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PROGRAMA DE RADIOPATRULHA – ATENDIMENTO “190”

DIRETRIZ Nº PM3-011/02/05

Este Programa é voltado ao atendimento das demandas feitas pela população, por meio
do telefone de emergência da Polícia Militar, o “190”, já consagrado nos âmbitos
estadual e nacional, e à realização do patrulhamento preventivo do território das OPM,
dividido em subsetores;
A correta divisão das radiopatrulhas é fundamental para que não haja subsetores
sobrecarregados e nem acúmulo de ocorrências, conhecido como chamada em espera,
havendo necessidade de se estabelecer padrões para distribuição do esforço de
patrulhamento.

OBJETIVOS
Atender com qualidade as demandas feitas pelo telefone 190 e reduzir ao mínimo a
ocorrência de chamadas em espera;
Obter, nos vários níveis de execução das OPM territoriais, procedimentos uniformes
para o planejamento e distribuição das guarnições de radiopatrulha.

EXECUÇÃO
O Programa de Radiopatrulha é prioritário entre os programas de policiamento e aplica-
se a todas as OPM territoriais em todos os municípios do Estado;
Conceitos
Programa de Policiamento
É uma subdivisão dos tipos de policiamento ostensivo, voltada para determinado
objetivo, constituído por diretriz e projeto de implantação duradoura, ajustável ao longo
do tempo, traduzindo a estratégia operacional da Instituição. A organização do
policiamento em programas define melhor os padrões de execução e facilita o
planejamento orçamentário para sua manutenção.

Radiopatrulha (RP)
É a viatura, guarnecida por dois policiais militares, empregada na execução do
patrulhamento preventivo e repressivo imediato, em um ou mais subsetores ou
município;
Cada RP constitui uma força de patrulha suficiente para as funções de presença,
observação e intervenção (atendimento) dos casos (ocorrências) habituais.

Patrulhamento
Conforme as NORSOP, é a ação de fiscalização de polícia ostensiva executada
rotineiramente por uma patrulha por meio da observação atenta em relação ao
ambiente patrulhado, visando, pela simples presença, interferir positivamente para a
preservação da ordem pública. Acrescenta-se a essa atividade, no caso da radiopatrulha,
o atendimento de ocorrências despachadas pelos COPOM, em razão do acionamento do
telefone 190 por solicitante.

6.2.5. Indicadores criminais


São resultantes do trabalho sistemático de coleta e tabulação estatística das ocorrências
geradas e despachadas pelo COPOM, constantes dos Bancos de Dados Criminais
disponibilizados pelo COPOM ON-LINE e INFOCRIM, além de outras fontes oficiais;

Fatores propiciadores da atividade criminal


São características da área que, por sua natureza ou condição, acabam por facilitar a
ocorrência de infrações penais, tais como ruas mal iluminadas, becos, vielas e ruas sem
saída, praças sem iluminação ou com vegetação muito alta e densa, edificações
abandonadas, terrenos baldios sem muramento, pontos de ônibus afastados e mal
iluminados, calçadões com obstáculos à visão e outros locais semelhantes, além
daqueles em que ocorre grande concentração de pessoas e veículos;
Este conceito está intimamente ligado à filosofia de polícia comunitária, sendo, também,
de interesse para o processo de elaboração do PPI, pois as ações no sentido de
recuperação de espaços públicos – o que equivale, dentre outras situações, a melhorar a
qualidade de vida – têm como conseqüência direta a diminuição da possibilidade de
ação de infratores.

O COPOM ON-LINE, o FOTOCRIM e o INFOCRIM são ferramentas inteligentes para


fins de análise criminal, além de outras fontes, tais como notícias da mídia, informações
obtidas junto a CONSEG e programas comunitários etc;
A quantidade de ocorrências por subsetor servirá como referencial para a distribuição de
viaturas para o Programa de Radiopatrulha no âmbito da OPM.
6.2.8. Peculiaridades do território do Batalhão
As peculiaridades da área da OPM que podem influenciar de maneira importante o
comportamento da criminalidade, a exemplo de características demográficas, grau de
urbanização, presença de atividade comercial ou industrial, existência de
estabelecimentos prisionais, pontos turísticos, aeroportos, portos, terminais ferroviários,
metroviários ou rodoviários, áreas rurais, favelização, universidades, casas de
espetáculos, estádios, grandes rodovias e os aspectos politicos;

Condições de Execução
O Programa de Radiopatrulha deve operar, ininterruptamente, 24 horas por dia com
maior ênfase para o período vespertino e noturno (meta de 80%), ficando a madrugada e
a manhã com menor ênfase (meta de 60%);
Nas Cia PM das grandes cidades, a frota mínima fixada do Programa de Radiopatrulha
será de 05 (cinco) viaturas, excetuadas as viaturas dos Cmt F Ptr, conforme previsto no
Quadro de Fixação de Frota (QFF);
Nas pequenas cidades, a frota mínima fixada no Programa será de 02 (duas) viaturas;

O que constará no PPI?


Indicação das AISP com prioridade de atuação, por tipo de delito e horário de maior
freqüência;
Distribuição de radiopatrulhas por subsetores;
Orientação sobre a atividade que o patrulheiro deverá exercer (tipo de crime, modus
operandi, características de infratores, tipos de vítimas preferenciais etc.);
CPP de cada radiopatrulha.
Os locais de maior ou menor esforço (quantidade de radiopatrulhas e homens operando)
vão depender diretamente do PPI, vez que este deve refletir a área em termos de
necessidade de radiopatrulhamento;

Quem é responsável pelo PPI?


o PPI é responsabilidade do Comandante do BPM, assessorado pelo Estado-Maior,
Comandantes de Cia PM e pelo Coordenador Operacional do Btl (Coord Op Btl),
devendo este último coordenar sua execução. Nas UOp em que não existir a figura do
Coord Op Btl, ou naquelas em que houver Cia PM destacada, a coordenação ficará a
cargo do respectivo Cmt Cia PM.
mensalmente, o Cmt do CPA ou do G Cmdo deverá analisar os PPI dos BPM
subordinados, verificando a eficácia da distribuição das radiopatrulhas e apontando as
correções necessárias, em função dos indicadores criminais e operacionais de cada
OPM;
O PPI pode ser alterado a partir de análise de momento feita pelo Cmt do BPM, Coord
Op Btl, Cmt Cia PM ou Cmt F Ptr, com base no COPOM ON-LINE, que recomende
redistribuição imediata e momentânea das viaturas entre Companhias PM ou subsetores;
O mapa-força da OPM deverá indicar a quantidade de radiopatrulhas e os subsetores
respectivos, devendo ser encaminhado diariamente, a cada início de turno, ao G Cmdo,
que dará ciência ao Coord Op PM;

A quem cabe o comandamento do programa 190?


O comandamento do Programa caberá às Cia PM territoriais ou OPM de menor escalão
nos municípios menores, sendo vedado centralizá-los no BPM;
O Cmt F Ptr e o CGP comandam, operacionalmente, o Programa de Radiopatrulha
devendo decidir inclusive o empenho das RP;

Considerações:
Nas OPM da Capital:
Que possuírem até 03 (três) Cia PM, deve haver 02 (dois) Cmt F Ptr por turno de
serviço e mais 01 (um) Oficial subalterno para cobrir afastamentos;

Que possuírem 04 (quatro) ou 05 (cinco) Cia PM, deve haver 02 (dois) Cmt F Ptr por
turno de serviço e mais 02 (dois) Oficiais subalternos para cobrir afastamentos;

Que possuírem acima de 05 (cinco) Cia PM, deve haver 03 (três) Cmt F Ptr por turno de
serviço e mais 03 (três) Oficiais subalternos para cobrir afastamentos.

Nas grandes cidades, exceto a Capital, obedecidos os Quadros Particulares de


Organização (QPO), a distribuição dos Cmt F Ptr e dos CGP terá planejamento
específico;
Sempre agir em superioridade numérica, buscando, quando em situação de
inferioridade, proteger-se, conter a situação e acionar o devido apoio;
A RP dará pronto atendimento a toda ocorrência que lhe for comunicada por rádio ou
por qualquer um do povo;
No caso de ocorrência pendente, quando não houver viaturas de RP disponíveis, o Cmt
F Ptr disponibilizará o CGP para seu atendimento e, esgotados os meios, este também
deverá atendê-las;
Nos casos mais graves, as RP, que operam próximas umas das outras, sob a
coordenação do CGP, CFP, Cmt Cia PM ou do Coord Op Btl, reunir-se-ão rapidamente
para realizar a intervenção. Feita a intervenção, as viaturas que vieram em apoio devem
retornar, imediatamente, para os seus subsetores;

Quanto melhor a distribuição das RP no território, maior a ação geral de presença,


logo, de prevenção e intervenção rápida, devendo-se evitar os seguintes erros:
Parar as viaturas juntas ou muito próximas quando poderiam distribuir-se melhor no
terreno, ou seja, de modo a serem vistas por mais pessoas;
Estacionar a viatura de forma a torná-la pouco visível ao público;

A viatura, quando em patrulhamento, deve ser conduzida em velocidade compatível


com aquela mínima exigida para trânsito na via (metade da velocidade máxima),
atentando-se para não prejudicar o fluxo normal do trânsito;

O estacionamento da radiopatrulha deve atender às normas de trânsito, a menos que haja


circunstância contrária, em razão do atendimento de emergência, devendo, neste caso,
serem adotados todos os procedimentos para evitar acidentes e prejuízos ao tráfego;

Todo estacionamento deve ser comunicado ao COPOM e autorizado pelo Cmt F Ptr ou
CGP;
O equipamento básico do patrulheiro é composto pelos equipamentos relacionados no
Procedimento Operacional Padrão específico para o radiopatrulhamento;
O regime e horário de serviço obedecerão ao previsto na Portaria do Cmt G nº PM1-
002/02/95, publicada no DOE nº 198, de 17OUT95, cumpridas as 40 (quarenta) horas
semanais mínimas exigidas pela legislação estadual.

Prescrições diversas
Para o ajuste do Programa de Radiopatrulha cada G Cmdo baixará Ordem de Operações
(O Op), da qual será enviada copia à 3ª EM/PM, que as consolidará num conjunto
denominado “Plano de Radiopatrulha”;
Baixada a O Op para ajuste do Programa a esta Dtz, a cada 06 (meses), o Cmt do G
Cmdo ou o Cmt Pol Área (CPC e CPM) reunirá todos os integrantes do Programa para
sua avaliação (troca de informações, apresentação de sugestões, orientações, ajustes
etc.), devendo encaminhar cópia da nova O Op e respectivos anexos à 3ª EM/PM, se
houver modificações;
Durante o patrulhamento a guarnição deve ficar atenta a situações que recomendem a
lavratura do Relatório de Averiguação de Indício de Infração Administrativa – RAIIA,
nos termos da Portaria nº PM3-001/02/04, de 01SET04, publicada no DOE nº 169, de
04SET04, e O Sv nº PM3-047/02/04, de 08SET04, disponíveis na home page da 3ª
EM/PM;

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