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CulináriaCannábica

Guia básico de consumo

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Apresentação
Você é daquele maconheiro (a) com boas histórias pra contar sobre uma trip com um bolo de maconha ou
brisadeiro? Se é, com certeza já sabe como essa experiência pode ser maravilhosa! Mas se ainda não teve
essa brisa culinária, tá na hora de se preparar, porque o Growroom preparou mais esse e-book gratuito, jus-
tamente pra você ter uma experiência completa com um comestível de maconha, aumentando as chances
de acerto nas receitas, sem desperdiçar erva e claro, chapando demais!

Mas vá com calma, porque embora o preparo seja bem simples e degustar o resultado final seja ainda me-
lhor, é preciso ter alguns cuidados para uma viagem segura e principalmente saudável e saborosa.

Poucas pessoas sabem, mas é interessante destacar que os comestíveis com infusão da planta podem ser
uma ótima alternativa para redução de danos. Por isso, neste livro explicamos como os alimentos canna-
bicos agem no corpo humano e podem ser menos prejudiciais à saúde do que fumar, principalmente para
quem faz uso medicinal.

Além disso, não dá para esquecer que os comestíveis, ou edibles como são chamados em inglês, estão
literalmente bombando nos lugares onde a planta é regularizada. E aí a tendência é pensarmos de cara em
chocolates, pirulitos e milhares de outros doces produzidos com cannabis, mas a verdade é que chefs de co-
zinha estão abrindo restaurantes ou oferecendo jantares e se especializando neste ramo em vários lugares
do mundo, inclusive aqui no Brasil.

Ou seja, muito mais do que proporcionar uma brisa ótima e uma larica inesquecível (se você seguir nossas
receitas), os comestíveis cannabicos são também uma oportunidade para quem tem habilidades para cozi-
nhar e pretende trabalhar com maconha algum dia. A tendência é que esses comestíveis acabem entrando
na legislação da planta em vários países, até por representar uma forma de redução de danos, como fala-
mos acima,

Ou seja, mais do que proporcionar uma ótima brisa e uma larica de encher quase sempre ótimas (se seguir
nossas receitas), os comestíveis canábicos são também uma oportunidade para quem pretende trabalhar
com maconha algum dia, e tem habilidades para cozinhar. A tendência é que os comestíveis entrem nas
mesmas legislações da planta em vários países, justamente por ser uma forma de redução de danos.

Enfim, não importa o que você pretende fazer com o que vamos compartilhar neste livro, desde que você
faça! Ele está aqui e você não tem mais desculpas para não usar o conteúdo como quiser.

Seja sozinho, com amigos, numa festa ou praia ou até para se tornar um chef cannabico profissional, o im-
portante é colocar a mão na massa!

Aperte aquele baseado caprichado e vamos mergulhar na literatura cannabica, pra depois se deliciar com
uma larica cheia de THC. Esperamos que você curta!

Abraços,
Growroom
Como os alimentos com infusão
de Cannabis agem no Corpo
Quando fazemos uso de comestíveis de maconha, o THC vai para o estô-
mago e não para a corrente sanguínea, como acontece quando fumamos
a erva, seja na seda, bong ou vaporizador. É fácil lembrar a diferença entre
fumar e comer, vamos te falar pra você nunca esquecer:

- Quando há fumaça, a absorção se dá pela corrente sanguínea. Já quando


a maconha é ingerida através de um alimento, ela vai direto para o sistema
digestivo.

Por conta disso, a maconha demora mais para “bater” quando a ingerimos,
já que essa parte do corpo processa o THC mais lentamente, podendo levar
em média 30 minutos para os primeiros efeitos aparecerem. Mas vale lem-
brar: assim como a brisa demora mais para chegar, seus efeitos também
demoram mais para passar.

A regra #1: Nunca exagerar


Provavelmente você já deve ter escutado falar em casos de pessoas que
ingeriram comestíveis cannabicos e passaram mal. Isso acontece com certa
frequência, também em decorrência dessa “demora” que citamos acima
para o surgimento dos primeiros efeitos.
A culpa não é do bolinho ou brisadeiro, só será se a receita tiver sido feita
com uma quantidade exagerada de maconha, acima do que recomen-
damos. A outra possibilidade é o exagero por parte do consumidor (a) na
ingestão do alimento.

O que acontece na verdade é que muitas vezes quem consome não perce-
be os efeitos ou não tem paciência para esperar que eles chegem e acaba
comendo mais. E quando isso acontece, a tendência é que “bata” tudo de
uma vez e como já falamos anteriormente, essa brisa demore muito para
passar.

Resumidamente:
Exagerar pode se tornar uma
bad trip.

É importante ter paciência,


comer devagar e nunca
exagerar na dosagem,
nem para fazer a receita,
nem para comer.

Essa é a regra nº1, nunca se esqueça!


Faça as suas receitas com flores, e não prensado.
É necessário reforçar que todas as receitas deste livro foram feitas e dosadas com flores (buds) naturais de maco-
nha, e não com o famoso prensado paraguaio. E esperamos que você faça o mesmo, pelo bem da saúde. Afinal,
você provavelmente não colocaria para dentro do seu estômago uma comida de cor duvidosa, que foi armazena-
da de qualquer maneira e muitas vezes estragada.

Por isso, para ter um comestível bom, que vai fazer bem para sua saúde ao reduzir os danos da fumaça, é impor-
tante que você use uma maconha natural.

Quer ter a chance de fumar e usar flores nas suas receitas, mas ainda não cultiva? Então baixe o nosso Guia de Cul-
tivo que também é gratuito e tenha a experiência de cozinhar com a maconha que você mesmo planta, da melhor
qualidade possível.
Descarboxilação da Maconha

Esse passo é necessário para aproveitar ao máximo os efeitos da maconha


no comestível, independente da receita, a descarboxilação da cannabis é
muito importante. Esse processo é o responsável por transformar o THCA
e o CBDA, em THC e CBD, permitindo com que eles se encaixem mais facil-
mente com os nossos receptores cannabinóides.

Como descarboxilar a maconha?

Existem muitas técnicas para descarboxilar a cannabis, o mais importante


é observar as temperaturas que determinados canabinóides evaporam,
assim, você preserva os que mais te interessam.

Fique atento, o THC evapora ao atingir os 170°C, por isso é muito importan-
te manter a temperatura baixa para preservar ao máximo o THC. Se passar
dessa temperatura, haverá uma maior concentração de CBD, tornando o
produto final mais sedativo e menos alucinógeno.
Descarboxilando no forno
Dichave os buds em pedaços menores e preencha o fundo da forma. Man-
tenha os pedaços próximos uns dos outros, sem lotar demais a bandeja,
mas também evite deixar muito espaço livre;

Cubra a bandeja com papel alumínio e coloque-a no forno;

Para maior concentração de THC, deixe a bandeja no forno aquecido a


150°C por 15 minutos, ou 110°C graus por 40 min;

Para maior concentração de CBD, deixe a bandeja no forno aquecido a


110°C de 2 a 4 horas;

Retire do forno e deixe esfriar antes de retirar o papel alumínio. Quando o


papel alumínio for retirado, o resultado deve ser um farelo amarronzado;
Preserve o produto final em um pote de vidro devidamente selado, assim
ele pode ser utilizado em até 5 dias.

É importante ficar muito atento: o THC evapora aos 170°C! Outros canabi-
nóides podem evaporar a partir de 120°C, por isso o ideal é ter um termô-
metro culinário para acompanhar precisamente as temperaturas.

Assista aqui o vídeo completo sobre a descarboxilação


A Tintura de Cannabis
Em uma panela pequena, tigela de inox ou vidro re-
sistente ao calor adicione 10g (3 colheres de sopa) de
maconha descarboxilada e 600ml de alguma bebida de
graduação alcoólica elevada. Quanto maior a graduação
alcoólica melhor a qualidade da tintura. O ideal é utilizar
uma bebida chamada EVERCLEAR (graduação de 95%),
mas essa bebida é proibida no Brasil, então você pode
substituir por álcool de cereais, Gin, Ron, Vodka ou até
cachaça de boa qualidade;

Em uma panela maior ferva a água, e em banho-maria


aqueça a mistura de álcool e cannabis por 45 a 60 minu-
tos em fogo baixo, até que o álcool evapore e a mistura
se reduza a 1/3 da quantidade inicial. Vá controlando
para não evaporar por completo;

Tenha muito cuidado nesse processo para não causar


acidentes, já que o álcool se torna inflamável a tempe-
ratura de 170°C, vc tb pode utilizar uma panela elétrica
para maior segurança em relação às chamas do fogão;

Deixe a mistura esfriar e coe ela para remover os resídu-


os orgânicos;

Em seguida o extrato estará pronto para ser utilizado.


Você pode conservar em geladeira por até 6 meses em
um vidro fechado ou em pequenos frascos conta-gotas;

O Extrato ou tintura de cannabis pode ser utilizado para


o preparo de drinks, sucos, gelatinas e outras receitas
onde a gordura é dispensada. Também pode ser usado
diretamente para automedicação, utilizando poucas
gotas de forma sublingual, mas lembre-se é um concen-
trado e o sabor pode ser bem forte.
Bala de Gelatina Cannábica
Preparo Ingredientes:

1- Em uma panela adicione a água, a lecitina e a gelatina sem • 200 ml de água


sabor, deixe descansar uns 5 minutos para a gelatina e a lecitina • 2 pacotes (40g) de gelatina de sua
diluírem; preferência

2 - Em seguida acrescente a gelatina com sabor e o açúcar (opcio- • 1 pacote (24g) gelatina sem sabor
nal) e leve ao fogo baixo, mexendo sempre até começar a ferver; • 1 colher se chá de lecitina de
girassol (pode ser substituída por
3 - Retire do fogo, adicione o ácido cítrico e deixe esfriar um pouco;
lecitina de soja)
4 - Acrescente a tintura de cannabis e mexa; • 1 colher de sopa de açúcar (opcio-
nal)
5 - Coloque a mistura em moldes de silicone (ou em uma forma ou
• ½ colher de chá ácido cítrico (op-
travessa para você cortar em pequenos quadradinhos);
cional para dar um sabor azedinho
6 - Deixe endurecer em temperatura ambiente, pode levar de 1 a 2 e para conservar)
horas. Se você for mais apressado pode colocar na geladeira;
• 10 a 20 ml de tintura de cannabis
7 - Retire dos moldes e polvilhe as balinhas no açúcar e se quiser • Açúcar para polvilhar (opcional)
mais azedinhas coloque também uma pitada de ácido cítrico -
Esse passo é opcional;

8 - Agora é só curtir com responsabilidade, e lembre-se de deixar


essas balas fora do alcance das crianças;

9 - As balinhas podem ser conservadas em


geladeira por até 2 semanas.

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