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RESUMO : Anísio Teixeira e Darcy Ribeiro

Segundo Clarice Nunes, Anísio Teixeira nasceu no sertão da Bahia em Caetité, em 12 de


julho de 1900. Bacharelou-se em Direito pela Faculdade de Direito da Universidade do Rio de
Janeiro em 1922 e ingressou na vida pública em 1924, quando recebeu o convite do governador da
Bahia Francisco Marque de Góes Calmon para ocupar o cargo de Inspetor Geral de Ensino. Em
1928 foi nomeado docente da Escola Normal de Salvador para lecionar Filosofia e História da
Educação. Em 1930, Anísio Teixeira publica a primeira tradução de dois ensaios de John Dewey,
filósofo americano que marcou sua trajetória. Em 1931, no Rio de Janeiro, assume a Diretoria da
Instrução Pública do Distrito Federal no Rio de Janeiro. Nesse período, conduziu importante
reforma da instrução pública voltado à escola primária, à escola secundária e ao ensino de adultos,
o que o projetou nacionalmente e culminou com a criação da Universidade do Distrito Federal. Em
1932 tornou-se um dos signatários do Manifesto dos Pioneiros da Educação Nova e participou
ativamente da Associação Brasileira de Educação (ABE), publicou Educação Progressiva - uma
Introdução à filosofia da educação e Em marcha para a democracia. Em 1951, a convite do ministro
da Educação Ernesto Simões Filho, assumiu a Secretaria Geral da Campanha de Aperfeiçoamento
de Pessoal de Nível Superior (CAPES), que seria por ele transformada em órgão. No ano seguinte,
assumiu o cargo de diretor do Instituto Nacional de Estudos Pedagógicos (INEP), no qual
permaneceu até 1964. Em 1961, participou da discussão da Lei de Diretrizes e Bases da Educação
Nacional e editou dois livros: A educação e a crise brasileira e Educação não é privilégio, ainda em
1961, foi um dos principais idealizadores da Universidade de Brasília (Unb) da qual assumiu a
reitoria em 1962, quando seu reitor Darcy Ribeiro precisou se afastar para assumir a chefia do
Gabinete Civil da Presidência da República. Em última palavra, Anísio Teixeira defendeu a
educação como direito de todos e dedicou sua vida na defesa da democracia e da educação para a
democracia, além de um ensino de qualidade.
Agora, Darcy Ribeiro, segundo Luciana Heymann, nasceu em 26 de outubro de 1922 em
Montes Claros, Minas Gerais. Em 1944, matriculou-se na Escola de Sociologia e Política de São
Paulo, onde se formou em 1946, com especialização em etnologia. Em 1947 foi contratado como
naturalista pelo Serviço de Proteção ao ìndio (SPI). Em 1950 publicou seu primeiro livro, Religião e
mitologia kadiwéu, que lhe valeu o prêmio Fábio Prado, passou a integrar o corpo docente da
Faculdade Nacional de Filosofia da Universidade do Brasil, responsável por cadeiras de etnologia
brasileira. Em 1952 assumiu a direção da Seção de Estudos do SPI, inaugurou o Museu do ìndio no
Rio de Janeiro e organizou o primeiro curso de pós-graduação em antropologia cultural do Brasil.
Em 1957 o pedagogo Anísio Teixeira, de quem sofreu forte influência, designou-o para dirigir a
divisão de estudos sociais do Centro Brasileiro de Pesquisas Educacionais (CBPE), vinculado ao
Ministério da Educação. Nesse período cerrou defesas da escola pública, laica e gratuita. Em 1959
foi encarregado, pelo presidente Juscelino Kubitschek, além de participar do programa de governo
para o setor educacional, de planejar a Universidade de Brasília, em 1961 com a inauguração foi
nomeado seu primeiro reitor. Em 1962 assumiu a chefia do Ministério da Educação no governo de
João Goulart. no qual pode fazer reformas estruturais. Em 1964 exilou-se, foi anistiado em 1980 e
eleito vice-governador do Rio de Janeiro. Dirigiu a implantação dos Centros Integrados de
Educação Pública (CIEP´S). Em 1987 foi secretário especial para a implantação de escolas de
tempo integral no governo de Minas Gerais. Em 1990, elegeu-se senador da República, entre
diversas investiduras, elaborou a Lei de Diretrizes e Bases da Educação (Lei nº 9394), sancionada
em 20 de dezembro de 1996, que ficou conhecido como Lei Darcy Ribeiro. Logo, sua trajetória ficou
marcada com papel de destaque no processo de modernização da educação brasileira.

Referências Bibliografia: Educação & Sociedade Dez 2000, Volume 21 Nº 73 Páginas 9 - 14 e


História, Ciências, Saúde-Manguinhos Mar 2012, Volume 19 Nº 1 Páginas 261 - 263.

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