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O TECNÓLOGO EM

AUTOMAÇÃO INDUSTRIAL
AULA 1

Prof. Luciano Carstens


CONVERSA INICIAL

Sejam bem-vindos! Nesta aula serão abordados temas como o histórico


da profissão e da área de atuação, o perfil do profissional egresso, a atuação
profissional na carreira exercendo cargos na indústria, de liderança ou gestão e
como empreendedor da área.
Trabalhar com automação industrial é estar apto a superar desafios
diários na busca de soluções de problemas que auxiliem diretamente no
aumento da produtividade industrial, contribuindo para a melhoria das condições
de trabalho tornando possíveis soluções que aprimorem os requisitos
ergonômicos e de segurança. Uma profissão instigante, que exige de seu
profissional atualização constante das novas tecnologias, que surgem de forma
exponencial neste segmento. Uma profissão que possui carência de
profissionais e que com o advento da indústria 4.0, traz oportunidades de
atuação a nível global, com milhões de vagas em aberto no mundo todo.
Quando se pensa no futuro da indústria, geralmente nos vem à mente a
imagem de máquinas e de robôs substituindo o trabalho humano. No caso da
indústria automotiva por exemplo, isto já é realidade na sua grande maioria.
O crescimento meteórico do consumo e a criação das linhas de montagem
deram origem a automação industrial, que hoje é realidade ao redor do mundo.
Sem os robôs e os sistemas inteligentes que alavancam a produção industrial
cada um destes carros produzidos atualmente demoraria, no mínimo, três vezes
mais para serem fabricados, isto sem falar nos desperdícios, resíduos gerados
e retrabalhos devido à dificuldade de se padronizar a produção com qualidade,
logo sem a automação industrial ainda no exemplo dos automóveis os custos
seriam ainda mais elevados, e não seria possível atender a demanda do
mercado.
As indústrias estão em constante evolução adotando cada vez mais
processos automatizados de fabricação, com estes sistemas a produtividade
aumenta, os custos tendem a cair e a qualidade se torna cada vez mais
consistente, e para permitir que todas estas melhorias ocorram o trabalho do
Tecnólogo em Automação Industrial é fundamental.
A vantagem para o tecnólogo em automação industrial é que sua
formação é bastante robusta e específica para lhe diferenciar dos demais
profissionais da área, pois, permite que conheça de maneira mais aprofundada
sobre as tecnologias e soluções aplicadas, estando apto a solucionar problemas
de maneira mais rápida e eficaz, tendo uma vivência muito mais ampla durante
seu processo formativo de soluções de aplicação práticas do que teóricas.
Nesta aula, iremos abordar conceitos sobre o histórico da automação
industrial sua evolução ao longo dos anos e que traçaram o perfil do profissional
para os dias atuais, serão explorados aspectos motivacionais de com um cenário
macroeconômico e da sociedade que mostraram como que o mundo se
organizou e contribuiu para que o profissional atue neste segmento, será
trabalhado também o perfil do egresso, assim como as possibilidades de carreira
a serem desenvolvidas.

TEMA 1 – HISTÓRICO DA AUTOMAÇÃO INDUSTRIAL

A qualidade de vida das pessoas está diretamente relacionada a evolução


científica e tecnológica, apresentaremos a seguir alguns números que
comprovam esta afirmação, e posteriormente um histórico da evolução dos
processos de fabricação que mostram como estes números foram atingidos.

1.1 Evolução tecnológica e aumento da qualidade de vida

Segundo dados do Banco Mundial a pobreza mundial vem diminuindo ano


após ano, como pode ser observado no gráfico a seguir:

Figura 1 – Números da população vivendo em extrema pobreza por região

Fonte: Banco Mundial, 2020.

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No gráfico a seguir vemos que o percentual da população mundial sem
alfabetização também vem reduzindo bastante no decorrer dos anos, porém
mesmo assim ainda temos no mundo quase 14% da população mundial
analfabeta.

Figura 2 – Percentual da população mundial alfabetizada versus analfabetos

Fonte: Our World in Data com base em OECD e Unesco, 2016.

Mais um ponto importante que reflete uma melhoria sensível na qualidade


de vida é que o percentual de morte em crianças abaixo de 5 anos, também
apresenta evolução demonstrando aumento da qualidade de vida.

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Figura 3 – Percentual de Mortalidade Infantil Global abaixo de 5 anos

Fonte: Gapminder and Word Banck.

Outro dado interessante e que mostra a importância de se automatizar


processos é a redução do número de filhos por família. Esta redução em muitos
países já é sentida e muitas nações desenvolvidas apresentam decréscimo
populacional.

Figura 4 – Número de filhos por família

Fonte: Nações Unidas.

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O dado a seguir também é bastante interessante, e tem relacionamento
com o a automação, é a redução da média de horas trabalhadas por pessoa por
ano, no dado a seguir pode-se observar que ocorreu uma redução drástica ao
longo dos últimos anos fruto também da automação das indústrias, processos e
serviços.

Figura 5 – Redução de Horas Trabalhadas

Fonte: Angus Maddison, Ecd, 2001.

Com todos estes dados apresentados pela sensível melhora na qualidade


de vida, uma característica interessante está ocorrendo, que é a mudança no
perfil da “pirâmide” demográfica, com aumento da expectativa de vida, maior
número de idosos, e menor número de filhos, o número com pessoas acima de
60 anos irá mais que dobrar até o ano de 2050, assim como metade dos
trabalhadores terão 50 anos ou mais, a seguir vemos como era a pirâmide
demográfica no Brasil nos 50, atualmente e uma projeção para 2050,
comparando os gráficos, conseguimos ver esta mudança clara no perfil da
população, algo global que também deve ocorrer aqui no Brasil.

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Figura 6 – Mudanças etárias

Fonte: IBGE.

1.2 Evolução tecnológica versus escassez de recursos

Em contrapartida toda esta evolução tecnológica tem provocado um


aumento de consumo, e traz grandes desafios, os dados a seguir apresentam
algumas reflexões neste sentido.
O primeiro exemplo é o aumento global do consumo de energia, que
cresce ano após ano, exigindo que a matriz energética seja atualizada e que
novas fontes de energia em substituindo as fontes baseadas em combustíveis
fósseis. O Brasil felizmente possui uma matriz energética com características
mais renováveis, especialmente devido a fonte de geração hídrica, porém com
as mudanças climáticas, versus aumento do consumo esta fonte possui maiores
desafios para crescimento e em virtude disto novas fontes precisam ser
incentivadas para suprir este déficit e evitar o uso de processos de produção de
energia a partir de fontes não renováveis, atualmente as fontes Solar e Eólica
tem representado globalmente uma importância estratégica e no gráfico a seguir
pode-se observar o aumento de participação destas fontes na matriz energética
mundial.

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Figura 7 – Consumo Global de Energia

Fonte: Ourwordindata.Org/Energy.

O aumento do consumo de energia reflete também no aumento do uso de


recursos naturais, 80% dos produtos manufaturados são descartados em menos
de 6 meses, isto reflete na escassez de matéria prima, aumento da utilização de
recursos naturais assim como aumento do volume de resíduos, o popular lixo,
onde o volume global de lixo deve atingir a marca de 2,5 bilhões de toneladas
por ano em 2025.

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Figura 8 – Aumento do volume de resíduos

Crédito: vchal/Shutterstock; nate samui/Shutterstock; muellek/Shutterstock;


kathi_1983/Shutterstock; Mohamed Abdulraheem/Shutterstock; HM Shahidul Islam/Shutterstock.

1.3 Tecnologia é a força que converte escassez em abundância

Com os números apresentados anteriormente, apesar de termos visto no


início uma evolução na qualidade de vida, com o aumento da expectativa de vida
da população global, vemos que este aumento também trouxe outros desafios,
que é a gestão de recursos naturais e isto exige que na mesma medida seja
aumentada a oferta de energia, alimentação, comida, comunicações, acesso a
educação e formação de qualidade, sistemas de saúde, transporte, água,
habitação, lazer, informação, segurança e serviços.
Para tanto é importante inovar e ser criativo, a seguir vamos fortalecer um
pouco mais estes conceitos.
Inovação é quando uma ideia já desenvolvida e aplicada em um contexto
pode ser aprimorada ou adaptada para uma nova utilização, quando produtos ou
serviços são reinventados, aprimorados e simplificados.
As inovações surgem a qualquer momento, a partir de mentes criativas,
nos mais diversos lugares, por necessidade ou por acaso, podem surgir também
por uma estratégia deliberada ou por acidente a partir das trocas entre pessoas
com habilidades e ideias diferentes.
A evolução tecnológica nos mostrou como foi importante esta inovação
ocorrida nos últimos anos.

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1.4 Evolução dos processos de fabricação com avanço da automação

O desenvolvimento humano, que conhecemos, durante mais de 150.000


anos possuiu uma característica linear e local, em que os produtos e serviços
eram realizados e oferecidos por artesãos e pessoas extremamente qualificadas,
as dificuldades de comunicação, energia e transporte inviabilizaram por muito
tempo esta evolução.
Antes da Primeira Revolução Industrial, os processos industriais
resumiam-se a sistemas artesanais de produção, que possuíam as seguintes
características:

• Produtos individualizados
• Ferramentas simples e flexíveis
• Qualidade conseguida na “marra”
• Produção sob encomenda
• Custos não diminuem significativamente com o volume

Figura 9 – Modelo de produção artesanal

Crédito: Oliver Denker/Shutterstock.

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Porém, com o advento das tecnologias e as revoluções industriais, o
mundo passou a se conectar e hoje, o crescimento e a evolução dos mercados
ocorrem de maneira global e exponencial.
Atualmente estamos vivendo o momento da Indústria 4.0, em que a
automação e robotização tem papel fundamental, este caminho foi percorrido
nos últimos 240 anos aproximadamente, algo bastante recente para a história da
evolução humana, e pode ser divindade em quatro períodos, conhecidos como
Revoluções Industriais.

• Primeira Revolução Industrial: Iniciou-se em 1784, com a, que pode ser


representada pela invenção da máquina a vapor com o início da produção
mecanizada, e se fossemos escolher um nome este período seria
representado por James Watt.

Figura 10 – Máquina a Vapor 1784

Crédito: Juulijs/Adobe Stock.

• Segunda Revolução Industrial: Ocorrida pouco mais de 100 anos


depois em 1870, com o início da produção em série, o advento da energia
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elétrica, e que podemos representar pelas pelo inventor Thomas Edison
assim como por Henry Ford.

Figura 11 – Henry Ford e o modelo T – Símbolos da 2ª Revolução Industrial

Crédito: PD.

Algumas características dos sistemas de produção pós Segunda


Revolução Industrial, também conhecida como fase da produção em massa:

• Organizações departamentalizadas
• Grandes estoques
• Longos períodos de processamento de matéria-prima e longos períodos
de previsão
• Produto padronizado
• Pouca variedade de produtos
• Equipamentos dedicados
• Economias de escala

• Terceira Revolução Industrial: ocorre pouco mais de 50 anos, entre os


anos de 1947 e 1969, com a evolução da indústria eletrônica, a invenção
do transistor e o surgimento dos primeiros computadores, este período

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apresentou grande evolução na automação dos sistemas, com aplicações
dedicadas através dos CLP´s. (controladores lógicos programáveis)
assim como dos primeiros robôs.

Figura 12 – Sala de Computadores dos anos 50

Crédito: PD.

Nesta época são introduzidos os primeiros sistemas de automatizados,


incentivados bastante pelo Sistema Toyota de Produção que surge neste
período, trazendo os conceitos de manufatura enxuta, em que os desafios
poderiam ser resumidos nos seguintes:

• Ampla variedade de produtos


• Qualidade assegurada
• Produtos com vida útil curta
• Trabalho de acordo com a demanda
• Custos dramaticamente menores

E para se atingir estes resultados trouxe também os conceitos de:

• Produção em fluxo
• Tecnologias de processos & desenvolvimento altamente flexíveis e
capazes

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• Processos a ¨prova de erro¨
• Organização por família de produtos e grupos de cliente/fornecedor

A Tabela a seguir apresenta um resumo desta evolução ocorrida nos 3


primeiros períodos:

Tabela 1 – Resumo

ARTESANATO MASSA ENXUTA


PRODUTOS INDIVIDUALIZADOS PADRONIZADOS PADRONIZADOS
VARIDADE ALTA BAIXA ALTA
PRODUÇÃO SOB ENCOMENDA ECONOMIA DE ESCALA EM FLUXO
FERRAMENTAS SIMPLES E FLEXÍVEIS GRANDES EQUIPAMENTOS FLEXÍVEIS
QUALIDADE NA MARRA NA INSPEÇÃO NA FONTE
CUSTO ELEVADO BAIXO BAIXO

• Quarta Revolução Industrial ou Indústria 4.0. Esta revolução mais


recente iniciada aproximadamente em 2010, com o avanço da internet e
mais recentemente com o advento da Internet das Coisas e os
dispositivos IOT´s, (do inglês Internet of Things), em que tudo pode ser
conectado a internet e consequentemente automatizado, e controlado,
esta revolução ainda encontra-se em curso e novas soluções e novidades
são apresentadas diariamente, mudando os conceitos e as formas de se
conduzir os negócios.
Veja no link <https://frugaling.org/tag/steve-jobs/>. Acesso em: 25 fev.
2022, Steve Jobs e o Iphone, um dos símbolos da 4ª Revolução Industrial, pelas
integrações e inovações apresentadas
Ao longo do Curso de Tecnólogo em Automação Industrial, este assunto
certamente será mais bem aprofundado, porém cabe citar aqui os principais
pilares da Industrial 4.0, que estão apresentando desafios ainda maiores aos
profissionais que atuam com Automação Industrial, são eles:

• Robotização dos processos


• Sistemas de Simulação
• Sistemas de Integração Vertical e Horizontal
• Internet das Coisas
• Cibersegurança
• Computação em nuvem
• Fabricação aditiva e prototipação 3D

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• Realidade Aumentada
• Big Data

TEMA 2 – PERFIL DO EGRESSO

Como pode-se ver anteriormente, a evolução das tecnologias ocorre de


maneira exponencial e para tanto os desafios para o profissional que irá atuar
como tecnólogo de automação industrial são ainda maiores, necessitando estar
atualizado constantemente e apto a incorporar as novas tecnologias e soluções
que surgem no dia a dia, isto exige do egresso uma primeira característica forte
e essencial que é a constante atualização e disposição por estudos.
Os Tecnólogos em Automação Industrial são profissionais extremamente
capacitados, responsáveis por construir, controlar e aprimorar os processos
industriais. O egresso do curso tecnólogo pode trabalhar em diversos setores.
Como na área de desenvolvimento de produtos, planejando e projetando os
equipamentos que serão responsáveis pela fabricação dos produtos e soluções
para a manufatura.
Dada a atuação estratégica do profissional sua inserção no mercado
ocorre de maneira muito rápida, pois a demanda por profissionais na área é
bastante elevada, havendo mais ofertas que candidatos, com a crise enfrentada
recentemente pela pandemia da corona vírus a automatização de processos,
para que a produtividade possa ser mantida independente das pessoas cresceu
e em muitos casos a atuação do profissional foi estratégica.
Os egressos, são capazes de desenvolver produtos de eletrônica,
instrumentação de processos industriais, além de poderem executar projetos de
máquinas inteligentes e componentes robotizados, sendo responsável também
pelos serviços de instalação, monitoramento e pela manutenção destes
sistemas.
Outra competência que o egresso adquiri é a capacidade de programação
em linguagens de software, como CAD, CAM e CAE que são as interfaces que
traduzem as expectativas de ações planejadas para os processos, em
comandos, referenciados nos dados coletados e medidos em campo.
Outro ponto que com o advento das tecnologias baseadas em Internet das
coisas, a automação industrial que no passado era desenvolvida em cima de
equipamentos específicos de marcas conhecidas e dedicadas, atualmente
podem ser implementados com o conhecimento de dispositivos
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microcontrolados, comunicáveis através dos IOT´s, obviamente que todos os
requisitos de segurança para informação e dados, também precisam ser
pensados para se evitar a intrusão de invasores indesejados que podem trazer
riscos à segurança da operação dos sistemas.
O Brasil atualmente é líder latino-americano na produção de robôs
industriais, sistemas com longa vida útil e com funções cada vez mais
avançadas.
O egresso precisa estar atento as atualizações tecnológicas a fim de
manter-se a par das novidades, para que sempre possa oferecer soluções
inovadoras e disruptivas para seus clientes.
Inúmeras fábricas sem a automatização de processos seriam
completamente inviáveis atualmente, e além da automação e controle aplicado
diretamente sobre os equipamentos, o profissional deve ser apto também a
projetar, implementar e manter os sistemas de monitoramento, conhecendo a
respeito das técnicas e softwares supervisórios, dos protocolos de comunicação
envolvidos e das interfaces homem-máquina, que trazem informações aos
operadores responsáveis.

TEMA 3 – CARREIRA INDUSTRIAL

A atuação do egresso, permite que possa atuar em diferentes frentes de


trabalho, é um mercado com escassez de profissionais em que a
empregabilidade é próxima de 100%, e apenas egressos que optaram por outros
desafios, acabam não atuando na área. A seguir abordaremos com alguns
exemplos as principais carreiras exercidas pelo profissional.
A carreira industrial é a principal área de atuação do egresso, nela ele irá
atuar nas indústrias nas áreas de projeto, planejamento, implantação,
desenvolvimento de produtos ou manutenção.
Como projetista o profissional será responsável por especificar os
equipamentos, definir os parâmetros de fabricação, avaliar as formas de
interferência e implementação nas linhas de produção, avaliando aspectos
ergonômicos, de produtividade, definições de layout, integração aos fluxos de
produção, aos volumes, tempos, adaptando os sistemas de forma que possam
controlar e interagir com os produtos.

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Na área de planejamento o profissional é responsável por promover
processos de melhoria, aprimorando sistemas, sempre em busca de maior
produtividade e segurança.
Na implantação ele deve ter capacidade de parametrizar os
equipamentos, ter habilidade em traduzir os comandos e ações em linguagens
de programação que possam interpretar através dos dados de entrada
convertendo estas informações em comandos que possam atuar sobre
máquinas e equipamentos, traduzindo em ações.
No desenvolvimento de produtos, o tecnólogo em automação industrial
será responsável por entender as características do produto, especificando para
o projetista os parâmetros e informações necessárias para o projeto, deverá
especificar os melhores equipamentos, para se entregar e desenvolver os
produtos necessários, aprimorando tecnologias, integrando diferentes sistemas
e auxiliando na transferência dos processos para a operação, treinando as
equipes responsáveis pela operação e manutenção.
Outra atribuição do tecnólogo dentro das indústrias é atuar na
manutenção dos sistemas, tendo habilidade e destreza para identificar
problemas, e sempre que possível implementar melhorias e aprimoramentos,
buscando os conceitos de Manutenção Produtiva Total.

TEMA 4 – CARREIRA EM GESTÃO

O profissional também poderá atuar como líder, coordenando e


orientando as equipes de trabalhando, avaliando os sistemas, indicando as
melhores soluções a serem implementadas, e estará apto a coordenar as
equipes de Projeto, Manutenção e até mesmo de Operação, em empresas que
possuam alto nível de automação, com muitos equipamentos a serem
administrados e controlados.
Como gestor será responsável por definir os orçamentos para melhorias,
e manutenção, especificar e participar da definição e qualificação dos
fornecedores, encontrando a melhor solução a ser utilizada, inspirando a equipe.

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TEMA 5 – CARREIRA DE EMPREENDEDOR

Este mercado por tudo que vimos está em franca expansão, possui
escassez de profissionais e a prestação de serviços de consultoria, assim como
a atuação profissional de maneira autônoma é bastante comum, o egresso pode
buscar a representação comercial de marcas, pode atuar como consultor para
as indústrias, efetuando trabalhos de avaliação, pericias em automação, assim
como consultorias de melhorias em processos atuando nas mudanças de layout
na implementação de novas fábricas, como gestor de projetos conduzindo
comissionamento e startups de sistemas, processos e equipamentos. Também
pode atuar fornecendo treinamento e capacitação em sistemas e processos de
automação para empresas e para outros profissionais autônomos.

FINALIZANDO

Em resumo o egresso do Tecnólogo em Automação Industrial deve estar


sempre atualizado com alto nível de desenvolvimento e adaptados a esta nova
realidade e visão de mercado em que os processos produtivos necessitam ter
cada vez menos dependência direta de recursos humanos envolvidos na linha
de frente dos processos industriais e de manufatura, e que a atuação profissional
passa para um nível mais qualificado e estratégico sob responsabilidade dos
profissionais de automação industrial, que planejam, projetam, instalam,
supervisionam e mantém estes equipamentos em operação.
Trata-se de um profissional com espectro de atuação bem amplo, pois
atua nas interfaces de integração entre as áreas de eletrônica e mecânica, duas
áreas que atualmente não conseguem mais serem tratadas de maneira distintas
e com suas especificidades, sendo assim o egresso torna-se um profissional
ainda mais estratégico para mercado.

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REFERÊNCIAS

ALMEIRA, P. Indústria 4.0: Princípios básicos, aplicabilidade e implantação na


área Industrial. Editora Erica, Ano 2019.

FERDINANDO, N. Automação Industrial. 10 ed., Editora Érica, Ano 2006.

FRANK, L. Automação Industrial na Prática. Editora AMGH, ano 2015.

KLAUS, S. A Quarta Revolução Industrial. 1 ed., Editora Edipro, Ano 2018.

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