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TIPOLOGIA I

O S T I P O S
O Estudo dos Tipos e Antítipos
–Dr Aldery Nelson Rocha –
O Estudo dos Milagres de Deus

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TIPOLOGIA I
O S T I P O S
O Estudo dos Tipos e Antítipos
–Dr Aldery Nelson Rocha –
TIPOLOGIA I

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O Estudo da Eleição em Cristo

Todos os direitos reservados a Aldery Nelson Rocha

© Aldery Nelson Rocha 1999

Francisco da Veiga, 29
Jardim Shangrila, São Paulo, Sp
CEP 04846-030
www.meujesus.com.br

Categoria: Tipologia, Hermenêutica Bíblica; Teologia do Antigo Testamento

Composto no Centro Editorial do Corpo Hosanna de Ministérios.

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Aldery Nelson Rocha

I - O SACERDÓCIO UNIVERSAL
Para ser bênção para as famílias da terra - Através do Sacer-
dócio de Melquisedeque. Assim como era propósito de Deus que
as nações fossem tributárias de Israel como as 12 tribos o eram
aos levitas, era plano que as nações, através de seus príncipes,
trouxessem os seus dízimos a Deus, no santuário, os quais ele
distribuiria entre os levitas, durante o milênio. As nações trarão a
Deus a sua glória que por sua vez as dará a Israel pelo seu serviço
prestado às nações (Num 18, Ef 4:11,12; Heb 13:10). Mas Israel
trará os dízimos dos dízimos à Igreja.
ISRAEL COM PROPÓSITOS SACERDOTAIS MUDADOS -
DE UNIVERSAL PARA NACIONAL.
Não houve submissão das nações (dízimo). Somente das tri-
bos.
Fora do objetivo inicial (Êxo. 19:5,6). O sacerdócio ao invés
de ser internacional, passa a ser nacional. Deixou de ser um ser-
viço para as nações para servir às tribos.
ISRAEL NO MILÊNIO - VOLTA A SER INTERNACIONAL
Israel - Nações
(Isa. 61.4-11).
Enfim, no Milênio, teremos o cumprimento de Êxodo
19:5,6; Isa 61:6.
TEMPLO DO MILÊNIO
O tipo do Reino de Salomão -
Os filhos dos servos de Salomão são considerados benditos,
como os filhos do reino de Cristo (2 Cr. 9:5-8; Is.61:9; EF 3:11-19).
No seu tempo de governo houve paz. Nos dias do governo
de Cristo a paz será a alegria dos povos (Isa 32:15,20), Cristo será
o príncipe da paz (Isa 9:6,7)
Levítico 8 - (Texto paralelo Êxo. 29:1-45).

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O Estudo da Eleição em Cristo

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Aldery Nelson Rocha

II - A CONSAGRAÇÃO DE ARÃO E
SEUS FILHOS
A consagração do sacerdote Arão e seus filhos
Introdução:
O sacerdócio arônico foi uma emergência. Deus não queria
usar dessa possibilidade. O sacerdócio que desejava para o povo
eleito era o sacerdócio de Melquisedeque. Com ele, toda a nação
sem distinção poderia ser um corpo de ministros; uma nação li-
teralmente santa. Eram grandes as diferenças entre o sacerdócio
Arônico, da Tribo de Lei e o sacerdócio Melquisedequeano. Para
Deus instituir um novo sacerdócio ele teria que mudar as leis e
isso causava uma mudança radical na manifestação e cumprimen-
to de seu propósito universal. Deu não escolheu Israel como úni-
co modelo adequado. Pelo contrário, Deus nos dá outras razões
por que lhe havia escolhido:
“Agora, pois, se diligentemente ouvires a minha voz, e guardardes a minha
aliança, então sereis a minha propriedade peculiar dentre todos os povos; por-
que toda a terra é minha, e vós me sereis reino de sacerdotes e nação santa. São
estas as palavras que falarás aos filhos de Israel” , (Êx.19:5,6).

O objetivo do Senhor Deus em escolher Israel como nação


não foi para que este povo, ao ser eleito, se pusesse como o único
privilegiado nessa escolha. Ao contrário disso, esta nação fora es-
colhida para abençoar outras nações. Mas Israel se orgulhou dis-
so. Esqueceu sua incumbência e o ofício dessa escolha e apegou- TEMPLO DO MILÊNIO
-se ao seu privilégio e cometeu muitos erros. O mesmo que acon-
tece com as denominações, aconteceu com Israel:
. O aparecimento dos preconceitos exclusivistas
. O afastamento dos propósitos divinos.
Deus escolheu uma nação para uma grande missão, mas ela
se fez ociosa por causa dos privilégios desse encargo e esqueceu-
-se do serviço que lhe incumbia seu Senhor.
O sentido da escolha de Israel não foi para conceder-lhe uma
grandeza político-social ou lhe dar o título de potência econômi-
ca com objetivos de destruir e suplantar os povos da terra, julgan-
do-os com vara de ferro.
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O Estudo da Eleição em Cristo

O sentido da escolha de Israel não era para que os privilé-


gios suplantassem as grandes incumbências que lhe foram dadas.
O sentido da escolha de Israel não foi para que se julgasse
protegido incondicionalmente por Deus como se fora seu favori-
to! Nem para menosprezar os demais povos que não pertenciam
à nação eleita.
O sentido da escolha de Israel como o da escolha de um ho-
mem a um ministério é sempre em benefício dos outros e não
para o orgulho de um só. Implica em sofrimento, tribulações e sa-
crifícios em favor de todos (Jo 3.16).
O sentido da escolha de Israel não foi o favoritismo, a gran-
deza política, social e econômica daquela nação; o objetivo não
era um reino teocrático nacional, porque se fora por isso Deus te-
ria falhado.
. Onde estaria essa grandeza política?
. Onde estaria essa potência econômica?
. Onde estaria esse reino teocrático?
. Como pôde desprezar a um povo a quem escolheu?
. Como pôde permitir sua divisão e humilhação na maior par-
te de sua história?
O fracasso político, social e o protecionismo deste povo nos
leva ao entendimento de que não foi este o objetivo divino!
Qual foi o sentido da escolha de Israel?
- Foi dar humanidade ao seu propósito, ao seu reino, à sua di-
vindade, àquilo que era somente luz, espírito, celestial. Era ma-
nifesta sua glória entre os homens. Embora Israel tenha falhado,
mas a semente desta mulher não falhou (AP 12:3 - 5; Gên 3:15).
Ele foi um homem eleito que substituiu a nação eleita, mas nem
por isso o propósito de Deus deixou de ser efetuado por um judeu
obediente e humilde (Jo 5:19). Esse judeu humilde não se tornou
ocioso pelo privilégio de poder ser o primogênito dos mortos ou o
crucificado, o “Unigênito de Deus’”. Ele simplesmente esvaziou
seu coração de toda a usurpação (Fil 2:5-8) e apegou-se a incum-
bência da cruz. Ele estava interessado em chegar ali no Calvário,
como Paulo queria chegar à Roma.
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Aldery Nelson Rocha

Assim Jesus restituiu o sacerdócio universal esquecido por


Israel.
Era assim que Deus queria que fosse:
. Que Israel como nação fosse o que Lei é para Ele: Tribo sa-
cerdotal
Isto era apenas um modelo nacional daquilo que poderia ter
sido o original do propósito universal para Israel.
Este não é o primeiro modelo sacerdotal universal. Este sa-
cerdócio levítico foi outro sacerdócio. Pela falha de Israel em não
querer obedecer as prerrogativas divinas para ser uma bênção
para todas as famílias da terra, o sacerdócio universal por um tem-
po foi posto de lado. Deus precisou tratar inicialmente com a na-
ção de Israel e “organizou a casa” a fim de que esta “casa” assu-
misse a posição que lhe havia sido predita.
O propósito estava estabelecido. Quando Israel saiu do Egi-
to, Deus falou desse objetivo:
“Agora, pois, se atentamente ouvirdes a minha voz e guar-
dares o meu pacto, então sereis minha possessão peculiar dentre
os povos, porque minha é toda a terra; e vós sereis para mim rei-
no sacerdotal e nação santa” (Ex. 19:5-6).
Observe que nação sacerdotal implica em não ter herança
própria, como a tribo sacerdotal. O sustento da nação sacerdotal
eqüivalia ao sustento de Deus: ele era possuidor de tudo! Ser na-
ção sacerdotal deveria significar também que esta nação deveria TEMPLO DO MILÊNIO
ser santa, um exemplo internacional!
Isto requereria obediência aos mandamentos de Deus.
Isto implicaria em oficiar expiação, e cumprir as leis do sa-
cerdócio, cuidar dos móveis do tabernáculo, zelar pelo cumpri-
mento dos deveres das nações, direito à parte dos dízimos das na-
ções, desempenhar o sacerdócio em santificação, à semelhança
do sacerdócio interno levítico (Num 3:5-10).
O que Deus desejou foi isto:

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O Estudo da Eleição em Cristo

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III - ESTABELECIMENTO DO
PROPÓSITO ORIGINAL
O propósito Original (Êx 19:5,6)
Assim como Lei deveria ser para todas as tribos nacionais,
Israel deveria ser para todas as nações. Isto implicaria num sacer-
dócio universal.
A ORIGEM DO SACERDÓCIO UNIVERSAL
Não estava em Lei. Estava em Melquisedeque, inicialmente.
Melquisedeque o transmitiu a Abraão e cada primogêni-
to seria incumbido de ser um propagador desse sacerdócio. Em
toda nação haveria primogênitos, em toda família, em toda tribo.
A benção do patriarca passaria a eles. A eles passaria os di-
reitos de herança, de propriedade dobrada, de liderança espiri-
tual, moral e promissora, de posteridade, mas, principalmente
do sacerdócio.
Não se diz de que nação era Jó, mas era um sacerdote. Sa-
bemos que Melquisedeque não era da linhagem de Sem, mas de
Cão, por isso não era contado na genealogia dos judeus, por isso
não se conheceu seu Pai, mãe ou irmão. Mas era um rei e parte de
sua dinastia foi conhecida (Jos 10:1): Adonisedeque.
. Melquisedeque era cananeu
TEMPLO DO MILÊNIO
. Melquisedeque era rei em Salém
. Melquisedeque era sacerdote
. Melquisedeque era homem
. Melquisedeque era primogênito
. Melquisedeque conhecia o Deus Altíssimo, Deus de Noé.
Conhecia a lei deste sacerdócio, os elementos de seu sacerdócio:
pão e o vinho, o corpo do Cordeiro e o sangue dele.
. Melquisedeque não era extremista, nem preconceituo-
so. Sabia da maldição que pesava sobre os cananeus e da bênção
que estaria sobre os semitas e jafeítas. Os primogênitos supera-
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O Estudo da Eleição em Cristo

ram isto; até os animais! Todos os primogênitos eram do Senhor.


Eram as primícias dele (Gên 9; Num 3).
O que Israel deixou de ser hoje, Deus efetuou através de
Cristo, por intermédio da Igreja:
A Igreja não tem herança nesta terra, como Lei, pois é nação
sacerdotal. A igreja tem sido bênção para todos os povos, mas Is-
rael ainda espera o cumprimento da promessa. Toda a igreja é um
reino de sacerdotes. Não há e nem haverá diferenças entre estes
sacerdócios. Mas Lei será aperfeiçoado.
Lei não é uma tribo real. Mas Judá o é. Judá é uma tribo real;
dela vem o reino. De Judá dela vem o sacerdócio de Melquisede-
que, porque foi a capital do sacerdócio de Melquisedeque, e de-
pois veio a ser a capital de Judá. Jesus não veio de Lei, mas de Judá
e foi sacerdote. Não se falava de Judá como tribo real e sacerdotal
porque estava esquecido o sacerdócio de Melquisedeque, o qual
Jesus reviveu. Por isso Davi pôde entrar no templo e minis-
trar no altar (Sl.42, 43), por isso ele comeu do pão do templo, ves-
tiu o éfode e ministrou como sacerdote. Ali ele uniu Lei a Judá.
Davi teve experiência como rei, sacerdote e profeta. A importân-
cia da Escola de Profeta de Samuel foi fundamental para isto.
Cristo reúne nele mesmo todos os povos e edifica sua Igre-
ja. Sua Igreja é a unidade de gentios e judeus.
A igreja é o terceiro elemento do Reino. Nela não há acep-
ção de nação, pois é um sacerdócio universal. Como sacerdócio
universal, não tem herança na terra. Como o foi com Lei, não pos-
sui herança entre as nações, como Lei não tinha herança entre as
tribos. Sua herança era a herança do Senhor (Num 18). Assim, a
Nova Jerusalém é sua herança!

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Aldery Nelson Rocha

IV - O que acontecerá com o sacerdó-


cio de Lei?
A Bíblia diz que será coroado (Zac. 3, 6). Isto significa que ele
será um sacerdócio real por isso. Mas sobre a tribo de Lei, há algu-
mas considerações a fazer.
A família de Arão é a família de sacerdotes. No futuro, será a
família de Jeosadaque, de Eliezer (Eze 45).
Toda a nação será chamada nação de sacerdotes (Isa 60). As-
sim como toda a tribo de Lei era chamada tribo sacerdotal, e não
significava que todos poderiam oficiar o sacerdócio, mas eram le-
vitas e por isso poderiam se santificar e serem consagrados ao sa-
cerdócio. No reino messiânico todas as nações considerarão Isra-
el como nação santa e por isso também sacerdotal (Isa 60).
Mas haverá exigências para oficiar o sacerdócio:
1. A família sacerdotal será a família de Zadoque (Eze. 44:15-
16). Ele fez esta promessa em Números 25:6-13 e Deus cumpri-
rá a sua promessa. A linhagem de Zadoque que terá um privilégio
especial perante o Senhor nos dias do milênio e do reino (Num
25:11; I Cr 6:50-53; Esd 7:2; I Sm 17:5). Zadoque após de Davi
quando da perseguição de Absalão.
2. Os moradores de Jerusalém serão apenas sacerdotes
(Eze. 45.l-17).
Deus vai mudar o sacerdócio ( Heb 7:12). TEMPLO DO MILÊNIO
Quando ocorre alguma mudança no sacerdócio, há mudan-
ça na lei que o rege.
1. Qualquer pessoa poderá ser um “levita”, se o Senhor qui-
ser tirá-los dentre as nações (Isa 61:20-21). Isto significa que Lei
será o representante de toda a nação. O nome tribo de Lei não
será mais uma elite sacerdotal naqueles dias, mas uma represen-
tante de todas as tribos de Israel e das nações (daqueles que o Se-
nhor tirar como sacerdotes ou levitas). O sacerdócio de Lei per-
derá este protecionismo, e será representativo, mas os da famí-
lia de Zadoque terão primazia, como Arão entre os levitas. Um
exemplo da representatividade dos levitas pelas tribos de Israel
e por várias nações, é o Nazireado. Ao Nazireado, qualquer pes-
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O Estudo da Eleição em Cristo

soa poderia se consagrar ou se santificar (Num 6:11): Homem ou


mulher. Uma pessoa podia dedicar-se temporariamente à mis-
são desejada: como profeta, como sacerdote, como juiz, etc. O
sentido da palavra levita perderá a exigência de ser natural da tri-
bo de Lei, mas assumirá nova conotação: de vir consagrado ao sa-
cerdócio do Senhor, ao qual qualquer pessoa da nação de Isra-
el poderá dedicar-se, como também o Senhor poderá escolher
dentre as nações pessoas para assumirem-no. Veja que o sacer-
dócio real era para Israel, mas o Senhor escolheu gentios para su-
mirem-no (Exo.. 19:6; I Pd. 2:9, Ap1:6). Assim como o sacerdó-
cio real não possuiu o teor exclusivista, também o levirato não o
possuirá, amanhã.

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Aldery Nelson Rocha

V - O SACERDÓCIO REAL TERRE-


NO NOS DIAS DO MILÊNIO
A cidade de Jerusalém será um protótipo da Nova Jerusalém
nesse tempo! (Is.60:1-22; AP 21:23-27).
Uma exposição de Ezequiel 40-48:
Eze. 44.4 - O protótipo.
A porta da morte - Por onde virão adorar os donos do mun-
do (Ez.46:9, Isa 60:1-22, Zac 14:16-21; 2 Cr. 9:23,24; Isa 60:16,
60:14, 60:11).
Por onde os povos verão a glória do Senhor (Isa 4: 2 a 6; Isa
2:2-5).
Eze. 44.5 - AS NOVAS LEIS DO SACERDÓCIO REAL (Heb.
7.12).
Ezequiel recebeu a visão da Jerusalém terrena como da
Jerusalém celestial (Heb 8:5)
João recebeu a visão da cidade original (Ap.21:1-27). A úni-
ca diferença entre elas é que uma é celestial e a outra é terrena,
uma é universal e a outra e internacional.
Quando há mudança no sacerdócio, há mudança nas leis
(Heb 7:12). No reino de Deus o sacerdócio será mudado nova-
mente (Eze. 44:5). Ezequiel como sacerdote recebeu visão des-
TEMPLO DO MILÊNIO
te sacerdócio, e do templo, assim como João recebeu a visão da
Nova Jerusalém e do sacerdócio eclesiástico (Ap. 1:6; 21:2-27).
1. Não entrará abominação alguma nesse santuário (Eze.
44:6 a 9).
2. Sejam:
a estrangeiros, incircuncisos de coração;
b. estrangeiros, incircuncisos de carne.
Eze. 44:1-3 - A porta exterior do santuário - Oriental. A por-
ta de entrada da glória do Senhor. Permanecerá fechada. Somen-
te o príncipe entrará e sairá por ela (46.8).
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O Estudo da Eleição em Cristo

A porta oriental é uma porta exclusiva do Senhor de sua gló-


ria e de seus príncipes. Ela se abre somente no sábado (Ez.46:1).
Somente no dia de quem não tem direito (Êxo 23:12,13; Lev
23.3).
O príncipe representa aqueles santos que fazem parte da
igreja (AP 1:6 I Pe 2:9).
A primazia será da igreja (Ap. 21:27).
a. Se assentará diante dela (Eze 44:3)
b. Sairá e entrará por ela (AP 21:27)
c. Comerá pão diante do Senhor (I Sm 21:4 - como Davi, que
foi aceito por ser príncipe).
Esta porta principal - De frente para a Nova Jerusalém.
Está voltada para o oriente (onde nasce o sol). Isto significa
que o templo de Jerusalém será voltado para a Nova Jerusalém
em cima dela, que será o sol nesse tempo (Isa 60:19,20; Isa 60:1-
3; AP 21:23).
Nenhuma abominação entrará por ela. (Eze 44:6-9)
1. Somente há um lugar por onde Deus entra - pela porta
principal (Eze. 44:2).
Tipo:
a. Nosso espírito (Ap.3:20). Por onde Ele quer entrar. O úni-
co acesso de Deus. O nosso espírito está voltado somente para as
coisas de Deus.
b. A porta da cidade celeste (nada impuro penetra nela),
nem a carne nem o sangue (I Co 15). O Senhor Jesus entrou nela
glorioso (Jo 17:4,5; Sl 24: 7-10 ).
c. O templo (Eze. 44:2). Por onde a glória do Senhor entra-
va. O Salmo 24 também é uma profecia referente esse tempo fu-
turo. Quem perguntará ali serão os sacerdotes. Por isso se ouvirá
duas vezes a mesma pergunta (Mt 6:9-13). A oração deles deve
ser “venha o teu reino!”

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VI - EZEQUIEL 44.10-14 - OS LEVI-


TAS E OS FILHOS DE ZADOQUE
Os levitas foram chamados ao sacerdócio para substituir os
primogênitos, que representavam o sacerdócio real patriarcal
(Êxo 19:5). Os levitas substituíram a nação inteira no propósi-
to de Êxodo 19:5,6. Porém, por muitas vezes eles falharam. Não
estiveram ao lado de Judá nas ocasiões necessárias, por três ve-
zes sabe-se que os nazireus tomariam o seu lugar devido a falta
de santidade deles. A visão do levita em Zacarias 3 é terrível. Sa-
tanás o acusa; mas o Senhor devido a sua misericórdia os perdoa
(Zac 3:1-10, 6:11-15).
Durante muitos anos a família de Arão substituiu todos os le-
vitas no ministério do tabernáculo interior. Mas agora, ao lermos
Ezequiel 44:10-14, observamos que outra família tomará aquele
lugar (Eze 44:15-31).
Nunca deveríamos tirar da memória o fato descrito em Heb
7:12: “Porque, mudando-se o sacerdócio necessariamente se faz
também mudança da lei”:
Quando há mudança na lei, espera-se mudança no sacerdó-
cio. Essa mudança é prometida em Jeremias 31:31-33.
Apesar do texto de Ezequiel 44:10-45:25 falar de três clas-
ses de ministros, devemos observar que cada divisão tem um sig-
nificado. Há um porquê. Observe as divisões. São importantes. TEMPLO DO MILÊNIO
Os filhos de Zadoque - A partir do milênio, se cumprirá a pro-
fecia (nos filhos de Zadoque de Êxodo 19:5,6; Zac 6:11-15 - um sa-
cerdócio real e um reino de sacerdotes coroados em Israel.)
O Senhor não quer fazer acepção de pessoas mas deseja
cumprir sua promessa. Seu interesse é um sacerdócio real em Is-
rael à medida e divisão do modelo sacerdotal celestial (Hb8:5).
Todas as coisas que acontecerem na Jerusalém terrena serão pro-
tótipos das que acontecerem na Jerusalém celestial.
Nós já consideramos a semelhança da cidade terrena da ci-
dade celestial.

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O Estudo da Eleição em Cristo

As características dos filhos de Zadoque no passado levaram


o Senhor a escolhê-los como sacerdotes. Devemos ter em men-
te que o Senhor vai limpar o sacerdócio levítico e vai pô-los com
guarda dos seus átrios (Zac 3:7; Eze 44;14). Mas a promessa não é
somente de purificá-los, mas de torná-los reais através de um re-
novo (príncipe). Sabe-se que os levitas em si mesmos não perten-
cem à tribo real de Judá. Mas o Senhor quer torná-los reais atra-
vés de uma coroação.
Como fará isso? Através de Zadoque. Zadoque foi um dos
principais sacerdotes do reino de Davi (2 Sm 8:17); juntou-se ao
príncipe em Hebrom (I Cr. 12:28); permaneciam fiel ao rei duran-
te todo o seu reino, ainda que com todas as agitações em seu go-
verno. Acompanhou Davi; conduzindo a Arca (2 Sm 15:24) em
sua fuga de Absalão; persuadiu os anciãos de Judá a voltarem ao
trono. Ungiu Salomão rei de Israel na ocasião da revolta de Ado-
nias; recebeu a autoridade de Abaixar (1 Rs 1:7-26; 2:27-35) e
por isso seus descendentes receberam o louvor do Senhor em
Ezequiel 44:15,16. Com isso pode-se entender por que o Senhor
os escolheu. Devido a sua inteira comunhão com o principado,
submissão e apoio ao reino davidico. O príncipe ressurrecto que
tomará lugar do milênio em diante será Davi e o rei será Cristo.
Ninguém melhor do que os filhos de Zadoque. Aqui podemos ver
o cumprimento da promessa de Zacarias 3:6-11-15.
A coroação. Os filhos de Zadoque que receberão a coroação
através de Davi e de Cristo (Zac 6:11). O sacerdote a quem o Se-
nhor escolheu para viver a profecia desse acontecimento foi Jo-
sué, filho de Jeozadoque, filho de Zadoque (I Cr 6:8-15, 6:9-11).
Isto significa que vai coroar o sacerdócio levítico, dando unida-
de as tribos sacerdotal de Lei e a tribo real de Judá. Os levitas, que
não fizeram parte da família de Zadoque, entretanto não terão
acesso ao santuário como os filhos de Zadoque. Vemos um exem-
plo disso no Pentateuco, entre a família levítica de Arão e o res-
tante dos levitas.
Os filhos de Zadoque serão uma classe especial de sacerdo-
tes no templo.
Figura 6

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Aldery Nelson Rocha

VI - TIPOLOGIA DO SACERDÓ-
CIO REAL TERRENO DE JERUSA-
LÉM E O SACERDÓCIO REAL CE-
LESTIAL DA NOVA JERUSALÉM.
Os filhos de Zadoque são tipos dos sacerdotes reais que for-
mam a igreja (AP 1:6) e os levitas o sacerdócio real terreno de Je-
rusalém terrena, porque na Nova Jerusalém somente entrarão os
santos que fazem parte do sacerdócio que crerá em Cristo, e acre-
ditará no seu reino neste período da graça, que tiveram atitudes
corretas para com Jesus, como o sacerdote Zadoque (AP 21:23-
27). Ainda que também o sacerdócio de Jerusalém terrena seja
como o sacerdócio da Nova Jerusalém (real), os levitas não terão
acesso a ele (AP 21:26,27).

O SACERDÓCIO DE ZADOQUE
01. Fiéis no ministério num tempo de infidelidade (Eze
44:15);
02. Entrarão no santuário;
03. Chegarão à mesa do Senhor (Eze 44:16);
04. Serão vestidos de linho para ministrarem (Eze 44:17);
05. Servirão dentro da casa (Eze 44:17); TEMPLO DO MILÊNIO
06. Nenhum odor próprio sairá deles (Eze 44:18);
07. Entrarão e sairão do santuário usando das suas vestes
santas (Eze 44:19).
08. Cabelos cortados (Eze 44:20).
09. Não beberá vinho (Eze 444:21). Esta era uma ordenan-
ça dada aos consagrados nazireus (Num 6). Não deviam se envol-
ver com os deleites do mundo.
10. Casar-se-ão somente com virgens da linhagem israelita
(Eze 44:22).
11. Serão mestres (Eze 44:23).
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O Estudo da Eleição em Cristo

12. Serão juizes (Eze 44:24).


13. Serão defensores da graça (Eze 44:24).
14. Não se aproximarão de nada morto (Eze. 44:25), com ex-
ceção dos irmãos ou irmãs que não tiverem marido. Outra “meia”
característica dos nazireus (Num 6). Tipo de incorruptibilidade
de que devem ter os santos!
15. Serão defensores da santidade (Eze 44:26).
16. Terão a herança do Senhor (Eze 44:28).
17. Não terão herança em Israel (Eze 44:28)
18. As ofertas proibidas comerão (Lev 10:12-20), pois serão
herdeiros do Senhor (Eze 44:29).
19. As primícias de tudo serão deles (Eze 44:30; Isa
60:11,12,14,16).
20. Não comerão nada que tiver morrido de si mesmo (Eze
44:31).

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Aldery Nelson Rocha

VII - O SACERDÓCIO REAL CE-


LESTIAL DA IGREJA NA NOVA JERU-
SALÉM (AP 1:6; I PD 2:9)
01. Inconformados com este século (Rm 12:2; Mt 25:23; At
16:15; I Co 4;2; I Tm 4;16; AP 2;10)
02. Serão parte do próprio santuário (Ap. 21:9-11)
03. Estará de contínuo à sua mesa (Ct 2:4; AP 19:9; AP 3:20;
Mt 26:29)
04. Estas serão as vestes sacerdotais da igreja (AP 1:6; AP
4:4; AP 7:13-15)
05. Habitarão na cidade da Nova Jerusalém (Heb 11:22-24;
14:1-3; Jo 17:24; Heb 11:10).
06. Têm o perfume de Cristo (2 Co 2:14-17).
07. Entrarão e sairão da cidade e serão vistos pelos homens
(Isa 60:8)
08. Não desonram o varão perfeito que está neles (I Co
11:14).
09. Os sacerdotes reais celestiais não se juntam a jugo desi-
gual (2 Co 6:14); ele contamina (Ag. 2:10-14) TEMPLO DO MILÊNIO
10. Ensinarão a justiça e resplandecerão como estrelas no
firmamento (Dan 12:3).
11. Farão o juízo escrito, esta honra a terão todos os sacerdo-
tes reais celestial e terrenos (Sl 149:9).
12. As portas da Nova Jerusalém serão abertas de contínuo
para Jerusalém terrena (AP 21:24,25).
13. Não se contaminarão, serão incorruptíveis (I Co 15:42)
e imortais (I Co 15:53).
14. Nada que é imundo entrará na Nova Jerusalém (AP
21:27). Haverá um caminho para lá que só eles conhecerão (Isa
35:8-10).
21
O Estudo da Eleição em Cristo

15. O sacerdócio celestial terá uma herança celestial (Heb


11:8-16); Heb 12:22-24; Gl 4:25-30).
16. A herança do sacerdócio celestial virá do Senhor (8:17;
Ap. 4:30).
17. O direito de comer o corpo de Cristo foi dado a igreja (I
Cor 11:24-26; Jo 6:51-54).
18. A glória das nações ser-lhe-á trazida (AP 21:24,25; Isa
60. 3, 12,14). No reino de Cristo os reis trarão a sua glória como
no reino de Salomão (2 Cr 9:13-27).

22
Aldery Nelson Rocha

Assim como percebe-se que o sacerdócio de Zadoque não é


diferente do que é comum, também é um exemplo de como será
o sacerdócio da igreja e o de Israel.

No Milênio

Antes da guerra o Pai fala ao Filho

“Tu é meu filho, hoje te gerei. Pede-me, e eu te darei as nações por herança, e
as extremidades da Terra por possessão. Tu os quebrarás com a vara de feno;
tu os despedaçarás como um vaso de oleiro” (Sl 2:6-9).

Depois do Armagedom

Todos o que restarem das nações serão aconselhados assim!

“... Agora, pois ó reis, sede prudentes; deixai-nos instruir, juizes da terra. Ser-
vi ao Senhor com temor, e regozijai-vos com temor. Beijai o filho, para que não
se ire, e pereçais no caminho” (Sl 2:12)

O que as nações farão durante o milênio TEMPLO DO MILÊNIO

. Beijarão o Filho com louvor (Sl 2:10-12)


. Obrigadas a subirem à Jerusalém (Zac 14:17-19)
. Trarão suas riquezas a Jerusalém (Isa 60:3-17)

Zac 14:21 = Isa 66:21 Isa 61:6

23
O Estudo da Eleição em Cristo

MILÊNIO

01. Arrependimento no milênio (Sl 7:8-12)


02. Deus como juiz (Sl 9:4-8)
03. O governo de Cristo (Sl 10:16-18)

NOVA JERUSALÉM
01. Sl 7:6-7 = ao alto

ARMAGEDOM

01. Sl 9:15,16
02. Para onde irão os ímpios dessa batalha? (Sl 9:17)
03. Oração: Sl 9:19-20: que as nações saibam que são me-
ros homens.
Q. O templo de Herodes.
1. Foi o templo no qual Jesus esteve presente pessoalmen-
te, não em Shequiná.

2. O templo de Herodes teve um cumprimento profético


(Ap. 2.9).

a. A que se referia “à primeira casa”?

24
Aldery Nelson Rocha

VIII - O TEMPLO DE ZOROBABEL


TIPOLOGIA E VERDADES

Cumprimento Profético (Ag.2:9):

“A glória desta última casa será maior do que a primeira.”


“...passados três dias, o acharam ao templo, sentado no
meio dos doutores, ouvindo-os e interrogando-os”.

1. No templo não havia arca (Mat. 23.16, 37-39).

2. A arca era Cristo

3. Ele entrou pessoalmente nos átrios do templo (Mt.21:1-


10).
4. Ele mesmo foi censurado por santificar sua casa (Jo.
2:14,21).
5. Os zoregues (Mt.23:13). TEMPLO DO MILÊNIO

a. “Entrada proibida a gentios”.


b. Desde as entradas proibidas nos átrios dos gentios - co-
nhecidos como “zoregues” -, até os átrios dos sacerdotes havia
proibições quanto ao acesso dos gentios, mulheres, nazireus, le-
prosos, judeus (homens). Eram tantas as proibições em relação
ao acesso, que a própria arca foi rejeitada (Mt. 23.37-39).

6. A reforma por Herodes - A continuidade da edificação do


templo de Zorobabel estava garantida por uma profecia de Dário
25
O Estudo da Eleição em Cristo

(Ed.6:12). A maldição destinava-se a quem mudasse ou destruís-


se o santuário. A reforma do templo de Zorobabel nasceu com ob-
jetivos políticos e estava sob maldição. No templo de Zorobabel
vemos a simples manifestação tipológica da humilhação de Cris-
to que deixava sua glória para revelar-se como Deus entre os ho-
mens. A mudança entre o templo de ouro de Salomão para o tem-
plo de pedras de Zorobabel foi tipológica. Era o verbo se fazendo
carne (Jo.1:14). Era o filho deixando a glória que tinha antes com
o Pai (Jo. 17:1,2) e humilhando-se em forma de homem, e como
homem, servo (Fp.2:5-8). Herodes não tinha o direito de mudar
esta verdade sem ser amaldiçoado. O evangelho é simples como
o templo de Zorobabel; não tem prata ou ouro (I Cr. 1:15; Ag.2:3;
7-9), mas possui o nome do Senhor Jesus de Nazaré que levanta
o homem fazendo-o nova criatura. Quem pregar outro evange-
lho será anátema!
7. As mudanças no ofício ministerial em função da prerroga-
tiva política puderam dar cobertura ao templo de Zorobabel, mas
isto não trouxe de volta a presença da arca (Ag. 1.9).
8. O templo de muitos átrios (gentios - fora do recinto sagra-
do, mulheres, nazireos, israelitas ou homens, leprosos, sacerdo-
tes). Havia grande distância entre os indivíduos e demasiada se-
paração. Mas todos estavam separados da glória de Deus e a arca
não estava ali no lugar ao qual eles haviam chamado santíssimo.
Nunca havia estado ali. Não se tem notícia em Esdras ou Neemias
de que ela ali estivera. Por quê?
Por que ela entraria ali pessoalmente (Ag. 2.7). Nisto con-
sistia a glória da última casa. Um proibia ao outro e todos estavam
longe de Deus, rejeitando sua presença. Eles não sabiam o que fa-
ziam. Os átrios das tradições somente nos separam e anunciam
nossa destituição da glória de Deus. (Veja o átrio do templo).
9. O Véu é rasgado. Os átrios são apenas lembrança. Mas os
Herodes ainda persistem; o véu foi rasgado de alto a baixo. O ho-
mem não pode erguer confissórios e Marias; são átrios, e átrios
foram feitos para esperar o sacerdote ministrar. Agora somos sa-
cerdotes reais. O Príncipe tem direito de entrar pela porta de
ouro (Eze. 40-48). As vestes de Jesus eram o véu sobre seu corpo
que encobriam sua glória e divindade (Mt. 27:35,51; Jo 2:20-21).
Com o véu rasgado estava livre para revelar-se como realmente
era (Mt.17:2,3). Pedro, Tiago e João viram a arca além do véu. Na
26
Aldery Nelson Rocha

ocasião da cruz as vestes foram rasgadas e divididas. Na verda-


de a arca, quando fora do tabernáculo, no meio do arraial, deve-
ria ser coberta com o véu, mas eles a descobriram e o véu foi ras-
gado. Para que outra razão o véu deveria continuar levantado no
templo? (Num 4:5,6). O Portão do Oriente ficará fechado porque
o véu foi rasgado.
10. A ausência da glória (Mt. 27:37-39). Depois que a glória
deixou o templo de Salomão, nunca mais voltou. A glória que en-
cheu o tabernáculo (Ex. 340:34-38), que preenche o templo de
Salomão (2 Cr. 5:13; Isa 6:1-3) não vem nos dias de Zorobabel.
Mas havia uma promessa. Alguém deve ter perguntado por ela
(Ag. 2:7). Mas ela não viria em tipo ou em símbolo. Era fácil para
reverenciá-la sem ser hipócrita. Ela viria em pessoa, na carne
de homem e por isto foi rejeitada mas a glória da última casa em
verdade foi maior do que a primeira. Ela foi edificada em pedra
e comparada à carne (Jo 2.18-21). (Veja no mapa que a arca não
está no lugar santíssimo).
11. O templo Zorobabel - O templo de Herodes não foi digno
de João, filho do Sacerdote Zacarias. Preferiu ser um nazireu no
seu átrio. (Veja o átrio dos nazireus). Quem ministrava no lugar
santíssimo não incomodava Herodes. Mas o Nazireu do deserto
clamava e o trono tremia. O coração real derretia-se de medo. O
Senhor viria do deserto. João preparava-lhe o caminho. O Senhor
entraria na Porta do Oriente (também conhecida como Porta de
Ouro) e Jerusalém não conheceria o dia de sua visitação. Os es-
cribas sabiam aonde estava o texto, mas não conheciam o tempo TEMPLO DO MILÊNIO
e o dia de sua vinda (Veja no mapa a posição do átrio dos sacerdo-
tes, do átrio dos gentios e o caminho da porta de Ouro).
13. A glória de volta. Ela voltará somente ao templo de Eze-
quiel (Eze 43:1-3). A arca não veio pelo santíssimo lugar (veja o
mapa), mas entrou pelo portão oriental encontrando primeiro,
o último (veja a posição dos gentios). Encontrou primeiro os que
estavam mais longe. Os mais próximos, ficaram por último (veja
o átrio dos sacerdotes)! Então as meretrizes e os publicanos en-
traram primeiro no Reino de Deus (Mt 21:31,32; Mt 23:1-29).
14. A profecia foi cumprida contra o reconstrutor e o rejeita-
dor (Esd 6:12; Dan 9:26). No ano setenta depois de Cristo, o tem-
plo foi destruído pelo General Tito, nos dias do Império Roma-
27
O Estudo da Eleição em Cristo

no, que por sua vez também foi destruído. A palavra profética se
cumpriu.

28
Aldery Nelson Rocha

IX - O TEMPLO DE ZOROBABEL
O templo físico - O tabernáculo!
O templo pessoal - O seu corpo!
O templo do Deus vivo (I Co. 3:16; 6:19; 2 Co 6:16; Ct. 1:5;
Ageu 2:1-9; Ed. 3:13; Heb 8:5)
Introdução: Quando o Senhor inspirou Moisés a construir
o tabernáculo, mostrou-lhe um modelo. O modelo era celestial
(Hb.8:5). Ele iria influenciar na construção do tabernáculo terre-
no. Nada deveria ser desigual da verdadeira imagem do mode-
lo celestial. Para isso, Deus chamou Moisés e ordenhou-lhe que
construísse tudo conforme o modelo. Moisés chamou Bezalael e
Deus o encheu do Espírito de Sabedoria. Mas nada fez diferente
do modelo que Deus mostrou a Moisés no templo. Muitos anos
depois, Davi teve o desejo de construir um templo para o Senhor.
Mas por ser um homem guerreiro, Deus não permitiu que fosse o
seu construtor. O templo, após Salomão tê-lo edificado, ficou co-
nhecido como templo de Salomão. Na verdade, Salomão apenas
o construiu. A planta ou o modelo lhe foi dado por Davi. Salomão
sabiamente seguiu as orientações de seu pai. Tudo foi feito con-
forme o modelo novamente. Não somente o tabernáculo mas o
templo chamado “templo de Salomão” foi construído, também,
conforme um modelo. Hoje nós queremos tomar três tabernácu-
los para servir de base à revelação de Deus ao seu povo:
• O tabernáculo de Moisés - A fraqueza que continha a
arca; TEMPLO DO MILÊNIO
• O templo de Salomão - A realeza que continha a gló-
ria do reino.
• O templo de Zorobabel - A feiúra que serviu de profe-
cia e de promessa a uma glória muito maior do que a glória do tem-
plo de Salomão.

I - O tabernáculo de aparência feia - Veja suas características:


a. Ele era feio por fora.
b. Ele não tinha uma aparente pedra fundamentalista, como
base: Ele foi erigido no deserto.
29
O Estudo da Eleição em Cristo

c. Mas o tabernáculo foi construído para ser o centro de reve-


lação universal da glória de Deus entre os homens. O tabernáculo
veio a ser o tipo da Igreja de Deus, o templo do Deus vivo.
1. A igreja pode ser considerada feia, desprezível (Ct.1:5).
Devemos saber ler o livro de Cantares; é uma poesia dialogada
entre duas pessoas que se amam. Ali Sulamita está dizendo:
“Eu sou morena (é queimada pelo sol ressecante), mas agradável...” (...) “como
as tendas de Quedar” por fora.

Salomão a interrompe e lhe diz: “... Como as cortinas de Sa-


lomão”, por dentro!
A igreja, aparentemente, é como Sulamita se auto descre-
veu: Como as tendas de Quedar. Como são as tendas de Quedar?
São feitas e sujas; são feitas de peles de cabras, de cor negra, mar-
rom, sujas pela poeira do deserto.
2. O tabernáculo era de peles de texugo, como as tendas
de Quedar eram de peles de cabras, sujas! O mundo pode olhar
para você e não contemplar o que realmente você tem por dentro;
pode não ver aquilo que você realmente é, mas em você...
a. Há um rio que alegra a cidade de Deus (Sl.46.1-4).
b. Há um tesouro - a Arca do testemunho está dentro de você.
Aí dentro há um tesouro: Cristo.
Na igreja reside o Cristo vivo. Em Cristo estão escondidos to-
dos os tesouros da sabedoria de Deus; esse Cristo habita em você!
Os anjos estão querendo saber o que há na Igreja (Ef.3:10). Ora,
o que há dentro da Igreja? Cristo! A ressurreição, a graça derra-
mada, o maná!
A Bíblia diz que os querubins do propiciatório, a tampa da
arca, ficavam virados para o interior da arca. Por que eles estavam
naquela posição? Ora, para saber dos mistérios que estavam ali
escondidos!
Os homens de Bete-Semes viraram-se para ver o que havia
na arca, mas Deus os matou! Muitos intelectuais podem passar
por onde a Igreja se reúne e não compreender muitas coisas, ou
nada. Outros racionalizas podem até pesquisar psicologicamente
e argüir-se a respeito da razão ou do porquê “essas coisas” acon-
tecem com a Igreja do Deus vivo... O que há de interessante no
30
Aldery Nelson Rocha

culto deles, se não barulho... O pregador deles, então... O que há?


Ora, o que há: o Deus vivo habita e passeia no meio deles, diz a Bí-
blia! Deus não se revela a curiosos! Para ver-se ou conhecer-se os
mistérios de Deus, é necessário ser um templo! venha a ser um!
Nós podemos saber o que há aqui... Não é orgulho, viu!? Há Pala-
vra, há unção. Aqui vidas mortas são ressuscitadas! Aqui há vida!
Aqui varas secas recebem o vigor de novo! Vidas entram destru-
ídas e saem edificadas! O que há? Ora, o que há: Cristo! O Deus
vivo habita no meio do seu povo! Acredite.
Entre nesse corpo e receba a vida pelo sangue de Jesus. Você
pode considerar esse povo feio como as tendas de Quedar, mas fi-
que sabendo que há um tesouro dentro desse tabernáculo: Cris-
to; Cristo vive ali. A arca está aqui em nosso espírito!
I Co. 6:19 - “Acaso não sabeis que o vosso corpo é santuário
do Espírito Santo que está em vós, o qual tendes da parte de Deus,
e que não sois de vós mesmos?”
2 Co 6:16 - “Que ligação há entre o santuário de Deus e os
ídolos? Porque nós somos santuário do Deus vivo, como ele pró-
prio disse: Habitarei e andarei entre eles; serei o seu Deus, e eles
serão o meu povo”.
2 - Cristo sendo o tabernáculo.
Há duas coisas interessantes sobre o tabernáculo:
a. Primeira - Cristo foi a arca no tabernáculo. Mas o povo fi-
cava longe de Deus! Deveria ser feita uma nova mudança. Então
Deus falou: TEMPLO DO MILÊNIO
“Meu Filho, eu quero que você deixe de ser apenas uma ti-
pologia, na arca. Nós temos ensinado aos homens o que gostaría-
mos que eles fossem: o santuário da divindade no mundo. Agora,
vamos virar a moeda. Você vai deixar de ser uma arca no taberná-
culo e eu vou ser a arca em você, e você vai ser o tabernáculo. Isso
precisa ser feito para que os homens vejam e aprendam ao ver
você como um tabernáculo do Deus vivo, pessoalmente. Você já
sabe o que deve ser feito. E o filho concordou. Filipenses conta a
história (Fil. 2:5-8). João bateu a foto (Jo 1:1-14). Mas Ageu profe-
tizou tudo (Ag. 2:1-9).
b. A encarnação do verbo é a segunda coisa interessante.
Cristo lá no céu era representado pela arca no tabernáculo. Ago-
31
O Estudo da Eleição em Cristo

ra ele chega para ser um homem-tabernáculo do Deus vivo para


nos ensinar como ser um templo do Deus vivo!
Voltemo-nos ao mais espetacular livro dos profetas meno-
res: Ageu.
Ageu 2:1-9: “No sétimo mês... veio a Palavra do Senhor pelo
ministério do profeta Ageu dizendo: Fala agora a Zorobabel, filho
de Selatiel, príncipe de Judá, e a Josué, filho de Jeosadaque, Su-
mo-sacerdote, e ao resto do povo, dizendo: Quem há dentre vós
que, tendo ficado, viu esta casa na sua primeira glória? e como ve-
des agora? não é esta como nada em vossos olhos comparada com
aquela? Ora, pois, esforça-te, Zorobabel, diz o Senhor, esforça-te,
Josué, filho de Jeozadaque, Sumo-sacerdote, diz o Senhor, e traba-
lhai; porque eu sou convosco, diz o Senhor dos exércitos. Segun-
do a palavra que concertei convosco, quando saístes do Egito, e o
MEU ESPÍRITO HABITAVA NO MEIO DE VÓS; não temais. (...)
E farei tremer todas as nações, e virá o desejado das nações, e en-
cherei esta casa de glória, diz o Senhor dos exércitos. Minha é a
prata, e meu é o ouro, disse o Senhor dos exércitos. A glória desta
última casa será maior do que a primeira, diz o Senhor dos exér-
citos...”
1. Agora veja a pergunta: “Quem há dentre vós que, tendo
ficado, viu esta casa na sua primeira glória? e como a vedes agora?
Não é esta como nada comparada com aquela? (Ag.2:3)
2. É necessário um pouco de história para conseguirmos en-
tender o texto lido. Quando o livro de Ageu foi vivido e escrito, Is-
rael estava voltando do cativeiro da Babilônia. A turma dos que
voltaram do principado ou da casa de Davi está descrita em Es-
dras e em Mateus 1:12-16. Judá havia sido levado cativo em 587
a.C. por Nabudonosor, então rei de Babilônia. Naqueles dias ter-
ríveis, que são narrados pelos escribas oficiais em 2 Crônicas 36,
o templo foi derrubado e destruído. Puseram fogo no templo de
Salomão. Ele, que havia sido contemplado e admirado pelo mun-
do de então, agora não passava de ruínas. Aqueles dias jamais fo-
ram esquecidos. A nação de Judá foi levada cativa para Babilônia.
Muitos anos mais tarde, o povo já não podia mais cantar em terra
estranha, pois a saudade da terra apertava. Fizeram algumas sina-
gogas em Babilônia, mas não era como o templo. A arca não esta-
va lá. A Bíblia nos diz que por causa da grande tristeza que paira-
va sobre eles, penduraram os instrumentos. Eles não tinham ale-
32
Aldery Nelson Rocha

gria no coração. O templo estava destruído. O templo estava tão


enraizado na história e na vida do povo, que para eles, sem o san-
tuário, Deus não estava presente.
Observe. Se faltar o templo é porque faltou Deus. Por isso
Deus habita em você neste mundo! O mundo está coberto de tem-
plos e santuários, mas o verdadeiro santuário do Deus vivo é você!
Mas Deus lembrou-se de seu povo
O cativeiro predito por Jeremias, acabou, quando Ciro, rei
da Pérsia, que havia vencido o reino da Babilônia, deu liberdade
aos judeus para voltarem a sua terra e construírem o seu templo.
Assim, eles voltaram à sua terra; pegaram os vasos e os utensílios
que restaram do templo e os trouxeram juntos!
3. A visão da cidade era horrível. A escuridão tomava conta
de tudo. A cidade da Paz, Jerusalém, que antes havia sido a capi-
tal da manifestação da glória de Deus agora era habitação de mor-
cegos. Mas eles voltaram. A oração de Daniel, que orava com o
rosto voltado para Jerusalém foi ouvida. A vontade de construir
o templo fê-los esquecer as dificuldades que enfrentariam, fatal-
mente. A alegria tomou conta do povo. Alguém viu aqueles dias
e compôs o Salmo 126.
4. Mas quando estavam na cidade, cada um começou a fazer
sua casa. Cada pessoa lembrou-se de fazer sua própria casa. Mui-
tos queriam casa estufada; outros queriam construir casas forti-
ficadas. Porém a miséria era grande. Ninguém mais ousava lem-
brar de construir o templo. Todos desanimaram porque as difi-
culdades eram imensas! Não era como no templo áureo de Salo- TEMPLO DO MILÊNIO
mão! O povo não era mais respeitado no mundo. Não passavam
de uma pequena província no meio de um Império hostil. Então
veio o desânimo. Nada é pior do que o desânimo. Em meio a uma
grande pobreza, diante de um grande desafio, nada pior para cor-
roer a fé do que o desânimo! A possibilidade, a euforia acabou.
Então Deus se lembrou de seu povo. Deus levantou-se do seu tro-
no e permitiu que a maldição viesse sobre o seu povo para dis-
cipliná-lo, O primeiro capítulo de Ageu é uma visão desses dias!
5. As dificuldades. Não havia ouro! Havia pobreza! Mas
Deus estava ali. Ele queria uma casa para habitar. E para confun-
dir os líderes e os críticos, Deus falou com Zorobabel.

33
O Estudo da Eleição em Cristo

“A glória desta última casa será maior do que a primei-


ra.”(Ag.2:9).
6. Ageu se pôs de pé e denunciou avareza do povo. O povo
era pobre porque sua fé era pobre. O povo colhia num saco fura-
do. Vestia-se e não se aquecia. Semeava muito e colhia pouco. Os
homens estavam sendo egoístas e infiéis para Deus (Ag.1).
7. Então Deus levantou Zorobabel e Josué (Ag. 1:10-15).
O príncipe sem trono da casa de Davi e Josué, o Sumo-sacer-
dote do altar de holocausto, sem santo dos santos, sem arca, se le-
vantaram e começaram a casa! Mas o povo não cria, não ajudava
como deveria ajudar. Existiam os críticos. Muitos olhavam de bei-
ço virado, mas Deus disse: “Esforça-te Zorobabel!” Quando Deus
quer começar uma grande obra ele levanta um homem com idéias
loucas! Mas se ele as deu, então ele trata de esforçá-lo e orientá-lo!
8. Mas Deus queria encher aquela casa de glória; um even-
to glorioso maior do que o ocorrido na inauguração do templo de
Salomão. Tenho dito que Deus nunca diz nada sem que primei-
ro tenha certeza de que há de cumprir. Como Deus poderia dizer
que aquela casa seria mais gloriosa do que a primeira?

. Ela não contava mais com a arca. Para onde foi a arca? Foi
destruída. Não foi escondida nem enterrada, nem virá da Etió-
pia... Era apenas um modelo do original que está na Nova Jerusa-
lém.
. A casa era como nada comparada com aquela de Salomão.
Mas Deus não estava enganado. Ele sabia o que estava dizen-
do: Nós podemos achar um absurdo, não é? Mas creia. Ele habi-
ta aí nesse templo. Olhe para você mesmo, agora: veja. Ele habi-
ta aí. Cristo em vós, esperança da glória . Reverencie o Deus vivo
neste templo jovem; veja se este templo pode ser adornado com
as riquezas da injustiça! Quando o Diabo bater na porta, deixe que
ele veja: há um Senhor poderoso morando ali! O Deus vivo! “Vós
sois o templo do Deus vivo”.
9. A construção continuou. Os anciãos olhavam para aque-
la casa e choravam. Eles não estavam acostumados com aquela
pequenez e aparência tão humilde. Eles não poderiam crer que
34
Aldery Nelson Rocha

o Deus vivo encheria aquela casa de glória! Ho, que tristeza sem
fundamento! Talvez eles quisessem uma casa igual à de Salo-
mão. Mas não havia ouro! Mas Deus disse aos seus ungidos: “Dei-
xa esses velhos p’ra lá, minha é a prata, meu e o ouro. Eu quero
esta casa desse jeito! Continuem. Pois a glória dessa última casa
será maior do que a primeira.”
Esdras 3:13 diz que um dia, os jovens e os velhos se reuni-
ram para conhecer toda a casa. Quando estavam diante dela, os
velhos começaram a chorar de desgosto porque era feia e sem ri-
queza, mas os jovens que nunca haviam tido tamanha oportuni-
dade, que não puseram o coração no templo de Salomão, pois não
o conheceram, começaram a cantar, de maneira que era maior o
júbilo dos jovens do que o choro dos velhos! A casa parecia feia,
mas a glória era o que importava. O poder é que interessava. A
tradição dizia - “O templo”. Mas a restauração dizia: “glória, que-
remos a glória!”
10. O desejo do coração de Deus. Deus confunde os sábios
na sua própria sabedoria. O templo de Salomão é o tipo de Cristo
quando ele estava na sua glória (Jo 17:4,5). Mas o Filho se despiu
e apareceu, para decepção dos sacerdotes e fariseus, saduceus,
anciãos, sem glória humana; ali estava o templo de Zorobabel re-
cusado, pois eles esperavam um Cristo revolucionário, cheio de
majestade e poder para tirar a Palestina do poderio do Império
Romano e lhes restaurar o trono, mas ele apareceu sem ouro e
prata, em figura humana foi reconhecido:
“Eis que o meu servo operará com prudência; será engrandecido, e elevado, e TEMPLO DO MILÊNIO
mui sublime. Como pasmaram muitos à vista dele, pois seu parecer estava tão
desfigurado, mais do que o de outro qualquer, e a sua figura mais do que a dos
outros filhos dos homens. Assim ele borrifará muitas nações, e os reis fecharão
as suas portas por causa dele; porque aquilo que não lhes foi anunciado verão,
e aquilo que eles não ouviram, entenderão. Quem deu crédito à nossa prega-
ção? e a quem se manifestou o braço do Senhor? Porque foi subindo como reno-
vo perante ele, e como raiz de uma terra seca; não tinha parecer nem formosu-
ra; e olhando nós para ele, nenhuma beleza víamos, para que o desejássemos.
Era desprezado, e o mais indigno entre os homens; homem de dores, e expe-
rimentado nos trabalhos; e, como um de quem os homens escondiam o rosto,
e não fizemos dele caso algum. Verdadeiramente ele tomou sobre si as nossas
enfermidades, e as nossas dores levou para si; e nós o reputamos por aflito, fe-
rido de Deus, e oprimido. Mas ele foi ferido pelas nossas transgressões, e mo-
ído pelas nossas iniquidades; e o castigo que nos traz a paz estava sobre ele, e
pelas suas pisaduras fomos sarados” (Isa 52:13, 53:5).

35
O Estudo da Eleição em Cristo

a. Não havia ouro nem prata! Os fariseus tinham a Bíblia na


mão. Viviam estudando a Lei, mas no dia em que ele apareceu no
mundo como um templo sem aparência e sem glória, os enten-
didos ficaram com “dor de cotovelo”, porque ele escolheu reve-
lar-se aos humildes pastores do campo! Aleleuia. Nasceu numa
manjedoura. Acabou com as tradições dos homens. Foi viver em
Nazaré, uma favela daquelas bandas; não tinha aparência nem
formosura. Ninguém faz dele caso algum nos seus dias. Mas ele
estava predestinado para desfazer as obras do diabo, calar os fari-
seus! Ele foi crescendo e subindo como um renovo!
b. A esperança dos judeus. Os judeus esperavam que ele fos-
se o Redentor de Israel, que viesse para aniquilar o Império Ro-
mano, mas ele morreu. Que miséria (Lc24:21). Isso causou tan-
ta tristeza no meio do povo que ele, por isso, foi considerado um
impostor. Somente porque ele não veio como “o templo de Salo-
mão”. Ho, mas a história não terminou aí; os GENTIOS (Tão re-
jeitados dentre os judeus, pagãos, como eram considerados; in-
dignos, réprobos), sim os gentios, que não estavam acostumados
com aquele simples templo, que nunca haviam visto nada igual,
ainda que simples, Ho: “Ele veio para os que era seu, mas os seus
não o receberam, mas todos quantos os receberam deu-lhes o po-
der de serem feitos filhos de Deus” (Jo 1:11,12).
c. O templo de Zorobabel era o Cristo homem. “E o verbo
se fez carne, e habitou entre nós os homens”. Sobre esse templo
que Deus disse: a sua glória será maior do que a primeira!”
2I - Jesus Cristo chegou dizendo: “Está aqui um que é maior
do que o templo”. Ele era a própria pessoa - templo. Ele estava di-
zendo “Eu sou AGORA o que o Pai queria que os HOMENS fos-
sem desde o princípio: o TEMPLO DO DEUS VIVO. Eu sou agora
o que a Igreja deverá ser. O templo do Deus vivo.”

a. A glorificação - João 2:19-22 - “Tirai daqui estas cousas;


não façais da casa de meu Pai casa de negócio. Lembraram-se os
discípulos do que está escrito: O zelo da tua casa me consumirá.
Perguntaram-lhe os judeus: Que sinal nos mostras para fazeres
estas coisas? Jesus lhes respondeu; Derribai este santuário, e em
três dias o reconstruirei. Ele porém, se referia ao santuário de seu
corpo. Quando, pois, Jesus ressuscitou dentre os mortos, lembra-
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ram-se os seus discípulos de que Ele disse isto; e creram na Escri-


tura e na Palavra de Jesus.”

1. O templo de Zorobabel era uma profecia física. Uma pro-


fecia física a respeito do Cristo pessoal! O Cristo esperado para
reconstruir Israel? Porém, chega dizendo que vai derrubar o tem-
plo... Que absurdo! Mas ele estava caminhando em direção ao
cumprimento da profecia! O templo de Salomão seria superado
pela glória que seria derramada sobre Cristo .

2. Pela morte de Cristo as esperanças até mesmo dos discí-


pulos se desvaneceram. Três dias de trevas foram aqueles para
os discípulos:
Pedro disse: “Vou voltar à pescaria”.
Os outros discípulos, disseram: “Nós também vamos”.
Lucas e Cleofas: “Vamos voltar a Emaús e ficar por lá.
As ovelhas começaram a se dispersar.
Para onde foi a promessa da profecia: “E a glória da última
casa será maior do que a da primeira”?
b. Enfim, a glorificação: Deus resolveu acabar o suspense e
disse: Meu Espírito, chegou a hora!
1. A Bíblia diz que o Espírito Santo veio sobre o corpo de TEMPLO DO MILÊNIO
Cristo e o ressuscitou dentre os mortos! Podemos lembrar a ora-
ção de Jesus antes da sua morte: “Eu glorifiquei-te na terra, ten-
do consumado a obra que me deste a fazer. Agora glorifica-me tu,
ó Pai, junto de ti mesmo, com aquela glória que tinha contigo an-
tes que o mundo existisse” (Jo 17:4,5).
2. Assim, aquela oração foi ouvida, o Pai cumpriu a sua par-
te: “Pelo que também Deus o exaltou soberanamente, e lhe deu
um nome que é sobre todo o nome; para que ao nome de Jesus se
dobre todo o joelho dos que estão nos céus, e na terra, e debaixo
da terra, e toda a língua confesse que, Jesus Cristo é o Senhor, para
glória de Deus Pai”. (Fil. 2:9-11).

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O Estudo da Eleição em Cristo

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X - POR QUE DEUS ENVIOU A JE-


SUS?
a. Para ser o exemplo de como devemos ser o templo.
1. Sendo guiados pelo Espírito Santo. A arca era guiada pela
nuvem; e a arca guiada pela nuvem dirigia o povo. Quando Jesus
veio a este mundo, poderia ter feito tudo pelo seu próprio poder,
mas não foi assim. Ele se submeteu ao Pai e ao Espirito Santo. Ele
passou a ser o templo do Deus vivo. Ele foi cheio do Espírito San-
to. Quando a nuvem se levantava, a arca a seguia, assim o taberná-
culo era conduzido pelos coatitas, Os meraritas e gersonitas. As-
sim, o tabernáculo era guiado pela arca de Deus. Na vida ministe-
rial de Jesus, Cristo passou a ser o tabernáculo e o Pai a arca, o Es-
pírito Santo a glória da nuvem. Nada devemos fazer de nós mes-
mos. Devemos seguir o exemplo de Cristo (Jo 5:19; Heb 12:2):
Devemos olhar para Jesus o autor da nossa fé.
2. Considerando o conteúdo que está em nós e esperando o
revestimento da glorificação, da ressurreição, do enchimento do
Espírito Santo, da glória de Deus.
a. Quando o tabernáculo foi terminado e posto de pé a nu-
vem de glória de Deus veio sobre ele (Êxo. 40:38).
b. Quando o templo de Salomão foi edificado, o rei mandou
que fosse banhado de ouro e revestido do que havia de mais pre-
cioso (I Rs 6:7). TEMPLO DO MILÊNIO
c. Agora, você é um templo e já foi edificado por Cristo. Per-
mita que a glória do Espírito Santo venha sobre o seu espírito. Pri-
meiro Salomão laureou o templo por dentro. Isso é o tipo do re-
vestimento de poder pelo Espírito Santo. Depois Salomão o re-
vestiu por fora. Isso é o tipo da glorificação de nosso corpo que em
breve acontecerá:
“E há corpos celestes e corpos terrestres, mas uma é a glória dos celestes e
outra a dos terrestres. Uma é a glória da lua, e outra a glória das estrelas; por-
que uma estrela difere em glória de outra estrela. Assim também a ressurrei-
ção dos mortos. Semeia-se o corpo em corrupção; ressuscitará em incorrup-
ção. Semeia-se em ignomínia, ressuscitará em glória. Semeia-se em fraqueza,
ressuscitará com vigor. Semeia-se corpo animal, ressuscitará corpo espiritu-
al. Assim também está escrito: O primeiro Adão em espírito vivificante. Mas
não é primeiro o espiritual, senão animal; depois o espiritual. O primeiro ho-

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O Estudo da Eleição em Cristo

mem, da terra, é terreno; o segundo homem, o Senhor, é do céu. Qual terreno,


tais são também os terrenos; e qual o celestial, tais também os celestiais. E, as-
sim como trouxemos a imagem do terreno, assim traremos a imagem do celes-
tial. E agora digo isto, irmãos; que a carne e o sangue não podem herdar o rei-
no de Deus, nem a corrupção herda a incorrupção. Eis aqui vos digo um misté-
rio: Na verdade, nem todos dormiremos, mas todos seremos transformados.
Num momento, num abrir e fechar de olhos, ante a última trombeta; porque a
trombeta soará, e os mortos ressuscitarão incorruptíveis, e nós seremos trans-
formados. Porque convém que isto que é corruptível se revista da incorrupti-
bilidade, e que isto que é mortal se revista da imortalidade. E, quando isto que
é corruptível se revestir da incorruptibilidade, e isto que é mortal se revestir da
imortalidade, então cumprir-se-á a palavra que está escrita: Tragada foi a mor-
te na vitória. Onde está ó morte, o teu aguilhão? Onde está, ó inferno a tua vi-
tória? (I Co 15: 40-55).”

“Porque também nós, os que estamos neste tabernáculo,


gememos carregados; não porque queremos ser despidos, mas
revestidos, para que o mortal seja absorvido pela vida. Ora, quem
para isso mesmo nos preparou foi Deus, o qual também nos deu
o penhor do Espírito. Pelo que estamos sempre de bom ânimo,
sabendo que, enquanto estamos no corpo, vivemos ausentes do
Senhor. Porque andamos por fé, e não por vista. Mas temos con-
fiança, mas desejamos antes deixar este corpo, para habitar com
o Senhor. Pelo que muito desejamos também ser-lhes agradáveis,
quer presentes, quer ausentes.”(2 Co. 5:4-9).
A mente e o cérebro são instrumentos da alma. Quando o
homem morre esses instrumentos sofrem com isso. O cérebro
p.e.,
cérebro entra em decomposição, a mente não deixa de exis-
tir; pensamento, memória, intelecto e sentimento ainda existem.
Afinal, a mente é o nosso “eu”, a parte da nossa personalidade
que é capaz de pensar.

O CAMPO DE AÇÃO DA MENTE

Provavelmente, nenhum de nós sabe perfeitamente quais


são as grandes responsabilidades e perigos sutis do grande cam-
po de ação da mente. Nunca sondamos sua profundidade. Um
“icebergue” de seu todo, que fica acima da superfície da água; o
resto, cinco ou seis vezes maior do que o que vemos, está oculto
sob as águas. Assim também nossa vida mental tem uma grande
porção subconsciente. No subconsciente, talvez estejam escon-
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didos temores, dúvidas, motivações desonestas, desculpas falsas


e permissividade secreta.

Muitos crentes se surpreendem quando alguma tentação


externa parece dominá-los subitamente. Muitas vezes a expli-
cação se acha no seu interior. Há um inimigo interno, que coope-
ra com o inimigo externo sem o conhecimento da vítima. Como
é importante, então, que a santificação envolva todo o seu espí-
rito, alma (a vida emocional e intelectual) e corpo. E quem pode
medir as possibilidades que jazem latentes na alma, às quais, de-
pois de santificadas pelo Espírito Santo, se tornam instrumentos
para a justiça.

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O Estudo da Eleição em Cristo

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XI - O TEMPLO DE EZEQUIEL
Cada sacerdócio teve seu lugar e seu templo. O sacerdócio
de Arão tem seu tabernáculo “no templo da areia do deserto”, o
templo de Salomão na “idade de ouro” e o templo de Zorobabel
na “idade da pedra” posterior ao cativeiro babilônico. Da casa de
Arão, Deus tirou o sacerdócio de Zadoque, do qual Josué foi esco-
lhido como protótipo (Zac 3:10 ). O templo de Ezequiel será go-
vernado por este tipo de sacerdócio coroado (Zac 6:14-15);Judá
(louvor e reino) se juntará ao sacerdócio (e sacrifício) e será cum-
prido o desejo do Senhor para com a nação de Israel (Êxo 19:5,6).
Como o sacerdócio segundo a ordem de Zadoque é terreno, em-
bora real, será inferior a ordem de Melquisedeque, que foi por
Cristo e sua igreja instalado no tabernáculo da Nova Jerusalém (I
Pd 2:9). Por isso o sacerdócio de Zadoque prestará contas ao sa-
cerdócio de Melquisedeque.

Semelhanças a cidade da Nova Jerusalém


O Tabernáculo celestial da Nova Jerusalém
01. O rio sai do trono de Deus (AP 22:1 )
01. O rio sairá do templo, onde ficará o trono do filho (Eze.
43:7). A água da vida Joel 3:18 . A vida de Deus. A vida de
TEMPLO DO MILÊNIO
corpo ressurrecto. Templo da igreja (Jo 7:38,39).
02. Folhas e frutos da árvore da vida.
02. Folhas para medicina (Eze 47:12) - são para saúde
AP 22:2 , 2:7). Folha do Justo (Sl 1: 3 ).
03. Tabernáculo do sacerdócio real.
03. Templo do sacerdócio real (Eze 48:2; AP 1:5,6; 5:8,16).
04. Tudo é santíssimo - não há véu.
04. Tudo é santíssimo - não há véu (Eze 43:12).
05. As portas por onde Jesus entrou.
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O Estudo da Eleição em Cristo

05. Porta por onde Jesus entrou (Eze 44:1-2) (AP 5; Sl 24;
Ap. 3:4).
06. Sete dias para santificar o altar
06. Sete dias para santificar o altar (uma semana de Daniel)
(Eze 43:26,27) Sete anos equivalentes da noiva na Cidade,
antes do governo de Cristo na terra.
07. Portas rotativas como pérolas.
07. Portas rotativas (Eze 41:24).
08. Anjos nas portas.
08. Querubins e palmeiras nas janelas ( Eze 41-16-20).
09. Cidade quadrada (Ap. 21).
09. Colunas quadradas (Eze 41:21-22).
10. O Cordeiro é o templo da Nova .
10. O Senhor está no templo (Eze 43:7) Jerusalém (Ap.21:2).
11. No monte alto está a Nova Jerusalém.
11. No monte alto estava a cidade (Eze 40:1), Jerusalém (AP
21:1) Palmeiras são tipos de anjos em Ezequiel 40:26.
12. O número da cidade é 24.
12. O número da cidade Nova Jerusalém é 12 + 12 = 24
13. Tabernáculo medido com uma cana.
13. Templo medido com uma cana (Eze 40:3;Ap 12:1).
14. Na porta o nome das 12 tribos.
14. Na cidade o nome das 12 tribos de Israel (Ap. 21;Ez
48:30,31).
15. Todas as tribos vivem na cidade representativamente.
15. Todas as tribos servirão na
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cidade e serão somente os levitas (Eze 48:19; Exo. 19:5,6)


16. O Senhor está na cidade (Sl 46).
16. O Senhor está no templo (Eze 48:30) Nova Jerusalém
(AP 21).

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XII - AS NOVIDADES DAS LEIS


DO TEMPLO (ZAC 6:12-13) JESUS
EDIFICA O TEMPLO.
01. Substituiu-se a bacia do tabernáculo de Moisés e o do ta-
bernáculo de Salomão pela fonte de água viva da água da vida no
templo, no mesmo lugar (Eze 47:1,2; Jo 7:37,38); é o rio que sara
as águas dos mares contaminado na grande tribulação.
02. Substitui-se a arca pelo trono pessoal do filho (Eze 43:3).
03. A glória que era como nuvem agora é uma pessoa (Eze
43:2) e entra pelo porta do oriente (Eze 43:4 ).

04. Torna tudo santíssimo, até o átrio (Eze 43:12), com a pre-
sença do Senhor.
05. Não há separação entre as tribos (Eze 48:19) no serviço
sacerdotal (Exo. 19:5,6).
06. O príncipe enfim, pode oferecer sacrifício pessoalmen-
te, entrando pela porta oriental (Eze 45:22; 46:2), o desejo de
Davi será cumprido (Sl 43:3,4).
07. A ordem sacerdotal é segundo os preceitos da ordem TEMPLO DO MILÊNIO
de Melquisedeque - Rei e sacerdote (Gên 14:21-22), Zac 3:1-10,
6:9-15).
08. A renovação nas vestes e na cabeça do sacerdote Josué,
filho de Jeosaadoque, filho de Zadoque, é tipo daquilo que vai
ocorrer nos dias deste templo que Jesus irá edificar segundo a vi-
são de Ezequiel; conforme Salomão edificou o templo dado como
visão a Davi, Jesus edificará o templo conforme a visão dada a Eze-
quiel (Zac 6:12-13).

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XIII - MUDANÇAS FÍSICAS E A


EDIFICAÇÃO DO TEMPLO
S. Com a vinda de Jesus, a cidade será modificada de mon-
te a planície (Zac 14:1-10). O templo construído nos dias do Anti-
cristo será destruído (Joel 1). Este templo não será ungi-
do (Dan 9.24; 2 Tes 2:4). O templo verdadeiro será edificado por
Cristo (Zac 6:12,13) e será ungido (Dan 9:24), onde Jesus porá seu
trono na terra (Eze 43:2,3). O trono do Pai permanecerá na Nova
Jerusalém, porém o trono do filho também se moverá (AP 14:3),
porque vemos os 24 anciãos no monte Sião mas os 144.000 segui-
rão o Cordeiro por onde que queira ir (AP 14:4).
b. Por que Jesus não veio com a mesma roupa? Por que tinha
que ficar no santuário? (Isaías 63:1-2; Apoc. 19.11-14.)
c. Como se vestirá Jesus quando voltar?
d. Por que o sacerdote teria que deixar sua roupa sacerdotal
no lugar santo? Que representa para nós esta revelação?

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