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Dispõe sobre o Código de Ética do Técnico de Laboratório de Análises Clínicas Capítulo V, deste Código.

CAPÍTULO II
PREÂMBULO Dos Deveres
Art. 10º - O técnico de laboratório, durante o tempo em que permanecer inscrito no
TÉCNICO DE LABORATORIO DE ANÁLISES CLÍNICAS É UM PROFISSIONAL Conselho Regional de Farmácia, independentemente de estar ou não no exercício efetivo
DA SAÚDE DE NIVEL MÉDIO, CUMPRINDO-LHE EXECUTAR TODAS AS da profissão, deve:
ATIVIDADES INERENTES AO ÂMBITO PROFISSIONAL TÉCNICO DE I – comunicar ao Farmacêutico Responsável Técnico, de maneira formal, com discrição
LABORATÓRIO DE MODO A CONTRIBUIR PARA A SALVAGUARDA DA e fundamento, fatos que caracterizem infringência a este Código e às normas que
SAÚDE PÚBLICA E, AINDA, TODAS AS AÇÕES DE EDUCAÇÃO DIRIGIDAS À regulam o exercício das práticas laboratoriais; Quando necessário, poderá comunicar o
COMUNIDADE NA PROMOÇÃO DA SAÚDE EM APOIO AO PROFISSIONAL fato diretamente ao CRF, desde que dê conhecimento prévio ao farmacêutico;
FARMACÊUTICO. II – colocar seus serviços profissionais à disposição das autoridades constituídas, se
ENTENDE-SE COMO TÉCNICO DE LABORATÓRIO DE ANÁLISES CLÍNICAS solicitado, em caso de conflito social interno, catástrofe ou epidemia, independentemente
OS PORTADORES DE CERTIFICADO DE TÉCNICO EM ANÁLISES CLÍNICAS E de haver ou não remuneração ou vantagem pessoal;
TÉCNICO EM PATOLOGIA CLÍNICA. III – exercer a profissão sempre respeitando as orientações do Profissional Farmacêutico;
IV - comunicar ao Conselho Regional de Farmácia e às autoridades sanitárias a recusa
TÍTULO I ou a demissão de cargo, função ou emprego, motivada pela necessidade de preservar os
Do Exercício Profissional legítimos interesses de sua profissão, do farmacêutico, da sociedade ou da saúde pública;
CAPÍTULO I V – guardar sigilo de fatos que tenha conhecimento no exercício da profissão,
Dos Princípios Fundamentais excetuando-se os de dever legal, amparados pela legislação vigente, os quais exijam
Art. 1º - O exercício da profissão de técnico de laboratório, como todo exercício comunicação, denúncia ou relato a quem de direito;
profissional, tem uma dimensão ética que é regulada por este código e pelos diplomas VI – respeitar a vida humana, jamais cooperando com atos que intencionalmente atentem
legais em vigor, cuja transgressão resultará em sanções disciplinares por parte do contra ela ou que coloquem em risco sua integridade física ou psíquica;
Conselho Regional de Farmácia, após apuração pela sua Comissão de Ética,
independentemente das penalidades estabelecidas pelas leis do País. CAPÍTULO III
Art. 2° - O técnico de laboratório atuará sob a supervisão do profissional farmacêutico, Das Proibições
em benefício à vida humana e ao meio ambiente. Art. 11º - É proibido ao Técnico de Laboratório de Análises Clínicas:
Art. 3° - A dimensão ética do profissional técnico de laboratório é determinada, em I – participar de qualquer tipo de experiência em ser humano, com fins bélicos,
todos os seus atos, pelo benefício ao ser humano, à coletividade e ao meio ambiente, sem discriminatórios, ou em que se constate desrespeito a algum direito inalienável do ser
qualquer discriminação. humano;
Art. 4º - Os técnicos de laboratório respondem pelos atos que praticarem no exercício de II – desrespeitar as orientações dos profissionais farmacêuticos;
sua profissão. III – praticar procedimento que não seja reconhecido pelo Conselho Federal de
Art. 5° - Para que possa exercer a profissão de técnico de laboratório com honra e Farmácia;
dignidade, o técnico de laboratório deve dispor de boas condições de trabalho e receber IV – praticar ato profissional que cause danos físicos, morais ou psicológicos ao usuário
justa remuneração por seu desempenho. do serviço, que possa ser caracterizado como imperícia, negligência ou imprudência;
Art. 6° - Cabe ao técnico de laboratório zelar pelo perfeito desempenho ético e V – realizar ou participar de atos fraudulentos relacionados à profissão em todas as suas
profissional a fim de manter prestígio e bom conceito da profissão. áreas de abrangência;
Art. 7° - O técnico de laboratório deve manter atualizados os seus conhecimentos Art. 12º - Quando atuante no serviço público, é vedado ao técnico de laboratório:
técnicos e científicos para aperfeiçoar, de forma contínua, o desempenho de sua I - utilizar-se do serviço ou cargo público para executar trabalhos de empresa privada de
atividade profissional. sua propriedade ou de outrem, como forma de obter vantagens pessoais;
Art. 8° - Em seu trabalho, o técnico de laboratório não pode se deixar explorar por II – cobrar ou receber remuneração do usuário do serviço;
terceiros, seja com objetivo de lucro, seja com finalidade política ou religiosa.
Art. 9° - O técnico de laboratório deve cumprir as disposições legais que disciplinam a CAPÍTULO IV
prática profissional no País, estando sujeito às sanções descritas no art. 17 do Título IV, Da Publicidade e dos Trabalhos Científicos
Art. 13º - É vedado ao Técnico de Laboratório de Análises Clínicas: TÍTULO III
I – divulgar assunto ou descoberta de conteúdo inverídico; Das Relações com os Conselhos
II – publicar em seu nome trabalho científico do qual não tenha participado ou atribuir- Art. 16º - Na relação com os Conselhos, obriga-se o técnico de laboratório a:
se autoria exclusiva quando houver participação de outros profissionais; I – acatar e respeitar os Acórdãos e Resoluções do Conselho Federal de Farmácia e os
III - utilizar-se, sem referência ao autor ou sem a sua autorização expressa, de dados ou Acórdãos e Deliberações dos Conselhos Regionais de Farmácia;
informações, publicados ou não; II - prestar, com fidelidade, informações que lhe forem solicitadas a respeito de seu
IV – participar de pesquisa sem a supervisão do profissional farmacêutico; exercício profissional;
V – deixar de seguir as orientações do profissional farmacêutico. III – comunicar ao Conselho Regional de Farmácia em que estiver inscrito, dando
conhecimento prévio ao Farmacêutico Responsável Técnico, toda e qualquer conduta
CAPÍTULO V ilegal ou antiética que observar na prática profissional;
Dos Direitos IV – atender convocação, intimação, notificação ou requisição administrativa no prazo
Art. 14º - São direitos do Técnico de Laboratório de Análises Clínicas: determinado, feita pelo Conselho Regional de Farmácia, a não ser por motivo de força
I – exercer a profissão sem ser discriminado por questões de religião, raça, gênero, maior, comprovadamente justificado.
nacionalidade, cor, idade, condição social, opinião política ou de qualquer outra
natureza; TÍTULO IV
II – interagir com os demais profissionais de saúde, quando necessário, em atividades Das Infrações e Sanções Disciplinares
devidamente descritas pelos procedimentos operacionais aprovados pelo farmacêutico Art. 17º - As sanções disciplinares consistem em:
responsável técnico do serviço. I – advertência ou censura;
III - recusar-se a exercer a profissão em instituição pública ou privada onde não existam II – multa de 1 (um) salário-mínimo a 3 (três) salários-mínimos regionais;
condições dignas de trabalho ou existam condições que possam prejudicar o usuário. III – suspensão do Registro Profissional por 3 (três) meses a um ano;
IV – Cassação do Registro Profissional.
TÍTULO II
Das Relações Profissionais TÍTULO V
Art. 15° – O técnico de laboratório, perante seus colegas e demais profissionais da Das Disposições Gerais
equipe de saúde, deve comprometer-se a: Art. 18º - As normas deste Código aplicam-se aos Técnicos de Laboratórios de Análises
I – obter e conservar alto nível ético em seu meio profissional e manter relações cordiais Clínicas, em qualquer cargo ou função, independentemente do estabelecimento ou
com a instituição onde estejam prestando serviço.
sua equipe de trabalho, prestando-lhe apoio, assistência e solidariedade moral e Art. 19º - A verificação do cumprimento das normas estabelecidas neste Código é
profissional; atribuição dos Conselhos de Farmácia e de suas Comissões de Ética, das autoridades da
II – adotar critério justo nas suas atividades e nos pronunciamentos sobre serviços e área de saúde, dos farmacêuticos e da sociedade em geral.
funções confiados anteriormente a outro técnico; Art. 20º - A apuração das infrações éticas compete ao Conselho Regional de Farmácia
III – prestar colaboração aos colegas que dela necessitem, assegurando-lhes em que o profissional está inscrito no momento do fato punível em que incorreu, por
consideração, apoio e solidariedade que reflitam a harmonia e o prestígio da categoria; meio de sua Comissão de Ética.
IV – prestigiar iniciativas dos interesses da categoria; Art. 21º - O profissional condenado por sentença judicial, definitivamente transitada em
V - empenhar-se em elevar e firmar seu próprio conceito, procurando manter a confiança julgado, por crime praticado no exercício da profissão, ficará suspenso da atividade
dos membros da equipe de trabalho e do público em geral; enquanto durar a execução da pena.
VI - limitar-se às suas atribuições no trabalho, mantendo relacionamento harmonioso Art. 22º - Aplica-se o Código de Ética a todos os Técnicos de Laboratórios de Análises
com outros profissionais no sentido de garantir unidade de ação na realização de Clínicas, inscritos no Conselho Regional de Farmácia.
atividades a que se propõe em benefício individual e coletivo; Art. 23º – O Conselho Federal de Farmácia, ouvidos os Conselhos Regionais de
VII – denunciar ao Farmacêutico Responsável Técnico atos que contrariem os Farmácia, promoverá a revisão e a atualização deste Código, quando necessário.
postulados éticos da profissão. Art. 24º – As condições omissas neste Código serão decididas pelo Conselho Regional
de Farmácia no qual o técnico estiver inscrito.

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