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Nelson Rocha - A Mulher Etíope de Moisés
Nelson Rocha - A Mulher Etíope de Moisés
26. O Senhor, pois, o deixou. Ela disse: Esposo sanguinário, por causa
da circuncisão.
27. Disse o Senhor a Arão: Vai ao deserto, ao encontro de Moisés. E
ele foi e, encontrando-o no monte de Deus, o beijou:
28. E relatou Moisés a Arão todas as palavras com que o Senhor o
enviara e todos os sinais que lhe mandara.
29. Então foram Moisés e Arão e ajuntaram todos os anciãos dos filhos
de Israel;
30. e Arão falou todas as palavras que o Senhor havia dito a Moisés e
fez os sinais perante os olhos do povo.
Seu marido deveria ter feito a circuncisão. A que ela fez não teve valor.
Por outro lado, a falta de respeito a visão de Deus que ele tinha e a ele mesmo
como esposo no texto é visto claramente: “tomou uma faca de pedra,
circuncidou o prepúcio de seu filho e, lançando-o aos pés de Moisés, disse…”
Sua atitude é terrivelmente grosseira e sem nenhum respeito. “Lançou-o aos
pés de Moisés”. A opinião que ela tinha de Moisés era esta: “és para mim um
esposo sanguinário”.
6. Não seguiu com ele como havia proposto (v. 24) e voltou para a
casa de seus pais (Êx 16 ).
Moisés não se queixou de sua mulher para seu irmão, ele relatou seu
chamado, de como Deus o havia chamado. Ele deveria ter-lhe confidenciado
alguma coisa, deveria ter pedido ajuda. A maioria dos líderes ministeriais
tomam atitudes isoladas, precipitadas quando a si mesmos e por esta razão
são maus vistos depois porque nunca fizeram saber a sua cobertura ministerial
os problemas maus resolvidos de seus ministérios. Um grande amigo, um dia
em seu gabinete me disse: “Se você houvesse buscado ajuda antes de tomar
esta decisão, Nelson, nós poderíamos comprar tua briga, mas agora é muito
tarde. Não podemos fazer nada por você.” Havia tomado decisões precipitadas
no meu ministério, e depois procurei ajuda. Não fui ao monte de Deus, por isso
estava sendo mal compreendido. O monte de Deus nestes momentos e a ajuda
de nossos amigos ministros a altura de Arão, será de grande ajuda. Mas
Moisés não lhe falou nada. Lá na frente, quando ele tomar uma decisão
sentimental mais forte, Arão não lhe compreenderá (Nm. 12:1-16), e
murmurará contra Moisés. Moisés se fechou e nunca procurou ajuda
sacerdotal. Deus lhe havia enviado ajuda, mas o orgulho profético não permitiu
ser ajudado. Quanto mais sábio é o ministro, mas orgulhoso tende a ser nestas
horas quando é frágil como um pote de barro. Busque ajuda na sua cobertura,
busque o monte de Deus antes de tomar qualquer decisão na sua vida
matrimonial. Os apóstolos de sua vida não poderão simplesmente usar sua
autoridade se não orarem a este respeito, se não conhecerem o problema a
fundo.
Somente depois que Moisés havia estado no Egito, depois que havia
passado as dez provações que sobrevieram sobre aquela nação, quando o
povo já estava em frente de Midiã, na volta, quando os rumores de que Deus
havia tirado seu povo do Egito (coisa que Zípora não cria muito acontecer),
Jetro vem ao encontro de Moisés, trazendo com ele sua mulher e seus filhos
de volta, pois a Bíblia claramente diz que ele a enviou a seu pai (Êx. 12:1-7).
6. e disse a Moisés: Eu, teu sogro Jetro, venho a ti, com tua
mulher e seus dois filhos com ela.
Mais de seiscentas pessoas que estavam ali haviam passado 430 anos
como escravos no Egito. Todos ali haviam marcado as portas de sua tenda
para não ver a morte entrar nas suas casas; todos ali haviam obedecido as
ordens de saída de forma incondicional, todos ali se sentiam felizes porque
haviam passado o Mar Vermelho por causa da liderança e obediência de um
homem que havia sofrido pela liberdade de seu povo e pelo cumprimento de
sua missão em atenção ao chamado exclusivo de seu Deus, o grande Eu Sou.
De repente, no meio do caminho, chega uma mulher incrédula em tudo aquilo,
desobediente às ordens de Deus (e não era pelo fato de ser ímpia, pois seu pai
era homem de Deus também e sacerdote), que jamais havia passado o
batismo do Mar Vermelho, querendo entrar na Terra da Promessa… Ah! Mais
essa é muito boa, essa é sim!
Infelizmente, Zípora regressou com o seu Pai para Midiã. Não quis ficar
ali no deserto com eles. A visão ainda era para muitos dias, sem contar os 38
anos de Cades Barnéia. Ela não suportaria a luta. Nenhuma mulher que não
passar lado a lado com seu marido o Mar Vermelho de seu Êxodo Ministerial,
jamais terá condições de atravessar um deserto de quarenta anos até
chegarem juntos na terra da promessa.
Antes de Jetro Hobab regressar de volta, Moisés intercedeu que ele
fosse o seu guia. Não pareceu bem ao Senhor isto, pois a nuvem os guiava até
então (Num 10:36). A vinda de seu sogro naqueles momentos foram de grande
bênção. Pelo seu conselho, até um grande exército foi formado (Num 10). Por
isso havia muita afinidade entre Moisés e seu sogro. Mas ele amava sua
parentela (Num 10:30) e Zípora também. Isto acontece no capítulo 10. Já no
capítulo 11, Moisés toma uma esposa etíope, “cusita” (Num 12:1). Por causa
desta mulher etíope, Arão e Miriã se rebelarão contra Moisés e por esta causa
haverá uma reunião diante de Deus.
A solidão de Moisés, o bispo das tribos, líder de Arão, pela falta dos
filhos, da esposa que com seu caráter agressivo e desobediente volta com seu
pai. Não era a primeira vez (Êx 12:1).
Antes de passar por ali, espíritos de lepra pediram permissão para tocar-
lhes. O Diabo é sujo, ele acusa os irmãos (Ap. 12:10-12). Intriga de irmãos é
com ele. Ele ama famílias desunidas. Quando o Anticristo assumir, a
característica familiar será esta: filhos contra pai, irmão contra irmão.
Moisés era um homem mui manso, mais do que todos que havia sobre a
face da terra (Num 12:3). Ele havia aprendido muitas grandes lições. O Homem
irrepreensível não é aquele que não erra, ou aquele que demonstra à Igreja
certo grau de “santidade” franciscana. O homem irrepreensível é aquele que
ninguém consegue repreende-lo, porque se auto-repreende. Não entenda isso
como auto-disciplina, mas auto-repreensão. É concertar-se antes que outros
publicamente venham a tomar partido de forma a contrariar-nos.
12. Portanto dize: Eis que lhe dou o meu pacto de paz,
13. e será para ele e para a sua descendência depois dele, o
pacto de um sacerdócio perpétuo; porquanto foi zeloso pelo seu Deus, e
fez expiação pelos filhos de Israel.
14. O nome do israelita que foi morto com a midianita era Zinri,
filho de Salu, príncipe duma casa paterna entre os simeonitas.
O texto citado pode trazer confusão ao leitor, mas me refiro a algo mais
profundo, à ocasião em que Deus mandou ferir os Midianitas. Em Números 25,
6 mostra-nos que o israelita que tomou mulher midianita o fez à vista de Moisés
e de todo Israel. O zelo de Finéias não respeitou preceitos de homens, ele
respeitou a Deus. Sabia que as mulheres midianitas eram um laço, Haviam
sido para Moisés. Moisés não tinha autoridade para resolver aquela situação,
mas Finéias, em nome de Deus, tinha. Ele era amigo de Moisés. Por isso,
aproveitou a oportunidade para ser sacerdote pactuado. Não há espaço para
falar sobre isto. Mas as bênçãos por seu ato serão vistas em Ezequiel 40-48.
Tudo isto aconteceu treze capítulos depois da rebelião de seu avô. Arão.
Por que o juízo de Deus veio contra os dois: “contra eles”, mas somente
Miriã ficou leprosa. As doze pedras podem não estar no peito, mas a uncão das
doze pedras que formam o peitoram seguem com o ungido, mesmo que
aparentemente não carregue no peito o peitoral. Isso quer dizer que a unção
das doze pedras do peitoral e mais as duas pedrinhas urim e tumim que
representam o Espírito Santo garantem a unção do ungido. Quando a ira de
Deus se acendeu contra os dois, Deus estava tão irado contra eles que não
tomou em conta a o peitoral que levava Arão.
Essa foi boa. Nem Deus pode atravessar a unção do peitoral de juízo
que ele mesmo cria sobre seus ungidos. Quando mais um macumbeiro
espiritual que se diz pentecostal e que ser dono da cocada preta na
congregação, que sabe que a oração para ele não é comunhão com Deus, mas
um elemento falso de feitiçaria, que sabe que sua reputação faz com que
todos acreditem nele sem questionar, mas um dia a casa cai, cai sim!
Quando a nuvem sair da tenda Miriã vai ser vista branquinha… e Moisés
justificado orando por ela, que Deus a cure da lepra.
Quando Deus viu que Arão estava limpo. Aí estava o assunto dos
próximos capítulos. A Morte de Arão. Deus quis mata-lo. Dá um avisinho no
capítulo 17. Manda pôr a vara junto com as outras varas, e a re-enverdece, faz
que brote amêndoas, mostra-a ao povo e é colocada de novo no santíssimo.
Arão iria ter sua autoridade renovada, o povo iria ver, mas iria morrer logo a
seguir, porque Deus não tem prazer em que o seu ungido morra na vergonha
de seu pecado. Oito capítulos depois morreu. Muitas vezes Deus restaura o
seu ungido e o mata em glória. Sabe por que isto aconteceu? Todo mundo no
acampamento ficou sabendo da rebelião dos dois. A autoridade sacerdotal de
Arão foi tocada e a de Moisés aumentou. Esta é a grande colheita que ceifa o
injustiçado: o prestígio de Deus no nome dele; porque o povo sempre fica
sabendo quem é aquele que recebe veredicto favorável.
O aviso de Deus foi dado em Números 17, Miriã morre a seguir e Deus
convida a Moisés que tire as roupas de Arão num lugar separado, no monte, e
isto incluía o peitoral de juízo. Se puder, depois, leia Números 20:22-29. E
depois conclua por você mesmo o que significa “e despe Arão e suas vestes,
porque Arão morrerá” (v.25,26). Deus não pode matar o seu ungido enquanto
em um lugar santíssimo, em separado do público carnal, não tiver entregue
suas roupas e seu peitoral. O peitoral é a nossa salvação e o peitoral do
sacerdote do Novo Testamento tem muito mais pedras preciosas, pois o seu
sacerdócio é segundo a ordem de Melquisedeque.