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Florestan Fernandes (1920-1995)

Florestan Fernandes era Bacharel e licenciado em Ciências Sociais 1944, mestre em


Antropologia 1947 e doutor em Sociologia 1951, atuava como professor e orientador na
USP. Na ditadura foi aposentado em 1969 e se exilou no Canadá e nos EUA atuando
como professor nas universidades. Já no Brasil participou como apoiador das Diretas Já
e foi eleito deputado federal, em 1986, e membro da comissão de educação, ajudando a
elaborar a constituição de 1988 e se tornando de extrema importância na formulação da
LDB (lei de Diretrizes de Bases – 1996), além de defender uma escola pública de
qualidade e que se tornasse acessível para todos.
Florestan Fernandes acreditava em um ensino laico, gratuito e libertador que se constrói
através do coletivo. Sempre questionava o poder autoritário das escolas tradicionais, as
redes de ensino como reprodutoras de conhecimento e o devido papel das entidades na
construção de uma sociedade igualitária. O sociólogo havia compreensão sobre a
dinâmica do sistema capitalista o qual é produtor de desigualdades e injustiça social,
onde se da uma alta taxa de pobreza e exclusão atingindo diversas camadas da
população. Florestan rebuscava no passado explicação dos acontecimentos que intervêm
na nossa sociedade até os dias atuais, segundo ele o Brasil possui uma relação entre
opostos que seria inseparável (riqueza e pobreza, arcaísmo e modernidade), a partir
disso o resultado está presente nas relações sociais as quais não se apoiam em princípios
democráticos e sim as formas originárias do período escravocrata.
Tópicos principais: Educação de qualidade e interativa; Compreensão e imersão nas
consequências que o sistema capitalista faz com a sociedade; A busca pela explicação
do presente através das nossas raízes do passado.
Referências: https://sbsociologia.com.br/project/florestan-fernandes/ ,
https://www.brasilparalelo.com.br/artigos/o-que-florestan-fernandes-defendia ,
https://pt.wikipedia.org/wiki/Florestan_Fernandes .
Imagem a ser colocada no slide:
Anísio Teixeira (1900-1971)
Anísio Spíndola Teixeira nasceu e estudou em colégios de jesuítas na Bahia, mas a sua
formação foi no Rio de Janeiro, onde se graduou em Direito. Ao retornar em 1924 se
tornou Inspetor Geral de Ensino, a fim de aprimorar a sua função ele viajou para a
Europa em 1945 e ao observar sistema educacional de lá fez algumas implementações
no ensino do estado. Logo após viajar para os Estados Unidos, realizar uma pós-
graduação e trabalhar na Universidade de Colúmbia, Anísio retornou para o Brasil em
1931, já no país foi nomeado diretor de Instrução Pública do Rio de Janeiro, no qual
realizou a integração da Rede Municipal de Educação – do fundamental à universidade-
e várias melhorias além da criação da Universidade do Distrito Federal em 1935. Ao ser
perseguido pela ditadura Vargas voltou para Bahia (1935-1945), em 1946 ele assumiu o
cargo de conselheiro geral da UNESCO e no ano seguinte o cargo de Secretário da
Educação da Bahia. No ano de 1951 se tornou Secretário geral da CAPES (Coordenação
de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior e logo após diretor do INEP (Instituto
Nacional de Estudos Pedagógicos), ao final dos anos 50 participou dos debates sobre a
implementação da LDB (Lei de Diretrizes e Bases), ao lado de Darcy Riberio nos anos
1963 fundou a Universidade de Brasília na qual se tornou reitor. Com o golpe militar se
afastou do cargo, foi morar nos Estados Unidos, onde lesionou nas universidades e em
66 retornou ao Brasil e se tornou consultor da Fundação Getúlio Vargas. A sua morte em
1971, foi relacionada ditadura, já que ele era vítima das repressões do Governo.
Anísio Teixeira lutava constantemente contra o analfabetismo e o uso exclusivo da
educação como formação exclusiva de elites, além de defender que é dever do estado de
acordo com a constituição, de assegurar aos brasileiros a educação fundamental (ensino
fundamental I e II e ensino médio), segundo ele a democracia so se dá através da escola
pública para todos os indivíduos (a máquina que prepara as democracias). O educador
acreditava que um espaço que a teoria e prática atuassem em conjunto poderia
proporcionar uma vida melhor as crianças e assim fortalecer a identidade deles. Ele
apontava que a escola não deveria ser apenas um centro preparatório para vida e sim um
local onde os alunos construiriam vivências, trazendo em conjunto com o aprendizado
os interesses dos alunos como uma orientação.
Anísio enfatizava a importância da valorização da carreira do magistério e que uma
escola de qualidade detém profissionais capacitados que busquem continuar
aprendendo. Para ele os sistemas educacionais deveriam ser democratizados e o estado
deveria ser capaz de promover a inclusão de todas as massas, construindo um meio
escolar inclusivo que atendesse à pluralidade e eliminasse as descriminações. O autor
detinha o pensamento de que a educação deve se transformar continuamente, pois
vivemos em um mundo onde se tem a exigência de pessoas bem-preparadas para
distintas situações.
Tópicos principais: Negação da educação como formação exclusiva de elites; Teoria e
prática no espaço escolar; Interesse dos alunos em pauta; Valorização dos educadores;
Educação inclusiva; Educação em constante mudança, se renova e reconstrói.
Referências: https://www.gov.br/inep/pt-br/assuntos/noticias/institucional/saiba-quem-
foi-anisio-teixeira , https://unifei.edu.br/personalidades-do-muro/extensao/anisio-
teixeira/ , http://www.bvanisioteixeira.ufba.br/artigos/revista.html ,
https://pt.wikipedia.org/wiki/An%C3%ADsio_Teixeira .
Imagens a serem colocadas nos slides:

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