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Chaves seccionadoras

● Dispositivo elétrico destinado a isolar um circuito, um trecho de circuito ou


um equipamento
● São utilizadas, ainda, para o aterramento de componentes do sistema
(linhas, barramentos, bancos de capacitores) para manutenção e
aterramento rápido de componentes energizados para fins de testes ou
ensaios
● Não pode ser operada sob carga, sob pena de danificação e redução de sua
vida útil
● Devem suportar, em regime normal de operação, correntes de carga e de
curto-circuito
● Normalmente está intertravada com um disjuntor porque só pode ser aberta
ou fechada quando esse disjuntor estiver aberto
● Existem, ainda, seccionadoras para média tensão que podem ser abertas
sob carga (seccionador interruptor tripolar) 1
Seccionador tripolar

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Seccionador interruptor tripolar

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Chaves seccionadoras

● Chave fusível de média tensão: executam tanto a


função de manobra sem carga, quanto à de proteção
perante um curto circuito através da queima do elo fusível
● Chave faca: possuem somente função de manobra entre
alimentadores, não podendo ser aberta sob carga
● Ambos os dispositivos acima são mais utilizados ao longo
das redes de distribuição e em subestações industriais
para proteção e manobra, pelo fato de serem baratos e
fáceis de operar e de fornecer manutenção
● Em subestações de subtransmissão e transmissão, outros
tipos de chaves são utilizadas
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Chave fusível

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Chave faca

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Chaves faca e fusível

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Tipos de seccionadoras

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Tipos de seccionadoras

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Tipos de seccionadoras

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Tipos de seccionadoras

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Operação e controle
de seccionadoras
● Operação
● Em grupo: os pólos da seccionadora são interligados
mecanicamente através de hastes e cabos e são operados
simultaneamente
● Monopolar: os pólos são comandados individualmente,
sem interligação mecânica entre eles
● Comando
● Manual: pode ser realizado com ou sem o auxílio de
redutores
● Motorizado: pode ser realizado por meio de motores
elétricos, acionadores hidráulicos, pneumáticos, entre outros
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Especificação de seccionadoras
● Tensão nominal
● Corrente nominal
● Corrente de curta duração (curto-circuito)
● Tensão de pico à frequência industrial
● Tensão de pico de impulso atmosférico
● Tensão de pico de manobra

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Para-raios
● Atuam como limitadores de tensão na ocorrência de descargas
atmosféricas, impedindo que valores acima de um determinado
nível pré-estabelecido possam avariar equipamentos da
subestação
● Para um dado valor de sobretensão, o para-raio, que antes
funcionava como um isolador, passa a ser condutor e
descarrega parte da corrente para a terra, reduzindo a crista da
onda de tensão
● Quando a tensão retorna a seus valores nominais, o para-raio
volta a operar como um isolante
● As pastilhas que formam seu interior são de Óxido de Zinco
(ZnO) ou Carboneto de Silício (SiC) e o corpo isolante pode ser
de porcelana ou polimérico 18
Para-raios de SiC

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Para-raios polimérico

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● Instalados nas extremidades (entrada/saída) da
subestação, protegendo os equipamentos do interior 22
Para-raios

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Para-raios

● Os para-raios são especificados por (Padrão técnico da


RGE para subestações):
● Tipo dos resistores não-lineares;
● Tensão nominal;
● Tensão máxima de operação contínua;
● Corrente de descarga nominal;
● Frequência nominal;
● entre outros

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Transformador de força
● Tem função de alterar os níveis de tensão
● Exemplos: 13,8/69 kV; 69/138 kV; 380 V/13,8 kV
● Normalmente a conexão do primário é em triângulo e a conexão do
secundário é em estrela (criação do neutro para consumidores monofásicos)
● Pode ser um banco de transformadores monofásicos ou diretamente
trifásico
● Podem ser de núcleo envolvido ou envolvente (mais caro, mais eficiente,
mais pesado)
● Sua especificação consiste na escolha do seguinte:
● Tensão nominal, (V, kV)
● Potência nominal (kVA, MVA)
● Frequência nominal (60 Hz)
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Transformador de força

Núcleo envolvido Núcleo envolvente

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Transformador de força

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Transformador de força
● A dissipação de calor pode ser:

● Parte ativa (núcleo + bobinas) imersa em líquido isolante


– Grande parte dos transformadores utilizados
● Parte ativa envolta pelo ar, ou seja, a seco
– Não apresenta risco de explosão. Utilizado em centros comerciais, hospitais,
indústrias, etc. Mais caro, mais compacto, menores potências
● Tipos de resfriamento

● ONAN (Óleo Natural, Ar Natural): óleo natural, com resfriamento natural


● ONAF (Óleo Natural, Ar Forçado): óleo natural com ventilação forçada
● OFAF (Óleo Forçado, Ar Forçado): óleo com circulação forçada do líquido isolante e com
ventilação forçada
● OFWF (Óleo Forçado, Água Forçada): óleo com circulação forçada do líquido isolante,
com resfriamento a água
● NA (Ar Natural): seco com resfriamento natural
● AF (Ar Forçado): seco com ventilação forçada 29
Transformador de força (óleo)

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Transformador de força (óleo)

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Transformador de força (óleo)

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Transformador de força (óleo)

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Transformador de força (a seco)

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Transformador de força
● Características importantes:
● Transformadores de maior potência possuem rendimento superior
● Um transformador pode operar com sobrecargas (tipicamente de 20%)
– No entanto, sua vida útil cai
● Um transformador não deve operar com pouca carga, o que faz com que
o fator de potência seja baixo
– É usual utilizar transformadores em paralelo para distribuir a carga
entre eles e possibilitar manutenção
– Nesse caso, utiliza-se transformadores de mesmas características
(mesmo modelo/fabricante)
● Na energização de transformadores ocorre um pico de corrente de curta
duração, de 6 a 8 vezes a corrente nominal, o que pode levar à atuação
de relés de proteção instantâneos
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Transformadores de instrumentos

● Transformadores de corrente ou de potencial


● Têm função de compatibilizar os níveis de tensão e
corrente do sistema elétrico com aqueles que
alimentam dispositivos de medição, monitoramento e
proteção
● Devem reproduzir fielmente no enrolamento
secundário os parâmetros elétricos do sistema
● Reduzindo a magnitude (amplitude da onda)
● Mantendo idêntica a forma de onda

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Transformadores de instrumentos

● Imagine a seguinte situação:


● Em uma linha de transmissão de 230 kV, a corrente normal
de operação é de 500 A e ocorre um curto-circuito com
corrente de 10 kA
● Qual seria o tamanho e o custo dos dispositivos de proteção
(relés) utilizados para identificar essa corrente de curto-
circuito?
● Por isso transformadores de instrumentos são utilizados: o
monitoramento de tensões e correntes são feitos em baixas
magnitudes, enquanto somente o disjuntor atua sobre o
circuito principal

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Transformador de potencial

● Monofásico
● O enrolamento secundário alimenta
instrumentos de alta impedância
● Voltímetros, bobinas de potencial de wattímetros e
de medidores de energia, relés diversos, etc.)
● Tensão entre fase e neutro ou entre fases
● No Brasil, utiliza-se como padrão a tensão
secundária nominal de 115 V
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Transformador de potencial

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Transformador de potencial

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Transformador de potencial

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Transformador de potencial

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Transformador de potencial

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Transformador de potencial

● Relação de transformação de potencial (RTP)


● Relação entre a tensão nominal do primário e a
tensão nominal do secundário
– Tensão nominal do primário: depende da tensão do
sistema elétrico (69 kV, 230 kV, etc.)
– Tensão nominal do secundário: 115 V padrão
● São especificados em termos da classe de
exatidão, da carga nominal e da RTP

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Transformador de potencial

● Carga nominal: máxima potência aparente, em VA,


que se pode conectar ao secundário do TP de modo
que o erro da sua classe de exatidão não seja
ultrapassado
● P 12,5; P 25; P 35; P 75; P 200; P 400
● Classe de exatidão: erro máximo do TP (%)
● 0,1 → calibração de equipamentos em laboratórios
● 0,3 → medição para fins de faturamento
● 0,6 → medição sem fim de faturamento, indicativa
● 1,2 → relés de proteção
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● 3,0 → TPs com ligação em delta aberto
Transformador de potencial

● Elevada impedância no secundário


● Paralelo com a rede
● Primário com muitas espiras de fio fino
● Nunca curto-circuitar o primário ou o
secundário

V 1 N1

V 2 N2
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Transformador de corrente

● Monofásico
● O enrolamento secundário alimenta
instrumentos de baixa impedância
● Amperímetros, bobinas de corrente de wattímetros
e de medidores de energia, relés diversos, etc.)
● Corrente de linha
● No Brasil, utiliza-se como padrão a corrente
secundária nominal de 5 A
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Transformador de corrente

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Transformador de corrente

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Transformador de corrente

● Relação de transformação de corrente (RTC)


● Relação entre a corrente nominal do primário e a corrente
nominal do secundário
– Corrente nominal do primário: depende da corrente do sistema
elétrico em condições normais de operação (100 A, 1000 A, etc.)
– Corrente nominal do secundário: 5 A padrão

● São especificados, essencialmente, em termos de:


● Aplicação (medição ou proteção)
● Classe de exatidão
● RTC (ou corrente nominal do primário)
● Fator de sobrecorrente 50
Transformador de corrente

● Classe de exatidão: erro máximo do TC em


situações de curto-circuito
● As classes de exatidão de TCs para proteção são: 2,5%, 5%
e 10%
● As classes de exatidão de TCs para medição são: 0,3%,
0,6% e 1,2%
● Carga nominal: máxima carga que pode ser
conectada ao TC sem que o erro máximo de medição
(classe de exatidão) seja violado
● C2,5, C5, C12,5, C22,5, C25, C45, C50, C90, C100, C200

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Transformador de corrente

● Fator de sobrecorrente: relação entre a


máxima corrente de curto-circuito que pode
passar pelo primário do TC e a sua corrente
primária nominal, para que a precisão de sua
classe de exatidão seja mantida
● Usualmente, em TCs para serviço de proteção se
utiliza um fator de sobrecorrente de 20
● Em TCs para serviço de medição normalmente o
equipamento já é construído para saturar em
correntes 4 vezes superior à sua nominal primária
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Transformador de corrente

● Exemplo de TC para proteção: A10F20C50


● A → alta reatância
● 10 → classe de exatidão
● F → designação de fator de sobrecorrente
● 20 → fator de sobrecorrente
● C → designação de carga
● 50 → carga nominal

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Transformador de corrente
 2,5 
A 10 F 20 C 50  5 
 
12,5 
 
5  22,5
● 1ª coluna: tipo de TC 2,5 10 
A       25 
● A → alta reatância    5  F   C  
 B   10  15   45 
● B → baixa reatância
  20   50 
 
● 2ª coluna: classe de exatidão  90 
 100 
● 4ª coluna: fator de sobrecorrente
 
 200 
● 6ª coluna: carga nominal (VA)
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Transformador de corrente

● Baixa impedância no secundário


● Série com a carga
● Primário com poucas espiras de fio grosso

V 1 N1 I 2
 
V 2 N 2 I1

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Transformador de corrente
● Aspectos construtivos:
● Tipo enrolado: relações de transformações inferiores a 200/5.
Isolação limitada e portanto, se aplica em circuitos até 15kV.
Enrolamento primário, constituído de uma ou mais espiras,
envolve mecanicamente o núcleo do transformador
● Tipo barra: transformador de corrente cujo enrolamento primário
é constituído por uma barra, montada permanentemente através
do núcleo do transformador
● Tipo bucha: consiste de um núcleo em forma de anel (núcleo
toroidal), com enrolamentos secundários. O núcleo fica situado
ao redor de uma “bucha” de isolamento, através da qual passa
um condutor, que substituirá o enrolamento primário

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Transformador de corrente
● Aspectos construtivos:
● Tipo janela: o enrolamento primário é o próprio condutor do
circuito, que passa por dentro da janela
● Tipo núcleo dividido: transformador de corrente tipo janela em
que parte do núcleo é separável ou basculante, para facilitar o
enlaçamento do condutor primário
● Tipo com vários enrolamentos primários: transformador de
corrente com vários enrolamentos primários distintos e isolados
separadamente
● Tipo com vários núcleos: transformador de corrente com vários
enrolamentos secundários isolados separadamente e montados
cada um em seu próprio núcleo

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Transformador de corrente
tipo janela

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Transformador de corrente
tipo barra

59
Transformador de corrente
tipo barra

60
Transformador de corrente
tipo núcleo dividido

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Transformador de corrente
tipo núcleo dividido

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Transformador de corrente

● O secundário de um TC nunca pode ser aberto


sob carga (quando houver corrente no sistema)
● Do contrário, o TC satura e uma sobretensão ocorre nos
terminais secundários, provocando o fechamento de um
arco elétrico no secundário que pode atingir o operador e
danificar as estruturas internas do equipamento
● Procedimento para retirada de um equipamento
conectado ao secundário do TC
● Curto-circuitar os terminas do secundário
● Remover o equipamento
● Manter o secundário do TC curto-circuitado
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