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PROCESSO LEGISLATIVO
O PREFEITO MUNICIPAL
Faço saber que a CÂMARA MUNICIPAL DE ANÁPOLIS aprovou e eu sanciono a
seguinte Lei Complementar:
PARTE I
DAS DISPOSIÇÕES PRELIMINARES
LIVRO I
DOS PRINCÍPIOS
TÍTULO I
DAS ESTRATÉGIAS
Capítulo I
DA ESTRUTURAÇÃO, DO ORDENAMENTO E DA PRODUÇÃO
DO TERRITÓRIO MUNICIPAL E DA CIDADE
Seção I
Do Uso e Ocupação do Solo
Subseção I
Do macrozoneamento
Art. 8º. O macrozoneamento tem por objetivo primordial coibir o uso indevido do
solo, qualificando o uso e a ocupação do mesmo para evitar o descontrole institucional das
ações privadas no território municipal.
Subseção II
Dos instrumentos de controle e regulação do solo
Subseção III
Das normas de uso e ocupação do solo
Art. 12. Para efeito de controle das atividades urbanas, ficam estabelecidos, de
forma geral, o uso residencial e o uso não-residencial como categorias predominantes.
Art. 14. O uso não-residencial, em função das diferentes naturezas das atividades
econômicas, classifica-se em uso comercial, uso de serviços, uso industrial e uso rural.
§ 1º. O uso comercial é aquele que se destina a vender produtos.
§ 2º. O uso de serviços é aquele que se destina a prestar serviços à população por
atividades públicas ou privadas.
§ 3º. O uso industrial é aquele que se destina a produzir bens.
§ 4º. O uso rural é aquele que se destina à produção agropecuária extrativa
vegetal ou agroindustrial.
Subseção IV
Do monitoramento da densificação
Art. 19. As Regiões de Adensamento estão divididas, para efeito dos critérios de
utilização, em Zona de Adensamento Básico, Zonas Adensável 1 e 2 e Zona de Adensamento
Rarefeito como se observa no Mapa nº 04, parte integrante desta Lei Complementar:
I – Zona de Adensamento Básico, que é aquela onde se aplica, estritamente, a
densidade básica e os seguintes parâmetros urbanísticos:
a) nos terrenos com área igual ou superior a 360m² (trezentos e sessenta metros
quadrados) é permitido construir 04 (quatro) unidades habitacionais autônomas com a
tipologia de térreo mais 02 (dois) pavimentos tipo;
b) nos terrenos com área inferior a 360m² (trezentos e sessenta metros
quadrados) será aplicado o índice de aproveitamento básico igual a uma vez a área do
terreno;
c) o recuo frontal mínimo para as edificações unifamiliares será de 3m (três
metros) para cada uso público e os recuos laterais e de fundo serão de 1,5 m (um metro e
meio) para as paredes com abertura.
II – Zona Adensável, que é aquela em que as condições do meio físico, a
disponibilidade de infra-estrutura e a necessidade de diversificação de uso possibilitem um
adensamento maior do que a Zona de Adensamento Básico, obedecendo aos seguintes
parâmetros urbanísticos:
a) a volumetria da edificação deve ser definida pela relação matemática NP=2R
(número de pavimentos tipo é igual a duas vezes os recuos laterais e de fundo), partindo de
1,50m (um metro e meio);
b) o recuo frontal mínimo será de 5m (cinco metros);
c) quando os recuos laterais e de fundo atingirem 8m (oito metros) será
permitido que a edificação atinja o número máximo de 20 (vinte) pavimentos tipo, sem a
necessidade de aplicação da fórmula;
d) acima de 20 (vinte) pavimentos tipo será acrescentado 1m (um metro) para os
recuos de frente, fundo e lateral para cada pavimento tipo;
e) para as edificações comerciais não se aplicam os recuos mínimos laterais e de
fundo até o limite de 6m (seis metros) de altura, desde que se cumpram as exigências de
ventilação e iluminação exigidas pelo Código de Edificações;
e) para as edificações comerciais não se aplicam os recuos mínimos laterais e de
fundo até o limite de 10m (dez metros) de altura, desde que se cumpram as exigências de
ventilação e iluminação exigidas pelo Código de Edificações; (Nova Redação dada pela Lei
Complementar nº 164/2007).
f) em casos de edificações comerciais que excedam 6m (seis metros) de pé
direito, será obedecida a relação matemática descrita no item ‘a’ deste artigo.
f) em casos de edificações comerciais que excedam 10m (dez metros) de pé
direito, será obedecida a relação matemática descrita no item ‘a’ deste artigo; (Nova
Redação dada pela Lei Complementar nº 164/2007).
g) para as edificações comerciais, os recuos frontais obedecerão aos seguintes
parâmetros:
Subseção V
Das prescrições urbanísticas adicionais
Subseção VI
Dos projetos especiais de empreendimentos de impacto
Subseção VII
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PROCESSO LEGISLATIVO
Das áreas especiais
Art. 29. As áreas especiais são aquelas que serão integradas de melhor forma à
estrutura da cidade, com aproveitamento das melhorias já implantadas ou com a eliminação
da precariedade da infra-estrutura existente, com normas próprias de uso e ocupação do
solo e destinação específica.
Art. 34. São consideradas áreas de interesse social – AEIS aquelas destinadas
primordialmente à produção e à manutenção de habitação de interesse social, que serão
devidamente tratadas em lei específica, parte integrante deste Plano Diretor, e
descriminadas no Mapa nº 05, parte integrante desta Lei Complementar.
Subseção VIII
Dos instrumentos de gestão urbana
Art. 37. O Fundo de Urbanização será criado para aplicação dos recursos
financeiros no programa de áreas especiais de interesse social, urbanístico, ambiental e na
gestão do plano, e será gerido por um conselho executivo representado pelo Poder Público e
pela sociedade civil, a ser nomeado pelo Governo Municipal e fiscalizado pelo COMCIDADE.
§ 1º. O Fundo de Urbanização se constituirá das seguintes receitas:
I – valores em dinheiro, correspondentes à outorga onerosa da autorização
de construção de área superior à correspondente à densidade ou coeficiente básicos
definidos nesta Lei Complementar;
II – quaisquer outros recursos ou rendas que lhe sejam destinados;
III – rendas provenientes da aplicação de seus próprios recursos.
AR= AC x VC onde:
VR
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PROCESSO LEGISLATIVO
Capítulo II
DA QUALIFICAÇÃO AMBIENTAL DO TERRITÓRIO MUNICIPAL
E DA CIDADE
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PROCESSO LEGISLATIVO
Art. 44. Para os efeitos desta Lei Complementar, o Patrimônio Ambiental abrange
os Patrimônios Cultural e Natural.
§ 1º. Integra o Patrimônio Cultural o conjunto de bens imóveis de valor
significativo – edificações isoladas ou não – ambiências, parques urbanos e naturais, praças,
sítios e paisagens, assim como manifestações culturais – tradições, práticas e referências,
denominados bens intangíveis – que conferem identidade a esses espaços.
§ 2º. Integram o Patrimônio Natural os elementos naturais como ar, água, solo e
subsolo, fauna, flora, assim como as amostras significativas dos ecossistemas originais
indispensáveis à manutenção da biodiversidade ou à proteção das espécies ameaçadas de
extinção, as manifestações fisionômicas que representam marcos referenciais da paisagem,
que sejam de interesse proteger, preservar e conservar, a fim de assegurar melhores
condições de equilíbrio urbano, essenciais à melhoria da qualidade de vida.
Capítulo III
DA QUALIDADE DE VIDA E DO DESENVOLVIMENTO HUMANO
Art. 48. Para assegurar uma educação municipal de qualidade em todos os níveis
de ensino, nas diversas modalidades, para as diferentes demandas, constitui-se como
diretriz primordial implantar o Plano Municipal de Educação, nos termos dispostos no Plano
Nacional de Educação.
Capítulo IV
DA MOBILIDADE E DA ACESSIBILIDADE URBANA
Art. 54. Para implementar a estratégia prevista no artigo anterior ficam definidas
as seguintes diretrizes:
I – priorizar o transporte coletivo de passageiros nos deslocamentos urbanos,
racionalizando a sua operação para proporcionar condições de segurança, conforto,
pontualidade e economia;
II – capacitar e hierarquizar o sistema viário com a finalidade de permitir
condições adequadas e seguras de mobilidade e acesso a todas as propriedades lindeiras à
malha viária.
Parágrafo único. Para a execução das diretrizes previstas neste artigo, ficam
definidos os seguintes programas:
I – Programa de Estruturação Viária;
II – Programa de Intervenção Viária;
III – Programa de Acessibilidade Universal;
IV – Programa de Trânsito.
Seção I
Do Programa de Estruturação Viária
Art. 56. O Programa de Estruturação Viária tem por objetivo conceber uma malha
viária que se constituirá no principal suporte físico da mobilidade e acessibilidade urbana.
Art. 57. Para os efeitos desta Lei Complementar, malha viária é o conjunto de vias
do Município, classificadas e hierarquizadas segundo critério funcional, com observância dos
padrões urbanísticos.
Seção II
Do Programa de Intervenção Viária
Seção III
Do Programa de Acessibilidade Universal
Seção IV
Do Programa de Trânsito
Art. 62. O Programa de Trânsito tem por objetivo tratar a malha viária no que
concerne ao uso das potencialidades da engenharia de tráfego, visando sua fluidez e
segurança, utilizando as tecnologias para conservação de energia, controle da qualidade
ambiental e a prioridade ao transporte coletivo.
Parágrafo único. Os projetos referentes ao Programa de Trânsito serão
desenvolvidos e executados pelo órgão municipal competente da Administração Pública
Municipal.
Capítulo V
DA PROMOÇÃO ECONÔMICA COM SUSTENTABILIDADE
Capítulo VI
DO SISTEMA DE PLANEJAMENTO E GESTÃO URBANA
Seção I
Da Implantação, Monitoramento e Avaliação do Plano Diretor Participativo
Subseção I
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PROCESSO LEGISLATIVO
Dos órgãos do sistema de planejamento
Seção II
Da Promoção da Integração dos Órgãos Administrativos
Seção III
Da Gestão Democrática
Seção IV
Da Otimização dos Serviços Públicos
Art. 75. A otimização dos serviços públicos dar-se-á através das seguintes ações:
I – criar Programa de Qualificação Técnica do Servidor Público nas diversas áreas
da Prefeitura visando a maior eficiência e qualidade dos serviços prestados à comunidade;
II – instituir e implantar, em parceria com comércios e empresas de iniciativa
privada, Programa de Prestação e Conservação dos Bens e Logradouros Públicos.
Seção V
Da Estratégia de Gestão e do Processo de Planejamento
Seção VI
Da Articulação Com Outras Instâncias de Governo
Art. 79. A gestão urbana assegurará meios de permanente consulta aos órgãos
estaduais e federais com influência no espaço urbano, bem como aos municípios limítrofes,
assegurando-se o acesso e voz dos representantes de cada instância mencionada no
COMCIDADE, em reunião convocada para esta finalidade.
PARTE II
DAS DISPOSIÇÕES FINAIS E TRANSITÓRIAS
Art. 81. O Plano Diretor Participativo será revisado a cada 05 (cinco) anos, de
acordo com os estudos realizados pelo Núcleo Gestor de Planejamento Urbano e Controle
do Plano Diretor – NGPPD.
§ 1º. O Executivo deverá, completado o primeiro ano de vigência desta Lei
Complementar, iniciar estudos para elaboração do Plano Diretor de Tráfego e Transporte do
Município, devendo o mesmo estar concluído e votado num prazo máximo e improrrogável
de 03 (três) anos, contados a partir da formação da Comissão Técnica responsável.
§ 2º. Se, nesse interregno houver necessidade de realizar licitação na
modalidade concorrência, para delegação do serviço público de transporte coletivo, no
edital, deverá constar obrigatoriamente, que a empresa vencedora se adequará ao referido
Plano Diretor, sob pena de rescisão do contrato, sem ônus para o erário municipal.
Art. 84. Esta Lei Complementar entra em vigor em 30 (trinta) dias contados da
data de sua publicação.
ANEXOS:
ANEXO I - PERFIL DO SISTEMA VIÁRIO
ANEXO II - QUADRO DE USOS PERMITIDOS
ANEXO III - TABELA DE ÍNDICES DE INCOMODIDADE
ANEXO IV - QUADRO DE GESTÃO
ANEXO V - PLANTA GERAL DAS QUADRAS
MAPAS:
Nº 01 – MACROZONEAMENTO
Nº 02 – PERÍMETRO URBANO
Nº 03 – HIERARQUIA VIÁRIA
Nº 04 – ADENSAMENTO
Nº 05 – AEIS
Nº 06 – QUALIFICAÇÃO AMBIENTAL