Equipa Multidisciplinar de Apoio à Educação Inclusiva

EMAEI

EDUCAÇÃO INCLUSIVA
ORIENTAÇÕES PARA A OPERACIONALIZAÇÃO DAS
MEDIDAS DE SUPORTE À APRENDIZAGEM E INCLUSÃO (MSAI)
Objetivo: Garantir condições de aprendizagem e de participação na vida da comunidade educativa a TODOS os
alunos, através da adequação dos processos de ensino às características e condições individuais de cada
aluno e da mobilização estratégica dos meios e dos recursos disponíveis no AERT3.

Introdução
O D.L. nº 54/2018, de 6 julho (atualizado pela Lei nº 116/2019, 13 setembro) enuncia um conjunto de
princípios, práticas e condições de operacionalização da educação inclusiva que resultam de opções teóricas
e metodológicas, designadamente a abordagem multinível e o desenho universal para a aprendizagem.

A abordagem multinível, entendida como um modelo compreensivo de ação, de âmbito educativo ao nível
da escola, orienta-se para o sucesso de todos e de cada um dos alunos através da organização de um
conjunto integrado de medidas de suporte à aprendizagem.

O Desenho Universal para a Aprendizagem assenta em práticas pedagógicas flexíveis, disponibilizando

oportunidades e alternativas acessíveis para todos os alunos, em termos de métodos, materiais,
ferramentas, suporte e formas de avaliação. Com esta abordagem curricular pretende-se identificar e
remover as barreiras à aprendizagem e participação, e maximizar as oportunidades de aprendizagem para
todos os alunos, o que exige dos docentes uma ação personalizada na forma como envolvem e motivam os
alunos nas situações de aprendizagem, no modo como apresentam a informação e na forma como avaliam
os alunos, permitindo que as competências e os conhecimentos adquiridos possam ser manifestados de
maneira diversa.

O contexto de pandemia e a experiência do ensino em confinamento vivenciado no ano anterior, bem como
as respostas diversificadas que foram implementadas no AERT3 de modo a procurar atenuar as
desigualdades no acesso e sucesso nas aprendizagens induziram a necessidade de repensar os
procedimentos para identificação e monitorização das medidas de suporte à aprendizagem e inclusão (MSAI)
desenvolvidas, em particular a organização de dados que facilite a comunicação mais rápida e eficiente entre
os diversos intervenientes.
Com este propósito é realizada a introdução dos dados no programa InovarAlunos>Área Docente>DL 54
(apenas para RTP de início de ciclo ou novas identificações em outros anos); é reforçada a divulgação das medidas
de suporte à aprendizagem e inclusão, e a articulação entre as diversas dimensões/estruturas de apoio ao
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desenvolvimento de aprendizagens e à inclusão.

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MEDIDAS DE SUPORTE À APRENDIZAGEM E INCLUSÃO
As medidas de suporte à aprendizagem e à inclusão pretendem garantir a todos os alunos a equidade e a
igualdade de oportunidades de acesso ao currículo, de frequência e de progressão no sistema educativo,
independentemente das modalidades e percursos de educação e formação. As medidas propostas estão
enquadradas numa abordagem multinível, cuja determinação segue procedimentos específicos de tomada
de decisão, baseada nos dados ou evidências, com enfoque em dimensões pedagógicas e curriculares, e
numa lógica de corresponsabilização dos diferentes intervenientes.

→As medidas de suporte à aprendizagem e à inclusão são organizadas em três níveis de intervenção:
universais, seletivas e adicionais.
→A mobilização de medidas de diferente nível é decidida ao longo do percurso escolar do aluno, em
função das suas necessidades educativas.
Art. 7.º

→Medidas de diferentes níveis podem ser aplicadas simultaneamente.

→A definição das medidas a implementar é efetuada com base em evidências decorrentes da
monitorização, da avaliação sistemáticas e da eficácia das medidas na resposta às necessidades de
cada criança ou aluno.
→A definição das MSAI é realizada pelos docentes, ouvidos os pais ou encarregados de educação e
outros técnicos que intervém diretamente com o aluno.

 Diferenciação pedagógica
 Acomodações curriculares
Nível 1 - Universais
Respostas educativas disponíveis no AERT3 para todos os alunos  Enriquecimento curricular
com objetivo de promover a participação e a melhoria das  Promoção do comportamento pró-social
aprendizagens.  Intervenção com foco académico ou
comportamental em pequenos grupos

 Percursos curriculares diferenciados

Níveis de intervenção

Nível 2- Seletivas
Respostas que visam colmatar as necessidades de suporte à  Adaptações curriculares não significativas
aprendizagem não supridas pela aplicação das medidas  Apoio psicopedagógico
MSAI

universais. Inclui práticas ou serviços dirigidos a alunos em  Antecipação e reforço das aprendizagens
situação de risco acrescido de insucesso escolar.  Apoio tutorial

Nível 3 - Adicionais
Respostas que visam colmatar dificuldades acentuadas e
persistentes ao nível da comunicação, interação, cognição ou
aprendizagens que exigem recursos especializados de apoio à
aprendizagem e inclusão.
Aponta para intervenções mais frequentes e intensivas,
desenhadas à medida das necessidades de cada aluno,
implementadas individualmente ou em pequeno grupo, e
geralmente mais prolongadas.
 Frequência do ano por disciplinas
 Adaptações curriculares significativas
 Plano individual de transição
 Desenvolvimento de metodologias e
estratégias de ensino estruturado
 Desenvolvimento de competências de
autonomia pessoal e social

As escolas devem assegurar a todos os alunos o direito à participação no processo de avaliação.

Importante para adaptações na Avaliação

Adaptações ao processo de avaliação

a) A diversificação dos instrumentos de recolha de informação, tais como, inquéritos, entrevistas, registos
Externa (FICHA A do JNE)

vídeo ou áudio;
b) Os enunciados em formatos acessíveis, nomeadamente braille, tabelas e mapas em relevo, daisy, digital;
Art.28.º

c) A interpretação em LGP;
d) A utilização de produtos de apoio;
e) O tempo suplementar para realização da prova;
f) A transcrição das respostas;
g) A leitura de enunciados;
h) A utilização de sala separada;
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i) As pausas vigiadas;
j) O código de identificação de cores nos enunciados.

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As avaliações do tipo rastreio/despiste estão por excelência associadas a este nível de intervenção, podendo ser
realizadas no início e em vários momentos do ano letivo, com o objetivo de apoiar a definição de áreas prioritárias de
intervenção para todos, bem como de identificar os alunos em risco que podem necessitar de avaliações e
intervenções mais intensivas.
Este nível de intervenção pode ser realizado em contexto de sala de aula pelo professor da disciplina e/ou recorrendo a
outros recursos disponíveis no AERT3.
MEDIDA
DIFERENCIAÇÃO PEDAGÓGICA
ACOMODAÇÕES CURRICULARES
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MEDIDAS UNIVERSAIS
CATEGORIA NO INOVAR-SUBMEDIDAS/EXEMPLOS ESTRATÉGIAS
 Privilegiar a oralidade
 Escolher textos /adaptar textos ao nível de leitura dos alunos
 Realizar as mesmas tarefas, mas com diferentes materiais
 Disponibilizar material suplementar, ou ferramentas organizacionais
 Variar o tempo determinado para cada tarefa
 Permitir um produto diferente, com nível de complexidade adequado; facultar exemplo do
produto pretendido.
 Diversificar as formas de demonstração da compreensão (ex: apresentação oral, debate,
exposição, apresentação multimédia…)
 Permitir produções em pares ou pequenos grupos (e não só individuais)
 Utilizar modalidades de avaliação por gradação das competências
Situar o aluno de frente para o quadro e/ou perto do
 Localização/Organização professor
sala de aula Sentar o aluno junto de um colega (modelo positivo)
Situar-se junto ao aluno quando está a dar orientações
Assegurar que as orientações são compreendidas
Escrever os pontos-chave no quadro ou suporte digital
Facultar tempo para responder adequado ao ritmo do
aluno
 Apresentação dos conteúdos Ensinar o vocabulário previamente
e/ou Tarefas Permitir o uso do computador para apoiar o ensino
Realizar a modelação/demonstração/simulação de
conceitos
Verificação oral da compreensão dos pontos-chave
Segmentação de apresentações longas
Permitir a consulta de apontamentos/notas
Usar preferencialmente itens de escolha múltipla
Recurso a testes curtos
Facilitar/permitir o recurso a meios tecnológicos e digitais
 Instrumentos de avaliação
Recursos a testagem oral
(testes ou outros)
Escrita na folha de teste
Realização noutro lugar
Realização num outro horário
Transcrição do teste
Treino de competências organizativas
 Competências organizativas Recurso a bloco de notas com tarefas (planeamento)
Pausas nas tarefas longas
Regras simples e claras
Assinalar as respostas certas, não as erradas
Reforçar os comportamentos desejados
Implementação de um sistema de gestão de
 Comportamento comportamento
Possibilitar pequenas pausas
Instrumentos de registo semanais de comportamento
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MEDIDAS UNIVERSAIS
MEDIDA CATEGORIA NO INOVAR SUBMEDIDAS/EXEMPLOS ESTRATÉGIAS
Clube Ciência Viva
PES/ Ed. Sexual/ PASSEZINHO
 Projetos de articulação pedagógica Eco-Escolas
Magicar, ideias e palavras (EPE)
Educar para pensar (1ºCiclo)
ENRIQUECIMENTO CURRICULAR
Projetos e Clubes
Edições
 Ações integradas de enriquecimento
Concursos
no AE/Local/Nacional/ Internacional
Outras atividades
Erasmus +
 Ações na turma Acompanhamento Alunos pelo DT (DT AA)
PROMOÇÃO DO
 SPO Serviço de Psicologia e Orientação
COMPORTAMENTO PRÓ-SOCIAL
 Mentoria Partilha/Desenvolvimento entre pares
Português
PEN
Matemática
INTERVENÇÃO COM FOCO PLNM
ACADÉMICO OU  Apoio e desenvolvimento das Sem desculpas
COMPORTAMENTAL EM aprendizagens Assessoria/D+
PEQUENOS GRUPOS ANA/TNA
Aprender melhor (1ºCiclo)
SAC (Ens. Sec.)
Sala de Desenvolvimento

MEDIDAS SELETIVAS
Inclui práticas ou serviços dirigidos a alunos em situação de risco acrescido de insucesso escolar ou que evidenciam
necessidades de suporte complementar, em função da resposta às intervenções de nível 1.
Estas medidas podem consubstanciar-se, por exemplo, em intervenções implementadas em pequenos grupos e
tendencialmente de curta duração.
MEDIDA CATEGORIA NO INOVAR SUBMEDIDAS/EXEMPLOS ESTRATÉGIAS
PERCURSOS CURRICULARES (Descrição no RTP)
DIFERENCIADOS
Introdução de tarefas prévias e/ou alteração do
 Adaptações ao nível dos conteúdos e nível complexidade e/ou tempo de realização
objetivos Alteração do nível de complexidade das
atividades
ADAPTAÇÕES CURRICULARES Priorização/valorização dos conteúdos
NÃO SIGNIFICATIVAS considerados básicos e essenciais para
 Introdução de objetivos nível aprendizagens posteriores mais complexas
[planificações adaptadas] intermédio Priorização de objetivos que enfatizam
capacidades e competências básicas de atenção,
participação e adaptabilidade do/a aluno/a
 Adaptações ao processo de avaliação Descrição no RTP, de acordo com o Art. 28.º.
(situações que implicam adequações na avaliação externa-JNE)
 Capacitação de docentes Apoio para intervenção por docente de EE
APOIO PSICOPEDAGÓGICO SPO (necessidade específica)
 Intervenção com aluno/a
Apoio específico por docente de EE
Introdução de atividades prévias e/ou de
 Apoio específico por professor (sala de
reforço (em contexto de sala de aula)
aula)
ANTECIPAÇÃO E O REFORÇO DAS Assessoria/D+ outro docente
APRENDIZAGENS Oficina de Competências de Comunicação
 Apoio específico (fora da sala de aula) Sem desculpas
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Apoio (disciplina)
APOIO TUTORIAL (referenciação de acordo com legislação)

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MEDIDAS ADICIONAIS
Referem-se a intervenções mais frequentes e intensivas, desenhadas à medida das necessidades e potencialidades de
cada aluno, implementadas individualmente ou em grupos pequenos, e geralmente mais prolongadas.
MEDIDA CATEGORIA NO INOVAR SUBMEDIDAS/EXEMPLOS ESTRATÉGIAS
FREQUÊNCIA DO ANO DE ESCOLARIDADE POR DISCIPLINAS  Identificação da disciplina
 Identificação da disciplina / Planificações adaptadas
ADAPTAÇÕES CURRICULARES SIGNIFICATIVAS
 CAA
PLANO INDIVIDUAL DE TRANSIÇÃO (Descrição no RTP)
DESENVOLVIMENTO DE METODOLOGIAS E ESTRATÉGIAS DE ENSINO
(Descrição no RTP)
ESTRUTURADO
 CRI – Terapia Ocupacional
DESENVOLVIMENTO DE COMPETÊNCIA DE AUTONOMIA PESSOAL E
 CRI – Terapia da Fala
SOCIAL
 CAA – Competências a desenvolver

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