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1. INTRODUÇÃO
MIN MAX
27 h6
-0,013 -0
50 H7
meridiano. Realizados os cálculos, foi feita uma barra de platina que passou a ser
conhecida como metro-padrão.
É evidente que medições mais precisas do meridiano resultariam em
variações do metro. Assim, o metro passou a ser considerado como a distância
entre os extremos da barra de platina depositada nos arquivos da França, na
temperatura de 0º C. Em 1826, foram feitas 32 cópias do metro-padrão. Em
1889, uma destas cópias foi enviada ao Brasil, que havia adotado o sistema
métrico por Lei Imperial em junho de 1862. Atualmente, o INMETRO - Instituto
Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial, recomenda que
o metro seja definido como o comprimento do trajeto da luz no vácuo durante o
intervalo de tempo de:
1 segundos
299.792.458
2. TOLERÂNCIA DIMENSIONAL
Dimensão Nominal
(D ou d) : é a dimensão teórica indicada no desenho ou projeto.
Dimensão Efetiva
(De ou de) : é a dimensão real da peça obtida através de instrumentos de
medição. Em um mesmo lote cada peça tem a sua dimensão
efetiva e todas as peças têm a mesma dimensão nominal.
DIMENSÃO EFETIVA
DIMENSÃO NOMINAL
13
Linha Zero
(Lz) : Nos desenhos de peças onde se faça necessário a indicação dos limites
permissíveis para a dimensão efetiva, indica-se a linha zero, que é uma
linha tracejada, colocada exatamente na posição correspondente à
dimensão nominal.
Dimensão Máxima
(Dmin ou dmin) : é a dimensão mínima permitida para a dimensão efetiva sem que
a peça seja rejeitada.
Cada peça fabricada deve estar dentro dos limites estabelecidos pelas
dimensões máximas e mínimas. Em outras palavras, a dimensão efetiva medida
para cada peça deve estar dentro do campo de tolerância definida para ela.
Dmin De Dmax
t
Linha Zero
D mominal
d max
d min
D max
D min
EIXO FURO
2.2 AFASTAMENTOS
Afastamento
(A ou a) : é a diferença entre as dimensões limites e a dimensão nominal.
Afastamento Superior
(As ou as) : é a diferença entre a dimensão máxima e a dimensão nominal.
As = Dmax - D Para furos
Afastamento Inferior
as
ai
t
As
Ai
Linha Zero
t
Dimensão
mominal
EIXO
FURO
As
Ai
t
as
ai
Linha Zero
t
Dimensão
mominal
EIXO FURO
Tolerância
t = as - ai , t > 0
ou
t = As - Ai , t > 0
Grupo de dimensões
Qualidade de trabalho
Unidade de tolerância
Campo de tolerância
Regras especiais
Série R5 razão = 5
10 1, 5849 1, 6
Série R10 razão = 10
10 1, 2589 1, 25
Série R20 razão = 20
10 1, 220 1,12
Série R40 razão = 40
10 1, 0593 1, 06
2. TOLERÂNCIAS DIMENSIONAIS 22
Onde:
IT - Tolerância ISO
01 = Qualidade mais precisa
16 = Qualidade mais bruta
De maneira genérica, a escolha dos graus de precisão deve considerar os
objetivos do elemento a ser fabricado e os recursos disponíveis para tal. A tabela
2.2 apresenta o grau de precisão de acordo com a aplicação, a tabela 2.3
2. TOLERÂNCIAS DIMENSIONAIS 23
FUROS
01 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16
EIXOS
i 0, 45 3 D 0, 001D [µm]
Onde:
Os valores da unidade de tolerância são calculados em micrometros (m),
que corresponde à milésima parte do milímetro, isto é, 1 m = 10 -3 mm.
D é a média geométrica dos dois extremos do grupo de dimensões
expressa em mm.
No calculo da unidade de tolerância, o elemento 0,001D é introduzido
para compensar a incerteza da medição, que aumenta proporcionalmente
ao diâmetro.
Baseando-se em valores experimentais, os valores das tolerâncias para as
qualidades IT01, IT0 e IT1 são calculados de acordo com as expressões:
7i 10i 16i 25i 40i 64i 100i 160i 250i 400i 640i 1000i
EXERCÍCIO RESOLVIDO
Determinar a tolerância para um elemento com dimensão nominal de 15
mm e qualidade IT 5.
Resolução: Como vimos anteriormente, a tolerância dimensional é calculada a
partir da unidade de tolerância (i), que pode ser obtida de acordo com a
expressão:
2. TOLERÂNCIAS DIMENSIONAIS 25
i 0, 45 3 D 0, 001D
O grupo de dimensões onde encontra-se a dimensão 15 mm tem como
extremos os valores 10 e 18 mm (tabela 2.1). Portanto a média geométrica dos
extremos é igual a 13,416 mm. Aplicando-se a expressão, obtemos:
i = 1,0827 m
Para o cálculo da tolerância aplicamos a regra apresentada na tabela 2.4:
t = 7i
t = 7 . 1,0827 t = 7,579 m.
Para valores inferiores a 100 m a tolerância deve ter números inteiros.
Arredondando temos: t = 8 m.
A tabela a seguir relaciona os valores normalizados de tolerância para
dimensões de 1mm a 500 mm nos diversos graus de qualidade. Os valores das
dimensões são expressos em milímetros e das tolerâncias em micrometros.
Tabela 2.5 - Tolerâncias normalizadas
Grupo de
dimensões
Qualidade IT (µm)
Mm 01 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16
1 0,3 0,5 0,8 1,2 2,0 3 4 6 10 14 25 40 60
> 1 3 0,3 0,5 0,8 1,2 2,0 3 4 6 10 14 25 40 60 100 140 250 400 600
> 3 6 0,4 0,6 1,0 1,5 2,5 4 5 8 12 18 30 48 75 120 180 300 480 750
> 6 10 0,4 0 1,0 1,5 2,5 4 6 9 15 22 36 58 90 150 220 360 580 900
> 10 18 0,5 0,8 1,2 2,0 3,0 5 8 11 18 27 43 70 110 180 270 430 700 1100
> 18 30 0,6 1,0 1,5 2,5 4,0 6 9 13 21 33 52 84 130 210 330 520 840 1300
> 30 50 0,6 1,0 1,5 2,5 4,0 7 11 16 25 39 62 100 160 250 390 620 1000 1600
> 50 80 0,8 1,2 2,0 3,0 5,0 8 13 19 30 46 74 120 190 300 460 740 1200 1900
> 80 120 1,0 1,5 2,5 4,0 6,0 10 15 22 35 54 87 140 220 350 540 870 1400 2200
>120 180 1,2 2,0 3,5 5,0 8,0 12 18 25 40 63 100 160 250 400 630 1000 1600 2500
>180 250 2,0 3,0 4,5 7,0 10,0 14 20 29 46 72 115 185 290 460 720 1150 1850 2700
>250 315 2,5 4,0 6,0 8,0 12,0 16 23 32 52 81 130 210 320 520 810 1300 2100 3200
>315 400 3,0 5,0 7,0 9,0 13,0 18 25 36 57 89 140 230 360 570 890 1400 2300 3600
>400 500 4,0 6,0 8,0 10,0 15,0 20 27 40 63 97 155 250 400 630 970 1550 2500 4000
FUROS
A B C CD D E EF F FG G H JS I K M N P R S T U V X Y Z ZA ZS ZC
t = As - Ai Para furos
ou
t = as - ai Para eixos
2. TOLERÂNCIAS DIMENSIONAIS 27
GRUPO DE POSIÇÃO
DIMENSÕES a b c cd d e ef f fg g h js j5 j7 j8 k4 a k< 3 m n p r s t u v x y z za zb zc
mm j6 k7 k> 7
> 6 10 -280 -150 -80 -56 -40 -25 -18 -13 -8 -5 0 -2 -5 1 0 6 10 15 19 23 28 34 42 52 67 97
> 14 18 -290 -150 -95 -50 -32 -16 -6 0 -3 -6 1 0 7 12 18 23 28 33 39 45 60 77 108 150
> 18 24 -300 -160 -110 -65 -40 -20 -7 0 -4 -8 2 0 8 15 22 28 35 41 47 54 63 73 98 136 188
> 24 30 -300 -160 -110 -65 -40 -20 -7 0 -4 -8 2 0 8 15 22 28 35 41 48 55 64 75 88 118 160 218
> 30 40 -310 -170 -120 -80 -50 -25 -9 0 -5 -10 2 0 9 17 26 34 43 48 60 68 80 94 112 148 200 274
> 40 50 -320 -180 -130 -80 -50 -25 -9 0 -5 -10 2 0 9 17 26 34 43 54 70 81 97 114 136 180 242 325
> 50 65 -340 -190 -140 -100 -60 -30 -10 0 -7 -12 2 0 11 20 32 41 53 66 87 102 122 144 172 226 300 405
> 65 80 -360 -200 -150 -100 -60 -30 -10 0 -7 -12 2 0 11 20 32 43 59 75 102 120 146 174 210 274 360 480
> 80 100 -380 -220 -170 -120 -72 -36 -12 0 -9 -15 3 0 13 23 37 51 71 91 124 146 178 214 258 335 445 585
>100 120 -410 -240 -180 -120 -72 -36 -12 0 -9 -15 3 0 13 23 37 54 79 104 144 172 210 254 310 400 525 690
>120 140 -460 -260 -200 -145 -85 -43 -14 0 -11 -18 3 0 15 27 43 63 92 122 170 202 248 300 365 470 620 800
>140 160 -520 -280 -210 -145 -85 -43 -14 0 -11 -18 3 0 15 27 43 65 100 134 190 228 280 340 415 535 700 900
>160 180 -580 -310 -230 -145 -85 -43 -14 0 -11 -18 3 0 15 27 43 68 108 146 210 252 310 380 465 600 780 1000
>180 200 -660 -340 -240 -170 -100 -50 -15 0 -13 -21 4 0 17 31 50 77 122 166 236 284 350 425 520 670 890 1150
>200 225 -740 -380 -260 -170 -100 -50 -15 0 -13 -21 4 0 17 31 50 80 130 180 258 310 385 470 575 740 960 1250
>225 250 -820 -420 -280 -170 -100 -50 -15 0 -13 -21 4 0 17 31 50 84 140 196 284 340 425 520 640 820 1050 1350
>250 280 -920 -480 -300 -190 -110 -56 -17 0 -16 -26 4 0 20 34 56 94 158 218 315 385 475 580 710 920 1200 1550
>280 315 -1050 -540 -330 -190 -110 -56 -17 0 -16 -26 4 0 20 34 56 98 170 240 350 425 525 650 790 1000 1300 1700
>315 355 -1200 -600 -360 -210 -125 -62 -18 0 -18 -28 4 0 21 37 62 108 190 268 390 475 590 730 900 1150 1500 1900
>355 400 -1350 -680 -400 -210 -125 -62 -18 0 -18 -28 4 0 21 37 62 114 208 294 435 530 660 820 1000 1300 1650 2100
>400 450 -1500 -760 -440 -230 -135 -68 -20 0 -20 -32 5 0 23 40 68 126 232 330 490 595 740 920 1100 1450 1850 2400
>450 500 -1650 -840 -480 -230 -135 -68 -20 0 -20 -32 5 0 23 40 68 132 252 360 530 660 820 1000 1250 1600 2100 2600
Para os furos os valores numéricos são iguais aos negativos dos afastamentos tabelados.
Para os furos de A até H os afastamentos tabelados são inferiores.Para os furos de J até ZC os afastamentos são superiores.
EXERCÍCIO RESOLVIDO
Determinar a tolerância e os afastamentos para um eixo com qualidade
IT7, dimensão nominal de 30 mm e campo de tolerância na posição f.
Resolução: A tolerância pode ser facilmente obtida através da tabela 2.5:
t = 21 m
O afastamento de referência pode ser obtido através da tabela 2.6.
Observe que esta tabela fornece valores de afastamentos superiores ou inferiores
de acordo com a posição do campo de tolerâncias. Para os eixos de a até h os
afastamentos tabelados são superiores e para j até zc os afastamentos tabelados
são inferiores, como representado na figura :
2. TOLERÂNCIAS DIMENSIONAIS 28
EIXOS
AFASTAMENTOS AFASTAMENTOS
SUPERIORES INFERIORES
as = -20 m
ai = - 41m
t = 21m
Dimensão
mominal
EIXO 30 f7
Observe que os afastamentos sendo negativos, o campo de tolerâncias está
abaixo da linha zero. Deste modo, uma peça com exatamente 30 mm seria
refugada.
EXERCÍCIO RESOLVIDO
Determinar a tolerância e os afastamentos para um furo com qualidade
IT8, dimensão nominal de 50 mm e campo de tolerância na posição D .
Resolução: A tolerância pode ser facilmente obtida através da tabela 2.5: t = 39
m. O afastamento de referência pode ser obtido através da tabela 2.6. Observe
que esta tabela fornece valores de afastamentos de referência para eixos. Para
furos, os valores numéricos são iguais aos negativos dos afastamentos tabelados,
isto é, multiplica-se o valor tabelado por -1. Para os furos de A até H os
afastamentos tabelados são inferiores. Para os furos de J até ZC os afastamentos
são superiores, como representado na figura :
2. TOLERÂNCIAS DIMENSIONAIS 29
FUROS
AFASTAMENTOS AFASTAMENTOS
INFERIORES SUPERIORES
Temos: t = 39 m
Ai = +80 m
Mas: t = As - Ai As = t +Ai
As = 80 +39
As = 119 m
Representação Simbólica
As dimensões com a indicação de tolerâncias ou afastamentos podem ser
representadas das seguintes formas.
2. TOLERÂNCIAS DIMENSIONAIS 30
50 n6
50 indica a dimensão nominal (mm)
n indica a posição do campo de tolerância, gerando por
consulta a tabela de afastamentos 2.6 ai =17m
6 indica a qualidade de trabalho, (IT) ou seja a tolerância (t),
gerado por consulta a tabela de tolerâncias 2.5, t = 16m
50 .033
.017
50,033
50,017
50 indica a dimensão nominal (mm)
50,033 indica a dimensão máxima (mm)
50,017 indica a dimensão mínima (mm)
Ferramentas: Deve ser analisado com que tipo e classe de ferramenta será
efetuada a usinagem, bem como a vida útil da ferramenta. O desgaste resulta
em erros nas dimensões da peça.
3. AJUSTES
Ajuste é o acoplamento de dois elementos com a mesma dimensão
nominal. Um ajuste caracteriza-se pelas tolerâncias adotadas, grau de precisão
exigido para a execução das peças e diferença entre as dimensões efetivas do
eixo e do furo. O comportamento do eixo em relação ao furo pode trazer como
resultado três condições de ajuste.
Folga Máxima
(Fmax) : A folga máxima ocorre quando o maior furo for montado com o menor
eixo. O cálculo da folga máxima pode ser feito de duas formas:
Fmax = As - ai
Folga Mínima
(Fmin) : A folga mínima ocorre quando o menor furo for montado com o maior
eixo. O cálculo da folga máxima pode ser feito de duas formas:
Fmin = Ai - as
Temos ainda ajuste com folga, quando a folga mínima é nula e a folga
máxima é positiva. É o caso dos ajustes nos quais o afastamento inferior do furo
é igual ao afastamento superior do eixo.
EXERCÍCIO RESOLVIDO
Determinar as folgas e/ou interferências do ajuste 15D5f4.
Resolução: Consultando a tabelas de tolerância 2.5 e afastamentos de referência 2.6:
3. AJUSTES 34
FURO eixo
15D5 15f4
Dimensão Nominal D = 15 mm Dimensão Nominal d = 15 mm
Grau de Qualidade IT5 t = 8 m Grau de Qualidade IT4 t = 5 m
Afastamento de Referência Posição DAi =+50m Afastamento de Referência Posição f as =-16m
Observe que as dimensões do furo serão sempre maiores que as dimensões do eixo. Portanto, trata-se de
um ajuste com folga. Determinação das folgas:
Fmax Fmin
79 µm 66 µm
Linha Zero
Interferência Máxima
(Imax) : A interferência máxima ocorre quando o menor furo for montado com o
maior eixo. O cálculo da interferência máxima pode ser feito de duas
formas:
3. AJUSTES 35
Imax = as - Ai
Interferência Mínima
(Imin) : A interferência mínima ocorre quando o maior furo for montado com o
menor eixo. O cálculo da interferência máxima pode ser feito de duas
formas:
Imin = ai - As
EXERCÍCIO RESOLVIDO
Determinar as folgas e/ou interferências do ajuste 75 G8 y5.
Resolução: Consultando a tabela de tolerância 2.5 e afastamentos de referência 2.6:
FURO eixo
75G8 75y5
Dimensão Nominal D = 75 mm Dimensão Nominal d = 75 mm
Grau de Qualidade IT8 t = 46 m Grau de Qualidade IT5 t = 13 m
Afastamento de Referência Posição G Ai =+10m Afastamento de Referência Posição yai=+174m
Observe que as dimensões do eixo serão sempre maiores que as dimensões do furo. Portanto, trata-se
de um ajuste com interferência. Determinação das interferências:
3. AJUSTES 36
Imax Imin
177µm 118µm
as = +187 µm
ai = +174 µm
As = +56 µm
Linha Zero Ai = +10 µm
(Fmax) : A folga máxima ocorre quando o maior furo for montado com o menor
eixo. O cálculo da folga máxima pode ser feito de duas formas:
Interferência Máxima
(Imax) : A interferência máxima ocorre quando o menor furo for montado com o
maior eixo. O cálculo da interferência máxima pode ser feito de duas
formas:
Imax = as - Ai
EXERCÍCIO RESOLVIDO
Determinar folgas e/ou interferências do ajuste 475 M9 h8
Resolução: Consultando a tabela de tolerância 2.5 e afastamentos de referência 2.6:
FURO eixo
475M9 475 h8
Dimensão Nominal D = 475 mm Dimensão Nominal d = 475 mm
Grau de Qualidade IT9 t = 155 m Grau de Qualidade IT8 t = 97 m
Afastamento de Referência Posição M As = -23m Afastamento de Referência Posição h as = 0
Observe que, dependendo das dimensões efetivas eixo e do furo escolhidos, podemos obter tanto folga
como interferência. Portanto, trata-se de um ajuste incerto. Determinação da interferência e folga
máximas:
Imax 178 µm
Fmax 74 µm
Linha Zero as = 0
As = -23 µm
ai = -97 µm
Ai = -178 µm
FURO
EIXO 475M9
475h8
H
Linha
Zero v x y z
s t u
n p r
g h j k m
c d e f
a b
SISTEMA FURO-BASE
EXERCÍCIO RESOLVIDO
Determinar folgas e/ou interferências do ajuste resultante da montagem de
um eixo 100 g8 e um furo com qualidade IT9 no sistema furo-base.
Resolução: No sistema furo-base o campo de tolerâncias do furo deve estar na
posição H. Consultando a tabela de tolerância 2.5 e afastamentos de referência
2.6:
FURO 100H9 eixo 100g8
Dimensão Nominal D = 100 mm Dimensão Nominal d = 100 mm
Grau de Qualidade IT9 t = 87 m Grau de Qualidade IT8 t = 54 m
Afastamento de Referência Posição H Ai = 0 Afastamento de Referência Posição gas =-12m
Cálculo do Afastamento As = +87 m Cálculo do Afastamento ai = -66 m
Cálculo da Dmax Dmax = 100,087mm Cálculo da dmax dmax = 99,988 mm
Cálculo da Dmin Dmin = 100,000 mm Cálculo da dmin dmin = 99,934 mm
Observe que as dimensões do furo serão sempre maiores que as dimensões do eixo. Portanto, trata-se
de um ajuste com folga. Determinação das folgas:
SISTEMA EIXO-BASE
Linha
h Zero A B C
D E F
GH J
K M N
PR S T V U
X Y Z
EXERCÍCIO RESOLVIDO
Determinar folgas e/ou interferências do ajuste resultante da montagem de
um furo 150 F7 e um eixo com qualidade IT6 no sistema eixo-base.
Resolução: No sistema eixo-base o campo de tolerâncias do eixo deve estar na
posição h. Consultando a tabela de tolerância 2.5 e afastamentos de referência
2.6:
FURO eixo
150F7 150h6
Dimensão Nominal D = 150 mm Dimensão Nominal d = 150 mm
Grau de Qualidade IT7 t = 40 m Grau de Qualidade IT6 t = 25 m
Afastamento de Referência Posição F Ai =+43 m Afastamento de Referência Posição h as = 0
Cálculo do Afastamento As = +83m Cálculo do Afastamento as = -25 m
Cálculo da Dmax Dmax = 150,083 mm Cálculo da dmax dmax = 150,000 mm
Cálculo da Dmin Dmin = 150,043 mm Cálculo da dmin dmin = 149,975 mm
3. AJUSTES 41
Observe que as dimensões do furo serão sempre maiores que as dimensões do eixo. Portanto, trata-se
de um ajuste com folga. Determinação das folgas:
EXERCÍCIO RESOLVIDO
O conjunto representado na figura a seguir, pode ser dimensionado de
acordo com o SFB ou SEB. Faça a escolha do sistema de ajuste justificando a
decisão.
Condições do ajuste:
A peça 2 deve ter ajuste fixo com a peça 1
Imax = 0,048 mm
Imin = 0,014 mm
A peça 2 deve ter ajuste móvel com a peça 3
Fmax= 0,050 mm
Fmin = 0,020 mm
3. AJUSTES 42
3
1
resultando: 2500,,048
035 resultando: 2500,,020
029
+0,048
o 25 +0,035
-0,020
o 25 -0,029
o 25
3. AJUSTES 43
resultando: 2500,,027
048 resultando: 25_00,,020
037
Custo da usinagem
O custo de fabricação para obtenção de uma peça bem como a compra
de ferramental de fabricação e medição são maiores para o sistema eixo-base,
pois para o furo necessita-se de um calibre-tampão bem como seus anéis de
aferição. Em resumo, o equipamento de medição para um furo é mais caro do
que para eixo, além do que, na própria fabricação é mais fácil a utilização de
ferramentas para usinagem externas do que para internas, e para furos
normalmente o ferramental é mais sofisticado. A obtenção das dimensões de um
eixo é habitualmente feita por meio de retificação e a de furos por meio de
3. AJUSTES 44
alargadores, se bem que neste caso, dada a pequena tolerância dos furos seja
necessário retificá-los. No caso da escolha do SEB, o eixo poderá ser retificado
numa só operação.
No caso da escolha do SFB, o eixo deverá ser retificado com medidas
diferentes, em lugares diferentes, e essas retificações oferecerão dificuldades
especiais devido à pequena diferença entre sua parte central e as extremidades. A
obtenção das dimensões dos furos, por outro lado, deverá ser feita do mesmo
modo, nos dois sistemas, por retificação. Do ponto de vista do custo de
usinagem, o SEB apresenta vantagem sobre o SFB.
Conclusão:
Em todos os casos em que, por razões de montagem, for necessário
empregar um eixo oferecendo o mesmo diâmetro em todo o seu comprimento ou
quando os diferentes ajustes não possam ser obtidos senão mediante pequenos
ressaltos no eixo, será necessário empregar o SEB devido às razões de usinagem,
seja qual for o preço suplementar do ferramental que ele acarreta. É o caso das
árvores de transmissão, dos eixos de êmbolos, etc. Em todos os outros casos, o
estudo comparativo dos custos de usinagem e do ferramental por um lado, e as
dificuldades de montagem por outro, deverá ser feito para decidir qual o sistema
que deve ser empregado.
correspondente maior.
AJUSTE FORÇADO
Para garantia são usados com chavetas ou equivalente
Ajuste forçado médio. Montagem com prensa. Emprego em buchas e
cubos que devam ser desmontados com certa freqüência.
H7/n6 Ajuste forçado médio. Montagem difícil com batidas de martelo. Usado N7/h6
em acoplamento e engrenagens em máquinas e motores elétricos
H7/m6 Ajuste forçado leve. Montagem fácil com martelo. Emprego em polias, M7/h6
engrenagens, rodas de freio e, onde requeira freqüentes montagens e
desmontagens.
H8/d10 Ajuste rotativo com grande folga. Emprego em mancais de eixos D10/h8
longos de pontes rolantes e transmissões: mancais de máquinas
agrícolas.
H11/d11 Ajustes rotativos com grande folga. Empregado em peças de grande C11/h11
tolerância.
EXERCÍCIO RESOLVIDO
Em um ajuste de uma eixo e um furo de diâmetro nominal 100 mm
devemos ter uma folga mínima de funcionamento de 70 m e uma folga
máxima de 170 m. Que dimensões normalizadas devemos atribuir aos dois
elementos para que estas duas condições sejam satisfeitas?
furo e do eixo. Isto é, a tolerância do ajuste nada mais é do que a soma das
duas tolerâncias:
TA = tfuro + teixo
Fmax
Linha Zero
Fmin
as = -72µm
ai = -107µm
EXERCÍCIO RESOLVIDO
Uma empresa pretende produzir o conjunto ilustrado na figura abaixo.
Para tanto, necessita tomar as providências para a redução dos custos com
usinagem sem a perda da qualidade das peças.
Dados:
Diâmetro nominal das pontas do eixo é de 30 mm.
Diâmetro nominal do centro do eixo é de 50 mm.
Os ensaios realizados para determinação de folgas e interferências mostraram
os seguintes resultados: O eixo deve apresentar folga máxima de 42 µm e
folga mínima de 6 µm com os apoios laterais.
A engrenagem deve ser acoplada ao eixo com interferência para transmissão
de esforços médios.
3. AJUSTES 52
as = -7 µm
3. AJUSTES 54
ai = -20 µm
Resta verificar se o ajuste 30 H7g6 satisfaz as condições iniciais.
Verificação da folga máxima Verificação da folga mínima
Fmax = As - ai Fmin = Ai - as
Fmax = 21 - (-20) Fmin = 0 - (-7)
Fmax = 41m Fmin = 7 m
4.1.1 RETILINEIDADE
Tolerância de
Retilineidade
Reta teórica
Tolerância de
Retilineidade
Reta teórica
0,05
4.1.2 PLANICIDADE
A tolerância de planicidade ou planeza é a diferença admissível de
variação da forma plana, delimitada por dois planos paralelos entre os quais deve
encontrar-se a superfície real.
4. TOLERÂNCIAS GEOMÉTRICAS 59
0,05
Concavidade Convexidade
Figura 4.9 - Concavidade e Convexidade
4.1.3 CIRCULARIDADE
A tolerância para o desvio de circularidade, genericamente denominada
ovalização, é delimitada por dois círculos teóricos, concêntricos entre os quais
deve encontrar-se o círculo real.
Uma peça cilíndrica é geralmente considerada circular, quando o desvio
de circularidade estiver dentro dos limites dimensionais do diâmetro. Para furos
e eixos de qualidade até IT8, a tolerância de circularidade será no máximo igual
à tolerância dimensional. Para furos e eixos desde IT9, a tolerância de
circularidade deverá ser igual à metade da tolerância dimensional.
4. TOLERÂNCIAS GEOMÉTRICAS 61
Limite Externo
Tolerância de
Circularidade
Limite Interno
0,06
4.1.4 CILINDRICIDADE
A tolerância para o desvio de cilindricidade, é delimitada por dois
cilindros teóricos, concêntricos entre os quais deve encontrar-se o cilindro real.
Limite Externo
Limite Interno
0,08
Planos de Medida
Tolerânciade
uma Linha
Qualquer
Linha teórica
0,04
0,08
0,05 A
4.2.3 PERPENDICULARISMO
O desvio de perpendicularismo pode ser considerado como um caso
particular do desvio angular, onde a tolerância é definida como o desvio
permissível do angulo de 90. O campo de tolerância do desvio de
perpendicularismo entre dois planos é delimitado por dois planos paralelos
teóricos, com inclinação de 90 em relação ao plano de referência, entre os quais
deve estar o plano real.
0,05
0,07 A
4.2.6 CONCENTRICIDADE
A tolerância de concentricidade é a variação permissível da posição do
eixo de simetria de elementos teoricamente concêntricos. O campo de
tolerâncias do desvio de concentricidade é delimitado por um círculo cujo centro
encontra-se a linha de simetria de um elemento de referência. A linha de simetria
do segundo elemento, teoricamente coincidente, deve estar no interior do
círculo de tolerância.
4. TOLERÂNCIAS GEOMÉTRICAS 70
Corte transversal
Tolerância de
concentricidade
Eixos de simetria
4.2.7 COAXIALIDADE
A tolerância de coaxialidade pode ser considerada como as variações
permissíveis de concentricidade medidas ao longo dos eixos de simetria dos
elementos considerados. O campo de tolerância é definido como um cilindro
concêntrico à um dos elementos. O segundo elemento deve ter seu eixo de
simetria, teoricamente coincidente com o primeiro, dentro do cilindro de
tolerâncias.
A
0,06 A
0,02 A
PEÇA
Estrias
Ranhuras
150
100
50
DISPLAY
PONTA DE
DIAMANTE
PEÇA
SUPORTE
A2 A4
Le
perfil da rugosidade. Nenhuma distinção é feita entre picos e vales. Assim, não é
possível distinguir diferentes processos de fabricação. O valor de Ra, em um
determinado comprimento de amostragem corresponde a uma média. Deste
modo, uma irregularidade atípica não resultará em grandes variações do valor da
média e o defeito não será detectado.
EXERCÍCIO RESOLVIDO
Determinar o valor de Ra para o perfil de rugosidade representado na figura.
15 m²
17 m²
18 m²
14 m²
0,010 mm
Resolução:
A [m]
Ra =
L
A área A é a soma das áreas acima e abaixo da linha média na distância Le,
portanto:
64 [m]
Ra =
10 Ra = 6,4 m
CLASSE DE Ra
RUGOSIDADE
(m)
N12 50
N11 25
N10 12,5
N9 6,3
N8 3,2
N7 1,6
N6 0,8
N5 0,4
N4 0,2
N3 0,1
N2 0,05
N1 0,025
Ra (µm) 51 25,4 12,7 6,3 3,2 1,6 0,8 0,4 0,2 0,1 0,05 0,025 0,013
Ra (µm) APLICAÇÕES
0,01 blocos-padrão, réguas triangulares de alta precisão, guias de
aparelhos de medida de alta precisão;
0,02 aparelhos de precisão, superfícies de medida em
micrômetros e calibres de precisão;
0,03 calibradores, elementos de válvulas de alta pressão hidráulica;
0,04 agulhas de rolamentos, superacabamento de camisa de bloco
de motor
0,05 pistas de rolamentos peças de aparelhos de controle de alta
precisão
0,06 válvulas giratórias de alta pressão, camisas de blocos de
motores
0,08 agulhas de rolamentos de grandes dimensões, colos de
virabrequim
0,1 assentos cônicos de válvulas, eixos montados sobre mancais
de bronze ou teflon, a velocidades médias, superfícies de
cames de baixa velocidade
0,15 rolamentos de dimensões médias, colos de rotores de turbinas
e redutores;
0,2 mancais de bronze, náilon, etc., cones de cubos
sincronizadores de caixas de câmbio de automóveis
0,3 flancos de engrenagens, guias de mesas de máquinas-
ferramentas
0,4 pistas de assento de agulhas de cruzetas em cardãs,
superfície de guia de elementos de precisão
0,6 válvulas de esferas, tambores de freio
1,5 assentos de rolamentos em eixos com carga pequena, eixos e
furos para engrenagens, face de união de caixas de
engrenagens;
2 superfícies usinadas em geral, eixos, chavetas de precisão,
alojamentos de rolamentos;
3 superfícies usinadas em geral, superfícies de referência e
apoio
4 superfícies desbastadas por operações de usinagem
5 a 15 superfícies fundidas, superfícies estampadas
> 15 peças fundidas, forjadas e laminadas
6 INDICAÇÃO DE TOLERÂNCIAS
EM DESENHO TÉCNICO
15 0 10 + 0,011
-0,018 0
25 + 0,011
- 0,018
EXERCÍCIO RESOLVIDO
Determinar a tolerância dimensional da cota indicada na figura seguinte.
25 0 10 + 0,015 15 + 0,011
- 0,033 0 0
0 - 0,033
0,015 0
0,011 0
______ ______
0,026 mm - 0,033 mm
6. INDICAÇÃO DE TOLERÂNCIAS EM DESENHO TÉCNICO 88
0,1 0,1 A
Figura 6.4 - Retângulos para a indicação de tolerâncias geométricas
Na figura 6.4, o símbolo no retângulo do lado esquerdo indica o tipo de
desvio a ser verificado. Para cada tipo de desvio existe um símbolo
correspondente. O valor numérico indica o valor da tolerância em milímetros.
Esse valor é precedido da letra , se a faixa de tolerância for circular ou
cilíndrica. Finalmente, a letra no terceiro retângulo permite identificar o
elemento usado como referência na medição do desvio. A tabela 6.1 mostra os
símbolos para a indicação das tolerâncias geométricas de forma, posição e
batida.
Tabela 6.1 - Símbolos representativos das tolerâncias geométricas
6. INDICAÇÃO DE TOLERÂNCIAS EM DESENHO TÉCNICO 89
a) b)
c) d)
e) f)
a) b)
d)
c)
e) f)
A A
0,1
0,01/100 B
0,1
0,05 /100
G
A
B
B D D
C
H D D
F F
E D D
F F
6. INDICAÇÃO DE TOLERÂNCIAS EM DESENHO TÉCNICO 93
FUROS
GRUPO LETRA TOLERÂNCIA
DIMENSÃO QUANTIDADE
A 10
+ 0,1
1 REFERÊNCIA M
0
1 + 0,5 Tol. 0,8 M
B 8
0 2
C 12
+ 0,2
1 REFERÊNCIA M
0
2 + 0,3 Tol. 0,6 M
D 7
0 6
E REFERÊNCIA M
3 Tol. 0,1 M
F 8
+ 0,3
0 4
G REFERÊNCIA M
4 Tol. 0,03
H
f A
e
d
a
g A b
A
c
COTAS TOLERÂNCIAS
a b c d e f g
5 12 18 10h7 8 0,01 0,02
10 24 36 20h7 16 0,02 0,04
15 36 48 40h8 32 0,03 0,06
20 48 56 80h9 64 0,04 0,08
Figura 6.13 - Indicação de cotas e tolerâncias através de tabela
6. INDICAÇÃO DE TOLERÂNCIAS EM DESENHO TÉCNICO 94
EXERCÍCIO RESOLVIDO
Faça a interpretação das tolerâncias geométricas indicadas a seguir:
a)
0,05
b)
0,05
c)
0,06
d)
0,08
e)
0,04
f)
0,08
g)
0,05 A
h)
0,05 A
i)
0,05 A
j)
0,05
k)
0,07 A
l)
A
0,06 A
m)
A
0,03 A
n)
A
0,02 A
EXERCÍCIO RESOLVIDO
Faça a interpretação das tolerâncias geométricas indicadas a seguir:
A
0,2
0,3 B
0,1 A
0,1
6. INDICAÇÃO DE TOLERÂNCIAS EM DESENHO TÉCNICO 99
EXERCÍCIO RESOLVIDO
Faça a interpretação das tolerâncias geométricas indicadas a seguir:
0,03
0,02
0,05
0,03 A
1,6
cromado
a2
a1
50
subentende-se que ele deva ser medida na direção que fornece a rugosidade
máxima.
EXERCÍCIO RESOLVIDO
Faça a interpretação das indicações do estado da superfície indicadas na figura a
seguir:
retificado
0,8 100
0,5
Resolução:
A superfície deve se retificada
O sobremetal para esta operação é de 0,5 mm
O parâmetro de rugosidade Ra é de 0,8 m
Os sulcos deverão ter orientação paralela
O comprimento de controle é de 100 mm
REPRESENTAÇÃO VALORES DE R a
ANTIGA m)
12
3 9
0,8 1,5
0,1 0,3
7 CONTROLE DE PROCESSOS
ISO 9000 Esta norma define a função das normas seguintes e o tipo de
empresa onde deve ser aplicada cada uma delas.
ISO 9001 É a norma que orienta como deve ser garantida a qualidade nas
empresas que trabalham com projeto, produção, instalação e
assistência técnica de seus produtos.
ISO 9002 É a norma que orienta como deve ser garantida a qualidade nas
empresas que trabalham apenas com a produção, instalação e
assistência técnica de seus produtos.
ISO 9003 É a norma que determina como devem ser feitos a inspeção e
os testes finais nos produtos.
ISO 9004 Esta norma é um guia para as empresas implantarem os
requisitos de qualidade exigidos pelas outras normas
Responsabilidade da administração
Sistema de qualidade
Análise critica de contratos
Controle de projeto
Controle de documentos
Aquisição
Produtos fornecidos pelo comprador
Identificação e rastreabilidade de produtos
Controle de processos
Inspeção e ensaios
Equipamentos de inspeção, medição e ensaios
Situação da inspeção e ensaios
Controle de produtos fora de conformidade
Ação corretiva
Manuseio, preservação, armazenamento, embalagens e expedição
Registros de qualidade
Auditorias internas de qualidade
Treinamento
Assistência técnica
Técnicas estatísticas
Zona 1
LM
Zona 1
3
LIMITE INFERIOR DE CONTROLE Zona 2
10 20 30
número da amostra
)2 + (x2 - )2 + . . . + (x n - )2 1/2
s= [(x -
1 x x x
]
n
Calcular s - média dos valores de s
Consultar em tabelas os valores da constante A1
EXERCÍCIO RESOLVIDO
Na fase inicial do controle de um processo de fabricação foram extraídos
20 amostras de 5 itens. Construir o gráfico de controle da média.
AMOSTRA ITEM 1 ITEM 2 ITEM 3 ITEM 4 ITEM 5
1 50,143 50,137 50,145 50,137 50,138
2 50,141 50,142 50,147 50,140 50,140
3 50,142 50,137 50,145 50,140 50,132
4 50,137 50,147 50,142 50,137 50,135
5 50,137 50,146 50,142 50,142 50,140
6 50,137 50,145 50,144 50,137 50,140
7 50,144 50,142 50,143 50,135 50,144
8 50,137 50,142 50,142 50,145 50,143
9 50,145 50,144 50,146 50,143 50,141
10 50,124 50,115 50,121 50,118 50,122
11 50,134 50,147 50,143 50,141 50,142
12 50,140 50,132 50,144 50,145 50,141
13 50,142 50,142 50,143 50,140 50,135
14 50,136 50,142 50,140 50,139 50,137
15 50,142 50,144 50,140 50,138 50,143
16 50,188 50,146 50,143 50,180 50,145
17 50,140 50,145 50,142 50,139 50,137
18 50,138 50,145 50,141 50,137 50,141
19 50,140 50,145 50,143 50,144 50,138
20 50,145 50,145 50,137 50,138 50,140
Como o n <10 o cálculo dos limites de controle pode ser feito pela
expressão:
x A2 R
GRAFICO DA MÉDIA
50,1600
50,1500 Zona 2
LSC
MÉDIAS DAS AMOSTRAS
Zona 1
50,1400 LM
Zona 1
LIC
50,1300 Zona 2
50,1200
50,1100
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20
AMOSTRAS
7. CONTROLE ESTATÍSTICO DE PROCESSOS 114
GRÁFICO DA MÉDIA
50,1600
MÉDIA DAS AMOSTRAS
50,1500
LSC
LM
50,1400
LIC
50,1300
50,1200
50,1100
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20
AMOSTRAS
EXERCÍCIO RESOLVIDO
Para os valores do exercício anterior construa o gráfico da amplitude e do
desvio padrão.
AMOSTRA ITEM ITEM ITEM ITEM ITEM MÉDIA AMPLITUD DESVIO
1 2 3 4 5 E PADRÃO
1 50,143 50,137 50,145 50,137 50,138 50,1400 0,008 0,003
2 50,141 50,142 50,147 50,140 50,140 50,1420 0,007 0,003
3 50,142 50,137 50,145 50,140 50,132 50,1392 0,013 0,004
4 50,137 50,147 50,142 50,137 50,135 50,1396 0,012 0,004
5 50,137 50,146 50,142 50,142 50,140 50,1414 0,009 0,003
6 50,137 50,145 50,144 50,137 50,140 50,1406 0,008 0,003
7 50,144 50,142 50,143 50,135 50,144 50,1416 0,009 0,003
8 50,137 50,142 50,142 50,145 50,143 50,1418 0,008 0,003
9 50,145 50,144 50,146 50,143 50,141 50,1438 0,005 0,002
10 50,124 50,115 50,121 50,118 50,122 50,1200 0,009 0,003
11 50,134 50,147 50,143 50,141 50,142 50,1414 0,013 0,004
12 50,140 50,132 50,144 50,145 50,141 50,1404 0,013 0,005
13 50,142 50,142 50,143 50,140 50,135 50,1404 0,008 0,003
14 50,136 50,142 50,140 50,139 50,137 50,1388 0,006 0,002
15 50,142 50,144 50,140 50,138 50,143 50,1414 0,006 0,002
16 50,188 50,146 50,143 50,180 50,145 50,1604 0,045 0,019
17 50,140 50,145 50,142 50,139 50,137 50,1406 0,008 0,003
18 50,138 50,145 50,141 50,137 50,141 50,1404 0,008 0,003
19 50,140 50,145 50,143 50,144 50,138 50,1420 0,007 0,003
20 50,145 50,145 50,137 50,138 50,140 50,1410 0,008 0,003
GRÁFICO DA AMPLITUDE
LSC
0,018 ZONA 1
0,016
0,014
0,012
AMPLITUDE 0,01
LM
0,008
0,006
0,004
0,002 ZONA 1
0
LIC
0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20
AMOSTRA
0,006
LSC
0,005 ZONA 1
0,004
DESVIO PADRÃO
0,003 LM
0,002
0,001 ZONA 1
0,000
LIC
0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20
AMOSTRAS
EXERCÍCIO RESOLVIDO
Calcule o número de deméritos de um lote com 1000 peças de um
eletrodoméstico com as seguintes falhas:
FALHA QUANTIDADE DESCRIÇÃO
1 1 Motor não funciona
2 3 Motor com ruído excessivo
3 2 Controles com tecla emperrada
4 1 Aquecimento excessivo no funcionamento
5 2 Vibrações excessivas no funcionamento
6 4 Contatos elétricos mal soldados
7 1 Trincas no gabinete
8 8 Riscos e manchas
9 5 Rebarbas no gabinete
10 2 Folgas na montagem
Resolução:
Os defeitos devem ser classificados de acordo com a sua importância ou
gravidade.
FALHA CLASSIFICAÇÃO DESCRIÇÃO
1 grave Motor não funciona
2 maior Motor com ruído excessivo
3 maior Controles com tecla emperrada
4 maior Aquecimento excessivo no funcionamento
5 maior Vibrações excessivas no funcionamento
6 maior Contatos elétricos mal soldados
7 menor Trincas no gabinete
8 menor Riscos e manchas
9 menor Rebarbas no gabinete
10 menor Folgas na montagem
d
p =
n
No início da construção de um gráfico de controle de atributos pela
fração defeituosa, estima-se a fração defeituosa do processo calculando-se a
fração defeituosa média, para um conjunto de pelo menos k amostras de
tamanho n.
d
p =
n
A linha média do gráfico será marcada para esse valor p , e os limites
de controle serão:
p(1-p)
LSC = p + 3 n
p(1-p)
LIC = p - 3 n
EXERCÍCIO RESOLVIDO
Para estabelecer o controle de atributos, foram extraídas 25 amostras de
50 peças cada uma. As peças foram classificadas em perfeitas ou defeituosas,
apresentando os seguintes resultados:
Resolução:
O cálculo da fração defeituosa para cada amostra é feito de acordo com a
expressão:
d
p =
n
A fração defeituosa média é obtida através da média entre as frações
defeituosas das 25 amostras:
d
p =
n
p = 0,0496
7. CONTROLE ESTATÍSTICO DE PROCESSOS 121
p(1-p)
LSC = p + 3 n
p(1-p)
LIC = p - 3 n
LSC = 0,17987
LIC = - 0,08067 (negativo)
LIC = 0
0,14
0,12
0,1
0,08
0,06
LM
0,04
0,02 Zona 1
0 LIC = 0
1 3 5 7 9 11 13 15 17 19 21 23 25
AMOSTRA
u± 3 u
7. CONTROLE ESTATÍSTICO DE PROCESSOS 122
EXERCÍCIO RESOLVIDO
A inspeção de 25 automóveis mostrou valores de numero de defeitos por
unidade relacionados na tabela a seguir:
AMOSTRA DEFEITOS
1 12
2 13
3 12
4 14
5 12
6 18
7 14
8 16
9 12
10 14
11 17
12 12
13 20
14 12
15 11
16 19
17 15
18 13
19 18
20 15
21 11
22 12
23 13
24 12
25 12
Resolução:
O cálculo da fração defeituosa para cada amostra é feito de acordo com a
expressão:
n° total de defeitos em todas as amostras
u =
n° total de unidades em todas as amostras
349
u = u = 13,96
25
Os limites de controle são calculados pela expressão:
u± 3 u
13,96 ± 3 13,96
LSC = 25,17
LIC = 2,75
7. CONTROLE ESTATÍSTICO DE PROCESSOS 123
15
LM
10
Zona 1
5
LIC
0
0 5 10 15 20 25
AMOSTRA
c 3 c
8 EQUIPAMENTOS DE MEDIÇÃO
Carl Zeiss IMT Corporation
8. INSTRUMENTOS DE MEDIÇÃO
Desde o desenvolvimento do nônio até as maquinas tridimensionais de
medição com acionamento por controle numérico computadorizado muito se fez
para a melhoria dos métodos de medição. Atualmente existe uma infinidade de
equipamentos destinados ao controle dimensional e geométrico. Os instrumentos
de medição são escolhidos de acordo com a sua finalidade e exatidão. Na
escolha de equipamentos, assim como na determinação de tolerâncias
dimensionais e geométricas, a precisão desnecessária representa custos que
poderiam ser evitados. Assim, deve-se escolher o instrumento de medição mais
adequado para o elemento a ser medido dentro da faixa de exatidão necessária.
8.2 PAQUÍMETROS
O nônio foi desenvolvido em 1851 pelo português Pedro Nunes e pelo
francês Pierre Vernier. A partir da idéia inicial muitos outros instrumentos foram
desenvolvidos, sempre baseados no nônio que é uma escala móvel graduada que
indica as frações de milímetro através da coincidência das suas divisões com as
divisões da escala principal.
Os paquímetros universais são instrumentos de medição fabricados de
aço inoxidável, normalmente com 150 mm de abertura e exatidão de 0,05 mm
8. INSTRUMENTOS DE MEDIÇÃO 126
FACES PARA
MEDIÇÃO INTERNA
PARAFUSO DE
ORELHAS FIXAÇÃO
0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 0.05 mm
VARETA DE
NÔNIO IMPULSOR ESCALA PRINCIPAL
PROFUNDIDADE
CURSOR
BICOS
FACES PARA
MEDIÇÃO EXTERNA
EXERCÍCIO RESOLVIDO
Determinar a leitura do nônio representado a seguir:
10 20 30 40 50
0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
0.05 mm
8.3 MICRÔMETROS
O micrômetro foi desenvolvido em 1861 por Jean Louis Palmer. Baseia-se
no deslocamento de um parafuso rosqueado a uma porca fixa de ajuste. Cada
volta corresponde a um avanço do parafuso no sentido axial.
BUCHA
PARAFUSO
FIXA
DESLOCAMENTO
ROTAÇÃO
AXIAL
LEITURA
ARCO
TRAVA CATRACA
0 - 25 mm 0.01 mm
MATERIAL
ISOLANTE
Externos Furos
EXERCÍCIO RESOLVIDO
5
0
8 0
6
4 45
2
0 40
35
15 20
30
8. INSTRUMENTOS DE MEDIÇÃO 130
CAPA DO FUSO
PARAFUSO DE
FIXAÇÃO DO ARO
LIMITADOR DE
TOLERÂNCIAS
0
90
20
80 PONTEIRO
PRINCIPAL
30
70
60 40 ARO
CONTADOR 50
DE VOLTAS
CANHÃO
FUSO
PONTA DE CONTATO
escala numérica. Nos relógios digitais existe uma função de zeramento. Deste
modo, a medida pode ser zerada. Ao deslocarmos o relógio para outra posição
obteremos uma segunda leitura. A diferença entre as duas leituras corresponde
ao deslocamento vertical da ponta de contato. Caso a primeira leitura tenha sido
zerada, a segunda leitura corresponde exatamente à diferença entre as duas
posições, como indica a figura 8.9.
8.5 CALIBRES
Os calibres ou calibradores são instrumentos usados para verificar se as
peças fabricadas encontram-se dentro das tolerâncias. Existe uma infinidade de
tipos e formatos de calibres para as mais variadas finalidades. Os tipos mais
comuns são os calibres de boca e calibres tampão. Os calibres tampão são
indicados para inspeção de furos e detalhes internos. Um dos lados do calibre
tem medidas ligeiramente inferiores à dimensão mínima estabelecida para a
peça. Caso alguma peça não permita a passagem do lado passa ela estará com
dimensões abaixo do mínimo, portanto, fora da tolerância. O chamado lado não-
passa tem dimensões ligeiramente superiores à dimensão máxima estabelecidas
para a peça. Portanto, nenhuma peça deve permitir a entrada deste lado. As
figuras 8.11, 8.12 e 8.14 mostram esquematicamente calibres tampão, de rosca e
de boca.
PASSA NÃO PASSA
50 H7
M10 M10
MIN MAX
27 h6
-0,013 -0
8.6 BLOCOS-PADRÃO
QUANT. ESPESSURA
2 bloco-padrão protetores de 2 mm
1 bloco-padrão de 1,0005
Resolução:
Inicialmente, adota-se os dois blocos protetores que devem ser
posicionados na base e no topo da montagem somando 4 mm. Deve-se atingir a
medida requerida utilizando o menor numero de blocos possível. Assim sendo,
os 16,002 mm restantes podem se obtidos com um bloco de 15 mm e outro de
1,002 mm.
BLOCO-PADRÃO PROTETOR
1,002 mm
2 mm
15 mm
2 mm
BLOCO-PADRÃO PROTETOR
8. INSTRUMENTOS DE MEDIÇÃO 135
ARO TELA
REGISTRO
DE MEDIDAS
LENTES MESA
MOVIMENTO
TRANSVERSAL MOVIMENTO
LONGITUDINAL
TELA
ESPELHO
PLANO
ESPELHO
PLANO
OBJETIVA
PEÇA
CONDENSADOR MESA
ESPELHO
LÂMPADA PLANO
TELA
ESPELHO
PLANO
ESPELHO
PLANO
OBJETIVA
LÂMPADA VIDRO
ESPELHADO
CONDENSADOR PEÇA
MESA
X 2 3.4 5 6
Y 1 0.0 0 0
8. INSTRUMENTOS DE MEDIÇÃO 140
COLUNA VERTICAL
AJUSTE
DO
OCULAR FOCO
PAINÉL
DIGITAL
LENTES DE
MESA
AUMENTO
MOVIMENTO
MOVIMENTO
TRANSVERSAL
LONGITUDINAL
ESPAÇO DE MEDIÇÃO
Z
SENSOR
x
y
INTERNET
TESA HOME PAGE; http://www.tesabs.ch/nouse.htm
ZEISS HOME PAGE; http://www.zeiss.com/imt
MITUTOYO HOME PAGE; http://www.mitutoyo.com