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02 Capelania Pastoral
02 Capelania Pastoral
CAPÍTULO 1
Vale também lembrar o que diz Hebreus 11.6 - “Sem fé ninguém pode agradar
a Deus, porque quem vai a ele precisa crer que ele existe e que recompensa
os que procuram conhecê-lo melhor” (NTLH).
Uma vez que uma fé viva está fundamentada nas Escrituras e as Escrituras
tem centro a pessoa de Jesus Cristo, a Capelania vai ajudar cada ser humano
que for alcançado por ela a ter um encontro pessoal com Cristo aproximando-
se assim de Deus conhecendo o melhor.
CAPÍTULO 2
BREVE HISTÓRICO
A relíquia era posta numa tenda especial que levava o nome de capela. Um
sacerdote era mantido para o ofício religioso e aconselhamento. A ideia
progrediu e mesmo em tempo de paz, a capela continuava no reino, sempre
com um sacerdote que era o conselheiro. O costume passou a ser observado
também em Roma. Em 1789, esse ofício foi abolido na França, mas
restabelecido em 1857, pelo Papa Pio IX. À esta altura, o sacerdote que
tomava conta da capela, que era chamado capelão, passava a ser o líder
espiritual do Soberano Rei e de seus representantes.
Logo surgiu outro luminar do movimento, que era Anton Boisen (1876-1966).
Dedicou-se com muito sucesso à teologia pastoral. Formado pela Universidade
de Harvard, e depois de muitas lutas e discussões, assumiu uma capelania no
Hospital Estadual de Worcester, para doentes mentais. Boisen foi o primeiro a
introduzir estudantes de teologia num hospital psiquiátrico para treinamento
pastoral clínico, o que fazia parte dos trabalhos normais do hospital. Este
trabalho cresceu e se estabeleceu durante dez anos. Boisen é considerado
pela literatura moderna um dos fundadores do treinamento pastoral clínico.
Enquanto Boisen atuava nos Estados Unidos, surgia outro grande protagonista
do movimento, no Reino Unido, Leslie Weatherhead. Leslie era pastor
Metodista, e em 1916 foi para a Índia como missionário.
CAPÍTULO 3
AMPARO JURÍDICO
Art. 5º - Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza,
garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a
inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à
propriedade, nos termos seguintes:
Art. 5º - Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação. Brasília, 14 de julho
de 2000;
Art. 24º - A assistência religiosa, com liberdade de culto, será prestada aos
presos e aos internados, permitindo-se-lhes a participação nos serviços
organizados no estabelecimento penal, bem como a posse de livros de
instrução religiosa.
CAPÍTULO 4
CAPELANIA PASTORAL
Vale também citar que nos moldes do Novo Testamento o sacerdócio espiritual
é universal, ou seja, independente se a pessoa é do sexo masculino ou
feminino, ela pode e tem o direito de ser capelão. Veja que podemos aprender
isso no texto abaixo (o grifo é meu):
Art. 1º Considera-se serviço voluntário, para fins desta Lei, a atividade não
remunerada, prestada por pessoa física a entidade pública de qualquer
natureza, ou a instituição privada de fins não lucrativos, que tenha objetivos
cívicos, culturais, educacionais, científicos, recreativos ou de assistência social,
inclusive mutualidade.
POSTURA DO CAPELÃO
O Capelão cristão deve estar ciente que seu trabalho é uma vocação espiritual
acima de tudo. Esse ministério é desenvolvido de forma voluntária.
Espiritualmente a recompensa do Capelão será concedida naquele dia: 2 Co
5.10 - “Porque todos nós temos de nos apresentar diante de Cristo para
sermos julgados por ele. E cada um vai receber o que merece, de acordo com
o que fez de bom ou de mau na sua vida aqui na terra”. (NTLH)
2. Existem regras: Cada Instituição que for atuar tem seus regimentos internos,
seu códigos e regras.
32 Também um levita passou por ali. Olhou e também foi embora pelo outro
lado da estrada.
33 Mas um samaritano que estava viajando por aquele caminho chegou até ali.
Quando viu o homem, ficou com muita pena dele.
34 Então chegou perto dele, limpou os seus ferimentos com azeite e vinho e
em seguida os enfaixou. Depois disso, o samaritano colocou-o no seu próprio
animal e o levou para uma pensão, onde cuidou dele.
36 Então Jesus perguntou ao mestre da Lei: - Na sua opinião, qual desses três
foi o próximo do homem assaltado?
Nos moldes Bíblicos eu diria que a ação capelânica abrange uma boa parte no
cumprimento do segundo e grande mandamento: Mc 12.29-31 - “Jesus
respondeu: - É este: "Escute, povo de Israel! O Senhor, nosso Deus, é o único
Senhor. 30 Ame o Senhor, seu Deus, com todo o coração, com toda a alma,
com toda a mente e com todas as forças. 31 E o segundo mais importante é
este: Ame os outros como você ama a você mesmo. Não existe outro
mandamento mais importante do que esses dois”. Já é conhecido e entendido
por muitos que o amor é muito superior a qualquer sentimento. Muito mais que
isso amor na prática significa cuidado. Deus não ama a raça humana apenas
sentimentalmente, pelo contrário, o amor de Deus é algo prático e que visa,
além de um relacionamento pessoal entre Ele e cada ser humano, também a
provisão das necessidades humanas.
CAPÍTULO 6
1) Mt 10.28 - “E não temais os que matam o corpo, mas não podem matar a
alma; Temei antes aquele que pode fazer perecer no inferno a alma e o corpo”.
4) Tg 2.26 - “Porque, assim como o corpo sem o espírito está morto, assim
também, a fé sem obras é morta”.
II. O ESPÍRITO HUMANO O ser humano é um ser espiritual porque foi criado
por Deus segundo a sua imagem e semelhança (Gn 1.26. Jo 4.24) e é nessa
dimensão que ele é capaz de ter conhecimento acerca de Deus e comunhão
com o Altíssimo. O Espírito Santo habita no cristão regenerado em seu espírito
humano. É no espírito humano que acontece a ministração do Espírito Santo
acerca das coisas espirituais (Pv 20.27; Jo 3.6; 1 Co 3.16), inclusive a
confirmação da salvação (Rm 8.16).
É através de nosso espírito que nos relacionamos com Deus e somos distintos
do restante da criação, somos os único criados a imagem e semelhança de
Deus. É o espírito humano o lugar onde a santidade de Deus chega primeiro na
vida de uma pessoa (1Ts 5.23). Sem uma renovação promovida pelo Espírito
Santo espiritualmente o espírito humano está morto, ou seja, sem comunhão
ou comunicação com Deus (Lc 15.24,32; Cl 2.13; 1Tm 5. 6;). Isso quer dizer
que tal pessoa não tem dentro de si a vida com Deus (Ef 4. 18; Tt 1.15),
portanto, não pode entrar na presença e nem ver a Deus. (2Co 4.4). Através da
salvação que por meio de Cristo Jesus esse homem que estava
espiritualmente morto é vivificado (Ef 2.1-10) e um despertamento espiritual
começa no seu interior (Ef 2.5; Cl 2.13). Uma das mais importantes faculdades
do espírito do homem é a consciência. Ela é como uma janela, pela qual Deus
olha para o interior do homem (Rm 2.15,16). É como uma espiã de Deus, que
persegue o homem quando faz o mau, mas que lhe fala com uma voz elogiosa
quando faz o bem (At 24.16).
III. A ALMA HUMANA O ser humano possui uma alma e através dela que ele
tem sua individualidade, personalidade e caráter. A alma é a sede dos sentidos
humanos e o local onde está armazenada nossa inteligência, vontade,
sentimentos e razão. É o local de onde vem nossas decisões e escolhas sendo
a fonte de nossos relacionamentos com Deus, as pessoas e a criação. A alma
interligada com o espírito humano forma nosso “homem interior”: 2 Co 4.16,18 -
“Por isso não desfalecemos; mas ainda que o nosso homem exterior se esteja
consumindo, o interior, contudo, se renova de dia em Dia”.
Para isso acontecer a alma usa os sentidos do corpo, então a alma é a sede
dos sentidos humanos (Jó 24.12; Sl 35.9; Sl 119.20; Mc 14.34; Mt 22.37). O
intelecto humano e suas faculdades está armazenado na alma. Pensamentos,
entendimentos, discernimentos (Sl 139.14; Pv 19.2; Is 53.11). Os desejos e as
paixões em relação a essa vida natural e física também estão armazenados na
alma (Lc 12.19; Ap 18.14). A alma é o meio através do qual todas as
necessidades humanas são expressadas, sejam elas espirituais ou
emocionais.
CAPÍTULO 7
Durante todo o seu ministério, Jesus nos demonstrou como cuidar do físico,
emocional, moral, social bem como do espiritual. E todos esses cuidados não
eram dissociados uns dos outros. Um bom exemplo é o texto de Mateus 14.13-
21 e João 6. Em um primeiro momento, Jesus se preocupa em ensinar a
multidão por que se compadecia dela, o que podemos destacar como um
cuidado espiritual. Com o avançar das horas, Jesus se preocupou com a fome
do povo, afinal, já se fazia tarde.
Então, cuidou da multidão providenciando alimento para todos indistintamente
e também curou os enfermos, o que é um cuidado com o físico. Jesus também
se preocupava com a saúde moral e social daqueles que o Pai lhe havia
confiado.
Jesus nos chama a fazer o mesmo que Ele fez, a seguir suas orientações e
ensinar a outros as boas novas de salvação. Esse é o cuidado integral que nos
desafia e nos chama através do exemplo de Jesus: enxergar o outro, o nosso
próximo por fora e também por dentro. Cuidar do físico, mas não esquecer dos
cuidados com o coração atormentado, a fé abalada, a dignidade perdida. Jesus
Cristo, nosso maior exemplo de cuidado integral! Sejamos como Ele.
Nenhum serviço aos necessitados foi maior do que aquele que foi prestado
pelo Senhor Jesus Cristo. Ele é o nosso exemplo maior e devemos imitar suas
obras de compaixão.
Assim sendo, "visitar" foi uma ação que começou com nosso Deus, o qual
também visitou a Israel várias vezes de forma direta: Abrão (Gn 12.1, 15.1-21,
17.1-22, 18.1, 22.1), Sara (Gn 21.1), Moisés (Ex 3.1-5, 3.16, 6.1-3), Josué (Js
1.1-9), Gideão (Jz 6.11), Samuel (1Sm 3.4, 15.10,11), Isaías, Jeremias (Jr 1.4-
10; 33.6).
A visita divina ao seu povo se tornou completa com a vinda de Jesus Cristo na
plenitude do tempo (Jo 3.16,17). No Evangelho de Mateus 1.23 lemos: “Eis que
a virgem conceberá, e dará à luz um filho, e chamá-lo-ão pelo nome de
EMANUEL, que traduzido é: Deus é Conosco”.
Este Verbo divino nos disse que não veio para os sãos, mas para os doentes
(Mc 2.17) e ainda nos diz “eu irei e lhe darei saúde” (Mt 8.7). Então, a visita de
Deus através de Jesus Cristo é fundamental para toda a humanidade porque
através dela temos a saúde eterna. O Senhor Jesus também treinou seus
discípulos para que visitassem ( Mt 9.35, 10.6) e deu seu exemplo quando foi a
casa de Zaqueu (Lc 19.5), quando visitou com Tiago a casa de Pedro (Mc 1.29-
31) nessa ocasião curou a sogra de Pedro Jesus também visitou a casa do
principal da sinagoga (Mc 5.38-43).
Convém também lembrarmos que o primeiro milagre foi numa casa, quando o
Mestre transformou a água em vinho (Jo 2.1-9). Por todas estas evidências
percebemos que Jesus dava enorme importância à visitação. Este ato cristão
de "visitar" também era percebido na Igreja Primitiva, Paulo foi convidado a ir a
casa de Lídia (At 16.15), Paulo e Silas foram a casa do carcereiro (At 16.31-
33), Pedro foi visitar a casa do centurião Cornélio por ordem divina (At 10.1-
48).
Precisamos como Igreja do Senhor, levar uma palavra de paz para as pessoas
que vivem enfermas, em dificuldades, sobrecarregadas e oprimidas.
Precisamos anunciar o amor e o zelo de Deus pelas suas vidas. Imitando a
Jesus Cristo que sempre ouvia o clamor dos enfermos (Mt 9.1-8). O amor que
moveu Jesus a morrer por nós, será o principal elemento a movernos neste
ministério de apoio e consolação aos necessitados. Portanto, visitar, prestar um
auxílio espiritual e confortar são:
. Dizer que vale a pena viver apesar das dificuldades existentes na vida.
. Levar alguém a ter alegria de aceitar o que é e, se conformar, com o que tem.