SSD), com pelo menos Você pode configurar o Windows para instalar automaticamente atua-
15 GB de espaço disponível lizações importantes e recomendadas ou apenas instalar atualizações
 Um adaptador gráfico com suporte para gráficos Directx 9, dri- importantes. As atualizações importantes fornecem benefícios significati-
ver WDDM (Windows Display Model), hardware do Pixel Shader 2, 32 bits vos, como segurança e confiabilidade aprimoradas. As atualizações reco-
por pixel e, no mínimo, 128 MD de memória gráfica. mendadas podem solucionar problemas não críticos e ajudar a aprimorar
sua experiência de computação. As atualizações opcionais não são baixa-
Requisitos adicionais para usar determinados recursos: das ou instaladas automaticamente.
• Acesso à Internet (taxas podem ser aplicadas)
Se você não desejar que as atualizações sejam instaladas automati-
• Dependendo da resolução, a reprodução de vídeo pode exigir camente, poderá optar por ser notificado quando as atualizações se aplica-
mais memória e hardware gráfico mais avançado rem ao seu computador. Em seguida, você pode baixar e instalá-las você

Informática 23 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
mesmo ou pode configurar o Windows para baixar atualizações automati- 6. Para obter notificações de novo software da Microsoft, marque
camente e, em seguida, notificá-lo para que possa você mesmo instalá-las. a caixa de seleção Mostrar notificações detalhadas quando novos
Veja a seguir como alterar a maneira como o Windows instala ou envia softwares da Microsoft estiverem disponíveis.
notificações a você sobre atualizações:
7. Clique em OK. Se você for solicitado a informar uma senha
1. Para abrir o Windows Update, clique no botão Iniciar . Na caixa de administrador ou sua confirmação, digite a senha ou forneça a confir-
de pesquisa, digite Update e, na lista de resultados, clique mação. http://windows.microsoft.com/
em Windows Update.
2. No painel esquerdo, clique em Alterar configurações.
3. Em Atualizações importantes, clique em uma das seguintes WINDOWS 7.
opções: Prof. Wagner Bugs
http://www.professormarcelomoreira.com.br/arquivos/APOSTILA_MSWIND
• Instalar atualizações automaticamente (recomendado) OWS7.pdf

• Baixar atualizações, mas permitir que eu escolha quando Sistema Operacional multitarefa e múltiplos usuários. O novo sistema
instalá-las operacional da Microsoft trouxe, além dos recursos do Windows Seven,
muitos recursos que tornam a utilização do computador mais amigável.
• Procurar atualizações, mas permitir que eu escolha quando
baixá-las e instalá-las O que é o Windows 7?

• Nunca verificar se há atualizações (não recomendado) Sistema Operacional Gráfico:

4. Para agendar atualizações automáticas, em Instalar novas atua- O Sistema Operacional MS-DOS é um exemplo de sistema operacional
lizações, selecione o dia e a hora em que deseja que ocorram as atualiza- não-gráfico. A característica visual, ou interface não é nada amigável. Tem
ções. apenas uma tela escura e uma linha de comando. Quando desejávamos
acessar algum arquivo, pasta ou programa, digitamos seu endereço no
5. Para obter atualizações recomendadas para o computador, computador e vale lembrar que um ponto a mais ou a menos é o suficiente
em Atualizações recomendadas, marque a caixa de seleção Envie-me para não abri-lo.
atualizações recomendadas da mesma maneira como eu recebo
atualizações importantes. O Linux também não é um sistema operacional gráfico, porém utiliza um
ambiente gráfico para tornar mais amigável sua utilização como, por
6. Para permitir que qualquer pessoa que utilize o computador faça exemplo, GNOME e KDE.
atualizações, marque a caixa de seleçãoPermitir que todos os usuários
padrão instalem atualizações neste computador. Isso se aplica apenas Ambientes visuais como o Windows 3.11 facilitavam muito, mas são duas
a atualizações e software que são instalados manualmente; as atualiza- coisas distintas, a parte operacional (MS-DOS) e parte visual (Windows
ções automáticas serão instaladas independentemente do usuário. 3.11). A partir do Windows 95 temos, então, as duas coisas juntas, a parte
operacional e gráfica, logo, um Sistema Operacional Gráfico.
7. Clique em OK. Se você for solicitado a informar uma senha de Na nova versão do Windows Seven a aparência e características visuais
administrador ou sua confirmação, digite a senha ou forneça a confirma- mudaram em relação ao Vista e, muito mais, em relação ao XP.
ção.
Multitarefa
Observações
Mais uma característica do Windows Seven. Um sistema operacional
• Se o seu computador estiver em hibernação em um horário multitarefa permite trabalhar com diversos programas ao mesmo tempo
agendado, a instalação começará imediatamente na próxima vez em (Word e Excel abertos ao mesmo tempo).
que você iniciar o computador. Você receberá uma mensagem que per-
gunta se você deseja adiar a instalação. Clique na mensagem e siga as Multiusuário
instruções para configurar quanto tempo deseja que Capacidade de criar diversos perfis de usuários. No caso, o Windows
o Windows aguarde. Seven tem duas opções de contas de usuários: Administrador (root) e o
Usuário padrão (limitado). O administrador pode instalar de desinstalar
• Se você desativar a atualização automática, não deixe de
impressoras, alterar as configurações do sistema, modificar a conta dos
verificar regularmente se há atualizações. Para mais informações, con-
outros usuários entre outras configurações. Já, o usuário padrão poderá
sulte Instalar as atualizações do Windows, no Windows 7.
apenas usar o computador, não poderá, por exemplo, alterar a hora do
A Microsoft oferece uma extensão para o Windows Update chamada Sistema.
Microsoft Update. Esse serviço permite obter atualizações para outros
produtos Microsoft, bem como receber avisos de novo software Microsoft
que pode ser baixado e instalado gratuitamente. Veja como obter atualiza-
ções e avisos sobre novo software:

1. Para abrir o Windows Update, clique no botão Iniciar . Na


caixa de pesquisa, digite Update e, na lista de resultados, clique
em Windows Update.
2. Se você nunca verificou se há atualizações antes, no painel
esquerdo, clique em Verificar se há atualizações. Aguarde até que
o Windows Update conclua a verificação de atualizações.
3. Na caixa de diálogo Windows Update, clique em Saiba
mais em Obtenha atualizações para outros produtos da Microsoft.
Siga as etapas na tela para iniciar o uso do Microsoft Update.
4. No painel esquerdo, clique em Alterar configurações.
5. Em Microsoft Update, marque a caixa de seleção Fornecer
Lembre-se que tanto os administradores quanto os limitados podem colo-
atualizações para produtos Microsoft e verificar novos softwares
car senhas de acesso, alterar papel de parede, terão as pastas Documen-
opcionais da Microsoft quando eu atualizar o Windows.

Informática 24 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
tos, Imagens, entre outras pastas, diferentes. O Histórico e Favoritos do Os ícones de atalho oferecem links para os programas ou arquivos que
Internet Explorer, os Cookies são diferentes para cada conta de usuário eles representam. Você pode adicioná-los e excluí-los sem afetar os
criada. programas ou arquivos atuais. Para selecionar ícones aleatórios, pressione
a tecla CTRL e clique nos ícones desejados.
Plug And Play (PnP)
Instalação automática dos itens de hardware. Sem a necessidade de
desligar o computador para iniciar sua instalação. O Windows possui
dezenas de Drivers (pequenos arquivos de configuração e reconhecimento
que permitem o correto funcionamento do item de hardware, ou seja,
ensinam ao Windows como utilizar o hardware). Quando plugado o Win-
dows inicia a tentativa de instalação procurando nos Drivers, já existentes,
que condizem com o hardware plugado.
Barra de tarefas
Centro de Boas-Vindas
A barra de tarefas mostra quais as janelas estão abertas neste momento,
À medida que as pessoas começam a utilizar o computador pela primeira
mesmo que algumas estejam minimizadas ou ocultas sob outra janela,
vez, normalmente completam um conjunto de tarefas que têm como objeti-
permitindo assim, alternar entre estas janelas ou entre programas com
vo otimizar o computador para as suas necessidades. Essas tarefas inclu-
rapidez e facilidade.
em a ligação à Internet, adicionar contas de utilizadores e a transferência
de arquivos e configurações a partir de outro computador. Podemos alternar entre as janelas abertas com a seqüência de teclas
ALT+TAB (FLIP) permitindo escolher qual janela, ou programa deseja
manipular, ALT+ESC que alterna entre as janelas abertas seqüencialmen-
te e Tecla Windows (WINKEY) + TAB (FLIP 3D) também acessível pelo
botão.

À medida que as pessoas começam a utilizar o computador pela primeira


vez, normalmente completam um conjunto de tarefas que têm como objeti-
vo otimizar o computador para as suas necessidades. Essas tarefas inclu-
em a ligação à Internet, adicionar contas de utilizadores e a transferência
de arquivos e configurações a partir de outro computador.
O Centro de Boas-Vindas aparece quando o computador é ligado pela
primeira vez, mas também pode aparecer sempre que se queira.
Área de Trabalho (Desktop)

A barra de tarefas pode conter ícones e atalhos e também como uma


ferramenta do Windows. Desocupa memória RAM, quando as janelas são
minimizadas.
A barra de tarefas também possui o menu Iniciar, barra de inicialização
rápida e a área de notificação, onde você verá o relógio. Outros ícones na
área de notificação podem ser exibidos temporariamente, mostrando o
status das atividades em andamento. Por exemplo, o ícone da impressora
é exibido quando um arquivo é enviado para a impressora e desaparece
quando a impressão termina. Você também verá um lembrete na área de
notificação quando novas atualizações do Windows estiverem disponíveis
para download no site da Microsoft.
O Windows Seven mantém a barra de tarefas organizada consolidando os
botões quando há muitos acumulados. Por exemplo, os botões que repre-
Ícones sentam arquivos de um mesmo programa são agrupados automaticamente
em um único botão. Clicar no botão permite que você selecione um deter-
Representação gráfica de um arquivo, pasta ou programa. Você pode minado arquivo do programa.
adicionar ícones na área de trabalho, assim como pode excluir. Alguns
ícones são padrões do Windows: Computador, Painel de Controle, Rede, Outra característica muito interessante é a pré-visualização das janelas ao
Lixeira e a Pasta do usuário. passar a seta do mouse sobre os botões na barra de tarefas.

Os ícones de atalho são identificados pela pequena seta no canto inferior


esquerdo da imagem. Eles permitem que você acesse programas, arqui-
vos, pastas, unidades de disco, páginas da web, impressoras e outros
computadores.

Informática 25 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
usuário. Basta digitar e os resultados vão aparecendo na coluna da es-
querda.

Desligamento: O novo conjunto de comandos permite Desligar o compu-


tador, Bloquear o computador, Fazer Logoff, Trocar Usuário, Reiniciar,
Suspender ou Hibernar.
É possível adicionar novos gadgets à Área de trabalho.

Botão Iniciar
O botão Iniciar é o principal elemento da Barra de Tarefas. Ele dá acesso
ao Menu Iniciar, de onde se podem acessar outros menus que, por sua Suspender: O Windows salva seu trabalho, não há necessidade de fechar
vez, acionam programas do Windows. Ao ser acionado, o botão Iniciar os programas e arquivos antes de colocar o computador em suspensão.
mostra um menu vertical com várias opções. Alguns comandos do menu Na próxima vez que você ligar o computador (e inserir sua senha, se
Iniciar têm uma seta para a direita, significando que há opções adicionais necessário), a aparência da tela será exatamente igual a quando você
disponíveis em um menu secundário. Se você posicionar o ponteiro sobre suspendeu o computador.
um item com uma seta, será exibido outro menu.
Para acordar o computador, pressione qualquer tecla. Como você não tem
O botão Iniciar é a maneira mais fácil de iniciar um programa que estiver de esperar o Windows iniciar, o computador acorda em segundos e você
instalado no computador, ou fazer alterações nas configurações do compu- pode voltar ao trabalho quase imediatamente.
tador, localizar um arquivo, abrir um documento. É apresentado em duas
colunas. A coluna da esquerda (2) apresenta atalhos para os programas, Observação: Enquanto está em suspensão, o computador usa uma quan-
os (3) programas fixados, (4) programas mais utilizados e (5) caixa de tidade muito pequena de energia para manter seu trabalho na memória. Se
pesquisa instantânea. A coluna da direita (1) o menu personalizado apre- você estiver usando um computador móvel, não se preocupe — a bateria
sentam atalhos para as principais pastas do usuário como Documentos, não será descarregada. Se o computador ficar muitas horas em suspensão
Imagens, Músicas e Jogos. A seqüência de teclas para ativar o Botão ou se a bateria estiver acabando, seu trabalho será salvo no disco rígido e
Iniciar é CTRL+ESC ou a Tecla do Windows (WINKEY). o computador será desligado de vez, sem consumir energia.
É possível solicitar o desligamento do computador pressionando as teclas
ALT+F4 na área de trabalho, exibindo a janela de desligamento com as
seguintes opções:

Executar:
Executar programas, arquivos, pasta, acessar páginas da internet, entre
outras utilidades.

Busca Instantânea: Com este recurso fica muito fácil localizar os arqui-
vos, programas, sites favoritos, músicas e qualquer outro arquivo do

Informática 26 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos

Alguns comandos mais populares são:


explorer (abre o Windows Explorer); msconfig (abre o programa de confi-
guração da Inicialização do Windows, permitindo escolher qual programa
deve ou não ser carregado com o Windows); regedit (abre o programa de
Controle de Registros do Windows); calc (abre a Calculadora); notepad Dicas: Para ativar este menu usando o teclado tecle ALT+ ESPAÇO.
(abre o Bloco de Notas); cmd (abre o Prompt de Comando do Windows); Um duplo clique neste menu fecha (sair) do programa.
control (abre o Painel de Controle); fonts (abre a pasta das Fontes); iexplo-
re (abre o Internet Explorer); excel (abre o Microsoft Excel); mspaint (abre Barra de Título:
o Paint).
Elementos da Janela
As janelas, quadros na área de trabalho, exibem o conteúdo dos arquivos
e programas. As informações que podem ser obtidas nesta barra são: Nome do Arquivo
e Nome do Aplicativo. Podemos mover a Janela a partir desta barra (clicar
Se o conteúdo do arquivo não couber na janela, surgirá a barra de rolagem com o botão esquerdo do mouse, manter pressionado o clique e mover, ou
você pode visualizar o restante do conteúdo pelo quadro de rolagem ou arrastar).
clique nos botões de rolagem ao lado e/ou na parte inferior da janela para
mover o conteúdo para cima, para baixo ou para os lados. Dicas: Quando a Janela estiver Maximizada, ou seja, quando estiver
ocupando toda a área de trabalho a janela não pode ser movimentada.
Para alterar o tamanho da janela, clique na borda da janela e arraste-a até Arrastando a barra de título para o lado direito ou esquerdo da área de
o tamanho desejado. trabalho (até que o cursor encoste no extremo direito ou esquerdo) o modo
de organização das janela “LADO a LADO” é sugerido.

Localizado no canto superior esquerdo. Neste menu podemos ativar os E caso você “agite” a janela, as janelas em segundo plano serão minimi-
seguintes comandos: zadas.

Ao clicar neste botão a janela irá reduzir. O programa permanece aberto,


porém, em forma de botão na barra de tarefas.
Botão Maximizar:

Informática 27 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos

Ao clicar neste botão a janela atingira seu tamanho máximo, geralmente


ocupando toda a área de trabalho.
Este botão apresenta-se quando a janela esta em seu tamanho restaura-
do. A janela pode ser movimentada.
Botão Restaurar:

Os elementos chave dos Exploradores do Windows Seven são:


Ao clicar neste botão a janela retornará ao seu tamanho anterior, antes de  Busca Instantânea, que está sempre disponível.
ser maximizada. Caso a janela já inicie maximizado o tamanho será igual
ao de qualquer outro não mantendo um padrão.  Área de Navegação, que contém tanto as novas Pastas de Bus-
ca e as pastas tradicionais.
Este botão aparece quando a janela está maximizada, não podendo mover
esta janela.  Barra de Comandos, que lhe mostra as tarefas apropriadas para
os arquivos que estão sendo exibidos.
Botão Fechar:
 Live Icons, que lhe mostram uma pré-visualização em miniatura
(Thumbnail), do conteúdo de cada pasta.
 Área de Visualização, que lhe mostra informações adicionais so-
bre os arquivos.
 Área de Leitura, que permite aos utilizadores ver uma antevisão
Fecha a janela, encerrando o aplicativo. do conteúdo nas aplicações que suportem esta função.

Barra de Menus:  Barras de Endereço, Barras de Título e recursos melhorados.

Busca Instantânea

Nesta barra é apresentada a lista de menus disponíveis no aplicativo.


Dicas: Para ativar qualquer menu pode-se utilizar a seguinte seqüência de
teclas: ALT+Letra sublinhada. Cada janela do Explorador no Windows Seven contém um campo de
busca integrado no qual pode ser introduzida parte de uma palavra, uma
No Windows Seven os menus não aparecem. Para visualizar os menus palavra ou frase. O sistema de Busca Instantânea procura imediatamente
deve ser pressionada a tecla ALT e então, escolher o menu pela letra que nomes de arquivos, propriedades dos arquivos (metadados) e o texto
aparecer sublinhada. contido nos arquivos e mostra-lhe os resultados imediatamente.
Barra de Rolagem:

A barra de rolagem é constituída por: (1) setas de rolagem que permitem


visualizar uma parte do documento que não é visualizada por ser maior
que a janela e (2) quadro ou caixa de rolagem que permite ter uma idéia
de qual parte do documento está sendo visualizado.

Windows Explorer
No Windows, os Exploradores são as ferramentas principais para procurar,
visualizar e gerenciar informação e recursos – documentos, fotos, aplica-
ções, dispositivos e conteúdos da Internet. Dando uma experiência visual e
funcional consistente, os novos Exploradores do Windows Seven permi-
tem-lhe gerenciar a sua informação com flexibilidade e controle. Isto foi O exemplo mostrado na ilustração introduzindo a palavra Internet no
conseguido pela inclusão dos menus, barras de ferramentas, áreas de campo de Busca Instantânea resulta na apresentação de um número de
navegação e antevisão numa única interface que é consistente em todo o arquivos relacionados com o nome – arquivos cujo a palavra é menciona-
sistema. da tanto no nome como no conteúdo do arquivo.
Ao abrir o Windows Explorer o novo sistema de BIBLIOTECAS permite Barra de Ferramentas (Comandos)
acesso rápido as principais pastas do usuário.
Organizar
O comando Organizar exibe uma série de comandos como, por exemplo,
recortar, copiar, colar, desfazer, refazer, selecionar tudo, Layout do Explo-

Informática 28 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
rador (Barra de menus, Painel de Detalhes, Painel de Visualização e
Painel de Navegação), Opções de pasta e pesquisa, excluir, renomear,
remover propriedades, propriedades e fechar.
A barra de comandos muda conforme o tipo de arquivo escolhido na pasta.
A nova Barra de Comandos mostra-lhe as tarefas que são mais apropria-
das aos arquivos que estão a sendo exibidos no Explorador. O conteúdo
da Barra de Comandos é baseado no conteúdo da janela. Por exemplo, a
Barra de Comandos do Explorador de Documentos contém tarefas apro-
priadas para trabalhar com documentos enquanto que a mesma barra no
Explorador de Fotos contém tarefas apropriadas para trabalhar com ima-
gens.
Ao contrário do Windows XP e Exploradores anteriores, tanto a Barra de
Comandos como a Área de Navegação estão disponíveis simultaneamen-
te, assim as tarefas na Barra de Comandos estão sempre disponíveis para
que não tenha que andar a alternar entre a Área de Navegação e a Barra
de Comandos.

Com a Área de Antevisão já não tem que clicar com o botão direito do
mouse em um arquivo para abrir a caixa das propriedades. Em vez disso,
uma descrição completa das propriedades do arquivo está sempre visível
no Painel de detalhes. Aqui também é possível adicionar ou editar proprie-
dades de um ou mais arquivos.
Painel de Visualização
De forma a oferecer-lhe uma maneira ainda mais completa de pré-
Live Icons (Modos de Exibição) visualizar os conteúdos dos documentos sem ter que os abrir, os Explora-
dores como o Explorador de Documentos, Explorador de Música e o
Os ícones “ao vivo” no Windows Seven são um grande melhoramento em Explorador de Imagens oferecem-lhe um Painel de Visualização opcional.
relação aos ícones tradicionais. Nas aplicações que tenham esta funciona- Nas aplicações que disponibilizem esta funcionalidade poderá navegar por
lidade disponível, os Live Icons fornecem-lhe uma pré-visualização em pré-visualizações legíveis de vários documentos ou antever alguns segun-
miniatura do conteúdo de cada arquivo, em vez de uma representação dos do conteúdo de arquivos de mídia.
genérica da aplicação que está associada ao arquivo. Conseguirá ver pré-
visualização dos arquivos - incluindo as primeiras páginas dos seus docu-
mentos, as suas fotos e mesmo as capas dos álbuns das músicas que têm
gravadas no computador sem ter que abrir qualquer desses arquivos.

Barra de Endereços
A Barra de Endereços melhorada contém menus que percorrem todas as
etapas de navegação, permitindo-lhe andar para trás ou para frente em
qualquer ponto de navegação.

Informática 29 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
Clicar com o botão direito do mouse sobre o ícone da lixeira, no menu de
contexto ativar o comando Esvaziar a lixeira. Na janela que aparece em
decorrência desta ação ativar o comando Sim.
Abrir a pasta Lixeira, clicar no comando Esvaziar lixeira na Barra de co-
mandos. Na janela que aparece em decorrência desta ação ativar o botão
Sim.
Para recuperar arquivo(s) excluído(s):
Abrir a pasta Lixeira, selecionar o(s) arquivo(s) desejado(s), clicar no
comando Restaurar este item, da barra de comandos.
Abrir a pasta Lixeira, selecionar o(s) arquivo(s) desejado(s), clicar o botão
direito do mouse e, no menu de contexto, ativar o comando Restaurar.
Acessórios do Windows
O Windows XP inclui muitos programas e acessórios úteis. São ferramen-
tas para edição de texto, criação de imagens, jogos, ferramentas para
melhorar a performance do computador, calculadora e etc.
Lixeira do Windows
Se fôssemos analisar cada acessório que temos, encontraríamos várias
É uma pasta que armazena temporariamente arquivos excluídos. Pode-
aplicações, mas vamos citar as mais usadas e importantes.
mos restaurar arquivos excluídos.
A pasta Acessórios é acessível dando−se um clique no botão Iniciar na
Dicas: O tamanho padrão é personalizado (podemos alterar o tamanho da Barra de tarefas, escolhendo a opção Todos os Programas e no submenu,
lixeira acessando as propriedades da lixeira); que aparece, escolha Acessórios.
Bloco de Notas
Editor simples de texto utilizado para gerar programas, retirar a formatação
de um texto e etc.

Sua extensão de arquivo padrão é TXT. A formatação escolhida será


aplicada em todo texto.
Word Pad
Editor de texto com formatação do Windows. Pode conter imagens, tabelas
e outros objetos. A formatação é limitada se comparado com o Word. A
extensão padrão gerada pelo Word Pad é a RTF. Lembre-se que por meio
do programa Word Pad podemos salvar um arquivo com a extensão DOC
entre outras.

Não podemos manipular arquivos que estão na lixeira. (no caso das ima-
gens podemos ativar o modo de exibição para visualizar quais imagens
foram excluídas);
A Lixeira do Windows possui dois ícones.
Lixeira vazia / Lixeira com itens

Paint
Editor simples de imagens do Windows. A extensão padrão é a BMP.
Permite manipular arquivos de imagens com as extensões: JPG ou JPEG,
GIF, TIFF, PNG, ICO entre outras.

Para esvaziar a lixeira podemos seguir os seguintes procedimentos:

Informática 30 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
Varre a unidade em busca de erros, defeitos ou arquivos corrompidos e
caso o usuário deseje e tenta corrigi-los automaticamente.

Calculadora
Pode ser exibida de duas maneiras: padrão, científica, programador e
estatística.

Desfragmentador de Disco
É um utilitário que reorganiza os dados em seu disco rígido, de modo que
cada arquivo seja armazenado em blocos contíguos, ao invés de serem
dispersos em diferentes áreas do disco e elimina os espaços em branco.
Windows Live Movie Maker
Editor de vídeos. Permite a criação e edição de vídeos. Permite inserir
narrações, músicas, legendas, etc... Possui vários efeitos de transição
para unir cortes ou cenas do vídeo. A extensão padrão gerada pelo Movie
Maker é a MSWMM se desejar salvar o projeto ou WMV se desejar salvar
o vídeo.

Backup (cópia de segurança)


Permite transferir arquivos do HD para outras unidades de armazenamen-
Ferramentas do Sistema to. As cópias realizadas podem seguir um padrão de intervalos entre um
backup e outro.
As principais ferramentas do sistema são:
Limpeza de disco
Permite apagar arquivos e programas (temporários, da lixeira, que são
pouco usados) para liberação do espaço no HD.

Os principais tipos de backup são:


Verificador de Erros

Informática 31 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
Normal: limpa os marcadores. Faz o backup de arquivos e pastas selecio- está sempre ativa e que vigia locais do sistema, procurando alterações que
nados. Agiliza o processo de restauração, pois somente um backup será assinalem a presença de spyware e comparando qualquer arquivo inserido
restaurado. com uma base de dados do spyware conhecido que é constantemente
atualizada.
Cópia: não limpa os marcadores. Faz o backup de arquivos e pastas
selecionados.
Diferencial: não limpa os marcadores. Faz o backup somente de arquivos
e pastas selecionados que foram alterados após o ultimo backup.
Incremental: limpa os marcadores. Faz o backup somente de arquivos e
pastas selecionados que foram alterados após o ultimo backup.
Diário: não limpa os marcadores. Faz o backup de arquivos e pastas
selecionados que foram alterados durante o dia.
Ferramentas de Segurança
Recursos como o Firewall do Windows e o Windows Defender podem
ajudar a manter a segurança do computador. A Central de Segurança do
Windows tem links para verificar o status do firewall, do software antivírus
e da atualização do computador. O UAC (Controle de Conta de Usuário)
pode ajudar a impedir alterações não autorizadas no computador solicitan-
do permissão antes de executar ações capazes de afetar potencialmente a
operação do computador ou que alteram configurações que afetam outros
usuários. Teclas de atalho gerais
Firewall do Windows F1 (Exibir a Ajuda)
Um firewall é uma primeira linha de defesa contra muitos tipos de malware CTRL+C (Copiar o item selecionado)
(programa malicioso). Configurada como deve ser, pode parar muitos tipos
de malware antes que possam infectar o seu computador ou outros com- CTRL+X (Recortar o item selecionado)
putadores na sua rede. O Windows Firewall, que vem com o Windows CTRL+V (Colar o item selecionado)
Seven, está ligado por omissão e começa a proteger o seu PC assim que
o Windows é iniciado. Foi criado para ser fácil de usar, com poucas opções CTRL+Z (Desfazer uma ação)
de configuração e uma interface simples. CTRL+Y (Refazer uma ação)
Mais eficiente que o Firewall nas versões anteriores do Windows, a firewall DELETE (Excluir o item selecionado e movê-lo para a Lixeira)
do Windows Seven ajuda-o a proteger-se restringindo outros recursos do
sistema operacional se comportarem de maneira inesperada – um indica- SHIFT+DELETE (Excluir o item selecionado sem movê-lo para a Lixeira
dor comum da presença de malware. primeiro)
Windows Update F2 (Renomear o item selecionado)
Outra funcionalidade importante do Windows Seven é o Windows Update, CTRL+SETA PARA A DIREITA (Mover o cursor para o início da próxima
que ajuda a manter o seu computador atualizado oferecendo a opção de palavra)
baixar e instalar automaticamente as últimas atualizações de segurança e
funcionalidade. O processo de atualização foi desenvolvido para ser sim- CTRL+SETA PARA A ESQUERDA (Mover o cursor para o início da pala-
ples – a atualização ocorre em segundo plano e se for preciso reiniciar o vra anterior)
computador, poderá ser feito em qualquer outro momento. CTRL+SETA PARA BAIXO (Mover o cursor para o início do próximo
parágrafo)
CTRL+SETA PARA CIMA (Mover o cursor para o início do parágrafo
anterior)
CTRL+SHIFT com uma tecla de seta (Selecionar um bloco de texto)
SHIFT com qualquer tecla de seta (Selecionar mais de um item em uma
janela ou na área de trabalho ou selecionar o texto dentro de um docu-
mento)
CTRL com qualquer tecla de seta+BARRA DE ESPAÇOS (Selecionar
vários itens individuais em uma janela ou na área de trabalho)
CTRL+A (Selecionar todos os itens de um documento ou janela)
F3 (Procurar um arquivo ou uma pasta)
ALT+ENTER (Exibir as propriedades do item selecionado)
ALT+F4 (Fechar o item ativo ou sair do programa ativo)
ALT+BARRA DE ESPAÇOS (Abrir o menu de atalho para a janela ativa)
Windows Defender CTRL+F4 (Fechar o documento ativo (em programas que permitem vários
documentos abertos simultaneamente))
O Windows Defender (anteriormente conhecido por Windows AntiSpyware)
é uma funcionalidade do Windows Seven que ajuda a proteger o seu ALT+TAB (Alternar entre itens abertos)
computador fazendo análises regulares ao disco rígido do seu computador
e oferecendo-se para remover qualquer spyware ou outro software poten- CTRL+ALT+TAB (Usar as teclas de seta para alternar entre itens abertos)
cialmente indesejado que encontrar. Também oferece uma proteção que

Informática 32 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
Windows tecla de logotipo +TAB (Percorrer programas na barra de tarefas exemplo, use a Windows tecla de logotipo +1 para iniciar o primeiro atalho
usando o Flip 3-D do Windows) no menu Início Rápido)
CTRL+Windows tecla de logotipo do +TAB (Usar as teclas de seta para Criar atalhos de teclado para abrir programas
percorrer programas na barra de tarefas usando o Flip 3-D do Windows)
É possível criar atalhos de teclado para abrir programas, o que pode ser
ALT+ESC (Percorrer os itens na ordem em que foram abertos) mais simples que abrir programas usando o mouse ou outro dispositivo
apontador. Antes de concluir estas etapas, verifique se já foi criado um
F6 (Percorrer os elementos da tela em uma janela ou na área de trabalho) atalho para o programa ao qual deseja atribuir um atalho de teclado. Se
F4 (Exibir a lista da Barra de endereços no Windows Explorer) nenhum atalho tiver sido criado, vá até a pasta que contém o programa,
clique com o botão direito do mouse no arquivo do programa e clique em
SHIFT+F10 (Exibir o menu de atalho para o item selecionado) Criar Atalho para criar um atalho.
CTRL+ESC (Abrir o menu Iniciar) Localize o atalho para o programa para o qual deseja criar um atalho de
ALT+letra sublinhada (Exibir o menu correspondente) teclado.

ALT+letra sublinhada (Executar o comando do menu (ou outro comando Clique com o botão direito do mouse no atalho e clique em Propriedades.
sublinhado)) Na caixa de diálogo Propriedades do Atalho, clique na guia Atalho e na
F10 (Ativar a barra de menus no programa ativo) caixa Tecla de atalho.

SETA PARA A DIREITA (Abrir o próximo menu à direita ou abrir um sub- Pressione a tecla que deseja usar no teclado em combinação com C-
menu) TRL+ALT (atalhos de teclado iniciam automaticamente com CTRL+ALT) e
clique em OK.
SETA PARA A ESQUERDA (Abrir o próximo menu à esquerda ou fechar
um submenu) Agora você já pode usar esse atalho de teclado para abrir o programa
quando estiver usando a área de trabalho. O atalho também funcionará
F5 (Atualizar a janela ativa) enquanto você estiver usando alguns programas, embora possa não
funcionar com alguns programas que tenham seus próprios atalhos de
ALT+SETA PARA CIMA (Exibir a pasta um nível acima no Windows Explo-
teclado.
rer)
Observações
ESC (Cancelar a tarefa atual)
A caixa Tecla de atalho exibirá Nenhum até a tecla ser selecionada. De-
CTRL+SHIFT+ESC (Abrir o Gerenciador de Tarefas)
pois, a caixa exibirá Ctrl+Alt seguido pela tecla selecionada.
SHIFT quando inserir um CD (Evitar que o CD seja executado automati-
Você não pode usar as teclas ESC, ENTER, TAB, BARRA DE ESPAÇOS,
camente)
PRINT SCREEN, SHIFT ou BACKSPACE para criar um atalho de teclado.
Atalhos com tecla do Windows (Winkey)
O Windows apresenta muitas falhas em seu sistema. Falhas imper-
Windows tecla de logotipo (Abrir ou fechar o menu Iniciar) ceptíveis que os usuários comuns não se dão conta, porem, não passam
despercebidas pelos Hackers que exploram estas falhas para danificar o
Windows tecla de logotipo +PAUSE (Exibir a caixa de diálogo Proprieda- sistema de outras pessoas.
des do Sistema)
Em virtude disso, a Microsoft esta continuamente lançando atualiza-
Windows tecla de logotipo +D (Exibir a área de trabalho) ções que servem para corrigir estas falhas.
Windows tecla de logotipo +M (Minimizar todas as janelas) É muito importante manter o sistema atualizado e uma vantagem do
Windows tecla de logotipo +SHIFT+M (Restaurar janelas minimizadas na Windows é que ele se atualiza automaticamente, basta uma conexão com
área de trabalho) a internet.

Windows tecla de logotipo +E (Abrir computador)


Windows tecla de logotipo +F (Procurar um arquivo ou uma pasta) Windows 7 Básico
CTRL+Windows tecla de logotipo do +F (Procurar computadores (se você
estiver em uma rede)) Introdução
O Windows 7 é a mais recente versão do Microsoft Windows, é um
Windows tecla de logotipo +L (Bloquear o computador ou alternar usuá- sistema operacional produzidos pela Microsoft para uso em computadores.
rios) O Windows 7 foi lançado para empresas no dia 2 de julho de 2009, e
Windows tecla de logotipo +R (Abrir a caixa de diálogo Executar) começou a ser vendido livremente para usuários comuns dia 2 de outubro
de 2009.
Windows tecla de logotipo +T (Percorrer programas na barra de tarefas)
Diferente do Windows Vista, lançado pela Microsoft há menos de três
Windows tecla de logotipo +TAB (Percorrer programas na barra de tarefas anos introduzindo muitas novidades, o Windows 7 é uma atualização mais
usando o Flip 3-D do Windows) modesta e direcionada para a linha Windows, tem a intenção de torná-lo
totalmente compatível com aplicações e hardwares com os quais o Win-
CTRL+Windows tecla de logotipo do +TAB (Usar as teclas de seta para dows Vista já era compatível.
percorrer programas na barra de tarefas usando o Flip 3-D do Windows)
Apresentações dadas pela companhia no começo de 2008 mostraram
Windows tecla de logotipo +BARRA DE ESPAÇOS (Trazer todos os que o Windows 7 apresenta algumas variações como uma barra de tarefas
gadgets para a frente e selecionar a Barra Lateral do Windows) diferente, um sistema de "network" chamada de "HomeGroup", e aumento
na performance.
Windows tecla de logotipo +G (Percorrer gadgets da Barra Lateral)
· Interface gráfica aprimorada, com nova barra de tarefas e suporte
Windows tecla de logotipo +U (Abrir a Central de Facilidade de Acesso) para telas touch screen e multi-táctil (multi-touch)
· Internet Explorer 8;
Windows tecla de logotipo +X (Abrir a Central de Mobilidade do Windows)
· Novo menu Iniciar;
Windows tecla de logotipo com qualquer tecla numérica (Abrir o atalho de · Nova barra de ferramentas totalmente reformulada;
Início Rápido que estiver na posição correspondente ao número. Por
· Comando de voz (inglês);

Informática 33 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
· Gadgets sobre o desktop; programas de produtividade do Windows XP no Modo Windows XP, co-
· Novos papéis de parede, ícones, temas etc.; nectar-se a redes corporativas facilmente e com mais segurança com o
· Conceito de Bibliotecas (Libraries), como no Windows Media Player, Ingresso no Domínio e além do Backup e Restauração de todo o sistema
integrado ao Windows Explorer; encontrado em todas as edições, é possível fazer backup em uma rede
doméstica ou corporativa.
· Arquitetura modular, como no Windows Server 2008;
· Faixas (ribbons) nos programas incluídos com o Windows (Paint e O Ultimate também apresenta todos esses recursos acrescidos de ou-
WordPad, por exemplo), como no Office 2007; tros que tornam sua funcionalidade completa com todos os recursos
· Aceleradores no Internet Explorer 8; disponíveis nessa versão do sistema operacional como ajuda para prote-
ger os dados do seu computador e de dispositivos de armazenamento
· Aperfeiçoamento no uso da placa de vídeo e memória RAM; portáteis contra perda ou roubo com o BitLocker e poder trabalhar no
· Home Groups; idioma de sua escolha ou alternar entre 35 idiomas.
· Melhor desempenho;
Recursos
· Windows Media Player 12;
· Nova versão do Windows Media Center; Segundo o site da própria Microsoft, os recursos encontrados no Win-
· Gerenciador de Credenciais; dows 7 são fruto das novas necessidades encontradas pelos usuários.
Muitos vêm de seu antecessor, Windows Vista, mas existem novas funcio-
· Instalação do sistema em VHDs; nalidades exclusivas, feitas para facilitar a utilização e melhorar o desem-
· Nova Calculadora, com interface aprimorada e com mais funções; penho do SO (Sistema Operacional) no computador.
· Reedição de antigos jogos, como Espadas Internet, Gamão Internet
e Internet Damas; Vale notar que, se você tem conhecimentos em outras versões do
Windows, não terá que jogar todo o conhecimento fora. Apenas vai se
· Windows XP Mode; adaptar aos novos caminhos e aprender “novos truques” enquanto isso.
· Aero Shake;
Tarefas Cotidianas
Apesar do Windows 7 conter muitos novos recursos o número de ca-
pacidades e certos programas que faziam parte do Windows Vista não Já faz tempo que utilizar um computador no dia a dia se tornou co-
estão mais presentes ou mudaram, resultando na remoção de certas mum. Não precisamos mais estar em alguma empresa enorme para preci-
funcionalidades. Mesmo assim, devido ao fato de ainda ser um sistema sar sempre de um computador perto de nós. O Windows 7 vem com
operacional em desenvolvimento, nem todos os recursos podem ser ferramentas e funções para te ajudar em tarefas comuns do cotidiano.
definitivamente considerados excluídos. Grupo Doméstico
Fixar navegador de internet e cliente de e-mail padrão no menu Iniciar Ao invés de um, digamos que você tenha dois ou mais computadores
e na área de trabalho (programas podem ser fixados manualmente). em sua casa. Permitir a comunicação entre várias estações vai te poupar
Windows Photo Gallery, Windows Movie Maker, Windows Mail e Windows de ter que ir fisicamente aonde a outra máquina está para recuperar uma
Calendar foram substituídos pelas suas respectivas contrapartes do Win- foto digital armazenada apenas nele.
dows Live, com a perda de algumas funcionalidades.
Com o Grupo Doméstico, a troca de arquivos fica simplificada e segu-
O Windows 7, assim como o Windows Vista, estará disponível em cin- ra. Você decide o que compartilhar e qual os privilégios que os outros
co diferentes edições, porém apenas o Home Premium, Professional e terão ao acessar a informação, se é apenas de visualização, de edição e
Ultimate serão vendidos na maioria dos países, restando outras duas etc.
edições que se concentram em outros mercados, como mercados de
empresas ou só para países em desenvolvimento. Cada edição inclui Tela sensível ao toque
recursos e limitações, sendo que só o Ultimate não tem limitações de uso.
O Windows 7 está preparado para a tecnologia sensível ao toque com
Segundo a Microsoft, os recursos para todas as edições do Windows 7 são
opção a multitoque, recurso difundido pelo iPhone.
armazenadas no computador.
O recurso multitoque percebe o toque em diversos pontos da tela ao
Um dos principais objetivos da Microsoft com este novo Windows é
mesmo tempo, assim tornando possível dimensionar uma imagem arras-
proporcionar uma melhor interação e integração do sistema com o usuário,
tando simultaneamente duas pontas da imagem na tela.
tendo uma maior otimização dos recursos do Windows 7, como maior
autonomia e menor consumo de energia, voltado a profissionais ou usuá- O Touch Pack para Windows 7 é um conjunto de aplicativos e jogos
rios de internet que precisam interagir com clientes e familiares com facili- para telas sensíveis ao toque. O Surface Collage é um aplicativo para
dade, sincronizando e compartilhando facilmente arquivos e diretórios. organizar e redimensionar fotos. Nele é possível montar slide show de
fotos e criar papeis de parede personalizados. Essas funções não são
Comparando as Edições
novidades, mas por serem feitas para usar uma tela sensível a múltiplos
O Windows 7 tem três edições diferentes de um mesmo sistema ope- toques as tornam novidades.
racional, que se adequam as necessidades diárias de cada usuário essas
edições são o Home Premium, o Professional e Ultimate.
Essas edições apresentam variações de uma para outra, como o Ho-
me Premium, que é uma edição básica, mas de grande uso para usuários
que não apresentam grandes necessidades.
Os seus recursos são a facilidade para suas atividades diárias com a
nova navegação na área de trabalho, o usuário pode abrir os programas
mais rápida e facilmente e encontrar os documentos que mais usa em
instantes.
Tornar sua experiência na Web mais rápida, fácil e segura do que
nunca com o Internet Explorer 8, assistir a muitos dos seus programas de
TV favoritos de graça e onde quiser, com a TV na Internet e criar facilmen-
te uma rede doméstica e conectar seus computadores a uma impressora
com o Grupo Doméstico.
Já o Professional apresenta todos esses recursos adicionados de ou- Microsoft Surface Collage, devolvido para usar tela sensível ao toque.
tros que o deixam mais completo como o usuário pode executar vários Lista de Atalhos

Informática 34 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
Novidade desta nova versão, agora você pode abrir diretamente um
arquivo recente, sem nem ao menos abrir o programa que você utilizou.
Digamos que você estava editando um relatório em seu editor de texto e
precisou fechá-lo por algum motivo. Quando quiser voltar a trabalhar nele,
basta clicar com o botão direito sob o ícone do editor e o arquivo estará
entre os recentes.
Ao invés de ter que abrir o editor e somente depois se preocupar em
procurar o arquivo, você pula uma etapa e vai diretamente para a informa-
ção, ganhando tempo.
Pode, inclusive, fixar conteúdo que você considere importante. Se a
edição de um determinado documento é constante, vale a pena deixá-lo
entre os “favoritos”, visto que a lista de recentes se modifica conforme
você abre e fecha novos documentos.
Snap
Ao se utilizar o Windows por muito tempo, é comum ver várias janelas
abertas pelo seu monitor. Com o recurso de Snap, você pode posicioná-las
de um jeito prático e divertido. Basta apenas clicar e arrastá-las pelas
bordas da tela para obter diferentes posicionamentos.
O Snap é útil tanto para a distribuição como para a comparação de ja-
nelas. Por exemplo, jogue uma para a esquerda e a outra na direita. Am-
bas ficaram abertas e dividindo igualmente o espaço pela tela, permitindo
que você as veja ao mesmo tempo.
Windows Search
O sistema de buscas no Windows 7 está refinado e estendido. Pode-
mos fazer buscas mais simples e específicas diretamente do menu iniciar, Ao digitar “pai” temos os itens que contêm essas letras em seu nome.
mas foi mantida e melhorada a busca enquanto você navega pelas pastas.
Windows Explorer
Menu iniciar
O que você encontra pelo menu iniciar é uma pequena parte do total
As pesquisas agora podem ser feitas diretamente do menu iniciar. É disponível. Fazendo a busca pelo Windows Explorer – que é acionado
útil quando você necessita procurar, por exemplo, pelo atalho de inicializa- automaticamente quando você navega pelas pastas do seu computador –
ção de algum programa ou arquivo de modo rápido. você encontrará uma busca mais abrangente.
“Diferente de buscas com as tecnologias anteriores do Windows Sear- Em versões anteriores, como no Windows XP, antes de se fazer uma
ch, a pesquisa do menu início não olha apenas aos nomes de pastas e busca é necessário abrir a ferramenta de busca. No Seven, precisamos
arquivos. apenas digitar os termos na caixa de busca, que fica no canto superior
Considera-se o conteúdo do arquivo, tags e propriedades também” direito.
(Jim Boyce; Windows 7 Bible, pg 770, tradução nossa).
Os resultados são mostrados enquanto você digita e são divididos em
categorias, para facilitar sua visualização. Abaixo as categorias nas quais
o resultado de sua busca pode ser dividido. · Programas · Painel de Con-
trole · Documentos · Música · Arquivos

Windows Explorer com a caixa de busca (Jim Boyce; Windows 7 Bible,


pg 774).
A busca não se limita a digitação de palavras. Você pode aplicar fil-
tros, por exemplo, buscar, na pasta músicas, todas as canções do gênero
Rock. Existem outros, como data, tamanho e tipo. Dependendo do arquivo
que você procura, podem existir outras classificações disponíveis.
Imagine que todo arquivo de texto sem seu computador possui um au-
tor. Se você está buscando por arquivos de texto, pode ter a opção de
filtrar por autores.
Controle dos pais
Não é uma tarefa fácil proteger os mais novos do que visualizam por
meio do computador. O Windows 7 ajuda a limitar o que pode ser visuali-
zado ou não.
Para que essa funcionalidade fique disponível, é importante que o
computador tenha uma conta de administrador, protegida por senha,
registrada. Além disso, o usuário que se deseja restringir deve ter sua
própria conta.

Informática 35 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
As restrições básicas que o Seven disponibiliza: · Limite de Tempo: Com o Reproduzir em é possível levar o conteúdo do computador para
Permite especificar quais horas do dia que o PC pode ser utilizado. outros lugares da casa. Se quiser levar para fora dela, uma opção é o
Streaming de mídia remoto.
· Jogos: Bloqueia ou permite jogar, se baseando pelo horário e tam-
bém pela classificação do jogo. Vale notar que a classificação já vem com Com este novo recurso, dois computadores rodando Windows 7 po-
o próprio game. dem compartilhar músicas através do Windows Media Player 12. É neces-
sário que ambos estejam associados com um ID online, como a do Win-
· Bloquear programas: É possível selecionar quais aplicativos estão dows Live.
autorizados a serem executados.
Personalização
Fazendo download de add-on’s é possível aumentar a quantidade de
restrições, como controlar as páginas que são acessadas, e até mesmo Você pode adicionar recursos ao seu computador alterando o tema, a
manter um histórico das atividades online do usuário. cor, os sons, o plano de fundo da área de trabalho, a proteção de tela, o
tamanho da fonte e a imagem da conta de usuário. Você pode também
Central de ações selecionar "gadgets" específicos para sua área de trabalho.
A central de ações consolida todas as mensagens de segurança e Ao alterar o tema você inclui um plano de fundo na área de trabalho,
manutenção do Windows. Elas são classificadas em vermelho (importante uma proteção de tela, a cor da borda da janela sons e, às vezes, ícones e
– deve ser resolvido rapidamente) e amarelas (tarefas recomendadas). ponteiros de mouse.
O painel também é útil caso você sinta algo de estranho no computa- Você pode escolher entre vários temas do Aero, que é um visual pre-
dor. Basta checar o painel e ver se o Windows detectou algo de errado. mium dessa versão do Windows, apresentando um design como o vidro
Do seu jeito transparente com animações de janela, um novo menu Iniciar, uma nova
barra de tarefas e novas cores de borda de janela.
O ambiente que nos cerca faz diferença, tanto para nossa qualidade
de vida quanto para o desempenho no trabalho. O computador é uma Use o tema inteiro ou crie seu próprio tema personalizado alterando as
extensão desse ambiente. O Windows 7 permite uma alta personalização imagens, cores e sons individualmente. Você também pode localizar mais
de ícones, cores e muitas outras opções, deixando um ambiente mais temas online no site do Windows. Você também pode alterar os sons
confortável, não importa se utilizado no ambiente profissional ou no do- emitidos pelo computador quando, por exemplo, você recebe um e-mail,
méstico. inicia o Windows ou desliga o computador.
Muitas opções para personalizar o Windows 7 estão na página de O plano de fundo da área de trabalho, chamado de papel de parede, é
Personalização, que pode ser acessada por um clique com o botão direito uma imagem, cor ou design na área de trabalho que cria um fundo para as
na área de trabalho e em seguida um clique em Personalizar. janelas abertas. Você pode escolher uma imagem para ser seu plano de
fundo de área de trabalho ou pode exibir uma apresentação de slides de
É importante notar que algumas configurações podem deixar seu imagens. Também pode ser usada uma proteção de tela onde uma ima-
computador mais lento, especialmente efeitos de transparência. Abaixo gem ou animação aparece em suatela quando você não utiliza o mouse ou
estão algumas das opções de personalização mais interessantes. o teclado por determinado período de tempo. Você pode escolher uma
Papéis de Parede variedade de proteções de tela do Windows.

Os papéis de parede não são tamanha novidade, virou praticamente Aumentando o tamanho da fonte você pode tornar o texto, os ícones e
uma rotina entre as pessoas colocarem fotos de ídolos, paisagens ou outros itens da tela mais fáceis de ver. Também é possível reduzir a escala
qualquer outra figura que as agrade. Uma das novidades fica por conta DPI, escala de pontos por polegada, para diminuir o tamanho do texto e
das fotos que você encontra no próprio SO. Variam de uma foto focando outros itens na tela para que caibam mais informações na tela.
uma única folha numa floresta até uma montanha. Outro recurso de personalização é colocar imagem de conta de usuá-
A outra é a possibilidade de criar um slide show com várias fotos. Elas rio que ajuda a identificar a sua conta em um computador. A imagem é
ficaram mudando em sequência, dando a impressão que sua área de exibida na tela de boas vindas e no menu Iniciar. Você pode alterar a
trabalho está mais viva. imagem da sua conta de usuário para uma das imagens incluídas no
Windows ou usar sua própria imagem.
Gadgets
E para finalizar você pode adicionar “gadgets” de área de trabalho,
As “bugigangas” já são conhecidas do Windows Vista, mas eram tra- que são mini-programas personalizáveis que podem exibir continuamente
vadas no canto direito. Agora elas podem ficar em qualquer local do desk- informações atualizadas como a apresentação de slides de imagens ou
top. contatos, sem a necessidade de abrir uma nova janela.
Servem para deixar sua área de trabalho com elementos sortidos, Aplicativos Novos
desde coisas úteis – como uma pequena agenda – até as de gosto mais
duvidosas – como uma que mostra o símbolo do Corinthians. Fica a crité- Uma das principais características do mundo Linux é suas versões vi-
rio do usuário o que e como utilizar. rem com muitos aplicativos, assim o usuário não precisa ficar baixando
arquivos após instalar o sistema, o que não ocorre com as versões Win-
O próprio sistema já vem com algumas, mas se sentir necessidade, dows.
pode baixar ainda mais opções da internet.
O Windows 7 começa a mudar essa questão, agora existe uma série
Reproduzir em de aplicativos juntos com o Windows 7, para que o usuário não precisa
baixar programas para atividades básicas.
Permitindo acessando de outros equipamentos a um computador com
o Windows Seven, é possível que eles se comuniquem e seja possível Com o Sticky Notes pode-se deixar lembretes no desktop e também
tocar, por exemplo, num aparelho de som as músicas que você tem no HD suportar entrada por caneta e toque.
de seu computador.
No Math Input Center, utilizando recursos multitoque, equações ma-
É apenas necessário que o aparelho seja compatível com o Windows temáticas escritas na tela são convertidas em texto, para poder adicioná-la
Seven – geralmente indicado com um logotipo “Compatível com o Win- em um processador de texto.
dows 7".
O print screen agora tem um aplicativo que permite capturar de formas
Streaming de mídia remoto diferentes a tela, como por exemplo, a tela inteira, partes ou áreas dese-
nhadas da tela com o mouse.

Informática 36 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
· Placa de Vídeo compatível com DirectX 9.0 e 32 MB de memória
(sem Windows Aero)
· Espaço requerido de 16GB
· Saída de Áudio
Se for desejado rodar o sistema sem problemas de lentidão e ainda
usufruir de recursos como o Aero, o recomendado é a seguinte configura-
ção.
Configuração Recomendada: · Processador de 2 GHz (32 ou 64 bits)
· Memória (RAM) de 2 GB
· Espaço requerido de disco rígido: 16 GB

Aplicativo de copiar tela (botão print screen). · Placa de vídeo com suporte a elementos gráficos DirectX 9 com 256
MB de memória (para habilitar o tema do Windows Aero)
O Paint foi reformulado, agora conta com novas ferramentas e design
melhorado, ganhou menus e ferramentas que parecem do Office 2007. · Unidade de DVD-R/W
· Conexão com a Internet (para obter atualizações)
Atualizar de um SO antigo
O melhor cenário possível para a instalação do Windows 7 é com uma
máquina nova, com os requisitos apropriados. Entretanto, é possível
utilizá-lo num computador antigo, desde que atenda as especificações
mínimas.
Se o aparelho em questão possuir o Windows Vista instalado, você te-
rá a opção de atualizar o sistema operacional. Caso sua máquina utilize
Windows XP, você deverá fazer a re-instalação do sistema operacional.
Utilizando uma versão anterior a do XP, muito provavelmente seu compu-
tador não atende aos requisitos mínimos. Entretanto, nada impede que
você tente fazer a reinstalação.
Atualização
“Atualizar é a forma mais conveniente de ter o Windows 7 em seu
Paint com novos recursos.
computador, pois mantém os arquivos, as configurações e os programas
O WordPad também foi reformulado, recebeu novo visual mais próxi- do Windows Vista no lugar” (Site da Microsoft,
mo ao Word 2007, também ganhou novas ferramentas, assim se tornando http://windows.microsoft.com/pt- BR/windows7/help/upgrading-from-
um bom editor para quem não tem o Word 2007. windows-vista-to-windows-7).
A calculadora também sofreu mudanças, agora conta com 2 novos É o método mais adequado, se o usuário não possui conhecimento ou
modos, programador e estatístico. No modo programador ela faz cálculos tempo para fazer uma instalação do método tradicional. Optando por essa
binários e tem opção de álgebra booleana. A estatística tem funções de opção, ainda devese tomar cuidado com a compatibilidade dos programas,
cálculos básicos. o que funciona no Vista nem sempre funcionará no 7.
Também foi adicionado recurso de conversão de unidades como de Instalação
pés para metros.
Por qualquer motivo que a atualização não possa ser efetuada, a ins-
talação completa se torna a opção mais viável.
Neste caso, é necessário fazer backup de dados que se deseja utili-
zar, como drivers e documentos de texto, pois todas as informações no
computador serão perdidas. Quando iniciar o Windows 7, ele vai estar sem
os programas que você havia instalado e com as configurações padrão.
Desempenho
De nada adiantariam os novos recursos do Windows 7 se ele manti-
vesse a fama de lento e paranóico, adquirida por seu antecessor. Testes
indicam que a nova versão tem ganhou alguns pontos na velocidade.
O Seven te ajuda automaticamente com o desempenho: “Seu sistema
operacional toma conta do gerenciamento do processador e memória para
você” (Jim Boyce; Windows 7 Bible, pg 1041, tradução nossa).

Calculadora: 2 novos modos. WordPad remodelado Além disso, as tarefas recebem prioridades. Apesar de não ajudar efe-
tivamente no desempenho, o Windows 7 prioriza o que o usuário está
Requisitos interagindo (tarefas “foreground”).
Apesar desta nova versão do Windows estar mais leve em relação ao Outras, como uma impressão, tem baixa prioridade pois são natural-
Vista, ainda é exigido uma configuração de hardware (peças) relativamen- mente lentas e podem ser executadas “longe da visão” do usuário, dando
te boa, para que seja utilizado sem problemas de desempenho. a impressão que o computador não está lento.
Esta é a configuração mínima: · Processador de 1 GHz (32-bit) Essa característica permite que o usuário não sinta uma lentidão des-
· Memória (RAM) de 1 GB necessária no computador.

Informática 37 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
Entretanto, não se pode ignorar o fato que, com cada vez mais recur-
sos e “efeitos gráficos”, a tendência é que o sistema operacional se torne
um forte consumidor de memória e processamento. O Seven disponibiliza
vários recursos de ponta e mantêm uma performance satisfatória.
Apesar de ser um sistema relativamente novo no mercado, podemos
executar alguns testes e utilizar as suas próprias ferramentas para verificar
o funcionamento.
Monitor de desempenho
Apesar de não ser uma exclusividade do Seven, é uma ferramenta
poderosa para verificar como o sistema está se portando. Podem-se
adicionar contadores (além do que já existe) para colher ainda mais infor-
mações e gerar relatórios.
Monitor de recursos
Com o monitor de recursos, uma série de abas mostra informações
sobre o uso do processador, da memória, disco e conexão à rede.
Comparação
O website w.hardcoreware.net disponibilizou dia 23 de outubro de
2009, em seu web site, uma comparação entre o desempenho do Win-
dows Vista e o Seven.
Abaixo mostramos algumas das comparações realizadas, num pro-
cessador de 4 núcleos e versão 64 bits de ambos. Extrair arquivos WinRAR – quanto menos, melhor Performance ro-
dando jogos 3D - 1
Gráficos

Performance rodando jogos 3D – 2

19 Capacidade de manipulação com fotos e vídeos Conclusão dos gráficos


O desempenho do Windows 7 é melhor na maioria dos casos, concor-
rendo com SO que já está no mercado a mais tempo e com melhor compa-
tibilidade com os softwares existentes.
Durante a extração / compressão, o autor atribuiu a um “bug” o fato de
o Vista ser mais rápido que o 7 para a compressão, mas isso não é um
fato confirmado.
A tendência é que o Windows Seven se desenvolva e resultados de
comparação, como este, fique ainda mais favorável novo sistema opera-
cional da Microsoft.
64 Bits
A principal característica do Windows 7 64 bits é a capacidade de ge-
renciar grandes quantidades de memória. As versões de 32 bits estão
limitadas a 4 GB de memória, mesmo que o computador tenha mais me-
mória não será usada.
O Windows 7 64 bits Ultimate, por exemplo, pode gerenciar até 192
GB de memória, um valor bem maior que o mesmo na versão de 32bits.
Essa quantidade de memória a mais faz o computador responder melhor
quando se tem vários aplicativos em execução ao mesmo tempo.
Outra situação que a quantidade de memória influencia, é nos jogos,
que exigem muito do hardware de computadores, com seus gráficos bem
trabalhados, sons e capacidade de interação.

Operações com arquivos de música Comprimir arquivos em um único A renderização de gráficos 3D e edição de vídeos também são influ-
RAR – quanto menos, melhor enciadas pela quantidade de memória ganhando mais desempenho com
mais memória.
Windows 7 Básico – Questionário

Informática 38 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
1) O Windows 7 tem três edições diferentes de um mesmo sistema dispositivo, com uma interface totalmente nova, adaptada para
operacional, que se adequam às necessidades diárias de cada usuário. dispositivos sensíveis ao toque.
Sendo assim, qual das edições abaixo é a edição básica?
a ( ). Ultimate; No 2011 Consumer Electronics Show, em Las Vegas, a Microsoft
b ( ). Professional; anunciou que o suporte a system-on-a-chip (sistema em um chip) e a
c ( ). Home Premium; processadores ARM estarão inclusos no Windows 8.
* d ( ). Vista. A Microsoft lançou o Windows Developer Preview, primeiro
a beta para o público, no dia 13 de setembro de 2011, sendo seguida pela
2) O que são gadgets? versão Consumer Preview no dia 29 de fevereiro de 2012. No dia 31 de
a ( ). São mini-programas personalizáveis que podem exibir continua- maio de 2012, foi liberada para download a versão Windows 8 Release
mente informações atualizadas, sem a necessidade de abrir uma nova Preview. A versão final foi lançada mundialmente em 26 de outubro de
janela; 2012.
b ( ). São protetores de tela para área de trabalho;
c ( ). São programas que aceleram o funcionamento do Windows; A Microsoft divulgou recentemente que mais de 100 milhões de
d ( ). Nenhuma das alternativas. licenças já foram vendidas. Porém, segundo a Moor Insights & Strategy, as
100 milhões de licenças a que a Microsoft se refere foram despachadas
]3) Qual das alternativas abaixo apresenta corretamente um programa para o mercado, mas não foram, necessariamente, ativadas. Se levarmos
que foi substituído por sua contraparte do Windows em consideração somente o número de usuários ativos, o volume cai para
Live, no Windows 7? cerca de 59 milhões de licenças vendidas. Segundo dados da StatCounter,
a ( ). Windows Calendar; o Windows 8 representa cerca de 5,94% dos usuários mundiais, ainda
b ( ). Windows Photo Gallery; muito longe do Windows 7 que é líder, representando 52,62% dos usuários
c ( ). Windows Mail; mundiais. O Brasil, até então, é o país que mais utiliza o Windows 8.
d ( ). Todas as alternativas estão corretas. * Segundo dados da StatCounter, o Windows 8 representa 8,2% dos
4) Quantas versões (edições) possui o Windows 7? usuários Brasileiros, ainda assim, longe do Windows XP e Windows 7 que
a ( ). 2; representam, respectivamente, 19,28% e 66,13% dos usuários Brasileiros.
b ( ). 5; Recursos
c ( ). 4;
d ( ). 7.
5) Para que serve o recurso “Grupo Doméstico”? a ( ). Permite a co-
municação entre dois ou mais computadores na sua casa, possibilitando o
compartilhamento de arquivos e afins; * b ( ). É o nome que é dado para o
computador que está sendo usado em casa; c ( ). É o grupo de pastas e
arquivos que são usadas em casa; d ( ). É o recurso que permite abrir
diretamente um arquivo recente, sem nem ao menos abrir o programa que Pendrive Windows To Go
você utilizou.
A interface totalmente renovada e os novos aplicativos chamaram
6) Para que é utilizado o recurso Snap? a ( ). É um alarme configurá- atenção do público. Apesar da nova interface, também é possível utilizar a
vel do Windows; b ( ). É um recurso de posicionamento das janelas do interface de Desktop assim como nos sistemas anteriores.
Windows, que permite arrastá-las e posicioná-las de formas diferentes e
mais práticas; * c ( ). É o nome da nova ferramenta de busca do Windows; Tempo de inicialização
d ( ). Nenhuma das alternativas. O Windows 8 possui um boot (inicialização) cerca de 30% a 70% mais
7) Com relação ao sistema de busca do Windows, qual das alternati- rápido do que nas versões anteriores, podendo chegar a iniciar em apenas
vas abaixo apresenta corretamente uma categoria em que é possível dois segundos. Em agosto de 2011, a Microsoft solicitou à United States
dividir o resultado da busca? a ( ). pdfs; b ( ). Temas; c ( ). Programas; * d ( Patent & Trademark Office, o serviço de patentes dos Estados Unidos, o
). Data. registro de um sistema chamado "Fast Machine Booting Through
Streaming Storage" (máquina de rápida inicialização através de
8) Com relação ao recurso “Controle dos Pais”, qual das alternativas armazenamento streaming).
abaixo apresenta corretamente uma forma de bloqueio permitida pelo
Windows 7? a ( ). Bloquear programas; b ( ). Limitar o tempo; c ( ). Bloque- Internet Explorer 10
ar ou permitir jogos; d ( ). Todas as alternativas estão corretas. * O Windows 8 inclui o Internet Explorer 10 na sua nova interface e na
9) O que é Clear Type? a ( ). É o nome que é dado a transparência interface Desktop. O visual do Internet Explorer é mais simples e o
dos menus no Windows 7; b ( ). É uma tecnologia que faz as fontes pare- navegador é mais rápido. Foi totalmente redesenhado, mas a sua versão
cerem mais claras e suaves no monitor; * c ( ). É um programa que organi- Desktop teve poucas mudanças, quando comparada com a versão 9. Já a
za os arquivos do Windows 7; d ( ). É um recurso que adiciona transparên- inclusa na Interface renovada do Windows 8 é mais simples, com menos
cia às imagens de fundo do Windows 7. botões e foi feita uma grande reorganização.

10) Qual das alternativas apresenta corretamente uma novidade pre- Compatibilidade com o Windows Phone
sente na calculadora do Windows 7? a ( ). A calculadora agora pode Segundo o CEO da Nvidia, em entrevista ao CNET, que alguns dos
mudar de cores, de acordo com o tema do Windows em uso; b ( ). A apps feitos para Windows Phone serão compatíveis com o Windows 8 (na
calculadora faz cálculos maiores; c ( ). A calculadora conta agora com dois nova interface). Referiu também que esta compatibilidade "É uma maneira
novos modos de cálculo: programador e estatístico; * d ( ). A calculadora também de estimular os desenvolvedores a criarem novos aplicativos para
pode ser anexada ao Excel 2010. o Windows Phone".
Windows 8 Reconhecimento de voz
Windows 8é um sistema A Microsoft está planeando adicionar a tecnologia Tellme no Windows
operacional da Microsoft para computadores pessoais, 8, capaz de realizar comandos por voz. Esta tecnologia já está presente
portáteis, netbooks e tablets. É o sucessor do Windows 7. Foi anunciado outros aparelhos da marca como Kinect, Xbox 360, Windows
oficialmente por Steve Ballmer, diretor executivo da Microsoft, durante a Phone, Azure entre outros.
conferência de pré-lançamento do sistema operacional. Segundo a
empresa, este sistema operacional será um sistema para qualquer

Informática 39 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
Suporte a Flash Player Quesito Mínimo Recomendado
Depois da Microsoft afirmar que o Windows 8 não teria de forma Arquitetura IA-32 (32-bit) x86-64 (64-bit)
alguma a compatibilidade ao Adobe Flash Player, a empresa voltou atrás e
colocou o suporte ao plugin. Além disso, uma parceria feita pela Microsoft Processador 1 GHz (com PAE, NX e SSE2 suporte)33
e Adobe fará que o Flash tenha atualizações automáticas pelo Windows
Update. O Flash agora é um dos únicos plugins que deve funcionar no Memória RAM 1 GB 2 GB
novo sistema e no Internet Explorer 10. É provável que em versões futuras DirectX 9 dispositivo gráfico com WDDM 1.0
o Adobe Flash Player não seja mais suportado pelo sistema operacional. Placa de vídeo
ou driver superior
Suporte para USB 3.0 Espaço livre em disco
16 GB 20 GB
rígido
Foi confirmado o suporte para USB 3.0 no Windows 8, garantindo
mais velocidade nas cópias e transferências de arquivos do computador Tablets e conversíveis
para dispositivos móveis. Além disso, algumas partes da cópia e
transferência de arquivos foram melhoradas. A Microsoft lançou os requisitos mínimos de hardware para o novo
tablet e dispositivos conversíveis projetados para o Windows 8, e definido
Windows To Go um fator de forma conversível como um dispositivo autônomo que combina
o PC, monitor e fonte de energia recarregável com um teclado mecânico
Com um recurso chamado de Windows To Go, é possível executar o
em anexo e dispositivo apontador em um único chassi. Um conversível
Windows 8 inteiramente a partir de um pen drive ou de um disco
pode ser transformado num comprimido, onde os dispositivos de entrada
rígido externo. Tem como foco os usuários corporativos, que podem
estão conectados escondidos ou removidos, deixando o monitor como o
inicializar seu próprio sistema onde forem. A "desvantagem" fica por conta
mecanismo de entrada única.
do fato que os discos internos do computador "host" não são acessíveis
através do Windows to Go; o mesmo vale para a partição do Windows to Requisitos mínimos de hardware do Windows para tablets
Go quando o dispositivo estiver em um computador com sistema
operacional em execução. Esta função está disponível somente no Placa de DirectX 10 dispositivo gráfico com WDDM 1.2
Windows 8 Enterprise. vídeo ou driver superior

Recursos removidos 10GB de espaço livre, após a experiência fora-da-caixa


Armazenamento
completa
Para além da remoção do menu Iniciar, várias características notáveis
'Força', 'Trava de rotação', 'Tecla Windows', 'Volume-sobe',
foram removidos do Windows 8. O suporte para reprodução de DVDs foi Botões padrão
'Volume-abaixa'
removido doWindows Media Player, devido ao custo de licenciar os
decodificadores necessários (especialmente para dispositivos que não Touch screen apoio de um mínimo de 5 pontos digitalizadores
incluem unidades de disco óptico em tudo) e a prevalência de serviços e resolução de pelo menos 1366x768. As dimensões físicas
de streaming como o Netflix. Pelas mesmas razões, o Windows Media do painel devem coincidir com a relação de aspecto da resolu-
Tela
ção nativa. A resolução nativa do painel pode ser maior do que
Center não está mais incluído por padrão no Windows 8 também, mas o
1366 (horizontalmente) e 768 (verticalmente). Profundidade de
software (que também inclui suporte para reprodução de DVD) pode ser cor mínima nativa é de 32-bits.
adicionado de volta através do add-on pago "Pro Pack" (para a versão
base de Windows 8, que também atualiza o sistema para o Windows 8 Câmera 720p no mínimo
Pro) ou "Media Center Pack" (para o Windows 8 Pro). O Windows 8 ainda Sensor de luz
vai apoiarsoftwares de terceiros que incluem reprodução de DVD. 1–30k lux capaz com uma gama dinâmica de 5-60K
ambiente
Tanto o "Backup e Restauração" e "Versões Anteriores", recursos que Acelerômetro 3 eixos com taxas de dados iguais ou superiores a 50 Hz
costumavam ser Sombras de Cópia, foram removidos no Windows 8 em USB 2.0 Pelo menos, um controlador de porta exposta.
favor da nova função, chamada "Histórico de Arquivos". Ao contrário da
Sombra de Cópia, que realiza monitoramento de nível de bloco de Conectividade Wi-Fi e Bluetooth 4.0 + LE (baixa energia)
arquivos, Arquivo Histórico só utiliza o USN Journal para acompanhar as Alto-falante, microfone, magnetômetro e giroscópio.
mudanças; e adicionalmente, copia as versões anteriores de arquivos Se um dispositivo de banda larga móvel está integrado num
compartilhados armazenados em um computador com Windows Server. sistema de comprimido ou conversível, em seguida, o GPS
assistido de rádio é necessário. Dispositivos que supor-
Edições Outros
tam Near Field Communication precisa ter marcas visuais para
ajudar os usuários a localizar e utilizar a tecnologia de proxi-
O Windows 8 está disponível em quatro edições. Ei-las: midade. A nova combinação dos botões para Ctrl + Alt + Del é
 Windows 8 Tecla Windows + Força.
 Windows 8 Pro
 Windows 8 Pro com Media Centernota 1 Compatibilidade de software
 Windows 8 Enterprisenota 2
A Microsoft anunciou que ela não fará mais versões Starter Edition do
Windows porque a Microsoft não quer limitar mais tanto os usuários do
Windows.
Requisitos
PCs
Os requisitos de sistema da versão para desenvolvedores são
similares aos dos seus antecessores, Windows 7 e Windows Vista.30 Uma
placa de vídeo compatível com DirectX9 é necessária apenas para uso
do Aero e aceleração de hardware. Para dispositivos sensíveis ao toque, é
exigida uma resolução de 1024x768 ou superior, a fim de usar a
funcionalidade de encaixe para os aplicativos. Com redução de requisitos BSOD no Windows 8
de sistema, o Windows 8 poderá funcionar num número maior de
máquinas, tanto num PC como no tablet. Ou seja, quase sem exceção, o Windows 8 para processadores com IA-32 e x64 executa mais
Windows 8 funcionará em pc's que já utilizam o Windows 7. softwares compatíveis com versões anteriores do Windows, com as
mesmas restrições que o Windows 7: 64-bit Windows 8 executa o software

Informática 40 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
de 64-bit e 32-bit e 32-bit do Windows 8 é capaz de executar o software de c) restaurar configurações da Área de Trabalho Remota e configura-
32-bit e 16-bit (embora alguns softwares de 16 bits possam exigir ções de segurança.
configurações de compatibilidade para ser aplicada, ou não funcionar em d) não permitir conexões com este computador.
todos). e) selecionar Usuários.
Windows RT, uma versão do Windows 8 para sistemas 4. No Windows 7, ao fazer backup de arquivos usando o Backup do
com Arquitetura ARM, só suporta aplicativos incluídos com o sistema Windows, o usuário pode deixar que o Windows escolha o que será copia-
(como uma versão especial do Office 2013), fornecidos através do em backup ou o próprio usuário pode selecionar as pastas e unidades
do Windows Update ou na Windows Store apps, para garantir a qualidade individuais para fazer o backup. O Backup do Windows não irá fazer
dos aplicativos disponíveis em ARM. O Windows RT não suporta a backup de alguns arquivos. No Windows 7, será feito backup dos arquivos
execução de aplicativos IA-32 ou x64. A loja de aplicativos do Windows a) temporários em unidades menores do que 1 GB.
pode ser compatível entre Windows 8 e Windows RT, ou compilado para b) que estejam na Lixeira.
suportar uma arquitetura específica. c) de dados salvos nas bibliotecas, na área de trabalho e nas pastas
O Windows 8.1 (AFI: windous eit p int w^n) (codinome Windows Blu- padrão do Windows.
e ) é o nome de uma atualização do sistema operacional Windows 8 (da d) armazenados em discos rígidos formatados com o sistema de
série Microsoft Windows), desenvolvido pela empre- arquivos FAT.
sa americana Microsoft (que foi lançado em outubro de 2012 para compu- e) de programas (arquivos que se definem como parte de um progra-
tadores e tablets), que foi anunciado no dia 14 de maio de 2013. Su- ma no Registro quando o programa é instalado).
a versão de testes para desenvolvedores foi disponibilizada em 26 de
junho de 2013. 5. No Windows 7, domínios, grupos de trabalho e grupos base repre-
sentam diferentes métodos de se organizar computadores em rede. A
O sistema conservará a mesma interface do Windows 8, mas obterá principal diferença entre eles é como os computadores e outros recursos
mais opções de personalização. O Windows 8.1 é o nome da primeira da rede são gerenciados. Sobre grupos de trabalho nesse sistema opera-
grande atualização para o Windows 8. Além de correções debugs, esta cional, considere:
atualização trará o navegador Internet Explorer 11, novas opções para I. Todos os computadores estão no mesmo nível; nenhum computador
personalização da Tela Inicial, mudanças na versão “Metro” do Painel de tem controle sobre o outro.
Controle, novos aplicativos, suporte para uso de aplicativos na Tela Inicial, II. Cada computador possui um conjunto de contas de usuário. Para
otimizações com foco nos novos processadores Intel Haswell (produzidos fazer logon em qualquer computador no grupo de trabalho, o usuário
pela empresa americana Intel) e mudanças internas no núcleo (ou kernel) precisa possuir uma conta nesse computador.
do Windows para melhorar o desempenho geral do sistema operacional. III. Um grupo de trabalho é protegido por senha de acesso.
Está correto o que se afirma em
a) III, apenas.
PROVA SIMULADA I b) I, II e III.
c) I e III, apenas.
d) II e III, apenas.
1. No MS Windows 7 é possível excluir um arquivo ou pasta perma- e) I e II, apenas.
nentemente do disco rígido principal da máquina selecionando o arquivo
com o botão: 6. Sobre domínios em Windows 7, é INCORRETO afirmar que
a) direito do mouse e clicando em Excluir. a) os computadores podem estar em redes locais diferentes.
b) direito do mouse e o arrastando para a Lixeira. b) ao possuir uma conta de usuário no domínio, é possível fazer logon
c) esquerdo do mouse e pressionando Shift+Delete. em qualquer computador do domínio sem precisar ter uma conta nele.
d) esquerdo do mouse e pressionando Delete. c) um domínio pode conter milhares de computadores.
e) direito do mouse e clicando em Copiar. d) um domínio pode conter diversos clientes porém é restrito a apenas
um servidor.
2. No MS Windows 7, ao se conectar um projetor ou monitor externo a e) os administradores de rede usam servidores para controlar a segu-
um notebook, é possível estender ou duplicar a área de trabalho. Estas rança e as permissões para todos os computadores do domínio.
duas maneiras de configurar o que é exibido na tela do notebook e no
projetor permitem, respectivamente, que: 7. Utilidades tais como calendário, temperatura, relógio e medidor de
a) a área de trabalho apareça apenas no projetor ou que a mesma cpu, entre outras, podem ficar fixamente presentes na área de trabalho do
área de trabalho apareça nas duas telas. MS-Windows 7. Trata-se de
b) a área de trabalho apareça apenas na tela do notebook ou que a a) painel de controle de serviços.
mesma área de trabalho apareça nas duas telas. b) serviços administrativos.
c) a mesma área de trabalho apareça nas duas telas ou que a área de c) gadgets.
trabalho englobe as duas telas, permitindo que itens sejam arrastados d) budgets.
entre elas. e) ícones da área de notificação.
d) a área de trabalho englobe as duas telas, permitindo que itens
sejam arrastados entre elas, ou que a mesma área de trabalho apareça 8. Considere as seguintes afirmações sobre a barra de tarefas do Windows
nas duas telas. 7:
e) a área de trabalho apareça apenas na tela do notebook ou que a I. Posso movê-la para qualquer uma das extremidades da tela e também
área de trabalho englobe as duas telas, permitindo que itens sejam arras- posicioná-la no meio, dividindo a área de trabalho em duas partes.
tados entre elas. II. Posso mudar a ordem dos ícones dos programas que estão minimiza-
dos, apenas clicando e arrastando os para a posição desejada.
3. No Windows 7, a Área de Trabalho Remota pode conectar dois III. Posso adicionar a barra de ferramentas “Endereço” e navegar na
computadores através de uma rede ou da Internet. Na tela de Configura- Internet a partir da barra de tarefa.
ções Remotas é possível configurar o modo de conexão na Área de Traba- IV. Em algumas edições do Windows 7, se eu apontar o mouse para o
lho Remota. É INCORRETO afirmar que nessa tela de configuração existe botão “Mostrar área de trabalho”, as janelas abertas ficarão transparentes.
a opção para Se eu clicar nesse botão, as janelas abertas serão minimizadas. Se clicar
a) permitir conexões somente de computadores que estejam execu- novamente, as janelas voltarão a sua posição inicial.
tando a Área de Trabalho Remota com Autenticação no Nível da Rede. Está correto o que consta APENAS em
b) permitir conexões de computadores que estejam executando qual- (A) II, III e IV.
quer versão da Área de Trabalho Remota. (B) I, II e III.
(C) I e II.

Informática 41 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
(D) II e III. C) O Windows 7 suporta tecnologias de 32 bits e de 64 bits nos processa-
(E) I e III. dores.
D) A área de trabalho do Windows 7 não suporta a lixeira, porque foi
9. No Microsoft Windows 7, a partir da sua configuração padrão, a figura introduzido nesse software novo conceito de recuperação de arquivos que
ilustra opções que são acessadas pelo seguinte menu: tenham sido apagados.
E) Por meio do menu Iniciar do Windows 7, o usuário consegue ver todas
as conexões à Internet efetuadas nos últimos dois dias.

12. Com o Windows 7 ligado e pronto para utilização, pressionando-se a


combinação de teclas Ctrl + Shift + Esc uma única vez, obtém-se o
(A) Arquivo de programas.
(B) Painel de controle.
(C) Gerenciador de rede.
(D) Gerenciador de tarefas.
(E) Registro do Windows.

Analise o Item Abaixo (Certo/Errado):


13. A ferramenta Lupa, no Windows 7, permite aumentar temporariamente
uma parte da tela visualizada

14. A ferramenta Painel de controle do Windows 7 não possui recursos


capazes de adicionar impressora para imprimir documentos produzidos a
partir de software instalado nesse sistema operacional.

Analise o Item Abaixo (Certo/Errado):


15. O recurso de atualização do Windows Update permite, entre outras
coisas, baixar automaticamente novas versões do Windows, efetuar atuali-
zação de firewall e antivírus, assim como registrar os programas em uso
mediante pagamento de taxa de administração para a empresa fabricante
desse sistema operacional no Brasil.

16. Por meio das Opções de energia no Painel de Controle do Windows 7,


o usuário pode ajustar as opções de gerenciamento de energia à configu-
ração de hardware exclusiva suportada pelo seu computador.

17. A tela mostrada na figura acima, presente em sistemas Windows 7,


equivale
A) ao Gerenciador de dispositivos.
a) Painel de Controle. B) ao Prompt de comando.
b) Ferramentas do Sistema. C) às Propriedades do sistema.
c) Acessórios. D) ao Painel de controle.
d) Sistemas. E) ao menu do Explorer.
e) Configuração.
18. O Ponto de “Exclamação” sobre uma imagem na janela indica:
10. Assinale a opção correta com relação ao sistema operacional Windows a) ( ) o programa esta inativo
7. b) ( ) o programa não reconhece tal janela
a) O Windows 7 possui, aparente em todos os aplicativos que são execu- c) ( ) falta um drive de reconhecimento
tados nesse sistema operacional, uma barra de ferramentas de janela d) ( ) falta um driver de reconhecimento
padrão com opções de abrir ou fechar arquivos ou pastas, acessar a e) ( ) nda
unidade de rede e ligar ou desligar.
b) A opção Mapear unidade de rede, acessada diretamente pelo ícone ,
permite identificar onde está localizado um arquivo que se deseja encon-
trar na máquina em uso.
c) Por meio da opção Propriedades da barra de tarefas e do menu Iniciar
do Windows 7, é possível ter acesso rápido e imediato às opções Salvar,
Imprimir, Importar e Exportar os arquivos que são utilizados pelo usuário.
d) Em Propriedades de Disco Local (C:) do Windows 7, é possível ter
acesso a informações acerca da quantidade de espaço usado e de espaço
livre no HD. Também é possível acessar a ferramenta Limpeza de disco
para otimizar a distribuição de arquivos no HD.
e) O Painel de Controle do Windows 7 oferece um conjunto de ferramentas
úteis para que os usuários configurem suas tarefas básicas, como receber
e enviar e-mails, acessar os programas e as ferramentas de entretenimen-
to e acessar a pasta Meus documentos, entre outras.

11. Com relação ao sistema operacional Windows 7, assinale a opção


correta.
A) O Windows 7 é imune a certificados digitais autoassinados.
B) O Microsoft Office 2003 é incompatível com o Windows 7.

Informática 42 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos

25. O utilitário Windows Defender propicia, quando instalado em computa-


dores que utilizam o sistema operacional Windows XP ou Windows 7,
proteção contra ataques de vírus.

26. No Windows 7, a barra de menus do Windows Explorer, que é padrão


no Windows XP, pode ser exibida por meio de simples toque na tecla ALT.

27. É um recurso não configurável ou ausente na Barra de Tarefas do


Windows Seven:
a) Bloquear a barra de tarefas
b) Usar ícones pequenos
c) Personalizar os ícones e notificações que aparecem na área de notifica-
ção
d) Usar Aero Peek para visualizar a área de trabalho
e) Fixar na Barra de Tarefas

28. Uma forma de se abrir uma nova janela de um aplicativo que já se


encontra aberto no Windows Seven é procurá-lo a partir do menu Iniciar.
Outra é manter pressionada uma determinada tecla e clicar no respectivo
ícone na barra de tarefas. Essa tecla é SHIFT.

29. Analise as afirmativas abaixo, acerca do Sistema Operacional Win-


19. Considere as seguintes afirmações sobre a barra de tarefas do Win7. dows 7, instalação padrão português brasil.
I - Posso movê-la para qualquer uma das extremidades da tela e também I. Quando um usuário exclui um arquivo do computador, ele ape-
posicioná-la no meio, dividindo a área de trabalho em duas partes. nas é movido para a Lixeira onde fica temporariamente armazena-
II - Posso mudar a ordem dos ícones dos programas que estão minimiza- do até a Lixeira ser esvaziada. Com isso, o usuário tem a oportuni-
dos, apenas clicando e arrastando-os para a posição desejada. dade de recuperar arquivos excluídos acidentalmente e restaurá-
III - Posso adicionar a barra de ferramentas "Endereço" e navegar na
Internet a partir da barra de tarefas.
los para os locais originais. Para restaurar um arquivo, clique nele
IV - Em algumas edições do Win7, seu eu apontar o mouse para o botão e, na barra de ferramentas, clique em Restaurar este item;
"Mostrar área de trabalho" as janelas abertas ficarão transparentes. Se II. O usuário pode alternar para a janela anterior pressionando ALT+TAB,
clicar no botão, as janelas abertas serão minimizadas. Se clicar novamen- ou percorrer todas as janelas abertas e a área de trabalho mantendo
te, as janelas voltarão a sua posição Inicial. pressionada a tecla ALT e pressionando repetidamente a tecla TAB. Solta
Está correta Apenas: ALT para mostrar a janela selecionada;
A) I e II III. O Painel de Controle permite criar, alterar e remover contas de usuário.
B) II e III O nome de usuário pode possuir até 255 caracteres;
C) I e III IV. No gerenciador de arquivos Windows Explorer é possível renomear o
D) II, III, IV arquivo PRODUTOS.doc para PRODUTOS:_INF.doc.
E) I, II e III Está CORRETO apenas o que se afirma em:
a) I e II
b) II, III e IV
20. (Certo/Errado) No momento da instalação do Windows 7, uma pasta c) I e III
denominada Windows é criada automaticamente. Nessa pasta serão d) I, II e IV
armazenados, por exemplo, os arquivos do sistema e os outros programas
produzidos pela Microsoft, como o MS Office.
30. Observe a figura a seguir , no Windows Explorer do Wi indows
7, que mostra três itens selecionados na pasta “BIBLIOTE-
Assinale Certo/errado CA_NACIONAL”armazenada no disco local C:
21 A ferramenta Transferência Fácil do Windows 7, que é um guia passo a
passo para transferência de arquivos e configurações de um computador
que esteja executando o Windows para outro, ajuda a escolher os itens
que serão movidos para o novo computador, como contas de usuário,
favoritos da Internet e email, mas não permite que se escolha o método de
transferência que será utilizado no processo.

22. No Windows 7, uma forma mais rápida de bloquear o computador, ao


invés de usar as teclas Ctrl + Alt + Del, é pressionar simultaneamente as
teclas logotipo Windows + L.

23. No Windows 7, sempre que um arquivo é excluído, ele é transferido e


enviado automaticamente para a lixeira, a menos que o usuário selecione
o arquivo e pressione

que provoca a exclusão definitiva do arquivo.

24. Para organizar os arquivos e pastas de um computador, o Windows 7


também usa bibliotecas que podem reunir itens do próprio computador ou
de um disco rígido de outra máquina.

Informática 43 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos

Considerando a figura acima, que ilustra parte do Painel de Controle do


sistema Windows 7, julgue os itens subsequentes.
Ao se clicar o ícone Sistema e Segurança, é possível verificar as configu-
rações do Windows Update.
( )Certo ( ) Errado

34. Julgue os itens subsequentes, relativos aos sistemas operacionais


Linux e Windows.
No Windows 7 padrão, as pastas e os arquivos são classificados, em uma
janela de pasta, pelo nome, em ordem alfabética, e todas as subpastas
são apresentadas antes de todos os arquivos, sendo possível alterar a
ordem dos itens no painel de conteúdo, classificando-os de acordo com
qualquer uma das propriedades disponíveis no modo de exibição Detalhes.
Certo/ Errado
Para selecionar os três itens mostrados, um usuário deve acessar a pasta
“BIBLIOTECA_NACIONAL” e executar o seguinte atalho de teclado:
a) Ctrl + S
35. Sobre o Microsoft Windows 7 (Seven) analise a afirmativa
b) Ctrl + F abaixo:
c) Ctrl + A Com este recurso, é possível organizar todas as suas janelas, minimizan-
d) Ctrl + T do todas e deixando apenas a que você está usando. Para isso, só é
necessário agitar o mouse na parte de cima do painel da janela, agite de
novo e todas elas voltam a abrir.
31. No Windows 7, um funcionário da Biblioteca Nacional apagou o arquivo Assinale a Alternativa correta:
NORMAS.PDF da pasta LEGISI.AÇÃO no disco local C, o que resultou na a) A afirmativa se refere ao recurso chamado “Aero shake”.
transferência desse arquivo para a Lixeira. Mais tarde, esse funcionário b) Trata-se do recurso “Aero Peek”.
recuperou o arquivo, o que resultou no retorno à situação anterior, Para c) Esse recurso é chamado de “Aero Snap”
isso, ele executou os procedimentos a seguir. d) Esse não é um recurso do Windows 7 (Seven).
• Acessou a Lixeira e selecionou o arquivo deletado;
• Clicou no botão direito do mouse, o que fez com que o sistema mostras- 36. O sistema operacional Windows 7 da Microsoft está disponível em 5
se uma janela de diálogo na tela do monitor de video; versões. A mais simples delas é a
• Para finalizar, ele clicou no botão esquerdo do mouse em uma das a) Home Premium.
opções mostradas nessa janela. b) Home Basic.
A opção escolhida na janela foi: c) Starter.
a) Recortar. d) Beginner.
b) Retornar. e) Home zero.
c) Restaurar.
d) Recuperar. 37. Assinale a alternativa que contém o recurso usado pelo MS-Windows 7
para mantê-lo sempre atualizado.
32. Julgue os itens a seguir, relacionados ao sistema operacional a) Modo de Segurança.
Windows 7. b) Windows Update.
O Windows 7 está disponível nas edições Home Premium, Professional, c) Atualização Simplificada.
Ultimate e Enterprise. Dessas opções, apenas as duas primeiras contêm o d) Windows Center.
recurso peek, que permite a visualização de documentos a partir de jane- e) Windows Manager.
las abertas na área de trabalho.
( )Certo ( ) Errado 38. No Windows 7, o recurso Central de Ações realiza a verificação de
itens de segurança e manutenção do computador e emite notificações
para o usuário, as quais ocorrem quando o status de um item monitorado é
33. alterado.
( )Certo ( ) Errado

Informática 44 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
39. No Windows 7, é possível tornar um diretório restrito, usando- A finalidade principal do navegador é fazer-se o pedido de um
se funcionalidade encontrada na aba Compartilhamento, que é determinado conteúdo da Web e providenciar a exibição do mesmo.
acessada a partir da Calculadora Geralmente, quando o processamento do ficheiro não é possível através
( ) Certo ( ) Errado do mesmo, este apenas transfere o ficheiro localmente. Quando se trata
de texto (Markup Language e/ou texto simples) e/ou imagens bitmaps, o
navegador tenta exibir o conteúdo.
40. Quanto ao sistema operacional Windows Sevem, é correto afirmar:
I - A Lixeira é uma pasta do sistema que tem limite de ocupação. Se a Os navegadores mais primitivos suportavam somente uma versão
ocupação atingir o limite máximo a lixeira terá que ser esvaziada, pois o mais simples de HTML. O desenvolvimento rápido dos navegadores
Windows não oferece mecanismo para mudar este limite de ocupação. proprietários, porém, (vejaAs Guerras dos Navegadores) levou à criação
II - É possível copiar um arquivo ou pasta para um disque-te, clicando com de dialetos não-padronizados do HTML, causando problemas de
o botão direito do mouse no arquivo ou pasta, apontando para “Enviar interoperabilidade na Web. Navegadores mais modernos (tais como
para” e, em seguida, clicando em “Unidade de Disquete”. o Mozilla Firefox, Opera, Google Chrome, Apple Safari e Microsoft Internet
III - É possível excluir arquivos ou pastas arrastando-os para a “Lixeira”. Se Explorer) suportam versões padronizadas das linguagens HTML
você pressionar a tecla SHIFT enquanto arrastar, o item será excluído do e XHTML (começando com o HTML 4.01), e mostram páginas de uma
computador sem ser armazenado na “Lixeira”. maneira uniforme através das plataformas em que rodam.
IV - É possível restaurar um arquivo que está na “Lixeira”. Caso a pasta
em que o arquivo se encontrava originalmente não exista mais, o arquivo Alguns dos navegadores mais populares incluem componentes
será restaurado na área de trabalho do computador. adicionais para suportar Usenet e correspondência de e-mail através dos
O correto está somente em: protocolos NNTP eSMTP, IMAP e POP3 respectivamente
A) I, II e IV. História
B) II, III e IV.
C) II e III. Os primeiros navegadores continham apenas texto depois de algum
D) I e IV. tempo foi aperfeiçoada.
E) III e IV
Com o advento da Internet, ampliou-se o campo da informação. A
Internet é uma grande teia ou rede mundial de computadores. Para
utilizarmos todos os recursos disponíveis nesta imensa ferramenta de
RESPOSTAS
informação, necessitamos de um software que possibilite a busca pela
01. C 11. C 21. E 31. C 41. informação e para isso temos o Navegador.
02. D 12. D 22. C 32. E 42.
03. C 13. C 23. C 33. C 43. Tim Berners-Lee, que foi um dos pioneiros no uso do hipertexto como
04. C 14. E 24. C 34. C 44. forma de compartilhar informações, criou o primeiro navegador,
05. C 15. E 25. E 35. A 45. chamado WorldWideWeb, em 1990. Ele ainda o introduziu como
06. C 16. C 26. C 36. C 46. ferramenta entre os seus colegas do CERN em Março de 1991. D tem sido
07. C 17. B 27. E 37. B 47. intrinsecamente ligado ao desenvolvimento da própria Web.
08. A 18. D 28. C 38. C 48.
09. C 19. D 29. A 39. E 49. A Web, entretanto, só explodiu realmente em com a introdução
10. D 20. E 30. C 40. C 50. do NCSA Mosaic, que era um navegador gráfico (em oposição a
navegadores de modo texto) rodando originalmente no Unix, mas que foi
também portado para o Apple Macintosh e Microsoft Windows logo depois.
Bibliografia A versão 1.0 do Mosaic foi lançada em Setembro de 1993. Marc
http://www.ebah.com.br/content/ABAAAfcAQAK/curso-windows-7- Andreessen, o líder do projeto Mosaic na NCSA, demitiu-se.
basico-completo
A Netscape lançou o seu produto líder Navigator em Outubro de 1994,
http://blog.tribunadonorte.com.br/tnconcursos/files/2013/04/Questõ e este tornou-se o mais popular navegador no ano seguinte. A Microsoft,
es-do-Windows-7.pdf que até então havia ignorado a Internet, entrou na briga com o seu Internet
Prof. Wagner Bugs – http://www.wagnerbugs.com.br Explorer, comprado às pressas da Splyglass Inc. Isso marGuerra
dos Browsers, que foi a luta pelo mercado dessas aplicações entre a
gigante Microsoft e a companhia menor largamente responsável pela
popularização da Web, a Netscape.
O Opera, um navegador rápido e pequeno, popular principalmente em
Navegador- browser [[Compu1996 e permanece um produto de nicho no mercado de
navegadores para oscomputadores pessoais ou PCs.
Um navegador, também conhecido pelos termos em inglês web
browser ou simplesmente browser, é um programa de computador que Essa disputa colocou a Web nas mãos de milhões de usuários
habilita seus usuários a interagirem com documentos virtuais da Internet, ordinários do PC, mas também mostrou como a comercialização da Web
também conhecidos como páginas da web, que podem ser escritas em podia arruinar os esforços de padronização. Tanto a Microsoft como a
linguagens como HTML, ASP, PHP, com ou sem linguagens como Netscape deliberadamente incluíram extensões proprietárias ao HTML em
o CSS e que estão hospedadas num servidor Web. seus produtos, e tentaram ganhar superioridade no mercado através dessa
diferenciação. A disputa terminou em 1998 quando ficou claro que a
Protocolos e padrões
tendência no declínio do domínio de mercado por parte da Netscape era
Os Navegadores Web, ou Web Browsers comunicam-se geralmente irreversível. Isso aconteceu, em parte, pelas ações da Microsoft no sentido
com servidores Web (podendo hoje em dia se comunicar com vários tipos de integrar o seu navegador com o sistema operacional e o
de servidor), usando principalmente o protocolo de transferência de hiper- empacotamento do mesmo com outros produtos por meio de
texto HTTP para efetuar pedidos a ficheiros (português euro- acordos OEM; a companhia acabou enfrentando uma batalha legal em
peu) ou arquivos (português brasileiro), e processar respostas vindas do função das regras antitruste do mercado norte-americano.
servidor. Estes arquivos, são por sua vez identificados por um URL.
A Netscape respondeu liberando o seu produto como código aberto,
O navegador, tem a capacidade de ler vários tipos de arquivos, sendo criando o Mozilla. O efeito foi simplesmente acelerar o declínio da
nativo o processamento dos mais comuns (HTML, XML, JPEG, GIF, PNG, companhia, por causa de problemas com o desenvolvimento do novo
etc.), e os restantes possíveis através de plugins (Flash, Java, etc.). produto. A companhia acabou comprada pela AOL no fim de 1998. O
Mozilla, desde então, evoluiu para uma poderosa suíte de produtos Web
Os navegadores tem a capacidade de trabalhar também com vários com uma pequena mas firme parcela do mercado.
outros protocolos de transferência.

Informática 45 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
O Lynx Browser permanece popular em certos mercados devido à sua  Bloqueio de anúncios
natureza completamente textual.  Preenchimento automático de URLs e dados de formulário
Apesar do mercado para o Macintosh ter sido tradicionalmente  Bookmarks (marcações, favoritos) para manter uma lista de
dominado pelo Internet Explorer e pelo Netscape Navigator, o futuro locais freqüentemente acessados
parece pertencer ao próprio navegador da Apple Inc., o Safari, que é  Suporte a CSS
baseado no mecanismo de renderização KHTML, parte do navegador de  Suporte a cookies, que permitem que uma página ou conjunto
código aberto Konqueror. O Safari é o navegador padrão do Mac OS X. de página rastreie usuários
 Cache de conteúdo Web
Em 2003, a Microsoft anunciou que o Internet Explorer não seria mais  Certificados digitais
disponibilizado como um produto separado, mas seria parte da evolução  Gerenciamento de downloads
da plataforma Windows, e que nenhuma versão nova para o Macintosh  DHTML e XML
seria criada.  Imagens embutidas usando formatos gráficos
Lista de navegadores como GIF, PNG, JPEG e SVG
 Flash
 WorldWideWeb - por Tim Berners-Lee em 1990  Favicons
para NeXTSTEP.  Fontes, (tamanho, cor e propriedades)
 Viola, por Pei Wei, para Unix em 1992.  Histórico de visitas
 HTTPS
 Midas - por Tony Johnson em 1992 para Unix.  Integração com outras aplicações
 Samba - por Robert Cailliau para Macintosh.  Navegação offline
 Applets Java
 Mosaic - por Marc Andreessen e Eric Bina em 1993 para Unix.  JavaScript para conteúdo dinâmico
Aleks Totic desenvolveu uma versão para Macintosh alguns  Plugins
meses depois.  Tabbed browsing
 Arena - por Dave Raggett em 1993.  Modo Anônimo de Navegação
 Verificador de Spyware
 Lynx - o Lynx sugiu na Universidade de Kansas como um
navegador hypertexto independente da Web. O estudante Lou Segurança
Montulli adicionou a o recurso de acesso via TCP-IP na versão Hoje em dia, a maioria dos browsers suportam protocolo de
2.0 lançada em março de 1993. transferência de hipertexto seguro (Secure HTTP) e oferecem uma forma
 Cello - por Tom Bruce em 1993 para PC. rapida e fácil para deletar cache da web, cookies e histórico.
Com o crescimento e as inovações das técnicas de invasões e
 Opera - por pesquisadores da empresa de telecomunicações
infecções que existem na Internet, torna-se cada vez mais necessária
norueguesa Telenor em 1994. No ano seguinte, dois
segurança nos navegadores. Atualmente eles são "obrigados" a possuir
pesquisadores, Jon Stephenson von Tetzchner e Geir Ivarsøy,
proteções contra scripts maliciosos, entre outros conteúdos maliciosos que
deixaram a empresa e fundaram a Opera Software.
possam existir em páginas web acessadas.
 Netscape - pela Netscape em outubro de 1994.
A segurança dos navegadores gera disputa entre eles em busca de
 Internet Explorer - pela Microsoft em 23 de agosto de 1995. mais segurança. Sua proteção tem que ser sempre atualizada, pois com o
passar do tempo, surgem cada vez mais novas técnicas para burlar os
 Safari - pela Apple Inc. em 23 de Junho de 2003. sistemas de segurança dos navegadores.
 Mozilla Firefox - pela Mozilla Foundation com ajuda de O futuro dos navegadores
centenas de colaboradores em 9 de Novembro de 2004.
Em 2008, a W3C anunciou a especificação do HTML5, que entre
 SeaMonkey - pelo Mozilla Foundation - Baseado no Gecko outras, muda a forma de "execução e funcionamento" dos navegadores,
(Mozilla) - Site: http://www.seamonkey- fazendo com que os mesmos não mais executem as linhas de comandos
project.org/releases/seamonkey2.0.5/. em HTML, buscando os recursos agregados (arquivos contendo dados e
informações, ou mesmo, configurações adicionais de funcionamento),
 Flock - pela Flock Inc. baseado no Firefox em 22 de Junho de
atrelando programas adicionais à sua execução (como plugin), e como
2006.
ocorre atualmente, limitando o acesso a alguns conteúdos da Web, que
 Google Chrome - pela Google em Setembro de 2008. ficam "amarrados" a programas de terceiros (outras empresas). Assim
sendo, a especificação HTML5 propicia uma liberdade incondicional do
 Konqueror - pelo Time de Desenvolvedores do KDE. navegador, transformando-o de mero "exibidor e agregador" em um
"programa on-line", que contém as especificações (comandos) de forma
 Dooble - por... - Um navegador Open Source para Linux/Unix,
única, não sendo necessário o complemento de outros recursos e
MAC OS e Windows - Site: http://dooble.sourceforge.net/.
ferramentas. Excetuando-se o IE8, todos os demais navegadores já
 Midori - por Christian Dywan - Um navegador leve baseado contêm o algoritmo que os torna "compatíveis" com a especificação
no WebKitGTK+ e o navegador official do XFCE - HTML5.
Site: http://www.twotoasts.de/.
A Web e as características dos navegadores
Diferentes navegadores podem ser distinguidos entre si pelas
características que apresentam. Navegadores modernos e páginas Web
criadas mais recentemente tendem a utilizar muitas técnicas que não
existiam nos primórdios da Web. Como notado anteriormente, as disputas
entre os navegadores causaram uma rápida e caótica expansão dos
próprios navegadores e padrões da World Wide Web. A lista a seguir
apresenta alguns desses elementos e características:
 ActiveX

Informática 46 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
Navegadores mais usados (D) roteador, switch e cabo cross-over.
(E) roteador e switch.

5. Um programa completamente gratuito que permite visualizar e interagir


com o desktop de um computador em qualquer parte do mundo denomina-
se
(A) MSN.
(B) VNC.
(C) BROWSER.
(D) BOOT.
(E) CHAT.

6. Durante a elaboração de um documento no editor de textos MS-Word,


um Agente deparou-se com a necessidade de criar uma tabela que ocupa-
va mais de uma página, onde algumas células (intersecções de linhas e
colunas) continham valores. Entretanto, esses valores deveriam ser totali-
zados na vertical (por coluna), porém, no sentido horizontal, um valor
médio de cada linha era exigido. Nessas circunstâncias, visando à execu-
ção dos cálculos automaticamente, o Agente optou, acertadamente, por
Usage share of web browsers according to StatCounter. elaborar a tabela no
Há tempos o Internet Explorer é o líder no mercado dos browsers, (A) MS-Excel e depois importá-la no editor de textos pelo menu Editar,
embora em queda acentuada. De acordo com a StatCounter, o navegador utilizando as funções apropriadas do MS-Word.
da Microsoft possui uma participação no mercado de 38.9% contra 25,0% (B) MS-Excel e depois importá-la no editor de textos pelo menu Tabela,
do seu maior rival, o Firefox da Mozilla. Segundo dados de agôsto de utilizando as funções apropriadas do MS-Word.
2011, logo atrás estão os outros navegadores, como Google (C) MS-Excel e depois importá-la no editor de textos pelo menu Arquivo,
Chrome, Apple Safari e Opera. utilizando as funções apropriadas do MS-Word.
(D) próprio MS-Word, utilizando as funções apropriadas disponíveis no
O mais impressionante é a ascensão do Chrome, o browser da menu Ferramentas do editor de textos.
Google. Atualmente, o browser detém mais de 20.9% do mercado, o que o (E) próprio MS-Word, utilizando as funções apropriadas disponíveis no
faz ocupar o 3° lugar na disputa. A possível razão para esse fato são os menu Tabela do editor de textos.
investimentos maciços da empresa na promoção do próprio browser. Esse
browser oferece suporte a extensões, assim como o Opera e o Mozilla 7. No MS-Word, ao marcar uma parte desejada de um texto e
Firefox, o que pode comprometer ainda mais a colocação do primeiro. (A) optar pela cópia, o objetivo é fazer a cópia de formatos de caractere e
parágrafo, somente.
(B) optar pelo recorte, o objetivo é fazer a cópia de formatos de caractere e
PROKVA SIMULADA II parágrafo, somente.
(C) optar pelo recorte, o objetivo é fazer a cópia do conteúdo do texto e/ou
INFORMÁTICA marcadores, somente.
Professor: Alisson Cleiton (D) pressionar o ícone Pincel, o objetivo é fazer a cópia de formatos de
http://www.alissoncleiton.com.br/arquivos_material/a8c722f9fb121ded caractere e/ou parágrafo, somente.
24c5df0bc9cac04d.pdf (E) pressionar o ícone Pincel, o objetivo é fazer a cópia do conteúdo de
1. Os títulos das colunas, na primeira linha de uma planilha eletrônica texto do parágrafo e/ou marcadores, somente.
Excel 2003, para serem congelados na tela deve-se selecionar
(A) a primeira célula da primeira linha, apenas. 8. Em uma planilha MS-Excel, um Agente digitou o conteúdo abaixo:
(B) a primeira célula da segunda linha, apenas.
(C) a primeira célula da primeira linha ou a primeira linha.
(D) a primeira célula da segunda linha ou a segunda linha.
(E) somente as células com conteúdos de título, apenas.

2. A formatação de um parágrafo que deve terminar avançando até 1 cm


dentro da margem direita de um documento Word 2003 exige a especifica-
ção
(A) do Deslocamento em -1 cm (menos 1) a partir da margem direita.
(B) do Deslocamento em +1 cm (mais 1) a partir da margem direita.
(C) do Deslocamento em +1 cm (mais 1) a partir da margem esquerda. O valor da célula C1 e os valores da célula C2 e C3, após arrastar a célula
(D) da medida +1 cm (mais 1) no recuo Direito. C1 pela alça de preenchimento para C2 e C3, serão
(E) da medida -1 cm (menos 1) no recuo Direito. (A) 7, 9 e 11
(B) 7, 8 e 9
3. Os cartões de memória, pendrives, memórias de câmeras e de smart- (C) 7, 10 e 11
phones, em geral, utilizam para armazenar dados uma memória do tipo (D) 9, 10 e 11
(A) FLASH. (E) 9, 9 e 9
(B) RAM.
(C) ROM. 9. Considere a planilha abaixo elaborada no MS-Excel:
(D) SRAM.
(E) STICK.

4. Contêm apenas dispositivos de conexão com a Internet que não possu-


em mecanismos físicos de proteção, deixando vulnerável o computador
que possui a conexão, caso o compartilhamento esteja habilitado:
(A) hub, roteador e switch.
(B) hub, roteador e cabo cross-over.
(C) hub, switch e cabo cross-over.

Informática 47 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
15. Um Agente foi acionado para estudar a respeito dos conceitos de
certificação digital. Após alguma leitura, ele descobriu que NÃO tinha
relação direta com o assunto o uso de
(A) chave pública.
(B) criptografia.
(C) assinatura digital.
(D) chave privada.
(E) assinatura eletrônica.

16. A área para aplicação de um cabeçalho em um documento MS Word


deve levar em consideração, sem qualquer pré-definição de valores, as
medidas da
O conteúdo da célula C1 foi obtido pela fórmula =A$1*$B$1 apresentando, (A) altura do cabeçalho igual à distância da borda somada à margem
inicialmente, o resultado 10. Caso todas as células, com exceção da C1, superior.
tenham seu conteúdo multiplicado por 8, o resultado da ação de arrastar a (B) margem superior igual à distância da borda somada à altura do cabe-
célula C1 pela alça de preenchimento para as células C2 e C3 será çalho.
(A) valor de C2 maior que C1 e valor de C3 maior que C2. (C) margem superior somada à distância da borda, mais a altura do cabe-
(B) valor de C2 menor que C1 e valor de C3 menor que C2. çalho.
(C) valores e fórmulas em C2 e C3 idênticos aos de C1. (D) distância da borda igual à margem superior.
(D) valores iguais, porém fórmulas diferentes nas células C1, C2 e C3. (E) altura do cabeçalho igual à margem superior.
(E) valor de C2 igual ao de C1 porém menor que o de C3.
17. NÃO se trata de uma opção de alinhamento da tabulação de parágra-
10. No Windows XP (edição doméstica), o uso da Lente de aumento da fos no MS Word:
Microsoft é objeto de (A) Direito.
(A) acessibilidade. (B) Centralizado.
(B) gerenciamento de dispositivos. (C) Esquerdo.
(C) gerenciamento de impressoras. (D) Justificado.
(D) configuração de formatos de dados regionais. (E) Decimal.
(E) configuração das propriedades de teclado.
18. Selecionando-se as linhas 3 e 4 de uma planilha MS Excel existente e
11. Pressionando o botão direito (destro) do mouse em um espaço vazio clicando-se na opção Linhas do menu Inserir, ocorrerá a inserção de
do desktop do Windows XP (edição doméstica) e selecionando Proprieda- (A) uma linha em branco, na posição de linha 3, sobrepondo a linha 3
des, será exibida uma janela com abas tais como Área de Trabalho e existente.
Configurações. Entre outras, será exibida também a aba (B) uma linha em branco, na posição de linha 5, sobrepondo a linha 5
(A) Ferramentas administrativas. existente.
(B) Opções de pasta. (C) uma linha em branco, na posição de linha 5, deslocando as linhas
(C) Propriedades de vídeo. existentes em uma linha para baixo.
(D) Painel de controle. (D) duas linhas em branco, nas posições de linha 3 e 4, sobrepondo as
(E) Tarefas agendadas. linhas 3 e 4 existentes.
(E) duas linhas em branco, nas posições de linha 3 e 4, deslocando as
12. A boa refrigeração de um processador geralmente é obtida mediante linhas existentes em duas linhas para baixo.
(A) a execução do boot proveniente de uma unidade periférica.
(B) a instalação de uma placa-mãe compacta. 19. Para imprimir títulos de colunas em todas as páginas impressas de
(C) a adequada distribuição da memória. uma planilha MS Excel deve-se selecionar as linhas de título na guia
(D) o uso de um cooler. (A) Planilha do menu Exibir.
(E) o aumento do clock. (B) Cabeçalho/rodapé do menu Exibir.
(C) Planilha da janela Configurar página.
13. Na Web, a ligação entre conjuntos de informação na forma de docu- (D) Página da janela Configurar página.
mentos, textos, palavras, vídeos, imagens ou sons por meio de links, é (E) Cabeçalho/rodapé da janela Configurar página.
uma aplicação das propriedades
(A) do protocolo TCP. 20. No MS Windows XP, se um arquivo for arrastado pelo mouse, pressio-
(B) dos hipertextos. nando-se simultaneamente a tecla SHIFT, será
(C) dos conectores de rede. (A) movido o arquivo para a pasta de destino, se as pastas de origem e
(D) dos modems. destino estiverem na mesma unidade ou se estiverem em unidades dife-
(E) das linhas telefônicas. rentes.
(B) movido o arquivo para a pasta de destino, se as pastas de origem e
14. Nos primórdios da Internet, a interação entre os usuários e os conteú- destino estiverem apenas em unidades diferentes.
dos virtuais disponibilizados nessa rede era dificultada pela não existência (C) copiado o arquivo na pasta de destino, se as pastas de origem e
de ferramentas práticas que permitissem sua exploração, bem como a destino estiverem na mesma unidade ou se estiverem em unidades dife-
visualização amigável das páginas da Web. Com o advento e o aperfeiço- rentes.
amento de programas de computador que basicamente eliminaram essa (D) copiado o arquivo na pasta de destino, se as pastas de origem e
dificuldade, os serviços e as aplicações que puderam ser colocados à destino estiverem apenas em unidades diferentes.
disposição dos usuários, iniciaram uma era revolucionária, popularizando (E) criado na pasta de destino um atalho para o arquivo, se as pastas de
o uso da Internet. Segundo o texto, a eliminação da dificuldade que auxili- origem e destino estiverem na mesma unidade ou se estiverem em unida-
ou na popularização da Internet foi des diferentes.
(A) o uso de navegadores.
(B) o surgimento de provedores de acesso. 21. Considere os seguintes motivos que levaram diversas instituições
(C) o aumento de linhas da rede. financeiras a utilizar teclados virtuais nas páginas da Internet:
(D) o surgimento de provedores de conteúdo. I. facilitar a inserção dos dados das senhas apenas com o uso do mouse.
(E) a disponibilização de serviços de banda larga. II. a existência de programas capazes de capturar e armazenar as teclas
digitadas pelo usuário no teclado de um computador.

Informática 48 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
III. possibilitar a ampliação dos dados do teclado para o uso de deficientes (D) largura da coluna e do comprimento do conteúdo da célula, apenas.
visuais. (E) largura da coluna, do comprimento do conteúdo da célula e da mescla-
Está correto o que se afirma em gem da célula.
(A) I, apenas.
(B) II, apenas. 29. Em uma classificação crescente, o MS Excel usa a ordem a seguir:
(C) III, apenas. (A) Células vazias, valores lógicos, textos, datas e números.
(D) II e III, apenas. (B) Células vazias, textos, valores lógicos, datas e números.
(E) I, II e III. (C) Números, valores lógicos, datas, textos e células vazias.
(D) Números, datas, valores lógicos, textos e células vazias.
22. O aplicativo equivalente ao MS-Excel é o BrOffice.org (E) Números, datas, textos, valores lógicos e células vazias.
(A) Math.
(B) Writer. 30. O sistema operacional Windows, 2000 ou XP, pode reconhecer
(C) Calc. (A) o sistema de arquivo FAT, somente.
(D) Base. (B) o sistema de arquivo FAT32, somente.
(E) Draw. (C) o sistema de arquivo NTFS, somente.
(D) os sistemas de arquivo FAT32 e NTFS, somente.
23. A formatação no MS-Word (menu Formatar) inclui, entre outras, as (E) os sistemas de arquivo FAT, FAT32 e NTFS.
opções
(A) Parágrafo; Fonte; Colunas; e Molduras. 31. No Calc, a célula A1 contém a fórmula =30+B1 e a célula B1 contém o
(B) Parágrafo; Fonte; Data e hora; e Legenda. valor 8. Todas as demais células estão vazias. Ao arrastar a alça de pre-
(C) Referência cruzada; Parágrafo; Maiúsculas e minúsculas; e Estilo. enchimento da célula A1 para A2, o valor de A2 será igual a
(D) Cabeçalho e rodapé; Régua; Barra de ferramentas; e Marcadores e (A) 38
numeração. (B) 30
(E) Barra de ferramentas; Marcadores e numeração; Referência cruzada; e (C) 22
Fonte. (D) 18
(E) 0
24. A placa de circuito de um micro onde ficam localizados o processador
e a memória RAM, principalmente, é a placa 32. O número 2.350.000 inserido em uma célula do Calc com o formato
(A) serial. Científico será exibido na célula como
(B) paralela. (A) 2,35E+006
(C) USB. (B) 2,35+E006
(D) de vídeo. (C) 2,35E006+
(E) mãe. (D) 0,235+E006
(E) 235E+006
25. O espaçamento entre as linhas de um parágrafo do MS Word, aumen-
tado em 100% a partir do espaçamento simples, é definido apenas pela 33. No Writer, o ícone utilizado para copiar a formatação do objeto ou do
opção texto selecionado e aplicá-la a outro objeto ou a outra seleção de
(A) Exatamente = 2 ou Duplo. texto é o
(B) Múltiplos =2 ou Duplo. (A) Localizar e substituir.
(C) Múltiplos =2 ou Exatamente =2. (B) Gallery.
(D) Pelo menos =2 ou Duplo. (C) Navegador.
(E) Duplo. (D) Pincel de estilo.
(E) Copiar e colar.
26. Para repetir uma linha de cabeçalho de uma tabela no início de cada
página do MS Word, deve-se, na janela “Propriedades da tabela”, assinalar OBJETIVO:
a referida opção na guia O Ministério Público do Governo Federal de um país deseja modernizar
(A) Tabela. seu ambiente tecnológico de informática.
(B) Página. Para tanto irá adquirir equipamentos de computação eletrônica avançados
(C) Linha. e redefinir seus sistemas de computação a fim de agilizar seus processos
(D) Cabeçalho. internos e também melhorar seu relacionamento com a sociedade.
(E) Dividir tabela. REQUISITOS PARA ATENDER AO OBJETIVO:
(Antes de responder às questões, analise cuidadosamente os requisitos a
27. Sobre cabeçalhos e rodapés aplicados no MS Word, considere: seguir, considerando que estas especificações podem ser adequadas ou
I. Em um documento com seções é possível inserir, alterar e remover não).
diferentes cabeçalhos e rodapés para cada seção. §1 º - Cadastros recebidos por intermédio de anexos de mensagens ele-
II. Em um documento é possível inserir um cabeçalho ou rodapé para trônicas deverão ser gravados em arquivos locais e identificados por
páginas ímpares e um cabeçalho ou rodapé diferente para páginas pares. ordem de assunto, data de recebimento e emitente, para facilitar sua
III. Os cabeçalhos e rodapés podem ser removidos da primeira página de localização nos computadores.
um documento. §2º - Todos os documentos eletrônicos oficiais deverão ser identificados
Está correto o que se afirma em com o timbre federal do Ministério que será capturado de um documento
(A) I, apenas. em papel e convertido para imagem digital.
(B) I, II e III. §3 º - A intranet será usada para acesso de toda a sociedade aos dados
(C) I e III, apenas. ministeriais e às pesquisas por palavra chave, bem como os diálogos
(D) II e III, apenas. eletrônicos serão feitos por ferramentas de chat.
(E) III, apenas. §4 º - Os documentos elaborados (digitados) no computador (textos) não
podem conter erros de sintaxe ou ortográficos.
28. Assinalar “Quebrar texto automaticamente” em Formatar Células de §5 º - Todas as planilhas eletrônicas produzidas deverão ter as colunas de
uma planilha MS Excel indica a possibilidade da quebra do texto em várias valores totalizadas de duas formas: total da coluna (somatório) e total
linhas, cujo número de linhas dentro da célula depende da acumulado linha a linha, quando o último valor acumulado deverá corres-
(A) largura da coluna, apenas. ponder ao somatório da coluna que acumular. Exemplo:
(B) mesclagem da célula, apenas.
(C) largura da coluna e da mesclagem da célula, apenas.

Informática 49 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
38. Considerando o ambiente Microsoft, o requisito especificado no §4 º
quer dizer ao funcionário que, para auxiliá-lo na tarefa de verificação e
correção, ele deve
(A) usar a configuração de página do editor de textos.
(B) acionar uma função específica do editor de textos.
(C) usar a ferramenta de edição do organizador de arquivos.
(D) usar a correção ortográfica do organizador de arquivos.
(E) acionar a formatação de página do editor de textos.

39. Uma determinação da diretoria de um órgão público obriga que a


segurança de zonas internet, intranet local, sites confiáveis e sites restritos
seja configurada no nível padrão para todas elas. O local apropriado para
configurar essa segurança de zona, no Internet Explorer, é na aba Segu-
rança
34. Considere os seguintes dispositivos:
(A) da opção Configurar página do menu Formatar.
I. impressora multifuncional;
(B) da opção Configurar página do menu Arquivo.
II. pen drive;
(C) das Opções da Internet do menu Editar.
III. scanner;
(D) das Opções da Internet do menu Ferramentas.
IV. impressora a laser.
(E) das Opções da Internet do menu Formatar.
Em relação à captura referenciada nos requisitos especificados no §2º, é
INCORRETO o uso do que consta SOMENTE em
40. O supervisor de um departamento solicitou a um funcionário que ele
(A) II.
fizesse uma lista de itens de hardware e de software que estavam em seu
(B) IV.
poder. O funcionário tinha em sua posse, além de uma CPU com Windows
(C) I e III.
XP, um hard disk, um pen drive onde tinha gravado o Windows Media
(D) II e IV.
Player, e uma unidade de CD-ROM. Na CPU ele tinha instalado também o
(E) I, III e IV.
MS-Word e a Calculadora do Windows. Nessa situação, na lista que o
funcionário fez corretamente constavam
35. Para atender aos requisitos especificados no §1º é preciso saber usar
(A) dois itens de hardware e três de software.
ferramentas de
(B) três itens de hardware e quatro de software.
(A) e-mail e que é possível organizar Pastas dentro de Pastas e Arquivos
(C) três itens de hardware e cinco de software.
dentro de Pastas.
(D) quatro itens de hardware e três de software.
(B) chat e que é possível organizar Pastas dentro de Pastas e Arquivos
(E) quatro itens de hardware e quatro de software.
dentro de Arquivos.
(C) browser e que é possível organizar Pastas dentro de Pastas, mas não
41. Prestam-se a cópias de segurança (backup)
Arquivos dentro de Pastas.
(A) quaisquer um destes: DVD; CD-ROM; disco rígido externo ou cópia
(D) e-mail e que é possível organizar Pastas dentro de Arquivos e Arquivos
externa, quando os dados são enviados para um provedor de serviços via
dentro de Pastas.
internet.
(E) busca e que é possível organizar Arquivos dentro de Pastas, mas não
(B) apenas estes: CD-ROM; disco rígido e cópia externa, quando os dados
Pastas dentro de Pastas.
são enviados para um provedor de serviços via internet.
(C) apenas estes: DVD, CD-ROM e disco rígido externo.
36. Considere os Quadros 1 e 2 abaixo e os requisitos especificados no
(D) apenas estes: CD-ROM e disco rígido externo.
§3º.
(E) apenas estes: DVD e CD-ROM.

42. Foi solicitado que, no editor de textos, fosse aplicado o Controle de


linhas órfãs/viúvas. Para tanto, esta opção pode ser habilitada na aba
Quebras de linha e de página, no menu/Opção
(A) Arquivo/Configurar página.
(B) Formatar/Parágrafo.
(C) Formatar/Tabulação.
(D) Exibir/Normal.
(E) Ferramentas/Estilo.

43. O chefe do departamento financeiro apresentou a um funcionário uma


Quanto ao uso das especificações dos requisitos, a relação apresentada planilha contendo o seguinte:
nos quadros é correta entre
(A) I-a - I-b - II-c.
(B) I-a - II-b - I-c.
(C) II-a - I-b - II-c.
(D) II-a - II-b - II-c.
(E) II-a - II-b - I-c.

37. Considere os dados da planilha eletrônica exemplificada no §5º. Está Em seguida solicitou ao funcionário que selecionasse as 6 células (de A1
correta a fórmula inserida em B3 e pronta para ser propagada para B4 e até C2) e propagasse o conteúdo selecionado para as 6 células seguintes
B5 se for igual a (de A3 até C4), arrastando a alça de preenchimento habilitada na borda
(A) =B3+A2. inferior direita de C2. Após essa operação, o respectivo resultado contido
(B) =B$2+A3. nas células C3 e C4 ficou
(C) =B2+A3. (A) 11 e 13.
(D) =B2+A2. (B) 13 e 15.
(E) =B2+A$3. (C) 15 e 19.
(D) 17 e 19.
(E) 17 e 21.

Informática 50 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
44. Os aplicativos abertos pelos usuários no Windows XP, que podem ser
alternados como janela ativa ou inativa, são apresentados na forma 52. Os dispositivos de rede de computadores que são interconectados
de física e logicamente para possibilitar o tráfego de informações pelas
(A) botões na barra de tarefas. redes compõem layouts denominados
(B) ícones na área de trabalho. (A) protocolos.
(C) opções no menu iniciar. (B) topologias.
(D) ferramentas no painel de controle. (C) roteamentos.
(E) ícones na área de notificação. (D) arquiteturas.
(E) cabeamento.
45. Um papel de parede pode ser aplicado no Windows XP por meio das
Propriedades de Vídeo na guia 53. Considere:
(A) Temas. I. Uma Intranet é uma rede pública e uma Extranet é uma rede privada.
(B) Aparência. II. O protocolo padrão da Internet é o TCP/IP.
(C) Área de trabalho. III. Os softwares plug-ins acrescentam funcionalidades aos navegadores
(D) Proteção de telas. da Internet.
(E) Configurações. Está correto o que se afirma em:
(A) I, II e III.
46. Estando o cursor em qualquer posição dentro do texto de um docu- (B) I, apenas.
mento Word, a função da tecla especial Home é movimentá-lo para o (C) I e III, apenas.
início (D) I e II, apenas.
(A) da tela. (E) II e III, apenas.
(B) da linha.
(C) da página. 54. O Windows permite a conexão com uma pasta de rede compartilhada
(D) do parágrafo. bem como a atribuição de uma letra de unidade à conexão para que se
(E) do documento. possa acessá-la usando "Meu computador". Para fazer isso, deve-se clicar
com o botão direito em "Meu computador" e escolher
47. Para criar um cabeçalho novo em um documento Word deve-se primei- (A) "Meus locais de rede".
ramente (B) "Procurar computadores".
(A) clicar duas vezes na área do cabeçalho, apenas. (C) "Explorar".
(B) selecionar a opção Cabeçalho e Rodapé no menu Inserir, apenas. (D) "Gerenciar".
(C) selecionar a opção Cabeçalho e Rodapé no menu Exibir, apenas. (E) "Mapear unidade de rede".
(D) clicar duas vezes na área do cabeçalho ou selecionar a opção Cabeça-
lho e Rodapé no menu Inserir. 55. Existe uma operação específica no Word que serve para destacar um
(E) clicar duas vezes na área do cabeçalho ou selecionar a opção Cabeça- texto selecionado colocando uma moldura colorida em sua volta, como
lho e Rodapé no menu Exibir. uma caneta "destaque" (iluminadora). Trata-se de
(A) "Cor da fonte".
48. Dada a fórmula =(A1+B1+C1+D1)/4 contida na célula E1 de uma (B) "Pincel".
planilha Excel, para manter o mesmo resultado final a fórmula poderá ser (C) "Realce".
substituída pela função (D) "Cor da borda".
(A) =MÉDIA(A1:D1) (E) "Caixa de texto".
(B) =MÉDIA(A1;D1)
(C) =MÉDIA(A1+B1+C1+D1) 56. Em uma planilha Excel foram colocados os seguintes dados nas célu-
(D) =SOMA(A1;D1)/4 las A1 até A4, respectivamente e nessa ordem:
(E) =SOMA(A1+B1+C1+D1) josé+1
catavento
49. A formatação da altura de uma linha selecionada da planilha Excel, catavento+3
com a opção AutoAjuste, indica que a altura da mesma será ajustada José
(A) na medida padrão, apenas no momento da formatação. Selecionando-se essas quatro células e arrastando-as pela alça de preen-
(B) na medida padrão, automaticamente a cada redefinição da letra. chimento (na borda da célula A4) até a célula A8, o resultado em A5 e A7
(C) na medida determinada pelo usuário, automaticamente a cada redefi- será, respectivamente,
nição da letra. (A) José+1 e catavento.
(D) com base no tamanho da maior letra, automaticamente a cada redefi- (B) josé+2 e catavento+4.
nição da letra. (C) josé e catavento+3.
(E) com base no tamanho da maior letra, apenas no momento da formata- (D) josé+3 e catavento+4.
ção. (E) josé+1 e catavento+3.

50. A exibição de tela inteira do computador para mostrar da mesma 57. Para iniciar uma nova apresentação em branco no PowerPoint, é
maneira que o público verá a aparência, os elementos e os efeitos nos possível usar a opção "Apresentação em branco", do "Painel de Tarefas",
slides é utilizada pelo PowerPoint no modo de exibição ou ainda o botão "Novo", que fica no início da barra de ferramentas pa-
(A) normal. drão. Ao fazer isso, o "Painel de Tarefas" será modificado para
(B) de estrutura de tópicos. (A) "Mostrar formatação".
(C) de guia de slides. (B) "Barra de títulos".
(D) de classificação de slides. (C) "Apresentação".
(E) de apresentação de slides. (D) "Layout do slide".
(E) "Barra de desenho".
51. Uma apresentação em PowerPoint pode conter efeitos nas exibições
dos slides, entre outros, do tipo esquema de transição 58. Ao fazer uma pesquisa envolvendo três termos no Google, foi escolhi-
(A) mostrar em ordem inversa. da uma determinada opção em um dos sites constantes da lista apresen-
(B) aplicar zoom gradativamente. tada. Ao abrir o site, tal opção faz com que os três termos sejam apresen-
(C) máquina de escrever colorida. tados em destaque com cores diferentes ao longo dos textos da página
(D) persiana horizontal. aberta. Tal opção é
(E) lâmpada de flash. (A) "Em cache".

Informática 51 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
(B) "No domínio". 65. No Google é possível definir a quantidade de sites listados em cada
(C) "Similares". página por meio da opção
(D) "Com realce". (A) Ferramentas.
(E) "Filtrados". (B) Exibir.
(C) Histórico.
59. Um funcionário utilizou uma função automática do editor de texto para (D) Resultados das pesquisas.
converter em letras maiúsculas uma sentença completa que antes era de (E) Configurações da pesquisa.
composição mista (maiúsculas e minúsculas). O menu que habilita essa
opção dentro da qual se pode acessar a função Maiúsculas e minúsculas é 66. É possível expandir a memória RAM do computador mediante a inser-
(A) Ferramentas. ção de uma placa correspondente em um
(B) Formatar. (A) sistema de arquivos.
(C) Inserir. (B) sistema operacional.
(D) Exibir. (C) slot livre.
(E) Editar. (D) boot livre.
(E) DVD.
60. Para modificar a pasta padrão, onde o editor de texto guarda os Mode-
los do usuário, deve-se acessar o menu 67. O dispositivo que, ligado ao modem, viabiliza a comunicação sem fio
(A) Ferramentas, a opção Opções e a aba Arquivos. em uma rede wireless é
(B) Ferramentas, a opção Modelos e suplementos e a aba Arquivos. (A) o sistema de rede.
(C) Ferramentas, a opção Estilos e a aba Opções. (B) o servidor de arquivos.
(D) Formatar, a opção Estilo e a aba Modelos e suplementos. (C) a porta paralela.
(E) Editar, a opção Estilo e a aba Modelos e suplementos. (D) a placa-mãe.
(E) o roteador.
61. Considere a planilha:
68. Com relação à computação, considere:
I. Basicamente, duas grandes empresas, Intel e AMD, disputam o mercado
mundial de fabricação de processadores. A Intel mensura a desempenho
dos seus processadores baseados no clock. A AMD, por sua vez, tem
conseguido rendimentos proporcionais dos seus chips com clocks mais
baixos, desconsiderando, inclusive, o clock como referência.
II. Comparada ao desktop, a mobilidade é a principal vantagem do notebo-
Ao arrastar a célula B2 para B3 pela alça de preenchimento, B3 apresenta- ok. No entanto, as restrições quanto à facilidade de atualizações tecnoló-
rá o resultado gicas dos itens de hardware, são o seu fator de desvantagem. Os fabrican-
(A) 6. tes alegam que as limitações decorrem do fato de a maior parte dos com-
(B) 10. ponentes vir integrada de forma permanente à placa-mãe do equipamento,
(C) 12. visando construir modelos menores, de baixo consumo de energia e com
(D) 14. pouco peso.
(E) 16. III. O conceito do software, também chamado de sistema ou programa,
pode ser resumido em sentença escrita em uma linguagem que o compu-
62. O chefe do departamento financeiro pediu a um funcionário que, ao tador consegue interpretar. Essa sentença, por sua vez, é a soma de
concluir a planilha com dados de contas contábeis, este aplicasse um filtro diversas instruções ou comandos que, ao serem traduzidas pelo computa-
na coluna que continha o nome das contas, a fim de possibilitar a exibição dor, fazem com que ele realize determinadas funções.
apenas dos dados de contas escolhidas. Para tanto, o funcionário esco- IV. A licença de uso de software denominada OEM é uma das melhores
lheu corretamente a opção Filtrar do menu formas para o adquirente comprar softwares, como se estivesse adquirindo
(A) Editar. na loja o produto devidamente embalado, pois a negociação pode ser feita
(B) Ferramentas. pela quantidade, o que garante boa margem de economia no preço do
(C) Exibir. produto.
(D) Dados. É correto o que consta em
(E) Formatar. (A) I e II, apenas.
(B) I, II, III e IV.
63. No Windows, a possibilidade de controlar e reverter alterações perigo- (C) II, III e IV, apenas.
sas no computador pode ser feita por meio (D) I, II e III, apenas.
I. da restauração do sistema. (E) II e III, apenas.
II. das atualizações automáticas.
III. do gerenciador de dispositivos. 69. No que concerne a conceitos básicos de hardware, considere:
Está correto o que consta em I. Memória Cache é uma pequena quantidade de memória estática de alto
(A) I, apenas. desempenho, tendo por finalidade aumentar o desempenho do processa-
(B) II, apenas. dor realizando uma busca antecipada na memória RAM. Quando o pro-
(C) I e II, apenas. cessador necessita de um dado, e este não está presente no cache, ele
(D) I e III, apenas. terá de realizar a busca diretamente na memória RAM. Como provavel-
(E) I, II e III. mente será requisitado novamente, o dado que foi buscado na RAM é
copiado na cache.
64. Em alguns sites que o Google apresenta é possível pedir um destaque II. O tempo de acesso a uma memória cache é muitas vezes menor que o
do assunto pesquisado ao abrir a página desejada. Para tanto, na lista de tempo de acesso à memória virtual, em decorrência desta última ser
sites apresentados, deve-se gerenciada e controlada pelo processador, enquanto a memória cache tem
(A) escolher a opção “Pesquisa avançada”. o seu gerenciamento e controle realizado pelo sistema operacional.
(B) escolher a opção “Similares”. III. O overclock é uma técnica que permite aumentar a freqüência de
(C) escolher a opção “Em cache”. operação do processador, através da alteração da freqüência de barra-
(D) dar um clique simples no nome do site. mento da placa-mãe ou, até mesmo, do multiplicador.
(E) dar um clique duplo no nome do site. IV. O barramento AGP foi inserido no mercado, oferecendo taxas de
velocidade de até 2128 MB por segundo, para atender exclusivamente às
aplicações 3D que exigiam taxas cada vez maiores. A fome das aplicações

Informática 52 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
3D continuou e o mercado tratou de desenvolver um novo produto, o PCI (C) recebe formatação especial e funcionalidades não contidas no formato
Express que, além de atingir taxas de velocidade muito superiores, não se DOC.
restringe a conectar apenas placas de vídeo. (D) não recebe nenhum tipo de formatação, sendo salvo, portanto, como
É correto o que consta em um texto sem formatação.
(A) I, III e IV, apenas. (E) assemelha-se ao formato RTF na sua formatação, mas diferencia-se
(B) I, II, III e IV. na descrição dos dados.
(C) II, III e IV, apenas.
(D) I e II, apenas. 74. No MS-Office 2003:
(E) II e III, apenas. (A) no menu Ferramentas, tanto a opção Proteger Documento quanto o
comando Opções têm a mesma finalidade, excetuando-se apenas os
70. No que se refere ao ambiente Windows, é correto afirmar: botões Segurança de macros e Assinaturas digitais contidos somente no
(A) Programas de planilha eletrônica, navegadores da Web e processado- comando Opções.
res de texto são executados com o dobro de velocidade em um computa- (B) quando se define uma Senha de proteção para um documento, a
dor de 64 bits, em relação a um computador de 32 bits. criptografia é utilizada para proteger o conteúdo do arquivo, sendo possí-
(B) Um aspecto interessante no ambiente Windows é a versatilidade de vel até mesmo escolher o tipo de criptografia utilizada. Embora outras
uso simultâneo das teclas [Ctrl], pessoas possam ler o documento, elas estarão impedidas de modificá-lo.
[Alt] e [Del], notadamente nos aplicativos onde há interação usuário- (C) algumas das configurações exibidas na guia Segurança, como, por
programa. A função executada pelo acionamento de tais teclas associa-se exemplo, a opção Recomendável somente leitura, (disponível no Word,
diretamente às requisições de cada aplicativo. Excel e PowerPoint) têm como função proteger um documento contra
(C) Os termos versão de 32 bits e versão de 64 bits do Windows referem- interferência mal intencionada.
se à maneira como o sistema operacional processa as informações. Se o (D) a opção Proteger Documento, do menu Ferramentas (disponível no
usuário estiver executando uma versão de 32 bits do Windows, só poderá Word e no PowerPoint), tem como função restringir a formatação aos
executar uma atualização para outra versão de 32 bits do Windows. estilos selecionados e não permitir que a Autoformatação substitua essas
(D) No Windows XP, através do Painel de controle, pode-se acessar os restrições.
recursos fundamentais do sistema operacional Windows, tais como, a (E) a proteção de documentos por senha está disponível em diversos
Central de Segurança, o Firewall do Windows e as Opções da Internet. programas do Office. No Word, no Excel e no PowerPoint o método é
(E) Em termos de compatibilidade de versões, uma das inúmeras vanta- exatamente o mesmo, sendo possível selecionar diversas opções, incluin-
gens do Windows Vista é a sua capacidade de atualizar os dispositivos de do criptografia e compartilhamento de arquivos para proteger os documen-
hardware através do aproveitamento de drivers existentes nas versões de tos.
32 bits.
75. No que concerne ao Microsoft Excel, considere:
71. Mesmo existindo uma variedade de programas de outros fornecedores I. Quando criamos uma ou mais planilhas no Excel, estas são salvas em
de software que permitem reparticionar o disco rígido sem apagar um arquivo com extensão .xls. Ao abrirmos uma nova pasta de trabalho,
os dados, esse recurso também está presente esta é criada, por padrão, com três planilhas.
(A) em todas as edições do Windows XP. II. Os nomes das planilhas aparecem nas guias localizadas na parte inferi-
(B) em todas as edições do Windows Vista. or da janela da pasta de trabalho e poderão ser renomeadas desde que
(C) em todas as edições do Windows XP e do Windows Vista. não estejam vazias.
(D) no Windows XP Professional e no Windows Vista Ultimate. III. Dentro de uma pasta de trabalho as planilhas podem ser renomeadas
(E) no Windows XP Starter Edition, no Windows XP Professional, no ou excluídas, mas não podem ser movidas para não comprometer as
Windows Vista Business e no Windows Vista Ultimate. referências circulares de cálculos. Se necessário, novas planilhas podem
ser incluídas na seqüência de guias.
72. A ativação ajuda a verificar se a cópia do Windows é genuína e se não IV. As fórmulas calculam valores em uma ordem específica conhecida
foi usada em mais computadores do que o permitido, o que ajuda a impe- como sintaxe. A sintaxe da fórmula descreve o processo do cálculo. Uma
dir a falsificação de software, além de se poder usar todos os recursos do fórmula no Microsoft Excel sempre será precedida por um dos operadores
sistema operacional. Em relação à ativação do Windows, considere: matemáticos, tais como, +, -, * e /.
I. Ativação ou registro consiste no fornecimento de informações do adqui- É correto o que consta APENAS em
rente (dados de cadastramento, endereço de email, etc) e validação do (A) II.
produto no computador. (B) I.
II. A ativação pode ser on-line ou por telefone e não deve deixar de ser (C) IV.
feita dentro de um determinado período após a instalação do produto, sob (D) I, II e III.
pena de deixarem de funcionar alguns recursos, até que a cópia do Win- (E) II, III e IV.
dows seja ativada.
III. O Windows pode ser instalado no mesmo computador quantas vezes 76. Constituem facilidades comuns aos programas de correio eletrônico
se desejar, desde que seja efetuado sobre a instalação atual, pois a ativa- Microsoft Outlook e Microsoft Outlook Express:
ção relaciona a chave do produto Windows com informações sobre o I. Conexão com servidores de e-mail de Internet POP3, IMAP e HTTP.
hardware do computador. II. Pastas Catálogo de Endereços e Contatos para armazenamento e
IV. Se expirar o prazo para ativação, o Windows não vai parar, mas se recuperação de endereços de email.
tornará instável a ponto de não se poder mais criar novos arquivos e nem III. Calendário integrado, incluindo agendamento de reuniões e de eventos,
salvar alterações nos arquivos existentes, entre outras conseqüências. compromissos e calendários de grupos.
É correto o que consta em IV. Filtro de lixo eletrônico.
(A) I, II e III, apenas. Está correto o que consta em
(B) I e II, apenas. (A) II e III, apenas.
(C) II, III e IV, apenas. (B) II, e IV, apenas.
(D) I, II, III e IV. (C) III e IV, apenas.
(E) II e III, apenas. (D) I, II, III e IV.
(E) I e II, apenas.
73. No Word 2003, o documento salvo no formato XML
(A) adquire a propriedade de armazenar dados em uma base de dados, de 77. Quanto às tecnologias de comunicação voz/dados, considere:
modo que eles fiquem disponíveis para serem usados em uma ampla I. Largamente adotada no mundo todo como meio de acesso rápido à
variedade de softwares. Internet, através da mesma infraestrutura das linhas telefônicas conven-
(B) recebe formatação especial para possibilitar sua manipulação por cionais. Sua grande vantagem é permitir acesso à Internet ao mesmo
softwares específicos.

Informática 53 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
tempo em que a linha de telefone fica livre para voz ou fax, ou mesmo uma (E) I e III, apenas.
ligação via modem, usando um único par de fios telefônicos.
II. Uma linha telefônica convencional é transformada em dois canais de 81. A Internet usa um modelo de rede, baseado em requisições e respos-
mesma velocidade, em que é possível usar voz e dados ao mesmo tempo, tas, denominado
cada um ocupando um canal. Também é possível usar os dois canais para (A) word wide web.
voz ou para dados. (B) protocolo de comunicação.
III. Aproveita a ociosidade das freqüências mais altas da linha telefônica (C) provedor de acesso.
para transmitir dados. Uma de suas características é a diferença de veloci- (D) ponto-a-ponto.
dade para efetuar download e upload; no download ela é maior. (E) cliente-servidor.
IV. Útil quando é necessária transferência de informações entre dois ou
mais dispositivos que estão perto um do outro ou em outras situações 82. Uma assinatura digital é um recurso de segurança cujo objetivo é
onde não é necessário alta taxa de transferência. Os dispositivos usam um (A) identificar um usuário apenas por meio de uma senha.
sistema de comunicação via rádio, por isso não necessitam estar na linha (B) identificar um usuário por meio de uma senha, associada a um token.
de visão um do outro. (C) garantir a autenticidade de um documento.
Os itens acima referem-se, respectivamente, a (D) criptografar um documento assinado eletronicamente.
(A) ISDN (Integrated Services Digital Network), ADSL (E) ser a versão eletrônica de uma cédula de identidade.
(Assimetric Digital Subscriber Line), ISDN, Wi-Fi.
(B) ADSL, ISDN, ISDN e Bluetooth. 83. NÃO se trata de uma função do chip ponte sul de um chipset, controlar
(C) ADSL, ISDN, ADSL e Bluetooth. (A) disco rígido.
(D) ADSL, ISDN, ADSL e Wi-Fi. (B) memória RAM.
(E) ISDN, ADSL, ADSL e Bluetooth. (C) barramento AGP.
(D) barramento PCI Express.
78. A Internet é uma rede mundial de telecomunicações que conecta (E) transferência de dados para a ponte norte.
milhões de computadores em todo o mundo. Nesse sentido, considere:
I. Nela, as redes podem operar estando ou não conectadas com outras 84. O MS Word, na versão 2003, possui uma configuração de página pré-
redes e a operação não é dependente de nenhuma entidade de controle definida que pode ser alterada, na opção Configurar Página do menu
centralizado. Arquivo, apenas por meio das guias Papel,
II. Qualquer computador conectado à Internet pode se comunicar gratuita- (A) Layout e Recuos.
mente com outro também conectado à Internet e usufruir os serviços por (B) Layout e Propriedades.
ela prestado, tais como, Email, WEB, VoIP e transmissão de conteúdos de (C) Margens e Propriedades.
áudio. (D) Margens e Layout.
III. A comunicação entre as redes locais e a Internet utiliza o protocolo NAT (E) Margens e Recuos.
(Network Address Translation) que trata da tradução de endereços IP não-
roteáveis em um (ou mais) endereço roteável. 85. Estando o cursor numa célula central de uma planilha MS Excel, na
Está correto o que consta em versão 2003, e pressionando-se a tecla Home, o cursor será movimentado
(A) I, II e III. para a
(B) I e II, apenas. (A) primeira célula no início da planilha.
(C) I e III, apenas. (B) primeira célula no início da linha em que está o cursor.
(D) II e III, apenas. (C) primeira célula no início da tela atual.
(E) III, apenas. (D) célula adjacente, acima da célula atual.
(E) célula adjacente, à esquerda da célula atual.
79. Secure Sockets Layer trata-se de
(A) qualquer tecnologia utilizada para proteger os interesses de proprietá- 86. O tipo mais comum de conexão à Internet, considerada banda larga
rios de conteúdo e serviços. por meio de linha telefônica e normalmente oferecida com velocidade de
(B) um elemento de segurança que controla todas as comunicações que até 8 Mbps, utiliza a tecnologia
passam de uma rede para outra e, em função do que sejam, permite ou (A) ADSL.
denega a continuidade da transmissão. (B) Dial Up.
(C) uma técnica usada para garantir que alguém, ao realizar uma ação em (C) HFC Cable.
um computador, não possa falsamente negar que realizou aquela ação. (D) ISDN.
(D) uma técnica usada para examinar se a comunicação está entrando ou (E) RDIS.
saindo e, dependendo da sua direção, permiti-la ou não.
(E) um protocolo que fornece comunicação segura de dados através de 87. NÃO é um serviço provido pelos servidores DNS:
criptografia do dado. (A) Traduzir nomes de hospedeiros da Internet para o endereço IP e
subjacente.
80. Em relação à segurança da informação, considere: (B) Obter o nome canônico de um hospedeiro da Internet a partir de um
I. Vírus do tipo polimórfico é um código malicioso que se altera em tama- apelido correspondente.
nho e aparência cada vez que infecta um novo programa. (C) Obter o nome canônico de um servidor de correio a partir de um apeli-
II. Patch é uma correção ampla para uma vulnerabilidade de segurança do correspondente.
específica de um produto. (D) Transferir arquivos entre hospedeiros da Internet e estações clientes.
III. A capacidade de um usuário negar a realização de uma ação em que (E) Realizar a distribuição de carga entre servidores Web replicados.
outras partes não podem provar que ele a realizou é conhecida como
repúdio. 88. A criptografia utilizada para garantir que somente o remetente e o
IV. Ataques DoS (Denial of Service), também denominados Ataques de destinatário possam entender o conteúdo de uma mensagem transmitida
Negação de Serviços, consistem em tentativas de impedir usuários legíti- caracteriza uma propriedade de comunicação segura denominada
mos de utilizarem um determinado serviço de um computador. (A) autenticação.
Uma dessas técnicas é a de sobrecarregar uma rede a tal ponto que os (B) confidencialidade.
verdadeiros usuários não consigam utilizá-la. (C) integridade.
É correto o que consta em (D) disponibilidade.
(A) II e IV, apenas. (E) não repudiação.
(B) I, II e III, apenas.
(C) I, II, III e IV. 89. O barramento frontal de um microcomputador, com velocidade nor-
(D) III e IV, apenas. malmente medida em MHz, tem como principal característica ser

Informática 54 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
(A) uma arquitetura de processador que engloba a tecnologia de proces- (C) CRT colorido.
sos do processador. (D) LCD colorido.
(B) um conjunto de chips que controla a comunicação entre o processador (E) CRT colorido ou monocromático.
e a memória RAM.
(C) uma memória ultra rápida que armazena informações entre o proces- 97. Um item selecionado do Windows XP pode ser excluído permanente-
sador e a memória RAM. mente, sem colocá-lo na Lixeira, pressionando-se simultaneamente as
(D) um clock interno que controla a velocidade de execução das instruções teclas
no processador. (A) Ctrl + Delete.
(E) uma via de ligação entre o processador e a memória RAM. (B) Shift + End.
(C) Shift + Delete.
90. Uma única face de gravação, uma trilha de gravação em forma de (D) Ctrl + End.
espiral e a possibilidade de ter conteúdo editado, sem ter de apagar todo o (E) Ctrl + X.
conteúdo que já estava gravado, são características de um DVD do tipo
(A) DVD-RAM. 98. Ao digitar um texto em um documento Word, teclando-se simultanea-
(B) DVD-RW. mente Ctrl + Backspace será excluído
(C) DVD+RW. (A) todas as palavras até o final do parágrafo.
(D) DVD-RW DL. (B) uma palavra à direita.
(E) DVD+RW DL. (C) um caractere à esquerda.
(D) um caractere à direita.
91. Cada componente do caminho (E) uma palavra à esquerda.
E:\ARQUIVOS\ALIMENTOS\RAIZES.DOC corresponde, respectivamente,
a 99. No Internet Explorer 6, os links das páginas visitadas recentemente
(A) extensão do arquivo, nome do arquivo, pasta, subpasta e diretório raiz. podem ser excluídos executando-se
(B) extensão do arquivo, pasta, subpasta, nome do arquivo, e diretório raiz. (A) Limpar histórico da pasta Histórico.
(C) diretório raiz, nome do arquivo, pasta, subpasta, e extensão (B) Excluir cookies dos arquivos temporários.
do.arquivo. (C) Assinalar about:blank na página inicial .
(D) diretório raiz, pasta, subpasta, nome do arquivo e extensão do arquivo. (D) Limpar cookies da página inicial.
(E) diretório raiz, pasta, subpasta, extensão do arquivo e nome do arquivo. (E) Assinalar about:blank na pasta Histórico.

92. O cabeçalho ou rodapé pode conter, além de número da página, a 100. Quando um arquivo não pode ser alterado ou excluído acidentalmen-
quantidade total de páginas do documento MS Word, escolhendo o mode- te deve-se assinalar em Propriedades do arquivo o atributo
lo Página X de Y inserido por meio da aba (A) Criptografar o conteúdo.
(A) Inserir, do grupo Cabeçalho e rodapé e do botão Número da página. (B) Somente leitura.
(B) Inserir, do grupo Cabeçalho e rodapé e do botão Cabeçalho ou botão (C) Gravar senha de proteção.
Rodapé. (D) Proteger o conteúdo.
(C) Layout da página, do grupo Cabeçalho e rodapé e do botão Número da (E) Oculto.
página.
(D) Layout da página, do grupo Cabeçalho e rodapé e do botão Cabeçalho RESPOSTAS
ou botão Rodapé. 01. D 11. C 21. B 31. B 41. A
(E) Layout da página, do grupo Número de página e do botão Cabeçalho 02. E 12. D 22. C 32. A 42. B
ou botão Rodapé. 03. A 13. B 23. A 33. D 43. C
04. C 14. A 24. E 34. D 44. A
93. As “Linhas a repetir na parte superior” das planilhas MS Excel, em 05. B 15. E 25. B 35. A 45. C
todas as páginas impressas, devem ser referenciadas na caixa Configurar 06. E 16. B 26. C 36. E 46. B
página e aba Planilha abertas pelo botão 07. D 17. D 27. B 37. C 47. C
(A) Imprimir área, na aba inserir. 08. B 18. E 28. D 38. B 48. A
(B) Imprimir títulos, na aba inserir. 09. C 19. C 29. E 39. D 49. D
(C) Inserir quebra de página, na aba Inserir. 10. A 20. A 30. E 40. E 50. E
(D) Imprimir área, na aba Inserir.
(E) Imprimir títulos, na aba Layout de página.
51. D 61. B 71. B 81. E 91. D
94. Dadas as células de uma planilha do BrOffice.org Calc, com os conte- 52. B 62. D 72. C 82. C 92. A
údos correspondentes: A1=1, B1=2, C1=3, D1=4 e E1=5, a função 53. E 63. A 73. D 83. A 93. E
=SOMA(A1:D1!B1:E1) apresentará como resultado o valor 54. E 64. C 74. E 84. D 94. B
(A) 6. 55. C 65. E 75. B 85. B 95. C
(B) 9. 56. B 66. C 76. E 86. A 96. D
(C) 10. 57. D 67. E 77. C 87. D 97. C
(D) 14. 58. A 68. D 78. A 88. B 98. E
(E) 15. 59. B 69. A 79. E 89. E 99. A
60. A 70. D 80. C 90. C 100. B
95. Um texto relacionado em um documento do editor BrOffice.org Writer e
definido com a opção de rotação a 270 graus será girado em Bibliografia
(A) 60 graus para a direita. http://www.ebah.com.br/content/ABAAAfcAQAK/curso-windows-7-
(B) 60 graus para a esquerda. basico-completo
(C) 90 graus para a direita. http://blog.tribunadonorte.com.br/tnconcursos/files/2013/04/Questõ
(D) 90 graus para a esquerda.
(E) 270 graus para a direita.
es-do-Windows-7.pdf
Prof. Wagner Bugs – http://www.wagnerbugs.com.br
96. As tecnologias denominadas Matriz passiva e Matriz ativa são utiliza- Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
das em monitores de vídeo de
(A) CRT monocromático.
(B) LCD monocromático.

Informática 55 A Opção Certa Para a Sua Realização


APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
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Informática 56 A Opção Certa Para a Sua Realização

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