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CAPÍTULO 2 - ELEMENTO FINITO DE

BARRA & TRELIÇA

ANÁLISE E PROJETO EM ELEMENTOS


FINITOS
Nam-Ho Kim

1
INTRODUÇÃO AO MÉTODO DOS
ELEMENTOS FINITOS
• O que é o método de elementos finitos (MEF)?
– Uma técnica para a obtenção de soluções aproximadas de equações
diferenciais.
– Partição do domínio em um conjunto de formas simples (elementos).
– Aproximar a solução usando polinômios em trechos dentro do
elemento. F  ∂σ xx ∂τ xy
 ∂x + ∂y + bx = 0


 ∂τ xy + ∂σ yy + b =0
Estrutura
 ∂x ∂y
y

Aproximação em trechos lineares


u
Elemento

x
2
INTRODUÇÃO AO MEF cont.
• Como discretizar o domínio?
– Usando formas simples (elemento)

– Todos os elementos são conectados usando "nós".


5 6 7 8 Nós
1 2 3 Elementos

1 2 3 4

– Solução no elemento 1 é descrita usando os valores nos nós 1, 2, 6 e


5 (interpolação).
– Elementos 1 e 2 compartilham a solução nos nós 2 e 6.

3
INTRODUÇÃO AO MEF cont.
• Métodos
– Método Direto: fácil de entender, limitado a problemas 1D
– Método Variacional
– Método dos Resíduos Ponderados

• Objetivos
– Determinar deslocamentos, forças e reações de apoio.
– Considerando apenas o problema estático neste curso.

4
SISTEMA DE MOLAS 1-D
F2
F4
1 2
2 6
3
4 5
1 5
3
4 F3

• Corpos se movem apenas na direção horizontal


• Forças externas F2, F3 e F4 são aplicadas
• Não há necessidade de discretizar o sistema (pois já é
discretizado!)
• Corpo rígido (incluindo paredes) NÓS
• Molas ELEMENTOS
5
ELEMENTOS DE MOLA
• Elemento e
– Consiste dos nós i e j e
ui , fi (e) u j , f j(e)
– Constante de mola k(e)
i j
fi ( ) , f j(
e e)
– Força aplicada no nós:
– Deslocamentos ui e uj
– Alongamento: ∆ ( e ) = u j − ui
– Força na mola: P( ) = k ( )∆( ) = k (
e e e e)
(u j − ui )
f j( ) = P (
e e)
– Relação entre a força na mola e as forças nodais:

fi ( ) + f j( ) = fi ( ) =
− f j(
– Equilíbrio: e e e e)
0 or

6
ELEMENTOS DE MOLA cont.
• Elemento de Mola (e)
– Relação entre a força nodal e os deslocamentos
fi ( ) k (
=
e e)
( ui − u j )  k (e)
 (e)
− k ( )   ui   fi ( e ) 
e

 =
( e ) u   f ( e ) 
f j( =
e )
k(
e)
( −u + u )
i j
 − k k   j   j 

 u  
 i 
f (e)
k    =  ( e ) 
(e) i

u j   f j 
[k ( e ) ]{q ( e ) } = {f ( e ) }
– Notação Matricial :

k ⋅q =f
– k: matriz de rigidez
– q: vetor dos GDLs
– f: vetor das forças nos elementos

7
ELEMENTOS DE MOLA cont.
• Matriz de Rigidez
– É quadrada uma vez que relaciona o mesmo número de forças e de
deslocamentos.
– É simétrica.
– É singular, ou seja, o determinante é igual a zero e portanto não pode
ser invertida.
– É positiva semi-definida.
• Observação
– Para dados deslocamentos nodais as forças nodais podem ser
calculadas por
[k ( e ) ]{q ( e ) } = {f ( e ) }

– Para dadas forças nodais, os deslocamentos nodais não podem ser


calculados de forma unívoca (admite movimento de corpo rígido)

8
ELEMENTOS DE MOLA
F
cont.
2
F4
1 2
• Equação do elemento e 2 6
3
montagem da matriz 1
4 5
5
global 3
4 F3

 k1 − k1 0 0 0   u1   f1(1) 
 
 −k k1 0 0 0  u2   f 2(1) 
 k1 − k1   u1   f1(1)   1     
  =  (1)   0 0 0 0 0  u3  =  0 
 −k   
 1 k1  u2   f 2   0 0 0 0 0  u4   0 
   
 0 0 0 0 0  u5   0 

 k1 − k1 0 0 0   u1   f1(1) 
 
 −k k + k 0 − k2 0  u2   f 2(1) + f 2(2) 
 k2 − k2  u2   f 2(2)   1 1 2     
 −k    =  (2)   0 0 0 0 0  u3  =  0 
 2 k2  u4   f 4   
 0 − k2 0 k2 0  u4   f 4(2) 
   
 0 0 0 0 0  u5   0 
9
ELEMENTOS DE MOLA cont.
 k1 − k1 0 0 0   u1   f1(1) 
 
 k3 − k3  u2   f 2(3) 
 −k k + k + k − k3 − k2 0  u2   f 2(1) + f 2(2) + f 2(3) 
 1 1 2 3     
 −k  = 
 3 k3  u3   f 3(3)   0 − k3 k3 0 0  u3  =  f 3(3) 
 
 0 − k2 0 k2 0  u4   f 4( 2) 
   
 0 0 0 0 0  u5   0 

 k1 + k4 − k1 − k4 0 0   u1   f1(1) + f1(4) 
 
 k4 − k4   u1   f1(4) 
 −k k1 + k2 + k3 − k3 − k2 0  u2   f 2(1) + f 2(2) + f 2(3) 
 1     
 −k    =  (4)   − k4 − k3 k3 + k 4 0 0  u3  =  f 3(3) + f 3(4) 
 4 k4  u3   f 3 
 
 0 − k2 0 k2 0  u4   f 4(2) 
   
 0 0 0 0 0  u5   0 
 k5 − k5  u3   f (5)

 = 
3
 −k k5  u4   f (5)
 5 4 
 k1 + k4 − k1 − k4 0 0   u1   f1(1) + f1(4) 
 
 −k k1 + k2 + k3 − k3 − k2 0  u2   f 2(1) + f 2(2) + f 2(3) 
 1     
 − k4 − k3 k3 + k 4 + k5 − k5 0  u3  =  f 3(3) + f 3(4) + f 3(5) 
 
 0 − k2 − k5 k 2 + k5 0  u4   f 4(2) + f 4(5) 
   
 0 0 0 0 0  u5   0 10
ELEMENTOS DE MOLA cont.
 k6 − k6  u4   f 4(6) 
 −k    =  (6) 
 6 k6  u5   f5 
 k1 + k4 −k1 − k4 0 0   u1   f1(1) + f1(4) 
 −k  
k1 + k2 + k3 − k3 − k2 0  u2   f 2(1) + f 2(2) + f 2(3) 
 1     
 − k4 − k3 k3 + k5 + k 4 − k5 0  u3  =  f3(3) + f3(4) + f3(5) 
 
 0 − k2 − k5 k 2 + k5 + k 6 − k6  u4   f 4(2 ) + f 4(5) + f 4(6) 
   
 0 0 0 − k6 + k6  u5   f5 (6)


F2
F4
1 2
2 6
3
4 5
1 5
3
4 F3

11
ELEMENTOS DE MOLA cont.
F2
F4
• Relação entre força no 1 2
2
elemento e força externa 3
6
4 5
1 5
• Equilíbrio das Forças
3
ie F3
Fi − ∑ fi (e) 4
=
0
e =1
ie f3(3) f3(5)
Fi ∑=
fi ( ) , i 1,...ND
e =1
e

3
f3(4) F3
• Em cada nó, a soma das
forças nos elementos é igual às 
f1(1) + f1(4)   R1 
forças externas aplicadas  (3)  F 
 2f (1)
+ f (2)
+ f 2   2
(5)   
2

 f3 + f3 + f3  =  F3 
(3) (4)

 f (2) + f (5) + f (6)   F 


 4 4 4
  4

 f5 (6)
  R5 
12
ELEMENTOS DE MOLA cont.
• Montagem do Sistema Global de Equações Matricial:
 k1 + k4 − k1 − k4 0 0   u1   R1 
 −k k1 + k2 + k3 − k3 − k2 0  u2   F2 
 1     
 − k4 − k3 k3 + k5 + k 4 − k5 0  u3  =  F3 
 
 0 − k2 − k5 k 2 + k5 + k 6 − k6  u4   F4 
   
 0 0 0 − k6 + k6  u5   R5 
[K s ]{Q s } = {Fs }
• [Ks] é quadrada, simétrica, singular e positiva semi-definida.
• Quando os deslocamentos são conhecidos, as forças são
desconhecidas

u=
1 u=
5 0 R1 e R5 são forças reativas desconhecidas
13
ELEMENTOS DE MOLA cont.
• Impor condições de contorno
– Ignorar as equações para as quais as forças são desconhecidas
(apoios) eliminando as linhas correspondentes na matriz [Ks].
– Eliminar as colunas em [Ks] que serão multiplicadas pelos valores
nulos dos deslocamentos nos nós de apoio.

 k1 + k4 − k1 − k4 0 0   u1   R1 
 −k k1 + k2 + k3 − k3 − k2 0  u2   F2 
 1     
 − k4 − k3 k3 + k5 + k 4 − k5 0  u3  =  F3 
 
 0 − k2 − k5 k 2 + k5 + k 6 − k6  u4   F4 
   
 0 0 0 − k6 + k6  u5   R5 

14
ELEMENTOS DE MOLA cont.
• Equação Matricial Global
 k1 + k2 + k3 − k3 − k2  u2   F2 
 −k k3 + k 4 + k5 − k5  u  =  
 3  3
F
 3

 − k2 − k5 k2 + k5 + k6  u4   F4 
[K ]{Q} = {F}
• Matriz de Rigidez Global [K]
– quadrada, simétrica e positiva definida e consequentemente não-
singular
• Solução
{Q} = [K ]−1{F}
• Uma vez determinados os deslocamentos nodais as forças
nas molas podem ser calculadas como

P( ) = k ( )∆( ) = k (
e e e e)
(u j − ui )
15
BARRA UNIAXIAL
• Para barra uniaxial geral, precisamos dividir a barra em um
conjunto de elementos e nós.
• Os elementos são interconectados por nós comuns.
• As forças são aplicadas nos nós (cargas distribuídas devem
ser convertidas em forças nodais equivalentes).
• Montam-se todos os elementos da mesma maneira feita com
o sistema de molas.
p(x) F
• Resolve-se a equação x
matricial para os
deslocamentos nodais. Estaticamente indeterminado
• Calculam-se as tensões e as p(x)
F
deformações usando os
deslocamentos nodais. Estaticamente determinada

16
ELEMENTO DE BARRA 1D
L A
• Elemento com 2 forças
• Seção transversal f1 f2
constante
• Força no elemento é x
proporcional ao deslocamento relativo
• Nó inicial: i fi (e) Nó i K=EA/L
Nó f j(e)
Nó final: j
ui uj
• Relação Força-Deslocamento

ui − u j )
Similar ao elemento de mola
(e)

(u j − ui )

17
ELEMENTO DE BARRA 1D cont.
Nó i f j(e)
fi (e) K=EA/L
Nó j
– Notação Matricial
ui uj
 fi   AE   1 −1  ui 
(e) (e)

 (e)  =     u 
 j  
f L   −1 1  j {f ( e ) } = [k ( e ) ]{q ( e ) }
– Seja a força ou o deslocamento (não ambos) precisam ser conhecidos
em cada nó.
– Exemplo: ui = 0 e fj = 100 N.
– O que acontece quando fi e fj são conhecidos?
• Equilíbrio Nodal
– Equilíbrio das forças atuantes no Nó I

Fi − fi ( e ) − fi ( e+1) =
0 f i ( e ) + f i ( e+1) =
Fi
Fi
– Em geral
ie
fi(e)
Fi = ∑ f i ( e ) Elemento e
fi(e+1)
Elemento e+1
e =1
Nó i 18
ELEMENTO DE BARRA 1D cont.
• Montagem
– Similar ao processo dos elementos de mola
– Substitua todas as forças nodais internas por Forças Nodais
Externas Aplicadas
– Obtenha o sistema de equações [Ks]: Matriz de Rigidez da Estrutura
{Qs} Vetor dos GDLs Nodais
[K s ]{Q s } = {Fs }
{Fs}: Vetor das Forças Aplicadas
• Propriedades de [Ks]
– Quadrada, simétrica, positiva semi-definida, singular, termos diagonais
não-negativos
• Aplicando as condições de contorno
– Remova os movimentos de corpo rígido por fixação de GDLs
– Remova os nós e colunas (Veja: elementos de mola)

[K]: Matriz de Rigidez Global


[K ]{Q} = {F} {Q} Vetor dos GDLs Nodais Desconhecidos
{F}: Vetor das Forças Aplicadas Conhecidas
19
ELEMENTO DE BARRA 1D cont.
• Aplicando as condições de contorno cont.
– [K] é quadrada, simétrica, positiva definida, não-singular, inversivel e
com termos diagonais positivos
– Pode-se obter um único {Q}
• Forças nos Elementos
– Após calcular os deslocamentos nodais, as forças nos elementos
podem ser calculadas
(e)
 AE   − Pi ( e )   AE ( e )  1 −1  ui 
=
P(e) 
 L 
 ( u=
j−u )
i f j
(e)
 (e)  = 
+  
−   
 j   L  
P 1 1  u j 
P(e) Note Pi = Pj
– Tensões nos elementos σ = ( e )
A
• Forças Reativas
– Use [Ks]{Qs} = {Fs}: as linhas que foram eliminadas
– Ou, use ie
Fi = ∑ f i ( e )
e =1
20
EXEMPLO
• 3 elementos e 4 nós
K2
• No nó 2:
F1 K1 Elemento 2
F2 = f 2(1) + f 2(2) + f 2(3) Elemento 1 K3
Elemento 3
x
• Equações para cada elemento:
 f1(1)   K1 − K1   u1 
 (1)  =   u  K2
 2   1
f − K K 1  2 Elemento 2 N3 F3
N1 K1 u3
F1 N2
f (2)
  K2 − K 2  u2  u2
 =  
2

K 2  u3 
Elemento 1 N4 F4
 − K2
(2)
f 3 u1 Elemento 3
K3 u4
f (3)
  K3 − K 3  u2 
 =  
2

f 4
(3)
 − K3 K 3  u4 

21
EXEMPLO cont.
• Como se pode combinar diferentes equações dos elementos?
(Montagem)
– Primeiro, prepare a equação matricial global:
Vetor dos Deslocamentos
0   0 0 0 0  0 
0   0 0 0 0  0 
     Matriz de Rigidez
 =
0   0 0 0 0  0 
0  0  Vetor das Forças Aplicadas
0 0 0  0 

– Escreva a equação do elemento 1 na localização correspondente

 f1(1)   K1 − K1 0 0   u1 
 (1)  
 f 2   − K1 K1 0 0  u2 
 =  
 0   0 0 0 0  u3 
 0   0 0

0 0  u4 
22
EXEMPLO cont.
– Escreva a equação do elemento 2:
 0  0 0 0 0   u1 
 f (2)  0 K
 2   −K2 0  u2 
 (2)  = 2  
 f3  0 − K 2 K2 0  u3 
 0  0 0 0

0  u4 
– Combine as 2 equações dos elementos 1 e 2
 f1(1)   K1 − K1 0 0   u1 
 (1) (2)  
 f 2 + f 2   − K1 K1 + K 2 −K2 0  u2 
 =  
 f3
(2)
  0 −K2 K2 0  u3 
 0   0 0 0

0  u4 

23
EXEMPLO cont.
– Escreva a equação do elemento 3
 0  0 0 0 0   u1 
 (3)   0 − K 3  u2 
 f 2  0 K 3  
 =
 0  0 0 0 0  u3 
 f 4(3)  0 − K 3 
0 K 3  u4 
– Combine com os outros 2 elementos
 F1   f1(1)   K1 − K1 0 0   u1 
 (1) (3)  − K ( K + K + K ) − K
F 
 2  f2 + f2 + f2 
(2)
− K 3  u2 
  =   1 1 2 3 2  
 F3   f3 (2)
  0 −K2 K2 0  u3 
 F4     
f 4(3)  0 − K3 0 K 3  u4 

Matriz de Rigidez da Estrutura

24
EXEMPLO cont.
• Substitua as condições de contorno e resolva para
determinar os deslocamentos incógnitos.
– Seja K1 = 50 N/cm, K2 = 30 N/cm, K3 = 70 N/cm e f1 = 40 N.

 F1   50 −50 0 0   u1 
 F   −50 (50 + 30 + 70) −30 −70  u 
 2    2
 =  
 F3   0 −30 30 0  u3 
 F4   0 −70 0

70  u4 

– Dadas: F1, F2, u3, e u4


– Incógnitas: F3, F4, u1, e u2
40   50 −50 0 0   u1 
    
 0   −50 (50 + 30 + 70) −30 −70  u2 
 =  
F
 3  0 − 30 30 0  0
 F4   0 −70 0

70   0 
25
EXEMPLO cont.
– Remova as colunas associadas aos deslocamentos nulos: u3 e u4.

40   50 −50 
 0   −50 150   u1 
    
 =
 F3   0 −30  u2 
 F4   0 
−70 
– Remova as linhas das forças desconhecidas: F3 e F4.

40   50 −50   u1 
 =  u 
  
0 − 50 150  2
– Agora, a matriz não será singular. u1 = 1.2 cm
Determine u1 e u2.
u2 = 0.4 cm
– Usando u1 e u2, F3 =
0u1 − 30u2 =
−12 N
– Determine F3 e F4. F4 =
0u1 − 70u2 =
−28 N

26
EXAMPLE cont.
• Obtenha as informações nos elementos Força no
Elemento
 f1(1)   K1 − K1   u1   50 −50  1.2   40 
 (1)  =    =  0.4  −40 
 2   1
f − K K 1  2
u  −50 50    

 f 2(2)   K 2 − K 2  u2   30 −30  0.4   12 


 (2)  =    =  0.0  −12 
 3   2
f − K K 2  3
u  −30 30    

 f 2(3)   K 3 − K 3  u2   70 −70  0.4   28 


 (3)  =    =     
 f4   3 − K K 3  4
u  −70 70  0.0  −28

K2 -12 N

F1 = 40 N K1
0.4 cm
-28 N
1.2 cm
K3

27
EXEMPLO
• Barras estaticamente indeterminadas
A B C

• E = 100 GPa RL F RR
• F = 10 000 N
0.25 m 0.4 m
• A1 = 10−4 m2, A2 = 2×10−4 m2
• Matrizes de Rigidez dos Elementos :
1011 × 10−4  1 −1 7  4 −4  u1
[k ] =
(1)
  10  
0.25  −1 1   −4 4  u2
1011 × 2 × 10−4  1 −1 7  5 −5 u2
[k ] =
(2)
  10  u
0.4  −1 1   −5 5  3
• Montagem  4 −4 0   u1   F1 
   
107  −4 9 −5 u2  = 10,000 
 
 0 −5 5  u3   F3 
28
EXEMPLO cont.
• Aplicando as condições de contorno
107 [9]{u2 } = {10,000} ⇒ u2 = 1.11× 10−4 m

• Forças e tensões nos elementos


=P
AE
L
( u j − ui )

4 107 ( u 2 − u1 ) =
P (1) =× 4, 444 N
5 × 107 ( u3 − u2 ) =
P (2) = −5,556 N

• Forças Reativas

RL =
− P (1) =
−4, 444 N ,
RR =
+ P (2) =
−5,556 N

29
ELEMENTO DE TRELIÇA PLANA
• Qual é a diferença entre elementos finitos1D e 2D?
– Elementos 2D podem mover-se nas direções x e y (2 GDLs por nó).
– Entretanto, ele só tem rigidez na direção axial (elemento de treliça).
• Sistema de Coordenadas Local
• A Formulação 1D dos Elementos
Finitos pode ser usada se um
eixo local é adotado
– O sistema global X-Y é utilizado para
representar a estrutura como um todo
– Cada sistema local x-y tem sempre
o eixo x definido pelo eixo do elemento

 f1x  EA  1 −1  u1 
 =    
 2x  L 
f −1 1  u2 
30
ELEMENTO DE TRELIÇA PLANA cont.
• Equação do Elemento (Sistema Local de Coordenadas)
– Direção axial é a direção do eixo local x.
– Equação do elemento no y
Coordenadas
espaço 2D Locais v2 u2 f2x
 f1x   1 0 −1 0   u1  y
f   0 0 0 0  v  x
 1 y  EA  
   v1 φ
2
 =
1 u1
 f 2 x  L  −1 0 1 0  u2 
 f 2 y     1 Coordenadas
 0 0 0 0   v2  f1x Globais
{f } = [k ]{q} x

– [k ] é quadrada, simétrica, positiva, semi-definida e com elementos


não-negativos na diagonal.
• Como conectar os elementos vizinhos?
– Não podem ser conectados assim pois estão definidos em sistemas
locais diferentes
– Necessário fazer uma transfomada de coordenadas para um
referencial único, o GLOBAL 31
TRANSFORMADA DE COORDENADAS
• Transforme para as coordenadas globais e monte

u1   cos φ sin φ  u1  v


 =  
cos φ   v1 
v
 v1   − sin φ u
φ
u2   cos φ sin φ  u2 
 =   φ
 v2   − sin φ cos φ   v2  u

• Matriz de Rotação
u1   cos φ sin φ 0 0  u1 
    
v1   − sin φ cos φ 0 0   v1  {q} = [T]{q}
 =  
u2   0 0 cos φ sin φ  u2 
v2   0 0

− sin φ cos φ   v2 
  Matriz Transformação
local global
ou Matriz de Rotação
32
TRANSFORMADAS DE COORDENADAS cont.
• A mesma matriz de rotação adotada para as forças é
adotada para o vetor das forças
 f1x   cos φ sin φ 0 0   f1x 
f     {f } = [T]{f }
 1 y   − sin φ cos φ 0 0   f1 y 
 =  
 f2 x   0 0 cos φ sin φ   f 2 x 
 f 2 y   0 0 − sin φ

cos φ   f 2 y 
 
local global

• Propriedades da matriz de rotação


[T]−1 = [T]T {f } = [T]{f } {f } = [T]T {f }

33
RIGIDEZ DO ELEMENTO EM COORD. GLOBAL
• Elemento 1
y
v2
u2 f2x

v1
u1 K N2
φ

N1
f1x
x
{f } = [k ]{q}
• Transforme para as coordenadas globais
[T]{f } = [k ][T]{q} f } = [T]−1[k ][T] {
{ q}
global global

[k ] = [T]−1[k ][T] {f } = [k ]{q}

34
RIGIDEZ DO ELEMENTO EM COORD. GLOBAL cont.
• Matriz de rigidez do elemento em coordenadas globais
[k ] = [ T] [k ][ T]
T

 cos 2 φ cos φ sin φ − cos 2 φ − cos φ sin φ 


 
EA  cos φ sin φ sin 2 φ − cos φ sin φ − sin 2 φ 
[ k] =
L  − cos 2 φ − cos φ sin φ cos 2 φ cos φ sin φ 
 
 − cos φ sin φ − sin 2 φ cos φ sin φ sin 2 φ 

– Depende do Módulo de Young (E), da área (A), comprimento (L) e do


ângulo de rotação (φ)
– Rigidez Axial = EA
– Quadrada, simétrica, positiva semi-definida, singular e termos
diagonais não-negativos

35
EXEMPLO N2
50 N

• Treliça de duas barras


– Diâmetro = 0.25 cm Elemento 1

– E = 30×106 N/cm2 8 cm

Elemento 2
• Elemento 1 N1 N3
– Em coordenadas locais
12 cm
{f (1) } = [k (1) ]{q (1) }

 f1x  1 0 −1 0  u1  y
f    
0  v1 
v2 u2 f2x
 1 y  EA  0 0 0
 
 =
 f 2 x  L  −1 0 1 0  u2  v1
u1 K N2
 f 2 y    φ1 φ = 33.7o
0 0 0 0  v2  1
E = 30 x 106 N/cm2
N1
f1x A = πr2 = 0.049 cm2
L = 14.4 cm x
36
EXEMPLO cont.
• Elemento 1 cont.
– Equação do elemento em coordenadas globais
 f1(1)
x
  0.692 0.462 −0.692 −0.462  u1 
 (1)   0.462  v 
 1y 
f 0.308 −0.462 −0.308  1  {f (1) } = [k (1) ]{q (1) }
 (1)  = 102150    
f
 2x   −0.692 −0.462 0.692 0.462  u2 
 f 2(1)y    
   −0.462 − 0.308 0.462 0.308   v2 
y f2x

• Elemento 2 N2 v2
φ2 = –90o φ2
 f 2(2)
x
 0 0 0 0  u2  E = 30 x 106 N/cm2 u2
 (2)  0 1   A = πr2 = 0.049 cm2 K
 f2 y  0 −1  v2 
 (2)  = 184125    L = 8 cm
 f3 x  0 0 0 0  u3  x
 f3(2)    N3
 y  0 −1 0 1   v3  v3
f3x
u3 37
EXEMPLO cont.
• Montagem
– Após rotação para o sistema global Elemento 1

 F1x   70687 47193 −70687 −47193 0 0  u1 


F    v 
 1 y   47193 31462 −47193 −31462 0 0
 1 
 F2 x   −70687 −47193 70687 47193 0 0  u2 
 =  
 F2 y   −47193 −31462 47193 215587 0 −184125 v2 
 F3 x   0 0 0 0 0 0  u3 
    
 F3 y   0 0 0 −184125 0 184125  v3 
Elemento 2
• Condições de Contorno
– Nós 1 e 3 são fixos.
– Nó 2 tem forças aplicadas fornecidas: F2x = 50 N, F2y = 0 N

38
EXEMPLO cont.
• Condições de Contorno (eliminação das colunas)
 F1x   70687 47193 −70687 −47193 0 0  0 
F    
 1 y   47193 31462 −47193 −31462 0 0  0 
 50   −70687 −47193 70687 47193 0 0  u2 
 =  
 0   −47193 −31462 47193 215587 0 −184125 v2 
 F3 x   0 0 0 0 0 0  0 
    
 F3 y   0 0 0 −184125 0 184125  0 

– Eliminação das linhas


50  70687 47193  u2 
 =  v 
  
0 47193 215587  2
• Resolvendo a Equação Matricial Global obtém-se
u2 8.28 × 10−4 cm
=
−1.81× 10−4 cm
v2 =
39
EXEMPLO cont.
• Reações de apoio
 F1x   −70687 −47193   −50 
F   −47193 −31462   −33.39 
 1y  8.28 × 10 −4
  
  =    N
 F3 x   0 0  −1.81× 10−4   0 
 F3 y     33.39 
 0 −184125 
– A força reativa é paralela ao comprimento do elemento (elemento com
2 forças)
• Forças e tensões nos elementos (Elemento 1)
– Precisa transformar para as coordenadas locais do elemento

 u1   .832 .555 0 0  0   0 
v   −.555 .832 0   0   
 1 =
0
   0 
   −4 
u2   0 0 .832 .555 u2   5.89 × 10 
  
 v2   0 0 −.555 .832   v2  −6.11× 10−4 
40
EXEMPLO cont.
• Forças e tensões nos elementos (Elemento 1) cont.
– Forças nos elementos somente podem ser calculadas usando as
equações locais dos elementos
 f1x   1 0 −1 0   0  −60.2 
f      0 
 1y  EA  0 0 0 0   0   
  =    N
 f2 x  L  −1 0 1 0   5.89 × 10−4   60.2 
 
 f 2 y    0 
−4
 0 0 0 0  −6.11 × 10

– Não existem componentes de forças no direção local y


– Na direção x, duas forças são iguais e opostas
– A força no segundo nó é igual à força no elemento
– Tensões Normais = 60.2 / 0.049 = 1228 N/cm2.
–60.2 N 60.2 N
1 2
41
OUTRA FORMA DE CALCULAR AS
FORÇAS NOS ELEMENTOS
• Força no elemento de treliça plana
(e) (e)
 AE   AE 
=
P (e)

 L
 =

∆ (e)

 L


(u j − ui )

– Escreva em termos dos deslocamentos globais

(e)

=
 AE 
P(e) 
 L 
 ((lu j + mv j ) − ( lu i + mvi ) ) l = cos φ

(e)
m = sin φ
 AE 
= 
 L


(l (u j − ui ) + m ( v j − vi ) )

42
EXEMPLO
2
• Montagem direta da equação matricial global
(aplicando as condições de contorno 2 F

ao nível do elemento) 45°


• Propriedades dos elementos, direções e 3
1 1
cossenos na tabela 4 3
Elem AE/L i -> j φ l = cosφ m = senφ
1 206×105 1 -> 3 -30 0.866 −0.5
2 206×105 1 -> 2 90 0 1
3 206×105 1 -> 4 210 −0.866 −0.5

• Como u3 e v3 serão apagados após a montagem, não é


necessário mantê-los
u1 v1 u3 v3
 l2 lm −l 2 −lm  u1 u1 v1
(1)  
−lm − m 2  v1  EA   l lm  u1
(1)
   lm
2
EA m2
 k  = 
(1)
  k  = 
(1)
  2
 L   −l −lm lm  u3  L  lm m  v1
2
l2
 
 −lm − m
2
lm m 2  v3 43
ELEMENTO DE TRELIÇA ESPACIAL
• Uma extensão análoga usando transformação de
coordenadas
Y v2 u
2 f2x
• 3DOF por nó w2
N2
– u, v, e w v1 u φY K
– fx, fy, e fz
1 φX
w1 φZ
N1
• Matriz de rigidez do f1x
X
elemento é 6x6
Z
• Equação do elemento em coordenadas locais

 fix  AE  1 −1  ui 
 =  −1 1  u  {f } = [k ]{q}
f
 jx  L   j
44
ELEMENTO DE TRELIÇA ESPACIAL cont.
• Relação entre deslocamentos em coordenadas locais e
globais u  i
– Cada nó tem 3 GDLs (ui, vi, wi)  
v
 i
 ui   l m n 0 0 0   wi  {q=
} [T] ⋅ {q}
 =  u  (2 × 1) (2 × 6) (6 × 1)
 j 
u 0 0 0 l m n  j 
vj 
 
w j 
– Cossenos diretores

x j − xi y j − yi z j − zi
= =
l cos φx = =
, m cos φy = =
, n cos φz
L L L

(x − xi ) + ( y j − yi ) + ( z j − zi )
2 2 2
L= j

45
ELEMENTO DE TRELIÇA ESPACIAL cont.
• Relação entre vetores de forças em coordenadas locais e
globais
 fix   l 0 
f  
• Vetor de forças m 0
 iy   
 fiz   n 0   fix  {f } = [T]T {f }
 =  
 f jx   0 l   f jx 
 f jy   0 m
   
 f jz   0 n

{f } = [k ]{q} [T]T {f } = [T]T [k ][T]{q} {f } = [k ]{q}


• Matriz de rigidez
l 2 lm ln−l 2 −lm −ln  ui
 
 m2 mn −lm −m 2 −mn  vi
EA  n 2 −ln − mn − n 2  wi [k ] = [T]T [k ][T]
[ k] =  
L  l2 lm ln  u j
 sym m2 mn  v j
 
 n2  w j 46
TENSÕES TÉRMICAS
• Variações de temperaturas causam deformações térmicas
L L ∆L

Sem tensões, sem Sem tensões, sem


deformações deformações térmicas

tensões térmicas sem deformações


(a) em T = Tref (b) at T = Tref + ∆T

• Restrições causam tensões térmicas


• Relações tensão-deformação termo-elástica
σ = E ( ε − α∆T ) σ
ε= + α∆T
E
Coeficiente de expansão térmica
47
TENSÕES TÉRMICAS cont.
• Relação Força-deslocamento
 ∆L  ∆L
P = AE  − α∆
=T  AE − AEα∆T
 L  L

• Equação do Elemento Finito  −1 ui


Vetor das forças térmicas
 0 v
= {f } [k ]{q } − {fT }
(e) (e) (e) (e)
  i
{fT=
(e)
} AEα∆T  
+1 u j
• Para as treliças planas, transformando  0  v j
para as coordenadas globais
=
{f } [k ]{q} − {fT }  −l  ui
−m  v
  i
fT } AEα∆T  
{=
[k ]{q=
} {f } + {fT }
 +l  u j
+ m  v j

[K s ]{Q=
s} {Fs } + {FTs }
48
EXEMPLO 3
z
• Treliça espacial
E3
Nó x y z 2
1 0 0 0 E2
2 0 –1 1 y
3 0 1 1 4
4 1 0 1 E1
1
Elem EA/L i -> j l m n
10,000N
1 35 2 × 105 1 -> 4 1/ 2 0 1/ 2
x
2 35 2 × 10 2 -> 4 1 / 2
5
1/ 2 0
3 35 2 × 105 3 -> 4 1/ 2 −1 / 2 0

l 2 lm −l 2 −lm −ln  ui
ln
 
 m2 mn −lm −m 2 −mn  vi
EA  n 2 −ln − mn − n 2  wi
[ k] =  
L  l2 lm ln  u j
 sym m2 mn  v j
 
 n2  w j
49
PROJETO 1
• Analise e projete a Treliça Plana abaixo sabendo-se que
– E = 100 GPa, A = 1.0 cm2, L = 0.3 m ou 0.3 2 m

2 7 4 8 6 9 8 10 10 11 12 12 14
y
13 14 15 16 17 18 19
20 21 22 23 24 25
x

1 1 3 2 5 3 7 4 9 5 11 6 13

– Aplicar o carregamento axial, cortante transversal e forças de flexão


– Calcule as rigidezes equivalentes axiais, à flexão e rigidez ao
cisalhamento
– Use as flechas médias nos nós 13 e 14
Fxl F l 3
F l Cl 2
utip = = y
+ y
vtip =
( )eq
EA vtip
3 ( EI )eq ( GA )eq 2 ( EI )eq
– Verifique as propriedades equivalentes quando se acrescentam mais
2 módulos
50
PROJETO 1 cont.
• Relatório
– O enunciado detalhado encontra-se nos slides seguintes
– Relatório formal deverá ser apresentado, incluindo: título, sumário,
introdução, metodologia, resultados, discussões, apêndices (listagens
dos programas) e/ou referências

51
PROJETO 1 cont.

52
PROJETO 1 cont.

53

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