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Física Instrumental

Profª. Margaret Luzia Froehlich

2008
Copyright © UNIASSELVI 2008

Elaboração:
Profª. Margaret Luzia Froehlich

Revisão, Diagramação e Produção:


Centro Universitário Leonardo da Vinci – UNIASSELVI

Ficha catalográfica elaborada na fonte pela Biblioteca Dante Alighieri


UNIASSELVI – Indaial.

Centro Universitário Leonardo da Vinci – UNIASSELVI


Froehlich, Margaret Luzia

Física Instrumental / Froehlich, Margaret Luzia - Centro Universitário


Leonardo da Vinci(ASSELVI). – Indaial: Ed. Grupo UNIASSELVI, 2008.

148 p.
ISBN 978-85-7830-015-9

1. Física Instrumental I. Centro Universitário Leonardo da Vinci –


UNIASSELVI II. Título

CDD 530
Apresentação
Caro(a) acadêmico(a),

Caro acadêmico! Se você está diante dessas páginas, é porque já


cursou a disciplina de Física Geral e pretende dar continuidade aos seus
conhecimentos científicos, especialmente o que concerne à área de Física,
através da Física Instrumental. Aqui, você terá a oportunidade de comprovar
alguns desses conhecimentos através de práticas experimentais direcionadas
que introduziremos nessa disciplina. Você perceberá que pouco a pouco
será induzido a encontrar e observar os resultados mais relevantes no
estudo de um fenômeno físico. A vantagem de cursar uma disciplina como
a Física Instrumental é a visão realista adquirida pelo acadêmico. A partir
de situações que podem ser repetidas por meio de experiências, visamos
mostrar o caráter científico no tratamento de dados coletados e a importância
da precisão nesse tratamento.

Profª Margaret Luzia Froehlich

III
NOTA

Você já me conhece das outras disciplinas? Não? É calouro? Enfim, tanto para
você que está chegando agora à UNIASSELVI quanto para você que já é veterano, há
novidades em nosso material.

Na Educação a Distância, o livro impresso, entregue a todos os acadêmicos desde 2005, é


o material base da disciplina. A partir de 2017, nossos livros estão de visual novo, com um
formato mais prático, que cabe na bolsa e facilita a leitura.

O conteúdo continua na íntegra, mas a estrutura interna foi aperfeiçoada com nova
diagramação no texto, aproveitando ao máximo o espaço da página, o que também
contribui para diminuir a extração de árvores para produção de folhas de papel, por exemplo.

Assim, a UNIASSELVI, preocupando-se com o impacto de nossas ações sobre o ambiente,


apresenta também este livro no formato digital. Assim, você, acadêmico, tem a possibilidade
de estudá-lo com versatilidade nas telas do celular, tablet ou computador.
 
Eu mesmo, UNI, ganhei um novo layout, você me verá frequentemente e surgirei para
apresentar dicas de vídeos e outras fontes de conhecimento que complementam o assunto
em questão.

Todos esses ajustes foram pensados a partir de relatos que recebemos nas pesquisas
institucionais sobre os materiais impressos, para que você, nossa maior prioridade, possa
continuar seus estudos com um material de qualidade.

Aproveito o momento para convidá-lo para um bate-papo sobre o Exame Nacional de


Desempenho de Estudantes – ENADE.
 
Bons estudos!

IV
V
VI
Sumário
UNIDADE 1 - INTRODUÇÃO AO LABORATÓRIO DE FÍSICA INSTRUMENTAL ............1

TÓPICO 1 - CONHECENDO UM LABORATÓRIO EXPERIMENTAL......................................3


1 INTRODUÇÃO....................................................................................................................................3
2 O QUE É UM LABORATÓRIO EXPERIMENTAL?......................................................................3
3 A IMPORTÂNCIA DE UM LABORATÓRIO EXPERIMENTAL...............................................4
RESUMO DO TÓPICO 1......................................................................................................................5
AUTOATIVIDADE................................................................................................................................6

TÓPICO 2 - PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL..........................................................................7


1 INTRODUÇÃO....................................................................................................................................7
2 MÉTODO CIENTÍFICO.....................................................................................................................7
3 PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL..............................................................................................9
RESUMO DO TÓPICO 2......................................................................................................................11
AUTOATIVIDADE................................................................................................................................12

TÓPICO 3 - A AQUISIÇÃO DE DADOS..........................................................................................13


1 INTRODUÇÃO....................................................................................................................................13
2 DADOS MEDIDOS.............................................................................................................................14
3 TABELAS...............................................................................................................................................14
4 O TRATAMENTO DE DADOS........................................................................................................15
RESUMO DO TÓPICO 3......................................................................................................................16
AUTOATIVIDADE................................................................................................................................17

UNIDADE 2 - TRATAMENTO DOS DADOS EXPERIMENTAIS...............................................19

TÓPICO 1 - ALGARISMOS SIGNIFICATIVOS..............................................................................21


1 INTRODUÇÃO....................................................................................................................................21
2 O QUE É ALGARISMO SIGNIFICATIVO?...................................................................................21
3 OPERAÇÕES COM ALGARISMOS SIGNIFICATIVOS............................................................22
RESUMO DO TÓPICO 1......................................................................................................................23
AUTOATIVIDADE................................................................................................................................24

TÓPICO 2 - EQUAÇÃO DA RETA....................................................................................................25


1 INTRODUÇÃO....................................................................................................................................25
2 CÁLCULO DA EQUAÇÃO DA RETA............................................................................................25
RESUMO DO TÓPICO 2......................................................................................................................28
AUTOATIVIDADE................................................................................................................................29

TÓPICO 3 - CONSTRUÇÃO DE GRÁFICOS NO ORIGIN..........................................................31


1 INTRODUÇÃO....................................................................................................................................31
2 COMO FAZER UM GRÁFICO A PARTIR DO PROGRAMA....................................................31
RESUMO DO TÓPICO 3......................................................................................................................34
AUTOATIVIDADE................................................................................................................................35

VII
TÓPICO 4 - ERROS DE MEDIDAS....................................................................................................37
1 INTRODUÇÃO....................................................................................................................................37
2 ERROS EXPERIMENTAIS.................................................................................................................37
3 CÁLCULO DO VALOR MAIS PROVÁVEL E O CÁLCULO DO ERRO.................................38
RESUMO DO TÓPICO 4......................................................................................................................41
AUTOATIVIDADE................................................................................................................................42

UNIDADE 3 - EXPERIMENTOS.........................................................................................................43

TÓPICO 1 - TRILHO DE AR...............................................................................................................45


1 INTRODUÇÃO....................................................................................................................................45
2 PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL..............................................................................................46
3 ATIVIDADES E QUESTIONÁRIO..................................................................................................54
RESUMO DO TÓPICO 1......................................................................................................................56

TÓPICO 2 - RAMPA...............................................................................................................................57
1 INTRODUÇÃO....................................................................................................................................57
2 PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL..............................................................................................58
3 ATIVIDADES E QUESTIONÁRIO..................................................................................................62
RESUMO DO TÓPICO 2......................................................................................................................63

TÓPICO 3 - QUEDA LIVRE.................................................................................................................65


1 INTRODUÇÃO....................................................................................................................................65
2 PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL..............................................................................................65
3 ATIVIDADES E QUESTIONÁRIO..................................................................................................69
RESUMO DO TÓPICO 3......................................................................................................................73

TÓPICO 4 - LEI DE HOOKE................................................................................................................75


1 INTRODUÇÃO....................................................................................................................................75
2 PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL..............................................................................................75
3 ATIVIDADES E QUESTIONÁRIO..................................................................................................83
RESUMO DO TÓPICO 4......................................................................................................................85

TÓPICO 5 - HIDROSTÁTICA.............................................................................................................87
1 INTRODUÇÃO....................................................................................................................................87
2 PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL..............................................................................................90
3 ATIVIDADES E QUESTIONÁRIO..................................................................................................94
RESUMO DO TÓPICO 5......................................................................................................................97

TÓPICO 6 - DILATÔMETRO...............................................................................................................99
1 INTRODUÇÃO....................................................................................................................................99
2 PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL..............................................................................................100
3 ATIVIDADES E QUESTIONÁRIO..................................................................................................105
RESUMO DO TÓPICO 6......................................................................................................................106

TÓPICO 7 - CALORIMETRIA.............................................................................................................107
1 INTRODUÇÃO....................................................................................................................................107
2 PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL..............................................................................................109
3 ATIVIDADES E QUESTIONÁRIO..................................................................................................112
RESUMO DO TÓPICO 7......................................................................................................................115

VIII
TÓPICO 8 - LEI DE OHM.....................................................................................................................119
1 INTRODUÇÃO....................................................................................................................................117
2 PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL..............................................................................................119
3 ATIVIDADES E QUESTIONÁRIO..................................................................................................131
RESUMO DO TÓPICO 8......................................................................................................................134

TÓPICO 9 - ASSOCIAÇÃO DE RESISTORES.................................................................................135


1 INTRODUÇÃO....................................................................................................................................135
2 PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL..............................................................................................136
3 ATIVIDADES E QUESTIONÁRIO..................................................................................................143
RESUMO DO TÓPICO 9......................................................................................................................145
REFERÊNCIAS........................................................................................................................................147

IX
X
UNIDADE 1

INTRODUÇÃO AO LABORATÓRIO DE
FÍSICA INSTRUMENTAL

OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM
Com o estudo desta unidade, você será capaz de:

• reconhecer a importância de um laboratório experimental para a enge-


nharia;

• empregar o método científico na análise dos fenômenos físicos estudados


no laboratório;

• utilizar corretamente os instrumentos de medida e organizar os dados


coletados numa tabela;

• estabelecer um critério no tratamento dos dados apresentados.

PLANO DE ESTUDOS
A primeira unidade está dividida em três tópicos, havendo, no final de cada
um deles, uma atividade que ajudará o(a) acadêmico(a) a fixar as ideias
apresentadas. Caso alguns conceitos não fiquem claros para você, aproveite
as sugestões do Uni (remissão à leitura), que aparece ao longo do texto. A
primeira unidade vai apenas introduzi-lo ao laboratório. Na segunda, serão
apresentados alguns conceitos indispensáveis para a prática de laboratório.
Por último, na terceira unidade, são apresentados alguns procedimentos
experimentais, bem como atividades e questões direcionadas para cada
experiência.

TÓPICO 1 – CONHECENDO UM LABORATÓRIO EXPERIMENTAL

TÓPICO 2 – PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL

TÓPICO 3 – A AQUISIÇÃO DE DADOS

1
2
UNIDADE 1
TÓPICO 1

CONHECENDO UM
LABORATÓRIO EXPERIMENTAL

1 INTRODUÇÃO
É natural que os seres humanos busquem explicações sobre o que veem,
sentem e ouvem. E acrescente-se, também, a forma como a mente trabalha, o uso
da inteligência para compreender as nossas experiências.

Com frequência é suficiente dar um nome à situação sucedida. Por


exemplo, um agricultor escuta um som forte proveniente do céu e diz “é um
trovão”. Porém, nem sempre o nome nos dá uma informação completa, mesmo
que seja tranquilizador o fato de sermos capazes de dar um nome, isto significa
que já tivemos uma experiência similar e que podemos reconhecê-la. Indica que
outras pessoas também já passaram pelo mesmo tipo de experiência.

A partir da nossa experiência, podemos concluir o que ocorrerá em


seguida. O agricultor dirá “logo vai chover”. Somos capazes de organizar nossas
percepções de forma que podemos reconhecê-las como modelos comuns e
aprendemos a utilizar a informação que nos ajuda a compreender aquilo com
que nos deparamos na vida cotidiana.

2 O QUE É UM LABORATÓRIO EXPERIMENTAL?


Teorias são desenvolvidas como respostas para perguntas do tipo por
quê? Ou como? Observa-se uma sequência de acontecimentos com alguma
regularidade em torno de duas, ou mais, variáveis e se pergunta por que isso se
dá dessa maneira. Uma teoria consiste num conjunto de definições que descrevem
o comportamento de variáveis e condições, abaixo das quais a teoria é aplicável.
Finalmente, as predições devem poder contrastar com dados obtidos a partir de
observações experimentais.

A principal consequência da teoria é a previsão de acontecimentos que
ainda não ocorreram. O laboratório é o lugar especialmente desenvolvido para
efetuar experiências, cujos resultados vão não só demonstrar se uma teoria é
falsa, como também sugerir onde se equivoca, e a melhor maneira de corrigi-la.

3
UNIDADE 1 | INTRODUÇÃO AO LABORATÓRIO DE FÍSICA INSTRUMENTAL

3 A IMPORTÂNCIA DE UM LABORATÓRIO EXPERIMENTAL


A pergunta que segue logicamente dessa discussão a respeito de uma
teoria é “quais são os critérios necessários para convencer uma pessoa que uma
explicação está correta?” A resposta depende muito do tipo de pessoa. Para alguém
que se inclina a aceitar uma explicação mística, basta coincidir a explicação com
alguma citação em algum livro religioso, outros aceitarão facilmente uma ideia
se for validada por alguém que considere instruído ou inteligente. Porém, esses
argumentos não vão convencer um auditório científico.

Uma questão pode ter mais do que uma explicação científica. Às vezes,
uma explicação pode incluir a outra ou completá-la. Vamos supor que, num
período da história, uma certa teoria foi aceita e proporcione uma explicação
válida para muitos casos. Suponhamos agora que essa mesma teoria tenha alguns
defeitos que são reconhecidos por alguns cientistas mais tarde. Nesse caso, deve-
se propor uma nova teoria para eliminar esses defeitos.

Em primeiro lugar, a nova teoria deve ser tão boa quanto a primeira.
Qualquer modificação deve ter em conta todas as informações das teorias já
existentes. A teoria nova deve conduzir aos mesmos resultados obtidos com as
teorias aceitas em todos os casos que já comprovaram sua utilidade.

Em segundo lugar, a nova teoria deve provar ser melhor que a antiga, não
é suficiente que dê os mesmos resultados que a anterior. Em suma, deve propor
uma inovação.

Em terceiro lugar, deve ser possível obter consequências que diferem das
demais teorias similares e, principalmente, estas consequências devem prestar-se
à comprovação experimental.

Por último, a nova teoria deve ter um modelo matemático ou um enunciado
universal de seus princípios que seja breve e consistente.

Uma outra questão relevante é a verificação de ensaios associados ao
ramo da engenharia. O laboratório visa auxiliar o engenheiro a testar suas ideias
por meio de protótipos e esquemas reduzidos aos elementos principais, antes da
concretização do projeto propriamente dito.

4
RESUMO DO TÓPICO 1
Neste tópico, você viu que:

 Apresentamos o laboratório experimental e mencionamos a importância da


linguagem científica na verificação de fenômenos físicos, através de dados
coletados e comparados com modelos teóricos que podem definir uma linha
de raciocínio válida.

 Identificamos os principais passos para a verificação de uma ideia nova e


sua aceitação no meio científico. Estabelecemos um caminho seguro para a
preparação de um projeto de engenharia.

5
AUTOATIVIDADE

1 Defina um laboratório experimental e explique sua importância no meio


científico.

6
UNIDADE 1
TÓPICO 2

PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL

1 INTRODUÇÃO
Existem ramos da ciência em que a experimentação é desnecessária,
porém, em Física, utilizamos o método científico para corroborar a teoria. O
método científico é um conjunto de critérios e procedimentos que permitem
explicar, de modo confiável, as leis e fenômenos naturais.

Num laboratório de Física Instrumental, aplicamos o método experimental,


que obedece a dois requisitos básicos. Primeiramente, os experimentos são
sempre reprodutíveis por qualquer pessoa e em qualquer lugar, respeitadas as
condições e métodos empregados. Segundo, toda proposição científica deve
admitir experimentos que, caso não forneçam os resultados esperados, permitem
refutar a hipótese levantada.

A Física busca desvendar os aspectos qualitativos e quantitativos dos


fenômenos naturais. Assim, é fácil entender por que a Matemática é o principal
instrumento do experimentador, pois trata-se de uma linguagem exata, unívoca e
universal. Entretanto, a intuição não pode ser descartada porque, muitas vezes, a
essência de um fenômeno não pode ser entendida apenas através de uma equação.

2 MÉTODO CIENTÍFICO
Não estamos querendo optar entre teoria e observações e sim entre
teorias melhores ou piores para explicar as observações; os acontecimentos são
intocáveis. No entanto, isso não quer dizer que as teorias são meros escravos
das observações, pelo contrário quase todos os cientistas estão muito mais
interessados na teoria do que nas observações. Vendo as práticas experimentais
como meras demonstrações que permitem escolher entre uma teoria ou outra.

Notamos que em todo processo, a capacidade interrogativa e criativa do ser


humano está presente e atuante, criando um ciclo dinâmico de retroalimentação
de novas dúvidas, novas observações e novas experimentações. Gerando
resultados cada vez mais precisos e confiáveis, estabelecendo um acúmulo de
conhecimentos contínuo.

7
UNIDADE 1 | INTRODUÇÃO AO LABORATÓRIO DE FÍSICA INSTRUMENTAL

Nem sempre é clara a metodologia que se deve empregar num experimento.


Há experiências que podem ser feitos numa certa ordem, outras em que esta
ordem não está bem clara. Os resultados devem ser analisados por especialistas
antes de serem publicados. E devem ser repetidos independentemente, sendo,
porém, às vezes, obtidos os mesmos resultados. O método científico pode ser
resumido nas seguintes etapas:

1 Levantar um problema sobre um fenômeno.

2 Observar algo fazendo medidas diversas.

3 Buscar uma teoria que o explique, relacionando os fatos observados com


conceitos preestabelecidos.

4 Hipótese, fazer previsões utilizando essa teoria e os seus modelos.

5 Realizar experimentos para comprovar as previsões.

6 Interpretar os dados obtidos e, se as previsões estão corretas, divulgar os


resultados.

A seguir, na figura 1, encontramos um quadro ilustrando o método


científico.

8
TÓPICO 2 | PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL

FIGURA 1 – SEQUÊNCIA ILUSTRATIVA E SIMPLIFICADA DOS PASSOS DO MÉTODO


CIENTÍFICO. OBSERVAÇÕES, PERGUNTAS, HIPÓTESES, EXPERIMENTAÇÃO, CONCLUSÕES,
DOCUMENTAÇÃO, DESCOBRIMENTOS, NOVAS PERGUNTAS E SEGUIR APRENDENDO.

FONTE: Disponível em: <www.um.es/docencia/barzana/II/Ii01.html> Acesso em: 12 out. 2007.

3 PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL
Através da Física Teórica constroem-se modelos para explicar os
fenômenos que são observados experimentalmente, procurando, a partir deles,
predizer os resultados de novas experiências. A concordância das previsões do
modelo com os resultados determinados de forma experimental é o critério final
para o seu sucesso. Isto gera uma interação e realimentação contínua entre a
teoria e a experiência, com desafios cada vez maiores visando a melhoria na área
em questão.

9
UNIDADE 1 | INTRODUÇÃO AO LABORATÓRIO DE FÍSICA INSTRUMENTAL

Nas aulas de laboratório, o acadêmico utiliza um roteiro, no intuito de


direcioná-lo à busca das informações pertinentes à experiência. Este roteiro é
o que denominamos procedimento experimental. Nele encontram-se todas as
etapas e a sequência correta das medições que devem ser feitas, bem como a
montagem do aparato experimental.

Com ele, o acadêmico é capaz de verificar se todos os instrumentos listados


encontram-se sobre a bancada e procede, em seguida, a montagem do mesmo, de
acordo com as instruções contidas no texto. Em caso negativo, deve solicitar ao
monitor o material ausente.

É muito importante que, durante a montagem e execução da prática


experimental, o acadêmico esteja totalmente envolvido com ele, evitando
distrações. A concentração reduzirá radicalmente a margem de erro.

10
RESUMO DO TÓPICO 2
Neste tópico, você viu que:

Estabelecemos
 os critérios básicos para o método científico utilizado no
laboratório.

Definimos
 as etapas do método científico.

Encontramos
 um roteiro que permite seguir a metodologia correta para
execução de um experimento e sua posterior análise.

11
AUTOATIVIDADE

Para exercitar seus conhecimentos adquiridos, resolva as questões a seguir:

1 Você concorda que a matemática é um caminho seguro para o experimentador?


O experimentador deve sempre descartar a intuição? Justifique.

2 Explique cada uma das etapas do método científico. A metodologia pode ser
sempre nessa ordem? Por quê?

3 Qual é o critério final para o sucesso de uma experiência?

4 Fale sobre o procedimento experimental. Para que serve? De que maneira o


acadêmico pode reduzir a margem de erro numa experiência?

12
UNIDADE 1
TÓPICO 3

A AQUISIÇÃO DE DADOS

1 INTRODUÇÃO
Para fazer uma análise sobre um experimento, é necessário comparar
os dados coletados experimentalmente com as previsões propostas pela teoria
para aquele tipo de fenômeno observado na execução da experiência. Cada
instrumento de medida possui determinado grau de precisão, dependendo da
menor divisão da escala. Observe a figura 2, a seguir. A primeira régua está
graduada em 1cm. Se a medida estiver entre os valores anotados na escala,
é preciso estimar o valor. Assim, a precisão fica comprometida. Na segunda
régua, a graduação está em 5 mm, o que faz com que a estimativa seja um pouco
mais fácil. No último caso, a graduação é em 1mm. A precisão, nesse caso, é
muito maior que na primeira régua.

FIGURA 2 – EXEMPLO DE INSTRUMENTO DE MEDIÇÃO MOSTRANDO TRÊS ESCALAS


DIFERENTES. O NÚMERO DE DIVISÕES AUMENTA DA PRIMEIRA RÉGUA PARA A ÚLTIMA. NA
ÚLTIMA, NÚMERO MAIOR DE DIVISÕES, A PRECISÃO É MAIOR.

FONTE: A autora.

Uma régua graduada, por exemplo, serve para captar dados sobre as
distâncias envolvidas no fenômeno e sua escala é dada em milímetros. Um
termômetro serve para medir as temperaturas e a escala pode ser dada em graus
Celsius. Num cronômetro, o tempo pode ser medido numa escala de décimos de
segundo. É importante identificar a menor divisão da escala para poder estimar

13
UNIDADE 1 | INTRODUÇÃO AO LABORATÓRIO DE FÍSICA INSTRUMENTAL

o último algarismo significativo. O acadêmico também deve tomar cuidado com


as conversões de unidades no momento em que está anotando os dados para não
incorrer em resultados errôneos ao efetuar os cálculos.

2 DADOS MEDIDOS
A realização de medições é um aspecto muito importante, sendo
fundamental na metodologia científica. Não existe observação ou análise sem
medição. Assim, é de suma importância, o conhecimento das unidades de medida
e dos instrumentos adequados ao tipo de medida que se pretende fazer. Deve-se,
ainda, levar em conta que toda medição está sujeita a erros. Erros devidos aos
defeitos do instrumento, erros devidos às falhas do operador e erros inerentes
ao problema em foco. Disto segue a importância de procurar adquirir um bom
embasamento teórico do fenômeno a ser estudado e conhecer bem os instrumentos
e métodos a serem utilizados.

Existem dois tipos de medidas: A “Medida Direta”, que é uma comparação


puramente mecânica. Ex.: Medida de um comprimento com uma régua; e a
“Medida Indireta”, que é a grandeza que se quer conhecer e é calculada a partir
de medidas diretas. Ex.: Medida da densidade de um corpo: temos que fazer
uma medida direta da massa e uma medida direta do volume do corpo para, em
seguida, encontrar, através de um cálculo, a densidade (ρ = m/V).

O acadêmico deve ter o cuidado de anotar todos os dados medidos,


mesmo os que são considerados anômalos ou esquisitos, devendo apenas se fazer
uma pequena anotação ao lado, do tipo: “Nesta medida alguém esbarrou na mesa
e isso pode tê-la afetado”. Ao corrigir um valor anotado (supostamente) errado,
o acadêmico não deve usar a borracha para apagá-lo, passa apenas um risco por
cima e anota o valor correto ao lado. Isso auxilia no caso de ter que voltar a esse
valor por alguma suspeita de engano. É muito importante acrescentar sempre o
valor da incerteza associado.

Por exemplo, numa medição de comprimento em que a menor divisão da


escala é o milímetro e a medida ficou numa região entre 5,5cm e 5,6cm, o aluno
estima o último algarismo significativo (algarismo duvidoso); suponhamos 5,58cm
por se encontrar mais próximo ao 5,6cm, a incerteza associada passa a ser ±0,05cm.
Assim, a grandeza medida será escrita da seguinte forma, (5,58±0,05) cm.

3 TABELAS
Os dados coletados, para facilitar a análise através da construção de
gráfico, são normalmente organizados em tabelas. Essas tabelas já se encontram
previamente elaboradas no procedimento experimental, que o acadêmico
utiliza como roteiro, bastando apenas preenchê-la corretamente com os dados
observados nas medições. Esses dados podem ser reorganizados posteriormente
numa nova tabela para uma análise específica de alguma grandeza, no momento
14
TÓPICO 3 | A AQUISIÇÃO DE DADOS

em que o acadêmico resolve as atividades e responde às questões referentes a


cada experimento. Essa nova tabela deve ser repassada para o programa Origin,
respeitando algumas instruções que serão apresentadas na Unidade 2.

4 O TRATAMENTO DE DADOS
Depois de anotar os valores medidos (dados do experimento) na tabela,
o acadêmico necessita analisar os resultados e chegar a conclusões através da
comparação com o modelo teórico. Para tanto, o próximo passo é converter os
dados num gráfico. Cada gráfico é governado por uma equação que pode ser
comparada ao modelo matemático do problema estudado. Através do programa
Origin, o acadêmico pode determinar os coeficientes da reta e encontrar as
grandezas inerentes às questões apresentadas. Para finalizar, basta calcular a
porcentagem de erro experimental, utilizando como referência um valor padrão
determinado pela literatura.

Na próxima unidade, veremos passo a passo a construção do gráfico via


Origin e o modo mais adequado de apresentar os resultados, além de algumas
considerações relevantes sobre números significativos e o estudo da reta.

15
RESUMO DO TÓPICO 3
Neste tópico, você viu que:

 Vimos que a aquisição dos dados é parte fundamental do procedimento


científico.

Grafamos
 a necessidade de conhecer os instrumentos utilizados nas medições,
bem como a escala de cada um para atentar à precisão do valor anotado.

Definimos
 um procedimento de coleta de dados por meio da organização de
tabelas.

Determinamos
 a maneira adequada para fazer a análise do experimento.

16
AUTOATIVIDADE

Para exercitar seus conhecimentos adquiridos, resolva as questões a seguir:

1 Explique a maneira como a precisão pode estar relacionada às divisões de


uma escala. Quais os cuidados que se deve ter na hora da medição?

2 Apresente os erros mais comuns numa medição. Como é possível evitá-los?

3 Diferencie medida direta de medida indireta. Dê um exemplo de cada uma.

4 Explique o que é a incerteza numa medida. De que forma se representa uma


grandeza medida, considerando-se a incerteza associada?

5 Para que servem os dados medidos?

17
18
UNIDADE 2

TRATAMENTO DOS DADOS


EXPERIMENTAIS

OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM
A partir do estudo desta unidade, você será capaz de:

• reconhecer os algarismos significativos e fazer as operações básicas


com eles;

• estudar a equação da reta, utilizando os seus coeficientes para encontrar


grandezas físicas, comparando a equação com o modelo teórico;

• utilizar os dados coletados na tabela e construir um gráfico com o progra-


ma Origin;

• classificar os erros experimentais e calcular os erros aleatórios.

PLANO DE ESTUDOS
A Unidade 2 está dividida em quatro tópicos. Há, no final de cada tópi-
co, uma atividade que ajudará o acadêmico a fixar as ideias apresentadas.
Apresentamos aqui os principais conceitos envolvidos na prática experi-
mental, resumindo os conteúdos que são indispensáveis para o bom anda-
mento da experiência.

TÓPICO 1 – ALGARISMOS SIGNIFICATIVOS

TÓPICO 2 – EQUAÇÃO DA RETA

TÓPICO 3 – CONSTRUÇÃO DE GRÁFICOS NO ORIGIN

TÓPICO 4 – ERROS DE MEDIDAS

19
20
UNIDADE 2
TÓPICO 1

ALGARISMOS SIGNIFICATIVOS

1 INTRODUÇÃO
É natural, nos cálculos, obter-se tanto números muito grandes quanto
muito pequenos. Em engenharia, usa-se representar estes números através da
notação científica (valor vezes potência de 10). Por exemplo, o número 654.000.000
pode ser escrito como 6,54 x 108. De modo análogo, o número 0,0000078 pode ser
escrito como 7,8 x 10-6. O primeiro exemplo possui três algarismos significativos
e o segundo possui dois algarismos significativos. O conceito de algarismos
significativos permite introduzir, de um modo simples, a precisão de uma medida
sem explicitar a sua incerteza. Permitindo ainda estimar a precisão de um valor
que é calculado por combinação de diferentes tipos de medida, pois a incerteza
de um valor, é propagada em todas as contas feitas com ele.

2 O QUE É ALGARISMO SIGNIFICATIVO?


Os algarismos significativos de um número são os dígitos diferentes de
zero, contados a partir da esquerda até o último dígito diferente de zero à direita,
caso não haja vírgula decimal, ou até o último dígito (zero ou não) caso haja uma
vírgula decimal.

Exemplos:
5200 ou 5,2 x 103 (2 algarismos significativos)
5200 ou 5,200 x 103 (4 algarismos significativos)
62.090 ou 6,209 x 104 (4 algarismos significativos)
0,098 ou 9,8 x 10-2 (2 algarismos significativos)

Precisamos levar em conta que todos os dígitos diferentes de zero são


significativos Por exemplo: 6,2; 45 e 120 possuem dois algarismos significativos.
Os zeros entre dígitos diferentes de zero também são significativos, por exemplo:
408 e 1,05 possuem três algarismos significativos. Se existir uma vírgula decimal,
todos os zeros à direita da vírgula decimal são significativos, por exemplo: 2,000
e 55,60 possuem quatro algarismos significativos.

O último dígito dos algarismos significativos do número geralmente é o


algarismo duvidoso. Trata-se da fração avaliada, na qual reside a dúvida ou a
incerteza da medida.

21
UNIDADE 2 | TRATAMENTO DOS DADOS EXPERIMENTAIS

3 OPERAÇÕES COM ALGARISMOS SIGNIFICATIVOS


Ao fazermos as operações algébricas com os valores encontrados nas
medições, precisamos levar em conta algumas considerações a respeito dos
algarismos significativos. A primeira é de que a mudança de unidade não altera
a contagem dos algarismos significativos. Na adição ou subtração de medidas,
procure entre as parcelas aquela cujo último algarismo significativo ocupa a casa
decimal mais elevada e despreze, no resultado final, os algarismos à direita desta
casa. Exemplo: 438,38 + 21 ,8 + 0 ,287 + 3 ,14159 = 463 ,60859. Resultado: 463,6.

Observe que a parcela 21,8 possui apenas um algarismo significativo


após a vírgula. Assim, o resultado final também fica com apenas um algarismo
significativo após a vírgula. Na multiplicação e divisão de medidas, o resultado
também deverá conter algarismos significativos em número igual àquele existente
no fator mais pobre. A multiplicação ou divisão de uma medida por uma constante
não introduz mudanças na quantidade de algarismos significativos no resultado.

Como regra para o arredondamento, pode-se dizer o seguinte: quando
o algarismo suprimido for maior ou igual a cinco, elevamos de uma unidade o
algarismo anterior. Quando precisamos suprimir mais de um algarismo, a regra
acima se modifica um pouco. Por exemplo, no número 463,60859, se quisermos
substituir todos os cinco algarismos depois da vírgula por um único algarismo,
devemos raciocinar da seguinte maneira: o número 60859 é menor que 65000.
Portanto, arredondamos 60859 para 60000 (a outra opção seria 70000), de tal
modo que teremos, agora, 463,60000 = 463,6. Assim, conseguimos evitar os erros
de arredondamento em cascata, quando arredondamos várias vezes o último
algarismo, até chegarmos ao número de algarismos desejado no resultado final.

22
RESUMO DO TÓPICO 1
Neste tópico, você viu que:

 Mostramos que, nos valores medidos, os algarismos corretos e o algarismo


duvidoso constituem os “algarismos significativos”.

 Vimos que os algarismos significativos não têm nada a ver com a posição da
vírgula. E que o algarismo zero, quando localizado à esquerda da vírgula, não
constitui algarismo significativo.

 Apresentamos algumas regras para o arredondamento, e operações básicas


com algarismos significativos.

23
AUTOATIVIDADE

Para exercitar seus conhecimentos adquiridos, resolva as questões a seguir:

1 Explique o que são algarismos significativos.

2 Resolva, respeitando o número de algarismos significativos:

a) 3,27251 x 1,32 =

b) 63,72/23,1 =

c) 0,451/2001 =

d) 3
29, 69 =

e) 11,45+93,1+0,333 =

24
UNIDADE 2 TÓPICO 2

EQUAÇÃO DA RETA

1 INTRODUÇÃO
Os dados que coletamos nas experiências dão origem a gráficos que são
governados por uma equação linear do tipo y(x) = a + bx, onde a é o coeficiente
linear, b o coeficiente angular da reta, y é a variável dependente do parâmetro x, e
x é a variável independente. Em todos os experimentos encontraremos grandezas
comparando os coeficientes dessa equação com os coeficientes de modelos
teóricos que descrevem o fenômeno estudado.

2 CÁLCULO DA EQUAÇÃO DA RETA


Para encontrar os parâmetros a e b da reta y = a + bx basta considerar que a
é o valor da ordenada y da reta para o qual a abscissa x é nula e que b representa
a inclinação da reta.

Como a equação da reta nos deixa dois parâmetros a serem determinados


(a e b), podemos utilizar o método da geometria analítica. Isto é, tomamos dois
pontos (x e y) e escrevemos a equação da reta para cada um deles. Com isso
teremos duas equações e dois parâmetros para determinar. Portanto, basta
resolver o sistema para obtermos a e b. Não é necessário (nem desejável) que
os pontos escolhidos da reta correspondam exatamente a um ou outro dos seus
dados. O importante é que os pontos escolhidos estejam bem afastados, e sobre
a reta, para evitar que pequenos erros nas suas coordenadas acarretem grandes
diferenças nos cálculos dos coeficientes. Veja o gráfico da figura 3.

Sejam os pontos escolhidos P1(x1,y1) e P2(x2,y2). Então,


y1 = a + bx1
y2 = a + bx2

25
UNIDADE 2 | TRATAMENTO DOS DADOS EXPERIMENTAIS

FIGURA 3 – UMA RETA PASSANDO PELOS PONTOS P1 E P2

FONTE: A autora.

Por outro lado, o(a) acadêmico(a) não precisa se preocupar com esses
cálculos, pois os coeficientes a e b são calculados automaticamente pelo programa
Origin. Ao dar o comando fit linear no menu analysis, abre-se uma janela que
apresenta os valores. Observe a figura 4.

FIGURA 4 – RESULTADOS DA REGRESSÃO LINEAR,

FONTE: Programa Origin.

26
TÓPICO 2 | EQUAÇÃO DA RETA

OBS:Observe que o valor para a, o coeficiente linear, é 10 e o valor de b, o


coeficiente angular, é 5.

Observando a figura 4 acima, a primeira linha mostra a data e a hora


da compilação do programa, em seguida aparece uma equação linear como
referência. Na quinta e na sexta linha, encontramos os valores dos parâmetros a =
10 e b = 5. Substituindo esses valores na equação da reta, encontramos: y = 10 + 5x.

No próximo tópico, aprenderemos como construir um gráfico a partir dos
dados coletados utilizando o programa Origin.

27
RESUMO DO TÓPICO 2
Neste tópico, você viu que:

Mostramos que a equação y(x) = a + bx descreve o comportamento da reta de um


gráfico.

Vimos
 que os coeficientes a e b da reta podem ser determinados através de
alguns cálculos simples.

Apresentamos
 uma alternativa eficaz para determinar esses coeficientes
empregando um programa de computador.

28
AUTOATIVIDADE

Para exercitar seus conhecimentos adquiridos, resolva as questões a seguir:

1 Dê a equação que descreve a reta de um gráfico. Quem é a variável


independente dessa equação, e a variável dependente? Quais são os
coeficientes?

2 A partir dos dados abaixo escreva a equação da reta y = a + bx, substituindo


o coeficiente linear a e o coeficiente angular b.

29
30
UNIDADE 2 TÓPICO 3

CONSTRUÇÃO DE GRÁFICOS
NO ORIGIN

1 INTRODUÇÃO
Para facilitar a análise dos dados coletados experimentalmente,
empregamos o programa Origin para construir os gráficos. O processo poderia ser
feito manualmente, num papel milimetrado, porém, a análise requereria muitos
cálculos para fazer a linearização dos valores. Desejamos evitar esse trabalho
porque acreditamos que existem questões mais relevantes no nosso estudo.

O(a) acadêmico(a) poderá se aperfeiçoar nas ferramentas do programa


explorando as possibilidades através de tentativa e erro. Nós vamos nos restringir
a alguns comandos básicos indispensáveis para o bom andamento da disciplina.

2 COMO FAZER UM GRÁFICO


A PARTIR DO PROGRAMA
Vamos utilizar como exemplo os dados do movimento de uma partícula
que está se movendo com uma certa aceleração constante, que pretendemos
determinar através do gráfico. A equação que determina esse tipo de movimento
é v = v0 + at, onde v é a velocidade da partícula, v0 é a velocidade inicial, a é a
aceleração e t é o tempo.

Para tanto, anotamos a velocidade da partícula a cada dois segundos e
organizamos os dados numa tabela.

TABELA 1 – VELOCIDADE DA PARTÍCULA EM FUNÇÃO DO TEMPO.

FONTE: A autora

31
UNIDADE 2 | TRATAMENTO DOS DADOS EXPERIMENTAIS

Passamos agora esses valores para o Origin, tomando o cuidado de colocar


os valores da variável independente na coluna para x (coluna da esquerda) e os
valores da variável dependente na coluna para y (coluna da direita). Observe o
resultado na figura 5.

FIGURA 5 – REPRESENTAÇÃO DOS VALORES DO TEMPO (VARIÁVEL INDEPENDENTE) NA


COLUNA A(X) E DOS VALORES DA VELOCIDADE (VARIÁVEL DEPENDENTE) NA COLUNA B(X).

FONTE: Programa Origin.

Em seguida, selecionamos com o shift as duas colunas, e no menu plot


selecionamos o comando scatter. O programa abre uma janela com o gráfico,
figura 6. Note os pontos da reta na figura 6. Para colocar os títulos dos eixos x
e y, clique duas vezes com o mouse em cima de “Y Axis Title” e depois digite
“velocidade (m/s)”. Para arrumar o título do eixo x, clique em cima de “X Axis
Title”, depois escreva na janela que abrir “tempo (s)”.

FIGURA 6 – GRÁFICO VELOCIDADE (M/S) X TEMPO (S).

FONTE: Programa Origin.

32
TÓPICO 3 | CONSTRUÇÃO DE GRÁFICOS NO ORIGIN

Muito bem! Só falta traçar a reta e encontrar os coeficientes. Agora


precisamos ir até o menu Analysis e selecionar a opção fit linear. Observe que, na
figura 7, aparece uma janela com a reta no gráfico e uma janela com os parâmetros
a e b da reta y = a + bx. Tome cuidado: se a janela do gráfico ficar oculta basta
arrastar a outra janela para o lado.

FIGURA 7 – RESULTADO DA LINEARIZAÇÃO. À ESQUERDA ESTÁ O GRÁFICO DA VELOCIDADE COM A


RETA QUE GOVERNA O MOVIMENTO DA PARTÍCULA. À DIREITA ESTÃO OS PARÂMETROS A E B DA RETA.

FONTE: Programa Origin.

Precisamos comparar a equação do Origin y = a + bx com a equação que


governa o movimento estudado v = v0 + at. Antes, substituímos os valores dos
parâmetros fornecidos pelo programa, em que a = 10 e b = 5. Encontramos, assim,
y = 10 + 5x. Agora, vamos comparar as duas equações:

Assim, podemos afirmar que v0 = 10 m/s é a velocidade inicial da partícula


e 5 m/s2 é a sua aceleração.

33
RESUMO DO TÓPICO 3
Neste tópico, você viu que:

 Mostramos como utilizar o programa Origin para construir um gráfico cuja


reta é governada pela equação y(x) = a + bx.

 Aprendemos a extrair os coeficientes das informações fornecidas na linearização


executada pelo programa.

 Vimos como temos que comparar a equação da reta com o modelo teórico para
encontrar as grandezas procuradas na experiência.

34
AUTOATIVIDADE

Para exercitar seus conhecimentos adquiridos, resolva as questões a seguir:

1. Considerando as tabelas do programa Origin, em qual das colunas devemos


colocar os valores da variável independente, e os da variável dependente?

2. Comparando as equações a seguir, com a equação Y(x) = a + bx, identifique


o que se pede:
a) v(t) = v0 + at
Variável dependente:_________
Variável independente:________
Coef. Linear:________________
Coef. Angular: ______________
b) V(i) = Ri (Exemplo : Y(x) = a + bx → V(i) = 0 + Ri )
Variável dependente: ________
Variável independente: _______
Coef. Linear: _______________
Coef. Angular: ______________
c) Fe(x) = kx
Variável dependente:_________
Variável independente:________
Coef. Linear:________________
Coef. Angular: ______________
d) S(t) = S0 + vt
Variável dependente:_________
Variável independente:________
Coef. Linear:________________
Coef. Angular: ______________
e) L(Δt) = L0 + αL0Δt
Var. dep.:___________________
Var. indep.:_________________
Coef. Linear:________________
Coef. Angular: ______________

35
f) E(Vf) = dfgVf
Variável dependente:_________
Variável independente:________
Coef. Linear:________________
Coef. Angular: ______________

36
UNIDADE 2
TÓPICO 4

ERROS DE MEDIDAS

1 INTRODUÇÃO
Nas experiências que vamos realizar, procuramos definir o valor de
uma grandeza que já foi determinada alguma vez na história, e seu valor já
se encontra largamente divulgado na literatura científica. Esse valor conhecido
é chamado de valor padrão e o valor determinado a partir da experiência é
denominado valor medido. Em outras ocasiões, não temos nenhum valor de
referência, então, devemos substituir o valor padrão pelo valor mais provável,
que se trata da média aritmética das medidas. Na maior parte das vezes os
dois valores não correspondem exatamente, podendo divergir pouco ou muito.
Essa divergência entre o valor encontrado a partir da experiência e o valor
padrão recebe o nome de erro experimental. Vamos tratar desse assunto agora,
evidenciando três espécies de erros.

2 ERROS EXPERIMENTAIS
As causas de erro de medida podem ser de natureza da grandeza a
ser medida, do método de medida, da habilidade do experimentador e dos
instrumentos de medida que podem apresentar diferentes fidelidades e poder
de resolução. Os erros podem ser de três tipos: o erro grosseiro, o erro sistemático
e o erro acidental (ou aleatório).

Os erros grosseiros caracterizam-se pelo engano na leitura, engano de


unidade, erro de cálculo e deficiência técnica, como por exemplo o manuseio
inábil do instrumento.

Os erros sistemáticos caracterizam-se pelo erro de calibração do


instrumento, deslocamento do zero da escala, consequências de variações
térmicas e paralaxe. Os erros sistemáticos são causados por fontes identificáveis,
e, em princípio, podem ser eliminados ou compensados. Erros sistemáticos
fazem com que as medidas feitas estejam consistentemente acima ou abaixo
do valor real, prejudicando a exatidão da medida, olhe o primeiro esquema
ilustrativo da figura 8.

37
UNIDADE 2 | TRATAMENTO DOS DADOS EXPERIMENTAIS

Os erros aleatórios caracterizam-se pela avaliação do algarismo


duvidoso, condições flutuantes, como por exemplo a temperatura do ambiente e
natureza da grandeza a ser medida. Os erros aleatórios referem-se às flutuações,
para cima ou para baixo, que fazem com que aproximadamente a metade das
medidas de uma mesma grandeza numa mesma situação experimental esteja
desviada para mais, e a outra metade esteja desviada para menos. Os erros
aleatórios afetam a precisão da medida. Observe a figura 8, esquema do centro.
Nem sempre é possível identificar as fontes de erros aleatórios.

FIGURA 8 – ESQUEMA ILUSTRATIVO DE MEDIDAS.

FONTE: CRUZ, Carlos Henrique de Brito; FRAGNITO, Hugo Luís. Guia para Física Experimental.
Caderno de Laboratório, Gráficos e Erros. Versão 1.1, revista por CHBC e HLF em setembro de
1997. IFGW, Unicamp, 1997.

Os pontos representam os dados medidos e o alvo representa o valor padrão.

No primeiro caso temos erros sistemáticos, no segundo temos erros


aleatórios e por último ilustramos um resultado desejável.

3 CÁLCULO DO VALOR MAIS PROVÁVEL E O


CÁLCULO DO ERRO
Como os erros aleatórios tendem a desviar aleatoriamente as medidas
feitas, se forem realizadas muitas medições, aproximadamente a metade das
medidas estará acima e metade estará abaixo do valor correto. Por isso, o valor
mais provável de uma medida é a média aritmética das medidas

onde xi é o resultado da i-ésima medida e N é o número total de medidas feitas.

Exemplo 1: Numa experiência foram encontrados vários valores para a velocidade,


conforme a tabela a seguir:
38
TÓPICO 4 | ERROS DE MEDIDAS

TABELA 2 – DADOS OBSERVADOS.

FONTE:A autora.

Vamos encontrar o valor mais provável, utilizando a definição (1),

Assim, encontramos para valor mais provável da velocidade: 6,9 m/s.

O desvio de uma medida dx é o quanto o valor desta medida se encontra


longe do valor real. Por exemplo, quando anotamos uma medida da distância com
uma régua milimetrada, avaliamos o desvio como o erro provável máximo, sendo
a metade da menor divisão da escala. Podemos escrever a grandeza medida mais
o desvio estimado, 26,0mm ± 0,5mm. O desvio médio de uma série de medidas
é igual à média aritmética da soma dos valores absolutos dos desvios que afetam
cada medida. Desse modo, podemos definir o desvio médio como segue,

O cálculo da incerteza de uma medida pode possuir vários processos e


requer um profundo conhecimento estatístico do fenômeno. No entanto, existe
um consenso de que o “desvio padrão S representa bem a incerteza de uma
medida.” O desvio padrão S é calculado da seguinte maneira,

39
UNIDADE 2 | TRATAMENTO DOS DADOS EXPERIMENTAIS

Assim, escrevemos o valor da grandeza, resultante de uma série de medições do


seguinte modo,

Chegamos, finalmente, ao cálculo do erro percentual ou erro relativo, que é o erro


que afeta a grandeza medida, expresso como porcentagem do valor medido da
grandeza. Portanto, temos que

Exemplo 2: Vamos calcular o erro na aceleração da gravidade, medido


experimentalmente, 9,3 m/s2. Sabendo que o valor teórico é 9,8m/s2, substituímos
na fórmula (3).

Assim, podemos concluir que o erro na medida é de aproximadamente 5%.

40
RESUMO DO TÓPICO 4
Neste tópico, você viu que:

 Mostramos como utilizar o programa Origin para construir um gráfico cuja


reta é governada pela equação y(x) = a + bx.

 Aprendemos a extrair os coeficientes das informações fornecidas na linearização


executada pelo programa.

 Vimos como temos que comparar a equação da reta com o modelo teórico para
encontrar as grandezas procuradas na experiência.

41
AUTOATIVIDADE

Resolva as questões a seguir:

1 Diferencie valor padrão, valor medido e valor mais provável.

2 Cite e defina os três tipos de erros experimentais.

3 Encontre o valor médio da aceleração através dos dados da tabela abaixo.

TABELA 3 – DADOS OBSERVADOS.

FONTE: A autora.

4 Calcule o erro relativo, utilizando o valor médio encontrado no exercício


anterior, sabendo que o valor padrão da aceleração é 9,8 m/s2.'

42
UNIDADE 3

EXPERIMENTOS

OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM
A partir desta unidade, você será capaz de:

• construir gráficos com os dados coletados e interpretar os resultados con-


frontando os dados com a teoria;

• identificar causas de erros e escolher os modelos que mais se encaixam


com os fenômenos físicos, criando estratégias de ação e análise para situa-
ções reais.

PLANO DE ESTUDOS
A Unidade 3 está dividida em nove tópicos. Na introdução, você revisa seus
conhecimentos sobre o assunto abordado na experiência relacionando as
grandezas bem como seus modelos teóricos, esta parte é apenas uma visão
resumida para direcioná-lo, não dispensa o estudo em casa dos livros su-
geridos nas referências. Em seguida é apresentado o procedimento que tem
por objetivo direcionar os passos necessários a coleta dos dados. Por fim, na
conclusão, o acadêmico responde às questões e atividades propostas.

TÓPICO 1 – TRILHO DE AR

TÓPICO 2 – RAMPA

TÓPICO 3 – QUEDA LIVRE

TÓPICO 4 – LEI DE HOOKE

TÓPICO 5 – HIDROSTÁTICA

TÓPICO 6 – DILATÔMETRO

TÓPICO 7 – CALORIMETRIA

TÓPICO 8 – LEI DE OHM

TÓPICO 9 – ASSOCIAÇÃO DE RESISTORES

43
44
UNIDADE 3
TÓPICO 1

TRILHO DE AR

1 INTRODUÇÃO
Em Mecânica, estudamos o movimento retilíneo, em que o corpo se
desloca apenas em trajetórias retas. Assim, a aceleração e a velocidade, se variarem,
o fazem apenas em módulo ou sentido, jamais em direção. Os movimentos
retilíneos dividem-se em movimento retilíneo uniforme (MRU) e o movimento
retilíneo uniformemente variado (MRUV).

No movimento retilíneo uniforme (MRU), o vetor velocidade é constante


no decorrer do tempo (não varia em módulo, sentido ou direção) sendo, portanto,
a aceleração, nula. O corpo se desloca a distâncias iguais, em intervalos de tempo
iguais. Note que, uma vez que não há aceleração, sobre qualquer corpo em MRU
a resultante das forças aplicadas é nula (F = ma = 0), caracterizando a primeira lei
de Newton - Lei da Inércia. Uma das características dele é que sua velocidade, em
qualquer instante, é igual à velocidade média,

FIGURA 9 - O CORPO SE DESLOCA NUMA TRAJETÓRIA RETILÍNEA COM VELOCIDADE


CONSTANTE CARACTERIZANDO UM MRU.

FONTE: A autora.

Do movimento do corpo da figura acima, temos

a velocidade do corpo é de 5m/s e é constante, ou seja, o corpo percorreu a mesma


distância no mesmo intervalo de tempo.

A função horária representa o endereço do corpo no tempo, ou seja, ela


fornece a sua posição em qualquer tempo. A função horária x = f(t) é dada como segue,

45
UNIDADE 3 | EXPERIMENTOS

Onde, x é a posição, x0 é a posição inicial, v é a velocidade e t o tempo.

O movimento retilíneo uniformemente variado (MRUV) é aquele em


que o corpo sofre aceleração constante. Para que o movimento continue sendo
retilíneo, a aceleração deve ter a mesma direção da velocidade. Se aceleração tem
o mesmo sentido da velocidade, o movimento é chamado de Movimento Retilíneo
Uniformemente Acelerado. Se a aceleração tem sentido contrário da velocidade,
o movimento é chamado de Movimento Retilíneo Uniformemente Retardado. A
aceleração do corpo pode ser determinada encontrando a razão entre a variação
da velocidade pela variação do tempo,

Desta equação podemos deduzir uma equação para a velocidade, cujo resultado é,

Onde, v é a velocidade, v0 é a velocidade inicial, a é a aceleração e t o tempo.

A função horária x = f(t) do movimento de um corpo com aceleração


constante e trajetória retilínea (MRUV) é,

Onde, x é a posição, x0 é a posição inicial, v0 é a velocidade inicial, a é a aceleração


e t o tempo.

2 PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL
MRU – Movimento Retilíneo Uniforme

Material Necessário:

• trilho de ar;
• cronômetro digital com fonte de DC (0 - 12 V);
• sensor START (S1) com suporte fixador;
• sensor STOP (S2) com suporte fixador;
• eletroímã com dois bornes e suporte fixador;
• chave liga desliga com 4 bornes;
• roldana raiada com 02 micro rolamentos e suporte fixador;
• 1 massa aferida de 10 g;
• 2 massas aferidas de 20 g;
• porta-pesos (5g);

46
TÓPICO 1 | TRILHO DE AR

• cabos de ligação especial com 6 pinos banana;


• fonte de fluxo de ar e mangueira;
• carrinho e acessórios.

Procedimentos:

1- Verificar se o experimento está montado conforme o esquema a seguir.

FIGURA 10 – ESQUEMA DA MONTAGEM DO EXPERIMENTO MRU – MOVIMENTO RETILÍNEO


UNIFORME.

FONTE: A autora.

47
UNIDADE 3 | EXPERIMENTOS

2- Para completar a montagem do equipamento, devemos observar se o trilho


está exatamente na horizontal.

3- Observar se o eletroímã está conectado corretamente no extremo do trilho e


fazer um ajuste para que o centro do carrinho fique numa posição inicial igual
a 0,200m.

4- Posicionar o primeiro sensor que aciona o cronômetro na posição x0 = 0,300m


(posição inicial) e verificar se está conectado ao terminal START (S1) do
cronômetro. A medida 0,100m fica compreendida entre o meio do sensor ao
centro do carrinho (manter constante esta medida).

5- Posicionar o segundo sensor, que desliga o cronômetro, na posição x = 0,400m


(posição final) e verificar se está conectado ao terminal STOP (S2) do cronômetro.

6- Verificar se a roldana está presa na outra extremidade do trilho.

7- Verificar se o eletroímã está ligado à fonte de tensão em série, com a chave liga
e desliga.

8- Fixar o carrinho no eletroímã e ajustar a tensão aplicada ao eletroímã para que


o carrinho não fique muito fixo.

9- Prender uma extremidade do barbante ao carrinho.

10- Colocar uma massa de 35 g na outra extremidade do barbante.

(OBS. O comprimento do barbante é fundamental para este experimento. O


seu comprimento deve garantir que a massa da ponta toque o chão antes que o
carrinho passe pelo primeiro sensor).

FIGURA 11 – ESQUEMA DA MONTAGEM DO EXPERIMENTO MRU – MOVIMENTO


RETILÍNEO UNIFORME.

FONTE: A autora.

48
TÓPICO 1 | TRILHO DE AR

11- Desligar o eletroímã liberando o carrinho e anotar na tabela o tempo indicado


pelo cronômetro.

12- Repetir os procedimentos 8, 9, 10 e 11, três vezes e anotar os valores de tempo


na tabela.

13- Reposicionar o segundo sensor para x = 0,500m e repetir os procedimentos 12.

14- Reposicionar o segundo sensor para x = 0,600m e repetir os procedimentos 12.

15- Reposicionar o segundo sensor para x = 0,700m e repetir os procedimentos 12.

16- Reposicionar o segundo sensor para x = 0,900m e repetir os procedimentos 12.

17- Reposicionar o segundo sensor para x = 1,000m e repetir os procedimentos 12.

TABELA 4 – DADOS OBSERVADOS.

FONTE: A autora.

18- Reposicionar o segundo sensor para x = 0,400m.

19- Colocar uma massa de 55 g na outra extremidade do barbante.


(OBS. O comprimento do barbante é fundamental para este experimento. O
seu comprimento tem que garantir que a massa da ponta do toque o chão antes
que o carrinho passe pelo primeiro sensor).

20- Desligar o eletroímã, liberando o carrinho e anotar na tabela o tempo indicado


pelo cronômetro.

21- Repetir os procedimentos 8, 9, 18 e 11 três vezes e anotar os valores de tempo


na tabela.

22- Reposicionar o segundo sensor para x = 0,500 m e repetir os procedimentos 20.

49
UNIDADE 3 | EXPERIMENTOS

23- Reposicionar o segundo sensor para x = 0,600m e repetir os procedimentos 20.

24- Reposicionar o segundo sensor para x = 0,700m e repetir os procedimentos 20.

25- Reposicionar o segundo sensor para x = 0,800m e repetir os procedimentos 20.

26- Reposicionar o segundo sensor para x = 0,900m e repetir os procedimentos 20.

27- Reposicionar o segundo sensor para x = 1,000m e repetir os procedimentos 20.

TABELA 5 – DADOS OBSERVADOS.

FONTE: A autora.

MRUV – MOVIMENTO RETILÍNEO UNIFORMEMENTE ACELERADO

Material Necessário:

• trilho de ar;
• cronômetro digital com fonte de DC (0 - 12 V);
• sensor STOP (S2) com suporte fixador;
• eletroímã com dois bornes e suporte fixador;
• chave liga desliga com quatro bornes,
• roldana raiada com dois microrrolamentos e suporte fixador;
• 1 massa aferida de 10 g;
• 2 massas aferidas de 20 g;
• porta-pesos (5 g);
• cabos de ligação especial com seis pinos banana;
• fonte de fluxo de ar e mangueira;
• carrinho e acessórios.

Procedimentos:

1- Verificar se o experimento esta montado conforme o esquema a seguir.

50
TÓPICO 1 | TRILHO DE AR

FIGURA 12 – ESQUEMA DA MONTAGEM DO EXPERIMENTO MRUV – MOVIMENTO RETILÍNEO


UNIFORMEMENTE ACELERADO.

FONTE: A autora.

2- Para completar a montagem do equipamento, devemos observar se o trilho


está exatamente na horizontal.

3- Verificar se o cronômetro está conectado à chave liga/desliga.

4- Posicionar o segundo sensor S2 (STOP) que desliga o cronômetro de modo a


existir entre ele e a posição de repouso do carrinho uma distância Δx igual a
0,100 m. (este deslocamento deve ser medido entre o pino central do carrinho e
o centro do sensor (S2) STOP).

5- Verificar se a roldana está presa à outra extremidade do trilho.

51
UNIDADE 3 | EXPERIMENTOS

6- Verificar se o eletroímã está ligado à fonte de tensão em série com a chave liga
e desliga.

7- Fixar o carrinho no eletroímã e ajustar a tensão aplicada ao eletroímã para que


o carrinho não fique muito fixo.

8- Prender uma extremidade do barbante ao carrinho.

9- Colocar uma massa de 35 g na outra extremidade do barbante.

(OBS. - O comprimento do barbante é fundamental para este experimento. O


seu comprimento tem que garantir que a massa da ponta não toque o chão
antes que o carrinho passe pelo sensor S2).

FIGURA 13 – ESQUEMA DA MONTAGEM DO EXPERIMENTO MRU – MOVIMENTO RETILÍNEO


UNIFORME.

FONTE: A autora.

10- Zerar o cronômetro.

11- Desligar o eletroímã liberando o carrinho e anotar na tabela o tempo indicado


pelo cronômetro.

12- Repetir os procedimentos três vezes e anotar os valores de tempo na tabela.

13- Reposicionar o segundo sensor para Δx = 0,200 m e repetir os procedimentos.

14- Reposicionar o segundo sensor para Δx = 0,300 m e repetir os procedimentos.

15- Reposicionar o segundo sensor para Δx = 0,400 m e repetir os procedimentos.

16- Reposicionar o segundo sensor para Δx = 0,500 m e repetir os procedimentos.

52
TÓPICO 1 | TRILHO DE AR

17- Reposicionar o segundo sensor para Δx = 0,600 m e repetir os procedimentos.

18- Reposicionar o segundo sensor para Δx = 0,700 m e repetir os procedimentos.

19- Reposicionar o segundo sensor para Δx = 0,800 m e repetir os procedimentos.

TABELA 6 – DADOS OBSERVADOS.

FONTE: A autora.

20- Reposicionar o segundo sensor para Δx = 0,100 m.

21- Colocar uma massa de 55g na outra extremidade do barbante.

(OBS. - O comprimento do barbante é fundamental para este experimento. O seu


comprimento tem que garantir que a massa da ponta não toque o chão antes que
o carrinho passe pelo sensor S2).

22- Desligar o eletroímã liberando o carrinho e anotar na tabela o tempo indicado


pelo cronômetro.

23- Repetir os procedimentos três vezes e anotar os valores de tempo na tabela.

24- Reposicionar o segundo sensor para Δx = 0,200 m e repetir os procedimentos.

25- Reposicionar o segundo sensor para Δx = 0,300 m e repetir os procedimentos.

26- Reposicionar o segundo sensor para Δx = 0,400 m e repetir os procedimentos.

27- Reposicionar o segundo sensor para Δx = 0,500 m e repetir os procedimentos.

28- Reposicionar o segundo sensor para Δx = 0,600 m e repetir os procedimentos.

29- Reposicionar o segundo sensor para Δx = 0,700 m e repetir os procedimentos.

53
UNIDADE 3 | EXPERIMENTOS

30- Reposicionar o segundo sensor para Δx = 0,800 m e repetir os procedimentos.

TABELA 7 – DADOS OBSERVADOS.

FONTE: A autora.

3 ATIVIDADES E QUESTIONÁRIO.
1. Defina movimento retilíneo uniforme.

2. Defina velocidade e dê a sua unidade no sistema internacional de medidas.

3. Defina movimento retilíneo uniformemente variado.

4. Defina aceleração e dê a sua unidade no sistema internacional de medidas.

5. Qual a diferença entre um movimento acelerado e um retardado.

6. Com os dados da tabela 4, construir o gráfico x x tm, e determinar a velocidade


do carrinho pela inclinação da reta.

7. Com os dados da tabela 4, construir o gráfico v x tm, e determinar a aceleração


do carrinho pela inclinação da reta.

8. Com os dados da tabela 5, construir o gráfico x x tm, e determinar a velocidade


do carrinho pela inclinação da reta.

9. Com os dados da tabela 5 construir o gráfico v x tm, e determinar a aceleração


do carrinho pela inclinação da reta.

10. Considerando dentro da tolerância de erro (5%) nos valores encontrados nas
tabelas 4 e 5, pode-se afirmar que a velocidade permaneceu constate em cada
caso? Em caso negativo, explique.

54
TÓPICO 1 | TRILHO DE AR

11. Com os dados da tabela 6, construir o gráfico x x tm. Qual a aparência da curva?

12. Com os dados da tabela 6, construir o gráfico v x tm, e determinar a aceleração


do carrinho pela inclinação da reta.

13. Com os dados da tabela 6, construir o gráfico x x tm2, e determinar a aceleração


do carrinho pela inclinação da reta.

14. Considerando dentro da tolerância de erro (5%) nos valores encontrados nos
itens 12 e 13, pode-se afirmar que a aceleração permaneceu constate, em cada
caso acima? Em caso negativo, explique.

15. Com os dados da tabela 7, construir o gráfico x x tm. Qual a aparência da curva?

16. Com os dados da tabela 7, construir o gráfico v x tm, e determinar a aceleração


do carrinho pela inclinação da reta.

17. Com os dados da tabela 7, construir o gráfico x x tm2 e determinar a aceleração


do carrinho pela inclinação da reta.

18. Considerando dentro da tolerância de erro (5%) nos valores encontrados nos
itens 16 e 17, pode-se afirmar que a aceleração permaneceu constate em cada
caso? Em caso negativo, explique.

19. O que o grupo e você acharam do experimento? Pode ser melhorado? Em caso
afirmativo, de que maneira poder-se-ia proceder?

55
RESUMO DO TÓPICO 1

Neste tópico, você viu que:

 Com o estudo desta unidade, você teve oportunidade de aprofundar seus


conhecimentos sobre os movimentos retilíneos. Pôde comprovar, na prática, a
diferença entre um movimento retilíneo uniforme e um movimento retilíneo
uniformemente variado.

 Você pôde verificar o princípio da inércia e o princípio fundamental enunciado


por Isaac Newton. Percebeu, ainda, a presença da aceleração em um sistema
com uma força resultante não nula.

 Viu, através dos gráficos, como a velocidade varia com a presença de uma
aceleração diferente de zero.

56
UNIDADE 3
TÓPICO 2

RAMPA

1 INTRODUÇÃO
A introdução referente ao MRU é encontrada na introdução do Tópico 1.
Vamos dar sequência ao conteúdo, apresentando o conceito de energia mecânica.

A energia tem um conceito muito abrangente e, por isso, muito abstrato


e difícil de ser definido em poucas palavras. Usando a experiência do nosso dia
a dia, poderíamos dizer que a energia é algo que é capaz de originar mudanças
no mundo. A queda de um corpo. A correnteza de um rio. A rachadura em uma
parede. O vôo de um pássaro. A remoção de uma colina. A construção de uma
represa. Em todos esses casos podemos notar a presença da energia.

Vamos nos restringir aqui à definição de energia, em mecânica (EM), como


a capacidade de realizar trabalho. Um conceito completo inclui outras áreas como
calor, luz, eletricidade, etc. Por enquanto, basta pensar na energia, como algo que
pode ser transferido por meio de forças. A energia mecânica total de um sistema
é a soma da energia potencial (EP) com a energia cinética (EC), isto é, EM = EP + EC.
E no caso de um sistema conservativo, a energia mecânica obedece ao princípio
de conservação, EMi = EMf. Lembrando das definições estudadas na disciplina de
Física Geral, podemos escrever

57
UNIDADE 3 | EXPERIMENTOS

onde, na energia mecânica inicial tomamos os valores iniciais da


velocidade vi e da altura hi e, na energia mecânica final, seus valores finais, vf e
hf. Lembrando que a unidade da energia no SI é o Joule (J).

2 PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL
MRU – Movimento Retilíneo Uniforme e Energia Mecânica

Material Necessário:

• rampa;

• cronômetro digital com fonte de DC (0 – 12V);

• sensor STOP (S2), com suporte fixador;

• sensor START (S1), com suporte fixador;

• eletroímã com suporte fixador;

• chave liga/desliga;

• cabos de Ligações;

• 2 Esferas.

ESFERA 1 (esfera maior)

Procedimentos:

1- Verificar se o experimento está montado conforme a figura a seguir.

58
TÓPICO 2 | RAMPA

FIGURA 14 – ESQUEMA DA MONTAGEM DO EXPERIMENTO MRU – MOVIMENTO RETILÍNEO


UNIFORME E ENERGIA MECÂNICA

FONTE: A autora.

2- Para completar a montagem do equipamento, devemos observar se o trilho


está exatamente na horizontal.

3- Observar se o eletroímã está conectado corretamente no extremo do trilho.

4- Observar se o primeiro sensor (S1), que aciona o cronômetro, está na posição x0


= 0,000 m (posição inicial) e conectado ao cabo terminal START do cronômetro.

5- Observar se o segundo sensor (S2), que desliga o cronômetro, está na posição x


= 0,100 m (posição inicial) e conectado ao cabo terminal STOP do cronômetro.

6- Verificar se o eletroímã está ligado à fonte de tensão em série, com a chave liga
e desliga.

7- Medir a massa da esfera 1 e fixá-la ao eletroímã já ligado.

8- Desligar o eletroímã, liberando a esfera e anotar o tempo indicado pelo


cronômetro na tabela 7.

9- Repetir o procedimento 8, cinco vezes, e anotar os valores de tempo na tabela 7.

10- Reposicionar o segundo sensor para x = 0,200 m e repetir os procedimentos 8 e 9.

11- Reposicionar o segundo sensor para x = 0,300 m e repetir os procedimentos 8 e 9.


59
UNIDADE 3 | EXPERIMENTOS

12- Reposicionar o segundo sensor para x = 0,400 m e repetir os procedimentos 8 e 9.

13- Reposicionar o segundo sensor para x = 0,500 m e repetir os procedimentos 8 e 9.

TABELA 8 – DADOS OBSERVADOS.

FONTE: A autora.

ESFERA 2 (esfera menor)

Procedimentos:
1- Verificar se o experimento está montado conforme a figura a seguir.

FIGURA 15 – ESQUEMA DA MONTAGEM DO EXPERIMENTO MRU – MOVIMENTO RETILÍNEO


UNIFORME E ENERGIA MECÂNICA

FONTE: A autora.

60
TÓPICO 2 | RAMPA

2- Para completar a montagem do equipamento, devemos observar se o trilho está


exatamente na horizontal.

3- Observar se o eletroímã está conectado corretamente no extremo do trilho.

4- Observar se o primeiro sensor (S1), que aciona o cronômetro, está na posição x0 =


0,000 m (posição inicial) e conectado ao cabo terminal START do cronômetro.

5- Observar se o segundo sensor (S2), que desliga o cronômetro, está na posição x =


0,100 m (posição inicial) e conectado ao cabo terminal STOP do cronômetro.

6- Verificar se o eletroímã está ligado à fonte de tensão em série com a chave liga e
desliga.

7- Medir a massa da esfera 2 e fixá-la no eletroímã já ligado.

8- Desligar o eletroímã liberando a esfera e anotar o tempo indicado pelo cronômetro


na tabela 9.

9- Repetir o procedimento 8, cinco vezes e anotar os valores de tempo na tabela 9.

10- Reposicionar o segundo sensor para x = 0,200 m e repetir os procedimentos 8 e 9.

11- Reposicionar o segundo sensor para x = 0,300 m e repetir os procedimentos 8 e 9.

12- Reposicionar o segundo sensor para x = 0,400 m e repetir os procedimentos 8 e 9.

13- Reposicionar o segundo sensor para x = 0,500 m e repetir os procedimentos 8 e 9.

TABELA 9 – DADOS OBSERVADOS.

FONTE: A autora.

61
UNIDADE 3 | EXPERIMENTOS

3 ATIVIDADES E QUESTIONÁRIO
1. Defina movimento retilíneo uniforme.

2. Defina velocidade e qual é a sua unidade no sistema internacional de medidas.

3. Conceitue energia cinética e energia potencial gravitacional e quais são suas


unidades no sistema internacional de medidas.

4. Com os dados da tabela 8, construir o gráfico x x tm, e determinar a velocidade


da esfera pela inclinação da reta.

5. Com os dados da tabela 9, construir o gráfico x x tm, e determinar a velocidade


da esfera pela inclinação da reta.

6. Considerando dentro da tolerância de erro (5%) nos valores encontrados nas


tabelas 8 e 9, pode-se afirmar que a velocidade permaneceu constate em cada
caso? Em caso negativo, explique.

7. A massa ou o tamanho das esferas interferiram no experimento? Comente.

8. Determine a energia potencial gravitacional de cada esfera no ponto de


lançamento, em relação ao plano horizontal da calha.

9. Pelo princípio da conservação da energia, a energia cinética da esfera na parte


horizontal da calha é igual à energia potencial gravitacional da esfera no ponto
de lançamento. Com o valor da energia potencial gravitacional encontrado no
item 8, determine a velocidade de cada esfera, na parte horizontal da calha.
Existe alguma diferença entre os valores encontrados neste item e os do item 4?
Em caso afirmativo, explique.

10. O que o grupo e você acharam do experimento? Pode ser melhorado? Em caso
afirmativo, de que maneira isso poderia ser feito?

62
RESUMO DO TÓPICO 2

Neste tópico, vimos:

 Energia mecânica relacionada aos movimentos estudados no tópico anterior.

 Definimos, também, energia potencial e energia cinética.

 Exploramos o conceito de conservação da energia mecânica em sistemas


conservativos.

63
64
UNIDADE 3
TÓPICO 3

QUEDA LIVRE

1 INTRODUÇÃO

UNI

As definições de MRUV e Energia Mecânica são encontradas nas introduções


do Tópico 1 e 2.

Uma vez que nas proximidades da Terra o campo gravitacional pode ser
considerado uniforme, a queda livre dos corpos, em regiões próxima à Terra, é
um movimento retilíneo uniformemente variado, ignorando-se os efeitos da força
de arrasto. Podemos escrever a equação horária para queda livre como sendo,

onde, y é a posição vertical, y0 é a posição vertical inicial, v0 é a velocidade inicial,


g
é a aceleração da gravidade e t o tempo.

2 PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL
Material necessário:

• cronômetro digital;

• sensores para acionamento e parada do cronômetro;

• trilho vertical em alumínio, com tripé;


• eletroímã com cabos de ligação e interruptor;

• 2 Esferas de aço.

ESFERA 1 (esfera maior)

65
UNIDADE 3 | EXPERIMENTOS

Procedimentos;

1- Verificar se o experimento está montado conforme a figura a seguir.

FIGURA 16 – ESQUEMA DA MONTAGEM DO EXPERIMENTO QUEDA LIVRE.

FONTE: A autora.

2- Verificar se o eletroímã está acoplado na extremidade do trilho e conectado aos


bornes da fonte DC, existente no próprio cronômetro, intercalado com a chave
liga/desliga no circuito.

3- Observar se o cabo START (S1) do cronômetro está ligado na chave liga e desliga.

4- Observar se o sensor STOP (S2) está 10 cm abaixo da esfera quando presa ao


eletroímã (prestar atenção no diâmetro da esfera e na posição em que ela para
a contagem do tempo).

5- Verificar se o cabo do sensor STOP (S2) está conectado ao terminal do cronômetro.

6- Ligar o cronômetro na tomada (prestar atenção com a tensão na tomada).

7- Ligar o eletroímã.

66
TÓPICO 3 | QUEDA LIVRE

8- Medir a massa da esfera 1 e colocá-la em contato com o eletroímã.

9- Desligar o eletroímã, liberando a esfera, fazendo a leitura e anotando na tabela


10 o tempo gasto para percorrer a distância vertical em questão.

10- Repetir os procedimentos 7, 8 e 9 cinco vezes.

11- Reposicionar o sensor STOP 20 cm abaixo da esfera quando presa ao eletroímã.

12- Repetir os procedimentos 7, 8 e 9 cinco vezes.

13- Reposicionar o sensor STOP 30 cm abaixo da esfera quando presa ao eletroímã.

14- Repetir os procedimentos 7, 8 e 9 cinco vezes.

15- Reposicionar o sensor STOP 40 cm abaixo da esfera quando presa ao eletroímã.

16- Repetir os procedimentos 7, 8 e 9 cinco vezes.

17- Reposicionar o sensor STOP 50 cm abaixo da esfera quando presa ao eletroímã.

18- Repetir os procedimentos 7, 8 e 9 cinco vezes.

19- Reposicionar o sensor STOP 60 cm abaixo da esfera quando presa ao eletroímã.

20- Repetir os procedimentos 7, 8 e 9 cinco vezes.

TABELA 10 – DADOS OBSERVADOS.

FONTE: A autora.

67
UNIDADE 3 | EXPERIMENTOS

ESFERA 2 (esfera menor)

Procedimentos;

1- Verificar se o experimento está montado conforme a foto a seguir:

FIGURA 17 – ESQUEMA DA MONTAGEM DO EXPERIMENTO QUEDA LIVRE.

FONTE: A autora.

2- Verificar se o eletroímã esta acoplado à extremidade do trilho e conectado aos


bornes da fonte DC, existente no próprio cronômetro, intercalado com a chave
liga/desliga no circuito.

3- Observar se o cabo START (S1) do cronômetro está ligado à chave liga e desliga.

4- Observar se o sensor STOP (S2) está 10 cm abaixo da esfera, quando presa ao


eletroímã (prestar atenção no diâmetro da esfera e na posição em que ela para
a contagem do tempo).

5- Verificar se o cabo do sensor STOP (S2) está conectado ao terminal do cronômetro.

6- Ligar o cronômetro à tomada (prestar atenção para a tensão na tomada).

7- Ligar o eletroímã.

68
TÓPICO 3 | QUEDA LIVRE

8- Medir a massa da esfera 2 e colocá-la em contato com o eletroímã.

9- Desligar o eletroímã, liberando a esfera, fazendo a leitura e anotando na tabela


11 o tempo gasto para percorrer a distância vertical em questão.

10- Repetir os procedimentos 7, 8 e 9 cinco vezes.

11- Reposicionar o sensor STOP 20 cm abaixo da esfera, quando presa ao eletroímã.

12- Repetir os procedimentos 7, 8 e 9 cinco vezes.

13- Reposicionar o sensor STOP 30 cm abaixo da esfera, quando presa ao eletroímã.

14- Repetir os procedimentos 7, 8 e 9 cinco vezes.

15- Reposicionar o sensor STOP 40 cm abaixo da esfera, quando presa ao eletroímã.

16- Repetir os procedimentos 7, 8 e 9 cinco vezes.

17- Reposicionar o sensor STOP 50 cm abaixo da esfera, quando presa ao eletroímã.

18- Repetir os procedimentos 7, 8 e 9 cinco vezes.

19- Reposicionar o sensor STOP 60 cm abaixo da esfera, quando presa ao eletroímã.

20- Repetir os procedimentos 7, 8 e 9 cinco vezes.

TABELA 11– DADOS OBSERVADOS.

FONTE: A autora.

3 ATIVIDADES E QUESTIONÁRIO
1 Com os dados da tabela 10, calcular a aceleração da gravidade para cada medida
e a velocidade da esfera ao passa pelo sensor STOP.

69
UNIDADE 3 | EXPERIMENTOS

TABELA 12 – DADOS OBSERVADOS.

FONTE: A autora.

Com os dados da Tabela 12:

2. Calcular a Energia Potencial Gravitacional (Ep) da Esfera presa ao eletroímã em


relação ao sensor STOP, para cada medida e anotar na tabela 13.

3. Calcular a Energia Cinética (Ecv) da esfera em função da velocidade da mesma


ao passar pelo sensor STOP, para cada medida e anotar na tabela 13.

4. Calcular a Energia Cinética (Ecp) da esfera em função da Energia Potencial


Gravitacional da mesma, calculada no item 2, e anotar na tabela 13.

5. Calcular o erro percentual entre os valores encontrados nos itens 4 e 5 e anotar


na tabela 13.

TABELA 13 – DADOS OBSERVADOS.

FONTE: A autora

6. Construir os seguintes gráficos:

• Altura x tempo (Y x t) – gráfico 01

70
TÓPICO 3 | QUEDA LIVRE

• Altura x tempo2 (Y x t2) – gráfico 02

• Altura x velocidade (Y x v) – gráfico 03

• Altura x Ener. Potencial (Y x Ep) – gráfico 04

7. Determinar, através da inclinação da reta do gráfico 2, a aceleração da gravidade.

8. Determinar, através da inclinação da reta do gráfico 4, o coeficiente angular da


reta e dizer qual é o seu significado físico.

9. Com os dados da tabela 11, calcular a aceleração da gravidade para cada medida
e a velocidade da esfera ao passa pelo sensor STOP.

TABELA 14 – DADOS OBSERVADOS.

FONTE: A autora

Com os dados da Tabela 14:

10 Calcular a Energia Potencial Gravitacional da Esfera presa ao eletroímã, em


relação ao sensor STOP, para cada medida e anotar na tabela 15.

11 Calcular a Energia Cinética (Ecv) da esfera em função da velocidade da mesma,


ao passar pelo sensor STOP, para cada medida e anotar na tabela 15.

12 Calcular a Energia Cinética (Ecp) da esfera em função da Energia Potencial


Gravitacional da mesma, calculada no item 10 e anotar na tabela 15.

13 Calcular o erro percentual entre os valores encontrados nos itens 4 e 5 e anotar


na tabela 15.

71
UNIDADE 3 | EXPERIMENTOS

TABELA 15 – DADOS OBSERVADOS.

FONTE: A autora

14. Construir os seguintes gráficos:

• Altura x tempo (Y x t) – gráfico 05

• Altura x tempo2 (Y x t2) – gráfico 06

• Altura x velocidade (Y x v) – gráfico 07

• Altura x Energia Potencial (Y x Ep) – gráfico 08

15. Determinar, através da inclinação da reta do gráfico 6, a aceleração da


gravidade.

16. Determinar, através da inclinação da reta do gráfico 8, o coeficiente angular da


reta e qual o seu significado físico.

17. O que o grupo e você acharam do experimento? Pode ser melhorado? Em caso
afirmativo, de que maneira isso poderia ser feito?

72
RESUMO DO TÓPICO 3

Neste tópico, você viu que:

• Foi possível, relacionar os conceitos abordados nos dois tópicos anteriores a


um movimento de queda livre próximo à superfície da Terra.

• Abordamos o conceito de aceleração da gravidade devido à presença da força


atrativa entre corpos massivos.

• Percebemos que o movimento de queda livre é um bom exemplo de um


movimento retilíneo uniformemente variado.

73
74
UNIDADE 3
TÓPICO 4

LEI DE HOOKE

1 INTRODUÇÃO
Existe uma miscelânea de forças de interação, e a caracterização de tais
forças é um trabalho de caráter puramente experimental. Entre as forças de
interação que figuram mais frequentemente ao nosso redor são as chamadas
forças elásticas, isto é, forças que são exercidas por sistemas elásticos quando
sofrem deformações. Não conhecemos corpos perfeitamente rígidos, uma
vez que todos os experimentados até hoje sofrem deformações mais ou menos
apreciáveis quando submetidos à ação de forças, entendendo-se por deformação
de um corpo uma alteração na forma, ou nas dimensões do corpo considerado.
Dizemos que uma deformação é elástica quando desaparece com a retirada das
forças que a originaram. Dizemos que um sistema é elástico quando são elásticas
as deformações que ele pode experimentar.

Em 1660, o físico inglês R. Hooke (1635-1703), observando o comportamento


mecânico de uma mola, descobriu que as deformações elásticas obedecem a
uma lei muito simples. Ele descobriu que quanto maior é o peso de um corpo
suspenso a uma das extremidades de uma mola (cuja outra extremidade está fixa
no suporte) maior é a deformação sofrida pela mola. Analisando outros sistemas
elásticos, Hooke verificou que existia sempre proporcionalidade entre a força de
restituição e a deformação elástica produzida. Enunciou, então, o resultado das
suas observações sob forma de uma lei geral, conhecida como lei de Hooke:

O fator k, que é característico da mola considerada, é denominado constante da


mola.

2 PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL
Material Necessário:

• Base universal c/ régua vertical

• Molas

• Massa aferida

75
UNIDADE 3 | EXPERIMENTOS

• Porta peso

• Suporte para molas.

I. Determinar a constante elástica da mola de maior diâmetro (mola A).

Procedimentos:

1- Verificar se o suporte (barra horizontal) de molas está fixado à base universal.

2- Verificar se a régua vertical está devidamente fixada à base universal.

3- Pendurar a mola de maior diâmetro no suporte de molas.

4- Pendurar na extremidade inferior da mola o porta-peso.

5- Alinhar o marcador vermelho da régua com a extremidade inferior da mola.

FIGURA 18 – ESQUEMA DA MONTAGEM DO EXPERIMENTO LEI DE HOOKE.

FONTE: A autora.

5- Anotar na tabela 16 a posição inicial da mola.

6- Acrescentar ao porta-peso uma massa aferida de 50g de cada vez e anotar na


tabela 16 a posição final da mola, com o auxilio do segundo marcador vermelho.
São seis (6) massas aferidas de 50 g cada. Observar se a mola não ultrapassa o
comprimento máximo da régua.

76
TÓPICO 4 | LEI DE HOOKE

TABELA 16 – DADOS OBSERVADOS.

FONTE: A autora

II. Determinar a constante elástica da mola de diâmetro médio (mola B).

Procedimentos:

1- Verificar se o suporte (barra horizontal) de molas está fixado na base universal.

2- Verificar se a régua vertical está devidamente fixada à base universal.

3- Pendurar a mola de diâmetro médio no suporte de molas.

4- Pendurar à extremidade inferior da mola o porta-peso.

5- Alinhar o marcador vermelho da régua com a extremidade inferior da mola.

6- Anotar na tabela 17 a posição inicial da mola.

7- Acrescentar ao porta-peso uma massa aferida de 50 g de cada vez e anotar na


tabela 17 a posição final da mola com o auxilio do segundo marcador vermelho.
São seis (6) massas aferidas de 50 g cada. Observar se a mola não ultrapassa o
comprimento máximo da régua.

TABELA 17 – DADOS OBSERVADOS.

FONTE: A autora

77
UNIDADE 3 | EXPERIMENTOS

III. Determinar a constante elástica da mola de menor diâmetro (mola C).

Procedimentos:

1- Verificar se o suporte (barra horizontal) de molas está fixado na base universal.

2- Verificar se a régua vertical está devidamente fixada à base universal.

3- Pendurar a mola de menor diâmetro no suporte de molas.

4- Pendurar na extremidade inferior da mola o porta-peso.

5- Alinhar o marcador vermelho da régua com a extremidade inferior da mola.

6- Anotar na tabela 18 a posição inicial da mola.

7- Acrescentar ao porta-peso uma massa aferida de 50 g de cada vez e anotar na


tabela 18 a posição final da mola com o auxilio do segundo marcador vermelho.
São seis (6) massas aferidas de 50 g cada. Observar se a mola não ultrapassa o
comprimento máximo da régua.

TABELA 18 – DADOS OBSERVADOS.

FONTE: A autora

8- Construir o gráfico 3 (Peso x posição) com os dados da tabela 18.

9- Determinar através do gráfico da tabela 18 a constante elástica da mola C.

ASSOCIAÇÃO DE MOLAS

ASSOCIAÇÃO DE MOLAS EM SÉRIE

IV. Determinar a constante elástica da associação em série.

Procedimentos:
1- Verificar se o suporte (barra horizontal) de molas está fixada na base universal.
78
TÓPICO 4 | LEI DE HOOKE

2- Verificar se a régua vertical está devidamente fixada à base universal.

3- Pendurar a mola C no suporte de molas. Pendurar a segunda mola C na


extremidade inferior da primeira mola.

4- Pendurar na extremidade inferior da segunda mola o porta-peso.

5- Alinhar o marcador vermelho da régua com a extremidade inferior da mola.

6- Anotar na tabela 19 a posição inicial da mola.

7- Acrescentar ao porta-peso uma massa aferida de 50 g de cada vez e anotar na


tabela 19 a posição final da mola com o auxilio do segundo marcador vermelho.
São seis (6) massas aferidas de 50 g cada. Observar se a mola não ultrapassa o
comprimento máximo da régua.

TABELA 19 – DADOS OBSERVADOS.

FONTE: A autora

V. Determinar a constante elástica da associação em série.

Procedimentos:

1- Verificar se o suporte (barra horizontal) de molas está fixado na base universal.

2- Verificar se a régua vertical está devidamente fixada à base universal.

3- Pendurar a mola C no suporte de molas. Pendurar a segunda mola C na


extremidade inferior da primeira mola e pendurar a terceira mola C na
extremidade inferior da segunda mola.

4- Pendurar na extremidade inferior da terceira mola o porta peso.

5- Alinhar o marcador vermelho da régua com a extremidade inferior da mola.

79
UNIDADE 3 | EXPERIMENTOS

6- Anotar na tabela 20 a posição inicial da mola.

7- Acrescentar ao porta-peso uma massa aferida de 50 g de cada vez e anotar na


tabela 20 a posição final da mola com o auxilio do segundo marcador vermelho.
São seis (6) massas aferidas de 50 g cada. Observar se a mola não ultrapassa o
comprimento máximo da régua.

TABELA 20 – DADOS OBSERVADOS.

FONTE: A autora

ASSOCIAÇÃO DE MOLAS EM PARALELO

VI. Determinar a constante elástica da associação em paralelo.

Procedimentos:

1- Verificar se o suporte (barra horizontal) de molas está fixado na base universal.

2- Verificar se a régua vertical está devidamente fixada à base universal.

3- Pendurar a mola C no suporte de molas. Pendurar a segunda mola C ao lado


da primeira mola.

4- Pendurar na extremidade inferior das duas molas o porta-peso.

80
TÓPICO 4 | LEI DE HOOKE

FIGURA 19 – ESQUEMA DA MONTAGEM DO EXPERIMENTO LEI DE HOOKE.

FONTE: A autora.

5- Alinhar o marcador vermelho da régua com a extremidade inferior das molas.

6- Anotar na tabela 21 a posição inicial da associação de molas.

7- Acrescentar ao porta-peso uma massa aferida de 50 g de cada vez e anotar na


tabela 21 a posição final da mola com o auxilio do segundo marcador vermelho.
São seis (6) massas aferidas de 50 g cada. Observar se a mola não ultrapassa o
comprimento máximo da régua.

TABELA 21 – DADOS OBSERVADOS.

FONTE: A autora

8- Construir o gráfico peso x posição com os dados da tabela 21.

9- Determinar, através do gráfico da tabela 21, a constante elástica da mola


associação em paralelo de duas molas C.
81
UNIDADE 3 | EXPERIMENTOS

VII. Determinar a constante elástica da associação em paralelo.

Procedimentos:

1- Verificar se o suporte (barra horizontal) de molas está fixado à base universal.

2- Verificar se a régua vertical está devidamente fixada à base universal.

3- Pendurar a mola C no suporte de molas. Pendurar a segunda mola C ao lado da


primeira mola. Pendurar a terceira e a quarta ao lado da primeira e da segunda.

4- Pendurar na extremidade inferior das quatro molas o porta-peso.

FIGURA 20 – ESQUEMA DA MONTAGEM DO EXPERIMENTO LEI DE HOOKE.

FONTE: A autora.

5- Alinhar o marcador vermelho da régua com a extremidade inferior das molas.

6- Anotar na tabela 22 a posição inicial da associação de molas.

7- Acrescentar ao porta-peso uma massa aferida de 50 g de cada vez e anotar na


tabela 22 a posição final da mola com o auxilio do segundo marcador vermelho.
São seis (6) massas aferidas de 50 g cada. Observar se a mola não ultrapassa o
comprimento máximo da régua.

82
TÓPICO 4 | LEI DE HOOKE

TABELA 22 – DADOS OBSERVADOS.

FONTE: A autora

8- Construir o gráfico peso x posição com os dados da tabela 22.

9- Determinar, através do gráfico da tabela 22, a constante elástica da mola


associação em paralelo de duas molas C.

3 ATIVIDADES E QUESTIONÁRIO
1. Enuncie a lei de Hooke.

2. Qual o significado físico da constante elástica de uma mola?

3. Com os dados da tabela 16, Construir o gráfico 1 (Peso x posição).

4. Determinar através da inclinação da reta do gráfico 1, a constante elástica da


mola A.

5. Construir o gráfico 2 (peso x posição) com os dados da tabela 17.

6. Determinar através da inclinação da reta do gráfico da tabela 17, a constante


elástica da mola B.

7. Construir o gráfico 3 (peso x posição) com os dados da tabela 18.

8. Determinar, através da inclinação da reta do gráfico da tabela 18, a constante


elástica da mola C.

9. Construir o gráfico 4 (peso x posição) com os dados da tabela 19.

10. Determinar, através da inclinação da reta do gráfico 4, a constante elástica da


mola associação em série de duas molas C.

83
UNIDADE 3 | EXPERIMENTOS

11. Construir o gráfico 5 (Peso x posição) com os dados da tabela 20.

12. Determinar através da inclinação da reta do gráfico 5, a constante elástica da


mola associação em série de três molas C.

13. Qual a conclusão que podemos tirar em relação a constante elástica de uma
associação de molas em série e paralelo?

14. O que pode influenciar diretamente na constante elástica de uma mola?

15. O que o grupo e você acharam do experimento? Poderia ser melhorado? Em


caso afirmativo, de que maneira isso poderia ser feito?

84
RESUMO DO TÓPICO 4

Neste tópico, você viu que:

• Analisamos a interação entre corpos que possuem a característica de se


deformarem ao serem submetidos a uma força.

• Vimos, também, que existe uma constante que caracteriza as propriedades de


elasticidade do corpo deformável.

• Notamos que a força elástica é diretamente proporcional, mas tem sentido


oposto ao da deformação. Este resultado é conhecido como a lei de Hooke.

• Através da experiência, pudemos observar que uma associação de molas em


série resulta numa constante elástica equivalente men or, ou seja, mais macia. E
numa associação em paralelo à constante equivalente é maior, ou seja, mais dura.

85
86
UNIDADE 3
TÓPICO 5

HIDROSTÁTICA

1 INTRODUÇÃO
Hidrostática é a parte da Física que estuda as forças exercidas por e sobre
fluidos em repouso. Para estudar os líquidos em repouso nessa experiência vamos
lembrar de alguns conceitos como densidade, pressão e empuxo.

A densidade de massa, d, de um corpo é a sua massa, m, dividida pelo seu


volume, V:

No nível microscópico, a densidade de um corpo depende da soma dos


pesos dos átomos e moléculas que o constituem, e quanto espaço existe entre eles.
Numa escala maior, a densidade depende se o corpo é sólido, poroso ou alguma
coisa intermediária. Em geral, líquidos e sólidos possuem densidades similares,
que são da ordem de 1000 kg/m3. A água a 4°C possui uma densidade exatamente
igual a esse valor. Muitos materiais densos, como chumbo e ouro, possuem
densidades que são 10 a 20 vezes maiores. Os gases, por outro lado, possuem
densidades em torno de 1 kg/m3, ou seja, cerca de 1/1000 da água.

A massa específica (μ) de uma substância é a razão entre a massa (m) de


uma quantidade da substância e o volume (V) correspondente:

Uma unidade muito usual para a massa específica é o g/cm3, mas no SI a


unidade é o kg/m3 . A relação entre elas é a seguinte:

Assim, para transformar uma massa específica de g/cm3 para kg/m3,


devemos multiplicá-la por 1.000 . Normalmente, usa-se “densidade” para
representar a razão entre a massa e o volume de objetos sólidos (ocos ou maciços),

87
UNIDADE 3 | EXPERIMENTOS

e “massa específica” para líquidos e substâncias. Na tabela a seguir, relacionamos


as massas específicas de algumas substâncias:

TABELA 23 – MASSA ESPECÍFICA DE ALGUMAS SUBSTÂNCIAS.

FONTE: Disponível em: <http://educar.sc.usp.br/licenciatura/2003/hi/HIDROSTATICA_


DENSIDADE.htm>. Acesso em: 20 jan. 2008.

Pressão é a força a que um corpo está submetido dividido pela área da


superfície sobre a qual a força age. Definimos a força aqui como sendo uma força
agindo perpendicularmente à superfície.

A força exercida pela água ou qualquer outro líquido numa superfície


qualquer determina-se pelas leis da hidrostática. A pressão exercida pela água
é sempre perpendicular à superfície e varia com a profundidade. Considere um
volume cúbico de água. Estando este em repouso, o peso da água acima dele
necessariamente está contrabalançado pela pressão interna neste cubo. Para um cubo
cujo volume tende para zero, ou seja um ponto, esta pressão pode ser exprimida por

onde P é a pressão hidrostática (em pascais); ρ é a massa específica da água (em


quilogramas por metro cúbico); g é a aceleração da gravidade (em metros por
segundo quadrado) e h é a altura do líquido por cima do ponto (em metros). No
caso da pressão atmosférica não ser desprezível, é necessário acrescentar o valor
da sua pressão, tomando a equação o seguinte aspecto

88
TÓPICO 5 | HIDROSTÁTICA

onde P0 é a Pressão atmosférica no nível do mar e vale 1,013 x 105 Pa, ou seja,
a atmosfera exerce uma força de cerca de 1,0 x 105 N em cada metro quadrado
na superfície da Terra. Este é um valor muito grande, mas não é notado, pois
existe, geralmente, ar, tanto dentro quanto fora dos corpos, de modo que as forças
exercidas pela atmosfera em cada lado do corpo são contrabalançadas.

Conversões importantes:
Volume V - Unidade: 1m3 = 106 cm3 = 109 mm3 = 103 L.
Pressão P- Unidade: 1N/1m2 = 1Pa (Pascal).

Todo corpo mergulhado num fluido sofre, por parte desse fluido, uma
força vertical para cima, cuja intensidade é igual ao peso do fluido deslocado pelo
corpo. Seja Vf o volume de fluido deslocado pelo corpo, então a massa do fluido
deslocado é dada por:

A intensidade do empuxo é igual à do peso dessa massa deslocada:

Para corpos totalmente imersos, o volume de fluido deslocado é igual ao próprio


volume do corpo. Neste caso, o peso do corpo e do empuxo são dados por:

Comparando-se as duas expressões, observamos que:

• o corpo desce se dc > df , (FR = P – E);

• o corpo sobe se dc < df , (FR = E – P);

• o corpo encontra-se em equilíbrio se dc = df , (FR = 0).

Ao colocarmos um corpo mais denso que um líquido totalmente imerso


no líquido, observamos que o valor do seu peso, dentro desse líquido, é menor
do que no ar. A diferença entre o valor do peso real e do peso aparente é igual ao
empuxo exercido pelo líquido,

A força de empuxo aplicada pelo fluido sobre um objeto é dirigida para cima.
A força se deve à diferença de pressão exercida na parte de baixo e na parte de cima
do corpo. Para um objeto flutuante, a parte que fica acima da superfície está sob a
pressão atmosférica, enquanto a parte que está abaixo da superfície está sob uma
pressão maior porque ela está em contato com uma certa profundidade do fluido.

Para um objeto completamente submerso, a parte de cima não está sob a


pressão atmosférica, mas a de baixo ainda está sob uma pressão maior porque está
89
UNIDADE 3 | EXPERIMENTOS

numa parte mais profunda do fluido. Em ambos os casos, a diferença na pressão


resulta em uma força resultante para cima sobre o corpo. Esta força tem que ser
igual ao peso da massa de água deslocada, já que, se o corpo não ocupasse aquele
espaço, esta seria a força aplicada ao fluido dentro daquele volume, a fim de que
esse fluido estivesse em equilíbrio.

2 PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL
Experiência I - Determinar a massa específica de um sólido de forma regular

Material Necessário

• Balança

• Corpos de prova feitos do mesmo material (paralelepípedos de alumínio)

• Paquímetro

Procedimentos

1- Medir com o paquímetro as dimensões dos corpos de prova e anotá-los na


tabela 24.

2- Medir as massas dos corpos de prova e anotar os valores na tabela 24.

TABELA 24 – DADOS OBSERVADOS.

FONTE: A autora

Experiência II - Determinar a massa específica de um sólido irregular,


encontrando o seu volume pelo deslocamento de água.

Material Necessário:

• Balança.

• Proveta de 250 ml.


90
TÓPICO 5 | HIDROSTÁTICA

• Corpos de prova irregulares, feitos do mesmo material (latão).

• Barbante.

Procedimentos

1- Amarrar um barbante em cada corpo de prova, para poder mergulhá-lo na


proveta e retirá-lo.

2- Medir a massa dos corpos de prova e anotar na tabela 25.

3- Colocar na proveta 150 ml de água.

4- Mergulhar completamente o corpo de prova 1 no interior do líquido e anotar o


volume final indicado na proveta na tabela 25.

5- Anotar o volume do corpo de prova 1.

6- Repetir os procedimentos 3 e 4 para os corpos de prova 2, 3 e 4.

TABELA 25 – DADOS OBSERVADOS.

FONTE: A autora

Experiência III – Empuxo e a massa específica do Líquido

Material Necessário:

• Corpo de prova.

• Tripé.

• Dinamômetro de 2N.

• Hastes.

91
UNIDADE 3 | EXPERIMENTOS

• Suporte para o dinamômetro.

• Becker de 500ml.

• 500 ml de água.

• 500 ml de álcool.

• 500 ml de óleo de cozinha.

Procedimentos

Experimento I

1- Montar experimento conforme figura 21.

FIGURA 21 – ESQUEMA DA MONTAGEM DO EXPERIMENTO HIDROSTÁTICA.

FONTE: A autora.

2- Ajustar o zero do dinamômetro.

3- Determinar e anotar o volume do corpo de prova.

4- Pendurar o corpo de prova na extremidade livre do dinamômetro.

5- Anotar o valor indicado no dinamômetro na tabela 26.

92
TÓPICO 5 | HIDROSTÁTICA

6- Colocar 300 a 500 ml de água no Becker, o suficiente para permitir que o corpo
de prova fique totalmente mergulhado.

7- Mergulhar o corpo de prova pendurado no dinamômetro no Becker com água,


conforme figura 22.

FIGURA 22 – ESQUEMA DA MONTAGEM DO EXPERIMENTO HIDROSTÁTICA.

FONTE: A autora.

8- Anotar o valor indicado no dinamômetro na tabela 26.

9- Determinar o Empuxo da água sobre o corpo de prova.

TABELA 26 – DADOS OBSERVADOS.

FONTE: A autora

Experimento II

1- Colocar 500 ml de álcool no Becker.

2- Mergulhar o corpo de prova pendurado no dinamômetro no Becker com álcool.

93
UNIDADE 3 | EXPERIMENTOS

3- Anotar o valor indicado no dinamômetro na tabela 27.

4- Determinar o empuxo do álcool sobre o corpo de prova.

5- Repetir o experimento II três vezes.

6- Devolver o álcool do Becker para o recipiente.

TABELA 27 – DADOS OBSERVADOS.

FONTE: A autora

Experimento III

1- Colocar 300 a 500 ml de óleo de cozinha no Becker (o suficiente para permitir


que o corpo de prova fique totalmente mergulhado).

2- Mergulhar o corpo de prova pendurado no dinamômetro no Becker com óleo.

3- Anotar o valor indicado no dinamômetro na tabela 28.

4- Determinar o Empuxo do óleo sobre o corpo de prova.

5- Repetir o experimento III três vezes.

6- Devolver o óleo do Becker para o recipiente.

TABELA 28 – DADOS OBSERVADOS.

FONTE: A autora

3 ATIVIDADES E QUESTIONÁRIO
1. Defina massa específica de um corpo.

2. Determinar os volumes dos corpos de prova e anotar os resultados na tabela 29.

3. Calcular a massa específica de cada corpo de prova e anotar os resultados na


tabela 29 a seguir:

94
TÓPICO 5 | HIDROSTÁTICA

TABELA 29 – DADOS OBSERVADOS.

FONTE: A autora

4. Se comparar o valor da massa específica calculado com o valor tabelado, qual é


o erro percentual? Em caso de diferença, justifique.

5. Calcular a massa específica de cada corpo de prova e anotar os resultados na


tabela 30, a seguir.

TABELA 30 – DADOS OBSERVADOS.

FONTE: A autora

6. Se comparar o valor da massa específica calculado com o valor tabelado, qual é


o erro percentual? Em caso de diferença, justifique.

7. Defina empuxo e dê a expressão para se calcular o empuxo.

8. O que é peso aparente para um corpo imerso em um fluido?

9. Determinar a massa específica da água.

95
TABELA 31 – DADOS OBSERVADOS.

FONTE: A autora

10. Se comparar o valor da massa específica calculado em nove com o valor


tabelado, qual é o erro percentual. Em caso de diferença, justifique.

11.Determinar a massa específica do álcool.

TABELA 32 – DADOS OBSERVADOS.

FONTE: A autora

12. Se comparar o valor da massa específica calculado em onze com o valor


tabelado, qual é o erro percentual? Em caso de diferença, justifique.

13. Determinar a massa específica do óleo.

TABELA 33 – DADOS OBSERVADOS.

FONTE: A autora

14. Se comparar o valor da massa específica calculado em treze com o valor


tabelado, qual é o erro percentual? Em caso de diferença, justifique.

15. O que o grupo e você acharam do experimento? Poderia ser melhorado? Em


caso afirmativo, de que maneira isso poderia ocorrer?

96
RESUMO DO TÓPICO 5

Neste tópico, você viu que:

• Com o estudo desta unidade, avaliamos forças exercidas por e sobre fluidos em
repouso.

• Definimos a densidade, massa específica e pressão hidrostática.

• Comprovamos o princípio de Arquimedes, mais conhecido como força de


Empuxo.

• Mostramos que o peso aparente de corpos mergulhados em fluidos é menor


que o peso de um corpo apenas sob pressão atmosférica.

97
98
UNIDADE 3
TÓPICO 6

DILATÔMETRO

1 INTRODUÇÃO
Os sólidos que melhor se dilatam são os metais, principalmente o alumínio
e o cobre. Temos um bom exemplo disso num vidro de conserva com a tampa
metálica emperrada. Para abri-lo, basta mergulhar a tampa na água quente; como
o metal se dilata mais que o vidro, a tampa logo fica frouxa. O aquecimento leva
os sólidos a se dilatarem em todas as direções; no entanto, às vezes, a dilatação
predomina, ou é mais notada, numa direção, esse caso é denominado de dilatação
linear. Quando duas direções são predominantes, temos a dilatação superficial e,
quando ela é importante em todas as direções, considera-se a dilatação volumétrica.

FIGURA 23 – ESQUEMA ILUSTRATIVO DA DILATAÇÃO DE UM CORPO UNIDIMENSIONAL.

FONTE: A autora.

Suponha uma barra de comprimento inicial L0 (como da figura 23) com


temperatura inicial T1, cuja temperatura é elevada de uma quantidade ∆T, verifica-
se que o seu comprimento aumenta de uma quantidade ∆L, assim temos que

∆L = L0α ∆T → ∆L = L - L0 → L = L0(1 + α∆T),

onde α é o coeficiente de dilatação linear e ∆T = T2 – T1.

99
UNIDADE 3 | EXPERIMENTOS

TABELA 34 – DADOS OBSERVADOS

FONTE: A autora

Acima, na tabela 34, encontramos o coeficiente de dilatação de algumas


substâncias.

2 PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL
Material necessário

• Corpos de prova
• Termômetro digital
• Dilatômetro
• Fonte térmica
• Becker de 500 ml
• Balão volumétrico
• Lamparina com álcool
• Cronômetro – o aluno deve trazer

100
TÓPICO 6 | DILATÔMETRO

FIGURA 24 – ESQUEMA DA MONTAGEM DO EXPERIMENTO DILATAÇÃO DE UM CORPO.

FONTE: A autora.

Procedimento - A

1- Fazer a montagem de acordo com a figura 24. Verificar se as conexões estão


corretas e desentupidas. Posicionar o tubo metálico de ferro e zerar o relógio
comparador.

2- Medir o comprimento inicial L0 do tubo metálico entre o relógio comparador e


a extremidade fixa e anotar na tabela 35.

3- Determinar a temperatura inicial do tubo metálico e anotar na tabela 35.

4- Colocar 300 ml de água no Becker e aquecê-la até ferver, com o auxilio da fonte
térmica-ebulidor (rabo-quente).

5- Transferir aproximadamente 200 ml de água do Becker para o balão volumétrico.

6- Acender a lamparina e colocá-la embaixo do balão volumétrico, conforme


figura 24.

7- Tampar o balão volumétrico e aguardar o vapor percorrer o tubo.

8- A cada dez segundos, anotar na tabela 35 a temperatura do tubo, assim como a


sua dilatação, indicada no relógio comparador.

9- O procedimento nove deve ser repetido até a temperatura do tubo estabilizar.

101
UNIDADE 3 | EXPERIMENTOS

TABELA 35 – DADOS OBSERVADOS

FONTE: A autora

Procedimento - B

1- Fazer a montagem de acordo com a figura 24. Verificar se as conexões estão


corretas e desentupidas. Posicionar o tubo metálico de latão e zerar o relógio
comparador.

2- Medir o comprimento inicial L0 do tubo metálico entre o relógio comparador e


a extremidade fixa e anotar na tabela 36.

3- Medir a temperatura inicial do tubo metálico e anotar na tabela 36.

4- Colocar 300 mL de água no Becker e aquecê-la até ferver com o auxílio da fonte
térmica-ebulidor (rabo-quente).

5- Transferir aproximadamente 200mL de água do Becker para o balão volumétrico.

6- Acender a lamparina e colocá-la embaixo do balão volumétrico conforme figura 24.

102
TÓPICO 6 | DILATÔMETRO

7- Tampar o balão volumétrico e aguardar o vapor percorrer o tubo.

8- A cada dez segundos, anotar na tabela 36 a temperatura do tubo, assim como a


sua dilatação indicada no relógio comparador.

9- Este procedimento deve ser repetido até a temperatura do tubo estabilizar.

TABELA 36 – DADOS OBSERVADOS

FONTE: A autora

Procedimento - C

1- Fazer a montagem de acordo com a figura 24. Verificar se as conexões estão


corretas e desentupidas. Posicionar o tubo metálico de cobre e zerar o relógio
comparador.

2- Medir o comprimento inicial L0 do tubo metálico, entre o relógio comparador e


a extremidade fixa, e anotar na tabela 37.
103
UNIDADE 3 | EXPERIMENTOS

3- Medir a temperatura inicial do tubo metálico e anotar na tabela 37.

4- Colocar 300 ml de água no Becker e aquecê-la até ferver, com o auxilio da fonte
térmica-ebulidor (rabo-quente).

5- Transferir aproximadamente 200 ml de água do Becker para o balão volumétrico.

6- Acender a lamparina e colocá-la embaixo do balão volumétrico, conforme


figura 24.

7- Tampar o balão volumétrico e aguardar o vapor percorrer o tubo.

8- A cada dez segundos, anotar na tabela 37 a temperatura do tubo, assim como a


sua dilatação indicada no relógio comparador.

9- O procedimento oito deve ser repetido até a temperatura do tubo estabilizar.

TABELA 37 – DADOS OBSERVADOS

FONTE: A autora

104
TÓPICO 6 | DILATÔMETRO

3 ATIVIDADES E QUESTIONÁRIO
1. Explique microscopicamente a dilatação de um sólido.

2. Qual o significado físico para o coeficiente de dilatação de um sólido. De que


depende o valor deste coeficiente?

3. Com os dados da tabela 35, construir o gráfico 1 (L x T).

4. A partir do gráfico 1, calcular o coeficiente de dilatação linear do tubo através


da inclinação da reta.

5. Comparar o resultado com o valor tabelado na literatura. Calcular o erro


percentual entre os valores tabelado e calculado. Em caso de diferença,
justifique.

6. Com os dados da tabela 36, construir o gráfico 2 (L x T).

7. A partir do gráfico 2, calcular o coeficiente de dilatação linear do tubo através


da inclinação da reta.

8. Comparar o resultado com o valor tabelado na literatura. Calcular o erro


percentual entre os valores tabelado e calculado. Em caso de diferença,
justifique.

9. Com os dados da tabela 37, construir o gráfico 3 (L x T).

10. A partir do gráfico 3, calcular o coeficiente de dilatação linear do tubo através


da inclinação da reta.

11. Comparar o resultado com o valor tabelado na literatura. Calcular o erro


percentual entre os valores tabelado e calculado. Em caso de diferença,
justifique.

12. O que o grupo e você acharam do experimento? Pode ser melhorado? Em caso
afirmativo, de que maneira isso poderia ser melhorado?

105
RESUMO DO TÓPICO 6

Neste tópico, você viu que:

• Analisamos a dilatação de corpos sólidos submetidos a uma diferença de


temperatura.

• Notamos que nem todos os corpos dilatam na mesma proporção. A dilatação


do corpo depende da sua composição e estrutura que está relacionada ao
coeficiente de dilatação.

• Aprendemos a determinar esse coeficiente através de uma experiência simples


de dilatação linear.

106
UNIDADE 3
TÓPICO 7

CALORIMETRIA

1 INTRODUÇÃO
Calorimetria é a parte da física que estuda as trocas de calor entre os corpos
e suas medidas.

A capacidade térmica C é uma grandeza física que permite prever, dentro


de um dado conjunto de corpos, em que cada um cede ou recebe a mesma
quantidade de calor, qual deles estará mais quente ou mais frio, ao completar a
troca de calor.

de modo que C é a capacidade térmica do corpo, Q é a quantidade de calor trocada


pelo corpo e ∆T é a variação de temperatura do corpo. A unidade de capacidade
térmica no SI é o J/K.

O calor específico c é uma grandeza física que permite prever, dentro de


um dado conjunto de amostras de diversos materiais, todas de mesma massa, qual
delas, recebendo ou cedendo a mesma quantidade de calor, estará mais quente ou
mais fria, ao completar a troca de calor.

de modo que c é o calor específico de um dado material, C é a capacidade térmica


e m a massa da amostra. A unidade usual para determinar o calor específico é cal/
g0C e no SI é o J/kgK.

Uma caloria (1 cal) é a quantidade de calor necessária para aquecer, sob


pressão normal, 1,0 g de água de 14,50C a 15,50C.

A Equação Fundamental da Calorimetria fornece a quantidade de calor


sensível, quando ocorre uma mudança de temperatura nas substâncias:

107
UNIDADE 3 | EXPERIMENTOS

em que Q>0, quando o corpo recebe calor e Q<0, quando o corpo cede calor.

A Quantidade de Calor Latente aparece quando ocorre uma mudança de


estado nas substâncias e é dada por

Sendo que L é o calor latente.

TABELA 38 – CALOR ESPECÍFICO.

FONTE:A autora.

Podemos ver, na tabela 38, o calor específico de algumas substâncias. Em seguida,


apresentamos os princípios da calorimetria.

Princípios da Calorimetria

1. Num sistema isolado, isto é, sem trocas de calor com as vizinhanças, a quantidade
de calor que um corpo recebe, em módulo, é igual à quantidade de calor que o
outro corpo cede.

2. Quando corpos inicialmente a temperaturas diferentes trocam calor entre si,


num sistema isolado, observamos que alguns perdem enquanto outros recebem
calor, de tal maneira que decorrido um certo tempo, todos ficam com a mesma
temperatura, chamada temperatura de equilíbrio térmico. Este princípio é
conhecido como lei zero da termodinâmica.

3. Quando corpos trocam calor entre si, num sistema isolado, a soma das
quantidades de calor que alguns cedem é igual, em módulo, à soma das
quantidades de calor que os restantes recebem, de tal maneira que, a soma total
das quantidades de calor é igual a zero, Q1 + Q2 + ... + Qn = 0.

Calorímetro

Instrumento que serve para medir a quantidade de calor. É constituído por


um recipiente em que se coloca água e que é isolado do ambiente exterior por uma
tampa que o fecha perfeitamente. Possui também um termômetro que assinala a

108
TÓPICO 7 | CALORIMETRIA

temperatura da água no seu interior. Para obter boas medidas, é preciso tornar a
temperatura da água do calorímetro homogênea, antes de anotar a indicação do
termômetro. Utiliza-se o agitador, que é uma pequena haste de vidro ou metal
colocado dentro do calorímetro.

Quando efetuamos os cálculos das trocas de calor, devemos levar em conta a


energia que é transferida para o calorímetro (o recipiente, o agitador e o termômetro).
O ideal seria que o aparelho não trocasse nenhum calor com o ambiente. Na prática,
porém, isso não acontece. O isolamento do calorímetro que contém a água apenas
reduz essa troca ao mínimo. Para medir essa quantidade de calor cedida ao calorímetro,
adicionamos a ele uma quantidade conhecida de calor de uma determinada massa
de água e esperamos o equilíbrio térmico. Assim, fica fácil calcular através dessa
quantidade de energia cedida a capacidade térmica C do calorímetro.

2 PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL
Calor Específico de Líquidos

Material Necessário:

• Calorímetro (C = ........... cal/ºC).


• Balança.
• Termômetro.
• Becker 500 ml.
• Proveta Graduada.
• Corpo de calor específico conhecido (cAl = 0,210 cal/gºC).
• Fonte térmica (P = 45 cal/s).
• Cronômetro.

I) Calor Específico da Água.

Procedimento:

1- Adicionar ao Becker 500 ml de água da torneira.

2- Colocar o Becker com água sobre a fonte térmica desligada.

3- Anotar a temperatura inicial da água e manter o termômetro dentro da água.


Ti =____ºC.

4- Ligar a fonte térmica ao mesmo tempo em que acionar o cronômetro.

5- A cada vinte segundos, anotar na tabela 39 a temperatura da água. Assim que


a água entrar em ebulição, mantê-la assim por mais sessenta segundos. Não
esquecer de anotar a temperatura na tabela 39 a seguir.

109
UNIDADE 3 | EXPERIMENTOS

TABELA 39 – DADOS OBSERVADOS.

FONTE: A autora.

110
TÓPICO 7 | CALORIMETRIA

6- Desligar a fonte térmica e o cronômetro.

Calor Específico e Capacidade Térmica de um Corpo Sólido.

II) Calor Específico de um corpo sólido

Material Necessário.

• Calorímetro (C = ..... cal/ºC) → Adotar o valor determinado no procedimento


anterior.
• Balança.
• Termômetro de coluna de álcool 110ºC.
• Fonte térmica.
• Becker 500 ml.
• Corpo de prova sólido.
• Proveta graduada.

O desenvolvimento desta experiência será baseado no princípio das trocas


de calor. O calor será trocado entre a água, o corpo de prova (sólido) e o calorímetro.
O calorímetro, tal como uma garrafa térmica, procura impedir a transmissão de
calor através de suas paredes, portanto, considerando um recipiente adiabático.

Procedimento:

1- Determinar a massa do corpo de prova. ═> m1 = ______g.

2- Colocar 500 mL de água no becker, aquecendo até a ebulição.

3- Medir na proveta aproximadamente 100 ml de água tirada da torneira.

4- Determinar a massa de água contida na proveta.═> m2 = ______g (densidade da


água µ = 1g/cm3).

5- Colocar a água da proveta no calorímetro e agitar suavemente o conjunto


durante 30 s.

6- Medir a temperatura do conjunto (água da torneira + calorímetro). ═> T2


=______ºC.

7- Colocar o corpo de prova na água em ebulição. Aguardar cinco minutos e medir


a temperatura do corpo. T1 =______ºC.

8- Retirar o corpo de prova da água e colocá-lo rapidamente no calorímetro. Agite


o conjunto suavemente.

111
UNIDADE 3 | EXPERIMENTOS

9- Durante o processo, observar seguidamente a temperatura indicada no


termômetro. Aguardar até que a temperatura estabilize.

10- Anotar a temperatura de equilíbrio térmico. TF =______ºC.

III) Calor específico do Óleo de cozinha.

Procedimento

Esta experiência é semelhante à experiência II. O calor será trocado entre o óleo,
o calorímetro e o corpo sólido.

1- Medir a massa da proveta vazia. ═> mp =_____g

2- Colocar 100 ml de óleo de cozinha na proveta.

3- Determinar a massa do conjunto. ═> mc =_____g

4- Determinar a massa do óleo. ═> m1 =_____g

5- Coloque o óleo dentro do calorímetro.

6- Agitar suavemente o conjunto e medir a sua temperatura. ═> T1 =_____ºC

7- Medir a massa do corpo sólido. ═> m2 =_____g

8- Colocar 500 ml de água no becker, aquecendo-a até a ebulição

9- Colocar o corpo de prova na água em ebulição e mantê-lo na água durante


cinco minutos.

10- Determinar a temperatura do corpo sólido. ═> T2 =_____ºC

11- Retirar o corpo da água e colocá-lo rapidamente no calorímetro.

12- Agitar suavemente o calorímetro e observar seguidamente a temperatura.

13- Medir a temperatura de equilíbrio térmico. ═> TF =_____ºC

3 ATIVIDADES E QUESTIONÁRIO
1. Defina calor específico.

2. Defina capacidade térmica.

112
TÓPICO 7 | CALORIMETRIA

3. Conceitue calor.

4. O que significa atingir o estado de equilíbrio térmico?

5. Por que o corpo de prova foi aquecido indiretamente?

6. Por que é necessário aguardar alguns minutos com o corpo de prova dentro da
água em ebulição?

7. Por que o calorímetro deve ser agitado após a introdução do corpo de prova?

8. Com os dados da tabela 39, construir os seguintes gráficos:

• Calor x tempo (Q x t) – gráfico 01

• Temperatura x tempo (T x t) – gráfico 02

• Calor x temperatura (Q x T) – gráfico 03

9. Através da inclinação da reta do gráfico 03, determinar a capacidade térmica e


o calor específico do líquido.

10. Comparar o valor calculado do calor específico com o valor tabelado.


Determine o erro percentual entre os valores. Em caso de diferença, justifique.

Experimento II

11. Calcular o calor específico do corpo de prova sólido, aplicando o princípio das
trocas de calor – ver módulo sobre calorimetria.

12. Calcular a capacidade térmica do corpo de prova sólido.

Experimento III

13. Calcular o calor específico do óleo de cozinha aplicando o princípio das trocas
de calor – ver módulo sobre calorimetria.

QUESTIONAMENTOS GERAIS

14. O calor específico depende da substância.

15. O calor específico depende da massa da substância.

16. Qual a vantagem de se utilizar corpos de prova relativamente grandes?

113
17. Por que, ao retirar o corpo sólido da água em ebulição, devemos colocá-lo
rapidamente no calorímetro?

18. Por que devemos aguardar alguns minutos para obter a temperatura final?

19. O que você e o grupo acharam do experimento? Poderia ser melhorado? Em


caso afirmativo, de que maneira isso poderia ser melhorado?

114
RESUMO DO TÓPICO 7

Neste tópico, você viu que:

• O estudo permitiu-nos conhecer as trocas de calor entre os corpos através dos


princípios básicos da calorimetria.

• Definimos capacidade térmica e calor específico.

• Aprendemos a utilizar o calorímetro para o estudo das trocas de calor.

115
116
UNIDADE 3
TÓPICO 8

LEI DE OHM

1 INTRODUÇÃO
A diferença de potencial, ddp, ou o desnível de energia potencial, ocasiona
o deslocamento espontâneo de cargas ao nível do campo elétrico no qual atuam
forças que realizam trabalho. Um aparelho elétrico só funciona quando se cria
uma diferença de potencial entre os pontos em que esteja ligado para que as
cargas possam se deslocar. Entre as nuvens carregadas e a superfície também se
estabelece uma ddp que permite a descida espontânea da carga líder até o solo.

Chamamos de corrente elétrica o movimento preferencial numa direção
das cargas elétricas através de um condutor. O sentido convencional da corrente i
não é o sentido do movimento dos elétrons, como poderia se pensar, é o mesmo do
vetor campo elétrico. Portanto, oposto ao movimento dos elétrons. A intensidade
da corrente é a quantidade de carga que atravessa a seção transversal por unidade
de tempo. Assim, se num intervalo de tempo ∆t passa através da seção uma
quantidade de carga Q, a intensidade de corrente i é

No SI, a unidade de corrente elétrica é o ampère (A), onde 1 A = 1 C/1 s. Ou


seja, um ampère é igual a um coulomb dividido por um segundo.

Quando elétrons livres são forçados a percorrer um condutor sob efeito de


um campo estabelecido devido à diferença de potencial nos terminais, ocorrem
interações entre esses elétrons e as demais partículas atômicas, aumentando a
agitação dos átomos que compõe o condutor. Em consequência disso, ocorre um
aumento na temperatura do condutor. Isso significa que ocorre uma conversão
de energia elétrica em energia térmica (fenômeno conhecido também por “efeito
joule”). A maior ou menor dificuldade de movimentação, na direção do campo,
encontrada pelos elétrons constitui a resistência elétrica R do condutor. As
experiências mostram que a resistência depende da temperatura, do material e
das dimensões do condutor.

117
UNIDADE 3 | EXPERIMENTOS

FIGURA 25 – UM FIO CONDUTOR DE COMPRIMENTO L, PERCORRIDO PELA CORRENTE I QUE


PASSA PELA SEÇÃO TRANSVERSAL A, DEVIDO AO CAMPO E ESTABELECIDO POR CAUSA DA
TENSÃO ∆V = VA - VB.

FONTE: A autora.

As experiências também comprovam que quando uma diferença de


potencial ∆V é aplicada ao condutor da figura 25, mantido à temperatura constante,
a corrente observada é proporcional à voltagem aplicada. Sendo a constante de
proporcionalidade igual a R, assim podemos escrever

A unidade da resistência elétrica no SI é o ohm (Ω).

Para muitos materiais, experiências mostram que a resistência é constante


para grande parte das voltagens aplicadas, fornecendo um gráfico i versus V
linear, dizemos que os dispositivos que obedecem esta lei são ôhmicos. Mas esta
não é uma lei fundamental na natureza. Alguns materiais não a obedecem, estes
materiais são chamados de dispositivos não ôhmicos.

As grandezas físicas que influenciam na resistência da figura 25, podem


ser relacionadas através da expressão

Observe-se que R é a resistência, ρ a resistividade do material, L o comprimento


e A a seção transversal do condutor. O inverso da resistividade, σ=1/ρ, é a
condutividade do material.

A resistividade varia linearmente com a temperatura (dentro de certos


limites) segundo a equação

118
TÓPICO 8 | LEI DE OHM

sendo ρ0 a resistividade à temperatura padrão Ө0, e α é o coeficiente de temperatura


(semelhante ao coeficiente de dilatação térmica). Veja a tabela a seguir para valores
de ρ e α de alguns materiais a temperatura de 200C.

TABELA 40 – VALORES DE ρ E α DE ALGUNS MATERIAIS A TEMPERATURA DE 200C.

FONTE: A autora.

2 PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL
Instruções Básicas

Conhecendo o Multímetro Digital

Informações de Segurança

As informações de segurança deverão ser seguidas para uma operação


segura do instrumento e para mantê-lo em condições seguras de operação.

No caso de qualquer dúvida com relação ao comprometimento da proteção


proporcionada pelo instrumento, interrompa o seu uso imediatamente.

A proteção pode estar comprometida se, por exemplo, se o instrumento:

• apresentar danos visíveis;

• apresentar falhas na execução de medidas;

• for armazenado por muito tempo em condições desfavoráveis;

• for submetido a vibrações de transporte severas.

Advertências

• Para evitar choque elétrico ou danos ao instrumento, não aplique tensões


superiores a 1000 V DC ou AC RMS entre qualquer terminal do instrumento e
o potencial terra;

119
UNIDADE 3 | EXPERIMENTOS

• Observe as precauções de segurança adequadas quando trabalhar com tensões


acima de 60 V DC ou 30 V AC RMS. Tais tensões podem expor o usuário a
choques elétricos perigosos;

• Assegure-se de que as pontas de prova estejam em boas condições de segurança.

Cautela

Para evitar danos ao instrumento:

• desconecte as pontas de prova do circuito em teste antes de mudar de função


de medida;

• nunca conecte tensões superiores a 1000 V DC ou 750 VAC RMS;

• nunca conecte tensão aos terminais de entrada quando a chave rotativa estiver
selecionada para medir resistência.

Uso do Fusível Apropriado

Para evitar chamas perigosas, utilize o fusível correto do mesmo tipo e


especificação de corrente e tensão de operação, como especificado.

O uso do fusível com especificação diferente ou curto-circuitar o soquete


do fusível é proibido, podendo acarretar consequências extremamente graves.

Introdução

O Multímetro Digital é um instrumento que pode realizar diversas


medições em um único aparelho. Estes aparelhos de testes portáteis, compactos e
operados por bateria, possuem as seguintes características de medida:

• Tensão DC (Contínua) e AC (Alternada)

• Corrente DC e AC

• Resistência

• Teste de Diodo

• Teste de Continuidade

• Teste de hFE de Transistor

120
TÓPICO 8 | LEI DE OHM

Descrição do Painel Frontal

FIGURA 26 – DESCRIÇÃO DO PAINEL FRONTAL.

FONTE: A autora.

1. Dísplay.

2. Tecla Liga / Desliga.

3. Soquete de hFE: Soquete para medida do hFE de transistores PNP e NPN.

4. Chave Rotativa: seleciona a faixa e a função de medida.

5. Terminal de Entrada Positivo para V/Ω . Pontan de prova vermelha.

6. COM Terminal comum para conexão da ponta de prova preta para todas as
medidas, exceto hFE de transistor.

7. Terminal de Entrada Positivo para até 2 A. Ponta de prova vermelha.

8. Terminal de Entrada Positivo para até 20 A. Ponta de prova vermelha.

Efetuando Medidas

Informações de Segurança:

Não aplique mais que 1000 V DC ou 750 V AC RMS entre os terminais


de entrada VmA e COM, ou 500 V DC ou AC RMS entre qualquer terminal e o
potencial terra. Exceder estes limites, pode provocar choques elétricos perigosos
e danos ao instrumento.

121
UNIDADE 3 | EXPERIMENTOS

Tome extremo cuidado para evitar o contato com o circuito em teste


quando estiver trabalhando com alta tensão.

A. Medição de Tensão

1. Conecte a ponta de prova preta no terminal de entrada COM e a ponta de


prova vermelha no terminal V/Ω .
2. Posicione a chave rotativa na faixa de tensão DC (Contínua) ou AC (Alternada)
desejada.

Observação: Se a tensão a ser medida é desconhecida, comece pela maior faixa e


reduza quando necessário.

3. Conecte as pontas de prova sobre a fonte ou carga a ser testada. A polaridade


para tensão DC é apresentada automaticamente. Quando a tensão de entrada
ultrapassar o limite da faixa, o display mostrará apenas o dígito mais
significativo (1) e será necessário mudar a faixa de medida.
4. Efetue a leitura do display.

Exemplo de medida de tensão alternada: Tensão da rede (tomada).

FIGURA 27 – EXEMPLO DE MEDIDA DE TENSÃO ALTERNADA: TENSÃO DA REDE (TOMADA).

FONTE: A autora.

Exemplo de medida de tensão contínua: tensão de uma pilha.

122
TÓPICO 8 | LEI DE OHM

FIGURA 28 – EXEMPLO DE MEDIDA DE TENSÃO CONTÍNUA: TENSÃO DE UMA PILHA.

FONTE: A autora.

B. Medição de Corrente

1. Conecte a ponta de prova preta no terminal de entrada COM e a ponta de prova


vermelha no terminal de entrada 2 A para medida de corrente máxima de 2 A.
Para corrente entre 2 A e 20 A, conecte a ponta de prova vermelha no terminal
de entrada 20 A. O tempo máximo permitido de medida é de 15 segundos para
20 A.

2. Posicione a chave rotativa na faixa de corrente DC (Contínua) ou AC (alternada)


desejada.

Observação: Se a amplitude da corrente a ser medida é desconhecida, comece


pela maior faixa e reduza quando necessário.

3. Desligue toda a alimentação do circuito antes de abri-lo para conectar o


multímetro em série com a carga teste.

4. Conecte as pontas de prova e ligue a alimentação do circuito.

5. Efetue a leitura do display, a polaridade para corrente DC é apresentada


automaticamente.

6. Exemplo de medida de corrente contínua: corrente de um circuito, lâmpada e


pilha.

7. Corrente em excesso irá queimar o fusível, que deve ser substituído.


A entrada 20 A não possui fusível.
123
UNIDADE 3 | EXPERIMENTOS

FIGURA 29 – EXEMPLO DE MEDIÇÃO DE CORRENTE.

FONTE: A autora.

C. Medição de Resistências

1.Conecte a ponta de prova preta no terminal de entrada COM e a ponta de prova


vermelha no terminal de entrada V/Ω.
2. Posicíone a chave rotativa na faixa de resistência (Ω) desejada.

Observação: Para evitar possíveis ferimentos pessoais ou danos ao instrumento,


assegure-se que o dispositivo em teste esteja totalmente desenergizado.

3. Conecte as pontas de prova sobre a resistência a ser medida. E efetue a leitura


do display.

Nota: Se a resistência a ser medida exceder o valor máximo da faixa, o display


mostrará apenas o digito mais significativo (1). Selecione uma faixa maior. Para
valores de resistência de aproximadamente 1 MΩ ou maiores, o instrumento
pode levar alguns segundos para estabilizar a leitura. Isto é normal para leituras
de resistências altas.

Esquema para medição de resistência:

124
TÓPICO 8 | LEI DE OHM

FIGURA 30 – EXEMPLO DE MEDIÇÃO DE RESISTÊNCIA.

FONTE: A autora.

Conhecendo a Fonte de Alimentação FDC-1500

Introdução

Esta fonte de alimentação regulada DC AZEHEB foi projetada visando


suprir as necessidades mais frequentes de laboratórios de escolas. A fonte FDC-
1500 é uma fonte variável simples com uma saída.

O ajuste de tensão de saída pode ser continuamente feito através de


um potenciômetro para ajuste grosso e outro para ajuste fino. Apresenta alta
estabilidade e baixo ripple.

Especificações Gerais

• Alimentação: 110 V/220 V 10% - 60 Hz.

• Uso interno.

• Ambiente de Operação: 0ºC a 40ºC.

• Ambiente de Armazenamento: -10ºC a 70ºC.

• Dimensões: 200 (P)X 130 (A)X 130 (A)mm.

• Peso Aproximado: 3kg.

Descrição dos Painéis

125
UNIDADE 3 | EXPERIMENTOS

FIGURA 31 – DESCRIÇÃO DOS PAINÉIS.

FONTE: A autora.

Limpeza

• Para limpar a fonte de alimentação utilize pano umedecido com uma solução
de água e sabão.

• Não deixe entrar água, em hipótese alguma, dentro da fonte de alimentação.

• Não utilize produtos químicos compostos por benzina, benzeno, tolueno,


acetona ou solventes similares.

• Não utilize produtos abrasivos em nenhuma parte da fonte.

Modo de Usar

• Verifique a tensão da rede elétrica antes de ligar sua fonte regulável e ajuste, se
for necessário, através da chave seletora de tensão localizada no painel traseiro
do aparelho (o aparelho sai de fábrica com chave seletora de tensão posicionada
em 220V).

• Observe a polaridade do aparelho a ser ligado em sua fonte, borne vermelho


(positivo), borne preto (negativo). A ligação invertida acarretará danos ao
aparelho e a perda da garantia.

• Instale-a em um lugar seco e ventilado.

• Nunca ligue aparelhos que consomem mais corrente que a fornecida pela sua
fonte. Não ligue aparelhos com tensão menor que a ajustada, pois podem
causar danos a ambos os aparelhos.

• Sempre que conectar um aparelho à fonte, primeiramente, conecte os cabos


do aparelho aos bornes da fonte (verifique as polaridades). Após ter feito esta
conexão, ligue a fonte e, somente depois desse processo, ligue o aparelho.
126
TÓPICO 8 | LEI DE OHM

• Para desligar, faça o procedimento inverso, desligando, primeiramente, o


aparelho que está sendo alimentado pela fonte, depois desligue sua fonte
regulável digital. A observação deste procedimento proporciona maior vida
útil ao aparelho.

• O sistema de proteção contra sobrecorrente limita a corrente em 5 A.

• Caso haja a queima de fusível, substitua-o pelo mesmo valor; persistindo o


problema, desligue o aparelho e procure assistência técnica.

• Não existe responsabilidade por parte do fornecedor pelo uso indevido,


inversão de polaridade, queda, umidade, transporte do aparelho.

Conhecendo a Placa de Resistores de Fios

Introdução

A Placa de Resistores de Fio da AZEHEB permite a verificação da Lei de


Ohm com grande facilidade, devido ao seu tamanho e leveza. Os fios dispostos
em “z” e sua construção em madeira permitem maior aproveitamento do espaço
e isolação elétrica.

A placa de resistores é composta por resistores de níquel-cromo com três


diâmetros diferentes e um resistor de ferro.

Os resistores são fixos em uma placa de madeira que permitem efetuar as


medidas de diferença de potencial, resistência elétrica e corrente em comprimentos
de 20 cm a 100 cm.

Descrição

• 1 fio de níquel-cromo de 0,360 mm de diâmetro.

• 1 fio de níquel-cromo de 0,5l0 mm de diâmetro.

• 1 fio de níquel-cromo de 0,720 mm de diâmetro.

• 1 fio de ferro de 0,510 mm de diâmetro.

• bornes de ligação.

127
UNIDADE 3 | EXPERIMENTOS

FIGURA 32 – PLACA DE RESISTORES DE FIOS.

FONTE: A autora.

Material necessário:

• 1 placa de resistores;

• 2 multitestes;

• 2 cabos pretos;

• 2 cabos vermelhos;

• 1 cabo azul;

• 1 fonte de tensão variável.

RELAÇÃO ENTRE TENSÃO E INTENSIDADE DE CORRENTE

Procedimentos

FIGURA 33 – ESQUEMA DE MONTAGEM DO EXPERIMENTO RELAÇÃO ENTRE TENSÃO E


INTENSIDADE DE CORRENTE.

FONTE: A autora.

128
TÓPICO 8 | LEI DE OHM

1- Montar o circuito conforme a figura 33, mantendo a fonte desligada.

2- Antes de ligar a fonte de tensão, ajustar a corrente girando o botão até a marca
vermelha. Verificar se o botão da tensão está no zero. Ligar a fonte, variar a
d.d.p. aplicada no fio de níquel-cromo 0,360mm e preencher a tabela 41 a seguir:

TABELA 41 – DADOS OBSERVADOS.

FONTE: A autora.

ESTUDO DA RESISTÊNCIA ELÉTRICA E NATUREZA DO CONDUTOR


PROCEDIMENTOS

1- Repetir a mesma experiência feita com o fio de níquel-cromo 0,360 mm,


utilizando em seu lugar um fio de ferro de 0,510 mm de diâmetro e comprimento
de 1 m, preenchendo a tabela a seguir:

TABELA 42 - DADOS OBSERVADOS.

FONTE: A autora.

129
UNIDADE 3 | EXPERIMENTOS

2- Fazer o mesmo com o fio de níquel-cromo de 0,510 mm de diâmetro e de


comprimento 1 m, preenchendo a tabela que segue:

TABELA 43 – DADOS OBSERVADOS.

FONTE: A autora.

RELAÇÃO ENTRE RESISTÊNCIA ELÉTRICA E O COMPRIMENTO DO


CONDUTOR:
PROCEDIMENTOS

1- Montar o circuito conforme a figura 34, mantendo a fonte desligada.

FIGURA 34 – ESQUEMA DE MONTAGEM DO EXPERIMENTO RELAÇÃO ENTRE RESISTÊNCIA


ELÉTRICA E O COMPRIMENTO DO CONDUTOR.

FONTE: A autora.

130
TÓPICO 8 | LEI DE OHM

2- Aplicar uma tensão constante a um condutor de níquel-cromo de 0,510 mm


de diâmetro e variar o seu comprimento conforme a figura 34. Medir as
intensidades de corrente elétrica e preencher a tabela que segue:

TABELA 44 – DADOS OBSERVADOS.

FONTE: A autora.

RELAÇÃO ENTRE A RESISTÊNCIA ELÉTRICA E A ÁREA DA SECÇÃO


RETA DO CONDUTOR

Procedimentos:

1- Aplique uma tensão constante (3 V) conforme a figura 34 nos três fios de níquel-
cromo de secções, com diâmetros de 0,360 mm, 0,510 mm e 0,720 mm.

2- Meça a intensidade de corrente que percorre cada condutor, calcule a sua


resistência e anote os dados na tabela 45.

TABELA 45 – DADOS OBSERVADOS.

FONTE: A autora.

3 ATIVIDADES E QUESTIONÁRIO
1. Defina corrente elétrica, diferenciando corrente alternada e corrente continua.

2. Defina tensão elétrica.

3. Enuncie a lei de Ohm. O que significa dizer que um resistor é ôhmico? E qual
deles apresenta esta característica?

131
UNIDADE 3 | EXPERIMENTOS

4. Com os dados da tabela 41, construir o gráfico 01 (V x i).

5. Determinar, a partir do gráfico 01 (V x i), a resistência do fio pela inclinação da


reta.

6. Qual o significado físico para o valor encontrado no item 5?

7. Com os dados da tabela 42, construir o gráfico 02 (V x i).

8. Determinar, através do gráfico 02 (V x i), a resistência elétrica do fio pela


inclinação da reta.

9. Com os dados da tabela 43, construir o gráfico 02 (V x i).

10. Determinar, através do gráfico 03 (V x i), a resistência elétrica do fio pela


inclinação da reta.

11. Com os dados da tabela 44, construir o gráfico 04 (L x R). Qual a conclusão a
que podemos chegar sobre a relação comprimento e resistência do fio?

12. Com os dados da tabela 45, construir o gráfico 05 (A x R). Qual a conclusão a
que podemos chegar sobre a relação área(A) e resistência do fio (R)?

13. Complete corretamente as afirmativas a seguir:

a) O amperímetro é um instrumento utlilizado para medir _______________


______________ e deve ser ligado em ________ com o circuito.

b) O voltímetro é um instrumento utilizado para medir ________________


______________ e deve ser ligado em___________ com o circuito.

c) O amperímetro tem ________________________ resistência interna.

d) O voltímetro tem __________________________ resistência interna.

e) A unidade de intesidade de corrente elétrica no SI é o ________________.

f) A unidade de diferença de potencial no SI é o ______________________.

g) Potencia é a ________________________.

h) A unidade de resistência elétrica no SI é o ________________________.

l) Construir o gráfico V x i. Determinar, através do gráfico, a resistência elétrica


do fio níquel-cromo 0,360 mm.

132
TÓPICO 8 | LEI DE OHM

j) O produto V.i, nos fornece a____________ e é medida em __________________


no SI.

k) Aumentando a d.d.p., a intensidade de corrente___________________


enquanto que a resistência elétrica é_____________.

14. Explique o que é Efeito Joule.

15. O que é um condutor não ôhmico? E qual deles apresenta esta caracterísitca?

16. A resistência de um condutor depende da geometria do mesmo, depende do

comprimento e da área. Relação esta que pode ser expressa como .

Para esta relação se tornar uma igualdade uma constante deve ser inserida. Que

constante é essa e qual o seu significado físico.

17. Para tomar um banho mais quente em um chuveiro elétrico, o que fazemos
com a sua resistência? Explique.

18. O que o grupo e você acharam do experimento? Poderia ser melhorado? Em


caso afirmativo, de que maneira isso poderia ser efetuado?

133
RESUMO DO TÓPICO 8

Neste tópico, você viu que:

• Estudamos os conceitos relacionados à corrente elétrica e potencial.

• Aprendemos a medir a corrente elétrica e a tensão em um circuito utilizando


um multímetro.

• Demonstramos a primeira e a segunda lei de Ohm através da experiência de


correntes estabelecidas através de condutores.

134
UNIDADE 3
TÓPICO 9

ASSOCIAÇÃO DE RESISTORES

1 INTRODUÇÃO
Considerações sobre resistência, corrente e tensão já foram feitas no tópico
8. Vamos passar diretamente às associações de resistores.

A associação de resistores é muito comum em vários sistemas, quando
queremos alcançar um nível de resistência em que somente um resistor não
é suficiente. Qualquer associação de resistores é representada pelo resistor
equivalente, que representa a resistência total dos resistores associados.

Numa associação em série, o resistor equivalente é igual à soma de todos os
resistores que compõem a associação, Req = R1 + R2 + R3 + R4 + ...+ RN.. A resistência
equivalente de uma associação em série sempre será maior que o resistor de
maior resistência da associação. A corrente elétrica que passa em cada resistor da
associação é sempre a mesma, i = i1 = i2 = i3 = i4 = ...= iN. A tensão no gerador elétrico
é igual à soma de todas as tensões dos resistores, V = V1 + V2 + V3 + V4 + ...+ VN.

Numa associação em paralelo de resistores, a tensão em todos os resistores
é igual, V = V1 = V2 = V3 = V4 = ...= VN. A soma das correntes que atravessam os
resistores é igual à resistência do resistor equivalente, i = i1 + i2 + i3 + i4 + ...+ iN. A
resistência equivalente de uma associação em paralelo sempre será menor que o
resistor de menor resistência da associação, 1 / Req = (1 / R1) + (1 / R2) + (1 / R3) +
(1 / R4) + ...+ (1 / RN). Quando se trabalha com apenas dois resistores em paralelo,
podemos utilizar a equação Req = (R1 . R2) / (R1 + R2).

A corrente contínua é constante com o tempo, encontrada em pilhas,


acumuladores, circuitos eletrônicos e outros. Corrente alternada é aquela que
varia com o tempo, geralmente de forma senoidal, repetindo 60 ciclos/segundo
ou 60 Hz, mais utilizada em motores, geradores, transformadores, retificadores,
instalações elétricas industriais e prediais.

O curto-circuito é a passagem de corrente elétrica acima do normal em


um circuito, devido à redução abrupta da impedância do mesmo. Normalmente,
o curto-circuito provoca danos tanto no circuito elétrico em que ocorre como no
elemento que causou a redução de impedância.

135
UNIDADE 3 | EXPERIMENTOS

2 PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL
Instruções Básicas

Seguir as instruções básicas apresentadas no tópico 9.

ASSOCIAÇÃO DOS RESISTORES

Material necessário:

• Suporte para pilhas.

• Multímetros.

• Fonte de Alimentação.

• Lâmpadas.

• Fios.

• Conectores.

I- DETERMINAÇÃO DA RESISTÊNCIA ELÉTRICA DA LÂMPADA

1- Montar o circuito de acordo com o esquema a seguir:

136
TÓPICO 9 | ASSOCIAÇÃO DE RESISTORES

FIGURA 35 – ESQUEMA DE MONTAGEM DO EXPERIMENTO DETERMINAÇÃO DA RESISTÊNCIA


ELÉTRICA DA LÂMPADA.

FONTE: A autora.

2- Antes de ligar a fonte de tensão, ajustar a corrente girando o botão até a marca
vermelha. Verificar se o botão da tensão está no zero.

3- Ligar a fonte de alimentação (botão vermelho). Anotar a tensão inicial e a


corrente indicada no amperímetro na tabela 46.

4- Aumentar a tensão da fonte para 0,5 V. Anotar na tabela a corrente indicada no


amperímetro e a tensão indicada pelo voltímetro.

5- Aumentar a tensão da fonte para 1,0 V. Anotar na tabela a corrente indicada no


amperímetro e a tensão indicada pelo voltímetro.

6- Aumentar a tensão da fonte para 1,5 V. Anotar na tabela a corrente indicada no


amperímetro e a tensão indicada pelo voltímetro.

TABELA 46 – DADOS OBSERVADOS.

FONTE: A autora.

137
UNIDADE 3 | EXPERIMENTOS

II a- DETERMINAÇÃO DA RESISTÊNCIA ELÉTRICA DA ASSOCIAÇÃO


DE LÂMPADAS EM SÉRIE

1- Montar o circuito de acordo com o esquema a seguir:

FIGURA 36 – ESQUEMA DE MONTAGEM DO EXPERIMENTO DETERMINAÇÃO DA RESISTÊNCIA


ELÉTRICA DA LÂMPADA.

FONTE: A autora.

2- Antes de ligar a fonte de tensão, ajustar a corrente girando o botão até a marca
vermelha. Verificar se o botão da tensão esta no zero.

3- Ligar a fonte de tensão (botão vermelho). Anotar a tensão inicial e a corrente


indicada no amperímetro na tabela 47.

4- Aumentar a tensão da fonte para 0,5 V. Anotar na tabela 47 a corrente indicada


no amperímetro e a tensão indicada pelo voltímetro em cada lâmpada.

5- Aumentar a tensão da fonte para 1,0 V. Anotar na tabela 47 a corrente indicada


no amperímetro e a tensão indicada pelo voltímetro em cada lâmpada.

6- Aumentar a tensão da fonte para 1,5 V. Anotar na tabela 47 a corrente indicada


no amperímetro e a tensão indicada pelo voltímetro em cada lâmpada.

138
TÓPICO 9 | ASSOCIAÇÃO DE RESISTORES

TABELA 47 – DADOS OBSERVADOS.

FONTE: A autora.

II b- DETERMINAÇÃO DA RESISTÊNCIA ELÉTRICA DA ASSOCIAÇÃO


DE LÂMPADAS EM SÉRIE

1- Montar o circuito de acordo com o esquema abaixo.


FIGURA 37 – ESQUEMA DE MONTAGEM DO EXPERIMENTO DETERMINAÇÃO DA RESISTÊNCIA
ELÉTRICA DA ASSOCIAÇÃO DE LÂMPADAS EM SÉRIE.

FONTE: A autora.

2- Antes de ligar a fonte de tensão, ajustar a corrente, girando o botão até a marca
vermelha. Verificar se o botão da tensão está no zero.

3- Ligar a fonte de tensão (botão vermelho). Anotar a tensão inicial e a corrente


indicada no amperímetro na tabela 48.

4- Aumentar a tensão da fonte para 0,5 V. Anotar na tabela 48 a corrente indicada


no amperímetro e a tensão indicada pelo voltímetro em cada lâmpada.

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UNIDADE 3 | EXPERIMENTOS

5- Aumentar a tensão da fonte para 1,0 V. Anotar na tabela 48 a corrente indicada


no amperímetro e a tensão indicada pelo voltímetro em cada lâmpada.

6- Aumentar a tensão da fonte para 1,5 V. Anotar na tabela 48 a corrente indicada


no amperímetro e a tensão indicada pelo voltímetro em cada lâmpada.

TABELA 48 – DADOS OBSERVADOS.

FONTE: A autora.

III a- DETERMINAÇÃO DA RESISTÊNCIA ELÉTRICA DA ASSOCIAÇÃO


DE LÂMPADAS EM PARALELO

1- Montar o circuito de acordo com o esquema a seguir.

FIGURA 38 – ESQUEMA DE MONTAGEM DO EXPERIMENTO DETERMINAÇÃO DA RESISTÊNCIA


ELÉTRICA DA ASSOCIAÇÃO DE LÂMPADAS EM PARALELO.

FONTE: A autora.

2- Antes de ligar a fonte de tensão, ajustar a corrente girando o botão até a marca
vermelha. Verificar se o botão da tensão está no zero.
140
TÓPICO 9 | ASSOCIAÇÃO DE RESISTORES

3- Ligar a fonte de tensão (botão vermelho). Anotar a tensão inicial e a corrente


indicada no amperímetro na tabela 49.

4- Aumentar a tensão da fonte para 0,5 V. Anotar na tabela 49 a corrente indicada


no amperímetro e a tensão indicada pelo voltímetro em cada lâmpada.

5- Aumentar a tensão da fonte para 1,0 V. Anotar na tabela 49 a corrente indicada


no amperímetro e a tensão indicada pelo voltímetro em cada lâmpada.

6- Aumentar a tensão da fonte para 1,5V. Anotar na tabela 49 a corrente indicada


no amperímetro e a tensão indicada pelo voltímetro em cada lâmpada.

TABELA 49 – DADOS OBSERVADOS.

FONTE: A autora.

III b - DETERMINAÇÃO DA RESISTÊNCIA ELÉTRICA DA ASSOCIAÇÃO


DE LÂMPADAS EM PARALELO

1- Montar o circuito de acordo com o esquema a seguir.

FIGURA 39 – ESQUEMA DE MONTAGEM DO EXPERIMENTO DETERMINAÇÃO DA


RESISTÊNCIA ELÉTRICA DA ASSOCIAÇÃO DE LÂMPADAS EM PARALELO.

FONTE: A autora.

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UNIDADE 3 | EXPERIMENTOS

2 - Antes de ligar a fonte de tensão, ajustar a corrente girando o botão até a marca
vermelha. Verificar se o botão da tensão está no zero.

3 - Ligar a fonte de tensão (botão vermelho). Anotar a tensão inicial e a corrente


indicada no amperímetro na tabela 50.

4 - Aumentar a tensão da fonte para 0,5 V. Anotar na tabela 50 a corrente indicada


no amperímetro e a tensão indicada pelo voltímetro em cada lâmpada.

5 - Aumentar a tensão da fonte para 1,0 V. Anotar na tabela 50 a corrente indicada


no amperímetro e a tensão indicada pelo voltímetro em cada lâmpada.

6 - Aumentar a tensão da fonte para 1,5 V. Anotar na tabela 50 a corrente indicada


no amperímetro e a tensão indicada pelo voltímetro em cada lâmpada.

TABELA 50 – DADOS OBSERVADOS.

FONTE: A autora.

IV- CURTO CIRCUITO

1- Montar o circuito de acordo com o esquema a seguir.

FIGURA 40 – ESQUEMA DE MONTAGEM DO EXPERIMENTO CURTO CIRCUITO.

FONTE: A autora.

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TÓPICO 9 | ASSOCIAÇÃO DE RESISTORES

2- Antes de ligar a fonte de tensão, ajustar a corrente girando o botão até a marca
vermelha. Verificar se o botão da tensão está no zero.

3- Ligar a fonte de tensão (botão vermelho). Anotar a tensão inicial e a corrente


indicada no amperímetro na tabela 51.

4- Ajustar a tensão da fonte para 1,5V. Anotar na tabela a corrente indicada no


amperímetro e a tensão indicada pelo voltímetro em cada lâmpada na tabela 51.

5- Com auxílio de um fio com bornes nas extremidades, fazer uma ponte entre os
pontos A e B. Anotar na tabela a corrente indicada no amperímetro e a tensão
indicada pelo voltímetro em cada lâmpada na tabela 51.

6- Com auxílio de um fio com bornes nas extremidades, fazer uma ponte entre os
pontos D e F. Anotar na tabela a corrente indicada no amperímetro e a tensão
indicada pelo voltímetro em cada lâmpada na tabela 51.

7- Com auxílio de um fio com bornes nas extremidades, fazer uma ponte entre os
pontos B e G. Anotar na tabela a corrente indicada no amperímetro e a tensão
indicada pelo voltímetro em cada lâmpada na tabela 51.

TABELA 51 – DADOS OBSERVADOS.

FONTE: A autora.

3 ATIVIDADES E QUESTIONÁRIO
1. Defina corrente elétrica e diferencie corrente alternada e corrente contínua.

2. Defina tensão elétrica e qual a sua unidade no sistema internacional de unidades.

3. O que é um resistor elétrico?

4. Por que associamos resistores?

5. O que é um curto-circuito?

6. Com os dados da tabela 46, construir o gráfico 1 (Vfonte x i).

143
7. Determinar, através do gráfico 1, a resistência elétrica da lâmpada pela inclinação
da reta.

8. Com os dados da tabela 47, construir o gráfico 2 (Vfonte x i).

9. Determinar, através do gráfico 2, a resistência elétrica da associação de lâmpadas


pela inclinação da reta.

10. Com os dados da tabela 48, construir o gráfico 3 (Vfonte x i).

11. Determinar, através do gráfico 3, a resistência elétrica da associação de


lâmpadas pela inclinação da reta.

12. Com os dados da tabela 49, construir o gráfico 4 (Vfonte x i).

13. Determinar, através do gráfico 4, a resistência elétrica da associação de


lâmpadas pela inclinação da reta.

14. Com os dados da tabela 50, construir o gráfico 5 (Vfonte x i).

15. Determinar, através do gráfico 5, a resistência elétrica da associação de


lâmpadas pela inclinação da reta.

16. Qual a conclusão que podemos tirar em relação à resistência elétrica da


associação em cada um dos casos analisados?

17. O que o grupo e você acharam do experimento? Poderia ser melhorado? Em


caso afirmativo, de que maneira isso poderia ser feito?

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RESUMO DO TÓPICO 9

Neste tópico, você viu que:

• Novamente, utilizamos o multímetro para medir corrente e tensão.

• Encontramos a resistência equivalente em uma associação de resistores em


série.

• Encontramos a resistência equivalente em uma associação de resistores em


paralelo.

• Analisamos a diferença entre esses dois tipos de associações.

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REFERÊNCIAS
HALLIDAY, D.; RESNICK, R.; WALKER, J. Fundamentos de Física. 6.ed. Rio de
Janeiro: LTC, 2002. v. 1,3.

HALLIDAY, D.; RESNICK, R.; WALKER, J. Fundamentos de Física. Rio de


Janeiro: LTC, 2002. v. 2.

FREEDMAN, Roger A. et al. Física III: Eletromagnetismo. 10. ed. São Paulo:
Addison Wesley, 2003.

HERSKOWICZ, G; SCOLFARO, V; Ramalho, F. Elementos da Física. São Paulo:


Moderna. 1990. v. 2.

ANJOS, I.; ARRUDA, M. Física na escola atual. São Paulo: Atual, 1993.

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ANOTAÇÕES

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