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diferentes grupos em que os alimentos podem ser divididos de acordo, quer com a
sua composição quer com as proporções em que devem entrar numa alimentação
equilibrada. Foi criada no final da década dos anos 70 do século XX, por uma
equipa de profissionais portugueses ligados à saúde, em consonância com a
realidade alimentar dessa época. Cerca de 25 anos depois, mercê de várias
alterações introduzidas nos hábitos alimentares da população portuguesa, surgiu a
necessidade de a actualizar, tendo sido concebida uma "nova" Roda, como
resultado de um protocolo assinado entre a Faculdade de Ciências da Nutrição da
Universidade do Porto e o Instituto do Consumidor.
A alimentação desempenha um papel muito importante na saúde humana e
condiciona a qualidade de vida e a longevidade. A definição de uma alimentação
saudável é complexa, uma vez que a oferta de alimentos é muito diversificada e
cada um tem características próprias, com conteúdos muito variáveis de caso para
caso. Adequar esta oferta às necessidades - e preferências - de cada indivíduo é a
tarefa que a ciência da nutrição procura desempenhar.
Os alimentos são constituídos por substâncias muito variadas, os nutrientes,
nutrimentos ou princípios nutritivos, que podem ser substâncias minerais, como a
água e os sais minerais, ou compostos orgânicos, como os glícidos, as proteínas,
os lípidos e as vitaminas.
A água constitui cerca de 65% do peso do ser humano e é de vital importância
pelo seu papel em funções do organismo como a absorção de alimentos, a
eliminação de substâncias residuais, a regulação da temperatura e da pressão
sanguínea.
Outras substâncias minerais de vital importância são, por exemplo, o cálcio, o
fósforo, o ferro, o iodo, o sódio e o potássio. Estas substâncias, assim como outros
minerais aqui não especificados, devem existir no nosso corpo em quantidades
bem definidas, e o excesso ou deficiência, quando mantidos por períodos
prolongados, perturbam o funcionamento do organismo, provocando deficiências
na formação de algumas estruturas do nosso corpo, como os ossos ou os
músculos, ou irregularidades no funcionamento de órgãos importantes como a
tiróide.
As proteínas, ou prótidos, são essenciais para a organização e a actividade das
células que constituem o nosso corpo, sendo necessárias para a renovação e
crescimento dos tecidos. Eventuais carências podem originar deficiências graves
no crescimento e desenvolvimento intelectual da criança e reduzir a resistência do
organismo às agressões externas.
Os glícidos, ou hidratos de carbono, fornecem uma parte importante da energia
que utilizamos, pelo que a quantidade que ingerimos deve ser calculada em
função da actividade física desenvolvida. Existe no entanto um glícido, a celulose,
que tem um papel regulador importante e cuja ingestão regular tem efeitos
benéficos na saúde.
Os lípidos, ou gorduras, têm por função principal fornecer energia, sendo alguns
ácidos gordos constituintes essenciais de certas estruturas celulares. No entanto
os alimentos ricos em lípidos devem ser consumidos com moderação, devido ao
seu elevado conteúdo calórico.
As vitaminas, embora necessárias em quantidades diminutas, são essenciais à
vida, dado que têm um papel regulador de reacções químicas vitais. Estes
nutrientes não se substituem uns aos outros, pelo que o excesso de um não
compensa a deficiência de outro. As carências de vitaminas (avitaminoses)
ocasionam doenças com sintomas específicos, como, por exemplo, anemia
perniciosa, xeroftalmia e raquitismo. No entanto, é importante salientar que se o
defeito pode provocar doenças, o excesso destes nutrientes também é
potencialmente nefasto, sobretudo quando se trata de um elemento que não é
facilmente expulso pelo organismo.