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Uma nova era requer uma nova economia

Nesta aula, vamos apresentar o cenário global e o contexto que levam empresas e governos a questionarem o atual modelo de produção e consumo. Também veremos de que forma a Economia Circular pode contribuir para a
redução do impacto das mudanças climáticas.

Para começar

Na evolução da nossa sociedade sempre houve mudanças. Todos os dias, surgem novas soluções que levam a sociedade ao progresso, mas a mudança de uma era
acontece quando uma série de desenvolvimentos fortalecem um novo padrão e mudam significativamente a forma como vivemos, trabalhamos e nos
relacionamos.

Estamos vivendo a era da conectividade, na qual tudo acontece extremamente rápido e a informação “cruza” o oceano em questão de segundos. Não podemos mais
dizer que as coisas vão demorar anos para chegar no Brasil.

Veja, na imagem, o que acontece em apenas 1 minuto na internet.

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Adaptado de: lorilewis.

A tecnologia digital se tornou um item essencial da nossa atualidade gerando um grande impacto na sociedade, nos negócios e nos governos.

O mundo digital e o mundo físico se confundem. A transição para essa nova era requer a compreensão dessa evolução tecnológica, que transforma nossas vidas, a
economia e os modelos produtivos. Demanda novas habilidades e influencia novos modelos de negócios, nos quais produto vira serviço, o consumidor vira usuário e
os bens são compartilhados.

E você? Está preparad@ para esta nova era e esta nova forma de gerar negócios?

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Que mundo é este?

“A bicicleta que me leva pra escola não é minha, mas está sempre na porta da minha casa. A armação quebrada dos meus óculos foi substituída por uma impressa em
casa em algumas horas pelo meu pai. Minha mãe não tem mais carro, mas tem sempre alguém diferente para nos levar a todos os lugares e, agora, todas as vezes que
viajamos não ficamos mais em hotel, mas sempre na casa de um ‘amigo’ diferente.”

Clique aqui e saiba mais.

Saiba mais

Indústria 4.0: a 4ª Revolução Industrial.

O professor alemão Klaus Schwab, fundador do Fórum Econômico Mundial, destaca os impactos desta nova era no seu livro “A Quarta Revolução Industrial”
publicado em 2016.

“Estamos a bordo de uma revolução tecnológica que transformará fundamentalmente a forma como vivemos, trabalhamos e nos relacionamos. Em sua escala,
alcance e complexidade, a transformação será diferente de qualquer coisa que o ser humano tenha experimentado antes", diz Schwab.

Se quiser saber mais, clique aqui e leia o artigo completo.

Riscos lineares e senso de urgência

Temos consciência de que a industrialização trouxe significativas transformações em quase todos os setores da vida humana. A evolução tecnológica desenvolveu
novos materiais, trouxe praticidade ao nosso dia a dia e gerou soluções médicas que aumentaram a nossa expectativa de vida.

Porém, este modelo de produtividade, cujo crescimento é diretamente proporcional à exploração de recursos naturais, trouxe ao mesmo tempo benefícios e desgaste
ao meio ambiente, pois não considerava os impactos e os passivos deixados para trás. Esta é a Economia Linear: modelo de produção baseado na extração,
produção, uso e descarte de recursos e materiais.

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Mas em 2050 seremos 10 bilhões de pessoas.

A produção aumenta para suprir o crescimento populacional, e o desenvolvimento tecnológico contribui para otimizar processos, acelerar a produção, gerar ganho de
capacidade fazendo com que a exploração dos recursos naturais se torne mais rápida e eficiente. Os custos são otimizados e atingimos um alto patamar produtivo.

Porém, extraímos recursos em uma velocidade tão rápida que o meio ambiente se torna incapaz de se regenerar. A consequência é o desgaste das reservas naturais,
provocando a escassez de recursos e a indisponibilidade de matéria-prima para a indústria.

Saiba mais

O dia de sobrecarga da Terra

O dia de sobrecarga da Terra é a data em que consumimos todos os recursos naturais da terra disponíveis para o ano. A cada ano esta data tem sido atingida mais
cedo. Pensando na nossa conta bancária, é quando entramos no vermelho.
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Por exemplo, em 2019, o dia da sobrecarga do Brasil foi 31 de julho. Nos EUA, o dia da sobrecarga foi 15 de março, ou seja, os EUA usaram todo o seu estoque
anual de recursos naturais já no começo do ano.

Se analisarmos globalmente o dia da sobrecarga por décadas, notaremos que a data está cada vez mais adiantada. Em 1970, o dia da sobrecarga foi 29 de dezembro.
Em 2018, o dia da sobrecarga foi 1 de agosto.

Clique aqui para saber como é calculada essa sobrecarga (material em inglês).
Clique aqui para ler sobre uma pesquisa que traz quais ações políticas são necessária para reduzir essa sobrecarga (material em inglês).

Empresas e governos questionam o processo produtivo atual

Mas o que tem de errado com o atual modelo?

Para que possamos entender o senso de urgência para a transição para um novo modelo econômico precisamos entender os motivos pelos quais as empresas estão
preocupadas.

Escassez de matéria-prima: um crescimento global baseado na exploração dos recursos naturais em uma taxa de exploração mais rápida que a capacidade da terra
de se regenerar provoca um desgaste do ecossistema natural.

Custo e disponibilidade: ao impactar as reservas globais, as empresas começam a ter problemas com o suprimento de matérias-primas e uma volatilidade no custo
das commodities. No ano 2000, ocorreu uma inversão no comportamento do preço das matérias-primas e uma alta taxa de volatilidade das commodities.

Saiba mais

Alto custo e disponibilidade das matérias-primas

Um estudo da Accenture apresentou o cenário que levou ao questionamento do modelo produtivo e à variação do preço dos commodities em relação ao crescimento
do produto interno bruto. Inicialmente o gráfico destaca como a inovação tecnológica levou à otimização dos processos exploratórios contribuindo para que o índice
de preços das commodities caísse em 0,5% para cada 1% de crescimento do PIB. Entretanto, o encontro da intensa exploração com o ápice do desenvolvimento
tecnológico, levou o preço das commodities a subir a partir do ano 2000 em uma taxa de 1,9% para cada 1% de crescimento do PIB. Sendo assim, com este valor
muito mais alto observa-se um custo crescente para materiais, energia, água e solo, problemas de suprimento gerando riscos socioeconômicos aos negócios.

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Adaptado de: Circular Advantage – Innovative Business Models and Technologies to Create Value in a World without Limits to Growth – Accenture, 2014

Se quiser saber mais, clique aqui e leia o artigo completo (material em inglês).

O novo consumidor

Como vimos, esta nova era traz uma revolução tecnológica que transforma fundamentalmente a produção e consumo.

Um mundo globalizado e interdependente modifica o modelo produtivo, mas também nos transforma como indivíduos e consumidores.

O cliente está mudando a sua forma de comprar, logo as empresas precisam mudar a sua forma de vender.

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O novo consumidor pesquisa tudo na internet antes de comprar e pode mudar de opinião facilmente diante do que ele lê. O novo consumidor não faz mais compras
apenas por impulso e não está mais focado apenas no preço dos produtos, mas procura o propósito da marca.

Devido ao fácil acesso à informação, o consumidor se informa bem antes de efetuar a compra e muda de ideia diante da opinião de outros consumidores.

É a revolução digital levando às mudanças culturais e comportamentais dos consumidores.

Por exemplo, novas alternativas para serviços de transporte e hospedagem, tais como o Uber e AirBnb, surgem diante desta nova realidade e permitem novos
modelos de negócio facilitados pela tecnologia oferecendo novas experiências de consumo considerando o compartilhamento de ativos.

Sendo assim, esta nova realidade faz com que as empresas estejam mais atentas à forma com que colocam produtos no mercado.

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O novo mindset de compra

“O jargão Mindset Digital nada mais é do que o modelo mental de um grupo de pessoas que passa a se comportar de forma padrão por conta da integração das
tecnologias nos seus hábitos.
(Mercado e Consumo, 2018)”

Se quiser saber mais, clique aqui e leia o artigo completo.

Como garantir a sobrevivência do seu negócio na nova era?

Desde a Revolução Industrial acreditava-se que teríamos um fornecimento constante e infinito de recursos. O modelo produtivo foi baseado na exploração dos
recursos naturais e a produção em um modelo de desenvolvimento de produtos tendo como base também a obsolescência programada - técnica que visava atrair o
consumidor de volta para uma nova compra devido ao curto ciclo de vida do produto. Esta economia linear gerava uma mentalidade de “compra, usa e joga fora”.

Entretanto, atualmente este modelo gera insatisfação e perda do cliente que devido à alta competitividade do mercado, vai optar por outra marca.

Empresas que continuarem a operar com esta mentalidade estão correndo sérios riscos que precisam ser avaliados para garantir a perpetuidade do negócio.

E quais são estes riscos?

Clique nas imagens abaixo para conhecê-los:

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(A) RISCO DE SUPRIMENTO:


a dependência do uso de recursos não renováveis irá causar escassez e volatilidade da matéria-prima.

(B) RISCO DE COMPETITIVIDADE:


o processo produtivo baseado na obsolescência programada irá afetar a qualidade dos produtos e olhar crítico do consumidor.

(C) RISCO DE CONFLITOS:


uma cadeia compartimentada reduz a colaboração e aumenta o potencial de geração de conflitos. A falta de transparência e de conhecimento ao longo da cadeia
também irá gerar uma “desconectividade” e provocar discussões ao longo da cadeia de valor.

(D) RISCO DE SOBREVIVÊNCIA:


a visão sistêmica, a adaptação à nova realidade e um olhar voltado à inovação serão elementos críticos para que a empresa seja à prova do futuro.

A gestão de riscos é uma parte importante do processo de investimento de negócios e, portanto, entender estes riscos lineares é um fator essencial para a estabilidade
e crescimento de longo prazo.

Este é o primeiro passo da transição para a Economia Circular que chegou com força em 2018.

Conheça a seguir os grandes marcos que estão impulsionando a transição e o atual nível de circularidade do mundo.

Saiba mais

Sociedade e economia estão cada vez mais cientes de que os recursos necessários para produção não são infinitos. Um estudo de uma consultoria holandesa mostra
os riscos da atual economia, que chamamos de Riscos Lineares.

Se quiser saber mais, clique aqui e leia o estudo completo (material em inglês).

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A transição para a Economia Circular

Aspectos legais, técnicos e financeiros destacaram os 3 grandes marcos que contribuíram para o fortalecimento da Economia Circular no cenário global em 2018.
Estes pontos servem como fortes argumentos para a inserção da temática na pauta das empresas, governo e sociedade no mundo e também no Brasil.

Clique nos títulos abaixo:

Economia Circular virou lei na Europa keyboard_arrow_down


O pacote de diretrizes que havia sido apresentado ao mercado em 2014, foi validado e republicado em 2015 e aprovado como lei em 2018, criando uma base
para o desenvolvimento de negócios na União Europeia.
Diretrizes financeiras para a Economia Circular keyboard_arrow_down
Três grandes bancos holandeses se reuniram para estudar formas de financiamento para impulsionar negócios circulares. O relatório final foi publicado em
meados de 2018 e foi considerado um marco para compreensão das oportunidades e novos formatos para retorno de investimento.
Norma ISO de Economia Circular keyboard_arrow_down
Ao final de 2018 um comitê global foi estabelecido para a elaboração da 1ª norma ISO de Economia Circular que visa instruir o mercado no processo de
transição. A Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) já confirmou a participação e sua liderança para montar o comitê brasileiro destacando a
importância do tema também para nosso mercado. O processo de normatização de processos cria uma base comum de práticas que devem ser seguidas pelas
empresas. Normas técnicas são importantes instrumentos que influenciam políticas públicas e práticas empresarias.

Saiba mais

Um pacote de leis sobre Economia Circular virou lei na Europa. Se quiser saber mais, clique aqui (material em inglês).

Instituições financeiras europeias fizeram um estudo sobre diretrizes financeiras para a Economia Circular. Se quiser saber mais, clique aqui (material em inglês).

A ABNT está elaborando a normatização no campo da Economia Circular. Se quiser saber mais, clique aqui.

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Economia Circular e mudanças climáticas

Essa transição para a Economia Circular torna-se mais urgente a cada dia, pois o sistema linear acelerado no qual vivemos não concede o tempo necessário para
regeneração dos recursos naturais. As consequências dessa agressão ao meio ambiente são graves e uma das mais críticas são as mudanças climáticas.

As mudanças climáticas são alterações do clima global, evidenciado pelo aumento de temperatura no planeta como um todo. Estamos vendo as ondas de calor na
Europa e o frio cada vez mais intenso na América Latina.

E o que causa este aquecimento global?

O aumento da emissão de gases de efeito estufa aumenta a retenção de energia nos oceanos e na atmosfera, elevando a temperatura, a intensidade e frequência dos
eventos climáticos extremos, sejam de frio ou de calor. E suas consequências podem ser irreversíveis.

Outro aspecto distinto da mudança atual do clima é a sua origem: ao passo que as mudanças do clima no passado decorreram de fenômenos naturais, a maior parte
da atual mudança do clima, particularmente nos últimos 50 anos, é atribuída às atividades humanas.

Fonte: Ministério do meio Ambiente.


https://www.mma.gov.br/informma/item/195-efeito-estufa-e-aquecimento-global

Todo ano, lideranças globais se reúnem para debater estas questões em uma conferência chamada Conferência das Partes (COP) - órgão supremo da Convenção
Quadro das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (UNFCCC) – que foi estabelecida com o objetivo de gerar uma conscientização mundial sobre os problemas
associados às mudanças climáticas, além de promover e facilitar a troca de informações entre os países sobre ações para enfrentar a mudança do clima e seus efeitos.

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A 21ª Conferência das Partes (COP21), realizada em Paris em 2015, foi marcante, pois foi adotado por 195 países, um acordo global para reduzir as emissões de
gases de efeito estufa, estabelecendo três compromissos chave com o objetivo central de fortalecer a resposta global à ameaça da mudança do clima e de reforçar a
capacidade dos países para lidar com os impactos decorrentes dessas mudanças. Os três compromissos principais são:

Os compromissos globais foram pensados para manter o aumento da temperatura média global em menos de 2°C e dedicar esforços para limitar o aumento da
temperatura a 1,5°C.

Saiba mais

O Acordo de Paris foi aprovado por 195 países na COP21. É uma resposta mundial à ameaça de mudança climática e suas consequências. Se quiser saber mais,
clique aqui.

Entretanto, pesquisas nos trazem dois importantes pontos, um negativo e um positivo:

A Economia Circular apresenta uma proposta viável para atingir a meta de restringir o aumento de temperatura em 1,5°C.

Estes compromissos contribuem, infelizmente, apenas com uma parte das ações necessárias para a redução do aquecimento global.

Adaptado do livro Economia Circular Holanda-Brasil - Brasil Da Teoria à Prática, Março 2017

Se o cenário atual permanecer, a temperatura global em 2100 será 4°C acima dos níveis pré-industriais. Para limitar a elevação de temperatura a 1,5°C, precisamos
reduzir a emissão de gases do efeito estufa de 65 bilhões de toneladas para 39 bilhões, até 2030.

Clique no botão abaixo para ver o que pode ser feito para atingir a meta.

O que fazer?
SOLUÇÃO
Compromissos nacionais Economia Circular Outras medidas

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SOLUÇÃO
• Energia sustentável • Recuperação e reuso
• Aumento da escala dos renováveis e da
• Eficiência energética • Aumento da vida útil
eficiência energética
• Redução do desmatamento • Compartilhamento e serviços
• Reflorestamento
• Design circular
• Agricultura inteligente
• Plataformas digitais

A transição para a Economia Circular é agora!

Estamos preparados para a transição circular?

format_quote Está claro que precisamos de uma mudança sistêmica. É essencial falarmos de soluções. Todos os debates caminhando para a COP25
precisam ser efetivos e serem feitos de modo a avançar o processo. Vamos começar a nível global e fazer com que todos os governos reconsiderem suas
estratégias de mudança climática com a economia circular em mente. Embora seja crucial concentrar-se em energia renovável, eficiência energética e
evitar o desmatamento, devemos considerar também o vasto potencial da economia circular. format_quote

Patricia Espinosa, secretária executiva da União Europeia para Mudanças Climáticas desde 2016

E o quanto circular é o mundo?

Na Economia Linear, extraímos os recursos naturais, transformamos em produtos, usamos e jogamos fora. Quanto mais rápida a produção, mais rápido o descarte, e
menos tempo damos à natureza para se regenerar. Nosso atual modelo de economia cria uma alarmante proporção: quanto mais esgotamos o meio ambiente, mais
lixo produzimos. O resultado, mais cedo ou mais tarde, é fatalmente o colapso: sem recursos naturais não há produção e nos restará apenas montes e montes de lixo.

Na Economia Circular, os fluxos de materiais são contínuos, os resíduos são transformados em matéria-prima e o sistema é regenerativo por princípio, o que
significa que nada se perde e tudo se transforma, como na natureza: o equilíbrio é perfeito e o conceito de lixo é abolido.

Compartilhar, consertar e reutilizar são palavras de ordem. Trata-se de um novo modelo macroeconômico de crescimento que já virou lei na Europa. O foco está em
manter e criar valor ao longo da cadeia e na restauração do capital natural e social.

Portanto, ao medir a circularidade da nossa economia pretendemos demonstrar que todo material que extraímos do meio ambiente volta naturalmente ao final do seu
ciclo para ser regenerado e reutilizado. Porém este não é o caso.

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De acordo com pesquisa lançada em 2019 pela instituição holandesa Circle Economy e apoiada pela ONU o mundo é apenas 9% circular, o que significa que apenas
9% dos materiais que utilizamos na produção industrial são retornados ao processo produtivo ou ao meio ambiente. O restante, se não estiverem aplicados em bens
de consumo de alta durabilidade, estão indo parar nos aterros sanitários, na melhor das hipóteses. Na maioria das vezes o material acaba na natureza poluindo nossas
cidades, rios e mares.

Para reduzir este gap entre disponibilidade de matéria-prima e consumo precisamos seguir 4 caminhos:

1. Desacelerar a extração
2. Reduzir as perdas de processo
3. Otimizar o uso dos materiais
4. Circular mais e melhor

Adaptado de: The Circularity gap report. 2018.

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Portanto, apesar do resultado não ser positivo, eles nos trazem uma base global para discussão e uma evidência da necessidade da mudança, fazendo com que as
empresas passem a rastrear a sua performance, engajar seus fornecedores e estabelecer metas de forma a obter resultados que gerem valor para toda a sua cadeia de
valor.

Será que você é capaz de repensar o seu processo produtivo para seguir um novo caminho visando dar continuidade ao seu negócio e ao mesmo tempo prevenir a
degradação ambiental e a desigualdade social?

Mas como fazer? Você irá saber mais na próxima aula.

Saiba mais

A economia linear está falhando com as pessoas e o planeta, mas podemos agir para corrigir a lacuna da circularidade global.

Se quiser saber mais, leia o artigo completo (material em inglês) clicando aqui.

Conclusão da aula

Uma nova era requer uma nova economia

A competitividade na nova era e no contexto da Indústria 4.0 não é mais baseada apenas no custo e na qualidade, mas sim na geração de valor. A Economia
Circular traz um novo olhar para a indústria, de que é possível crescer de forma diferente.

Este novo modelo produtivo promove inovações tecnológicas, contribui para reduzir o aumento da temperatura global, gera novas oportunidades de negócio e cria
novos empregos.

Além disso, o olhar da Economia Circular tem a capacidade de unir a comunidade global em uma agenda comum e fazer com que todos se sintam empoderados para
a mudança tanto com um olhar coletivo como individual.

Sua abordagem sistêmica aumenta a capacidade de servir às necessidades da sociedade, endossando o melhor que a humanidade tem para oferecer:
empreendedorismo, inovação e colaboração.

Agora que você já entendeu o porquê de uma nova economia, você está preparado para aprender sobre conceitos básicos que embasam a Economia Circular e como
aplicá-la em seu negócio.

local_library Referências

Referências

ABN AMRO; ING; RABOBANK. Circular Economy Finance Guidelines. 2018. Disponível em: <https://www.europarl.europa.eu/EPRS/EPRS-Briefing-573936-
Circular-economy-package-FINAL.pdf>. Acesso em: 04 set. 2019.

ABNT. ABNT/CEE-323 – Comissão de Estudo Especial de Economia Circular. Disponível em: <http://www.abnt.org.br/abnt-cee-323-comissao-de-estudo-
especial-de-economia-circular>. Acesso em: 04 set. 2019.

ACCENTURE STRATEGY. Circular Advantage. Disponível em: <https://www.accenture.com/t20150523t053139__w__/usen/_acnmedia/accenture/conversion-


assets/dotcom/documents/global/pdf/strategy_6/accenture-circular-advantage-innovative-business-models-technologies-value-growth.pdf>. Acesso em: 03 set. 2019.

BAER, Ines; EDGERTON, Brendan; HIRSCH, Peter; KRAANEN, Frido; PLOMP, Rik; RAMKUMAR, Shyaam; WALRECHT, Arnaoud. Linear Risks. 2018.
Disponível em: <http://www.ecocircle-concept.de/files/2019_Literatur/FINAL-linear-risk-20180613.pdf>. Acesso em: 04 set. 2019.

CALLAHAN, Chadd; LEWIS, Lori. 2017 This is what happens in an internet minute. Twitter, 2017. Disponível em:
<https://twitter.com/lorilewis/status/839475921035874306>. Acesso em: 03 set. 2019.

CIRCLE ECONOMY. The Circularity gap report. 2018. Disponível em: <https://www.legacy.circularity-gap.world/>. Acesso em: 05 set. 2019.

EARTH OVERSHOOT DAY. Country Overshoot Day 2019, 2019. Disponível em: <https://www.overshootday.org/newsroom/country-overshoot-days/>. Acesso
em: 03 set. 2019.

EUROPEAN PARLIAMENT. Circular economy package: Four legislative proposals on waste. 2016. Disponível em:
<http://www.europarl.europa.eu/EPRS/EPRS-Briefing-573936-Circular-economy-package-FINAL.pdf>. Acesso em: 04 set. 2019.

LUZ, Beatriz. Que mundo é este? ESTADÃO. Edu, 2017. Disponível em: <https://tecnoblog.net/247956/referencia-site-abnt-artigos/>. Acesso 02 set. 2019.

LUZ, Beatriz. Economia Circular Holanda Brasil. Rio de Janeiro: Exchange 4 change Brasil, 2017. MINISTÉRIO DO MEIO AMBIENTE (BRASIL). Acordo de
Paris. Disponível em: <https://www.mma.gov.br/clima/convencao-das-nacoes-unidas/acordo-de-paris>. Acesso em: 04 set. 2019.

ORTEGA, João. Indústria 4.0: entenda o que é a quarta revolução industrial. StartSe, 2019. Disponível em: <https://www.startse.com/noticia/nova-
economia/60414/industria-4-0-entenda-o-que-e-quarta-revolucao-industrial>. Acesso em: 01 set. 2019.

SCHWAB, Klaus. A quarta revolução industrial. São Paulo: Edipro, 2016.

WATTS, Jonathan. Earth's resources consumed in ever greater destructive volumes. The Guardian, 2018. Disponível em:
<https://www.theguardian.com/environment/2018/jul/23/earths-resources-consumed-in-ever-greater-destructive-volumes>. Acesso em: 03 set. 2019.

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Exercícios

1. Por que se tornou urgente a transição para um novo modelo econômico? Assinale o principal motivo pelo qual as empresas estão preocupadas.

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A. a taxa de exploração mais rápida que a capacidade regenerativa da terra, diminuiu a disponibilidade de recursos e assim, gerou problemas com o suprimento
de matéria-prima.

clearResposta errada.
checkResposta correta.

B. responsabilidade do consumidor em não tolerar produtos que foram desenhados para a obsolescência programada.

clearNo mercado existem diferentes tipos de produtos, a obsolescência não é o principal motivo da transição para o novo modelo.
checkResposta correta.

C. devido à alta competição de mercado, no que se refere a produtos ecológicos.

clearOs produtos ecológicos têm se tornado importante no mercado, porém ainda não são principais nas empresas.
checkResposta correta.

D. devido à defasagem tecnológica de produção nos moldes lineares.

clearA tecnologia está presente em todos os modelos de negócios.


checkResposta correta.

E. pressão institucional dos governos por meio de legislações e regulamentações voltadas a uma produção e consumo menos impactante ao meio ambiente.

clearO principal motivo de transição não aconteceu via governo.


checkResposta correta.

Verificar Resposta

2. Estudos demonstram os riscos do modelo econômico linear (baseada na exploração dos recursos, na produção, no uso e descarte de produtos). A partir dessa informação, marque Verdadeiro ou Falso para as alternativas abaixo.

A. O desenvolvimento tecnológico associado à intensa exploração dos recursos, provocou escassez e volatilidade no preço das commodities.

Falso Verdadeiro

clearResposta errada.
checkResposta correta.

B. Problemas de suprimento geram riscos socioeconômicos aos negócios.

Falso Verdadeiro

clearResposta errada.
checkResposta correta.

C. O diferencial competitivo não é mais custo e qualidade, e sim, a produção de produtos ecológicos.

Falso Verdadeiro

clearFalso. O diferencial competitivo ainda é o custo e qualidade.


checkResposta correta.

D. A possibilidade do uso de recursos renováveis trouxe risco de sobrevivência para sistemas produtivos baseados em combustíveis fósseis.

Falso Verdadeiro

clearFalso. O uso de recursos renováveis NÃO traz risco para sistemas produtivos baseados em combustíveis fósseis.
checkResposta correta.

E. A obsolescência programada continua a gerar diferencial competitivo no olhar crítico do novo consumidor.

Falso Verdadeiro

clearFalso. A obsolescência programada é um dos riscos que as empresas estão correndo ao operar com esta mentalidade.
checkResposta correta.

Verificar Resposta

3. As mudanças climáticas e a produção e uso de materiais estão estreitamente ligados. Relacione as indicações a seguir ao aumento de emissões atmosféricas ou à diminuição de emissões atmosféricas:

Selecione:

Selecione:
Aumento
Diminuição

Alternativa correta

A. Uso de biomassa em processos produtivos.

clearDiminuição. Substituir materiais intensivos em carbono por alternativas com baixo teor de carbono.
checkResposta correta.
Selecione:

Selecione:
Aumento
Diminuição
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Alternativa correta

B. Extensão da vida útil do produto e melhoria na intensidade de uso.

clearDiminuição. Ao estender a vida útil de um produto, reutilizá-lo ou compartilhá-lo, é necessário menos produto para responder a uma determinada demanda.
Como resultado, as emissões da cadeia produtiva são reduzidas.
checkResposta correta.
Selecione:

Selecione:
Aumento
Diminuição

Alternativa correta

C. Uso de resíduos como recursos.

clearDiminuição. Ao alimentar os resíduos de volta à fase de processamento de uma cadeia de valor, as emissões das fases de extração e produção podem ser
reduzidas.
checkResposta correta.
Selecione:

Selecione:
Aumento
Diminuição

Alternativa correta

D. Produção agrícola extensiva.

clearAumento. A produção agrícola em grande escala necessita de maquinários de plantio e colheita ainda dependentes de combustíveis fósseis.
checkResposta correta.
Selecione:

Selecione:
Aumento
Diminuição

Alternativa correta

E. Compartilhamento de veículos para mobilidade urbana.

clearDiminuição. A emissão de poluentes atmosféricos por veículos automotores é hoje um dos principais responsáveis pelo aquecimento global.
checkResposta correta.

Verificar Resposta

4. Os anseios do novo consumidor são, em especial, originados da sensibilidade sobre as mudanças climáticas, os impactos no meio ambiente e a influência da tecnologia digital. Marque verdadeiro ou falso, refletindo sobre esse novo
mindset de consumo.

A. Muitos consumidores querem se relacionar com marcas que se posicionem com relação aos seus anseios e que estejam transformando a realidade.

Falso Verdadeiro

clearResposta errada.
checkResposta correta.

B. O consumidor tem comprado de maneira mais consciente, optando por produtos provenientes de uma cadeia mais responsável.

Falso Verdadeiro

clearResposta errada.
checkResposta correta.

C. Devido à revolução tecnológica e era digital, o consumidor compra mais, levado apenas por impulso.

Falso Verdadeiro

clearFalso. O novo consumidor tende a pesquisar bastante e analisar suas reais necessidades antes de realizar a compra.
checkResposta correta.

D. O novo consumidor tem levado as empresas (indústria e varejo) a prezarem por condições de trabalho mais justas, a usarem e reusarem materiais seguros, que
diminuam impactos negativos no meio ambiente e a repensarem a forma como seus produtos são feitos, usados e reutilizados.

Falso Verdadeiro

clearResposta errada.
checkResposta correta.

E. O acesso facilitado da informação, no meio digital, possibilitou uma transformação na forma de consumo consciente.

Falso Verdadeiro

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clearResposta errada.
checkResposta correta.

Verificar Resposta

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