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Criminal.
1. Substitutividade – foi praticado um furto – a vítima não pode resolver a
situação com o autor do fato – o poder/dever é do Estado, sendo esse que
exerce um poder de punição, exerce uma pretensão punitiva sobre o autor –
vítima não pode exercer uma autotutela para resolver a situação com o autor
do delito - o Estado (jurisdição) substitui as vontades.
2. Inércia – Poder judiciário é inerte – necessita ser provocado – se ocorreu um
furto que de regra é uma ação penal pública condicionada – o judiciário só vai
atuar se o MP oferecer a denúncia.
3. Existência de lide – Lide = conflito de interesses qualificados por uma
pretensão resistida – pretensão punitiva do Estado em cima de um sujeito.
Sd jurisadvogando – Sandra Mara Dobjenski
1. Juiz natural – previsto na CR/88 – se possui regras pré definidas para saber
qual juízo vai atuar em determinado caso – não basta ser um juiz natural, o
juiz tem que ser imparcial (Art. 252 e 254 CPP – causas de suspeição e
impedimento do juiz)
2. Indeclinabilidade – o juiz não pode abster-se de julgar o caso recebido.
3. Unidade – a jurisdição é uma, entretanto possui divisões que delimitam a
competência para o processamento do caso.
4. Investidura – magistrado com concurso de provas e títulos (previsão CR/88) –
o juiz deve estar investido na forma da CR/88.
Sd jurisadvogando – Sandra Mara Dobjenski
Competência.
1. Critério em razão da pessoa – razão absoluta – fixação da competência em
razão funcional
2. Critérios em razão da matéria – eleitoral, militar, etc. justiça especializada –
OBS.: NÃO EXISTE MATÉRIA PENAL EM JUSTIÇA TRABALHISTA – fica na
justiça comum federal. Competência absoluta.
3. Critérios em razão do lugar – competência relativa – pode se perpetuar, se
prorrogar – Art. 70 CPP - A competência será, de regra, determinada pelo
lugar em que se consumar a infração, ou, no caso de tentativa, pelo lugar em
que for praticado o último ato de execução.
Sd jurisadvogando – Sandra Mara Dobjenski
Antes dessa interpretação restritiva, qualquer que fosse o crime praticado por um
Senador, por exemplo, que possui fôro privilegiado, ia para o STF tendo ou não
haver com a função dele – delito tem que ter correlação com a função pública para
que ocorra o julgamento pelo STF, caso contrário é o juiz de primeira instância que
precede o processo e o julgamento.
*O fôro por prerrogativa de função somente se aplicara se o crime for praticado
durante o exercício da função e tiver relação com o exercício da função.
*SITUAÇÃO ATUAL
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que for o processo permanece no STF – de preferência o juiz que instrui tem que
julgar.
Ex.: Delito A (eleitoral) – justiça eleitoral X delito B (que não é crime eleitoral) – outra
competência – se for o caso de conexão o crime A puxa o crime B – ambos na
justiça eleitoral.
Art. 239 – STF ponderou que o julgamento deve ocorrer na Justiça federal.
V- A as causas relativas a direitos humanos a que se refere o § 5º deste artigo;
(Incluído pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004)
*Usar falsamente uma CNH – o que importa é onde este documento foi apresentado
– Ex.: apresentação no correio – justiça federal, apresentado para pessoa jurídica
particular – competência justiça estadual.
§ 1º As causas em que a União for autora serão aforadas na seção judiciária onde
tiver domicílio a outra parte.
§ 2º As causas intentadas contra a União poderão ser aforadas na seção judiciária
em que for domiciliado o autor, naquela onde houver ocorrido o ato ou fato que deu
origem à demanda ou onde esteja situada a coisa, ou, ainda, no Distrito Federal.
§ 3º Serão processadas e julgadas na justiça estadual, no foro do domicílio dos
segurados ou beneficiários, as causas em que forem parte instituição de previdência
social e segurado, sempre que a comarca não seja sede de vara do juízo federal, e,
se verificada essa condição, a lei poderá permitir que outras causas sejam também
processadas e julgadas pela justiça estadual.
(Revogado)
§ 3º Lei poderá autorizar que as causas de competência da Justiça Federal em que
forem parte instituição de previdência social e segurado possam ser processadas e
julgadas na justiça estadual quando a comarca do domicílio do segurado não for
sede de vara federal. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 103, de 2019)
§ 4º Na hipótese do parágrafo anterior, o recurso cabível será sempre para o
Tribunal Regional Federal na área de jurisdição do juiz de primeiro grau.
§ 5º Nas hipóteses de grave violação de direitos humanos, o Procurador-Geral da
República, com a finalidade de assegurar o cumprimento de obrigações decorrentes
de tratados internacionais de direitos humanos dos quais o Brasil seja parte, poderá
suscitar, perante o Superior Tribunal de Justiça, em qualquer fase do inquérito ou
Sd jurisadvogando – Sandra Mara Dobjenski
Art. 70, § 2o Quando o último ato de execução for praticado fora do território
nacional, será competente o juiz do lugar em que o crime, embora parcialmente,
tenha produzido ou devia produzir seu resultado. (crime praticado fora do Brasil, mas
a vítima veio para cá – competência para processar e julgar será o local do
cometimento do fato)
Art. 70, § 3o Quando incerto o limite territorial entre duas ou mais jurisdições, ou
quando incerta a jurisdição por ter sido a infração consumada ou tentada nas divisas
de duas ou mais jurisdições, a competência firmar-se-á pela prevenção.(não se sabe
aonde o fato foi praticado – competência firmada pela prevenção – crime cometido
dentro de uma fazenda que possui limites entre dois municípios e o fato ocorreu no
limite dos municípios A e B – território incerto – nesse caso a competência é do juiz
que atuar primeiro – juiz prevento)
Art. 71. Tratando-se de infração continuada ou permanente, praticada em território
de duas ou mais jurisdições, a competência firmar-se-á pela prevenção. (Vários
furtos cometidos em continuidade delitiva – João cometeu um furto em Brasília,
amanhã ou depois com o mesmo modo operandi praticou um furto em samambaia,
depois um furto em Taguatinga, mesmo modo de execução, tempo, etc.
competência do juiz que atuar primeiro)
Sd jurisadvogando – Sandra Mara Dobjenski
*PESSOA - ABSOLUTA
*MATÉRIA - ABSOLUTA
*LUGAR DA INFRAÇÃO – RELATIVA
*Delito de roubo praticado no centro de Brasília – Joana foi a vítima desse delito –
análise de quem praticou a ação – João que não possuía prerrogativa de foro de
função – não existe regra absoluta de prerrogativa de pessoa que possa ser
observada nessa hipótese – na questão material – o fato do cometimento do roubo
no centro de Brasília contra um particular – não é competência da justiça eleitoral,
não é competência da justiça militar, não é competência da justiça federal – não
entra no Art. 109 CR/88 porque o patrimônio lesado não tem nada haver com União
entidade autárquica ou empresa pública, mas sim um patrimônio público que foi
lesado – competência justiça comum estadual que é a residual. Em relação a
competência em razão do lugar – delito de roubo se consumou no centro de Brasília,
o que significa que é primeira instância (justiça comum estadual) + uma das varas
criminais de Brasília – os três critérios não são capazes de estabelecer de forma
específica um juízo competente – no fôro de Brasília existem 08 varas criminais –
não se consegue chegar a um resultado único – parte-se para os critérios
Sd jurisadvogando – Sandra Mara Dobjenski
*Crime do tribunal do júri conexo com crime da justiça comum = segue tudo para o
tribunal do júri.
Ex.: Homicídio (tribunal do júri) + ocultação de cadáver (justiça comum) – ocorreu
uma conexão segue tudo para o tribunal do júri.
Sd jurisadvogando – Sandra Mara Dobjenski