Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
J u v e n i l
L iv r o
Para ler e
colorir.
1º Lugar
1º Concurso Literá rio
Carlos Drummond de Andra de
Universidade Federal de Santa Maria
Literatura Infanto-Juvenil
Comissão Julgadora:
Lígia Militz da Costa
Leila Agne Ritzel
Maria Luiza R. Remédios
Na escolinha de ·t .
as aulas. per, eria, acabaram
preocupaçao constante.
Apes ar da pressa, ela não deixou de
notar que, no chão do corredor, alguém
jogar a um saco de papel todo
amar rotad inho.
• _ Ah! Essas crianças! - pensou,
enqua nto se abaixava para pegar o saco,
quand o ouviu um gemido.
SALA DE AULA '13' .
- UiL ..
Era o saco~
A professora nem se admirou tanto,
acostumada que estava com as esquisitices
do mundo.
t1
tr t
-:---...:::
*-
7
1
8
- Ond e já se vi u ta m an ha as ne ira ?
d o s se m pre tê m al gu m a utilida de
Tudo e to
- retrucou a professora.
- Eu não! Sou um saco velho de
a ti ra d o no ch ão ... Q ue m so u eu ? ... D e
papel,
onde vim? ... Pra onde vou? ...
" - S e r ou nã o ser? - Eis a questão."
,
e as pe ss oa s fa la m , ou m el ho r,
E assim qu
la va H a m le t, um pe rs on ag em do
assim, fa
grande pensador, Shakespeare...
- A h~ A m oça na o va i qu erer qu e um
sa co co nh eç a O m elet es e
pobre
Cheiquespirros ...
---..
-- ---
\~~ ; o~ > () . '
~ .
o
' .
,.. ,,
,, ' 1
,'
. ..,,, ..
--
'-
.. . '_-;;
,
10
- O senhor saco esta, me .
medroso... saindo um
Nem parece filho d
história tão bonita... e gente com
- Eu? Filho de gente com h. , .
CI IT d 1stor1a?
' h. ; :··
- aro. o os os papéis t em,
- Cont - istor,a.
. . , _e me, por favor, pois eu não
se,_de ~1stor1a nenhuma! - pediu O saco, já
mais animado.
A profes sora tomou ares de quem
está dando aula e começou a falar.
- O homem , com a necessidade de
transmitir, guard ar sua história, precisava
de um material leve para poder escrever.
Primeiro tentou as pedras , mas eram
tão pesadas!. ..
Usou então folhas de papiro, peles de
animais bem raspadas e limpinhas ... Depois,
com o avanço dos tempos e a necessidade
cada vez maior de material mais leve ainda,
começou a fabricar papel de outras
maneiras, com trapos, as fibras de linho e
seda, bagaço de cana, etc ...
Com o aperfeiçoamento das
máquinas, passou a usar a polpa da madeira
para fazer papel.
Hoje, plantam-se grandes extensões
de terras com árvores, que depois são
cortadas, trituradas, transformadas em
uma massa que passa por diversos
processos de secagem e, depois, mais
tarde, viram folhas de papel para as mais
variadas utilidades ...
E quando todos pensam que eles n~o
valem mais nada, os papéis velhos sao
reciclados e ganham vida nova!
13
- Que história mais linda e triste,
professora! Quer dizer que eu já fui uma
bela árvore?... Estou começando a me
sentir importante ...
r
l
quando eu
- E vai se sentir melhor
aos ami gos meu s, os lápis ...
pedir auxílio
você vai me
- Veja lá o que
confiad o o saco .
aprontar! ... - falou des
eto e con fie em mim ...
- Fique qui
pro fes sor a pegou os lápis e
A
nho no saco .
carneçou a desenhar uma cari
" /-
- _._ ...-:.;~ ~
·---...
' - (g @
-
\ ~ ,,
"' i
'
jeitinho
Aos poucos o saco tomou um
, nariz, tudo
bem bonitinho, com olhos , boca
bem certinho ...
chama
- Pronto! Agora você se
Um fantoch e de pape l!. ..
SACOLINO...
ente!
O saco não cabia em si de cont
saco com
- VIVA! VIVA! Sou um
rosto, iden tida de e história!
foi
Obrigado, professora ... Você
legal!
. Agora qualquer crian
brincar comigo...
ê .
ça va, gostar de