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IMPORTÂNCIA DOS PRINCÍPIOS HERMÉTICOS

“A VIRTUDE NÃO CONSISTE NA INDIGÊNCIA,


MUITO MENOS NA OPULÊNCIA, MAS NA
SIMPLICIDADE DA VIDA ”.
DO CAMINHO ÓCTUPLO – BUDA

1998-3351

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Assim como é encima é embaixo.

O que está expresso nesta declaração faz parte dos chamados Princípios Herméticos -
Princípio da Correspondência – têm sido à base dos ensinamentos de Thoth e aceito como
verdade fundamental das mentes conscientes.

Nesta afirmativa Thoth indica que o mundo objetivo é apenas um espelho do céu, ou
seja, que os padrões existentes no mundo inferior são reproduções dos padrões do mundo
superior, existindo, portanto uma conexão íntima entre o divino e as formas exteriores que
constituem o mundo imanente.
O imenso cabedal de ensinamentos de Thoth, em parte, é descrito numa obra conhecida
pelo nome de Corpus Hermeticum.
No Corpus Hermeticum ensinamentos cosmológicos são apresentados sob a forma de
diálogos entre Hermes - Thoth - e várias outras deidades egípcias, inclusive Ísis. Estudiosos
mostram que se trata de um texto verdadeiramente original.
O conteúdo da mencionada em sua maior parte é composto pelo que Thoth escreveu
sobre a polaridade do universo definindo-o em termos de treva e luz, de mal e bem, e assim por
diante. Ele faz ver a polaridade do mundo imanente e não no sentido de dualismo cósmico. Isto
está bem claro quando diz “... semelhante e dessemelhante são uma coisa só...”, significa
exatamente o principio da polaridade.

Pelos ensinamentos de Thoth foram estabelecidas as bases que constituem os ensinos das
várias organizações de estudos herméticos no que dizem respeito à visão do mundo.
Realmente a visão universal hermética tem muito em comum com a filosofia de Platão.
Indubitavelmente para os antigos egípcios Thoth era “a personificação da Mente de
Deus, o Mestre Supremo de Sabedoria. Essencialmente a religião dele era a Religião da Luz.
Como Luz era o Pai da Religião de Iluminação (os Mistérios da Luz e de um Nascimento
divino), assim era Vida, o cônjuge dele, a Mãe da Religião de Alegria” (TGH).
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Nem todos os estudiosos, mesmo muitos que integram grupos de estudos direcionados já
chegaram à conclusão de que os Princípios Herméticos não são apenas simples condições
inerentes ao universo, ainda não se dão conta de que na realidade eles constituem a própria base
de tudo quanto há.
Certamente a “Árvore da Vida” da Cabala representa a planta arquitetônica de tudo
quanto há no mundo da Imanência, o seu “modus faciendi” enquanto que os Princípios
Herméticos podem ser considerados como o “modus operandi”, ou seja, a manifestação da Lei.
Isto que estamos falando indica que os Princípios Herméticos manifestam-se segundo
um modelo que é representado esquematicamente pela “Árvore da Vida” e não segundo um
padrão aleatório. A arvore é o modelo de organização do caos cuja distribuição ordena-se
mediante desdobramentos da Lei manifestada consoante aos princípios Herméticos.
Podemos considerar que em tese todos os princípios resumem-se em um só desde que
eles estão intimamente relacionados entre si sendo difícil estabelecer o limite onde termina um e
tem início o outro, pois geralmente eles interpenetram-se. Naturalmente não poderia ser
diferente desde que apenas existe UM.
Inicialmente ao estudar os 7 Princípios Herméticos o discípulo não percebe o quanto eles
significam, ao nível de conhecimentos que eles encerram. Não podemos afirmar o percentual
exato, mas acreditamos que 99% de tudo quando se percebe no mundo imanente são
manifestações ligadas ao Principio da Vibração. “Nada está parado, tudo se move, tudo vibra”
- O Cabailion.
Obviamente a vibração é à base de todo o universo imanente, de toda creação. Na
verdade somente as manifestações daquilo que temos em algumas palestras de “Faces do Poder
Superior” é que não vibra, ainda assim aqueles que conseguem penetrar no entendimento sobre
o 9º Princípio, correspondente à “Nona Hora” mencionada no Nuctemeron de Apolônio de
Tiana

É pela vibração que a absoluta unidade de Deus manifesta-se na imensa variedade dos
mundos. – Huberto Rhoden.

O limite das percepções faz com que a mente aceite a existência de princípios
independentes quando na realidade só existe UM.

Leis e mais leis são mencionadas pela ciência, mas todas se resumem em uma só.
Indubitavelmente vivemos na terra imerso num oceano de vibrações que nos cercam por
todos os lados, e isto tem grande significação em decorrência da ressonância vibratória. Quando
estudamos algumas peculiaridades das vibrações no temas iniciais falamos que nunca um som
mantém-se isolado. Qualquer som gera outro som.
Mesmo que apenas uma corda de um piano seja percutida não ocorre apenas à nota
correspondente isoladamente, pois inúmeras outras cordas vibram em uníssono mesmo sem que
hajam sido percutidas.
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Isto que estamos falando não diz respeito somente a uma nota musical, mas a tudo
quanto existe. Uma vibração qualquer ressoa num incalculável número de coisas existentes, e
quando nos referimos a coisas estão incluídos também os seres vivos em geral e o humano em
particular.

Temos que considerar que somos seres intera gentes com todo o Universo desde que
estamos sujeitos às leis que regem o movimento vibratório. Se nossa constituição física é
material e matéria nada mais é do que manifestação vibratória, logicamente vivemos sujeitos às
leis da ressonância vibratória.

Esta palestra é o preâmbulo de uma temática de imensa significação, mas que mesmo
assim tem sido totalmente negligenciado pelas pessoas - o som.

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NOTA:

A importância fundamental dos Princípios Herméticos decorre de serem eles os


responsáveis por todas as manifestações do mundo fenomenal – Mundo Imanente. Tudo aquilo
que venha a ser percebido e que não esteja em consonância com Os Princípios Herméticos por
certo se trata de alguma manifestação do Mundo Transcendente.

Não se pode com conhecer a natureza da existência sem que se conheçam os Princípios.

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