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Universidade Católica de Moçambique


Instituto de Educação à Distância

A descentralização administrativa e fiscal como factor dinamizador da economia local

Bul Raiva – 000103197082000188338

Curso: Administração Pública


Disciplina: Introdução a Economia
Ano de Frequência: 1º Ano -Turma ‟B”

Nampula, Outubro, 2020


II 2

1.1 Critérios de avaliação (disciplinas de calculo)

Classificação
Padrões Nota
Pontuação
do Subtotal
Categorias Indicadores máxima
tutor
 Índice 0.5
 Introdução 0.5
 Actividades 0.5
 Actividade 1

 Actividade 2

Conteúdo Actividades2  Actividade 3 17.51

 Actividade 4
 Actividade 5
 Paginação, tipo e tamanho
Aspectos
Formatação de letra, paragrafo, 1.0
gerais
espaçamento entre linhas

1
A cotação pode ser distribuída de acordo com o peso da actividade
2. O número das actividades pode variar em função da disciplina
3III

Folha para recomendações de melhoria: A ser preenchida pelo tutor

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IV 4

Índice

Introdução................................................................................................................................5

A descentralização administrativa e fiscal como factor dinamizador da economia local......6

1.Conceito de desenvolvimento..............................................................................................6

2.Níveis de desenvolvimento entre os países subdesenvolvidos.............................................6

3.Índice do desenvolvimento Humano....................................................................................7

4.Descentralização E Pobreza.................................................................................................8

4.1.Descentralização................................................................................................................8

4.1.1. Vantagens da descentralização......................................................................................8

4.2.Pobreza..............................................................................................................................9

4.2.1.Medidas de Pobreza.......................................................................................................9

4.2.2.Causas da Pobreza..........................................................................................................9

4.2.3.Consequências da Pobreza...........................................................................................10

4.2.4.Índice de pobreza Humana em Moçambique...............................................................10

5.Recursos Naturais...............................................................................................................11

Conclusão..............................................................................................................................13

Referências bibliográficas.....................................................................................................14
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Introdução

O presente trabalho tem como tema: A descentralização administrativa e fiscal como factor
dinamizador da economia local com o foco no desenvolvimento.

Tem como objectivos:

 Definir os conceitos de Desenvolvimento, pobreza, recursos naturais;

 Mapear a compreensão que se tem de desenvolvimento económico, tendo em conta os


condicionantes locais e regionais, que formam o nacional;

 Relacionar a descentralização com a pobreza;

 Classificar os recursos naturais;


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A DESCENTRALIZAÇÃO ADMINISTRATIVA E FISCAL COMO FACTOR


DINAMIZADOR DA ECONOMIA LOCAL

1. Conceito de desenvolvimento

Desenvolvimento económico é o processo pelo qual ocorre uma variação positiva das
"variáveis qualitativas" (crescimento económico: aumento da capacidade produtiva de uma
economia medida por variáveis tais como produto interno bruto, produto nacional bruto),
acompanhado de variações positivas das "variáveis qualitativas" (melhorias nos aspectos
relacionados com a qualidade de vida, educação, saúde, infra-estrutura e profundas mudanças
da estrutura socioeconómica de uma região e/ou país, medidas por indicadores sociais como o
índice de desenvolvimento humano, o índice de pobreza humana e o Coeficiente de Gini)

2. Níveis de desenvolvimento entre os países subdesenvolvidos

A forma usual de definir os países subdesenvolvidos é a de usar o rendimento per capita.

A definição do Banco Mundial usa o PIB para os países em:

 Low – Income Countries (LCIs)

 Lower-Middle income countries (LMCs)

 Upper – Middle Income Countries (UMCs) or newly industrializing countries (NICs)

 High Income Countries OECD countries

 Other High income countries

O retrato da diversificação estrutural dos países subdesenvolvidos requer uma análise


cuidadosa das seguintes componentes:

1. A dimensão do país (área geográfica, população e rendimento)

2. O passado histórico colonial

3. As suas dotações dos recursos naturais e humanos

4. A sua composição étnica e religiosa


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5. A natureza do seu tecido industrial

6. O grau de dependência externa económica e política; e

7. A distribuição do poder.

3. Índice do desenvolvimento Humano

O Índice de Desenvolvimento Humano (IDH), publicado nos Relatórios do PNUD, tem como
objectivo avaliar a qualidade de vida nos países. O PNUD calcula o IDH desde o início dos
anos 1990 e, actualmente, o estima para muitos outros países. Por fim é importante
destacarmos que o IDH varia de zero a um, permitindo classificar os países em três grupos
distintos:

 Baixo desenvolvimento, quando o IDH for menor ou igual a 0,5;

 Médio desenvolvimento, quando o IDH estiver entre 0,5 e 0,8; e

 Alto desenvolvimento, quando o IDH for maior que 0,8.

O IDH é um índice que serve de comparação entre os países, com objectivo de medir o grau
de desenvolvimento económico e a qualidade de vida oferecida a população. O IDH agrega
em sua metodologia de cálculo três variáveis:

a) Indicador de renda: é a renda per capita, ajustada para refletir a paridade do poder de
compra (PPP) entre os países (portanto, renda avaliada em US$ PPP);

b) Indicador das condições de saúde: é a expectativa de vida (índice de longevidade); e

c) Indicador das condições de educação: é uma média ponderada de outros dois


indicadores, a taxa de alfabetização de adultos e a taxa combinada de matrícula nos
Ensinos Fundamental, Médio e Superior.

Este índice é calculado com base em dados económicos e sociais. Portanto o índice é uma
medida comparativa de rendimento, educação, esperança de vida, e foi desenvolvido por
amartya sen.
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4. Descentralização E Pobreza

4.1. Descentralização

Descentralização consiste na transferência de funções públicas de níveis mais altos à níveis


mais baixos de governação. Esta pode classificar-se em fiscal, administrativa, politica.
(Jutting, J. et al, 2005)

 Descentralização fiscal a segurança de recursos para o governo local é crucial, onde o


governo local cria políticas para garantir fundos através da colecta de receitas locais
através de impostos e taxas.

 Descentralização administrativa prevê transferência de competências para as


autarquias locais nas áreas de Ordenamento do território e urbanismo, Educação,
Saúde, Acção Social, Ambiente e Promoção do Desenvolvimento.

 Descentralização política consiste em dotar uma governação que estabelece regras


transparentes e participativas. A descentralização direccionada aos pobres requer que
as autoridades a nível central sejam capazes de encarar as reformas. O governo local
recebe recursos sustentáveis e por sua vez são capacitadas pessoas para melhor se
adequar a reforma. E o governo central estabelece políticas coerentes que permiti a
participação conjunta do governo local e da população na tomada de decisões.

4.1.1. Vantagens da descentralização

A descentralização proporciona inúmeros benefícios como: na descentralização o governo


local pode colectar os impostos duma maneira eficiente; reduzindo o custo operacional; o
governo loca torna-se responsável pela parte financeira invés do governo nacional; na
descentralização o governo local guarda maior parte de recursos que podem ser utilizados
para os planos da redução da pobreza e para o desenvolvimento dos recursos humanos,
podendo assim evitar a emigração da população local; o desenvolvimento é afectada pela
participação da população e esta participação traz inovação, talento da liderança e a
capacidade de resolver os problemas.
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4.2. Pobreza

Pobreza é uma condição na qual falta acesso à serviços com saúde, educação, segurança e de
mínimos recursos financeiros por parte de indivíduos de determinados grupos sociais que

4.2.1. Medidas de Pobreza

Alguns indicadores utilizados para medir a pobreza são: Coeficiente de Gini, O Indicador de
Foster Greer e Therbecke (FGT), Gap da Pobreza (TPG).

O Coeficiente de Gini é uma medida de desigualdade desenvolvida pelo estatístico italiano


Corrado Gini, e publicada no documento "Variabilità e mutabilità" (italiano: "variabilidade e
mutabilidade"), em 1912. É comummente utilizada para calcular a desigualdade de
distribuição de renda mas pode ser usada para qualquer distribuição.

(Todaro, e Smith, 2006) Ele consiste em um número entre 0 e 1, onde 0 corresponde à


completa igualdade de renda (onde todos têm a mesma renda) e 1 corresponde à completa
desigualdade (onde uma pessoa tem toda a renda, e as demais nada têm). O índice de Gini é o
coeficiente expresso em pontos percentuais (é igual ao coeficiente multiplicado por 100).

4.2.2. Causas da Pobreza

A pobreza não resulta de uma única causa mas de um conjunto de factores:

 Factores políticos - legais: corrupção, inexistência ou mau funcionamento de um


sistema democrático, fraca igualdade de oportunidades.

 Factores económicos: sistema fiscal inadequado, representando um peso excessivo


sobre a economia ou sendo socialmente injusto; a própria pobreza, que prejudica o
investimento e o desenvolvimento, economia dependente de um único produto.

 Factores sócio - culturais: reduzida instrução, discriminação social relativa ao género


ou à raça, valores predominantes na sociedade, exclusão social, crescimento muito
rápido da população.

 Factores naturais: desastres naturais, climas ou relevos extremos, doenças.


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 Problemas de Saúde: consumo a drogas ou alcoolismo, doenças mentais, doenças da


pobreza como a SIDA e a malária; deficiências físicas.

 Factores históricos: colonialismo, passado de autoritarismo político

4.2.3. Consequências da Pobreza

Muitas das consequências da pobreza são também causas da mesma criando o ciclo da
pobreza. Algumas delas são: Fome; Baixa esperança de vida; Doenças; Falta de oportunidades
de emprego; Carência de água potável e de saneamento; Maiores riscos de instabilidade
política e violência; Emigração; Existência de discriminação social contra grupos vulneráveis;
Existência de pessoas sem-abrigo e a Depressão.

4.2.4. Índice de pobreza Humana em Moçambique

O número de moçambicanos em situação de pobreza extrema terá aumentado entre 55 e 60


por cento desde 2015, ou seja, mais da metade da população é pobre, indica o Ministério da
Economia e Finanças (MEF).

Depois de recuos substanciais entre 1996 e 2014, a taxa de pobreza em Moçambique disparou
nos anos subsequentes, devido a crise económica que empurrou muitas famílias para
indigência. 

Com base no índice de preços ao consumidor e dados do Inquérito aos Agregados Familiares
sobre Orçamento Familiar de 2014/15, o Ministério da Economia e Finanças calcula que o
custo de uma cesta básica pode ter aumentado entre 55% e 70% no período de 2014 e 2016,
reflectindo-se na taxa nacional de pobreza que terá subido entre 55 e 60% nos anos seguintes.

Antes da crise, o índice de indigência situava-se nos 46,1%, ou seja, entre 10.5 e 11.3 milhões
de pessoas em situação de pobreza absoluta, valores inferiores ao número de 12 milhões que
registava-se entre 1996/97.

“Os resultados do nosso estudo fornecem elementos importantes para uma avaliação mais
completa do impacto microeconómico da crise de 2015/16 e para uma análise da
vulnerabilidade das famílias à mudança súbita de preços”, lê-se no mais recente relatório do
MEF
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5. Recursos Naturais

Recurso natural pode ser compreendido como sendo todo insumo de que os organismos e as
populações necessitam para sua manutenção. É um bem muito importante e útil. Eles e a
economia interagem de maneira bastante evidente, uma vez que algo é recurso na medida em
que sua exploração é economicamente viável.

A economia dos recursos naturais lida com os aspectos da extracção e exaustão dos recursos
naturais ao longo do tempo.

A Economia dos Recursos Naturais analisa os recursos ambientais no seu papel de matéria-
prima, de inputs para os processos produtivos.

O principal critério para a classificação é a capacidade de recomposição de um recurso no


horizonte do tempo humano. Todavia o presente paper irá classificar segundo as
características inter - temporais e segundo a capacidade de geração de conflitos.

Primeiramente classificaremos os recursos segundo as características inter – temporais, isto é,


de que forma o usos presente dos recursos afecta o seu uso futuro? Para responder a questão
deve-se ter em conta o tipo de recursos em análise. Os recursos são classificados em duas
classes: recursos naturais renováveis e recursos naturais não renováveis.

Recursos Naturais Renováveis – são todos os recursos que possuem a possibilidade de


renovação. Alguns dos recursos renováveis (organismos vivos) podem ser afectada pela acção
do homem e recursos como (o vento, raio solar) não são afectados pela acção humana.

Recursos Naturais Não Renováveis – são todos os recursos que as quantidades físicas não
aumentam ao longo do tempo.

a) Recursos Renováveis

Os recursos naturais são considerados renováveis quando houver a capacidade de repor ou


quando a quantidade do recurso não é afectada pelo consumo. Existem três tipos de recursos
naturais renováveis que são:

 Recursos naturais renováveis sem capacidade de armazenamento – são os recursos


naturais em que não podemos armazenar como os raios solar, o vento, e as quantidades
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podem ser aumentadas, reduzidas ou até mantidas constantes. O consumo presente não
afecta a oferta futura.

 Recursos Naturais Renováveis Capazes de ser Armazenados – a produção desta classe


de recursos pode ser afectada pelo ser humano, e a de produção não depende da
quantidade de recursos armazenados. Um exemplo típico para esta classe de recursos é
a chuva, o homem pode armazenar a água proveniente da chuva para o consumo
futuro e a quantidade de água armazenada não afectará o volume da chuva.

 Recursos Naturais Renováveis com o aumento de stock – esta classe englobam todos
os recursos biológicos. A característica principal desta classe de recursos é a existência
de stock capazes de reproduzir, alguns recursos pertencentes a esta classe de recursos
são os peixes, árvores, “recursos biológicos”.

b) Recursos Não Renováveis

Os recursos naturais são considerados não renováveis quando não houver a capacidade de
repor ou quando a quantidade do recurso é afectada pelo seu consumo. Existem três tipos de
recursos naturais não renováveis que são:

 Recursos Naturais Esgotáveis – esta classe de recursos englobam os recursos


geológicos. Uma unidade consumida no presente é menos uma unidade existente no
futuro, isto é, perdemos completamente o recurso. Exemplos deste tipo de recursos são
o petróleo, gás, o carvão.

 Recursos Naturais recicláveis – estes também englobam os recursos de natureza


geológica, contudo, nesta classe de recursos é importante tomar em consideração a
possibilidade de reusar o recurso, neste caso a utilização duma unidade não implica a
perca total de recursos, os recursos que fazem parte desta categoria são os metais
como, o ferro, ouro, cobre.

 Superfície – uma das características dos recursos que fazem parte desta classe é a
permanecia da propriedade quantitativa, como o tamanho, localização. Os recursos
importantes que pertencem esta categoria são a terra, atmosfera e a hidrosfera.
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Conclusão

Feito o presente trabalho chega – se a uma conclusão que o desenvolvimento económico é um


processo pelo qual a renda nacional real de uma economia aumenta durante um longo período
de tempo. A renda nacional real refere-se ao produto total de bens e serviços finais do país,
expresso não em termos monetários, mas sim em termos reais: a expressão monetária da renda
nacional deve ser corrigida por um índice apropriado de preço de bens e consumo e bens de
capital. E, se o ritmo de desenvolvimento é superior ao da população, então a renda real per
capita aumentará. O processo implica a actuação de certas forças, que operam durante um
longo período de tempo e representam modificações em determinadas variáveis. Os detalhes
do processo variam sob condições diversas no espaço e no tempo, mas, não obstante, há
algumas características comuns básicas, e o resultado geral do processo é o crescimento do
produto nacional de uma economia.

O termo desenvolvimento possui diferentes significados para as diferentes pessoas. Torna-se


importante ter uma definição comum do seu significado.

No sentido económico rigoroso do termo, desenvolvimento significava a capacidade de uma


nação em gerar taxas de crescimento anuais na sua produção nacional. Porem a medida
alternativa usada era o PIB per capita.

O desenvolvimento deve ser visto como um processo multidimensional que engloba


mudanças nas estruturas sociais, atitudes populares e as instituições nacionais, bem como a
promoção do crescimento económico, á redução da desigualdade e a erradicação da pobreza.
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Referências bibliográficas

Bahadur, K. M. Manual De Introdução A Economia (Ed0335), Universidade Católica de


Moçambique – UCM.

Garcia, M.E.; Vasconcellos, M.A.S. (2005), Fundamentos de Economia. 2.ed. São Paulo:
Saraiva.

Gonçalves, A.C.P. et al. (2003), Economia Aplicada. 2.ed.rev. e atual. Rio de Janeiro: Editora
FGV.

Kopelke, A. L. (2007), Economia. 2.ed. Indaial: Editora Asselvi.

Montella, M. (2004), Economia Passo a Passo. Rio de Janeiro: Qualitymark.

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