Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Alargamos a órbita.
Mas, também podemos dizer: Quando o tijo- Se a Terra fosse um gás o tijolo
lo estava em nossa mão, estava numa órbita percorreria toda a órbita
fixa em relação à Terra.
Se a Terra fosse um gás sem atrito, o tijolo
completaria sua órbita.
Jogando o tijolo cada vez mais longe:
Quanto mais longe, maior a
largura da elipse da órbita.
Até um ponto em que , quan-
do o tijolo começa a cair já
O tijolo começaria a cair em não tem Terra embaixo, aí
direção ao centro da Terra, então o tijolo percorrerá uma
cada vez com maior veloci- órbita em volta da Terra,
dade, até contornar o centro como um satélite artificial.
com velocidade máxima
e retornaria depois de um Centro da Terra
tempo à nossa mão.
Da Natureza das Estruturas
Vitor Amaral Lotufo - 2
A maior parte das estruturas que criamos, estão associadas à idéia
de se produzir um vão livre. É por esse motivo que vamos compará-
las a órbitas.
Um tijolo ao se deslocar numa órbita, ao se movimentar, consegue A mesma idéia do tijolo em órbita pode ser aplicada às nossas cons-
fazê-lo porque o universo não é maciço, isto é tem cheios e vazios, truções, elas não caem, prosseguem uma determinada órbita, e como a
(Não conseguimos movimentar uma laranja dentro de uma caixa Terra não é um gás, essa órbita pode ser interrompida pelo chão.
fechada cheia de laranjas). A diferença entre uma construção e o tijolo em órbita é que a construção
E quando se movimenta tem a capacidade de gerar forças, de com- percorre uma órbita fixa em relação à Terra e o tijolo não.
pressão no sentido de sua trajetória e de tração no sentido oposto à Existem forças como o peso agindo constantemente, mas são neutraliza-
sua trajetória das por reações que também ficam agindo continuamente.
Não há movimento mas há tendência ao movimento (energia potencial).
Traçaõ Compressão
Tindari, basílica. Arquitrave
pré fraturada.
L’Arte del Costruire - Salvato-
re Di Pasquale
Quando o tijolo atinge o chão, êle descarrega uma força com a in- As pedras laterais conjunta-
clinação da tangente de sua trajetória. mente com os apoios, fixam a
Essa força é a soma da componente vertical que é o peso do tijolo, órbita da pedra central.
e de uma força horizontal associada à órbita.
Descarrega também energia cinética devido à sua velo-
cidade, mas como trataremos de estruturas imobiliza-
das, consideraremos por hora somente a ação do peso.
Força pro-
vocada pela Terra: reação Terra Força provocada na Terra
à ação do tijolo pelo tijolo no sentido de sua
trajetória
Da Natureza das Estruturas
Vitor Amaral Lotufo - 3
A força provocada pelo tijolo na
Terra pode ser destrinchada em
duas:
Uma vertical “v” (na direção do
centro da Terra, é o peso do tijolo),
Esta é a
e outra horizontal.
força que o tijolo descar-
A reação da Terra também pode ser Esta é a reação da
rega na Terra, seguindo a direção
destrinchada em duas: Terra , mesma direção sen-
Horizontal da tangente à trajetória. Ela pode ser
Uma igual e contraria a vertical, é tido inverso. Pode ser dividida
dividida em duas forças, uma que é o
a que vai impedir que o tijolo con- em duas forças, uma vertical
próprio peso do tijolo e outra que é
tinue afundando na Terra, e outra que vai se opor ao peso
uma horizontal
horizontal, que vai impedir que o e outra horizontal. Peso
tijolo deslize horizontalmente
Terra
Quanto mais larga a órbita em relação à altura, maior será a força horizontal.
Horizontal 1 Horizontal 2
Peso Peso
Da Natureza das Estruturas
Vitor Amaral Lotufo - 4
Comparando com uma construção:
Como a construção não está em movimento, ela só descarrega no chão A diferença do tijolo do que foi jogado no ar para o do
forças tangentes aos pontos de apoio, essas forças tangentes são a soma arco é que este está com órbita fixa e não cai porque seu peso vai
resultante da ação do peso (metade em cada apoio) e forças horizontais. se apoiar metade no tijolo vizinho da esquerda e metade no vizinho
Quanto mais larga a órbita maiores serão as forças horizontais, as forças da direita.
verticais permanecem iguais pois o peso não se altera.
Com certeza existe uma forma ideal para essa “órbita”, pois cada tijolo
precisa fornecer ações contrárias aos tijolos vizinhos para que estes não se
movimentem.
Para simplificar a
visualização trabalha-
remos somente com as
forças Ações, omitindo
as Reações
Altura da parábola vezes dois
Altura da parábola
Tirante H
Metade do peso
Tangente no
O tirante faz com ponto de apôio.
que as horizontais se É o prolongamento
equilibrem (são sem- da linha que une o
pre iguais) O cálculo estrutural desse arco é resolvido da seguinte maneira: dobro da altura com
os apoios
O arco precisa ter a forma da curva correta. Essa curva é a de uma
Consi-
catenária invertida, que é a aproximadamente a curva ideal para
As deramos que o arco descarre-
cargas iguais ao longo da própria curva.
forças indicativas de ga na fundação uma força que é a
A forma da catenária, quando a flecha (altura) não supera o vão,
peso deveriam sempre soma resultante de todas as forças
muito parecida com a de uma parábola, que é muito parecida com a
apontar para o centro de mas- da seção do tijolo que se apoia na
de uma elípse.
sas do nosso planeta, mas em fundação portanto sua linha de
Como são curvas parecidas, vamos considerar que seja uma parábo-
função da escala consideramos ação passa pelo eixo do
la, pois fica mais fácil para determinarmos os ângulos das tangentes,
como verticais e paralelas tijolo.
pois é só prolongarmos as linhas que unem o dobro da flecha da
umas às outras. parábola com os apoios
Pela regra do paralelogramo, basta sabermos uma das forças (no
caso o peso do arco dividido por dois), e o ângulo da tangente para
determinarmos os valores das forças horizontais e das tangentes.
Da Natureza das Estruturas
Vitor Amaral Lotufo - 6
Se o arco tiver a forma de órbita correta, ao longo de
todo o seu percurso existirá somente compressão.
Os tijolos vão querer sempre se aproximar e não se
afastar uns dos outros.
Esta O peso do
força é a que vem do tijolo central se divide
tijolo de cima, surgindo em duas forças que descarre-
uma resultante de sua soma gam nos vizinhos
com o peso deste tijolo
As
resultantes
devem sempre passar Pesos dos tijolos
pelo centro de gravidade
de cada tijolo, para que a
órbita esteja correta
Triângulo
Força
geométrico
horizontal
Metade do vão
Metade do
Força que o
peso do arco
arco descarrega
na fundação
Triângulo
de forças
Da Natureza das Estruturas
Vitor Amaral Lotufo - 8
Quando anotamos kg
estamos simplificando kgf
Exemplo :
2,00 m
Adotando-se o peso médio de 280 kg/m² de alvenaria, mais 50 kg/m²
de carga acidental e multiplicando-se o total por 1,4 (segurança),
temos o total de 462 kg/m².
A superfície do arco é de 6,50 m x 0,30 m = 1,95 m².
4,00 m
Multiplicando-se a superfície do arco 1,95 m² por 462 kg/m² teremos
a carga total de 901 kg, que dividido por 2 dará 451 kg de peso por
fundação.
2,00 m
Comparando-se a força horizontal com a metade do vão (5m / 2 )
2,50 m e a metade do peso (901 kg / 2) 451 kg com o dobro da altura
(2 m x 2) 4 m,
H / 2.50 m = 451 kg / 4 m H
Teremos para a força horizontal : 282 kg 451 kg
Usando Pitágoras descobrimos quanto vale a força tangente, que é a Tangente
hipotenusa do triângulo de forças = e (451² kg + 282² kg ) = 532 kg.
que é a força que efetivamente comprime os tijolos. 2,50 m
Uma área de 11 x 30 cm deve suportar essa força (a seção do arco). 5,00 m
Dividimos 532 kg por 330 cm² = 1,6 kg / cm², que é muito pouco,
pois um tijolo de qualidade razoável deve aguentar mais de 50 kg /
cm². O problema não termina aí, pegando um tijolo
Os aços que usamos para concreto armado CA-50 aguentam 5000 na mão, achamos que é uma coisa muito dura
kg/cm², diminuídos de 15% por segurança = 4250 kg/cm². que não acontecerá nada quando o puxarmos ou
Então, na horizontal, como tirante para resistir a força de 282 kg, pre- apertarmos, mas na verdade todos os materiais
cisamos de uma seção de Aço / 282 kg = 1 cm² / 4250 kg/cm² modificam sua forma ao serem submetidos à
Área de aço = 0,05 cm² ou seja um diâmetro de 0,26 mm de aço. forças.
Da Natureza das Estruturas
Vitor Amaral Lotufo - 9
Módulo de Elasticidade de alguns materiais. Resistêrncia de alguns materiais usados nas construções
Fonte: “The New Science of Strong Materials”- J.E.Gordon
Para sabermos quanto um material cresce ou diminue de tamanho (DL) quando uma força é aplicada, basta multiplicarmos a força (F) pelo comprimento
da peça em questão (L) e dividirmos pelo módulo de (E) elasticidade, multiplicado pela seção (S) da peça.
Exemplo:
Uma Força de 367,5 kg traciona uma barra de aço de 500 cm de comprimento e 0,08 cm² de seção. Qual será o tamanho final da barra?
Dl= 367,5 kg x 500 cm / 2.100.000 kg/cm² x 0,08 cm² = 1,09 cm
mais 500 cm total: 501,09 cm.
�
Da Natureza das Estruturas
Vitor Amaral Lotufo - 11
TRAÇÃO
3,25
comprimido diminue de de 532 kg, pode ficar com o mesmo tamanho da hipotenusa dobrada do
tamanho , um dos lados triângulo que tem por catetos 350 cm e 1,83 cm. Limite de
pode encurtar mais Se ficar maior o arco suporta a flambagem, se for menor, precisarão ser feitos Flambagem
que o outro. reforços ou modificar sua forma.
Hipotenusa 1 = e(325² + 5,5²) = 325,0465 x 2 = 650,093
Hipotenusa 2 = e(325² + 1.83²) = 325,0052 x 2 = 650,0104
6,50
Força que com- Elasticidade do 1,83
prime o arco tijolo 5,5
Isso quer dizer que o comprimento do arco vai diminuir 0,015 cm aproximadamente, com essa diminuição o
comprimento total 650,093 cm vai ficar com 650,078 cm, que ainda é maior do que o limite de flambagem
650,0104 cm.
Não haverá tração no lado oposto.
É importante lembrar que consideramos a carga centrada, se estiver fora de centro, as linhas que consideramos ficarão
menores e portanto a tendência à flambagem aumentará.
Quando há aproximação ao limite de flambagem a força no lado que encurta ficará dobrada então é importante verificarmos se o dobro da força não atinge
o máximo que o material suporta.
Importante também é que o arco precisa resistir também à forças externas acidentais que ainda não foram verificadas .
Da Natureza das Estruturas
Vitor Amaral Lotufo - 14
Este pilar curvo doTeatro aberto em Cannes projetado pelo arquiteto R. Tailli-
bert e pelo Instituto de Estruturas Leves Univ Stutgart, é extremamente didático:
Claramente ele só pode flambar na direção em que é curvo, mas está preso a
cabos que impedem a flambagem, impedindo inclusive que ele possa flambar Desenhamos um arco num pedaço
para os lados. de espuma para dramatizar o efeito
A única possibilidade de alcançar o limite de flambagem seria havendo uma da flambagem.
diminuição exageradamente grande em seu comprimento.
Da Natureza das Estruturas
Vitor Amaral Lotufo - 15
Estribos
Arcos no
Pilares
concreto
Duas meta-
des de P T²
Reforçando a ideia
H²
H¹
Vamos amarrar uma corda entre duas árvores. As árvores são os apoios ou pilares e a T¹
corda vai vencer o vão entre essas árvores. Ao dependurarmos pesos na corda verifica-
mos que sua forma vai se alterando conforme a posição e o valor dos pesos. P
A corda como é flexível, altera sua forma, porque não resiste a esforços de compressão, T² T¹
somente os de tração, então ela acaba assumindo a forma da resultante que é chamada
também “funicular” ( do latim funiculum ou cordão ).
Primeiramente vamos colocar um peso de 100 kg (P) bem no meio da corda, verificamos
que o peso puxou para baixo a corda.
Os 100 kg se dividem em duas forças T¹ e T², que podem ser entendidas como resul-
tantes da soma de horizontais e das duas matades do peso , que esticam a corda e esta H¹
H²
descarrega T¹ e T² nas árvores.
Vamos decompor essas forças em forças horizontais e verticais. V¹ V²
A soma das verticais V¹ e V² será igual ao peso total (100 kg). Neste caso particular
em que o peso está centralizado as duas (V¹ e V²) serão iguais, mas se o peso de 100 kg
estiver fora do centro elas terão valores diferentes.
As horizontais formam binários, se no centro da corda tem uma direção, nos apôios
Da Natureza das Estruturas
Vitor Amaral Lotufo - 17
terão direções contrárias porém mesmos valores.
Repare que as horizo� -
ção, mas todas com o mesmo valor, pois se assim não for, estaria existindo movimento causado pela força que fosse maior.
Tendo entendido como fun�
depois dimensiona-la, que é escolher materiais e quantifica-los para que aguentem as forças encontradas. Notem que qualquer procedimento de cálculo e
dimension� echa.
Cálculo da estrutura
Para calcularmos essa estrutura, ou a corda, devemos:
1- Somar o valor dos pesos que dependuramos na corda e o peso da própria corda,
teremos então, o valor total das forças verticais que atuam nessa estrutura. Neste caso H²
H¹
podemos desprezar o peso próprio da corda, então o total será os 100 kg.
2- Medir os ângulos que as pontas da corda formam com os apoios (as árvores). V¹
V²
Pois esses ângulos é que determinarão os valores das forças T¹ e T², que decompostas
determinam as horizontais que as árvores devem resistir. T¹ T²
Como a corda praticamente apresenta o desenho de um triângulo, a tangente da corda
nos apôios é a própria direção da corda.
3- Sabemos também que as forças horizontais são iguais e contrárias (a mesma força
horizontal que a parte esquerda da corda aplica na árvore, a da direita também aplica
com sentido contrário na outra árvore.
Marcamos as duas forças horizontais, o tamanho não importa pois desconhecemos o valor, basta que sejam de mesmo tamanho. A partir daí marcamos os
paralelogramos de forças, e obtemos assim os tamanhos das forças verticais que chegam nas árvores. Neste caso como o peso está centralizado (a corda chega
com o mesmo ângulo nas duas árvores), as forças verticais obtidas tem o mesmo tamanho.
4- Sabemos �
Para det�
Um desses triângulos é o triângulo de forças H¹, T¹ e V¹ , o outro triângulo é um triângulo semelhante ao primeiro, do qual conhecemos as medidas dos catetos,que
são a medida da �
A soma das verticais V¹+V² é 100 kg (item 1), como a carga está centralisada e os apôios em nivel, elas são iguais à metade de 100 kg ou seja 50 kg.
Agora é aplicar regra de três:
H¹ / 5 m (metade do vão) = 50 kg (V¹) / 1 m (altura estrutural).
H¹ = 50 kg x 5 m / 1 m
H¹ = 250 kg
Para sabermos o valor de T¹ basta aplicar Pitágoras.
T = e((V¹)² + (H¹)²) = 255 kg
Podemos também resolver tudo por desenho, basta atribuir uma escala para a força conhecida que é P e depois comparar seu comprimento com as demais
forças no próprio desenho, que são a medida da metade do vão e a altura, que é distância entre as horizontais que tracionam e as horizontais que comprimem.
Da Natureza das Estruturas
Vitor Amaral Lotufo - 18
Depois de encontradas as forças que atuam na estrutura, passamos ao di- Vamos ter de comparar dois pares de triângulos semelhantes, os da direita (geo-
mensionamento que é verificar que dimensões os materiais construtivos métrico com o de força) e os da esquerda (geométrico com o de força).
precisam ter. Para isso precisamos de dados sobre os materiais que estamos Sabemos que a soma das duas verticais perfazem o total do peso ou seja os 100
utilizando, e que geralmente são fornecidos pelos institutos de pesquisa. kg (V¹ + V² = P) , mas como o peso é descentralizado V¹ é diferente de V², mas
Quando se atribue um determinado valor para a resistência de um material, é inversamente proporcional aos vãos, isto é V¹ esta para 7,50 m assim como
não é o valor médio de ruptura desse material, porque estaríamos aceitando V² esta para 2,50 m.
que grande parte das estruturas pudessem ruir; esse valor deve ser um V¹ = (V² x 7,50 m) / 2,50 m ou
dado seguro, por exemplo a madeira Peroba Rosa deve resistir a uma força V¹ = 3 V², substituindo
de 85 kg kg/cm² no sentido de seu eixo longitudinal, provavelmente para V¹ + V² = 100 kg,
rompermos uma peça dessa madeira precisaremos imprimir uma força 3 V² + V² = 100 kg, V² = 25 kg e V¹ = 75 kg , agora é só comparar os triângulos
muito maior. geométricos com os de forças, e teremos:
Repare que a maior força que a corda precisa resistir é justamente T¹ e T² H¹ = (V¹ x 2,50 m) / 1 m,
ou 255 kg. H¹ = 187,5 kg e
H² = 187,5 kg pois H² = ( 25 kg x 7,50 m) / 1 m
e T¹ = e(75² kg + 187,5² kg), T¹ = 202 kg,
Após consultarmos uma tabela de cordas, encontramos a corda de sisal de
T² = e (25² kg + 187,5² kg), T² = 189,2 kg
1/4 de polegada de diâmetro que aguenta 140 kg, então concluímos que ela
não é suficiente para aguentar os 255 kg de força, então ou colocamos duas
cordas de 1/4” ou escolhemos uma mais grossa que é a de 3/8” de diâmetro, A corda tem de suportar a maior das duas forças, a de 5/16”
que aguenta 290 kg,
1m
H¹
7/8 1500 3
1 1800 2,2
1.1/4 2850 1,5
1.1/2 3900 1
Da Natureza das Estruturas
Vitor Amaral Lotufo - 19
O mesmo exercício com o peso descentralizado
Vamos ter de comparar dois pares de triângulos semelhantes, os da direita (geométrico com o de força)
e os da esquerda (geométrico com o de força).
Sabemos que a soma das duas verticais perfazem o total do peso ou seja os 100 kg (V¹ + V² = P) ,
mas como o peso é descentralizado V¹ é diferente de V²O mesmo exercício com o peso des-
centralizado Triân-
gulo geométrico 2
Vamos ter de comparar dois pares de triângulos semelhantes, os da di-
reita (geométrico com o de força) e os da esquerda (geométrico com o
de força). Triângulo geométrico 1 Tri-
Sabemos que a soma das duas verticais perfazem o total do peso ou seja
ângulo de for-
os 100 kg (V¹ + V² = P) , mas como o peso é descentralizado V¹ é dife-
ças 1
rente de V² Triângulo de
forças 2
Da Natureza das Estruturas
Vitor Amaral Lotufo - 20
Da Natureza das Estruturas
Vitor Amaral Lotufo - 21
Da Natureza das Estruturas
Vitor Amaral Lotufo - 22
(altura estrutural).
A soma das verticais V¹+V² é 100 kg (item 1), como a carga está centralisada e os apôios em nivel, elas são iguais à metade de 100 kg ou seja 50 kg.
Agora é aplicar regra de três:
H¹ / 5 m (metade do vão) = 50 kg (V¹) / 1 m (altura estrutural).
H¹ = 50 kg x 5 m / 1 m
H¹ = 250 kg
Para sabermos o valor de T¹ basta aplicar Pitágoras.
T = e((V¹)² + (H¹)²) = 255 kg
Podemos também resolver tudo por desenho, basta atribuir uma escala para a força conhecida que é P e depois comparar seu comprimento com as demais
forças no próprio desenho.