Florestan Fernandes era Bacharel e licenciado em Ciências Sociais 1944, mestre em
Antropologia 1947 e doutor em Sociologia 1951, atuava como professor e orientador na USP. Na ditadura foi aposentado em 1969 e se exilou no Canadá e nos EUA atuando como professor nas universidades. Já no Brasil participou como apoiador das Diretas Já e foi eleito deputado federal, em 1986, e membro da comissão de educação, ajudando a elaborar a constituição de 1988 e se tornando de extrema importância na formulação da LDB (lei de Diretrizes de Bases – 1996), além de defender uma escola pública de qualidade e que se tornasse acessível para todos. Florestan Fernandes acreditava em um ensino laico, gratuito e libertador que se constrói através do coletivo. Sempre questionava o poder autoritário das escolas tradicionais, as redes de ensino como reprodutoras de conhecimento e o devido papel das entidades na construção de uma sociedade igualitária. O sociólogo havia compreensão sobre a dinâmica do sistema capitalista o qual é produtor de desigualdades e injustiça social, onde se da uma alta taxa de pobreza e exclusão atingindo diversas camadas da população. Florestan rebuscava no passado explicação dos acontecimentos que intervêm na nossa sociedade até os dias atuais, segundo ele o Brasil possui uma relação entre opostos que seria inseparável (riqueza e pobreza, arcaísmo e modernidade), a partir disso o resultado está presente nas relações sociais as quais não se apoiam em princípios democráticos e sim as formas originárias do período escravocrata. Tópicos principais: Educação de qualidade e interativa; Compreensão e imersão nas consequências que o sistema capitalista faz com a sociedade; A busca pela explicação do presente através das nossas raízes do passado. Referências: https://sbsociologia.com.br/project/florestan-fernandes/ , https://www.brasilparalelo.com.br/artigos/o-que-florestan-fernandes-defendia , https://pt.wikipedia.org/wiki/Florestan_Fernandes . Imagem a ser colocada no slide: Anísio Teixeira (1900-1971) Anísio Spíndola Teixeira nasceu e estudou em colégios de jesuítas na Bahia, mas a sua formação foi no Rio de Janeiro, onde se graduou em Direito. Ao retornar em 1924 se tornou Inspetor Geral de Ensino, a fim de aprimorar a sua função ele viajou para a Europa em 1945 e ao observar sistema educacional de lá fez algumas implementações no ensino do estado. Logo após viajar para os Estados Unidos, realizar uma pós- graduação e trabalhar na Universidade de Colúmbia, Anísio retornou para o Brasil em 1931, já no país foi nomeado diretor de Instrução Pública do Rio de Janeiro, no qual realizou a integração da Rede Municipal de Educação – do fundamental à universidade- e várias melhorias além da criação da Universidade do Distrito Federal em 1935. Ao ser perseguido pela ditadura Vargas voltou para Bahia (1935-1945), em 1946 ele assumiu o cargo de conselheiro geral da UNESCO e no ano seguinte o cargo de Secretário da Educação da Bahia. No ano de 1951 se tornou Secretário geral da CAPES (Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior e logo após diretor do INEP (Instituto Nacional de Estudos Pedagógicos), ao final dos anos 50 participou dos debates sobre a implementação da LDB (Lei de Diretrizes e Bases), ao lado de Darcy Riberio nos anos 1963 fundou a Universidade de Brasília na qual se tornou reitor. Com o golpe militar se afastou do cargo, foi morar nos Estados Unidos, onde lesionou nas universidades e em 66 retornou ao Brasil e se tornou consultor da Fundação Getúlio Vargas. A sua morte em 1971, foi relacionada ditadura, já que ele era vítima das repressões do Governo. Anísio Teixeira lutava constantemente contra o analfabetismo e o uso exclusivo da educação como formação exclusiva de elites, além de defender que é dever do estado de acordo com a constituição, de assegurar aos brasileiros a educação fundamental (ensino fundamental I e II e ensino médio), segundo ele a democracia so se dá através da escola pública para todos os indivíduos (a máquina que prepara as democracias). O educador acreditava que um espaço que a teoria e prática atuassem em conjunto poderia proporcionar uma vida melhor as crianças e assim fortalecer a identidade deles. Ele apontava que a escola não deveria ser apenas um centro preparatório para vida e sim um local onde os alunos construiriam vivências, trazendo em conjunto com o aprendizado os interesses dos alunos como uma orientação. Anísio enfatizava a importância da valorização da carreira do magistério e que uma escola de qualidade detém profissionais capacitados que busquem continuar aprendendo. Para ele os sistemas educacionais deveriam ser democratizados e o estado deveria ser capaz de promover a inclusão de todas as massas, construindo um meio escolar inclusivo que atendesse à pluralidade e eliminasse as descriminações. O autor detinha o pensamento de que a educação deve se transformar continuamente, pois vivemos em um mundo onde se tem a exigência de pessoas bem-preparadas para distintas situações. Tópicos principais: Negação da educação como formação exclusiva de elites; Teoria e prática no espaço escolar; Interesse dos alunos em pauta; Valorização dos educadores; Educação inclusiva; Educação em constante mudança, se renova e reconstrói. Referências: https://www.gov.br/inep/pt-br/assuntos/noticias/institucional/saiba-quem- foi-anisio-teixeira , https://unifei.edu.br/personalidades-do-muro/extensao/anisio- teixeira/ , http://www.bvanisioteixeira.ufba.br/artigos/revista.html , https://pt.wikipedia.org/wiki/An%C3%ADsio_Teixeira . Imagens a serem colocadas nos slides: