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da LIBRAS
Introduçao aos Estudos da
LIBRAS
Responsáveis: Matheus de Oliveira e Silva
Letícia de Oliveira Torres
Apresentação
A língua de sinais é a língua usada pela maioria dos Surdos, no seu dia a
dia, sendo a principal força que une a comunidade. Cada país possui sua
própria língua de sinais, no Brasil a LIBRAS (Língua Brasileira de Sinais), nos
Estados Unidos o ASL (American Signal Languange), e assim por diante.
Logo, as línguas de sinais refletem a cultura dos lugares onde elas são
usadas, mais uma vez desmitificando que, a língua de sinal não é universal.
História do Surdo
Conhecer a história, sempre nos faz refletir e entender os fatos atuais, visto que o presente não está
separado do passado, por isso é importante que a trajetória seja vista como um processo.
Tudo começa lá no Egito, no primeiro resquício de civilização, cerca de 8000 a.C., onde os *surdos
eram considerados “escolhidos”, quase um semideus, pois seu silencio e comportamento lhes davam
uma aparência de sábios, de detentores de um saber que só cabia a eles conhecer.
Mas, na Grécia, a história foi diferente. Pelo fato de a sociedade da época estar constantemente em
guerras ou conflitos, era de extrema importância que os indivíduos não apresentassem deficiência,
ou eram simplesmente exterminados. Para os filósofos da época que acreditavam que o
pensamento de dava por meio de palavras, os surdos eram considerados irracionais, como
Aristóteles que deixou os surdos na ignorância por séculos.
Na Roma também a historia se repete, cabia ao chefe da casa decidir se a criança “com defeito”
viveria ou não. Mediante sua escolha, era comum que as crianças fossem afogadas no rio Tiger.
Contudo, a cultura de matar crianças perdurou até a vinda de Cristo, depois disso a morte acabou,
mas ainda não eram aceitos na sociedade.
Cerca de 20 séculos depois (IV a.C. - XVI d.C.) viu-se a possibilidade de conseguir de educar a
pessoa surda.
❖ 1.500– ITÁLIA - O medico Gerolamo Cardano, observou que surdo não é irracional, não é porque
não ouve que não pensa. Começou a observar outros métodos de aprender
❖ 1.584 – ESPANHA – O monge Pedro Ponce de Leon o primeiro professor de surdos. Ensinou duas
crianças através na escrita e de gestos simples, por meio do primeiro alfabeto manual, que o
monge desenvolveu. O qual permitia que a criança surda aprendesse a soletrar (letra por letra)
toda a palavra. Seu trabalho foi considerado de grande importância na época.
Mas na época a maioria dos europeus, acreditavam que os surdos eram incapazes de serem
educados, nem mesmo poderiam ser educados como cristãos, deixando-os à margem da
sociedade.
❖ 1.760 – FRANÇA - Charles Michel L'epée pai dos surdos saiu pelas ruas da França procurando por
pobres e miseráveis surdos que usava uma linguagem manual comum, para os ensinar comunicar
através de sinais, a LSF (Langue des signes française). Com resultado de seus trabalhos, ele se
convenceu de que era possível ensinar os surdos com uma linguagem de gestos. E mais tarde ele
abriu uma instituição para receber outras instruí-las através da religião.
❖ 1.755 - ALEMANHA - Samuel Heinick defendia que os surdos deveriam falar. Então passou difundir
o oralismo e até fundou uma escola, a primeira escola de oralismo puro, inicialmente com 9
alunos.
Bem mais tarde, por volta de 1960, o americano William Stockoe, percebe que, o que os surdos
faziam não era mímica, era uma língua. A partir daí, ele começou a desenvolver essa língua, o
ASL(American Signal Languange). E surge uma outra modalidade, a Comunicação Total. Na qual
visou facilitar o processo de ensino e aprendizagem da língua oral pela utilização de todo e
qualquer recurso, como sinais, mímicas, alfabeto manual, etc. Não deu certo.
Por volta de 1980, depois de varias falhas os surdos já ansiavam por reconhecimento. Então William
Stokoe propõe o Bilinguismo, que consiste levar o surdo a desenvolver habilidades em sua língua
primária (sinais) e secundária (a leitura e escrita do idioma do país). E é assim até hoje.
No Brasil
❖ 1.855 - Dom Pedro II - mandou buscar na França o professor Ernest Huet,
para ensinar 2 jovens, também da nobreza, através da língua de sinais,
hoje a Libras
❖ BRASIL. LEI Nº 10.436, de 24 de abril de 2002. Dispõe sobre a Língua Brasileira de Sinais -
Libras e dá outras providências. http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Leis/2002/L10436.htm.
Acesso em 05 de setembro de 2020
❖ HONORA, Márcia; FRIZANCO, Mary Lopes Esteves. Livro Ilustrado de Língua Brasileira de
Sinais: desvendando a comunicação usada pelas pessoas com surdez: Volume 1. 1
janeiro 2012
❖ PEREIRA, Maria. Cristina Cunha; CHOI, Daniel; VIEIRA, Maria Inês; GASPAR, Priscila;
NAKASATO, Ricardo. LIBRAS: Conhecimento Além dos Sinais. 16 junho 2011