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RIO DE JANEIRO
2020
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AGRADECIMENTOS
RESUMO
SUMÁRIO
Introdução 06
Capítulo 1: Referencial teórico 09
1.1: Estrutura da psique segundo Carl Gustav Jung 09
1.2: Teoria dos complexos 11
1.3: Sintomas e origem psicossomática 12
Conclusão 36
Referências 38
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INTRODUÇÃO
A partir de um conhecimento mais detalhado e aprofundado da teoria dos
complexos proposta por Carl Gustav Jung, bem como a influência de arquétipos e
mitos na sua manifestação e as possíveis consequências psicossomáticas
resultantes, somado a determinadas condições pessoais vivenciadas, foi despertado
em nós, o interesse em realizar uma análise onde fosse possível explicar as razões
do surgimento de doenças autoimunes.
Cada vez mais se faz necessária uma abordagem mais integrada sobre os
caminhos trilhados pelas especialidades médicas, onde a especialização
transformou o ser humano em um objeto departamentalizado, os sintomas ao invés
de contribuir para uma reflexão sobre escolhas, atitudes e crenças adquiridas,
passam a ser tratados como um “defeito” a ser reparado, utilizando-se para isso a
prescrição de drogas sintetizadas ou intervenções cirúrgicas. Ambas as práticas
isoladamente, podem levar a uma degradação ainda maior da pessoa afetada, por
conta de efeitos colaterais no caso da medicalização e pela agressão proporcionada
pela prática cirúrgica dada a característica invasiva deste procedimento.
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CAPÍTULO 1
Referencial teórico
a morte, sendo a doença autoimune caracterizada no mais das vezes por processos
inflamatórios decorrentes da destruição de tecidos, proteínas e material celular.
“Para a compreensão do mito da Fênix é importante saber que
a hermenêutica cristã, de modo muito adequado, fez da Fênix uma
allegoria Christi (alegoria de Cristo), o que equivale a uma excelente
interpretação do mito. À combustão de si mesma da parte da Fênix
corresponde a imolação de si próprio feita por Cristo; à cinza, o corpo
dele sepultado; e ao ressurgimento da ave, a ressurreição dele.
Segundo a opinião aceita por Horapollo, a Fênix também significa a
alma e a peregrinação dela para a terra do renascimento.
Representa ela também a ‘restauração duradoura de todas as
coisas’, e ela é até mesmo a própria mudança. Os conceitos de
restitutio, restauração – At 3,21 e de renovação em Cristo – Ef 1,10;
renovar todas as coisas em Cristo poderiam favorecer
essencialmente a alegoria da Fênix, a par do motivo principal da
renovação de si mesma.” (JUNG, 2011, §139, pág.107/108)
Há também uma forte conotação simbólica pelo fato desse ritual de auto
combustão se realizar em um ninho, pois esse ninho remete a uma necessidade de
proteção familiar, habitualmente na copa das árvores se aproxima do céu, das
coisas divinas, do paraíso e ao habitá-lo encontra-se a própria casa. Desta maneira,
ao vivenciar o mitologema da Fênix, busca-se o acolhimento familiar que pode ter
sido dificultado pela inadaptação da personalidade rejeitada, o auxílio e amparo da
Divindade e o encontro da própria casa, ou seja, da personalidade desejada. Esta é
uma interpretação pessoal intuitiva sem base de referência autoral de análise
simbólica.
Em seu sentido iniciático a morte nos lembra que ainda temos muito que
caminhar e precisamos seguir adiante e ela é a própria condição para isso, para o
progresso e para a vida.
É necessário que seja admitido o fato que esta não é a única alternativa para
que se desenvolva o processo de renascimento psicológico, pois são inúmeros os
casos em que esta condição ocorre sem que estejam presentes os sintomas
característicos das doenças autoimunes. Atribui-se esta condição aos estados
emocionais presentes reconhecidos como aqueles que propiciam uma capacidade
de enfrentamento de conflitos internos com base no que é definido como ego
estruturante, aquele que é capaz de experimentar confrontos entre o ego e o self,
que pode se apresentar através de conteúdos inconscientes, sem que provoque
uma cisão capaz de fortalecer a energia psíquica necessária à constelação de um
determinado complexo.
entendimento desde as mais remotas eras das civilizações que além da função
mecânica de cada parte, há uma relação direta com aspectos arquetípicos que dão
lhe conferem aspectos simbólicos.
É preciso que Marte diminua sua ação belicosa para que Mercúrio possa
levar suas mensagens agora com um predomínio de Vênus. É preciso parar o
agente violento com a sua morte para que um agente amoroso renasça.
CONCLUSÃO
Nem todo processo de mudança precisa ser visto como uma ressurreição.
Indivíduos que possam conscientemente lidar com conflitos que exijam adequação
da persona, condição mais comum em pessoas que utilizem os recursos do ego de
forma estruturante, conseguem essa readaptação sem a necessidade de provocar
ataques ao corpo somático. Nesse contexto podem ser identificadas atitudes e
comportamentos compatíveis com uma estrutura psicológica caracterizada por uma
condição de raciocinar rapidamente, utilizando atitudes criativas e inovadoras,
apresentando-se regularmente de uma forma protetora e dedicada por possuírem
uma aguçada capacidade de observação e análise. Esta é a característica de
personalidade que dificilmente desenvolverá um complexo de ressurreição para que
transformações significativas sejam realizadas para a obtenção de uma adequada
forma de lidar com os inevitáveis conflitos entre o ego e o Self.
REFERÊNCIAS
A BÍBLIA Sagrada
ATTAR,F.U.D, A Conferência dos Pássaros, Domínio Público, 1177
DAHLKE,R., A Doença como Símbolo, 9a.Ed., São Paulo, Pensamento Cultrix, 2014
DE MIRANDA, E.E., Corpo Território do Sagrado, 3a.Ed. São Paulo, Loyola, 2002
MELLO FILHO, J. de; et al., Psicossomática Hoje, 2a. Ed. Porto Alegre, Artmed, 2010
, Metafísica da Saúde Vol.3, 3a. Ed., São Paulo, São Paulo, Vida e
Consciência, 2007
PINHEIRO,P.,https://www.mdsaude.com/neurologia/sindrome-de-guillain-barre, 2020
SOCIEDADE BRASILEIRA DE ENDOCRINOLOGIA E METABOLOGIA,
https://www.endocrino.org.br/o-que-e-diabetes, 2007
SOCIEDADE BRASILEIRA DE REUMATOLOGIA,
https://www.reumatologia.org.br/doencas-reumaticas/artrite-reumatoide, 2020