O documento discute as relações de produção na agricultura sob o capitalismo e não-capitalismo. Ele explica que, sob o capitalismo, os trabalhadores são separados dos meios de produção e forçados a vender sua força de trabalho. Isso cria uma relação desigual entre capitalistas e trabalhadores. Na agricultura não-capitalista, a produção é focada na sobrevivência, não no lucro, e envolve trabalho familiar e cooperativo.
Descrição original:
Título original
Aula 4 As Relações de Produção na Agricultura sob o capitalismo
O documento discute as relações de produção na agricultura sob o capitalismo e não-capitalismo. Ele explica que, sob o capitalismo, os trabalhadores são separados dos meios de produção e forçados a vender sua força de trabalho. Isso cria uma relação desigual entre capitalistas e trabalhadores. Na agricultura não-capitalista, a produção é focada na sobrevivência, não no lucro, e envolve trabalho familiar e cooperativo.
O documento discute as relações de produção na agricultura sob o capitalismo e não-capitalismo. Ele explica que, sob o capitalismo, os trabalhadores são separados dos meios de produção e forçados a vender sua força de trabalho. Isso cria uma relação desigual entre capitalistas e trabalhadores. Na agricultura não-capitalista, a produção é focada na sobrevivência, não no lucro, e envolve trabalho familiar e cooperativo.
Elmer de Matos • As relações de produção são na essência relações estabelecidas entre os homens no processo de produção social.
• As relações de produção devem ser
entendidas como o conjunto das relações que se estabelecem entre os homens em uma sociedade, no processo de produção das condições materiais de sua existência. As relações capitalistas de produção • As relações capitalistas de produção são relações baseadas no processo de separação dos trabalhadores dos meios de produção, ou seja, os trabalhadores devem aparecer no mercado como trabalhadores livres de toda a propriedade, excepto da sua própria força de trabalho. • A relação social capitalista é uma relação baseada na liberdade e na igualdade, pois somente pessoas livres e iguais podem celebrar um contracto. As relações capitalistas de produção • Dessa forma, o capitalista compra a força de trabalho que se transforma numa mercadoria especial, pois é a única capaz de criar outras mercadorias, ou seja, a única que cria mais valor do que aquele que ela própria contém. • Sendo assim, a força de trabalho torna-se propriedade económica do capitalismo, algo que pertence ao capital e não ao trabalho. As relações capitalistas de produção • Como o capitalista precisa do trabalhador, então ele lhe paga um salário, o suficiente para lhe permitir a sua reprodução e continuar a trabalhar para o capitalista.
• Logo, o salário não é produto de um acordo
individual, mas sim social, e a sua medição é dada pela taxa de lucro média do capitalista em geral. As relações capitalistas de produção • Partiu-se de uma relação jurídica que era igual, para uma em que no plano económico há uma relação de desigualdade.
• Esse processo cria a alienação do trabalho e
do trabalhador, ou seja, o trabalhador vê-se dependente do capital. As relações capitalistas de produção • Um cidadão só é capitalista e o seu dinheiro capital quando o coloca no processo produtivo (comprando meios de produção e força de trabalho) para reproduzir, de forma ampliada, esse capital.
• O dinheiro, fora do processo produtivo
capitalista, não é capital e portanto não pode auferir lucro. Por vezes, o trabalhador pode acumular dinheiro e não capital. • Como isso se processaria no campo e na agricultura? Relações não-capitalistas de produção • Era suposto que com a entrada do capitalismo o camponês desaparecesse, mas assim não aconteceu, passou a ser livre da servidão, mas produtor de mercadorias, sendo parte do capitalismo, mas nem por isso assalariado.
• O principal objectivo da produção camponesa
é a sobrevivência e não o lucro médio. Relações não-capitalistas de produção • A produção agrícola capitalista parte do dinheiro para produzir mercadoria que lhe providenciará dinheiro.
• Já na produção camponesa faz a conversão da
mercadoria em dinheiro para depois obter a mercadoria. Relações não-capitalistas de produção • Os 9 elementos estruturais da produção camponesa são: • 1. A força de trabalho familiar (é um trabalho verdadeiramente colectivo); • 2. Ajuda mútua entre os camponeses; • 3. A parceria; • 4. O trabalho acessório; • 5. A jornada de trabalho assalariada (utilizado em momentos críticos); • 6. A socialização do camponês (iniciação do processo ainda muito cedo); • 7. A propriedade da terra; • 8. Propriedade dos meios de produção • 9. Jornada de trabalho (não há rigidez no horário de trabalho) Relações não-capitalistas de produção • Componentes fundamentais no processo de reprodução da produção camponesa • A reposição, a cada ciclo, dos meios de produção e a força de trabalho para a sua reprodução; • Reproduzir-se, a partir da acumulação de dinheiro, a possibilidade de seus filhos se reproduzirem; • A recriação do camponês-proprietário devido a compra de terra; • O Estado, em projectos de reforma agrária, acaba fixando preços mínimos agrícolas; • A formação das cooperativas no campo.