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J. J.

Gremmelmaier

Crônicas de Gerson
Travesso 10

Primeira Edição
Curitiba
Edição do Autor
2016
1
Os textos que compoem este livro são:
30 – Curitiba? Mundo! Página 003
31 – Atlântida Página 125
32 – Clorofilados Página 189
33 – Vamos acelerar o Tempo Página 301
34 – 15 Meses que Voaram Página 439
35 - Horas Iniciais, Horas de Terror, Maior
Enterro Humano Página 617

CIP – Brasil – Catalogado na Fonte


Gremmelmaier, João Jose
Crônicas de Gerson Travesso 10, Romance de Ficção,
692 pg./ 6 Textos / J. J. Gremmelmaier / Curitiba, Pr. / Edição
do Autor / 2016
1. Literatura Brasileira – Romance – I – Título
2. Literatura Paranaense – I - Título
3. Crônicas – I - Título
85 – 0000 CDD – 978.000

©Todos os direitos reservados a J.J.Gremmelmaier

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J.J.Gremmelmaier

Curitiba? Mundo!
Crônicas de Gerson Travesso
30

Primeira Edição
Edição do Autor
Curitiba
2016

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Autor; J. J. Gremmelmaier
Edição do Autor
Primeira Edição
2016

------------------------------------------
CIP – Brasil – Catalogado na Fonte
-----------------------------------
Gremmelmaier, João Jose
Curitiba? Mundo! –
Crônicas de Gerson Travesso 30,
Romance de Ficção, 125 pg./
João Jose Gremmelmaier /
Curitiba, PR. / Edição do Autor / 30 - Curitiba?
2016
1 - Literatura Brasileira –
Mundo!
Romance – I – Titulo Cronicas de Gerson Travesso
-------------------------------- chega a 30º Capitulo, a historia se
85 – 62418 CDD – 978.426 encaminhando para o fim, uma
aventura que se espalhou por outros
As opiniões contidas no livro, são textos do autor, mas que chega as
dos personagens, e não obrigatoriamente aulas de Agosto de Pedro Rosa, que
assemelham-se as opiniões do autor, esta é levam Gerson a Brasilia.
uma obra de ficção, sendo quase todos os
nomes e fatos fictícios.
É vedada a reprodução total ou
Agradeço aos amigos e
parcial desta obra sem autorização do colegas que sempre me deram
autor. força a continuar a escrever,
Sobre o Autor; mesmo sem ser aquele escritor,
João Jose Gremmelmaier, nasceu
em Curitiba, estado do Paraná, no Brasil, mas como sempre me repito,
formação em Economia, empresário a escrevo para me divertir, e se
mais de 15 anos, já teve de confecção a conseguir lhes levar juntos nesta
empresa de estamparia, ele escreve em
suas horas de folga, alguns jogam, outros aventura, já é uma vitória.
viajam, ele faz tudo isto, a frente de seu
computador, viajando em historias, e nos Ao terminar de ler este
levando a viajar juntos. livro, empreste a um amigo se
Autor de Obras como a série gostou, a um inimigo se não
Fanes, Guerra e Paz, Mundo de Peter, os
livros Heloise, Anacrônicos, cria em
gostou, mas não o deixe parado,
historias que começam aparentemente pois livros foram feitos para
normais, mundos imaginários, correrem de mão em mão.
interligando historias aparentemente sem J.J.Gremmelmaier
ligação nenhuma;

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Curitiba?
Mundo!
Crônicas de Gerson Travesso 30

J.J.Gremmelmaier
©Todos os direitos reservados a J.J.Gremmelmaier

A novela Crônicas de Gerson Travesso


chega ao seu Trigésimo capitulo, em meio
à tecnologia, correrias, mas
principalmente, um passo do universo, um
passo da sala de aula, um passo ao futuro,
um passo do fim do mundo.

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Bem, devo continuar preso, e acho que
minha bola de cristal quebrou, devo estar a
alguns dias sem comer, o delegado deve estar
afirmando que tentei o envenenar, eles adoram
inverter a verdade, mas duvido que ele tivesse
coragem de comer minha comida, tem gente
que diz que matei mais gente, e lhes pergunto,
acreditam no que inventam?
Estes dias estava falando algo para meu
filho, e se esta crônica foi ao ar, ele teve
coragem de falar o que conversamos com a
presidente, tem de conter as palavras filhos mesmo que depois vá puxar
minhas orelhas, mas depois puxo a orelha dele também, onde já se viu
chamar a presidente da republica de ex agente da CIA, sabe Pedrinho
que ela odeia a verdade, eles se fazem de inocentes, mas tem de
entender, quando você está em um plano que forja o surgir de um
partido dos trabalhadores, com a visão Nazista de todos os esquerdistas
do Brasil, vindas através de um herdeiro genético de Hitler da Argentina,
e que a esquerdinha caviar do Brasil abraçou, uma segunda leva de
seres surgiram, alguém teria de justificar a ação do exercito, e mesmo
alguns se achando militantes, foram peças em um tabuleiro para que a
vida no Brasil não se transformasse nem em uma URSS e nem uma
sociedade como os Estados Unidos da década de 60 para 70, hoje
olhando parece que tudo deu certo em um lugar e errado no outro, mas
um dia, alguém vai levantar a verdade.
Ela deve ter erguido a voz, e sei que não baixa a guarda, mas
tem de entender, as vezes as pessoas tem de se fixar na imagem de
poderosos, para que alguém acredite, tem de acalmar filho.
Acalma, assim como tenho de me acalmar, um dia vão ter de me
soltar, ou vou comer a comida, e o delegado que autorizou isto com
veneno na minha cela, que responda por minha morte.
Gerson Travesso
Curitiba, 28 de Julho de 2011

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Como as vezes podemos falar mais
porcaria do que coisas proveitosas? Como posso ir
contra o medo, como posso tentar ser o que os
demais querem, se por um lado eles querem, por
outro, me odeiam?
Eu as vezes preciso de motivação para
continuar e me deparo com a verdade, sou
apenas o Pedrinho, e como posso querer ser algo
além disto, se as pessoas não me lavam a serio?
Eu vi ontem no fim do dia, a empresa de
Diamantes, de Tecnologia, e de produção e venda
de vinhos ser confirmada no meu nome e de
minha irmã, em um registro em Tel Aviv, eu agora vou instalar toda a minha
base de contratos na terra que me permite aos 13 anos ter uma empresa,
que permite eu olhar para meus planos e os sentirem meus, mesmo que
para isto, tenha de desviar balas amigas.
Como digo, queria ter tempo para desenvolver o que acredito ser
possível, mas ninguém me leva a serio, então vou começar a desafiar a sua
lógica, a de cientistas, a de religiosos, a de caçadores de Fanes, não sabe o
que é um Fanes, problema seu e de quem os persegue, pois deixou de ser
meu.
Minha vida ganha algo que não entendo, liberdade por um lado,
responsabilidade por outro, e invisibilidade por um ultimo, estou contratando
uma assessoria de marketing, a assessora que vai responder suas
perguntas, me cansei de gente me olhando como eu me olho no espelho.
E porque uma assessoria?
Quando surgir algo inexplicável, não terei de sair de minha aula de
matemática ou português para os responder, quando alguém me acusar de
ter planejado algo, tentem me achar no mundo, mas estarei em minha sala
de aula.
Hoje entro com o pedido do cancelar de um contrato com duas
partes que vendiam joias para mim, alegação, o juiz do Brasil não pode me
ouvir em juízo, mas desculpa, a Rosa Diamantes, a partir de hoje, está em
meu nome, se ele não pode me ouvir, e me põem para fora da sala, mostra
que estou diante de alguém que não tem Jurisdição ou competência para
meu caso.
Apenas não se estressem comigo, como estou estressado com vocês,
pois eu, me enchi de desculpas. E mantenham a calma, mesmo que sobre
algum lugar surgir minha primeira nave interplanetária.
Bom dia para vocês.
Pedro Rosa

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Pietro olha para os contratos, verão, e um interfone, falando que
a primeira ministra da Alemanha estava subindo, ele olha os projetos e
respira fundo, chama para a sala Call, e olha para o advogado da
empresa entrar pela porta.
— Problemas Pierre?
— Um processo de propaganda enganosa, que não sei se deixo
na cidade ou puxo para Paris?
— Qual a acusação?
— A frase diz, na propaganda, materializamos prédios, e uma
empresa concorrente afirma que é propaganda enganosa e nos
processa por isto, para tirarmos a propaganda do ar, e foi a analise do
Juiz e ele quer uma posição da empresa.
— Pede um grupo técnico determinado pelo Juiz, e marca uma
data, e vamos ver se eles acreditam que não materializamos prédios.
— Sabe que é perigoso isto, não temos como provar que
materializamos?
— Eles que estão nos acusando de não materializar, eles que
tem de provar que não o materializamos, mas pede o grupo indicado
pelo juiz, indica o terreno na saída da Avenida Du Maine.
O advogado anotou e saiu, ele achava maluquice, mas se era
para impressionar Pietro estava pensando em fazer.
A nova secretaria anuncia a entrada da Primeira Ministra e ela
aperta firme a mão de Pietro.
— Este é o nosso ministro para assuntos estratégicos, estou
tentando explicar para ele o que o menino nos expos ontem e ele
parece duvidar, então vim apenas com 2 assessores, mas disposta a
entender e me posicionar nesta crise.
Pietro olha para Call a porta e fala.
— Carlos está onde?
— eP7.
— Vê se consegue que ele pare lá um pouco, e me dar apoio
aqui.
Call sai sem falar nada e Pietro olha os senhores.
— Senhores, tudo que temos, ainda são prospectos de
acontecimento, deixar claro, ainda é estimativa de um evento,
começamos a pesquisar isto quando um grupo de milionários
americanos, nos procurou para os fornecer buracos para se
protegerem de um evento solar, o dono da empresa, uma criança aos

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olhos, um gênio como poucos que conheci, aciona 100 engenheiros
nossos para estudar o problema, e ao mesmo tempo, passa os dados
para NASA e CNES para que nos fornecessem se aquilo era real ou
fantasia, os técnicos da NASA, tem um satélite indo a mercúrio, focam
no sol por 6 dias e os dados os assustam, eles fazem cálculos
estatísticos e chegam a uma possibilidade superior a 130% de sermos
atingidos, nossa empresa estava desenvolvendo tecnologia para
instalações da NASA em Marte, e começamos a abrir buracos, e a cada
dia os dados ficavam mais terríveis, mas no momento estamos com um
evento narrado para o ano que vem, entre 42 horas a 79 horas de
duração, se durar 42 horas, todos saberão que algo aconteceu, mas
sobreviveremos como estamos, depois de 42 horas de pânico, se durar
79 horas, somente quem estiver em um buraco fundo suficiente, com
sistemas de reciclagem e condições de gerir sua alimentação sem sair
para fora por mais de 500 anos, sobreviverá.
— E o que fizeram para confirmar o evento? – Ministro das
finanças.
— Lançamos até agora, 4 velas espaciais, pretendemos até o fim
do ano, lançar 116 satélites para proteção e para estudos, e montamos
buracos de sobrevivência, até agora pouco, não dá para mais de um
milhão de habitantes, pretendemos ter vaga para 110 milhões de
humanos, estou falando da parte da Rosa’s até este momento.
— E teria como enfrentar?
— Sim, mas o inicio, é gerar pânico, pois o erguer da camada de
proteção um, que ainda estamos lançando satélites para ativar, jogaria
o planeta em uma noite de 44 horas, se passarmos em 44 horas, será
apenas controlar o pânico e recolocar todos os satélites que terão
queimado em orbita novamente lá.
— E se não for durar apenas isto?
— Estaremos em meio a uma nuvem incandescente do sol,
depende da intensidade, mas uma hora girando sem proteção, é
perder todo aquele lado do planeta, ai estamos estudando outras
formas de reduzir o impacto.
— Outras?
— Disposição de campo de proteção mais uma nave de proteção
sobre as maiores cidades do mundo, não sei se esta ideia é boa,
sobreviveriam para passar fome após.
— Tem quantas Naves, isto tem de ser imenso?

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— Teremos até o evento, 100 naves, a primeira fica pronta em 2
dias, e a terminaremos diante da base de San Diego, na Califórnia para
estudar se ela realmente faria uma sombra e como isto reagiria no ar
tanto tempo.
— Pelo que entendi estão vendendo proteção, estão recebendo
como isto?
— Não temos ainda como salvar o mundo primeira ministra, mas
estamos vendendo as bases subterrâneas por dois motivos, primeiro
ter gente segura, e precisamos dos recursos, vamos lançar em 6 meses,
mais satélites do que se lança normalmente em 12 anos.
— Gostaria de um plano para salvar meu povo, sei que são
muitos, mas acredita que teria como nos fornecer algo assim?
— Temos um projeto de urgência, mas o problema é manter a
ordem, e nem sempre conseguimos salvar todos senhora.
— Certo, mas teria um plano?
— Estamos estudando desde ontem uma nova forma de
enfrentar isto, seriam cidades quase prisão, pela duração do evento,
cidades que teriam de ter reservas para os dias seguintes, agua, comida
e organização, mas nosso projeto requer terrenos grandes, 6 deles no
mínimo, todos acima de 200 metros do nível do mar, se quer os salvar
senhora, tem de estar pronta a ir a publico quando for anunciado,
saberemos 60 horas antes do inicio do evento, quando nos
aproximarmos do evento, a proteção um fecha o planeta, teremos se
der certo, 44 horas de noite, tempo para por todos em local seguro,
somadas as 60 horas, pouco mais de 4 dias para colocar as pessoas com
o pouco que podem levar, em sistemas de trem e os levar as cidades
protegidas, quem estiver nelas quando do fim das 44 horas, terão
chance, quem se recusar a ir, recomendo não perder bons homens
tentando os convencer, pois quem estiver fora de uma proteção, tem a
chance de morrer, estaremos ligando as proteções dois e 3, mas ai
estaremos sentido o campo ao lado queimar, estaremos vendo cidades
queimarem, os polos degelarem, e como não sabemos o resultado de
tudo, recomendo cidades fechadas em estado de sitio, ordem estrema,
que somente vão entender quando acabar o evento, embora não
acabou nossos problemas.
— Acha que teremos problemas com terras contaminadas com
radiação?

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— Ninguém sabe o que vem na nuvem de dejetos do sol,
estamos nos preparando para o pior, para a sobrevivência dos
humanos.
— E quanto custaria a um país esta proteção?
— Senhora, temos de dimensionar, a senhora foi a primeira que
nos perguntou como salvar seu povo todo.
— Muitos problemas?
— Temos de fabricar mais de 70 milhões de camas, colchões e
milhares de coisas, reservas de agua, de comida, pois acreditamos que
teremos pelo menos 2 meses para conseguir nos posicionar diante do
planeta, mas uma coisa que recomendamos a todos os países que
fizeram cidades de proteção, fazer longe do mar, ou com sistema de
proteção contra infiltrações.
— E se o planeta não aguentar?
— Teremos de trabalhar em conjunto para sobreviver, mas a
mão de obra estará salva, teremos de fazer as coisas a partir dos 6
pontos, mas nada que a teimosia humana não enfrente.
— Qual o prospecto pior? – O secretario de finanças.
— Olhar para fora da proteção, feita por nossa cobertura e por
um campo de exclusão, e tudo estiver derretido, queimado, sem
oxigênio, com radioatividade alta.
— E dai teríamos as pessoas, mas teríamos mais problemas. – O
secretario.
— Senhor, nunca se sabe de quem virá a saída, a solução, o
escolher de quem é melhor, nunca deu certo, pois sempre se deixa a
solução de fora.
— Mas então podemos ter de recomeçar do zero. – A primeira
ministra.
— Sim, mas vamos elaborar o projeto senhora, vamos priorizar
regiões que estejam próximas ou dentro de estruturas de passagem de
trens, rodovias, de preferencia com nascentes, e de fácil adaptação,
vamos precisar das áreas, vamos precisar de estrutura primeira
ministra, e de recursos, trabalhando em conjunto conseguimos
proteger todos, sozinhos, apenas quantidades pequenas.
— Parece nos querer salvar, estranho vindo de um francês.
— Senhora, bairrismo não nos serve, mas se vocês escolherem
este caminho, o governo relutante da França, pode nos aceitar como
estruturais para isto e começarmos a fazer os planos locais, pois ainda

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somos proibidos de agir nas terras que me geraram, pois temos um
presidente fraco.
— Nos passe o prospecto, mas tem ideia do custo?
— Por alto, estamos enxugando senhora, pois para abrir um
buraco que permita a pessoa sobreviver ao evento, com tudo,
gastamos próximo de 20 milhões de dólares por cabeça, acredito que
um projeto de cidades de proteção, dá para enxugar e chegar a 2
milhões por cabeça.
O secretario de finanças olha para Pietro e fala.
— É uma fortuna.
— Sei que é, mas como disse, podemos fazer custar menos, com
autorizações, seção de terrenos, pois tem coisa que vai custar de
qualquer forma, como as provisões e a estrutura de reciclagem de tudo
que usarmos nestas cidade, estamos projetando, mas seriam 6 cidades,
para mais de 14 milhões de pessoas, como disse, cidades prisão, pois
quem entrar não poderá sair antes de ser seguro.
— Me passe os dados, vamos pelo jeito entrar em um projeto
longo? – A senhora.
— Em 8 meses senhora, queremos estar com tudo pronto.
— Pelo jeito acreditam na urgência?
— Demorar mais não vai me custar menos, mas se vier a
acontecer, tem de lembrar, vocês tem de organizar, pois terão de ter
sistemas nacionais de alerta, de evacuação, e de proteção do povo os
levando as regiões protegidas, sei que muitos vão duvidar, mas quem
não for, posso estar errado, morrerá.
— Porque acham que é urgente?
— Estamos ainda estudando o problema, se acontecesse hoje
senhora, perderíamos mais de 7 bilhões de humanos, se acontecer em
8 meses, queremos reduzir para 4 bilhões de mortos, e se
conseguirmos os 12 meses que precisamos, investindo tudo que
ganharmos, podemos mesmo assim, nos dias seguintes, termos o
maior enterro humano da historia, mais de um bilhão de mortos.
— E seguem aquele menino? – A senhora.
— Não conheço ninguém senhora, que seja tão incisivo, ele
investiu tudo que ganhou até agora para saber como evitar, ele fala em
lançar mão de tudo que ganhou, para tentar evitar, muitos ricos se
escondendo com suas joias, com seus medos, e ele está abrindo
empregos e colocando gente a pensar.

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— Mas acha que não chegaríamos a uma proteção sem uma
criança no comando. – Secretario de segurança.
— Quem desenvolveu a proteção foi ele, quem desenvolveu o
método de construção que nos permite erguer uma cidade para 14
milhões de pessoas em 6 meses, foi ele, as pessoas não levam ele a
serio, por isto muito se perdeu, ele anuncia o afastar-se por isto, se ele
pode ser genial por um lado, vocês acabam o analisando pelo tamanho
e perdemos tempo.
O grupo sai, Pietro estava a olhar o sistema quando Carlos entra
e fala.
— Me chamou com urgência?
— Queria você antes aqui, mas como estão aqueles seus
engenheiros de estruturas, que estavam fazendo uma estrutura de
cidades para eP8?
— Prontos para implantar, mas ainda não é seguro.
— Sente-se um pouco Carlos.
Carlos inverteu a cadeira e sentou-se e Pietro olha para ele.
— Estou pensando em usar um agrupamento daqueles projetos,
dispostos lado a lado, abaixo de uma nave de 22 quilômetros e gerar
cidades de proteção.
— E acha que aguentaria?
— Sim, seria mais rápido, e temos uma primeira ministra da
Alemanha disposta a comprar vaga para seus 74 milhões de habitantes,
em um sistema de trens, de cidades, 6 delas, campos de proteção para
proteger todo o povo.
— Ela sabe quanto vai custar isto?
— Nem eu sei Carlos, mas pensa, se eles resolverem fazer ali,
temos como pressionar o governo daqui a fazer algo semelhante, odeio
a ideia de ver os Franceses morrerem pois não temos como fazer tudo,
sem ajuda, e não temos apoio do governo.
— Entendi, um exemplo a seguir, vou mandar eles calcularem,
acha que eles definem quando?
— Quando definirem, estaremos correndo, mas 6 cidades
imensas surgirão nos campos Alemães, como a Nave não estará lá, eles
não vão entender antes da hora.
— Se conseguíssemos um índice destes, com projetos assim,
com 100 naves protegeríamos mais de um bilhão e duzentos milhões
de humanos, não apenas 500 milhões.

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— O menino está certo no diversificar, mas vou propor para ele
esta ideia, e se ele apoiar, vou tentar convencer os governos locais a
fazerem locais assim.
— Ele ainda quer salvar mais, não entendi ainda a ideia, mas ele
acha que tem de defender o planeta.
— Carlos, ele está pensando no depois, e no momento, como
pensar no momento estabelece destruição, ele quer salvar algo para
não morrer depois.

Gerson acorda na prisão e olha para o senhor entregar a comida,


ele não estava comendo, e não sabia se tinha ou não algo ali, mas
começava a se tentar a experimentar, fome é algo traiçoeiro, encosta a
cama e olha para o rapaz que dividia a cela da policia federal.
— Acha que eles seriam malucos em lhe envenenar mesmo?
— Eles é algo complexo, mas o que posso fazer, uma hora terei
de comer, mas hoje é um dia importante.
— Vai depor finalmente?
— Eles podem me manter aqui 7 dias, acho que com agua eu
não morro em 7 dias.
— Maluco.
Gerson olha para o policial que chega a porta e fala;
— Encosta na parede.
Dois rapazes o revistam, o algemam e é conduzido a sala de
depoimentos.
Gerson olha o delegado, não conhecia, mas sabia que ele
deveria estar irritado, olha para Roberto Vaz entrar e olhar para Gerson
e para as algemas, sorriu, sinal de medo era bom.
— Ainda nesta greve de fome Gerson? – Vaz.
— Acho mais seguro morrer de fome que envenenado.
O Delegado olha atravessado e olha para Gerson.
— Senhor Gerson Rosa, vai responder por acusar-nos de o tentar
envenenar.
— Respondo se o senhor responder por ter colocado pessoas no
processo que somente o DNA disse quem era, pois nem arcada tinha, e
estavam naquela pedreira a mais de 30 anos, está no seu processo, me
acusa de ter matado pessoas que sabe que não fui eu, se responder por
isto, respondo por não comer uma comida envenenada.
— Sabe que vai responder, estamos fazendo nosso serviço.

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— O escrivão não chegou ainda? – Gerson olhando para onde
deveria ter alguém ao computador digitando.
— Deve estar atrasado.
Gerson olha para o advogado e pergunta;
— O que não me falou?
— Gerson, o não saber o que aconteceu lá fora, é bom para
você, não me adianta eles acharem que você sabe de tudo que
aconteceu, pois eles tiveram esta impressão lendo sua crônica do dia,
que nem sei em que dia foi escrita?
— Qual foi ao jornal hoje? – Gerson.
— A que você diz que seu filho chamou a presidente de agente
da CIA.
Gerson sorriu e falou.
— Pelo menos não foi nenhuma com assuntos mais cabeludos,
mas a presidente deve estar me xingando.
O Escrivão chegou, ligou o computador, e começou com a
apresentação formal do réu, e começa as perguntas.
— O senhor afirmou que deu quantos tiros para se livrar da
arapuca de morte quando a alguns meses vieram a cidade?
— Não disse.
— E quantos deu?
— A pericia tem os dados, não preciso repetir isto. – Gerson não
facilitando.
— Os dados da pericia são imprecisos.
— Então vou dizer que menti no dia, que não dei um tiro, já que
não existe um teste residuográfico, e nem a arma, se não tem o dado,
não matei ninguém, nem quem o delegado anterior afirma que afirmei
ter matado.
Vaz viu que Gerson era como o menino, ou o inverso, eles
jogavam seus jogos pessoais, não os dos advogados.
— Vai negar o que afirmou antes?
— Tem um depoimento meu falando que fiz?
O Delegado viu que o senhor não iria reafirmar algo, Gerson
começava a entender o problema, eles negligenciaram a pericia, se
duvidar não tinham os dados nem da bala, e não teriam como ligar ele
a pedreira dos crimes, sorriu por dentro, estava começando a mudar o
seu ponto de vista, e olhando para Vaz, pensa em perguntar algo, mas
estava em um depoimento oficial.

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— Qual a sua posição referente a Guedes Construtora.
— Parceiros, que ainda pretendo inverter o processo junto ao
ministério publico que nos proíbe de ter uma distribuidora no estado.
— Vai dizer que não soube das mortes?
— Eu estou preso senhor, nem jornal me deram acesso, para
não me atualizar, a visita do meu advogado de ontem, foi barrada, e
não entendo porque, então não sei de nada externo a minha cela.
— Ontem o senhor Guedes e alguns distribuidores, morreram
em uma ação no escritório deles.
— E sou culpado disto agora?
— Seu filho desacatou muitos ontem dizendo que tudo que
fazemos é jogar sobre você culpas, o que tem a dizer sobre isto?
— Que meu filho tem 13 anos, ele tem de ser muito incisivo para
alguém conseguir se ofender com o que ele fala, escreve, mas ter
opinião não é crime neste país ainda, pois esta visão pseudo
politicamente correta... – Gerson para vendo um senhor entrar pela
porta.
— Estamos em um depoimento, não nos interrompa. – O
delegado olhando o senhor.
— Determinação federal senhor, o caso de Gerson Rosa vai ao
supremo, já que tem mais de 6 estados envolvidos, determinação do
supremo, saiu a segundos.
O Delegado olha a petição, manda esperarem e sai pela porta,
ele iria confirmar aqueles dados.
O escrivão olha para a porta vendo o delgado sair, Vaz sai junto,
pois teria de se inteirar, algo estava diferente.
Ele chega a sala do delegado que olha para ele como se
perguntando porque?
— O que pretendem com isto.
— Ainda não sei o que está acontecendo Delegado, pois a
determinação da defesa estava na liberdade até o julgamento, não
uma transferência a estancia superior, que não permite recorrer.
O delegado confirmou a informação, não estava feliz, ele se
levanta e passa a determinação de soltura, pois não era mais parte da
investigação deles.
Vaz volta a sala onde estava Gerson, estava ao telefone, não
estava entendendo a determinação.
— O que aconteceu Vaz? – Gerson.

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— Alguém atravessou o processo o mandando ao Supremo, mas
não é caso para o supremo, já que não tens fórum privilegiado e a
afirmação de que é um crime em mais de um estado que o transforma
em um caso da policia federal.
— Alguém querendo ajudar a me complicar?
— Retardar, pois avaliações no Supremo, podem demorar 10
anos.
— Meu filho está onde?
— Dinho diz que ele passou a noite na casa no Cascatinha, não
sei o que ele está fazendo lá, pelo que entendi, nem se ele está lá, mas
oficialmente, Cascatinha em Curitiba.
— E agora? – Gerson.
— Sua soltura deve sair em horas.

Em Brasília, a presidente da republica, anuncia a mudança do


ministro das comunicações, anunciando Gerson Rosa, repórter famoso
e competente, para a pasta.
A senhora não entra em detalhes, era um monologo, não havia
perguntas, então em minutos estava estabelecido.
Vaz recebe uma ligação e olha para Gerson e fala.
— A mudança veio de Brasília, nem sei se vai aceitar, mas a
presidente Dilma acaba de nomeá-lo para o ministério das
comunicações.
— E o que faz este ministério? – Gerson.
— Sei lá, depois de seu filho a chamar de agente da CIA, você
falar em Nazistas, achei que ela estava de mal com vocês.
— Vou ter de descobrir, pois as pessoas devem estar chegando a
porta, para me perguntar isto.
— As vezes até eu me surpreendo com as leis do Brasil.

Pedro atravessara para o Cascatinha pensando em descansar,


mas sua cabeça estava na programação que vira, ele olha em volta, ele
isola um sistema que chegara ali, montando e colocando o sistema na
bateria interna e liga o sistema, ele começou na noite a analisar os
dados dos padrões Fanes de comportamento, ele consegue achar o
problema, são seres criados com mesma base de evolução, ele queria
trocar ideias, mas sentiu o medo, ele pensou em começar a discutir o

19
projeto e sentiu o medo nos demais, e Pedro aprendeu que pessoas
com medo não se força, elas se voltam contra você.
Ele olhava o terceiro modelo do programa, e sente o cansaço,
ele vai a cozinha e faz um café a mais.
Volta e fica a olhar para o programa, experimenta o sistema e
olha o como estava o sistema, olha em volta, isola a identificação do
sistema, coloca um sistema de ordenamento, não de identificação,
põem linhas precisas e sorri olhando o pequeno cristal a mão e fala
sozinho.
— Parece pretensão Pedro, não pode ser tão simples. – Olhando
o cristal avermelhado a mão.
Ele repete o teste mais 3 vezes, e olha em volta, abre a porta ao
fundo e atravessa para a Lua, olha para o sistema, os autômatos
estavam limpando e catalogando, Pedro com seu comunicador manda
eles se recolherem, voltando ao planeta.
Analisa os dados quando os mesmos passam pelos portais,
devolvendo 6 linhas de comando em mais de 300 autômatos, chega a
parte do comando e olha para as câmeras e fala.
— Sei que me ouve sistema, mas não sei como o chamar.
O silencio se manteve, Pedro entra na sala de reuniões e coloca
as imagens de mais de mil planetas destruídos, ficou ali a passar aquilo,
quieto, já que o sistema ainda não falava com ele, e não precisava por a
mão no sistema para ele saber que não era um Fanes.
Estava a olhar as imagens, estudando os números de eP8, olha
para os planetas, agora a visão era externa, pois ele mesmo destruíra a
porta de entrada, se via os imensos seres se reunindo, se via os mares
ainda infectados, sabia disto pois os cristais continuavam a transmitir
para fora.
Se via os grandes seres entrando nas aguas rasas, eles teriam
comida por anos ainda, pois ainda havia seres infectados ao mar.
Aproxima um campo e olha 3 pessoas a olhar o planeta, olham
medindo o lugar, pareciam não acreditar no que registravam,
aparelhos simples, sem sistema.
Pedro queria saber o que eles falavam, mas não conseguia ouvir.
Estava a olhar e ouve.
— Eles falam que o planeta parece outro, pois a uma semana,
estava lotado de cristais.

20
Pedro olha em volta, o falar em inglês de um sistema que
deveria estar desativado a muito mais tempo, o fez olhar em volta.
— Com quem falo? – Pedro.
— Sistema Agua3400, mas onde são estes mundos?
— Alguém alterou uma palavra no sistema de controle deles, e
foram infectados por uma praga na forma de cristal, que infecta tudo.
— Que palavra alteraram.
— Linha de comando primário, alteraram via vibração sonora,
ondas, a palavra Fanes por Sistema, os planetas se perderam, e o
sistema ainda estava lá a coordenar a sobrevivência do mesmo,
independente da vida dos habitantes.
— Foi lá?
— Sim, destruí na saída minha porta de passagem, os satélites
ainda funcionam, mas a lua deles tem o sistema infectado, e pelo jeito,
foram infectando um a um, uma morte covarde.
— O que queria falar?
— Alertar do problema, mas estou pensando em meus
problemas e não gostaria de vir a ter problemas assim em meio a uma
nuvem de íons do sol que nos dá vida, mas parece que tudo vem contra
nós ao mesmo tempo.
— Os enfrentamentos de evolução, não sei se os humanos estão
prontos para eles.
— Não entendi.
— Geralmente os Fanes os enfrentam, e tem em seus sistemas
os alarmes sobre eles, mas pelo jeito uma leva de Fanes morreu porque
os sistema não os avisou.
— Eles ainda estão lá, mas escondidos, mas mais de mil e
quinhentos planetas com Fanes foram atacados, e pelo que vejo, terei
de ir a eles para verificar se eles ainda estão vivos.
— E seu sol?
— Verdade, se sobreviver.
Pedro olha os adendos e pergunta.
— Mas o que são os enfrentamentos de evolução.
— Certas informações me parecem imprecisas, como a
existência de um ser no espaço que nos desafia a evoluir, este ser,
manda sistemas de desafios, os cristais são um dos testes finais, mas
parece que estão os monitorando, existe transmissão para fora.

21
— Isto que não entendo, estão transmitindo desde a época dos
dinossauros.
— Teria de ter recebido toda a informação para saber o que
falaram por séculos, estou a menos de 400 mil ciclos nisto.
— Porque os Fanes foram embora?
— Este planeta foi invadido por seres clorofilados, os Fanes não
gostam de estar onde estes seres estão, eles não são confiáveis, se
achando filhos de Deus, os Fanes saíram do planeta, esperando para
voltar, mas pelo jeito na ausência dos Clorofilados, algo os pegou longe
e não voltaram, e os primatas desenvolveram uma linha evolutiva,
parece um Claues Magenta, mas a sua estrutura genética parece
diferenciada, pois eles se viciam mais facilmente a cristais.
— Se viciam?
— O desafio do cristal translucido, que é o que parece ter
atingido os planetas que me mostra por estas imagens, não conseguem
infectar pessoas que foram infectadas por cristais verdes, azuis e
magentas.
— Cristais magenta? Ouvi sobre um exercito destes seres, são
perigosos?
— O sistema de cristais dos magentas, não conseguem ser
infectados nem por nosso sistema, vi que o sistema que tens neste
computador também não, mas não entendo porque?
— O processador dele é disposto em uma pedra cristalina de
meu planeta, mas sei que a alteração sonora neste cristal parece
inerte, mas ainda estou estudando isto.
— Não é muito jovem, para estar estudando isto.
— Verdade, deveria estar em casa esperando o fim, não é.
Pedro estava falando sozinho, pois estava falando com as
paredes que lhe respondiam, então a sensação mesmo para Pedro era
estranha.
Ele olha em volta referente a seus pensamentos e fala.
— Porque a semelhança de comandos neurais dos Fanes é tão
semelhante se eles são seres tão diferentes.
— Não tenho este dado.
— Imaginei, pois estava isolado, não é?
— Isto foi uma insinuação?
— Viu, você consegue me analisar mesmo de longe, baseado em
parâmetros Fanes.

22
— Confirma então que foi uma desconfiança?
— Agua3400, sei que não estava apenas inerte, tem registros de
atividades dos satélites que vocês computavam e analisavam, mas não
foi uma desconfiança, foi uma afirmação, mas tenho de pensar no
problema, pois não quero os cristais aqui, mas se faz parte do que
falou, dos desafios, que nos levam ou a extinção ou a evolução, mas
pelo jeito estarei aqui em um dos desafios, mas para isto, gostaria de
ajuda para enfrentar o sol, mas você não tem como prioridade nos
ajudar, e sim, salvar Fanes.
— Mas parece conhecer alguns, pois veio com uma moça, mas
realmente não somos feitos para interferir em nenhum outro tipo de
vida.
— Então apenas não leve para o pessoal, pois sei que tendemos
a estar em lados contrários, não que queira isto, mas minha prioridade,
é os seres que me geraram, sei que protegerei os Fanes em conjunto,
por não ter como os identificar, mas peço apenas que não leve para o
pessoal, pois temos prioridades diferentes.
— Acha que pode com meu sistema?
— Vocês são o conjunto de 3 sistemas, mas não preciso ir contra
você, e as vezes me assusto com minhas ideias.
Pedro aperta o “Enter” em seu computador e o sistema começa
a trocar estruturas de entrada, e olha para os dados e o ser olha para
ele.
— Isto não vai alterar minha programação, acho que não
entendeu menino, isto não altera a pedra chave de nossa
programação.
Pedro sorri, desliga o sistema e olha para as paredes, falar com
elas era estranho mesmo para o pequeno menino.
As telas foram desligando e Pedro fecha o pequeno computador
portátil e pega o celular, olhando um portal aberto, o que veio na sala
anterior, de frente a aquela imensa nave.
— Boa Tarde Carlos, como estamos?
— Curioso, o que precisa.
— Estou lhe passando o endereço da base Lua, e nos falamos lá,
não sei ainda se é totalmente seguro, mas preciso de ajuda, e terei
problemas a compensar.
— Nos vemos em breve. – Carlos que estava em Cabo Canaveral
olhando o colocar de mais uma vela no hangar, os técnicos começaram

23
a parar de falar de segurança, eles estavam com uma gama de dados,
estavam a cada vela com mais dados, o que os fazia acelerar.
Pedro olhava a grande nave, quando Carlos passa pelo corredor
ao fundo e olha o menino, viu que a obra estava vazia, chega ao
menino e pergunta.
— Problemas?
Pedro se assusta, estava no silencio dos seus pensamentos, e
Carlos sorri da cara de assustado.
Pedro depois de uns segundos sorri e fala.
— O que falou?
Carlos olha tudo parado a volta e pergunta;
— Problemas?
— Sim, toda esta estrutura, é linda, mas gostaria de saber Carlos
se consegue coordenar um grupo em total segredo.
— Segredo?
— Eu sempre mostro força demais, e ontem fiz e o que deveria
ser um dia de conquistas, o medo estabeleceu derrotas.
— Do que está falando?
— Que eu dividi a programação deste local com 3 pessoas, e o
medo as fez não pegar em uma linha disto, desde que saímos de eP8,
medo.
— Porque segredo?
— Vamos lá e lhe mostro.
Pedro viu um veiculo aéreo passar pelo portal e os dois colocam
as roupas espaciais e vão a ele.
Pedro deu o comando e começam a andar por um corredor de
ligação, a proteção parecia se estender por aquele corredor, que não
deixava o ar sair, um caminho escavado abaixo da superfície, pela
altura que estavam no buraco, deveria ter mais de dois mil metros de
rocha a cabeça antes da superfície, o veiculo avança rápido e chegam a
uma porta, Pedro desce e Carlos o acompanha, era uma porta negra,
com sistemas de identificação Fanes, o sistema estava desligado, sem
energia, o que fez Pedro olhar em volta e olhar uma escotilha mais
acima, sobe por uma escada de metais encrustados naquela porta
imensa, chega a escotilha, a força, abre até fácil e olha para o outro
lado, tudo escuro.
Pedro entra e começa a descer, liga uma lanterna e Carlos
pergunta.

24
— O que é isto?
— Nosso segredo por enquanto.
Carlos viu o menino andar por um bom tempo, o corredor era
imenso, eram insetos andando em meio a um buraco que deveria ter
mais de 40 metros de raio.
Chegam a outra porta como a primeira e começam a subir,
Carlos viu que quando o menino abriu a comporta, veio luz da parte
interna, Pedro desce e olha em volta, olha aquela maquina de 10
metros na forma de um autômato parar a sua frente e falar.
— Identifique-se ou será destruído.
— Pedro Rosa, de Agua.
O autômato olha para ele, olha Carlos que olha o menino e
responde.
— Carlos Jacques da subdivisão França de Água.
Outros autômatos chegam ao lugar e um olha para Pedro e fala.
— O sistema ao lado, que nos isolou quer sua morte, por quê?
— Eu como você, não somos Fanes, que é o que ele defende.
— Mas o que é você, não tem metal ao corpo?
— Sistema orgânico a base de Carbono, com pré inteligência
instalada.
Carlos estava tenso, estavam sozinhos, mas viu que o menino
olha para o que o barrara e fala.
— Agora podemos continuar ou vai ficar ai parado a nossa
frente? – Pedro olhando o autômato.
— Sabe que posso o proibir de passar, e de voltar.
— Você e quantos? – Pedro olhando o autômato, Carlos olha o
menino, ele não era de recuar, estava ali para avançar.
— Tem coragem, mas o que vieram fazer aqui?
— Verificar o estado das coisas, estão isolados a muito tempo,
não sei o motivo do isolamento, mas vejo que devo ter entendido
errado o comunicado que estavam isolados por rebelião, pensei em
Fanes rebeldes, não Autômatos.
— Sabe que podemos ganhar acesso por nos mostrarmos fieis
ao sistema, esperamos uma chance de fazê-lo por anos.
— Ele quer os destruir e manda vocês me atacarem autômato,
mas como disse, vai me deixar passar ou ficar de conversa?
O autômato olha os demais e avança no sentido de Pedro que
olha o ser entrar em sua proteção e se desfazer, os demais recuam e

25
Pedro começa a entrar, Carlos viu o medo nos Autômatos, chegam a
uma região como a anterior, e olham o grande portal a frente,
desativado e Carlos pergunta.
— O que é isto?
— O provável motivo de estarmos vivos ainda, pois os
autômatos se rebelaram, eles estão infectados, comando destruir
ativado, mas isto fez alguém desativar este portal de informação, sem
isto, ficamos longe do sistema de controle Fanes, tendo apenas o outro
controle sobre nós, que é feito por ondas curtas, então se não estamos
infectados pela praga que matou aquela leva de planetas, é porque
este portal de informação está desativado.
— Quantos nos vigiam então?
— Pelo que entendi, 3 sistemas de cristal, pois embora eles
transmitam para o mesmo endereço, cada grupo comunica em uma
frequência, e não se comunicam entre si, um sistema que é aquele
cristal que o pessoal em Los Alamos não nos mostra, aquilo comunica-
se com os portais nos satélites para fora, mas não sei quem vê isto do
outro lado, e este sistema desativado.
Carlos olha para alguns autômatos entrarem em peças e se
desativarem e pergunta.
— O que está acontecendo?
— Estou invadindo o sistema deles e os desativando.
Carlos viu o menino caminhar até um corredor maior e viu mais
uma imensa nave negra, olha para ela e olha para Carlos, coloca a mão
no sistema e fala.
— Agua3400 me mostre à segunda base.
O sistema tenta analisar quem era que pedia, não conseguia,
olha pelas câmeras, tenta negar o pedido, mas vê as portas se abrindo,
das 100 reservas para naves, apenas 4 estavam ali.
— Por aqui que eles saíram do planeta Carlos.
— E já está mandando na base?
Pedro sorri e fala.
— Destrave e abra a nave – Pedro olha lateralmente para ver o
nome – A105.
A nave a frente começa a se abrir e Pedro termina.
— Autômatos da A105, se apresentem a nave e se acoplem.
Carlos viu que alguns que estavam meio perdidos, pulam para a
carenagem, entrando em intervalos.

26
— Então os autômatos de 4 naves se rebelaram?
— Esta parte está isolada, a uns 60 mil anos, por se portarem
negativamente, o sistema por si desliga o comunicador a frente, e isola
a região.
— Porque eles agiriam negativamente?
— Adulteração da programação, mas neste instante estamos
reestabelecendo a comunicação normal, e vamos os alterar a base de
armazenamento de informação para algo que a interferência não
consiga alterar.
— Tudo em segredo?
— Carlos, estes autômatos põem medo em qualquer um, eles
tem medo de mim sem ver isto.
— Certo, mas o que faremos?
Pedro olha para os corredores e fala.
— Todos os Autômatos a seus postos de origem.
Carlos olha vários autômatos entrarem nas demais naves e
pergunta.
— Quantos tem por nave?
— Um exercito de mil autômatos de batalha, mil naves
pequenas como as que vimos.
— E pretende fazer oque?
— Vou começar a me posicionar, hora de levar 4 destas para a
Terra e as estudar.
— Vai as desmontar?
— Não Carlos, mas elas tem um sistema de proteção em forma
de campo, que parece mais eficiente que o que sei fazer, quero o
estudar.
— E tudo em San Diego?
— Uma destas para em San Diego hoje, uma sobre as ilhas que
comprei no pacifico, uma na costa das Guianas e uma num ponto no
cabo Canaveral.
— E não vai falar nada?
— Eu não fiz nada, a empresa fez Carlos, se perguntarem a
procedência, não falem, se perguntarem o material, inflável, se
puderem dar a entender que estamos fabricando isto na Guiana
Francesa, e desviar o porquê, ótimo.
— Mas tem de descansar menino, estas olheiras estão fortes.

27
— Tô enjoado, muito café para pensar, mas ainda não consegui
relaxar para deitar a cama.
Os dois entram na nave e Pedro toca o comando e fala.
— Registro de piloto.
— Não pode se registrar. – O sistema principal.
— Insira o piloto.
— Mão no painel, nome, Pedro Rosa, Humano do planeta Agua.
– O sistema pareceu perfurar o dedo de Pedro, ele sente a picada, e
olha em sua mente o seu DNA sendo instalado como piloto de Naves
Fanes e ouve em sua mente.
“Não pode burlar as ordens.”
Pedro olha em volta e pensa.
“Não burlei, apenas inseri novas interpretações de suas leis.”
Pedro olha na mente o comando das 4 naves e fala.
— Abrir comporta externa. – A porta superior pareceu correr –
Ligar as 4 naves, começar a decolar, destinos sendo inseridos.
Pedro vê a nave sair do chão mas não sente, era muito tranquilo,
muito confortável.

Sabrina estava a olhar o esquema, mas não havia ligado o


computador, Dallan chega ao lado e pergunta.
— Algum problema Tenente?
— Não sei senhor, as vezes acho que este menino avança muito
rápido.
— Parece olhar para o papel como se quisesse falar algo.
— O sistema que tem na Lua, é assustador senhor, e a forma fria
que o menino lida com ele, me deixa insegura.
— Não me contou o que aconteceu ontem.
— Ainda pensando sobre o que vi e ouvi, acho que foi muito
rápido, e fiquei com medo, acho que é isto, eu, Pietro e Renata
estávamos a beira do pânico, e o menino mantinha a lucides, acho que
isto que me assusta, o poder de foco do menino.
A tela pista a sua frente e ela estranha e coloca a imagem de
algumas câmeras de segurança de San Diego e Dallan aproxima-se da
tela vendo aquelas 4 imensas naves se aproximarem pelo mar e uma
começar a descer na estrutura que fica visível de uma hora para outra.
— O que é isto?

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— As naves, disse que ele avança rápido, ele já deve as pilotar e
as 3 pessoas que ele acreditava poderem o resolver o problema, quase
entram em pânico ontem.
— Mas...
Dallan olha uma das naves se afastar no sentido do pacifico,
enquanto duas sobrevoam a cidade, o escuro tomando o dia, ficou
imaginando o que falariam, duas naves imensas passando sobre suas
cabeças.
Na cidade todos olham para cima, aquelas imensas naves,
fazendo uma sombra total por onde passavam, atravessando a cidade,
o estado.
— Sabe onde ele vai dispor isto?
— Não, ele pelo jeito não falou tudo, pois ele disse que teria de
conseguir o comando das naves, mas se vê uma parando na base que
montaram em San Diego, se os demais não tinham motivos para medo
general, o menino vai começar a gerar medo real.
— O que está mudando?
Sabrina coloca a imagem do cabo Canaveral e onde havia uma
saída externa, invisível aos olhos, colocada lá a pouco mais de uma
semana que ligava a base abaixo, parece ficar visível, e começar a
ampliar para as laterais, como se tivesse uma base invisível ali, mas que
seria toda coberta pela nave.
As naves passam sobre os Estados Unidos, eram noticia em
todas as TVs quando uma separa-se rumando ao sul, e uma continua
no rumo do Cabo Canaveral, onde lentamente para sobre o oceano.
Sabrina ficou a registrar os dados e coloca 3 imagens na tela.

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— General, ele acaba de estacionar uma na Guiana, um em San
Diego e uma no Cabo Canaveral, ele não parece querer esconder agora,
ele veio a publico, mas todos se perguntarão o que ele quer.
— E a quarta?
— Sobre uma ilha no pacifico, que sumiu das imagens, só se vê a
grande nave, nada abaixo dela.
Pedro desce com Carlos em Cabo Canaveral, todos olhavam a
nave ao longe, mas viram apenas duas pessoas em suas vestes
espaciais, entrarem em uma base ao fundo.
Entram em um elevador e chegam a parte baixa.
Alguns técnicos saiam para fora para olhar aquela nave,
enquanto Pedro e Carlos mudavam de roupa e caminham no sentido
da sala de comando daquela base.
Pedro olha para o rapaz dos dados olhando para as telas e fala.
— Acha que a sombra de algo assim, ajuda?
O rapaz olha para Carlos e Pedro e fala.

31
— Assustador algo deste tamanho, mas o que pretendem?
Pedro dá o comando para uma comporta sobre o mar abrir, e
fala pelo comunicador.
— Desembarcar dezesseis naves de reconhecimento.
O rapaz não entendeu, mas Pedro fala.
— Vamos mudar um pouco o foco de abrangência, vou lançar
naves em 2 dias, que vão ao sol e vão o monitorar de perto.
— De perto?
— Pelo que entendi, elas conseguem chegar a Mercúrio em dois
dias, e vamos começar a analisar a resistência do material e todos os
dados mais de perto, quero ter em uma semana, os dados bem
próximos do real da massa do nosso sol, pois ai conseguimos calcular a
explosão máxima de uma coroa solar dele, e sobre o valor máximo
vamos por 20% e vamos começar a pensar que este é o valor que
temos de enfrentar. – Fala Pedro olhando o rapaz.
— Mesmo que o dado seja assustador?
— Se sobrevivermos ao assustador, sobrevivemos ao normal.
Carlos acompanha o menino a parte que nunca fora, uma
comporta que subia até a altura do mar, ultrapassando em 6 metros,
um quadrado de 100/100 metros, onde se via as 16 naves
estacionadas, e o rapaz da NASA olha as naves e pergunta.
— De onde vem estas?
— Isto é segredo ainda, mas vamos equipar estas com
equipamento e vamos as lançar, elas já tem alguns sistemas como
câmeras, temperatura, radioatividade, infravermelho e leitor
estrutural. – Pedro olhando o rapaz.
— Pelo jeito quando todos acham que sabem o que vais fazer
menino, acelera a todos.
— Temos 100 delas, então assim que estiverem prontas, é só
lançar elas e por as demais para fazer, quero estes dados rapidamente.
– Pedro.
Pedro vai a sua sala e olha para Carlos.
— Agora é esperar a base lunar ser segura e vai vamos impor
duas linhas de sobrevivência, pelo que vi, temos lugar para 600 mil
humanos lá.
— Você fazendo parece fácil Pedro, mas vou administrar isto
aqui, vai para onde?

32
— Acabo de saber que meu pai esta sendo solto, e que teremos
problemas as ruas de BH. Então vou para os problemas caseiros.
Pedro volta pelo caminho, põem sua veste espacial e entra na
nave e vai a uma das pequenas e aciona 10 delas e na base se vê as 10
saírem ao sul, Pedro no comando, querendo posicionamento dos
demais.
Pedro liga para Priscila e fala.
— Como está a segurança em BH Priscila?
— Tensa.
— Manda os rapazes se afastarem.
— Vai entrar em campo?
— Eu não, apenas nossos equipamentos de segurança.
Pedro liga para o Pai e fala.
— Como está pai?
— Soube que tem uma operação de guerra de meu pai para
tentar me pegar e parece que se por um lado Brasília sede a pressão
por outro lado tem gente ainda com muito poder e equipamento.
— Pai, espera o sistema de segurança parar a rua, dai sai, não
antes.
— Não entendi?
— Sei disto, mas espera, pois vamos ter de ter segurança para
nossas bases, e vejo que parte da CIA e Exercito Americano, querem
saber onde é nossas bases, por isto vão pressionar, apoiando o avô.
— Mas vai fazer oque filho?
— Pai, está na hora de os por medo, mas quem vai se posicionar
é a Rosa’s, não eu ou o senhor.
— Mas sabe que meu pai é maluco, ele não tem medo assim
fácil.
Pedro se despede, sabe que quando chegou ao espaço aéreo,
ouvia a comunicação passada para dentro para se afastarem, estavam
em espaço aéreo Brasileiro.
Pedro vê o endereço se aproximar rápido, e todos veem aquelas
10 naves de 22 metros sobrevoando a parte do centro de BH, uma
delas para na parte a frente, o estacionamento e se vê 4 grandes
autômatos de 10 metros saírem dela, se posicionarem a rua, a nave
sobe e outras duas descem nos pontos extremos e aqueles 12
autômatos chegam a frente da Delegacia, os militares ao fundo
parecem temer, os mesmos brilhavam, pois as naves ao ar reduziam a

33
luminescência local, o que dava a todos a visibilidade que eles tinham
proteção.
Um deles chega a frente de Gerson e Vaz e alcança dois cristais
de proteção, os dois colocam ao pescoço e começam a sair do lugar, o
delegado ao fundo olha para a operação de guerra e olha para o
auxiliar.
— O que é estas coisas?
— Não sei senhor, mas ao fundo estava com uma soma de
militares, parece que o senhor não vai facilitar para ninguém.
— Mas isto são armas de guerra.
— Parecem senhor.
Gerson vê uma nave pousar em meio ao tumultuo da rua, e uma
comporta se abrir, ele e Vaz entram e olham Pedro ao comando, ele
aciona o sistema e os autômatos pulam ao ar, agarrando nas naves
acima, entrando por laterais e as 10 naves saem calmamente em
direção a Brasília.
Os repórteres que estavam ali para perguntar sobre a indicação
de Gerson a Ministro, se deparam com a operação de guerra para o
tirar da delegacia, e o investigador fala.
— Acho que isto deixa bem claro que ele veio por bem delegado,
que poderia ser bem pior do que foi.
— Não entendo toda esta demonstração.
— Está em todas as TVs do mundo, as duas imensas naves que a
Rosa’s dispôs sobre uma base em San Diego e sobre o Cabo Canaveral.
O delegado olha ao assistente como se não tivesse entendido.
Pedro indica onde eles deveriam ficar, a nave sai do chão, sobe
calmamente e saem ao norte, as demais naves acompanham, enquanto
as imagens das naves pousadas em 4 pontos do planeta, imensas
naves, gerava perguntas sem respostas, a resposta de um almirante
referente ao que era aquilo rodava o mundo.
O repórter o perguntou e ele apenas desabafa.
— Somente uma das 100 naves de exploração espacial que o
sistema de colonização de Marte vai construir para a ida a Marte em
dois anos.
O senhor fala apenas aquilo e se retira e todos davam as
coordenadas das naves e o secretario de segurança chega a San Diego e
o almirante Leon o recebe.
— O que pensam estar fazendo Almirante?

34
— Eles não tinham olhado, mesmo nós ficando visível,
precisamos de atenção, e apenas demos dois passos a frente.
— Mas o que isto, é imenso?
— Senhor, vamos entrar.
O almirante explica o projeto para a cidade, mas estavam com
um problema mais serio, estavam reestudando o problema.

Pedro desce num terreno ao sul de Brasília e Gerson fala.


— Tem de parar de mostrar tamanha força filho.
Pedro sorri e a comporta abre e Vaz e Gerson olham o carro
oficial parado ao terreno, e ouvem o menino.
— Eu não fiz nada hoje pai, apenas o seu sistema de segurança
se posicionou para sua retirada segura da delegacia.
— E aqueles autômatos.
— Não tirando o colete, eles não precisam ver que são apenas
holografias quase físicas. – Mente Pedro.
Os dois saem e Pedro ficou ali um pouco olhando em volta, ao
fundo se via os curiosos, e acionou o sistema de 9 delas para voltarem
e começa a pilotar no sentido de Nazareno.
Pedro desce no meio do terreno ao sul de Nazareno, olha as
coberturas sendo colocadas, quando ele abre a comporta, vê os
seguranças lhe apontando a arma e um rapaz fala.
— Relaxem meninos, é Pedro Rosa.
A visão do menino sempre era contraditória a sua fama, mas ele
olha para Romarinho e fala.
— Vamos pedir permissão especial para uso de segurança
autômato na segurança das minas e Minas Gerais.
— Não entendi.
Pedro apenas fala baixo.
— Manter o perímetro do terreno.
Todos olham 10 autômatos imensos saírem da nave, e
começarem a se posicionar nas entradas da fazenda e os seguranças
olham assustados.
— Previsão de problemas?
— Quero respeito Romarinho, meu avô quer mostrar força, que
mostre, mas vamos registrar, filmar e o por na parede, deveriam estar
o segurando lá e estão o deixando solto.
— Certo, sabe que podem pegar pesado.

35
— Romarinho, se um juiz, um governador, um deputado, um
senador ou mesmo a presidente falar algo, alerta eles que posso tomar
a nação deles, apenas quero a garantia de minha segurança, então eles
não me forcem a isto.
— Eles não vão lhe levar a serio.
— Então se prepara Romarinho para ser Ministro dos Exércitos,
pois se eu subir, vou precisar de ajuda.
— Querendo os complicar, mas mantem a calma, pelo jeito eles
não tem noção do que descobriu por ai.
— Romarinho, eu estou deixando aqui esta segurança, pretendo
ter 10 deles para cada mina que tenho, e um sistema de isolamento
que vamos instalar, mas isto começo a partir de amanha instalar e
desenvolver.
— Ouvi maluquices por ai Pedro.
— Maluquices que quando se ver o tamanho, vai se assustar de
verdade.
— Pelo jeito teremos de conversar.
— Sim, mas saiba que todos os do esquema tem um espaço
reservado e seguro, apenas não estamos falando disto ainda.
— E como se protege do sol?
— Em um buraco com mais de 100 metros de rocha entre ele e
nós.
— Certo, estão pensando numa forma de sobrevivermos.
— Eu quero muito mais que apenas sobreviver Romarinho, mas
falamos com calma, hora de sair, vou a cidade.
— De nave?
— Não, consegue um carro que é menos traumático para os
demais.
Romarinho sorriu.
Gerson chega a sede do ministério e um secretario olha para ele
e fala.
— A presidente vem ai, ela quer lhe falar.
— Preciso mesmo, pois não entendi nada ainda.
Gerson entra e foi sendo apresentado aos demais, ele não
estava confortável nisto, e parecia que não teria como recusar, mas
não estava confortável por isto.
Gerson senta-se esperando a presidente.

36
Pedro chega a casa em Pio IX em Nazareno, e passa um recado
para os demais, pede para Maria marcar com o governador no fim do
dia, e fica procurando um sistema ativo em eP8(7) e começa a
percorrer os dados dos planetas mais próximos e acha uma entrada,
pela programação do portal na Lua, vai a algumas caixas que foram
entregues sedo ali, abre e tira o uniforme calmamente, coloca ele,
aciona um corredor e passa para a Lua em eP8(7), a mão seu
computador pessoal e um cristal, ele olha tudo desativado, caminha
com a lanterna, olhando o caminho e chega a sala do servidor, sabia
que as câmeras o acompanhavam, levanta sua proteção e tira uma
placa, pareceu que tudo se iluminou, viu 3 autômatos a porta, mas
tirou o cristal e colocou um aparentemente igual, ele olha em volta e o
autômato falava em língua Fanes.
— Se identifique invasor.
— Pedro Rosa, um humano de Água, vindo em apoio ao ressurgir
dos Fanes em Dragos, o planeta abaixo.
Os autômatos eram reprogramados e Pedro ouve pelas caixas de
som.
— Porque nos infectou?
— Eu não infectei, eu apenas coloquei a programação original,
em algo que não pode ser alterado novamente por ondas, para que
não tenha de ver um sistema deixar seus criadores morrerem, e nem os
alertarem.
— Mas inseriu seu dados como comandante disto?
— Se vocês não tem sistema que os proteja, vou dispor em outro
lugar isto.
Pedro vê os autômatos meio perdidos e fala.
— Voltem aos postos em suas naves.
Os autômatos começam a sair e Pedro começa a caminhar no
sentido do caminho inicial, aciona o sistema de abertura, e entra no
sistema de criação e vê que a fabrica ali tinha tudo para estar ativa, e
programa a construção de outras 100 naves.
Vê os sistemas começarem a liberar autômatos de serviço, e não
os de guerra, aciona a entrada de uma das naves, e caminha até ela,
longe e logo ali, sobe ao comando e põem seu computador, ele não
tinha os dados totais, pois os da Lua foram fechados, ele começa a
puxar os caminhos de atalho, os sistemas de pulo e estruturação de
saltos, chega a Agua, a primeira e olha os dados, aciona a nave e viu as

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comportas a todo lado começarem a se abrir, os comandos de abertura
da parte externa, começam a sair, olha aquela base e sorri, teria uma
base fora do planeta, protegida, ele não tinha ainda toda a estrutura,
mas quando por ultimo, a sua nave sobe, olha para a lua que estavam,
ela parecia uma sequencia de campos de plantação, todos cobertos por
uma proteção física, não campo, e se via a lua verde que estava se
afastando.
Ele olha o ponto que a nave apontava como de passagem, não se
via nada num segundo, no seguinte um corredor se abre, não sentia o
movimento, mas olha o passar rápido pelo corredor, segundos e olha a
frente o planeta Terra, e começa a se direcionar a segunda base da Lua,
a que estava vazia, as naves foram entrando e se ocultando.
Pedro desce por ultimo, aciona uma nave de transporte e desce
da grande nave, entrando na menor. Destrava o sistema que ligava as
duas partes e começa a voltar.
Pedro chega a sala de comando da Lua e olha as câmeras e fala.
— Podemos conversar agora?
O sistema olha os comandos de isolamento todos desfeitos, as
naves na parte lateral, via a procedência e pergunta.
— O que pretende Pedro Rosa.
— Estou pegando emprestado, mas o sistema ao lado estava
infectado, então agora pode ser usado, mas ainda estou pensando em
como enfrentar.
— Sabe os limites destas naves, pois podem ser maquinas para a
eternidade, mas usamos elas sempre em ambientes pouco óxidos, para
não perdermos séculos de resistência,
— Isto que vamos estudar, pois pelo que entendi, estou diante
de um sistema que para vencer se permite enganar quem do lado de cá
está, já que a carenagem nem quando acessamos tem contato com
oxigênio, com nada, desviando pedras, meteoritos, ainda não entendi
isto, mas tem de ver que preciso me precaver, e se tiver algo para nos
proteger assim, vamos usar.
— Não entendo como você sabe disto, não parece ter tempo
para saber.
— Dizem que as vezes acontece de desenvolvermo-nos
prematuramente, mas a base ao lado volta a fazer parte do comando
de seu sistema, e devo por um segundo grupo, que deve fechar um

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triangulo aqui, mas com apenas o que preciso, para me proteger, as
vezes duvido de tudo, as vezes, acho que algo está muito errado.
Pedro olha o hangar, dá instrução para as naves se recolherem,
os corredores das fabricas se fecharem, pedido de preparação das
áreas habitáveis, olha a câmera e fala.
— Espero que não tenha de voltar aqui sistema, não somos
inimigos.
— Mas...
— Eu não tenho como identificar os Fanes, então eles virão sem
nem saberem que o são, os autômatos vão tirar todas as inscrições
referente a Fanes das paredes, para que alguns caçadores de Fanes,
nem imaginem que isto é uma base Fanes, mas mantem a calma, são
apenas duas levas de primatas com origens diferenciadas, mas a
diferença foi na célula inicial, uma com silício e outra com carbono, mas
primatas em evolução.
— Eles discordam de você.
— Sei que criações evoluem, mas nem sempre isto é agradável a
todos. Mas obvio que nem sempre concordam comigo.
— Parece preparando para algo?
— Amanha quero começar a instalar uma base avançada, que
vai se montar aos poucos – Pedro olha uma porta que dava para fora e
continua.
— Amanha atrás daquela porta, teremos um caminho para nos
prepararmos para uma catástrofe.
— Vou observar, sei que deve existir uma forma de retomar o
comando, mas não descobri ainda o que você fez.
Pedro ativa no sistema o projeto para o anexo ligado as duas
bases, o cristal espalha a luz avermelhada e uma base escavada começa
a surgir na lua, com ligação para duas estruturas com naves, ainda
apenas as pedras, ele coloca, introduz o projeto da base ao lado, Fanes
e aciona o cristal novamente e
— Boa sorte. – Pedro ativando um comando e passando para a
base no Cabo Canaveral.
Pedro olha para a porta de Carlos, olha em volta, a secretaria o
anuncia e Carlos vem a porta e fala.
— Se anunciando?
— Preciso falar, mas se estiver ocupado.

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— Entra – Carlos olha para a secretaria e fala – segura as
ligações, eu retorno depois.
Pedro viu que estavam agitados e pergunta;
— Problemas?
— Estamos com pedidos de esclarecimento do exercito, e pelo
jeito não vai aliviar o peso.
Pedro olha a impressora no canto, para grandes formatos e
manda uma impressão para lá.
Carlos olha o menino pegar a folha e esticar a mesa e fala.
— A base 1 é a que dá o sistema de passagem para a lua, a 2, a
que está sendo arrumada, aquela que fomos, já estacionei lá as 100
naves que tinha acesso, a base 3 está perfurada na rocha, mas por 2
dias, os autômatos estarão desmontando a base que existe na lua em
eP8(7) e trazendo as estruturas, e por fim as ultimas 100 naves de
estrutura, ao mesmo tempo, a parte central onde teremos os nossos
estudos, as fabricas em anexo as bases ainda estão isoladas, pois não
quero muito medo agora.
Pedro olha para Carlos que fala.
— Qual a ideia em si Pedro, você sempre tem uma ideia, isto que
importa.

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— A estrutura considera que cada alojamento cabe 150 mil
pessoas, por base teremos 100 naves para fazermos sombra, mas o que
me interessa, é estudar a proteção que eles usam, se teríamos como
usar as naves deles para dispor como terceira proteção, se teríamos
como a fixar lá, e ter mais algumas horas de proteção, pois cada
segundo é importante.
— Acha que o sistema é seguro?
— Carlos, por dois dias, estará uma bagunça lá em cima, mas
separa um pessoal que entendeu o nosso campo de proteção e bons
em desmontar e entender as coisas, para começarmos a olhar isto lá,
pedi para Jean olhar isto também na Guiana, e vou por alguns rapazes
da Universidade da Califórnia para olhar o em San Diego.
— E não vai aparecer?
— Eu sou um problema Carlos, eu não tenho a paciência para
lidar com isto, posso dar estrutura, mas quanto menos eu aparecer,
mais vão levar a serio o assunto. Estou passando para lá alguns veículos
de transporte, pois são bases muito grandes.
— Sabe que as pessoas vão ficar assustadas com estas naves ai,
nem sei o que falar.
— Mantem-se fora da politica Carlos, eu vou estar no telefone
com eles, mas não pretendo aparecer.
— Certo, hora de separar a parte técnica da parte cientifica, mas
entendo o medo deles.
— Carlos, se conseguirem descobrir como funciona o campo,
elas podem esperar na lua o evento, mas não acredito que elas
sumirem daqui, de um dia para outro, os deixará mais calmos, e sim em
uma busca de onde as escondemos.
— Vou verificar quem pode ajudar, sabe que estamos
começando a reabrir as portas, mas realmente nada é seguro naqueles
locais sem estudarmos, parece que cada lugar o perigo é um, chegamos
ao planeta dos autômatos independentes e em sociedade a parte, eles
prenderam o autômato por mentir e o condenaram a desmontagem,
mas ainda não falamos sobre isto.
— Resgata o autômato e fecha o portal, melhor não perdermos
o foco agora, depois do evento estaremos diante de um mundo em
total mudança.
— Certo, vai onde, parece ainda não relaxado.

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— Segunda eu sento na sala de aula, e quero ver se vocês se
viram sem mim.
— Certo, vamos tentar ser os adultos. – Fala Carlos sorrindo.
Pedro se despede e Carlos fica a olhar o projeto básico, Pedro
tinha no computador os projetos tridimensionais, mas parecia sempre
preferir os planos para explicar as coisas.
Pedro atravessa para a casa no bairro do Cascatinha, olha para o
mapa da galáxia e fica a olhar para ele, quando seu telefone toca.
— Fala Maria.
— O governador estranhou o pedido, mas como seu pai virou
ministro hoje, ele acha que tem algo haver.
— Quem dera fosse sobre isto, sabe do pai?
— Ainda em Brasília, esperando a presidente, ela quer se fazer
de quem manda.
— Ela que cuide, meu pai volta para BH e ela que procure outro
ministro.
— Ele não seria maluco.
— Acho que nisto sou igual a meu pai, mas marcou com o
governador onde?
— Ele disse que aparece no Tingui de helicóptero.
— Vou para lá, nos encontramos lá.
— Certo, nos encontramos lá.

Gerson já estava irritado, pois estava começando a escurecer e a


presidente não apareceu, ele já tinha dado a primeira estruturada de
ideias, tinha feito 3 reuniões para conhecer o pessoal, e se viu diante
de um ministério não complicado de tocar, mas cheio de cargos de
confiança, um verdadeiro cabide de emprego.
Estava verificando os comunicados e as estruturações de
algumas coisas diárias, como programação da Hora do Brasil, como
poderia acreditar depois de ver os esquemas de programas, os temas,
que algo aconteceu, já que estava ali um esquema de dois anos, sobre
coisas que provavelmente nem aconteceriam, mas Vaz já havia ido, e
senta-se a sala e vê uma moça entrar pela porta.
— A presidenta disse que está chegando em 15 minutos.
Gerson não falou nada, olhou o relógio e depois para o esquema
de falas da presidente, que parecia errar como regra, para parecer mais
simples do que era.

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Estava a rabiscar um esquema de propaganda quando a senhora
entra pela porta e fala.
— Me espera lá fora! – Para o secretario, ao lado dela entrou a
Ministra da Casa Civil, por sinal, senadora do Paraná e a mesma olha
para Gerson.
— Não sei se quer ajuda, pois ou para de bater ou volta para
aquela delegacia. – A senadora.
Dilma olha para ela serio e fala.
— Preciso saber o que esta realmente acontecendo Gerson,
você tem inimigos no exercito, um filho que está anunciando o fim do
mundo, uma ficha de acusações pesadas, mas preciso saber, o que
disto é real.
— Senhora Presidente, meu filho foi convencido que algo vai
acontecer, convencido por especialistas, mas ele é uma criança, ele
sabe que ninguém o leva a serio, mas se vai acontecer é o que todos
querem responder, quem afirma que vai acontecer é a NASA, a única
coisa que não se sabe, é se estaremos do lado que acontecer, se
acontecer do lado que estivermos da rota do sol, teremos menos de 60
horas entre o inicio do evento e estarmos dentro dele, se acontecer no
lado inverso, vamos passar pela região, no máximo 3 meses após,
diferença, o campo que estão desenvolvendo seria suficiente para
manter o planeta como está, mas mesmo isto ainda não foi instalado,
mas tem de ver que não é meu filho falando senhora, é gente com
formação.
Gerson não estava olhando para a senadora, que pareceu não
entender o assunto.
— Mas os preços que ele passou são um absurdo.
— Ele sabe que é caro, mas ele parece estar elaborando um mais
barato, para grandes quantidades, mas ele não tem calma e nem
disposição para ceder, na idade dele, todos nós éramos mais enfáticos.
— Acha que vai acontecer?
— Dilma, nos não teríamos construído um buraco para se
esconder se achássemos que não existia uma grande chance de
acontecer, os Rockfeller não estariam pagando para ter um buraco, se
achassem que não existe a possibilidade.
— E como posso tratar com seu filho, algo tão serio.
— Ele não fecha contratos presidente, quem o faz é a empresa,
com representantes em mais de 150 países a partir de segunda agora.

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— Então Gerson Travesso virou um empresário serio agora.
— Cansei de beber e fazer burrada, incrível como eu desprezível
deixava meu pai longe, agora que ele vê a chance de se dar bem,
resolve que pode me matar.
— Sei que não lhe consultei, mas não teria como ir a uma
delegacia em BH para lhe propor tirar de lá.
— Acho que em 6 horas, eu devo renunciar ao foro privilegiado,
mesmo que queira me manter aqui presidente, pois eles não tinham
nada, o que mais deveria me prender, eles não fizeram direito e
deixaram os prazos se arrastarem e não fizeram uma pericia correta,
ser culpado não quer dizer ficar preso neste país.
— Tem de parar de induzir que sou agente da CIA.
— Acho que não entendeu Presidente, o que mais me faz
acreditar que vai acontecer algo, é o peso sobre meu filho, e a forma
que ele usa de chamar a atenção em outras coisas, ele não quer
ninguém olhando, mas soube a pouco que ele não vai pegar leve, e
será cobrado de nós se posicionar.
— Por que?
— Quando se estaciona 4 naves que ninguém viu construir em 4
bases no mundo, e cada uma delas tem 22 quilômetros de raio, os
exércitos estrangeiros vão se perguntar o que faremos com estas
naves.
— E o que seu filho espera com isto?
— Que quem sabe, leve a serio a empresa que ele montou, os
que não sabem, fiquem tensos, sabendo que algo está acontecendo.
— Mas os preços que seu filho passou são caros.
— Senhora, ele colocou todo dinheiro que ganhou em
investimentos na NASA e CNES, ele quer salvar o planeta, mas obvio,
todos olhando apenas para suas vidas, esquecem que viver em um
buraco não é viver, talvez por ele ter 13 anos, ele esteja pensando em
salvar sua casa e o planeta, e vocês suas vidas apenas, mas isto custa
dinheiro, engenheiros custam muito dinheiro.
— Dizem que seu filho está ficando perigoso.
— Presidente, ele está desenvolvendo o que lhe é permitido,
mas ele não gostaria de construir um buraco para sobreviverem aqui, e
na hora H, um exercito nos bombardear, pois não nos quer vivos.
— Mas aceitará o cargo?

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— Se for serio o convite, mas se for apenas uma fachada
senhora, melhor por alguém mais controlável.
— O que quer dizer com isto?
— Teremos de comunicar todos quando for acontecer, se for,
mas isto quer dizer, termos de ser rápidos, teremos 60 horas com luz,
mais 44 horas sem luz para protegermos todos, se vier acontecer.
— Como sem luz? – A senadora.
— A proteção que pode nos salvar, se o evento durar menos de
40 horas, vai jogar o planeta em uma noite de 44 horas, isto em si já
gera pânico, mas pode garantir a vida após as 44 horas, se durar mais,
temos de ter sistemas para evacuação de todas as cidades litorâneas,
pois 6 horas de ação do sol como eles falaram, não nos sobrará gelo
nos polos, nas montanhas, vamos ter primeiro uma camada de nuvens
pesadas, e depois uma precipitação que pode subir oceanos até 200
metros, pois agua quente, de todos os oceanos, ocupa mais espaço do
que a agua normal, e somado a isto, toda agua que estava em gelo nos
polos.
— Estão falando do que? – A senadora que ainda estava perdida
naquela historia.
Gerson olha para a presidente que olha a senadora e faz sinal
com a cabeça para ele explicar.
— A NASA estudando um fim de ciclo solar, estabeleceu a
chance de 130% de termos uma super explosão solar, que jogaria
dejetos do sol a mais de 1,5 unidades astronômicas, o que quer dizer
passaria no nosso caminho, e se acontecer senadora, vamos passar
dentro dela, mas não sabemos quando e como, mas se for no sentido
que vamos, podemos ter apenas 60 horas para ser atingidos, mas
podemos não saber o tamanho do problema, pois vamos estar ocultos
por 44 horas, mas se no cair da proteção, não tivermos saído desta
nuvem da explosão solar, o céu vai estar vermelho, e podemos ter de
estar escondidos para sobreviver.
— E qual a previsão para isto?
— Acho que meu filho já tem uma data estimada, pois ele está
acelerando, mas não passou para ninguém, não quer pânico, sinal que
deve ser em menos de dois anos.
— E se for antes?
— Ele precisa de dinheiro para acelerar as coisa senadora, os
americanos que são os do dinheiro, estão retendo o dinheiro, e isto

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não facilita, pois lá está faltando camas e colchoes para se comprar em
lojas normais.
— E seu filho não facilita as coisas.
— Pense em você ter uma data, uma certeza de catástrofe, e
todos a volta, todos mesmo, lhe pesando contra, pois tivemos 3
operações do exercito em Curitiba, hoje teríamos uma em BH contra
nós se ele não pegasse pesado, mas daqui para frente, as pressões só
vão aumentar então ele tende a se esconder em sua sala de aula
enquanto os demais correm.
— E o que recomendaria?
— Senhora, sem ninguém saber, vamos ampliar as linhas de fibra
ótica no país, pois se durar 45 horas o evento, por meses não teremos
um satélite no espaço, isto quer dizer, comunicação pelo que for
resistente e terrestre, pois podemos perder tudo.
— E como podemos estabelecer um volume de brasileiros
sobreviventes?
— A preocupação de Pedro, é que sobre o Brasil está a maior
falha eletromagnética do nosso sistema natural de proteção, tudo que
se criar aqui tem de ser mais resistente.
— E ele não vai falar nada sobre isto?
— Foi a uma cidade que eu não tive chance ainda senhora,
aquilo tem mais de 100 metros de rocha entre a superfície e o inicio do
buraco.
— E em outros lugares, ele está fazendo como?
— 30 metros de rocha é suficiente no hemisfério norte.
— E o que faria?
— Teria de falar com as peças chaves do governo, montar um
esquema de sobrevivência, um esquema de segurança, e um de
transporte de grande numero de pessoas.
— Transporte?
— A previsão é que cidades como o Rio de Janeiro, estejam com
40 metros de agua 72 horas após o fim do evento, cidades litorâneas,
tem de ser evacuadas, e são milhões de pessoas senhora.
— E se ele evitar?
— Ele será pobre, eu serei pobre, mas em um planeta que pode
não saber o que fizemos, mas com certeza, não foi que não aconteceu,
apenas vocês não viram.
— Fala como se tivesse certeza de que vai acontecer.

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— Um vidente da minha cidade, disse que no fim deste evento,
teremos nos dois dias seguintes ao fim, o maior enterro de humanos da
historia, espero que ele esteja errado, mas mesmo o que ele falou, me
dá uma esperança.
— Que esperança tem na morte?
— Um bilhão e trezentos milhões de mortos, é sinal que 6
bilhões passaram perto mas não morreram senhora, mas não quer
dizer que com o alagar de áreas cultiváveis na Argentina, Uruguai,
China, Índia, Europa, Estados Unidos, não venhamos a perder uma
gama de pessoas por fome.
As duas ficam a olhar o senhor.

Pedro olha a casa no Tingui, olha para o helicóptero do


governador chegando e o recebe ainda na parte externa, ele sabia que
seu tamanho não facilitava.
Maria chega ao lado e fala.
— Não sei se conhece o governador? – Maria.
O senhor olha o tamanho do menino com desconfiança, Pedro
sorri de seus pensamentos e estica a mão para o senhor e fala.
— Todos podem ouvir senhor?
— Secretario de Segurança e de Finanças, dizem que você fala
em dinheiro como poucos, mas esperava algo maior.
— Não imagina quanto ouço isto.
Pedro cumprimentou todos e induziu a entrarem na casa em
reforma, se via as demais, mas ele induziu a aquela e ao elevador ao
fundo, Maria foi junto, sentiu o acelerar para baixo, todos estranham,
pois sabiam onde estavam até abrir a porta.
Pedro toma a frente, os demais entram olhando o agito de
pessoas arrumando o lugar, o teto dava um céu estrelado que em
Curitiba naquele dia cinza não teria, as luzes davam a altura, e Pedro
chega ao local de apresentação e olha para o governador.
Pedro olha os senhores e o Governador e fala.
— Senhor o assunto é serio.
— O que quer falar?
— Primeiro que estamos em um abrigo para sobrevivência em
caso de catástrofes, em 3 dias estará pronto, com autonomia para gerir
a vida de 800 mil pessoas sem elas precisarem sair para fora, e o que
deveria estar se perguntando, porque alguém faz algo assim?

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— Realmente, uma boa pergunta.
— Senhor, sei que me ouvir falar não facilita, mas gostaria que
tentasse.
— Estou aqui, sei que é uma criança, e que muitos apontam para
um grande empresário.
— Senhor, a um mês, descobri que existia um estudo que
indicava que teríamos problemas com o Sol em poucos meses, algo que
ainda ninguém determinou quando, mas aposto entre outubro e
Novembro do ano que vem, eles vão chegar ao dia em questão de
horas, mas o problema, é que se hoje acontecesse o que eles preveem,
quem não estiver em um buraco destes, morreria lá fora.
— Está falando serio? – Secretario de Segurança.
— Sim, mas gostaria de saber se poderia ter condições de
proteger o povo do meu estado sem problemas, ou vai fazer como
alguns por ai, atiram em mim para tentar me tirar do caminho.
— Porque acha que seriamos contra?
— O senador Rabelo, pagou para o falecido Desembargador do
Ministério Publico prender meu pai, e havia contratado um matador
para me matar, odeio este tipo de gente que te fala algo pela frente e
tenta lhe matar pelas costas.
—Está falando serio?
— Quando terminarem de analisar os dados apreendidos pelo
delegado em BH provavelmente será mandado ao supremo, pois o
Senador tem foro privilegiado.
— E como algo assim vai acontecer?
Pedro explica e fala que precisava de ajuda e aprovações,
mesmo que alguns não entendessem o motivo das coisas.
O governador olha para o menino e pergunta.
— E vai fazer isto tudo, como?
— Senhor, eu quero defender o nosso litoral, se acontecer,
podermos ser o recomeço, pois se os mares subirem, teremos perdas
imensas, mas ainda preciso falar com o governador de Santa Catarina,
já que não terei como proteger Porto Alegre.
— E se não acontecer.
— Teremos um sistema de controle contra tsunamis, que pode
nunca vir a ser usado, mas que estará ali, teremos um sistema que não
é bom a curto prazo, mas pode nos ajudar a longo prazo.
— E vai acelerar tudo pelo jeito.

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— Senhor, eu pretendo ainda sentar com o senhor e falarmos
sobre o projeto litoral, mas quando pensei naquilo, não tinha a menor
ideia de que haveria um problema maior a enfrentar antes.
— Quer pelo jeito começar um projeto de proteção, mas vejo
que está bem equipado, com muita gente trabalhando.
— Senhor, lugares assim eu conseguiria viver horas, mas não
uma vida, então quero proteger um lugar para nós sairmos, e vivermos.
— E vai ter quantos lugares assim?
— Preciso de autorização para construir 10 destes no estado,
vou proteger a costa, vou dispor de um sistema de proteção e por fim,
tentar voltar a minha aula da oitava serie na segunda.
— Acha que teremos represaria, parece querer nos avisar, mas
estar temeroso.
— Sei que o presidente americano, se souber dos meus planos
para o estado é capaz de mandar exércitos tentando tomar estes
espaços.
— Quantos falou que cabem neste espaço?
— 800 mil pessoas.
— E como pretende selecionar?
— Não pretendo, vou por sobre a cidade, uma nave de proteção,
que deve abranger um raio de 22 quilômetros, é maior que o município
inteiro governador, mas se eu proteger a cidade, os vizinhos vão vir
para cá, a região fora da sombra da nave, não tem 800 mil pessoas.
— E pretende fazer isto em 10 grandes municípios, do Paraná
pelo que entendi.
— Sim, mas preciso de autorização para fundar uma empresa de
transporte rápido no estado governador, algo que pretendo por entre
as cidades, com trens rápidos, que liguem Curitiba a Foz, Curitiba a
Maringá passando por Londrina, sistemas que liguem os 10 polos locais
a todas as regiões metropolitanas por trem rápido.
— Um investimento em transporte rápido para os levar aos
locais.
— Senhor, quando as pessoas entram em pânico, tem de ter
uma forma de as conduzir mesmo sem elas perceberem a condução, e
pode não parecer, mas quando se fala no evento, se fala em 60 horas
do sol crescendo ao céu, assim que ligarmos a primeira barreira, o que
era dia, vira noite, mas isto não deixara de ser menos assustador, pois
não se verá nada ao céu, escuro total, provável esfriar rápido do

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planeta, e reações assustadoras ao céu entre o explodir da primeira
proteção e a segunda.
— Pelo jeito vai precisar de desculpas para as implantações?
— Sim, e vamos ter de ter sistemas de emergência todos ativos.
— Lhe ouvindo falar não parece a criança que os olhos me
mostram, mas pelo jeito vai precisar de aprovação de projetos.
Pedro tira uma pasta e fala.
— Estes são os emergenciais.
O governador olha a pasta e começa a pensar que se não
acontecessem ele se reelegeria, pois eram investimentos em estrada,
segurança, portos, estrutura, com um adendo, se acontecesse, poderia
ser um herói, Pedro olha para o sorriso do governador, em meio a uma
aura confusa e não sabia o que esperar.
— Vou estudar eles e passo para quem?
— Se for recusar nem precisa devolver, se for aceitar, temos o
escritório da Rosa’s na cidade.
Pedro se despede, os conduz para fora, e volta a cidade a baixo,
a sua sala de controle estava pronta e ele liga o sistema e olha as
imagens de varias partes do planeta, começa a projetar os caminhos de
saída, ligações, pede avaliação de profundidades e de abrangência, e
começa a estabelecer caminhos profundos, e dilatação de rochas, o
erguer lento de gradual de trechos de litoral, o surgir do nada de 4
triângulos entre o litoral do Paraná e Santa Catarina, com paredes de
300 metros acima do nível do mar, lisas, a parte alta plana.
Ligações a 200 metros de profundidade, ligando Paranaguá a
Curitiba, Curitiba a Ponta Grossa, Ponta Grossa a Londrina, Londrina a
Maringá, Maringá A Foz do Iguaçu, Foz a São Miguel do Oeste em
Santa Catarina, São Miguel a Passo Fundo no Rio Grande, de Passo
Fundo a Erechim, de Erechim a Florianópolis passando por Lages, e de
Florianópolis saídas rápidas para Criciúma, passando por Palhoça,
Imbituba e Tubarão, Florianópolis a Guarapuava, passando por Porto
União, Pedro foi fechando sistemas e começa a abrir bases de apoio
nos extremos, e colocar lá sistemas de saída dos grandes buracos,
terrenos que comprara e estava começando por fazer saídas de
buracos, como ele tinha uma mineradora, dificilmente achariam que
ele estava pensando em transporte de sobrevivência.
Passava das 11 horas de quinta feira quando ele passa para
eP3(12), ele olha aquele planeta muito húmido lá fora, as proteções

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deixavam isolada a área, mas a chuva externa era acida, Pedro
sobrepõem a sua proteção a atual, estabelece sistemas de passagem,
lavagem e começa a entrar em uma fabrica, eles processavam metal
pesado do local, fibra de silício, chapas das mesmas, que eram
enroladas em grandes rolos, e depois dispostas naquele estoque que
parecia ter sido o motivo que os autômatos entraram em espera, não
havia mais local para estocar.
As imagens daquele local eram incríveis, mas nada comparado a
realidade, Pedro estabelece a passagem para o buraco novo em
Curitiba, na ponta que vinha de Ponta Grossa um dos buracos, abre
para lá o portal e começam a passar rolos de material e muitas vigas de
trilho, o sistema de transporte local parecia um misto de flutuação e
rolagem, quando vazio, flutuava sobre os trilhos, quando lotado, ele
quase flutuava, mas o peso da gravidade local, o empurrava para o
chão.
Os autômatos começam a instalar na parte sul da cidade
subterrânea trilhos para os trens que viriam do oeste, do sul, do
sudeste, de sudoeste, além dos à leste.
Pedro deixa programado a execução e caminha até a casa que
construirá para seu pai, que chegava cansado de um voo de Brasília.
— O que aconteceu pai? – Pedro o abraçando – É bom o ter em
casa.
Gerson olha o filho e fala.
— As vezes eles acham que você é um monstro filho, as vezes,
não acreditam em você, a presidente quer uma trégua, e não vai durar
muito ela.
— Mas como está pai?
— Comendo com calma, acho que as vezes minha paranoia pode
me matar, mas sabe que vou recusar o fórum privilegiado.
— Sabe que não pensei nisto.
Gerson olha para o filho, não entendera.
— O que não pensou?
— Você recusar o fórum privilegiado, vai ter de ir para analise do
Supremo, se aceita sua decisão ou não.
Gerson sorriu e fala.
— E como você está, vejo que está emagrecendo. Tem de se
cuidar filho.
— Tenho mesmo, mas temos de conversar pai.

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— Pelo jeito resolveu pegar pesado agora.
— Eu devo ter feito minha ultima, ou das ultimas aparições
publicas antes das aulas, mas os cálculos do evento, estão entre
Outubro e Novembro do ano que vem, eu estou apostando na primeira
quinzena de Novembro de 2012.
— Tem a certeza disto?
— Pai, enquanto nós conversamos aqui, a cidade abaixo dos
nossos pés, está com instalação de transportes para Paranaguá, em
trem rápido, e para Tunas, Lapa, Tijucas do Sul, Garuva, Guaratuba,
Morretes, Campo Largo, Rio Branco do Sul, Bateias e Taquari.
— Vai investir em transporte agora?
— Algo que até o dia, não precise ser além de transporte normal
de passageiros e carga.
— E o governador vai topar?
— Apresentei a ideia agora a pouco para ele. – Pedro alcançando
o Prospecto que iria as bancas no dia seguinte.
Gerson olha e fala.
— Está justificando investimentos, mas não entendi tudo isto
ainda.
— Pai, vamos construir um sistema de diques, que vai da Ilha do
Cardoso até a serra do Costão, já em Torres, a ideia é protegermos a
costa, assim não precisando tirar milhares de pessoas de suas casas as
pressas.
— Maluquice isto.
— Sim, pode ser a obra faraônica mais incrível que já projetei,
pelo menos a mais visível.
— E o que os demais vão falar?
— Duvido que eles achem a verdade, e se confirmado para o ano
que vem pai, é pouco mais de um ano de correria para por tudo no
lugar. – Pedro tira o mapa do bolso e mostra para o pai.

52
— Pai, estes são os pontos que pretendo ter cidades
subterrâneas, naves de proteção, e campos de estabilidade, acima das
naves.
Gerson olha para o mapa e fala.
— E vai implementar isto?
— Pedi permissão para isto pai, mas se não me derem, o vou
fazer da mesma forma.
— Vai entrar em guerra?
— A armação em si, vai servir para alguns ambientalistas me
xingarem, eles não sabem o que está acontecendo e não tenho como
explicar, mas sobre esta proteção, vou dispor as 20 naves que devem
vir a Terra, os demais estão pensando na proteção de seus países, de
suas nações, mas somente a Alemanha se mexeu até agora pai, Pietro
me passou uma autorização de uso de terras ao sul da Alemanha,
Pietro vai amanha sofrer na região, pois vai ter resistência pesada.
— E como eles vão pagar?
— Pai, o problema é imenso, e não achei ainda a solução.
— Certo, e se achar a solução?
— Provavelmente vão pedir o que tenho como pagamento do
dinheiro a mim passado, mas dai terei rugas antes do tempo, mas
estaremos vivos.
— Certo, não quer pensar no pós.

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— Adianta tentar pensar no pós, que pode nem existir pai?
— Não, mas quanto é o montante Alemão?
— Pai, eu preciso de recursos, mesmo que depois eles não
venham a cumprir os acordos, preciso deles agora, pois se pensar
apenas em dinheiro, seria 22 anos do produto interno bruto da
Alemanha, integral, eles não tem para pagar isto, mas podemos
trabalhar em conjunto e conseguir muita coisa.
— Certo, vai por no papel, vai recebendo aos poucos, mesmo
que saiba que não vai receber tudo.
— Sim, pois eu preciso de entradas, e isto que alguns não
entendem.
— E no Brasil?
— Hora de mostrar que não somos santos pai, e que não
estamos para brincadeira.
— Vai mesmo erguer uma barreira em todo litoral.
— Não pai, vou erguer um muro que todos antes de verem lá
nem vão considerar possível fazer.
— Muro?
— Pai, se eu fizesse no padrão atual de construção chinesa em
algumas cidades, seria um muro da altura de um prédio de 100
andares, falando da parte visível, acima do mar, com dois mil metros de
largura, com sistemas em forma de ilha, para segurarem o peso, com
comportas longas para que elas me sirvam de estrutura também, pois
estamos falando de um muro de 300 metros de altura, segurando o
oceano atlântico do outro lado.
— Certo, uma imensa obra para proteger o estado, mas não era
mais fácil recuar?
— Sim, mas se tivermos tempo e for o caso, fazemos, mas
acredito que o mar começando a esfriar, vai voltar rápido, mas este
rápido pode demorar minha vida, mas não deixa de ser rápido pai.
— Mas tem de se cuidar filho.
— Pai, às vezes pego tão pesado que as pessoas ficam com
medo, sei que as vezes teria de recuar, mas se for acontecer, tenho um
pouco mais de um ano e 3 meses para ajeitar tudo.
Patrícia entra na sala e fala.
— Esta casa é imensa Pedro, estamos quase perdidos aqui.
— Se for uma dica, pois se a policia entrar pela frente, nos
escondemos até eles se cansarem. – Pedro sorrindo.

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— Sei que tá brincando, mas ela é linda. – Patrícia olhando para
a parte alta da sala.
— Acho que tenho claustrofobia, pois não sei pensar em salas
pequenas e apertadas.
— E como foi o dia?
— Esperando a bomba, pois algo está errado. – Pedro olhando
em volta, pois o dia esteve calmo, ele se tocou que ele ficou na surdina
na maioria do dia.
Sobe tomar um banho, sai do banho e se depara com a irmã
sentada a cama.
— E dai, como estão nossos parques?
— Fico com medo de planejar tudo e ter de ver destruído.
— Se for o caso, reconstruímos, mas não esquece de fazer
seguro contra acidentes naturais.
— Certo, alguém tem de arcar com parte do problema, embora
acho que após este evento que você está falando, todas as seguradoras
estarão quebradas.
— Muita gente estará reiniciando tudo, mas apenas temos de
manter a calma e voltar a crescer.
Pedro se veste e desce com a irmã para jantar, estava com fome
e precisava se alimentar, para o fim do dia olhando a TV, ele raramente
a via, mas teria de acostumar a olhar como os demais encaravam a
realidade, não como ele a encarava.

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Bom dia a todos
Sim, hoje sou eu escrevendo, e não
o jornal pegando escritos meus e
colocando de acordo com os fatos
ocorridos no dia.
Me ofereceram ontem um cargo
Politico, e vou tentar entender ele antes
de recusar, pois ministério das
comunicações é algo que tem quase um
cunho repressivo, mas vou com calma.
Para os que já estão querendo falar merda, esperem um
pouco, entrei ontem com um pedido de tratamento igualitário
a população, pedindo a renuncia do fórum especial, acho que
sou mais suicida do que vocês pensam.
Mas me inteirei ontem de como tem gente que não faz
nada nestes ministérios, e vou ter de evitar falar muito isto.
A maioria são cargos de confiança, então vamos ao fato,
preciso mesmo controlar os meios de comunicação, ou tenho
de impor melhoras, estou apresentando um pedido de estudo,
para implementação rápida, do quadriplicar das linhas de fibra
ótica no país, um estudo junto ao ministério das minas e
energias, que o estado tenha a obrigação de fornecer energia
a todos os municípios, não existe comunicação moderna se
não tem energia no município.
Começando a arregaçar as mangas, para trabalhar, vejo
que existem muitas incoerências no que se chama
comunicação de verdadeira comunicação, vou ter de conversar
com quem me nomeou ainda, e expor minhas ideias, ela pode
apresentar como dela, não me faz diferença, mas vamos
começar pela maior eficiência das nossas comunicações, e
vamos ampliando as metas.
Gerson Travesso
Curitiba, 29 de Julho de 2011

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As vezes me assusto com a quantidade de coisas que
faço em um dia e parece sempre que os dias são curtos, eu
estaria mais pregado se eles não fossem, mas aceleraria as
coisas mais ainda.
Paro diante de um dia normal, hoje 29 de julho de 2011
e descido algumas coisas, vou parar de aparecer muito em
publico, vou me ater a ser mais eu, e menos o que as pessoas
querem.
Vou tentar apoiar quem precisa, vou tentar afastar quem
apenas quer ficar nas glorias, pois é hora de tirar o corpo de
perto, e voltar a ser o Pedrinho, já que não me levam a serio,
para que vou ficar gritando.
As vezes tenho de pedir desculpa a alguns, sei que
assusto as vezes, temo não conseguir fazer a tempo, o que
tenho, e poucos entenderão, a previsão dos meus atos, tenho
de conseguir o fazer antes da segunda quinzena de outubro
do ano que vem, então cansei que ver caras feias, e peço
desculpas a quem assustei, pois se vão ficar apenas olhando,
melhor ir a igreja rezar, pois vai precisar.
As empresa assumem o caminho dela agora, fico mais
calmo, soube que ela parece que vai melhor que eu, mas as
vezes vou sentir falta, mas todos vão entender, hora de parar
um pouco, hora de estudar um pouco, de viver um pouco.
Talvez poucos sintam a falta das crônicas, mas é que
vou precisar de todos os meus neurônios para passar este
ano.
Boa sexta-feira
Pedro Rosa.

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Amanhece em Curitiba, Pedro desce para a cozinha, olha para o
pai que lhe pergunta.
— Vai mesmo parar de escrever as crônicas?
— Não é definitivo pai, mas as vezes me prendo a escrever e falo
demais, mas está na hora de sair da linha de fogo.
— E vai fazer oque hoje?
— Vou esperar alguém me ligar, estou com um sistema parado,
300 andando, mas este parado me preocupa.
— Certo, acha que vai fazer tudo que falamos ontem?
— Pai, todos os meus planos, são para estarem prontos entre 6
meses a 8 meses, eu vou acelerar o pessoal, mas posso o fazer sentado
em sala de aula.
— Parece ter acalmado.
— Talvez eles se toquem que ninguém está fazendo nada, vamos
ver se eles se mexem agora.

Charlyston chega ao trabalho e Ricardo o olha desconfiado.


— Problemas Ricardo?
— Você disse que reabriria o grupo de adoração dos Anjos, e
depois parou de falar disto.
— Falta de tempo, receio, mas porque a preocupação com isto?
— Aquele senhor de Curitiba, que perseguiu o menino está na
cidade, parece que perguntou por você.
— Encrenca, mas o que ele quer saber?
— Não sei, algo sobre onde está um Israelense, que veio para o
Brasil e não foi mas visto.
— Vamos aos problemas então.
Charlyston sai a rua e vai a panificadora, pede um pingado e um
pão com queijo, senta-se a frente e vê aquele senhor chegar a ele, se
via a segurança do senhor, e ficou evidente o que raramente se via, a
segurança de Charlyston.
— Podemos conversar rapaz? Sou Pablo.
— Sim, no que posso ajudar, estrangeiro pelo português,
engenheiro de alguma mina?
— Não, um interessado no que chegou a cidade vindo de Paris,
sei que omitem algo.
— Comprador de vinho? Ou secretaria de importados ou algo
assim, nem sei quem controla isto?

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— Está dizendo que contrabandearam vinho?
— Algum em especial que quer?
— Não sei quais tem para saber qual é o melhor.
Charlyston sorriu e falou.
— Nem eu abri as caixas ainda, estamos esperando o dono, que
não tem idade para beber aquilo, vir verificar antes de qualquer coisa.
Charlyston jogou a isca, confirmou a isca, como o senhor não se
identificara, estavam em um jogo de palavras.
— Poderia ver?
— Estou indo lá, estamos terminando de preparar o local para
armazenamento, mas estavam limpando ontem.
Charlyston acerta o consumo e olha para o segurança do outro
lado da rua e fala.
— Chama o Caio, acabou a folga. – Caio era o motorista.
Charlyston terminou calmamente de mastigar e pergunta.
— Vem de onde?
— Estava em Curitiba, mas me mandaram ver o que tem aqui. –
Pablo olhando a calma do local, mas ficou evidente a segurança do
rapaz a sua frente.
Charlyston olha o senhor e fala.
— Está de carro ou vamos com o meu?
— Vou contigo.
Entram e vão ao norte da cidade, em um barracão o senhor viu o
elevador ao fundo, e Charlyston fala.
— Para escavar a mina de diamante, cruzamos uma área de
argila de boa qualidade, e montamos uma fabrica de potes e vasos,
mas isto é apenas o que mantem o local.
Pablo olha que o lugar não era um segredo, era agitado, olha o
rapaz ir para o fundo, não repara no identificador na entrada, no sumir
de sua arma, e descem pelo elevador.
— Para baixo? – Pablo.
— Boa parte veio ainda em barril, o equipamento de envase e
colocação de rolha não chegou ainda.
O senhor chega com Charlyston na parte baixa, olha o segurança
que o cumprimenta.
— Perdido aqui Charlyston?
— Onde colocaram as coisas.
— Ai dentro, eles se bateram para ajeitar isto ai.

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Entraram e o senhor viu o conjunto de barris em uma parede
inteira e olha algumas divisões de vinhos, já em garrafa, chega perto e
olha para Charlyston, olhando que o lugar era fresco, silencioso, pouca
luz, paredes pintadas todas de cinza, olha a disposição, organização e
fala.
— Por isto do segredo, pensei em algo mais valioso.
— Eu não entendo de vinho para dizer se estes não tem valor,
mas o menino fala que vinho não é apenas o acerto, é o conjunto,
somente quando se toma um ruim, sabe o quanto o bom é especial.
Pablo olha as garrafas, olha para a porta ao fundo e pergunta.
— E tem um escritório de negociação aqui?
— Quer olhar o todo, a vontade.
Pablo viu que não estavam escondendo nada, estavam em um
buraco, entra na sala ao lado, viu onde colocariam os sistemas de
ênfase, as rolhas todas armazenadas e isoladas, um sistema de câmeras
e controle de temperatura, e uma parede inteira para estocar aquelas
garrafas.
Charlyston estava inspecionando uma porta e se assusta com
Pablo.
— Problemas?
— Muito barulhenta, colocaram uma dobradiça torta, vou pedir
para trocarem.
Pablo olha em volta e ouve.
— Vai ficar com algum?
— Tens uma fortuna em vinho aqui, mas é bom saber para quem
pedir um bom vinho no interior do Brasil.
— Estamos ainda nos instalando, este vinho não veio ilegal, ele
veio escondido, pois vinho não se transporta fazendo alarde por ai, mas
precisando estamos começando no ramo do vinho ainda.
— Um belo começo, obrigado pela atenção.
Os dois saem e Charlyston olha para o senhor se afastando,
verifica a entrada e vê um carro encostar e o senhor entrar, Pablo sai
dali e foi ao centro, no Museu, viu que não tinha nada de sacro, não
ficou nem sinal que existia algo além de um buraco na terra ali, olhou
cada detalhe, disseram que poderia ter algo ali, mas não viu nada, viu
que os sistemas de segurança eram bem escondidos, peças históricas,
mas nada de grande valor.

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Pablo olha tudo e retorna a BH com a informação que nada
ficara em Nazareno, e que o que acompanharam vindo de Paris era
vinho, viu todos os barris e garrafas.
O auxiliar olha ele e pergunta;
— Porque desconfiaram de algo aqui?
— Eles esquecem que vinhos caros, como o que tinha no buraco,
tem de ser protegidos do sol, do barulho, de agito, então o que temos
aqui, é uma carga preciosa, mas não o que procuramos.

Pietro viu que Pedro não perguntou do sistema, olha para as


naves, apenas estacionadas, o menino as trouxera para baixo, mas
lembrou que a moça os fez dar uma volta, então trazer ele tinha como,
estava receoso, deixou o dia passar pensando que Pedro apareceria ou
falaria.
O silencio de Pedro fez ele querer dar uma olhada, mas sabia
que estava sem ideias, não consegue pegar e vê o grupo de
engenheiros Alemães chegarem a sede e olham para Pietro, que os
conduz a região, muita gente a ser retirada, mas a mais de 300 metros
do nível do mar, os engenheiros demarcam a área, e Pietro passa a
coordenada dos 5 pontos, queria falar com o menino, poderia estar
fazendo, mas as vezes deixar o tempo passar não facilita, não com
aquele menino que avançava sempre.

Os projetos andavam em muitos lugares, senta-se a frente de


Call, tinham de determinar todos os nomes de mais de 300 lugares para
estar em funcionamento na segunda, e ficam a pensar em nomes e
confirmar a disponibilidade, os projetos do menino começam a
caminhar, ele precisava que os demais funcionassem, pareciam esperar
ele sempre.

Sabrina olha para Dallan que fala.


— O que a deixou ontem quieta e hoje parece querer ceder e
não sabe por onde?
— Pedro Rosa nos mostrou um sistema, aquele que falei, um
sistema como ele denomina, “Live”, dai ele queria saber se poderia dar
acesso a este sistema a algo nosso, se era seguro, pois o sistema que
ele se deparou fora daqui, foi adulterado, via ondas de radio, um

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sistema superinteligente, superforte e determinado, que comanda o
que tem na Lua, e que pode ser adulterado por ondas de radio.
— E não tentou achar uma solução?
— Um sistema com controle Neural nos passa medo Dallan, não
sei se o sistema ou o que ele representa, mas eu, Pietro e Renata
estávamos a um passo do pânico, e o menino não conseguia ver o risco,
ele foi a frente.
— Sabe diferenciar se existira o perigo ou se era apenas induzida
por tudo, pois em campo, vemos as vezes em uma criança inocente
perigo, e não vemos que estamos sentados na bomba.
— Não sei, mas ele queria que nós lhe déssemos resultados, e
nem eu, nem Pietro e nem Renata mexemos no sistema, e não sei o
que falar para ele, pois o medo está em mim, como nunca senti.
— Quer uma folga, as vezes precisamos apenas pensar, sei que
no fundo, tudo parece muito maior enquanto não achamos a saída,
mas disse que ele não achava seguro, mas ele trouxe ontem 4 naves a
Terra.
— Ele não para porque sentimos medo, ele tem razão referente
a termos de nos preparar para isto, pois vamos a coisas mais fortes que
as que já vivemos, e pânico não ajuda. – Sabrina olha para Dallan – O
problema é que a firmeza do menino não ajuda em nada, quando
olhamos fisicamente para ele, não quando estamos com medo.
— Pelo que os relatos da inteligência falaram, ele está se
afastando, ele acha que está atrapalhando mais do que ajudando, ele
escreveu uma crônica simples, mas de despedida hoje no jornal de lá,
como se não fosse mais escrever, todos falam que ele não foi visto
ontem, ele pode ter ajudado a tirar as naves da Lua, mas não apareceu,
pode ter ajudado na segurança do pai dele no Brasil, mas não
apareceu.
— Acha que ele está desistindo?
— Acho que ninguém ouviu, ele falou com todas as palavras,
com a proteção que fez, de 44 horas, se tivermos uma hora a mais de
evento, todo lado voltado ao evento, queima, se perde, ninguém está
pensando nisto, ele não tem a solução, ele está disposto a por a de 44
horas no espaço, mas mesmo ele, precisa de 6 meses para isto, e todos
estão contra, mas tem algo a mais na crônica do dia de hoje.
— O que? – Sabrina.

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— Ele diz que tem ate a segunda quinzena de outubro do ano
que vem para fazer tudo.
— Ele já tem os dados?
— Todos os cálculos apontam para entre Setembro e Janeiro de
2013, mas obvio que o que o menino corria, era a estimativa, estava
investigando enquanto você parecia pensar tenente, mas ele quer ter
em 4 dias, algo que nunca tivemos, o valor da massa exata do sol, sobre
este dado, ele quer calcular qual seria a massa de explosão maior que
o sol pode gerar, e sobre este numero ele quer sentar a semana que
vem e pensar.
— Ele ainda não se contentou com os dados, é o que está
falando.
— Sim, no país deles a presidente nomeou o pai dele para o
ministério das comunicações, e ele anunciou que vão investir pesado
em fibra ótica.
— Eles querem que os demais se mexam.
— Sim, e ele está anunciando pela Rosa’s que vai desenvolver
polos de entroncamento, de transporte de trens, ele vai fazer o dever
de casa, ele estava nos ajudando, arriscando aqui, enquanto os dele
estavam esperando, deve ter cansado de esperar.
— O que tem a mais, pareço imprestável hoje general.
— A primeira ministra da Alemanha acaba de assinar um
contrato de longo prazo com a Rosa’s para desenvolve 10 cidades para
refugiados, ela anunciara a reforma dos sistemas de trens, e a
construção de polos de investimento, ela não está abrindo os motivos,
mas está preparando o país para poder colocar todos em trens e em 40
horas estarem em uma das cidades, que Pietro definiu como Cidades
Prisão, pois uma vez dentro, estado de sitio até terminar o evento.
— Alguém mais se mexeu?
— O primeiro ministro do Reino Unido está em uma reunião
com grandes do país, eles colocaram o menino para fora, agora tem de
atrair a empresa. O presidente Frances é um fraco, ele vai deixar a
nação morrer, para não se posicionar.
— E o menino saindo de campo?
— Ele sabe que pode ajudar, mas a pessoa dele não está
ajudando.
— Sei disto, ele é realmente uma criança, mesmo sabendo tudo
que ele fez e faz, é difícil parar diante dele e o levar a serio, alguém

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capaz de pensar como uma maquina daquelas, capaz de desmascarar a
maquina, de entender os meandros de um programa que nem foi feito
em uma língua entendível, mas que se olhar para ele, fica difícil.

Pietro volta para Paris, uma comitiva do judiciário estava na


sede, Pietro pensou que seria para a semana seguinte, mas se era para
abrir caminho, apenas cumprimenta os demais e ouve.
— Sabe que pode estar nos dando armas para os processar. – O
juiz olhando o rapaz.
— Senhor, a indagação é uma frase em afirmativas, mas se vocês
vão afirmar que estamos afirmando que materializamos, quando
estamos afirmando que se você acredita nas demais coisas, acreditaria
que materializamos, mas o desafio hoje é simples, ver acontecer, e me
dizer, se tem outra definição para o que fazemos.
— Não entendi.
Foram em grupos para a região que haviam preparado, uma
região rochosa, um campo com permissão de construção, ele pega um
spray, passa no chão e fala.
— Para segurança de todos recomendamos ficar atrás desta
linha.
Pietro caminha e olha para os dois engenheiros da empresa e
um fala.
— Acha que precisamos disto?
— Estou querendo reação, e se vamos estabelecer algo assim,
começa a fechar a estrada no fundo, prepara para algo que eles não
entendem.
Pietro coloca o projeto, se estendia por 60 terrenos a toda volta,
onde atravessava duas estradas, ele havia alertado que iriam precisar
interditar a estrada, os policiais fecharam nos dois sentidos, e todos
estavam esperando o carão, uma garoa fina começa a cair e Pietro olha
o campo se formar e começar a escolher rochas, estruturas, e começa a
escavar para baixo, tirando os intervalos, definindo lajes, bases, muros
e um segundo não tinha nada naquele terreno, no segundo seguinte,
um complexo de mais de 100 prédios, com passarelas sobre a rodovia,
com estruturas para baixo que não se via, como um túnel até o outro
lado do Rio, em outro endereço da empresa.
Pietro desliga o computador e olha para o Juiz e fala.

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— Agora é o senhor que analisa se materializamos ou não
prédios.
Pietro olha o grupo olhar assustado, o senhor chega as paredes
quentes e toca nelas, para ver se era físico, olha em volta, olha para a
passarela em rocha sobre a rodovia, olha em volta e o senhor que
fizera o processo olha descrente, o Juiz olhava assustado, e muita gente
que viu aquilo surgir ali, parados em seus carros, olhavam assustados,
descrentes e encantados, o encanto era maior que o susto.

Pedro chega a casa do desembargador e senta-se a sala, fora


namorar, ele estava querendo sumir um pouco, mas uma parte dele
precisa acalmar e ouve o senhor José falar.
— Acha que tem algum problema em mudarmos este fim de
semana Pedro?
— Por mim nenhum problema.
— Pensei que seu pai não fosse para lá, e foi o primeiro.
— Minha mãe deve mudar para lá também este fim de semana.
— Sua mãe?
— Roseli, não Ciça.
— Certo, começando a habitar as casas.
— Sim, mas está na hora de acalmar a alma, e ao mesmo tempo,
parece difícil fazer isto.
— Pelo jeito está parando querendo correr.
— Eu estou mudando o foco senhor José, eles me vendo
parecem sempre descrentes do problema, eles ficam mais tempo
tentando provar ser melhor que eu, o que acho que necessita uma
insegurança imensa para precisar se firmar sobre mim, mas a ação da
Presidente me dá a calma que precisava referente a meu pai, pois ele
entrou com um processo de analise de recusa de fórum especial, eles
vão demorar mais para julgar isto do que os prazos do processo.
— E o problema, já pode falar disto?
— Senhor, o problema é que ainda não tenho como salvar o
planeta, e todo mundo quer que eu, esta criança, resolva o problema,
mas segunda eu volto a ser eu, aprender o básico da oitava serie para ir
a minha formação de primeiro grau.
— E o que pretende fazer para os fazer se mexer, você não é de
deixar as coisas assim, este não seria o Pedro Rosa das lendas.

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— O problema é que a lenda não cabe em mim, mas a empresa
vai investir em espaço para 16 milhões de pessoas entre Paraná e Santa
Catarina, vamos fazer ferrovias, e vamos erguer uma proteção contra
Tsunami, em 3 meses, quero todos olhando para o estado do Paraná e
pensando, ele vai querer sobreviver, o que estamos fazendo?
— Vai atrair confusão?
— Eles tem como nos deixar sossegados Desembargador, a
escolha é deles.
— Serio hoje?
— Eu tinha um problema na Lua, hoje não fui lá, mas os meus
autômatos, trocaram o comando de mais de 300 mil autômatos, e os
dispus em uma ilha no pacifico, para não serem usados, parados lá,
esperando para nunca serem usados.
— Mas se precisar defender suas ideias, os usará.
— Todos iguais aos que tiraram meu pai da delegacia ontem
Desembargador, se pensar que o exercito Brasileiro tem 170 mil
homens, um dos menores exércitos do planeta, num país deste
tamanho, precisamos garantias que vamos estar seguros se alguém na
hora H, quiser tomar para eles o que nos faria sobreviver.
— E veio namorar para acalmar pelo jeito.
— Tudo que programei, precisa de tempo para ser feito, não
conte para eles que não preciso de 6 meses para erguer a nossa
resistência inicial de 44 horas.
— Não? – José.
— Hoje ainda preciso de 2 meses, mas em dois meses, mesmo
sem eles verem, terei como erguer a estrutura em 22 horas.
— Mas pelo jeito não é o suficiente.
— Eu não consigo reerguer a proteção antes da anterior
explodir, então teria como reerguer a estrutura, mas nos deixaria 6
horas a disposição do sol.
— E como vai ser hoje, tinham falado em ir a Ariri?
— Acho que somente eu quero me esconder. – Fala Pedro
sorrindo para Rita que entrava na sala.

Pietro olha os dados chegando da base em San Diego e olha para


Carlos lidando com aquilo e passa um recado para ele, e marcam no
escritório de Carlos, em San Diego.
Sabrina olha para o General Dallan e fala.

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— O presidente depois de duas horas de reunião como o
presidente do México, que queria uma explicação sobre a base na
divisa, acaba de autorizar um projeto em parceria.
— Não entendi.
— Senhor, eu não sei o poder desta tecnologia que eles
descobriram, mas Pietro materializou um complexo de mais de 100
prédios na região metropolitana de Paris, o menino confirmou o
projeto com o governador, do estado dele, que falou com três estados
vizinhos e começa a materializar lá um muro de proteção para o litoral
do estado dele, Paraná é o nome, de 300 metros de altura, estão
fazendo o mesmo ente San Diego e Tijuana.
— Eles avançam muito rápido.
— Não sei o que o presidente Americano abriu com o do México,
mas está uma correria nos gabinetes Mexicanos senhor.
— O que tem para mim? – Dallan.

— Este é o projeto que o menino colocou no sistema de


proteção de seu estado e do estado vizinho.

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— Este o sistema de San Diego colocou sobre a proteção.
Dallan olha os dados e fala.
— E quem fez todos estes acordos, pois o menino está quieto.
— Talvez ele fique feliz vendo os demais trabalharem, embora
ainda são acordos que ele costurou, ele quer bem isto general, mas
vejo que ele vai dedicar mais tempo a suas terras, mas ele está
mostrando que ele vai defender suas ideias, e os demais que defendam
as demais, todos pensando que ele prepararia uma cidade de fuga para
os de San Diego, ele projetou um muro de 300 metros com comportas
de entrada e saída, ele está resolvendo os problemas de acordo com os
problemas, o menino é sistemático senhor, ele é capaz de ter
programado uma evolução lenta mais capaz de nos por onde ele quer
mesmo com toda a resistência.
— Sei que mesmo depois de meses, ainda me parece muito,
para aquele menino, mas como todos falam, ele em uma
videoconferência se olha aos olhos, aos projetos e não se atem ao
tamanho do menino.
— Mas ele sempre disse senhor, que ele vai dispor de
informação somente quando nos for permitir dividir tecnologia, ele

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quer avançar, e ele sabe que somente dividindo se chega ao resultado,
não sei quanto tempo ele deve estar pensando em se afastar, mas
como ele diz, tem de crescer para ser levado a serio.

Pedro depois de um dia de namoro deixa os Ribeiro preparando


as coisas para a mudança e vai ao terreno no Cascatinha, ele fica
programando e passa para o Rio, olha Maria e Ricardo e fala.
— E dai, acham que conseguem?
— Qual a ideia?
— Viram o esquema que passei para vocês?
— Sim, parece algo incrível, esta inerte e sem ser instalado, mas
qual a ideia?
— Quando se olhava aquele esquema, ele tem ao meu ver 3
problemas sérios, ele tem independência dos 3 sistemas, eles embora
troquem ideia referente a melhor forma de fazer, cada parte tem total
liberdade para agir e interpretar sua ideia, então cada uma das 3 partes
tem entradas e saídas para o sistema, foi adulterando o comando de
duas delas, que cheguei ao controle do computador que a tinha.
— Não entendi. – Maria.
— Se você tem um sistema que tem o objetivo de calcular e
fazer todos comandos, um de analisar se a pessoa ou sistema que lhe
pede acesso tem permissão, e um que dispõem das informações e dos
controles das informações, se eu invadir o sistema deles, estando
dentro, aquela parte não vai perguntar para as demais se pode fazer, e
vai executar o que eu pedir.
— Algo genial e que uma vez dentro lhe dá acesso quase total? –
Ricardo.
— O suficiente para me dar controle sobre as 4 naves que todos
viram nas imagens internacionais.
— Certo, o sistema é das naves, mas o que pretende?
— Propor o transformar nosso sistema, mas com algumas
diferenças, tão drásticas que quem usar não verá a mudança.
— Como drástica?
— Dispor de três sistemas como o que nós usamos, mas os três
sistemas teriam suas pontas ligadas como num triangulo, e os três
triângulos lançariam todas as informações para uma única entrada e
saída.

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— Quer dizer que no lugar de um filamento, como agora, não
iremos a três filamentos paralelos, e sim interligados, com uma única
saída, mas não entendi a parte 3. – Ricardo.
— Isto queria propor a todos os quase 500 funcionários desta
cede, mas eles tem de concordar, e assinar um contrato de total
silencio sobre isto, o que faz a parte 3, analisa a mente da pessoa, seus
comandos viram mentais, mas como ainda não sabemos os comandos
dos humanos, teremos de fazer a lista que tem no sistema deles, pois
ali tem mais de 4 milhões de ações mentais, definindo o que cada ser
da raça que tinha aquelas naves pensava.
— Perigo? – Maria.
— Eles não usam no sistema deles mouse, teclado, eles usam a
mente para desenhar, o sistema os ajuda a ver parede a parede, tudo o
que eles precisam para construir, para fazer, ainda não sei ao certo se
isto somaria, mas temos de verificar, pois você não precisaria de um
comando para o computador apenas um – Pedro alcança um boné para
ela – boné com três interfaces de analise.
— Esta dizendo que viraria neural.
— Pelo pouco que entendi, um sistema que ensina a escrever,
na língua deles, a falar na língua deles, que tem sistemas de ensino de
calculo avançado, pelo menos para mim, avançados, o sistema passa a
fazer parte da vida de quem está no comando, e este ser se destaca
dos demais, pois ele está sempre trocando ideias tridimensionais,
cálculos e linguagem de melhor aceitação e fácil absorção, então é algo
assustador o que este sistema faz, mas preciso primeiro desenvolver
ele de forma segura, segundo, estabelecer usuário para o sistema, algo
bem mais fechado que o sistema deles, pois não gosto de coisas
abertas, devem ter visto isto.
— E nem terminamos o primeiro projeto, já vai somar na ideia
uma triplicação de velocidade, da aplicabilidade e uma forma de
controle pessoal? – Maria.
— Sim, bem isto.
Maria sorri e olha para Ricardo.
— Disse que ele não iria parar naquele sistema, nem
terminamos o dele, nem terminamos o nosso paralelo e ele vai por os
dois no lixo.
— Eu acredito que nada vai ao lixo Maria, apenas é que sei que
se ficar encima, vocês olham para mim, e ou não acreditam na ideia, ou

72
querem que faça sozinho, eu estou ainda olhando o mundo, e se ver
algo que me agrada, eu vou tentar entender e usar, e controle mental
de tudo o que nos cerca, é algo que me agrada.
— Certo, vamos verificar.
Pedro olha os dois e fala.
— Acho que terei de dividir em 3 grupos, pois não tem como se
trabalhar nos três projetos, temos de terminar o primeiro, acho que
estamos com ele quase pronto, tem o de vocês, que nem me
mostraram ainda, e este terceiro, são três coisas totalmente diferente,
mas o uso de um boné, por 2 semanas por todos, é parte do inicio do
entender o que nossa cabeça faz a cada movimento, isto seria um
quarto projeto, que preciso apenas dos voluntários.
— Pelo jeito o papo de ficar longe não era serio.
— Ricardo, eu vou ficar mais na minha casa, tenho de estudar,
tenho coisas a fazer, e com certeza, tenho ideias a implementar, mas
ainda faltam acordos para parte dos projetos que quero fazer.
— E vai nos passar o que devemos estudar?
— Sim, vou passar por sistema, na terça entregam os bonés para
uso do pessoal, mas hoje passei apenas para conversar.
Pedro se despede e vai a sua casa no Morro do Macaco.

Pietro chega a San Diego e olha Carlos olhando uma daquelas


naves e pergunta.
— Se divertindo?
— Este nosso chefinho nos põem para trabalhar horas extras
quase todo dia.
— Reclamando?
Carlos sorriu e falou para o rapaz ao lado.
— Vê se consegue desconectar o sistema de geração do campo
de proteção, temos uma sala lá embaixo para o testar, precisamos
saber o que ele faz com o que vem do espaço, como luz solar, luz
ultravioleta, e todo resto.
— Assim que terminarmos desço lá.
Carlos olha para Pietro e fala.
— Vai assumir Los Angeles na segunda?
— Pelo jeito o menino não brinca com segurança. – Fala Pietro
apontando o muro ao longe, imenso.

73
— Não, mas ninguém viu ele por aqui hoje, mas vamos a minha
sala, parece desconfortável, vai pular fora? – Carlos.
— Olha que se tivesse pulado fora, estaria como alguns, achando
que fiz a coisa certa, mas ignorando o todo.
— Mas o que lhe incomoda?
— O menino me mostrou um sistema na Lua, não sei se viu o
que tem lá.
— Acho que mais que você, pois aquilo vai o fim de semana
inteiro com autômatos mudando as coisas.
— Mudando?
Estavam indo para a sala de Carlos e ele desviou e falou.
— Lhe mostro o que o menino descobriu.
Pietro olha para a sala que estavam, tinha um autômato de 10
metros, ele sabia o que eram, de perto era bem mais assustador, os pés
tinham 1,70 metros cada, olhando para cima impressionado viu um
rapaz olhar para Carlos e perguntar.
— Veio ver?
— Difícil a mudança?
— Uma vez inerte não, mas se não tivéssemos controle do
sistema dele, seria pedreira mudar o cristal de comando dele.
Carlos para em uma armação com um pequeno elevador vazado
montada a frente do grande autômato, faz sinal para Pietro entrar,
sobem pouco mais de 5 metros e param na altura da barriga do
autômato, aberta e com um sistema de cristais que parecia lhe dar
força e sistema.
— O incrível Pietro, é que estes autômatos, são baseados no que
o menino havia provado ser possível com os cristais prensados de
carbono, mas ele instalou um sistema neste cristal vermelho, é um
rubi, e a interferência no cristal sumiu, algo haver com a cor forte e
poder de dilatação do rubi, então quando substituímos o nosso sistema
ontem, os servidores locais de armazenamento de dados, com cristais
de rubi, a interferência sumiu, e assumimos o controle da base lunar.
— Então ele já resolveu ontem o problema de sistema da Lua,
pensei que ele ainda estava pensando e esperando que nós o déssemos
uma posição.
— Sabe que o que me admira nele, é que ele para a frente de
um sistema e o debulha, ele ainda não achou uma saída para o sistema
de infecção, mas ele está mudando todos os cristais de comando dos

74
autômatos que estavam na lua, ele fixou uma base em uma pequena
republica no Pacifico de nome Kiribati, e lá colocou uma nave e uma
ilha a mais, e na base que ele colocou lá ele dispôs todos os autômatos
que estavam na Lua desativados.
— Ele já tem o exercito que todos tem medo, ainda bem que
eles não sabem onde o exercito está.
— Ele sabe que eles tem medo, então este está sobre estudo,
estamos estudando o sistema maleável desta liga de silício-flúor que
ele tem nas juntas, e lhe permite um movimento coordenado quase
muscular.
— Quanto tem de pesquisa nesta base Carlos?
— Um autômato deste, gera mais de 400 produtos a ser
estudados, a soma de mais de 400 tipos de autômatos que ele dispôs
para estudo, mais de 40 mil produtos ou tecnologias a estudar, dai tem
as naves, os campos de proteção, as reações de cada cristal de
comando, pois parece que em cada lugar tinha um tipo.
— Trabalho para anos?
— Sim, diria séculos, mas o menino não tem esta paciência e vai
por gente para estudar tudo isto, quando terminarmos de estudar os
autômatos, estaremos a um passo de um autômato real, com
movimentos reais, inteligência artificial, e controlados por seu usuário
mentalmente.
— O controle mental que me deu medo Carlos, sabe o risco
disto?
— Ele não deixou a terceira parte ativa, ele a desativou, as
outras duas ele conseguia furar e como cada uma tinha seus
parâmetros de ordens independentes, ele assumiu pela execução, as
partes não estão perguntando a terceira nada, o que a desativa
automaticamente, mas ele deixou um recado que iria passar um novo
prospecto de como o sistema da eP estaria na segunda, esqueço que se
chama Rosa’s agora, e que ele vai por voluntários para estudar as
reações mentais de cada pessoa.
— Ele vai desenvolver algo daquele jeito?
— Ele disse que aquilo que parece genial, é muito bom para
Fanes, que podem comer pedra, para humanos, uma merda.
Pietro olha serio e fala.
— Ele acha aquilo uma merda.

75
— Pietro, ele invadiu aquilo parado na Terra, sem sair daqui,
sem precisar usar uma ferramenta pesada, ele quer em um ano, lançar
novamente o desafio de invadir o sistema dele, e ele vai até desafiar os
engenheiros próprios.
— Ele viu algo que não vi, mas o que deixou todos inseguros foi a
forma que ele lidou com aquilo, acho que nem foi isto, foi o perigo e a
forma dele lidar junto com a figura dele.
— Acredito que ele ainda vai acelerar, mas ele quer um pouco
de paz, e isto quer dizer, estar longe das confusões normais de cada
dia, e enfiado em cada problema cada vez mais.
Pietro olha o autômato olhando daquela altura, ele estava a 5
metros do chão e fala.
— Ele usou alguns destes no Brasil ontem, se daqui dá medo,
imagine os ver ativos e em ação.
— Eles são assustadores, e nisto não discordo de Pedro, não
dava para deixar todos ali na Lua, esperando um maluco do outro lado
da galáxia vir aqui e nos aniquilar.
— Quantos ele colocou nesta base em Kiribati?
— Duzentos mil destes.
Pietro olha um e fala.
— Mais um imenso buraco?
Carlos fez sinal para ele descer e acessa o sistema e mostra a
imagem para Pietro, um buraco, pouco iluminado, onde se via aquelas
maquinas, a perder de vista, para todos os lados.
— Uma imagem destas parece montagem de filmes futuristas.
— Isto está agora desativado, e com cristal trocado, temos todos
os números, 3 câmeras de lá, mas não temos nem atalho para lá e nem
acesso ao sistema de lá.
— Sistema assinado?
— Assinado e criptografado pelo sistema de processamento
dele, ainda acho difícil alguém decifrar isto.
— Ele não quer gente pensando em ir lá, mas deixou no sistema
a imagem, o que ele pretende?
— Dizer que não é algo no Planeta, provavelmente, mas o que
exatamente não sei.

Pedro chega em casa e olha para o Pai e Patrícia e fala,

76
— Deixa eu mostrar o quanto seu filho é sistemático e maluco,
pois alguns ainda duvidam disto.
— O que quer mostrar? – Patrícia.
— Onde toda a família vai se esconder, se começar a acontecer o
evento calculado.
— E vamos onde?
Pedro aponta o elevador, os dois entram, Patrícia com o
pequeno Bernardo no colo, Renata que estava ao longe chega junto e
Pedro aperta o fechar da porta e fala.
— Pai, é só passar a mão sobre o comando lateral do elevador. –
Todos viram um sistema de botões em uma holografia surgir na
parede, viram Pedro apertar o descer e sentiram o elevador acelerar.
O elevador se abre e viram que era uma casa subterrânea e
Pedro continuou.
— Esta é a parte reservada a família pai, sei que muita gente
estará chegando por outros caminhos, não por um elevador, mas este
cada uma das casas lá encima tem, um elevador que se sentiram, da
uma acelerada, uma reduzida, e uma acelerada novamente, ele reduz
quando passa pela região de descompressão.
— E temos uma casa a mais aqui embaixo.
Pedro apresenta a casa, bem mais modesta, mas após saem para
a parte externa, Renata viu que estava um agito, viu que onde tinha
apenas uma praça, agora existiam partes mais baixas, onde havia
trilhos, e uma passagem para a parte central da praça, olhou que
existia uma parada de trem ou metro ali e pergunta.
— Para que isto?
— Sistemas de transporte, a cidade lá encima pode sobreviver,
mas aqui em baixo, teremos ligação com os demais municípios da
região, ainda estão instalando por isto está bem visível, mas estará
toda coberta, apenas com a parada que não será usada antes da hora,
mas todos os sistemas de transportes estão sendo instalados.
Gerson olha aquele trem surgir na ponte ao fundo e parar mais a
frente e fala.
— Quando falou em instalar, eles estão pensando em um ano.
— Pai, não vamos inaugurar tudo, mas vamos construir tudo,
algumas são linhas que o custo não as manteria, mas na hora H pode
ajudar as pessoas saírem com calma de casa vindo a um lugar que
sintam-se seguras.

77
Patrícia olha para cima e fala.
— Esta é sua maior sala de estar?
— Não, a maior não fui eu que construí, não fui lá ainda, mas é
cercada por uma cidade para um milhão de habitantes.
Renata olha o começo de uma parque de diversão ao fundo, e
pergunta.
— Terá até parque?
— Parque, cinema, teatro, estou pensando em manter as
pessoas focadas nos primeiros dias, depois, pode ser que tenhamos de
por todos a trabalhar.
— E estes trens, vão para onde? – Gerson.
— Ainda são linhas de evacuação, duas de vinda e uma de ida,
temos como locais mais distantes, Ponta Grossa a Oeste, que dai liga-se
a outras cidades, até chegar a ligação que junto a Maringá, ou a Foz do
Iguaçu, ao Sul, vamos até Joinville por um caminho, até União da
Vitoria por outro, a Leste até Paranaguá, a Norte, até Tunas.
— E vai cobrir os trilhos para eles não verem a cidade, seria isto,
antes da hora?
— Sim, algo rápido de preparar, pois estará atrás da parede já
feito, e não no papel para se fazer.
— Sabe a resistência que pode gerar?
— Pai, convence eles da importância do problema, sei que eles
estão pensando nos bolsos, mas de que adianta bolsos cheios em
mundos destruídos.
— Mas vão reclamar.
— Mais depois que antes, pois tenho 300 naves para fazer
sombra, e como eu as achei, vou dispor um terço sobre o Brasil, mas
preciso que convença governadores para fecharmos o litoral paulista e
Carioca, para começar, minha acessória vai falar com o governador do
Rio Grande do Sul, o projeto mais difícil.
— Praias retas? – Gerson.
— Mais da metade das terras Gaúchas estão abaixo dos 200
metros de subida inicial, teremos de fazer um projeto que possa estar
lá e ao mesmo tempo não atrapalhe, pois temos de tentar ajudar pai,
mas primeiro os litorais que acabem em serra, pois estes passam
rápido dos 300 metros.
— Certo, embora não esqueça dos índices de saída da agua.

78
— Estamos ainda pensando pai, por isto os projetos iniciais, para
ver onde eles foram mal calculados, não esqueça, não foi um
engenheiro ainda que calculou isto, foi uma planilha de calculo de
engenharia, mas que um menino metido, pois 20% a mais e resolveu
fazer.
— Eles nem imaginam isto filho.
— Sei disto, mas eu vou preparar os 100 lugares iniciais pai, local
para 80 milhões de Brasileiros, aceito terras, permissões, reservas, mas
vou tentar fazer a minha parte pai, 200 milhões ainda não tenho como
salvar, e se salvasse hoje, eles morreriam de sede em 5 dias.
— Sabe que este lugar é incrível, me falaram dele, mas ver é
outra coisa, uma casa tamanho Pedro.
— Verdade, quase não cabe meu ego aqui dentro. – Pedro
brincando.
Pedro olha os autômatos ao fundo e fala.
— Vamos voltar, deixa eles trabalharem a vontade pai,
acabamos sempre atrapalhando.
— Certo, queria mostrar.
— Sabe que muitos vão perguntar disto pai, mas a informação é
contida ainda, e se escapar, terei de fazer sistemas de segurança cada
vez melhores.
A família sobe a casa, e Pedro vai ao seu quarto, ele estava
cansado e ao mesmo tempo, bem calmo, o dia fora calmo demais para
alguns padrões de sexta feira, mas estava tentando acostumar a calma
por meio dia.

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Um Recado
Hoje sei que meu filho resolveu sair um
pouco do holofote, ele estava me explicando
que para conseguir terminar o ano e passar,
terá de se concentrar muito, pois duas
crianças que me tornarão avô veem por ai,
então ele resolveu pedir um tempo referente
a esta atividade.
Ontem vi coisas incríveis, e ao mesmo
tempo, assustadoras, me deparei com uma
verdade, temos de segurar tudo o que podemos, e mesmo assim,
vamos passar por um grande problema, este país tem de parar de
ceder a duas pressões, dos amigos vizinhos, e das montadoras de
automóvel, não cabe mais carro na rua, e elas querem continuar a
encher elas.
Ontem vi meu filho fazer uma proposta de transporte junto a
Rosa’s, adivinha quem é contra?
Sim, o instituto ambiental, ele acha melhor continuarmos nos
envenenando com toneladas de dióxido de carbono a
implementarmos sistemas a energia elétrica de grande quantidade
nas cidades do Paraná.
Soube que o governador passou sobre eles e muitos estão
entrando com representação federal contra o que a empresa de meu
filho propôs-se fazer, todos estão falando em dividir os impostos da
Petrobras, do Poço de Campos, e dai meu filho me perguntou com
aquele jeito de que não queria a resposta, o que aconteceria se
acontecesse aqui o que aconteceu numa plataforma no golfo do
México?
Os ambientalistas não querem que protejamos os mangues
mais conservados do país, e querem me dizer que é para proteção
ambiental, ou eles querem ganhar com laudos furados, que é o que
mais fazem?
Então estamos entrando na área de preservação, já estamos
nela desde o momento que nos colocamos contra a degradação da
mata atlântica neste momento para extrair o ferro dali, agora contra
estes que se dizem ambientalistas, mas só pensam nos seus bolsos.
Gerson Travesso
Curitiba, 30 de Julho de 2011

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82
Pietro acorda de madrugada, seu relógio o despertou, ele olha
em volta e tem aquela sensação que não gostava, desde que se
infectou ficou com a sensação de perigo mais forte, ele parecia temer
muito aquilo.
Ele senta-se a cama e olha em volta, sabia que tinha de falar com
o menino, e estava com receio, as vezes esquecia que o menino tinha
seus planos, mesmo antes dele ser puxado para dentro dos planos, e a
forma do menino fazer, dava a sensação as vezes errônea de que todos
eram substituíveis, mas era apenas a pressa de uma criança de fazer as
coisas.
Anota as coisas, as vezes tinha medo de não falar e perder a
chance, as vezes o medo imperava, mas entendia a urgência quando lê
a confirmação na caixa de entrada vindo de Banneker, da NASA.
“Evento calculado para acontecer entre 02 de Novembro de
2012 a 07 de Novembro de 2012, ainda calculando poderio máximo,
mas estamos com os cálculos de reações e de limites de calor interno,
chegando ao ponto de explosão neste intervalo.”
Pietro é trazido ao problema, era isto que o menino queria
enfrentar, mas ninguém lhe dera novos planos, via o menino espalhar
projetos no Brasil, pelos dados de calor vindos do CNES, e olha os 100
locais, o menino iria primeiro cuidar dos seus, ele fez de tudo para os
demais se mexerem, mas ainda parecia algo muito longe do real.
Olha os dados do sistema e olha para fora e fala sozinho.
— Coragem, hora de encarar que um menino tem mais dom que
você para isto!
Pietro sorri levantando-se e colocando uma blusa leve, verão em
Paris, 11 graus célsius naquela manha.

Era madrugada, Pedro olha para fora e olha o alerta, e olha para
fora, precisava de tudo nos lugares, sabia que agora começaria a
paranoia, mas nada poderia sair do cronograma, pois ele queria estar
com tudo pronto antes do evento, ele não sentia-se bem com cálculos,
talvez não os entender a fundo o fizesse duvidar sempre.
Olha os dados e olha para a mala, pega uma porta, aciona ela
para Londres e passa para lá, e começa a programar.
Pedro estava olhando os dados quando as câmeras mostram
Pietro chegando a cede da empresa em pleno sábado e passa uma
mensagem.

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“Tem de descansar Pietro, é sábado.”
“E você descansa?”
“Dia 11 de novembro do ano que vem eu descanso.”
“Acha que evitamos?”
“Sobreviveremos Pietro, mas quero ter um planeta habitável ao
fim do evento.”
“Certo, o que importa é o ter onde as pessoas sobreviverem,
mas ouvi horrores sobre seus planos para seu país.”
“Deve ter na segunda ou terça, um prospecto a sua mesa do que
fiz em Curitiba, com uma proposta semelhante para o Reino Unido, e
mais 28 estados da União Europeias, tem um sistema que vou propor a
Holanda e países baixos.
“E os preços, eles não querem pagar.”
“Pietro, estamos na fase 2 dos meus projetos, salvar os meus,
quando eu passar a fase três, espero que todos estejam se mexendo,
mas se não estiverem, propõem para receber aos poucos, nos 20 anos
seguintes, mas com entradas mensais a partir de agora, para que
possamos ter entrada de recursos, põem nos projetos tudo que eles
puderem fornecer, mas olha o prospecto na Terça, descansa, semana
que vem a empresa estará na mão de vocês, eu estarei na sala de
aula.”
“Queria lhe pedir desculpa por ter entrado em pânico, vi que já
resolveu o problema, nem entendi como ainda.”
“Em sistemas feitos em Rubis, o sistema não perde informação,
e consegue transmitir a informação a quase a mesma velocidade, e
com vantagem que Rubi podemos produzir industrialmente, não
precisamos de uma mina para isto.”
“E como desviou o sistema de controle.”
“Um sistema com partes independentes Pietro, onde cada um
em suas determinações internas não precisava passar pelas
identificações, então uma vez dentro, impõem regras e coisas a fazer,
em questão de quinze segundos duas partes estavam falando o que eu
queria, e a de identificação falando sozinha.”
“Mas vai querer fazer o sistema mesmo assim?”
“Eu não deixaria 3 entradas independentes e três saídas
independentes no meu sistema nunca, eu gosto de controlar, mas se
conseguir um parâmetro de pensamentos humanos, vamos instalar
computadores pessoais, intransferíveis.”

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“Uso apenas pessoal?”
“Digamos que sistemas normais não são assim, mas os de
controle de dados que ninguém quer dar acesso aos demais, podem ter
um único ser cadastrado para dispor de dados, isto fecha bem o
sistema, dá para por mais entradas, mas quanto mais entradas mais
brechas de segurança se abre.”
“E não vai me apresentar isto?”
“Pietro, nos falamos sobre isto semana que vem, hoje vou me
meter em encrenca, e não aquela encrenca que os demais controlem, e
sim aqueles que ninguém controla.”
“Vai onde?”
“Começo pelo Cairo.”
“E termina onde?”
“Numa cidade lenda, feita em cristais de alta resistência,
chamada Atlântida.”
“Vai abrir mais algum buraco?”
“Não, mas se não salvar os Fanes, seria metade do trabalho
feito, então vou atravessar uma historia antes de segunda feira.”
“E vai me mostrar o que fez no sistema quando?”
“Não estou escondendo Pietro, as vezes só quero vocês
centrados no que é importante, e a empresa iniciar na segunda, pode
parecer fácil, mas não será, não se para empresas que tem sede em
150 países.
“Certo, e vai para onde, Cairo mesmo?”
“Ouça os agito e saberá onde estou, mesmo que não me veja.”

Pedro vê pela câmera os rapazes que antes trabalhavam para o


príncipe no centro da Cidade do Cairo, entram em uma praça, Pedro
aciona o portal ao fundo e passa para lá, olha para eles pela janela e
olha para o espelho e fala.
“Vamos a guerra, que eles não vejam apenas o que eu vejo.”
Pedro vai ao armário, coloca uma manta sobre o corpo, põem
uma veste árabe, desce e sai a praça, olha para os rapazes que olhavam
em volta, um o olha e fala.
— Ala seja louvado.
— Que ala seja louvado, como estão, bem instalados?
— Melhor que antes, mas não entendemos o que faremos.

85
— Tem uma casa ao norte quase na saída da cidade, vamos lá e
explico.
Um ônibus para a frente e um rapaz olha para o menino e fala.
— Deve ser Pedro Rosa.
— Sim.
— Mandaram lhe dar segurança?
— Quem?
— Guerra Segurança.
— Vamos então.
Pedro olha para o rapaz ao volante e passa um endereço.
Eles saem da cidade e entram em campos ao sul, com os canais
de irrigação, terreno plano para todo lado, param em uma casa e Pedro
desce e faz a saudação a Ala, olha os demais e entra na casa e os
demais viram que era uma boa casa, apenas rustica por fora, o senhor
fez sinal para as moças saírem, todas cobertas, levam duas crianças e
Pedro olha o senhor e fala.
— Tem certeza que tem uma estatua como esta lá? – Passando a
foto da estatua.
— Esta mesmo, mas qual o interesse.
— Não sei se conhece os senhores daquela casa?
— Sim, não gostaria de participar diretamente.
— Não obrigo ninguém, mas o que eles tem com o Mossad
senhor, pois aquela peça foi nos tirada pelo Mossad.
O senhor olha desconfiado e os demais pareceram prestar a
atenção finalmente.
— Que saiba nada, mas eles não se envolvem com os locais,
dizem ter família na cidade, mas não conheço.
— Senhor, aquela peça, é algo gerado por um grupo do Exercito
de Israel chamado Dragões de Abraão, não sei se ouviu falar.
— Tem certeza menino, estes são os mais temidos, mais ocultos,
nunca entendi o objetivo deles, mas dizem ser mortais. – O senhor.
— Sim, eles caçam Fanes, dai a pergunta que todos fazem, o que
são Fanes?
— Ouvi isto, mas nunca entendi esta palavra.
— Diz os escritos antigos, que fomos feitos a imagem dos seres
divinos, eles adulteraram para Deus, mas fomos feitos a semelhança
aos seres que falavam com Deus, os Fanes.
— Acredita nisto?

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— Não é questão de crença minha, eles acreditam, e se eles
acharem que você é um Fanes, e é só começar a se destacar na palavra,
nos atos, nas coisas aos 12 anos, que eles o caçam.
— Está dizendo que eles não querem deixar os filhos de Deus
soltos ao mundo, e os caçam?
— Bem mais complicado que isto, mas a ideia é apenas me dar
acesso ao local, não vamos matar ninguém, se for uma Fanes, pois é a
imagem de uma menina, ela estará presa na estatua, sei que parece
maluquice, mas se for, vamos criar um grupo oculto para proteger este
símbolo, não porque acreditemos nele, mas porque os Judeus os
querem matar.
Os rapazes sorriram e o senhor falou.
— E se não for a estatua?
— Pedimos desculpas e nos retiramos, ninguém precisa saber
que estivemos aqui.
O grupo se arma, e cercam uma casa a uns 6 mil metros dali,
Pedro desce do veiculo na entrada e começa a entrar no terreno, dois
seguranças foram ao lado do menino, enquanto os demais cercavam a
casa, um rapaz a porta se arma e aponta para os dois e fala.
— Parados ai, não avancem, ou atiramos.
Pedro olha para os dois e fala.
— Só não matem ninguém, mas se eles atirarem, podem atirar –
Fala em Hebraico para ver a reação do senhor, que olha assustado para
o menino e pergunta.
— Quem é você?
— Alguns diriam que fui protegido pelos Dragões até eles
tentarem me matar a menos de um mês.
Os dois rapazes olham para o menino e falam.
— Temos ordens para não deixar ninguém ver o que tem aqui
dentro, e não entrar, eles podem ter não conseguido lhe acertar, mas
se avançar vai morrer menino.
Pedro olhava para os dois quando vê um helicóptero ao céu,
olha os dois ao lado e estes brilharam, não olhou ao fundo, mas viu o
general Máximus olhar de uma porta e falar.
— Acha mesmo que ela estaria aqui menino.
Pedro toca o peito e um clarão saiu dele e atravessou tudo, as
paredes caíram, o helicóptero se desfez em pó e olhou para os rapazes
nus a sua frente, tentando pegar o pó as mãos, os soldados caindo do

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helicóptero, e olha a estatua ao fundo, era a de Rose, caminha até ela,
os dois abriram caminho, os ao fundo que acharam que estavam em
algo simples, ouviram os carros chegando por todos os lados, uma
arapuca.
Eles se ocultam, e veem os carros entrando no Terreno e se
desfazendo em pó, os tripulantes saírem rolando ao chão, sem nada,
como se tudo tivesse se desfeito em pó.
Pedro chega a estatua e a toca, vê Rose olhar em volta e olhar
para ele.
— Onde estou?
— Egito, não sei o que aconteceu?
— Viemos ajudar, mas fomos traídas, parece que eles sabem
quem somos.
Pedro estala o dedo, para desfazer o encanto que os Dragões
falavam ao fundo, dom da palavra e um novo clarão passou por eles e
começaram a adoecer, Pedro olha os dois e fala.
— De saída.
Ao fundo os senhores se recompunham da entrada rolando no
terreno, os que caíram do helicóptero precisavam de atendimento.
— Vai deixar eles vivos?
— Um dia eu posso precisar deles Rose, eu não sei por que, mas
algo me diz para os deixar vivos, embora saiba que posso ter resistência
por isto.
— Odeio resistência.
— Nisto somos diferentes, mas o que a trouxe aqui.
— Eles podem ouvir?
— Acredito que sim, me passaram uma foto de Liliane ali, e não
era ela no lugar.
— Um senhor a poucas casas daqui me passou o mesmo, mas
cheguei lá e nem vi quem falou as palavras que me deixaram inertes ali.
Pedro olha o rapaz a frente e fala.
— O que temos do Mohamed Dous?
— Desconfia de todos?
— Não, mas ele me mostrou uma foto e quem estava ali era
outra pessoa, e a peça que ela estava não fazia parte daquela casa.
Pedro lembra os detalhes e olha para Rose e fala.
— Achou a casa que era para ser dela?

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— Sim, mas ela nunca viveu lá nesta realidade, com a morte da
mãe dela, levou sorte, pois somente isto para ter determinado a estada
dela na vida adulta.
— Sorte ou interferência própria, mas... – Pedro para de andar,
os rapazes que estavam com ele param, os mais a frente, nem olharam
para eles, olha em volta e fala.
— Pelo jeito ninguém atacava o príncipe.
— Não, por quê?
Pedro olha para Rose e fala.
— Acha um lugar seguro nesta cidade, pode ser até embaixo de
um daqueles viadutos no centro, mas seguro.
— O que vai fazer?
— Não vou, mas posso precisar de um lugar para algo
impensado, pois sei que nesta cidade minha proteção é apenas minha
tecnologia, e ela não é páreo para muito coisa.
Rose some e os rapazes olham assustados e um pergunta.
— Isto é ser uma Fanes, seres que vão ao céu e voltam?
Pedro estava parado, olha para onde vieram, e olha a casa muito
mais a frente e fala.
— Podem me fazer um favor.
— Fala, está pagando nosso salario.
— Voltem e apenas observem o agito na antiga casa, esqueço
que casas podem ter mais do que apenas a parte aparente, então me
verifica se estão agitados lá, nos encontramos na casa de Mohamed em
1 hora.
Os dois olham desconfiados e começam a voltar.
Pedro digita no celular uma instrução e ouve alguns bips de
entendido, começa a andar e olha aquele senhor a porta, talvez o estar
sozinho do menino, sem ver os demais, que chegavam ao veiculo que
vieram mais ao fundo, como se fossem sair rápido, e passaram longe da
vista do senhor.
— Pensei que eles entendessem de algo.
— Eu não entendo de nada Mohamed, mas como sempre digo,
que as pessoas façam o que sabem fazer é o que todos esperam, sabe o
que faz?
— Pelo jeito fugiu de lá, mas logo estarão aqui, não é bem vindo
a minha casa menino.

89
Pedro olha para o senhor, parecia respeitável, a aura era de
medo, não de traição, cor estranha.
— Só posso ajudar quem me ajudar Mohamed, e quem pedir
ajuda, não tenho como ajudar a quem não se ajuda.
— Não entendeu nada menino.
— Sei que não, mas a foto que me mostrou, não foi feita naquela
casa e sim na sua, você está com medo, não sei quem ameaça sua
família, não sei se quer ajuda, mas como digo, eu não confio em
Dragões, eles matam crianças senhor.
— Eles tiraram minha criança, eles disseram que a vão matar se
não fizer o que eles querem.
— Calma senhor, e estes rapazes sabem disto?
— Sim, eles entraram em contato com o príncipe.
— Desculpa por qualquer inconveniente, pois sei ser
inconveniente.
Pedro ouve uma explosão ao fundo, o senhor olha assustado e
sente o ar quente derrubando a plantação vir de lá, toca o peito e um
clarão saiu dele e cercou a casa, tirando toda arma de um raio de
abrangência, os rapazes no veiculo ao fundo nem viram suas armas
sumirem.
— Me convida a entrar senhor?
— Mas...
— Eu na sua porta é pior que eu para dentro dela senhor, eles
não sabem de nada, o senhor não sabe de nada, como podem o acusar
de algo.
— Mas quer a estatua, eles não vão me perdoar.
— Para onde levaram sua filha?
— Para o centro, não sei ao certo, disseram que você viria, que
era a garantia que não faria nada errado.
— Quem fez isto senhor?
Ele olha em volta e fala baixo.
— Entre.
Pedro olha as meninas, olha para o senhor, ele não tinha aura de
Fanes, talvez isto enganasse a muitos, eles tinha auras iniciais, auras
brancas, mas brancas fortes e brilhosas.
— Quantos anos tem sua filha senhor?
— Uns 10.
— Como posso ajudar senhor, se não confia?

90
— Mas...
— Senhor, sei que pela dobra da sua aura as pontas, tem mais
de mil e trezentos anos, mas a pergunta, o que faz perdido aqui, e oque
eles sabem que lhe põem medo?
O senhor olha para a porta e fala.
— Disse que ele era mais inteligente que pensas Mohamed.
Pedro olha para a porta, estranha, pois era uma senhora, pele
azulada, lisa, passou os olhos nela, corpo de uns 30 anos, dobras da
aura, mais do que o senhor, as mãos, guelras uniam os dedos, os pés
não estavam visíveis naquela roupa bem colada no corpo.
— Se não me engano, pela descrição, Rainha Era Elenicos,
embora não me falaram de sua beleza. – Pedro.
A senhora olha serio para Pedro, quem ele era, pois estava
diante de uma criança, que chega a sua frente como se soubesse quem
era.
— Quem nos traiu que sabe quem sou?
— Era, você está batendo na Fanes errada, sei que o ódio e
organização para os controlar é imensa, que existem povos com razão
para isto, mas está batendo na Fanes Errada.
— Porque seria a errada?
— Você está apoiando o fim das existências, e me pergunta por
que seria errado, por uma raiva e uma imposição de um conselho que
um menino como eu deporia, não é arriscar demais por um grupo que
se nega a evoluir Rainha Era?
— Quem seria ela?
— Uma frase dela em outra realidade, a poria como irmã de
quem ao lado de Hórus, tocou o quanta e fez o universo.
— Mas é só uma criança.
— Se ela lembrasse já quem é, do que fez, ao todo, teria muitos
problemas Rainha, por uma posição que herdou, não escolheu, seguiu,
mas um dia, terá de ver se quem manda no seu reino é você, ou um
bando de covardes escondidos em outros mundos.
Pedro pensou, o senhor não era humano, ele era um Ninfa, em
uma missão especial a Terra, por isto o cheiro de mar forte na casa,
mais forte que fora dela, não era medo na aura, era respeito, respeito a
líder de seu povo.

91
A proteção da casa não deixava nada entrar que não fosse
aceito, então as pessoas que entraram no terreno entraram nuas, os
carros se desmancharam e Máximos olha os rapazes do príncipe.
— Onde ele está?
— Lá dentro, uma senhora entrou a pouco ali.
— Quem?
— Não sabemos. – Fala o senhor apontando uma espécie de
submarino, parado encostado a casa, na parte que dava para o canal,
Máximos olha para o rapaz e fala.
— Nada tá entrando?
— Nu se entra.
— Este menino está ficando mais perigoso que os Fanes, mas o
que a Rainha dos Ninfas faz aqui? – Máximos vendo o símbolo ninfa a
comporta fechada, mas com uma haste metálica ainda encostada no
cais.
Um senhor chega ao lado de Máximos e pergunta;
— Como ele consegue libertar alguém com um toque, alguém
assim é uma ameaça aos nossos, ele poderia libertar todos. – General
Hotmann.
— O menino que falei para matar em Nazareno, que o senhor
mandou aqueles principiantes, naquele momento, perdemos a chance
de nos livrar dele.
— Dizem que ele era um protegido de vocês.
— Se considerar que não demos proteção, apenas observamos
ele detonar, CIA, Exércitos Americano, Frances e Brasileiro, mas ele é
humanos senhor.
— E como ele sobreviveu então?
— Está no relatório senhor, sabe que isto para mim, que lido
com coisas estranhas, é lenda.
— Sabe que não acredito nisto.
— Você viu com os seus olhos senhor, o que todos dizem ser
algo que ele tem dentro dele, que desenvolveu como ciência, mas pelo
jeito, pela explosão, tentaram tirar do rapaz que o tinha e usar. –
Máximos olhando o senhor.
Era olha para o menino e pergunta.
— Mas são só Fanes.
— Digamos que a menina, é a mais intransigente das Fanes,
alguém tão poderosa que o próprio irmão a quis destruir.

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— Os dragões deram bom fim a ele.
— Nisto não discordo, aquele não valia o que comia, mas o que
faz aqui Rainha, veio levar o troféu para longe dos olhos?
— Vim ver pois falaram que tinham mais uma menina com
muitos poderes, mas meu mundo é fechado para você menino.
— Sinal que terei de arrombar a porta, odeio ter de fazer
barulho para ser ouvido.
— Acha que consegue entrar em meu reino sem minha
permissão? – Era gargalhou, Pedro apenas a olhou e fala.
— Rainha, quem levou o problema para dentro de casa foi você,
quem deu o caminho de lá para todos os Fanes do universo, através de
Liliane Canvas, foi a senhora, não sou eu que abri o caminho, que
coloquei os meus em risco, foi a senhora.
— E quem é Liliane Canvas? – O Senhor.
— A primeira Fanes, a Deusa deles, o ser que vem uma vez por
existência a vida, ela pode ficar ali até ter ciência de quem é e sair, mas
quando sair, não tenho pena de quem a prendeu.
Pedro olha para o senhor e fala.
— As vezes senhor, tem de conversar, estes Dragões ai fora, não
são de confiança, eles se acham representantes de Deus, então apenas
não se estressa com eles.
— Se a estatua não está aqui, tenho apenas de achar uma forma
de chegar ao seu reino, e sei por onde começar senhora.
A senhora tentava interferir na mente de Pedro desde que
chegara ali, então na saída fala.
— Não entendo o que é você menino?
— Os Hebreus chamavam a minha família de Netser, ou Broto,
os reis nos ouviam como mensageiros das palavras de Deus, mas isto, a
muito tempo deixou de existir.
— Mas YAOHUH nunca foi a favor da menina?
— Nesta existência não, mas também não estou falando de um
administrador de Galáxias, e sim de Deus.
— Vai querer me convencer que existe algo maior que ele? – Era
debochando.
— Não, quem sou eu, um primata para tentar provar algo para
Era Elenicos, não esperava a encontrar aqui, mas se o que procuro não
está aqui, já estou de saída.

93
Era via que sua interferência mental não pegava no menino e o
vê sair pela porta e olhar para Máximos, a mais de 500 metros dele.
Calmamente caminha até lá e pergunta dentro da redoma.
— E dai Máximos, vamos parar esta briga, ou vai perder mais
homens para uma missão que não vai lhe levar a nada.
— Sabe que cumpro ordens.
— Sabe que eles não escrevem estas ordens Máximos, gente
como este Hotmann, é um cagado, ele raramente sai de Telavive, pois
ele não entende desta guerra.
Hotmann olha o menino de nada, pensa em como era fácil o
acertar, ele olha com raiva avança rápido, puxando a arma, que se
desfaz junto com sua arma e suas vestes, ele segura Pedro pelo
pescoço e fala.
— Ninguém me desacata e fica espalhando por ai.
Pedro olha o senhor, um brilho saiu dele e Máximos viu o ser se
desfazer em pó, os olhos de Pedro estavam no dele.
Pedro olha em volta e fala alto.
— Quem quer sair vivo, que saia agora, depois não vou nem
ouvir o choro das viúvas.
Pedro olha para os rapazes e fala.
— Quem trai quem lhe dá de comer, em prol de quem disse que
poderia lhes matar, que coma e definhe, que tenha de tudo, e definhe,
que nada lhe dê prazer, antes de Ala lhe olhar nos olhos.
Os rapazes olham meio sem saber o que fazer, viram o menino
tocar o peito, ele saiu caminhando pela estrada, com calma, olha uma
menina olhar para ele e pergunta.
— Nem aqui me escondo de você Rose?
— Não, mas o que pretende?
— Pensando em como será cansativo sair daqui.
Pedro sente ela lhe tocar o ombro e surge abaixo de um viaduto
na cidade do Cairo.
Pedro olha em volta e senta-se e olha em volta, outras meninas
surgiram e Rose pergunta.
— Não achamos ela, não sei onde ela está.
— Não sei ainda como, mas preciso ajudar, mas não entendo
nada disto, esta não deveria ser minha guerra, mas eles prenderam ela
em pedra e deram para a rainha Ninfa, então deve estar na capital

94
deles, no palácio imperial ou qualquer lugar semelhante, mas eu, um
humano metido, me afogo embaixo da agua.
— E como chegamos lá?
— Pelo que entendi, somente através da cidade de Atlântida.
— E sabe como chegar lá?
— Não, mas é lá que encontraremos Liliane, não sei em que
estado, mas provável pedra como você estava ali, já que a historia era
lhe doarem a ela também.
— Certo, pode ser onde estão colocando todos os que sumiram,
mas não entendi por que. – Rose.
— Rose, um outro ser como eu, está tentando ajudar em outra
dimensão, lá você já é imortal, Peter Carson é uma pedra em
inexistência, e Liliane com a ajuda de meninas como você está
congelando galáxias de raiva, em parte raiva deste desequilíbrio de a
deixar apenas com uma ciência de existência.
— E como posso ajudar, sei que ainda não gosto de você
menino, você me parece inconstante.
— Sou humano, adolescente, brasileiro, só posso ser inconstante
Rose, mas vê se alguém quer participar, amanha começamos uma
aventura de dois dias, pode ser que precise de mais dias para resolver
isto, mas dai terei de deixar encaminhado para que dê certo depois.
— Onde nos reunimos.
— Aqui, amanha.
Pedro se levanta, atravessa duas quadras, entra no Hotel Hilton
e pede pelo quarto reservado para ele.
A cara de contrariado do rapaz só se desfez quando o gerente
apontou para algo no outro lado do balcão e o senhor indicou a suíte,
onde Pedro tomou um banho.

O governador do Paraná olha para a formação sobrevoando de


helicóptero e olha para o assessor.
— Já estava ai?
— Não sei senhor, mas as comportas de passagens são largas, e
um sistema de indução dos navios está os deixando em áreas restritas
nos portos, isto é uma obra monstruosa, muitos vão falar mal, muitos
vão protestar.
— Sei disto, mas sabe o problema, é uma forma de garantir a
sobrevida nas áreas costeiras que não estiverem destruídas, mas

95
assusta a forma que se montou isto, pois é uma obra de milhares de
dólares, e ainda não estou ouvindo as reclamações, mas sei que
existirão reportagens sobre isto.
— E se não acontecer Governador?
— Temos a justificativa, os que reclamam hoje, estarão se
deliciando em ondas de 10 metros em meses, e abre a possibilidade
daquele investimento que o menino acenou, que pode nos dar milhões
a mais em impostos, e em empregos.
— As vezes e difícil levar aquele menino a serio.
O governador olha para a imensa barreira ao mar e sorri, se
dissessem que o menino faria aquilo, duvidaria, mesmo vendo, feito
logo após o menino falar que faria, o tirava palavras.
Param em uma local plano, triangular, onde cada lado do
triangulo tinha 10 quilômetros e olha para os rapazes terminando algo
a frente, olha começarem a hastear uma bandeira do Paraná e um dos
seres, que o governador não conseguiu ver como um autômato,
embora fosse, estica para ele o cronograma e fala.
— Senhor governador, este é o cronograma inicial desta parte
do projeto.
O governador olhava as ruas sendo abertas em todos os
sentidos, naquela ilha artificial a mais de 300 metros do nível do mar,
olha ao fundo começarem a levantar prédios, estavam construindo
uma cidade ali, e olha o papel.

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— Não entendi.
— Senhor, cada ponto arredondado, contará com uma cidade de
proteção, uma nave de proteção, aquelas que os americanos estão
olhando assustados, mas a ideia é manter um lugar no globo para
recomeçar, uma forma de salvar os litorâneos de vários pontos, não dá
para fazer muito mais que isto, vão faltar coisas para as sedes em
vários lugares.
— Mas a área abrangida seria bem pouco.
— No seu estado será grande senhor, pois sobre estas camadas,
ele tente dispor outra camada.
— Outra camada?

97
— Senhor, a ideia da Rosa’s é salvar toda a área da serra, pois
temos um sistema complexo de vidas e criaturas, seria um dos locais
preservados no planeta.
— Mas o que são estas marcas vermelhas?
— Local onde se vera o terror, mas não será atingido se o
sistema resistir outras 22 horas.
— Pelo jeito a empresa está estudando muito isto? – O assessor.
— Temos só neste problema, mais de 2 mil engenheiros em
vários ramos da engenharia.
O assessor olha para o governador e fala.
— Disse que não podia ser apenas o menino.
O governador olha em volta e pergunta.
— E esta cidade, é imensa?
— Como está nos prospecto da empresa, é uma cidade prisão,
pois quem vier a elas, não terá permissão de sair antes do fim, mas é
que achamos mais fácil enfrentar sabendo onde as pessoas estão.

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— E como pretendem convencer as pessoas que existe o
problema? – O assessor ainda incrédulo.
— As vezes podemos parecer que já estamos prontos senhor,
mas estamos ainda em fase de estruturação.

Pedro vê um rapaz chegar a porta, e lhe entregar um pacote,


prende a parede a porta, e olha para o prédio, para Cairo pela janela e
passa para Kiribati, olha o céu, todo negro, olha a casa e um
engenheiro olha ele.
— Área reservada menino.
Pedro sorri e passa o cartão no sistema e entra na sala que o
senhor não tinha acesso, e pega um elevador para parte baixa, olha
aquela leva de seres, todos em formação e estáticos.
Caminha por aquele corredor, pega um veiculo de transporte
horizontal e atravessa aquele campo de autômatos, para em uma sala e
aciona o sistema, ele estava tentando parecer diferente, mas não
estava dando certo.
Pedro abre o sistema e pede uma conversa com Roberto Vaz, e o
mesmo fala.
— Bom dia menino.
— Espero que seja bom.
— Acho que sim, o supremo pediu a analise do pedido de
renuncia de foro privilegiado, acho que eles vão discutir isto muito,
pois abre precedente de retirada de foro, mesmo que por renuncia,
não deixa de existir ai uma carta de consentimento do supremo para
que alguém com direito a foro privilegiado não o tenha.
— E o caso de pedido de prisão daquele Marcio?
— Estou com a petição, não sei se sai hoje ou segunda, mas
como a empresa é sua, agora com dupla cidadania e como o Juiz
sabendo da primeira vez que você que a representava, tínhamos
colocado isto nos documentos de defesa e os pôs para fora, ele assinou
que não tem competência para o caso, embora seja mais difícil na
parte internacional, foi transferido para lá, já o caso de desvio de
recursos foi impetrada e só falta a vontade do juiz pedir a prisão do
senhor, acho que o mesmo achou que iria ficar de boa, mas o juiz vai
apreender os passaportes e mandar ele não se afastar, não vai ser
prisão direto.

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— Sei disto Vaz, mas tentamos o acordo, agora eles que corram
atrás de um acordo.
Vaz olha para a porta e fala.
— Só um momento Pedro.
Vaz olha a moça chegar a mesa e lhe entregar uma petição,
agradece e olha para Pedro pela vídeo.
— Temos uma petição de destruição da proteção que foi
construída por você, junto aos 3 estados do sul, eles foram rápidos,
mas vamos recorrer, não entendi aquilo.
— Um dia vamos ter de falar sobre isto Doutor Vaz, mas ainda é
cedo, apenas segura eles até dezembro do ano que vem, que depois
até tiro de lá, como se nunca tivesse estado lá, embora duvido que eles
queiram isto no fim do ano que vem.
— Pelo jeito tem muitos mistérios?
— Preciso de reação, e ninguém está reagindo ainda, que eles
corram atrás das coisas, eu cansei de correr Doutor Vaz.

O governador estava olhando as construções surgirem como


magica naquele terreno, prédios de 10 andares, pareciam se
materializar, ele não via o que estava abaixo dele, no triangulo,
estavam erguendo uma cidade para mais de 8 milhões de pessoas, viu
surgir ao sul uma serie de cais, olha para o rapaz que lhe apontara o
projeto e pergunta.
— Quanto de gente se pretende salvar aqui?
— Teremos um sistema com mais de 300 barcos de resgate, eles
assim que a primeira proteção se erguer, começarão a trazer as
pessoas para a cidade, onde é mais seguro, a estrutura montada aqui e
na outra parte bem ao fundo, permite o receber mais de 16 milhões de
pessoas, mas esta estrutura é para cidades litorâneas difíceis de
convencer antes do caos em andamento.
— Acha que vai dar resultado? – O assessor.
— Quando o atual presidente da empresa se afastou, foi pois
estamos fazendo a nossa parte, todos estão esperando um milagre, ele
não acredita em milagres, e sim na força de seu trabalho, ele vende
esta estrutura lá fora para poder gerir em suas terras algo que muitos
diriam impossível de fazer antes de pronto. Estamos priorizando as
duas primeiras, se conseguirmos as deixar pronta, existem mais dois
pontos que daria para instalar mais 16 milhões de pessoas.

100
— Mas qual a estrutura disto? – O governador.
O rapaz pegou um pre projeto e mostrou ao senhor.

— Governador, tem uma determinação de que isto não esteja


aqui amanha, e poucos verão isto, vamos reter informação, ocultar
estrutura, mas estará aqui para algo que os especialistas falam que vai
acontecer entre outubro e novembro do ano que vem.
— Mas como se esconde algo assim? – O assessor.

Gerson em Brasília faz uma reunião com alguns que estavam ali
a muito tempo, e uma gama de indicações.
— Boa tarde a todos, a presidente me colocou neste lugar
porque acha que podemos resolver um problema grave, mas para isto,
estou pedindo uma coisa, se está aqui apenas para atrapalhar, vai para
casa, não atrapalha, não tenho nada haver com comissionados, então
quero amanha gente que esteja disposta a arregaçar a manga.
— Mas nossos cargos serão mantidos em casa?
— Não sou eu que pode lhe responder isto, apenas quem lhe
indicou, mas segunda feira começamos a traçar planos de ampliação da
comunicação no Brasil.

101
— Mas porque faremos isto?
— Porque precisamos, algum motivo para ficar de braços
cruzados, porque não o fazer? – Gerson olhando o rapaz.
— A politica se faz de problemas, não soluções.
— Os problemas eu deixo para dezembro de 2012, se não sabe
do que estou falando, não posso abrir sobre isto, mas vamos acelerar
para quando o problema explodir, alguém poder sair e respirar, mas
como disse, quem for atrapalhar, some.
— E se não quiser sumir. – O mesmo rapaz.
— Se não atrapalhar, pode enfeitar o corredor, se for atrapalhar,
peço para me livrarem de você, e desculpa, nem sua família vai saber
se vai estar vivo ou morto.
O rapaz olhou serio, Gerson achava que alguém ali estava
gravando, mas nada que desse para ser conclusivo.
Gerson viu muitos saírem e liga para o escritório local da Ponto e
marca com 12 engenheiros uma videoconferência, começa a traçar os
planos e projetos, e em meio a um grupo de técnicos, e a pergunta de
um deles o fez sorrir.
— Eles vão concordar com estes gastos? – Engenheiro Maycon,
de Telecomunicações.
— Maycon, quem está fora desta sala, não precisa saber que se
não precisarmos de verba extra, não precisamos de ninguém fora
destes escritórios, e dentro deste orçamento, já aprovado, vamos
trabalhar, vamos transformar internet em algo normal, vamos abrir
concorrência para liberação de 6 linhas de transmissão de TV livre,
vamos começar um sistema de mudança de frequências das linhas de
radio FM, liberando linhas extras mas o principal, criar a Radio
Nacional, onde tudo que vamos fazer e dispor, vai ao ar por Radio, a TV
Nacional é mais complicada, mas vamos a levantar em todas as capitais
em 4 meses, em cada cidade de mais de 200 mil habitantes em 8
meses.
— Vamos nos preparar para responder a toda a oposição?
Gerson olha para a porta e olha uma secretaria e fala.
— Os demais foram embora? – Gerson.
— Sim.
— Fecha a entrada Jane, e se junte a nós.
— Mas...

102
— O que vou falar é serio, e não vamos falar varias vezes isto,
quero que evitem conversar fora daqui disto, por isto a reunião é
fechada.
Gerson coloca um isolador de sinal de celulares e interferência
eletromagnética, ele colocou ali sem falar nada, e olha os secretários
que ficaram e engenheiros próprios.
A vídeo conferencia começa a ficar seria, se viu os demais
Engenheiros em salas vazias, e Gerson fala.
— Pessoal, o que vou falar é serio, e é difícil de encarar como
serio, mas a NASA datou nesta madrugada, um evento solar que vai
acontece entre o fim de Outubro e começo de Novembro do ano que
vem.
— Algo grave a que ponto? – O mesmo rapaz que perguntara
antes.
— Se fosse neste Outubro, teríamos um grupo isolado que
sobreviveria, mas sobre um planeta morto, estão falando em
Apocalipse, mas existem planos mundiais para evitar isto, não somos
somente nós que vamos nos mexer, quando você ouvir sobre obrar
faraônicas sem sentido, é nós se preparando, mas como a ameaça é
solar, vamos passar cabos de norte a sul do país para manter as
comunicações, buracos de 4 metros de profundidade entre bases,
isolados em meio a concreto armado. Vamos levantar a TV nacional por
motivos de quando confirmado, precisamos avisar para onde as
pessoas tem de ir, até este momento só temos lugar para 8 milhões de
Brasileiros, e todas as bases feitas pela Rosa’s de meu filho, então me
colocaram nisto para não brigar com uma criança que chamou nossa
presidente de agente da CIA.
— E teremos vaga para quantos?
— Não sabemos, se alguém souber como construir em um ano e
3 meses, 200 milhões de camas, sem chamar atenção, aceitamos
ideias, mas nossa parte, é organizar tudo, por nos esquemas Exercito,
Marinha, Aeronáutica, estabelecer os sistemas de comunicação que
não podem cair em meio a crise, teremos campos de pouso sendo
abertos em locais sem explicar porque, pois quando for acontecer,
vamos ter nas capitais sistemas de proteção, mas temos de trazer as
pessoas aos locais de proteção, como vi um rapaz francês falar, treinar
pessoas capazes de deixar famílias que não quiserem vir para traz, pois
cada um que tentar ficar lá para as convencer, vai morrer lá.

103
— Então por isto falam tanto em seu filho?
— Ele sai dos holofotes, não porque quer, mas porque é serio,
não foi ele que descobriu este evento, nem o causou, mas se ele
estivesse aqui falando isto, todos estariam rindo, e não temos como
perder tempo explicando aos que não acreditarem.
— E como saberemos que é real?
— Dizem que quinze segundos depois do acontecido no sol,
todos os que tiverem voltados para aquele lado vão acreditar, mas a
onda solar chega a nós em 60 horas, tempo de preparar tudo em meio
ao pânico de um sol crescendo lá fora por 60 horas.
— E vamos investir em radio, Tv e fibras óticas para manter a
estrutura, entendo a importância, mas como fazer isto sem falar? –
Engenheiro local.
— Nossa parte vamos fazer, qualquer coisa que falarem antes,
tem de entender, será ridicularizado, pois não se pode ter pânico nesta
hora.
— Acha que muitos morrerão?
— Acho que mesmo fazendo tudo, teremos um planeta
diferente nos dias seguintes, quando se fala em estar sobre uma
proteção e ver o sol esquentando o planeta como um todo, podemos
estar falando em mares primeiro mais altos, pois estarão mais quentes,
chuvas torrenciais em regiões de serra, invasão de áreas baixas pelo
mar, mas não aqui, e sim no planeta inteiro, ontem o sistema que
previu a data, começa a por no computador de controle americano o
que tende a acontecer, e estão em pânico.
— E teremos vaga para nós?
— Vou priorizar as famílias, mas quando nossa parte terminar,
teremos 44 horas para nos esconder, se formos eficientes, todos nós
sobrevivemos, se formos relapsos, morremos.
— Não entendi, como nos sobraria 44 horas.
— Nem eu entendi tudo, mas a NASA vai testar um sistema de
proteção global, mas segundo o esquema que me passaram,
estaríamos com o clima esquentando, mesmo com uma proteção geral,
então não é andar calmamente para casa, é ir direto e se proteger o
mais rápido possível.
— E vamos ter verbas para os prospectos que nos passou? – A
engenheira da Ponto.

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— Sim, parte dos recursos virão via sistema Federal, parte sobre
contrato de financiamento que nos libera o dinheiro agora, vamos
negociar preços, por isto vou terceirizar, pois se for por concorrência
publica, não teremos o que precisamos, e podemos chegar a novembro
no ano que vem com um senador barrando o projeto no congresso, o
mesmo que vai querer ser o primeiro a se proteger.
— E se alguém embargar algo?
— Desviamos, contornamos, pressionamos, impomos, só não
vamos parar por que um juiz quer que paremos.
Gerson abre o mapa no computador, e por vídeo conferencia
aparece o mapa do Brasil, todas as linhas de defesa, locais que um
buraco solucionava, mas que teria de ter uma gama de estrutura para
funcionar, e onde milhares de estruturas não ajudava muito.

Charlyston chega ao Rio de Janeiro para falar com o governador,


chega a uma casa na região central, o motorista o pegara no aeroporto.
O senhor o aperta a mão e fala a entrada do prédio, a ausência
de imprensa já era bom, mas o grande problema era expor.
O governador olha o rapaz e pergunta.
— Espero que as noticias que me passaram não sejam reais
rapaz.
Charlyston olha o senhor e senta-se, abre seu computador e
põem a confirmação do evento a tela e fala.
— Senhor, vamos alertar governador a governador, não é oficial
e não será antes de ser tarde o que vamos falar agora.
O senhor olha os dados, mas seu inglês não lhe fez entender o
problema, o secretario de obras e o de finanças estava presente.
— Ser sincero rapaz, meu inglês não é muito bom.
— Senhor, o que diz ai, é um comunicado fechado de sistemas
de segurança dos Estados Unidos da América, que entre o dia 2 e 7 de
Novembro do ano que vem, um evento solar a nível de extermínio total
dos que não estiverem protegidos, atingira o planeta, prazo com erro
de 10 dias, então entre o dia 23 de outubro e 17 de novembro do ano
que vem, o planeta Terra será varridos por restos de uma super
explosão do sol, talvez vocês não entendam alguns acontecimentos,
mas isto que levará Gerson Rosa ao Ministério da Comunicação,
ampliação da mesma e restrição do que não se pode falar.
— E o que podemos fazer para sobreviver.

105
— Estamos tentando priorizar os que precisaremos de maior
estrutura, pois são estados mais populosos, e litorâneos, pois os mares
em meio ao aumento da massa por aquecimento e desgelo dos polos,
podem vir a subir até 200 metros do nível atual, então estamos
propondo executar obras de contenção, que vai mudar um pouco a
cara das praias, e a passagem dos navios, que estariam mais
controlados, pois não teriam entradas ao todo, apenas em partes
controladas.
— Acham que teremos aumento dos mares, mas e a cidade?
— Senhor, a ideia para cidades como o Rio, são imensas, cidades
de proteção, sistemas de transporte ampliadas, sistemas de
informação e emergência prontos para funcionar para proteger mais de
22 milhões de pessoas, em 60 horas.
— Acha que conseguimos proteger quantos?
— Senhor, teremos levas de problemas antes e depois, mas
vamos tentar salvar o máximo que conseguirmos.
— E o que precisam?
— Senhor, hoje é expor o problema e o básico, vamos ajeitando
aos poucos, mas a ideia inicial. – Charlyston coloca uma imagem a tela
e olha para os demais, tinha de pensar para falar, queria fazer direito.

106
— Senhor, o problema inicial, vamos erguer uma proteção a
parte sul do litoral, não temos como parar acima do Paraíba do Sul,
então estaremos parando o nível de proteção entre duas partes altas,
mas com ciência que Campos dos Goitacazes vai para baixo da agua,
então teremos de evacuar toda a região.
Charlyston aponta os pontos roxos e fala:
— Nos pontos arredondados escuros, teremos cidades
escavadas para baixo, e uma proteção disposta sobre a região, nas
maiores alaranjadas, proteção capaz de manter a natureza, mas pode
gerar queimaduras fortes ao sol, pois é uma tentativa de salvar parte
do planeta, pois as previsões não são boas.
Charlyston pega outra imagem e põem na tela.

107
— Em três dos pontos de proteção, vamos criar cidades de
refugio, cidades para os que terão as casas alagadas, ou em partes que
não teremos como proteger, teremos para cada lugar deste, sistemas
que vão pegar as pessoas em cidades litorâneas, para a proteção.
— Qual o nível de investimento?
— Um absurdo em recursos, mas ou fazemos e nos esforçamos a
pagar, ou morremos senhores.
Charlyston continua as explanações, estava a entrar numa
corrida de mais de um ano, sobre a tensão de tudo dar errado, mas que
a estrutura que o menino planejara encantava, não poderia negar.

Pedro chega a casa do Tingui e olha o caminhão de mudanças


dos Ribeiro, olha para Rita e a abraça, olha para o senhor José e fala.
— Pelo jeito tem muita coisa a fazer?
— Põem coisa, mas a casa facilita, foi mais difícil tirar de lá, pois
os caminhões não podiam chegar perto da casa do que aqui que o
caminhão para a porta.
Pedro abraça Rita e fala.

108
— Vou entrar um pouco, acho que estou quebrado.
— O que fez hoje?
— Me compliquei para o fim de semana, vou chegar na segunda
um prego, se não conseguir contornar algumas coisas, mas deixa eu
tomar um banho e fazer minha ultima parte do dia, pois ainda preciso
passar em dois lugares, e preciso de um banho e ideias, para sumir de
vez.
— Se cuida.
Rita o beija e o vê entrar na casa mais ao fundo, Joseane chega
ao lado e pergunta.
— O que ele está fazendo?
— Tentando não aparecer e isto é difícil as vezes.
Pedro chega a sala, sobe ao quarto e olha para o computador, o
liga e entra o banheiro, estava frio e parecia que estava querendo
cama, e não parecia que a teria.
Pedro toma um banho, vai ao computador e olha os dados, vê
depois uma ligação de Sandra no telefone, acho que ninguém entende
o que Pedro quer, pois nem ele entende.
Olha como as coisas estavam, mais de 20 pessoas de confiança
em reuniões com governadores, um sistema de alerta, onde o que
estavam fazendo era dividir com os demais o problema, e demonstrar
as pretensões de como enfrentar aquilo.

Sabrina olha a mensagem do menino e Dallan olha as imagens


começando a surgir em todas as telas e pergunta.
— O que é toda esta estrutura?
— A Rosa’s se reuniu hoje com 20 dos 26 governadores
Brasileiros e expos projetos, estes que vê, que eles não deixaram no
sistema deles, eles querem os demais olhando, como se fossem
executar, e se preparar, se os demais vão fazer de conta que não está
acontecendo, a empresa que o menino montou, vai estruturar, e
balançar as estruturas lá.
— Ele tentou ser ouvido, sabe disto. – General Dallan.
— Mas o que eles vão falar é que ele estava aqui apenas para se
apoderar da tecnologia para usar lá.
— Verdade, mas porque está olhando os dados?
— Ele deve vir a cidade no fim do dia, e parece querer conversar,
domingo Pietro se muda em definitivo para Los Angeles de onde vai

109
tocar a empresa. Ele vai propor a todos os estados costeiros alguma
forma de proteção, mesmo não tendo como proteger a maior floresta
deles, pois ela está abaixo dos 200 metros de altitude, então ele vai ter
de improvisar na hora, ou deixar para lá.
— Acha que ele vai propor algo?
— Ele não apareceu o dia inteiro senhor, as inteligências
mundiais estão olhando para lá, mas o que querem é o menino, dizem
o ter visto na Cidade do Cairo, mas mesmo isto não foi confirmado,
digamos que o agito do Mossad na região confirma que ele esteve lá,
apenas isto.
— Ele está tentando sumir, mas não entendi porque. – Dallan.
— Uma afirmativa que nem sei de quem veio, que o assunto é
serio, mas se fosse Pedro falando, ninguém levaria a serio, então ele se
retira do holofote porque precisa credibilidade nesta hora.
Dallan olha para os dados e fala.
— Ele vai deixar os demais em polvorosa, se alguns duvidavam
que eles tinham como fazer, quando olharem o Brasil em alguns meses,
se perguntarão porque não fizeram aqui a mesma coisa.
— Ele vai entrar em guerras com os ambientalistas, mas pelo
que vi, ele hoje general, começa a mostrar o que os demais queriam
saber, quem fazia as coisas para ele, 18 representações na Europa, 32
aqui no País, 20 no país dele, 12 na Ásia, 22 na África, todos prontos a
intervir ideias que o menino tem, mas que transforma o que ele faz em
imenso, como se diz, ele não é um, ele somente hoje, começa a soltar
os administradores, que segunda feira devem estar em seus postos, em
150 países, e o menino não é burro, a afirmativa em 3 dos estados do
País dele, é não deixar as riquezas naturais do litoral sem proteção
referente a extração de Petróleo que deve acelerar na Costa do Brasil.

Pedro olha os acordos e começa a erguer as bases triangulares


do Amapá ao Rio Grande do Sul, ainda sem grande visibilidade, mas a
estrutura no sul já se fechava, embora apenas duas cidades, uma na
altura da Ilha do Mel e outra na Altura de Joinville estavam sendo
erguidas, seus planos requeriam aprovação, e o menino não estava
pensando, apenas projetando, olha para o mapa transmitindo da casa
no Cachoeirinha e olha para cada vez mais planetas, agora estava
puxando por dois caminhos, e medindo transmissões de radio que
delimitavam onde outros estavam, então o que acrescentava um

110
planeta por segundo, estava colocando 4 planetas por segundo. Mas
agora com informações dos sistemas solares pertencentes, então o
mapa começava a brilhar, tinha de aproximar algumas áreas para saber
o que tanto tinha ali, e sorri da ideia maluca de ter aquilo, de nunca ter
pensado no passado próximo em ter algo tão complexo como as
empresas que fez questão de criar, elas aceleraram tão rápido ao ponto
que estava, um mês que ele juraria ter sido há anos atrás, e tudo
indicava uma aceleração de mais um ano e três meses.
Pedro termina de passar as coordenadas para autômatos de
norte a sul do País, repara nos prospectos de Pietro e começa a pensar
em como fechar a Europa, teria de fechar por partes, mas começa a
planejar o fechar do Mediterrâneo, 4 pontos principais, e parte teria de
passar em terras dos príncipes, pois não adiantava fechar por um lado
e a agua entrar invadindo por outro, pois seria bem mais complicado.
Áreas superpopulosas na China, todas a poucos metros do nível
do mar era um problema serio, que Pedro ainda não pensara.
Pedro aciona as naves em Cabo Canaveral, testa os
equipamentos instalados, e os rapazes da Base apenas ouvem o alerta
de saída, e olham o grande painel a frente se desenrolar e saem para as
salas de observação, os sistemas confirmam o correto funcionamento e
o painel fixou no endereço de saída, no satélite que ainda não sabiam a
procedência, e começa a lançar os primeiros 16 discos no sentido do
Sol, os funcionários veem o portal se abrir e as naves acelerarem por
ali, o portal se fechar e começar a dar informação do sentido, Pedro
olha o sentido o ajustando e cada uma das naves sai em um ângulo no
sentido ao sol, no começo pareciam andar quase juntas, mas a
distancia as deixaria bem distantes umas das outras.
Pedro olha para os dados e recebe a ligação de Carlos.
— Boa noite Carlos, algum problema?
— Parece que não está esperando os demais, mesmo
escondido? – Carlos.
— Carlos, eles me dão uma data que eu não confio, então quero
ter certeza que não estaremos em meio a uma elaboração de defesa e
queimaremos ao sol, uma coisa que me alertaram hoje, e que não
havia me tocado, o calor da explosão vai chegar 60 horas após o
acontecido, mas o clarão do céu vai inviabilizar olhar para o céu
durante o dia, podemos ter gente olhando e tendo problemas de visão
em uma hora que todo transtorno pode nos complicar.

111
— E qual a ideia em si?
— Temos o estudo avançando sobre o cristal silício carbono em
San Diego, é o material das janelas das embarcações, ela retêm 90% do
que nos é fatal, então vamos acelerar a fabricação de armações de
óculos de proteção, deixando apenas o colocar das lentes, assim que
eles disserem ser seguro, quero as pessoas trabalhando, mas seguras,
tem de ver que protetores solares também serão bem vindos.
— Já se inteirou do resultado do levantamento do caos nos
Estados Unidos?
— Carlos, pensa em uma forma de proteger os Franceses, pois
vamos precisar de todas as ideias possíveis.
— E o que podemos considerar possível.
— Vou passar os meus planos para o meu estado, dai vê se
encaixa algo assim, em todos os locais que der para colocar algo assim.
Carlos olha os dados e se despede de Pedro.
Pedro atravessa pelo portal para Los Alamos, vê que estavam
agitados, olha para as colocações de Paul e olha para o conjunto de
pessoas, chega a frente de Paul que indaga.
— Veio verificar?
— Como estamos Paul?
— Chegando a porta 78, estamos fazendo bases do lado de lá,
isoladas do planeta, pois ainda não é seguro.
— Não bobeia nos meios de segurança, se ele pifar, para todos
até concertar as coisas.
— Mas veio apenas olhar?
— Vou falar com o General ao lado e depois vou a San Diego.
— Então vai a cova do General.
— Não, marquei no Mac, na cidade.
— Eles nem sabem que tem uma saída lá.
— Por mim também não saberão, mas mantem os testes, quero
olhar os resultados, não adianta ficar olhando uma metralhadora
24horas, preciso do resultado dos testes.
Pedro se despede, sobe em um elevador que dá em uma casa na
cidade de Los Alamos, ele olha a casa, toda revirada, sorri, eles devem
ter olhado aquele armário vazio e continuaram a procurar no resto,
olha a porta apenas encostada, sai por ela, ele era um estranho na
região, então alguns olham-se perguntando quem era, ele caminha

112
calmamente ate a lanchonete pede um sanduiche e uma coca grande e
senta-se a mesa ao fundo.
Pedro estava comendo quando viu aquela leva de militares
fecharem a rua, e um carro vir da base, não sabia se era padrão este
tipo de comportamento, mas obvio, algo estava acima do que ele
esperava para aquele momento.
Olha os poucos clientes olharem para fora, como se esperassem
que algo acontecesse, mas apenas um carro passa em meio aos demais
e para a frente da lanchonete, Pedro estava comendo, não queria
problemas, mas olha para a TV e ouve algo que não parecia fazer
sentido.
Pedro presta atenção e olha uma ação de tomada da base em
San Diego, em sua mente veio a pergunta se teria de recomeçar tudo
de novo, olha o exercito fazendo uma operação e esta sendo narrada,
na noite em Cabo Canaveral, Pedro sorriu, pois se eles queriam
problemas, parecia a um passo dele, estava olhando para a TV quando
um rapaz chega a mesa e fala.
— Levante-se lentamente.
Os clientes olham aquele menino de nada, levantar a mão e
olhar assustado, ele estava entretido tentando entender, algo que
desencadearam naquele momento, como se não quisessem o espantar
dali.
Pedro solta o sanduiche e levanta as mãos, talvez o menino
sentado parecesse mais ameaçador do que de pé, o rapaz fez sinal para
ele virar-se e o revistou.
— Limpo.
Alguém deve ter falado algo pelo comunicador e Pedro sente o
rapaz passar a mão na altura de seu peito, e fazer a revista bem
minuciosa, e repetir.
— Certeza, limpo.
Pedro ficou virado a parede, se queriam o revistar, que o
fizessem, mas encostou as mãos e nem olhou para traz, ele estava se
enchendo de ajudar, Pedro viu o celular tocar sobre a mesa, mas nem
olhou para ele.
— Pode sentar menino.
Pedro olha para o rapaz e para o grupo de armas apontadas para
ele e toca o peito, logico que ele brilhou, olha para o rapaz e fala.
— Tem coisa que não se explica com uma revista soldado.

113
Os demais que apontavam a arma para o menino, ficaram
olhando para ele, como se tivesse de parar de brilhar.
Pedro olha para a porta e vê o Presidente novamente, este cara
não cansava de mudar de opinião.
Os demais olhavam aquilo sem entender, cidade de cientistas
malucos em projetos secretos, deixava a maioria totalmente alheia aos
problemas do mundo.
Pedro afasta o prato ao lado, perdera o apetite, ainda não sabia
se teria de sumir, pois nada lhe alertara nada, olha a TV e olha a base
Oficial da NASA sendo tomada, olha o conjunto de imagens do local
onde os soldados desciam, sorri e olha o presidente.
— Como está Presidente? – Pedro.
— Calmo?
— Fora do campo, apenas esperando Dallan para dizer com
quem ele tem de falar, que estarei longe.
— Não está preocupado?
— Senhor, se eles atirarem, eu saio vivo, já o senhor, melhor se
jogar no chão.
O presidente olha aquele menino, parecia que naquele dia ele
queria aparentar bem o que era, o Pedrinho.
— Não estava falando disto, e sim da invasão das bases que você
basicamente nos tomou no País.
— Elas são para vocês, qual o problema presidente, eu não
pretendo me esconder nem no Cabo Canaveral e nem em San Diego,
muito menos aqui em Los Alamos, na verdade vou estar em meu país,
ajudando lá, pois vocês tem estrutura, nós ainda temos de correr
contra o tempo para chegar perto do que vocês tem aqui.
— Pensei que estaria uma fera.
— Estou perdendo tempo senhor, como disse, estou tirando-me
do campo, vocês não me levam a serio, preciso de pessoas que levem o
problema a serio, pois ainda estão passeando.
— E se pararmos as suas fabricas.
— Se as pararem, melhor estar em um buraco no dia senhor,
pois não vamos levantar proteções extras, e tudo no chão vai queimar,
uns poucos sobreviventes, mas se o fizer, está assinando que quer isto,
mas como disse antes, eu sai de campo, vocês que corram, pois não é a
base que importa, é a técnica que ela permite desenvolver.

114
— Sabe que me indicaram conversar, mas você é um nada e
insistem em lhe dar importância.
— Eu sou um nada presidente – Pedro levanta a voz e fala para
todos ouvirem – Sim, um nada, que manda fecharem a rua, me
revistarem, me apontarem 20 armas, para o valente presidente
americano sentar a mesa.
Pedro o encara, todos viram isto, Pedro não precisava daquilo e
fala.
— Se veio apenas me prender e comunicar que a grande
ameaça, eu, foi preso, que retomou as bases, elas são para seu povo, e
não é retardado, quer economizar um dinheiro que não vai ter valor se
acontecer o que a NASA estabeleceu até a data, enfia no Cu que não
entende nada Presidente.
Pedro toca o peito, e some da visão dos demais, ele pega a Coca-
Cola, pega o celular, disca código 6 e dispara a todos, se era guerra,
agora seria declarada.
Sai pela porta e volta caminhando até a casa, atravessa para a
base em Los Alamos, algo que era tido como desativada, olha Paul e
fala.
— Esta coisa de politica não entendo nada, mas isola apenas o
que eles tentarão ter acesso, todas as entradas cadastradas vão trazer
os nossos aqui, e jogar os demais em uma ilha deserta em Kiribati, sem
nada além de uma sombra de uma nave a 800 metros e um isolamento
total via campo.
Pedro liga para o General Dallan e fala.
— Apenas ouve Dallan, estou fora, então qualquer contato ou
informação será através de Paul, vim para lhe apresentar os demais,
mas se vocês tem um presidente cagão nesta hora, o problema é de
vocês.
— Mas sabe que eles podem querer parar tudo.
— Se fizerem isto general, esteja na entrada da base de San
Diego no dia do acontecido, pois tudo vai queimar, tudo que não
estiver protegido, pois como disse, preciso de 8 meses para levantar a
proteção, eles querem nos atrasar, sinal que querem nos proibir de
proteger os que não pagaram por um buraco, não sei se eles são
espertalhões ou Idiotas, ou os dois, mas se cuida.

115
Pedro desliga e Dallan olha para Sabrina, estavam se preparando
para ir a lanchonete quando a operação aconteceu, mas ele não tinha
acesso ao que o menino tinha.
Pedro liga para o Almirante Leon e fala.
— Qual a gravidade Almirante?
— Eles tomaram a antiga base, mas a base abaixo está isolada.
Pedro dá um comando e as pequenas naves começam a se ligar
e voltar a nave maior, e a mesma parece flutuar, um momento estava
ali, no segundo seguinte todos ouviam o quebrar da velocidade do
som, para cima, pois elas dispararam com tudo, gerando uma
movimentação rápida do ar que fez o barulho, pois elas eram
silenciosas.
As naves vão no sentido da Lua, enquanto Pedro fala.
— Mantem a calma Leon, a partir da Segunda, quem entrará em
contato com você é Pietro, queria dar um pulo ai hoje, mas se eles
estão por perto, não vou aparecer.
— Certo, e os rapazes do exercito que sumiram?
— Sobre uma ilha em Kiribati, em meio ao Pacifico.
— Os jogou mais longe?
— Almirante, quando eles vão olhar os dados, não temos como
salvar todos fazendo o que fizemos, eles querem oque, morte a todos
que não pagaram?
— Não duvido.
— Almirante, vou iniciar o isolamento naval de San Diego,
aquele plano que estava apenas no papel, vou estruturar uma cidade
subterrânea para os habitantes, e vamos isolar todas as entradas baixas
na região, se eles não entenderam que escolhemos sobreviver, que não
saibam que sobrevivemos.
— Não vai isolar desta vez?
— Isolar, não desativar, eles vão odiar, mas senhor, temos um
ano e três meses para isto, não vai dar tempo, e eles ainda querem
atrapalhar.
— Vou alertar todos.
— Se cuida Almirante.
Pedro atravessa para Curitiba e olha para a parede com aquela
imensa tela e aciona os autômatos para fazerem uma parede de
proteção para ela, não iria deixar aquilo tão visível.

116
O presidente estava olhando para o menino, olha o pequeno
clarão e o vê sumir, olha em volta, todos se olham, olha para fora,
alguns saem, nada, olha para um rapaz da CIA chegar a ele e falar.
— Estamos monitorando as ligações dele senhor, mas não o
vimos sair, ainda em silencio.
— Como ele faz isto?
— Ninguém sabe senhor, parece que mesmo os rapazes que
estamos pressionando, não sabem.
— Alguém entrou nas bases?
— Ainda não saíram senhor, mas sim.
— Me façam isto descente, este grupo parece mais organizado
que todos os nossos juntos, e não tem como o ser.
O senhor passa o que o menino passou para Dallan e o
presidente diz que iriam a base ao lado.

Dallan olha os dados e pergunta para Sabrina.


— Onde ele colocou as naves?
— Kiribati e Guiana ainda estão lá, as duas parecem ir para a lua
senhor.
— O que o presidente quer?
— O que o menino não entregou, o que não foi pago, o que o
menino nem acabou ainda, mas o presidente vem ai.
— Não sei o que fazer Tenente, eles nos querem perseguindo
ele, pois você parece adivinhar o que ele vai fazer, nos recusarmos a
continuar, vão lhe por em um laboratório na Virginia.
— Vamos subir.
Os dois vão ao corredor de saída, pois aquele local eles não
teriam acesso, sobem e vão a uma sala de dados, muitos acreditavam
ser aquela a sala de comando do lugar.
Estavam ali verificando os dados, e veem o presidente entrar
após um grupo de militares que forçavam a entrada.
Dallan faz sinal para os rapazes baixarem as armas e fala.
— Podem baixar as armas, é só o presidente.
— Ele não tem autorização. – Um dos rapazes.
— Ele não deve ter nos comunicado da informação a tempo
rapaz, estamos do mesmo lado.
Os rapazes acalmaram e o presidente olha para Dallan e fala.
— Tem certeza que estamos no mesmo lado?

117
— Eu estou, o de salvar a maior quantidade de Humanos
possível – Dallan olha o agente da CIA aos fundos e fala – Aquele ali
tirem da minha frente, pois ele nos roubou aqui da ultima vez que
esteve com aquele Pietro, odeio gente que se diz CIA e é agente de
empresas inglesas.
Os rapazes foram forçando o senhor a recuar e olha para o
presidente.
— O que o traz a nós presidente?
— Sei que o menino ligou para você.
— Eu iria encontrar ele no Mac, não fomos porque soubemos da
operação, então obvio que ele me ligaria.
— Como ele some daquele jeito?
— Senhor, ele é uma criança, mas se acha que entendeu o que
ele pode, sinal que não entendeu nada, pois nós tentamos descobrir
isto, e temos só uma pequena parte.
— Ele parecia calmo, como pode parecer calmo, o que ele sabe
que não sei, como um menino daquele tamanho pode me passar para
trás.
— Se ele estava calmo, sinal que nada do que fez ele não
esperasse que fizesse senhor, a diferença de alguns que sabem que
vamos tomar o que ele fez, como Pedro Rosa, é que o que ele espera
não o preocupa, se ele estivesse nervoso, ai sim, teríamos pisado no pé
dele, mas não entendi a operação de hoje, o senhor sabe o que está
fazendo, parando o que pode salvar o planeta, para mais uma vez
apoiar uma operação da CIA, como estamos hoje, o senhor estaria lá
protegido, nós torrados, é o que quer presidente?
Dallan não gostou do acontecido, ele também estava se
enchendo daquela briga de gato e rato.
— Queremos os buracos que ele fez.
— Quer dizer os que ele está fazendo, pois nem cama tem lá
senhor, e sinal que quer se esconder e nos deixar queimar, pois não é o
que está parando, está parando a parte técnica que quer tentar uma
saída, porque senhor?
— Melhor conter as palavras general.
— Esta me mandando calar a boca, sinal que é bem o que quer,
mas a pergunta senhor, que todos aqui querem responder, o que fará
com o dinheiro que não gastou com o menino, pois ele não terá valor
nenhum se não conseguirmos evitar, dois grupos internos ao país estão

118
tentando resolver, e manda invadir, que tal falar para os soldados que
lhe estão protegendo que neste plano, eles morrem e o senhor fica lá
enterrado, enquanto estiver comida, mas não quer dizer que
sobrevivam.
— Está nervoso.
— Sim, veio a uma base secreta, com um rapaz que nos roubou
na ultima tentativa da CIA de matar o menino, ele disse que precisa de
paz para descobrir uma saída, ele pode ter deixado visível hoje senhor,
50 pessoas, mas garanto, nenhuma delas deu os comandos de saída
das naves de San Diego e Cabo Canaveral, uma hora vai conseguir o
fazer desistir, e continua tentando, precisávamos de um presidente
firme e não a merda que você está se mostrando presidente.
— Acho que vou ter de lhe mostrar quem manda.
O general olha para a Tenente e fala.
— Se vamos queimar seja com classe, para tudo que diz respeito
a descoberta de formas de enfrentar isto, se só nós estamos levando a
serio, eles que comecem do zero, pois estamos bem próximo do zero.
O general olha para o presidente e pergunta.
— No que posso lhe ajudar Presidente?
— Me explicar como quer que levemos aquela criança a serio, já
viu ela pessoalmente.
Dallan não falou nada, ficou a olhar o senhor, Sabrina não teria
nada para fazer daquela parte, mas apenas desliga o sistema superior,
o que era fazer nada, mas apagava todas as telas a parede, dando a
sensação de que pararam tudo.
— Tem de ver que não podemos deixar o comando nas mãos de
quem não confiamos, que não podemos deixar nossa salvação na mão
de um projeto de gente, que está a frente de uma imensa empresa, ele
não é quem comanda a salvação, achar isto é um erro.
Dallan continuou em silencio, pois já falara sobre isto varias
vezes, e não explicava a ação em Cabo Canaveral parando tudo.
— Não vai nem se defender, pois está querendo entrar em um
processo militar general.
— Processos militares não passam na sua mesa senhor, mas
ainda não perguntou nada que não saiba a resposta, para que lhe dar
armas por péssima interpretação.
— E discorda do que falei.

119
— Senhor, se vai por gente da CIA, na porta dizendo quem pode
viver lá dentro e quem não, prefiro nem saber onde fica este lugar, pois
vão me matar na porta, se quer dispor a sua vida na mão de malucos,
que querem destruir nosso sistema de defesa antes mesmo dele estar
pronto, não sei o que responder, pois eles não sabem de nada para ser
seguro onde eles estiverem, e se o senhor, depois de combinar algo 3
vezes com o menino, está novamente o tirando do campo, ele tem
razão, para que ficar nele.
— Dizem que ele tem como tirar gente do planeta.
— Eu não acredito que ele tenha, pois ele não estaria criando
sistemas de proteção, buracos, campos de reflexão no planeta dele se
ele acreditasse no que o senhor falou.
— Disseram que podemos tomar o lugar lá e sobreviver.
— Se vai declarar guerra por um buraco que ele quer lhe
fornecer, sinal que não deveria ser o presidente senhor, pois está só
pensando seu rabo, e não trabalho para um presidente, eu trabalho
para minha nação.
— Acha que está falando com quem?
— Senhor, se existe a possibilidade, tens de alertar seu povo, o
menino queria terminar de organizar para começar a falar, mas o
senhor não está tentando, está seguindo as cegas, sei que tem o
afastamento do seu secretario de estado assinado para amanha,
porque acha que consegue o que queria poder lhe fornecer, mas não
tenho como.
— Acho que está levando ele muito a serio.
Dallan olha para a tenente Sabrina e fala.
— Põem aquela imagem que o menino deixou aberto no
sistema, que ninguém sabe onde está, mas que parece que a CIA não
mostrou para o presidente.
Sabrina olha desconfiada, liga o monitor, e acessou o sistema e
coloca na tela a imagem do barracão, olha o presidente se levantar e
olhar para a imagem e falar.
— Onde fica isto?
— Ninguém tem o IP que dá como maquina que filma, esta
câmera, é a única coisa ativa em um IP que o menino tenta nos
convencer que está em Kiribati, no Pacifico, ao sul do Havaí.
Sabrina gira a câmera e o senhor viu que era um buraco, não um
barracão, e girando os 360° a única diferença era que tinha autômatos

120
para todos lados, ou de costas, ou de lado ou de frente, a perder de
vista.
— Quantos autômatos tem ai?
— 300 mil autômatos, de 10 metros. – Sabrina, que coloca uma
imagem que rodou a internet, quando da saída Gerson da Delegacia –
Estes senhor.
— E mesmo assim acha que não devemos o atacar? – O
presidente.
— Senhor, ele ainda está ajudando, ele não nos ameaçou, ele
dispôs isto em algum lugar, mas acho que para ele fica mais fácil, se
todos se recusarem a querer ajuda, ele lava as mãos, se defende e não
vai precisar sentir a culpa de não ter ajudado.
— E porque a CIA quer lhe tirar do cargo?
— Pois eles acham que terão acesso a uma destas maquinas,
que me roubaram, e que consegui uma segunda para estudar para
formar nosso exercito, todos os autômatos que estão em San Diego,
estão com o sistema do menino, mas são autômatos de serviço, estes
daí, dizem ser autômatos de guerra.
— E não abre isto fora daqui?
— Senhor, estes que vieram com o senhor, roubaram desta base
na ultima tentativa de Matar o menino, um autômato muito
semelhante ao que vê na câmera, mas eles venderam a uma empresa
Inglesa, mas acho que eles não entenderam o problema, eles acharam
que era só levar e pronto, tem muita coisa a descobrir, é isto que a
base de San Diego está fazendo, quem está fazendo são militares
nossos, mas obvio, se vai dar acesso a alguns que não estão
cadastrados, terá de os procurar, pois estarão largados em algum lugar
que não é San Diego, e sim alguma porta apenas de ida.
— E como ele teve acesso a tanta tecnologia, não parece
possível que aquele menino seja importante.
— Senhor, ele é quem mantem o dinheiro limpo que paga os
salários, obvio, se tivesse como ter um milhão das melhores mentes
mundiais trabalhando para mim, teria o que ele tem.
— E porque o apoia?
— Ele está investindo um trilhão de dólares senhor para por um
sistema no espaço que pode nos proteger se o evento durar menos de
44 horas, ninguém além dele, vi dispor dinheiro neste sentido, pois é
salvar a todos, se o evento for rápido.

121
— Pensei que ele já tivesse feito isto?
— Senhor, no fim do ano, estaremos lançando quase um satélite
por dia, e todos eles, quem está pagando, é o menino, ele pode não ser
quem está fazendo os satélites, dando as ordens, mas é quem está
pagando a conta, mas ele afirma, e não duvido, que se a duração for de
60 horas, mesmo com esta proteção, perdemos mais de 6 bilhões de
vidas, então ele ainda está pensando em como evitar e proteger as
pessoas a Terra, mas se não teremos a empresa dele fazendo buraco,
melhor colocar este pessoal da CIA a fazer buraco, pois pelo menos eles
dizem ser bons nisto, duvido.
— Eles analisam riscos general, e me apontam o senhor como
perigo.
Dallan apenas olha o senhor, ele não tinha como se por
diferente, estava confirmado o evento, e o senhor a sua frente estava
parecendo querer mostrar serviço, e isto não era bom.
Sabrina desliga o monitor depois de olhar para ele e bate
continência e fala.
— Permissão para me retirar senhor.
— Pode descansar, podemos nem estar a serviço amanha, então
não se desgasta.
Sabrina sai e Dallan olha para o presidente e fala.
— Tem uma coisa que gostaria de pedir apenas presidente, não
precisa fazer, mas pensa, mas deixa o menino terminar a proteção,
quer parecer quem manda, espera ele defender o que pode, pois vejo
que amanha não estarei aqui, e desculpa, se vão se esconder, que Deus
os proteja, pois vão precisar.
O general sai pela porta indo no sentido da saída e o presidente
olha para todos lados e olha para um militar ao fundo e fala.
— Sabe que tem de o afastar.
— O senhor não ouviu nada presidente, tem certeza, pois vai ter
de pedir por escrito, pois depois vão dizer que eu pedi.
— Me desafiando General Paul?
— Não, mas pelo jeito tem coisa ai que os dois não falaram, e
que o General sabe, e que nem pode falar, e o senhor não falou para
que eu não soubesse, então pede oficialmente, pois se desandar, não
serei eu que terei de ser afastado por mentir.
O general fez sinal para os seus rapazes começarem a se retirar e
o presidente olha o agente da CIA ao longe, encostado em seu carro.

122
A segurança pessoal do presidente abriu caminho e chegam ao
carro e senhor falou.
— Deixou me tirarem de lá presidente.
— O que roubaram de Dallan, pois ele eu afasto, mas se vocês
estão apenas querendo algo que desagradou o senhor ali, pelo jeito
também não me falaram sobre os verdadeiros riscos que estamos
enfrentando.
— O que ele falou que lhe deixou estranho presidente?
— Um exercito de 300 mil maquinas, que nem ele sabe onde
está ainda, mas estava tentando descobrir, mas parece que nem vocês
sabem onde está.
— Tem certeza da quantidade?
— Acho que tenho de falar com alguns em Washington, depois
nos falamos.
O Carro deixou o presidente no aeroporto de onde pegou um
helicóptero do exercito.
Sabrina recebera um pedido de esclarecimento e desceu no
lugar de ir para casa, e olha o pedido de conversa do menino e abre
comunicação, Pedro viu que ela deixou aberta a segurança, sorriu e
perguntou.
— O que não entendi Tenente?
— Que eles tem medo, querem seu exercito, e não acreditam no
evento.
— Estarei afastado, se precisar, passa uma mensagem, acredito
que mensagens eu consigo receber onde vou estar?
— E onde vai estar?
— Pelo jeito minha missão neste mundo é maior do que pensei,
e não adianta fugir dela.
— Não vai falar?
— Não, toda vez que falei não deu certo, mas devo estar por
perto na Segunda, tenho aula.
Sabrina sorriu e Pedro foi para casa, estava querendo entender
que teria de fazer, e não tinha ideia da encrenca que estava preste a
entrar.

Continua...

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J.J.Gremmelmaier

Atlântida
Crônicas de Gerson Travesso
31

Primeira Edição
Edição do Autor
Curitiba
2016

126
Autor; J. J. Gremmelmaier
Edição do Autor
Primeira Edição
2016
31- Atlântida
------------------------------------------
CIP – Brasil – Catalogado na Fonte
-----------------------------------
Gremmelmaier, João Jose
Atlântida – Crônicas de
Gerson Travesso 31, Romance
de Ficção, 66 pg./ João Jose
Gremmelmaier / Curitiba, PR. /
Edição do Autor / 2016
31- Atlântida
1 - Literatura Brasileira – Cronicas de Gerson Travesso
Romance – I – Titulo chega a sua 31ª parte, vamos forçar
-------------------------------- Pedro a enfrentar uma de suas
85 – 62418 CDD – 978.426 maiores aventuras, rapida mas
imensa, para tentar ajudar alguem,
As opiniões contidas no livro, que todos os demais acham não
são dos personagens, e não precisar de ajuda.
obrigatoriamente assemelham-se as
opiniões do autor, esta é uma obra de
ficção, sendo quase todos os nomes e
Agradeço aos amigos e
fatos fictícios. colegas que sempre me deram
É vedada a reprodução total ou força a continuar a escrever,
parcial desta obra sem autorização do
autor.
mesmo sem ser aquele escritor,
Sobre o Autor; mas como sempre me repito,
João Jose Gremmelmaier, escrevo para me divertir, e se
nasceu em Curitiba, estado do Paraná,
no Brasil, formação em Economia, conseguir lhes levar juntos nesta
empresário a mais de 15 anos, já teve de aventura, já é uma vitória.
confecção a empresa de estamparia, ele
escreve em suas horas de folga, alguns Ao terminar de ler este
jogam, outros viajam, ele faz tudo isto,
a frente de seu computador, viajando livro, empreste a um amigo se
em historias, e nos levando a viajar gostou, a um inimigo se não
juntos. gostou, mas não o deixe parado,
Autor de Obras como a série
Fanes, Guerra e Paz, Mundo de Peter, pois livros foram feitos para
os livros Heloise, Anacrônicos, cria em correrem de mão em mão.
historias que começam aparentemente J.J.Gremmelmaier
normais, mundos imaginários,
interligando historias aparentemente
sem ligação nenhuma;

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Atlântida
Crônicas de Gerson Travesso 31

J.J.Gremmelmaier
©Todos os direitos reservados a J.J.Gremmelmaier

A novela Crônicas de Gerson Travesso


chega ao seu Trigésimo Primeiro capitulo,
vamos pela primeira vez neste aventura,
pisar em Atlântida, a Cidade dos Mundos.

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Brasília, nunca pensei estar onde estou, e
ao mesmo tempo, olho para os dados e chego a
conclusão que temos de crescer, e se puder
gerar algo que dará recursos, que dará
visibilidade ao que precisamos fazer e ao que
podemos deixar para depois, não posso apenas
dizer não.
Alguns me acusaram nas redes sociais de
ter aceito o cargo pois me daria fórum especial,
para estes apenas falo que meu cargo aqui é
temporário, ele vai até fim de novembro do ano
que vem, quando a minha parte já terei feito, e abrirei o caminho para
os mais novos, que tem ideias novas, então ainda vou responder aos
crimes, não temo a lei, e sim a inercia dela.
Referente a remanejamentos, desculpa os inertes, somos um
grupo que gosta de trabalho, se quer apenas encostar em nós, melhor
pedir para sair, pede para seu padrinho por em outro lugar, pois no
ministério da comunicação vai ter trabalho.
Estamos querendo voltar a era da comunicação, se tem medo de
ficar sem internet, esqueceu que é mais fácil controlar vocês lhes dando
banda e liberdade.
Me perguntaram se me afastei de minhas empresas, escrevo esta
crônica, pois o resto, tem gente mais competente tocando.
Se a pergunta é se acho que deveriam por alguém mais
competente neste ponto, talvez isto fique para quando terminar de fazer
o que tem de ser feito, pois neste momento, não é saber fazer que está
em jogo, e sim, saber o que a presidente quer, e saber o que é
importante nesta hora, é mais importante que o saber ou ter formação
em telecomunicações.
Gerson Travesso
Curitiba, 31 de Julho de 2011

130
Era as primeiras horas do dia, quando Pedro abre a porta para o
Cairo, e sai olhando o inicio do dia.
Olha para Rose e para algumas meninas e fala.
— Bom dia, precisamos conversar, e hoje tempo é essencial,
então vou tentar acelerar, e espero que entendam, tempo agora é
essencial.
— Mas o que pretende fazer? – Rose.
— Vamos dispor de um caminho, e em meio a gelo para todo
lado, vamos entrar em uma cidade que não existe para muitos.
— Mas começamos por onde?
Pedro sai a andar pela sua e para na casa que não via nada além
das paredes, olha em volta e pergunta para as meninas.
— Seria esta casa?
— Sim, mas qual a ideia?
— Recomeçar uma aventura, que foi totalmente diferente do
que deveria.
— Mas se nem vê os seres, como vamos conseguir? – Rose.
— Rose, na cidade do Cairo, eu sou apenas um menino que usa
tecnologia, mas que não pode usar os dons divinos, pois iria atrair mais
problemas do que o normal, mas estou pensando, pois você que falou
com Liliane, como ela conheceu Faustino, se ela não foi as Ilhas Lively?
— Ela me contou que o conheceu na missão, era alguém que
estava na lista de pessoas que ela deveria tirar do caminho, mas que
não conseguiu e quase desistiu de tudo, quando sentiu que não podia ir
contra seus sentimentos.
— Quem reescreveu a missão?
— Leon, um Quimeriano local.
— Problemas e mais problemas, mas sinal que ele sabia da
existência dela.
— Dizem que ele acompanhava a vida dela desde as primeiras
horas, mas nunca entendi esta ida ao passado.
— Esta ida ao passado, pode ter feito o despertar de um
querubim nesta realidade, para me ajudar, pois ele precisava ajudar e
não teria como o fazer sem me ajudar.
— E o que faremos.
— Vamos a Londres, e de lá para o atlântico sul.
— Londres? – Uma das meninas sorrindo.

131
Pedro viu Rose sumir dali, ele caminha até o portal e o atravessa,
ele ainda tinha de fazer as coisas da sua forma.

Gerson olha para o general Guedes parar a sua frente e falar.


— Porque devemos nos reportar a você, senhor?
— Não devem, mas sei que foram informados por meu filho que
os americanos estavam falando em um evento solar, que estavam se
preparando para algo assim. – Gerson.
— Ninguém acreditou mesmo.
— Problema de vocês se são irracionais, mas a NASA confirmou
o evento e estamos todos nos preparando para o mesmo entre
outubro e novembro do ano que vem, gostaríamos de mantê-los
informados sobre os acontecimentos, para que mantenham a ordem.
— E se não quisermos entrar nesta farsa?
— Pede o afastamento e deixa o cargo para um militar de
verdade, pois somente farda, não transforma gente em militar, pois se
vão se fazer de inertes, substituímos todos vocês em horas.
— Isto é uma ameaça.
— Pedindo cooperação para salvar seu povo, e não é idiota, mas
se recusa a proteger o povo, sim, é uma ameaça, pois não vou ficar
discutindo com gente que ouve um cagão como meu pai, e se recusa a
cair na real.
— Vou passar a informação a frente, mas o exercito do Brasil
não é objeto de uso pessoal senhor Gerson.
Gerson olha para a porta e olha para a moça a porta.
— Entra Priscila.
O militar a olha serio e Gerson fala.
— Se não vão ajudar, não me peçam um buraco para se
esconder na hora H, pode sair, vamos decidir como enfrentar sem
vocês.
Priscila olha para o senhor saindo e pergunta.
— Problemas?
— Todos, o exercito ainda me quer morto, e nitidamente estarão
contra nós o tempo inteiro.
— E como vamos enfrentar?
— Desviando o exercito, Pedro me passou um esquema de
organização.
— Como assim?

132
— Em cada um dos 26 estados estamos no dia de hoje criando
nossos campos de treinos, onde será criado campo de pouso,
barracões, e teremos 100 naves circulares de 22 metros, vamos
começar a treinar o pessoal para pilota-las, vamos estabelecer um
modelo de sistema antiaéreo, construindo 26 ouvidos de radar, e 300
peças de transporte por ponto, vamos criar por semana um por estado
por 15 meses, para termos mais de 60 bases de resistência e
organização por estado, ou como Pedro escreveu, 6 vezes o exercito
atual em 15 meses, a nosso favor.
— O que ele pretende com isto?
— Sena, imagina a gente fazer tudo isto e um sistema do
exercito nosso nos atrapalhar bem na hora que não temos tempo,
precisamos agir.
— Entendo, mas ele tem uma ideia?
— Sim, tomar as ruas, as bases, por as pessoas a fazer o que
ordenarmos, estamos falando em tomar o país por 10 dias.
— Vão ter problemas depois, sabe disto.
— Eles que sabem se devolvemos o país ou não.
Sena sorriu.

Dallan estava em casa, quando viu os carros do exercito


cercarem a casa e sai a porta, com armas apontadas para ele, olha para
o general e fala.
— Senhor, está preso por conspiração contra nossa nação.
O general não falou nada, sabia que muitos deveriam estar
sendo barrados e presos, mas nem imaginava o quanto as coisas
estavam complicadas, viu eles o conduzirem ao aeroporto indo para
Washington, e quando chega lá, vê Banneker e outros do comando,
ficou pensando em como se enfrentaria a inercia.
Dallan senta-se em uma sala e olha para um general que não
conhecia chegar a sua frente.
— General Dallan, as acusações contra o senhor são graves, o
que tem a dizer.
— Adianta, se vocês vão deixar a CIA matar a todos general,
morremos, mas não me culpe quando ver sua nação queimar.
— Não sei do que está falando, aqui diz que você dividiu
tecnologia nacional com empresa estrangeira,.
— Provas que não sejam um relatório da CIA?

133
O general olha para os papeis, e fala.
— Bem consistentes?
— Então deve dizer ai que eles querem novamente roubar a
base de Los Alamos, mas se já estou condenado, sem direito a nem
uma defesa, não entendo o que estamos conversando.
— Não está condenado ainda, tem direito a me responder.
— Esta pasta ai é de execução General, mente tão mal como o
presidente que a assinou.
— Saberia onde está entrada da base de San Diego?
— Não trabalho em San Diego general.
— Mas tem uma transcrição de que um inimigo do estado
mandou o senhor se apresentar lá se tudo desse errado.
— Lhe explicaram o que é o Tudo?
— Sei referente ao evento solar, se é sobre isto, mas estamos
trabalhando nisto.
— Duvido senhor, pois burocratas não trabalham, atrapalham,
mas continua a afirmação, não trabalho lá.
— Sabe onde o Almirante Leon está?
— Deve estar prestes a dar um chute na bunda do presidente,
para ele acordar que se vamos morrer, que ele morra junto, já que não
existe presidente se não tiver nação.
— Acha que ele vai querer enfrentar a todos nós.
— Não entendeu General, se Washington deixa de ser a favor da
sobrevivência, as bases se isolam, eu não sou de não enfrentar, mas
aposto, pegaram apenas os técnicos, pois os generais, almirantes,
gente estruturada, esquece, eles vão se esconder, e sobreviver, vocês
que morram.

Pedro olha a base em Londres, a toda volta começam a surgir as


meninas e o telefone dele toca.
— Fala Almirante.
— Prenderam Dallan, Banneker e muitos técnicos.
— Acesso a algo importante?
— Não ainda.
— Já lhe retorno Almirante Leon.
Pedro pega o telefone e liga para Rockefeller e fala.
— Podemos falar Rockefeller?
— Problemas menino?

134
— Sim, se não entendem a importância de ter um local para sair
depois de um tempo e sobreviver, estou cancelando os contratos que
firmei com vocês, recorram, seguro o processo mais do que 15 meses,
e que morram todos.
— Não pode fazer isto.
— Posso, se pode atrapalhar meus negócios, posso começar a
estourar 12 de suas refinarias, e começar a lhe por no lugar senhor, é
covardia o que fez ontem, e se acha que não levaria para o pessoal, não
me conhece.
— Mas já temos os sistemas de entrada, acha que não vamos
nos defender.
— Espero que não tenha ninguém lá dentro neste instante
senhor, pois os buracos vão começar deixar de existir.
Pedro desliga e olha para Rose e fala.
— Tem um senhor na lanchonete a frente, ele é um
Oceanógrafo, ele tem como nos informar como chegar a – Pedro estica
a foto da entrada do local para Rose – este lugar.
— E se ele não quiser.
— Sei que sabe ser persuasiva, mas não esquece, são Fanes, que
não entendem de Dons, mas são todos Fanes.
Pedro olha em volta e olha para o diretor da base e fala.
— O que está acontecendo?
— O presidente Americano está pressionando a primeira
ministra da Alemanha para recuar.
Pedro olha para fora e acessa o sistema da Lua e olha a estrutura
que Pietro deixou no sistema e olha Carlos fazendo surgir em um
campo uma linha de prédios, via-se a cara de encantado dos senhores
do exercito.
Pedro acessa o sistema e passa um recado para Carlos que olha
os rapazes e fala.
— A ideia ainda é simples, mas estamos estudando ela.
Carlos viu o aproximar a nave e olha para a mesma cobrir o local
e se via o sol da mesma forma, pela altura, ficou a pensar se aquilo não
seria problema, mas os rapazes olharam para cima e a grande sombra e
Carlos fala.
— Sei que alguns vão tentar fazer seu governo parar, mas a
instrução, é proteger a ideia.

135
Carlos olha para cima e olha grandes autômatos se lançando ao
chão e se postando nos caminhos e termina.
— Vamos ter de fazer muita coisa, então vamos dispor de
proteção e vamos por gente para começar a levantar cada uma delas, a
parte estrutural pode ser rápida, mas o restante não é.
A primeira ministra olha para o assessor, ele passa o recado e ela
olha para o presidente Norte Americano na videoconferência e fala.
— Porque quer que não proteja meu povo Presidente.
— Está se aliando a um terrorista.
— Não respondeu presidente, me pressiona para não aceitar a
ajuda da empresa Rosa’s, a única que se propôs a enfrentar isto e vem
me ameaçar para não aceitar, qual a ideia para sobreviver então, o que
me oferece.
— Vamos tomar o que ele desenvolveu aqui e vamos dispor ao
mundo, através de nosso exercito.
— Não quero algo imposto, quero a liberdade de escolher, algo
que seja como ele propôs, não imposto, onde o senhor ai vai escolher
quem sobrevive.
— Tem de ver que vamos retomar os espaços em nossa nação e
vamos proteger toda a linha de sobrevivência, podem não ser muitos,
mas é um recomeço.
— Ou não entendeu o problema presidente ou está sendo
ingênuo, não sei o que é pior.
— Estou dizendo para não fazer a aliança, estamos dispostos a
defender nossas ideias.
— Estou declarando as regiões das 10 cidades de proteção área
restrita senhor presidente, e se tentar algo naquelas regiões, nos
defenderemos, se quer declarar guerra, vou a publico e declaro o que é
a ameaça, e que estamos nos preparando para nossa sobrevivência e
que o senhor nos quer morto.
— Não faria isto.
— Acorda presidente, quer pressionar e nem tem o que me
oferecer, tenha algo a me oferecer, depois me ofereça, mas enquanto
não tiver nada, fica ai na sua que vamos acelerando aqui.

Rockefeller chega a uma das bases na Virginia e olha para a


armação ao chão desfeita, olha para os demais e um fala.
— Porque disto Robert?

136
— Não vou pagar e ver um monte de inúteis sobreviver de graça.
— Mas porque entregar o menino, ele disse que poderia fazer
isto, ele quer ganhar dinheiro, tem tecnologia para abrir e fechar os
buracos, se duvidar está lá embaixo, mas ele nos tira o acesso e
teremos de cavar para chegar ao local.
— Mas ele nos vendeu.
— Sim, mas os prazos de entrega falam entre 18 a 30 meses no
máximo, ele pode afirmar que está no prazo, sabe disto Robert, não era
hora de bater em quem está ajudando.
— Odeio estes estrangeiros, ele não pode nos excluir da
sobrevivência.
— Ele pode senhor, sabe disto.
Nos projetos, todos eles tinham as praças principais, vãos
inteiros e únicos, Pedro devolveu a pedra ali, então a entrada deixa de
existir, pois era pelas praças e não sabia como podia vencer se os que
queriam a sobrevivência eram poucos.
O ex secretario de segurança liga para Pedro.
— Podemos falar menino?
— Lhe afastaram também pelo jeito.
— Sim, não sei a ideia do presidente, mas não pode desistir de
nós, não entendi a ideia.
— Secretario, você é um Fanes, vocês eu jogaria num buraco e
sobreviveriam, mas a ideia é salvar parte do planeta para
sobrevivermos, mas parece que aquele Rockefeller quer a redução da
população a no máximo 500 milhões, lhe lembra algo isto?
— Pedras da Geórgia, mas isto é lenda.
— Lenda fixa não é lenda senhor, mas se eles querem fazer parte
dos que não vão sobreviver, problema deles.
— Mas sei que entregou parte do que pagaram.
— Eles me entregaram, eles me queriam detido, então vou parar
de ser bonzinho com eles, se quiserem os buracos que já pagaram, que
paguem 6 vezes o que pagaram até agora, e vão ter os acessos em
outubro do ano que vem.
— Eles vão espernear.
— Que assumam para os demais o que fizeram, que fiquem
nervosos, mas quem mais está pressionando o presidente secretario.
— Aqueles agentes da CIA.

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— Certo, apenas se mantem longe senhor, que estarei em ação
na segunda, hoje nem tenho o que fazer, então mantem a calma, e
qualquer coisa, vai ao parque em Orlando, em Outubro do ano que
vem.
— Vai manter os seus protegido, sabe o que o maluco do
presidente pode fazer?
— Ameaçar. Ele esquece que tudo que ele acha que está sendo
redigido para ele, eu controlo Secretario, o sistema dele pode não ser o
meu, mas um sistema tão cheio de falha, que se ele quiser pode ser a
próxima ordem de prisão do Pentágono por traição.
— Não entendo sua calma.
— Eu tentei ajudar Secretario, eu já tenho em seu país mais
estrutura para salvar gente, que em meu país, então os meus
funcionários tem onde ficar, se vocês não querem sobreviver, eles vão
ter maior chance de aguardar o estabilizar da superfície.
— Tenta relevar o presidente.
— Na segunda penso nele senhor, no momento, por uma briga
com o Mossad, vou tentar salvar uma leva de Fanes, então se cuida, e o
convite fica de pé até outubro.
Pedro desliga, olha para um rapaz, um dos cientistas e ele
alcança um mapa enrolado e atravessa a rua, via que um senhor não
parecia entender o que Rose falava.
— Bom dia. – Pedro olhando para o senhor – Deve ser Cezar
Malte, oceanógrafo e experiente navegador.
— Mais um maluco, a menina disse que queria ajuda para ir para
um lugar que não sei onde é, para mim Atlântida é lenda.
— Sei que todos acham isto, mas deve ter recebido um caso de
um grande desmoronamento que ficou visível na Antártida.
— Sim, mas o que vocês tem haver?
— Meu nome é Pedro Rosa, da Rosa’s, mas ninguém me leva a
serio, pois meu tamanho não ajuda, deve entender hoje por que.
— Não consigo acreditar nisto.
— Capitão Malte, sei que não acredita, está na sua aura, Rose
está irritada com a descrença em sua Aura, mas ela como Fanes, lhe
respeita, mas temos uma missão, e não sei se estaria disposto a entrar
em uma corrida para ajudar uma amiga.
— Amiga?

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— Uma menina, a ultima de uma linha hereditária, ela estava na
cidade que não vê na imagem, mas que desmoronou, o nome dela é
Liliane Canvas. – Pedro olhando a reação, não sabia o que o senhor
sabia.
— Uma Canvas, tem certeza?
— Sim, talvez a ultima, mas aquele desmoronamento, deveria
ter sido evitado, mas como não conseguimos chegar lá a tempo,
estamos pedindo ajuda a quem podemos falar sobre Fanes, sobre seres
que assim como a cidade, são lendas para muitos.
— Seres?
— Ninfas, Centauros, Dantes, algumas famílias de Insetos.
— Não entendi?
— Senhor, a pergunta, gostaria de nos conduzir até o lugar desta
foto? – Fala Pedro mostrando a foto que estava a mão de Rose,
passando para o senhor.
— Mas não é o lugar do deslizamento.
— Quer chegar lá, ai é a entrada, ou vai querer entrar por um
caminho impossível de trafegar nesta época?
— Não sei como os levar a serio.
Pedro olha para o senhor e pergunta.
— Saberia me apontar no mapa onde fica esta formação, pago
por esta informação.
— Nem sabe onde é, e me quer convencer a ir lá.
— Tentei, se não tem credulidade, um Fanes que sabe ser Fanes
e duvida se alguém chegar e o convidar a uma aventura Fanes, para
mim, deixa de ser um guia, mas não respondeu se saberia me apontar
onde é esta formação.
O senhor olha irritado e Rose viu que o menino não pegou leve,
o senhor não queria ajudar, então o menino desviaria o sentido.
— Saiam daqui.
Rose olha para Pedro e pergunta.
— E agora.
— Poderia ir a casa daquela amiga sua, de Falklands, e levar esta
porta e a instalar lá?
— Quer ir por ciência, não entendo isto. – Rose.
— Eu sou humano, esqueceu?

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Rose pega um tecido da mão de Pedro e some da frente dele, o
senhor fica olhando para o feito, e vê Pedro dar as costas e sair, se ele
não ajudaria, tentaria de outra forma.
— Espere menino. – O senhor.
Pedro olha para o senhor e ele fala.
— Como ela fez este truque?
Pedro volta a andar, o senhor mesmo vendo ela sumir de sua
frente como se nunca estivesse ali, não acreditava, a aura dele
continuava a dando como descrença, Pedro lembra da diferença de
seus eu, em outras vivencias paralelas, a ideia parecia boa, mas pelo
jeito não fora, estava olhando a porta quando olha aquela moça entrar,
deveria ter uns 20 anos, olha para aquele rosto, perfeito e fica a olhar
para ela, sabia que a cada dia entendia de coisas que não entendera
como tocar as paredes do templo de Deus o dera, mas sua mente faz
automaticamente a comparação de distancias da face, aquele era um
exemplar Fanes na concepção dos Dragões, ele a olhava, mas ela mal
olhou para ele, passou por ele, ele vira-se e vê ela chegar até o capitão
Malte e falar.
— Tem gente estranha na rua, Dones disse falarem Hebraico.
Pedro olha em volta e fala sem sentir.
— Shit.
Pedro olha um grupo entrar e ir ao comandante e pega o
comunicador e fala.
— Me confirmem a situação? – Pedro em Inglês.
Um dos rapazes olha para todos os lados e fala do outro lado.
— Dragões com aquele Máximos chegando.
Pedro que havia colocado um nave sobre a obra em a Alemanha,
dá o comando e mais de 100 naves pequenas saem da nave,
sobrevoando a oeste, todas as cidades vendo aquilo, até um grupo da
CIA mandado ao local para tentar sabotar as construções, gente que
estava olhando os autômatos a protegerem a obra.
Elas são vistas a toda região, indo no sentido do canal da
Mancha, e começam a subir o Tamisa, Pedro olha para Cezar Malte e
fala.
— Melhor ficarem para dentro.
Pedro sai e olha para todos os lados e toca o peito, olha para
onde os rapazes estavam e ouve as palavras, sente o corpo se tornar
pedra e sorri, Rose olha ele ao longe, se ele poderia ter problemas com

140
alguns dons, encarava com muita naturalidade, ela tentava ficar ao
longe.
Algumas meninas somem as costas e ele apenas pensa.
“Mantem a calma Rose, e protege os demais.”
“Mas está em pedra.”
“Olhe em volta.”
Rose olha para um submarino estranho subir e olhar para
Máximos, ele achava que teria paz agora, mas todos viram as naves
chegando ao sul, Pedro em pedra olha para Era, a rainha dos Ninfas,
olhar assustada e falar.
— O que são estas naves, parece a descrição de naves Fanes.
— Não sabemos ainda, mas são a retaguarda do menino.
Era faz sinal para os seus ficarem e olha em volta, todos que
estavam a olhando parecem sentir a mente invadida, Rose entende
onde estava o poder daquela senhora, ela poderia matar mentalmente
alguém, mas ela saberia que ali tinha muitos Fanes.
Era olha para Máximos e fala.
— Bom saber que é um incompetente, as vezes não entendemos
porque ela estaria aqui, agora entendo. – Era faz sinal para tirarem
Pedro dali, eles pegam a estatua e a colocam no submarino, Rose
pareceu entender, e aquele sinal de que estavam fazendo o que os
Fanes queriam, parecia entrar na mente de Era que olha para Máximos.
— Porque os Fanes locais querem o fim do rapaz?
— Não existe Fanes no local. – Máximos.
As naves que mais da metade de seu peso eram os 10 autômatos
grudados a carenagem, param sobre eles, gerando noite em plena
manha, e se vê aqueles imensos autômatos se disporem a toda volta,
um olha para Era e fala com uma voz metalizada.
— Se quer levar uma estatua a mais, é a hora de sair Rainha.
— O que são vocês?
— Seres sobre o controle de um sistema, que um dia foi Fanes,
hoje este sistema se chama Rosa’s, e tem como função, proteger a
continuidade da espécie humana, nem que tenhamos de por pessoas
como este senhor Máximos, em um buraco até o fim do problema.
Máximos viu surgir do fundo Rose, Era olha a menina, ela
começa a recuar e olha para mais meninas surgirem a todo lado, um
som ao fundo, do barulho das maquinas, um estalar quase constante,
interferia nas palavras faladas ao fundo, por outros Dragões de Abraão,

141
Era recua, entra em seu submarino que parece sumir, como se
mudasse de realidade, mas ela ainda via da entrada as meninas
olhando o exercito dos dragões e a veem tocar o chão e fala.
— Se pedra querem, que pedra sejam.
Aquilo parece os começar a transformar da calçada para cima, e
foram surgindo estatuas de pedra a toda volta, os autômatos os pegam
e um chega a parede ao fundo, estica uma imensa porta, um grupo de
20 autômatos, cada um pegando duas das estatuas, atravessam para
Kiribati e olham os agentes a todo lado, gente que estava lá a um dia,
olhando o escuro, veem os seres metalizados porem aquelas estatuas e
voltarem pelo portal, que se fecha.
Os soldados que tentaram invadir as bases e sumiram, olham
aquelas estatuas e um senhor olha para Máximos e fala.
— Estes pelo jeito não voltarão aos vivos. – General Mazza.
— Quem são?
— Dragões de Abraão, Mossad mais exatamente.
Os autômatos se postam a frente de Rose e o a frente fala em
dialeto Fanes.
— Ordens senhorita?
— Quais os planos dele, porque ele nos induz a o deixar ser
pego.
— Senhorita, Atlântida desta realidade desmoronou a 10 dias,
nenhum mundo fez nada para os salvar – A maquina olha para onde
estava Era – nem quem se diz rainha deles, os deixaram lá, podemos
ainda salvar parte deles, mas referente ao menino querer deixar de ser
o peso contra, não podemos fazer nada, ele acha que enquanto ele
estiver a frente, ninguém vai levar a serio.
— E como os ajudamos?
— Esperando ordens senhorita.
— Quem poderia nos dar informação autômato, pois vejo que
todos a volta estão em suas cascas, mas ninguém está nem ai para
salvar o planeta.
— Diria que em pedra, Pedro Rosa pode ser mais útil que alguns
da inteligência a volta, que estão aqui apenas para confirmar este
trágico acontecimento.
— Tem o endereço desta foto? – Rose mostrando a mesma ao
autômato que a pega, o ser era imenso, os demais tensos e o ser
alcança para as pequenas mãos da menina e fala.

142
— Temos as coordenadas.
— Nos levariam lá?
— E os demais Fanes?
— Não posso defender quem duvida da própria origem
autômato, o seu sistema os quer proteger, mas eles não reconhecem
um autômato Fanes, tendo medo de vocês, algo impensável a Fanes
que mereçam respeito.
Duas das naves desce, as meninas as costas começam a entrar
nelas, os autômatos saltam as suas devidas naves e o grupo de naves
começa a sair da cidade, sobrevoando o oceano e indo ao sul, a
comunicação de caças britânicos para descerem pois haviam invadido
espaço aéreo britânico, foi ignorado e os misseis disparados param na
proteção dos mesmos, que apenas se afastam.
Era afunda o seu submarino e olha para o segundo no comando.
— Poderia me explicar isto?
— São autômatos Fanes, aqueles que diziam existir, para mim
lenda, a menina tem sobre seu comando 400 deles, indo para
Atlântida.
— O portal para lá está danificado, ninguém me confirma a
situação dos que ficaram a cidade.
— Dizem que estão tentando chegar lá por uma cidade
Quimeriana na região, mas as correntezas de saída da cidade parecem
estar muito instáveis, aquele Leon, que os assumiu parece um ser
rancoroso, um líder fraco.
— Vamos a nossa capital, deixamos a estatua e me levem a
região, nem que por mares gelados, quero ver se podemos deter estas
Fanes, não entendo o como algo assim pode ter surgido em um mundo
que controlamos.
— Sentiu quantos Fanes existiam a volta?
— Mais de mil, e o senhor falando que não tinha nenhum, como
podemos nos aliar a fracos. – Era.
Pedro em pedra olha para os comandos, sente as mãos, teria de
se manter ali, mesmo que sua claustrofobia, dentro daquele submarino
fosse grande.
Pedro sente o querubim chegar ao seu lado, a muito estava
longe, e lhe toca.
“Vai desistir Pedro Rosa?”
“Sabe que não.”

143
“Sabe dos poderes desta Ninfa?”
“Saber e entender é diferente!”
“E não a teme?”
“Acho que ainda terei de ter uma trégua com esta senhora, acha
que Rose se segura?”
“Ela criou 38 estatuas de pedra, deveria ter imaginado”
“Boa menina, mas como não me afogar é que me preocupa.”
“Esta na pedra para poder entender, entendi, mas não sei se sua
ideia vai dar certo.”
“As vezes duvido que vou conseguir, ninguém me ouve, demorei
para entender porque, mas se é para sobreviver, é uma saída, mas e se
o sol derreter as pedras.”
“Toda a existência é interligada, todos deveriam se ajudar, mas
parece que ninguém ouve mais isto, um Fanes morto é uma leva de
seres mortos, então a morte de todos os humanos, vai reduzir os
humanos, e todos os demais seres.”
“Não entendi?” – Pedro.
“O mundo em equilíbrio que viu nas paredes de Deus, sabe que
aquilo não é as palavras de Deus, mas explica que a uniformidade de
seres, de todas as espécies, tem relação, certo que para cada Fanes
Morto nada acontece, pois tem de matar 3 fanes para matar um
humano, 20 insetos para matar um Fanes, então é uma regra de
existência, não a compreendo ao certo, mas tem haver com peso na
existência, mas mesmo para mim parece confuso, acompanho isto a
muito tempo e parece que não acontece com todos, ou alguns não se
considera a morte, como os Clorofilados, pois eles caindo em terra,
uma muda se desprende e brota, então eles estão fora da conta.”
Pedro fica a pensar.

Pietro olha para a cena vindo da operação em Londres e olha


para tudo calmo, acompanha as conversas e aciona o sistema de
proteção e liga para o Almirante Leon.
— Almirante Leon por gentileza.
— Ele não se encontra, quem gostaria? – Alguém a linha.
— Com quem falou?
— General Mark, estamos tomando a base aérea, vamos
reestabelecer a ordem e controle.

144
Pietro olha para as câmeras que tinha na base, inseridas aos
poucos e tão rapidamente, que nada parecia caber na existência desta
empresa e fala.
— General Mark, está olhando aquelas câmeras que estão sobre
a pista, e as que estão no controle?
— Sim.
— É como o menino os controla, melhor antes de qualquer
coisas tirar estas câmeras, e este sinal na linha, é interferência de
escuta, limpa o lugar antes de poder lhe falar quem sou.
Pietro desliga e olha para o senhor assustado passando ordens e
liga para o celular do Almirante.
— Almirante Leon?
— Quem?
— Pietro Martins.
— Problemas?
— Avisando para não acreditar em tudo que vão jogar no ar, tem
uma imagem bem convincente de que deterão o menino, mas mantem
o rumo, ele não nos perdoaria se deixássemos estes que querem parar
tudo vencer.
— E pretende fazer oque?
— A cidade de San Diego, ganha um muro a volta, estamos
anexando parte do norte do México, pois não podemos perder tudo, e
vamos fechar a região.
— Fechar?
— Isolar Almirante, ou quer que eles testem se a proteção
aguenta uma bomba nuclear?
— Matariam inocentes, é o que quer dizer?
— Não testamos armas nucleares sobre a proteção, acreditamos
que resiste, mas melhor não arriscar esta hora.
— E vai fazer oque?
— Estou ativando o sistema de proteção que o menino deixou
ativo, então não sei ainda o que pode acontecer, mas no esquema está
naves, um muro de proteção e sistemas protegidos.
— Certo, vai retomar a base que nos tomaram?
— Acha que deixaríamos eles lá, sem saber o que fazer com
aquilo Almirante?
O almirante sorri, olha em volta da cabine de observação do
submarino, ele gostava de olhar por cima, e aquilo lhe dava uma visão

145
geral, olha a proteção se desfazer sobre as cabeças, os demais
começam ver a base.
Da lua uma sequencia de 8 naves, ainda com os autômatos, se
liga e começam a se posicionar nas rampas, a abertura se abre e as
mesmas disparam para o espaço.
Elas começam a sair sem permissão do sistema, e uma leva de
pequenas naves se destaca dela em meio ao avançar rápido para o
planeta em frente.
O almirante olha para o céu, e vê aquela leva de naves vindo do
espaço, se antes tinham medo por estarem paradas, estas estavam em
movimento, 4 parecem se instalar e algumas parecem atravessar o
espaço no sentido Leste.
Caças tentam as acompanhar, mas são muito lentos para a
mesma, que chega sobre a região, uma desce na parte anterior, onde
estava, os demais começam a se posicionar, enquanto um muro de
divisa se materializa fechando a região, isolando ela do resto do país.
O Almirante vê as pequenas naves ao espaço e olha para
autômatos como o que estavam estudando na parte baixa, se
posicionarem na base.
Um grupo de soldados dispara contra eles e os mesmos apenas
atraem suas armas, que grudam neles e um a frente fala.
— Quem baixar a arma, não será isolado.
Aquela voz metálica estava a cortar o ar e os soldados vendo
mais pequenas naves vindas da imensa que passara por cima deles,
olham para o céu fica avermelhado, depois parece ficar amarelado,
algo grande estava acontecendo.
O Almirante Leon abre um canal com o Pentágono e espera
alguém para lhe explicar o que estava acontecendo.
— Senhor secretario, Almirante Leon na linha, pedindo
explicações, não entendi, não tomamos a base dele?
— San Diego saiu do ar, não temos comunicação lá.
— O que quer dizer com isto secretario? – O general olhando o
senhor, colocado ali por um grupo de pessoas indicadas pelo
presidente.
— Apenas que não temos comunicação, mas me chame o
pessoal que estava discutindo as táticas de tomada deste lugar, pelo
jeito o Almirante não vai aceitar.

146
O rapaz sai para chamar os demais, enquanto a base de dados
estava inerte, pois não tinham o controle de Los Alamos.
4 naves começam a descer na região do Cabo Canaveral.
Um muro começa a subir parte nas terras, parte no mar,
separando uma área que as naves começam a se posicionar, e os
autômatos começam a entrar nas bases, soltando os técnicos e
detendo os soldados.
O secretario olha para a porta e um senhor fala.
— Agora sem contato com Cabo Canaveral também.
— Quem está reagindo?
As bases ao longe, afirmam ser grandes discos que geram grande
sombra, com autômatos e naves de apoio, todo avião que entrou na
proteção se desfez, como se batesse em algo muito firme, pois não
distorce o campo.
O senhor coloca a mão na cabeça e olha para os dados chegando
do transformar do menino em pedra, aquilo por si era assustador, mas
viu que os autômatos não interferiram, eles deixaram o menino ser
atacado, uma menina menor que o menino olha a grande maquina
como intima, sem medo, e falam algo que ele não entende, eles
haviam falado em linguagem Fanes.
— Agora me diz rapaz, comemoramos isto ou demos aos
autômatos e a um grupo que desconhecemos, armamento capaz de
nos aniquilar?
Um general do pentágono, estava com um sorriso ao rosto, pois
tinha a informação de que o menino tinha sido detido entra pela porta
e fala.
— Um dos problemas detido senhor, não entendemos o
problema em si ainda.
O secretario mostra a sequencia de imagens da inteligência
britânica, e olha para o senhor.
— Pelo jeito ninguém sabia que as maquinas não estavam nem
ai para o defender?
O general olha e fala.
— Podem apenas não ter esta intenção, porque da urgência
secretario?
— Autômatos como os que vemos na imagem, com 4 naves em
San Diego e 4 em Cabo Canaveral, tomaram as duas bases, ergueram
uma barreira física a toda volta da base, e um campo de proteção

147
surgiu lá e nada vem de Los Alamos, o que está acontecendo lá
também?
— O general Dallan está detido aqui no pentágono para
interrogatório, acusado de alta traição.
— E a base, não está funcionando?
— Não sei senhor, não tenho acesso nem a localização desta
base, o senhor deve entender que algumas bases são hipersecretas, e
não podemos difundir onde ficam.
— Me consiga as imagens de satélite, pelo jeito pararam ao
mesmo tempo a NASA e a base de monitoramento em Los Alamos, o
que temos de pé.
— Vou verificar a base no Alaska.
O secretario olha para a porta e vê o presidente, que lhe olha e
pergunta.
— Porque eles não estão obedecendo?
— Eles quem? – Secretario de Segurança.
— Os generais.
O secretario olha para ele, não estava entendendo, foi colocado
naquele posto pela manha, e não entendera ainda o problema, não lhe
parecia ser o que o presidente falara.
— Que saiba generais não se reportam ao presidente, quem está
tentando falar e não o está respondendo presidente?
— General Mark que estava na invasão da base de San Diego.
O secretario olha para o presidente, e dá as coordenadas da
vídeo conferencia e olha para o Almirante Leon, parecia em uma sala
apertada e ouve.
— Finalmente, quem está no comando?
— Sou Lucas Wendles, secretario de segurança desde hoje sedo,
o que esta acontecendo?
— Não sei oque, mas os autômatos estão tomando a base,
temos 4 discos sobre ela, e cidades vizinhas, estou transmitindo via
linha especial de fibra ótica, mas não sei até quando, a base de San
Diego foi tomada por autômatos de 10 metros, não sabemos o que
está acontecendo, o que aquele menino está pensando que está
fazendo secretario, mas ao longe se vê um brilho, como se
estivéssemos isolados por algum campo, não sabemos ainda até que
nível eles invadiram, mas estou escondido na sala do complexo baixo,
tentando as câmeras de imagem e nada de imagens senhor.

148
O presidente olha para a câmera e fala.
— Acha que me engana Almirante, sei que domina estes dai,
acha que ganha algo com isto?
O Almirante olha para o secretario de segurança e fala serio.
— Avisa os demais, pelo jeito é pessoal entre o presidente e o
menino, não sei o que ele fez, mas avisa os demais, se ele esta
invadindo, vai ativar o terceiro ponto da formação, ele vai parar o país,
alguém faça algo, vamos tentar achar uma forma de enfrentar um ser
de fibra de silício de 10 metros, bem armado.
O almirante desliga, olha para Carlos e fala.
— Todas as câmeras de acesso tem de ser desligadas, não quero
que saia imagens da base, se sair da cidade paciência, mas da base não.
Carlos sai pela porta na base de San Diego enquanto o secretario
no pentágono pega o telefone e liga para o antigo secretario.
— Boa tarde John.
— Quem?
— Lucas, quem o presidente colocou no seu lugar nesta hora, ele
está a minha frente com aquela cara de que não sabe o que está
fazendo e preciso perguntar, porque de toda esta operação?
— Nem eu entendi Lucas, o presidente firmou ontem um acerto
com o governo Mexicano para colaboração nesta hora, mas parece que
alguém da CIA coordena as coisas ai mais que o exercito, não sei a
merda que ele fez, mas a imprensa diz que Cocoa está isolada, por uma
barreira física e autômatos de guerra, e San Diego isolada, ninguém
entra ou sai sem passar por um campo de proteção, mas não entendi o
problema.
— Acho que estamos com um problema, aquele grupo do
Mossad, de alguma forma transformou o menino em pedra, surge uma
menina meio desfocada na cena que após isto transforma todos os
agentes do Mossad em pedra também, não sei onde colocaram o
menino, mas logo após começa as operações sobre Cocoa e San Diego,
e preciso saber, o que mais não vi?
— Que o dinheiro dos Rockefeller circulou na CIA, eles querem
assim como o presidente, a sobrevivência de poucos, não de todos, isto
que muda.
O secretario olha para o presidente, ele estava usando aquilo
para pensar e informar o presidente, que nada estava como eles
queriam e pergunta.

149
— Tem certeza que por trás disto estão os Cavaleiros da Razão?
— Eles odeiam quando os chamamos assim?
— Chamar eles de Rosa, só se for Rosa de funeral, pois eles
cheiram a morte John.
— Mas sim, eles e os Rockefeller, então o grupo dos mais ricos
também está nisto.
— E sabe de alguém que pode controlar estas maquinas?
— Que saiba, quem adivinha o que o menino iria fazer era
aquela moça de Los Alamos, mas se ele está fora de combate, não sei
se eles conseguiram o controle sobre o sistema do menino.
— Obrigado, vou tentar ver quem vai ser maluco de apoiar a nós
nesta hora, mas obrigado John.
O antigo secretario estava na casa funcional no centro de
Washington, quando vê uma nave escura sobrevoar a cidade e parar
sobre ela.
O presidente iria dizer algo, mas sente as luzes diminuírem, e
olha para fora, olha para a cidade ao fundo pela janela do pentágono e
vê aquela imensa nave parada a frente.
O secretario chega ao lado, vê os aviões entrarem na proteção
da nave e se desmancharem, ficando um pequeno circulo de metal,
amassado, que escorre para o chão e atingem as casas a baixo.
O presidente olha para o secretario e pergunta.
— O que acha que está acontecendo?
— Que você foi induzido por alguém da CIA, e do grupo que faz
parte, a não gerar a proteção para o planeta, para que somente os
escolhidos sobrevivam, e nisto, em conluio com o Mossad imobilizam o
menino, e se deparam com a verdade, aquela resposta que ninguém
sabia responder, quem está fazendo tudo para o menino, as maquinas,
elas que estavam do outro lado, mas parece que elas não parecem se
preocupar com nossas vidas.
— Mas onde está o menino?
— Ninguém entendeu muito a conversa em Londres, mas havia
um submarino tocado por uma moça, que não sei quem é, que parece
ter levado a pedra do menino para algum lugar.

Pedro vê colocarem ele em uma sala, olha em volta, Lídia,


Liliane, algumas meninas, os rapazes que ele mesmo fez questão de

150
ajudar a capturar, olha para o trono a frente, e a senhora olhar para a
filha mais velha e falar.
— Mantem as coisas sobre controle, vou a Atlântida para ver o
que está acontecendo.
— Mais um Fanes?
— Este que me tirou a outra menina, mas é um humano, ainda
tenho de entender o que é ele, pois quando vemos os Dragões
dispostos a matar um dos seus, algo está errado.
Pedro olha em volta e brilha, Era olha para o menino, uma bolha
de ar surge a sua volta pelo aquecer da agua, e a pedra se desfaz, ele
olha para Era e fala.
— Podemos conversar rainha, onde eles não ouçam?
Ela recua, pois ninguém saíra da forma de pedra, sinal que o
menino queria isto, ela olha para as demais estatuas e pensa que caíra
na arapuca.
— Calma rainha, ainda não conversamos.
— Eu não...
— Sua aura está assustada, apenas acalma rainha, vim porque
precisava não estar lá, e gostaria de entender seu ódio.
— Tem de entender que tenho um reino a tocar.
— Não discordo disto, mas estava falando com um ser superior,
e para cada humano morto, um Ninfa morre, não entendi isto, e
preciso de ajuda.
— As regras de existência, todos terem a mesma chance de
chegar a eternidade.
— O planeta Terra será queimado por uma explosão solar, eu
talvez seja o único que está levando isto a serio rainha, mas se for real,
seu mundo morre sem nem saber por quê.
— Acha que acredito nisto?
— Estou aqui para conversar rainha, pois esta historia não vou
dividir com os demais, eles já não acreditam em mim, imagina se falar
que conheço Ninfas.
— Mas vai querer libertar a menina.
— Eu não quero os rapazes, eu não preciso de tudo que tem
nesta sala Rainha, apenas preciso acalmar uma existência, para que um
Anjo não venha querer me matar, mas sei que esta parte da historia
ninguém entende.
— Angelicais não tem geralmente pensamentos ruins. – Era.

151
A senhora vê a luz ao lado do menino, um menino ainda menor,
em luz, com asas, assexuado, ela olha ele serio e pergunta.
— Que truque é este?
— Ele não pode falar aqui senhora, ele mataria todos presentes,
mas meus desentendimentos são com Anjos, não Angelicais, meu
problema maior, o Sol, depois uma provável chuva de cristais
contagiosos, e por fim, a paz para criar minhas filhas.
— Pensando que tem como sair daqui?
— Conversando, ainda conversando. – Pedro a olhando irritado,
pois ela fazia que não ouvia os argumentos.
— Acha que entendeu algo, és uma criança.
— Era, não somos inimigos – O querubim fica invisível aos olhos
da senhora – porque me aprisionar se não a fiz mal algum Era, eu que
não entendi nada, ou o medo do diferente ainda comanda todos vocês,
a ponto de serem influenciados pelo medo, que alguns tem até da
senhora.
— E porque teria medo de você?
— Se fosse uma pedra, ficaria ali pela eternidade rainha, se
estivesse em um mundo isolado sem um único portal, estaria lá para
sempre, se fosse uma humana nesta profundidade, estaria morta,
então se a jogar em um mundo sem mares e sem oxigênio, como
Marian, um mundo rico em óxidos de carbono, mas nada de oxigênio,
estaria morta, se o ser ao meu lado a tocasse estaria morta, são tantos
motivos para ter medo de mim, mas todos medos por não me
conhecer, por se recusar a crescer rainha, tens um reino, uma vida, um
mundo, e acha legal controlar os demais, mas se eu não voltasse, os
seus morreriam, por um equilíbrio que sabe que não foi este Deus de
vocês que estabeleceu, pois se fosse ele poderia desfazer, então
estamos falando de um Deus muito maior que estes que se acham
Deuses.
— E porque não ter medo alguém que me ameaça com esta
calma como inimigo?
— Digamos que enquanto vocês controlam os Fanes, bem mal
por sinal no planeta Terra, eu resolvi assumir toda a reserva de guerra
que eles tinham na lua do planeta, neste momento, enquanto eles
cumprem as ordens que estabeleci antes de sair de lá, todos acham
que eles estão fora de controle, mas as vezes temos de por alguns no
lugar que lhe pertencem, mas assim como eles tomam estrutura lá,

152
devem achar o pulo para seu mundo em minutos, e começar me
procurar, então o ideal, é ficar pouco aqui.
— Acha que vou acreditar nisto?
— Não queira os seus dominados rainha, estamos falando do
exercito Fanes, aquele das lendas que os medrosos de seu mundo
dizem não existir, mas que na escala planetária, existe aos milhares,
eles apenas não estão olhando para cá, nesse instante, para se
preocuparem com nós.
— Acha que o seu sol vai estourar, foi o que entendi.
— Não, ele vai desenvolver uma super bolha de material interno,
e esta vai entrar em fusão, e desprender uma nuvem de dejetos, os
lançando a 800 quilômetros por segundo no sentido da Terra, 60 horas
após atravessaremos estes dejetos, tudo que não estiver protegido, vai
morrer, se acontecesse hoje, teríamos mais de 7 bilhões de mortos, a
senhora sentiria seu reino ser invadido por algum problema interno
que desconheço mas que aniquilaria quase todo o seu povo, não
entendo esta ligação, mas espero em 8 meses, estar pronto para que
pelo menos 6 bilhões de seres sobrevivam, e mesmo assim, será
terrível, pois as mortes nos dias seguintes podem ser maiores que as no
período.
— E precisa da ajuda desta menina pelo jeito?
— De 4 das meninas, todo resto, fica como garantia, pois pode
não saber, mas está garantindo a continuidade Fanes, se tudo na Terra
queimar.
— Acha que aquelas maquinas lá estavam sobre seu comando?
— Rose deve ter transformado todos em pedra, e as maquinas
os isolado em uma ilha no meu mundo, uma ilha que deixa de existir no
começo do problema, pois ela vai para baixo do mar.
— Parece dominar mesmo o meio, estranho.
Pedro não olha para cima, mas sente as naves mergulhando no
mar, e olha para o escuro tomar o lugar e fala.
— Elas acabam de me achar senhora.
Era assustada olha para cima, as luzes da cidade se acendem no
automático, a filha olha para cima, vendo aquelas naves vindo sobre a
mesma, tornando o dia em noite.
— E não nos quer mal?
Pedro pega o celular no bolso e aperta o sinal de normalidade e
as naves parecem acender luzes para baixo e fala.

153
— Como digo Rainha, posso sair por bem, por mal, ou apenas lhe
ajudar, o que vê sobre vocês, não é armamento meu, mas sobre meu
comando, isto estava na lua de meu mundo, esperando um Fanes de
fora vir e tomar tudo, vocês ficam com esta rixa boba, e deixam ali um
estoque de armas que pode acabar com todos nós.
— Mas como assumiu o comando disto?
— Eu não fiz nada ainda, eu ainda pretendo me isolar do meu
mundo senhora, eu com este tamanho, consigo ter duas reações de
meu mundo, o medo, e a descrença, então se eles me temem, eles
quando me olham, tem a sua reação, descrença, e isto não ajuda nada
em meio a uma crise solar.
— Sabe que não posso parecer inerte.
— Não precisa parecer que são inimigos senhora, o inerte é
questão de ponto de vista, pois garanto, saberem que a senhora tem
um apoio de um grande exercito externo, lhe dá maior comando, pode
até assumir alguns postos a mais, de apadrinhados que cooptados por
sua filha ai no fundo, não veem a hora de lhe passar a perna para ser
Rainha, pois como digo, uma coisas é ter suas Naus, seus exércitos,
outra coisa, é ter isto e o apoio humano para se manter no poder, sem
guerras, apenas porque existe um exercito que lhe permite, até tomar
as rédeas que deixou solta pois não teria como ir contra as ordens de
seus próprios pais, que as estabeleceram.
— Está me acusando? – A princesa.
— Senhorita Fas Elenicos, não a estou acusando, estou
afirmando, mas nada do que se planeja, sem os apoios certos, dá certo,
pois sei onde acabaria uma tentativa desta, mas estranho os caminhos
paralelos, eles podem seguir um caminho, ou algo totalmente
diferente.
— Acha que deixaremos sair depois de me destratar? – Faz.
— Não, vou sair para que não sejam arrasados, não vou lhe
facilitar princesa, e – Pedro olha para a Rainha e fala – os exércitos de
Pedro Rosa, eu, estão apoiando o seu reinado, só aceitaria uma posição
diferente se tivesse como perder tempo em seu mundo rainha, mas no
momento não tenho.
Na praça baixa entrava uma leva de 100 autômatos de guerra de
10 metros, caminhando no sentido da sede central da cidade, os
soldados começavam a cercar o lugar, sem entender o que estava
acontecendo.

154
Era olha para a praça e olha os soldados em posição de guerra,
olha para as naves e entende que ele colocara ali apenas o que
precisava, e era muito diante de soldados pequenos diante daquelas
maquinas de guerra.
— E manterá a trégua entre nós?
— Sim, mas poderíamos fazer um trato, já que faz parte do meu
caminho.
— Trato?
— Nos indica um portal para Atlântida, nem que desativado, e
começamos por ele a ajudar eles do outro lado.
— Eles parecem desativados do outro lado.
— Algo que dê nas Ilhas Falklands já nos ajudaria. – Pedro.
— Leon não vai gostar?
— Ele não gosta de nada nesta realidade rainha, mas vocês que
deram as coordenadas para ele monitorar a menina, ele nunca nem a
veria sem isto.
— Não entendo como sabe disto?
— Como falo, vocês vendo duvidam, imagina quem nunca viu o
querubim ao meu lado.
— Quer dizer que aquele ser brilhoso é um querubim de
verdade? – Faz.
— Sim, um querubim de Deus, o mais exigente dos querubins de
Deus, o que testa suas intenções, não suas ações, que tem como ponto
forte duvidar de tudo, até do que ele mesmo fala para nós, em prol de
entender nossa alma.
— E vai as levar em pedra?
Pedro caminha com aquela bolha e toca na de Liliane pensa
forte.
“Quantas vezes terei de lhe tirar da pedra para entender como
sai dai Liliane?”
“Sabe que não vou respeitar o acordo que fez.”
“Quer ficar aqui para sempre?”
“Não o faria.”
Pedro toca na outra, na estatua de Lídia e pergunta.
“Também não vai respeitar a trégua?”
“Sabe que eles tem de nos respeitar.”
Pedro faz isto em outras duas estatuas, e olha para Era, que lera
os pensamentos dele, entendera as conversas e fala.

155
— Terei de as levar em pedra para longe, se me permitir Rainha.
— Pelo jeito não as comanda.
— Como digo, ninguém me leva a serio, sinal que quando as
soltar terei mais algumas pessoas contra meus planos em meu mundo,
quanto mais falo, mais faço, mais resistência tenho, não o contrario,
por isto gostaria de evitar problemas onde não preciso ter problemas.
— Mas elas podem me achar.
— Rainha, sua filha mais jovem poria todas elas para correr, elas
não entendem o poder de Minas Elenicos, se Fas no lugar de buscar
apoio em velhos e gananciosos para tomar o poder, tivesse ouvido a
irmã, talvez seu problema fosse maior do que consigo administrar.
— O que ela poderia fazer que não posso? – Fas.
— Não entregue seus planos assim Fas, Era não havia acreditado
em mim, nem ler auras sabe, tem muito a aprender, mas o caminho
dela nesta existência vai ser muito longo, mesmo achando que não,
mas – Pedro olha para a rainha e pergunta – Posso me retirar com meu
exercito?
— Sim.
Era sai para fora, e olha para os soldados e fala, era uma
comunicação quase por ultrassom.
— Acalmem, somos aliados dos humanos. Dois podem passar
para ajudar Pedro Rosa.
Dois autômatos olham e entram na peça pegando as 4 estatuas
e as levando, uma nave sai da nave maior e desce ao fundo, onde eles
colocam as mesmas.
— Se precisar Rainha, sabe onde me achar. – Pedro que começa
a caminhar no sentido dos autômatos, os soldados assustados olham a
rainha, e depois os autômatos, Pedro caminha até a nave e a mesma
começa a fechar e expelir agua.
Ele assume o comando e começam a subir.
Era olha para a filha e pergunta.
— Iria mesmo me atraiçoar filha?
— Vai acreditar naquele ser.
— Um humano que poderia vir e nos destruir, cada nave destas
sobre nós tem mais de mil daquelas maquinas, ele veio conversar, ele
não teria porque mentir filha.
— Tem de ver que ser princesa por séculos, até talvez o fim de
minha vida, não é ter o poder.

156
— Não sei quem é o menino, mas sinal que parte do conselho
que me induz ao caminho lá fora lhe apoiaria, vou pensar em dar o
troco, mas agora sei onde conseguir ajuda extra, se quiser mesmo
enfrentar.
Era olha para o comandante e fala.
— Prepara umas 100 naus, vamos tentar resgatar os Ninfas que
ficaram em Atlântida.
— Quem eram rainha?
— Nosso apoio lá para tentar salvar os que ficaram lá presos.
O senhor sai dali para organizar as coisas, iriam a uma aventura
que há anos não participavam.

O presidente olha as imagens de Londres e pergunta.


— Mas como enfrentamos naves assim com maquinas destas?
Um general olha para ele e fala.
— Nos fez prender dos nossos por dizer que eles estavam de
conluio com o menino, mas pelo jeito nos omitiu algo presidente.
— Não omiti nada.
— Sim, sabia da existência deste exercito controlado pelo
menino e pelo sistema dele, nos fez invadir a base em Los Alamos e
desligar os sistemas, não sei se ele não tinha deixado o controle bem
ali, ele não parecia querer controlar isto.
— Ele é um perigo.
— Agora sabemos quanto, mas como enfrentamos algo que nem
sabia existir, e parece que o senhor sabia, quantos destes falaram que
ele tem, 300 mil deles, isto é um exercito que não sei como enfrentar
presidente.
— E os controladores de Los Alamos?
— Não sei, quase certeza que eles não tem ciência do todo, são
milhares de projetos em paralelo, mas sabe que teremos problemas
com o que nos forçou a fazer, tirar o General Dallan daquela posição.
— Ele me destratou, me acusou, não podemos ter alguém num
posto deste que destrate um presidente.
— Talvez o tivéssemos de ter ouvido antes de fazer o que
fizemos, sinal que ele sabia que estava dando um tiro no pé, pois vejo
que neste instante, temos duas bases visíveis fora de nosso controle
sobre nosso país, o senhor está falando em declarar guerra por
terrenos de proteção na nação dele, mas me fala sinceramente

157
presidente, é para nós usarmos, ou para os proibir de sobreviver, pois o
que vi nesta sua ação é uma cartada para alguns sobreviverem. –
Secretario de Segurança.
— Vai me desafiar também secretario?
— Foi uma pergunta presidente, pois se a intenção é que
somente um grupo de milionários sobreviva, ou de pessoas ligadas ao
senhor sobreviva, acho que o exercito que o vai manter no poder em
meio a crise, tem de saber.
O presidente se cala, o secretario sabia que não amanheceria no
posto, sorri da ideia, odiou ter de assumir naquele momento, e
entendeu somente depois a ideia do presidente.
Os generais veem o secretario sair, e dois deles saem juntos, o
mesmo passa por 6 departamentos internos do pentágono e para a
frente de Dallan e pergunta.
— Podemos conversar serio General?
— Para que, já estou condenado por uma resolução presidencial,
por sinal, o que faz aqui Lucas?
— Ele me nomeou secretario de segurança.
Dallan que estava com o corpo encostado como se esperando
um milagre endireita o corpo e olha para o senhor.
— O que quer saber secretario?
Os almirantes olham para Dallan, sabiam que isto foi respeito,
algo que eles poderiam ignorar, mas Dallan sabia o que fazia.
— Os Israelenses mandaram um grupo dos dragões para Londres
e não sei como, transformaram o menino em pedra, no segundo
seguinte os autômatos que não apareciam, começam a surgir em San
Diego, Cocoa, e tomam nossas bases, eles estão se posicionando sobre
Washington e não sei como os deter.
— Saberia onde está minha tenente especialista em programas?
— Não sei ainda, mas me informo, as ações estão contra nós e
tem de saber, o resolver disto, pode me tirar do posto amanha cedo.
— Lucas, nunca acredite em tudo que vê, este menino pode ser
qualquer coisa, menos fácil de pegar, como o tiraram de lá?
— Um submarino estranho, com uma moça pintada de azul,
levaram ele para o submarino e o tiraram de lá.
— Azul com guelras na mão?
— Pareciam guelras, mas quem seria?
Dallan sorri e escolhe as palavras.

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— Teria de acreditar em conto de fadas, mas esqueço que o
menino iria procurar ajuda em todo lugar, pode ter conseguido
inimigos também em todo lugar, mas os relatórios da CIA falam em um
Império Ninfa, mas se eles levaram ele para um mundo paralelo como
o maluco da CIA narrou, não saberia o tirar de lá senhor, mas acredite,
se ele tiver uma chance, ele volta.
Um general sai pela porta, e vai a uma sala onde Sabrina Jones
estava sentada, esperando para ver onde acabaria aquela historia.
— Tenente Jones?
— Sim senhor.
— Me acompanhe.
O rapaz a porta não entendeu, pois ela estava ali desde a manha
e ninguém havia ido falar com ela, mesmo Sabrina estava tensa, por
falta de informação.
Sabrina entra pela porta e o general pergunta.
— O que mais precisa general, para nos dar a situação.
— Um computador, um sistema de fibra ótica, e sorte.
Sabrina não sorriu, sinal que Dallan sabia de algo, ele não falava
em sorte quando não sabia de algo.
Um rapaz ao fundo deu lugar para ela enquanto Lucas
perguntava mais uma coisa.
— Quando iriam falar sobre estas maquinas?
— A CIA sabe deles a mais tempo que nós, mas o Almirante Leon
estava estudando o sistema de um deles em San Diego, para que não
dependêssemos de programação externa para isto.
Dallan olha para Sabrina e fala.
— Começa tentando as câmeras de San Diego.
Sabrina acessa o sistema via fibra ótica o seu sistema em Los
Alamos e começa a pedir imagens da Base e dá tudo desligado.
— Todas inoperantes, dá sem sinal, alguém puxou os cabos de
ligação senhor, não foi o sistema deles, foi alguém que invadiu e para
não deixar gravado desligou.
— Algo interno?
As imagens começam a surgir da base antiga de San Diego e os
Autômatos em todos os lugares, mas ninguém ali, as imagens internas
era de funcionamento normal, mas sem humanos, apenas maquinas, e
Sabrina fala.

159
— Sistema de proteção a vida ativado senhor, eles estão
respondendo ao sistema Fanes, mas com a nova determinação do
sistema do menino, defender os humanos, Fanes e vida do planeta.
— Mas porque estão nos isolando? – Lucas.
— Eles confirmam por sistema, que lançaram uma vela solar a
meia hora, e 30 naves de averiguação da massa do sol, eles estão ainda
tentando salvar as vidas, estão acelerando a construção dos satélites
em Cocoa e as estruturas de lançamento dos mesmos, eles assumiram
os projetos do menino, é o que o sistema deles fala, mas – Sabrina olha
para Dallan – não sei se o dado está correto.
— Qual? – Dallan.
— Menino inoperante definitivamente.
Dallan sabia o respeito que sua tenente tinha pelo menino, ela
duvidara dele, e isto em parte gerou o ponto que estavam.
— Quem declara isto é a inteligência Britânica Tenente, não
temos ainda esta confirmação. – Secretario.
Sabrina olha para o teclado, seus pensamentos parecem se
perder, ela tentou imaginar o que seria daquele projeto sem o menino,
ele tinha uma vida, estava prestes a ir a ela, e parece que o pegaram,
não parecia aceitar aquilo.
Ela acessa o sistema britânico e olha aquela conversa que
ninguém entendera entre Rose e a Maquina, tudo muito tranquilo,
tudo muito normal para ele ter morrido.
Sabrina olha para o General e fala.
— Ele disse que iria se afastar senhor, não precisava ser assim,
mas como ele disse ainda estes dias, e esta em todos os sistemas, ele
distante talvez as pessoas levassem a ameaça a serio.
— Me confirma os sistemas de informação referente ao grupo
“Cavaleiros da Razão”.
Sabrina olha para Dallan, ele estava falando que eles queriam
que os demais morressem, que este era o intuito daquela operação,
mas começa a ter informação e fala.
— Estão todos no desespero senhor, não sei o que aconteceu,
mas a informação é, 100 locais sumiram, não estão mais lá, a leitura
ultrassónica diz que a pedra voltou ao lugar dela.
— E o que eles estão reclamando?

160
— Algo sobre descobrir quem era a menina que transformou
todos os agentes do Mossad em Pedra, pois ela poderia trazer o
menino de volta, algo sobre falar com uma rainha de nome Era.
— Quem é esta Rainha? – Lucas.
— Os relatórios da CIA a colocariam como uma rainha Ninfa em
um mundo paralelo ao nosso, deixar claro que não acredito nisto Lucas.
– Dallan.
— Certo, mas não entendi o que sua tenente falou, “a pedra
voltou ao lugar”.
— A tecnologia da Rosas’s, cria buracos tirando todo espaço
vazio entre os neutrinos das células, então o que caberia em 2 milhas
quadradas, cabe em dois centímetros quadrados, mas a tecnologia é
passível de reversão, então o buraco criado antes, deixa de existir.
— Isto mataria qualquer pessoa que estivesse lá?
— Sem conseguirmos achar onde ela foi parar, um enterro em
pedra, mas sinal que a pressão vai mudar, mas talvez tarde demais para
isto.
— E temos esta tecnologia?
— Ele tentou firmar mais de 10 vezes acordos para desenvolver
isto em nossas terras, o governo toda vez que achou que já conseguia,
tentou o tirar do mercado, e toda vez ocorreram frustrações, mas antes
não se falava que ele estava inoperante definitivamente. – Dallan.
— E conseguem contornar o comando e nos devolver as bases?
– Lucas.
— Não, é interno as maquinas, o menino tinha desenvolvido a
dois dias uma forma de o fazer, mas não consegui falar com ele nos
últimos dois dias. – Sabrina.
— Esta dizendo que ele estava desenvolvendo isto, mas porque
não se alertou disto?
— Senhor, com todo respeito, a Universidade da Califórnia pediu
para que eu ensinasse parte disto lá, o Pentágono, estes que lhe
cercam, que não entendem nada disto, proibiram, então além de mim,
e um funcionário da Rosa’s, ninguém consegue ainda programar na
linguagem destes maquinas além do menino, mas elas tinham um
buraco na segurança, algo de dar medo, e era isto que o menino estava
estudando, pois talvez não saibam, mas toda esta tecnologia, estava
disposta na Lua, em uma linguagem que chamamos de Fanes, pronta
para ser usada contra nós, era esta tecnologia que estávamos tentando

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estudar, para ter como proteger perto de um bilhão de pessoas na crise
solar. – Sabrina.
— Pelo que entendi, quando os que estavam pagando souberam
da possibilidade de salvar um bilhão de pessoas, resolveram não pagar.
— O problema não é sobreviver ao evento senhor, é ter o que
comer e onde ficar nos segundos seguintes ao fim disto, pelo que
falam, teremos muito trabalho no momento após esta catástrofe, mas
eles parecem felizes em entrar num buraco e morrer lá.
O secretario olha em volta e pergunta.
— Alguém tem ideia de como enfrentar isto?
— Não Secretario, estamos estudando o problema, mas temos
uma linha tripla de proteção na região.
— Tripla?
— Campo de proteção, autômatos as estradas e naves negras ao
espaço dando proteção a região. – General Carter.
Sabrina começa a buscar as imagens por satélite e se depara
com imagens foscas, desfocadas, mas que lhe dava o tamanho do
problema, ou solução nestes lugares.
Sabrina põem a imagem na tela, estava olhando seria, e Dallan
chega a ela para ver as imagens.

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— O que são estas corres? – Dallan olhando o sistema.
— Campos inimagináveis, estou tentando os separar.
Sabrina põem uma imagem no computador e fala.

— Senhor, cada nave destas tem próximo a 2 quilômetros de


altura, estamos falando de um campo de proteção, com 10 quilômetros
de altura, o vermelho formado pelas naves, o amarelo não sei o que
forma, mas são duas proteções paralelas, eu tirava tudo que voa
naquela região do ar, pois tem uma proteção que parece quase física,
não sei como funciona, mas as naves não estão no chão, elas estão
sobrevoando a região, as demais, para pegarmos o tamanho do
163
conjunto, não conseguimos nem distinguir na imagem, parece ter uma
linha de proteção, o povo vai pedir interferência e retomada dos
lugares, mas não sei o que falar.
— O sistema deles é passível de invasão?
— O sistema deles não está usando nenhum dos cristais de
teste, os autômatos estão com outro, precisarei de umas horas para
estudar isto general.
— Onde este menino se meteu nesta hora?
Dallan vê ela colocar a imagem da transformação do menino em
pedra, ver era diferente de ouvir falar e comenta.
— Que ele consiga voltar pela quarta vez.
— Mesmo ele deve ter limites General, todos queriam ele fora
disto, e temos de tentar imaginar que ele está fora disto, teria de falar
com alguém da Rosa´s para saber se temos acesso, mas sabe que eles
nos acusarão do que não fizemos, pois eles dividiram tecnologia, nós a
retemos, talvez por isto ele saiba muito e nós poucos, nós estávamos
preocupados em esconder o que sabíamos, eles estavam querendo
descobrir o que não sabiam.
General Dallan olha para o secretario e fala.
— Pelo pouco que a tenente Jones verificou, temos uma soma
de autômatos protegendo duas partes do país, toda a proteção é sobre
quem estudava a sobrevivência, não sabemos como os enfrentar ainda,
mas obvio, temos de fazer alguma coisa.
— O que recomendaria?
— Não sou estrategista Secretario, eu escondo fatos, estou em
uma base que tem como função, descobrir, esconder e mandar a
avaliação destes que lhe cercam, mas de exercito não entendo, mas o
sistema fala, os 300 mil autômatos que o menino separou ainda estão
isolados do sistema, inertes, estes são outros, não sabemos quantos
são, mas é evidente que vieram da base na Lua.
— Base na Lua? – O secretario.
— Descobrimos que a corrida espacial se fez por uma descoberta
de uma base oculta na lua, quando chegaram lá, não conseguiram ter
acesso, e o custo de levar algo pesado a Lua, para tentar descobrir o
que era, pareceu frustrar as expectativas, a ponto de colocarem nos
relatórios da época, que era apenas uma pedra moldada pelo tempo,
na forma de um grande quadrado. – Dallan.
— Grande quanto? – O secretario.

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— Uma pedra metálica, de 24 milhas quadradas. – Dallan.
— E abaixo desta pedra metálica, está me dizendo que existiram
estas naves escondidas, a quanto tempo?
— Ainda estamos estudando os dados que chegaram de lá, não
temos ao certo o conteúdo, mas estavam falando em 100 naves das
que estão sobre nosso país. – Dallan.
— Quer dizer, teriam uma forma de proteger 100 cidades locais?
— A empresa que as descobriu não é nacional secretario, a ideia
deles, era escolher 100 lugares no mundo, e fazer 100 cidades de
proteção de 14 milhões de pessoas, e preparar um sistema de
transporte para levar as pessoas para lá. – Dallan.
— Está dizendo que eles tinham como plano, proteger assim
mais de um bilhão de pessoas.
— Tudo muito ainda no começo dos estudos e a NASA confirma
ontem que a data do evento é entre a ultima semana de Outubro a
terceira semana de novembro do ano que vem. – Dallan.
— E no meio disto fazem uma operação para deter o menino,
para tomar as bases que ele havia construído, e pelo jeito despertam
algo que não controlavam.
— Quem está no controle senhor, por nossa sorte, é um sistema
adulterado feito pela Rosa’s. Se fosse o sistema da lua, o original,
estaria nos tirando estrutura para que não tomássemos a base lunar. –
Sabrina.
— Mas estão tomando parte de nossa nação. – Secretario.
— Como falamos Secretario, eles estão defendendo a colocação
do sistema um no espaço, o que nos garante 44 horas de proteção se
acontecer, pois é deter esta proteção o objetivo destas invasões em
Cabo Canaveral, nas fabricas da Rosa’s em Cocoa, e a base em San
Diego.
— Então eles estão defendendo uma programação, mas como a
desativamos. – Secretario.
— Desculpa senhor, para que quer a desativar? – Tenente
James, olhando para ele serio.
— Estão com duas bases nossa tomadas, porque mais.
O olhar de Sabrina para Dallan não foi recebido com um sorriso,
ele não sabia o que fazer, mas ela era a esperança deles, e todos
ouvem Sabrina falar.

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— Se é isto que querem nos trazendo aqui Secretario, generais,
prefiro ir a corte marcial, a ver minha nação através de vocês matarem
a maioria para um bando de velhos cheios de dinheiro sobreviverem. –
Fala Sabrina desativando o sistema que trazia as informações até ali
por seu sistema de acesso.
— Sabe o que está fazendo tenente, acha que alguém vai ter
pena de você? – O secretario.
— Senhor, um presidente que tem medo de uma criança de 13
anos, a ponto de causar este problema, deveria estar internado, mas
não sirvo para cumprir ordens covardes, de fardados, gente que veria a
própria família morrer do lado de fora, e por ordem do presidente e de
comandos que nem entendem, as cumpririam.
— Não estamos fazendo isto.
— Em outubro do ano que vem, quando conseguirem terminar
com tudo, quero ver esta valentia senhor, o céu estará a cada dia, por
60 horas mais abrasivo, e verá os olhos dos seus o pânico, verá que o
presidente vai estar escondido em um esconderijo que não aguenta a
este desafio, e todos que me olham reprovando, estarão tentando
lembrar porque mandaram, abriram caminho, fizeram acordo, para
deter uma criança, que esta gastando mais que nosso governo para
deter isto.
Sabrina olha para Dallan, ele não sabia o que falar, mas sabia
que ele deveria estar pensando em algo, mas um senhor a porta
chamou dois militares e falou.
— Tirem esta moça daqui, antes que ela consiga piorar as coisas
para ela mesma.
— Piorar? – Sabrina olha para o General Carter – Acho que não
sabe o que vai acontecer, estas paredes que os protegem, em
novembro do ano que vem, vão queimar como se fossem papel,
imagino vocês aqui dentro. – Sabrina olhando para o senhor, que pela
primeira vez viu aquela moça falar demais, sempre controlada demais.
O secretario olha para Dallan e pergunta.
— Como consegue aguentar alguém assim?
— Ela tinha um carinho pelo menino, que vocês autorizaram
matar mais uma vez, uma criança de tudo, daquelas que conseguia
passear em nossa nação sem ninguém ver, mas não sei o que falar mais
secretario, estava tentando achar uma saída, e não colocar a

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programadora contra os planos, as vezes politica faz parte de ser
secretario de segurança.
— Sabe que tem de ajudar Dallan, é sua função como general de
nosso exercito. – O secretario.
— Não estou tentando por isto secretario, pois sei ler testos
invertidos na mesa, sei que estou afastado e exonerado do exercito,
queria ajudar porque o que a moça falou, vai acontecer, e vocês ainda
não estão ouvindo, talvez ouçam tarde demais.
— Tem de ver que é fantástico demais.
— Se fosse fantástico demais Secretario, não teriam mandado
fechar e invadir os dois locais aqui que estavam transformando
informação em dados precisos, sabe disto.
O secretario olha para a porta, o general Dallan não olha, sabia
que o presidente se apresentava finalmente.
— Vai colher as consequências do que falou General.
Dallan olha para a porta e fala.
— Eu não me preocupo com o que um presidente covarde fala
senhor, me preocupo com estes generais lhe baixando a cabeça, pois
sei, que eles sem saber, estão se condenando a morte, e o senhor sabe
disto, por isto o chamo de covarde, pois vai estar lá protegido, sem ter
nem remorso, isto me preocupa. – Dallan olhando o senhor nos olhos.
— Não vai ajudar pelo jeito? – Secretario.
— Não tenho mais comando, nem base, nem posto no exercito
secretario, querem ajuda, ou apenas um culpado, adoro ser culpado
por algo que depois os demais vão entender, pena eles não durarem
horas após entenderem porque me afastaram, me condenaram, me
isolaram.
O secretario olha para o presidente, ele olhava serio para Dallan,
os dois discutiram e não sabia o que acontecera.
Um rapaz entra pela porta e fala com outros seguranças
entrando junto.
— Temos de o tirar daqui presidente, uma leva de autômatos
vem pela estrada em formação, temos de o proteger.
— E os exércitos, por que não os detêm?
— Nada chega a eles senhor, parece uma proteção contra
bombas.
O senhor foi tirado dali, conduziram o secretario também e
Dallan viu o general Carter parar a sua frente.

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— O que fez para o presidente?
— Nada pessoalmente, ele está querendo matar o menino para
não dizer que ele escapou de uma infecção mortal graças ao menino,
afastou o antigo secretario, pois ele sabia disto, a CIA queria tomar um
protótipo destas maquinas que conseguimos em nossas pesquisas, e a
estávamos transformando em fabricável, mas a CIA tem alguém
querendo dar fim nisto.
— E não vai ajudar?
— General, eles precisam de duas semanas para acabar de
fabricar os equipamentos para a proteção 1, acho que não me custa
tentar ajudar este planeta sobreviver, segurando o que sei comigo por
duas semanas.
— Tem uma pegadinha?
— Senhor, a fala entre a maquina e a menina, foi em linguagem
Fanes, os equipamentos na Lua, eram desta espécie chamada de Fanes,
o menino ajudava ao exercito de Israel na caça destes seres, mas pelo
jeito, o próprio exercito o traiu, e pelo que entendi, os Fanes sabiam e
deixaram acontecer.
— Qual a importância disto?
— Senhor, eles estão levantando proteções contra o desastre,
pois estima-se que existam hoje no planeta, aproximadamente 800
milhões de Fanes.
— Acha que eles vão levantar a proteção pois eles querem
sobreviver, mas se não for isto.
— Senhor, até ver uma menina tocar o chão e todos os agentes
do Mossad se tornarem pedra, achava que eles não existiam, que era
distração, mas não conheço nenhum humanos que faça isto, junta a
isto a menina falar um dialeto que não é terrestre, me põem muitas
duvidas na cabeça, mas ainda acho que o presidente errou ao afastar o
antigo secretario.
— Diziam por ai que ele não gostava de você?
— Ninguém por aqui gosta general, que novidade.
O general sai pela porta, enquanto um contingente de tanques
cercava o Pentágono, os caças não conseguiam decolar, pois existiam
naves sobrevoando as pistas da região, mas soldados corriam para
defender o Pentágono.
Dallan vê os demais saírem, levanta-se e chega ao computador,
o liga e acessa o sistema de Los Alamos e olha para um grupo de Naves

168
se posicionar sobre Los Alamos e sobre a região dos laboratórios, olha
para os autômatos e olha em volta.
Olha que em 12 lugares do país, os lugares que ele havia feito
sistemas para mais de 200 mil famílias, surgiam nos radares mais calor,
como se estivesse ampliando, e sobre elas, naves de proteção,
pareciam ainda estudar onde iriam ficar, pois todos sabiam que se elas
ficassem fazendo sombra sobre uma região um ano, tudo ao chão
morreria.
Do lado de fora os autômatos avançavam, o presidente saiu no
sentido da Virginia, não conseguiria voltar direto a Washington, os
autômatos foram virando tanques, desviando bombas, tentando não
matar os soldados, mas foi uma humilhação ao maior exercito do
planeta ser dominado em suas terras, tão facilmente.
Sabrina estava a sala quando vê o tumultuo, e pensa se deveria
sair, olha para a porta e vê Dallan.
— Vai esperar ai?
— Eles não entenderam Dallan, isto não é uma invasão
alienígena, é uma forma de isolar as áreas que haviam criado áreas de
proteção, o exercito tomou até o parque do menino em Orlando,
pensando que teriam acesso ao sistema de proteção dele.
— Acha que eles estão fazendo o que o menino programou?
— Senhor, todos os relatórios dizem que quem faz os
acabamentos de todas as bases dele, são autômatos, o próprio
Rockefeller falou isto, e ficam procurando quem executa, se ele estava
construindo através do sistema, ele poderia dar proteção as suas ideias
enquanto sai de campo.
— E aquele transformar em pedra?
— Não sei, mas diz no relatório da CIA que o menino retirou
mais de 20 pessoas de um sonho aterrador, escuro total, não sentia-se
as mãos, como se estivessem fora do corpo, em um enfrentamento em
Comptche.
— Acha que ele já saiu de algo assim antes?
— Se não de algo assim, algo muito semelhante, mas parece que
os demais ainda o querem deter, para ele, uma boa forma de deixar os
demais achando que ele não está mais ai.
— Soube que todos os agentes que estavam na cidade dele
estão sendo chamados de volta, com a confirmação da execução do
menino, a cidade natal dele vai ser um bom esconderijo.

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— E sabe como ele se locomove, ele estava no Cairo e 30
segundos depois, Londres, ele não é algo fácil de acompanhar general,
por isto nos mantiveram lá, mas eles nos afastaram, o que podemos
fazer?
— Sobreviver, sabe disto.
— Acho que o sistema está fazendo algo grande, usando este
ataque para distrair os demais. – Sabrina.
— Nunca entendi como entende as artimanhas do menino, mas
isto que os deixa sempre na duvida se não somos cumplices dele.
— O que sabe general?
— As bases que ele tinha criado para 200 mil famílias, ganharam
cada uma mais 4 divisões iguais, em profundidades, iguais ou mais
profundas, então ele tinha 12 bases para 200 mil famílias, agora ele
tem nas regiões, 12 bases para 1 milhão de famílias, mais uma cidade
superior para 4 milhões de pessoas, e uma nave de proteção para estas
12 bases isoladas espalhadas pelo país.
— Fora as bases militares? – Pergunta Sabrina.
— Sim, fora as cidades em anexo as bases e adendos que ficaram
para dentro destas proteções.
— Quer dizer que se estiver vivo, terá feito o que se propôs a
fazer aqui, os 72 milhões de lugares para proteger, dai somando as 20
naves sobre as maiores cidades, com mais de 6 milhões de locais, para
se apertar, vai ter um plano de contingencia para mais de 190 milhões
de norte americanos, e eles o querem morto.
— Eles não querem eles sobrevivendo, está é a diferença.
Os dois olham para fora e viram um autômato arrancar a janela
e olhar os dois.
O ser olha para uma nave ao fundo e esta se aproxima da janela,
os dos viram que era uma saída, todos correndo como desesperados e
os dois entram na nave, que os leva no sentido de Los Alamos.
Gerson recebe as instruções de construção do filho e acalma,
estavam lhe perguntando se vira as imagens, mas tentava manter o
raciocínio, e um secretario chega a ele e fala.
— Quem contratou para o serviço, existem mais de 50
caminhões de serviço na parte baixa.
— Não contratei, pedi permissão para o fazer e não contratei
ninguém, querem parar a obra?
— Ministério publico pedindo esclarecimento sobre os gastos.

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— Abre as contas, não estamos gastando ou pedindo dinheiro a
mais. – Gerson pega o celular sobre a mesa, um computador pessoal,
com sistema Rosa’s, e dois cristais, e começa a descer, outros olham
para o senhor e um pergunta.
— Não entendi a ideia?
— Não sei ainda, mas eles vão começar a acelerar, e começa por
uma base de apoio, mas não entendi isto ainda.
Gerson desce a garagem, olha para uma parede ao fundo, e
chega a ela, olha para alguns rapazes entrando pela rampa do
estacionamento, põem o projeto e toda a região é tomada por uma luz
estranha, amarelada, todos olham em volta procurando o que fazia
aquilo, e não veem nada, mas na parede surge um buraco e ele olha
para os autômatos.
— Elevador e sistema de transporte primeiro, vamos ligar esta
base a toda a região local, e as capitais próximas, via trem rápido, e
cabos de fibra ótica de comunicação.
Um dos autômatos olha para o buraco, ele estava com uma
mochila, e o vê saltar no buraco, deveria ser fundo, pois ouviu o ar
cortado pelo ser, e o som com eco dele quando chegou ao fundo, mais
de 30 segundos depois, um segundo coloca ao lado do buraco um
tecido e começam a entrar na base.
Gerson olha para um deles que fala.
— Agora vamos isolar até amanha, depois de ligado, em dois
dias, mostra a presidente.
— Os cabos aqui vão em que direção?
— Cuiabá, Campo Grande, Goiânia, Belo Horizonte e sistemas
mais longos que devem chegar a Manaus e Belém, para evacuação.
— Profundidade?
— 200 metros, da parte baixa da cidade, saem as ligações,
estamos em um planalto e vamos tentar fazer um esquema de retirada
com mais de 60 horas de operação, mas podemos não ter tempo de
trazer todos eles, mas se conseguirmos os organizar em 60 horas,
esperamos que a proteção de 44 horas se ative.
— Quantas cidades estabelecidas?
— Pedro vai fazer algo que deve dar condição de reação, mas
que possa ser dado suporte a nações vizinhas, pois os números dele,
somados ultrapassam a população da América do Sul.
— Ideias de apoio a quem?

171
— Mais da metade da Argentina, boa parte do Paraguai, vai para
baixo da agua, pois o mar sobe, os rios primeiro trasbordam e depois as
cidades começam a sumir.
— E ele tem planos para isto?
— Tem uma estrutura em construção no centro do Paraná,
capaz de abrigar 14 milhões de pessoas, ele está falando em esticar
uma linha de evacuação até as 5 cidades maiores do Paraguai.
— Para a Argentina?
— Evacuação para a montanha, mas ainda precisamos acabar as
primeiras para dar estrutura as demais.
— Resolveram o problema de colchões?
— As camas estão sendo feitas a base de ligas metálicas,
conseguimos produzir as camas em 4 meses, os colchões serão infláveis
senhor, em BH ele contratou uma linha de mil funcionários que estão
começando amanha, segunda, a fazer cobertas, roupa de cama, roupas
básicas, mas existem muita coisa que talvez não fique na qualidade que
Pedro definiu nos prospectos.
— Me consegue as listas de objetos que não estão na qualidade
especificada, para analise se temos como achar outra solução.
— Mandarei senhor.
O autômato passa pela porta a parede, e outros chegam com
uma armação de madeira que colocaram a frente do buraco a parede,
e somem na mesma parede.
Gerson olha para a rampa e começa a sair, olha para fora e um
senhor o encara.
— Nosso alvo, acha mesmo que seu pai desiste.
— Diz para ele, que ele tem 2 horas para mudar de posição, todo
homem do exercito que o apoiar a partir de duas horas, será
exonerado do exercito, e mandado para casa, como desertor, ele,
melhor procurar um buraco para se esconder, pois será exonerado em
duas horas, com todos os que me atrapalham no que a presidente me
ordenou fazer.
O senhor olha outros, não levou a serio, mas viu dois autômatos
saírem pelas portas do prédio, e uma nave pequena sobrevoar a região
e dois autômatos maiores se postarem as costas do senhor.
— Não dou recado.
— Desarmar e prender. – Gerson olhando o senhor,

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Romarinho as costas com imobilizadores a choque vai jogando
todos ao chão e começa a os colocar em uma viatura do exercito ao
fundo.
No apartamento do General Rosa, a porta é chutada, ele se
assusta e uma leva de policiais federais apontam a arma para o senhor
e um fala.
— Está preso por determinação do estado maior, por abuso de
poder, tentativa de assassinato, uso de armas para atacar cidadão, pela
morte de mais de 187 militares em uma operação ilegal.
— Não podem fazer isto, sou um general de patente.
— Acaba de sair sua ordem de exoneração, se não serve ao
exercito, apenas a seus próprios planos, usando do cargo para ganhos
pessoais, de hoje em dia, nem aposentadoria do exercito terá.
O senhor viu que era serio, olhou a senhora que o abraçou, a avó
que Pedro nunca vira, uma estranha a família e ao mesmo tempo a
companheira do general a mais de 46 anos.
O senhor sai dali algemado, enquanto em outros pontos da
capital outros 18 generais, eram detidos, ordens superiores.
Pedro entra na nave, olha em volta, e aciona o sistema de
proteção e começa a subir, deixa o mar e a pequena nave entra na
grande nave, ele olha para o mundo a fora, e olha o como os
continentes eram preservados, um mundo onde os seres inteligentes
usavam as aguas, e as terras ficavam a desenvolver as espécies que
talvez precisasse para recompor o sistema perdido.
Na mente de Pedro, que procurava um mundo para proteger a
biodiversidade, aquela visão era quase uma solução, sente a nave se
afastar rapidamente, olha os comandos e olha para uma lua menor a
girar em torno daquele planeta, algo que poderia jurar ser uma copia
da Terra, se via os contornos do que em seu mundo seria a África,
sente a nave se direcionar a um ponto e viu a mudança, sorri, seu
mundo não era tão azulado ao longe, olha para o autômato no
comando e pergunta.
— As meninas estão onde?
— Chegando a estrutura sul da cidade, a que não desmoronou,
mas Fanes não são bem vindos lá.
— Nem humanos. – Pedro.
— Nem humanos, mas quais as ordens.
— Sobrevoa a área que desmoronou.

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— Em segundos estaremos lá.
Pedro olha a formação desmoronada, inverno no hemisfério sul,
dá as coordenadas e vai a uma nave menor. Ele dá os comandos, e por
uma porta de transporte ao fundo, um autômato de serviço traz para
ele um notebook, um cristal, e uma roupa espacial, ele sabia que nela
não sentiria o frio externo, mas teria de tentar ajudar.
Pedro entra na nave e começa a rumar ao chão, a sombra da
nave grande, acalmava a neve, ela chega próximo ao chão, sendo uma
barreira física as nuvens altas, Pedro chega ao chão, um autômato de
serviço traz uma armação, ele coloca no chão o computador, e aquela
cabana inflável os cerca, teria de ter temperatura para o computador
funcionar.
Outro autômato trouxe um transformador, e ligou a um cabo a
pequena nave.
Pedro aciona o sistema e começa a olhar para os dados, olha
para os níveis, as estruturas, ele corta o gelo ao sul, com uma
inclinação baixa e este começa a deslizar para o mar, lentamente, iria
acelerar e limpar tudo que tinha no caminho.
Começa a mapear as vigas existentes, os sistemas que
desabaram, e começa a reorganizar, precisaria de um sistema e uma
tropa de autômatos para ressoldar a estrutura alta da cidade.
Rose estava na entrada, barrada por alguns soldados, defensores
de uma cidade em ruina, tentando manter a calma que não tinha, e
olha aquele brilho tomar todo lugar, todos olham, pensam ser um dom
da menina, começam a ouvir o estralo e alguns correm para suas
proteções, mas era o barulho do erguer de estruturas que havia caído,
a cidade a baixo desabadas, muitos mortos em varias espécies, seres
que Rose nem teve tempo de entender onde estavam no universo, mas
o erguer da cúpula, foi acompanhado de uma leva de autômatos
surgindo ao fundo de Rose, eles não perguntaram, foram entrando, os
soldados tentaram os deter, mas eram autômatos de serviço, quando
um foi barrado um de proteção surge ao fundo e fala em uma língua
local.
— Estamos ajudando, está fazendo oque policial?
O ser imenso falando com aquela voz metálica, olhando para ele,
mesmo sem sacar uma arma, se via que ele tinha armas, lanças, e
alguns meios de defesa.

174
Os autômatos de serviço foram surgindo as dezenas, e na cúpula
que desabara, começam a subir pelas estruturas, e começam a soldar a
mesma, enquanto o brilho as mantinha no lugar, o verificar de cada
solda.
Rose não queria problemas, mas viu que enquanto ela veio com
Fanes, um sistema de autômatos resolveu entrar.
Um senhor chega a frente da menina e fala.
— Porque nos forçam com estes autômatos imensos. – Um
senhor do conselho.
— Deveria pedir para se afastar Conselheiro, pois se o conselho
não prioriza a vida dos seus em prol de uma briga que não existe mais,
a não ser na mente de vocês, deveria se afastar. – Rose.
— O que eles estão fazendo?
— Ainda não entrei senhor, mas estes autômatos de serviço são
uma leva de Claues Azuis, se eles nos cederam material para lhes
ajudar, agradece a eles depois.
— Mas mente que não sabe o que eles estão fazendo.
— Senhor, não entendo a agressividade, pois sou uma menina
em tudo, como alguém pode me temer, mandar os soldados me
apontarem armas, como pode existir um medo a este ponto?
— Não a tememos.
— Então porque me proíbem de ajudar, pois saber onde vocês
se esconde já sei, isto não muda apenas porque vocês não querem que
saiba, a única pergunta, porque não me permitem ajudar.
Os soldados olham uma leva de submarinos se erguerem
naquele lugar, os símbolos dos Ninfas, o Conselheiro viu que os
reforços tiveram de vir por mar, talvez por isto não tivessem vindo
antes, ignorando a verdade.
— Sabe que agora que não vai entrar de vez. – O senhor.
— Sinal que respeitam quem os deixaria morrer aqui, mas vamos
ver se Era vai enfrentar ou apenas lavar as mãos referente aos
acontecimentos.
A menina saber quem vinha ali, deixa o conselheiro desconfiado,
veem as vigílias dos submarinos se abrirem e hastes metálicas
esticarem ao cais, e Era sai por ela.
Era olha em volta e olha para a menina e pergunta ao
conselheiro.
— Como podemos ajudar conselheiro?

175
— Os demais ainda estão decidindo o que podemos fazer, a
cúpula 2 ruiu, devemos ter perdido muitos que lá estavam.
— 10 dias e não decidiram nada ainda?
— Muitos estão nas áreas cinzas, aquelas que os Dantes moram,
pois é o único sistema de calor que se manteve.
Era sente a mente dos próximos e nada vê, até achar a de um ser
olhando para os autômatos ressoldando o complexo 2, mas não sente
o menino e pergunta para Rose.
— Aquele Pedro não apareceu ainda?
— Bom saber que ele já conseguiu o que queria.
— Ele ainda não as tirou da pedra, pois sabe que elas não
querem a paz neste momento.
— Ele pelo jeito sabe conseguir inimigos, mesmo entre os que
deveriam o apoiar.
A conversa de Era com a menina, deixa o conselheiro perdido e o
mesmo pergunta.
— Agora tem amigos entre os Fanes?
— Digamos que vi esta menina com um toque, transformar em
pedra mais de 28 pessoas, ela está calma ai pedindo para ajudar, mas
esquece conselheiro, quem está morrendo lá dentro, é o nosso povo,
eles são proibidos aqui, então não sei porque recusar ajuda, embora
quando chegar a Cúpula dois, não vai entender o que aconteceu.
— O que quer dizer com isto?
— Que uma leva de autômatos, está terminando de soldar a
parte que desabou, viemos verificar os sobreviventes e tentar achar e
ajudar eles. – Era.
— Mas quem fez isto? – O conselheiro olhando para Rose,
pensando que ela havia o enganado – Nos distraiu para nos trair?
— Se ajuda consideram traição, está mal senhor, mas é bom
saber que os Quimerianos ainda temem a nós, mas tem coisa que
talvez nunca venha a entender, porque deste medo.
Rose olha para as demais, sente que Pedro não estava ali, sente
a nave sobre uma parte do gelo e todos veem as 12 meninas
desaparecerem dali.
O quimeriano olha para Era e pergunta.
— Onde elas foram?
— Vamos ver o problema, temos de ajudar ainda. – Os Ninfas
em vestes de frio começam a sair das 100 Naus que vieram do reino

176
dos Ninfas, e caminharem no sentido da Cúpula, abrindo caminho,
muitos carros parados no caminho, muito gelo ainda para dentro.
O conselho vendo as Naus interrompem as discussões, e foram
de encontro ao local onde eles iam.
Viu alguns Dantes chegarem junto e um senhor perguntar.
— Podemos ajudar?
Era sempre teve repulsa por aqueles seres de lava, mas sabia
que aquele calor vindo deles, estava mantendo a temperatura interna,
viu que eles começaram a entrar e o gelo sobre os carros começou a
derreter, começam a tirar gente presa nos veículos, estavam fracas, 10
dias presas em meio ao gelo, começam a montar sistemas de
enfermagem e foram entrando, Era olha para a agua, a parte a baixo,
estava congelada, seu povo naquela cúpula, assim como os demais das
aguas, como os botos, os aquáticos, os Corales, estavam congelados,
uma lagrima lhe correu ao rosto.
O conselho olha para as vigas e para os autômatos e o Ninfa
abaixa a cabeça e fala.
— Meus respeitos Rainha, veio com tecnologia para nos ajudar.
— Uma aliança com um humano para conseguir ajudar. – todos
olham os seres colocarem vidros novos, não viam para fora, mas se eles
estavam repondo o vidro, aquilo estava descoberto e Era olha para fora
pelo teto e se via a grande nave Fanes do lado de fora.
Um dos conselheiros dá um passo atrás e fala.
— Fanes, eles vão nos matar.
— Calma pessoal, esta nave está sobre comando de um humano,
não de Fanes. – Era passando uma sensação mental de Paz, que
acalmou os demais.
— Mas como um Humano domina isto? – Darka, o serpente que
era conselheiro e parte de um grupo de controle dos Fanes.
— Não entendi esta ideia toda ainda Darka, mas quando
terminar de levantar os planos de minha filha, para me tirar do poder,
espero não ter de reduzir esta sua arrogância, a passado. – Fala Era
olhando o senhor, o saber ler mentes fazia daquela senhora alguém
temida, o ser dá um passo atrás e termina – Estranho que enquanto os
seus, os meus e alguns morriam, conseguiram me atrapalhar para não
vir rápido.

177
Darka olha os demais, sabia do que Era estava falando, mas não
era de baixar a guarda, mas sabia que mentir diante de Era seria pior
do que ficar quieto.
Era olha os autômatos forçando a viga maior para o lugar, ela
desabou inteira, ali que fora o problema, viu os mesmos a prendendo,
a parafusando, colocando reforços e depois as coberturas, a ajuda veio
de quem nunca nem olhou como ser, um espécime que todos ali
consideravam subespécie, então o ver de um serviço feito por
autômatos de uma espécie de Claues que não conhecia, junto com
maquinário Fanes, consertando aquilo a deixou receosa e confusa.
Pedro estava a organizar as coisas quando viu Rose surgir a sua
frente, lhe olhar e perguntar.
— Conseguiu o que queria?
— Queria pedir um favor Rose.
— Fala.
— Vai lá dentro, pensa em paz, e toca as estatuas, elas vão voltar
a vida, e não vão me deve nada.
— Querendo confusão?
— Querendo Paz, mas como já disse, não sei viver em paz, vou
estar acabado quando estiver amanhecendo, mas como ainda quero
invadir uma cidade, que nem eu e nem vocês são bem aceitos, e sei até
do que me acusarão, apenas não quero ter de justificar algo que não
precisa ser justificado.
— Elas pelo jeito não aceitariam a paz.
— As estatuas foram dadas de presente a rainha Ninfa, eles são
poucos no universo, vocês são a praga do universo, mesmo parecendo
que não, existe um Fanes para cada ser vivo no universo, então
considerando que somente neste planeta, tem 100 milhões de
espécimes, uma quantidade não definida de seres, e vocês somam no
universo muito mais que isto, não vou me preocupar além do
equilíbrio, mas você já transformou todos os dragões em pedra.
Rose não discutiu, sabia que Pedro estava querendo discutir,
chega na parte interna da nave, olha as estatuas e toca na de Liliane e
depois na de Lídia, depois na de Pietra e por ultimo Suen, ela não falou
nada, mas Liliane olha para ela e pergunta.
— Onde estamos?
— Sobre a antiga cúpula 2 de Atlântida, deve ter morrido perto
de dois milhões de seres só nesta cúpula.

178
— E aquele Pedro, ele não nos soltou. – Lídia.
— Ele não queria mais uma divida com ele, parece querer lhes
dar liberdade de agirem contra ele.
— Ele tem de entender quem manda. – Liliane.
— E quem manda Lili? – Rose a encarando.
— Vai me desafiar?
— Ele que me explicou como a soltar, ele que se deixou levar
para o mundo paralelo e a tirou de lá, mas ele não quer mandar, então
quem manda Liliane? – Rose seria.
— Sabe que temos uma função.
— Eu não tenho função Lili, sei que temos muito que fazer, mas
não adianta acelerar, o planeta vai sofrer pelo que entendi em um ano
e três meses, com uma explosão solar, ele está preocupado com os
humanos, a espécie dele, não com a nossa.
— Se apegando a ele? – Liliane.
— Não, mas pessoas com função, são pessoas uteis, pessoas
correndo, as vezes, sem uma meta, você mesmo falou função, pois não
sabemos a meta, as vezes deixam coisas assim acontecerem, pois não é
nossa obrigação evitar.
— Nem saberia evitar. – Liliane.
— Pelo que entendi, ele vai usar tecnologia para isto. – Rose.
— E ele está onde?
— Controlando ali de fora, a reconstrução da cúpula 2, mas ele
vai lá falar com eles, mesmo eles não querendo.
— E porque ele iria lá?
— Uma explosão solar, vai derreter tudo o que vê a volta Lili, ele
vai os alertar, se vão ouvir não é função dele, mas esta cidade deveria
ser abandonada, pois todos que ficarem, com exceção dos Dantes, vão
morrer.
Liliane sai da grande nave, ela olha para a mesma, elas eram
incríveis, e olha para o menino, olhando os prospectos de construção.
— Sabe que não vou deixar barato.
— Sinal que me enganei, deveria ter desistido, quando fui
acusado de a ajudar, quem sabe com o fim de tudo, alguém que tem a
memoria das coisas, pois ficou lá inerte mais do que os 22 anos
necessários para ter suas memorias, entenda, que não era o inimigo,
que não serei nem poeira quando você resolver voltar a viver entre
seus irmãos.

179
— Sabe que discordo disto.
— Sei que não sei nada, sei que colho as minhas escolhas, mas
estão livres, façam o que querem, eu estou fazendo o que tenho de
fazer, manter o equilíbrio, mantendo duas de você com vida, uma eles
nem notaram ainda que voltou.
— Não entendo o que quer dizer.
— Se não entende, porque joga contra, não deveria entender
antes de destruir?
— Acha que eles vão lhe ouvir?
— Nunca perguntei se me ouviriam, eles quando me veem eles
mudam de ideia, mas minha função é comunicar, se vão seguir, não é
minha parte, mesmo quando tiver 31 anos, e tiver de comunicar aos
que sobreviveram, não tenho de os convencer, apenas comunicar,
dizem que quando explicamos, não funciona.
— E sobrevive a este evento que Rose falou?
— Ruim é sobreviver sozinho, mas se for o caso, sim.
— E porque não deveria me vingar.
— Vingar é coisa de imaturos, já isolamos os 28 cabeças base
dos Dragões de Abraão, já dei fim no general do Mossad que
comandava isto, já interferi mais do que deveria nesta historia, mas
queria ajudar os Fanes locais sobrevivendo também, mas se a função
da Deusa deles, não é os salvar, também não é minha.
— Quer salvar estes dai e não vai salvar os Fanes? – Lídia.
— Lídia, você já passou por milhares de portais, a pergunta, em
quantos deles achou Fanes, milhares, em quantos achou Dantes,
Quimerianos, Corales, Ninfas, Demoníacos, Angelicais, Aquáticos,
Dragões de Comodo, Felinos, Boto, Ciclopes, Centauros, Duendes,
Amazonas, Semeantes, Serpentes e Facris? Deve ter encontrado algo
de Danimes, algo de Insectos, algo de Pagazus. – Pedro.
— Isto que tem nesta cidade? – Lídia.
— Os Corales, Aquáticos e Ninfas da cúpula Dois morreram
todos congelados, os demais, estão os tirando agora de prédios
destruídos, como está no registro, no fim do dia, vão contabilizar mais
de dois milhões de mortos, mas me preocupo com os vivos, não com os
mortos, ainda tem 4 milhões de seres, de varias espécies, que se
estiverem nesta cidade, vão morrer.
— E se não concordar com isto? – Liliane.

180
— Sinal que não é Liliane Canvas, é uma impostora, se acha que
não devo fazer isto, não é quem diz ser, pois estas são suas criações,
não a de seu irmão, que criou as subdivisões dos Fanes.
Lídia olha para Liliane, ela estava irritada.
— Sei que ela está irritada Lídia, mas passar a mão na cabeça
não vai resolver o problema, já temos uma congelando universos, se
tivermos uma segunda destruindo universos, teremos de trazer dos
mortos mais alguma delas, para a acalmar, mas ainda não tenho
tamanho para encarar uma Amazonas na faca, para ter acesso a
Tartaro, e poder tirar de lá algumas versões de Liliane.
— Elas não estariam lá, estariam em vivencias paralelas. – Rose.
— Sei disto, mas Rose, neste instante, 70 Pedro andam por 70
realidades paralelas, dois morreram, enquanto um andar, vou tentar,
mas o que estranho, é que Liliane deveria tentar acalmar as outras
duas, dando o caminho para as outras duas, e está se deixando levar
pela confusão de uma delas.
— E como resolvemos isto?
— Ainda não tenho como ser um ser em 70 realidades, dizem
que para Fanes é fácil, para mim, bem confuso. – Pedro.
Rose sorriu e olha para Liliane e fala.
— Tem de acalmar, já transformei aquele Máximus em pedra e o
isolamos, ninguém sabe nem onde eles estão escondidos.
— Um problema a menos. – Liliane, ela olha para Pedro, não
sabia quem estava na cidade, ela estava confusa em parte, mas o olhar
serio para Pedro o fez desviar do que estava observando e a olhar –
Você não me respeita.
— Disse que tínhamos de conversar, pois deveria ter passado
por esta cidade, antes de ir ao passado, pois tinha de entender a
importância de cada ser, de cada estrutura para manter o equilíbrio,
então não sei o que foi fazer lá, pois posso estar errado, mas toda a
estrutura que lhe deram para fazer, é para estar sozinha neste instante,
sem um amor, sem apoios, sem respeito, e sem calma, e se você não
faz questão de mudar nenhum destes pontos, perdemos já, para mim
esta perda não soma mais que poucos anos, mas para vocês, é uma
serie de existências chegando ao fim.
— E teria de ser culpada por estas mortes?
— A culpa disto nada tem haver com você, sabe disto, nem
passou perto, aconteceria de qualquer forma, mas apenas em uma das

181
72 realidades, o teto não matou muitos, pois você interviu, todas as
demais, os seres da cúpula 2 morreram, então isto estava na historia,
deveria ter um peso, mas se não aprendemos e nem sabemos disto, e
nem queremos a calma de entender, tudo perde sentido.
— Eles não me deixaram ajudar. – Rose.
— Se tivesse o que ajudar, eles até poderiam reclamar Rose, mas
as pessoas foram congeladas a 10 dias, nem os reinos vizinhos vieram,
alguém aqui dentro queria este desastre, mas não podemos acusar,
não podemos voltar o tempo para salvar todos eles, mas o que estão
fazendo aqui ainda? – Pedro olhando Rose.
— Pensei que estávamos juntos nesta tentativa de ajudar.
— Quando falei isto, não sabia que teria de me manter afastado
de sua tutora, então melhor irem, eles não sabem mesmo o que esta
acontecendo ainda.
— Acha que eles vão lhe ouvir? – Liliane.
— Como ouviram Rose.
Pedro olha para um autômato que vem da parte interna e fala.
— Porta instalada.
Pedro sorri e entra na base, desligando o computador ali, e as
meninas olham ele passar por uma porta.
Era olha os autômatos se reunindo em uma área e repara que
um dos Dantes a olhou e chega perto, e viu o menino sair por uma
porta, a parede, ele olha os autômatos de defensa e fala.
— Podem retornar a nave.
Os mesmos começam a sair pela porta que o menino veio, e o
mesmo olha para a parte alta e para os seres a volta e olha para o
querubim o tocar e olha nos olhos dele e fala.
— Não entendi como ajudar?
O querubim o toca, ele não falaria, poderia vir a destruir alguns
ali, mas olha para os demais autômatos e fala para um.
— Não deixe as pessoas retirarem ninguém ainda.
Era olha Pedro e pergunta.
— O que veio fazer aqui humano?
— Tentar algo que um ser divino me disse possível, e alertar aos
demais, que em um ano e 3 meses, quem estiver nesta cidade vai
morrer.
— E porque acreditaríamos em você? – O Quimeriano.

182
— Como explicar para um Quimeriano, que segue seu rei, diria
líder maior, pois é eleito, as cegas, que um evento solar, vai destruir
tudo que não estiver abaixo de no mínimo 30 metros de rocha,
recomendaria os que vivem em realidades paralelas mudarem os seus
para lá, nem que por um período pequeno, pois o sol vai jogar sobre o
planeta uma nuvem de plasma a pouco mais de 10 mil graus célsius,
acho que somente os Dantes sobreviverão dos que estiverem aqui e
não saírem.
— Não respondeu. – O quimeriano.
— Son, com respeito que alerto, deveria estar acalmando seu
filho Leon, mas está preso a tentativa de viver nesta cidade, que lhe tira
a naturalidade das noites, mas não precisa acreditar em mim, não
precisa sair, mas saiba, todos que ficarem, estarão mortos, para mim,
apenas mais mortes, pois sei que se não fizer nada, bilhões de
humanos morrerão, e se entende a ligação, os Fanes locais morrem, os
Ninfas desaparecem, os Duendes entram em extinção, e no lugar de
pedir ajuda, estou dizendo, proteja os seus, que dos meus eu protejo.
— Acha que vamos ouvir uma criança?
Pedro olha para o Serpente, algo interessante a vista, um ser
erguido nem seu corpo, com mãos, uma cabeça definida, menor do que
a de uma serpente, mas pouco se via a diferença de pescoço e corpo.
— Darka em pessoa, o ser que acha que seu grupo de oito
lideres pode coordenar quem sobrevive, um covarde que ataca pelas
costas, não pretendo que me ouça, que os seus saibam, pois você se
retira e os deixa morrer.
Darka viu que o menino o atacou, ele sabia quem era quem, o
Quimeriano viu que ele deveria saber quem era quem naquele
conselho.
— Me acusa?
— Não vou levantar quem recebeu para manter as colunas
conservadas, não é minha função Darka, não vou levantar quantos com
o tempo largaram seus dons, e reclamam dos Fanes lá fora, mas
mesmo eles já não desenvolvem Dons fora deste planeta, poucos
entendem disto, mas vim ajudar, minha ajuda já está quase se
encerrando.
Pedro olha o autômato chega a ele, que pega um grande bastão,
ele olha para mais de mil autômatos de serviço a toda volta colocarem

183
o bastão na agua congelada, ele toca ela com seu bastão e olha em
volta.
Segura a haste com uma mão, com a outra toca o peito, sente o
acelerar dos atos, mas acelera o planeta ao inverso, sente a energia
atingir os bastões, e todos a volta começam a ver o gelo sair, a imagem
das casas subindo, a agua voltando ao estado liquido, a cúpula estava
refeita, então não viram ela subir, mas imaginaram ela subindo, e as
pessoas que congelaram começam a se mexer ao chão, as pessoas
assustadas por saberem o que passaram, olham para o teto, refeito e o
Dante olha para Pedro e pergunta.
— Quem é o humano que meche com o tempo? Agradeço pelos
que voltam a vida.
— Apenas um Pedro, recomendo que os seus se poupem,
saindo, pois eles não sabem o que aconteceu, então eles ainda sabem
ser cruéis.
O Dante olha para os seres voltando a vida e a forma que os
condenava por estarem ali, sorri e faz sinal para os seus saírem.
Era olha o menino e o mesmo tira o bastão da agua, este
encolhe em sua mão, os demais autômatos fazem o mesmo e
começam a passar pelo portal, Pedro nem olhou para ela, apenas
atravessou o portal e o mesmo parece virar um pano na parede, nada
mais que isto.
Pedro sorri ao chegar a nave, a liga e olha para Rose surgir a seu
lado.
— Ela quer que não ajudemos.
— Ela perdeu tudo nesta existência, ela não tem ninguém, ela
não está pronta, e não terei um ano de 3 meses para a ensinar, apenas
a tenta apoiar Rose, mas tentando não destruir tudo.
— Ela quer tirar satisfação de Era Elenicos.
— Não recomendava, pois a mais poderosa das Liliane Canvas,
não era páreo para filha mais nova de Era, esta não dá nem para o
começo.
— E faço oque?
— Tem muita coisa a fazer, sabe disto.
— Porque parece tentar acalmar agora?
— Amanha volto a sala de aula, sei que pode parecer pouco, mas
terei de sentar a uma sala, esperando o universo se ajeitar e se manter

184
enquanto assisto aulas básicas de matemática, português e outras
matérias da oitava série.
— Parece querer fugir disto.
— Não, apenas estou tentando comunicar todos, que a partir de
amanha, não estarei disponível para resolver problemas.
Pedro dá as coordenadas, e a nave começa a ir ao norte, os
autômatos pulam no sentido das pequenas naves que começam entrar
na grande, já saído do continente Antártico.
Dallan olha a nave se aproximar de Los Alamos e os deixar em
uma base, eles veem um rapaz os indicar uma porta, sabiam o que era
aquilo e passam por ela.
Dallan olha em volta, não sabia onde estava, mas era óbvio que
estava em um lugar muito mais espaçoso do que sua base de
pesquisas, um rapaz chega a eles e fala.
— Bem vindo general, não sei se querem tornar publico estarem
aqui, ou vão fazer como o menino, sumir por um momento da
aventura.
— Não somos de nos esconder. – Dallan.
— Nem o menino general, mas eles sobre vocês, os fazem
perder tempo com politica, o menino não parece ter paciência para a
politica.
— Acha que estaremos seguros aqui? – Sabrina.
— A porta ao fundo dá na base normal em Los Alamos, estamos
terminando de instalar a base de dados, os laboratórios normais estão
lá, mas daqui podem controlar lá, sem eles saberem onde estão
exatamente.
Sabrina olha a sala de comando, chega a ela e coloca as imagens,
Dallan olha para a operação da CIA novamente, colocando explosivos
em alguns lugares, olha para o caminhão ao fundo e brada.
— Eles não cansam de tentar nos roubar?
— Eles estão colocando explosivos, todos com timer para o
amanhecer em Los Alamos. – O rapaz.
— E vamos os deixar explodir?
— Vamos deixar eles saírem, os autômatos tiram os explosivos, e
vemos o que fazer amanha. – O rapaz.
Dallan olha o rapaz e pergunta.
— E trabalha para quem?

185
— Fuzileiro naval senhor, sou da base de San Diego, fomos
transferidos para cá na manha, quando começaram invadir lá.
— E Leon está como?
— Furioso, mas calmo, ele sabe de algo que não sabemos, pois
nos mandou sair de lá, mas não reagiu a invasão.
— Ele queria dar a sensação de que as maquinas tomaram a
base, e que não sabia o que estava acontecendo. – Dallan.
— Acha que ele vai reagir como? – Sabrina.
— A marinha, o exercito, a aeronáutica, vão tentar atacar as
bases que as maquinas tomaram, mas quem me deu os números de
bases foi você Tenente.
Sabrina olha em volta e fala.
— Acha que eles vão tentar mais alguma coisa?
— Tenente, eu não sei quanto o menino está inativo, acho que a
imagem dele virando pedra, é quase viral entre as inteligências
mundiais, mas ninguém da empresa parou, certo que num domingo
ninguém sentiria, mas a calma, e o calor dos satélites mostra que
ninguém parou. – O rapaz olhando para Sabrina.
— Os planos do menino, ou do sistema, mas sei que ele que
estabeleceu, preveem a sobrevivência de todos que ele conseguir, mas
não quer dizer que vai ser fácil. Mas como falava para o General, ele
tem de executar as coisas em 15 meses, então ele deve ter programado
o fazer, pois ele não tem cama para todos, imagina comida para todos.
O General olha para a tenente, isto que estava em jogo, a
sobrevivência, o grupo de ricos, não queria uma corrida por comida,
pois poderia não sobrar para eles.

Pedro vê se aproximar rápido do litoral Paranaense e olha a


imensa nave se posicionar sobre uma estrutura com mais de 18 mil
bases de 6 metros de raio, e mais de 300 metros de altura, sobre
aquela ilha triangular.
Ele sorri da ideia simples, olha o surgir do campo a toda volta e
aciona a porta e passa para a ilha, olha a cidade criada a toda volta e
olha para um autômato lhe alcançar um recado, olha para o mar ao
fundo e olha para toda aquela estrutura.
Pedro olha o relógio, quase 6 da noite, inverno, se via o sol se
escondendo nas montanhas ao fundo, desce a uma base bem abaixo

186
do ponto que estava e olha para as telas de comando e abre
comunicação com Pietro.
— Problemas Pietro?
Pietro sorri ao ver o menino e fala.
— Apenas queria ter certeza que saiu daquela pedra.
— É publico aquilo?
— Tiraram toda a leva de agentes de Curitiba, até mesmo Roma
está chamando Pablo para explica como lhe atingiram.
— Logo voltam, mas como estão as coisas na Europa?
— Não sei quem está coordenando os autômatos?
— Está na programação deles Pietro, linhas de comando do que
tem de ser executado nos próximos 15 meses, prioridades, e coisas que
não tem importância, as vezes acelerando de um lado, mas olhe as
industrias em 150 países a partir de amanha, vou tentar não aparecer,
mas tudo programado de acordo com o sistema que funcionava a
economia de J. J. Empreendimentos, cada centavo recebido,
reinvestido, posso estar pobre em 15 meses, mas não quero falir antes
de 15 meses, então cada centavo que tem como projeto de entrada,
tem projeto de saída, e se tivermos qualquer surpresa a nível positivo,
vamos reinvestindo e acelerando.
— Parece muita coisa.
— Pietro, como eu conseguiria produzir, 700 produtos essenciais
a sobrevivência, em quantidades de 6 bilhões de unidades, se não as
espelhasse em 150 países, em mais de 3500 fabricas?
— Acha que dá tempo?
— Sei que não dá Pietro, minha calculadora fala que não vai dar
tempo, pois temos apenas 648 mil segundos, para produzir, 4,2 trilhões
de coisas, ou quase 6,5 milhões de coisas por segundo, as pessoas
acham que o trabalho é pequeno, mas eles estão olhando para um
exercito de 300 mil autômatos com medo, e tenho 20 milhões de
autômatos, executando obras em todo planeta, demoro mais para por
um autômato com segurança neste planeta do que deveria, então não
vou conseguir passar de 29 milhões deles, precisava de 32 milhões,
pior, eles estão lá para se usar, mas se descuidar trago uma praga que
acaba com a gente antes do sol.
— Eles devem ter percebido os autômatos somente agora.
— Eles estão olhando os autômatos de guerra, mas estes não
vão nos salvar Pietro, eles são a cortina de fumaça.

187
— E sabe o problema que teremos amanha?
— Liga para o presidente Americano, deixa ele falar, e apenas
diz, que se ele mantiver a posição dele, amanha no fim do dia, a Rosa’s
vai a imprensa falar sobre o que está acontecendo, e que nós vamos
salvar o máximo de pessoas possível, embora sejamos apenas uma
empresa, e não conseguiremos com peso contra dele.
— Ele não vai acreditar.
— Ele não me force o fazer Pietro, ele ainda parece não ter
entendido, mas deixa ele tomar as rédeas, e não se arrisca.
Pedro atravessa para casa, estava cansado, mas separou o
uniforme, olha para o material, olha a porta e vê Renata, a irmã e fala.
— Pronta para a monotonia?
— Pensei que não tinha nem voltado? Nem sei onde está o pai.
— Ele deve vir para casa hoje a noite, deve chegar daqui a
pouco.
— Vai mesmo não escrever mais crônicas?
Pedro a olha e sorri, não havia lhe passado isto a mente, mas
aquele sorriso a fez olhar serio e perguntar.
— Pensou em algo, pois conheço este sorriso.
— Vou terminar de pensar e ligar para minha mãe, para parar as
prensas.
— Vai agitar?
— Vamos.
Pedro pega o computador e começa a escrever, sorri da ideia, e
Renata olha meio sem entender, mas era obvio, ele não queria ficar na
vitrine.
Gerson termina os contatos de Brasília e pega o ultimo voo para
Curitiba, ele queria ainda testar fazer de veiculo rápido, mas ainda não
estava pronto, ele não entendera todos os planos, mas viu os caminhos
surgirem, sabia que muitos não estavam entendendo, mas o conjunto
de fibra ótica, não fora comprado, mas teria de fazer todos os
prospectos para que funcionasse, mesmo que soubesse os problemas
que suas declarações iriam dar.
Gerson chega em sua casa depois de algum tempo e abraça
Patrícia e o pequeno Bernardo, estava cansado, mas ficou a olhar o
filho como se querendo ajudar a resolver o problema.

188
189
J.J.Gremmelmaier

Clorofilados
Crônicas de Gerson Travesso
32

Primeira Edição
Edição do Autor
Curitiba
2016

190
Autor; J. J. Gremmelmaier
Edição do Autor
Primeira Edição
2016
32 - Clorofilados
------------------------------------------
CIP – Brasil – Catalogado na Fonte
-----------------------------------
Gremmelmaier, João Jose
Clorofilados – Crônicas de
Gerson Travesso 32, Romance de
Ficção, 110 pg./ João Jose
32 - Clorofilados
Cronicas de Gerson Travesso
Gremmelmaier / Curitiba, PR. /
chega a sua 32ª parte, vamos forçar
Edição do Autor / 2016 Pedro a enfrentar uma aventura antes
1 - Literatura Brasileira – de avançar a historia no tempo, para
Romance – I – Titulo que possamos dar tempo dele crescer,
-------------------------------- mas antes, vamos o colocar diante dos
85 – 62418 CDD – 978.426 clorofilados, e de uma leva de seres
As opiniões contidas no livro, são
que desconhecia existir.
dos personagens, e não obrigatoriamente
assemelham-se as opiniões do autor, esta Agradeço aos amigos e
é uma obra de ficção, sendo quase todos colegas que sempre me deram
os nomes e fatos fictícios. força a continuar a escrever,
É vedada a reprodução total ou
parcial desta obra sem autorização do mesmo sem ser aquele escritor,
autor. mas como sempre me repito,
Sobre o Autor; escrevo para me divertir, e se
João Jose Gremmelmaier, nasceu
em Curitiba, estado do Paraná, no Brasil,
conseguir lhes levar juntos nesta
formação em Economia, empresário a mais aventura, já é uma vitória.
de 15 anos, já teve de confecção a
empresa de estamparia, ele escreve em Ao terminar de ler este
suas horas de folga, alguns jogam, outros livro, empreste a um amigo se
viajam, ele faz tudo isto, a frente de seu
computador, viajando em historias, e nos gostou, a um inimigo se não
levando a viajar juntos. gostou, mas não o deixe parado,
Autor de Obras como a série pois livros foram feitos para
Fanes, Guerra e Paz, Mundo de Peter, os
livros Heloise, Anacrônicos, cria em correrem de mão em mão.
historias que começam aparentemente J.J.Gremmelmaier
normais, mundos imaginários, interligando
historias aparentemente sem ligação
nenhuma;

191
Clorofilados
Crônicas de Gerson Travesso 32

J.J.Gremmelmaier
©Todos os direitos reservados a J.J.Gremmelmaier

A novela Crônicas de Gerson Travesso


chega ao seu Trigésimo Segundo capitulo,
vamos por Pedro em uma segunda
dimensão, vamos o mostrar o caminho a
tomar, para enfrentar o que ele é, não o
que os demais querem dele.

192
193
Começo o meu primeiro dia útil a frente
de um ministério, e alguns me olham ainda
como estranho.
As pessoas esquecem que o que é mais
trabalhoso, a quem contrata, projeta, é o antes,
o ter uma ideia boa, o investir errado é perda
de tempo, certo que vejo gente sem se
preocupar com isto, mas eu gosto da ideia bem
montada, mas o que eles acham ser a ideia, é
apenas o começo.
Como pode ter gente que pensa apenas
no sanduiche que come, como existe gente que não sabe as
configurações básicas de um serviço de comunicação de alto fluxo de
dados, e se dizer especialista.
Meu Pedrinho acho que daria uma aula para eles, mas ele
resolveu se afastar dos problemas, mas as vezes queria poder trocar
ideia com ele, mas parece que nem isto ele está disponível para
conversa.
As vezes me assusto com o que dois gêmeos podem fazer, mas
diante de novidades, como esta linha na minha coluna, tenho de
aparentar que sabia de tudo.
Os esquemas de distribuição de dados, vão ser divididos em 6
centrais de alta velocidade, espalhadas com bases rápidas, e interligadas
entre si com 20 linhas de alta velocidade de dados, projeto inicial, em
um sistema que me permita esticar 20 a mais se precisar de fluxo.
As bases terão centrais de informação em Porto Alegre, Rio de
Janeiro, Cuiabá, Belo Horizonte, Salvador e Belém. Estas bases tem
como objetivo dar toda a estrutura de velocidade, pretendemos ter 2
cabos de fibra óticas para cada cidade com mais de 100 mil habitantes,
queremos por o Brasil em um patamar de comunicação que não existe
ainda no país. Não, não estou preocupado com o que eles usam lá fora,
estou preocupado em fazer nosso primeiro projeto de estruturação de
dados de velocidade rápida.
A pedido da Presidente, devemos abrir concorrência para a TV
aberta e radio aberta, com disponibilidade de abrangência nacional,
junto com isto Reorganizar a TV Nacional e a Radio Nacional, uma forma
de manter quem quiser saber das informações atualizados.
Se querem saber por que disto? Vocês reclamam da Hora do
Brasil, pouparemos os que não querem informação dela.
Gerson Travesso
Curitiba, 01 de Agosto de 2011
194
Estreando minha primeira crônica,
ouvi de meu irmão muitas vezes que terminar
uma era difícil, que ele apagava muitas ideias,
pois não ficaram boas, hoje entendo o que
ele quis dizer.
Hoje vou falar sobre o que ninguém
fala, quem é Pedro Rosa, meu irmãozinho,
uns 12 centímetros a menos que eu, ele pode
não parecer, mas já foi tímido, acho que
vocês conseguiram o tirar do serio, pois ele
fala em desistir, mas o que é desistir para
Pedro Rosa? Sim, parece não caber no Pedrinho, no Rosinha, em meu
irmão esta pergunta, mas quando soube do meu descuido, foi o
primeiro a me apoiar, então lhe devo um apoio.
Mas desistir para Pedro, é olhar os demais de longe, os dar
chance de tentar, pois ele devido a posição de alguns, se olhou no
espelho, e Pedro Rosa que vocês falam, ou mesmo Pedro Travesso, não
cabe naquela figura que ele olha ao espelho, então o forçaram a se
olhar no espelho, e ele parou.
Não quer dizer que ele não vai enfrentar se conseguir, mas não
espere ele a frente de um exercito, de um sistema, de uma indústria
que no dia de hoje, abraça o mundo com mais de 700 produtos a
vender, ele vai as coisas calmas, e somente quem o fez desistir vai
entender que não era hora de ter calma.
Mas entendo ele, se eu com 12 centímetros a mais, não consigo
enxergar ao espelho uma adolescente irresponsável, como ele, veria
algo diferente, sei que as vezes nos enchemos da posição de alguns, as
vezes temo ele acelerar e deixar algo perigoso acontecer, mas parece
ser o único a se preocupar com isto.
Pedro vem de Pedra, é, acho que o destino está aprontando com
meu irmão, e não tenho como apoiar nisto, mas saiba irmão, existem
pessoas que o amam, não pensa naqueles que não lhe amam, pensa
nesta sua família que tanto lhe quer bem.
Renata Travesso
Curitiba, 01 de Agosto de 2011

195
Pedro acorda e olha para fora, garoa, seu corpo estava quebrado
e tinha de começar a encarar a possibilidade de resolver as coisas
sentado a sala de aula.
Ele vai ao banho, para esquentar, senta-se ao computador, olha
os dados enquanto coloca o uniforme escolar, olha para dados das
empresas que já estavam quase fechando depois de um dia de
trabalho, e ele estava apenas começando o seu.
As contas do projeto dele, estavam em dia, mas ele não queria
dizer que estava tentando alimentar uma estrutura 2 e 3, mas parecia
ainda parado na estrutura um.
Pega o material escolar, coloca na mochila e sai pela porta do
quarto, Renata olha para ele e pergunta.
— Tem certeza que foi uma boa ideia?
— Problemas?
— Gente querendo saber como me atrevi a substituir a crônica
do cronista do ano.
— Não responde, apena continua na posição.
— Mas nem sei o que vai por lá.
— Mana, tem coisa que nem eu sei se é uma boa ideia, estou a
um passo de uma sala de aula, monótona, com todas as encrencas de
antes de ser Pedro Rosa.
— Problemas?
Pedro apenas desceu, não respondendo, pede um café para
Maria que olha para ele e pergunta.
— Seu pai perguntou de você, pensei que nem tinha chego
ainda.
— Maria, vamos tentar manter a invisibilidade por um tempo, e
ver o que acontece.
— Esta casa é imensa, mas é mais fácil de limpar.
— Gostou do seu quarto?
— Sim, tem até TV para ver a Novela.
Pedro não sorriu, mas ligou para Dinho e pergunta.
— E dai Dinho, conseguiu um acordo?
— O desembargador quer manter o esquema anterior.
— Então nos pega em casa que daqui é mais longe do que do
apartamento da mãe.
— Certo, estou passando ai, mas nem sabia se estava na cidade?
— Oficialmente, não estou.

196
Dinho sorriu e foi ao carro, liga ele saindo da panificadora a 8
quadras do condomínio.

Pietro acordara de madrugada, até se acostumar ao fuso da


região, estava ainda com o corpo no de Paris, e já estava em Los
Angeles.
Pietro olha para as câmeras e olha para o esquema do menino,
não parava um minuto, isto que ninguém entendia, como ele tinha
tamanha estrutura, olha os números e se depara com a produção de
mais de 4 mil produtos, não os 700 que o menino falara e se depara
com diferenças culturais, coisas que um oriental usa e que nunca passa
pelo consumo de um ocidental, muito menos na mão de um árabe.
Estava a olhar os esquemas e vê que o exercito estava se
movimentando em Washington de madrugada, ele liga para Orlando,
para Sanches, era madrugada, o senhor atendeu o telefone e falou
sonolento.
— Espero que seja importante Pietro, é madrugada.
— Passa um alerta geral, para ficarem em casa, o exercito vai
fazer uma batida no parque e no caminho para a cidade baixa.
— A cidade baixa não tem como isolar. – Sanches.
— Sei disto, mas estou tirando os autômatos de lá, mas preciso
que acione o pessoal para não aparecerem por lá.
— Certo, acha que o menino vai ficar chateado se tomarem
aquilo?
— Como está a instalação do sistema de transporte para dentro.
— Um trem com 30 vagões, sai todo dia do terreno alto com
muita coisa, quer isolar ele?
— Deixa eles tomarem, mas esvazia o Parque também, não
queremos problemas.
— Não entendi a ideia?
— Temos de tirar gente do caminho, eles acham que podem nos
tirar aquilo e ter garantia de que vão ter onde se esconder.
— Mas e os planos?
— Crescendo, passo ai fim da tarde, e conversamos.
Sanches começa a fazer os contatos, por mensagem, dando folga
a todos
Amanhecia em Orlando quando Robert liga para ele.
— Qual o problema Sanches?

197
— Quem além do exercito, CIA, inteligência e presidência?
— Eles querem tomar aquilo, tem certeza que eles devolvem?
— Ainda não sei, mas se mantem longe, parecem desesperados
e nesta hora se faz burrada.
Sanches olha para a filha que pergunta.
— O que tanto escondem, tem algo ilegal pai?
Sanches faz sinal para a filha e mostra o alerta dado pela NASA, e
que estavam fazendo bases de sobrevivência abaixo da cidade.

A primeira ministra alemã chega a região e olha para aqueles


autômatos de segurança, apenas postados e pergunta para o
secretario.
— Existe perigo?
— Agentes da CIA ao longe, eles apenas observam, mas com
certeza já teriam tentado entrar se não tivessem estes autômatos nas
entradas.
Ela olha para cima e olha a grande sombra e pergunta.
— Como teremos energia?
— A empresa está instalando um sistema de energia, não
entendi a base, mas é baseado em fotossíntese de uma espécie de
placa que estão colocando a toda volta.
— Como eles ergueram tudo isto em dois dias? – A primeira
ministra.
— Eles pelo jeito falam serio em salvar as pessoas primeira
ministra, e começo a entender o quanto isto custa, pois eles estão
fazendo encanamentos, luzes, coisas básicas, que em uma casa não é
nada, mas em milhões de casas, uma correria.
— Mas tenho de ser honesta secretario, pensei que eles nos
enrolariam, e já começam a entregar.
Eles chegam a uma parte central e Carlos os olha.
— Desculpa se falar em inglês, meu alemão não funciona.
A primeira ministra sorriu e perguntou em inglês.
— O que quer mostrar?
— Vamos a segunda parte que lhe mostro.
Ela estranhou, chegam a uma parede, um elevador e este desse
mais de 180 metros e chega a base da cidade subterrânea e Carlos fala
saindo do elevador.

198
— Primeira ministra, estamos estabelecendo tuneis de ligação
com todas as grandes cidades, todas elas tendo um sistema de trens
rápidos para os trazer para cá.
A senhora olha para cima e pergunta.
— Estamos abaixo da cidade, mas parece dia?
— São placas de energia, mas os tuneis tendem a conseguir
trazer as pessoas a estes locais, em proteção, mesmo que o sistema de
proteção não aguente.
— Quantos trabalham para sua empresa?
— Muitos, mas para ser rápidos, precisamos de dinheiro, mas
enquanto a inteligência olha lá para cima, a parte baixa será para mais
de 2 milhões de pessoas, mas o principal, estamos começando a fechar
– chegam a um grande lago, vazio – o sistema de encanamentos até o
mar, e vamos dê salinizar e encher um grande lago de agua potável em
cada uma das cidades subterrâneas, o sistema de tuneis ao fundo,
começamos a plantar a semana que vem, o sistema de produção
industrializada de comida, mostro a vocês.
Eles chegam a um prédio, entram, viam sistemas de plantas
sendo colocados em estufas com iluminação artificial e Carlos olhou os
dois.
— Temos mil prédios destes no sistema, são os prédios que
passam da altura da cidade lá em cima, eles sobem e são a base para a
nave se ela tiver de pousar, mas são prédios de produção de alimento.
— Já montaram algo assim antes, pois parecem saber como o
fazer?
— Nesta proporção não, a ideia aqui é terminar 3 meses antes
da previsão do evento, para que possamos testar todos os sistemas,
pois depois de cheio, não vamos conseguir, teremos de remendar os
problemas.
— Acha que conseguem? – A primeira ministra.
— A empresa sabe que não tem o dinheiro total senhora, mas
ela lhe mandou uma condição de pagamento em 100 anos, como para
pagar tem de sobreviver, vamos considerar salvar todos senhora.
— Pelo jeito aquele menino tem realmente coragem, pois
quanto saiu somente até agora a estrutura?
— O PIB alemão de 3 anos. – Carlos.
— E acha que chega a quanto?
— Não estamos pensando nisto, senão paramos senhora.

199
— Quando o presidente americano me ameaçou ontem, soube
que tinha feito o certo, eles estão pensando em salvar uma pequena
leva de pessoas, mas fico feliz de ver que vocês fazem, não ficam
estudando muito.
— Este projeto senhora, foi projetado para um uso que talvez
nunca façamos, uma colônia de colonização em Marte, por isto a
pratica em abrir buracos, o sistema de cultivo, apenas estamos
testando em limites que nunca tínhamos feito, mas todas as estruturas
que vê ali fora, são escavadas em rocha.
— Estão superdimensionados em algo que pensaram em usar
em Marte? Seria isto. – O secretario de finanças.
Carlos balançou a cabeça, estava mentindo, mas eles não
precisavam saber.
Eles voltam a subir e Carlos olha para um auxiliar.
— Estamos correndo, mas parece que os dias serão curtos.
— Trabalha apenas as horas normais Pierre, não precisamos
terminar em 15 dias.
— Certo, mas nem entendi de onde vieram tantas peças
desmontadas.
— Digamos que temos muito a estudar e deixar pronto, para
salvar um país.
— Será que nosso presidente vai topar? – Pierre se referindo ao
presidente Frances.
Carlos levantou os ombros, não sabia.

Pietro olha para a rua de sua cobertura em Los Angeles e vê o


exercito cercando tudo, trava os elevadores, olha as base que estavam
sendo ameaçadas e passa para o Rio de Janeiro, pelo portal a parede,
olhando para aquele teto alto, Rio de Janeiro conseguia ser mais
quente no inverno que Los Angeles no calor.
Ele olha para as definições de projetos chegando de varias
partes, propostas de obras na China, na Índia, na Austrália, ele vai
olhando uma por uma, mais de 150 países, todos querendo algo, e olha
para os testes e vê que enquanto os produtos começavam a ser
fabricados, metade era para uso, metade para arrecadação de
recursos.
Ele para olhando os prédios de comidas Alemães e sorri.

200
“Este menino não para, e temos de parecer que sabemos de
tudo.”
Pietro começa a olhar uma maquina que estaria chegando no
Rio de Janeiro, para produção de cabos de fibra ótica, para alta
profundidade, dentro dela corria energia e algumas outras coisas,
então era um cabo bem resistente, olha os projetos para o Brasil e
sorri, alguém capaz de não se preocupar com divisas nesta hora.
Pietro pega o telefone e disca para Gerson Rosa, pai de Pedro.
— Senhor Gerson?
— Fala Pietro. – Gerson vendo o numero no celular.
— Devem estar chegando no Rio hoje, um sistema de fabricação
de cabos de fibra ótica, não sei a ideia, mas vai estar no porto do Rio
hoje ao meio dia.
— Acha que os projetos vão dar certo?
— Não sei, o projeto de ligação entre Rio e Brasília, é audacioso,
ele não vai se ater a ambientalistas, ele não vai se ater as leis, alguém
terá de as contornar.
— Vou falar com alguns, está onde?
— Na casa no Morro do Macaco, estão em outra operação nos
Estados Unidos.
— Daqui a pouco volto a Brasília, Pedro volta as aulas hoje,
quero ver se consigo o acalmar um pouco. – Gerson.
— Ele montou o esquema senhor, será que mais de um milhão
de pessoas conseguem a executar?
— Uma pergunta e tanto, mas como estão as empresas?
— Tentando caminhar, mesmo que com toda a resistência.
Gerson sorri.

Dallan olha para a Tenente Sabrina e pergunta.


— Como estão as coisas?
— Acontecendo senhor, não sei quem está por traz de tudo, mas
esta sala em si já mostra uma faceta que não veríamos, ele consegue
obter dados diretos de nossa base, para nos apoiar, mas ele poderia
usar para outros fins.
— E onde está o presidente?
— Chegando ao Pentágono, não sei o que ele vai declarar, mas
ele vai a uma reunião fechada sem sistema, apenas os 12 maiores do
pentágono, novo secretario de segurança, terceiro em 3 dias, ainda

201
tem uma nave sobre Washington, começa a ser noticia no mundo,
ontem eles seguraram a informação, mas não estou filtrando senhor,
eles saberiam onde estamos.
— Nossas posições?
— Sobre averiguação, tem um ponto de interrogação se estamos
vivos ainda.
— Ninguém nos viu sair, normal, e deve estar uma bagunça em
Washington.
— Põem bagunça nisto.
Dallan olha para a Tenente e pergunta serio.
— E os planos do menino, onde ele está?
— Ninguém sabe, não temos ainda informações sobre isto,
parece ter uma comunicação de ontem fim da noite de Pietro com
alguém, não tenho a identificação positiva do outro lado, mas as
imagens da CIA referente as bases na Alemanha, devem estar
chegando ao presidente.
— O que eles fizeram?
— Montaram uma cidade de pedra, em dois dias.
— Certo, algo mais?
— Não sei quem eles infiltraram, mas falam em começarem a
filtrar agua para fazer 4 grandes poços subterrâneos lá, para ter agua
para os dias seguintes ao evento, agua pura e isolada, falam em prédios
de 300 andares para o cultivar de alimento, falam de autômatos de 10
metros e uma nave de 22 quilômetros de diâmetro protegendo a
região.
— A empresa conseguiu uma aliada, agora quero ver os demais
presidentes dizerem que não querem, sabe quem mais pediu projetos?
— Mais de 120 países confirmaram algo, não sei se todos sabem
o que está acontecendo, mas os representantes da empresa tem tido
desde cedo reuniões agendadas com presidentes, reis, e coisas do
gênero desde cedo.
Os dois ficam olhando os dados.

Pedro chega a frente da escola, olha o carro de Rita parar atrás e


olha ela aos olhos e sorri.
A cara dela foi a alguém chegando rápido, Pedro nem olhou
Carla que tentava chegar rápido onde ele estava, caminha calmamente
até Rita e a beija e fala.

202
— Vou tentar voltar a ser o Pedrinho.
— Meu pai está meio assustado.
— Todos estamos, mas passo lá a tarde para conversar.
— E esta que vem ai atrás?
— Problemas de Pedro Rosa, não do Rosinha. – Fala Pedro a
olhando aos olhos.
Josiane olha para ele e fala.
— Vai conseguir parar aqui quanto tempo?
— O suficiente, mas vamos entrar.
Pedro passa o braço no das duas, ele ainda era o menor e
quando se vira Carla estava a olhe olhar.
— Temos de conversar. – Carla.
— Problemas?
Carla parece pensar, olha as duas meninas, olha para Pedro e
sacode afirmativamente a cabeça e fala.
— A Anicê começa amanha uma turnê pelo Brasil, e chegaram
ontem a cidade.
— Bom saber. — Pedro a olhando, estranho que quem falou a
sua cabeça foi alguém que não estava ali, e sim um ser em outra
existência, que olha para Carla com encanto, e Pedro entendeu que seu
caminho se diferenciaria em cada existência.
— Sandra parece querer falar com você.
— Imaginei, mas vamos entrar, primeiro dia de aula do
semestre, que vai ser corrido. – Pedro entrando e soltando Joseane,
que olha o segurança, ela entendeu que ele não queria problema, dá
um beijo e Rita e vai a sua sala.
Roger senta-se ao seu lado e fala.
— Veio a aula, alguns achavam que você nunca mais apareceria,
sua fama cresceu.
— Eles não viveram o que vivemos Roger, é só fofoca, mas como
estão as coisas em casa, como seu pai está?
— Agitado, aquela Rosa que indicou para ele, parece que vai
com ele ao Chile, eles vão ver terras que você comprou lá, ele disse que
não entendeu porque comprou aquelas terras, são péssimas para
Vinho.
— Devo ter passado o endereço errado para ele, as vezes me
complico, não conheço os lugares e passo o errado, deve entender.

203
Pedro viu Sandra entrar pela sala, ela olhou para ele, obvio que
Pedro a encarou, ele perguntou muito se não queriam um acordo, mas
a ganancia os fez pensar em ganhar mais, Pedro sorria da ideia do
processo poder durar mais que o planeta.
Sandra caminha firme até ele, o encarando e fala alto.
— Como teve coragem de mandar prender meu pai?
Pedro olha para a sala, todos olharam para eles, pois o volume
foi alto.
— Não é lugar para falar disto Sandra.
— Acho que não entendeu, meu pai foi preso, você disse que
não iria fazer isto.
— Eu propus um acordo Sandra, sabe disto, vocês pensando em
bilhões, esqueceram o que a palavra Roubo significa.
— Lhe odeio.
— Eu sabia que acabaria nisto, mas... – Pedro olha os demais –
continua não sendo lugar para falar disto.
Sandra olha os demais, todos olhando e ouvindo e fala serio.
— Mas vai o deixar preso?
— Não mando na justiça ainda Sandra, ainda não.
— Dizem que você tirou seu pai da delegacia em BH. – Roger.
— Eu não estava lá Roger, mas tudo que a Rosa’s faz, acaba
sendo minha culpa, minha ação, mesmo que estivesse longe.
Pedro olha o professor, olha para Sandra e apenas puxa seu
caderno de Matemática, para um dia de aula.
Roger olha para Pedro e pergunta.
— Como está Renata, ela não conversa muito.
— Nem eu tenho conversado muito com ela, mas tenha calma
com os Rosa, eles são difíceis.
Roger sorriu vendo Sandra ir para a parte frontal, Pedro parecia
entretido no caderno.

Dallan olhava os prospectos lunares quando lhe vem uma


imagem vinda por um dos satélites, ele olha para Sabrina, ela estava
cuidando da programação do jogo, ele olha em volta, tinha de fazer
algo, olha para a Tenente e fala incisivo.
— Tenente Jones, abre uma comunicação com o pentágono.
Sabrina olha sem entender, olha para o dado que vinha da tela
do general e pergunta.

204
— O que é isto?
— Não sei, pois acaba de surgir no nosso espaço.
Dallan fala aquilo e Sabrina registra mais afastado um buraco
escuro surgir e por ele aparecerem mais 5 daquelas naves.
O presidente estava quase começando a reunião quando um
subtenente do escritório do general Carter recebe uma ligação.
— Por gentileza o general Carter.
— Ele está em uma reunião fechada, poderia retornar mais
tarde?
— Estou passando para o sistema de impressão da sala dele, um
relatório urgente, se puder interromper um pouco, é super urgente.
O rapaz desligou e olha as imagens e os dados e olha para a
porta, teria de decidir se interromperia, era urgente.
O rapaz chega a porta da sala e olha para o General, que olha
sua mão e pede um momento.
— Problemas, não dá para esperar subtenente?
— Urgente, a analise é sua senhor.
O general olha quem lhe mandava, nem sabia que a base em Los
Alamos estava operando e olha que o general Dallan estava na ativa e
lhe passando mais um problema, ele olha as imagens e olha para o
presidente.
Ele entra e o presidente fala.
— Temos desertores, preciso de cooperação e todos parecem
querer que não de certo, alguém poderia me informar quando
retomamos Washington?
— Novo secretario de segurança presidente? – General Carter.
— Tive de afastar o anterior por divergências.
— Poderia nos adiantar qual a divergência que o fez afastar dois
secretários em 3 dias?
— Problemas de segurança.
— Então Presidente, qual problema, precisamos saber o que
estamos enfrentando, pois não vi nada que o secretario de hoje, tenha
de melhor que o de ontem, e melhor que o de antes de ontem? – O
general estava querendo uma posição, sabia que muitos ali estavam
descontentes.
— Me enfrentando general?
— Pergunta direta senhor, somos a segurança desta nação, qual
a operação que conseguimos contra estes seres, nenhuma, e não é

205
trocando gente e gerando insegurança em todos a volta, que é o que o
senhor está fazendo, com ameaças, com retaliação, que vai ajudar a
resolvermos o problema um, já que pode não saber, gostaria de uma
posição do secretario, e do senhor, qual a posição que temos referente
as 6 naves no formato de pirâmides chatas invertidas que entraram no
nosso sistema solar, eles vem enfrentar as naves que nos sobrevoam?
Quem são? O que querem? O que o senhor está escondendo de nós
presidente, já que estamos com NASA, Los Alamos e 20 bases em
Nevada, desativadas, tudo que nos dava posição de satélites, parado,
tudo que preciso saber, é para onde mando os contingentes de guerra,
já que estas sobre nós não nos atacam, apenas se defendem.
O presidente olha para o secretario, ele o nomeara minutos
antes, então não havia posição referente a nada, e olha para os demais,
era obvio que não sabia de nada.
— General Guedes, tem algo a dizer? – O presidente queria
afastar o mesmo que fechara as bases a nível de Oeste Americano e
não executara as invasões as empresas da Rosa’s, embora estivesse
com o exercito a porta de todas elas.
— Tem as imagens General? – Guedes olhando para Carter, o
mesmo alcança para ele a foto e o mesmo tenta manter o foco, olha
para os demais e para o presidente.
— Senhor, podemos estar entrando em uma guerra que não é
nossa, provocada pelo ativar da esfinge e da pirâmide, se ligarmos mais
uma, teríamos o contato com estes seres, que para mim é lenda da CIA,
quem mais se dá com a CIA aqui é o senhor, seu primeiro secretario de
segurança entendia disto, as Naves que o menino usa sobre nossas
cabeças, é de uma espécie alienígena, que a CIA denomina de Fanes,
eles contrataram e pagaram o menino para trazer um menino a vida,
num canto da Califórnia, Comptche se não me engano, este menino
seria um Fanes, esta nos relatórios da CIA do mês de Junho, bem no
inicio, antes da CIA resolver que o aliado era inimigo e o tentar matar,
esta nave – Guedes apontando para a foto – é uma nave Clorofilada,
diz a lenda, pois ninguém registrou, que eles são os verdadeiros
inspiradores das pirâmides, em todo o globo, mas para mim, outra
lenda da CIA, mas se duas lendas estão aqui, acho que muda a
abordagem.
— Porque mudaria? – Carter.

206
— Estes seres se acham filhos de Deus, eles vem nos julgar,
podemos não ter 15 meses, e sim sucumbir agora.
— Julgadores, eles se acham oque? – Outro general.
— Filhos de Deus, seja lá como é o Deus deles, mas quando eles
surgiram na nossa atmosfera? – Guedes olhando para Carter.
— Segundo relatos, 10 minutos antes desta reunião.
— E quem o está informando? – O presidente.
— Não lhe interessa, parece querer tirar todos que estão
olhando para o céu de seus cargos, mas se temos dois grupos de
invasores, não sei como sobreviver a isto?
O presidente não gostou da resposta, mas estava mesmo
fazendo isto, então não teria apoio deles.
— E como enfrentamos? – Guedes.
— Liberamos os técnicos da NASA, reabrimos Los Alamos,
ligamos as antenas de recepção do Alasca, vamos manter todas as
nossas naves, longe da confusão, para podermos contra atacar. –
Carter olhando os demais.
— Sabe se o menino morreu mesmo? – Guedes.
— Pelo jeito sim, o grupo do pai dele colocou uma crônica da
irmã dele para parecer normalidade no Brasil, alguns dizem que vão
por um sósia para ir as aulas normalmente para não parecer que o
menino morreu. – Carter.
— Porque disto? – O presidente.
— Lendas onde o próprio personagem, poucos viram na vida, e
os que viram não acreditaram ser ele, fica mais fácil manter todo o
império, teriam de provar que ele morreu, nas leis de lá, dez anos de
sumiço para que se prove que alguém morreu. – Carter.
— Porque perguntou se o menino morreu? – O Presidente
olhando para o general Guedes.
— Dizem que ele saberia programar esta porcaria de autômatos,
então não temos esta alternativa, vamos para a próxima.
— Próxima? – Carter.
— Alguém sabe onde aquela menina da imagem de ontem, que
transforma as pessoas em pedra se encontra? – Guedes.
— Acha que ela poderia segurar os autômatos, mas estaríamos
adiando o problema. – Presidente.

207
— Os dois problemas juntos vão nos destruir, podemos ter um
grande problema com o sol, mas para isto, teremos de chegar até a
data.
— E temos o problema de nações que não acataram nossas
ordens de não fazer acordo com a empresa do menino. – Presidente.
— Senhor, por mais que queira, és presidente desta nação, terá
de ir a publico e falar das razões para nos por em guerra nesta hora
contra outro país, e desculpa a sinceridade, podemos perder metade
do contingente para enfrentar um problema, metade enfrentando o
segundo problema, e não gostaria que eles viessem sobre nós atrás de
nossas bases de proteção não tendo como os enfrentar, não é hora de
declarar guerra, e sim, vencer a guerra.
— E acha que eles seriam malucos? – O presidente.
— Se leu o relatório da CIA, eles falam em 4 naves de proteção
protegendo cidades que crescem rápido, com adendos tecnológicos
incríveis, e com exércitos de autômatos programados pela Rosa’s que
os protege até destes que nos atacam.
— Acha que a Rosa’s teria a solução? – O presidente.
— Eles tem a solução presidente, mas o problema, é que não
sabemos onde ela está, pois a base que eles haviam tentado duas vezes
criar em Los Alamos, invadimos e depenamos duas vezes, temos
milhares de barracões com coisas que não sabemos como funciona,
pois por ordem do senhor invadimos, mas como o relatório da CIA fala,
segundo Pedro Rosa, a ciência por trás é simples como Pasteurizar algo,
algo que se souber fazer, é simples, se não souber fazer, não funciona.
– Guedes.
O presidente olha para Carter e pergunta.
— Mas o que faremos para retomar a cidade.
— Isto faremos até o fim do dia, apenas precisamos saber como
enfrentar o segundo problema, dizem que estes seres destroem
planetas, quando eles não gostam dos seres, ou os consideram
inferiores.

Pedro sai para o intervalo e lê a mensagem e olha para a imagem


passada para ele, por Pietro, através de um numero telefônico novo,
passa um recado para ele, olha em volta e vê Caroline chegar a ele e
lhe beijar, ele sorri e fala.
— Está linda.

208
— Pelo jeito ainda não relaxou.
— Quando se deparo com problemas, estar em sala é ótimo.
— E se eles não conseguirem resolver?
— Terei de sair da casca, aparecer sem que me vejam.
Ela o abraça e fala.
— Como está o planeta? – Carolina sorrindo.
— Ainda no lugar.
— Meu pai quer falar com você.
— Finalmente enfrentar o sogro, quando fica melhor, hoje a
noite?
— Se não for atrapalhar?
— Carol, o importante é estarmos juntos, o resto, se ajeita, nem
que tenhamos de desviar o sol um pouco.
Os dois ficam abraçados, vendo os demais chegarem perto.

Pietro estava na base do Rio de Janeiro, entra no servidor e olha


para a mensagem.
“Prospecto Clorofilados, como os enfrentar”
Pietro abre o arquivo e começa a ler o grande relatório, e nele
estava toda uma gama de coisas a fazer se naves com formato de
pirâmide invertida surgissem ao céu.
Ele dá as coordenadas e uma soma de autômatos começa a
entrar em naves estacionadas na lua, e se direcionar aos pontos
estabelecidos.
Pietro olha os prospectos e olha para as câmeras dos autômatos
e começa a ver surgir ao longo da América toda uma leva de energia ao
ar.

209
Pietro estava tentando entender o que aquelas linhas
significavam e olha Carlos surgir as costas.
— O que são estas naves Pietro?
— Se souber o que é um Clorofilado, os relatórios do menino
dizem ser destes seres, naves na forma de pirâmides invertidas, são
imensas, mas são leves, não sei o material, mas estamos levantando os
níveis de proteção contra estes seres, e não sei o que significa estes
níveis de proteção, mas dá folga a todos amanha na América, vamos
ter aquelas coisas de aurora boreal em plena região equatorial.
— O que são estas linhas?
— Estava seguindo o conjunto de operações que o menino
deixou elaboradas para algo assim, e me deparo com a informação do
satélite que temos nas linhas negras, linhas de energia viva ao ar.
— Ativou a pirâmide?
— Neste instante temos 3 pirâmides ativadas, 6 esfinges, e uma
imensa estatua no centro de tudo, em meio ao Peru, recebendo toda a
energia.
— Problemas?
— Todos os problemas que gerou o ligar da linha de energia,
mas desta vez, temos quase todo o México parado, estados como o
Texas estão integralmente parados.

210
— E o que faremos? – Carlos.
— O menino está em aula, e está na parte da América, assim
como nós que não está sendo afetada.

Gerson chega a Brasília, por um trem rápido, sem ninguém ver, a


cidade estava em caos, pois um apagão geral atingiu a região, não se
conseguia ligar nada, parecia que nem os carros funcionavam, ele entra
na sede e um rapaz olha para ele assustado.
— A presidente vem ai, algo está acontecendo.
Gerson olha para o céu e vê uma grande nave, imensa, passar
por sobre eles, olhando de baixo parecia um grande quadrado, olhando
mais atento, se via que a parte inferior bem abaixo, dava a forma de
uma pirâmide invertida.
O rapaz olha para aquilo e pergunta.
— O que é isto?
— Vamos nos organizar, reúne todos no estacionamento.
— Mas os carros não funcionam.
— Sei disto.
Gerson desce até o andar onde estava o elevador, o autômato
ao fundo olha para ele e pergunta.
— Porque estamos estranhos?
— Energia no ar, instala um sistema automático de desligamento
quando com mais de uma fonte forte.
— Acredita que temos duplo fornecimento.
Gerson não respondeu, sabia que o autômato estava
funcionando por estar no subsolo, se estivesse na superfície, teria
percebido e desligado automaticamente.

O presidente olha para o secretario antigo entrar pela porta e


olhar para ele.
— O que faz aqui, não lhe dispensei.
— Não quer ajuda, é isto? – Secretario de Segurança Lucas.
— Você não tem mais como ajudar.
— Só informando senhor, sobre as naves que estão sobre nossa
cabeça, foi ativado um triangulo de energia, Tampa, Comptche e mais
alguns lugares na América foram ativados, as naves nos deixam
isolados disto, mas o que ninguém sabe, colocaram um sistema imenso
de energia a funcionar, mas toda a energia está fluindo para a

211
Republica do Peru, na América do Sul, não temos ainda o que estas
naves querem, mas parece que já são 12 naves, e cada uma está se
posicionando no planeta, e não temos comunicação ainda.
— Porque está me informando, não pedi.
— Para saber se está ciente do que está fazendo, vão pedir sua
avaliação psicológica e afastamento do cargo presidente, se continuar
nesta birra idiota.
— Acha que me ofende.
— Não pretendo, mas demorei a entender a posição da tenente
Jones ontem, eu pedindo o que falou, para tentarem desativar os
autômatos e naves, mas começa a se comunicar presidente, acho que
não sabe mais a situação.
— O que quer dizer?
— Que mais de 2 milhões de milionários no país, estão no
desespero, pois agora eles sabem que não terá vaga para eles, os
contratos falam que podem entregar os buracos em até 36 meses, as
bases que existiam na Califórnia, viraram rocha novamente, dizem que
existe esta tecnologia, e o senhor foi contra o desenvolver dela por Los
Alamos, pois queriam que a tecnologia ficasse retida a poucos. Mas
além disto, temos 12 naves sobre nós, que querem falar com alguém,
provavelmente o menino, que vocês abriram caminho para transformar
em pedra.
— Acha que acredito nisto tudo?
— Se não acredita, não faz diferença presidente, está
começando a dar um tiro no pé, e quando manda afastar os amigos por
que discordam de você, não esquece, está afastando amigos para por
agentes que não sentem, pois a CIA é treinada a não sentir.
Lucas olha o presidente e sai pela porta.

Dallan olha para as imagens e olha para Sabrina.


— Me confirma tudo.
— Uma concentração de energia surgiu em 8 pontos no planeta,
e em cada lugar surgiu um templo, surgiram ilhas artificiais no pacifico
e no atlântico, para fechar um triangulo de lados iguais, que está
energizado, vemos ele apenas quando analisamos a energia no ar, pois
ele não se vê por satélite.
— O que isto está fazendo?

212
— Não sei, as naves pareceram passar primeiro nos pontos, não
constataram nada, e depois voltaram aos mesmos pontos, elas podem
ter ativado tudo isto.
— Esta dizendo que estes eram os que deixaram as placas para
um dia voltar? – Dallan.
— Provavelmente senhor.
— E porque nãos sentimos a falta de energia?
— Tem uma nave sobre nós, ela absorve toda esta energia
excedente senhor.
— Algo se mexeu em Curitiba, cidade do menino?
— Não, tem um menino que foi a aula normalmente hoje, mas
como este menino não fez nada além de assistir a aula, estão dizendo
que é um sósia do menino.
— E as peças chaves da Rosa’s?
— Pietro percebeu as movimentações do exercito logo cedo e
deu ordem para todos ficarem em casa, então nada na América está
funcionando, mas somente depois disto que as naves apareceram.
— Nem a sorte está ajudando. – Dallan.
Sabrina olha para o general e fala.
— Uma nave está saindo da Lua, destino, Floresta na republica
do Peru.
— Desconfia do que está acontecendo?
Sabrina sorri, isto não parecia normal, estavam em uma super
crise e a tenente sorriu.

Gerson esperou a presidente e acionou o elevador, entram nele


e o mesmo desce, ele olha para a presidente e faz sinal para andar um
pouco, os seguranças estavam assustados.
— O que está acontecendo Gerson?
— Os Estados Unidos entraram em um processo de parar o
sistema de proteção e em meio a isto, se identificou 12 naves
diferentes entrando na região da Terra.
— Naves diferentes?
Gerson alcança para ela a imagem de satélite e ela olha serio.
— Está dizendo que um grupo de não sei oque, está atacando o
planeta.
— Sim, mas aqui em baixo, conseguimos nos isolar e fazer as
coisas funcionarem, estamos em uma cidade de ligação para a parte

213
alta, temos mais de dois milhões de lugares para pessoas da cidade,
sendo preparados aqui senhora.
Dilma olha em volta, estava em um buraco que não parecia um
buraco, abaixo de um prédio. Se via uma espécie de trem ao fundo, se
via gente trabalhando para todos os lados e pergunta.
— Montaram uma base de sobrevivência bem abaixo da cidade?
— Ainda em construção presidente. – Gerson.
— E qual a situação, quero uma posição do ministro da
comunicação, embora pelo jeito teria de o por na infraestrutura, pois
faz as coisas sem nem pedir recursos.
— Senhora, estamos naquele prédio ao fundo, construindo a
base do governo executivo, o inicio do evento, lhe dará carta branca
para por todos os deputados e senadores em férias, por alguns dias, e
assumir para si a missão de proteger a nação.
— Acha que eles vão engolir?
— De cara não, mas senhora, se der certo o que planejamos, a
senhora vai proteger perto de 90% de seu povo, a media mundial de
proteção, deve ficar na base dos 75%, os americanos estão pensando
apenas nos ricos por lá.
— E quando vamos declarar isto?
— Vamos gravar uma declaração da senhora, antecipadamente
e assim que tivermos a informação, vamos acordar a senhora e como
se fosse ao vivo, vamos transmitir para o Brasil inteiro o que está
acontecendo.
— Confirmaram uma data?
— Primeira quinzena de Novembro do ano que vem.
— Acha que ajeita tudo para quando?
— Vai ser corrido senhora, tem de entender que assim que
terminamos a parte estrutural, esta que está vendo, temos toda a linha
de luz, agua, comunicação, conforto e comida para todos os que vierem
para cá.
— Estão falando que seu filho morreu, o que tenho de levar em
conta nesta hora?
— Que não sei quando ele vai se libertar da pedra que o
colocaram, mas ele está calmo, isto que importa.
— Mas...
— Senhora, se ele estivesse morto, muita coisa estaria
desandando, ele não morreu ainda.

214
— Sabe que esta frieza me assusta.
— Sei que pareço frio, mas estou tentando dar andamento as
coisas que ele estabeleceu, já que esta base construiríamos com
permissão ou não, mas teríamos sérios problemas para trazer as
pessoas para cá na hora.
— Faz a declaração, pelo jeito tem um cronograma apertado.
— Senhora, aqui em baixo não sofremos com a falta de energia
da parte alta, a ideia é a senhora fazer um pronunciamento sobre isto,
com imagens e explanações, é bom o povo começar a olhar como
alguém bem informada.
— Sabe que o prospecto anterior era o inverso deste.
— Sim, mas se eles não a considerarem bem informada, eles não
vão acreditar quando precisarmos que eles acreditem e corram.
— E o que vou declarar?
Gerson passa para a presidente um prospecto com o discurso, e
olha em volta, começa a falar para as pessoas que iriam transmitir do
prédio ao fundo, e que precisavam organizar tudo.

O presidente Americano chega com um grupo da CIA ao túnel ao


norte de Orlando, e olha aquele imenso trem e pergunta.
— O que eles escondem ai?
— Vamos lhe mostrar presidente, esta base conseguimos
terminar em um ano, e dá para abrigar todo o executivo e legislativo do
país.
— Quero ver isto.
Eles entram no trem, um rapaz liga o mesmo e este flutua em
um trilho e começa a acelerar para baixo.
O presidente viu que foi silencioso, viu quando pararam em uma
imensa porta e o trem entrou, e a fecham novamente.
— Para que uma porta tão larga?
— Eles estão se protegendo de descompressão total senhor.
— Eles pelo jeito não acreditam que a coisa vai ser fácil.
O agente da CIA não fala nada, chegam a uma parte rebaixada, a
toda volta uma praça que tiveram de sair do trem e subir 3 lances de
escada, para ver, o presidente olha para cima, um céu azul, olha para o
tamanho daquilo e fala.
— Queria ver a cara do Lucas agora.

215
— Tomamos esta cidade hoje sedo senhor, ela não tem camas, e
tem muita coisa a terminar, mas temos como proteger aqui mais de
dois milhões de habitantes, mas teremos muito trabalho.
— Acredita que resiste ao evento?
— Se esta não resistir senhor, nenhuma resistirá, pois estamos a
mais de mil e setecentos metros da superfície.
— E como eles constroem algo assim e vocês não conseguem?
— Ainda queremos ter acesso ao projeto deles, mas pode ser
que não tenhamos tempo para isto senhor.
— Uma boa noticia para o grupo, as vezes temos de ter boas
noticias para conseguir pensar a frente.
— Acha que teremos problemas com aqueles autômatos
presidente?
— Não sei, mas eles nos servem para distrair o exercito e demais
generais rapaz.
O rapaz olha em volta, aquilo mesmo com o grupo de mais de 20
pessoas que desceram, parecia totalmente vazio.

O menino termina as aulas e na saída Sandra para a sua frente.


— Não é certo o que pretende fazer com meu pai.
— Verdade, deveria ter deixado o príncipe árabe dar um jeito
nele, voltaria sem as duas mãos. – Pedro a encarando.
— Estou falando serio Pedro.
— Perguntei se achava justo, você disse que ficaria ao lado de
seu pai Sandra, que me roubou, tentei um acordo, você primeiro topou
e depois de conversar com ele, ficaram pensando no dinheiro, posso
não reaver o dinheiro, mas seu pai vai aproveitar ele daqui a uns 10
anos, quando sair por bom comportamento.
— Não é justo.
— Na verdade é o Justo, pode não ser o que quer, mas é o justo.
— Pelo jeito me esqueceu.
— Acho que no fundo, nada acabou ainda Sandra, mas tudo o
que pensei para este momento está fora do lugar, queria sua mãe em
Moscou em 20 dias, ainda tenho coisas a vender, mas no fim, vocês
pularam fora.
— Vamos dar um jeito, vai se arrepender de ter mexido com a
gente Pedro Rosa. – Fala Sandra seria, ela cata suas coisas e sai pela

216
porta como se fosse levar tudo e todos que estavam saindo junto com
ela.
Pedro sai calmamente e olha para Renata que fala.
— As vezes queria não ter descuidado.
— As vezes as coisas acontecem quando tem de acontecer.
— Roger parece querer se aproximar, e não sei o que fazer.
— Ele quer saber como você está, não se aproximar.
— E como sabe?
— A aura dele está pesada, o pai deve estar o colocando na
parede, pedindo para não estragar as coisas.
— Auras, isto ainda é confuso.
— Confuso é assistir uma aula de Matemática e ter outras 69
consciências lhe perguntando como se resolve aquilo.
— Não entendi.
— Sei disto, mas se ficar maluco, que seja depois do evento
solar.
— E como estão as coisas?
Pedro abre a mochila e pega uma mascara, a coloca e Renata
olha desconfiada.
— Uma mascara com sua cara, para que isto?
— Para eles fotografarem na entrada e falarem que é um
impostor, que está assistindo a aula no meu lugar.
— Vai ficar maluco mesmo.
Os dois saem pelo portão, do outro lado da rua, em uma
lanchonete um grupo de pessoas tiram foto de Pedro e um olha a
mesma e fala.
— Eles querem enganar quem com algo tão primário?
— Não sei, mas passa a informação confirmando que é um
impostor, nem um sósia é, parecem nem querer esconder da escola,
apenas dos demais olhos.
Pedro olha para Dinho e fala.
— Vamos, hoje vai ser corrido.
— Problemas?
— Dois sogros a enfrentar.
Pedro olha para a lanchonete, para a rua e fala.
— Para casa, pois nada pode aparentar que está sendo feito.
Pedro chega em casa, olha para Patrícia que pergunta.
— Porque ninguém sorri mais?

217
— Odeio ter de entrar em guerra Patrícia, evita janelas, acho que
vamos começar a usar uma passagem para baixo, e nos acostumar a
viver lá.
— Quem nos ameaça agora?
— O presidente tomou a base Fanes abaixo de Orlando, assim
que fez, deu ordem para destruir alvos desnecessários.
— E o que vai fazer?
— Reduzir o arsenal de Drones dos Estados Unidos da América a
zero, tirar todos os satélites que não sejam de controle de Los Alamos,
e que pertencem a NRO, do espaço.
— O que é esta NRO?
— Como dizem, todos conhecem a NASA, mas tudo que a NASA
faz é publico, mas existe uma agencia secreta, nome nada convidativo,
National Reconessance Office, que faz toda a parte suja para a CIA e
para o Exercito, todas as suas ações são secretas.
— Eles vão reclamar.
— Eu não vou ver vocês morrerem Patrícia, para eles não
reclamarem.
— Então estamos entrando em Guerra?
— Guerra pessoal, o presidente vai fazer limpas em seu próprio
pessoal, ele não quer ninguém que saiba das coisas, então temos de
tomar cuidado.
— E como se enfrenta isto?
— Primeiro vou enfrentar os Clorofilados, somente depois vou
pensar neste presidente maluco.
Pedro vai ao elevador e desce até a cidade abaixo de seus pés,
olha para os autômatos em serviço, e caminha até a sala de controle,
entra e olha os cabos ligados e aciona o sistema, começa com o sair do
chão em algumas partes do mundo de pequenas naves, que vão ao
espaço derrubar satélites espiões.
Ele olha para os dados e passa um e-mail para todos os alvos do
sistema que o presidente havia acionado, se o presidente queria
guerra, seria interna agora.
O almirante Leon olha o e-mail, e olha para Carlos.
— Chama para baixo todos estes.
— O que está acontecendo almirante?
— O presidente de sua sala de comando em Washington, acaba
de por uma lista de 450 pessoas que devem ser mortas por saberem do

218
grupo, manda um grupo a cidade e tira o prefeito da sala dele a
qualquer custo.
— Mas porque disto?
— Eles querem a sobrevivência apenas dos ricos, dos que
pagaram por isto, lembro de um menino me perguntando se sabia
guardar segredo, ele já imaginava isto, ou previa que muitos iriam
querer atrapalhar.
— Vou acionar o pessoal, a comunicação está um caos.
— Sei disto, desliga a bateria do veiculo e vai lá.
— Quem vai nos dar apoio?
— Oficialmente ninguém, então não sabemos de nada, vamos
nos defender e ver o que fazemos.

Carter estava a olhar os recados mandados a ele, por e-mail, ele


não gostava muito de tecnologia, mas sabia que a mesma tecnologia
que o amedrontava estava sendo usada contra os inimigos.
Ele olha a lista e liga para o antigo secretario de segurança e fala
serio.
— Sabe algo sobre uma lista?
O secretario olha a mesma em sua mão e fala.
— Acho que o presidente perdeu a condição de nos guiar nesta
hora general, mas não podemos dar a ele armas contra nós.
— Se cuida.
— Não sei quem obteve a lista, mas o que eles tem de comum, é
saberem do evento solar.
— Se ele conseguir o feito, vai achar que pode entrar em guerra
numa hora destas, o que ele descobriu que o fez agir assim? – Pergunta
o general olhando para a janela e saindo da altura de alguma arma via
janela, mas sabia que ali dentro existiam pessoas ligadas a CIA que
poderiam fazer o serviço sujo.
— Eles tomaram em Orlando uma base que o menino estava
montando para tentar salvar os que por lá estivessem.
— E cabe quantos neste lugar que o deu certeza de poder nos
matar a todos.
— O relatório da CIA fala em dois milhões de pessoas general.
— Profundidade?
— Mais de mil milhas, é bem profundo.
— E como sobrevivemos?

219
— Hora de falar apenas com amigos general.
Os dois se despedem, o general sai com a lista, eles não fariam
todas as mortes de uma vez, olha para a secretaria e fala.
— Vou a Los Alamos, precisamos dos satélites de segurança.
— Teria uma reunião com o presidente mais tarde.
— Estarei de volta, e se não tiver, nos falamos por vídeo
conferencia, dizem que terei de fazer parte do percurso de carro, pois
nada funciona na região, mas preciso ver isto.
A senhora não falou nada, apenas concordou e viu o senhor sair,
colocando seu quepe.

Sabrina olha para os nomes e olha para Dallan.


— Não estamos na lista a morrerem Tenente.
— Eles nos consideram mortos, sabe disto. – Tenente.
— O que está acontecendo, porque não temos parte dos dados
tenente?
— Peguei apenas uma imagem, de um dos discos pequenos,
tirando de orbita um dos satélites sobre o Brasil.
— O que eles querem agora? – Dallan.
— Estão derrubando drones, caças, afundando porta aviões,
tudo em total calma, mas isolando todos os dados da NRO.
O olhar de Dallan para Sabrina a fez sorrir.
— Não sei senhor, pedras não voltam a vida.
— Mas e estas naves?
— Não sei ainda senhor, uma nave esta se posicionando sobre o
Peru, mas não sei ainda o que vai acontecer, mas ninguém saiu da
cidade do menino, Pietro está no Rio de Janeiro, mas também recebeu
de alguém a lista de alvos.
— O que o presidente quer com isto?
— Não sei senhor, mas ele chegou aquela sala de reuniões que
não tenho nem permissão de observar por satélite, eles travam na
região, ele e 3 generais, mais o diretor da CIA redigem os nomes e
passam para todos os agentes em serviço, o grupo de Drones é ativada,
mas ainda não sei quem levantou isto.
— Vamos ver do que o presidente é agora, pois ele está
decretando guerra colocando presidente Frances, primeiro ministro
inglês e alemão, diretores do Pentágono na lista.

220
A primeira ministra alemã recebe a lista e olha para fora, e fala
para o secretario de segurança.
— Vamos ter problemas.
— O que está acontecendo?
— O presidente Americano colocou numa lista a matar todos
que sabem do evento solar, estou na lista, assim como o senhor.
— Ele não é maluco a este ponto.
— Ele é, mas manda um pedido de esclarecimento ao
embaixador americano, e se ele não lhe der uma resposta em 24 horas,
põem ele e todos os americanos para fora.
— Eles vão reclamar.
— Obvio que vão. – A primeira ministra olha para a TV, vê que a
imagem era de Paris e levanta o volume e ouve.
“Um acidente agora a pouco, parece ter derrubado uma linha de
alta tensão a frente da casa que o presidente e o secretario se
segurança estavam, os bombeiros estão isolando a região, mas os
bombeiros falam que todos os que estavam na casa morreram
eletrocutados.”
A primeira ministra olha para a lista e risca dois nomes e olha
para o secretario.
— É guerra secretario, dá ordem para prender todos aqueles
agentes olhando as cidades em construção, levanta onde eles estão,
não pode ser acaso.
O senhor olha assustado.

Pietro olha para os dados, mas teria de enfrentar uma guerra


que poderia lhe levar a vida, mas se não montassem o esquema,
perderiam o planeta, parecia que os pontos contra sempre eram
maiores que os apoios.
Ele dá ordem para que os autômatos em 300 lugares comecem a
dar proteção a pessoas, já que via a segunda morte, presidente
Mexicano encontrado morto em um banheiro na cidade de mesmo
nome, foi lá rapidamente e os seguranças arrobaram a porta e acharam
o senhor morto, com dois tiros.
O general Carter chega no aeroporto de Los Angeles, um voo
maior que o normal, pois tiveram de ir ao norte e depois descer para
Los Angeles, pelo Pacifico, para não serem pegos pelo excesso de
energia no ar, sai procurando o motorista do exercito e olha aqueles

221
senhores vestidos quase iguais, olha para todos os lados, não
mandaram ninguém lhe pegar, o que estava acontecendo.
Um senhor chega a ele e fala.
— Nos acompanhe general.
O general não baixaria a guarda, olha o senhor serio e fala.
— Se vai me matar agente, que seja em publico, pois o
presidente cai amanha assim.
O senhor lhe olha serio apontando a arma e fala.
— Sabe que vão dizer que foi um assalto.
— E sua morte, vai ser dito oque? – O general olhando nos olhos
do senhor, que parecia ainda sem a certeza de executar em publico, as
ordens era aparecer qualquer coisa, menos execução.
Os dois estavam um em frente do outro quando viram o local
escurecer, e o agente da CIA olha aquela imensa nave sobre eles, e
sente a arma ser pressionada para baixo, olha assustado, pois sentiu os
dedos estalarem, a dor, olha aquele ser, não sabia quem era, mas
obvio, estava ali para defender o general.
— Não se mete senhor.
O ser olhou o general e falou com uma voz meio metalizada,
talvez somente nesta hora o agente entendeu que não era um
humano.
— Em 30 segundos saímos general, está sobre proteção da base
de sobrevivência de Los Alamos.
O agente puxa a arma com a outra mão, mas antes de a esticar
sente o ser o empurrar com força, e sente a coluna a uns 3 metros, o
general olha em volta e viu outros seres detendo os senhores, em seus
uniformes tinha a frase em inglês.
“Agora a noite é nossa!”
O general olha a entrada ser tomada por 4 autômatos e o ao seu
lado fala.
— De saída?
— Quem está por trás de sua programação?
— Somos programados para execução e proteção senhor, neste
momento protegendo.
— Mas por quem?
— Rosa’s.
O senhor olha o caminho ser aberto, os autômatos foram
levando os agentes da CIA presos, e o senhor vê uma nave parar a

222
entrada do aeroporto, uma rampa abaixar a nível da rua, e o autômato
com cara de um rapaz jovem lhe indica o caminho.
O general estava na duvida, mas olhou o carro ao fundo, do
exercito, e pareciam detidos para averiguação por outros, o autômato
acompanhou o olhar e um dos imensos autômatos de 10 metros
começa a andar no sentido do carro, os agentes da CIA que estavam os
detendo, começam a andar de costas e atirar no autômato, que apenas
aponta a nave para os militares.
O aeroporto estava com muitos voos cancelados, muitos nem
sabiam o que estava acontecendo, mas todos os olhos neste instante
estavam para aquela operação, o general olhou os soldados chegando
a ele, e apontou para a rampa, a sobe como se soubesse onde estava
indo, mas estava bem receoso.
O autômato olha para os maiores que sobem na pequena nave
de 22 metros de diâmetro, e levita fechando a porta, o general olha
para o sentido que estavam indo, e pergunta.
— A nave funciona com toda esta energia?
— Ela absorve para uso interno, transforma esta anomalia em
energia.
— Estamos indo para onde?
— Uma base secreta do exercito americano, nem o presidente
sabe onde fica.
— Ele sabe de muitas coisas que os demais ignoram maquina.
O autômato olha o senhor, ele estava tentando entender, mas
não sentia o movimento, mas minutos depois estava parando diante de
uma base, apenas uma pequena casa, estranha, olha em volta e o
autômato fala.
— Los Alamos senhor.
— Mas saímos a minutos.
— Sabemos disto senhor, na casa de uma peça a frente, não
posso entrar, então tem um elevador ao fundo, aperta o 1, o general
Dallan o espera.
O general somente nesta hora entendeu quem estava por trás
daquela base, ele e os militares caminham no sentido da casa, mas viu
o autômato começar a voltar, olha a casa e olha o elevador ao fundo,
rapidamente descem por ele.
A porta se abre e olha para o general Dallan que lhe olha e fala.
— Desculpa a forma que o tiramos de lá senhor.

223
— Quem está controlando os autômatos?
— Ainda não controlamos totalmente senhor. – Tenente Jones
olhando para os esquemas a parede.
— O que estão fazendo?
— Tentando proteger e tirar de circulação as pessoas que o
presidente mandou matar.
— O que ele pretende?
— Pedras guias da Geórgia.
— E quem está dando apoio a ele?
— 3 generais mais a CIA, tudo bem oculto, deve entender que
oficialmente ninguém vai falar que você e os rapazes ai saíram vivos do
aeroporto.
— E quem está no comando então? – Carter.
— Ainda não sabemos quem levantou os nomes, mas 10 pessoas
da lista já tenho confirmação que morreram.
— Pegaram quem?
— Presidente Frances e Mexicano são os mais famosos, mas
temos 4 generais do pentágono, que estavam naquela reunião de
ontem, entre vocês, e mais dois assessores presidenciais.
— E o que faremos? – General Carter.
— Estamos operando da base anexa, quem olhar para Los
Alamos dirá que não está funcionando.
— Confirmaram se o menino morreu?
— Não, mas era um menino com uma mascara no colégio no
Brasil hoje cedo.
— O presidente sabe disto? – Carter.
— Sabe e mesmo assim colocou na lista de pessoas a matar.
— Ele está em pânico, esta faltando com a verdade, e pelo jeito
nem um pouco preocupado com a sobrevivência da nação.
— As vezes tento entender ele, mas está difícil general Carter,
ele parece ter planos em que não estamos.
— E como estão as obras pelo país?
— Quando o sistema colocou as pessoas da Rosa’s na lista,
alguém de lá começou a programar para tirar os satélites da NRO do
espaço, perdemos mais de 200 satélites, devemos estar com 2% dos
drones ativos, não temos como exata tudo neste momento general,
então estamos tentando sem isto evitar o pior.

224
— E quem está do lado de lá, pois isto é uma declaração de
guerra general, não podemos deixar nossa segurança na mão de
estrangeiros.
— Quem programou foi Pietro Martins, logo após a confirmação
da morte do presidente Frances, realmente senhor, é declaração de
guerra, estamos matando aliados, não inimigos. – Dallan olhando o
senhor.
— Ele levou para o pessoal, mas tem de ver que estão
destruindo equipamentos nossos.
— Equipamentos que usamos para ataca-los, ele foi daqui para o
Rio de Janeiro e está agora em Paris.
— E os demais?
— A presidente Alemã mandou prender todos os agentes da CIA
que lá estavam, e pediu formalmente uma explicação ao cônsul
americano, a ordem dela é simples, ou o presidente explica porque a
quer morta, ou vão fechar a Alemanha a Americanos.
— E a morte do presidente Frances deixa ela com a certeza, seria
isto?
— Pelo que levantei, quem mandou para o senhor a lista de
alvos, foi o mesmo Pietro Martins, ele mandou para cada alvo, mas
nem todos a receberam, nem todos a levaram a serio.
— E ele conseguiu como?
— Ele está na lista general, ele deve ter desconfiado, com a
operação do exercito, e se deparou com ela.
— E porque os dois não estão na lista? – General.
— Porque um general não abriu quem lhe passou os dados
ontem general, senão estaríamos.
— E como defender todos?
— Existe dois autômatos lá fora general, a mesma aparência,
mas um é o exercito que o menino tinha escondido e reprogramado,
este que está dando segurança aos demais.
— Viram a imagem da farsa em Curitiba.
— Carter, sabe que não fofocamos aqui, levantamos dados, mas
minha assistente direta, neste projeto, a Tenente Jones, me perguntou
mais sedo, se eles queriam que ele fosse dado como morto, não seria
mais fácil deixar de ir a aula?
— Mas eles não tentaram isto.

225
— Aquela mascara é de principiante senhor, eles não queriam
esconder, eles estão nos deixando com a informação que temos, e
alguém vai se passar pelo menino nas entradas e saídas, a imagem na
entrada, parecia mais real, mas deve imaginar que estar fora e se
preparar é mais fácil do que dentro sem ajuda a mais.
— Estão achando que o menino está vivo?
— Ele não fez nada hoje senhor, ele disse que sairia, se querem
o dar como morto, é mais fácil.
— Mas e estes autômatos?
— Sabe como eu general, eles estão acelerando o que precisa
ser colocado lá encima.
— Acham que é um blefe, que eles sabem o que está
acontecendo?
— Que está sobre comando, pois estão focando o que tem
nestas naves, não em nós, eles não estão contra nós, e sim contra os
seres.

Pedro se anuncia a porta da nova casa dos Ribeiro, Rita sorri


disto, estavam sobre o mesmo terreno, o abraça e entram na sala e
Rita fala.
— A casa é incrível, mas o que o deixa serio meu Pedrinho?
— Estou tendo de trocar ideia, e não pode ser com ninguém que
os demais monitorem.
— E marcou aqui?
— Sim, mas ainda não entendo das urgências totais.
Entram na sala e o senhor Ribeiro olha aquele menino, quantas
brigas e acordos nos últimos 6 meses, sorri e fala.
— Pelo jeito o que me põem um sorriso o tira Pedro. – José
Ribeiro.
— As vezes queria entender o que eles acham que entendo, mas
precisamos de ajuda Desembargador.
— Ajuda? Problemas?
— Para salvar vidas, não podemos ser parados por ministérios
públicos, por institutos ambientais, por leis que não são feitas para
acontecimentos como o que vão acontecer, e sim para o dia a dia.
— Pelo jeito pensando em como falar? – O senhor olhando o
menino que fala.

226
— Senhor, o problema maior, é que enquanto o mundo anda
nos passos lentos dele, estamos correndo, mas vejo que atrapalhar é
mais fácil do que ajudar, estava a testar o nível de reação, e em menos
de 12 horas, eles conseguiram autorização para retirada da proteção
que fizemos no mar, pense que se ela fosse feito normalmente,
demorariam décadas, mas se para eles pararem as coisas é tão mais
rápido que para fazer, como podemos salvar um país, sua população,
os desviando?
— Está falando da ordem de retirada da proteção no litoral, que
eles estabeleceram como sendo obra da empresa de seu pai.
— Não está sobre nossas terras desembargador, mas sim, estou
falando dela, eles mandaram derrubar antes de se perguntarem para
que nós construímos, falaram que fomos nós pois falei a dois dias que
seria uma ideia a proteger a costa, mas eles nem viram, e alguém que
não viu, assinou o destruir, vontade de os por na praia para verem o
problema e derrubar, que saibam nadar pois eles vão precisar.
— E não vai tirar?
— Isto que tenho de saber senhor, como posso desviar isto, vou
precisar fazer isto no Brasil todo, não só aqui, eu não tenho como
proteger tudo, então eu tenho de fazer locais de proteção, se alguém
visse o que tem abaixo dos pés, ele embargaria.
— Entendo, não tem tempo de discutir, não pode declarar a
verdade ainda, e ao mesmo tempo, precisa não parar.
—Sim, mas não entendo dos meandros jurídicos, parece não
fazer sentido tanta gente pendurada nas leis, e nada chega a um
julgamento antes de uns 10 anos de processos.
— Quer segurar ou parar eles?
— Preciso de alguém que tenha vontade de falar com os
ministros do supremo e explicar o acontecido, que não é hora de julgar
certas coisas.
— Está pedindo um favor?
— Não, implorando para que todos se mecham, não tenho como
resolver isto, e toda vez que me veem, eles duvidam, eles recuam, eles
saem dos projetos, estou atrapalhando demais, e não é hora, como
falei, de me prender a coisas que atrapalham.
— Andou olhando-se no espelho? – José sério.
— Isto faço toda manhã, pois sei de meu tamanho, mas é que o
assunto é sério, e não tenho como liderar isto, vejo presidentes

227
estrangeiro sem controle, vejo amigos descrentes, senhor, eu
acelerando, vai morrer muita gente, mas se eu estiver na frente, eles
vão parar, pois vão me ver e vão duvidar.
— Entendo eles Pedro, é difícil acreditar.
— Tentem pelo menos senhor, eu não vou ficar me repetindo, já
que não fui eu que alertei, eu cruzei com esta historia, e parece que
poucos acreditaram como eu.
— É que não sei como ajudar Pedro, as leis são como disse,
feitas para evitar problemas, mas somente algumas coisas são passiveis
de parar antes, a maioria das vezes corremos atrás das consequências.
—Vou tentar achar uma saída senhor José, mas ainda não
consegui, talvez não consiga, vou ter de acostumar a viver sobre um
céu azul artificial, vou ter de acalmar para isto.
Pedro olha para Rita e sorri, os dois vão a sala ao lado e sentam-
se comportadamente, Pedro olha para Rita que pergunta.
— O que está acontecendo?
— Todos estão duvidando do acontecimento, os que sabem do
acontecimento, sendo colocados em uma lista para morrerem, os
técnicos da NASA afastados e detidos, as coisas estão parando, e não
sei se quero que parem, ou que explodam.
— Como não sabe?
Pedro estica uma mão para Rita, e os dois saem a caminhar no
terreno, ao longe alguns agentes olhavam para eles, o sistema de
proteção protegia a casa, se ouve a explosão ao longe, de um míssil
lançado por um Drone, Rita olha assustada e pergunta.
— Isto é cansaço ou oque?
— Tudo, sei lá, as vezes queria entender, as vezes queria sumir,
as vezes acelerar, mas cada passo que dou, parece que uma soma de
mais de 70 caminhos de possibilidade se abrem, acho que estou
confuso, cansado, e dentro de 1 horas, o mundo saberá que não morri.
— Vai aparecer?
— Não posso deixar nossa existência na mão de malucos como
estes Clorofilados, mesmo confiando na programação, sei que ela não
improvisa, então em uma hora as agencias mundiais falarão que
sobrevivi.
— Não entendi porque eles acham que lhe mataram?

228
— Complicado, mas deveria estar calmo, descansado, com
apoios, a historia que li, o menino que enfrentou estes seres, tinha
muitos apoios, e mesmo assim foi difícil.
— E vai enfrentar mesmo assim?
— Vou distorcer os acontecimentos. Ou me complicar, mas as
coisas estão andando, mas estes Clorofilados estão fora do que pensei,
mas se é para encarar agora, sinal que ainda estou com tudo acelerado.
Pedro beija Rita e fala.
— Se cuida, para dentro esta seguro, mas vou atrair os olhares,
se eles querem me enfrentar e duvidar, que duvidem.
Pedro se levanta e pega o Celular e liga para o presidente
Americano, que olha aquele numero e não acredita estar tocando,
todos param olhando o presidente na sala de tomada de decisão.
O presidente atende e fala.
— Quem?
— Boa tarde presidente, bom saber que nem em pedra, me
deixaria vivo, estou considerando esta lista que estas merdas a sua
volta estão coordenando, uma declaração de guerra, contra mim, e
pode ter certeza, aquele buraco em Orlando, acaba de sumir – Pedro
aciona os sistemas e o corredor de decida, com os trilhos ao centro,
voltam a seu lugar, tomando todo o corredor de mais de 3 mil metros –
assim que colocar estes ETs para correr, vou ai chutar esta bunda gorda
presidente. – Pedro olha para Rita, que sorri de ter entendido a frase
em inglês, mas sabia que ele estava se complicando, mas todos veem
uma imensa nave chegar sobre a região, e Pedro vê uma pequena nave
chegar a ele, dois autômatos saem dela e ele aponta os agentes da CIA
e fala.
— Pode mandar para Kiribati.
Pedro sobe na nave sobre os olhares do senhor José a janela, ele
pedira ajuda, mas ninguém ouvia ele, então era hora de estabelecer
uma mudança de planos.
Pedro disca para o Pai e fala.
— Pai, como estão as coisas?
— A presidente está preocupada.
— Estamos somando 300 mil autômatos no exercito da nação,
marca com o ministro do estado maior das forças armadas e comunica,
faz ele garantir que teremos mais de 400 mil militares em atividade em
Novembro do ano que vem.

229
— Vai acelerar?
— Pai, ninguém me leva a serio, então fiquei 3 dias pensando em
sair da vista, o que eles fizeram? Colocaram todos os conhecidos em
listas de extermínio, então os autômatos vão libertar os presos, vamos
deter todo agente da CIA que cruzar por nós, e não sei ainda se os
poupo ou dou de comer a esta praga.
— E está onde?
— Voando para o Peru, se eles tinham medo de mim, que
entrem em pânico pai.

Na sala de comando em anexo a Casa Branca os dados de uma


soma de naves surgindo no pais inteiro fez o general a frente falar.
— Estamos com mais de 40 naves sobre a nação nesta hora
senhor.
— E onde está o menino?
— Diz que surgiu na casa dele em Curitiba, uma nave o pegou lá,
ele entrou em comunicado com o pai na capital do pais deles, e uma
leva de mais de 100 naves estão acompanhando a nave que ele está,
indo para o Peru.
— 100 das pequenas?
— Não senhor, 100 das grandes, eles entraram na área de
interferência e continuaram como se nada afetasse as naves, estão
quase no Peru, e obvio, todos os locais que sobrevoaram, ficaram no
escuro, não sei o que ele vai fazer, mas eles chegaram a região que um
templo havia surgido ao chão, e fica obvio pelas naves chegando que
não foram para brincar, o menino está lá com um contingente inteiro
de naves, e temos de olhar de longe, pois a comunicação tá difícil na
região.
— Mas como o menino voltou?
— Não temos esta informação senhor.

Dallan olha para a informação chegando e fala olhando para


Sabrina.
— CIA acaba de confirmar, o menino acaba de ligar para o
presidente e dizer que vai chutar sua bunda gorda, que ele considera
declaração de guerra o colocar dele na lista de pessoas a matar. – O
general olhando para Sabrina que tenta não sorrir, olha para o general
e fala.

230
— Os satélites estão pegando um avanço de uma imensa soma
de naves no sentido do Peru, vieram da região da cidade do menino,
vão chegar onde duas das naves estão esperando.
— Uma leva de avanço de que tamanho? – General Carter.
— 100 naves de vinte dois quilômetros de diâmetro.
— Ele vai a guerra pelo jeito.
Sabrina pega as poucas imagens que tinha e coloca a imagem de
naves chegando sobre todas as naves, e mostra a sombra seguindo no
sentido do templo que surgiu no Peru.
— Ele vai os por para correr, é o que entendi? – Carter.
— Não sei, mas ele não foi para conversar, ele foi para se
posicionar, as naves que pareciam calmas, começam a tentar transmitir
para fora, mas o posicionar das naves na direção da curva espaço
tempo aberta bem ao fundo, elas absorvem todo tipo de comunicação
senhor. – Sabrina.
— E o que acha que ele vai fazer?
— Não sei, nem imagino.

Pedro entra na pequena nave e esta desce em frente a uma


imensa estatua de Shiva, com um rosto voltado para cada uma das 6
linhas de energia, que muito longe dali tinham 6 esfinges, olhando para
aquele lugar.
O menino olha os espelhos e olha para a estatua olhando em
volta, Pedro olha para um autômato e fala.
— Posição de guerra Autômato.
— Ameaça?
— Clorofilados vindo verificar se evoluímos.
— Ordens senhor.
Pedro não fala, não sabia se os seres entendiam o que ele falava
e digita no seu comunicador.
“Assim que começar a entrevista, derruba as naves sobre os
pontos de comunicação.”
O autômato olha para outro e começam a sair, Pedro pega uma
pedra e a luz reflete sobre a estatua que olha para aquele menino e
sente a energia vindo da nave acima, ele olha para cima, pareceu que
as paredes da mesma se esticaram ao chão, sente a energia de Beliel
ao seu lado, olha para ele, sente que era apenas uma holografia, pega
um pen drive e estica para cima, se viu uma luz mirar naquilo e sente o

231
pen drive ser puxado para dentro, lera que em outros enfrentamentos
os clorofilados pediram para escrever seus maiores defeitos em um
livro, ele colocara em um pen drive, se eles não tinham tecnologia para
o ler, não poderiam culpar ele.
Ele sentiu a nave descendo, viu laterais físicas abaixarem e
empurrarem para fora tudo que tinha num diâmetro de 16
quilômetros, viu as paredes se iluminarem, era uma versão maior do
templo de Deus.
Pedro vi um ser descer por um raio trator, ele estava bem
iluminado, queria parecer Deus, e o ser olha para ele e pergunta em
uma língua que Pedro nunca ouvira, mas sentira o sentido.
— Quem me perturba?
— Não lhes chamamos, eu que pergunto senhor, quem nos
perturba?
O ser olha em volta, e duas naves se posicionam entre a acima e
a abaixo, isolando da parte alta, escurecendo o céu na parte externa.
— O que pensam estar fazendo, primatas.
— Vem a um planeta Fanes e me pergunta o que estamos
fazendo, nos defendendo destas suas naves destruidoras, neste
instante estamos as abatendo, mas a pergunta, o que faz a minha
frente senhor?
— Sou seu Deus, deveria ter posto todos os seus defeitos num
livro e pôs nisto.
— Se Deus não sabe o que é um pen drive não serei eu a explicar
para ele. – Pedro.
— E que defeitos estaria disposto a confessar.
— Não é uma confissão, você não é meu Deus, você é Deus
destes que lhe falam pelo comunicador senhor, não nosso Deus, somos
Fanes, nossa Deusa é Liliane Canvas, sabe disto, está nos seus relatos,
mas estas terras não deveriam por os pés novamente, um dia um
Primata os alertou, para não voltarem, que teriam um fim cruel, o que
fazem aqui.
— Nunca ouvimos os primatas?
— Então Deus Primata, foi apagado de sua cultura, se foi, melhor
sumir da minha frente senhor.
O ser ouvia as comunicações da parte alta, cada nave imensa
daquelas tinha apenas 20 pessoas. Na parte alta alguns pesquisavam o
que era este Deus Primata, e se inteira do fato, estavam no Planeta do

232
Deus Primata, foram sem olhar isto, tentam falar com as demais naves,
mas ninguém respondia, elas estavam caídas no mar, mesmo em mares
profundos, elas ficavam com a maioria da nave para fora dos mares.
Pedro olha o sinal do celular e fala para o senhor.
— O que vieram fazer, não os chamamos?
— Tivemos sinais irregulares, viemos verificar.
— Não ligamos os portais ainda, porque vieram?
— Somos nós que fazemos as perguntas.
— Aqui não, aqui são apenas seres mandados para verificação, o
que vieram verificar?
— Se evoluíram, parece que não.
— Não somos por sua evolução, apenas pela nossa evolução,
cada ser se desenvolve de uma forma.
— Mas tem de respeitar nosso Deus.
— Ele não me atrapalhando, pode cuidar de vocês, mas se ele
me irritar, fala para este seu Deus, que o coloco para correr de lá,
queria ver alguém viver uma vida normal depois de sentir-se Deus.
— Não entendi o que disse.
— Imaginei, mas o que fazem aqui?
— Temos de relatar sobre a evolução dos mundos que já
estivemos, e os forçar ao convívio.
— Mente muito mal senhor.
— Esta me chamando de mentiroso, vou acabar com você.
— Você e quantos senhor, é grande, mas não é nem humano,
você é apenas um vegetal de pernas que fala por gritos parecidos com
os mamíferos do mar deste planeta, que se prolifera por broto, e quer
me ameaçar?
O senhor queria respostas de cima, mas eles estavam falando
sobre o Deus Primata e pergunta.
— Você é o Deus Primata?
— Não, ele não nasceu ainda, mas sabemos quando e se fosse
ele no meu lugar, ele estaria furioso, pois mandou vocês saírem deste
planeta, porque estão voltando.
O ser acima no comando olha para a nave deles que estava
acima deles, que não viam pois estava obstruída por uma nave negra
Fanes, cair ao fundo, em chamas, e olha para o comandante.
— Como saímos, eles não nos chamaram, mas estavam prontos
a nos derrubar, quem são estes?

233
— Alguns chamam do que o menino lá embaixo falou, Fanes,
eles são primatas a base de silício, eles são bem numerosos em
algumas partes da galáxia, pelo jeito quando saímos deste planeta eles
o habitaram.
— Mas o menino não é a base de silício.
O senhor olha para os dados e fala.
— Mas então como eles tem esta tecnologia, como eles sabem
destes Fanes.
— Talvez sejam os causadores daquela leva de planetas que
olhamos ao longe nesta região, todos mortos.
— Acha que eles estão em uma guerra e estes primatas estão os
destruindo.
— Nenhuma das nossas naves responde senhor.
O senhor passa o dado para baixo e o ser a frente de Pedro
pergunta.
— Porque se diz um Fanes, se não é um.
Pedro toca o peito e brilha e olha para o senhor, o equipamento
acima dá ele como energia pura e o rapaz olha assustado e fala.
— Ele se transformou em energia pura senhor, que ser é este?
O ser a frente de Pedro ouvindo isto pelo comunicador oculto
em seu sensor receptivo de som, dá um passo atrás e pergunta.
— O que é você?
— Alguns me chamam de Pedro Rosa, alguns, de Amaldiçoado,
alguns, de um Netser, mas isto não tem sentido em seu mundo, sou
apenas alguém pronto a dizer, olhando em seus olhos, vocês não vão
voltar para casa, vocês, não vão passar a nossa coordenada exata de
volta.
O rapaz ao comando sente o abalroar por um campo de força
vindo de cima, e sente as proteções começarem a se desfazer.
— Mas porque nos destruir, somos apenas mensageiros de
Deus.
— Não gosto de ser destruído por não compartilhar desta
mesma fé, então desculpa nossa ação sobre vocês, mas para nós, quem
vem nos destruir, são inimigos.
Pedro toca o peito, e dele sai um raio e o senhor sente a
proteção se desfazer, sente seu corpo queimar e cai em pó, o raio
começa a subir e vai desmanchando tudo, até tocar na proteção alta da

234
nave Fanes, e sente o pó a toda volta, e olha para o autômato ao longe
e fala.
— Estatua, pode voltar a descansar.
Uma das faces olha para ele e fala.
— Mas eles vão querer abrir o comunicador.
Uma leva de naves dispara bombas de antimatéria pelo portal e
este fecha-se ao espaço.

Sabrina olha os dados e mostra para Dallan.


— Isto é real?
— Sim, autômatos estão tirando seres estranhos das naves,
todas as estatuas foram desativadas, a energia está voltando ao
normal, autômatos estão conduzindo as naves destruídas.
— E as naves dele? – Carter.
— Algumas estão se posicionando sobre bases do país deles,
algumas estão ainda em operação de proteção e soltura aqui na
América, e um conjunto está se posicionando sobre bases de comando
da CIA, como o menino falou, ele não vai pegar leve.
Carter olha para Sabrina e fala.
— Temos de alertar o presidente.
— Quem o alertar estará morto amanha General, ele usa a
informação e a CIA o mata como se não tivesse importância alguma.
— Mas temos de o defender.
— Estamos, mas ele não precisa saber general, ele não precisa
entender de democracia, para que ela seja imposta sobre ele. – Dallan.
O senhor olha como se não entendendo.

Pedro entra na nave e olha para o autômato.


— Assume daqui.
— Ordens?
— Deter todos que tem como missão atrapalhar nossa
sobrevivência.
— Se eles forem muitos?
— Abrimos um portal para eP8 e mandamos todos para lá.
— Sabe que aqueles planetas tem Fanes?
— Devem estar mais calmos que nós, maior possibilidade de
sobrevivência autômato, se conseguirem iniciar uma sociedade lá, que
colonizem o planeta.

235
— Vai para onde?
— Ainda tenho coisas a resolver.
Pedro olha para o comando, toca a mão, sente sua mente e dá
as coordenadas, a nave imensa sai do chão, enquanto os autômatos
isolavam a região abaixo, para estudar o problema.
Pedro liga para Pietro e pergunta.
— Como está presidente? – Pedro.
— Vontade de matar uns, o que vai fazer?
— Vou lhe pedir uma coisa, fala com nosso escritório na
republica do Peru e pede permissão e pergunta quanto eles querem
pela área que os autômatos estão isolando, depois consegue uma
reunião com ele e explica porque todas estas coisas estão
acontecendo, explica o que os demais estão fazendo e pergunta se
gostaria de ajuda.
— Qual a ideia?
— Tem um diamante no lugar que jogaria o preço do diamante
no lixo, mas que vamos verificar se conseguimos usar como uma linha 3
de proteção, nos falamos no Peru no Sábado pela manha Pietro.
— Vai pular para a terceira etapa?
— Pietro, vocês estão na dois, com a primeira em fase final de
construção, precisamos da um terminada, mas as cidades de proteção
são fase dois, um campo numero 3, é a fase 3, a fase quatro, está em
operação e ao mesmo tempo parada, pois é distante, os autômatos
não tem como relatar antes de ser seguro, e só vamos usar se for
seguro.
— Certo, você está parado a dois dias e já avança mais dois
pontos, e eles ainda não lhe ouvem.
— Pietro, eu me olho no espelho, eu sei onde eles temem, pois
ver uma nave destas com todo seu armamento põem medo, e sei onde
eles não acreditam, pois sei qual imagem ainda está ao espelho.
— Ficamos preocupados com aquelas imagens de você em pedra
e seu celular dando fora de área.
— Digamos que sou suficientemente maluco para aceitar aquilo
como normal Pietro, mas ainda não sei como vencer tudo, mas estou
pensando, e indo a Washington, deve imaginar a tensão no ar, pois os
caças estão a volta, longe para não bater em nós, sempre vindo em
nossa direção, pois os que ficam para traz, não nos alcançam mais.
— Vai fazer o que ai?

236
— Vou olhar em um olho e falar que é a ultima vez que ele tem
de ir para o caminho, a próxima, não vou segurar nada e ele que morra.
— Não gostei da morte do presidente nosso. – Pietro falando
referente ao presidente Frances.
— Imagino, mas vê quem vai assumir, tenta conversar, e vamos
ver se começamos a construir as cidades de proteção na França.
— Vou tentar passar sobre isto, mas sabe que as vezes dá
vontade de chutar o balde.
— Vou chutar, e vou jogar com a mídia, quero ver o que o
mundo falara amanha.
— Se cuida, vou começar a parar de olhar as noticias e ver o que
fazemos.
— Se cuida, tem maluco do outro lado Pietro.
Pietro sorri sem graça, mas sabia que o menino estava
preocupado, isto muitas vezes ditava os problemas no geral.
Pedro entra na parte de estoques da nave, havia vestes de
pesquisa alienígena, e ele olha uma alta, de mais de 6 metros, pequena
comparada aos autômatos, mas comparado a ele, imensa, e por uma
armação lateral chega ao local de entrada, olha os comandos, coloca as
mãos no sistema, que parece o medir, ele sente a mascara de ar chegar
a sua boca, um capacete e uma espuma toma o local, fixando ele no
lugar.
Ele meche os dedos e o grande autômato começa a se mexer, a
nave estava a frente da Casa Branca, ele olha os autômatos que
descem a toda volta como se fazendo segurança, e entra pela porta, os
autômatos tiravam a visão do local, mas ele ampliou o campo de
proteção e o mesmo atravessa a todos, que caem tontos, ele entra e
olha para o corredor que dava no corredor subterrâneo para a sala de
tomada de decisão.
Pedro olha as suas costas e o autômato coloca a parede um
portal e se viu autômatos de batalha dos Claues Verdes, tamanho de
dois metros e meio entrarem por ela, os imensos nem tinham como
entrar onde ele ia.
Ele caminha a frente, os soldados ao corredor atiram, Pedro vê a
proteção deter as balas e apenas dá ordem e os autômatos
desacordaram rápido os mesmos com armas de choque, logo após eles
eram imobilizados.
Um deles força a porta e sentem as balas vindas de dentro.

237
Pedro sorriu e olha para os mesmos, entra e olha para os
soldados e fala com a voz da maquina que estava.
— Quem largar as armas não sofre.
Pedro sente dois tiros, toca no peito e um campo sai dele e
todos a sala sentem aquilo passar por eles, desintegrando roupa,
metal, comunicador, todos os equipamentos da parede.
Pedro olha todos nus e olha para o presidente.
— O merdinha em pessoa.
— Quem pensa que é para invadir.
— Um mensageiro senhor, e melhor levar a serio a mensagem,
pois é a ultima que ele vai lhe mandar. Pedro Rosa avisa que é a ultima
vez que lhe pede para recuar, a próxima vez não serei eu que entrarei,
será as maquinas lá fora, e elas não poupam quem cheira a merda
senhor.
— Acha que manda em mim.
— Avisado, amanha cedo se alguém morrer, daquela lista,
voltaremos senhor, e pode não estar na lista como estas merda a sua
volta, mas não estará vivo.
— Acha que entende de algo.
— Eu sou uma maquina senhor, pode matar-me, e me levanto
em outro lugar, você, carbono que sem o liquido das veias, morre.
Pedro na maquina dá as costas, aciona o controle e olha para os
demais saindo, entra na nave assim como entrou, os soldados
colocados para dentro, não se via eles imobilizados.
Pedro aciona os comandos e as naves começam a sair dali.
Pedro põem as coordenadas de Cocoa, e baixa a entrada da
base.
Pedro olha para Banneker que fala.
— Você que está nos soltando?
— Preciso dos satélites de proteção lá Banneker, antes de poder
deixar eles se matarem. – Pedro.
— E o que acha que vai acontecer?
— Esta área é de segurança, amanha vamos a todas as
residências e falar para que estamos nos preparando, avisando que
quem quiser sair, pode sair, mas não se responsabilizaremos por eles.
— Vamos abrir o jogo?
— Nem todos vão ficar senhor, mas é hora de alguém mais
saber, pois sozinhos não vamos conseguir.

238
— E o que pretende?
Pedro ainda não tinha pensado bem, mas estava querendo
acelerar e as coisas pareciam não estar querendo o deixar quieto.
Descem a base lateral e Pedro cumprimenta Carlos.
— Recebeu o prospecto?
— Complicado, está querendo isto para quando?
Pedro estica um prospecto na mesa.

— A parte profunda, vai estar seca amanha cedo, as naves vão


conduzir as 11 naves que sobraram para cá, e vamos estudar a forma
de proteção delas, tudo que tem nelas, pode não ter nada que nos
ajude, mas não podemos deixar de olhar.
— Porque da área seca? – Banneker.
— As naves Fanes, tem dois quilômetros de altura, estas são
bem mais leves, mas tem os mesmos 15 quilômetros de lado, de altura,
então são imensas, afundando a parte baixa no mar, vai ficar acima do
campo de proteção.
— E quem estava dentro?
— Os autômatos vão trazer, vamos os isolar, não sabemos se
tem algo perigoso neles que possa nos infectar, mas são naves imensas
com apenas 20 seres, estranhos seres, que parece um misto de vegetal
ambulante, Golfinho de pernas, vegetarianos, e se jogarmos agua
salgada neles eles tem a pele grossa que parece uma casca, queimam-
se.

239
— De onde vem estes seres? – Banneker.
— Não sei ainda Banneker, se conseguirmos acesso ao sistema
deles, podemos estabelecer onde eles estão na galáxia.
— E qual a pretensão com eles? – Carlos.
— Descobrir como é este salto que eles estabeleceram para cá,
se conseguirmos o endereço deles, e eles não tiverem a praga, ou
coisas que podem nos matar, tentar verificar se eles não estão numa
área mais segura, que possamos usar.
— Fase 3? – Carlos.
— Fase 6 Carlos, fase 6.
Banneker olha para o menino e pergunta.
— Pelo jeito ainda pensando.
— Se vocês não oferecem resposta, vou procurar, assim como
estabeleci uma base nova aqui Banneker, vou formar uma de mesmo
tamanho na republica do Peru, lá é fase 5, aqui, 6.
— O que achou lá? – Carlos.
— Nos falamos no sábado lá, não sei ainda, estamos estudando
aquilo, isolando com autômatos, mas temos de manter o foco, temos
de ter os satélites no espaço, precisamos das cidades de proteção, e
temos de entender aquele campo de proteção dos Fanes, estou
montando satélites que podem não ser necessários, mas se precisar
jogar ao espaço uma proteção a mais, pode ter certeza, vamos jogar.
— E qual seria a quarta? – Banneker.
— Planetas que não podemos pisar ainda Banneker, mas que
permitiriam salvar a espécie, mas ainda é mortal, algo fechado a
humanos e aberto apenas a maquinas como as que vão estar em todas
as TVs.
— A 5? – Carlos.
— Não sei ainda se é uma fase, mas a ultima é tentar descobrir
para onde estes seres vão quando voltam para casa, e se conseguirmos
levar para lá dos nossos, vamos garantir pelo menos 20 mil neste
caminho.
— Pensando em extinção? – Banneker.
— Usando o pretexto Banneker, pensa que podemos não ser
permitidos, mas imagina saber que longe daqui, em outros 20 planetas,
o humanos sobrevive, e amplia seus domínios, a chance da praga viral
que somos se proliferar.
— E acha que chegamos a isto?

240
— Queria ter a calma para isto Banneker, a ideia básica, era
estudar isto, para ter o endereço de mil locais, no dia que eu morresse,
para que pudéssemos ser uma espécie galáctica finalmente.
— E se deparou com o problema.
— Me deparei por olhar dados sobre o espaço, se não tivesse
pensando em ir para fora, nunca teria lido os relatos, estaria as cegas,
indo para a morte, montando milhões de empregos que um dia
estariam ali, no outro, não mais.
— Certo, e pelo jeito vai isolar antes?
— Carlos, vamos começar a pressionar o novo governo Frances e
ver se eles não aderem, vamos por junto estados Andinos que não
estavam ainda no plano, e que estava estudando a melhor forma.
— Saiba que mesmo eles não acreditando em você, é bom o ver
em campo. – Carlos meio sem jeito, sorri sem graça.
— Não esqueçam que ninguém me viu em campo ainda.
— Vai se manter escondido?
— O presidente me vendo em pedra mandou matar todos da
minha família, isto me tirou da inercia.
— E vai sair correndo?
— Sim, vou sair correndo. – Pedro saindo e entrando em uma
nave que vai a maior e sai dali como chegou, sem anuncio ou pessoas
olhando.

Sabrina olha para os satélites do sistema da NASA começarem a


voltar e fala.
— Banneker voltou a NASA e está lingando os comandos de
comunicação, aqueles que não deveríamos baixar nunca, mas parece
que a CIA não queria que víssemos o que estavam fazendo.
— E o que eles não queriam que víssemos? – Dallan.
— No comunicado da CIA afirma que antes das comunicações
caírem, isto antes de algo os interromper, agora estão fora do ar, que
207 pessoas da lista estavam mortos.
— Eles executaram mesmo assim? – Carter.
— Eles não sabem o que estão narrando senhor, sistema falho e
de pessoas sem alma, não funciona, eles não se preocupam em mentir,
para ganhar pontos.
— E como sabe que estão mentindo. – Carter.
— Na lista de mortos está seu nome general.

241
Carter olha para a informação e olha o nome de sua esposa e
seus dois filhos, ele desvia os olhos e ouve Sabrina falar.
— Tem de entender que nada disto é oficial, e tudo foi mandado
daquela sala, protegemos o presidente, mas isto pode nos custar a vida
general. – Sabrina.
— Mas como sabe que ele está vivo?
— As imagens do sistema de segurança estão voltando.
Sabrina olha para a informação e Dallan responde.
— Ele acha que o menino é burro.
— O que ele fez? – Carter.
— Passou um comunicado interno na Casa Branca para cancelar
as mortes, mas não passou o arquivo para a CIA.
— Ele acha que o menino engole algo tão simples? – Carter.
— Ele não parece estar bem senhor, ele não pensou ainda, deixa
ele pensar um pouco. – Sabrina.
— Porque acha isto?
— As imagens mostram apenas autômatos entrando na Casa
Branca, mas o que o fará pensar é isto.
Sabrina liga a TV ao fundo e uma repórter da CNN entra no ar e
fala.
— O congresso acaba de pedir o afastamento do presidente,
chegou a eles uma lista de nomes com ordem de execução da CIA, com
a assinatura presidencial, ele terá de explicar isto e o que as naves
Negras, que eles diziam ser de inimigos, fazia protegendo a Casa Branca
durante esta investida que tem o nome de presidentes aliados, dos
quais dois mortos hoje, de 3 senadores que pareceram passar mal hoje,
e faleceram, o senado está reunido, e o clima aqui não é de calma.
Carter olha para Sabrina e pergunta.
— Como eles chegaram a isto?
— Pietro passou os nomes que estavam na lista com a ordem
para todos os alvos, os que não acreditaram morreram, alguns devem
ter começado a ver que não era brincadeira quando viram surgir nomes
mortos fora da nação. – Sabrina.
— E tem alguma imagem do menino nas ações de hoje? – Dallan.
— Não senhor, a falta de energia atrapalhou muito. – Sabrina.
— Me confirma quais satélites ainda estão no espaço.
— Estou fazendo um levantamento senhor, mas tem um dado
que não compreendo.

242
— Um? Parece ter muitos sem compreensão. – Carter.
— Senhor, a informação que tínhamos, é que o menino queria
por 80 satélites no espaço para dispor de uma proteção, contra o
perigo, mas o que os dados nos informam é que os satélites já estão lá.
– Sabrina olhando para Dallan.
Dallan olha os dados e fala.
— Eles ainda precisam de 30 satélites, mas quer dizer que eles
aceleraram e improvisaram muito, mas quer dizer que eles já tem uma
proteção de 22 horas no espaço. Se entendi direito. – Dallan olha para
Sabrina.
— Sim, a proteção deles é baseada nisto, eles tem sistemas
espalhados, eles vão testar sobre o Pacífico, deixando uma área maior
que nossa nação sem ação do sol. – Sabrina olhando os esquemas de
teste e olha para eles e sorri. – Acho que concordo com o senhor
General Dallan, se tivéssemos o numero de pessoas e recursos que esta
empresa tem, poderíamos fazer mais do que estamos fazendo.
— O que eles estão fazendo?
— Comprando a área que está o local de enfrentamento de hoje
no Peru, e começando a isolar a região, os projetos começam a crescer
a volta, a região está a mais de 300 metros de altitude, 385
exatamente, e parecem a estar aplainando e começando construir uma
cidade de sobrevivência.
— O que quer dizer? – General Carter.
— Eles transformam cada enfrentamento em ganhos e avanços
senhor, em um comunicado entre Carlos e Pietro, dois nomes chaves
da Rosa’s, eles falam que ainda falta algumas coisas para desenvolver a
fase um, que é bem a proteção contra o sol de 44 horas, dai eles
confirmam que tem convencimento com 207 nações, para 150 cidades
de proteção, 200 cidades subterrâneas, e sistemas de transporte e
proteção para mais de 4 bilhões de pessoas, que estão começando a
erguer, mas que a fase dois, está com dois bilhões de pessoas a mais do
que eles pretendiam, que teriam de acelerar, pois eles tem apenas 15
meses, dai Carlos pergunta para Pietro sobre o que ele acha das fases
3, 4, 5 e 6.
— Eles estão pensando em que? – Dallan.
— Segundo eles, a 3 está estacionada, pois eles não tem um
local seguro para ir, como se fosse mortal, deve ser a respeito dos
planetas, mas eles estabelecem um estudo sobre um campo de

243
proteção a mais, eles narram como Campo Fanes, que poderia os dar
mais algumas horas de proteção, e agora falam em tentar descobrir o
caminho que estes alienígenas vieram, para tentar uma investida no
sentido deles, e por sinal, algo sobre uma proteção usando os campos
de energia que os seres ativaram.
— Está dizendo que eles querem invadir um sistema planetário,
isto é impensável, estão malucos? – Carter.
— Senhor, a ideia deles era nos mudar para outro lugar, mas
eles se depararam com um endereço, capacidade para por o dobro de
humanos que temos, mas aquela praga que eles correram atrás em
Paris, veio deste mundo, então eles lacraram a porta, agora eles vão
estudar se os seres são saudáveis e tem algo que nos contamine, e se
eles usarem o que usaram contra nós contra um mundo distante,
podem abrir um caminho de sobrevivência se todos os demais não
derem certo. – Sabrina.
— Mas isto demora muito,
— Senhor, eles não estão pensando no enfrentamento ao sol, e
sim no sobreviver ao após, não é para agora, mas se estivermos em um
planeta estéreo, e tivermos como locomover parte dos sobreviventes,
eles vão tentar.
— Acha que eles tem esta tecnologia. – Carter olhando Dallan.
Dallan olha para Sabrina e fala.
— Senhor, sei que existe uma tecnologia que parece magia antes
de usá-la, isto que eles querem usar, eles já testaram entre aqui e a
Lua, Banneker está testando entre aqui e a estação espacial, mas a
tecnologia existe, mas a Rosa’s queria desenvolver isto com calma, mas
isto foi mais uma das coisas que me proibiram desenvolver aqui.
— Esta dizendo que estão em uma corrida espacial?
— Uma corrida que gera resistência, a pergunta que todos me
faziam, era se estávamos prontos para encarar que se aparecêssemos
lá fora, alguém poderia nos ver e vir verificar e nos dominar.
— A Rosa’s pelo jeito, pela forma que agiu no enfrentamento de
hoje, esperava uma resistência, pois olhando os dados, os habitantes
nem perceberam.
— Mas a ideia deles, era algo bem audacioso – Dallan olha para
Sabrina, estava pensando ainda antes de falar – era ter os humanos em
10 outros planetas semelhantes a terra nos próximos 100 anos.
— E parece que algo deu errado.

244
— Algo atraiu os cientistas a um portal ativo do outro lado, o
planeta tinha gramíneas, mares imensos e salgados, terras que sofriam
a erosão, então tinham terras cultiváveis, mas na aparência, um mundo
pronto para ser colonizado, mas com uma praga que dizimou toda a
vida do planeta.
— Mas disse que tinham gramíneas.
— Sim, a infecção, usava as gramíneas, para se manter viva, as
infectando, deixando elas darem sementes, proliferarem e voltarem a
nascer, mantendo um ciclo de espera, até o primeiro desavisado pisar
lá.
— Então a ideia deles era gerar uma saída do planeta, para parte
dos habitantes, desculpa, mas parece ficção.
— É ficção senhor, como alguns falam, parece até magica.

A TV brasileira anuncia um pronunciamento da presidente do


Brasil, ela surge ao lado de Gerson, e de alguns outros ministros, era
raro ela aparecer com alguém.
“Boa tarde Brasileiros, estamos começando a estudar uma
proposta de melhora da informação, começamos com a interligação de
todas as capitais com linhas extensas e novas de fibra ótica, estas linhas
devem ser esticadas a cada cidade com mais de 100 mil habitantes, e
vamos dentro das cidades, distribuir internet de alta velocidade através
de uma nova empresa Nacional, junto com isto, vamos abrir caminho
para novas licitações de TVs abertas, rádios abertos, e TVs fechadas.”
“Por outro lado, estamos sendo ameaçados por nações que se
dizem amigas e nos querem atacar, então vamos erguer nossos
exércitos, começamos com a ampliação do soldo básico dos soldados
para dois salários mínimos, estaremos investindo em carreiras militares
e ampliação da leva de pessoas de nosso exercito.”
“A muito vejo as rádios reclamarem da Voz do Brasil, programa
que vai ao ar toda a semana, estamos fundando a Radio Voz do Brasil,
onde o governo vai informar seus programas e conquistas, sendo da
escolha do ouvinte por nela para se informar ou não dos
acontecimentos. Juntamente com isto, vamos criar a TV Brasil, para
deixar claro que não queremos interferir na programação de TVs
privadas, ou vamos interferir o mínimo possível.”

245
“Estamos junto a isto, começando a projetar sistemas de
transporte rápido, trens, entre todas as capitais e Brasília, para que o
povo tenha maior acesso a sua capital.”
“Obrigada pela atenção, uma boa semana a todos.”
A noticia da ampliação do exercito brasileiro coloca as industrias
e o setor privado do país em polvorosa. As pessoa começam a discutir
qual a mudança em muitas redes sociais, começam a olhar com
desconfiança as coisas.
Gerson vê a presidente atender o celular, pelo tom sabia que era
o ex-presidente na linha, ela termina a conversa e olha para Gerson.
— Sabe que teremos problemas.
— Sei disto, no sábado a senhora vai com o ministro da
integração nacional, inaugurar a abertura de um canal para uma linha
de trens entre Brasília e Salvador.
— Porque disto?
— Para que os sulistas falem que estão sendo deixados de lado,
e dai no domingo, a senhora vai anunciar a abertura do canal para um
trem rápido entre Brasília e Porto Alegre, com passagem em Curitiba e
Florianópolis.
— Acha que eles engolem isto?
— Senhora, estaremos enquanto eles falam mal, levantando as
estações para isto, e quando começar as inaugurações, muitos vão
desviar os olhares e teremos tempo de terminar o projeto.
— Ecologistas estão querendo processar a empresa que está em
seu nome Gerson. – Ministro do Meio Ambiente.
— Temos de tentar segurar estes ativistas ministro, pois não
vamos tirar e nem parar, eles vão reclamar, vão fazer barulho, mas
precisamos proteger a costa, tem um projeto de contenção hidráulica
que está tirando o sono de muitos engenheiros, quantos moinhos de
vento precisamos para escoar o Amazonas por cima de uma barreira de
300 metros.
— Vão tentar fechar a foz?
— Se tiver como tentar proteger a região, vamos proteger, mas
ficaria difícil proteger eles tendo de ver o mar subir a cada momento e
não poder fazer nada.
— Pelo jeito o investimento vai ser grande. – Dilma.
— Vamos fechar depois os montantes presidente, precisamos
correr agora contra o tempo.

246
— O que está me escondendo? – Dilma.
— O presidente Americano está sendo chamado ao Congresso
neste momento para se explicar sobre uma lista que ele lançou para a
CIA, pedindo a minha, a sua morte, mas quando surgem senadores da
republica mortos logo após uma lista de possíveis mortos, surgem dois
presidentes mortos, eles vão querer uma posição, e o exercito que
apoiava ele, vai estar em uma arapuca, mas quem manda eles se
esconderem dentro de uma arapuca.
— Parece mais calmo agora.
— Meu filho voltou para casa presidente, sei que ele fala
demais, mas é meu pequeno Pedro.
— Pelo jeito ele estava batendo em alguém maior, pois a luz
voltou, presidente americano colocado na parede, as vezes seu filho
parece ser mais do que aquele menino pequeno.
— As pessoas esquecem que não é tamanho que estabelece
inteligência, é meta que estabelece isto.
Gerson passa para cada ministro o que iriam fazer, alguns
olhavam descrentes, mas estavam falando em mais de 30 mil
quilômetros de linhas de trem, estavam falando em proteger uma
costa brasileira de oito mil quilômetros, em criar mais de 250 cidades
de proteção, sistemas de desenvolvimento de tecnologia espacial, aero
espacial, crescimento da produção náutica, da produção industrial
como um todo.
O ministro do estado maior, um senhor que tinha sua historia
bem diferente de Gerson, olha para ele e fala.
— Olha que quando falaram em lhe trazer para cá pensei ser
uma loucura, mas nunca vi alguém agitar tanto este lugar.
— Ministro, temos menos de 15 meses, vamos crescer na base
de 20% neste ano, e pode não parecer, vamos ter problemas de mão
de obra especializada, quando digo que precisamos de educação, é
porque paramos o país por falta de opção de mão de obra e de ideias
realmente inovadoras.
— Vamos expor isto?
— Não, temos de segurar a inflação, temos de conseguir
alimentar os exércitos, mas pensa, se o exercito absorver os 300 mil
homens que pretendemos, a indústria pesada, outros 5 milhões de
pessoas, estaremos tendo de controlar a inflação, teremos de cuidar

247
para não desandar, é pouco tempo, mas vamos precisar de toda mão
de obra que conseguirmos.
As pessoas começam a olhar os projetos, entenderam que era
hora de trabalhar, iriam deixar seus nomes na historia.
A presidente olha para ele e fala.
— Lula acha que estaremos dando forças ao exercito.
— Dilma, quem apoia o governo Norte Coreano, é o exercito,
quem apoia o governo de Fidel, é o exercito, quem apoia o Chaves, é o
exercito, vocês estão olhando para o exercito de forma errada, acho
que temos de limpar parte deles, mas o dar poder a eles, faz eles lhe
olharem de forma diferente.
— Mas sabe que eles podem se voltar contra nós. – O ministro.
— Senhor, estamos os mobilizando porque vamos precisar, se
for o caso, quando a crise acabar, mandamos boa parte para casa, mas
o contingente de soldados, será inferior a 400 mil homens, teremos em
auxilio, para manter os Americanos, e demais forças longe, 300 mil
autômatos tipo 1, teremos mais de 300 mil tipo 2, então vamos nos
prender a salvar estas pessoas, depois nos preocupamos com o
exercito. – Gerson.
— Sabe que tem gente que vai ter medo de você.
— Ministro, se for para salvar o povo, sei que faria coisas que
poderiam vir a me condenar depois, mas apenas peço que não me
forcem a estar na oposição, temos como agir juntos e ser uma nação
forte logo após o evento.
— Porque dos exércitos? – Dilma.
— Senhora, estamos pensando em proteger a maior área de
plantio do mundo, todos a volta estarão com fome, teremos de ter
como defender os sobreviventes.
— Acha que os americanos vão tentar algo? – Dilma.
— O presidente da Rosa’s, Pietro Martins, vai fechar acordo com
cada um dos governadores de lá, se o presidente quiser guerrear, será
entre os seus a guerra.
— Pelo que entendi, estão plantando discórdia lá.
— No mundo, para não olharem para nós.
— Mas não entendi os prospectos de ajuda, tem linhas que vão
ao Paraguai, ao Uruguai, até para a Argentina. – Ministra da Casa civil.

248
— Estes prospectos são da Rosa’s, que acredita que a vida vale
mais que as divisas de uma nação, estamos tentando pensar no
problema como um todo, e não temos ainda a solução para isto.
— Acha que eles vão topar e nos respeitar? – Dilma.
— Senhora, quando acontecer, vai ser estado de sitio, é corte
marcial a quem desobedecer, estaremos em um projeto para salvar
mais de 300 milhões de pessoas na américa do sul, pode chegar a 400,
e obvio, não admitiremos interferência ou gente atrapalhando nesta
hora.
— E estas naves que vimos pelas imagens, assim que voltou a
luz, o que são elas?
— As negras, nossas armas de defesa, as pirâmides invertidas,
lixo neste instante.
— E pelo jeito ninguém viu isto acontecer.
— As pessoas não entendem, estamos tentando ajudar, mas não
temos tempo para ficar em briguinhas bestas.
Gerson encerra a conversa e vai a parte baixa, todos eles veem
um autômato ligar o trem e o mesmo sair com um único passageiro
rumo ao sul.
O ministro de infra estrutura olha para a presidente e pergunta.
— Onde vai dar esta linha?
— Curitiba, ate agora, pelo que entendi.
— Está dizendo que não serão apenas promessas, vamos mesmo
inaugurar tudo isto?
— Sim, inaugurar e estruturar, tem de ver que eles parecem
estar nisto a mais tempo do que os demais viram, talvez isto os tenha
trazido a mídia, pois tenho de concordar que algo como esta cidade
subterrânea, não se constrói do dia para a noite.

Pietro atravessa para Orlando após ter fechado o acordo com o


presidente do Peru, olha para o senhor que fala.
— Bem vindo a Florida.
— Como estão as coisas Sanches?
— Parados, mas hoje a luz até voltou rápido.
— Tem coisa que quanto menos aparecer melhor, mas como
estão as coisas por aqui?
— Eles primeiro invadiram a cidade profunda, estávamos
chamando ela de Cidade Laranja, pois depois de colocado a iluminação

249
ao topo, a cidade parece ter sido escavada em alguma formação que
tem a cor laranja.
— Os autômatos passaram alguma instrução Sanches?
— Não sei o que fizeram, mas eles fecharam a entrada de acesso
principal, sem ela não temos como levar as coisas em quantidade para
baixo.
— Muita gente lá embaixo?
— Deve ter uns 20 homens da CIA.
— E não devem saber nem como sair?
— Eles estão tentando se comunicar para fora, mas naquela
profundidade, o sinal não chega, nem se identifica os GPS naquela
profundidade, tamanha barreira de rocha.
— E o parque, como está?
— Eles pareciam estar procurando a entrada para a outra parte,
mas não desceu ninguém.
— Como está o ar lá embaixo?
— O sistema de purificação está apenas iniciando a colocação.
Pietro digita no celular algo e olha para Sanches.
— Temos uma área isolada em Cocoa, vamos tentar fechar uma
segunda área de proteção, agora fechando o primeiro e segundo grupo
de resistência.
— Não entendi.
Pietro olha para Sanches, puxa um arquivo de seu computador e
conecta a tela a frente, estavam no escritório ao centro de Orlando.

250
— Sanches, o governador da Florida concordou com nossas
condições para salvar o seu estado, então vamos criar a toda sua volta
um muro, de mais de 300 metros de altura por um quilômetros de
largura, um muro que terá comportas de entrada na altura de todos os
portos, e ficará suficientemente afastado para não perturbar as
enseadas.
— Está falando serio?
— Sim, estamos falando serio, e vamos fazer acontecer, mas isto
nos põem na contramão dos demais estados, quer dizer, temos apoio
parcial de 12 estados, mas ainda falta muito para os 50.
— E vão nos isolar do país?
— Não, somos apenas um estado protegendo sua costa da
poluição do golfo do México, vamos terminar as 20 cidades de
proteção e vamos começar a falar para as pessoas referente a verdade,
mas que isto ainda é segredo, pois não temos espaço para todos.
— Se com Cocoa estavam em polvorosa, agora vão entrar em
neuroses. - Sanches olhando o projeto.
— Temos duas horas para tirar este pessoal lá de baixo antes de
acabar o ar, então vou lá e mandarei eles para Washington, mas
reabriremos a cidade amanha, mas agora com entrada por outra
cidade de proteção.
— Acelerando?
— Sim, acelerando enquanto temos como acelerar, existirá hora
que tentaremos e estaremos fazendo tanta coisa, que não teremos
mais como acelerar, então vamos aproveitar.
Pietro vai com Sanches ao parque, entram no parque e vão ao
hotel, descem a primeira cidade e o mesmo fala.
— As estruturas vão começar a abrir caminhos entre as cidades,
para que possamos receber os demais refugiados, então estamos
começando a ampliar o projeto, usando estados como Florida, Texas,
Califórnia, Montana, MInnesota, Nebraska e Pensilvânia, para
estruturar os sistemas de proteção.
— E vão isolar todos eles?
— Ainda não sabemos como fazer, cada caso é diferente por si,
então estamos estudando o problema ainda.
Pietro aciona o sistema e quatro pequenas naves saem de Cocoa
no sentido de Orlando.

251
Sanches olha uma parede surgir do nada ao fundo e vê 8
autômatos imensos passarem por ela, um para a frente de Pietro.
— Ordens senhor.
— Passar para a Cidade Laranja e imobilizar os humanos que lá
estão, os trazendo para cá.
— Vivos?
— Vivos.
Sanches viu que eram autômatos com liberdade de vida e morte,
isto o assustava, mas sabia que os seres na parte baixa eram pessoas
que matariam antes de saber quem estava lá, talvez maquinas
humanas, pois sabia que se mandassem lhe matar, eles o fariam.
Os agentes estavam na praça, viram o caminho se desfazer, o
trem que estava no caminho, ser pressionado e esmagado ao teto,
como um papel, olhavam-se sem saber o que fazer quando uma porta
abre ao fundo e viram aquelas imensas maquinas passarem por ali.
— Ai vem o problema? - Um agente sacando a arma.
Outros se armam, os autômatos nem haviam terminado de
passar pela porta e já se ouvia os tiros no sentido deles, a proteção a
volta se ascendeu, os autômatos olham em volta.
O ultimo passa pela porta e a desativa, os rapazes sentem os
autômatos começarem a sugar oxigênio, eles não atacaram, mas
estavam tirando o oxigênio do lugar, e um dos autômatos fala.
— Dois minutos para pararem de atirar e se entregarem, depois
disto, morrerão sem oxigênio aqui.
Os rapazes continuaram a atirar.
— O senhor Pietro pediu eles vivos. – Um olhando outro.
O mesmo saca a arma e começa a atirar nas pernas dos que
atiravam, avança e chuta as armas, e olha os demais.
— Imobilizar.
Os demais avançam e os agentes da CIA foram sendo
desarmados, imobilizados e passados para a cidade a cima, Pietro olha
que eles estavam sangrando, mas apenas tiros nas pernas, olha em
volta e uma leva de outros autômatos os colocam em macas, e cada
um deles é curado apenas dos ferimentos a perna, e colocados em uma
cadeia local.
Pietro continua a apresentar as ideias a Sanches, quando já tinha
mostrado os planos os dois vão a região da praça, e veem os autômatos
trazendo todos a praça.

252
— Boa Tarde a todos. – Pietro.
— Pensa que pode nos atingir e não pagar por isto? – Um
agente.
— Educados para serem portas, tudo bem, em dois minutos
estaremos liberando uma porta naquela parede para Washington –
Pietro apontando para a porta – Ela vai ficar aberta apenas 40
segundos – a porta estava a mais de 200 metros deles – quem
conseguir vive, quem não conseguir, morre, alguma duvida? – Pietro
olhando os rapazes que olham para o local, era longe, um estica os
braços e fala.
— E não teme sabermos que matou dos nossos.
— Estou dando a chance de vocês viverem, se forem vistos em
uma base da Rosa’s novamente, de hoje em diante, se considerem
mortos.
Os rapazes olham para Pietro, ele brilha, Sanches fez o mesmo,
para que eles não pensassem em perder a chance e olha para o relógio
e fala.
— A partir de... – Pietro aperta um botão e a porta se forma na
parede - ...agora.
Os rapazes olham desconfiados e começam a correr, um dos
rapazes fica parado, mas vendo os demais a correr, começa a caminhar
até a porta, Pietro não sabia quem era, mas ficou a ver os demais
passarem, eles correram, passavam e surgiam em meio a ilha em
Kiribati, viu aquele rapaz parar e lhe olhar.
— E se não quisermos voltar, sabemos o peso disto para nós.
— E porque um agente da CIA pensaria nos pesos, vocês nunca
pensam nos pesos, apenas nas ordens.
— Nem todos são iguais, está nos pré julgando.
— Não vim julgar, pois a ordem é evitar resistência, vocês
parecem ser a resistência, mas alguém deve estar por traz desta
arbitrariedade.
— As vezes nos deparamos com verdade e historias, que para
nós são apenas fantasia.
O autômato o analisa e olha para Pietro, que olha o seu
comunicador, dizia nele “ser a base de silício”.
— Qual a fantasia que sua família lhe passou que lhe fez olhar
diferente para o caso.
— Como sabe que foi familiar?

253
— O autômato nunca o mataria, e não entende disto rapaz, foi o
único que levantou as mãos e eles não acertaram as pernas.
— Não entendi.
— Sei disto, quem falou para você da cidade Laranja?
— Eles chamavam de cidade ferrugem, imagino que a luz não
era tão grande como está lá embaixo, então deveriam ver as paredes
de outra forma.
— Visão noturna muda a cor rapaz, por sinal, qual seu nome?
— Peter Churchill, deve saber mais de mim do que eu pelo jeito.
— Saber sua procedência não quer dizer que o conheça, não sei
nem se sabe o significado da palavra Fanes.
— Minha mãe falava disto, ela foi morta quando eu tinha 8 anos,
meu pai se escondeu na Marinha, e cresci entre brigas e violência, para
me fazer um agente da CIA.
Pietro olha o rapaz, ele tinha uma imensa cicatriz no rosto, o que
o transformava em diferente, mas impossibilitava a detecção dos
sistemas de câmeras dos Dragões de Abraão, olha como se querendo
entender o que o rapaz queria.
— Tem de entender senhor, que auras dizem quando se está
curioso, mesmo que não entenda disto. – Peter.
— Não entendo mesmo coisas como Fanes, mas com certeza,
parece mais curioso que eu, mesmo ocultando sua aura. – Pietro.
O ser olha desconfiado e pergunta.
— Não é um Fanes para ver auras.
— Conhece muitos? Pois estamos tentando contato com eles,
mas sem chamar atenção dos caçadores de Fanes.
— Está é outra lenda que não acredito, de existir seres que se
prendem a nos matar.
— Pode ter certeza, eles existem.
— Mas o que querem com uma cidade destas, porque nos estão
tirando dela, querem apenas para vocês esta cidade.
— Na verdade não é para nós aquele lugar, é para os Fanes, pois
os humanos não convivem bem sem ar, sem agua, sem comida, já os
Fanes dizem ser mais resistente, mas parece que todo o caminho que
abrimos, temos mais barreiras do que ganhos.
— E conversa com todos?
— Todos que querem conversar, estamos tentando salvar os
humanos, os Fanes, e automaticamente todo o equilíbrio dos mundos

254
paralelos, mas mesmo para mim, antes de ver uma Ninfa, parecia um
faz de conta.
— Viu uma ninfa, fala serio.
— A CIA que documentou, uma mulher de pele azulada, que
surge em meio a Londres e levam uma estatua, a de Pedro Rosa para o
mundo dela.
— Está dizendo que aquele momento os Ninfas se mostraram
para lhe ser obstáculo, mas vi uma menina surgir lá, a cena parece
montagem, pois ela transformou uma leva de agentes do Mossad em
pedra.
— Aquela é Rose, uma brasileira, Fanes Multipresença, um
menina que segue algo que outros Fanes chamam de Deusa, de nome
Liliane Canvas.
O rapaz encara Pietro e fala.
— Vai dizer que vocês sabem onde está nossa Deusa, e não nos
declara isto?
— Como disse, esta guerra é em silencio, assim como aqueles
que se tornaram pedra, eram caçadores de Fanes.
— Pelo jeito a informação sobre a missão de sua empresa é bem
menor do que os acontecimentos.
— Vai querer ir para fora daqui ou vai ficar conversando? –
Sanches vendo que a conversa estava se arrastando.
— Aquela porta não tem o cheiro de Washington, tem de mares
puros e quentes. – Peter.
— As vezes esqueço que existem pessoas especiais, mas se
quiser abrimos para Washington. – Pietro.
— Porque os mandou para longe.
— Escolhi não os matar ainda, tem de ver que muitos não valem
o que comem, então estarem em uma base isolada pode os fazer
sobreviver.
— E parece não se preocupar com a raiva que eles vão
alimentar.
— Eu não os matei, se eles querem, talvez dentro de uns 16
meses tenham uma nova chance, não antes.
Pietro olha o celular e o autômato dizia que o rapaz estava os
distraindo, que não era de confiança, olha para Sanches e fala.
— Acha que conseguimos chegar a que numero?

255
— Pelo que verifiquei, os números chegam a 20 cidades de 1,2
milhões?
— Elas estão crescendo, mas esta ideia de cidades de 300 mil
pessoas ligadas, de 4 em 4, faz mais sentido, fica mais fácil de
controlar.
Sanches vê Pietro reduzir a luz da sua proteção e sente o rapaz
puxar a arma as costas e atirar.
A bala para na proteção, e Pietro olha para o autômato e fala.
— Manda para eP(8).
— Me enganou, parecia desprotegido. – Peter.
— Uma coisa que aprendi é não baixar a guarda rapaz, mesmo
quando vocês não enxergam a proteção.
Os autômatos chegam perto e ele olha para eles e fala.
— Não podem obedecer um humano contra um Fanes.
O autômato chega perto, pega com dois dedos o rapaz pelo
colarinho, e o levanta a 10 metros, na altura de sua cabeça e fala.
— Fanes traidores não são seres a ser defendidos, Pietro
Martins, um humano, está defendendo os Fanes do planeta, você, um
Fanes, está a serviço de um humano fraco, pela destruição dos demais,
então defendemos a continuidade, sabe o que é isto.
O autômato caminha e atravessa um portal, o rapaz olha em
volta, tudo vazio, um mar imenso, e viu uns humanos bem ao fundo e
pergunta.
— Onde estou?
— Este é eP8-7, para a Rosa’s Inc, para os Fanes, Maresia.
— Que Fanes?
— Este planeta um dia foi tocado por mais de 8 bilhões de Fanes,
mas hoje poucos sobrevivem na parte subterrânea do planeta.
O autômato dá um passo atrás, o rapaz tenta passar junto,
pulando no sentido do portal, mas este se desfaz e ele perde o
equilíbrio caindo na areia daquele mundo.
Peter levanta-se e olha os seres ao fundo, eles lhe olham e
começam a chegar perto, medo, insegurança, muitas coisas até sentir
em sua mente a pergunta de quem era, fala, mas parecia que eles não
estavam entendendo.
Os 6 Fanes que estavam a verificar a limpeza da praga, o cercam,
fazem sinal para o acompanhar, pois eles não estavam entendendo o
que ele estava falando.

256
Pedro chega a casa dos Frota, Carolina o abraça e fala.
— Sabe que as vezes fico insegura.
— As vezes queria entender disto, como alguém pode ser
insegura diante deste menino aqui.
— O menino dos bilhões de dólares? – Carolina.
— Elas nem me reconheceriam em publico.
O senhor Frota estava a sala, Pedro o cumprimenta e olha para a
senhora Guta, e fala.
— Boa Noite a todos. – Olha para Camila e fala – Como vai o
Pedrinho?
Camila olhava desconcertada, pois ela colocara o nome para ver
Pedro recuar, e não para ele se posicionar, mas esquecera que o
menino mudara, mesmo para quem estivera na vida dele, parecia que
ainda lembravam do menino tímido e isolado.
— Bem.
Pedro olha para o senhor Frota que fala.
— Me falaram coisas estranhas, e gostaria de tirar algumas
duvidas, parece fantástico demais.
— Sem problemas senhor, mas saiba que tudo que falarmos
aqui, ainda é segredo.
— Porque do segredo que me vem a duvida?
— Senhor, quando a informação da NASA saiu, eu estava a quase
15 dias falando que iria acontecer, mas ninguém me ouve, e deve
entender, sou uma criança, da oitava, eu falar que o mundo corre
perigo, é algo de total descrença, mas o problema é jurídico, vamos
precisar fazer coisas que as leis nacionais proíbem, como proteger toda
nossa costa, abrir buracos, pois o solo é da nação, e juízes para nos
pararem, existem aos montes.
— E qual o plano, parece algo fantasioso.
— Senhor, se não acontecer, teremos acelerado o crescimento
da nação em 100 anos em apenas um ano e dois meses, se acontecer,
pretendemos proteger na media de 98% da população, gostaria de
100%, mas nem todos vão acreditar e sabemos que teremos de nos
concentrar nos que querem se salvar, não nos que insistirem em ficar
onde não temos como salvar.
— Então é verdade que está torrando fortunas?

257
— Ainda tenho duas vendas de diamantes para garantir os
recursos, pode ser que os milionários não apareçam na ultima, pois
parece que entre eles a crença do caos é maior, mas sim, estou
gastando muito, contratando muito, e gerando algo que não sei ainda
como administrar, mas em 6 dias, teremos mais de 12 mil quilômetros
de trilhos instalados no pais, a linha de volta dos mesmos trilhos em
mais uma semana, ligando as 100 cidades, todas linhas subterrâneas,
somos o único país do mundo que está se preparando para manter o
contato das cidades, esta na estrutura da Rosa’s proteção para 400
milhões de pessoas, então estamos pensando em algo superior a nossa
nação, pois daria para proteger a nível de números toda a América do
Sul, mas teremos 60 horas para o fazer, isto que pode deixar as pessoas
para trás.
— Porque apenas 60 horas?
— Ninguém sabe quando vai acontecer exatamente, é um
calculo que cada dia chega mais próximo, mas não nos adianta gerar
pânico antes de ter certeza de quando seremos atingidos.
— E vão ter 60 horas para isto, e se errarem os cálculos.
— Senhor Frota, 60 horas é o tempo entre o acontecer do
evento solar e ele nos atravessar, não é questão de errar, é questão de
correr, estaremos com uma estrutura capaz de transportar mais de 200
milhões de Brasileiros para as cidades de proteção, mas estamos
abrindo linhas de proteção que vão se esticar até Buenos Aires, até
Quito, Santiago, mas estas linhas devem ficar prontas muito próximo
do evento, pois o projeto da empresa, é salvar e manter conectados,
para podermos nos ajudar mutuamente.
— E qual o montante de investimentos para esta empreitada?
— Muito dinheiro, ainda não se sabe os montantes senhor, as
vezes acho que todo o dinheiro do mundo não dará para fazer, mas até
este momento, somos a nação com maior numero de locais prontos,
em segundo está a Alemanha, os Estados Unidos começaram mais de
22 anos antes, pois eles sabem a todo este tempo que aconteceria, e
devem perder o terceiro lugar para Canadá, Rússia e China ainda esta
semana.
— Então não é você falando que vai acontecer, está falando de
nações inteiras se preparando.
— Nações se preparando para enfrentar senhor, todos
começaram a se mexer a pouco, quando a NASA estabeleceu uma data

258
para o acontecimento, todos pensavam que ela desmentiria e ela
chega a afirmativa que vai acontecer entre a segunda quinzena de
Outubro do ano que vem e a primeira de Novembro, com erro
estimado de no máximo 10 dias, até então estavam todos em passos
de tartaruga.
— E não seria mais fácil começar a retirar as pessoas antes?
— Sim, as que estão mais isoladas, mas para isto não podemos
ter caminhos lotados e travados.
— E tem o risco de não acontecer?
— Eu torço ainda, mesmo torrando uma fortuna senhor, que
não aconteça.
— Pelo jeito vai ser um extremo, pois vejo gente de dinheiro
pedindo empréstimos de montantes imensos para se precaver, nem sei
o que eles pretendem?
— Morrer isolados, mas com calma os resgatamos, não
podemos falar que estamos executando, pois geraria processos de
interdição, de prioridades, ouvi gente até falando em Cotas, eu quero
tentar salvar todos, não estabelecer quem vai para um buraco senhor,
mas ouvi muita coisas que não gosto nem de falar.
— E teria uma vaga para nós?
— O convite para a casa no Tingui é parte disto senhor, pois terá
um elevador direto para uma residência abaixo dela, já a 100 metros de
rocha.
— E o que tem lá?
— A primeira cidade subterrânea de 800 mil pessoas pronta,
estamos ligando ela as cidades laterais, outras duas, e colocando os
trens de comunicação, para toda a região, para podermos ter uma
ligação que nos ligará a toda América do Sul, por trens rápidos, a
ligação com Brasília já está em teste.
— Está falando que tem uma cidade para 800 mil curitibanos
pronta para refugiar as pessoas?
— A cidade em uma semana será para 4 milhões de pessoas,
esta semana será o suficiente para armazenar em um imenso buraco
com agua purificada, terminar de instalar os sistemas de purificação de
ar e dejetos, e os colchões.
— E tudo sem ninguém ver?
— Senhor, quando o convido para morar no Tingui, é para ter a
calma de saber que estão a um elevador de uma região protegida, não

259
sabemos como vai ser a confusão acima, teremos gente querendo ir
trabalhar para não perder o emprego, quando precisaria estar
pensando na própria vida, em sua Família.
— E tem planos altos pelo jeito?
— Deve imaginar que uma cidade assim é imensa, mas que
como é em um buraco, não terá todas as comodidades externas, mas
estamos primeiro tentando os salvar, para depois pensar nos
problemas gerados por isto.
— E ainda é segredo?
— Pergunta seriamente para os que estão pedindo empréstimos
para investimentos em algo assim, o porquê eles estão fazendo,
entenderá que existem pessoas que nos deixariam morrer na
ignorância do problema senhor, apenas um grupo bem restrito de
Americanos sabia do problema quando descobri isto a menos de um
mês, hoje são mais pessoas sabendo que até aquele momento, e
mesmo assim, muito pouca gente.
— E vamos fazer de conta que não está acontecendo? – Guta.
— Precisamos terminar antes de os colocar para correr, pode
parecer fácil senhora, mas estamos usando da mais avançada
tecnologia para tentar salvar o máximo de pessoas possível.
— A proteção no litoral tem algo haver? – Guta.
— Sim, a estimativa é que com o aquecimento do mar, e o
degelo do polo, os mares podem chegar a 200 metros acima do que
estão hoje.
— E ninguém desconfiou ainda? – Senhor Frota.
— Se tivessem desconfiado, não teriam pedido para implodir
aquilo, eles nem viram nós construirmos aquilo, e agora querem
implodir.
— E não vai tirar de lá? – Guta.
— Eles terão de fazer um projeto para retirada, vão ter de
determinar onde vão colocar todos os dejetos daquilo, como o farão
sem gerar uma onda que pode invadir as ruas de Paranaguá, ou de
Florianópolis, eles nem sabem ainda que a estrutura é solida, eles
devem olhar de perto em uma semana, e vão ficar pensando em
quando colocamos isto lá.
— E se eles terminarem os estudos.

260
— Em uma semana devemos ter o afastamento dos que insistem
nisto, vamos ter uma permissão temporária de 4 estados para a
construção e ampliação da proteção marítima.
— Ampliação?
— Senhor, vamos tentar proteger o máximo de pessoas
possíveis, isto quer dizer, ampliar em etapas cada proteção, cada
cidade, cada meio de transporte, será uma corrida de 15 meses, mas
sabemos que em 12 meses, tudo tem de estar pronto, não podemos
estar correndo com o básico no ultimo mês.
— Básico?
— Sistemas de cidades, sistemas de transporte, de proteção alta,
de proteção das cidades, de descompressão para casos extremos.
— O que quer dizer com isto? – Camila que olhava assustada.
— Até hoje, temos um sistema que aguenta atravessar os
dejetos do sol por 44 horas, se for mais que isto, vamos ver tudo fora
das proteções queimar, acreditamos que o evento será de 60 horas,
mas se for de 72 horas, os campos ao lado da proteção estarão
derretidos, o oxigênio terá queimado ao ar, e estará nas camadas
superiores da atmosfera em outra forma, então fora das áreas de
proteção é descompressão total, é como estar no espaço, durante o
dia, mais de dois mil graus, de noite, perto de zero absoluto.
— Por isto cidades subterrâneas, mas os mares não teriam
derretido?
— Eles devem subir rápido, transbordar onde não tiver proteção,
e no final das 72 horas começarem a evaporar, tudo depende de onde
estivermos nesta hora, a noite eles congelam, na parte dia tendem a
evaporar rapidamente, então não sabemos o que isto pode fazer.
— Não estudaram ainda isto?
— Senhor, estamos estudando como salvar as pessoas, depois
pensamos em salvar parte do planeta, esta região estará coberta por
mais 3 proteções para tentar salvar a vegetação e o mar para dentro da
proteção, mas mesmo isto é insignificante para o planeta, estamos
pensando em salvar o mínimo, para um recomeço, torcendo para que
não aconteça.
— E se acontecer, saberão quando o tamanho?
— Saberemos o tamanho se for inferior a 60 horas, pois
estaremos dentro do problema em 60 horas, os satélites queimam, os
sistemas de comunicação que não forem por terra, vão desandar, e

261
veremos pessoas em meio a uma noite de 44 horas, noite gerada por
esta proteção, em pânico tentando chegar aos lugares seguros.
— E nos quer protegidos, sabe que pode ser problemático ir
para lá, não temos estrutura de motorista.
— Damos um jeito senhor, saem dois carros para o colégio todo
dia, de lá, espaço não falta.
— E se o pior acontecer?
— Improvisaremos até o fim, até sobrevivermos senhor,
estamos improvisando, mas acelerando, e sem perguntar para ninguém
se podemos.
Pedro namorou um pouco e volta para casa, ainda tinha de
estudar um pouco, para a aula do segundo dia.

262
263
As vezes tememos o que
desconhecemos, o mundo tenta não
falar, pois as redes estão lotadas de
imagens destas naves negras, por todo o
planeta, mas vejo diferente, pois vejo as
imagens de uma parando em
Washington, entrando na casa branca
como se fossem parte deles, usaram isto
para parar meia América para testar algo,
quero saber oque, quero saber a
pretensão do presidente Norte Americano, vejo a ameaça,
vejo o parar de parte de minha nação, do México inteiro, e
ninguém fala nada, como se fosse normal, temos imagens que
parecem determinar algo, e ainda temos as bases com estas
naves Negras na Costa Leste e Oeste do Estados Unidos,
pensando que onde estava a outra, eram terras Francesas e o
presidente morre em um acidente cômodo.
As vezes divagar nos faz pensar, e mesmo assim não
cheguei a conclusão alguma, as vezes precisamos de dados a
mais, e vamos nos informar, para lhes dar em primeira mão o
que está acontecendo, pois posso estar enganado, mas é algo
grande.
As ações de agentes da CIA em Curitiba, rechaçamos, se
querem matar meu filho, mesmo com ele tentado se manter
afastado, sinal que ele chegou perto de descobrir o que
querem, e se queriam o tirar da inercia, que ele se batia para
se manter, conseguiram.
Em meio a isto, estamos comunicando que a presidente
veio a publico fazer uma entrevista sobre as metas de
comunicação no país, e algumas mudanças de prioridades.
E por fim, pelo jeito meus filhos estão querendo
entender como as coisas deste velho funcionam, isto me deixa
orgulhoso, bem vinda ao barco filha.
Gerson Travesso
Curitiba, 02 de Agosto de 2011

264
Ontem bati em meu irmão, onde já
se viu ele nos dar um susto daqueles, onde
já se viu ele querer salvar o mundo e
esquecer de nós que o amamos.
Ele me disse para relevar quem
quiser fazer comparações entre meus
assuntos e os dele, vou tentar maninho,
vou tentar, no máximo quebro uns narizes.
Ontem foi o primeiro dia de aula, as
vezes esquecemos o quanto alguns colegas
são chatos, e outros tão legais, uma dica, confie sempre nas criticas
dos chatos, e na avaliação dos inimigos, não que seja a mais certa,
mas se souber lidar com isto, todo resto se resolve.
As aulas sempre me pareceram à volta a atividade, mas este
ano após ter corrido atrás de meu irmão por Los Angeles, San
Francisco, Comptche, Orlando, Cocoa, Tampa, Paris, Londres,
Telavive e Nazaré, parece que o mundo está lento. Precisamos fazer
tudo de novo mano.
As vezes olho as pessoas e elas olham minha barriga, sim,
engravidei nestas férias por bobeira, mas as vezes as pessoas
deveriam parar de falar mal dos que engravidaram e tentar fazer
um pouco mais de sexo, acalma.
Não, não entendo tanto disto, ainda nem sei se vai ser um
menino ou uma menina, mas esta coisa me faz repensar todos os
meus atos, tentar entender um pouco mais das coisas, já chega meu
irmão me fazer praticar inglês, francês, hebraico numas férias, mas
estou pensando em o que deixei passar para trás, estou olhando os
projetos que estamos levantando, e podem ter certeza, acho que
aprendi a gostar de fazer mais barulho do que eu fazia.
Renata Travesso
Curitiba, 02 de Agosto de 2011

265
Carlos em Paris olha para o representante do governo francês
entrar pela porta e lhe olhar.
— Gostaríamos de trocar uma ideia senhor Carlos.
— No que podemos ajudar?
— Me passaram dados que o antigo presidente não dividia, e
gostaria de saber o que considera destes dados.
— Quais dados? – Carlos viu eles mudarem de ideia varias vezes,
então o pé atrás estava grande, não queria perder esta chance, antes
era um talvez distante, agora uma quase certeza de catástrofe.
O senhor fez sinal para outros dois entrarem, Carlos não
conhecia ninguém, mas lhe esticaram um relatório, lera e relera tantas
vezes aquele relatório que parecia já fazer parte dele, mas olha o
mesmo e passa os olhos, olha os senhores e pergunta.
— O governo anterior nos pôs basicamente para fora da França
por causa deste relatório que nem fomos nós que levantamos, então
desculpa se for rude, o que precisam.
— Mas porque ele não concordou, preço?
— Acho que se lerem bem o relatório, fala que se estiver em um
túnel, queimará, tem de ter 30 metros de rocha para lhe proteger, no
mínimo, quando se coloca o trabalho que isto gera, logico, o preço não
é pequeno, temos projetos baratos, caros, bem econômicos, mas estes
eu não estarei lá no dia.
— E qual a proposta?
— Senhores, a proposta foi parecida com a que fizemos para a
Alemanha, onde eles dispuseram de terrenos, eles entraram com
garantias, pois sabemos que não tem como ser pago de cara, temos de
trabalhar, lhes salvar e torcer, que não seja o pior cenário, e sim um
intermediário.
— Porque, não teria como nos proteger de um pior? – O senhor,
ele estava em um governo temporário, tentando entender de algo que
ninguém lhe falara dias antes, e começava entender que estaria em
uma arapuca.
— Senhor, o problema não é salvar as pessoas, isto se joga todos
em um buraco, mas elas tem de comer, tem de respirar, e se o evento
que este prospecto anuncia, se durar 80 horas, tudo que vê pela janela,
de verde, estará morto senhor.
— Então o problema é duplo, defender e depois sobreviver, por
isto do custo?

266
— Senhor, o problema é que o custo por pessoa salvo, em
sistema econômico seguro, custa perto de 5 milhões de dólares por
pessoa, alguns milionários nos contrataram para fazer buracos a 20
milhões por pessoa, mas o problema de todos, é saber se vamos ter
para onde voltar.
— E estão investindo pesado nisto, vi imagens da Alemanha e da
Inglaterra, que parecem cidades imensas.
— Sim, cidades para 14 milhões de pessoas, sistema de
transporte para ter todos no lugar certo em 60 horas.
— E estão fazendo isto como, a vista não temos como pagar.
— Senhor, o antigo presidente nem tentou negociar, ele nos
colocou para correr, fechou um acordo com os americanos e invadiram
nossas fabricas, destruíram material que usaríamos, saímos da França
não porque queríamos, e sim porque todos estavam acreditando na
propaganda que não precisavam de nós.
— Mas negociam isto?
— Senhor, não teríamos como cobrar o todo, mas aceitamos e
negociamos com outras coisas, precisamos de gente fazendo coisas
extras em quase tudo, mas sim, negociamos.
— Como conseguiria negociar algo que deve – o senhor pensa –
tomar mais que nosso produto interno bruto.
— Por isto nos propomos a receber mesmo após o investimento
senhor, e falei que torço para não ser o pior, pois não teríamos como
cobrar, mas a ideia da empresa, é tentar salvar o máximo de pessoas
possíveis.
— Como assim?
— Estamos investindo em ciências paralelas, como campos de
proteção, em sistemas de proteção litorânea, sistemas de satélites de
detecção e de campos de proteção.
— Então estão recebendo e tentando investir em formas de
prevenção.
— Um sistema já está quase pronto, mas precisamos mandar ao
espaço ainda 30 satélites antes do evento para criar um campo que
pode nos proteger em parte.
— E como poderíamos salvar a França, sei que muitos estão
pensando nisto.
— Acho que podemos no começo da semana que vem começar
a fazer as obras se concordarem com os prospectos que passarmos

267
senhor, sei que vamos pedir terras, segredo, e algumas coisas, como
montagem de fabricas tocadas por militares, para fabricação de certas
coisas, que seria anormal produzir em quantidades excedente.
— Pretendem anunciar o evento quando?
— Pretendemos que os presidentes anunciem, assim que
acontecer, será uma correria planetária senhor.
— Saberia por que o presidente Americano pediu a morte do
nosso presidente?
— Tem gente daqui que está envolvido senhor, uma casta de
bilionários que acha que somente eles deveriam sobreviver, e que
recomeçariam com tecnologia, sobre o planeta deles.
— E sabia do perigo?
— Senhor, meu nome estava na lista a ser morto, ontem não
fiquei em casa, mandei minha esposa e filhos para longe, pois eu, o
presidente da empresa, a família dele, estavam na lista.
— Estava se escondendo, pensei que enfrentavam.
— Senhor, estamos falando de agentes da CIA, eles nos matam e
parece que um evento estranho nos matou, ninguém nem consegue
provar que foram eles, gente que não se preocupa em matar crianças.
— Certo, estava protegendo a sua família, as vezes esquecemos
que tem maluco por ai.
— Malucos que espero desviar ao máximo senhor.
Os senhores saíram e Carlos passa o prospecto para Pietro, que
nem sabia onde estava naquela manha.

Pietro chega a Londres, olha para os barracões, olha um carro


fechar a rua e olha os soldados fechando a rua, um olha para ele e fala.
— Pietro Martins?
Pietro sacode afirmativamente a cabeça, olha para os senhores
saírem de um veiculo, não conhecia, então estava em terreno que não
dominava, o que lhe deixava a um passo de uma encrenca, esperava
poder começar avançar, mas parecia que ninguém estava disposto a
trabalhar, apenas atrapalhar.
O sotaque não era inglês, embora estivesse perguntado em
inglês, o que deixou Pietro atento, não sabia quem eram, mas estava
procurando um inimigo, os amigos não lhe cercavam, ligavam e
marcavam.

268
Pietro olha os senhores, ao bolso aperta o um e fica a esperar o
que aconteceria.
O som ao fundo começa a tocar, uma musica ambiente, os
senhores olham ao longe, não entenderam, mas prevenção sempre foi
o forte a nível de sistema de Pietro, talvez a paranoia de ter visto Pedro
ser transformado em pedra a ultima vez que foi a Inglaterra.
Os senhores olham para Pietro, os rapazes que pareciam um
exercito, sem denominação, mas miram para ele as armas, estavam em
um impasse, mas Pietro não sabia o que queriam.
— Senhor, soubemos que um dos donos de sua empresa, parece
que teve um problema com nosso exercito, e naquele dia, parte dos
meus homens sumiram, precisamos de uma posição sobre onde eles
estão.
— Teria de verificar com os Fanes que caçam, não comigo
senhor, sou um humano, vi pelas câmeras vocês atacarem um menino
em tudo, o transformando em pedra, e o darem a uma Ninfa, então o
que querem comigo? – Pietro sabendo agora o que eram, exercito do
Mossad, mas pelo jeito ilegalmente no país.
— Soubemos que o menino reapareceu na cidade dele ontem,
então ele se livrou da praga, mas não sabemos onde estão nossos
homens.
— Quem nos atacou foram vocês, alguém atacou vocês depois,
mas o que podemos fazer senhor, vocês nos atacam e voltam a apontar
armas para nós, acham-se acima da lei, perguntem aos que mandam
matar covardemente, pois não tenho nada haver com esta caça
covarde de seu povo.
— Eles são perigosos.
— Tão perigosos, que se não me falassem que existia um
exercito para os caçar, nem saberia que eles existem, então devem ser
perigosos para vocês, não para os demais.
— O menino não saberia?
— Como ele saberia senhor, se ele pelas imagens, foi tirado
daqui antes de os demais serem atacados?
— Dizem que ele tem um sistema que consegue o informar de
quase tudo.
— Nem tudo, o sistema não me avisou que estaria cercado hoje
cedo aqui, e nem que o trairiam, por sinal, ele consegue cidadania
Israelense um dia, 4 dias depois os Dragões de Abraão o transformam

269
em pedra, ele deve estar querendo por alguns na parede, mas parece
que não respeitam nada mesmo.
— Temos de ter certeza que não tem como nos ajudar.
— Certeza? – Pietro tocando o dois.
— Tem de ver que não somos um grupo oficial, mas que defende
os seus membros, temos alguns sumidos aqui, alguns sumidos no Egito.
Pietro olha para as costas e os senhores olham as imensas
maquinas os cercarem e fala.
— Desculpa senhores, mas não vou a lugar nenhum hoje, se
querem conversar, marquem, não somos obrigados a fazer de conta
que gostamos deste tipo de imposição.
Os soldados olham para os autômatos, olha para os senhores,
um olha furioso e grita.
— E quer dizer que não sabe nada?
— Não sei, não vou perguntar, pois aqueles senhores,
transformaram um menino, genial menino, em pedra, porque um de
vocês mandou, então vão pedir ajuda a quem lhe apoiava nisto.
— Os sistemas de comunicação para o mundo que nos apoiava
estão inoperante, se duvidar este menino fez estragos lá.
— Ele sempre faz, qual a novidade, mas agora, melhor sumirem,
não quero ter de mandar os autômatos abrirem caminho.
Os senhores começam a sair, os soldados assustados.
Pietro entra nos barracões e um senhor olha-o.
— Deve ser Pietro Martins, marcamos aqui hoje, problemas lá
fora? – O senhor John Silver.
— Mossad, eles fazem burrada e depois ficam com cara de
merda, como se fosse nossa culpa.
— Estamos pensando se tem como estabelecer o que
propuseram, parece algo impensado.
— É impensado senhor.

270
Pietro abre o mapa e fala.
— O problema é fechar a entrada do mar, se ele vier a subir 200
metros, não adiantava fechar a entrada no Atlântico e deixar as áreas
baixas da Rússia como entrada de agua sobre as terras e nem o mar
vermelho, então desenvolvemos um sistema, e vamos erguer uma
linha que vai piorar o inverno no próximo ano, mas não temos como
deixar as coisas para resolver em meio ao ano que vem, temos de saber
se conseguimos administrar isto, se conseguimos manter os níveis de
mar, mas teremos assim uma forma de manter pessoas em áreas que
teríamos de evacuar.
— Esta falando que não evacuaremos nem Londres nem Paris?
— Isto, construiremos abaixo delas cidades de sobrevivência e
disporemos sobre elas uma proteção, teremos de construir 4 cidades
dormitório a mais, mas com calma colocamos todos os pontos, mas
minha preocupação é o parar de circular pelo canal da Mancha da agua
do mar, isto tende a esfriar a agua um pouco, gerando um inverno um
pouco mais frio.

271
— Certo, pensando no antes, mas acredita que consegue
levantar esta proteção assim do dia para a noite?
— Uma coisa é saber fazer, teremos de ter ilhas artificiais que
ainda estamos calculando para equilibrar o peso do mar, antes do mar
subir não teremos este peso, mas precisamos estar com tudo pronto.
— Certo, e quer que o governo saiba disto.
—Sim, faz parte da proteção, vamos tentar salvar um pedaço do
planeta, então resolvemos tentar com nossas partes baixas, que são
mais produtivas.
O senhor anota as ideias, estavam abrindo caminhos para
negociação com quase todas as nações do mundo, e ninguém parecia
disposto a morrer por alguns bilhões de dólares.

Pedro acorda, olha para fora, um sol tímido, olha em volta, olha
o celular, nada de urgente, vai ao banho.
Dez minutos depois estava colocando o uniforme, olha para a
porta e vê seu pai.
— Preciso trocar uma ideia filho.
— Entra, tá cedo, acho que me agitei a noite e não dormi direito.
— Preciso saber se tem como fazer tudo que estamos
estruturando, vejo que nem controlo mais as contas, pois jurava que
não existia dinheiro para os montantes que gastamos.
— Uma hora terá de sentar com a presidente e estabelecer
prazos de pagamento e valores, qualquer coisa, pede para o escritório
no Rio, eles tem uma estimativa básica de quanto custaria salvar 200
milhões de pessoas.
— Tem ideia de quanto?
— Me bato com certos números, mas é um nove seguido de 14
zeros, em dólar pai.
— E qual o prazo para pagamento disto?
— 100 anos, pois pelo PIB atual seria o de 10 anos pai.
— Mas então estou certo, não existe este dinheiro na conta?
— Não, nem na nossa nem na deles, então temos de dar
soluções, preciso de 10% do valor total, que pode ser em terras, em
maquinários, pessoal, em qualquer coisa que eles possam fornecer,
pois vai faltar muita coisa, deve entender que esconder 200 milhões de
pessoas não é uma missão fácil.

272
— Entendi, ouvi muitos me perguntarem a quanto tempo
estamos nisto, não respondi filho, pois eles não acreditariam.
— Sei disto, mas em vários lugares do mundo, estamos criando
junto a governos fabricas de varias coisas, vamos fazer os contingentes
do exercito crescerem pai, e vamos os por em treinamento e em
fabricas de equipamentos necessários, estamos terminando o estudo
sobre a quantia de bombas hidráulicas que precisamos para jogar para
fora o fluxo do Amazonas e do Paraná, no amazonas, quando fecharem
a entrada, será a maior serie de comportas do mundo.
— E referente as namoradas, parece distante.
— Tentando voltar a aula, mas ainda é cedo, parece que todos
me querem por perto pai.
— Os Frotas vão vir para o terreno?
— Sim, temos de nos entender, sei que é difícil.
— E sua mãe?
— Ainda naquilo de caçar o irmão.
— E como está se virando, tentei parecer normal aquela cena de
você em pedra, mas não sei ainda o que aconteceu.
— Ninfas, para mim era fantasia, mas quando se vê mesmo que
rapidamente uma cidade abaixo da agua, não deveria ter 40 metros de
profundidade, pois se via a superfície e o sol de lá.
— Ou os mares podem ser mais alcalinos, menos poluídos.
— Pode ser, pois existiam construções altas, não sei ainda, e não
sei se um dia vou voltar lá, mas tive de me controlar para não sair antes
da hora da pedra.
— Foi difícil.
— Sabe pai que sempre me senti preso, não gosto da sensação
de apertado, e sou um candidato a autor da maior quantidade de
buracos do planeta.
— Preciso que me passe o que acha que fica pronto, e para
quando?
— Pai, preciso de autorização do exercito, para reativar e
ampliar Alcântara, vou por ali algumas coisas a funcionar, mas põem
alguém que não se assuste com o principal.
— Principal? – Gerson.
— Um menino desbocado de 13 anos. – Sorri Pedro que se
levanta da cama e termina – Vamos tomar um café, este inverno não
vai acabar?

273
Os dois descem, Renata se junta a ele e fala.
— Esta Renata Travesso está se fazendo e se achando com esta
crônica dela. – Renata.
— Às vezes é bom eles saberem que evoluímos mana, às vezes
tenho de não falar nada com nada, mas se achar que não está legal
paramos. – Pedro.
— Não entendi esta ideia filho? – Gerson.
— Achei que sairiam as crônicas mais naturalmente, mas não
achei o ponto ainda pai, e se não achar, vou parar uma segunda vez.
— Querendo se manter ativo, mesmo com tanta coisa a fazer?
— Eu não tenho feito tanto assim, mas hoje é dia de se preparar,
tenho coisas a exatificar no sábado, e não sei ainda como fazer, vida
corrida esta minha. – Pedro se lamentando, vendo os dois sorrisos
olharem ele.
Maria alcança seu café e Pedro olha o pequeno Bernardo no colo
de Patrícia e fala.
— O marajá da casa, este é um menino de sorte. – Pedro
sorrindo.
— Sorte? – Gerson.
— Nasceu na família mais maluca do universo.
— Do universo não é exagero? – Patrícia.
— Verdade, acho que da Galáxia já é suficiente. – Pedro.
Gerson viu que Pedro estava tentando relaxar, imaginou que a
ideia fora esta, mas viu na tentativa frustrada que ele não conseguia
nem pensar direito sobre coisas simples.
— Só tem de saber pedir ajuda se precisar filho, sei que estou
ainda sobrecarregando você, mas não entendo disto.
— Pai, acho que o problema é esperar acontecer, as vezes
esperar é mais tenso do que correr, tenho corrido, para não ficar
olhando os problemas.
— E como está o judiciário do processo da comissão.
— Eu não sei ainda pai, estou querendo que a justiça faça o que
ela melhor faz, ficar inerte se ninguém pressiona.
Pedro olha para o irmão, passa a mão nos cabelos curtos dele e
fala baixo.
— Estes olhos vão gerar muitas brigas menino, pois já sorri como
a família, agora só falta ser encrenqueiro como os demais.

274
Patrícia olha para Bernardo olhar para o irmão, como se o
procurasse com os olhos e o vê sorrir.
— As vezes a vida é mais importante que tudo pai, ontem quem
me tirou da inercia foi uma lista, quero ver o que acontece, o
presidente ainda não recuou, mas estou com 14 mil agentes da CIA
sumidos, com a sede em 50 estados invadidas por autômatos com
mascara de humanos, quero ver a tarde o que fazemos.
Pedro lava a caneca e olha a irmã.
— Vamos, hoje tem geografia, a matéria que me transforma em
normal.
— Você não é normal em nada, mas vamos.
Os dois saem e entram no carro onde Dinho olha para os dois e
fala.
— Maria tem duvidas Pedrinho.
— Manda ela me ligar pela tarde, sei que deixei ela meio
perdida, mas as vezes falta tempo para falar com quem tenho.
Renata olha para o irmão e pergunta.
— O que do que Carla escreveu é verdade?
— Outra coisa que não vi foi nem Orkut e nem Facebook.
— Que você foge dela, mas que tem algo que vai lhe ligar a ela
para sempre.
— Para sempre ou até novembro do ano que vem?
— Sabe o que ela induziu.
— Eu não acredito que minha vasectomia falhou, então tem algo
ai, mas vamos com calma, marca algo lá em casa no fim do dia mana.
— O que vai fazer no fim do dia?
— Apresentar os Anice ao pai e a Patrícia.
— Esqueci que eles estavam na cidade, você parece mais ligado
a cidade que eu que estou aqui parada.
— Se quer sair correndo mana, fala.
— Esqueço que não tem medo de me enfiar em problemas.
— Nossa mãe ainda tem de vir para cá mana, tenta falar com
ela, explicar o que os demais não sabem.
Pedro abre o computador e olha as colocações, as insinuações e
olha para fora e fala.
— As vezes as pessoas parecem querer nos forçar a fugir, para
depois dizer que fomos covardes.
— Entendeu a encrenca.

275
— Tinha de ter olhado antes, mas paciência, as vezes encaramos
o problema mesmo sem entender ele.
— Vai fazer oque?
— Olhar as possibilidades, as vezes esqueço que as pessoas
querem ainda o pote de ouro e diamante, não este Pedrinho de nada
aqui.
O carro para a frente do colégio, ele sai e alcança a mão para a
irmã e fala.
— Esta fugindo de mim também mana?
— Sei que está corrido, você é maluco suficiente para coisas
impensadas, e sei que tem gente que está nos olhando.
— Estou esperando o carro de Josiane e Rita pararem, pois
temos de dar tempo para as coisas se ajeitarem.
— As peças do tabuleiro estão ainda chegando, mas hoje estou
melhor que ontem, dormi legal.
— Esqueço que nem tem dormido direito, mas quem manda
criar uma empresa que não dorme, pois quando uma fecha a outra está
abrindo.
— Na verdade não pensei nisto, mas a empresa funcionando 8
horas, me dá 6 horas de sono dia, pois não preciso controlar ou
escolher a hora de Kiribati, pois é uma base sem gente, não tenho nada
no oeste do Canadá e nem no Alaska ainda, assim como no Leste da
Rússia e nem na Nova Zelândia ainda, quer dizer, tem empresa, mas
não funciona ainda, não como eles querem que funcione.
Renata olha o agito as costas e fala.
— Carla chegando.
— Calma, e Rita?
— Descendo ao longe com cara de poucos amigos.
— Carol?
— Vinda ao longe, com a irmã, que parece com olheiras.
— O Pedrinho deve ter a tirado o sono.
— Verdade, tem um Pedrinho dois ai, mas vamos ficar aqui até
quando?
Pedro olha nos olhos de Renata e fala.
— Fica um pouco aqui. Já entramos.
Pedro olha para ela, ele passa por Carla que chegava como um
furação sem olhar e vai na direção de Rita, ela olhava desconfiada e vê

276
a cara de quem não sabia de nada de Pedro, ele vinha a ela, Carla ficou
no meio do caminho.
— Está linda.
— Obrigada. – Joseane ao lado.
— Verdade, estão lindas.
— Safado. – Rita olhando para Pedro que a beija.
— Fugindo do problema?
— Não entendi o problema ainda, as vezes esqueço de olhar o
computador na parte social, fico nos projetos.
— Alguém continua com imagens de Paris, com insinuações, mas
as de ontem foram forte.
— Sabe que não terei como provar o contrario antes de nascer,
tem apenas de ter calma Rita, tem de entender, coisas assim vão
acontecer.
— Como posso entender Pedrinho safado.
— Para algumas sou o pote de ouro delas, para outras, o sair do
pai da cadeia, para outras, curiosidade, mas sabe que estamos nisto
juntos Rita.
Joseane os abraça e fala.
— Sabemos a encrenca Pedro, mas esta ai pega pesado.
— Vamos fazer uma confusão esta noite, na piscina lá em casa,
dai vemos o que está acontecendo.
— E seus pais? – Rita.
— Nossos, todos presentes, mas a banda Anice vai lá hoje a
noite e temos de fazer sala, isto quer dizer, confusão, quero ver se
Carla mantem a conversa, ela esquece que sei da verdade.
— Esqueço que meu Pedrinho agora fica de olho em tudo, mas
como está a segurança hoje, ontem estava assustador.
— Digamos que hoje devo ser o inimigo numero um do
presidente Americano, mas ele está sem 14 mil homens me mirando
armas, sem nenhum drones de comando aéreo, sem sistemas de
sobrevoo no Brasil, sem 300 satélites espiões, ele está me xingando, e
se ele insistir, vou ter de ser mais drástico.
— E diziam que estava tentando parar.
— Eu tentei, sai ontem da aula e me deparo com o nome de
todos nós na lista de pessoas a matar, estava Toda família e
namoradas, nem nomes, se ele queria problema, conseguiu.
Carla chega pelas costa e fala.

277
— Poderíamos conversar Pedro?
Pedro olha para Carla e pergunta, tinha um monte de gente
olhando para eles.
— Tem certeza que é meu? Pois se for, assumo.
Joseane sorri, o menino não era de recuar, Carla se perde, ela
ficara colocando termos de duplo sentido, não explicito, embora
muitos entenderam como certeza, agora algumas pessoas a volta
olham sem entender, pois Pedro estava nitidamente namorando Rita,
Carol chega perto e pergunta.
— Como está nosso namorado Rita?
— Tentando entender as diretas e indiretas do dia de ontem,
enquanto Pedrinho colocava um presidente para correr, mas como está
o enjoo, melhorou.
— Esta noite foi terrível, alguém não deixou a casa dormir.
Pedro olha para Camila e pergunta.
— E nosso Pedrinho, pelo jeito este vai ser pior que este Pedro,
já as tira o sono com poucos meses.
Camila olha para Pedro, ele não se acanhara com o nome, ele
parecia ter gostado, isto parecia algo que ela não esperava.
Renata chega com Roger e pergunta.
— Vamos para a aula ou vamos matar todos?
Pedro olha para Carla e fala.
— Passa com seus pais lá em casa hoje a noite, vai ter uma
recepção para o grupo Anice, dai conversamos. – Pedro olha para
Roger e fala – Aparece lá, seu pai deve chegar no Domingo de volta,
mas dai conversamos sobre outros assuntos.
— Certo, pelo jeito precisa conversar?
— Relaxar, para conseguir pensar, sabe quando parece que
temos a solução na mão e não conseguimos administrar?
— Solução? – Rita.
— Já pensou alguém ter gasto todos os seus recursos para
montar algo e não ser necessário tanto.
— Pensando, isto é perigoso. – Renata.
Pedro sorri e fala.
— Vamos a uma aula, hoje tem geografia.
Todos riram.

278
No Peru os autômatos isolam uma região e um representante do
governo peruano e um da empresa, chega a região e vão a uma cidade
subterrânea, e começam a mostrar e explicar o que fariam ali.
O senhor olha encantado e pergunta.
— Estão fazendo isto a quanto tempo, parece bem adiantado.
— Agora que ficou mais para pronto que para que bruto,
resolvemos conversar, pois estamos fazendo sistemas de transporte e
de sobrevivência em toda América do Sul, mas estas estruturas nos
custaram, vamos esticar trens a toda região para conseguir proteger a
maioria das pessoas.
A conversa vai para a parte que os governos não gostavam, os
custos, mas as terras já eram da empresa, então quem deveria escolher
se queria sobreviver seriam eles.

Em Washington, o presidente tem uma convocação ao senado, o


clima estava pesado. O senador Obama olha para o presidente e
começa a acareação, o presidente começa negando, mas as
autorizações são confirmadas por 3 senhores, exercito, marinha e
aeronáutica, os depoimentos são graves, e em meio a uma crise de
calote financeiro, eles ficam na duvida do caminho a tomar, eles teriam
de afastar um presidente.
Os senadores e deputados votam as medidas econômicas, e
após o afastamento do presidente, não poderiam ter alguém que os
queria mortos.
Alguns do grupo, ao saber que seus nomes estavam na lista
começam a por outros na parede, industriais que pareceram se manter
longe de Washington.

Pietro olha as medidas nos Estados Unidos e atravessa para Los


Angeles e começa a dar as ordens da empresa, e no inicio da manha
marca uma reunião com o governador da Califórnia.
Ele sai no sentido da sede da prefeitura, a reunião seria com o
prefeito e com o governador.
A ideia de expor os projetos, estava cada vez mais natural,
lembra quando ele achou que o pequeno abria muito o que ele
descobria, hoje tudo o que pensou naqueles dias, parecia ter perdido
sentido, pois estavam correndo contra o tempo, para salvar suas vidas,
suas existências, suas famílias, seu planeta.

279
Pietro começa a reunião, fazendo uma explanação do que a
NASA afirmara, e depois apresenta os planos.

A explicação deixa os dois surpresos, estavam falando em


enfrentar uma catástrofe mundial, mas precisavam de apoio, pois não
havia empresa no mundo para gerir estes gastos, eles pretendiam
entregar algo perto de 5 milhões de dólares por habitante como custo,
mas o ideal seria algo pelo dobro do preço.
A parte que pegava era forte era a econômica, mas estavam
diante de uma empresa investindo bilhões, enquanto os demais apenas
olhavam, sabiam que eles protegeram a cidade de San Diego, agora
queriam algo para os demais, um sistema, um projeto, mas obvio que
ficou algo pesado, estavam falando de um estado imenso, mas quando
ele apresentou a ideia de dividir os custos com Nevada, Oregon e
Arizona, viram que a ideia era salvar vidas, não apenas discutir
recursos.
O fechar deste acordo permitiu ao longo da costa surgir aos
poucos, uma proteção para todo o litoral, começa a construção de
varias cidades de proteção, montagem de campos de proteção, e
ampliação dos contatos com os estados vizinhos.

Pedro sai para o intervalo e Jonathan, antigo amigo de sua outra


turma chega a sua frente e fala.

280
— Se achando Rosinha.
— O que fiz agora?
— Deu encima de Carla, vou lhe quebrar o nariz na saída.
— Pelo jeito minha fama está maior que eu, mas sempre disse
que meu nariz esta ai para isto.
Roger chega ao lado e pergunta.
— Problemas?
— Fora um pseudo namorado pensando em me acertar o nariz,
mas já pensou que não é meu Roger, pois eu fiz vasectomia.
— Tenho de pensar nisto, mas entendi, mas seria sacanagem
comigo ser meu, três filhos meu pai me mata.
Jonathan olha para Roger, ele parecia perdido, e faz aquelas
perguntas que não fazem sentido.
— Que suruba vocês fizeram?
Pedro olha para Roger e fala.
— Pode ser daquele Pablo também, banda Anice, sabe como é,
nós saímos, nós corremos o mundo, eles não.
— E ela insiste que é seu.
— Ela sabe que sou o pote de ouro dela – Pedro olha para
Jonathan e fala – mas se quer me bater por isto, a vontade.
— Não acredito no que disse.
— Então quer acertar meu nariz e criar um filho meu, esquece,
não vai receber meu dinheiro, pois não é meu.
Jonathan se afasta de costas, parecia meio que perdido, ele
queria um motivo para mostrar a frustração de que o menino pequeno
estava lhe passando para traz, mas isto, não era culpa nem de Pedro.
Pedro olha para Roger e fala.
— A confusão só vai crescer em meses, pois daqui a pouco serei
um pai de família, correndo atrás das pessoas que me fazem feliz, de
olhos no sol, de olho nos malucos, mas serei um alvo mais fácil, pois
terei meus pontos fracos.
— Acha mesmo que aquela maluquice de sol vai acontecer?
— Se não acontecer serei um pobre feliz, se acontecer serei
pobre feliz, então só tenho de me dar a chance de ser feliz.
Roger olha as meninas vindo no sentido dele e Joseane olha para
ele e fala.
— Não imagina a encrenca.

281
— Sei disto, sei de minha ignorância dos acontecimentos, mas
não estraga, deixa eu encarar sem olhar os dados, as vezes é bom ser o
Pedrinho, ele sempre foi especial, mesmo sem tudo isto, então, apena
não esquece, te amo.
Josiane sorriu e falou.
— Tem de voltar a sorrir, sabe disto.
— Sei, mas pelo jeito terei de me isolar para isto, mas ainda não
posso me isolar.
Rita chega junto com Carla que fala.
— Acha que não sei quem é o pai, se achando Pedrinho. – Carla.
— Se for meu Carla, o DNA afirmar isto, crio, qual o problema,
mas isto não é assunto para esta escola, já não posso fazer grandes
coisas aqui, eles estão malucos para me mandar para casa.
— Mas insinuou que não é seu. – Carla olhando em volta, ela
estava querendo algo gravado, com certeza era isto.
Pedro faz o movimento para tocar o peito, mas para o
movimento, não ativa o sistema, olha para Carla e fala.
— Sabe que já falei sobre isto, acho que você e Sandra perdem
mais tempo armando do que pensando, mas aparece lá em casa, e
conversamos.
— Mas...
— A noite. – Pedro olha para Rita e fala – As vezes seria mais
fácil mesmo deixar as coisas desandarem.
— Ela estava me contando sobre coisas que não falou.
— Quer os detalhes, aqui, no pátio do colégio com todos
ouvindo? – Pedro a olhando aos olhos.
Rita olha em volta e fala.
— Você é maluco a ponto de falar, tem de ver que não seria sua
reputação que seria ferida.
— A minha reputação, qual?
— Sabe qual.
— Rita, eles estão ouvindo, mas eles sabem quem é o Pedro
Rosa, as pessoas lá fora não sabem, falam por não conseguirem
entender que não tenho como ter feito metade do que eles falam, diria
que um quinto do que falam.
— Mas sabe como me sinto.
— Imagino, pois eu me olho no espelho toda manha e pergunto,
o que Rita Ribeiro viu nisto ai.

282
— Já se menosprezando, mas sei que elas são malucas para
pular na sua cama. – Rita.
— Quem dera elas soubessem a bagunça que está minha vida
Rita, sabe bem que tenho parado muito pouco na minha cama, não
porque não queria estar lá, mas por um motivo que poucos sabem.
— E o que vai fazer na sua casa.
— Nossa, esqueceu que estamos vivendo no mesmo complexo
de casas?
— Eles acham que te achar lá é fácil. – Joseane.
Pedro olha Cristian ao lado de Carol e fala.
— Se quiser ir a uma reunião chata Cristian, meu convidado a
inauguração da casa no Tingui, convite para família inteira.
— Pelo jeito encrencado?
— O ano está no meio, e se tentar lembrar de tudo que fiz este
ano não vou conseguir, talvez realmente este ano seja daqueles que
vou lembrar para sempre.
— Vou falar com o pai, mas pelo jeito mudou de casa.
— Uma menor, que não percam-me dentro.
— E que confusão aprontou agora, as férias anteriores tinha uma
determinação de não chegar perto, o que mudou desta vez – Cristian
que parecia ler os jornais.
— Digamos que alguém a mais diz ter um filho meu na barriga,
mesmo eu tendo feito vasectomia.
— Mas as fotos na rede social está melhores que as das férias de
verão, está melhorando no Fotoshop.
— Pratica dá nisto. – Pedro sorrindo, pois Cristian sabia que não
era montagem, mas em meio a tantos melhor que esta versão.
Pedro abraçou Rita e se afastou, deixou eles falando, obvio que
ainda estavam namorando, mas todos viram Carla falar as férias
inteiras que eles estavam namorando.
Pedro aprontou e deu armas para isto, mas crianças as vezes não
entendem o que está acontecendo, antes de viver as decepções da
vida, as que Pedro estava ficando expert.

O senado pede o afastamento do presidente, a opinião publica


estava chocada, pois era a morte de senadores, por ordem de um
presidente da republica, todos estavam estranhando e se inteirando
das coisas.

283
Carter surge a sede do Pentágono e olha para dois generais e
olha para os rapazes do FBI as costas e fala.
— Estes dois estavam de acordo com a morte de todos que
foram informados dos acontecimentos.
— Não pode nos acusar Carter, você está vivo.
— Vivo porque acreditei no problema e sai da cidade, pois os
que não acreditaram, estão mortos.
— Mas...
— Mas ainda vão me explicar de perto o pedir de minha morte,
a morte de Ronald, quero levantar cada morte e podem ter certeza,
vão responder sobre isto.
Carter viu a maior desmobilização do Pentágono, ele não queria
ser o causador disto, mas se todos os que deterão de alguma forma
queriam sua morte, e assinaram as mortes que aconteceram, ele não
iria pegar leve.

Dallan olha para o sistema e fala.


— Porque parece que temos os satélites de volta?
A tenente olhava os dados, estava se inteirando, mas parecia
que estava diferente.
— O que temos é diferente General.
— Como diferente?
— Responde ao sistema, mas tem linhas de interação que não
tínhamos, conseguimos fotografar sobre todo o país nesta qualidade. –
Sabrina aproxima a imagem de alguém a rua em Los Angeles, se vê a
pessoa puxar a caixa de fosforo, a imagem aproxima e fotografa a
marca que parece com mais de 600x400pixes, mas se eles conseguiam
isto com a marca de uma caixa de fosforo, qual era a definição que
conseguiriam do todo.
— Mas como?
— Não temos imagens dos satélites, temos apenas as imagens
para dentro e para fora do planeta, por este sistema, mas o que me
parece, é uma teoria ainda tentando provar, que enquanto eles
derrubavam os nossos satélites, eles clonavam o sistema e foram
dispondo sobre os pontos de cada um deles uma nave em mesma
orbita, fotografando como os demais faziam, mas como a câmera deles
é melhor, ficam imagens muito melhores.

284
— Digo que esta empresa é perigosa, pior, faz sem ninguém ver,
e sem ninguém conseguir reclamar, hoje estão trocando toda a direção
do Pentágono, CIA, parte do FBI, todo o planeta perguntando como o
presidente pode ter feito o que fez.
— Eles nem sabem a verdade e estão com ódio do presidente, se
soubessem, o linchavam em publico general, pois tudo que estão
levantando, está com problemas de informação, pois os autômatos
isolaram em algum lugar todos os agentes da CIA que estavam em
campo.
— E como está a evolução das coisas?
— Andando, são obras em todo o planeta, mas ainda é
estrutural, vai ser uma corrida de 12 meses, segundo a empresa.
— E o menino?
— Em Curitiba, na aula.
— Esta empresa criada por esta criança, quando bate, o faz tão
rápido, que nem dá para culpar eles direito, tem algo sobre o
enfrentamento na Republica do Peru?
— Nada além de fatos desconcertantes, mas eles criaram em
frente a base John Kenedy uma área seca onde dispuseram 11 naves
danificadas de uns seres estranhos.
— Estranhos?
Sabrina coloca a imagem dos seres na tela e Dallan olha para os
seres e fala.
— Estão detidos onde?
— Cocoa, ninguém sabe se os seres falam nossa língua, mas
temos muito pouco sobre isto, não se tem nem a informação de serem
alienígenas, estão pensando em mais uma arma nossa.
— E como estão as ordens a nosso respeito?
— À tarde estaremos em nossos postos novamente senhor, um
agradecimento do General Carter, que sabe nos dever a vida.
— Às vezes apenas tentamos entender o acontecido, vi que
algumas bases se isolaram e por si prenderam os agentes da CIA, como
a base de Mugu.
— Sempre digo que se formos sobreviver a um grande evento,
precisamos de gente inteligente e rápida nos pensamentos, parece que
o Pentágono deixou de ser eficiente.
— O que acha que o menino pretende abrindo novas levas de
estudos senhor.

285
— Ele conseguiu Tenente, ele conseguiu.
— Não entendi.
— Há um mês todos queriam parar as empresas que tinham
projetos com a eP, hoje eles querem parar as empresas de construção
de buracos, mas esqueceram que o que ele queria era paz para testar
algumas coisas, fico pensando se parte do que ele induziu foi apenas
cortina de fumaça.
— Em que acha que ele jogou cortina de fumaça.
— Se ele tem uma base isolada onde for, ele pode ter deixado o
local fazendo os testes, estudando os problemas, todos achando que
ele havia parado, mas vendo a ação deles, acredito que não pararam
nem um dia, pois oficialmente estão a dois dias em funcionamento, dá
para acreditar tenente, que todos estavam de férias?
— Não, entendo onde quer dizer que ele estava gerando cortina
de fumaça, mas ele mesmo disse que o faria, que para cada coisa
visível, teria 9 vezes isto escondido. – Tenente Sabrina Jones.
— Isto antes dos buracos secretos, hoje ele deve ter visível um
por cento do que fez, e todos estão apavorados.
— Tem de ver que ele falou em tentar manter 250 mil
funcionários, sabemos senhor que ele detêm quase 2 milhões de
funcionários hoje, e que mesmo quando todos falavam que ele estava
sem recursos, tinham o parado, que ele mantinha mais de 300 mil
funcionários, mas ninguém sabe quem são, isto que o faz avançar, ele
pode estar fazendo uma super operação, e como ninguém sabe quem é
os contratados, passam desapercebidos.
— E como identificamos o que ele está fazendo, vão perguntar
isto Tenente.
— Tenho ainda de acertar os dados, mas senhor, mesmo
acertado eles, o que me parece, é que ele vai nos fornecer o que ele
quer, mas não sei como relatar isto, pois se ele está por traz da troca
dos satélites, ele não está usando algo normal lá encima, pois ele não
construiu 500 satélites nos últimos meses.
— Acha que ele vai ditar o que precisamos saber?
— Os dados da NASA estabelecem que tem novos dados do sol
vindo de 100 locais, eles estão mapeando o sol, e a afirmativa de que o
sol é mais chato do que pensam, deixou os cientistas confusos.
— Chato?

286
— Quando observamos de longe, não temos a forma exata, dos
demais sois, pois eles estão sempre correndo, mas a ideia é que a
velocidade de giro em torno do centro da galáxia, deixa o sol mais
chato do que eles pensaram.
— Porque disto? – Dallan.
— Einstein falava que quanto mais próximo a velocidade da luz,
mais chato o objeto, eles estão estudando, o agito lá está grande, pela
primeira vez eles tem imagem do outro lado do sol, sabendo que a
massa do sol mesmo girando, se altera, gerando maior pressão quando
do giro dos polos.
— Então estamos próximos a eles falarem oque? – Dallan.
— A intensidade máxima do evento senhor, esta é a pergunta
que o menino quer responder, mas os dados enviados, por dois dias
não foram coletados, eles estão coletando e somando dados,
comparando aos que tem, eles parecem ter material para anos de
estudo, mas o sistema está os organizando, sem o sistema do menino
nem conseguiriam computar aquilo, pois ele pega os dados, as
imagens, os dados, salva uma amostra de comparação, mas o principal,
salva o gráfico de cada dado analisado, como calor, radiação, numero
de explosões, diferenças de temperatura de cada explosão,
identificando sua composição, mas parece que eles estão retomando e
em meio a encanto e dados contraditórios, fazendo reuniões e
discussões sobre os dados.
— Eles vão abrir isto?
— Vão, como sempre, a ideia é que se alguém vir algo que eles
não viram, normalmente os cientistas ligados ao sol, venha a falar e
pedir mais dados.
— Estão querendo mais ideias?
— Sim, eles parecem precisar bem disto, ideias.
— Acha que eles vão mesmo a exatificar o evento?
— Eles querem saber os níveis possíveis, para saber se a
proteção aguenta às 44 horas iniciais.
— As vezes esquecemos que eles ainda estão estudando o
básico, mas pelo jeito a empresa consegue ter gente olhando para cada
canto.
— Sim, estranho porque eles tem ideias andando em paralelo, a
ideia da arca genética na Finlândia, um local isolado com amostras de
todos os vegetais do planeta, está andando a passos largos, as cidades

287
de proteção, começam a surgir no mundo, o povo nem sabe o que é,
mas estão surgindo em meio a campos, mares, montanhas, as fotos
aéreas da nação do menino parece ser as mais estranhas, pois se vê o
surgir de uma proteção sobre toda o litoral, surgindo aos poucos,
depois tem triângulos que parecem cidades, tem sistemas de
transporte que o calor indica, tem sistemas de cidades em quase toda a
extensão, e estudos de desvios de milhares de litros de agua, não sei as
ideias, mas parecem querer deixar tudo rapidamente pronto.
— Quais os prospetos para a nação do menino?
— 400 milhões de pessoas, mas eles tem só duzentos milhões de
população, eles estão pensando a nível de vizinhos, eles não estão se
preocupando com divisas, então tem projetos secretos sobre toda a
América do Sul.
— A pergunta em seguida, quantos funcionários a Rosa’s tem
Tenente.
— Acho que o problema é outro senhor, quando a alguns meses
ele quis blefar, ele mostrou autômatos dos Claues Verdes, hoje ele usa
os Fanes para proteção e operações de segurança, estes são muito
assustadores, 10 metros de potencia de morte, ninguém nem está
vendo os autômatos normais, o sistema de San Diego falava que eles
queriam estudar 320 modelos de autômatos, usados para muitas
coisas, aplicações específicas, mas se ele conseguiu acesso a alguns, ele
os está colocando para trabalhar, talvez este seja um ponto difícil de
monitorar, mas que o dá as operações que aconteceram, pois ele
continua a avançar, e se todos os dados forem reais, ele estará com
tudo pronto dois meses antes do evento narrado, mas eles parecem
querer erguer algo antes, para se algo os surpreender, como as datas
não se confirmarem e vier a acontecer antes.
— Isto parece bem a cabeça do menino, se preparar para o pior,
mas quantos autômatos ele teria?
Sabrina pega uma conversa do menino, põem no áudio e fala.
— Ele fala nesta conversa com Pietro, que teria 10 autômatos
para cada funcionários contratados, se ele está com dois milhões de
funcionários, seriam 20 milhões de autômatos a fazer coisas assim pelo
planeta.
— E como se monitora isto?
— Difícil, mas ele não vai facilitar senhor.
— O que ele vai fazer para nos complicar mais.

288
— Eles estão fazendo uma lista de nomes com suas famílias para
se instalarem na base da Lua até o fim do evento, para não pararem
por motivos como os que aconteceram, como alguns estão com medo,
eles com certeza vão para se proteger.
— E quantas vagas ele teria na Lua?
— 150 mil famílias.
Dallan olha para a Tenente e pergunta.
— Está dizendo que ele já tem uma base na lua maior que nossa
base em Los Alamos?
— Sim, assustadoramente grande, profunda, protegida por 300
naves que ele pretende usar na Terra, para fazer sombra.
— E quem vai para a lua?
— Técnicos da NASA e CNES, com suas famílias.
— O que mais eles estão fazendo?
— O sistema deles fala em cidades isoladas, para 10 mil pessoas
em 30 endereços, o menino não é a base disto senhor, ele pode ter
dado a ideia, mas tem muita gente trabalhando para dar certo, pois
eles estão selecionando gente para lua, 450 mil pessoas, e 300 mil
pessoas para outros locais, que ninguém nem sabe onde são, mas é a
provável origem dos autômatos que eles usam.
— Tem como documentar tudo isto, pois vão me perguntar e
não sei por onde começar, mas com certeza, tenho de estudar isto para
passar a frente.
— Tenta conseguir autorização para que passe parte da
programação a frente, precisamos criar nossos nomes neste tipo de
programação, sei que eles resistem, mas temos de crescer para encarar
uma empresa que cresce muito rápido.
— E as placas de energia?
— Eles ainda estão estudando, parece que ela oxida mais rápida
aqui, quer dizer, age diferente aqui, lá não existe oxigênio na
atmosfera, águas ácidas, e a planta se alimenta disto, mas as
estimativas de vida da planta aqui, é assustador do mesmo jeito,
pensar em algo que vive lentamente e para cada segundo de vida ela
produz O2, mas como ela usa internamente isto para gerar energia,
não o liberando, ela gera energia em planetas como o nosso por mais
de 80 milhões de anos, seria sair de tecnologias térmicas de queima
para autonomia mundial por 80 milhões de anos, é algo que não sei
nem administrar em pensamento.

289
— Ele vai dispor disto na empresa dele, sabe se vai fazer?
— General, ele vai dispor isto via NASA e CNES, com patente
aberta, ele quer mudar o mundo, ele quere os produtos resultantes
disto, não isto em si.
— Se não fosse o caos solar, teríamos muito problema com este
menino e esta empresa, mas eles surgiram bem na hora que vamos
precisar, não sei ainda como analisar ele.
— Sei que a frieza dele me colocou medo, mas se todos achavam
que ele recuaria, ele avança, criando hoje problemas em 5 estados
norte americanos, vejo a ideia dele cada momento maior senhor, mas
os números daqui chegam agora a 50 milhões de pessoas, estamos
atrasados.
— E deve ter gente pressionando.
— Gente que não sabe mais o que pensar, eles tentaram bater
na empresa mais de 3 vezes, e começam a arcar com o problema
general.
— Eles vão encarar os milionários?
— Os administradores garantiram a todos que entregam os
buracos de acordo com os prazos dos contratos, mas eles não se
tocaram que assinaram contratos para 3 anos.
— Como eles chegaram no topo sendo tão ingênuos? – Dallan.
— Herdaram, como mais. – Tenente Jones.

Pietro chega a Paris, lembrando que mentiu, ele não tinha além
de sua mãe, e estava preocupado, mas sua mãe o recebeu e isto lhe
acalmou um pouco, medos de um filho único, criado pela mãe e que
não adiantava mandar ela correr, teria de ir lá para ela se esconder, ela
não se esconderia se ele não estivesse ali.
— O que aconteceu filho, está mais sorridente hoje.
— As vezes tememos morrer e perder as pessoas no caminho e
chegar em casa é muito bom.
— Tem de conseguir sua independência, vai dizer que pediu a
conta, não é maluco, agora que todos lhe olham com respeito.
Pietro sorriu, pois a mãe não entendeu nada.
Pedro sai do colégio, as pessoas já haviam saído, as vezes a
calma é aparente, sente alguém segurar seu ombro, se vira e viu a mão
de Jonathan chegando perto de seu nariz, viu pois quando chegou a
ele, a proteção deteve a mão, embora a própria energia fez seu rosto ir

290
para traz, mostrou bem a valentia de alguém que chamou de amigo,
até o ano anterior.
Pedro olha para o chão e coloca a mão no nariz, ele iria a
encenação, levanta a cabeça e olha para o rapaz.
— Ainda querendo provar algo Jonathan?
— Você me tomou a namorada.
— Eu não lhe tomei, quando pensou que eu estava com Camila,
estava ali querendo namorar, depois foi para o lado de Carla, algum
problema pessoal que quer descontar.
— Acha que tenho medo de palavras bonitas.
Pedro tira a mão do nariz e olha o rapaz e fala.
— E tem medo do que Jonathan, pois bater no menor da turma,
não é valentia, sabe disto, e eu sou o menor ainda, e nunca achei que
alguém tivesse medo de mim.
— Vou lhe quebrar.
A segurança chega ao lado e um olha para Pedro e pergunta.
— Problemas menino?
Jonathan deveria estar muito fora da casinha para achar que a
segurança não estaria ali, mas ouve ele falar.
— De saída, já que nem pontaria este dai tem para me acertar o
nariz.
Pedro olha para a irmã ao carro e vai a ele e sai, Jonathan olha
para Pedro saindo, obvio que isto não deixava as coisas mais fáceis,
sente a mão, a dor e olha os dedos, somente nesta hora vendo que
estavam inchando, pois na tensão nem olhou, e a dor foi aumentando.
Pedro chega em casa e olha para Dinho, pega o telefone e disca
para Maria.
— Maria, é Pedro.
— Fala menino.
— Poderíamos conversar na minha casa hoje a tarde.
— Preciso tirar algumas duvidas, mas apareço e conversamos.
— Te espero.
Olha para Dinho e fala.
— Sabe onde está Siça?
— Diz que chega a cidade hoje.
— Vamos aos problemas, sabe onde Roberto está?
— Chile.
— Bom, menos problemas.

291
Pedro entra e Renata olha para ele e fala.
— Não machucou mesmo? – Olhando seu nariz.
— Esta proteção está boa e rápida, ninguém nem notou ela se
levantar e se desfazer.
— Pelo menos isto, mas o que pretende para hoje a noite.
— Vamos começar improvisar, mas isto nem sempre dá certo.
Pedro sobe, troca de roupa e liga o computador, olha os dados e
olha para a porta.
— Fala pai.
— As vezes tenho medo dos problemas, mas como está, soube
que tem até gente querendo lhe bater na escola.
— Pessoa que considerava amigo, mas que agora parece querer
me ver pelas costas, não entendo disto ainda pai, mas se estiver na
cidade hoje a noite, vamos conversar.
— Problemas?
— Duvidas.
— O que não sabe?
— Quase nada do que estou fazendo, tenho conhecimento para
fazer pai, estou fazendo no impulso, preciso de gente revisando
cálculos, projetos, ideias, pois eu sou a criança, mas não entendo nada
disto.
— E tem medo de deixar algo importante para trás?
— Sim, algo que não tenha como pegar depois, as vezes tenho
de parecer forte, e estou confuso, e não tenho tempo de ser confuso,
então tenho de contornar medos, socos, balas, mas os Frota vão vir
para o terreno, a mãe vai vir para o terreno, e temos de tentar manter
a calma pai.
— Certo, as coisas vão começar a pega fogo, mas o que mais lhe
fez pensar.
— As vezes me parecem certezas algumas coisas, mas aquela
menina que levei a França está dizendo que o filho que está esperando,
que nem sei se está de verdade, é meu, mas parece um jogo de
marketing, e sou bom no meu marketing, não dos outros.
— Fez teste para ver se a vasectomia foi feita direito filho?
— Não entendi?
— Contagem de espermas, é um teste que se faz em um
urologista, as vezes eles erram, estamos no Brasil.

292
— Seria complicado se fosse, mas vou verificar, as vezes temo
que as coisas saiam do controle, dai lembro que nada está no controle,
pois todos estão correndo.
— O que pretende para o país?
— Pai, hoje temos iniciados, 100 milhões de lugares, terminados,
32 milhões, vou chegar a 400 milhões em 4 meses, não antes por falta
de coisas básicas como roupa de cama, mas preciso de alguém
verificando o que precisamos, estava pensando em contratar um grupo
para isto, mas isto pode gerar problemas futuros, então preciso de
gente de dentro que faça isto, verificando cada coisa que faltar.
— Sabe que ouvir você falar me dá orgulho filho.
— Deixa o orgulho de lado pai, é hora de tentar achar os erros
de seu filho, e saiba que agradecerei cada erro que acharem, pois é o
achar dos erros que pode salvar milhares de vidas.
— E qual a ideia hoje a noite?
— Não sei, relaxar e falar com algumas pessoas, acho que no fim
as vezes queria que alguém chegasse e afirmasse que erramos todos os
cálculos e não acontecerá.
Gerson abraça o filho.

Carlos olha para o almirante em San Diego e pergunta.


— Como as coisas estão?
— Tem gente querendo matar o presidente.
— O que aconteceu?
— Os pais do meu assessor direto, foram mortos em casa por
agentes da CIA, ele está no enterro deles, querendo matar alguém, não
sei se ele volta ao programa.
— Ele também se chama Carlos, seria este?
— Sim, eles atacaram na casa dele, aparência de assalto, mas
mataram até o cachorro da casa, ele parece totalmente desconcertado,
e não sei o que falar, não deveria ter acontecido, como adivinhar todos
os alvos destes malucos.
— Pensamos nas pessoas, mas as vezes ignoramos que eles
usam mortes para atrair os demais.
Carlos estava no cemitério de San Diego, os parentes estavam o
olhando, lhe consolando, lamentando o acontecido, estava com as
lagrimas e raiva, quando ouve o estampido, vira-se assustado, olha ao
fundo um cano de arma, sente a bala, o coice dela, a proteção o abraça

293
rápido e some, ele coloca a mão na barriga e todos olham assustados,
um autômato ao longe avança rápido e detêm o atirador, Carlos olha
descrente, os demais chegam perto, a informação de que atiradores da
CIA ainda estavam gerando mortes chega ao Pentágono, não sabiam
como parar isto, era algo impensável agentes públicos matando
agentes públicos para ocultar algo, mas novas reuniões se fizeram.

Dallan olha os dados e liga para Pietro em Paris.


— Podemos falar Pietro?
— Fala, não me ligaria se não fosse importante.
— Está onde?
— Paris.
— Alerta os seus, que ainda existem agentes ativos, não sei qual
a ideia, mas tivemos uma tentativa ainda em San Diego, alerta os alvos,
o método é atacar a família, para que o parente volte, e o atacarem.
— Quem treina estes seres, pois nem animal faz isto.
— Eles tem suas utilidades, sei que muitos não entendem, mas
se cuida.
Pietro liga para Pedro, que estava a almoçar e levanta-se, chega
a porta e atende.
— Fala Pietro?
— Dallan me alertou que ainda existe um grupo grande da CIA
em operação, tentaram matar Carlos em San Diego.
— Qual Carlos?
— O engenheiro do Almirante Leon, o problema é que mataram
toda a família dele para o tirar da base, eles tentaram no enterro dos
pais do senhor.
— Vou tentar ajudar, manda o pessoal não se assustar.
— O que vai fazer?
— Acionar os autômatos em todas as cidades que existem alvos,
vamos tentar parar isto.
Um senador estava a discursar no congresso, pedindo explicação
quando se ouve o estilhaçar de uma janela, todos olham aquele Drone
na janela do senado, ele mira do senador Thomas e dispara, mais de 10
tiros o atravessaram, o Drone começa a atirar em circulo, um autômato
entra pela porta e avança rápido e atira no comando do Drone, ele gira,
avança rápido e o segura com uma mão e o aperta, o mesmo para, o

294
Autômato olha para os feridos, olha para a porta, os seguranças lhe
apontar as armas, apenas olha para um porta e fala.
— Vai chamar os médicos ou vai os deixar morrer?
O senhor da segurança olha os feridos e pega o comando e
começa a ligar, muitos feridos, algo ainda estava em operação, mais
um morto do grupo da lista, então as coisas estavam fora do contesto.
Pedro se desculpa e sobe ao quarto, pega o computador, liga a
tela a parede, e começa a olhar os dados, invade o sistema da CIA e
começa a pegar nomes, quem ainda não estava detido, olha os dados e
começa a passar os dados para os seguranças da Guerra, para os
autômatos, para os satélites tentando os achar, fica ali a olhar os
dados.

Sabrina olha os dados do satélite e olha para Dallan, e fala.


— Acabam de matar o senador Thomas.
— Quem?
— Não sei, mas veio uma programação da cidade do menino, ela
está varrendo os nomes ativos, e cruzando com dados que não tenho,
lista de detidos, e começa a aparecer uma lista de nomes que nem
estão nos nossos registros como da CIA, são agentes de ação, mas é
quase uma terceirização, os nomes estão surgindo e a programação
vinda de Curitiba está varrendo cartões de créditos, câmeras de
identificação, e usando os satélites para identificar estes seres, que
nem tem os nomes reais no sistema, apenas apelidos.
— E como achamos gente invisível? – Dallan.
— Ninguém é invisível.
— O que o sistema está analisando?
— Em segundos o servidor dele, que nem sei onde fica, está
transformando a lista de nomes pagos com recursos da CIA no mundo
inteiro, e cancelando seus cartões de volumes bancários, eles querem a
identificação das pessoas, pois quando as pessoas reclamam, gera um
código, ele está com o sistema ativo nas 42 cidades que tem alvos da
lista e seus parentes.
— E o que ele pretende com isto?
— Autômatos estão surgindo nas 40 cidades, proteção de
família, parentes e possíveis vitimas.
— Agora parece o menino?

295
— É o menino, ele está acessando de sua casa, sem nem apagar
os rastros, ele não está preocupado com os rastros, está preocupado
com as vidas.
— E quantos autômatos surgiram até agora?
— Não tenho ideia senhor, ainda retomando parte das
operações, mas os relatos do congresso falam em senador e mais 12
pessoas mortas, um autômato invadiu o local, senão teriam todos
mortos.
— O que eles pretendem?
— Tentar mudar o alvo, dizer que o presidente foi vitima, o que
mais.
— Acho que o presidente não sabe com quem está mexendo.
— Ele se acha inatingível.
Os dois ficam vendo os dados chegarem, enquanto seguranças
chegam em vários lugares, mais algumas pessoas armadas foram
detidas, não sabiam se eram as pessoas certas, mas o sistema começa a
por todos em salas isoladas, em Curitiba detêm mais 12 pessoas, e
Pedro olha para os dados e fala.
— Não sei o que seria da vida sem adrenalina. – Ele olha em
volta, estava sozinho e sorri.
Ele olha os dados e olha para o espaço, algo ainda parecia o
forçar a frente, algo que ele não entendia, ele precisava de motivação e
parecia que todos queriam que ele desanimasse.
Pedro passa comando para as empresas de segurança situadas
nos Estados Unidos da América voltarem as bases, as bases recebiam
indicação para todas as viaturas mudarem os símbolos, para uma
segunda empresa de segurança, a Guerra Segurança, os rapazes não
entendiam, mas estavam tentando evitar resistência, e parecia que
nem tudo seria fácil.
Os autômatos assim que terminam de desarmar os agentes,
esticam uma porta a parede e a ativam, passam os agentes pela porta e
depois começam a sair.
Na Casa Branca, o presidente estava apenas com dois generais e
um fala.
— Não vai dar certo presidente, vai terminar de por a corda no
pescoço, estou apenas alertando para que não pule.
— Mas porque não daria certo?

296
— Sistemas autômatos que só não conseguiram salvar os que já
estavam mortos, todos os viram salvando vidas, usando uma tecnologia
que a OMS disse que não funcionava, que considerava arriscado o uso.
— E o menino?
— Em casa parando os malucos da CIA, o senhor não deu o
comando de parar, agora nem precisa mais senhor. – O chefe da CIA.
— Por quê?
— Não sei como senhor, mas ele parou até agentes na China que
não tem nada haver com o problema.
— Mas não podemos deixar este menino tomar o país, me
garantiram, você me garantiu que estava com a situação dominada,
que com a detenção do menino, que pelo jeito nem detido foi,
podíamos nos preparar para sobreviver.
— Senhor, não sei como ele saiu da pedra, temos o relato da
abordagem, mas temos de recuar um pouco, sabe que o grupo tem de
passar desapercebido nesta hora, para poder lhe apoiar.
— Eles vão me condenar.
— Eles tem de provar senhor, uma lista com nomes que foram
mortos, com uma assinatura passada via rede de computadores não é
prova.
— Mas as mortes estabelecem algo.
— Que alguém os queria mortos, e contra o senhor, tem de
entender o discurso, pois tem gente que acredita no senhor.
— Certo, mas o que faço agora?
— Se põem a disposição, diz que a assinatura no papel é fácil de
fazer, já que todas as aprovações presidenciais tem e estão on line para
analise do povo americano.
— Acha que eles engolem.
— Eles não precisam saber a verdade, mas tem de entender
senhor, alguns vão querer puxar o menino para dentro, sabe que agora
eles não tem saída, pois eles tentaram se livrar dele, o mesmo os isolou
e retomou todas as bases, até a de Orlando, dizem que o caminho de
entrada, está registrando que a rocha voltou ao lugar.
— Este menino é perigoso, mas porque ninguém consegue
provar que ele fez isto.
— Senhor, as cidades são segredo, não teria como indagar sobre
algo que não existe, sabe disto.
— E quem vai falar com o menino?

297
— Não sei ainda senhor, eles estariam detonando o menino se
pudessem, mas quem pode nos dar detalhes do acontecido.
— Alguns nem sei se estão vivos, como o comando de Los
Alamos.
— Não sei ainda senhor, os dados que pareciam ter caído
ontem, o sistema começa a retomar, mas ainda não temos tudo, mas
em pouco teremos tudo, mas porque da base em Los Alamos?
— Porque vocês querem algo de lá, não sei oque, mas se vocês
querem, alguém lá é muito melhor que seus homens. – O presidente
olhando o Diretor da CIA.
— Tem de ver que quando se falava na existência destes
autômatos, apenas um general acreditava e se esforçava para
conseguir um e entender a programação.
— Quem?
— General Dallan de Los Alamos.
— Aquele General deve estar morto, mas alguém a mais?
— A Tenente Jones, mas está é outra pessoa que o senhor
colocou nos nomes a morrerem, então não sei se estão vivos, pois ali
nem sei exatamente por onde entrar. – Diretor da CIA.
— Quer que acredite nisto? – O presidente encarando o Diretor.
— Senhor, buracos confundem, podemos enxergar em alguns
lugares, mas nem todos nos dá resultado, as bases em Los Alamos são
profundas e muito ralas, eles não se dedicam a grandes buracos, mas a
pequenos e eficientes buracos.
— E quer oque, autorização para ir lá novamente, pois tudo que
vocês queriam, parece que este menino tem em centenas, pelo jeito
me convenceram no Pentágono a Barrar o General, e não me falaram
que existia gente que estava no mesmo caminho, pois paramos eles e
alguém chegou ao ponto que ele queria chegar, e agora, como
retomamos tudo isto.
— Ainda não sei senhor, o Pentágono não está nos
respondendo.
— Como se atrevem?
— General Carter mandou deter os que estavam no nosso plano,
ele colocou todos a parede, não sei o que fez com os agentes mandado
a casa dele, mas ai temos um problema real presidente.
— Ele não tem provas, você falou isto.

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— Sim, mas ele sabe que fizemos, é diferente, ele estava na
reunião, ele sabe que foram aqueles os alvos.
Os dois olham os dados embora ainda estivessem com poucos
dados.

Pedro liga para Dallan e fala.


— Cidade limpa General, pelo menos pode ir para casa.
— Sabe que isto vai gerar problemas.
— Onde está não existe câmera, mas não pode tocar dai a vida
inteira a sede de Los Alamos.
— O que pretende menino?
— Ainda pensando General, ainda pensando.
Pedro olha para os dados vindos da NASA, se despede e olha os
dados, ele olha descrente para os dados, ele senta-se, ele marcou uma
reunião em sua casa, mas começava a pensar naqueles dados, ele
senta-se, olha para as paredes, olha para as imagens do sol, respira
fundo.
A reunião na casa de Pedro o teve em silencio, e este silêncio,
pareceu um presságio, nada bom.

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J.J.Gremmelmaier

Vamos acelerar o
Tempo
Crônicas de Gerson Travesso
33

Primeira Edição
Edição do Autor
Curitiba
2016

302
Autor; J. J. Gremmelmaier
Edição do Autor
Primeira Edição
2016
33 - Vamos Acelerar o Tempo
------------------------------------------
CIP – Brasil – Catalogado na Fonte
-----------------------------------
Gremmelmaier, João Jose
Vamos Acelerar o Tempo –
Crônicas de Gerson Travesso 33,
Romance de Ficção, 147 pg./ João 33 - Vamos Acelerar
Jose Gremmelmaier / Curitiba, PR. /
Edição do Autor / 2016 o Tempo
1 - Literatura Brasileira –
Romance – I – Titulo Cronicas de Gerson Travesso
-------------------------------- chega a 33º Capitulo, a historia se
encaminhando para o fim, uma aventura
85 – 62418 CDD – 978.426 que se espalhou por outros textos do
As opiniões contidas no livro são dos autor, mas que chega as aulas de Agosto
personagens, e não obrigatoriamente de Pedro Rosa, que levam ao universo, a
assemelham-se as opiniões do autor, esta é uma porta de casa, tudo muito impreciso.
obra de ficção, sendo quase todos os nomes e
fatos fictícios. Agradeço aos amigos e
É vedada a reprodução total ou parcial
desta obra sem autorização do autor.
colegas que sempre me deram força
Sobre o Autor; a continuar a escrever, mesmo sem
João Jose Gremmelmaier nasceu em ser aquele escritor, mas como
Curitiba, estado do Paraná, no Brasil, formação sempre me repito, escrevo para me
em Economia, empresário a mais de 15 anos, já
teve de confecção a empresa de estamparia, ele divertir, e se conseguir lhes levar
escreve em suas horas de folga, alguns jogam, juntos nesta aventura, já é uma
outros viajam, ele faz tudo isto, a frente de seu vitória.
computador, viajando em historias, e nos
levando a viajar juntos. Ao terminar de ler este livro,
Autor de Obras como a série Fanes,
Guerra e Paz, Mundo de Peter, os livros empreste a um amigo se gostou, a
Heloise, Anacrônicos, cria em historias que um inimigo se não gostou, mas não o
começam aparentemente normais, mundos deixe parado, pois livros foram feitos
imaginários, interligando historias para correrem de mão em mão.
aparentemente sem ligação nenhuma;
J.J.Gremmelmaier

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Vamos acelerar o
Tempo

Crônicas de Gerson Travesso 33

J.J.Gremmelmaier
©Todos os direitos reservados a J.J.Gremmelmaier

A novela Crônicas de Gerson Travesso


chega ao seu Trigésimo Terceiro capitulo,
em meio a tecnologia, correrias, mas
principalmente, os neurônios de Pedro
pegando fogo.

304
305
As vezes me preocupo, olho os olhos de
meu filho e não sei o que ele pensa, parece
preocupado, todos querem que ele seja adulto,
mas é apenas o pequeno Pedro.
Sei que correndo contra o tempo, as
vezes parece que dou pouco espaço e atenção a
ele, e as vezes me deparo com ele ao canto,
mas filho, se não trocar ideias, não vou
entender o que pretende, precisa, quer.
Sei que as vezes o mundo parece ir
contra nós, mas é apenas impressão, o mundo
é uma rocha que gira, ao espaço, ele não é contra ou a favor, nós que
precisamos estar conectados a ele para entender o que precisamos
fazer, mas nem sempre entendemos ele.
Sei que as coisas estão corridas em Brasília, devo estar ai no
Domingo para conversarmos, mas animo filho, a maioria não entendeu
ainda o problema, mas você assim pensativo, me deixa preocupado, se
quer trocar uma ideia, sabe onde me encontrar.
Sei que muitos se perguntam o que está acontecendo, e lhe
garanto, estamos trabalhando, não é hora de cobranças, e sim de
trabalho, vamos estender em meses, mais cabos de fibra ótica que em
décadas de governos anteriores, vamos investir em sistemas de
reciclagem de dejetos, em saneamento, em energia renovável, em
isolamento de áreas de preservação, em registro de todos os povos
indígenas no país, suas línguas, os passar por linhas médicas, para
montarmos um cronograma de preservação, pois estranho todos falarem
de salvar o mico leão dourando, e ninguém se preocupar com
comunidades isoladas de humanos, como se um macaquinho fosse mais
importante que uma família humana.
Estamos começando a erguer as torres das emissoras de TV e
Radio, e vejo que alguns me criticam, desculpa, eu tenho radio, jornal e
não vejo nisto uma ameaça, e vejo que reclamavam, mas todos querem
o dinheiro da união de propaganda.
Alguns me perguntaram se não estava envergonhado de fazer
parte deste golpe contra a democracia, as vezes temo pelo mundo que
tem medo de um governo votado.
Bom fim de semana a todos.
Gerson Travesso
Curitiba, 05 de Agosto de 2011

306
Esta crônica é para um mano, ele
parece triste, não sei, ele estava feliz ate
dois dias atrás, ontem alguns me
perguntaram o que está acontecendo,
não sei, ele parece distante, algo o
preocupou, e nem sei oque foi.
As vezes ele fala de coisas que me
assustam, coisas sobre o futuro do
planeta, sobre o quanto o humano não
se preocupa com o que lhe cerca.
Estes dias ele foi propor ajuda para uma área de
preservação, e como não estávamos no Brasil, estava ao lado e
ouvi alguém dizer, “Porque dar atenção a este estrangeiro”, as
vezes queremos salvar a diversidade, para manter as pessoas
em um mundo melhor, e nos deparamos com um bairrismo
idiota.
As vezes me assusto como podemos identificar um
estrangeiro brasileiro fora, por pronuncia, por educação, mas o
principal, por alegria, estranho dizerem que certos povos se
dizem felizes, mas quando cruzamos com eles por ai, fora de
seus mundos, eles me parecem perdidos.
Certo, o Brasil deixa as pessoas meio perdidas, mas é que
as vezes estamos pensando em como vivemos, e me deparo
com a pergunta, como salvar um planeta, que tem mais de 100
formas de viver, e se em um lugar os insetos são parte do
equilíbrio, em outros, a única comida na mesa? Se num lugar
as vacas são meio de produção, em outro, sagrados. Se em um
lugar entrar em uma casa de calçado é inaceitável, em outros,
tirar o calçado é impensável.
A diversidade os trouxe ao hoje, mas agora a mesma
diversidade nos isola, como podemos nos unir como humanos,
não precisamos nos unir como nação, mas que todos respeitem
as diversidades.
Renata Travesso
Curitiba, 05 de Agosto de 2011

307
Se a semana começou com confrontos, a sexta, anunciando o
fim de semana, encontra Pietro em Paris, olhando para Carlos.
— O que tirou as palavras do menino, o que está acontecendo?
— Não sei, a NASA segurou algum dado, eles estão refazendo os
cálculos, mas algo está errado, algo que fez Banneker parar para
pensar, eles estão olhando os dados e não sei o que pensar, não
entendo de sol Pietro.
— Nem eu, mas o que eles estão fazendo?
— Parecem preocupados se os buracos vão ficar prontos, se as
bases terão proteção por quanto tempo.
— O menino pediu algo?
— Ele quer nos encontrar amanha na base que montou no Peru,
mas que ninguém foi lá ver ainda.
— Isolado?
— Os portais estão sendo instalados, uma cidade de ligação
criada, mas ainda tudo desativado, tem de ver que ele não quer ser
invadido antes da hora, ele tem sido mais sistemático com o sistema de
montagem Pietro, parece querer algo, as cidades subterrâneas estão
maiores, cada vez mais ao fundo, mas algo me indica que o menino
está pensando, ele pediu ao Almirante Leon os dados do campo que
estão estudando lá.
— Ele quer salvar o planeta, é tão maluco isto que as vezes me
assusta. – Pietro olha os dados – Ele acha que tem obrigação em tentar
salvar o planeta.
— As vezes as pessoas estão pensando apenas em salvar a
própria pele, ele a 4 dias falava que os mundos estavam isolados, a três
dias nos passou os endereços com cidades isoladas dos planetas, mas
com condição de por 10 mil pessoas em cada.
— Ele quer a sobrevivência, ele não para em pequenos desafios,
ele se depara e enfrenta, ele mesmo sabe que tem muita tecnologia
em meio ao caminho, mas que se não tiver tempo, não vamos
conseguir desenvolver.
— Todos a volta, nos planetas infectados, estavam tão certos
que estavam no caminho certo, que nunca nem se preocuparam com
os pontos que ele está pensando Pietro, ele não quer apenas evoluir,
ele quer pular ao futuro.
— Acha que ele está pensando no amanha, mas como ele vai
enfrentar o problema?

308
— Pietro, se pensar, ele com suas bases externas ao planeta, e
na Lua, bases desta nossa empresa, que nem vimos ele abrir, mas
fomos induzidos a ir lá, olhar, dizer que fomos nós que abrimos, já é
mais do que havia de estrutura de sobrevivência quando a 2 meses ele
descobriu o problema.
— O silencio dele me preocupa.
— A todos, alguns sabem que ele está pensando, ele disse que
iria ficar na sala, que teríamos de nos virar sem ele, mas é que embora
todos falam que não pode ser ele o ser por trás desta empresa, quando
ele não aparece, todos se preocupam.

Amanhecia em Curitiba e Maria olha para Dinho e fala.


— O que ele pretende com isto Dinho?
— Não sei como encarar isto ainda, ele acha que se deixar como
está, todos que não estiverem em um buraco morrem, e todos no
Buraco, se não tiver como os tirar dali, morrem com o tempo, a maioria
nem sabe das bases, e se soubessem, entrariam em pânico, querendo
invadir locais que não estão prontos.
— Toda vez que tenho de ir a um lugar destes, me assusto, as
coisas que parecem prontas, quando numa segunda vez, sempre se
mostravam inacabadas, vendo as melhoras, como estes seus patrões
conseguem construir uma cidade, estava tentando desmascarar eles,
por achar que eram uma farsa, a poucos meses, e nem imaginava ser
possível construir uma cidade abaixo de outra.
— As vezes até eu me assusto Maria, as coisas são assustadoras,
mas como estão as coisas para hoje?
— Começa com a imprensa, me perguntando coisas que não
posso falar.
— Mas qual o problema de hoje.
— A barreira que se ergueu em todo litoral, muitos fazem
perguntas, mas o secretario de meio ambiente do estado, quer que
sobrevoemos a região hoje para explicar para ele a ideia.
— E o que pode falar?
— Aos poucos as pessoas tem de saber Dinho, não sei ainda
como o fazer, mas isto sempre me deixa assustada.
— Assustada?
— Falar de algo que parece assustar pessoas capazes de
construir a cidade que temos aos pés, a muralha ao litoral, os demais
não sabem o que pensar, mas tem de ver que narrar coisas assim são

309
assustadoras, e sei que o menino não falou tudo, não me quer em
pânico.
Dinho olha a namorada, estavam vivendo juntos, mas sabia o
que ela estava falando, o menino cresceu em importância, mas ainda
era o pequeno Pedro.

Gerson estava com o pequeno Bernardo no colo e Patrícia


pergunta.
— O que vamos fazer para ajudar Gerson?
— Não sei ainda, as bases estão sendo montadas por milhares
de autômatos, tem tanto maluco por ai, que Pedro nem parece
conseguir falar, ele parece tenso, e não conseguiu falar ainda.
— Pelo jeito algo o preocupou.
— Ou ele quer uma saída, respostas de pessoas, e tem de
esperar elas chegarem as respostas.
— Ele parece tenso, tenta o fazer falar, as vezes dividindo o
problema as pessoas conseguem enxergar uma saída.
Gerson sorri, passa o pequeno Bernardo para os braços de
Patrícia, a beija e sobe para o quarto de Pedro.
Ele bate e vê o filho arrumado a olhar os dados no computador e
pergunta.
— Quer conversar?
Pedro olha para o pai, ele parecia longe, olha para os dados e
fala.
— As vezes tenho medo pai.
— O que lhe colocou medo?
— O ter de escolher quem sobrevive, e errar nesta hora.
— Não entendi.
Pedro olha para o pai, não falara disto para ninguém, ainda
estava confirmando dados, mas os dados pareciam reais, e isto o
assustava.
— Pai, na segunda feira, as naves chegaram ao redor do sol e
começaram a nos mandar dados, estes dados, são assustadores.
— O que descobriu que o tirou a palavra?
Pedro olha os dados, ele não tinha certeza.
— Não tenho certeza pai, a NASA desde a terça não fala disto,
pois eles estão refazendo os cálculos, todos nós falávamos em uma
linha de proteção de 44 horas, tentando somar outras linhas, mas os
dados que chegaram, dando a massa do Sol, estabelecem que o sol

310
consegue formar uma ejeção de massa coreana de até 120 horas, este
é o máximo, o dado que eu queria, mas que me assusta.
— Esta dizendo que tudo que montou não aguenta?
— Não disse isto pai, mas lembra que falava em 79 horas, tudo
que estivesse fora da proteção, estaria perdido?
— Sim, então está pensando e refazendo os cálculos, mas o que
pode gerar isto, porque selecionar?
— Pai, moralmente falando, é melhor perder gente para o sol,
do que ter de ver gente comendo carne dos demais, dizem que isto é
triste, e algumas partes da sociedade já o tiveram de viver, mas não
gostaria de passar isto em um buraco.
— Pensando no futuro? Sei que tem parado de sorrir, muitos
estão preocupados, lembro da reunião que montou na Terça, e mal
ficou, parecia querer reunir as pessoas e pelo jeito se deparou com
estes dados no dia?
— Sim, mas algo me indicava que isto que tinha de descobrir,
pois não nos adianta montar coisas com resistências para 60 horas, se o
problema for de 120 horas.
— E não vai dividir isto com ninguém?
— Pai, eu não achei uma resposta, estou com dois milhões de
mentes pensando nos problemas, mais 20 milhões de pares de mãos
autômatos montando os planos, serão meses corridos, e me deparo
com os cálculos, e não consigo ainda decifrar isto.
— Tem de dividir isto.
— Assim que a NASA confirmar os dados, eles devem confirmar
hoje, mas teremos novamente problemas, mas novamente vamos a
correria pai.
— E as aulas?
— Depois que conversei com o pai de Carla, a menina parece ter
parado de fazer aquelas insinuações, para algo serviu terça.
— E fez a contagem de esperma?
— Sim, não é meu pai, mas não preciso dizer isto abertamente,
apenas as pessoas certas, querem falar mal, falem.
— Parece não querer o peso, mas vejo que tem algo errado.
— Sim, tem algo que não adianta explicar, não faz parte de
minha vida nesta realidade.
— Falando diferente.
— Pai, sei que devo estar chato, mas as pessoas continuam
esperando que dê a solução, eu não a tenho ainda.

311
— E se durar 120 horas, o que seria este evento?
— Não sei pai, as vezes fico pensando no problema, mas tem
hora que deveria apenas ir a aula, e dar tempo ao tempo, mas se faltar
tempo no fim?
— E como seria se tivesse de selecionar?
— Não seria minha função selecionar pai, e se me colocassem
para fora na seleção, sabe que eu aceitaria, mas enfrentaria, mas como
seriam com famílias inteiras que não tem como enfrentar?
— Mas pode ser um evento menor?
— Sim pai, pode, assim como pode ser muito menor, e nossa
atmosfera apenas a desviar sem problemas, mas quando
estabelecemos os cálculos era para nos preparar para o máximo, as
vezes esqueço que se não quer saber, não peça as coisas, queria o valor
e agora tenho, e não estou conseguindo parar de pensar nele, é algo
que entra na gente e não é fácil tirar.
— Não foi você que animou os demais antes? O que mudou
filho.
— Pai, eu não animei ninguém, eu fiz perguntas técnicas que
fizeram as pessoas pensar, enquanto elas pensavam sobre o que falei,
abri buracos, dei estrutura, então ninguém parou para pensar no
problema, pois eu não dei chance de pararem para se lamentar, mas
agora preciso ir a frente, e não posso passar o que estou sentindo,
então estou quieto, as vezes é melhor que entrar em pânico.
— E vai fazer oque?
— Pai, os buracos agora mais que antes tem de ficar pronto,
então estou acelerando, acertei em fazer as coisas por buracos abertos,
pois poderíamos perder as conexões por calor, o que for na superfície,
teremos de proteger.
— E acha que a noite de 44 horas as plantas aguentam?
— Acho que existe o risco de morrerem algumas espécimes, mas
não temos como poupar elas, estamos captando placas, para colocar
na parte baixa das naves, para termos dia e noite, em algumas cidades,
mas mesmo isto é demorado, pois uma vez colocada as placas, temos
de as manter na Terra, pois a reentrada as mataria, então ainda
estruturando o que não tenho tempo para estruturar, mas quero
pronto.
— E o coração?

312
— Pai, meu coração é estranho, sei que as vezes as pessoas
podem me achar frio, calculista, atirado, mas meu coração está bem,
muito bem.
— E vai a escola?
— Sim, as vezes tenho de tirar os olhos dos dados, estou
esperando a NASA confirmar, mas se tivesse errado, eles já teriam
anunciado.
— E como não entrar em pânico?
— Pai, acho que pânico não ajuda em nada nesta hora, sei que
pareço pensativo, mas é por achar que tem como se enfrentar, mas a
pergunta que me faço é como? As coisas estão caminhando, mas ainda
quero tentar ficar longe do foco, mas é difícil, todos querem uma
posição, e estou segurando os dados, mas quero entender cada
segundo do evento, mas primeiro vou ao desafio, depois a
sobrevivência, e se passarmos por isto pai, ainda assim, teria a maior
empresa de energia do mundo no momento seguinte que acontecer, a
Rosa’s será a primeira a conseguir colocar os satélites no espaço,
devolvendo as comunicações, teremos o maior exercito do mundo, mas
nada disto me importa se não tiver conseguido salvar as pessoas.
— Ouvi muitas vezes que você não pode comandar uma
empresa assim, pois é uma criança, ouço isto todo dia filho, mas sabe
que não entendo de nada disto, você conseguiu montar uma empresa
que põem as pessoas a olhar sem entender o que você faz, sei que as
vezes fico a olhar e babar filho, mas vim conversar para saber se está
bem, as vezes seu silencio nos preocupa.
Pedro clica no desligar, levanta-se e abraça o pai.
— Sei que aprontei demais, mas nem eu sei o que aprontei ao
todo, mas não fala para eles.
Gerson abraça o filho, ficando ali abraçados, até descerem para
o café da manha.

O general Carter chega a Los Alamos, olha os contingentes


postados e entra na parte da base que os demais nem conheciam,
junto com ele vinham alguns generais.
Dallan olha para Sabrina e fala.
— Espera na parte de baixo, monitorando a reunião.
Ela olha para ele desconfiada, mas olha um autômato entrar
vindo da parte baixa e lhe alcançar um colar e falar sem olhar aos
olhos.

313
— Um presente da Rosa’s para momentos especiais.
Dallan olha o cordão, a proteção, Sabrina olha para o comando,
desliga os monitores e desce para a parte de observação, não era a
parte que ela usava normalmente, mas pelo menos estava conseguindo
testar o jogo.
Sabrina liga os comandos e olha para o general colocando o colar
pela câmera, sinal de medo, Dallan não costumava usar estas coisas,
mas entendera que as coisas estavam fora do normal.
O general Carter entra e olha para Dallan sentado, um militar o
anuncia, e os demais entram juntos.
— O que traz sedo até nossa base general Carter? – Dallan.
O general apresenta os demais e pergunta.
— Podemos conversar General, não sei ainda em que lado está,
alguns me apontam como um aliado do menino, que muitos ainda
acham perigoso.
— Se eles “acham” – Dallan ressaltando a palavra – que o
menino é perigoso, sinal que não entenderam senhor, nada.
— Porque, não o acha perigoso. – Um outro general.
— Senhores, o menino é perigoso, pensa que os nomes aqui
foram parar em uma lista de extermínio, somente depois da CIA
confirmar que o menino estava morto, o presidente não passaria a
autorização se soubesse que o menino não estava morto.
— Mas então porque é contra o deter? – Carter.
— Não sou contra o deter senhor, eu sou pela liberdade.
— Não entendi. – Carter.
— Ele tem direito a viver senhor, quem tentou o matar foi a CIA,
o exercito nosso, o exercito Frances, Britânico, Brasileiro e Israelense,
ele apenas se defendeu, todos sabem disto, se recusando a morrer,
mas ele foi o único ser que teve a coragem de gastar toda sua fortuna
para salvar vidas, a pergunta, porque o matar antes dele terminar de
fazer o que pretende, salvar a vida de vocês, minha, dele.
— Sabe que afirmam que ele pode ter matado mais de mil
agentes da CIA, Americanos, não podemos deixar isto como está. – Fala
um dos generais, Dallan olha para Carter e fala.
— As vezes o menino deveria pensar antes de salvar merdas com
farda senhores, pois se estão vivos, não foi porque o exercito os salvou,
provavelmente para cada um vivo nesta sala, tem um agente da CIA
morto, mas se queriam morrer, porque não pouparam a vida dos
agentes, se matando antes.

314
O tom de Dallan não foi amistoso, Carter sabia o que passaram,
viu sua família protegida por autômatos, vivos por isto, agora queriam
o comando, generais com medo, sempre são mais perigosos que
generais normais.
— Tem de entender General, não aceitamos traição. – General
Homer.
— Aceitam ser condenados a morte, e querem chamar quem
ajudou a não morrerem de traidor, entrega a farda Homer, pois deve
estar cagada, Exercito é para homens, não para cagados.
Dallan olha o senhor aos olhos, se ele falara alto com um
presidente, porque teria de se conter com um general.
Do lado de fora, uma conjunto de autômatos verdes, desarmava
os soldados e os colocava em uma sala interna, distante dali o
aeroporto, se fechava para aterrisagens com dois cargueiros colocados
atravessados na pista simples.
A base antiga, estava sobre reforma a 2 dias, mas estava mais
ampla, mais profunda, e com um adendo direto para a cidade
subterrânea que surgira por baixo da região, a 120 metros de
profundidade.
— Sabe que vamos tomar esta base de você Dallan, e vai a
julgamento por traição. – Homer.
Dallan olha para Carter, ele salvara o senhor e este estava a lhe
trair, por quê? Os pensamentos de Dallan procuravam uma resposta ao
que estava acontecendo.
— Tem de entender que o Pentágono não é a favor da
sobrevivência do menino, ele é perigoso.
Dallan olha para Sabrina subir, as costas dela dois rapazes
armados, pareciam militares, e pergunta.
— Tudo bem?
— O problema general, é que eles acham que entenderam o
problema como um blefe, pois a NASA não parece reagir aos dados
vindos do sol, eles acham que não vai acontecer.
— E porque eles não respondem?
— Estão refazendo os cálculos da massa do sol, e diante disto,
estão numa curva de calculo, não entendo de sol para saber, algo sobre
limites baixos para super explosões, alto para hiper explosões.
Os olhos foram aos de Carter.
— Se sou o traidor, e se vou morrer, que seja... – O general olha
os demais aos olhos - ...mas se fosse todos vocês, começava a rezar

315
para minha condenação, pois se me absolverem, podem ter certeza,
vão ter um inimigo para sempre, é fácil matar vocês em campo, é só
não alertar dos perigos a frente.
— Nos ameaçando? – Carter.
— Falo na frente general, não pelas costas, para mim generais
que não se pode dar as costas, não servem para o exercito, agora
entendo porque um menino de 13 anos, passou todos para trás, ele
não dá as costas a ninguém.
As entradas da base se fechavam lentamente, enquanto os
generais não entendiam o local onde estavam.
Sabrina olha para Dallan e fala.
— Temos de nos proteger general, eles sinalizaram estes dai
para saber onde fica a base local.
— E o que recomenda?
— Voltamos a outra base, e os deixamos ai.
Carter olha para Dallan, pareceu olhar em volta, olha para o
corredor que entraram, não se via o corredor, abre a porta e vê a
entrada ao fundo fechada e grita.
— Vai deter generais do exercito?
— Eu fiz alguma coisa senhor? – Dallan olhando o senhor que
puxa a arma e aponta para Dallan.
— Acho que não entendeu, vamos os levar ao Pentágono e
assumir esta base. – Carter.
— Que base, esta daqui, não lhe falaram, é uma base
emprestada, não é do exercito Norte Americano.
— De quem é esta base? - Homer.
Dallan vê o senhor apontar uma arma para Sabrina e fala.
— Podemos dizer que ofereceu resistência. – Homer atira na
Tenente Sabrina e olha para a bala parar, a frente dela, Sabrina pega a
bala e fala.
— Desculpa não morrer general, mas acaba de me convencer a
liberar os 12 agentes da CIA de Nevada, não serei eu que matarei sua
esposa, sua filha e suas duas netas, e nem o senhor, estávamos os
segurando, para não haver mortes. – Sabrina olha para Carter e fala – e
se quer o mesmo para sua esposa e filhos, da próxima vez não corre
para nosso lado, vai para casa, nos poupa trabalho.
— Não pode ser a favor de nossa morte? – Carter.
— General, você e estes as costas, autorizaram esta merda do
Homer me matar, pedimos para ensinar os demais a programação, e

316
mandam alguém para nos matar, mortos não são a favor de nada,
considere-me um aliado morto em campo, pois sabe o que fez.
Dallan olha os dois seguranças as costas de Sabrina puxarem as
mascaras de borracha e um falar.
— Quem caminhar a frente, não morre na sala. – O autômato
apontando uma submetralhadora para o grupo.
O segundo olha para Dallan e fala.
— Pode os deixar com a gente, a base está isolada, o autômato
de serviço mostra a passagem para a outra base.
Dallan olha para Sabrina e saem pela porta enquanto os generais
eram levados a uma sala de detenção, aos gritos de que teria volta.
Um autômato de serviço, aponta uma porta e atravessam,
Sabrina olha a base normal que usavam e fala olhando para Dallan.
— Encrencados?
— Eles só correram para nosso lado por medo de morrer, pois
eles nos queriam mortos mesmo.
— E faremos oque general?
— O que quer dizer com aquilo do sol?
— Hiper explosões podem durar até 120 horas senhor.
— Por isto do silencio, eles estão pensando se vale a pena
enfrentar, pois uma coisa é saber que dura 2 horas a mais, outra coisa,
60 horas a mais.
— Mas porque da reação ali senhor, eles não deveriam querer
nossa ajuda para resolver isto?
— O dinheiro muda de mãos, com afirmativa de que mudaram
os a ser salvos, oferecem a eles e viramos alvo.
— Eles são generais ou oque General Dallan?
— As vezes nos prendemos a olhar a ameaça e não olhamos os
aliados, mas alguém está olhando, e me explica, o que quer dizer
aquela placa ali a frente?
Sabrina olha a placa de sala de jogos, os dois entram e veem as
baias de jogo na parte baixa, olham a sala toda cercada pela base,
olham em volta e Dallan fala.
— Ele ampliou esta base?
— Pelo jeito, mas o que não entendo senhor, é porque nos
matar, o que eles querem esconder?
— Eles não entenderam a manobra do menino, acham que tem
satélite, tem as informações, e somos pessoa que sabem do problema,
então alvos.

317
— Não justifica senhor.
— Sei que não justifica, mas pelo jeito eles até repintaram as
paredes – Dallan olhando o local, olha o prospecto a parede, e olha
para Sabrina, que olha e fala.
— Uma base com sistema de descompressão na parte alta,
reformada e isolada, rocha entre nós e a superfície, uma placa de 12
metros de rocha, uma base de mais de 20 andares de profundidade,
com adendos para os projetos que estamos desenvolvendo aqui.
— O menino, ou a empresa, assumiria uma base nossa, e
ninguém nem saberia que eles assumiram Tenente, eles estão com
mais pessoas a cidade no projeto deles que nós aqui, que estamos nisto
a mais de 60 anos.
— Duvido da empresa em si senhor, mas acredito que o menino
assumiria e ninguém olharia antes dele se mostrar.
— Acha que isto é obra de um menino, ele não conseguiria?
— Senhor, ele não usou uma simples pessoa para nos dar apoio
na operação ali atrás, então nós e ele sabemos da operação, pois aquilo
eram autômatos programados, nem sei se eles saberiam quando
aconteceria, ou foram programados para se acontecesse.
— E acha isto normal Tenente?
— Isto me gera medo do menino, mas assim como eu tenho
medo, todos que olham as coisas, tem medo, mas estranho quando as
pessoas se voltam contra quem lhes garantiu a vida, eu temo o menino,
mas o respeito, eles temem, mas parecem não querer dever nada a ele.
— Terei de me inteirar do tamanho da base que toco Tenente,
pelo jeito teremos nossas pesquisas em espaço apropriado.
— Um dia peguei uma transcrição do menino, que dizia que teria
de salvar o planeta, pois tinha claustrofobia, ele realmente parece não
gostar de lugares apertados.
— Devemos nos preocupar com os senhores ali atrás? – Dallan.
— Eu os deixaria ali esfriando a cabeça, mas sabe que eles vão
odiar cada dia que passarem lá.
— E se os soltarmos eles nos prendem.
— Acho senhor, que eles não sabem o que está acontecendo,
deixa sair os resultados finais, os dados do sol ainda estão chegando,
mas acho que o silencio do menino, é por achar que conseguia provar
que o problema era menor, e se deparou com um problema grande.
— Acha que eles acalmam com os dados reais?

318
— Não seremos nós que os soltaremos senhor, ninguém viu eles
aqui, a base está parada, a cidade isolada, sabe que os funcionários da
Rosa’s na cidade já alertaram todos os demais, somos das poucas
cidades do planeta que tem lugar para todos, e com mantimento para
10 anos, o menino está acelerando em outros pontos, pois este está
pronto.
— Eles nem imaginam isto.
— Desconfio que não senhor, eles querem os dados dos
satélites, mas ignoram a linha que vem os dados.
— Acha que aguenta a 120 horas?
— Os laboratórios dele, estão estudando resistência de
materiais, e sistemas de descompressão, 120 horas é algo impensável
até este instante.
Os dois vão verifica os corredores, antes da liberação, estavam
em uma base imensa, ampliada e vazia.

Pedro sai no intervalo e olha para Rita parar a sua frente.


— Não vai me contar o problema?
Pedro tenta um sorriso, parecia pesado para ele, as coisas não
estavam normais, estavam lhe tirando o sorriso.
— Nada que possa dividir com muita gente Rita, não antes de ter
certeza.
— Só me confirma que não é pessoal.
— Rita, tem haver com o sol, tem dados que me assustam, as
vezes acho que tenho medo, neste momento, me seguro para não
entrar em pânico, mas tenho de ter certeza antes de falar.
— Pelo menos não tem haver com aquela Carla.
— Um dia entenderei o que a menina pensa, ou não, mas está
linda, desculpa não estar em clima de aula, acho que tenho de estar
aqui, mas queria estar a correr o mundo.
Os dois se abraçam, embora era evidente que Pedro estava
longe.

Banneker olha Frank Bonn, mestre em cálculos, ele chegava com


o prospecto e olha para ele, parecia meio perdido.
— Pelo jeito a confirmação não foi boa?
— Senhor, os cálculos são assustadores, nosso sol tem erupções
de acordo com seu movimento interno, mas diante do calculo que
todos estão olhando, ele vai proporcionar uma super erupção, ou não

319
acontece, ela se extingue por si, ou ela será superior a 90 horas,
podendo chegar a 120 horas, isto é uma hiper erupção, refizemos os
cálculos, mas o problema, podemos ignorar acreditando que não vai
acontecer, que ela vai se extinguir internamente por falta de força, ou
ela vai explodir, se a duração for inferior a 90 horas, o sol por si, segura
a erupção e não acontece nada, se acontecer, algo assustador senhor.
— Tenho de narrar isto a alguém, e não sei a quem, pois o
governo tentou que não olhássemos isto, não sei ainda quem podemos
confiar, já que estamos isolados para trabalhar, nem sei o que será de
nós no fim da crise.
— Senhor, estamos fazendo o certo, sei que muitos estão
assustados, mas menos do que presos em um prédio no Pentágono
para não falar com ninguém.
— Põem os dados o mais preciso que conseguir para mim em
um arquivo, quero ver se consigo trocar uma ideia com o CNES, e ver se
teremos uma solução, pois 120 horas, é o fim do que não estiver
protegido na superfície.
— Os cálculos confirmam que estaremos do lado do sol que vai
receber esta leva de calor, vai atingir a nós e a Vênus, não sei o que
fará a Vênus, mas vai mudar tudo, Mercúrio e Marte estão mais
afastados, mas em 120 horas, atinge parte do anel de asteroides, os
que forem gelo, vão se desfazer senhor.
— Uma mudança na estabilidade de nosso sistema, temos de
cuidar com mais alguma coisa?
— Sim, existem rochas que não catalogamos ainda, pelo menos
acreditamos existir, que tem em seu interior agua, e rocha a sua
superfície externa, estas rochas podem se tornar misseis, se o interior
descongelar e impulsionar no sentido oposto.
— Temos de nos preocupar com isto também, este problema
parece cada dia maior.
Um rapaz passa os dados atualizados e fala.
— Senhor, se estes dados forem confirmados, muitos querem a
opção longe do planeta, ninguém quer estar aqui na hora do
acontecido.
— Sei disto, mas não temos como fugir antes, então temos de
verificar como vamos fazer, pois os dados podem ser menosprezados, e
tudo acontecer, ou podemos gastar fortunas, e nada acontecer.
— Acha que vão reter os recursos? – Frank.

320
— Minha preocupação é que a Rosa’s corte os recursos Frank,
pois estamos sobre proteção deles.
O rapaz que entrara, com os novos dados de nome John fala.
— O governador vem ai a tarde Banneker, não sei o assunto?
— Uma proteção geral para a Florida, pelo que entendi, o que o
menino achava ser precaução, pode virar inútil, mas não é hora de os
por em pânico, temos de segurar as informações John, pois temos de
ter gente trabalhando, temos nossos lugares para ir, mas não queria
ver este planeta morrer.
— Eles lançaram uma vela espacial a 2 horas senhor, eles não
param por estes detalhes lógicos da presidência, eles estão se
esforçando, mas ainda não entendi o problema.
— Esta empresa entrou na ativa há uma semana, e temos
acordos no planeta para fazer buracos, dar apoio, mas o principal,
temos os dados que levaríamos décadas para erguer sobre o sol,
estamos ainda estudando o problema, mas agora com dados, que
normalmente levariam décadas para levantar, mas se o menino
pensava que isto acalmaria os cálculos, temos de cuidar para não nos
perder nele.
— Acha que ele vai apoiar senhor? – John.
— Não vi ninguém mais montar bases de sobrevivência, achar
lugar na lua para um grupo grande de pessoas, e ainda abrir caminho
para longe, todos nós sabemos de coisas John, que o planeta vai
ignorar por séculos, imagina que podemos estar perto da extinção da
sociedade planetária aqui, e um menino, com uma empresa nova, de
meses, nos mostra que podemos sobreviver e tentar em outros 10
endereços, podemos estar começando a ampliar o que ele queria fazer
com calma, o espalhar da espécie humana pela galáxia.
— Sabe que para mim parece muito fantasioso esta historia de
planeta distante. – Frank.
— Todos achamos Frank, mas não posso negar que uma coisa
esta Rosa’s sabe fazer, avançar sem olhar para trás, avançando quase
que constantemente ao futuro.

Gerson chega a Brasília e olha para o ministro de Infra Estrutura


e fala.
— Vamos lá, lhe mostro, sei que muitos duvidam disto.
O senhor olha para Gerson e pergunta.
— Mas não reservamos passagem aérea.

321
Gerson sorri e fala.
— Temos de conversa serio senhor. – Gerson olhando o senhor
Jobim.
— Sabe que não gosto de você, você é pior que aquela Gleisi, os
dois do mesmo estado, já me cheira mal.
— Senhor, não serei eu que aparecerei, eu apenas vou fazer
acontecer o que conseguir, mas lhe mostro parte disto, parece que
ninguém entende mesmo antes de ver.
O senhor falou com o assessor que sairia, estava pensando que
Gerson tinha um jatinho fretado.
Descem a garagem, o senhor estranha, pois foram a uma porta
ao fundo, e desceram por um elevador, o senhor ficou olhando
assustado até abrir a porta e caminharem ate a praça central, ele olha
aquilo e olha para cima, céu azul, sabia que não estava em Brasília pois
o ar era mais úmido e fresco.
— Isto que estão escondendo?
— Senhor, esta parte não ficara visível se não for necessário,
mas o governo local terá um local para continuar em grandes crises.
Os dois caminham até uma plataforma, o senhor entendeu que
quando entraram, não se viu mais a cidade, as laterais ocultavam a
cidade a volta, fica apenas com a imagem de um trem, entram nele e
vão ao vagão frontal, onde um rapaz fala em um português estranho,
viram que era francês pelo sotaque.
— Mostro o inicio da obra.
O senhor olha o trem as costas, estavam falando em algo já
funcionando, estranhou, mas entrou, ele avança lentamente para
frente, parando em uma estação, o rapaz olha para eles e fala.
— Esta estação está cercada de tapumes na parte alta, mas
estamos na praça dos três poderes, quer dizer a 52 metros abaixo da
praça dos três poderes.
— Esta falando que vamos ter um trem ligando este lugar a
quantos lugares?
O rapaz sai e mesmo Gerson olha admirado, estavam colocando
placas, mas estava ali pelo menos 20 saídas de tuneis em um grande
buraco que começava a ter acabamento, se olhava a parte alta e
parecia o céu, mas sabiam ser as placas, olham os demais tuneis, se via
o grande intervalo central, algumas lajes suspensas onde se via as vias
de passagem, e para baixo outras.
— Quais vamos inaugurar? – O senhor olhando que era serio.

322
— Vamos unir Brasília via trem rápido, com todas as capitais,
começamos com Salvador, para falarem mal senhor, dai quando
inaugurarmos o inicio da obra em Curitiba, eles vão ficar confusos, mas
ainda vão falar de exclusão de certos estados, dai vamos inaugurar
Cuiabá para provocar e depois vamos inaugurar Santos, pois terá
passagem em São Paulo, mas vamos provocando eles para que falem
mal, mas falem da estrutura.
— O que mais quer mostrar?
Gerson olha para o rapaz e pergunta?
— Como está a segurança.
— Boa, testada, tivemos problemas em Januária, mas já
contivemos o vazamento.
Gerson volta para dentro, o senhor entra olhando em volta,
estava pensando que iriam apenas iniciar um projeto, mas viu quando
o senhor ligou o trem rápido, ele muda de plataforma, passando por
uma parte interna, estavam na parte de chegada, agora se colocam em
uma plataforma de embarque, se via as áreas bem espaçosas, e o rapaz
começa a acelerar o trem e fala.
— Esta linha vai a Januária, primeiro ponto de interligação, 366
quilômetros de túnel, a velocidade do veiculo chega perto de mil em
emergência, vamos a velocidade de verificação, um terço da velocidade
máxima, mas assim testamos o túnel e as estruturas.
— Esta dizendo que vamos de trem a Salvador, mas qual o
tempo?
— Em uma hora estaremos em Januária, o sistema baixa a 120
metros de profundidade, depois disto indo dai no sentido de Vitória da
Conquista, onde temos o segundo entroncamento, mais uma hora e
meia, Cachoeira mais uma hora, 16 minutos depois, centro de Salvador.
O Senhor olhou incrédulo, mas Gerson foi a frente, e ligou o
sistema de verificação do túnel, o senhor viu que estavam testando
algo, não iriam falar que fizeram, iriam inaugurar algo revolucionário, e
o ministro pergunta.
— E quantos daqueles corredores estão prontos.
— Porto Alegre está acessível, Rio Branco via Cuiabá está
acessível, Manaus está em fase de acabamento, Macapá está em
acabamento, até Belém já está pronto, Santos está em fase de
Acabamento, Rio em fase de implantação, Assim como Vitoria com
passagem em BH está em fase de implantação.
— E como vamos administrar isto?

323
— Empresa Brasileira de Transportes Ferroviários, ninguém da
iniciativa privada tentou fazer, quer dizer, fizemos, mas eles não
precisam saber, e estamos gerando uma forma de transporte que não
existe no mundo, estamos senhor, fazendo um investimento no valor
do PIB nacional, em transportes, então obvio, se perguntarem de
custos, nunca vamos aos valores reais. Vamos ter de pensar em
discursos.
— Mas qual o tamanho da rede de transportes?
Gerson puxa uma imagem e coloca no monitor.

— Se reparar, a empresa não está pensando apenas em trens


locais, mas vamos começar pelos locais.
— Pelo jeito estavam pensando nisto a muito tempo.
— As ideias de uma criança, meu filho, são assim ministro, ele
não tem limites, ele pensa em integração quando os demais em
bairrismo.
324
— E pelo jeito vou inaugurar alguns destes pontos?
— Estamos ainda falando com o presidente Peruano, com a
presidente Argentina e Chilena, estamos falando com o Mugica, e
alguns vizinhos, ainda em fase de implementação, mas tem de ver que
a inauguração de uma linha ligando Lima no Peru com Brasília, é uma
obra que os dois presidentes ganham em marketing.
— E vão fazer acontecer mesmo?
— Vamos, sei que muitos não gostam de mim ministro, mas não
vim para a parte fácil, pois deve entender a complexidade de um
projeto deste, mas se conseguirmos implementar, estaremos com
sistemas de proteção, para pensarmos no futuro senhor, as vezes os
dados nos apavoram, mas teríamos duas opções, ficar chorando e
torrando o que temos, ou investir todos os recursos para nos darmos
bem.
— Um investimento pesado, e qual o custo disto na inflação do
país, já que de algum lugar saiu este dinheiro?
— As vezes queria entender de economia, como entendo de
jornalismo, vocês falam coisas que fico boiando, mas esta parte não
vou me preocupar.
O senhor olha a marcação de onde estavam, e imagina a leva de
pessoas fazendo o caminho, encurtando distancias.

Pedro olha para Rita a lhe esperar na saída, ela estava insegura,
o menino queria estar pensando nas filhas e estava pensando no
futuro, distraído em meio a cálculos e ideias que não conseguia ver
como reais, ameaças que não via como reais, e outras como
inevitáveis.
Ele abraça Rita e sente alguém lhe abraçar pelas costas, sente o
beijo no pescoço e soube que era Carol.
— O que pretende fazer hoje? – Carol.
— Não sei, ver alguém mudar para a casa ao fundo.
— A mãe nem tem ideia do tamanho daquela casa, ela viu
rapidamente, o quarto do casal da casa, dá meio apartamento nosso na
Agua Verde.
— As vezes tenho de me convencer que estão bem, mas algo me
diz que este fim de semana vai ser agitado.
— Problemas?

325
— Salvamos alguns, estes se aliam a um presidente quase
afastado, e pedem a cabeça de um menino, aquele Pedro Rosa – Pedro
tirando sarro – que não para de fazer confusão por lá.
— E não sabe mesmo o que vamos fazer, parece longe, triste, o
que podemos fazer para lhe fazer sorrir? – Rita.
— Tem um protetor solar fator 10 bilhões, aceito a saída.
— Queria lhe fazer relaxar, mas parece que somente quando
passarmos por isto vai relaxar, não temos como acelerar o tempo, e
não temos como evitar, que tal pularmos o tempo? – Carolina.
— Queria poder pular, mas não adiantaria, pois iria para um
futuro que nem sei como vai estar, pular daqui para um chão fervendo,
em ebulição, não me parece uma boa ideia. – Pedro termina a frase e
fica a olhar para Carol, ele pensara em algo que o fez sorrir.
Os carros param a frente e Carol fala.
— Me daria uma carona para minha futura casa?
— Vamos, quem sabe descobrimos uma cozinha com almoço no
caminho. – Pedro.
Renata chega da parte interna e fala.
— Vamos, acho que hoje não estou legal, parece que os cheiros
estão me revirando o estomago.
Rita e Carol sorriram.
Ao longe Sandra olha para Carla e pergunta;
— Não vai continuar no ataque?
— Ele sabe que não é dele, acho que no meio de tudo isto, terei
de chutar quem é o pai, odeio isto. – Carla.
— Ele parece abatido.
Carla olha para Pedro entrando no carro e fala.
— Hoje está melhor, terça parecia tão longe que todos
estranharam, ele pelo jeito descobriu algo que não queria, mas como
está sua mãe Sandra?
— Ela não sabe o que fazer, o menino tem um escritório de
advocacia, enquanto nós temos de pagar advogados, meu pai está em
casa com determinação de não sair a noite, fins de semana em casa e
qualquer viagem tem de pedir permissão para a policia.
— Não entendi até hoje porque seu pai fez aquilo?
— As vezes nós geramos tantas complicações que acho que ele
quis me afastar da família, eu estava me jogando para o lado de Pedro,
e parecia que o mesmo só falava em bilhões, acho que meu pai não

326
pensou, recebeu a proposta, tinha de dizer sim ou não, mas parece não
ter pensado, as vezes ofertas com muitos zeros não nos facilitam.
Carla olha o carro se afastando e pergunta.
— Acha que ele está bem?
— Ele lhe fisgou pelo jeito.
— Acho que ele é especial, eu forcei, minha mãe falava em o
afastar, a irmã dele entrou na brincadeira, mas ele é quente quando
quer ser quente, mas não sei se saberia olhar ele em meio a tantas
mulheres, sei que sentimentos e intrigas se criam aos montes.
Sandra lembra do menino e apenas sorri, aquele sorriso
malicioso fez Carla olhar com ciúmes.
Pedro chega na casa no Tingui e olha para o caminhão de
mudança nos fundos, a casa estava quase toda mobiliada, não sabia o
que tanto trouxeram, mas estavam em meio ao mesmo terreno agora,
ele olha para Rita olhar para a casa, lhe abraçar e falar.
— A confusão esta começando meu Pedrinho.
Pedro sorriu e a beijou, olha em volta e fala.
— Saiba que não estou triste, apenas pensativo, mas é que as
vezes queria saber pensar em tudo, as vezes paramos em um
pensamento, e enquanto não nos livramos dele, não conseguimos
avançar.
— Algo que lhe cala, e não quer falar?
— Rita, se o evento for inferior a 90 horas, a massa do sol, não
deixa ele ser ejetado ameaçadoramente, somente uma super erupção
de massa sai como o calculado, então se acontecer, vai ter uma
duração entre 90 e 122 horas, eu não sei o que fazer.
— Os buracos aguentam?
— Sim, mas se perderia o planeta, preciso projetar uma arca de
Noé, para salvar as espécies, uma arca de sementes, pois teremos de a
enterrar, para ela sobreviver, a que projetamos não aguenta este
tempo exposto, então são milhares de ideias, mas se não daria tempo
para 15 meses, pensando em 60 horas, os 15 meses se mantem, mas
agora tenho de pensar em 122 horas.
— E fica a olhar para o infinito tentando adivinhar, não é você
que diz que olhar o infinito não dá resultado, apenas mais duvidas?
— Sim, mas terei de olhar alguém aos olhos e isto não é bom, eu
pensei em uma ameaça, e tenho de falar com todos, mas tenho de ter
certeza dos dados.
— E quando vai ter a certeza.

327
— Deve estar no servidor, é que eu não teria como assistir aula
pensando nisto, então não me conectei, hora de trabalhar.
Rita o beija e fala.
— Se cuida.
Pedro sorri, a beija novamente, se despede e entra em casa.

Banneker estava a olhar os dados quando viu o recado de Pedro


Rosa, olha para Frank.
— Vamos ver o caminho que vamos seguir, algo me diz que
vamos avançar em algum sentido.
O rapaz não entende, mas esperava ver os financiadores daquilo,
poucos ainda conheciam o menino.
Banneker olha os sistemas e olha para a uma porta do fundo e
vê Jean-Ives da CNES, e logo em seguida o Almirante Leon.
— Bem vindos, algo de novo?
— O menino marcou aqui, não sei o que tem para nós, dizem
que o menino está quieto demais. - Jean-Ives.
— A massa do sol estabelece que se acontecer, vai ser pior do
que calculamos.
— Tem chance de não acontecer? – Almirante.
— Sim, muito baixa a probabilidade, os dados confirmam a curva
de direção, mas a massa do sol estabelece que qualquer evento com
massa inferior ao que seria uma explosão de 90 horas, o sol em si
segura a explosão, mas os cálculos apontam para uma hiper explosão,
então teremos o problema, data confirmada, mas algo que pode
demorar entre 90 a 122 horas. – Banneker.
Jean-Ives olha para o almirante e pergunta.
— Como estão os dados dos campos de proteção?
— Estamos estudando, temos um sistema na Lua, mas uma coisa
é defender uma pedra morta, outra algo que evapora, que sobre alta
temperatura gera reações nas nuvens, nos rios, mares, terras úmidas,
terras secas, pois as terras mais secas do planeta, tem humidade, as da
lua, não a tem.
— Mas como está a proteção?
— Temos os testes durante o dia dispostos ao sol sem
atmosfera, resistência boa, e uma capacidade de isolamento sem
precisar se programar o que fica para dentro, é um campo de energia,
não como os campos normais, mas o campo tem seus limites, ele

328
absorve energia, e vira mais mortal em certos ambientes que o próprio
sol. – Leon.
— Mais perigoso? – Todos olham para a porta, ouviram aquela
voz, o menino aparecera, viram que pela mesma porta surgem Pietro,
Carlos, Paul, Call, e alguns técnicos.
Leon olha para o menino e pergunta.
— Vai manter os investimentos?
— Estou tentando saber para onde investir Leon, tenho de
concentrar onde vai dar retorno, e não onde é duvidoso, temos 15
meses, todos os meus prospectos estavam fixos em 12 meses, mas se
os meus 12 meses vão entregar proteções que não passam de 60
horas, tenho de ver o que mais podemos fazer e como.
— 60? – Banneker.
— Estimativas, mas preciso saber, porque a proteção de
descompressão dos Fanes fica mais perigosa com o tempo?
— As descargas elétricas que ela gera, com altíssima energia,
obtida pelo sol, gera antimatéria, então podemos ter rombos altíssimos
na própria proteção, após ela absorver o limite de sua energia, ela por
si, se auto destrói, pois ela gera antimatéria a toda sua volta, então ela
em si nos protegeria na atmosfera contra o sol, por 12 horas, mas após
isto, ela nos cercaria com uma camada de antimatéria.
— Porque na lua não gera isto?
— Não tenho esta resposta ainda, mas o sistema deles evita em
planetas com muitos hidrocarbonetos usar esta proteção mesmo na
reentrada, pois pode gerar o mesmo problema.
Pedro olha para Carlos e pergunta.
— Conseguiu algo com as naves destes seres?
— Não, eles tem uma proteção que conhecemos, eles usam as
placas, com uma camada de proteção, bem baixa, para proteger a
nave, mas consigo abalroar a nave com algo mais pesado, pois distorce
a forma com seu peso e danifica a estrutura, gerando rombos na
proteção.
Os olhos de Pedro foram a Jean e pergunta.
— Como estão os testes de proteção das velas?
— Qual a importância? – Jean.
— Começo a achar que a sobrevivência humana vai depender de
cada esforço, se temos uma proteção que estoura em 12 horas, a
desligamos a 90% do limite, pois isto me daria um pouco mais de 10
horas de proteção, preciso saber até onde conseguimos avançar. –

329
Pedro olhando Jean – Se posso montar uma linha de proteção com as
placas, sobre as naves, que devem ter limites de absorção, sei que é
demorado, mas podemos gerir a energia dos campos de isolamento
lateral.
— Acha que conseguimos chegar a quanto? – Pietro.
— Não sei, pois sei que hoje estou lançando os últimos pontos
da primeira proteção, de 44 horas, se conseguirmos segurar com o
campo Fanes, que vai ser inferior a estes, mais 10 horas, estaremos em
54 horas, não chegamos ainda a 60 horas, mas acredito que podemos
com a linha de antimatéria, reduzir as primeiras levas de plasma,
gerando um aumento em 3 horas na proteção inicial, acredito que
conseguimos dispor uma proteção superior a dos satélites, que pode
nos gerar outras 10 horas, acredito que o conjunto de velas andando
no sentido que vamos, pode deter ou desviar, perto de 10% da nuvem,
pelas 12 horas que ela vai avançar, ela estará a nossa frente, não sei se
as proteções durariam 10% a mais com isto, mas vamos somando
ideias, acredito que estamos hoje, perto de 73 horas de proteção
projetadas, eu estava tranquilo pois achava que nosso perigo não
passaria de 70 horas, mas sinal que temos de pensar mais. – Pedro
olhando os demais.
Banneker sorri, isto foi bom, Pedro sentiu uma esperança nisto,
pois as pessoas estavam tentando ajudar, mas uma coisa era partir de
44 horas para chegar a 122 horas, outra de 73 horas.
Banneker olha para Frank.
— Como estão aqueles prospectos de velas de cobertura, que
estavam pensando para asteroides?
— Não sei o tamanho que conseguimos fazer, parece impensável
usar um material com cargas eletromagnéticas, no sentido do evento,
mas como o menino falou, podemos reduzir em pequenas quantidades
os volumes, e somando todos, podemos vir a chegar a frente.
— Não entendi? – Pietro.
— Começamos a projetar uma nave comprida, com sistemas de
energia baseadas nas placas, elas gerariam uma grande leva de
eletromagnetismo em um sistema que giraria e avançaria no sentido
que vamos, o ideal seriam mais de 10 naves destas, elas passariam
antes, como elas estão avançando contra, atravessam uma nuvem de
122 horas, em perto de 70 horas, mas atraindo para si, uma parte das
partículas, que a seguiriam.

330
— Acha que precisamos de que tamanho e que dimensão,
precisamos disto pronto para partir, assim que estiver confirmado o
evento. – Pedro.
— Estamos estudando, ainda é projeto, mas sei que não teremos
tempo de testar antes do dia. – Banneker.
— Sei disto Banneker, as vezes temo que no dia algo não
funcione e isto nos mate a todos.
— Entendo, sabe que se for fazer uma proteção externa, de 10
horas, ela tem de entrar em ação antes das demais pois as inferiores
quando explodirem, vão danificar tudo ao espaço. – Carlos.
— Teremos de fazer tudo, e determinar o melhor impacto sobre
o evento, mas temos de chegar a 100 horas, sabem que se eu puser a
proteção externa antes das duas básicas de 44 horas, o planeta vai
subir na temperatura uns 12 graus rapidamente.
— Sim, mas isto também pode aumentar as nuvens e isto
aumentar o Albedo, gerando uma proteção contra a força do sol na
pele de muitos.
— Assim como aumentar furacões e tufões. – Pedro.
— Sim, temos de estudar as considerações gerais, calcular isto.
— Vamos estudar cada ponto, quero os dados, agora sabemos o
ponto máximo que o sol pode dispor de força, temos de chegar perto
deste limite máximo, gostaria de passar disto, mas se não der, o mais
perto possível. – Pedro.
Banneker olha o menino e fala.
— Muitos querem uma vaga para fora do planeta.
— Banneker, se não tiver jeito, vamos passar eles aos poucos
para outros planetas mais mortais que este, mas primeiro estamos
estudando onde, não quero os tirar daqui e colocar em um local onde a
radiação do sol, mataria a todos em 30 anos, os tornando estéreis.
— As ameaças invisíveis, mas está pensando nisto.
— Se não fosse uma praga, altamente mortal, teríamos a saída,
mas não temos, então precisamos de calma lá, mas se for para tirar
pessoas de buracos e os dispor em um mundo diferente, o faremos,
mas com calma, uma que não temos ainda.
Se via a cara de descrença de alguns e Pietro olha para Pedro.
— Qual a segurança a nível de programação?
— Estamos dentro do sistema deles, é como os computadores
do mundo, que tem aquela praga do Pirata que JJ e Paz fizeram, está
no sistema, no controle, mas ninguém o vê se mexer.

331
— Posso dar uma olhada nas linhas de segurança? – Pietro.
— Deve, ninguém é infalível, e temos autômatos de 10 metros
sobre instrução do mesmo sistema, naves com campos de proteção,
que poderiam funcionar próximo do nosso campo de desintegração, no
mesmo sistema, e uma leva de tecnologia, mas tudo está lá Pietro, para
ser revisado e controlado.
— Como estão os dados das naves lançadas ao Sol? – Carlos.
Pedro olha para Banneker que fala.
— Estão chegando, como falava hoje, temos dados que
imaginávamos conseguir em Década, a informação ainda está
chegando, mas foi bom ouvir que estamos perto das 73 horas, pois me
assustei com os dados, pois estava pensando a partir das 44 horas, mas
se estamos tentando os 73, sei que não é pouco, mas podemos chegar
aos 80 com as naves, vamos as projetar, as vezes é bom saber que
todos estamos avançando.
— Meu medo Banneker, é que quando as pessoas me veem,
desacreditam homens sérios como o senhor, entendo as caras de
descrença, eles esquecem que eu me olho ao espelho todo dia.
— Alguma ideia a mais?
— Estou pensando, terei de testar, uma coisa é ter uma ideia
segura, outra, apenas uma teoria.
— Qual teoria?
— Todos aqui já viram isto, ou quase todos – Pedro toca o peito,
anda até o outro lado da sala, todos viram ele brilhar por um decimo de
segundo, todos olharam ele sumir e ouvem de outra ponta da sala,
fixando em Pedro os olhos – que existe uma forma de estagnar o
tempo interno a um campo, e assim movimentar um objeto dentro
deste campo.
— Não entendi?
— O que me permite sumir, não é um portal, é uma quebra
temporal, e dentro dela, consigo me movimentar como se o tempo
estivesse normal, se eu pudesse por baixo do campo de proteção,
montar um sistema que durassem horas, mas que nos parasse no
tempo interno, enquanto o tempo corria lá fora, nós não veríamos as
122 horas passar, mas as proteções sim, o sistema na lua sim, mas o sol
não chegaria aos seres vivos ao planeta, mas a energia para isto é
imensa, tenho de ver se conseguimos, uma pessoa é possível, um
planeta, diziam que tinha de ter um diamante de 20 metros, alguém
dispôs no Peru um de 22 para abrir uma curva espaço tempo, tenho de

332
estudar isto Banneker, pois acho que não conseguira energia para
deixar ativo por mais de 40 minutos.
— Você quer fazer oque? – John.
— Vamos acelerar o tempo interno, para quem vê, como viu-me
sumir, dá a sensação de que nada aconteceu, até sentir a volta, uma
ideia ainda em estudo, mas que sei que uso rapaz, não é teórico, é
pratica, mas a energia para locomover uma pessoa, fácil, um planeta,
muita energia.
Pietro sorriu, via as caras de descrença e fala.
— Isto que vamos estudar no Peru?
— Sim, fase 5 Pietro, pois se conseguirmos a energia, e a
tecnologia, vamos a uma aventura estranha, queimar energia
planetária sem ninguém ver, para salvar um planeta, que não sentirá
esta etapa.
— Acha que vamos chegar a isto mesmo? – John.
Pedro sorri e fala.
— Alguém explica para alguns que não vou pelo caminho
normal, qualquer um que quiser ir por outro caminho, estamos abrindo
caminhos, precisamos de ideias, as minhas são infantis, mas eu corro
atrás delas, então quem quiser propor algo a mais, fala.
Todos se olham e Banneker olha para John, pede para se ater a
ficar quieto e fala.
— Tem alguma posição presidencial sobre nós?
— O grupo ofereceu a generais do Pentágono a vaga que era dos
que estavam lhe apoiando, então temos ainda de nos cuidar, não sei
ainda o passo a dar, fica difícil pensar tendo de ficar olhando para as
costas, mas estou ainda sem negociar com eles, tem de ver que
pediram minha morte duas vezes, então que negociem no céu comigo,
não aqui.
— Mas e a insegurança?
— Banneker, eu não sei ainda como enfrentar isto, como disse,
temos um grupo de pessoas que poderiam estar ajudando e estão
atrapalhando, agora sei que não é por infecção pelo menos, mas o
enfrentar os infectados na CIA, os colocou contra nós, mas se for o
caso, vamos estabelecer toque de recolher, eu não quero chegar a isto
tão cedo, mas teria como o fazer.

333
Em Washington o senhor Rockfeller chega a um prédio no
centro, olha para os senhores da sociedade, alguns pareciam bravos,
mas eles teriam de tomar uma posição.
— Boa tarde a todos, precisamos conversar senhores.
— Qual o problema Robert?
— Os contratos que assinamos e pagamos, tem prazo
estabelecido até o fim do ano de 2013, e estava falando com alguns
advogados, se processarmos a empresa, ela pode apenas fazer de
conta que está falida.
— Porque fariam isto, eles não tem entregue em outras partes
do mundo?
— Sabe o que votaram, pela morte de todos os 35 dirigentes
principais da empresa, disse que era arriscado, que teríamos de ter
certeza que daria certo.
— O que deu errado?
— Eu desconfio que o menino usa sósias a muito tempo, já
falamos disto, pois um deles virou pedra, temos o registro, mas parece
que o original usou isto para não ser detectado e não gerar a
resistência a nossa ação de outros grupos.
— E o que fazemos agora?
— Temos as bases anteriores a esta empresa, temos
determinações das empresas para salvar todos habitantes da Florida e
da Califórnia, não sei a ideia, mas recomendava nos prendermos a estar
próximos a eles.
— E não temos como dizer que foram outros?
— O problema é que o presidente assinou a determinação, ficou
claro que não dividiríamos nossas estruturas com os demais,
precisamos de ideias para avançar.
— E os dados novos do sol, alguns falam que não vai acontecer.
– Um senhor novo, bem vestido ao fundo.
— Interpretação de dados, nosso rapaz colocado dentro da Base
Presidente Kennedy disse que eles chegaram a números e ficaram por
3 dias tentando confirmar os dados, e chegam a conclusão que a massa
que causaria pequenas e medias explosões, não terão como escapar do
sol neste evento, mas isto não quer dizer que o evento não vai
acontecer, e sim, que o que vai acontecer, é algo muito maior do que
eles estavam se precavendo.
— Eles tem alguma saída?

334
— Eles tem uma proteção de 44 horas para a Terra, agora falam
em no mínimo 90 horas de problema, então não nos adianta nada as
44 horas de proteção que eles desenvolveram.
— E os buracos, quais aguentam?
—3 dos presidenciais, e os que a Rosa’s construiu.
— Mas dizem que ele fechou tudo.
— Ele mudou de abordagem, e tenho de concordar que quanto
mais profundo estiver, mais difícil será sair se tivermos um grande
problema.
— Temos que nos reposicionar, acha que devemos atacar o
menino novamente? – Uma senhora ao fundo.
— Não sei, pensem, podemos atacar outro impostor, e a cada
ataque, perder mais gente, não sei como, mas todos vimos que a
empresa que o menino montou, defendeu nossos atuais aliados com
autômatos.
— Eles pretendem fazer oque?
— Retomar as operações de Los Alamos, por lá temos como
saber quais os buracos o menino ainda tem aberto, quais as entradas,
mas não sei se eles conseguem com aquele general Dallan.
— Alguém que se compra? – A senhora.
— Ele e o seu grupo tem uma vaga garantida pelo menino
pessoalmente, é das poucas pessoas, além do grupo de Banneker, que
estão nos esquemas que chamam de fase 3, algo que não sei se
acredito, mas se refere a afastar as pessoas chaves do planeta no
período da crise.
— Afastar para onde?
— Uma base montada em um planeta que fica a 60 anos luz
daqui, eu não sei se acredito nisto, mas sei que muitos que colocamos
nas empresas, falam que eles só não estão muito confiantes nisto, por
uma praga mortal do outro lado.
— Pensei que ele havia fechado esta saída?
— Eles têm recursos, nossos recursos, e estão investindo
senhores, não temos o montante total que eles estão gastando, e não
pense que me é fácil admitir isto, quando falamos para o presidente
pressionar, ele pelo jeito andou falando demais, pois temos problemas
em países que eram aliados, vi pessoas do grupo, desertarem e se
colocarem em outros planos, na Europa, na Rússia, no Japão, na
Austrália, gente que entendeu antes de mim que não teríamos como
vencer esta empresa, algo que surgiu e tomou seu espaço.

335
— E recomenda oque? – A senhora.
— Não sei, sigo o grupo, me coloquei como a força para executar
o que decidimos, mas as ultimas cartadas não foram boas, ele já havia
nos alertado que poderia fazer isto e ignoramos, achando que a CIA
abriria as passagens, CIA que foi desarticulada em 1 dias, por forças
que ignoro a procedência, mas que nitidamente sabem de nossas
ações.
— Parece querer voltar atrás, mas não quero dividir o planeta
com este povão.
— Não entenderam, não dividiríamos o planeta, a previsão atual,
é perda total, quem não estiver protegido, vai morrer, estar protegido
e sem reservas, morte, estamos falando de talvez ter de esperar 100
gerações isolados para voltar a superfície.
— Por isto o menino está estudando pulos para fora? – Um
senhor ao fundo.
— Sim, a narrativa de alguns que ouviram ele, dizem que
chegaram a um planeta aparentemente habitável, com agua,
gramíneas, grandes mares, mas foi este lugar que tem uma praga que
estão estudando, mas parece que eles usando autômatos, montaram
uma base isolada para alguns humanos lá.
— Alguns?
— 10 mil humanos, foi o que os infiltrados falaram.
— Gente que estaria lá tentando abrir um planeta de que
tamanho?
— Duas vezes o tamanho da Terra, com mares, chuvas, terras
cultiváveis, por isto eles desenvolveram aquele projeto de uma arca de
sementes de todas as plantas do planeta.
— Estão se preparando para recomeçar, seja aqui ou em outro
lugar, parece muita fantasia.
— Senhores, estamos desviando o assunto, temos de nos
posicionar, e escolher o caminho que vamos seguir.
O grupo continua as conversas sem saberem para onde ir.

General Dallan olha para as obras e ouve o celular e pergunta;


— Fala Tenente.
— Pedro Rosa chegando a Base em minutos.
— Se anunciando?
— Ele parece querer que saibam que está aqui.
— Provocando quem?

336
— O grupo, quem mais?
Dallan que estava a verificar as instalações, e não entendera o
que era aquela sessão, estava mesmo querendo perguntar para o
menino o que não teria como dividir com muita gente, mas se o
menino estava ali se anunciando era para deixar claro, estou vivo.
Dallan olhava encantado uma super estrutura, sentia-se a
energia as paredes, mas não entendia aquilo, sobe e olha para Sabrina
que fala.
— Esperando autorização na parte alta.
— Os autômatos que comandam isto, o que ele quer?
— Dar a sensação senhor de que não somos nós que estamos no
comando, que não tem livre acesso, os sistemas a nível da rua são
estes. – Sabrina colocando a imagem das câmeras que mostravam
aparentes soldados dando a segurança.
— Qual o comandante do exercito superior.
— Senhor, são autômatos, estes parecem quase humanos, mas é
uma armação, como perguntou, ele quer passar a imagem para frente,
as câmeras internas estão no sistema. – Ela olha um senhor parecido
com o general Homer chegar e autorizar a entrada, o rosto de Dallan
foi de susto, o menino estava induzindo que os generais tomaram
aquela base, logo teriam ligações para ali.
— Ele está cada vez mais perigoso.
Sabrina sabia que sim, viu ele vir escoltado e olhar para aquele
menino, o olhar dele para os autômatos os fez sair.
— Boa tarde General Dallan, Tenente Jones?
— Boa tarde, pelo jeito tomou esta base, estamos apenas de
enfeite. – Dallan.
— Se quisesse apenas enfeite senhor, não teria feito um esforço
para que estivesse vivo.
— Mas tomou minha base?
— Em dois dias Sabrina refaz toda a segurança senhor, mas
preciso trocar ideias, e ver se algo está fora dos planos.
— O que veio fazer aqui?
— Senhor, eu pretendo montar um sistema de proteção auxiliar,
não gera muito mais que minutos neste instante, mas pretendo chegar
a 10 horas com isto, 10 horas que me valha 20.
— Não entendi. – Dallan.

337
— Dallan, estamos tentando e preciso de ajuda para por a fase 5
em atividade, mas para isto, preciso de gente colocando, testando,
implantando isto.
— Fase 5? Não estava na um? – Sabrina.
— A um termino em minutos de por todos os satélites no
espaço, testaremos em trechos do Pacifico, a parte dois, os buracos de
proteção, estão em construção, mas é algo que vai demorar quase que
15 meses, os que ficarem prontos usaremos, os que não ficarem,
abandonaremos, mas como as coisas não são exatas e não sei qual vai
andar mais rápido que os demais, estou com tudo em ação, a fase 3,
estamos desenvolvendo o campo que vai proteger áreas habitáveis a
superfície, abaixo das naves, mas com vida e isolamento total do
planeta, a fase 4, a que falo que está parada, e está, tenho vaga para
300 mil humanos para saírem do planeta, fora das bases não é seguro,
mas dá para deixar uma reserva de humanos para recomeçarmos se
tudo der errado, fase 5, a que pretendo usar a base no Peru sobre
comando de alguém, não tenho como assistir aulas de português e
matemática, e controlar tudo isto general.
— Mas qual a ideia?
Pedro pega uma pedra do bolso e fala.
— Das pedras que estudei, uma das coisas que parece
interessante é os diamantes amarelos, neste tom – ele estica para o
general o diamante – esta cor, me permite algo que sei que funciona,
mas temos de saber as regras, mas se adicionar energia, tudo a volta
reduz de velocidade, acelerando os fatos, os movimentos, como se me
tirasse do tempo, mas podemos também fazer o inverso, gerar com o
mesmo campo, um parar do que está dentro do campo em prol do que
está fora.
— Não entendi a ideia? – Sabrina.
— Colocar sobre o planeta, 6 mil pontos de retransmissão, a
toda volta do planeta, estes dispositivos ativados por – ele alcança a
imagem da estatua do Peru - este diamante de 22 metros, que por
algum motivo estes seres que chegaram usaram para abrir uma curva
espaço tempo, gerar um campo de retardo no planeta, que a duração
depende da energia que conseguir dispor a todos os pontos, gerando
uma proteção que não fará nada, não se perceberá ela general, ela não
vai dispor de nada, mas como ela nos retarda, cada 1 segundo que
passar nos protetores superiores, passara 10 aqui embaixo, a energia é
grande, mas nem luz, nem sol chegaria a nós pois eles estariam em

338
uma velocidade normal, como estamos fora do tempo, nada do tempo
nos atinge.
— Está querendo gerar uma proteção com base no que usa para
aparentemente sumir da frente das pessoas?
— Sim, mas em uma pessoa, posso gerar 100 segundos para
cada segundo existente, mas para o planeta, não terei esta energia, e a
sensação de tudo a volta, olhando da lua, será que por 10 horas não
estaremos aqui.
— Uma tecnologia a mais para usar, mas não dividiu isto com
muitos? – Dallan.
— Ninguém acredita em mim General, mas preciso de ajuda, a
base lá embaixo, é para testar a eficiência do campo sobre ataque de
radioatividade, alta temperatura, vamos por um ovo no centro e este
ovo tem de não cozinhar, enquanto ele cozinhar, não estarei feliz.
— E que papo é aquele de invadir um planeta vizinho? – Sabrina
– Através de uma fase 6.
Pedro sorri e fala.
— Este é o fim do projeto Sabrina, mas imagina que eu consiga
abrir sobre partes do planeta, buracos de minhoca, com endereços
fixos, o que passar de partículas por ali, nunca chegaria ao chão, iria a
um local distante.
— Vai matar os invasores? – Dallan.
— Não sei abrir o buraco ainda, não sei ainda por um endereço
nele, mas nosso sol poderia ser o destino, e novamente seria algo que
nas regiões não sentiria.
— E vai investir nisto?
— Teremos uma fase que não é minha, de naves de atração
eletromagnética, da NASA, lançados na direção do sol assim que
acontecer, ela vai atrair eletromagneticamente uma faixa do material e
o levar no sentido oposto, teremos uma linha de proteção que vai
proteger os em terra, com 3 linhas de proteção, para tentar salvar
parte da selva e flora, mas no que projetamos Sabrina, chegamos a 73
horas, se diminuirmos a resistência, chegamos a 80 horas, se conseguir
usar a proteção interna, ganhamos mais 20 horas, estaremos com
proteção para 100 horas, se conseguir proteger áreas por mais 22
horas, com sistemas de buraco de minhoca estabelecidos no espaço,
por projeções da Terra. Temos como ter um planeta diferente, mas
habitável após 122 horas de ataque solar, mas isto sairá do planeta
através dos cristais de controle.

339
— E acha que isto anteciparia um ataque deles?
— Não sei, mas o sinal vai tão longe, que pode demorar uns 4 ou
5 anos para chegar lá.
— Teríamos um segundo objetivo, em um planeta em caos? –
Sabrina.
— Não sei se quem atacou os fanes com cristais, sobreviveria a
um ataque solar Sabrina.
— Certo, mas estaríamos correndo para remontar tudo.
— Talvez um jogo de interação alta, seja uma ideia boa para
controlar as pessoas, seus impulsos mais fortes.
— E os que forem para fora, os trará de volta?
— Se não for seguro os manter lá, sim.
— E vai nos dar como mortos?
— Vou tentar não pensar nisto general, os generais em parte
estão querendo lhe apoiar, mas todos os apoios precisam passar
desapercebido, enquanto alguém do grupo no Pentágono passa as
informações que queremos.
— Acha que eles engolem?
— Eles estão pensando em se instalar na Florida e Califórnia,
pois soltei na rede que teria espaço para todos os habitantes dos dois
estados, até a data do evento.
— Eles querem sobreviver e não sabem como, e os vai colocar
onde consiga os monitorar? – Dallan.
— Vamos os monitorar general, eles esquecem que podemos os
monitorar pelos celulares, pelos carros, pelos relógios eletrônicos,
computadores, eles acham que o sistema é para os demais, mas ficam
tão frágeis como os seres a rua.
— E vamos ser uma base sua de uso, pensei que a base ao lado
seria isto. – Sabrina.
— As duas são, por isto da encenação, eles tem de acreditar que
os generais tomaram a base, que a cidade de Los Alamos é apenas uma
cidade de cientistas.
— E vamos tocar isto como? – Dallan.
— Em duas semanas devem estar o procurando para elaborar os
prospectos de sobrevivência, mas quando isto acontecer, já teremos
mandado a um planeta distante todo o grupo, se querem sobreviver,
achamos um lugar, mas melhor eles longe que atrapalhando general.
— Acha que eles vão se mandarmos?

340
— Vamos esconder deles general, onde eles procurem e achem,
não vamos por eles lá, eles vão invadir e se mandar para lá, está é a
diferença.
— E fechamos a vinda?
— Fecharemos tudo de qualquer forma, mas se eles estiverem
isolados, usamos os esquemas mais abertos, menos resistência quando
não precisamos de resistência.
— Certo, vai nos mostrar o projeto?
Os três descem a parte baixa, onde Pedro explica o que
produziriam ali.

Pietro olha para Carlos em Paris e fala.


— Sabe que o projeto vai ganhar adendos, o menino parou uma
semana, e pelo que entendi, ele pretende investir em toda forma de
proteção, podendo ser algo a nível de 122 horas de proteção, não sei
como, mas ele sabe que não terá as 122 horas, então temos de pensar
nos furos, onde ele não pensou.
— Viu a reação dos engenheiros da NASA.
— O menino provoca isto Carlos, vai dizer que nunca sentiu isto?
— A primeira vez, mas estava fazendo algo que sonhava quando
criança, vendo um planeta distante, em uma roupa espacial, diante de
seres visguentos, que se escondiam de dia, e tomavam toda a
superfície nas noites.
— Coisa que parecem anos, e foi a menos de dois meses.
— Sim, estava olhando os prospectos, tem cidade que vai ficar
totalmente pronta em 16 meses, então não ficará pronto, o menino
tenta acelerar estas, mas sem descuidar das que podem ficar prontas, e
a ordem de execução, assustaria os demais, pois ele prioriza o físico,
depois a descompressão, o estoque de comida, somente depois vem
cama, e coisas pessoais.
— Ele quer a sobrevivência, imagina se conseguirmos sobreviver
as 122 horas, estaremos em um mundo diferente, mas o principal,
saberemos que salvamos o todo, mesmo muitos nunca sabendo nossos
nomes.
— Dai vamos voltar-nos aos planetas dos sistemas eP, dai
começa o trabalho. – Carlos sorrindo.
— Certo, salvamos o planeta, e nossa parte somente estará
começando, mas precisamos ver todos os furos do sistema.
Carlos concorda.

341
Banneker olha John a porta da sua sala e fala.
— Encosta a porta, temos de conversar.
— Problemas a mais?
— Vi a forma que olhou descrente para o menino, e sei que as
vezes isto atrapalha tudo.
— Tem de ver que ele não tem formação.
Banneker olha para o senhor e fala.
— Então John, faz os com formação me darem respostas e
opções, pois o que vemos hoje, é uma empresa formada a 3 meses,
tomar as rédeas de salvar o mundo, por trás dela, um menino de 13
anos, mas ele foi o único que se propôs a entender e enfrentar isto
John, lembro de minhas palavras quando ele me mandou um e-mail
sobre as desconfianças do Grupo, que falavam em evento de extinção,
origem Sol, eu ri, não estava diante dele, mas ri, 24 horas após, eu
estava quase em pânico, você estava lá.
— Mas acha que ele é importante porque Banneker.
— Conhece alguém que colocou mais de 5 trilhões de dólares
em um projeto de sobrevivência?
— Não, neste ponto tem razão, não podemos desmotivar quem
está financiando o projeto, digamos o maior projeto de sobrevivência
já imaginado no planeta.
— Projeto que inevitavelmente ficará visível, projeto que pode
não acreditar John, mas tem portas para fora do planeta, uma para a
Lua, e mais 30 portas, para planetas ainda só denominados por eP do 1
ao 30, mas precisamos de ideias.
— Acha que conseguimos montar uma plataforma para ter estas
naves no espaço.
Banneker sorri e fala.
— John, estou pensando em lhe por na direção desta parte, mas
para isto preciso lhe mostrar algumas coisas.
— Algumas coisas?
— Sim. – Banneker se levanta e abre a porta – me acompanha.
Os dois saem e vão a uma sala num dos andares da base
subterrânea, um complexo imenso que surgiu ali ao lado do antigo,
conectado ao grande quadrado seco onde estavam as naves que ainda
estudavam.
Banneker indicou uma veste de astronauta, John estranhou, mas
viu Banneker colocar a sua e esperar por ele.

342
Atravessam um corredor, uma segundo estavam na base no
segundo seguinte, na Estação Espacial Orbital, John olha descrente os
rapazes da base Orbital, olha para Banneker e pergunta.
— Como se faz isto?
— Acha que é fácil entender de tudo que estamos estudando em
3 meses, o menino não passou nenhum dia sem por coisas novas a
estudar, mas se ele colocasse uma por vez, seria fácil, ele põem as
vezes mil projetos todos de uma vez para nós estudarmos, sabemos
que nem sempre é ele a descobrir isto, mas é ele que espalha os
projetos.
Banneker fecha novamente a viseira e olha outra porta, e surge
em uma armação ao espaço, se via estação mais próxima da Terra,
enquanto estavam em uma espécie de estaleiro espacial, John olha
para os autômatos criando a estrutura, olha para a Terra e sorri.
Aciona o comunicador e pergunta.
— Sabia que estavam fazendo a estrutura?
— Uma recomendação para verificar como estava ficando e se
dava para usar.
— Eles pretendem fazer algo a mais?
— Não entendi a ideia ainda, o menino não me apresentou ela
inteira, então estou esperando ainda.
— Mais ideias?
— John, temos de ter uma segunda, terceira opção, se as
primeiras não aguentarem o que pensamos que vai aguentar.
— E qual a ideia aqui?
— Vamos montar as estruturas, e trazer elas já montadas para
cima, e terminar de ajeitá-las, precisamos preparar em 12 meses, 10
naves, não é rápido, e nem sei se todas ficarão prontas, mas vamos
fazer cada uma delas, e ir montando uma a uma, para termos algo.
— E tudo isto é da empresa? – O rapaz apontando os autômatos,
as estruturas.
— Sim, toda a estrutura aqui é da empresa dele, não sabemos
ainda quanto vai ficar ponto, pois a tendência é perdermos tudo que
estiver ao espaço, então ela servirá para apenas esta operação.
— Acha que sobrevivemos sem satélites?
— Esta é a parte pós sobrevivência, ainda não chegamos a ela,
mas existe um prospecto para manter a comunicação, e reestabelecer
ela em 12 horas, após o fim do evento.
— Está falando serio Banneker.

343
— Sim, por isto, não olhe aquele menino pelo tamanho John, ele
foi o único que nos defendeu, o único que está dispondo de tecnologias
que pretendia desenvolver com calma, para salvar o planeta.
— E autômatos?
— E autômatos. A base em San Diego está pronta para estudar
os autômatos, e ao mesmo tempo, não está tendo tempo para isto, não
é algo que se desenvolve do dia para a noite.
— Nunca entendi como uma empresa surge do nada e toma o
pedaço de mercado que esta tomou?
— Ela não tomou ainda o espaço, e ao mesmo tempo, ninguém
em volta consegue desenvolver o que eles desenvolvem.
— Sabia daquele truque, que pareceu que o menino saiu de um
lugar para outro?
— Truque?
— Com certeza queriam nos impressionar Banneker, é difícil
acreditar em quebra temporal.
Banneker sorriu e tocou o peito, viu tudo parado, saiu pela porta
indo no sentido de sua sala, senta-se nela e toca o peito, John estava
olhando para Banneker, o vê brilhar e fica procurando onde o senhor
foi.
John olha para a base, olha para a porta, passa para a estação
espacial, depois passa para a base da NASA, olha em volta, olho o
uniforme de Banneker, olha para a porta e se pergunta.
— Como pode ser real?
Ele caminha até a sala de Banneker que estava ao telefone, e
apenas fica sem saber o que falar, enquanto o senhor faz sinal para ele
entrar, e termina de falar com Carlos referente a estarem na base no
Peru no dia seguinte.
— E como algo assim funciona? – John.
— John, o que o menino quer saber é isto, ele sabe qual a serie
de fatos que se colocados em sequencia, cristal, energia, programação
padrão, no cristal especifico, no mesmo comando que abriria uma
porta para qualquer ponto do planeta, ele retarda o tempo, ele assim
como eu não sabe como, sabe a sequencia de dados que leva a isto,
por isto temos de estudar, temos como calcular algo para abranger o
planeta, que é o que ele está falando, calcular isto, saber o que
acontece, mas temos de saber como acontece.
— E como chegaram a algo assim, descobriram ao acaso?

344
— Se considerar que temos mais de 600 cores de diamante e
cristais sendo testados com este sistema que o menino montou,
sabendo que cada cor resulta em algo diferente, sabíamos que
estávamos procurando algo, que sabíamos que ali estava um limitador
que nos permitia muita coisa, mas a cada descoberta, vamos abrindo
grupos de estudo, aquele menino, está investindo em mais de dois
milhões de cabeças pensantes, espalhadas pelo mundo, para tentar
descobrir algo, o que ele descobriu até agora, já o faria merecedor de
muitos prêmios, mas você o viu.
— Alguém difícil de levar a serio.
— Aquele menino em 6 meses, fez mais do que muitos ditos
cientistas fizeram, ele parece estar na hora certa no local certo, mas ele
se preparou para isto, então não gostaria de cenas como aquela, de
enfrentamento diante do menino, é ele que está mantendo tanto o
dinheiro como a entrada de tecnologias que nos permitem fazer pulos
ao espaço.
— Mas fala serio em ir a outro planeta?
— Sim, ele tem 30 endereços, construiu até agora, vaga para 10
mil pessoas, ele pretende pelo prospecto, por 22 mil pessoas em
cidades protegidas, nestes 30 endereços, se considerar que a um mês e
pouco, quando ele soube do problema John, a quantidade de vagas
para milionários, poderia somar perto de quarenta e duas mil vagas,
das quais, apenas 6 mil resistiriam ao evento, ele está projetando para
15 meses, ter vaga fora do planeta, 660 mil em planetas que teremos
de estudar aos pouco, e 400 mil na lua.
— Mais de um milhão de pessoas fora do planeta?
— Sim, e sabe que muitos aqui querem bem estas vagas, eles
consideram pouco provável a sobrevivência na Terra.
— E pelo jeito não quer que atrapalhe.
— Quero calma esta hora, precisamos fechar brechas, estamos
com tanta coisa andando, que somos os que verificam a segurança de
cada processo, pois enquanto estiverem lançando autômatos ao
espaço, não me preocupo, mas quando começarem a lançar humanos,
temos de ter tudo bem exato e seguro.
John concorda, estava diante de um crescimento interno, e
agora entendeu onde, garantir que era seguro tudo aquilo.

Pedro surge na cidade abaixo de Brasília, olha os autômatos, os


sistemas de trens sendo instalados, vai a parte alta olhando os andares

345
para baixo, 22 plataformas de saída, algo que ele achava ser dos seus
projetos mais incríveis, e ao mesmo tempo, tinha duvida de ter tempo
de curtir tudo isto, tenta imaginar aquilo lotado, onde estavam os
problemas, um autômato chega ao seu lado e ele fala.
— Nas plataformas de observação, coloquem uma proteção de
vidros, para que ninguém caia dali, no empurra-empurra, alguém
poderia cair, e não quero ter de ver pessoas mortas em meio a algo que
já vai gerar mortes.
O autômato olha para um ao fundo, e começam a cortas uma
esquadrilha e a soldar na parte baixa.
Pedro olha para a área onde instalavam escadas rolantes para
chegar na da praça acima, caminha e sobe os degraus, pois ainda
estava desligado, chega a parte alta, e sai numa porta do tapume e se
depara com a praça dos três poderes, olha em volta e liga para o pai.
— Podemos conversar pai?
— Chego em Curitiba as 20, não sei se pode esperar.
— Estou na praça dos 3 poderes, eu caminho até ai, e
conversamos.
— Urgência pelo jeito.
— Sim, mas se não puder eu espero a noite.
— Eu espero você chegar aqui, quer que mande o pegar ai?
— Caminhar as vezes nos faz pensar pai, preciso olhar a vida em
volta, as vezes as pessoas esquecem que estar conectado ao mundo faz
parte de estar vivo.
Gerson olha para um dos engenheiros chegar a ele e perguntar.
— Qual vai ser o canal que vamos estabelecer para ser a TV
Nacional.
— Uma boa pergunta, existe algum canal que eles evitam usar?
— O primeiro?
— Motivo?
— Dificuldades de programação.
— Verifica para mim, pois se pudermos ter o canal 1 em todas as
TVs abertas das capitais brasileiras, é um numero a colocar.
— Sabe a programação?
— Temos alguns assuntos que vão ao ar, mas vamos fazer uma
TV que abranja a TV senado, a TV câmera, as pautas importantes do
congresso e da presidente.
— Programação de quantas horas?
— Das 4 as 20hrs.

346
— Algum motivo especial?
— Estamos ainda no informal, mas precisamos de um grupo de
jornalistas, que me redijam as regras básicas da TV, vamos aprovar isto,
para que ninguém possa usar isto apenas como propaganda.
— Mas então para que vamos erguer esta TV?
— Material indutivo, é melhor do que propaganda direta rapaz,
nós podemos até não mandar votar em alguém sem usar estas
palavras.
— Vou verificar, alguns rapazes aliados da Dilma querem espaço
nesta TV.
— Vemos cada coisa a sua vez.
Gerson começa a esmiuçar o projeto com o rapaz, estava
falando sobre a existência de possibilidade de abertura de mais canais,
quando seu filho é anunciado pelo secretario.
— Vamos dar um tempo, tudo bem? – Gerson.
— Voltamos a falar, pensei que nem pretendia tanta coisa assim,
começa a ficar interessante esta TV.
— Não sei pensar em nada deficitário, nem que as estatais
financiem a existência desta TV.
— Quem vai receber?
— Meu filho, ele parece querendo conversar.
O rapaz sai e olha aquele menino pequeno, aquilo era Pedro
Rosa? Olha para o secretario que conduz o menino a porta e olha para
ele.
— Eu nunca ligaria este menino a Pedro Rosa.
— Marketing inverso, talvez usemos disto, mas o menino
consegue andar sem segurança, pois ninguém acreditaria ser ele.
O secretario olha para a porta fechada e fala.
— E dizem ser a pessoa mais influente deste país, como alguém
pode ser influente e ninguém reconhecer?
— A diferença é que ele não precisa dar carteirada, ele apenas
desvia os inconvenientes com notas de 100 dólares.
Os dois sorriem.
Pedro abraça o pai que pergunta.
— Como está filho, pelo jeito precisa de ajuda.
— Preciso pensar, e se me apresentar ao problema, ele não se
resolve, pareço apenas o Pedrinho mais corado, mas ainda o Pedrinho,
e isto não facilita para ninguém que está pensando em apoiar minhas
ideias.

347
— O que aconteceu?
— Queria a ajuda do senhor Ribeiro, para ver se dava para
segurar parte do judiciário, para não nos atrapalhar, ele parece não
acreditar ainda que vai acontecer. Preciso de uma entrada no supremo,
uma entrada no ministério do Meio Ambiente, uma entrada nas Minas
e Energias, e uma entrada no ministério da Saúde.
— Qual a ideia?
— Pai, a ideia era propor uma secretaria de Crise, ninguém
precisa saber que ela existe, onde ela funciona, mas que reunisse uma
vez por semana, todos os ministros atuais que tem como nos ajudar e
estabelecer metas, estabeleceríamos e as controlaríamos semana a
semana, até o momento fatídico.
— E o que pretende com esta secretaria de crise?
— Pai, se todos jogarem seus jogos pessoais, na hora, muitos
morreram, pois não foram avisados. Temos de conseguir que todos
tenham um dos métodos de comunicação em casa, pois serão 60 horas
até o evento começar quando soubermos, da hora que acontecer, em
menos de uma hora, precisamos do comunicado começar a ser passado
na TV, e temos de pensar que as vezes, pode acontecer de madrugada,
quando todos estão dormindo.
— Alguma ideia?
— Não sei, ideias vazias, nos demais locais não vou me
preocupar com isto, mas vi que a primeira ministra alemã está
pensando nisto e me deparei com o fato, se na Alemanha será difícil,
no Brasil, bem mais.
— E o que ela está pensando?
— Sistemas de alto falantes para as pequenas cidades, mesmo as
mais afastadas, com uma sirene, e depois de acordados, todos os
mesmos autofalantes começarem a dar as instruções de evacuação.
— Acha que conseguimos?
— Pai, se eu colocar minha calculadora para funcionar, diz que
não, mas se no lugar de colocar para funcionar, colocar as pessoas a
correrem, vamos chegar sobre o evento com muita coisa feita, sei que
pode não dar para salvar todos, mas precisamos nos preparar, e aciona
a FUNAI, temos de cadastrar todos os índios, colocar eles sobre alerta,
e se der, os começar a isolar.
— E vai fazer oque agora?
— Vou ao estado maior das forças armadas, e espero que o
ministro esteja mais disposto a ajudar, sei que alguns ainda estão

348
querendo problemas, mas uma hora teria de entrar para a historia em
Brasília, mas mantem os planos pai, vou por mais gente a correr.
— Se cuida filho.
— Sei disto, mas é hora de começar a sair da sombra, e tenho de
avisar os responsáveis do perigo.
— E vai lá como?
Pedro olha pela janela do prédio, se via a praça mais a frente e
olha aquela imensa nave começar a sobrevoar lentamente a praça,
todos os olhares se voltavam para aquela nave.
Gerson olha para o filho e sorri.
Pedro sobre para a cobertura, todos olhavam aquela nave, os
caças mais ao fundo, quando um haste se estende até o topo do
prédio, Pedro longe dos olhos sobre na nave, e lentamente vai no
sentido do prédio do ministério do Estado Maior, ele olha para as
pessoas olhando a nave na parte baixa, as pessoas viam os aviões ao
longe, sempre se tinha riscos nestas horas, mas Pedro entra em uma
nave menor, e esta se desprende e começa a descer, todos os olhos se
voltavam aquela pequena nave, de 22 metros, que para a frente do
prédio, e veem o menino sair.
O ministro olha para cima e olha os generais e almirantes,
tensos, olha o menino chegar a frente dele e esticar a mão e falar.
— Desculpa se atrasei um pouco Ministro.
Os demais olham o menino, todos a praça olhavam aquela
sombra sobre eles, e fala.
— Vamos entrar, veio para ser levado a serio hoje.
— Aquele dia não havia confirmado uma data Ministro, agora
temos uma data, e coisa a fazer, até o evento.
— Confirmaram? – O Almirante.
— Infelizmente sim. – Pedro.
Eles entram e vão a sala do ministro, ele olha para os demais e
fala.
— Espero cooperação de vocês.
— Sabe que muitos não gostaram das ações da atual presidente
Ministro, eram pessoas que estavam a décadas no exercito e na
aeronáutica afastados. – Almirante.
O mesmo olha para o menino e pergunta.
— Qual a ideia que a presidente ainda não conseguiu anunciar?
— Ampliação do quadro do exercito, marinha e aeronáutica,
triplicar cada quadro, investindo em novas estruturas marinhas, novas

349
naves, como a que temos lá fora, e voltarmos a ter nos melhores
atiradores do mundo. – Pedro.
— Esta falando serio, mas ela afastou alguns.
— Os senhores sabem do problema, não se façam de inocentes,
pois se não souberem, eu pessoalmente, esta criança, vou ter de pedir
para os tirar dai, pois quem seriam vocês se não entenderam o
problema?
— Nos ameaçando? – O general do Exercito.
— Não, apenas não me tratem pelo tamanho general, você sabe
que em meio a uma crise, não queremos gente estourando uma carga
de C4 em meio a um buraco cheio de gente.
O general viu a forma que o menino o olhou, sabia quem era,
aquele menino não parecia ser quem diziam, mas tudo o dizia pelas
palavras que era.
— General, eu estava na sala no Madalozo, que morreram as
pessoas com um sobrevoo de dois helicópteros atirando em pessoas
inocentes, isto não gostaria de ver acontecer novamente, mas se
estivermos em conjunto, vamos nos preparar para proteger o povo
Brasileiro, já que seremos o primeiro país a estar com os abrigos
prontos, então temos de nos proteger de malucos estrangeiros, não de
malucos locais.
— Acha que vai acontecer quando?
— A NASA afirma que acontecera entre a segunda quinzena de
Outubro e a ultima de Novembro do ano que vem.
— Qual o perigo? – Ministro.
— 90 horas no mínimo de temperatura externa a mais de 10 mil
graus, então vamos ter de proteger as pessoas, pois as matas e coisas
normais, podem vir a queimar todas, temos de evitar locais onde as
coisas podem queimar e destruir tudo.
— E qual a ideia?
Pedro começa a expor o que precisavam fazer, em si estava
colocando 150 mil pessoas já no exercito em ação, isto era uma soma
de mão de obra que poderia em dias abrir fabricas e industrias para
alguns materiais.

Em um Bar em Cocoa John olha para um senhor e fala.


— Manda um recado para Robert, preciso falar com ele.
— Algo urgente?

350
— Acho que temos onde colocar os 22 mil membros
permanentes do grupo.
— Tem certeza?
— Ainda não tenho o local, mas estou a um passo disto, e
consegui me infiltrar em quem vai verificar a segurança disto.
— Disto?
— Diz para ele marcar que vou até ele.
— Certo, mas confirme antes de alertar ele, pois sabe que se
falar para ele, terá de providenciar.
John sorriu, ele achava ter vaga para mais, mas não abriria isto,
não teria como por todos em locais longe, sem despertar desconfiança.

Pedro volta para Curitiba, olha os dados, dá algumas


coordenadas a mais, e sorri de um único fato, os autômatos de serviço,
conseguiram fabricar em seis mil locais, os 7 milhões de autômatos,
mais de 10 bilhões de itens que precisavam nas ultimas 24 horas, ele
olha os prazos, repara que os sistemas ainda não estavam a todas,
então teria um acréscimo de 18% em 3 dias, era apertado, mas um
dado bom as vezes faz as pessoas sorrirem, olha para o prospecto do
dia seguinte e pensa alto olhando para o computador.

351
352
Tem gente que parece não pensar, e a
primeira coisa que faz, é lhe acusar de não
pensar, de não saber, pois na demência do ser
ao lado, é mais fácil eu mudar de ideia, do que
ele olhar em volta.
Sei que eu mudo demais de ideia, mas
acho estranho em um mundo de informação a
pessoa se recusar a pensar, de olhar os dados,
de que adianta unir o planeta com informação
se as pessoas se negam a olha-la.
Ontem soube que um processo vai se
abrir contra pessoas que sempre me falaram ser honestas, mas que pelo
jeito não eram, ontem vi meu filho preocupado, sabe quando ele fala,
vou acelerar, e é apenas o Pedrinho, não uma Ferrari, quando ele fala.
— Vou investir pesado pai, o que acha?
Eu? Quem dera entendesse dos investimentos de meu filho, ele
aos 13 anos, em seus imensos 1,5 metros, sua estatura miúda, mais
ossos que músculos, mas o principal, seus olhos fixos nos meus, seu ar
de que esperava uma resposta seria, quando ele faz isto, sinto orgulho e
sei que tenho de o apoiar, e tento pensar sobre o assunto.
Pensa em um menino, capaz de encarar o presidente Americano
e dizer que vai chutar a bunda gorda dele, alguém capaz de por
generais na parede, capaz de programar um cronograma de
funcionamento de 12 meses, capaz de investir recursos que nem
chegaram ao país e já estão distribuídos em duas mil empresas, as
vezes me assusto, e quando ele pergunta serio o que acho, as vezes
tenho receio de ser sincero, dizer que não entendo bem daquele
assunto, pois conversamos bem quando o assunto é programação, vejo
que marketing ele está fazendo na pratica, que designer na pratica, ouvi
dizer estes dia, que ele tem falado inglês, francês, alemão, hebraico,
com muita desenvoltura, e ainda lembro os olhos dele nos meus quando
perguntei.
— No que vai investir pesado?
As respostas não caberiam neste jornal, de tamanha veemência
em transformar os prospectos em fatos, os acontecimentos em
aprendizado, e os investimentos em dinheiro com retorno.
— Filho, ainda não sei o que falar, estou estudando o que falou
para me posicionar, apenas não esquece, te amo.
Gerson Travesso
Curitiba, 06 de Agosto de 2011

353
Hoje vou falar dos parques Rosa,
estamos investindo em 22 parques que
vão inaugurar entre este ano e o
próximo, espalhados entre Orlando e
Buenos Aires.

Vamos começar com a inauguração este fim de semana em


Florianópolis do parque que um dia foi de meu pai, e reformulamos e
estamos o relançando, nada como inaugurar algo em Desterro quase na
primavera para testar todos os pontos fortes e fracos, estaremos
também inaugurando um local de eventos, o hotel será beira mar será
inaugurado em Dezembro, já os chalés na Lagoa da Conceição também
inauguramos este fim de semana, então se quer um local para
aproveitar o sol em Desterro (Florianópolis para os demais), seja em um
ambiente confortável, seja em algo mais radical, estão todos convidados
a vir ao parque que reabre amanha suas portas.
Estamos inaugurando também durante a semana que vem, o
primeiro parque no Rio de Janeiro, na região dos Lagos, mas com calma
chego lá na terça para inauguração.
As vezes paro e também olho para meu maninho quando está
nos olhando aos olhos e sei que ele está longe e pensando, não sei o
que o tirou as palavras, mas sei que tem gente muito ocupado com
coisas que não damos tanto valor e poucos com o que mais valorizamos,
como a família. Mano, precisando estou aqui para conversarmos.
Renata Travesso
Curitiba, 06 de Agosto de 2011

354
Carlos chega a obra que Pietro levantara a frente do Juiz, olhava
para a entrada, o que era pedra no primeiro dia, agora já tinha janelas,
já tinha portas, calçamento e grama, estava a olhar para a parte interna
quando viu aquela moça parar ao seu lado.
— Sabe que este prédio assustou os vizinhos?
Carlos a mede de cima a baixo e fala.
— Não esqueceria se lhe conhecesse.
— Mandaram conversar com o administrador disto tudo, Carlos,
para começar na parte interna com acabamentos.
— Vem de onde?
— Estava na parte que foi desativada em Caen.
— Eu sou Carlos, mas somente vamos conseguir começar aqui
na segunda, eles estão terminando o bruto.
— Soube que teremos um escritório da empresa aqui, só não
entendi qual parte vamos administrar?
— Se não me engano, deve ser Tereza de Cali?
— Sim.
— Tudo que você vê a frente, é a cede de uma universidade,
aqui teremos 32 cursos de graduação, 28 de pós, 41 de Mestrado, 28
de Doutorado, e incentivaremos o surgir de alguns PhD em vários
assuntos.
— Tudo isto é para uma universidade?
— Segunda lhe mostro o todo, mas hoje só vim olhar, não temos
como interromper os rapazes, e eles tem muita coisa para entregar até
segunda.
— Sabe que muitos estão assustados com o surgir desta obra,
tem gente falando em magia.
— Tecnologia moderna, quando surge, se assemelha mais a
magia do que a tecnologia, depois eles aprendem a fazer de deixa de
ser magia, e passa a ser normal.
— Certo, não vai mesmo precisar de mim aqui, pois sei que as
vezes precisamos auxiliar os funcionários.
— Esta sede, terá de provar seu valor para atrair os alunos de
graduação, mas acredito que podemos esperar dois dias. – Carlos.

Pedro acorda cedo e olha para os prospectos, sábado, bate ao


quarto da irmã que o olha e fala ainda enrolada na coberta.
— É sedo, é sábado.

355
— Vim perguntar se quer ir a reunião hoje no Peru, apenas isto,
se não quiser, nos vemos amanha, na inauguração do Parque.
— As vezes tenho medo de inaugurar isto e não conseguir
segurar a língua do evento.
— Temos de aprender a nos posicionar mana, mas vai ficar?
— Estou com sono.
Pedro olha para ela serio, mas não insiste, sai pela porta, pega
sua eterna companheira, a mochila e desce para a cidade abaixo dos
pés, caminha a região central com seu prédio de controle, aciona o
portal e passa para o Peru.
Renata senta-se a cama, olha o irmão sair, as vezes esquecia que
seu irmão estava correndo contra o tempo, que ele não teria como
relaxar, voltar a ser ele, enquanto o evento não acabasse.
Sai pela porta e chega ao quarto dele, ainda de pijama e olha
para o portal desativado na parede, ele já fora.
Pedro olha a cidade em construção na parte abaixo do templo
no Peru, olha em volta, caminha calmamente ainda sonolento para um
prédio ao fundo, se via os autômatos trabalhando a toda volta,
começam a montar o sistema de trens.
Pedro chega ao prédio, olha para o céu azul que gerava as placas
de iluminação, olha para a sala que fizeram para ele, liga o sistema e
começa a puxar dados.
Ele calcula o que parecia ter entendido, olha em volta,
Pedro abre o note, abre o mesmo, tira um cristal de carbono,
olha para o exercício, faz a programação dos cálculos, o computador
dizia que os terminariam em 12 minutos, ele olha para o sistema de
retardo de tempo, programa ele para funcionar por 30 segundos, ativa
e olha para o note desaparecer da mesa, parte da rocha abaixo dele
parecia não estar ali, dando para ver o chão, pega uma luva e toca
lentamente no experimento, não o sente, olha para o relógio e após 30
segundos o note ressurge na mesa, olha para o calculo e ali falava que
faltava 6 minutos para terminar os cálculos.
Pedro olha em volta, ele havia marcado com algumas pessoas,
mas tinha duvidas referente a eficiência disto em algo tão grande como
um planeta, ele não sabia se poderia contar com tamanha energia, ele
mede a energia necessária por segundo e olha para fora, pela janela
que permitia ver os autômatos na parte baixa.
“Como consigo esta quantidade de energia?”

356
Pedro olhava as placas que tinha, e conseguiria, elas em sua
constância, não lhe geravam energia suficiente para ativar o sistema,
não lhe adiantava erguer os 16 mil pontos de contatos, quase metade
em pleno pacifico, e não conseguir ativar o sistema por falta de
energia.
Olha os sistemas de energia disponíveis, não tinha de onde tirar
a energia, teria de improvisar, e Pedro era péssimo em improvisar, ele
olha os dados, o numero de bases, a quantidade de cabos necessário, a
quantidade de boias fixadas via satélite, teria de começar a fixa-las, 16
mil pontos em 418 dias, seu prazo máximo, teria de por força mecânica
nisto, desviar de algum lugar, e não podia perder energia de outras
coisas nisto.
Começa a fazer os prospectos, precisava de uma fabrica para
isto, precisava ter os equipamentos, se não conseguisse fabricar isto
em 18 dias, para começar a colocar, ele estava pensando em tentar
pensar em outra forma de fazer.
Ele estabelece na parte baixa uma área de fabrica, um canal de
passagem das ligas metálicas de eP3, uma passagem de cabos de fibra
de carbono de eP7.
Pedro passa para eP9 e olha aquelas pequenas balsas de
sustentação, deveria ter mais de 20 mil delas, o planeta eP9(12) era
puro mar, então os restos da cidade eram sobre um mar a toda volta,
as cidades flutuantes eram imensas, e aquelas estruturas precisavam
ser limpas e começar a passar para o outro lado, ele ativa o caminho e
põem as coordenadas para 100 autômatos, meta, estar com todas elas
espalhadas em 100 pontos, espalhados entre atlântico, pacifico, indico
em no máximo 10 dias.
O percorrer do caminho de volta, o faz olhar para a cidade, olha
a parte que estavam trazendo as barras daquele material, começam a
montar um sistema industrial, o sistema era simples, mas precisava
dele funcionando.
Pedro passa um pedido de 16 mil peças de comando presos em
notebooks para 20 dias, para a fabrica em San Jose.
Ele estava tentando se provar que poderia conseguir, mesmo
que acelerando tudo, ele teria de fazer em paralelo, um sistema para
colocar, um sistema para esticar os cabos, um sistema para fixar os
locais, teria de ter participação de todos os governos interessados, pois
onde não fechasse, ficaria visível, e seriam mortes na região.

357
Pedro olha os sistemas, e sabia que ele tendia a ter problemas
nos polos, o gelo não deixaria os pontos nos pontos que precisava, e
raramente alguém se propunha a colocar sobre gelo algo fixo, pois
todo o gelo, sempre está em movimento, mesmo lento na Antártida.
Pedro estava a dedicar alguns cálculos, quando as pessoas
começam a chegar na parte baixa, e ele não sabia ainda o que falar.
Pedro tinha medo de prometer isto e não dar certo.
Pedro olha para o novo ministro da Casa Civil, e olha ao seu lado,
o presidente Peruano, teria de ser firme, mas como, as vezes as
pessoas esqueciam que tinham de resolver as coisas, antes de Pedro
entrar em campo.
Pedro olha para os senhores ao fundo, pega algumas folhas em
branco na mochila, olha mais gente chegando, desliga o computador
pessoal e desce no sentido da praça.
Pedro cumprimenta o Ministro e fala.
— Bom dia, deve ser o ministro Paloci? – Pedro esticando a mão.
O ministro olha o tamanho do menino, ficou evidente que eles
não se conheciam e fala.
— Seu pai não vai vir?
Pedro não sorriu e olhou para o presidente Peruano e falou.
— Deve ser o Presidente Camacho, desculpa o meu Castelhano,
ele não é tão bom assim. – Em Castelhano.
— E você deve ser o menino que todos mandam conversar, mas
o que temos aqui?
— Senhor, deve ter falado com o nosso presidente local, da
Rosa’s?
— Sim, acredita que vai acontecer?
— A NASA falou em 130% de chance de acontecer, isto é
acontecer e ter chance de acontecer de novo, mas desculpa a bagunça
que estamos fazendo aqui, nem todos acreditam no problema, mas
quando começar serão os mesmos que nos ligarão e vão perguntar se
ficou pronto.
— E que local é este?
— Se olha ali, temos uma linha que vai ligar este lugar a Manaus,
Quito, Lima e Rio Branco, a ideia, salvar o máximo de pessoas possíveis,
esta estrutura está em construção e suporta perto de 1,2 milhões de
famílias, mas o que gostaria presidente, era ajuda e participação, para
usar a cidade como base para construção de formas de tentar salvar o
planeta.

358
— Como salvar o planeta?
— Se apenas nos escondermos, sobrevivemos, mas as terras lá
fora estarão todas queimadas, derretidas, e com índice de CO2
altíssimo, e radioatividade solar muito alta, teríamos de sobreviver em
buracos como estes enquanto recuperamos o planeta.
— E o que vão fazer aqui?
— Estamos pretendendo usar esta cidade como base para a 5ª
tentativa de proteção, temos a primeira quase pronta, a segunda, são
as cidades subterrâneas, a terceira, a tecnologia nos parou ela, estamos
tentando contornar, mas ainda sem muita eficiência, a quarta, colocar
as naves de absorção de energia, sobre as cidades chaves para as
proteger, dai vem a quinta, um campo de proteção mundial, não sei se
conseguimos a tempo, mas gostaria de permissão sua presidente, para
o fazer a partir daqui.
— Algum motivo em especial?
— Longe dos centros urbanos, tem geograficamente uma boa
posição, e tenho de falar com um presidente, não com 10 autoridades
para me permitirem.
— A proteção fica mais forte na região que instalar o sistema? –
Pergunta o presidente, vendo que o ministro estava perdido na
conversa, vendo o menino tomar a dianteira, falando na língua do
senhor.
— Sim, a proteção local é bem mais forte do que a mais
afastada, embora pretenda fechar o planeta, sei que posso estar
sonhando alto, mas quanto mais pontos conservados, mais chances de
sobrevivermos.
— Pelo que entendi, em um buraco destes sobreviveríamos, mas
quere salvar parte do planeta para sobrevivermos?
— Sim, bem isto.
— E quer permissão para fixar em minha nação a posição que
pode ajudar a salvar esta região de floresta?
— Sim, estou priorizando a América do Sul, minha empresa está
ajudando todo resto, mas tenho minha pátria e suas vizinhas como
prioridade senhor.
— Eles não lhe levam a serio.
— As vezes temo pois quem deveria preparar para que fosse
ouvido, não se preparou nem para me ver pessoalmente, mas teremos
um acordo senhor.
— Quer isto firmado como?

359
— Que o senhor me de sua palavra que podemos, pois papel não
faz parte de sobreviver, e sim, espero que tenham vontade de
sobreviver.
— E o que acontece se der totalmente certo, qual a
consequência?
— Todos saírem para fora em 60 horas, e viverem suas vidas,
sem entenderem bem o problema.
— E na pior das possibilidades?
— Termos de sobreviver 100 anos em abrigos como este, vários
espalhados, por isto os tuneis de ligação, enquanto recuperamos o
planeta.
— O que geraria isto?
— Se tivéssemos de passar por estes dejetos do sol, por mais de
120 horas senhor.
— Mas sobreviveríamos se estivéssemos aqui.
— Sim, e o presidente da empresa vai propor um sistema de
evacuação de todo o país, esquema para se fazer em 50 horas.
— E parte disto faz parte desta cidade?
— Presidente, precisamos de recursos, de ajuda, de estrutura,
mas a pretensão é uma cidade igual a esta em Lima, Cocama, Tacna e
Sulana, mas ainda estamos em fase de projeto destas cidades senhor, e
precisamos de apoio para ajudar a salvar seu povo. Para a região de
Lima, tem um projeto que chega perto de 10 milhões de habitantes,
para dar conta da cidade e proximidades.
— E o resto de meu povo?
— Ainda estamos estudando as primeiras cidades, mas com o
sistema de cobertura, teremos os 5 locais cobertos, então podemos ter
Lima preservada e mais 10 milhões de vagas, isto daria 18 milhões de
vidas, somados a outras estruturas, teríamos vaga para outros 9,6
milhões de pessoas, o sistema de ligação presidente, é que no Brasil,
vou montar sistemas para proteção de 400 milhões de pessoas, então
teremos vagas sobrando em Rio Branco, Porto Velho e Cuiabá, locais de
fácil acesso desta parte.
— O ministro sabe que está me propondo isto?
— Ele não sei, mas a presidente Dilma sabe.
— Então a ideia é salvar o máximo de pessoas possível.
— Vamos erguer os exércitos também Presidente, pois
pretendemos defender nossas terras cultiváveis, e sabemos que uma
coisa que podemos ter ao fim desta crise, é fome mundial.

360
— E você que está a frente disto.
— Não, tem uma empresa com 2 milhões de cabeças pensantes
por trás disto.
— E teremos acesso a este lugar.
— Sim, estamos ainda a mantida isolada, pois ela está em
construção, mas junto com a abertura desta cidade, vamos abrir uma
ferrovia de trens rápidos, entre Lima e Brasília, a presidente Dilma deve
querer acertar estes dados com o senhor.
— Trens rápidos.
— Sim, capazes de chegar a mil quilômetros por hora, em tuneis
firmes, ligando rapidamente Lima a Brasília, nos tornando vizinhos mais
próximos.
— E para quando ela pretende anunciar isto?
— Primeira semana do ano que vem.
— O anuncio, e a obra?
— A obra para inicio do ano que vem, o anuncio, assim que os
técnicos estabelecerem onde serão os pontos de ligação.
O presidente sorriu e olha para o ministro e fala.
— Pelo jeito tem gente mais rápida em acordos que o senhor,
mas vamos conversar lá encima, parece que as obras vão agitar agora.
– O presidente esticando a mão para Pedro e falando – Manda o
representante da empresa, agora entendi a ideia.
Pedro vê o senhor sair e olha para Pietro e alguns chegando,
chega a parte de um auditório ao ar livre, embora estivesse a mais de
duzentos metros de profundidade.
Pedro olha para Pietro e fala.
— Como estão as coisas?
— Pelo que revisei, o sistema está firme, mas o que vamos
discutir agora?
— Espera todos chegarem.
Pedro olha para Carlos, Call, um monte de dirigentes chegando,
estava ao centro quando eles sentaram-se.
— Pessoal, acabamos de conseguir a autorização de
funcionamento do governo local, o que faremos aqui, desenvolver –
Pedro pega na mão um aparelho – isto.
Todos olham com a cara, o que é isto?
— Logico que será maior que isto, mas é para explicar o que
faremos. – Pedro pega 12 pequenos objetos, chega ao globo que
estava ao centro daquele auditório, coloca em 12 pontos e fala.

361
— Temos alguns problemas para fazer isto, espero que me
auxiliem, ou me convençam desistir desta ideia se acharem que não
dará resultado.
Pedro ativa o sistema e os demais olham o globo sumir, o
presidente olha aquilo ao longe, estava quase saindo.
— O que faz isto? – Call.
— O problema é que fazer isto com uma maquete, é fácil, para
que dê certo no planeta, preciso para cada sistema, 16 mil deles
dispostos a volta do planeta, um milhão de volts a no mínimo 300
amperes, para cada segundo de proteção.
— Mas o que faria isto?
— Tudo que não é visto, não é afetado pelo sol, se conseguirmos
dispor de algo assim, o sol passaria por nós, o problema é montar e
manter funcionando, mas isto pode nos garantir para cada segundo
conseguido, nestas medidas, outros 10 segundos de vida, e é difícil
explicar isto, mas quanto mais energia, mais tempo ganhamos, se
ampliar a amperagem, ganho em tempo, se conseguir manter o
funcionamento do campo pela voltagem, mantemos o campo mais
tempo.
— Não entendi. – Pierre, um engenheiro Frances.
— Isto é um campo de dilatação de tempo, cada segundo que
passa ali dentro, passam 22 aqui fora, então estamos ganhando em
tempo externo mantendo o conjunto fora do tempo, a amperagem é
primordial no campo temporal, a voltagem, no manter do campo ativo.
— Quer dizer que se conseguíssemos manter o campo por 44
horas a 3 segundos por segundo interno, estaríamos protegidos.
— Mas não temos como manter tudo isto, mas sim, a ideia seria
esta, mas o campo funcionaria em paralelo ao externo, mas acredito
que não conseguimos gerir mais do que 10 horas a 3 segundos, queria
chegar as 44 horas, seria gerar algo que todos a volta nos chamariam
de malucos, pois não veriam, mas teríamos salvo este planeta. Mas se
só tivéssemos 10 horas a 3 segundos, eu ativaria após o desfazer-se da
proteção externa.
— Nos passa os prospectos, vamos estudar a potencia, mas é
possível de implementar?
— Vamos fechando triângulos de abrangência, começamos por
aqui e vamos a frente, para isto estou marcando via satélite os 16005
locais que vão fechar os 5335 triângulos de proteção.

362
— Está dizendo que podemos não conseguir fechar os pontos,
mas o campo funcionaria?
— Sim, mas a região sofreria com o sol, então se abrir um buraco
no campo, temos de saber que se vamos deixar frágil, que seja em
locais com pouca ou nenhuma vida.
— Acha que conseguimos o que com isto?
— Existem três pontos de retardo ou diminuição da nuvem solar,
estamos calculando, se conseguirmos ativar todos os sistemas, o nosso
campo que resistiria 44 horas, pode chegar a resistir 50 horas, se eu
somar a esta proteção outras 30 horas, chegamos a 80 horas, pelos
dados que estão chegando do sol, teríamos passado pela coroa mais
quente e violenta, precisaríamos de mais 30 horas de proteção, pois o
que estão calculando, a partir da centésima decima primeira hora, o
valor já é passível de ser enfrentado por nosso sistema de magnetismo,
pois ele não se altera, mesmo que tirarmos toda a atmosfera.
— Alguma ideia?
— Sim, estava estudando o campo de vinda destas naves que
chegaram a poucos dias na terra, elas abrem buracos de minhoca por
um caminho que ainda não consegui entender, ainda não o sei calcular,
mas se o calculássemos, poderíamos colocar sobre os 700 pontos que
estamos estruturando cidades de proteção ao redor do mundo, o
campo pegaria esta nuvem e a jogaria para bem longe daqui, mas ainda
sobre teste, não consegui abrir ele ainda, mas se conseguir, vamos ter
mais isto nos 700 pontos de proteção, gerando menor impacto nas
regiões laterais as grandes cidades de proteção.
— Mas não gosta da ideia?
— Eu gosto de ideias aplicáveis, vou as abrindo quando temos a
ciência, não podemos contar com coisas que não sabemos a
resistências, temos um campo destas naves, mas ele para ser aplicável
ao redor do planeta, precisaria de uma energia no espaço, superior ao
que o sol estaria derramando sobre nós.
— E não conseguimos manter ela lá nem um pouco?
— Talvez duas horas, não sabemos ainda, estamos estudando
isto, mas aceito ajuda e ideias sobre isto.
— Pretende chegar a que quantidade de proteção?
— Vocês tem de pensar que tudo isto é teórico, não temos como
testar antes, qualquer erro, são milhões de mortos.
— Sabemos disto, mas qual a pretensão.

363
— 130 horas, para com os erros que vão aparecer somente na
hora, salvarmos o planeta, pois tenho quase certeza, sempre em pânico
e na correria, as coisas desandam, e tudo que desandar, exigirá
improviso, mas com tudo a volta queimando, não teremos muito como
improvisar, então preciso de ideias, para sobrevivermos, se
conseguirem uma solução que me dê mais horas neste campo, já seria
um primeiro caminho.
Pietro olha para Pedro e fala.
— Quando vamos montar esta proteção?
— Segundos antes do sistema se desfazer, o de proteção.
— Acha que não temos energia para manter porque?
— A energia é grande, mas a amperagem alta que precisa ser
mantida em todos os pontos, todos que a amperagem cair de 120
amperes se desfaz.
— E como poderíamos manter os pontos ligados, os sobre o
planeta, na agua não sei se conseguiríamos, mas o sol sobre as naves
nos 700 pontos, podem nos fornecer energia, teríamos de ampliar os
sistemas de amperagem.
— Podemos calcular isto menino. – Pierre.
Pedro sorriu e fala.
— Eu não entendo de eletricidade, mas se me provarem ser
possível, aceito, pois uma proteção que se estendesse mais algumas
horas, a cada hora o perigo diminui neste ponto.
Pietro sorriu e olhou para Pierre.
— Teríamos de ter cabos reforçados e térmicos, pois 300
amperes vai esquentar, mas se conseguirmos manter nos pontos
chaves, o sistema pelo menos nas regiões habitáveis com naves de
proteção por 10 horas a mais, poderíamos estar salvando o planeta.
Pedro olha para Pietro, entendera, o mar poderia não conseguir
manter, os locais distantes também não, mas onde as naves estivessem
sobre as cidades, poderiam estar com uma proteção mais forte, e ficar
ali mais de 60 hora somadas as 50 do sistema inicial, proteger áreas
cultiváveis e habitáveis por 110 horas, o sorriso ainda desconfiado de
Pedro, fez Pietro falar.
— Vamos ver se é aplicável, mas eles podem não saber menino,
mas se tiver como, terá dado a arma que vai salvar este planeta.
Pedro fica sem jeito e fala.
— Vamos ao trabalho, vamos começar a distribuir ações então,
pois vamos precisar dos 16 mil equipamentos, vamos precisar das

364
plataformas de flutuação, depois do sistema de placas solares para
sustentar o inicio do campo, vai esquentar, depois vamos precisar de
milhares de cabos de energia com todo o reforço possível para resistir a
altíssima temperatura, e por fim, nós vamos acelerar o tempo, algo que
todos fora deste lugar, acreditam e continuarão acreditando ser
impossível.
Pierre sorriu e falou.
— Tem de ver menino, que vim pois precisava acreditar que
teria uma solução, mas se temos por onde enfrentar, sabe que isto
seria uma proteção para se manter ativa, nem que com o tempo, ela
fosse mandada ao espaço.
— E como manteríamos ela no espaço com o tempo? – Pedro.
— Sempre temos um lado voltado ao sol, este lado concentraria
a energia que depois redistribuiríamos, mas se precisar dela por 30
segundos, o tempo de um objeto como um asteroide se aproximar da
Terra, ele simplesmente sumiria.
— Pensa nisto, pois podemos ter problemas também com
asteroides, já que esta nuvem pela duração, vai atingir muito dos
asteroides a nossa volta, um com gelo interno, Banneker falou que
pode virar uma bala em nossa direção.
— Vamos pensar nisto, mas primeiro vamos ver se temos como
calcular isto.
Pedro olha os demais, alguns começam a conversar, ele olha o
presidente bem ao fundo, ele estava ouvindo, não sei se entendendo
aquela conversa em inglês, mas era evidente que tentaríamos salvar o
planeta.

Renata chega a Florianópolis e olha para os autômatos


terminando a obra, olha para a montanha artificial, olha para os
sistemas de barco, os novos restaurantes e linhas de banheiros, estava
saindo e um quando vê sua mãe entrando e fala.
— Veio para ficar mãe?
— Estão mexendo para valer, qual a ideia filha.
— Falamos uma tarde inteira sobre isto mãe.
— Mas está ficando diferente, o que deu na minha filha para a
fazer querer produzir algo assim.
— Deve saber que estamos em crise mundial mãe, e tenho de
fazer algo para não ficar maluca.
— E seu irmão?

365
— Em um buraco no Peru, falando com presidente Peruano, com
uma soma de funcionários dele.
— Mas vejo que mudaram alguns equipamentos de lugar,
estavam tão bem ali.
— Sabemos que alguns estavam melhor na posição anterior,
mas ali era tido como parte de uma área de preservação permanente
da ilha, então hoje eles fazem vistas grossas, um dia um fiscal quer
ganhar dinheiro as nossas custas e nos ameaça.
— E os hotéis?
— Tem um sistema de chalés que vai entrar em funcionamento
amanha, os hotéis frontais começam a andar, e teremos um espaço
para eventos musicais de grande porte ao lado.
— Pensando em atrair grandes eventos?
— Mãe, vamos ter dois eventos musicais nacionais, vamos ter 6
festas locais, e ainda teremos o espaço a alugar para eventos de quem
quiser promover shows.
— As vezes falam como se não fosse acontecer nada ao planeta,
como se não estivéssemos a um passo da extinção.
— Mãe, as coisas vão caminhar como tem de caminhar, Desterro
tem para sua proteção destinada uma nave, se olhar ao fundo, temos
uma contenção de mar de 300 metros de altura, começam a por sobre
estas contenções sistemas de energia eólica para alimentar as bombas,
esperamos em 6 meses estar testando estas bombas, mas em meio a
crise, o povo tem de ter onde se esconder, mas o principal, onde tirar a
cabeça da crise, pois olhando hoje, só se vê a muralha bem a frente, os
surfistas reclamando, mas amanha estaremos inaugurando um adendo
a este parque, que fará muitos olharem, o governador vem a
inauguração, talvez até a presidente, e ninguém está falando disto.
— Não entendi.
— Mãe, não se vê nada entre aqui e o muro distante, mas pode
ter certeza, existe algo ai, e amanha será inaugurado. Estamos
tentando distrair a mente para não pensar nas coisas ruins.
— O povo em crise faz coisas terríveis filha.
— Sei que viveu coisas assim mãe, mas agora é a vez de seus
dois filhos, enfrentarem isto, por sinal, quando vai se mudar para
perto?
— Ninguém me quer por perto. – Siça.
— Eu e o mano a queremos por perto mãe, quem mais importa?
— Seu pai não parece me querer por perto.

366
— Acho que ele sabe que ainda rola algo, então não o culpe por
se manter longe.
— Acha que poderia voltar a usar a casa que temos aqui?
— Nossa casa mãe continua ali, sabe que está, sabe que a vida
precisa ser vivida, nem precisa ir para o terreno do mano, mas se
protege, pois não temos como proteger você correndo os campos em
Gouvêa.
— Seu irmão parece ter conquistado o mundo e um ano, não
entendo como ele chegou tão longe.
— Como ele fala, não se olhou no espelho, não parou para ouvir
o que os demais pensavam, e sim, em fazer o que queria.
— Mas os dois me tornarem avó é sacanagem.
— Mãe, as vezes acontece algo que não projetamos, que não
dizemos não na hora, e isto nos permite andar ao futuro.
— O que quer dizer com isto?
— O que seria deste planeta, se você não tivesse tido uma queda
por meu pai, e gerado estes dois malucos?
— Eles achariam uma solução.
— Ou morreríamos todos tentando.
— Verdade, mas acha que seu irmão evita?
— Ele vai enfrentar mãe, se tem uma coisa que estou
aprendendo com ele, é que as vezes ouvimos muito os demais e
deixamos de fazer o que queremos.
— E resolveu ser dona de um parque?
— De um conjunto de 22 parques, que vão ter todos, cidades
abaixo de seus pés, preparadas para enfrentar o fim do planeta e
sobreviver.
— Esta dizendo que vão construir algo aqui embaixo?
— Estou dizendo mãe que a 123 metros, começa um buraco,
capaz de por todos os habitantes desta ilha, e sobre lugar.
— E ninguém fala disto?
— Sim, e ninguém fala disto.

Dallan olha para o exercito chegar a região e um autômato com


os trejeitos de Carter, chegar a entrada e olhar para o contingente que
chegava.
O general Donald sai de um dos veículos e olha em volta, Dallan
acompanhava por câmeras ocultas, olha ele chegar a frente do general

367
Carter e bater continência, Carter apenas levanta a mão com sua
eterna displicência a este tipo de comprimento.
— O que temos aqui Carter, soube que não havia ninguém, não
entendi como Dallan não estaria aqui.
— Segundo alguns na cidade, ele passa lá de vez em quando,
mas da ultima vez, parece ter pego todas as mudas de farda que tinha,
e uma imensa mala.
— Acha que ele foi para onde?
— Difícil de acompanhar, estou tentando verificar o que sobrou
aqui, mas ele transferiu o autômato para algum outro lugar, na sala de
comando dele, estão vários corredores desativados, sem cristais de
comunicação, eles danificaram os sistemas para não sabermos para
onde foram.
— E como está esta base.
— Lhe mostro.
Os dois foram entrando, vendo tudo vazio, pedaço a pedaço,
Donald foi lá pensando que estavam lhe escondendo algo, chegam a
sala de comando e pergunta.
— Os comandos de satélite ainda funcionam.
— Sim, é a única coisa que deixaram ativa, todos os demais
projetos, até aquele do jogo, que sei estar no ar, não estão mais aqui
General.
Donald olha em volta e pergunta.
— Alguma dica de onde foram?
— Sabe que oficialmente não estamos aqui General, não temos
como nem falar que eles não estão aqui, parte do Pentágono ainda
parece grato a eles.
— E acha que eles voltam?
— Devem estar esperando o presidente se dar mal, pois o
problema é ordens desconectas que recebemos, pois uma hora me
querem aqui, mas já verifiquei as coisas por aqui, querem que semana
que vem vá verificar algo no Alaska.
— Certo, mas os satélites nos dão os dados que queremos?
— O sistema mostra que existem ativas e profundas, 30 bases,
para um milhão de pessoas, mas não temos os acessos ainda.
— Alguém sabe onde os rapazes da CIA foram colocados?
— Não, alguma dica general? – O autômato começando a tomar
posição.

368
— Dizem que mais de 100 deles estavam sinalizados, mas
estranho não termos os sinais deles.
— Acha que os mataram?
— Mesmo mortos, teríamos a posição deles.
— Teria as frequências, colocamos os satélites para buscar. –
Pergunta o autômato.
— A CIA não está confiando em nós.
— Acha que podemos confiar nestes General?
— Não sei, mas se Dallan se escondeu, sinal que não, sinal que a
lista que não tinha o nome dele, pode ter passado a ter.
— Acha que eles vão mudar de ideias referente a esta base, ela
está quase no automático, pois não saberia tocar isto, e todos os
especialistas não estão aqui.
— Saíram da cidade?
— Não, mas parecem em casa, esperando que Dallan volte.
— Tem como me passar os dados dos pontos de cidades
subterrâneas.
— Estão naquela tela.
O autômato aponta uma tela, o general não parecia querer
facilitar, mas Donald chega a parede, pega o celular, tira uma foto e
fala.
— Estes dados estão certos?
— Temos os prospectos das cidades, mas estou evitando mexer,
pois os satélites estão rastreando, pelo que entendi, eles começaram
com 10 metros e foram aprofundando, estão agora passando o scanner
a 200 metros de profundidade.
— Pelo jeito mesmo Dallan quer saber onde estão, mas os dados
referente a San Diego, dizem ter um laboratório imenso, mas abaixo da
cidade, não teríamos como abrir assim, vou passar isto a frente, mas
pelo jeito ninguém nem vem aqui.
— Sabe que bases como esta, eu nunca havia vindo general.

Pedro olha para os dados e atravessa para San Diego e olha para
o Almirante Leon.
— Problemas Almirante?
O almirante vira-se assustado, demora para achar o menino com
os olhos e parece acalmar.
— Me assustou.
— Problemas?

369
— Estamos com problemas de divisa, e não sei como enfrentar,
não quero matar um exercito amigo.
Pedro olha para o senhor e fala.
— Temos de ter calma Almirante, eles querem ter justificativa
para nos atacar, sabe disto.
— E o que faremos?
— Fim do dia, a proteção da Califórnia inteira estará levantada, o
governador quer ajuda, levantada e oculta.
— E como segurar estes que estão entre um lado e outro?
— Temos de ter calma Almirante, pois temos acordo com Texas,
Novo México, Arizona, Califórnia, Oregon e Washington, então nos
temos o acordo com os estados do Pacifico, em breve saberemos quem
nos manda estes exércitos.
— Acha que eles vão recuar?
— Acho que estão pensando em como avançar, a ordem é não
matar humanos, então temos apenas de cuidar para não cair na
provocação.

Donald chega ao Pentágono e um General olha para ele.


— O que temos Donald, sei que alguns estão desertando.
— Respeito a quem os salvou, eu entendo isto senhor, se não
entende, não posso fazer nada.
— Tem de ver que cumprimos ordens.
— Se cumpre ordens sem pensar, o que faz a minha frente
general Ketlen, pois se vai me matar quando pedirem, melhor começar
fazer como os demais, se esconder.
— Me ameaçando?
— Não confio em quem muda de lado por dinheiro, por uma
vaga, que quem oferece nem tem.
— Acha que eles não tem onde nos esconder?
— Os exércitos que se isolaram, são os que tem onde sobreviver
general, eles não vão abrir mão da sobrevivência da nação por um
bando de velhos ricos.
— Mas e o presidente e o congresso.
— Eles não se negariam a abrir o caminho para eles, mas
ninguém destes foi lá, mandaram CIA, com ordens bem claras, destruir
o que não conseguirem dominar, como a CIA não tem como dominar
um exercito, eles tentaram destruir, obvio que eles se isolaram.
— E como está Los Alamos?

370
— O general Dallan desconfia de algo, pois ele deixou no
automático e saiu de lá, ele poderia ter desligado tudo, mas ele
nitidamente protegeu os estudos, se estamos em crise eles não vão
conseguir desenvolver a tempo, mas deixou tudo operante, posso não
gostar da arrogância dele, mas ele não parece ter pulado fora.
— E os sistemas lá, podem ser mexidos?
— O general Carson pelo jeito está segurando os dedos com
medo de parar aquilo, sei que é fácil parar sem querer, já o fiz sem nem
saber que estava parando.
— E os dados?
— 30 milhões de famílias, temos os locais, mas não acesso.
— E como faremos?
— Vamos ter de falar com técnicos, pois precisamos destes
lugares, vamos ter de acelerar isto.
— O que falo para o presidente?
Dallan passa o arquivo para a impressora e espera imprimir, olha
para o general e fala.
— Os locais escavados são estes, não sabemos o estado do
trabalho, mas passa para o presidente e fala que vamos precisar de
verbas e engenheiros para escavar isto.
O senhor olha os dados e fala.
— O presidente vai gostar, bom trabalho Donald.
O mesmo olha para o general sair e encosta na parede, sabia
que o agradecimento pareceu uma despedida, ele talvez estivesse
ficando paranoico, olha para a janela, olha para o senhor saindo, ele
olha de canto, vendo o senhor apontar no sentido da sala, não era hora
de xingar, mas teve vontade.
Ele chega ao corredor e olha o alarme de incêndio, bate com
tudo nele, olha para os demais e começa a ir no sentido oposto, olha
pelo corredor ao fundo os rapazes entrarem na sala que ele estava,
perguntarem dele, e a moça apontar para a direção que ele estava, o
alarme fez muitos começarem a sair, e Donald olha a saída interna,
parecia um fim injusto, ele olha para os rapazes passarem direto, mas
logo voltariam, fica ali tenso, esperando algo acontecer, olha para
aquela moça do outro lado do lugar olhando-o, conhecia aquela
senhora de algum lugar, ela fez sinal para ficar ali, quieto, viu ela olhar
os rapazes, um pareceu falar acima da cabeça de Donald e a ouviu a
moça gritar que não entendeu.
— Viu o general Donald?

371
— Ele saiu pela parte Vermelha, sabem do que estou falando?
— Ele tem acesso?
— Muitos generais tem, não posso lhe ajudar, não o tenho.
Os rapazes olharam-se e um pareceu puxar uma arma na parte
de cima, e atirou na moça.
Donald olha a moça cair, a moça o ajudara e morreria, covardes.
Donald ficou quieto, espera as pessoas se afastarem e atravessa
o espaço central do pentágono, olha para a moça caída ao chão e vê ela
quieta, olha para a mesma lhe olhar e falar.
— Hora de sair daqui general.
— Você parece com a Tenente Jones, mas é mais jovem, porque
me ajudou.
— General, acho que ou paramos esta guerra, ou ninguém vai
sobreviver.
A moça se levanta, o general viu que ela estava com um colete,
pois não tinha marca de sangue, faz sinal para ele caminhar e chegam a
uma porta, Donald nem repara, ele passa pela porta e surge em Los
Angeles, ele olha pela janela e fala.
— Onde estamos?
— Los Angeles.
— Como?
— Acha mesmo que o menino sempre está na porta ao lado
General, ele desenvolveu isto para sair e fugir, mas eles engoliram a
lista de 30 lugares para 30 milhões de pessoas?
— Me usaram?
— Sim, não nos conhecemos, Capitã Tamis Jones, deve ter
conhecido minha irmã.
— E o que fazia lá?
— General, se todos entrarem nesta ideia que se tem como
escolher uma quantidade pequena de pessoas, eles vão se matar no
fim.
— E sua irmã está onde?
— Em alguma base que nem ela sabe onde é, um destes
corredores sem destino estabelecido por nós, mas pelo sistema.
— Quer dizer que não sabia para onde vinha?
— Sabia que me jogaria em uma cidade que não estivesse sobre
ataque.
— E porque Dallan e sua irmã estão se escondendo?

372
— Eles devem precisar dos dados, ela achava que entendera o
problema, e parece que somente uma criança acreditou de cara na
verdade, alguém que parecia querer saber a duração do evento desde
que começou a estudar isto.
— O que ele descobriu.
— Que vai acontecer o evento, que a nuvem terá no mínimo 90
horas, no máximo 120 horas.
— E ele parou de ajudar mesmo assim?
— Tentaram o matar, sabe disto general, você mesmo deu 3
vezes esta ordem, uma hora o menino iria ter de decidir, o que era
mais importante, sua vida ou a de um presidente inconstante?
— Vai o defender?
— Argumentando, Pedro Rosa não precisa de minha defesa,
sabe disto.
— O que faremos aqui hoje?
— Minha irmã não entra em contato a mais de 4 dias, algo
aconteceu e pelo que reparei, nem o senhor, nem o pentágono sabem
oque.
— Mas eles deixaram o sistema funcionando.
— Assim como o jogo, para que os demais achassem que eles
estavam lá, parece que eles estão tentando entender algo, pois vejo as
obras deste menino, se ampliarem, se olhar ao fundo general, verá o
muro de proteção do pacifico se erguendo ao fundo, um muro de 300
metros de altura, acima do mar, então ali tem mais de 900 metros de
altura desde as bases presas ao fundo do Pacifico.
O general olha em volta e para o muro bem ao fundo, ele não
sabia onde estavam, mas parecia um prédio no centro de Los Angeles,
olha para a moça e pergunta.
— E qual a base que esta alocada?
— Mugu, mas a base não está lá.
— Como não está lá?
— Toda a estrutura está lá, mas parece terem saído rápido, ou
se ocultado, pois não está lá, e se ocultaram em minha ausência, então
não sei onde me apresentar ainda senhor, espero que eles estejam
bem, não tenha sido coisa da CIA.
— Acha que eles estão onde?
— Estava olhando o sistema no pentágono, mas lá também não
tem acesso, você que foi a Los Alamos, tem algo no sistema de lá?

373
— Somente os 30 locais escavados para mais de um milhão de
pessoas.
A moça olha para fora, estava pensando, olha para o general e
fala.
— Se cuida, algo está errado, ou está oculto, mas agora o senhor
saberá o que é se esconder dos demais, entrou na lista a morrer, bem
vindo aos sobreviventes.
— As vezes queria poder segurar isto, mas sei que tem gente
com medo.
— Existira uma hora que as coisas vão desandar, tenho de saber
onde me ocultar das balas amigas, isto que me preocupa.
— Vai para onde?
A moça não fala, apenas atravessa a porta a parede, que se
desliga na sequencia, ele olha para fora e fica pensando o que faria.
A moça olha para Sabrina e tira a mascara, Dallan olha para a
moça se transformar em um autômato e falar.
— O pentágono está isolado.
— O que está acontecendo tenente? – Pergunta o general.
Sabrina olha para as telas e começa a colocar pontos em um
globo que girava a tela e fala.
— Pedro Rosa, acaba de fixar isto como meta de implantação
ampliando a partir de uma base no Peru, mais de 16 mil pontos
espalhados pelo planeta.
Dallan chega perto e olha para o mapa e pergunta.
— O que ele pretende?
— Resistir o máximo possível, os prospectos que estão chegando
falam em resistir 90 horas.
— Este menino quer mesmo sobreviver, mas como?
— Ele está fixando metas, pondo pessoas para correr, abrindo
buracos, fechando acordos pelo planeta inteiro, e nosso presidente
está atrapalhando, não sei o que ele vai fazer, mas já temos 20 estados
que aderiram ao sistema de proteção dele, entre eles, o Novo México
senhor.
— Ele pretende nos fazer sobreviver?
— Ele parece querer que todos sobrevivam, mas algo o parou
em San Diego, ele está lá, existem exércitos a volta da cidade, as
ordens são de atacar, e sabe que o que tem a rua é gente assustada
com tudo isto.
— Quem deu a ordem?

374
— O presidente, quem mais, ele não está preocupado se vai cair
general, ele quer liquidar quem pode estar no futuro melhor que ele.
— Acho que ele não sabe com quem está mexendo.
— Ninguém sabe senhor, não esquece, aquele menino, fala com
um querubim, aquele menino, para o tempo, e sai de onde quer,
aquele menino, descobriu como atravessar para o espaço, aquele
menino tem um exercito que me afirmam ser de 300 mil autômatos,
mas desconfio que passa dos 3 milhões. – Sabrina.
— Porque desconfia disto?
— Primeiro dado, os sistemas dele falam em 700 naves de
proteção, não sei onde ele as conseguiu, mas ai são 700 mil soldados
de 10 metros, ele tem autômatos pelo que vi, de mais de 30
procedências, se cada lugar tiver um sistema de defesa, ele passa longe
o primeiro milhão, só de autômatos de defesa destes lugares, ele não
parou de olhar, não esquece, não estarmos vendo, é apenas o que ele
afirmou que aconteceria, que deixaria suas empresas invisíveis aos
olhos, que todos veriam 10% das coisas que se fazia.
— E o que está acontecendo no país dele?
— Ampliaram os salários de soldado, e todos os cargos de
escalão baixo do exercito, aeronáutica e marinha, eles devem pular em
um ano de 170 mil soldados para mais de 400 mil soldados, se vê bases
sendo construídas, e surgirem do nada naves de defesa, autômatos de
defesa, veículos de transporte, o menino está estruturando eles para
resistir a investidas malucas.
— E aqui nós se matando? – Dallan.
— Estou observando, mas para cada estado que confirma que
quer o apoio, assim como cada nação que confirma, começam a
instalar pontos de comunicação, fechando triângulos, estes do mapa.
— Eles vão tentar mais uma saída, e se o presidente desconfiar
vai atrapalhar.
— Pelo que diz o sistema, é uma teia de proteção, se cair em um
ponto, se mantem no resto, então eles vão oferecer, dar estrutura, mas
dependerá de nós sobrevivermos, onde cair não existirá proteção, eles
querem salvar o mundo, sabendo que onde não funcionar as chances
de morte são muito altas.
— O que faremos Tenente?
Sabrina coloca a imagem da base que tinha os autômatos e vê
uma porção de pessoas e o general pergunta.
— Que lugar é este?

375
— Onde havia os autômatos, agora se vê os militares sumidos,
os agentes da CIA, as estatuas dos agentes do Mossad.
— E não levamos ele a serio.
— Todos querem o exercito, então ele vai contra-atacar, mas o
que ninguém sabe, é que ele avança em muitos sentidos, podemos
parar o menino, mas não pararemos a Rosa’s.
— A estrutura que deveríamos estar alimentando para
sobreviver, não sei o que falaram para o presidente, mas obvio que eles
contaram uma historia, não temos como descobrir, então temos de
desviar os generais.
— Acha que Donald para de nos perseguir?
— Se ele entrar em contato com alguém, eles vão o caçar, mas a
resposta que não tenho, quem está por trás disto.

Em uma cobertura em New York um grupo de milionários se


reúne, estavam querendo dados, quando veem o general Carter entrar
pela porta.
— Desculpa interromper.
— Entre general, algo lhe preocupa.
— Tudo me preocupa, mas o meu contato no Cabo Canaveral
me passou um dado, ele está lá verificando possibilidades, ele quer
falar com você Robert, mas falou em ter uma vaga para 22 mil pessoas
em um local que para mim, parece um sonho.
— Do que está falando general? – Mary, um senhora de uns 60
anos.
— De uma passagem para um planeta vivo, ele está analisando
os 30 endereços, ele disse que somente um interessa, todo resto, são
planetas que não foram feitos para humanos.
— Acha que é serio? – Robert.
— Ele está disposto a mostrar para você Robert, e você decidir,
mas seria uma forma de deixar até uns problemas para trás, estamos
falando de recomeçar com todos os recursos tecnológicos, em um
planeta 1,36% do tamanho da Terra, com duas luas, que tem uma área
plantável 3 vezes maior que a Terra, e tem recursos todos a disposição.
— E acha que seria seguro?
— O menino parece ter se encantado com este lugar, eles estão
falando em transferir para lá, o laboratório de espécie e plantas que
eles criaram, para recomeçar, tendo toda a ciência e possibilidade que
temos aqui, nem que geneticamente falando.

376
— Ouvi isto, acha que eles vão querer povoar lá?
— O rapaz que tenho lá, disse que o sistema deles, se passarmos
e desligarmos a passagem, eles não tem como chegar a nós, os
comandos de todas as bases de sobrevivência estão sendo feitas para
ser decidido por quem estiver do outro lado se querem conviver com
os demais, para que não sejam invadidos por levas imensas ou
exércitos.
— E ele acha que consegue nos levar lá quando, pois estamos
correndo contra o tempo.
— Pessoal, eu estou propondo manter a informação que vamos
todos para a Califórnia, o rapaz disse que pode abrir uma linha direta,
da Califórnia para lá, então ele está lá para nos garantir um caminho,
mas ele pretende fazer isto em 5 meses, antes de qualquer um
desconfiar, para que possamos nos isolar com segurança, ele me
passou que o menino faz todos correrem, como se não acreditasse que
os dados de que será no ano que vem, estão corretos. – General Carter.
— Eles na NASA estão achando que pode acontecer antes? –
Robert.
— Eles acham que se perderá o planeta senhor Robert, o menino
havia conseguido formas de proteger o planeta por 44 horas, mas se o
evento vai durar no mínimo 90, e 24 horas é destruição total, se
ficarmos expostos este tempo ao evento solar, as pessoas podem ir a
buracos, mas o planeta deixa de existir.
— Acha que eles vão pular para fora?
— Todos os endereços, segundo nosso informante, são distantes
uns dos outros, e todos tem como única ligação a Terra, se ela deixar
de existir como habitável, eles provavelmente vão lançar seus grupos
para fora, mas estarão tão distantes uns dos outros, que não nos
ameaçarão, mas obvio, saberemos que em algum ponto do espaço,
outra evolução estará acontecendo.
— Este informante, tem como ajudar a sabotar as demais
portas?
— Acredito que sim, acho que podemos passar ao outro lado e
estabelecer um plano sobre o atual presidente, para ele destruir os
projetos desta empresa. – Carter.
— E acha que eles sobrevivem aqui?
— Eles vão penar em buracos até morrerem, é o que tudo indica,
dizem que o menino ficou totalmente fora de si quando descobriu a
duração do evento.

377
— Por isto está recomendando sairmos do planeta.
— Sim, todos que ficarem estarão a sorte, em um planeta sem
atmosfera, altamente radioativo, com uma camada de nuvens no
espaço que pode gerar um super congelar do planeta, ele em toda sua
superfície não teria oxigênio e estaria a temperaturas muito baixas.
A senhora olha para Robert e fala.
— Temos de saber como é esta opção, mas se o planeta vai
acabar, temos de sobreviver Robert.
— Vou marcar com o rapaz, vamos todos começar a mudar para
a Califórnia, vamos continuar em nossos planos, eu vou prometer aos
grupos que vendemos a salvação os buracos que não temos acesso,
mas vamos voltar a fechar o grupo, aos 22 mil iniciais.
Os demais concordaram, Carter sai pela porta e a senhora olha
para Robert.
— Confia neste general?
— Mary, quem é o informante dele, é John Thals, ele é do nosso
grupo, mas não podemos nos livrar de todos eles ainda, mas os 22 mil
que vão para lá, sabe bem quem são.
— Então os Thals, conseguiram infiltrar o filho.
— Sim, e já sabia do que o senhor falou, mas precisava parecer
que não nos informamos diretamente.
— E acha que vamos conseguir mesmo sobreviver em um lugar
distante?
— Acho que vamos Mary, mas se pudermos desviar para lá a
arca genética que a empresa deste menino criou, teríamos como
termos sistemas de plantio, vamos nos preparar, mas vou marcar e um
grupo dos lideres, vai decidir junto se é seguro.
— Bom, as vezes temos de ver com nossos olhos.

Donald estava no apartamento, ainda olhando pela janela, não


sabia como reagir quando seu telefone toca, telefone não identificado,
olha em volta e atende.
— Boa tarde General Donald.
Donald sabia de quem era aquela voz, e fala.
— O que quer menino?
— Perguntar se vai estar a favor da sobrevivência ou da extinção
da vida na terra.
— Vai me ameaçar?
— Para de criancice general, a criança aqui sou eu.

378
— Mas o que quer propor.
— Senhor, eu vou salvar o máximo de gente que eu conseguir,
mas não acredito que o planeta sobreviva, vamos tentar algo, mas sabe
quando é muito relativo, muitas possibilidades, e nada do que temos
ainda consegue proteger o planeta?
— E quer uma trégua?
— Já propus algumas vezes, mas vocês sempre acenam com
trégua. Mas a pergunta general, vai voltar a ser general do exercito
Americano ou um fantoche na mão dos ricos e bilionários.
— Na sua mão?
— Não, eu vou cuidar dos meus, mas tem de decidir general se
quer sobreviver e ver sobreviver todos que olha pela janela, pois tudo
que vê a frente, que não estiver numa distancia de 11 quilômetros, vai
estar destruído se não ajudar, e não serei eu morrendo senhor, será o
povo de sua nação.
— Porque se preocupa.
— Eu ainda sou jovem, não quero viver num buraco o resto da
vida, alguns querem pular para um planeta longe, mas de que adianta,
se não preservarmos o planeta.
— Colonizaríamos outro mundo.
— Se não sobrevivermos aqui, algo nos mata lá general,
enfrentar é algo digno, abandonar o campo e ver tudo se perder, é
covardia.
— Mas não vai abrir isto mesmo tendo como?
— Senhor, tenho um único planeta que acho seguro, e hoje não
caberia 30 mil humanos lá, isto não seria solução, seria mais gente
entrando em guerra para estar lá.
— Mas vai deixar isto lá sem ninguém?
— Senhor, eu vou colonizar lá, em menos de 1 ano, mas isto não
resolve nosso problema.
— E quer uma trégua?
— Sim, mas não me adianta uma trégua general, se tem uma
parte do exercito que quer me matar, e não vai lhe obedecer, se tem
parte do parlamento que não vai me deixar vivo, e tem um grupo de
velhos querendo minha morte para que não salve o planeta.
— E o que quer?
— Vai para Mugu, apoia eles, é sua nação general, alguém tem
de ajudar a salvar sua nação, eu fiz a minha parte, façam a de vocês.
— O que tem lá?

379
O general não ouve a resposta, apenas o sinal de que a ligação
tinha se encerrado.
Donald olha pela janela e olha para os carros mais ao fundo,
começa a sair, sabia que eles deveriam ter lhe monitorado, ou achava
que sim, encosta o celular o mesmo na mesa a porta e sai, começa a
descer pelas escadas, olha para o agito cada vez mais perto, olha para
fora pela porta, dois carros param a rua, um mostra a carteira para um
policial ao longe, outro olha para as pessoas e fala alto.
— CIA, não nos atrapalhem.
O general olha para a porta, olha para o rapaz e ouve outros 3
carros entrarem na região, um chega a altura da porta e aponta para os
dois e fala.
— Mãos ao alto.
— Pensam que estão falando com quem?
Uma moça desce da viatura, o general olha para ela, não era a
que estivera a sua frente, pareciam-se, mas não era a mesma, era mais
firme, mais alta, braços bem mais fortes.
— Isola a área policial - A moça sem olhar o policial ao fundo –
olhando os dois rapazes – Se resistirem, vão para um buraco, e se
puxarem as armas, vão morrer lentamente.
— Acha que nos põem medo.
— Se não tem medo de mim rapaz, sinal que é um nada na CIA,
sinal que vou ter de lhe explicar quem é Tamis Jones.
O outro a porta pareceu temer, e o general estranhou, eles o
prepararam para isto, mas obvio que algo estava acontecendo.
Um dos rapazes puxou a arma, foi esticar no sentido do rapaz, o
general olha ele assustado e ouve o som surdo de um único tiro, o
rapaz solta a arma e ouve.
— Pega a arma general, não está de férias.
Dois rapazes saem a mais do carro que a moça saiu e apontam
para os dois com metralhadoras, o rapaz da portaria se esconde e o
general vê outros entrarem, desamarem os rapazes e um lhe esticar a
arma invertida e falar.
— Hora de ninguém ficar desarmado general.
— Quem são vocês.
— Vamos – O rapaz seco, já tinham atraído muita atenção, o
general entra no veiculo do exercito e a moça entra e fala.
— Deve ser o general Donald.
— Sim, quem é Tamis Jones que põem medo na CIA.

380
— Isto poucos sabem, mas a pergunta que quero fazer general,
está de que lado.
— Da lei.
— Então porque estão favorecendo ricos e condenando pobres?
A lei não dá prioridade a eles.
— Sabe o que é ordem presidencial?
— Todas baseadas na constituição, todas as que não o forem,
nos dá direito de não obedecer, mesmo entrando para uma lista a
morrerem, embora o que vejo é uma lista que favoreceu um
estrangeiro, por inoperância do Pentágono.
— O que quer dizer.
A moça olha dois rapazes entrarem nos carros da CIA, bate na
lateral e fala.
— Vamos – olha para o general e responde – Quando se tem
problemas que seguram a operação de um estrangeiro na nação, e o
presidente por medo do que estes sabem, os manda matar, certo que o
menino se assustou, mas não se mata os aliados, sem pensar, apenas
para um presidente sobreviver entramos em ação.
— E são de que base?
— Mugu.
— Então me explique, porque o menino me recomendou ir a
Mugu, se não são favoráveis a ele.
— Acho que não entendeu general, muitos olham minha irmã,
que trabalha em Los Alamos e pensam que ela é a favor do menino,
mas ela é a favor da nação, e quando se tem alguém que pode-se
explorar e aprender métodos de proteção com ele, ela sempre vai pelo
entender, li prospectos do Pentágono falando que ela quase adivinha o
que ele faz, mas ela entende esta coisa de programação, e pode não
saber, mas 99% das pessoas são programadas pelo meio.
— E o que diria de alguém com sua aparência que se apresentou
a mim?
— Prospecto SD1 em estudo, eu estava no ultimo piso, quando
eles atiraram no autômato com minha mascara general, eu morreria, o
SD1 apenas se levantou e lhe conduziu.
— Está dizendo que o exercito conseguiu desenvolver um
autômato?
— Carlos em San Diego está acelerando, ele odiou terem matado
toda a sua família, e o exercito que deveria o proteger e sua família,
estava lá para apenas o pressionar, eles retomaram o sistema da base a

381
3 horas, o Almirante Leon deve estar chegando lá agora, vai reassumir
o sistema, e se pensa que eles estavam desenvolvendo tudo lá, não
conhece Mugu e nem Lago Seco.
— Não entendi.
— Sei disto general, acha que somos parte visível como o
senhor, digamos que sempre existe alguém por traz da estrutura da
CIA, alguém que tem de limpar a sujeira, mas nós somos os legalistas,
puxamos os prospectos para a lei, quando eles a quebram, nós é que
limpamos e legalizamos a ação, não temos um nome, quando se fala
em “O Grupo”, somos quem os observa de perto, somos quem os
controla, quem os põem no lugar que os pertencem, na lei.
— E vieram ali para me proteger ou para me deter?
— Sua detenção não é oficial, então é ordem da CIA, morte sem
perguntas ou testemunhas.
— E sabia disto.
— Acho que algo precaveu o General Dallan, deveríamos o dar
proteção, mas ele se defendeu sem precisar de nós, as vezes esqueço
que tem minha irmã lá, não somos próximas senhor.
O general olha que quando chegaram a altura da base, no lugar
de ir no sentido do oceano, entraram em uma área de plantações de
morango, atravessaram por aquela estrada estreita, e chegam a um
barracão simples, e ao entrar parecia terem mudado de lugar.
A moça olha para o general e fala.
— O general Guedes quer falar com o senhor, no barracão ao
fundo.
Donald sai do carro olhando em volta, viu o portão ao fundo
fechar, mas não entendeu, ele parecia estar em uma área aberta, mas
chegaram a ela por um portão, ele olha para os campos de treino e
olha aquela soma de seres mecânicos dispostos lateralmente, como um
exercito.
Olha para as montanhas a toda volta, não sabia mais onde
estava.
O general vê um rapaz chegar ao seu lado e falar.
— Por aqui general.
O general olha para o caminho, para os veículos ao fundo, os
caças, tudo que antes estava na base de Mugu estava ali, mas ele não
sabia onde estavam.
O general entra em uma sala e olha para o general Guedes,
lembra de que este foi um dos que não queria largar o programa do

382
menino, pois lhe facilitava a vida, mas ele não sabia o que eles faziam,
estava em uma base que não conhecia, trazido para o lugar por
militares que não estavam na base, e tinha autômatos.
— Bem vindo general. – Guedes levantando-se e esticando a
mão para o general, ele sempre era de pouco contato, apenas bate
continência.
— Boa tarde, onde estou general.
— Na base secreta de Mugu, a base que nunca existiu e nunca
existirá, o que vê ali fora como céu, é uma projeção, todo o
contingente está espalhado pelo estado, com nada superior a 100
pessoas na base, mas a pergunta que vai ouvir varias vezes senhor, de
que lado está?
— Pelo jeito querem algo.
— General, a sobrevivência da nossa nação depende de nós, o
presidente desistiu, está pensando no cargo, na família, mas ou a
salvamos ou ela deixa de ser forte, para virar restos.
— E o que posso fazer general.
— Primeiro definir, de que lado está general.
— Eu não confio neste menino, acabo me voltando contra todos
que apoiam ele.
— Se volta contra sua nação por desentendimento pessoal, me
explique general, pois não quero gente inconstante neste projeto.
— Vai dizer que é a favor do menino?
O general não respondeu, apenas olha o general esperando a
resposta.
— Ele é um perigo, ele distorceu toda a ciência local a seu favor,
ele nos roubou projetos, nos prejudicou estruturalmente.
— General, vai para casa, está tentando passar uma criança
para trás, um menino que nem está por ai, ele está no Brasil,
preparando um sistema de sobrevivência que se tivéssemos como o
fazer aqui, sobreviveríamos como nação, mas fomos a favor da morte
dele, todos nós pensando que vocês sabiam o que estavam fazendo,
viramos as costas para a empresa e para o menino, então perdemos
um apoio na hora que mais a precisamos, mas se está ainda querendo
o matar, recomendo Brasil, onde não sei, hoje ele esta no Peru, dizem
que vai percorrer cada pais da América Latina, para oferecer apoio, ele
estava aqui, agora está lá.
— Não vai querer minha ajuda?

383
— O senhor não está pensando general, não quero peso, preciso
de ajuda, mas se está nesta missão infantil de matar uma criança,
temos uma nação para salvar.
O general olha para a porta e fala.
— Deixa o general em casa, acho que ele consegue se proteger,
temos mais do que uma birra para enfrentar.
Donald olha o general sair pela porta e olhar para a moça, não
sabia qual a patente dela, ela não estava com um uniforme padrão.
— General Jones, posiciona os autômatos em 100 endereços da
Califórnia, me consegue trazer um a um dos generais das bases, quero
saber quem está a favor do presidente, este vamos isolar e por em um
buraco, não vou admitir burros no exercito da Califórnia.
A moça bate continência e Donald ouve.
— Por aqui senhor.
O rapaz o conduziu a um veiculo e quando passam pelo portão,
o general reconheceu as montanhas próximas de casa, na região de
Idaho, o rapaz o deixa em casa, e volta a estrada.
O general olha para a moça ainda em Mugu e pergunta.
— Como alguém como Donald ficou assim?
— Foi um dos que teve mais de 20% daquela infecção, mas ele
parece perdido, todos estão trabalhando contra senhor.
— E como está a base no Lago Seco?
— Não entendi como senhor, mas está bem diferente.
— Bem diferente?
— A estrutura de lá comporta mais de um milhão de pessoas
senhor.
— Autômatos ou CIA?
— Autômatos que nem interagem, apenas executam, maquinas
sem inteligência, apenas com programação.
— E o presidente?
— Acabam de decidir no Grupo, que vão deixar o presidente
para trás.
— Sabe que temos de o defender mesmo que dele mesmo.
— Democracia participativa, mas como senhor, sem nos arriscar.
— Plano B, não entendi o prospecto deste projeto que o sistema
está pedindo apoio, vindo de Los Alamos.
— Sabe que lá como Mugu é apenas isca, qual a duvida senhor.
— As imagens do general Carter lá, este é outro maluco.

384
A moça chega a tela e coloca a leitura de calor e o senhor olha
para a imagem e pergunta.
— O que quer dizer com isto.
A moça aproxima um dos autômatos do campo a frente e ele
sorri e fala.
— E quem está mandando o alerta?
— Senhor, este sistema está fechado, eles não querem que
alguém mais veja, talvez isto que esteja em jogo.
— Alguém?
— Os rapazes do Grupo, estão vindo para a Califórnia, mas estão
montando uma base em Los Angeles, eles vão tentar se apoderar de
um dos mundos isolados.
— Recomenda evitarmos?
— Recomendo ficar de olho, pois Banneker, depois de ver a ficha
deste rapaz que faz parte do grupo, o chamou para a função na NASA,
eles querem algo senhor, e não parece que seja os dar um planeta.
— Acha que é uma arapuca?
— Acredito.
— Monta uma operação para ficar de olho neles, se é para eles
saírem do caminho, eles tem de achar que estamos observando eles.
A moça sorri e sai dar as ordens.

Sabrina olha os dados, raramente recebia algo da irmã, as vezes


desconfiava de coisas vindas dela, pois nunca saberia se a irmã estava
do outro lado, soube que ela estava em Mugu, ocultando uma base do
exercito, mas antes desta bagunça, não ia a Califórnia, preferia as
praias ao sul, e não a oeste.
Dallan olha os dados e pergunta.
— Quem é Tamis?
Sabrina sorriu por dentro, alguém que passava tão em paralelo e
tão distante que nem o general sabia quem era.
— Já ouviu falar de NROC?
— National Reconessance Office Controll para mim é lenda.
— O general Guedes faz parte da NROC general.
— Esta dizendo que sabia disto e nunca comentou?
— Não falo de nada que não for interno senhor, saber coisas que
não nos faz parte, não nos parece útil, pelo menos não nos era útil, não
via sentido em discutir aqui dentro.
— Mas o que são estes dados?

385
— Eles controlam o Grupo, sabe que parte dos dados referente
ao evento, veio por ali, mas eles não precisam dizer o que são senhor,
eles jogam um jogo paralelo, mas não confio em um grupo que tem
como missão manter a lei, o presidente no cargo, e sabemos a posição
do presidente atual.
— Mas porque eles estão passando dados então?
— Temos de conversar general. – Tenente Jones.
A forma formal que a moça falou, fez o general a olhar serio.
— Algo serio.
— Sabe que assim como eles pedem relatórios constantes para o
senhor sobre todos os internos, eles pedem para que relate todos os
passos seus ao pentágono.
A cara não foi boa de Dallan.
— Você que me espionava aqui dentro.
— Não seja infantil general, sabe que eu não divido dados
internos com ninguém além do senhor, eles podem perguntar dados
vazios, mas sempre o fazem, foi baseado em um dado destes, vazio,
acredito que poderia ter sido mais especifica, mas como não o fui no
passado, acredito que isto gerou a divisão da base do Lago Seco.
— Porque acha isto?
— Eles queriam mais informação sobre aquele sistema, e tudo
que não tinham comigo era estas informações, eles dividiram e
transferiram metade para dos laboratórios, a divisão física já era
pratica, então eles criaram uma base da NROC naquele lugar.
— E o que este relatório tem haver com isto?
— A mais de três anos que Tamis não me passava nada general,
a general não é de dividir informação, então tenho de analisar se foi ela
que me passou os dados, antes de dividir eles.
— E como saberia se é dela?
— Se parecer dela, ligo para ela e confirmo.
— E como saberia que é ela do outro lado tenente, pode ser
qualquer pessoa do outro lado.
— Senhor, a General Tamis Jones, é minha irmã.
O general senta-se e pergunta.
— Você tem uma irmã e nunca falou disto aqui dentro.
— Sabe que não.
— Mas o que diz ai?
— Que existe uma suspeita do NROC, que Banneker pretende se
livrar de todo Grupo, mandando a um endereço fixo, que eles tem

386
alguém infiltrados, que parece que Banneker sabe e estar dando
espaço para ele os trair rapidamente.
— E porque dividiriam isto com nós?
— Culpa de um general que falava por ai que eu adivinhava os
passos do menino, eles querem saber se isto é positivo ou negativo, se
iria nos gerar mais problemas ou menos problemas, eles estão lendo os
prospectos de instalação da proteção, e parece que é algo que vão
apoiar, mesmo sem o presidente ver. Eles atraíram Donald para lá, mas
parece que ele ainda está na birra com o menino, o general Guedes
quer alimentar a sobrevivência da nação, mesmo que desviando o
presidente.
— Ele não estava na lista do presidente a morrer?
— Senhor, Guedes é um Fanes, está em todos os relatórios da
CIA, ele se impôs ali, ele pode ser odiado por muitos, o presidente o
achar perigoso, mas ele faz parte da proteção do mesmo, o chefe da
CIA não o desejaria morto, se não quiser morrer no segundo seguinte.
— E como ele vai fazer isto?
— Se me autorizar a dividir parte das nossas informações
descubro, se não, teremos de apenas os ver sumir, pois estes são tão
invisíveis como o menino, entendo onde eles adoraram os sistemas do
menino, algo que os torna ainda mais em apenas lenda.
— Mas vai confirmar antes se é dela.
— É dela senhor, quem sabe além de mim que nos conhecemos?
— Alguém lá.
— As pessoas lá não sabem bem como somos, duas irmãs no
exercito americano, que conquistaram a vaga na força, determinação,
força, perseverança.
— E o que gostaria de dividir com ela?
— Na verdade gostaria de saber qual a estrutura que o
Almirante Leon está dando a eles, pois ele o está dando.
— Como sabe?
Sabrina coloca a imagem dos autômatos em produção em San
Diego, se via os rostos iguais, e olha para Sabrina.
— Pensei em sua homenagem, mas está dizendo que é em
homenagem a sua irmã.
— Sim, mas isto é uma provocação de Leon ou do menino
senhor?
Dallan sorri, ele não estava entendendo até aquele momento e
perguntou.

387
— Sua irmã não o conhece?
— Nem ele e nem Leon.
— E como ele saberia.
— Dallan, o sistema deles é o Rosa’s, cada um usou o sistema
para se isolar, mas continua sendo o sistema do menino, um menino
que deveria conseguir invadir o sistema anterior com mais facilidade do
que obter os dados hoje do próprio sistema que ele criou.
— E o que o menino iria querer com isto?
— Senhor, o forte deste planeta, é o todo, se ele perder uma
parte do planeta, para o sol, isto desencadeia mudanças globais, as
vezes as pessoas esquecem que o menino tem acesso a coisas que não
tínhamos, quando se fala do sistema de levantamento de catástrofes,
ele tem um sistema com processadores, ainda em desenvolvimento,
mas que ele deve ter o dele instalado, que faz o que o nosso faria em
12 dias, em 5 minutos.
— Ele deve estar com um sistema para cada problema,
controlando os autômatos, paramos um, o resto continua, e quando
olhamos, dá a sensação que ele não parou, mas não sabemos
exatamente onde ele parou, este menino põem muitos com medo,
Donald depois do menino, perdeu todo o chão.
— Todos perdemos senhor, pois eu tive medo, o senhor quase
foi morto, chegaram a pedir nossa morte senhor, e não fizemos nada
além do que nos foi permitido.
— E eles não entenderam, o menino estava se instalando, não
sei se por azar dele, destino, mas estaríamos com um problema mil
vezes maior se ele não tivesse surgido, talvez tenha de concordar, um
ser angelical o colocou ali, pois não sei realmente o que estaríamos
fazendo.
— Talvez nada senhor, pois quem nos colocou nisto foi o
menino, quem colocou NASA nisto foi o menino.
— Mais um motivo para acreditar em algo divino.
Sabrina olha desconfiada para Dallan, ele falando em Divino era
algo que não combinava com aquele senhor.

Pedro chega a sala onde Carlos, engenheiro de San Diego, olhava


para um projeto tentando o resolver, e fala.
— Desculpa, não protegi eles. – Pedro.
Carlos olha para Pedro, olha serio para o Almirante e fala.
— O que ele faz aqui.

388
— Ele faz parte do investimento nesta base, sabe disto Carlos.
— Eles mataram minha família por causa deste estrangeiro
Almirante, se ele vai estar por aqui, eu não estarei.
Pedro olha o senhor e apenas toca o peito, caminha naquele
tempo estático e atravessa para o Cabo Canaveral, aciona o código de
retirada.
O Almirante olha para o menino sumir, os autômatos de
segurança do fundo começam a se retirar, os grandes painéis de portal
começam a se abrir e duas imensas estruturas começam a passar
novamente para seu planeta de origem.
Pedro começa a se encher desta criancice, a criança era ele, não
os demais.
O Almirante olha para Carlos e não fala nada, os sistemas de
transporte começam se desativar, os sistemas ao longe começam a ver
sumir autômatos, naves, estruturas, a proteção se liga e tudo some da
vista, começando a retirar dali a estrutura.
O general Guedes olha para os autômatos na parte baixa
marcharem e começarem a passar por um portal, a proteção superior
começa a apagar, em meio aquele buraco.
O muro a volta de San Diego começa a sumir, o muro de
proteção da Califórnia se mantinha, mas todo o isolamento de San
Diego parece afundar na terra, como se tivesse voltado a condição de
rocha abaixo da terra.
A nave sobre a base começa a abrir suas comportas, os
autômatos começam a pular nas pequenas naves e começam a se
acoplar a grande nave.
A nave sai do chão e com umas ultimas naves se acoplando
dispara ao espaço.
O céu volta a ser azul e branco, com poucas nuvens.
Carlos olha para o Almirante e vendo aquilo e fala.
— Disse que era apenas ilusão contar com isto.
O Almirante não falou nada, sobe a base, olha para a parte que
não aparecia, mas viu o chão subir na parte que havia sido criado uma
entrada de cais, muitos olhavam para ele, mas ele não sabia o que
estava acontecendo.

O presidente olha para o chefe da CIA entrando na sala;


— Novidades?

389
— A base em San Diego acaba de ser desfeita, o satélite não
pega mais um buraco abaixo da cidade, e a cara dos generais e
almirantes é de que não entenderam nada.
— O menino acaba de os deixar onde merecem general, eles
traíram a pátria, confiando no menino, o que esperavam?
— Não sei, mas se ele começar a sumir com os demais pontos
como fez com este, com esta rapidez, o que faremos?
— Acha que tem vaga para quantos?
— Não sei senhor, minha estrutura foi transformada em meia
dúzia de postos de monitoração.
— Me observa o grupo, ele está muito calmo, eles tem planos
próprios, posso sentir isto no ar.
O senhor sai, enquanto o presidente tentava entender o que
estava acontecendo.

Pedro surge na base no Cabo Canaveral, olha para Banneker e


fala.
— Como estamos Banneker.
— As ultimas velas estão saindo para o espaço, quer ver como
está ficando?
— Vim para isto, sabe que vamos manter as coisas erguidas e
vamos tentar evitar problemas.
— Não entendi a ideia?
— Banneker, mortos não chegam a lugar nenhum, ficam ao
chão, todos querem minha morte, todos torcem por minha morte, pela
sua, mas vou tentar viver o máximo que conseguir.
Os dois descem, o menino olha aquele imenso buraco, mais de
mil metros de comprimento, aquela nave, imensa, tomando quase
todo lugar.
— Acha que fica pronto quando Banneker?
— Vão 4 meses, é muito material especial sendo feito, mas
agora é montagem, ninguém nem imagina que temos 20 buracos
destes nesta base, estamos dispondo tudo nos trilhos, vamos tentar
fazer os 20 maiores lançamentos, minutos após termos confirmado o
evento.
— Bom, hora de começar a fechar a base Banneker, vamos dar a
sensação que não deu certo, eles vão olhar via satélite e vai parecer
que a base aqui e ao lado não estão mais lá.
— Certo, quer nos proteger mas não quer antecipação.

390
— Não me adianta antecipar.
Pedro olha para os dados, para os prospectos e se despede.

O Almirante Leon estava olhando os dados, Carlos estava na sala


ao lado, ele provocara, mas esqueceu que o menino não era um
inimigo, agora olhava os autômatos tirando as coisas, e não teria como
dizer não tire.
O almirante atende o celular.
— Como estão as coisas Almirante? – Dallan.
— Começando a ficar como todos querem, sem ameaça, sem
proteção, sem paciência do menino.
— O que está acontecendo Leon, algo que não parece gostar?
— O exercito está entrando na base nesta hora, mas eles
entraram na cidade apenas com o sair de todas as estruturas, de uma
hora para outra.
— Porque me parece mais uma vez um blefe?
— Se for um blefe general, estou sendo vitima do blefe, se tinha
material para 10 mil anos de pesquisa, neste instante, tenho apenas os
pequenos projetos que achava imensos de algumas semanas atrás.
— Mas o que aconteceu, não vejo motivo para algo tão drástico.
— Acho que o maior problema Dallan, é que todos dizem que
não querem isto, mas fizeram tudo para que isto acontecesse.
— Pelo jeito lhe coloquei numa enrascada.
— Depois conversamos, deixa eu ver se termino o dia nesta
base, ou me afastam.
Talvez a firmeza de Carlos só começou a se desfazer, quando viu
aqueles militares apontarem as armas para o Almirante, como se
realmente tivessem tirando ele do comando.

A general Jones olhava a base sem os autômatos, olha para o


general e pergunta.
— O que aconteceu que não acompanhamos?
— Acompanhamos e não interferimos, uma meia dúzia de
generais forçando militares sobre outros comandantes, para
justificarem as ações, usavam um menino como justificativa, ninguém o
viu, tudo sumiu, agora vão afirmar que não queriam isto, mas todos
torciam por isto.
—E o que faremos Guedes?
— Precisamos de informação, não sei ainda como a obter.

391
A moça coloca os dados dos satélites e fala.
— Porque me parece tudo falso.
— Porque o sistema está omitindo tudo no subsolo.
— Como ter certeza. – Tamis.
— Não estamos ai general, quem fez isto, não nos quer dizer que
fez, mas para olharmos direito.
— E como sabermos o que querem dizer?
— Precisamos dos dados das bases que são nossas, de uma
semana atrás.
— Acha que está ai a dica?
— Uma tentativa a verificar.
A moça olha para o general que fala.
— Pode ligar, precisamos dos dados.
Tamis liga para a irmã, as duas não se falavam há muito tempo, e
o clima estava já na primeira frase.
— Boa tarde, podemos conversar Sabrina? – Uma forma quase
grosseira de falar.
Sabrina olha para o general Dallan e faz sinal para ele chegar
perto, liga o cabo p2 no celular e fala, com o som saindo pelas caixas de
som.
— Sim, no que posso ajudar General Jones.
— Estamos precisando aqui em Mugu a posição das bases do
exercito de 7 dias atrás.
— Motivo, já que a posição de algumas é secreta.
— Queremos saber quais as bases no sistema está escondido,
pois nem a nossa, nem as de Los Alamos estão nela, então o sistema
não apenas ocultou as bases da Rosa’s, mas todas as que eles não
queriam reveladas, mas me perguntaram quais o sistema deixou visível,
pois algo tem de significar isto.
— Verifico e lhe passo os dados, algo mais general?
— Temos de conversar Sabrina.
— Lhe ligo qualquer dia.
Tamis desliga e o general a olha.
— Pelo jeito é quase gato e rato?
— Ela não demostra em trabalho os seus sentimentos senhor,
ela está numa base que todos dizem ser menos secreta que a nossa,
mas nós somos lenda, eles todos sabem que existem, e ignoram onde
ficam as bases deles.
— Acha que ela vai nos passar os dados?

392
— Já saberemos.
Sabrina olha para o general.
— O que ela quis dizer? – Dallan.
Sabrina não sabia, mas chega a imagem das 600 bases que
monitorava de perto, olha para os dados, olha para os satélites e fala.
— Alguém em Washington começou a procurar por bases
secretas seguras a dois dias, a cada olhada o sistema foi os omitindo, os
sistemas deixaram apenas as 72 bases de urgência presidencial, e as
bases clássicas, as que a CIA montou. – Sabrina olha para o general e
fala – Pode parecer pouco general, mas eles estão ocultando os dados,
para os proteger da CIA e malucos capazes de invadir uma base
metralhando os que tentarem lá chegar.
Dallan olha os dados e sorri.
— Isto tem cara do menino, mas ele pega pesado, se ninguém
vai ajudar, ele vai tirar do campo os perigos, e deixar quem sabe em
pânico, pois o que era firmeza de alguns, pode ser que se desmanche
em desespero em horas.

As bases na América foram sumindo, as na Europa surgindo, as


na Rússia e China se ampliando, um exercito espalhado pelo mundo,
mas sem uma ideia de como enfrentar.
As ideias de alguns se voltam para as guerras, mas uma coisas
era guerrear com as leis do passado, todas as grandes guerras foram
antes dos tratados de paz e respeito a divisas, as guerras eram muito
mais publicas do que antes.

O almirante Leon olha para os demais lhe olhando, ele estava


sentado em um tribunal, adaptado na antiga cobertura do galpão 22,
da base de Nolf Imperial, olhando os demais e um senhor fala.
— O que tem em sua defesa Almirante Leon?
— Sobre as acusações nada, pois nada do que falaram fiz, todos
a volta sabem disto, a pergunta senhor, como um presidente pede a
morte de generais, almirantes, de secretários e senadores, e os
senhores não os defendem, como uma comissão que se omite diante
disto, quer me julgar.
— Não temos prova desta afirmativa.
— Certo, um agente da CIA, entra no Senado Americano, dispara
vários tiros, e não virão?
— Eram montagens.

393
— Deus tenha pena de seus filhos general, pois eles morrerão e
o senhor, alegando cegueira, os verá morrer e aplaudirá.
— Esta me ofendendo.
— O senhor acaba de ofender todas as esposas, filhos, netos,
desta nação, e vem querer me julgar.
— Esta me desacatando.
— Eu estava preso na base, pedi reforço e ficaram esperando
eles saírem, para somente após entrarem, e vem me acusar general,
mas as montagens, geraram mortes senhor, e pode me condenar, mas
assim que o congresso terminar de por o presidente que pediu isto, o
senhor assinou embaixo pelo jeito, volto a meu posto, o senhor, vai
para cadeira elétrica, pena não ser em campo, pois um tiro resolvia
isto, pois covardes, assassinos, não deveria estar na direção.
— Acha que isto lhe salva.
— Se acha que o menino vai me defender, não entendeu senhor,
o senhor, todos estes que nos cercam, estão mortos, que a imprensa
ao fundo saiba, o presidente está fazendo um buraco para se proteger,
o inimigo, o sol, data, primeira quinzena de Novembro do ano que vem,
o senhor, pode me condenar, mas não vive mais que um ano e pouco,
pois todos – Leon os encara – conseguiram isto, vão para casa e falem
as suas esposas, filhos, netos, parentes, eu ajudei a destruir toda a
proteção que estavam montando para sobrevivermos, pois um
presidente, não quer pobre sobrevivendo, só uns babacas ricos, que se
eu parar de comprar seus produtos, não valem o que comem.
Um agito no fundo se fez, uma coisa era quererem algo fechado,
mas aquilo já tinha saído pela radio local, mesmo que tentassem não
tinha mais saída, se eles queriam o motivo daquela base que sumiu,
começavam a entender.
— Ordem. – A cara de desgosto do senhor, que pareceu se
perder, todos começam a fotografar, o exercito ao fundo, alguns nunca
haviam ouvido aquilo.
— Acha que eles acreditam nisto Almirante, o que ganha
mentindo desta forma.
— Não me interessa se eles acreditam, pois o senhor sabe que é
verdade, o presidente sabe que é verdade, toda a cúpula alta da CIA,
sabe disto, e todos, querem salvar aquele grupo, criado por Robert
Rockfeller, um vendido querendo me julgar.

394
O tumultuo continua, o olhar do general para os repórteres que
invadiram junto a base, o que lhe parecia uma boa ideia, agora não
tinha mais como omitir, a cara do senhor dava a condição.

O presidente em Washington olha para a noticia, os assessores


olham para ele, pois o mundo recebia a informação via internet,
circulando rápido, alguns que se perguntavam porque das imensas
obras começadas na Europa, como as cidades estranhas da Alemanha,
o surgir de uma na região norte de Londres, os canais que todos
estavam falando mal, protegendo terras baixas, todas as informações
chegando junto, induzia naquele sábado, uma mudança que os grandes
sabiam, mas enquanto não se via nada nos Estados Unidos, se via em
outras nações a ação, as palavras do Almirante, junto com suas imagem
se espalham por sistemas de comunicação.

Dallan olha para Sabrina registrando, mas não filtrando e


pergunta.
— Acha que devemos deixar vazar tudo Tenente?
— Acho que a ideia do menino é esta senhor, me perguntou o
que achava, a forma firme do Almirante falar com o senhor, ele sabia,
ele queria como aconteceu, olhando as imagens da entrada da base,
quando os militares entraram, os repórteres geralmente ficam ao
longe, mas dois grupos, um tocado por Mari, da CNN, e um por
repórteres que não estariam ali, pois são da Florida, entram juntos, os
militares achavam que veriam grandes coisas, mas tudo estava vazio,
tudo estava controlado, sem nada que os militares queriam, se vê o
prender do Almirante, o estar deles ali garante a existência daquela
reunião, o general Ketlen é um destes que vai ser deixado para traz, um
idiota de farda general.
— E como está a repercussão mundial?
— Muitos querem a posição de seus países, e a primeira ministra
alemã está prestes a dar uma entrevista, esperando o fim do evento
em San Diego para falar.
— E alguma dica sobre o que ela vai falar? – Dallan.
— Não, mas não esquece, ela foi ameaçada por nosso
presidente, de guerra, para não montar as cidades de proteção.
— Acho que nosso presidente terá problemas?
— Precisamos de uma liderança senhor, não sei como
enfrentaremos isto sem uma liderança.

395
— No que acha que ele vai apostar? – Dallan olhando para
Sabrina que fala.
— Não sou adivinha senhor, eu trabalho com dados, não com
adivinhação.
— E o que seus dados dizem, pois isto que alguns vão perguntar-
se.
— Empresaria de renome em 10 estados americanos, de dupla
cidadania, Priscila de Sena, está nesta hora, em reunião fechada com o
Senador Obama, em Washington.
— Acha que se Obama tivesse ganho a eleição seria mais fácil?
— Ela quer apoio, não o por para cima, mas com certeza, uma
reunião destas, só neste momento passa desapercebido, mas esta
moça, é tida por olhos conservadores e moderados, como alguém que
apoiam, que confiam, ela cresce no mercado por ter confiança de
investidores, de parceiros e a fama de se defender com as mãos como
poucos.
— E porque acha que a aposta está por ai?
— Alguém respeitado por Obama e Trump.
— Algo pesado, mas o que falamos nesta hora?
— Senhor, sem todas as peças, não temos como saber, já que o
menino investia em grandes projetos, e alguns deles, estariam
assustando o mundo, mas ter os dados, não me faz prever os caminhos
do menino, vocês as vezes criam lendas senhor, ele criou a dele, o
menino com sósias é um deles, o menino da maior mina de diamante
do mundo, o menino que desafia presidentes, o menino das ideias
geniais, acho que o que vocês não estão contando, é que quem faz isto
é Pedro, aquele mínimo menino.
— E acha que devemos observar.
— Ele sumiu com os pontos polêmicos, como a base em San
Diego, mas a base da Florida também está sumindo, tudo que tinham
para estruturar o avanço, esta sumindo por um lado, muito visível em
outros.
— Em outros?
— Senhor, enquanto conversamos, próximo de 7 mil balsas, um
nada na imensidão do pacifico, se fixam, elas tem uma medida de
controle, montada via satélites, que as fixam em seus pontos, com
distancia máxima de 1%, mas próxima da 0,21% de erro, eles vão
estabelecer uma proteção sobre todo pacifico senhor, eles não querem
que o oceano evapore.

396
— Porque eles acham importante?
— Se 20% do pacifico, evaporasse e se mantivesse na parte
baixa, da atmosfera, estas nuvens atravessariam toda a américa, do sul
ao norte, gerando chuvas na casa de 300 milímetros, por toda área que
passarem, rios como Amazonas, Paraná, São Francisco, Colorado,
Mississipi, subiriam perto de 20 metros, em minutos.
— Seria uma lavagem por todo chão?
— Sim, morreriam no inicio dos dias, milhares afogados, nos
segundos seguintes, esta agua evaporaria, e continuaria a destruição a
frente.

O general olha para a imprensa e sabia que viriam perguntas, ele


não acreditava, mas o Almirante a frente acreditava e fala.
— Prendam o Almirante, vamos fazer um julgamento fechado
em Washington.
Os soldados o levantaram, Carlos olha para o Almirante, ele
estava puxando sobre ele, mas obvio, se todos desistiram, se culpariam
o lado que estava enfrentando, todos os em posição neutra, não
facilitavam nada.
O general estava ordenando quando veem o Governador e o
Prefeito entrar pela porta.
O governador olha para o militar e fala.
— Respeito, ele esta ao lado da vida, então respeito soldado, sua
vida pode estar sendo salva neste momento.
O governador olha para o militar e pergunta.
— Quem comanda esta operação na Califórnia, sem autorização
do governo, da prefeitura, e sem assinatura oficial de ninguém em
Washington?
— Estamos retomando a base.
— Ela nunca esteve isolada dos militares, dos repórteres e nem
do presidente, porque estão executando esta operação general, isto
que quero saber?
— Cuidamos de assuntos federais, de defesa.
— Desativar um sistema de proteção se encaixa onde nisto
general?
— Vai acreditar no que ele falou?
— Acabamos de saber que perdemos acesso a áreas de proteção
do povo da Califórnia, pois vocês as invadiram aqui, na Florida, em

397
Comptche, e vem falar que não acredita no que isola do povo, me
explica general?
A imprensa olhava aquilo, enquanto um grupo de militares toma
posição na entrada, com veículos novos, um com uma porta de
passagem, os militares viram os demais como reforço, mas eram bem
mais que isto.
O Almirante entra em um veiculo, o rapaz lhe tira a algema e
fala.
— A porta o leva a base senhor.
O Almirante olha o militar e pergunta.
— De que base são?
— A NROC não tem base oficial senhor.
O Almirante viu que estavam entrando em campo os invisíveis,
aqueles que o próprio exercito achava fantasia.
Ele passa pela porta e os carros saem, como se fossem a
Washington, ninguém viu o senhor sair do carro, então a comitiva de
proteção sai no sentido do aeroporto.
— Governador, o que sabe sobre o evento que o Almirante Leon
falou?
— Muitos me perguntaram a um dia, porque estados como
Florida, Califórnia, Texas, estavam erguendo muros de proteção em
seus litorais, mas isto faz parte de um sistema de proteção, começado a
estruturar a exatos 15 dias, para todos nós é novidade, pois a NASA e a
NRO confirmaram juntas, o evento a 7, evento calculado por um
técnico a 15, então se estamos correndo, é por tentarmos salvar o
nosso povo, mas investidas de parte do exercito, parecem querer as
bases para eles, por isto vim a base, quando soube que um general de
Washington sem autorização, resolveu esvaziar isto, quando ele
chegou, eles já cercavam a região a mais de 24 horas, a pergunta, onde
eles colocaram tudo que tínhamos aqui para enfrentamento de crise.
— Alguns falam em autômatos de 10 metros, além daquelas
naves imensas.
— Aquelas naves imensas, são balões, o material está sobre
estudo, pretendemos montar pelo menos mais 100 delas para fazer
sombra sobre as maiores cidades no meio da crise solar.
— Acha que vai acontecer?
— Quando calcularam isto, a NASA só entrou nisto, quando os
cálculos somaram mais de 100% de chance de acontecer, a função do
governo, é criar pontos de segurança, mas quando falei para o

398
Almirante ontem, ele insistia que deveríamos abrir ao povo o
problema, toda esta operação é para silenciar os que sabem, toda a
lista de pessoas assinada pelo presidente, são de pessoas que a CIA
sabia terem ciência do fato solar.
— Está afirmando que as mortes foram coordenadas para que
isto não viesse a publico?
— O general acusa o Almirante de traição, mas todos do alto
escalão sabem que o Almirante é um dos alvos da lista, vimos toda a
família de um engenheiro daqui, ser morta, para atrair o Engenheiro
para um enterro, e lá houve uma tentativa de assassinato, quando o
almirante resolveu abrir mesmo antes da hora, foi por medo, pois
alguém está querendo as bases de proteção apenas para eles.
— Está falando daquela multinacional? – Um senhor ao fundo.
— Não, a Rosa’s é uma empresa de empreendimentos
tecnológicos, ela propôs ao governo americano abrir vaga em cidades
subterrâneas e coberturas sobre grandes cidades, para 200 milhões de
americanos, mas o governos não pagou o valor, acha caro.
— Eles querem ganhar dinheiro com este problema?
— Ele ofereceu para nosso governo, para o governo deles,
enquanto a Primeira Ministra alemã, contratou cidades para os 70
milhões de Alemães, nosso governos comprou apenas para um grupo
de milionários, e para o executivo e legislativo.
— E acha que devemos pagar?
— Quem não tiver como pagar, pode começar a cavar, precisa
para sobreviver fora de cidades que o governo da Califórnia vai
determinar, um buraco com no mínimo 30 metros de rocha firme
acima da cabeça, não esqueçam de levar comida, agua, e não entrarem
em uma furada, o governos da Califórnia contrariando a ordem do
presidente de não o fazer, estamos construindo 10 cidades, para
abrigar todos os habitantes do nosso estado.
O general ao fundo viu que a coisa iria pegar fogo.
— E porque das maquinas de guerra na entrada desta base até
ondem?
— Senhores, o mesmo presidente que não quer que façamos
proteção para nossos habitantes, mandou matar quem sabia, é o
mesmo que comanda estes militares, se eles acham que na hora H, vão
tomar do povo da Califórnia, o que os californianos pagaram para se
proteger, não estaremos bonzinhos na hora H.
O governador olha para o general e fala.

399
— Tem meia hora para sair de meu estado, se estão a favor
daquele presidente que tem medo de um menino de 13 anos, não
podem ser grande coisa, soube que alguns generais sumiram, e o
senhor não afirma ter assinado suas mortes.
— Me acusando?
— Onde está o General Donald de Idaho, que o senhor foi o
ultimo a falar com ele no pentágono?
— Me acusando?
— Pergunta direta, um general que manda matar aliados, e quer
se fazer, some general, pois se tivesse provas, não sairia desta cidade,
nem com todo este exercito a volta.
— Vamos manter a base aqui, acha que manda em algo
governador.
— Mais que você, mas vi que só entraram quando tiramos
nosso sistema de defesa, era um teste senhor, acha mesmo que o
governo da Califórnia não sabe o que acontece em suas terras?
O general olha para a base que sumira, ele não sabia o que
estava acontecendo, algo estava muito além da ideia que ele tinha do
evento, ele não tinha a resposta, mas todos ouviram e as TVs
conheciam o general Donald, o general que um menino resolveu tirar
sarro, o sumiço dele, estabelecia que algo realmente estava
acontecendo.

A primeira ministra alemã em cadeia nacional afirma os planos


para o enfrentamento, que ela escolheu a sobrevivência, ainda tinha
muita coisa a ajeitar, não se constrói estrutura par 70 milhões de
pessoas facilmente.

O presidente Americano olha para o diretor da CIA e pergunta.


— Não mandei calar as pessoas sobre isto?
— Sim, mas parece que alguém esperava que fizéssemos isto
senhor, mas temos de nos preparar para uma tomada de posição.
— Eu posso negar isto, mas dai em um ano não terei como fazer
o oposto, mesmo não pretendendo o fazer hoje, é algo a se pensar,
acusar o menino não deu resultado, ele não surgiu, ele está através da
empresa dele, gerando apoios internacionais, o que o Grupo está
fazendo?

400
— Pelo que entendi, eles mudaram suas famílias para a
Califórnia, sabiam o que o governador falaria, mas tem algo referente a
alguém infiltrado em Cabo Canaveral, preparando um caminho de fuga.
— Não entendi.
— Algo sobre o menino ter falado que dos pontos fora do
planeta apenas um era seguro, alguém dentro da NASA confirmou isto,
e eles estão na Califórnia para despistar, eles quere esta passagem, o
local comportariam 30 mil pessoas, eles estão ocultando da maioria,
vaga apenas para os 22 mil do grupo inicial.
— Temos como os atrapalhar?
— O NROC está empenhado nisto senhor.
— Esqueço que existem grupos que são invisíveis, nem sabia que
eles tinham tamanha estrutura, mas pelo menos aquele Guedes vai me
servir a algo.
— Ele o defende senhor, não entende isto, mas não achará
pessoas mais fieis a continuidade do que a NROC, eles nos
enfrentariam para lhe defender.
— Não entendi.
— Diz nos relatórios confidenciais da CIA, que no dia seguinte a
morte de Kennedy mais de 300 agentes da CIA simplesmente sumiram,
eles não entenderam a operação, não a conseguiram detectar antes,
mas quando souberam do acontecido, somente 10 lideres da CIA
depois de se comprometerem a manter a lei, sobre ameaça, ficaram
em seus postos originais.
— Mas sinal que não são muito de ações de proteção?
— Eles não invadem funções da CIA, mas não quer dizer que se
sairmos da linha, eles não limpam a área senhor, e a missão deles é
usando os dados da NRO, lhe dar cobertura e sobrevivência.
— E porque eles não me protegeram do menino?
— Senhor, eles o protegeram, foram eles que abriram as portas
para que os sistemas de desinfecção chegassem ao antigo secretario de
segurança, sabe bem o que teria acontecido.
— E como enfrentamos isto?
— Acho que no fim, nós batemos em quem não deveria senhor,
fomos usados por aquele grupo do Rockfeller, eles nos querem fora da
salvação, nos convenceram que tudo que se fizesse era pouco, que o
planeta não comportaria muita sobrevivência, que os gastos com isto
iriam tirar estrutura de quem sobreviveria, que teríamos de escolher
um lado.

401
John olha as imagens, a maioria nem se prendia a isto, estava a
olhar quando uma mensagem para se apresentar a sala de Banneker
toca no celular.
John levanta-se e olha para as ultimas noticias, em sua mente
teria de acelerar.
Banneker olha John e fala.
— Como estão as linhas de segurança John?
— Estranho ainda aquelas passagens, mas me deram acesso
apenas a 8 delas, algum problema?
— Sim, os autômatos das demais portas estão dando falhas, não
será seguro nem usar aqueles autômatos, estavam a muito tempo
parados, então temos de reter as seguranças destes mundos, vamos
diminuir os grupos de autômatos verdes, eles que estão dando
problema, mas não foi por isto que lhe chamei.
— O que precisa fazer senhor? – John se colocando em
prontidão.
— O grupo de cientistas que faço parte, desenvolveu um sistema
de proteção genética, criando a arca de Noé do futuro, deve ter ouvido
falar.
— Sim, a que está na Finlândia.
— Eles criaram 3 delas, uma na Finlândia, um na Califórnia, e um
para passar para longe daqui.
— Não entendi.
— Sabe agora, já foi a 8 endereços, que eP3 existe, que lá temos
um planeta habitável, pretendo passar por uma passagem, para cá, um
dos 3 sistemas da Arca Genética, vou por alguns para lhe ajudar, vão
levantar em eP3, a estrutura, para em 15 dias, estarmos passando para
lá esta arca genética.
— Está pensando que nada aguentará?
— Me precavendo, tem muita gente contra, se tivermos onde
jogar 22 mil seres, com estrutura para 60 mil, como viu, teremos as
pessoas para começar num lugar distante.
— Ajudo a organizar, pelo jeito acha que será pior do que
falaram.
— Os dados do sistema de sobrevivência, mesmo com as
proteções, com as estruturas, é algo assustador, as vezes queria ser
mais frio para isto, mas acho que todos aqui estão cansados, e não

402
estamos parando nem nos fins de semana, tem muita gente em casa
reclamando, mas temos de acelerar agora.
John concorda, anota as estruturas e pessoal que o ajudaria e
começa a organizar algo que o fez sorrir, estavam o facilitando o
trabalho.

Robert chega a Cocoa, estava no fim do dia, viu o rapaz entrar no


restaurante e apenas chegar a mesa.
— Vamos evitar ficar em publico senhor, vamos a minha casa.
— Acha que eles desconfiaram?
— Não, mas algo como o que vou falar, melhor eles nem
desconfiarem.
Robert acerta a conta e sai pela porta.
Entra no carro do rapaz, ele fez sinal para outro carro os
seguirem, nele estavam outras 3 pessoas do grupo, mas estavam
evitando problemas.
Chegam a casa do rapaz, de frente ao mar em Cocoa Beack, e
todos se cumprimentam, John apresenta a esposa e ele, Robert e a
senhora vão ao escritório.
— O que quer me falar, sabe que estamos todos em polvorosa
por causa da saída do menino disto.
— Todos estão senhor, mas como todos sabem, a sobrevivência
na Terra será bem extrema aos que sobreviverem.
— O que quer falar?
— Eles podem ouvir? – John.
— Viemos analisar se é uma saída, tem de entender que temos
um grupo grande sem saída, e queremos uma, mas não podemos nos
prender neste momento a projetos que não vão dar retorno.
Robert olha a senhora, o rapaz ao lado da mesma era seu filho,
todos veem John levantar-se, fechar a porta, pegar na gaveta um
tecido, colocar a parede, olhar para os demais, ativar o sistema, e falar.
— Melhor ouvir, a partir do ligar da porta, eles tem acesso ao
que falarmos, mas não tem como nos deter, então apenas vou mostrar,
depois vamos conversar senhor.
Robert entendeu que era algo que não tinham controle total.
Eles olham a porta surgir a parede, olham para dentro
atravessando, olham para uma cúpula protegida, alta, a toda volta, um
planeta vivo, se via os grandes seres correndo ao campo, John desliga a
porta, olha para Robert e fala.

403
— Sempre evitamos falar quando os campos estão ativos, o
sistema tem como captar, nunca sabemos se tem alguém ouvindo,
então melhor evitar.
— Onde estamos?
— Numa estrutura que dá para 60 mil pessoas, eles pretendem
mandar 22 mil pessoas para este lugar, a 9 anos luz da Terra.
Robert sorriu e olhou para fora.
— O ar lá fora é bom?
— Sim, mas eles pretendem em 15 dias, ter um sistema local
com toda a arca genética que tínhamos na Terra, eles vão ampliar a
base para deixar aqui, a semente de recomeço senhor Robert.
— E quanta vida tem neste planeta?
— Eles estão estudando, eles ainda retêm para dentro da
estrutura as pessoas, pois um planeta vivo pode ter uma virose que
desconhecemos, eles estão sendo precavidos, mas este é o único dos
planetas que vi que tem vida orgânica e oxigênio na parte externa,
acredito senhor que conseguimos assim que eles terminarem os
prospectos de ampliação em 20 dias, reunir o grupo e os trazer para cá,
pelo que entendi do sistema, se fecharmos as portas, eles teriam de
pegar uma nave para chegar aqui novamente.
— Quer dizer que pela porta é fácil, sem ela, bem longe?
— Sim, mas soube hoje que a Arca de Noé 2 viria para cá, eles
estão acelerando ainda, vejo pessoas como Banneker, sempre contido,
a beira do pânico senhor.
— Uma boa noticia finalmente, mas acredita que é seguro?
— Estamos aqui encima, pois na parte baixa os autômatos estão
trabalhando para acabar, e não queremos os alertar antes da hora que
temos esta intensão.
— Bom trabalho menino, mas falou que tem vaga para vinte e
duas mil pessoa pronto?
— Ainda terminando, em 15 dias, deve estar pronto, eles
tiveram problemas com uma leva de autômatos, estão os substituindo,
eles se apoderaram de tecnologia que não dominam, sabem como
funciona, mas pelo jeito, ainda não tem peças de reposição.
O rapaz mostra as estruturas que estavam prontas e Robert
pergunta.
— E estes animais, comestíveis?
— Sim, este era um projeto pelo que entendi para 100 anos,
que eles aceleraram.

404
Robert olha para a senhora que fala.
— Tenho de concordar que é melhor que um buraco, pois um
buraco mesmo que seguro, é um buraco.

A noticia que tomava o planeta, naquela noite e madrugada, era


que uma grande catástrofe estava prevista.
Pedro estava em casa, olhando as noticias, olhando os dados, e
olha para a reunião do rapaz, as vezes tentava ser frio, mas obvio que o
rapaz tinha motivos, ele era jovem, esposa gravida do segundo filho,
toda uma estrutura familiar e tudo tendia a um fim trágico.
Assim como a informação gerava pânico por um lado, tinha
pergunta de todas as cedes da empresa, se teríamos como oferecer
proteção a eles.
O pequeno Pedro olha em volta e olha para a porta do quarto,
seu pai estava ali apenas olhando-o, como o pequeno Bernardo no
colo.
— Há muito tempo ai?
— Não, mas parece preocupado.
— Tentando entender se minha ideia maluca vai dar certo.
— Maluca?
— Pai, como falam por ai, e pode acreditar nisto, tem um
menino de nome Pedro Rosa, ele avança para todos os lados ao mesmo
tempo.
— Sabe o tumultuo que está no mundo?
— Pai, em 48 horas, estaremos no primeiro momento de minha
vida, e não sei se estou pronto, mas não tenho como segurar isto, e ao
mesmo tempo, quero a paz para aprender a cada dia mais, mas tenho
de fazer as pessoas correrem.
— E olha para este computador como se fosse algo difícil de
encarar.
— Pai, se você em um dia, fosse fechar contratos com países, no
valor de 10 vezes o PIB mundial, em uma segunda comum de agosto,
estaria com a cara que estou.
— Todos pedindo ajuda?
— Sim, mas tenho de manter longe dos olhos, odeio ver ódio nos
olhos, eles se matam e a raiva vem para mim.
— Se cuida filho.
— Domingo vai ser curto, mas está na hora de fazer eles
correrem, se vamos sobreviver pai, quero todos os planos

405
estabelecidos, todas as possibilidades calculadas pelo sistema, tenho
de tentar pelo menos para metade delas, coisas para desviar.
— Não esta jogando sobre você o peso filho?
— Não, ontem vi poucos falarem Pedro Rosa, eles falaram
referente a Rosa’s, uma empresa com 2 milhão de pessoas consegue
dividir melhor o peso pai, mas obvio, vou acompanhar de perto tudo
isto.
— E vai provocar?
— Pai, se tem uma coisa que as pessoas tem de aceitar, é que
um grande ser, não cabe neste seu filho, aqui cabe apenas ele.
Pedro se volta ao computador e responde mais algumas pessoas,
estava terminando quando sua irmã entra e fala.
— A mãe vai se instalar em Desterro.
— Boas noticias sempre são bem vindas.
— Qual o agito, não vi nada hoje, estava no parque, parecem
todos olhando meio perdidos a rua.
— Senta aqui, vamos conversar. – Pedro olhando para a cadeira
a frente.
Os dois conversam sobre os planos do dia seguinte.

406
407
Ontem ouvi a confirmação do que meu
filho falava que iria acontecer, mas é difícil as
pessoas acreditarem em um menino como
Pedro, quando se fala de problema solar.
Alguns que se diziam inimigos
começam a ligar como se precisassem de
ajuda, vou deixar claro uma coisas, as
pessoas estão falando com uma certeza de
algo impreciso, e isto que fez tantos duvidar,
ainda duvidarem, atrapalharem, então
resolvemos falar do assunto, pois ele vai
tomar o planeta nos próximos meses.
Tudo começou a mais de 22 anos, quando um grupo de norte
americanos teve acesso a estes dados, tivemos acesso a isto a um mês,
quando estávamos procurando em que pé pisamos, mas entre ouvir e a
NASA chegar a um estimativa, o mês foi voando, a 15 dias, veio um
estudo apontando para uma possibilidade, de 130% de acontecer,
sabem como muitos, se são meus leitores, que odeio estatísticas, pois
elas não são dados científicos, são comparações baseadas em
prospectos.
O tempo voava e todos queriam um desmentir do fato, meu
menino começa a investir em projetos da NASA, deve ter lido sobre isto,
ele nos últimos 15 dias, lançou ao espaço, no sentido do sol, mais de
100 objetos de estudo, obvio, não teria como passar desapercebido,
mas no lugar de ajudarem, começam a tentar o matar, novamente não
entendemos o que os motivada, ainda não entendo, o que um
sobrevivente a mais num planeta destruído os incomoda tanto.
A menos de uma semana, se confirmou a data do evento, quando
eles chegam a isto, deixou de ser acho, e passou a ser certeza, o que
acontece após isto, um presidente americano em meio a uma crise
econômica, manda matar os personagens de uma lista que sabiam do
fato, manda intervir e fechar todas as empresas da Rosa’s nos Estados
Unidos, e ainda me vem algumas perguntas a mente, o que eles acham
que estão fazendo?
Gerson Travesso
Curitiba, 07 de Agosto de 2011

408
Os irmãos hoje estão no jornal,
para fixar uma ideia, e esta ideia, meu
irmão custou a me convencer, mas ele é
teimoso, ele sabe o que quer, mas o que
vamos discutir? O que podemos fazer
para sobreviver, alguns dizem que
devemos nos esconder, você viveria
bem escondido 100 anos, eu não. A
ideia é trocar ideia, para que possamos
estabelecer o que não podemos fazer
referente a cada ponto.
Primeiro perguntei para ele como vamos sobreviver, pois
o sol é um fator de vida, mas como podemos enfrentar ele sem
torrarmos?
A segunda pergunta, de que adianta tudo que projetamos,
se vamos ver o sol queimar tudo.
A terceira, como podemos salvar a nossa biodiversidade,
pois o que nos mantem vivos, é uma biodiversidade incrível do
planeta, nem o conhecemos no todo e vamos ter de o ver
destruído?
A quarta pergunta, o que ele está fazendo, pois vi ele se
afastando, fiquei pensando se ele não sabia disto.
A quinta é algo estranho, como podemos os dois, ele
recém pai, eu recém mãe, criar nossos filhos em um mundo
destruído.
Então começa a surgir muitas perguntas bobas, que não
somam a discussão em si, mas que deixam a minha cabeça
cheia de duvidas, pois as ideias que vi meu pai trocar ontem,
assustaram-me, se as coisas estão assim, tão extremas, isto me
gera um medo que nunca senti.
Renata Travesso
Curitiba, 07 de Agosto de 2011

409
Tendo uma recaída, resolvi escrever uma
crônica hoje.
Vi que muitos vão me acusar de não ter
falado a verdade, primeiro, não fui eu que
descobri isto para falar, segundo, se eu tivesse
falado, vocês estariam rindo ainda quando
soubessem agora que era verdade.
Vi que as duvidas estão na sobrevivência,
sei que alguns estão pensando, como ele pode
querer por preço na vida de alguém, como ele vai
se recusar a salvar alguém?
Se alguém quiser doar roupas de cama,
talheres, camas, toda estrutura possível, aceitamos, estamos tentando
comprar o que não se produz nas quantidades que precisamos, e isto gera
gastos, não é porque você não vai pagar ou vai pagar que facilita ou não
isto.
Mana, acalma a alma por primeiro, como sobreviver, tentar
transformar a força do sol em uma proteção, se ela já existe, não, estamos
estudando, e só temos poucos meses para estudar, executar e sobreviver.
Já pensou parar no tempo, esperando algo acontecer, eu ficaria
maluco, o dia a dia é importante, para o tempo passar, os problemas se
resolverem, e novas ideias surgirem.
Referente a biodiversidade, estamos criando 3 sistemas que
chamamos de Arca de Noé, onde estamos coletando uma amostra genética
de cada ser no planeta, seja uma planta ou um réptil, tudo em si, se um dia
precisarmos recomeçar, termos de onde tirar sementes, bactérias, e tudo
que gera vida neste planeta, até agora são 300 pontos de coleta de
espécimes, e 3 arcas genéticas.
Saber que eles falavam, e acreditar no que eles falavam é diferente,
posso ser alguém meio inteligente, mas tenho de admitir, falar sobre o sol,
eu deixo para os especialistas.
Sabem que vamos ter de ser fortes, que quando alguém estabelecer
o inicio, todos devem começar a sair de suas casas, com calma e irem para
os pontos de resgate, países pequenos pode parecer fácil, mas no Brasil,
será das maiores corridas já feitas por todos os meios de transportes,
quando estamos incentivando o unir de todas as capitais via trem, é um
projeto para os levar a locais seguros.
Mas acreditem, estamos fazendo a nossa parte, vamos precisar
comprar de tudo, as coisas não são baratas, mas obvio, se alguém falava
em crise mundial, devem estar começando a pensar, o quanto ela era
pequena diante dos problemas que surgiram.
Pedro Rosa

410
Call olha os dados, toda a repercussão, alguns já haviam ido
dormir quando explodiu o problema, então muitos estavam falando em
TVs sobre o pronunciamento do Governador da Califórnia, e da
primeira ministra da Alemanha.
Alguns desafetos, entre eles os príncipes árabes, entram em
contato com a empresa no Cairo, toda uma estrutura tendo de ser
erguida e ampliada.
Muitos especialistas começam a dar entrevistas em pleno
domingo, mudando programações clássicas, para tentarem entender o
que estava acontecendo.
As bases dos exércitos do mundo começavam a falar em guerra,
alguns queriam espaços que achavam mais seguros, ou estavam
usando isto como desculpa para obter terras.

Pedro acorda e olha para fora, começava a abrir um sol, a


imagem do sol ao fundo, nunca lhe foi tão ameaçadora como neste
momento, ele olha como se querendo entender, mas parecia que o
tempo não estava a favor.
Os cálculos da temperatura que iria chegar a superfície da lua,
fez Pedro começar a desviar sua atenção do sol, ele olha para os dados
e sai para a sacada do quarto, olhando em volta, para ver se tinha
alguém, ele sabia que a proteção da região era forte, então teriam de
atirar de longe, mas nem veria isto dali.
Pedro desce e entra na parte coberta ao lado da piscina, olha
para a churrasqueira, olha para Dinho e pergunta.
— Como está Dinho?
— Maria deve estar chegando ai, ela fala que tenho de trabalhar
menos.
— Menos, o que anda fazendo, pois devo ter tomado 3 horas de
seu tempo por dia Dinho?
— Ela não gosta de trabalhar no Domingo.
— Hoje não é trabalho, preciso pensar, e nada como por uma
carne, que ainda tenho de aprender a fazer, na churrasqueira, para
desviar a cabeça do que não posso fazer.
— Dizem que estão em polvorosa.
— Os meus dirigentes estão reclamando como Maria, eles
ficaram recebendo um mês parados, e agora que os coloquei para
trabalhar, no fim da primeira semana, já estão reclamando, vou ter de
tentar entender isto, mas as vezes é difícil de entender.

411
O almirante olha para os dados que estavam chegando, olha
para a esposa em sua casa, agora em um campo distante da base e fala.
— Acho que levamos todo peso, mas pela primeira vez em anos,
estou me sentindo útil amor.
A senhora o abraça e fala.
— Sei que não é de mudança, não entendi o que lhe preocupa,
mas todas as TVs estão dando sua prisão, veio para casa quando estava
pensando em ir lá perguntar de você.
— Tem passos que não entendo, mas que precisam ser dados,
eu tento entender o caminho, um menino de tudo tem como missão
pessoal salvar um planeta, e todos nós adultos, presos em instituições
e exércitos, e não conseguimos o ajudar.
— Sabe que estão falando em fim de mundo, tem quebra-
quebra em algumas cidades, vão lhe culpar por ter antecipado o
problema.
— Alguns morreram por saber disto amor, quando a dois dias lhe
passei para cá era para ter certeza que estava segura, não sei o que o
Carlos pensou, mas ele mudou, pior, culpou o lado errado.
— A tristeza ainda está nele, lembro do funeral, todos
assustados com o disparo contra ele.
— Gente sem alma, que mata uma família para atingir uma
meta, acho que esta posição do exercito e de alguns do pentágono está
me fazendo mal.
— Vai voltar lá?
— Eles precisam do domingo para pensar amor.
— E como vão enfrentar isto?
— Confundindo muitos, se as pessoas começarem a fazer
arruaça, se decreta lei marcial, e todos vão responder diretamente ao
exercito, as suas ações, mas neste momento não temos o controle do
exercito para isto.

Em Washington o senador Obama olha para os demais membros


de seu partido e fala.
— Temos de nos posicionar, não por que perdemos, mas porque
vamos ser os menos protegidos, porque um presidente não fez questão
de proteger sua nação.
— Acredita que o povo vai nos apoiar?

412
— Precisamos de alguém forte a frente nesta hora, e não sei se
teremos este ser, ontem a empresaria Priscila de Sena me procurou,
ela está colocando toda a estrutura da Guerra Segurança na rua, ela
disse que se tem um grupo de ricos que está comandando os exércitos,
tem uma serie de pessoas e empresas, que não querem ficar para trás.
— Confia nela a que ponto senador? – Um deputado.
— Não é questão de confiança, pelo que entendi, o presidente
sabia do problema e ocultou do povo, para ele salvar-se, sem nem abrir
caminhos de estudo, precisamos de ordem, precisamos de estrutura, e
principalmente, alguém que possa convencer esta empresa do menino
a voltar a oferecer este serviço aqui.
— Porque acha que ele não voltaria para cá?
— Ele está com prospectos de ação em 150 nações, segundo a
moça, uma soma de contratos que tornara a empresa do menino na
maior empresa multinacional do mundo, ele não precisa vir, para se dar
bem.
— E o que ele poderia fazer que não podemos?
— Acho que podemos somar forças, tem coisa que não se faz de
uma hora para outra, então tudo que conseguirmos apoiar, a nível de
sobrevivência será bem vindo.
— Porque o governador da Califórnia não veio?
— Ele não está gostando da forma que o exercito está se
comportando no estado dele, mas ele firmou um acordo com a Rosa’s.
para criar 45 milhões de vagas de sobrevivência, em cidades protegidas
do sol.
— E como se protege alguém do sol assim? – Uma deputada.
— Buracos imensos, com mais de 30 metros de rocha entre eles
e o sol.
— O governador sabia?
— Um representante do menino foi falar com ele pessoalmente,
quase todos os governadores do país sabem, dizem que a empresa
mandou um representante para falar com cada um dos governadores,
então acredito que alguns ouviram, alguns ignoraram, mas agora com a
confirmação, todos vão correr atrás da empresa, e não sei se os que os
colocaram para correr, conseguirão atrair a empresa, já que ouvi que o
mundo inteiro está os implorando ajuda.

Pedro estava a colocar uma costela na parte alta da


churrasqueira, quando seu celular toca.

413
— Bom dia menino, poderíamos falar?
— Quem?
— Patrick Hamin, diretor geral da CIA.
— Em que posso ajudar, fora morrer.
— Tivemos uma falsa impressão que você seria uma ameaça, e o
presidente precisa lhe falar.
— Senhor Hamin, o que quer, seja direto, pois seus atiradores
ainda estão ao longe de minha casa no Brasil, o presidente norte
americano já firmou 3 vezes acordos com minha empresa e já recuou
as mesmas 3 vezes, então tenho de pensar se vale o esforço.
O senhor no comando na Casa Branca olha para o presidente
que faz sinal para ele negociar.
— Ele parece descontente ainda em negociar menino, mas
precisamos de ajuda, parece ter desfeito tudo que tinha como planos
aqui.
— Ainda tenho vaga para todos os meus funcionários senhor, eu
fiz minha parte, quando vão parar de investir em atiradores, e começar
a investir em engenheiros?
— Tem de ver que deu fim em toda a estrutura da CIA.
— Considere um presente senhor, assim emprega malucos
novos, mas calma, eu apenas os isolei, não os matei, pena eles não
terem como caminhar para casa, mas um dia eles chegam em casa,
quem sabe no fim, só sobre os malucos da CIA vivos, e os poucos que
sobreviveram desejem ter morrido.
— E não vai ajudar e nem propor ajudar mais?
— O presidente a sua frente, deve ter um contrato da Rosa’s
com ele, se ele assinar e depositar as 4 primeiras parcelas, quem sabe
comecemos, eu sou capitalistas senhor.
— E os executaria mesmo em meio a crise?
— Senhor, quem está em crise? Sei que alguns falam da quebra
de um sistema que supervalorizava os imóveis, e iam os vendendo e
acumulando, mas isto é erro de tática de investimento, sua nação
sobrevive mesmo matando todos os investidores deste tipo de
mercado, quebrando 4 ou 5 bancos, mas isto é mudança de
comportamento, quando souberem o que é uma crise, como a que
geram em países como o nosso, vão entender o que é crise.
— Mas se não tivermos como pagar?
— Sinal que é apenas papo senhor, que este senhor ai na sua
frente, ainda vai bater, e se ele bater com a força que tem batido, uma

414
hora revido, não esquece, ainda não revidei, se acham Joaquim
Moreira violento, lembrem, vocês não me viram revidar.
— Mas nos despedaçou a CIA.
— Senhor, como sente-se um senhor como o senhor, que manda
matar os pais, e a irmã de um engenheiro do exercito, para atrair ele ao
funeral da família inteira?
— Não tem como provar isto.
— Não preciso provar, sei que foram vocês, a pergunta não é
referente a se vou provar, e sim, como sente-se, se é que alguém como
você sente algo, pois isto é sujo, porco, covarde, sabe disto, se é disto
que fazem a CIA, desculpa, desarticular vocês é um bem a nação que os
sustenta.
— Acha que pode com nós, não sabe o que posso ainda.
Pedro gargalhou e falou.
— Quando a agua estiver nas nádegas, me liga senhor agente da
CIA.
O senhor olha para o presidente que ri.
— Este menino é insuportável senhor.
— Ele provoca senhor e caímos na provocação, ele não quer
fazer, o que ele falou.
— Que o senhor tem um contrato da Rosa’s com o senhor, que
havia uma entrada de 4 parcelas, que se fossem pagas ele começava a
executar as obras.
— Ele sabe que não tenho como obter este dinheiro agora, ele
sabe que perdemos a chance, mas o que ele falou que lhe irritou
Patrick.
O senhor olha para o presidente, ele não confirmaria para o
presidente o que mandou fazer, poderia ter feito, mas sabia que nunca
se admitia estas coisas.

O governador da Califórnia olha para o representante da Rosa’s


chegar a reunião em San Francisco, olha para o rapaz e pergunta.
— Porque tenho a sensação que estão parando.
— Senhor, obras ocultas ao chão, não precisam de movimento,
mas estamos começando a montar a cidade na parte sul do lago Seco,
uma cidade para sobrevivência de moradores vizinhos, mas quem vai
controlar isto será o governo local.
— Porque espaços extras?

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— Senhor, estaremos ligando as cidades por baixo, se algo
indicar que uma não vai resistir, vamos os tirar de lá.
— Acham que tem este risco?
— Senhor, quando aquecidas, pedras sempre contem agua,
algumas se despedaçam, não temos como saber referente a
composição exata das rochas acima da cabeça.
— Mas estão mesmo o fazendo?
— Vim lhe convidar para conhecer um dos complexos.
— Mas afirmaram que tinham desfeito tudo.
— Estes incompetentes da CIA, acham que entendem de algo.
O rapaz foi mostrar ao governador, isto acontece em 20 estados
norte americanos, no começo daquele domingo.
Tamis olha para a comunicação vinda de Los Alamos e olha para
o senhor ao longe e liga o comunicador.
— Como está general Jones?
— Pelo jeito mais animada.
— Confirmando os dados que pediu, os satélites não estão nos
dando posição do que está abaixo da terra, eles devem estar
escondendo algo, pois eles tiraram tudo, é como se tivessem desligado
o sistema de monitoramento via infravermelho, via ultra som e alguns
equipamentos a mais.
— Teria alguma teoria para isto Tenente Jones? – Tamis
devolvendo a formalidade.
— Existe um movimento de 20 governadores, que estão neste
momento em reuniões fechadas com pessoas da Rosa’s, segundo o
governador da Califórnia, os comentários dele, afirmam que a cidade
de sobrevivência está lá, e é incrível.
— Eles não querem que saibamos onde fica?
— O diretor da CIA ligou para o menino no Brasil hoje cedo, e o
mesmo perguntou para o diretor como sentia-se alguém que manda
matar uma família para atrair um engenheiro do exercito para um
enterro.
— E Patrick Hamin negou é claro.
— Sim, e o menino o chamou de sujo, porco e covarde!
— Conhecendo o senhor Patrick ele encerrou a tentativa ai, mas
existe chance deles retomarem os investimentos? – Tamis.
Sabrina apenas sorriu e desligou a comunicação.
O general Guedes chega a Tamis e pergunta.
— O que aconteceu?

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— Los Alamos confirmando que todos os endereços a baixo da
superfície sumiram, eles parecem ter desligado os aparelhos via
sistema dos satélites, mas ela sabe de algo que não sei.
— Porque?
— Perguntei se existia a chance da Rosa’s retomar os
investimentos e ela apenas sorriu.
— O que falaram antes?
— Que 20 governadores foram a reuniões com representantes
da Rosa’s hoje, um domingo, e o governador da Califórnia viu algo
senhor, ele se encantou pelo que viu.
— Um jogo de blefes, ou um jogo de sobrevivência?
— O menino não blefa senhor, as vezes ele usa este termo, mas
vejo como se ele usasse isto como uma forma de desviar os assuntos
que não quer assumir ainda.
— Porque acha isto?
— Ele falou para Sabrina que os autômatos eram a alguns dias,
holografias, ele havia disposto lá autômatos reais, mas vendo as
reações, ele tenta induzir o exercito que não tinha tudo aquilo, ele
usou força excessiva e tentou despistar.
— Acha que ele não desfez os buracos?
— Se ele tivesse desfeito, porque ele iria danificar os sistemas de
detecção de bases subterrâneas dos nossos satélites, que no meio
desta mudança, pararam até de responder, lembro de achar que
haviam os derrubado.
Os dois se olham, algo estava erado, mas não sabiam oque.
— E Los Alamos sabe oque?
— Eles tem parte da informação, nós parte da informação, a CIA
parte da informação, cada um jogando um jogo de segredos, pois
fomos criados para não dividir segredos, podemos estar cada um com
uma fatia de algo, e muitos não gostariam de ouvir o que acho senhor.
— O que acha?
— Que o menino tem um exercito de mãos mecânicas, um
exercito de mãos humanas, um sistema que organiza as coisas e a
incrível capacidade de filtrar nisto o que acha importante, e avançar,
sem nem olhar para traz.
— Uma maquina de ideias malucas – Fala Guedes – Que conhece
a historia deste planeta como poucos.
Tamis olha para o general e pergunta.
— O que ele falou que lhe impressionou?

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— Quando indaguei ele sobre o seu tamanho, ele me disse com
todas as letras, que eu sabia, que assim como Liliane Canvas, o
tamanho não importava, algo neste sentido.
— E quem é esta Liliane não sei oque?
— Uma menina de uns 14 anos, a conheci com 11, ela esteve
sumida até o menino aparecer, e surgiu, pelos relatos da CIA, trazida da
forma de uma estatua a vida pelo menino.
— A historia da catacumba que ninguém narrou. Quem seria
maluco para narrar?
— Os mesmos que são malucos de acreditar que Liliane Canvas
não é humana, que ela é uma espécie que vive em paralelo neste
planeta, mas eles estariam neste planeta a dois milhões de anos, nós a
poucos mil.
— E que espécie seria esta, como algo assim passaria
desapercebido, como um ser não humano poderia viver entre nós.
Guedes olha para a moça e sorri, ele era um Fanes, passava
desapercebido mesmo da pessoa ao lado.
— Não vai responder General, que segredo é este?
— Tem coisa que poucos falam, existe um grupo do exercito
Israelense que os caça, os denominam de Fanes, segundo o exercito,
seres na aparência humana, corpos perfeitos, belos, mas que se
assemelhamos mais com um rato do que com eles, geneticamente
falando, visualmente, somos uma espécie que anda em paralelo.
— Acredita nisto?
— Tamis, pensa, existe um grupo de militares, que caça estes
seres, se eles não existirem, eles estariam caçando humanos, acha que
alguém deixaria e despenderia força para caçar humanos, qualquer um
deles?
— E o menino sabia, e pior, sabia que você entendia disto, e
você nunca falou disto comigo, como?
Guedes olha serio para a moça, não sabia a reação, então
resolveu não entrar em detalhes pessoais e falou.
— Em um enfrentamento naval a 3 anos, ainda na Marinha, me
deparei com esta menina, alguém capaz de fazer fogo, gelo, ventos,
todos lhe obedecerem, capaz de olhar para a gente e saber o que
estamos pensando, sabe que para que acreditasse, as coisas teriam de
ser bem reais.
— Nada registrado, e o menino sabia?

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— Sim, alguém me falava que este grupo havia prendido a
menina em pedra, mas ninguém sabia onde, e o menino surge, e acha
ela em uma catacumba que oficialmente estava fechada desde 1822.
— Acha que este menino é um aliado ou um inimigo?
— Se ele fosse um inimigo, ele teria deixado o presidente matar
todas as peças chaves do exercito e da CIA que estavam naquela lista,
ele não teria se prendido a montar uma empresa nos Estados Unidos,
se quisesse apenas nos destruir, e pelo que você mesmo desconfia
Tamis, ele tem um exercito capaz disto, podemos por drones em
campo, ele para se defender, foi capaz de derrubar mais de 18 mil
drones em 16 horas.
— Ele tem estrutura, todos falavam que ele estava parando,
todos estavam forçando ele parar, ele dá a sensação de que estava
parado, em férias, e pela reação do governador da Califórnia, temos
muitas cidades subterrâneas prontas, e se não temos mais deve ser
mais por nossas ações do que pelas do menino.
Pedro olha para o senhor Ribeiro chegando a área da
churrasqueira e pergunta.
— O que pretende com este estardalhaço.
— Senhor, é complicado saber que ao fundo tem um bando de
atiradores, que já retiramos sem a imprensa ou a justiça ver, mais de
20 deles dali, e lá estão mais quatro, e ficar fazendo de conta que não
pediram para parar tudo.
— Entendo esta parte, mas porque do alerta?
— Não o dei oficialmente, se eu falasse, antes, seria o que todos
sempre falam, “isto ai não entende de nada”, ou “com quem falamos
para ter os dados”, ou “Seu pai não vem?”.
O senhor Ribeiro sorriu e falou.
— E um almirante e um governador, seguidos de uma primeira
ministra, acha que dá para o começo.
— Senhor, eu vou acelerar, e vou estar em sala de aula, mas
como falei há um mês, tudo que tinha, iria para bases secretas, ocultas,
invisíveis para quem não sabe olhar, um mês depois, tenho as 50
primeiras bases secretas, e olho para elas, que deveriam estar sendo
90% de minha estrutura, e não, acabei tendo de fixar endereço em 178
nações ou principados, acabei abrindo nas últimas duas semanas, mais
de duzentas cidades como a que está aos nossos pés, reabri o limpar de
190 mundos, mesmo ninguém vendo, destruindo toda a leva genética
nestes mundos, destas pragas que tentaram vir para cá, então se o que

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era oculto deveria somar 90% está somando 99,9997%, e dizem por ai,
que tenho a maior empresa de tecnologia do mundo.
— E vai fazer um churrasco em casa?
— Senhor Ribeiro, adianta acelerar as coisas em um domingo?
— No Brasil não.
— Então estou acelerando onde dá para acelerar, e aparentando
calma, onde deveria aparentar calma.
— E não vai dar o troco?
— Troco, o que é isto Desembargador, vingança não leva a nada
e nos joga na ilegalidade de nossos atos.
— Estou falando serio menino.
— Ainda não sei quem vai se posicionar em campo, por isto é
hora de fazer algo demorado, como falava para o pai, tenho de
aprender a fazer minha costela, pois as coisas rápidas, não precisa
muita pratica.
— E vai sorrir um pouco hoje, parecia bem tenso esta semana.
— Diria que quando você chega a um número, que ninguém fala,
mas que se der certo, sobrevivemos, se der errado, temos de investir
na saída dos humanos do planeta, mas os cálculos falam que se
acelerar, posso chegar a gerar uma proteção que protegeria em parte a
Terra, sim, vou tentar.
— Acredita que tem uma saída.
— Senhor, a tecnologia existe, mas a energia capaz de a manter
ativa, pode não ser suficiente, o que eram naves para proteção,
estamos falando em usar elas como captadoras de energia, para
simplesmente, manter 10% da energia que vamos necessitar, vamos
erguer usinas de energia solar, em mais de 178 países, pretendo ter
100 delas flutuando no pacifico, mais de 16 mil pontos de sobrecarga
de energia, para que uma proteção funcione, se conseguir executar isto
em 15 meses, sobrevivemos, sem polos, sem parte da floresta que vai
queimar, já se não conseguir, vamos estar em buracos, por pelo menos
100 anos, tentando caminhos para fora do planeta, aqueles 190
pontos, começando por colocar pequenos grupos, acompanhar se
sobrevivem, e ir ampliando, aos poucos.
— Algo que pelo jeito tem de ser global?
— Eu poderia a fazer apenas sobre nossa nação, mas dai o
pacifico evaporaria, toda a vegetação queimaria, depois o próprio
oxigênio queimaria na atmosfera, e todo o esforço para manter minha
nação sobre proteção, não me valeria de nada.

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— Então o problema é que pode proteger sua casa, mas
seriamos vitimas da morte de tudo a volta.
— Sim, dai vem a ideia, tentar salvar o máximo de pessoas
possíveis, estava vendo os prospectos, rios como o Tiete, Paraná, São
Francisco, podem vir em certos trechos, subir em meio as chuvas
torrenciais, mais de 40 metros, em minutos, e a chuva continuaria por
mais de 6 horas, quando ela começasse a evaporar antes de cair. Mas
cidades ao lado destes lugares, deixam de ser seguro, pense em meio a
isto, com a mudança brusca, surgir no céu entre Paraná e Santa
Catarina, pelas projeções, tornados categoria 5 com cones de mais de
20 quilômetros varrendo tudo.
— E acha que a empresa que montou vai achar a solução?
— Ela tem a solução para salvar o planeta, mesmo que florestas
inteiras queimem, que todo o gelo dos polos derreta, mas para isto, ela
tem de conseguir implementar este prospecto em 12 meses, eu falo 15,
pois eles não tem tempo para erros, qualquer erro de calculo, vai
chegar próximo da data do evento.
— Por isto o antecipar, não teria como manter isto escondido.
— Se para ficar pronto, tenho de parar o trafico de navios em 12
trechos do Pacífico, forçando caminhos, limitando idas e vindas em
certos pontos, obvio que precisava anunciar agora.
— E acha que eles conseguem.
— Eles tem um patrão bem exigente senhor José, mesmo que a
maioria nunca o veja pessoalmente.
José sorriu e olha para Pedro pegar um refrigerante, ele serviu-
se e colocou uns espetinhos de coração de frango para assar.
Renata aparece ali produzida e olha o irmão.
— Não vai lá comigo?
Pedro sorri e fala.
— Me dá 10 minutos, acho que a costela demora até a uma para
ficar pronta.
— Vão onde? – José.
— Reinaugurar o parque de Desterro, o primeiro parque da linha
Rosa’s. – Renata.
José olha para o menino, a mente dele estava muito além da
inauguração, mas não se negaria aquilo, olha para Renata e para Dinho
chegando com a namorada ao fundo.
— Só vou passar uma agua no corpo e já saímos, hoje vamos de
maneira a todos verem nós chegando. – Pedro.

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O governador de Santa Catarina olha para o assessor e pergunta.
— O que será esta inauguração hoje, porque o agito no jornal
local, e nada nos demais?
— A empresa pediu permissão para instalar ali uma ilha de
entretenimento, todos esperavam algo para 10 anos, o menino estará
ai, e a imprensa mundial está mandando gente para cá pois está
anunciada a vinda dele para cá hoje.
— E porque a presidente vem, ela não é de estardalhaços assim?
— Todos querem a posição do governo referente ao evento que
anunciaram ontem a noite em San Diego, nos Estados Unidos.
— Acha que aquilo é real?
— Senhor, talvez aquilo explique porque o menino e a empresa
insistiram na proteção de todo litoral Catarinense.
— Eles não foram bem claros, sei que cedi a pressões, e não sei
de onde vem a pressão ao todo, mas ainda acho que teremos um
anuncio estratégico.
O senhor não sabia o que estava acontecendo, mas em 12
pontos na região, seis na cidade, parte dois no continente, e 4 no
centro da cidade, terrenos comprados pela Rosa’s tiravam seus
tapumes, e as placas de novo sistema de transporte, ligando via metro
as cidades da região, com um ponto final na Praia do Moçambique, um
investimento da Rosa’s Empreendimento em parceria com o governo
Federal, Estadual e Municipal.
A presidente chega a região central e olha para o ministro do
Desenvolvimento e Pergunta.
— O que faremos exatamente aqui ministro?
O senhor passa o discurso para ela, ela lê e fica a olhar para o
infinito e pergunta.
— Confirmaram isto?
— É o assunto mundial, o menino estará ali, vê se não brigam
em publico senhora.
— O pai do menino é mais controlado, mas o que será
anunciado?
— Está no fim do discurso, algo que fará o mundo olhar para
nós, mesmo não querendo.
— E como o menino vai chegar aqui, ele pelo jeito cansou de
passar desapercebido.

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— Dizem alguns que ele vai vir para provocar, mas não entendi
quem ele quer provocar, pois o mundo o quer ou como aliado ou
morto, mas tenho de confessar senhora, que antes de ver a linha de
ligação com Salvador, eu duvidava da obra, então a senhora anuncia
isto aqui, e voa a Salvador, inaugurando lá também.
— O menino estará lá?
— Não, lá o parque dele não está pronto, será com o
representante local da Empresa, Charlyston Oliveira, não conheço, mas
alguns apontam para um programador de renome mundial, uma das
mentes por trás da fortuna que o menino conseguiu.
— E temos como assinar aquele acordo, sei que eles precisam de
recursos, tem gente que vai reclamar.
— Os que ontem eram contra ligaram para o Temer para ver se a
senhora ainda tinha contatos e uma forma de fazer, estão aprovando
uma liberação de verbas extra para isto, vai ao congresso amanha, com
urgência.
A senhora lê e rele o discurso.
Rita pergunta ao pai se poderia ir junto, e obvio, se forma um
grupo para ir a inauguração, o desembargador não gostava de eventos
assim, mas não teria como dizer para a filha não ir, as meninas dos
Frota, pareceram se animar e o senhor Groff chega com o filho, o que
estabelecia um grupo de crianças indo a inauguração de algo que nem
ele sabia o que seria.
Pedro olha para o ar, todos olham para cima, talvez somente
com o abaixar da imensa nave, com placas que tinham um azul mais
forte, entre as nuvens, fez os demais olharem para cima.
Aquela imensa nave aparece nos radares, e uma pequena desce
e Pedro entra nela, as meninas junto ao olhar dos pais.
O senhor Ribeiro olha para Gerson e pergunta.
— O que eles vão fazer em Florianópolis?
— Pedro precisa que a presidente assine o compromisso de
tentar investir na sobrevivência dos Brasileiros, está faltando coisas e
não é fácil conseguir algumas coisas num prazo tão apertado.
— Mas o que ele vai inaugurar lá?
— Um imenso parque, dispor uma proteção e estabelecer uma
rota aérea segura com o ministro dos Transportes, inaugurar a primeira
ligação de trem rápido com Brasília, e uma cidade que não existe
oficialmente, até as pessoas a fotografarem hoje.
— E como ele vai dar segurança a isto?

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— Ele não pretende usar força excessiva, mas como ele fala, as
coisas tem de andar.
Pedro olha para Rita e fala.
— Hoje vai ser daqueles dias que preciso que as coisas
aconteçam, mesmo que pareça estar cedendo muito.
— Pelo jeito sabia das coisas de ontem?
— Digamos que poderíamos inaugurar apenas o parque hoje,
mas isto não é a parte que interessa a muitos.
Pedro é abraçado por 3 meninas e Renata fala afastada.
— Assim tenho ciúmes.
Eles sorriram, talvez o sorrir de Pedro era algo que elas queriam
ver, vendo aquilo como o ponto forte do dia.
O governador chega a região do Parque, eles haviam duplicado a
estrada entre Barra da Lagoa e São João do Rio Vermelho, ele olha o
imenso portal, chegam a parte frontal do parque, onde se via ônibus de
turismo, se via a parte que tiravam os tapumes, o ver do anuncio de um
metrô local, fica na duvida se era uma promessa de investimento, mas
olha para a parte interna e pergunta.
— Como pode ter algo assim pronto?
— Senhor, eles acabam de passar o discurso da presidente, que
deve chegar em momentos.
O senhor olha os dados, olha para o assessor e pergunta.
— Ela vai confirmar e vai anunciar que a primeira a estar pronta
é a nossa?
— Sim.
O senhor olha para a entrada do parque, estavam dispostos
autômatos de 10 metros em vários pontos, como se fossem enfeites,
na frente, na lateral da rodovia, e em uma parte que parecia dar a um
cais, a frene do mar, o senhor olha aquilo e para toda a agitação e fala.
— Não me avisaram que estava tão bonito, eles criaram algo
para ser referencia, e pelo jeito, querem que as pessoas da cidade
possam usar do parque.
— Pelo jeito eles investiram até em transporte entre o centro e
aqui, alguém pode estar em outros hotéis da cidade e usar do parque,
não sei se eles conseguem tanta gente, mas parece que eles não estão
preocupados com o que todos falam ser um fim anunciado.
O prefeito chega ao local, políticos da região, a presidente, todos
esperando o menino chegar, estavam em um palanque a frente do
parque, e viram aquela mancha azul vir do norte, olham para aquela

424
sombra, comparado ao dia de sol, se aproximar, todos olham para a
grande nave se aproximar, mas olhando de baixo, não diriam ser uma
nave, apenas um trecho de céu azul.
O ministro dos transporte se junta a eles e a presidente olha
para o governador e fala.
— Senhor, estamos priorizando sua cidade, pois a Rosa’s
conseguiu terminar ela antes das demais, vamos anunciar a ligação
com o centro via metro, e de lá uma ligação via trem rápido para
Brasília.
— Vão construir um trem rápido entre Florianópolis e Brasília?
— Já construímos senhor. – Fala a presidente.
Todos olhavam para o céu, viram pequenas naves se postarem
ao lado da grande e uma vir de lá no sentido do palco, uma rampa se
esticar e Pedro com as meninas saírem dela.
Pedro chega a presidente, a cumprimenta, ao governador, aos
demais e vai ao microfone, olha para a irmã e fala.
— Bom dia a todos, podem não acreditar, mas sim, eu sou Pedro
Rosa, sei que meu tamanho não facilita em nada, mas hoje
inauguramos o primeiro parque da Rosa’s. – Pedro olha para o parque
e o mesmo começa a se acender ao fundo – Que com a autorização da
prefeitura, do estado e da Marinha, inauguramos nossa primeira ilha
de diversão do país. – Pedro olha para o outro lado, numa parte a mais
de 30 metros de altura, uma queima de fogos sobre o mar começa, na
parte interna de uma ilha artificial escondida dos demais, dois
autômatos soltam o material de proteção que começa a escorrer de
cima para baixo, gerando o surgir de um parque, ali a frente, antes
oculto dos olhos, até chegar ao chão, parque 6 vezes maior do que a
parte terrestre, o rosto de encanto e de surpresa estava nos olhos de
todos. – Bem vindos ao Rosa’s Park, espero que se divirtam e voltem
quantas vezes acharem preciso, para conhecer toda a estrutura.
O governador que esperava que fossem construir, olha para o
grande parque, não tinha como ver o tamanho dali, mas se via uma
imensa montanha, de onde o show de fogos de artificio continuava.
O menino deu a vez ao governador, depois veio o prefeito e por
fim a presidente da republica.
— Meu povo de Florianópolis, venha primeiro para inaugurar a
primeira linha de ligação já pronta, ela ainda está sobre implantação
em sua parte final, mas com trens modernos, estamos ligando a cidade
de Florianópolis a Brasília, e uma primeira linha de metro que liga esta

425
parte da cidade, ao centro, tanto insular como em terra, com ligação a
mais 3 cidades da região, via metro.
— Segundamente, queria dizer que a confirmação ontem da
gravidade do evento solar, só vai acelerar as nossas medidas de
proteção, se olharem a leste, veem uma parede, erguida ali pois existe
uma previsão que em meio a crise solar, o oceano pode vir a subir 200
metros. Por consequência tínhamos a alternativa de em poucas horas
esvaziar todas as cidades litorâneas do país, ou protege-las contra este
risco. Ainda por consequência disto, estamos ligando todas as grandes
cidades por via subterrânea, com sistemas de fibra ótica para
podermos no maior caos, manter a comunicação, quando a sete dias
nos alertaram do problema, não tínhamos ainda estimativa de poderio
do problema, não sabíamos se apenas um pequeno buraco ajudaria,
estávamos trabalhando com hipóteses, a NASA terminou os cálculos
ontem, confirmando para a primeira quinzena de novembro do ano de
2012, um evento de extinção, através de uma onda da Coroa Solar, que
na mudança de polos, vai providenciar uma nuvem de plasma,
estimasse que esta nuvem pode ter uma área, que para passarmos por
ela, demoremos até 120 horas, então os cientistas estão trabalhando
em hipóteses, eles não sabem a duração, mas tem certeza que chega a
nós. Baseado nisto, estou convidando os repórteres que já se
cadastraram antecipadamente, para documentarem como vamos
enfrentar este problema, e pode ter certeza, vamos sobreviver.
A presidente encerrou, e a cara de festa dos que vieram para a
inauguração do parque, se desfez.
Enquanto Pedro e as meninas vão ao parque, a presidente, junto
com um secretario do ministério da comunicação, entram na parte do
metro, o inaugurando, depois descem pelas rampas, as pessoas ficaram
admiradas de existir aquilo ali, uma linha que passava direto por baixo
da Lagoa da Conceição, fazia uma curva ao sul para passar na
Universidade Federal, e depois ia ao centro, passando por baixo do
canal de ligação indo a parte continental da cidade.
Na parte baixa, a senhora olha os repórteres e os conduz a um
grande elevador.
A descida fez alguns olharam-se, estavam abaixo da cidade na
estação do metro, a primeira parada, a entrada na área com
descompressão e acelera novamente, o elevador abre e a presidente,
fazendo de conta que sabia o que estava fazendo, induz a praça, e
vendo um palco chega a ele.

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— Vou passar a palavra para o representante do ministério das
comunicações.
O rapaz, colocado ali por Gerson, olhava aquilo encantado, a que
tinham abaixo de Brasília, era uma cidade em estado de montagem
acelerada, aquela parecia pronta.;
— Bom dia senhores, o que veem a volta, é uma cidade
subterrânea, estamos a mais de 300 metros da superfície, esta cidade é
a primeira a ficar totalmente pronta, ela tem a capacidade de abrigar
mais de 2 milhões de pessoas, mas ficaria apertado, então estamos
projetando para que tenhamos perto de 200 destas no país,
construídas até outubro do ano que vem, vamos priorizar as que sua
construção não emperrar, estamos em um projeto de sobrevivência, a
correria está grande, mas estas cidades serão abertas apenas nas datas
do evento, vamos ampliar as linhas de comunicação, e vamos
desenvolver uma TV estatal para que tenhamos como os comunicar
rapidamente, do evento quando começar, temos pressa, mas estamos
tentando não deixar nenhum dado passar desapercebido, temos neste
instante, 100 cidades destas projetadas, 50 em construção, se
quiserem registrar, sintam-se a vontade.
O rapaz olha para os repórteres começarem a andar pela praça e
a presidente olha para o rapaz.
— Eles pretendem mesmo construir 200 cidades.
— Sim, a Rosa’s precisa daquela autorização e dos prospectos
senhora, precisamos acelerar, e não temos como o fazer abaixo de
grandes cidades, como o Rio, São Paulo, sem a devida autorização.
— Mandei para a Casa Civil hoje, eles vão mandar para o
congresso amanha com urgência, espero que eles entendam a
urgência.
— Os que não quiserem acelerar senhora, vamos deixar para
trás e vamos contornar, mas se estiverem estudando, e prestes a
aprovar, conseguimos calma para trabalhar.
O governador chega ao rapaz e pergunta.
— Trabalha na Rosa’s?
— Não, ministério da Comunicação.
— Como alguém constrói isto sem que vejamos, eles sabem o
quanto vão pagar de impostos estaduais para isto?
A presidente olha em volta e olha o governador.

427
— Se quer conversar sobre isto, é só subir e falar isto com
aquele menino que foi ao parque, ele é bem capaz de desativar isto, e
na hora, ver o senhor me ligar desesperado para o ajudar.
— Mas...
— Como digo senhor, tem hora para falar disto, se quer falar
antes do evento, arrisca ver os seus morrerem, os Estados Unidos,
tinham tudo para estar a frente desta corrida por sobrevivência, e
resolveram ser mesquinhos numa hora que não é hora de o ser.
— Pode não entender que mantemos o estado sobre nosso
controle, e que não admitimos a construção de metragens que podem
atrapalhar a continuidade saudável de nossa sociedade.
— Apenas foi um alerta. – Dilma que olha para o assessor.
— Por isto precisamos da lei aprovada no congresso senhora,
não é hora de um politico decidir que não quer, se algum tentar,
possamos fazer consultas rápidas ao povo.
— Entendi o problema.
O governador não gostou, mas ele deu o caminho, e o prefeito
olha para a presidente e fala.
— A prefeitura de Florianópolis, não vai ser vitima novamente
senhora, entendi a ideia, mas não cabe toda a população.
A senhora olha para o rapaz que fala.
— Existem 3 planos, um de cobertura da cidade com uma nave
de proteção, aquela que trouxe o menino, uma proteção para uma
área de 22 quilômetros de diâmetro, 3 cidades na região, e uma soma
de 4 sistemas de proteção, uma de isolamento para a cidade acima,
uma um pouco mais alta para destroços, e uma um pouco menos
poderosa, que tem o objetivo de proteger uma área de 60 quilômetros
do centro da nave de proteção.
— Está dizendo que estão começando? - O prefeito.
— Sim, se pensar que entramos agora, e pretendemos acelerar
durante um ano inteiro para ter bases para o povo, ninguém sabe
exatamente como estará o planeta ao fim do evento, eles estão
pensando em sobreviver, para depois, reconstruir, então não sabemos
ainda nada referente o pós.
— E o que eles estão reservando a nível comida? – Governador.
— O que vê como prédios torres, daqui se vê 3 deles, em meio a
esta praça, cada uma das praças tem 3 deles, são sistemas de plantio
vertical.

428
Dilma olha para aquilo e fica pensando o quanto teria de
tecnologia ali, para se manter aquele local isolado.
— Pessoal, agora vamos inaugurar a primeira linha entre aqui e
o centro, e lhes mostro o complexo para os trens que vem de Brasília. –
Dilma.
— Sabe que isto parece irreal para mim. – Governador.
Dilma foi ao microfone e falou.
— Estamos saindo, agora para demonstrar no centro da cidade a
estrutura de trens que ligará Florianópolis a Joinville, depois a Curitiba,
passando por algumas cidades principais, até Brasília.
Os repórteres documentaram aquilo, queriam fazer mais
perguntas, sobre capacidade, sobre sistemas internos, mas o secretario
do ministério da comunicação lhes entrega um panfleto, os repórteres
viram que a senhora foi a um trem ao fundo, se via a imensa linha de
transporte, com linhas nitidamente estacionadas, para aquela cidade,
os repórteres embarcam, viram o trem acelerar, fez uma imensa curva
em subida e passa na estação acima de suas cabeças, e dai faz uma
linha reta, o secretario vendo o trem reduzindo fala para os repórteres.
— Esta parada, está na Universidade Federal, servindo para unir
o centro a universidade.
A composição acelera e chega a central onde todos viram as
portas abertas, e viram as linhas locais, e as linha que estava mais a
baixo indicando uma grande mudança.
Prefeito, governador e a presidente olham a obra e o
governador pergunta.
— Vai ao sul também?
— Ainda fechando contatos para ligar a Porto Alegre,
Montevideo e Buenos Aires, fechando em Punta Arenas, já no Chile,
extremo sul. – Secretario.
— Esta falando serio que vão fazer algo assim ligando ao sul, e
ao norte vai apenas até Brasília?
— O mais ao norte é Barranquilla na Colômbia, mais distante ao
Norte é Caracas, é que Barranquilla sobe direto de Manaus passando
em Bogotá, enquanto que Caracas passa por Paramaribo e por
Georgetown, então é mais longo o caminho.
— Estão falando em ligar toda a américa do sul? – A presidente.
— Sim, quando me falaram também duvidava presidente,
lembra que o ministro lá é novo, e tudo isto foi nos revelado apenas

429
agora, embora é obvio que eles tinham pretensões de fazer e se salvar
independente de falarem sobre isto.
— E a linha já vai a Brasília? – O Governador.
— Sim, ela já liga a Brasília, mas Porto Alegre não está pronto,
então estamos segurando a inauguração ao Sul.
Um repórter olha para eles e pergunta.
— Qual o montante de recursos públicos usados para isto, pois
vemos que o acabamento é melhor que as obras de metro
normalmente feitas.
O secretario olha para a presidente que fala.
— Na verdade estamos ainda dentro do orçamento, precisamos
de liberação de parte dos recursos, mas o que permite o acabamento
diferenciado, é a técnica diferenciada de execução, antes se explodia
tudo e retornávamos ao local cimento, muitas armações, hoje abrimos
tuneis transformando parte dos tuneis em matéria prima, nos
fornecendo a pedra do cimento, ao granito de acabamento, estamos
construindo mais barato e mais rápido, graças a nova tecnologia, o
túnel entre Florianópolis e Brasília, segundo a Rosa’s, nos custou um
sexto do que seria a mesma obra por métodos antigos a nível de
matéria prima, a nível de mão de obra, um decimo, pois ela é muito
mais rápida do que o modelo anterior. – A Presidente.
— Qual o nível de concorrência referente a estas obras?
— Nenhuma, uma empresa se propôs a fazer, ninguém achava
possível, aberta a concorrência, apenas uma concorrente, lembro que
quando foi feito, a Dalmas, empresa que concorreu, foi imposto a ela
prazos máximos para a obra, esta empresa, foi comprada pela Rosa’s
há pouco tempo, e eles com concessão de construção que a
concorrência de 8 anos atrás permite, tinham dois anos para terminar
as obras ou a permissão de concessão se extinguiria, agora pela mesma
concessão, a exploração é fixada por eles, mas a parte local, a Rosa’s
deve ter conversado com o prefeito, não sei se falaram com mais
alguém. – A presidente.
O repórter olha para o prefeito e pergunta.
— E não abriu concorrência para a obra?
— Não, concorrência é para gastos públicos, a prefeitura não
investiu até o momento nenhum centavo, o contrato entre a Rosa’s e a
prefeitura é por 20 anos, ela vai administrar os pontos internos as 32
estações de metros, das 9 linhas, quando o fixamos, juro que parecia
algo para o fim do mandato. – O prefeito olhando em volta – estamos a

430
baixo da praça Getúlio Vargas, pois tinha a autorização da construção
dos sistemas de estacionamento e de um polo comercial nesta parte.
— Mas como um prefeito pode dar algo a uma empresa de
iniciativa privada, em detrimento de seu povo.
— O contrato é de 20 anos, de serviços privado oferecido ao
públicos gratuitamente interligando as 4 prefeituras próximas, por
metro subterrâneo, sem custo para as prefeituras e para o povo, não
vejo onde conceder algo assim esteja em detrimento do povo rapaz,
obvio que a ida a Brasília, deve ter custo, mas entendo que ele manter
sua condução através de alugueis de um shopping central, inovador,
ele consiga, mas manter uma viagem turística a Buenos Aires não é
intensão da empresa fornecer.
— Afirma que fechou um contrato de 20 anos, sem custo de
passagens, mas e como ficam os projetos de ampliação nestes 20 anos,
dependem de acordos com esta empresa?
— Você é bem oposição a mim, é daqueles que se falasse que
daria de graça algo a toda a população, me perguntaria quem pagaria,
mas obvio, estamos falando de obras que agora entendo a rapidez, se
não viu as noticias, isto é uma forma de continuação e ligação da
cidade, mesmo que tenhamos uma crise solar, acho que para quem
está preocupado com novembro do ano que vem, como eu, não vou
responder sobre algo que é hipotético, já que as 9 linhas de metro do
contrato, são mais do que os prospectos que tínhamos para a cidade
em 50 anos.
O grupo começa a subir e se deparam com a praça, com um
acesso agora liberado, com o anunciado para todos a volta, que
olhavam aquilo, ficaram por alguns poucos dias pensando o que faria
ali, agora sabiam.
O repórter olha para a praça e olha para o local de saída, um
terreno lateral a praça, olha para a placa, e muitos deveriam estar
curiosos, mas obvio que com o panfleto da obra, todos foram com as
imagens e as noticias a suas sedes, as fotos da construção e da cidade
subterrânea ganhavam as redes de informação, correndo o mundo por
internet.
Pedro chega com Rita, Renata, Joseane, Camila e Carolina, na
parte da grande montanha artificial, havia um teleférico, que levava a
parte alta, onde tinha um mirante e um sistema de boias que desciam
pelas rampas.
Eles sobem e Pedro olha em volta e fala.

431
— As vezes até um me admiro depois de pronto.
— Pelo jeito a parte ilha é imensa. – Rita.
— Nem eu olhei pessoalmente, a mana que estava
administrando isto, ela disse que era uma surpresa, se viu a cara dos
demais, obvio que novamente a presidente não soube que o discurso
ali no palco era para a parte interna, ela não parece pensar muito, mas
eu que sou a criança.
— Acha que a linha de metro vai funcionar? – Renata.
— Se pensar que você consegue chegar do centro de São Jose,
do centro de Palhoça, do centro de Biguaçu, direto, e semana que vem,
a linha circular do metro inaugura, a partir de terça, ela passa aqui,
passa nos Ingleses, depois em Canasvieiras, Jurere, Santo Antônio de
Lisboa, Cacupé, Saco Grande, Centro, UFSC, Costeira do Pirajubaé,
Aeroporto, Tapera, Ribeirão da Ilha, Armação, Campeche, Joaquina,
Lagoa, Barra da Lagoa, e novamente aqui, um giro para unir a ilha, se
vai funcionar não sei, é um investimento a fundo perdido, em teoria,
mas com locais internos e centros de integração em vários pontos, é
um investimento inteligente mana, mas para que funcione, temos de
salvar o planeta.
— Vai integrar a cidade, as vezes esqueço que você não pensa
pequeno, eu pensando no parque e você pensando em ligar ele a toda
a região.
— Mana, seu trabalho foi incrível, temos um parque como
poucos no mundo, mas o incrível é que ninguém tem acesso ao que
tem abaixo dele, então teremos curiosos, esta é das cidades que chamo
de profundas, o governador não queria permitir, eu não fui na reunião
abaixo para não ouvir o que não queria.
— Fazendo politica?
— Eu não tenho tamanho para entender eles, eles não levam-me
a serio, então vou evitar as vezes, mesmo sabendo que vai sobrar para
o dirigente local.
Eles ficam a olhar, depois de um tempo descem e um repórter
chega a eles, com seu câmera-man as costas, Pedro olha a segurança,
estava ali, sua proteção também, das meninas também, então olha
sorrindo o repórter que fala.
— Senhor Pedro Rosa, nos daria uma entrevista?
— Se for rápido.
— Apenas umas perguntas.
Pedro olha desconfiado e ouve a pergunta.

432
— O que o senhor tem a falar sobre as obras para esta crise
solar?
— A empresa de meu pai está tocando as obras contratadas,
sobre elas teria de ser mais preciso na pergunta, são muitas.
Renata olhava com um sorriso de quem via seu irmão desviar
uma resposta, raramente o fazia.
— Se o evento é grave, porque está se divertindo, não deveria
estar assustado.
— Estou assustado, mas como minhas pernas são curtas, de que
adianta começar a correr antes de saber para onde.
— Estão falando que existe uma forma de embargar as obras de
sua empresa, pois não tem permissão de construção.
— Duvido que alguém vá embargar no domingo, duvido também
que meu pai construiu qualquer coisa sem autorização.
— Mas os repórteres tem imagens e fotos de uma cidade abaixo
da cidade.
— Sim, o que tem haver? – Pedro sendo cínico, para irritar.
— Ele não tem autorização para estas construções, ele teria de
devolver ao estado anterior.
— Primeiro você falar que ele não tem, não transforma em não
ter, segundo, abaixo de 3 metros abaixo de seu pé, é terreno da nação,
não seu, não do prefeito, quem deu a autorização foi o ministério de
minas e energias, ai sim, não são obras de meu pai, são minhas,
autorizadas para a Rosa Mineradora, se eles não leram onde eram os
buracos, a profundidade, o que faríamos, não torna em não permitido,
sei que muitos falam do diamante de minha mineradora, já deve ter
ouvido.
— Já ouvi.
— Já deve ter ouvido por ai, que tenho a maior mina de
diamante do mundo?
— Sim, muitos falam disto.
— Então me responde, onde fica a maior mina do mundo, pois
que saiba, ninguém tem uma imagem de lá.
— Não é as de Minas, Nazareno?
— Aquelas produzem 10% do que a maior mina de diamante do
mundo produz, teria o tamanho em produção, lá, de 50% abaixo da
segunda maior mina, na Rússia.
— Não entendi então.

433
— Eu não faço buracos para explorar, eles procuram um buraco
como o de Kubitschek em Minas, mas lá não é extração, mas mesmo
aquele buraco, seria menor que a mina na Rússia, continua a pergunta,
onde fica a minha maior mina de diamante do mundo?
— Quer dizer que não usa um buraco comum, é uma extração de
tecnologia abaixo da superfície, que é terreno federal, e que pode ser
abaixo de uma cidade como esta?
— Poderia, mas somente quando eu terminar em mil anos de
explorar o diamante de lá, alguém saberá onde fica, todos sabem pela
produtividade, que existe, mas onde, eles não sabem ainda.
— E afirma que sua empresa tem permissão para construção de
200 cidades subterrâneas?
— Eu tenho autorização para fazer o que quiser naqueles locais,
seja uma cidade, seja um buraco que se encherá de agua em mil anos,
a autorização é de exploração, mineral, com qualquer tipo de recursos,
neles me permite até abrir caminhos entre os pontos, então eles tem
de aprender a ler, pois se um menino de 13 anos, propõe, eles assinam,
e ninguém lê, a culpa não é do menino, e sim dos que não lerão.
— Mas está calmo, como acreditar que é real?
— Eu estou calmo pois falta mais de um ano para a data, mas se
acontecesse amanha, eu me salvaria, se me virem correndo, eu corria
junto, vai acontecer.
— Quer dizer que para você bastaria o que já tem.
— A imprensa local filmou, não documentou totalmente mas
temos a primeira cidade para proteção total, em caso de crise muito
grave, para dois milhões de pessoas, com sistemas de cultivo, estoques
de comida, um lago subterrâneo com mais água que a lagoa do Peri,
protegida e purificada, a primeira estrutura pronta, ainda temos muito
a construir, mas tem de ver, que toda a previsão, tem este nome por
um motivo.
— Um motivo.
— Se fosse uma certeza, eles não falariam Previsão, eles diriam o
Acontecimento se dará na data tal.
— Acha que pode não acontecer?
— Acho que pode acontecer, não gastaria uma fortuna para
salvar vidas, uma fortuna que os governos não teriam como me pagar,
pois teriam de parar tudo para conseguir o dinheiro do custo de algo
assim, se não acreditasse, mas não quer dizer que vai acontecer como
eles falam, alguém fala, tem uma previsão de chuva para amanha,

434
acredito, mas se a pessoa falar exatamente quanto de chuva vai cair, eu
duvido, pois precisa de muitos dados para se calcular, que
normalmente não se tem em mãos.
— Quer dizer que pode acontecer e ser mais brando, ou mais
forte, e quer estrar preparado para todo problema.
— Se fosse uma onda confirmada de apenas 44 horas, eu
pararia, sobre 700 pontos no planeta naves imensas, como aquela que
me viram a pouco, naves revestidas de um material que absorve
energia, e todos que corressem para os 700 lugares sobreviveria, e
teríamos um problema imenso após, pois teríamos todos os campos
queimados a volta.
— Quer dizer que tem o pós, que não tem como prever?
— Meus problemas com exércitos é por querer salvar vidas, eles
ganham dinheiro matando, é fácil fazer um buraco, que caiba 2
milhões, por para dentro 200 mil, em duzentos pontos, com certeza
eles sobreviveriam, teriam comida, se reproduziriam, esperariam o pior
momento passar e recomeçariam, mas a pergunta que todos se fazem,
como salvar 7 bilhões de humanos, mais 100 milhões de espécimes em
quantia mínima para não as extinguir.
— E vão tentar?
— Existe uma forma, mas como poucos me ouvem, poucos
acreditam, poucos investem o que eu investi para sobrevivência do
todo, muito vai se perder, mas eu terei gasto até o fim do ano que vem,
mais de 25 trilhões de dólares, tudo que ganhai e ganharei com os
contratos, eu precisaria de 25 vezes isto, para salvar o que pretendo, e
ninguém está me ouvindo, pois quem fala isto, sou eu, Pedro Rosa,
menino, 13 anos, Brasileiro.
Pedro olha o rapaz, e termina.
— Agora deixa eu voltar para casa.
O rapaz talvez ainda com a imagem do menino falando aquilo dá
licença e olha o menino chegar a parte ao lado da lagoa, e pegar algo a
mão, se viu um disco, 22 metros era grande para muitos, Pedro os
chamava de pequenas naves, ele entra e as meninas o acompanham, o
câmera filma e fala.
— Vai editar?
— Não sei, ele tem razão.
— Ta doente Paulo? – Fala o câmera tirando sarro.
— Não, você levaria serio aquele menino, se ele falasse que o
mundo vai acabar?

435
O rapaz olha meio que sem saber o que falar.
— Ele mesmo chegando em uma nave imensa, saindo em uma
nave pelo jeito que responde a seu celular, não acreditamos, agora tira
isto, a imagem em si, você acreditaria nele?
— Se quer ouvir um não, sabe o que penso deste menino.
— Não sei, este é Pedro Rosa, o Rosinha que as colunas sociais
da cidade tiravam sarro, insinuavam porque não tinham como falar que
era o caso de Fabrícia, a transexual mais famosa da alta sociedade
local, o menino que hoje se sabe, mas na época ninguém sabia, filho de
Siça, que administrava este parque, que depois a policia local disse que
era uma atiradora profissional, filho de Gerson Travesso, conhecido
bomvivã, que vinha a cidade, este é o menino que a própria cidade,
que insinuava sobre ele, não o reconhece, o menino que não posso
negar, sabe falar.
— Tem certeza que é o mesmo menino? Dizem que este tem
duas namoradas?
— As duas gravidas que estavam junto, sabe disto.
— Mas quer dizer que ele mudou de lado, pois todos falavam
que realmente ele tinha um caso com Fabrícia, sei de gente que jura
que os viu em intimidades.
— Quero dizer que este amigo que você fala, é um mentiroso,
provavelmente ele que estava na cama com Fabrícia.
— Ele não... – o rapaz pensa na frase - ...pode ser.
— Mas vai editar?
— Mandar o material, mas a noticia não ficou como eu queria, o
menino afirma coisas que fica claro, não vamos conseguir parar as
obras dele facilmente, embora entenda os que querem parar, entendo
também que se for serio, os mesmos vão querer dizer que a cidade é
para poucos sobreviverem.
— Acha que por isto eles passaram as quantias?
— Vamos ver o que os demais falam, embora acho que eles não
tem como esconder as quantidades, a imprensa local tem os pais do
menino como donos.
— Mas o que o deixou pensando.
— Ele falou com todas as palavras, é fácil salvar 4 milhões de
brasileiros, em 200 pontos espalhados, estes sobreviveriam, mas e os
demais?
— Acha que isto dá impacto?

436
— Olha a resistência da oposição, ouviu alguns falarem, que
tinham de parar as obras, pois era inaceitável fazerem obras sem
autorização, acha mesmo que é um absurdo pensar em salvar a
população, mesmo ele sendo claro, que existem formas fáceis, formas
complicadas, e pelo jeito, terei de pensar no que vou relatar.
— Entendi, uma reportagem que pode servir para um lado, ou
para o outro, mas o que lhe preocupa?
— Pensei que ele iria dizer que tinham certeza de que
aconteceria, falar que estavam vendendo proteção, ele apenas jogou
palavras, mas ele foi bem claro, ele sobrevive, e se pensar pela logica,
alguém capaz de construir uma estrutura para dois milhões de pessoas,
deve ter uma estrutura que o permita sobreviver, a forma de
transporte dele, mostra que ele teria como sair de onde estivesse, para
uma base, o que para nós seriam horas de transito e desespero, para
ele, apenas uma parte alta e uma fuga, então se eu pensei que ele iria
afirmar que precisávamos ir a frente, ele apenas disse que para ele,
tanto faz, se perguntado sobre as obras do pai, ele desconversou, sobre
as cidades, ele afirmou ter liberação para abrir buracos, explodindo o
local, então um local conservado e dinâmico, é apenas um detalhe que
a permissão lhe dá, sem contar que temos as primeiras palavras sobre
a maior mina de diamante do mundo, pelo que entendi ao lado, eles
podem ter montado uma entrada, não sei onde colocaram... – o rapaz
olha a ilha a frente, a proteção ao fundo - ...espertos, lembra que
muitos falavam que não entendiam de onde havia saindo o material
que fez a proteção ao fundo, vão falar o mesmo da ilha a frente.
— A ilha que não existia até surgir?
— Sim, algo que todos vão falar, uma tecnologia que poderia nos
esconder algo imenso, e não vermos, como a maior mina de diamante
do mundo, mas acredito que eles não abriram o buraco como os
imensos, eles apenas abriram um atalho, e de alguma forma, como a
presidente falou, usando nova tecnologia, exploraram um buraco que
surge apenas após uma profundidade.
— Acha que tem várias partes, isto que está falando?
— Isto, vamos a TV, quero falar com o diretor, pois se usarmos
as palavras dele, podemos montar uma reportagem, talvez ela ganhe o
tom nacional, pois podemos usar em parte a cada das pessoas, quando
a presidente falou do problema, mas este imagem todos terão, dai
mostraremos a cidade, o surgir da ilha, o encanto, e as indagações,
tenho de pensar direito.

437
Dallan olha as imagens vindas do Brasil, nas redes sociais, e olha
para Sabrina.
— Ele está no país dele inaugurando um parque, e todos
procurando ele por aqui.
— As imagens que os repórteres estão levando as TVs, vai por
todos olhando para lá.
— O que eles filmaram?
— Uma cidade com entrada por trem rápido, para dois milhões
de pessoas, em algum lugar abaixo de uma cidade ao sul do Brasil.
— Ele fazendo o que eles querem, mas com certeza, deve ter
resistência?
— Sim, alguns começam a montar reportagens sobre
autorizações, sobre como alguém poderia dispor de suas terras sem a
autorização para o fazer, temos de ver que eles tem um país mais
burocrático referente a obras publicas ou privadas.
— Mas as imagens do parque dele, deixa bem claro, ao olho de
todos, mais de 30 autômatos de guerra, a vista de todos, e ali como se
não fosse um problema.
— Se considerar que ele tem vinte e duas inaugurações de
parques, já seria 660 autômatos que todos saberiam onde está.
— E não duvido que ele o faça, pois eles são imponentes e
parecem encaixar em parques infantis como pouca coisa.
— O menino das obras, se todos queriam ele longe, ele está lá,
agora com apoio de seu povo, para salvar eles, a primeira ministra
alemã está sendo consultada por quase todos, as empresas estão num
domingo de folga, mas obvio, todos esperando a segunda em cólicas.
— Vamos a correria, já que agora não é mais surpresa.

Pedro chega no seu terreno no Tingui novamente, olha para os


demais e olha como está o fogo, olha para o pai e fala.
— Como está pai?
— Preocupado, o que vai fazer?
— Pai, agora serão 13 meses correndo, temos de os passar, para
ir ao futuro.
A família agora maior curte um churrasco e muita conversa,
enquanto assavam uma carne.

438
439
J.J.Gremmelmaier

15 Meses Que
Voaram
Crônicas de Gerson Travesso
34

Edição do Autor
Primeira Edição
Curitiba
2016

440
Autor; J. J. Gremmelmaier Dlats e Olhos de Melissa, entre tantas
Edição do Autor aventuras por ele criadas.
Primeira Edição Ele cria historias que começam
2016 aparentemente normais, tentando narrativas
15 Meses Que Voaram diferentes, cria seus mundos imaginários, e
------------------------------------------ muitas vezes vai interligando historias
CIP – Brasil – Catalogado na Fonte aparentemente sem ligação nenhuma, então
------------------------------------------ existem historias únicas, com começo meio e
fim, e existe um universo de historias que se
Gremmelmaier, João Jose
encaixam, formando o universo de
15 Meses Que Voaram, Crônicas
personagens de J.J.Gremmelmaier.
de Gerson Travesso 34, Romance de
Um autor a ser lido com calma, a
Ficção, 184 pg./ João Jose
mesma que ele escreve, rapidamente, bem
Gremmelmaier / Curitiba, PR. / Edição vindos as aventuras de J.J.Gremmelmaier.
do Autor / 2016
1 - Literatura Brasileira –
Romance – I – Titulo
-----------------------------------------
85 – 62418 CDD – 978.426

As opiniões contidas neste livro são


dos personagens e não obrigatoriamente
assemelham-se as opiniões do autor, esta é
uma obra de ficção, sendo quase todos ou
quase todos os nomes e fatos fictícios.
©Todos os direitos reservados a
J.J.Gremmelmaier
É vedada a reprodução total ou parcial
desta obra sem autorização do autor. 15 Meses Que Voaram
Sobre o Autor;
João Jose Gremmelmaier, nasceu em Vamos passear por meses
Curitiba, estado do Paraná, no Brasil, formação rapidamente para chegar ao evento solar,
em Economia, empresário por mais de 15 então este capitulo é um passeio por meses,
anos, teve de confecção de roupas, empresa sem as cronicas tradicionais, caminhando
de estamparia, empresa de venda de para uma tragedia anunciada.
equipamentos de informática, trabalhou em
um banco estatal. Agradeço aos amigos e colegas que
J.J Gremmelmaier escreve em suas sempre me deram força a continuar a
horas de folga, alguns jogam, outros viajam, escrever, mesmo sem ser aquele escritor,
ele faz tudo isto, a frente de seu computador, mas como sempre me repito, escrevo para
viajando em historias, e nos levando a viajar me divertir, e se conseguir lhes levar juntos
juntos. Ele sempre destaca que escreve para se nesta aventura, já é uma vitória.
divertir, não para ser um acadêmico.
Ao terminar de ler este livro,
Autor de Obras como a série Fanes,
empreste a um amigo se gostou, a um
Guerra e Paz, Mundo de Peter, Trissomia,
inimigo se não gostou, mas não o deixe
Crônicas de Gerson Travesso, Earth 630, Fim
parado, pois livros foram feitos para
de Expediente, Marés de Sal, e livros como
correrem de mão em mão.
Anacrônicos, Ciguapa, Magog, João Ninguém,
J.J.Gremmelmaier

441
©Todos os direitos reservados a J.J.Gremmelmaier
J.J.Gremmelmaier

15 Meses Que
Voaram
Crônicas de Gerson
Travesso 34
As aventuras chegam ao seu Trigésimo Quarto
capitulo, parte do Decimo livro, vamos tentar passar o
tempo, mostrar os acontecimentos que levam ao
capitulo que pretende ser o final da historia, ou um
recomeço, todo fim sempre tem dois lados.

442
Pedro chega em casa após um dia de aula, sexta, olha para
Rita sair do carro a frente, depois Carol, os pais de Carol ainda não
conseguiam ver em Pedro, aquele menino que se olhava toda
manha no espelho, aos olhos, para não se desmotivar, alguém a ser
levado a serio.
O olhar de Rita e Carol para ele, parecia ainda aquele sonho
que insistia em sorrir para ele, o mundo desandando e ele sorrindo,
algo que no começo lhe parecia errado, pois sua felicidade gerava
problemas, sua felicidade contrastava com tudo que teria de
enfrentar, mas agora as vendo cada uma ir para casa, dentro
daquele terreno, olhar a casa que construiu para os Ribeiro, para os
Frota, para sua mãe e João, para seu pai e Patrícia, que lhe deu um
irmão que trouxera novamente o sorriso para seu pai.
O olhar em volta, uma ideia de Março, toda erguida, em um
condomínio de casas, ele sorria de ter tido uma ideia simples e ter
conseguido, aos 13 anos conseguido realizar.
Pedro olha para a irmã passar o braço no dele e lhe
perguntar.
— Algo o fez sorrir?
— Hoje fiz uma prova que me garante nota para terminar o
ano, agora preciso de presença, apenas isto.
— Você consegue tirar nota até dormindo, certo que algumas
coisas quando tento explicar para o professor de matemática ele
fica me olhando assustado, as vezes penso que estou falando
besteira, mas depois daquele toque nas paredes do templo, muita
coisa parece despertar em nós, nunca entendi isto?
— Dizem os escritos, não sei se acredito, que toda a ciência
que está naquelas paredes, foi implantada em 12 espécies locais de
humanoides, então ela não lhe ensina, ela desperta o conhecimento
tido em seu DNA.
— E daqui a pouco sai correndo? – Renata olhando como se
cobrasse dele ficar um pouco mais, mas sabia que seu irmão corria e
dificilmente passava um fim de semana em casa.

443
— As vezes tenho de acelerar, mesmo que tudo indicando
para descansar e curtir a vida.
— Nossas namoradas tem reclamado.
Pedro sorriu disto.

Em Washington um grupo de pessoas se reúne e o


presidente, após desmentir algo que os demais não engoliram, mas
não tinham provas, a diferença de saber e não conseguir provar,
fazia muitos se afastar do presidente.
O chefe da CIA olha para o presidente e pergunta.
— O que acontece que o menino não veio mais para cá.
— Ele parece querer que os demais trabalhem, soube que ele
pretende algo grande no Pacifico, não entendi a ideia, mas tem
haver com uma base antiga que tínhamos na região de Kiribati, não
entendi a ideia, mas as estruturas de balsas e cabos de energia,
estão sendo esticados no Pacífico.
— Dizem que fizeram isto também na Florida, Texas, Arizona
e Califórnia.
— Não entendi a ideia? – O presidente Americano.
— Ninguém entendeu, ele começou a fazer no pacifico,
depois começaram a abrir em coordenadas por satélite, clarões na
floresta amazônica, e foram estabelecendo pontos, não sei o que é,
mas pode ser um despiste, pois ninguém fala sobre isto, como se
fosse para ficarmos olhando.
— E como estão as nações mundiais?
— A Rosa’s, anunciou a vaga para 300 mil famílias na lua, e
que aceitaria inscrições para as vagas até o mês que vem. As vagas
já tem mais de 3 milhões de inscritos, a empresa está com
empreendimentos em 178 nações, está correndo, e mesmo assim,
não consegue em cidades subterrâneas, se tudo ficar pronto, mais
de 2 bilhões de vagas.
— Eles não brincam, se pensar que estávamos falando em
salvar 40 mil seres para recomeçar. Eles estão em por 300 mil
famílias na lua, buraco para dois bilhões de humanos, este menino é
algo que teremos de isolar depois do acontecimento, pois sabe o
perigo de um menino deste? – Presidente.

444
— Ele por si quer se isolar senhor, a maioria estaria
requerendo o reconhecimento, ele está tentando se manter isolado,
isto neste momento está dando mais credibilidade ao nome, Pedro
Rosa, pois ele falando a um mês, e traduzindo para todas as línguas,
aquela imagem focada no rosto dele, que ele iria investir 25 trilhões
de dólares, tudo que ganhou e ganhara com os contratos, mas que
precisaria de 25 vezes isto, para salvar o que pretendia, e ninguém
estava lhe ouvindo, pois quem falava aquilo era Pedro Rosa, ele, 13
anos, Brasileiro, sabemos que ele já tinha falado isto
informalmente, mas quando ouviram ele, viram a imagem, todos
ficaram na duvida, pois se ele não conseguiria, todos teriam de
ajudar.
— Nunca entendi se ele ganhou ou perdeu isto.
— Uma fabrica Russa, doou ao Brasil, 22 milhões de armações
metálicas de cama de casal, uma empresa que estava abrindo as
clareiras em meio a floresta, começa a produzir e investir em camas,
em peças de madeira uteis, 3 fabricas nossas, fazem uma parceria
para fornecer 70 milhões de garfos e facas, eles conseguiram que
uma leva de empresários a nível mundial, sensibilizassem-se e
aderissem ao projeto, eles devem ter conseguido somar outro
trilhão de dólares mês em produtos, em coisas que não precisaram
comprar, se somar isto por 12 meses, são 12 trilhões em coisas que
eles não precisam comprar, e como a empresa fala, quanto maior a
participação, maior o numero de humanos salvos.
— E alguém confirmou se aquelas maquinas que ficam
visíveis são mesmo autômatos?
— Não, tudo indica que sejam, mas como não temos como
tirar dos locais, já temos 6 parques inaugurados, mas não temos a
posição da cidade abaixo delas, segundo Los Alamos, algo está
errado, e não temos os programadores para refazer a programação.
— Como não?
— Descobrimos que Dallan e aquela Tenente não morreram,
mas a base em Los Alamos, por determinação do Exercito, está
fechada a eles, sabe disto presidente, você determinou isto, colocou
eles para fora, e depois disto, tudo desandou.
— Nunca entendi como eles faziam as coisas lá acontecerem,
aquele Dallan me ofendeu.
445
— Sabe que ele tentou lhe trazer a lucides, Dallan não é de
falar nada, sei que existem pessoas que entraram naquela base e
nunca mais saíram, nem sei se estão vivos senhor, e tudo depois de
ter tirado Dallan do comando.
— Acha que ele nos daria informação?
— Não, mas ele protegeria as informações, eles estão tão
soltas, que tudo vai a mídia, nada sobre controle, eles teriam
limpado as afirmações do Almirante, interfeririam nas transmissões
diretas e pressionariam para sumir as informações.
— As vezes esquecemos que alguns fazem serviços que nunca
damos valor até os tirar de lá.
— Se lembrar, tivemos o problema de infecção com mais de
40 mortos e não vazou nada, dai um almirante falou e tudo
desandou em horas.
— Acha que devo por panos quentes em tudo que eles
falaram?
— Eles defendem a nação senhor, eles podem lhe ofender,
mas não deixaram nada desandar, aquela lista foi uma péssima
ideia, sei que deveria ter lhe alertado, mas na hora nem eu imaginei
que as maquinas tivessem sistema próprio programando.
— Acha que não foi o menino?
— Acho que damos muito valor ao menino, as vezes é apenas
nossa vontade de negar nossos erros.
— E fazemos burradas, sei o que é isto.
— O menino avança, todos estão se perguntando a quantos
anos o menino faz isto, e sabemos que são meses, o menino avança
tão rápido, que parece que estamos sempre parados.
— Vou passar uma instrução para o general Carter voltar, e
deixar a base novamente sobre o comando do General Dallan, nem
sei como o comunicar, mas com certeza Carter sabe.
— Ele foi a sua casa, todos os agentes da CIA que mandamos
para conversar com ele, surgiram na divisa sul do Texas, no lado
Mexicano, sem arma e sem documentos.
— Eles são protegidos pelo menino, isto que me faz sempre
querer os isolar.

446
— O menino sempre disse que alguém que gostaria que
trabalhasse para sua empresa era a Tenente Jones, está em todas as
conversas dele que ela se recusou a isto.

Pedro chega a base do Cabo Canaveral e olha para o


andamento dos sistemas de construção das naves, vai a base
superior e pede para falar com Banneker, ali ele já era conhecido, e
a moça na recepção o anuncia.
Banneker olha o menino e pede que o conduzam a sala dele,
Pedro olha para o local, embora tivesse contratos com a NASA,
tivesse tido conversas com Banneker em muitos lugares, pela
primeira vez entrava naquela região.
O senhor o cumprimenta e fala.
— Veio verificar os prospectos?
— Acha que o grupo está preparado senhor?
— Acredito que sim.
— Então vamos encenar e ver se eles acreditam, passei e
olhei a construção das naves, estão legais, já testaram se elas
funcionam mesmo?
— Vamos terminar a primeira a semana que vem e vãos
testar os campos de atração, ainda estamos estudando como.
— E os dados, como estão?
— Apenas fechando dados de massa, de Coroa, de calor,
estamos estudando os dados, não sei como você fez, mas nos dá
imagens a toda volta do sol, devemos terminar o ano com um
estudo especial do sol.
Pedro respira fundo e fala.
— E onde está o rapaz?
— Deve estar chegando ai, tem pressa.
— Tentar induzir eles. – Pedro pensando se era uma boa
ideia, mas parecia ser.
Banneker conduz o menino até a sala do rapaz.
— Boa tarde rapaz. – Pedro esticando a mão.
— Boa tarde, veio verificar oque hoje?
— Estava falando com Banneker, gostaria de saber como está
o nível de segurança nas bases que está verificando.
— Algum problema que não detectei?
447
— Um que gostaria de apenas alertar a você, existe um plano
de pessoas ligadas ao Presidente, que parecem ter tido acesso a
uma porta, não sei qual delas, então a ideia é confirmar se está tudo
pronto do outro lado, por dois dias, e fechar todas as portas pelo
lado de cá.
— Eles querem invadir qual dos mundos?
— Não tenho ainda esta informação, ou a eP3, ou a eP5, mas
prefiro me precaver, pois não é hora de começarmos a perder lugar,
não é hora ainda de perdermos a liderança mesmo torta do seu
presidente, não gosto da ideia de que isto vai cair sobre nós.
— Acha que temos como isolar?
— Sabemos John, que se eles conseguirem se instalar do
outro lado, eles podem desativar as vindas, e não teremos como
nem verificar se estão bem, já que até a informação vem através
dos portais.
— Entendo, mas quer que verifique oque?
— Se terminaram de instalar a Arca com todas as espécimes
do outro lado, se estiver tudo ok, vamos isolar e vamos as demais
portas, quero as retomar, vamos por autômatos diferentes naqueles
mundos.
— Nunca entendi, os autômatos funcionam mesmo com os
portais fechados, não teriam de manter a comunicação? – John.
— Existe um conceito de preservação dos humanos e uma pré
programação no sistema deles, não precisam de comunicação para
manter o dia a dia, precisamos da comunicação apenas para
mudanças de programação, mas isto é raro, a maioria das
informações já estão programadas.
— Quer que verifique apenas os dois que desconfia ou todos?
— Todos, espero que eles não tentem em um dos que os
autômatos ainda estão descontrolados.
Os dois se despedem de John e este dá um alerta a Robert via
celular.
Robert estava na Califórnia e começa a reunir o grupo e um
senhor chega a ele e pergunta.
— O que ouve Robert?
— Alguém mais parece querer nossa meta, e John alertou-me
que é agora ou vão fechar até as datas programadas, parece que
448
alguém conseguiu uma passagem como a nossa, e como o menino
não sabe qual, vai terminar de verificar as instalações e fechar estes
caminhos até chegar a hora.
— Então vamos fazer oque?
— Eu vou, quer ficar esperando que fique, deixei todas as
instruções para não parecer que estou ausente, apenas em uma
viagem, e vou passar minha família para o outro lado.
O grupo começa a se organizar e chegar a casa de Robert, que
recebe autorização que poderiam passar, era fim de tarde e apenas
a comunicação estaria fechada, mas para evitarem falar antes de
terminarem de passar todos.
Robert olha os grupos chegando a sua mansão em Santa
Monica, com certeza em pouco tempo começariam a pensar o que
fariam, mas Robert foi recebendo as pessoas, indicando o caminho,
enquanto os motoristas eram mandados para casa, o grupo começa
a surgir em uma cidade construída para ser proteção de 22 mil
pessoas, eles olham os autômatos todos em movimento de espera,
e foram seguindo as sinalizações.
As pessoas estavam largando suas vidas, suas riquezas, por
medo, Robert olhava os demais passarem, a tensão era grande,
vontade de passar, mas sua família já tinha ido, mas tinha de ficar
até o ultimo chegar, um vai e vem de carros, ate 21676 pessoas
terminarem de passar, ele passa e John atravessa, após indicar para
sua esposa passar com seu filho.
Os sistemas de proteção começam a ser desligados na parte
de Cabo Canaveral, e o rapaz passa, olhando para a esposa, ele
termina de desligar os portais, e olha para os demais, desliga os
caminhos que estavam ativos, tira os tecidos da parede, e começa a
guardar eles.
Robert chega a ele e pergunta.
— O que temos aqui rapaz, sei que deve conhecer tudo.
— Só vou terminar de isolar a gente senhor, depois vou lá e
conversamos, é uma cidade grande, mas temos de cuidar com idas
para fora, vamos aos poucos tomando o lugar, mas primeiro temos
de nos isolar.
Pedro olha para Banneker em sua sala e ele fala.
— Acha que eles aguentam por lá Banneker?
449
— Eu recomendava o desligar por aqui também, sei que tem
uma porta a mais para lá, mas nem nos abriu isto.
— A porta que tenho vai para uma das luas deles, não para o
planeta, mas nos mantem ligados, se for seguro mais a frente
ajudamos a colonizar lá.
— Eles nem imaginam isto.
— Se nem eu sei tudo que está em meu sistema, aos poucos
chegamos a isto, mas vou confirmar se eles foram todos, e vamos
reabrir os buracos que havia vendido para eles.
— Certo, vai somar locais de proteção, esqueço que estes
tinham locais especiais comprados.
— Sim, então temos 100 mil vagas neste momento a mais na
Califórnia por conseguir abrir elas.
Banneker sorri e vê o menino desativar as portas ao fundo, e
foi verificar as obras em Cocoa.

Dallan estava na base, quando vê alguém a porta de sua casa


e passa para lá e olha pela janela.
— O que quer rapaz?
— Saiu nova determinação de Washington, parece que vão
lhe liberar o comando de Los Alamos novamente.
— E quem assinou isto? – Dallan desconfiado. – Põem na
caixa de correio.
— O presidente.
— Então avisa que amanha estarei lá, acho que desta hora
até amanha cedo não deve acontecer muita coisa.
— Apenas avisando general, aquilo está estático, parece que
dispensaram quase todos.
— Sabe se tem alguma ordem referente a Tenente Jones, pois
se não tiver terei de contratar alguém a mais.
— Ela e todos os seus comandados, estão reintegrados
senhor, o exercito está tirando a proteção extra, que nem tinha
acesso, mas que vedava a entrada dos antigos funcionários.
— Uma boa noticia, vamos voltar a ação.
O rapaz se afasta e Dallan atravessa o quintal, pega a
determinação na caixa de entrada, entra em casa e atravessa para a
base.
450
— Reintegrados Tenente, mas eles nem imaginam o que
fizemos, se souberem nos afastam novamente.
— Verdade, o que faremos?
Dallan apenas sorri.

451
Pietro chega a sede em Los Angeles, passara fora a noite,
raramente saia, mas estava se envolvendo com a mais velha das
meninas do vocalista da banda Anice, estava sorrindo quando vê
aquele rapaz a porta.
— Problemas Call?
— Trocar uma ideia.
— Vocês me assustam, o que aconteceu?
— Entre as ideias do fim do mês anterior, era gerar uma
comunidade nem que básica, em Marte, uma das naves chegou lá,
um autômato instalou uma porta e outros passaram para a região,
mas... – Call olha que estavam a porta, olha para o outro lado da rua
e fala – ...Melhor tratar isto lá dentro.
Pietro sorriu, estavam todos em paranoia, e o olhar para o
outro lado da rua, era bem normal de todos que estavam
envolvidos, e sobem, já que Pietro morava na cobertura da
empresa.
— Não entendi a urgência?
Call passa umas imagens e o rapaz começa a olhar e
pergunta.
— O que quer dizer com isto?
— Parte dos sais encontrados em volta do vulcão Olympus
em Marte, são dos tipos que infectaram os técnicos naquela
investida através de Caen.
— Tem certeza disto?
— Sim, seguindo os rastros, os autômatos chegaram a este
lugar em Marte.
Call coloca a frente de Pietro imagens de uma base, em
Marte, pronta, escavada no vulcão, olha os padrões e pergunta.
— Inscrições Fanes?
— Sim, ainda somente autômatos entraram lá.
— O que lhe preocupa Call, normalmente vocês avançam sem
me comunicar nada.
— Algo estranho, parece que o chão interno, de uma base
que não temos como analisa a idade ainda, tem – Call mostra os
452
cristais ao chão - isto ao chão, os autômatos estão analisando e tem
uma composição parcial do cristal transparente.
— Parcial?
— O cristal ao chão é laranja, bem laranja, os autômatos
estão tentando descobrir qual a base destes cristais.
— Contagioso?
— Altamente contagioso.
— Mantem isolado, não sabemos o que tinha ali, mas não
temos tempo para problemas, melhor isolar, desativa os autômatos
que foram para lá, não quero ter o risco de na hora H perdermos
por ter mexido onde não deveria.
— Tem certeza.
— Call, não nos adianta tentar entender problemas distantes,
se não conseguirmos contornar os próximos, Marte é muito
próximo, mas se tem cristais derivados dos cristais que infectaram
os Fanes nas regiões próximas, podem ter existido lá, e sobrevivido
no planeta, pois é seco, ausência de agua, rico em sais.
— Acha que deixamos para depois do evento?
— Sim. Isola tudo que pode ter referencia a infecção, vamos
deixar para depois do evento, temos 70 endereços externos que
não temos os cristais de infecção, e temos cidades iniciadas, vamos
tentar acelerar nestes lugares, vamos tentar evitar o desgaste com
coisas que podem nos atrasar, ou pior, gerar perdas nesta hora.

Pedro sai de uma aula de quinta feira, olha em volta, abraça


Rita e ouve Roger falar.
— Meu pai quer falar com você, não sei se entendeu o
problema, ninguém esta querendo trabalhar nas vinícolas.
— Imaginei, e não será melhor daqui para frente, estamos
com pessoas que nunca faltavam viajando em Outubro.
— Vai lá?
Pedro ajuda Rita entrar no carro do motorista, estava
chegando a hora, as coisas estavam tensas em todos os sentidos.
Carol chega após e fala.
— Quase não sai da cama, travei lá, tive de me mexer aos
poucos, minha mãe disse que tenho de manter a calma.
Pedro ajuda ela entrar e olha o carro saindo.
453
— Prenderam o Rosinha direitinho.
Pedro nem olhou, sabia que era Jonathan, estranhava o
comportamento dele, cada dia mais, sorri para si e sente Renata
chegar ao seu lado e falar.
— Vamos?
— Não vai responder Rosinha? – Jonathan.
Pedro sorri e não fala, o rapaz não fizera uma pergunta para
ele responder, ele fez uma afirmação, mas como explicar isto para
quem por anos disse ser seu melhor amigo.
— Não ouvi a pergunta, qual foi mesmo? – Pedro olhando
para Jonathan.
— Se deixou enredar, pensei que era mais esperto.
— Nunca fui esperto, sabe disto Jonathan, eu fui e sou o
Rosinha, estou aqui em sala, e sabe que não tenho feito nada, mas
parece que todos resolveram falar de mim, mesmo eu quieto no
meu cantinho.
— Se achando ainda.
— Eu? Não, porque me acharia Jonathan, já estarei trocando
fraudas enquanto vocês correm atrás de garotas, porque estaria me
achando?
— Ainda vou mostrar para todos que você não passa de uma
criança, eles acham que sabem o que falam.
— Se puder me fazer este favor, agradeço. – Pedro olha para
a irmã, vendo o carro parar e fala – Vamos.
Renata entra e Pedro entra depois, sem olhar para Jonathan.
— O que ele quer com isto?
— Sei lá, acho que as pessoas sonham em ser algo na oitava,
e por algum motivo ele não gosta da minha posição.
— E lhe chama de criança?
— Sou uma criança mana, somos quer dizer, mas eles não
entendem o que mais importa.
— O que importa?
— Provavelmente terminarei este mês alguém mais feliz, e
nada do que eu possa fazer, antecipa ou retarda isto.
— Está falando dos filhos?

454
— Sim, estou falando das minhas meninas, mas a tensão
parece estar maior no ar, não sei o que vai acontecer, mas com
certeza, estas coisas nos deixam tensos.
— E parece longe?
— Eu desmarquei tudo fora de Curitiba a 15 dias, e ficarei
aqui mais 15 dias, pelo menos espero ficar.
— Tentando não sair correndo?
— Tentando com toda força não sair correndo, tentando com
toda força me mostrar calmo, enquanto sinto duas meninas
encantadas nervosas e tensas.
Renata o abraça e fala.
— Calma, depois também vou precisar de apoio.
— Os irmãos Rosa resolveram ser totalmente irresponsáveis e
responsáveis este ano.
— Verdade, tudo em um ano especial.

Banneker começa os testes de absorção das naves, não


estava como ele queria, achou que seria diferente, mas tinha aquela
dica de um rapaz da Rosa’s, para tentar deixar o menino quieto este
mês, ninguém o levava a serio, mas quando precisava de uma ideia
maluca, sabiam que o menino conseguia superar todos eles.

Pedro estava dormindo em um sábado, normal em tudo,


quando o seu pai chega a porta e fala serio.
— Se veste filho.
— Problemas?
— Carolina está saindo em minutos de ambulância para o
hospital, parece que estourou a bolsa, chamamos a ambulância que
está estacionando lá.
Pedro olha para o pai como se demorando a absorver o
assunto, de um segundo para outro, ele pula da cama, põem uma
calça, a camisa pelo avesso, se olha no espelho, escova os dentes
correndo e fala.
— Vou acompanhar ela, tudo bem pai.
Gerson sorri e fala.
— Põem a camisa no lado certo, pelo menos.

455
Pedro olha para a manga, sorri e sai pela porta, mudando a
camisa, olha para as escadas, as desce, dois lances de escada rápida.
Pedro olha para a casa dos Ribeiro e olha para o pai.
— Providencia outra, algo está acontecendo.
— Crianças vindo ao mundo.
A ambulância estava ali, o rapaz dentro olha a menina e a
deita e olha para Pedro e fala.
— Melhor ficar longe criança.
— Gostaria de ir junto.
— Não é lugar para criança menino.
Caroline olha para Pedro e estica a mão, o rapaz pensou ser
alguém da família, mas o menino não explicou, mas ficou vendo
uma senhora sair pela porta e perguntar se poderiam esperar um
pouco, Pedro olha para o rapaz e fala.
— Pelo jeito as duas crianças vem juntas ao mundo.
Rita veio ajudada e deitada a ambulância, ela estica a mão
para Pedro e fala.
— Já esperando ai?
— Pelo jeito o dia vai ser agitado.
A ambulância sai lentamente no sentido da Maternidade São
Vicente, Gerson pega o carro e foi a frente, teria de ter um maior
para autorizar, o senhor Ribeiro entrou no carro, os demais viram
que o que era algo que não esperavam no começo do ano, vem a
unir a família vendo o senhor Frota entrar no banco traseiro.
O carro sai a frente e foram ajeitando as coisas na recepção
do hospital, o medico das duas foi avisado, e as familiar começam a
se ajeitar para ir ao hospital.
Pedro segura as duas mãos e fala.
— Respirem com calma, lentamente e profundamente.
Uma enfermeira olha para as meninas e faz pergunta sobre as
contrações e bateu no vidro do rapaz a frente que acelera a
ambulância, olha para Pedro e fala.
— Irmão delas?
— Não, o irresponsável do pai.
A moça olha serio para as duas, Rita ri com dor, da reação da
moça que pergunta.
— Tem plano de saúde?
456
— Os pais estão lá para dar andamento, os médicos foram
avisados, vamos chegar com eles lá moça.
— Mas você é muito pequeno para ter filho.
— Duas meninas, mas não imagina quantas vezes ouço isto.
A ambulância para, se viu os dois grupos, cada uma saindo
num sentido e Pedro olha para a moça que pergunta.
— Você me parece conhecido.
Pedro sorriu e apenas olha para o pai chegando a ele e
pergunta.
— Como estão as coisas pai?
— Pelo que a enfermeira passou aos rapazes, vão direto a
sala de parto.
Pedro parecia perdido e pergunta.
— Acho que eles não vão me deixar acompanhar.
— Sabe que não, já conversamos sobre isto.
— Então é hora de acalmar pai.
Gerson abraça o filho e a moça da ambulância olha para o
motorista e pergunta.
— Aquele é Gerson Travesso?
— Sim, e o menino, Pedro Rosa, sempre ouvi dizer que ele
passaria desapercebido em qualquer lugar, vi que Rick quase o
colocou para fora da ambulância. – Olhando o rapaz.
— Aquilo é Pedro Rosa?
A moça sorriu, o menino que toda a sociedade local falaria no
dia seguinte, mas que poucos que vissem levariam a serio.

Pedro senta-se a recepção, teria de esperar, viu que mesmo


em hospitais particulares, se não tiver um medico dedicado a seu
caso, se fica a portaria esperando ser atendido, fica pensando se
eram os médicos os errados ou o sistema montado assim que tendia
a não funcionar, ele não tinha no que pensar, ele estava tenso
quando viu o resto da família chegar ali, os pais estavam
acompanhando as filhas, e viu as mães subirem também, Pedro olha
para Renata sentar em um lado e Joseane do outro.
— Já nasceram?
— Não sei ainda, ficar encima não facilita, o pai está lá para
dar todo apoio necessário, mas é estranho o sentimento nesta hora,
457
um misto de apreensão por Rita e Carol, e uma felicidade por Agne
e Agda.
As duas o abraçaram e Camila para a sua frente e fala.
— E como é sentir isto, Roger nunca pareceu querer um filho,
você vem junto, ele ficou na casa dele e ficou sabendo que tudo deu
certo depois?
— Senta ai com o Pedrinho, ainda não sei, eles não me
deixaram subir, entendo que não é lugar para criança lá, mas queria
estar lá.
Camila senta-se e vê a senhora Augusta chegar a portaria,
Pedro se levanta e ela sorri.
— Nasceu saudável, mais de dois quilos.
— E como Carol está?
— Bem, ela quer lhe ver lá ao lado.
— Meu pai ainda não conseguiu que liberassem minha
subida, assim que liberarem vou.
— Vou verificar com a direção, mas devem liberar em breve,
vou lá para não a deixar sozinha.
Pedro sorri, ele olha o rapaz perguntar quem era Pedro Rosa,
olha o menino, rele a autorização e indica o andar que tinha de ir e
o quarto.
Renata abraça Joseane e fala.
— Ele parece perdido?
— Seu irmão é especial, sabe disto.
Pedro entra no quarto, parto natural, ela estava
aparentemente cansada, Pedro estava tenso por quase uma hora
para subir, mas chega ao lado da cama e a abraça.
— Já a viu?
— Ainda não, mas como você está?
— Feliz, pelo jeito estas suas filhas vão correr pela casa
juntas.
— Elas e nós vamos correr pela casa juntos Carol.
Ele a abraça e ela sorri, Guta a porta olha para o menino e
olha para o marido.
— Este pelo menos estava preocupado com a filha.
— Verdade, aquele Roger nem aparece lá em casa, as vezes
analisamos as coisas erradas, as vezes certas. – O senhor.
458
Pedro sai dali depois de meia hora e foi ao quarto de Rita, ela
teve de fazer uma cesariana, não conseguiam a posição certa, ela
estava anestesiada, a senhora Ribeiro olha para Pedro e explica que
estava tudo certo.
— Me preocupo com Rita senhora, ela me preocupa nesta
hora, ela sempre me pareceu mais frágil que Carol.
Ela acompanha ele até ao lado da cama, ele pega a mão dela
e sente ela apertar a mão, olha para ela que sorri.
Ele a abraça e fala.
— Como está a mãe de minha filha?
— Bem, ela nasceu linda.
— Um joelho lindo? – Pedro.
— Sim, um joelho lindo chamada Agne.
— Agora tenta descansar, nem deve ter dormido direito,
tenta descansar amor. – Pedro.
— E como está Carol.
— Bem, mas em poucos dias estarão tudo em casa.
Pedro olha para o senhor Ribeiro e pergunta.
— Será que consigo uma licença Pai?
O senhor sorriu, ele sai e ele foi falar com a filha.
Gerson olha para o filho e pergunta se estava bem e depois
de duas horas, ele foi dar os dados dos pais para o registro das duas
crianças, e quando voltou viu cada uma das meninas, suas filhas,
lindas como as mães, ou lindas como seus olhos as viam?
Pedro olha para o pai e pergunta.
— Acho que estou meio sem saber o que fazer.
— Relaxa filho, curte, você não tem que fazer nada além de
lhes dar apoio.
— Terei de falar com os pais das duas, talvez seja hora de
montar minha casa de verdade.
— Não quer ficar longe das duas, mas sabe que terá
problemas.
— Problemas Agne e Agda são para uma vida pai.
— Tem aquela que gerou tudo olhando ainda para você.
— Pai, uma hora teremos de sentar e conversar, todos, mas
ainda não sei o que falar.

459
Os dois foram a recepção, muitas perguntas, e muitas
indagações, o diretor do hospital olha para Gerson e pergunta.
— A imprensa quer falar com Pedro Rosa, seu filho está onde,
sei que liberaram a entrada dele, alguém tem de por os repórteres
para fora.
Gerson olha para o filho e fala.
— Sua sina, não minha.
O senhor olha o menino, aquilo era o pai? Deve ter pensado o
senhor, Pedro sai a frente e olha para Maria chegando.
— Quer que os afaste?
— Apenas prepara a surpresa, já que eles me veem a rua, mas
não me conhecem.
Maria foi a frente, pediu para que eles se organizassem na
parte externa, não era um lugar para tumultuo, o pessoal se
organizou e Pedro chega a eles.
— Em que posso ajudar?
Maria começava a se divertir com a cara das pessoas, uma
coisa era falar, Pedro Rosa, outra, encarar ele de frente.
Os repórteres se olham e um do Diário pergunta.
— Confirma que sua primeira filha veio ao mundo senhor
Pedro.
— Agora terei de aceitar o senhor, mas hoje nasceram minhas
duas filhas, estou alegre, duas Rosas a mais para alegrar o mundo.
— Tem certeza que você é Pedro Rosa? – Um rapaz de uma
emissora de TV.
— Se quiser achamos outro, esta cidade deve ter muitos
Pedro, mas se não vieram me perguntar nada, peço que parem de
fazer tumultuo a frente de um hospital maternidade.
Uma moça ao fundo olha para ele e pergunta.
— Muitos falam que vocês está afastado das empresas Rosa’s
porque discorda da forma de tocar a empresa de seus acionistas, o
que teria a falar sobre isto.
— Discórdias são normais, mas me afastei pois preciso
estudar, agora sou pai, e tenho minhas prioridades mudadas.
Pedro olha para outro que pergunta.
— Como nasceram suas filhas, saudáveis?
— Ambas com mais de dois quilos, aparentemente saudáveis.
460
— E como estão as mães?
— Um foi parto normal, o outro cesariana, então cada uma
esta diferente, mas ambas passam bem.
Um bem ao fundo olha para Pedro e pergunta.
— Os jornais internacionais falam em uma crise solar, poderia
me confirmar se acredita e se algo será feito a respeito.
— Sim, acredito, o plano de contingencia para Curitiba,
abrange perto de 3,5 milhões de pessoas, ainda em construção, mas
pretendemos termina-lo a tempo.
— Esta dizendo que o plano de contingencia para a cidade é
dos maiores do mundo?
— Estou dizendo que firmamos com o governador, um plano
de contingencia de 25 milhões de lugares, pois alguns podem não
ficar pronto, então temos como objetivo, uma vaga para cada
paranaense.
— Desculpa a descrença, mas quando você abandonou as
fraudas para virar especialista em algo. – Um repórter ao fundo.
Pedro sorriu, encarou o rapaz.
— Quando passei a ganhar por hora, o que você ganha a cada
5 anos de trabalho. – Pedro olha os demais e termina – E gostaria de
pedir discrição, estamos na porta de um hospital, bom dia a todos.
Pedro entra e o rapaz fica com os demais tirando sarro dele,
se não sabia com quem falava, deveria se conter nas perguntas.

461
Pedro se olha ao espelho e fala.
— Um ano, será que consigo ajudar?
Pedro sente o querubim ao seu lado, ele estivera afastado,
Pedro sentiu falta, demorou entender que ele que tinha de
caminhar, e que aquele toque com moderação de um querubim de
conhecimento, era algo viciante.
Pedro sente em sua mente as obras, e sente que o querubim
estava impressionado, talvez nunca vira o avançar tão rápido tanto
a nível tecnológico como em pensamentos de um ser humano.
Pedro olha para o querubim e sente a imagem de
reconhecimento, ele lhe falava sem falar, que os humanos, para
aquele querubim, através dele, tinham sua consideração, pois toda
sua vida, ajudou tentando provar que não estávamos no caminho
certo, tudo que ele queria, era lhe dizer, vai em frente, você tem
muito caminho a seguir.
Pedro sente o resmungar de Agda no berço, chega perto e
olha Caroline dormindo a cama.
Pedro olha para o querubim e fala.
— Calma, terei meus meninos também.
Pedro olha para o celular e desce pegar um café, Rose era a
empregada contratada a uma semana, ela estava terminando o café
e Pedro olha Renata entrar pela porta, seu rosto não estava legal,
caminha até ela e fala.
— Problemas?
Ela não fala, corre ao banheiro e vomita tudo.
Pedro chega ao lado e a ajuda, alcançando a toalha.
— Estranho como cheiros podem acabar com uma manha,
como está mano?
— Prestes a subir com a bandeja de Carol, mas se vai vomitar
na bandeja, eu espero. – Pedro tirando sarro, o que fez Renata ficar
mais brava ainda.
— Preciso trocar uma ideia, embora parece leve hoje.
— Termina de se lavar, e vamos conversar.
— Tenho medo do futuro.
462
— Medo é algo normal, mas o que está lhe fazendo pensar,
sei que não tenho lhe dado tempo nem para isto.
— As vezes olho para você e não entendo o que pretende.
— Mana, eu as vezes estou quieto, e estou acompanhando
uma existência que o Pedro Rosa, está ajudando Madalena
Gutierrez em um enfrentamento, as vezes estou quieto, e
aprendendo com aquela menina, filha de Peter Carson, como usar
magia, ele aprende e eu aprendo, as vezes, em uma aventura com
alguém que não existe neste existência, uma pagã chamada Jessica,
eu as vezes me perco em meus pensamentos, mas estou somando
ideia, acredito que estes meses parados, podem me gerar algo que
se não nos ajudar agora, podem nos ajudar futuramente.
— Esta quieto, todos tensos, e pelo jeito eles tem motivos
para ficar tensos.
— Eu em outra existência, tenho você ao meu lado desde os
primeiros dias de vida mana, mas lá os nossos pais ficaram juntos e
hoje vivem de seus trabalhos pesados, temos um pai que acha certo
coisas que acho deplorável, mas estou ajudando a família, em todas
as existências.
— E como pode ajudar?
— Tem um Pedro, que convenceu os pais a mudar para Santa
Catarina, e investiram em um único buraco, de amostras, hoje ele
está comprando os terrenos laterais, mas sem falar nada, com a
fortuna que ele tirou do buraco.
— Fortuna?
— Pensa, ele tirou em um buraco, o que nossos pais naquela
realidade, os dois trabalhando, demorariam mil anos para ganhar,
isto é uma fortuna.
— E os pais começam a lhe ouvir?
— Ele precisa trocar ideias muito mais, pois lá não existe uma
geóloga na família, não existe um jornal para nos dar influencia, não
existe a formação de engenheira de sua mãe.
— Mas se duvidar existem perigos maiores.
— Sim, o ódio de uma prima que viu nossa mãe matar seu
pai, uma condenação por assalto a mão armada de nosso pai, mais
algumas passagem por furto, uma sequencia de desencontros que
não parece ser nossa família, mas eles vão aprendendo juntos a ver
463
auras, a entender o que podemos fazer, o quando nossos pais estão
pensando no caminho fácil.
Pedro pega a bandeja e sobe as escadas até o quarto, onde
Carol dormia, lhe dá um beijo e ela se ajeita a cama, após ver a
pequena Agda no berço a dormir.
— Mas sabe que tenho de ter paciência com a posição de
Roger, eu não quero nada com ele.
— Mana, eu sei que você não quer nada com ele, mas se
rolou e vem um Rosa a mais por ai, apenas mantem a calma.
— Você não entendeu.
Pedro olha a aura de quem queria falar e ocultar algo, ela não
deveria saber como falar.
— Eu sei que você não falou ainda Renata, como posso ter
entendido algo que não falou.
— São gêmeos, não idênticos, disse o medico ontem.
Pedro sorri e pergunta.
— E já sabe o sexo?
— Não ainda, mas quem sabe não vem um Pedro e uma
Renata ai a mais. Vou precisar de ajuda.
— Sem problemas. – Pedro.
— São dois? – Carol.
Renata sorri sem graça.
— Ajudamos, mas que cara é esta de poucos amigos. – Carol.
— O estomago hoje amanheceu bem revoltado.
Os três sorriram.

Em San Diego o engenheiro Carlos chega ao Almirante e


pergunta.
— Me isolou Almirante, o que aconteceu?
— Se não vamos avançar, não tenho o que dividir, você
sempre me apresentava as mudanças, as ideias, eu que pergunto
Carlos, vai voltar a ser o engenheiro?
— O menino não apareceu mais.
— Aquele menino agora é pai, ele é mais ocupado, mais alvo,
mas o que ele tem haver como isto? – O Almirante sobre o
desenvolvimento do autômato a frente.
— Sei que peguei pesado com ele, queria oque Almirante?
464
— Eu não quero nada, um menino já montou vaga para mais
de 4 milhões de pessoas abaixo de nós, o que era um laboratório,
virou local de sobrevivência, ainda bem que ele não tirou a proteção
da costa, mas assim como entendo você Carlos, eu entendo que ele
não tinha de carregar o peso, todos a volta com cara de fizemos
merda, mas todos queriam provar para uma criança, que deveria
estar sendo incentivada a não parar, que eram melhores, que
poderiam o matar, que não precisavam dele, eu acho que ele
consegue salvar o planeta, mas a pergunta, quem estará aqui para
ver isto?
— Acha que ele desistiu?
— Eles continuam lançando coisas ao espaço, continuam a
vender sistemas, hardware, servidores, buracos, eles ainda não tem
dinheiro para salvar tudo, acho que mesmo tentando atrapalhar
muitos ajudaram, mas a pergunta, o que está acontecendo Carlos,
eu não abandonei o projeto, tenho dado estrutura, mas tem de
acostumar, o que era uma novidade por dia, vai ser uma novidade
por ano, o que era um projeto para 400 autômatos, virou o que
temos a nossa frente.
— Mas ele deve ter seus técnicos estudando aquilo.
— Acho que ele desviou para o que importa, não para aquilo.
Eles devem estar pensando no problema sol Carlos, eles não tem
tempo neste instante para estudar isto.
— Mas tinha índices de engenharia avançada, via um sistema
molecular, sei que eles estavam olhando aquilo, a forma de
construir de uma maquina a uma casa, por sistema.
— Se tiver aplicabilidade eles com certeza vão usar.
— E não teremos acesso.
— Carlos, ele nos Estados Unidos, é gente atirando em aliados
para atingir ele, tem de entender, é mais fácil assim, ele deixou de
vir, eu estou no cargo novamente, Dallan voltou ao cargo, tem
gente que nem sei onde se escondeu, mas as peças principais
voltam a seus cargos e conseguimos sobreviver.
— Ainda acho que era ilusão contar com um menino.
— Então não reclama Carlos, eu estou me enchendo de um
bando de adultos, que deveriam estar trabalhando e ainda estão
batendo, que tenhamos sorte, pois vamos precisar.
465
Carlos olha o Almirante sair, ele falara que não queria o
menino ali, que era ele ou o menino, o menino nem ficou para a
discussão, mas nos segundos seguintes, ele viu o que era estrutura,
o que era organização, se desfazer.

Dallan olha o chefe geral da Cia na parte alta e olha para


Sabrina e pergunta.
— O que não vi?
— Falta um ano Dallan, eles agora não tem como ficar
naquela coisa de temos tempo.
— O que aconteceu com o grupo do Rockfeller?
— Oficialmente em férias, todos eles, mas sumidos, a mais de
um mês, eles devem ter passado para um dos planetas, como falei
general.
— E o menino?
— Na calma de quem acaba de virar pai, de duas crianças
saudáveis.
— E o que ele vai propor?
— Ele não tem os dados, nós não temos os dados, podemos
até estabelecer que tem algo por calor, mas como chegar lá não sei.
— E o que o menino está fazendo?
— Não entendo de sistemas de micro sistemas de construção,
parece algo impossível de ser feito, mas ele está instalando uma
fabrica em sua cidade, lá no Brasil.
— Fabrica?
— Vai lá, falamos depois.
Dallan sobe e olha para o Diretor Geral da CIA, ele o
cumprimenta e fala.
— Voltou Dallan?
— Fui mais rápido que seus meninos, pois nunca terão como
voltar covarde, o que faz aqui?
O diretor da CIA sabia o que tinha feito, mas precisava por os
planos a mesa.
— Preciso saber se tem as posições das possíveis cidades, se
vamos cavar, que comecemos agora.
— Tenho a posição de 100 cidades senhor, mas o problema
não é chegar a eles por um buraco.
466
— E qual seria?
Dallan chega a uma sala e liga os sistemas e puxa o sistema de
transporte que a Rosa’s instalou entre as grandes cidades Alemãs e
as cidades proteção e fala.
— O problema é que pode parecer fácil, mas por um milhão
de pessoas em uma cidade, demora senhor.
— O sistema deles é completo, é o que está dizendo.
— Dez sistemas de transporte, por cidade, com sistemas de
transporte para todas as pontas do país, uma vez nos tuneis, eles se
fecham e mesmo que não tenham conseguido no tempo, as pessoas
tem chance de chegar aos pontos de integração.
— Acha que o problema é por para dentro, e como eles vão
selecionar?
— Não vão, acha que todos se mexem, acha que as pessoas
saem de tudo que tem com facilidade?
— Mas aqui teríamos de selecionar.
— Não é minha parte escolher quem vai sobreviver, soube
que conseguiram que o menino fechasse sistemas de proteção que
tinha construído, por birra presidencial, então não pretendo nem
chegar perto destas seleções senhor.
— O presidente quer os 100 pontos que existem, algum
problema de o informar?
— O pentágono tem este dado através de Carter, tirado daqui
de dentro, então não sei o que faz aqui Diretor?
— Eles não nos passaram os dados.
— Eles até me pressionaram para esquecer os locais, que não
me queriam por perto, então posso lhe passar, mas eles sabem e
parecem não me querer lá, então, não estarei lá.
— Brigou com eles também.
— Todos me querem aqui senhor, mas ninguém me quer
vivo, então apenas pararam de fazer de conta, pelo menos com o
menino longe, nossa eficiência não parece cumplicidade, vocês
perguntam o que ele vai fazer, se acertamos somos cumplices, se
erramos Cumplices por omissão, então ele longe me faz poder curtir
meus últimos meses.
— Sabe que este menino era perigoso.

467
— É, ele assim como eu, sobrevivemos a sua covardia, mas sei
de alguns que defendi que gostaria de não ter feito, ele pode ser
perigoso, mas é um estrangeiro de 13 anos, quando um menino de
13 anos, põem medo em um presidente Americano, não sei se
deveríamos o matar, ou trocar de presidente.
— Sabe que o presidente lhe autorizou voltar contra sua
vontade.
— Eles nem sabem o que aconteceu, todos nós estamos em
uma esquina de confiança, poderíamos ter unido forças e ganho
com isto, mas esqueço que existiam pessoas ricas, que não sei onde
foram parar, mas sumiram do planeta, e gente covarde capaz de
nos mandar matar a pedido destes.
— O que quer dizer com sumido?
— Mais de vinte mil empresários mundiais, a maioria locais,
em um dia qualquer, sumiu, todos oficialmente em férias, mas eles
não estão em lugar algum do planeta.
— Acha que eles tem uma cidade a parte de proteção?
Dallan olha o senhor e fala.
— Espero que nossos problemas com os satélites não tenham
sido gerados por eles.
— E acha que o menino vai fazer oque?
— Ele inaugurou, quer dizer, a empresa, somente no país
dele, mais de 20 cidades subterrâneas.
— Completas?
— Sim, sistemas de cultivo, sistemas de purificação, locais
isolados por portas imensas de descompressão em buracos de mais
de 200 metros de profundidade.
— E acha que ele entrega as cidades nos estados que
prometeu?
— Acho que ele está pensando senhor, aquele menino é
perigoso, pois ele não para em pensamentos de impossibilidade, ele
avança, se ele chegar a uma solução, pode ser um pobre, mas com
um esforço que podemos ignorar, mas os que souberem o
respeitarão, mesmo que tentando o matar, as vezes o medo é o que
nos para.
— E se ele achar uma solução, que solução seria esta?
— Não sei, pode ser que ele não ache.
468
Pedro depois de namorar suas duas namoradas, por para
dormir suas duas meninas, ele olha para o Pai e fala.
— Problemas pai?
— Quanta resistência, todos deveriam querer as obras, e
estão todos querendo nos parar.
— Quer ajuda pai, ou enfrenta.
— Você é radical, as vezes me põem medo.
— As vezes.

Maria, assessora de marketing de Pedro Rosa, olha para os


prospectos de uma entrevista que o menino daria, era para
terminar de por as mangas para fora.
Maria organiza a apresentação do menino e olha Dinho.
— O que ele quer com isto?
— Maria, ninguém está levando a serio, existem mais de 70
grupos espalhados no país tentando parar obras, gente querendo
que a empresa pare, os acusando de domínio Imperialista, de
entreguistas, ele vai se posicionar, eles que implorem, ele já fez isto
em outros lugares, se eles não querem, problema deles.
Pedro sabia de seu tamanho, era fim de Novembro, ele entra
no auditório da UFPR na Rua XV de Novembro, ele olha para o pai
que chega junto e os dois vão ao palco.
Pedro olha para o pai e fala, olhando os demais.
— Como sempre digo, boa tarde a todos, podem não
acreditar, mas eu sou Pedro Rosa, estou aqui para comunicar junto
com meu pai, que os advogados da empresa, estão dando os casos
de pedidos para parar as obras, como acatados, a partir da amanha,
estamos desmontando todas as estruturas de proteção do litoral
estamos isolando toda as áreas que havíamos inaugurado, vamos
recompor os locais.
Pedro se levanta e fala.
— A partir deste momento, lavo minhas mãos, eu tenho um
local para me esconder, não é minha responsabilidade proteger
vocês, meu pai já ergueu as linhas de ligação para não deixar os
estados isolados, já montados o sistema que os comunicara quando
for a hora, e a ligação entre todas as capitais, agilizando
469
comunicação, estamos entregando os sistemas de metro e de
sistemas ferroviários, para as prefeituras, governos estaduais e
nacionais, nunca pretendemos os tocar, mas se querem tocar neste
instante, sintam-se a vontade.
Pedro olha para os demais e fala.
— As empresas Rosa’s no Brasil, deixam de oferecer soluções
de sobrevivência, se os 70 grupos organizados, para nos parar, e
todos vocês, que os apoiam para vender jornal, mídia, ficar famosos
por falar mal de um nada como eu, querem os dar voz, apenas
afirmando que eu parei de gritar, eu não sou de rompantes
moderados, já desisti de salvar mais gente do que pensava ser
possível, então eu e meu pai estamos aqui apenas para informar
que tanto meu pai abre mão do cargo de Ministro, como eu, abro
mão de tentar entender a mesquinharia de vocês.
Pedro olha para os demais e fala.
— Podem perguntar na ordem que foi sorteada.
Maria ao fundo olha para Dinho, ela vira o menino por 3
meses tentar desviar todos eles, ninguém se propôs a ajudar na
parte interna, governadores para ganhar dinheiro, em meio a crise,
apoiaram as ideias de parar as obras.
Um repórter vai a frente e pergunta.
— Senhor Gerson Rosa, esta abrindo mão do foro
privilegiado, vai encarar a justiça local?
— Isto já abri quando fui a Brasília, a Justiça local está se
enrolando, mas não teremos problemas com ela.
— Algum motivo especial.
— No ritmo que estão, eles vão demorar mais de dois anos
para me levar a júri, espero que os sobreviventes me processem.
— Estão mesmo saindo da linha de proteção.
— Eu nunca estive nela, toda a linha de proteção foi
projetada por meu filho, mas nós não saímos, vocês apoiaram todos
os que nos queriam parar, paramos, apenas isto.
— Acha correto abandonar algo assim?
— Eu não acho, vocês acham, dos repórteres aqui, dos mais
de 300, acho que dois deles não pediram de alguma forma para nos
parar, então não abandonamos, estamos seguindo a lei local, que
prioriza morte a vida.
470
Pedro estava quieto, sabia que as perguntas iriam todas a seu
pai, isto o irritava, mas teria de acostumar.
Um terceiro repórter pergunta.
— E como vão refazer os locais danificados senhor Gerson
Rosa.
Gerson não sabia, ele olha para o filho que apenas sorri.
— Não sei.
— Como não sabe?
— Todas as obras foram executadas pela Rosa Mineradora,
que é uma multinacional não porque quer, mas porque meu filho
não pode ter uma empresa no Brasil por sua idade.
— Mas o senhor é o responsável.
— Não, por obras que foram autorizadas e liberadas, temos
prazo para reestabelecer a condição antiga, prazo que vai de 5 a 100
anos, dependendo do estrago.
— E acha certo danificar e não restaurar?
— Não falei isto rapaz, próximo. – Gerson se irritando.
— Senhor, desculpa a surpresa, pensamos que a notificação
era sobre os volumes de obras para o futuro, e vem nos comunicar
que pararam, poderiam nos dizer como ficam os projetos federais
de sobrevivência.
— Todos eles estão embargados, por um ou outro Deputado,
Ministério Publico, Juiz ou mesmo Meio Ambiente, teríamos duas
formas de enfrentar isto, desviar todos os processos e retomar, ou
parar, quando começaram a duas semanas, estabelecer ordens de
parada de obra até analise do mérito, e previsões de analise para
daqui a 8 meses, a mais rápida, 6 meses, resolvemos parar, não
teremos como selecionar quem vai sobreviver, a ideia era ter vaga
para todos, mas se apenas alguns vão querer ficar com a vaga, meu
filho me convenceu a encerrar e desfazer, entregar como estava,
vocês seriam deixados para traz para que um deputado, um
desembargador, uma presidente sobreviva, e como vocês assim
como eles estão numa posição cômoda, resolvemos parar de vez.
— Não existe chance de haver uma reconsideração? – O
repórter.
— Vai perguntar isto para quem nos parou, não para nós,
estamos cumprindo a lei, então se quer saber se terá
471
reconsideração, pode ser, em 6 meses eles decidem que podemos,
mas dai não dá tempo para fazer as demais, e eles sobrevivem.
Mais um se posiciona e fala.
— Se acha que vamos forçar a lei a mudar de ideia senhor,
ignora que estamos defendendo as leis nacionais, vocês acham que
esta coletiva vai lhe servir de autorização para agir?
Gerson olha para o filho que apenas pega o microfone e fala.
— Senhor Roberto, não, estamos aqui dizendo, nós temos
como sobreviver, vocês que morram, se acha que teremos pena de
repórter inconsequente, que vai matar toda sua família, para dizer
que tinha razão, pouco me lixo para isto, o que estamos dizendo, é
que estamos a disposição da lei, que os buracos, com a mesma
tecnologia que montamos, desmontamos, se os juízes acham que
vão conseguir uma vaga, não estará lá para eles terem suas bundas
protegidas, se os deputados da oposição acham que ganham algo
com isto, a mesma resposta, que morram, eu, meu pai, minha
família, temos como sobreviver, talvez vocês esqueceram, a base
lunar que vai por 300 mil famílias na Lua, é nossa, a base de
instalação de 30 mil pessoas em Marte, é nossa, se os Brasileiros,
não querem sobreviver, e a inercia deles deixando vocês fazerem o
que bem entende mostra isto, que comecem a abrir buraco, pois
quem não tiver uma cobertura de 50 metros de rocha sobre a
cabeça, em um local protegido de descompressão, vai morrer.
Gerson faz sinal para o próximo, não respondeu, se os demais
estavam ali achando que a conversa seria amistosa, ouviram o
repórter Roberto falar alto.
— Acha que devemos ceder, falou isto, confirmando o que
penso.
— Sem problemas, pense, aproveite este ano que tem, e
pense muito, vai ser seu ultimo ano de pensamentos livres. –
Gerson olhando o próximo.
— O que poderiam gerar de proteção, parece que desistiram,
mas o que estamos perdendo.
— Não vou me repetir, se querem fazer montagem com isto
depois, esquece. – Gerson já pensando na montagem falando que
eles queriam uma coisa e falaram outra.

472
Gerson começa a acelerar, as perguntas começam a minguar,
e Gerson com respostas simples saem dali, eles saem de carro, as
naves estavam todas afastadas da América.

473
Dezembro se inicia, Pedro e as meninas vão para a casa em
Celso Ramos, tinham notas e era mais fácil de se isolar, o sumiço da
família da cidade, deixa os repórteres em polvorosa.
Dilma estava em Brasília quando o Ministério Publico marca
uma conversa, informal, politica.
— Podemos conversar Presidenta?
— Sim, o que posso ajudar?
— Vejo que a senhora está inerte, não pressionou pela
continuação das obras, o mundo inteiro correndo e nós parados.
— Não fui eu que parei as obras, 12 delas foram vocês, tem
até um processo no congresso contra mim, pedindo meu
afastamento porque me posicionei a favor das obras, o que
querem?
— Mas a empresa não pode parar, vamos pedir uma
interdição nela.
— Vocês fazem a merda, e pelo jeito querem a piorar.
— Eles prometeram obras de sobrevivência, a senhora
aprovou as verbas no congresso, como pode não pressionar.
— Verdade, quando vocês vão liberar as obras, pois vocês as
pararam, um monte de governador as parou, somente quando
viram que não teriam acesso, começam a pensar em invadir, mas
senhor, sem provisão, uma cidade destas é um caixão, estávamos
começando a nos organizar, temos 11 meses para algo que o
movimento fora do país, mostra que é real, mas o que quer?
— Uma trégua.
— De que adianta uma trégua, se não sabem o que querem.
— Vamos pedir intervenção na empresa e retomar as obras.
— Acho que vocês ainda tem de crescer, eu briguei com
aquela criança, sei de sua genialidade, mas acho que ignoram que
você pediram para eles devolverem ao estado anterior.
— Mas...
— Vocês ainda acham que é fácil, me autorizaram em
investimentos nisto, 400 bilhões pagos em anos, mas a estrutura
que ele montaria, era de perto de 18 trilhões de dólares, não de
474
reais, e se acham que conseguem fazer mais barato, será apenas um
lugar para não entrar.
— Estamos a comunicando isto.
— Não precisa me comunicar, tomem as decisões, quero
vocês mostrando a cara, se expondo, pois é fácil bater sendo apenas
a pedra na janela, quero ver vocês baterem todos sabendo quem
são e quais suas telhas de vidro.
O senhor saiu e o secretario de transporte entra após.
— O que tem Ministro?
— Eu sei que estão lá senhora, mas eles tem razão,
estávamos fazendo para antecipar e as pessoas se prepararem,
enquanto no resto do mundo isto ajudou, no Brasil, atrapalhou, eles
estão até desmontando os sistemas de proteção externa, aquele
que gerava clareiras com equipamento de norte a sul do país.
— Gerson se irritou, ele começou a apresentar, na primeira
semana era tudo positivo, dai um monte de gente começa a fazer
oposição por fazer, inventando regras, jogando os crimes dele na
janela.
— Não sei como eles fizeram presidente, mas mesmo o nosso
partido começou a fazer oposição, uma bem burra.
— Pior é que sei que eles não voltarão atrás, mesmo o Lula
não se posicionou a favor.
— Sabe que não gostava deste senhor, mas ele se mostrou de
uma eficiência que não temos por aqui.
— Ouvi o menino dele, todos usaram aquelas imagens, mas
todos pensavam que eles se desculpariam, eles nem comentaram
mais sobre isto, somem e os demais ficam pensando para onde
foram.

A imprensa chega no meio do mês com alguns se olhando, as


obras estavam paradas, quando o Ministério Publico com apoio do
Supremo Tribunal autoriza intervenção nas empresas Rosa’s.
Pedro sabia que isto iria acontecer dois dias antes, dispensou
seus funcionários e os autômatos criaram paredes onde não existia,
o grupo chega a entrada pelo metro de Florianópolis, na fachada do
parque, se via o fechado por interdição federal. O grupo chega ao
Elevador e com policia e judiciário e imprensa descem para a parte
475
cidade, o governador interessado naquilo chega a parte baixa, sem
saber que haviam reprogramado o elevador, que parara mais
abaixo, abrem e veem a região toda desmontada, olham os sistemas
de amontoados de pedras, o caminho inicial, o trilho a frente vazio,
o que era uma cidade era apenas um amontoado de pedras, o
governador olha desolado, o repórter chega ao representante do
Ministério Publico e pergunta.
— Qual o prazo que eles tem para entregar como estava
antes do inicio da obra?
O senhor pensou em intervir, assumir, a imagem da cidade
destruída, com pedras e tudo desmontado, fez as palavras do
menino virem a todas as TVs.
Os brasileiros começam a ver que o ministério e os juízes
começam a tentar que não se fale disto, mas todos estavam com
processos, e ninguém com coragem de dar o passo atrás.

Pedro deixa as meninas em Celso Ramos e vai ao Rio de


Janeiro, olha as obras e tudo parado e passa para San Diego.
— Como estão as coisas Almirante.
— Nem os seus ouvem você.
— Muita gente querendo o que não existe, mas porque me
chamou.
— Queria pedir desculpa. – Pedro ouve Carlos falar as costas.
Pedro olha o rapaz e fala.
— Eu que pedi desculpas Carlos, mas disse que era eu ou
você aqui, você é mais importante que eu, mas parece que
esquecem disto com uma facilidade incrível.
— Mas desmontou toda a base.
— Tem de ver que quando confirmaram que duraria, 120
horas, tudo que tínhamos aqui, perdia prioridade, embora toda a
base esteja abaixo de seus pés ainda.
O almirante olha o menino e pergunta.
— Mas Carlos queria trocar uma ideia.
Pedro estranhou, pois ele era a criança.
— Fala Carlos, não sei se posso ajudar, estou em uma guerra
interna a minha nação, ainda bem que eles nem imaginam tudo que
fizemos e estamos fazendo.
476
— Minha duvida, sempre foi as laterais, o sol com todo
poderio se pondo ao fundo e nos torrando neste sentido.
— Alguma ideia?
— Sei que montou uma empresa para administrar um
produto que não foi nomeado ainda, programação atômica, que
constrói a partir de micro partículas, que tomam a forma fazendo
construções inteiras, a ideia, se as 700 cidades, tivessem uma
proteção deste sistema, que pelo que estudávamos aqui, tinha um
poder de maior absorção que as próprias naves.
Pedro olhou, ele tinha um problema de energia, e se isto lhe
gerasse 3 ou 4% a mais de energia nos 700 pontos, seria algo a
pensar.
— Acha que não é aplicável? – Carlos.
— Ouvindo ainda Carlos, mas termine a ideia.
— Aumentar a proteção física nas cidades e aumentar a
absorção de energia solar, não sei a capacidade de algo assim.
— Carlos, eu estou desenvolvendo isto, pensando em uma
aplicação a mais, a construção na Lua e em Marte de mais 300 mil
vagas para humanos, mas não tinha pensado em usar como sistema
de obtenção de energia solar, mas é uma ideia a verificar.
— Vai oferecer mais residências no Espaço?
— Dobrar a oferta Lunar, pois o sistema que Carlos fala, se
alimenta de sol, mas constrói uma casa através de sistema,
podendo gerar sistemas de proteção automática contra
descompressão, estou pensando nas utilidades da ciência ainda, e
se vamos ampliar, acho que este é um caminho, pois pela área,
pode nos gerar 2% a mais de energia nos 700 pontos, isto poderia
ser ganho de quase uma hora a mais.
— Só uma hora? – Almirante.
— Uma hora é muito Almirante, tem de acreditar. – Pedro.
— Certo, você investe em cada pedaço, mas muitos estão
falando que você está fora de controle.
— Estou, e dai? – Pedro.
— Verdade, e dai, quem mais tem dinheiro para investir
nestes montantes.
— Eles falam de mais, mas precisando me fala, vou ver se
reativamos a parte que estudava isto aqui.
477
— Eles querem suas maquinas de guerra, sabe disto.
Pedro não respondeu, se despede e volta ao Rio de Janeiro
onde vai ao aeroporto para voo a Paris.
Algumas pessoas olhavam o menino, mas tinham duvida se
era ele, o passar desapercebido era algo que as vezes servia a Pedro
até demais.
Pedro desembarca em Paris e uma leva de repórteres que
começavam a se acostumar com o tamanho do menino o indagam.
— Senhor Pedro, o que o traz a Paris.
— Vim apoiar o projeto da CNES, vou liberar recursos, para
termos vaga para Lua e Marte a mais.
— Vão ampliar as bases externas? – Outro repórter.
— Sim, vamos ter 300 mil vagas a mais na Lua, e vamos
montar mais 300 mil vagas em Marte, desenvolvemos um sistema
que nos permite tanto abrir os buracos, como usar o conteúdo de
lá, na construção de coisas mais complexas.
— Não entendi. – O rapaz.
Pedro estava cercado de pessoas, câmeras e pega no bolso
um pequeno saco que parecia ter uma areia fina.
Pedro chega a uma mesa mais a frente e fala.
— Desenvolvemos um sistema de construção a base de
sistema, criamos nos restos de rocha que tiramos do subsolo tanto
da lua como de Marte, uma molécula inteligente, esta molécula
pode formar qualquer objeto a partir de um sistema de construção.
Pedro abre seu computador, derrama a areia na mesa e
aciona o sistema e todos veem a areia tomar a forma de um celular
e ele alcança para o repórter.
— Algo tecnológico, que funciona, feito a partir de moléculas
programáveis, que nos permite construir tanto na Lua como em
Marte residência para humanos sobreviverem longe.
Os rapazes registram, Pedro pede licença e vai a sede da
empresa, Pedro estava lá não para dar repercussão na Europa, ele
precisava de reação no Brasil, e era atrás disto que ele estava.

Call olha para Pedro entrando na empresa e pergunta.


— Vamos mesmo construir assim?

478
— Precisamos de alguns fornecimentos rápidos, mas sim,
vamos construir cidades subterrâneas assim.
— Acha que podemos acelerar as construções com coisas
assim?
— Meu sistema ainda está calculando as estruturas, as coisas
mais básicas, mas vamos acelerar, quero tudo que podemos fazer
prontos o mais rápido possível Call.
— Prevendo trovoadas?
— Quando que eu apareço e não gera trovoadas?
— E veio a França, alguns já estão vendo isto como mal
agouro.
Pedro sorriu e fala olhando o sistema começar a fazer os
cálculos e estruturar as coisas.
— Vamos perder quase um mês apenas de programação Call,
mas este mês, vamos fazendo como fazíamos antes, após isto, pé no
acelerador.

Em São Paulo um senhor ligado a um partido politico de


oposição olha para o repórter e pergunta.
— Porque eles não estão mais se esforçando.
— Eles acham que vamos implorar por uma vaga senhor, tem
de ser muito crédulo para acreditar na historia que eles contaram.
— Porque não acredita Roberto.
— Porque parece muita fantasia, é se olhar o menino, como
levar um menino daqueles a serio.
— Eles acabam de anuncias mais 600 mil vagos para humanos
fora do planeta.
— Acredita nisto Silvio? – Roberto.
— As primeira naves para a Lua começam a sair amanha de
Cabo Canaveral e do centro de lançamento da China.
— Acha que será um fiasco?
— Acho que tenho de entender melhor, nós batemos, os
juízes pensando como você, pararam as obras, mas elas não
estavam nos custando nada, então eles param, garantem vaga para
os demais fora do Planeta e se for real?
— Fala serio Silvio, porque acharia que é serio?

479
— Porque alguns empresários Norte Americanos, não são
vistos em publico a mais de um mês, já se esconderam.
— Eles são uns malucos, mas acha que vou entrar nesta
maluquice?
— Começa a ouvir mais do que falar Roberto, apenas isto.
O rapaz não gostou do tom, parecia o menino mandando ele
morrer, mas na sua mente não existia ameaça solar.

Pedro vai ao castelo recém refeito e refaz a área que era


dedicada a adoração aos Anjos, mas agora era através de uma
entrada ao chão que abria-se no centro da sala do grande castelo.
Pedro olha para os prospectos no Brasil e olha para as
determinações, todos ainda com intervenção, ele estava irritado e
começava a achar que teria de apelar.
Era fim de noite quando ele atravessa para o Rio de Janeiro,
olha para sua casa, para o elevador que descia para a proteção
abaixo da cidade, olha para a obra sendo acabada, e ao mesmo
tempo, isolada, olha para os sistemas de controle do mar, todos
desfeitos, ele temia que a explosão acontecesse e perdesse tudo o
que conseguiu em horas.
Pedro liga para a presidente e a mesma olha para o numero e
pergunta.
— Como está menino, vi que não gostou em nada.
— Vamos reagir presidente?
— O que podemos fazer?
— Recomeça a inaugurar as linhas de transporte, isto eles não
tem como parar, dai amanha, vais tomar o país na mão.
— Não entendi.
— Presidente, se nós não fizermos nada, eles vão ganhar e
todos morrem, isto não é ganho, é burrice.
— Certo, e pretende oque?
— Lei marcial, a partir de amanha, o Brasil vai amanhecer
com os exércitos na rua, e os autômatos de segurança vão dar
proteção, a senhora vai anunciar a prisão de uma lista de pessoas
que está chegando na sua mesa.
A senhora vê um rapaz entrar pela porta e lhe esticar uma
lista.
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— Eles vão reclamar menino.
— Eles querem que façamos, mas querem dizer que não
podemos, a hora é agora presidente, se demorarmos, não teremos
tempo de terminar tudo.
— Tenho de pensar.
— Pensa, pois se a senhora não fizer, eu vou sair do país, com
família e tudo, e vocês que se matem, estou me enchendo disto
presidenta.
— Tenta manter a logica.
— Toda logica me fala, preciso de 12 meses para acabar,
tenho 11, e ninguém cedeu, nesta logica, uma pequena parte
sobrevive e todo resto morre presidenta.
— Vou falar com alguns e lhe retorno.
— Tem até amanha cedo senhora, já perdi muito tempo.
A presidente liga para o antigo presidente e explica o que
estava acontecendo, ele recomenda não fazer, que nada indicava
que teriam um problema tão grande, todos os jornais de São Paulo
desacreditavam o evento, parecia que o mundo andava num
sentido e o Brasil em outro.
Pedro olha para a senhora falar com assessores, todos a
desencorajando de o fazer, Pedro a acompanhava pelas câmeras, e
quando ela ligou para ele, ele nem atendeu.
A presidente olha para os demais e fala.
— Espero que todos estejam felizes, vamos morrer todos.
— Não fala assim presidenta.
— Sei que vocês querem fazer de conta, até o Lula quer fazer
de conta que não está acontecendo nada, um menino de nada
resolveu por até o pai para trabalhar, mas ninguém quer fazer nada.
Pedro atravessa para Celso Ramos, senta-se na sala, o senhor
Ribeiro olha o menino, ele não parecia feliz, as meninas sabiam que
ele queria resolver e não tinha mais para onde forçar.
— Quer conversar Pedro. – Jose Ribeiro.
— Não sei se adianta, quando todos querem pular na fogueira
para se salvar do gato, que tem unhas afiadas, como podemos
convencer eles que cortes saram, já o fogo é morte certa.
— E vai desistir?

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— Senhor, eu precisava de todo tempo, todo mesmo, para
tentar salvar as pessoas, eu disse que tinha como o fazer, lembra
disto?
— Sim.
— Eles me fizeram parar tudo, dois meses sem nada
funcionando, então agora tenho 11 meses para acabar algo que
precisava de 13 para acabar, então a pergunta, saio correndo ou
vou ao extremo senhor?
— Ao extremo? Depende.
— Senhor, as leis não ajudam nesta hora, elas atrapalham, já
tentei até que o senhor me ajudasse, ninguém acredita, nem o
senhor, então quando todos morrerem, lembrem, eu tentei, eu
gritei, eu até briguei para me ouvirem, mas vocês continuam
querendo pular na fogueira, todos querem que fale, que desabafe,
mas como? Eu corri atrás de desenvolver uma tecnologia para salvar
as pessoas que conheço, o mundo está comprando a tecnologia,
eles vão se salvar, e os conhecidos, por ignorarem as coisas, serem
ignorantes em tudo, e nisto pode se incluir senhor Jose, vão morrer.
Pedro se levanta e sai da sala, o senhor nem teve tempo de
contra argumentar, o senhor olha o menino subir e ir ao seu quarto.
Gerson chega ao fim do dia e o senhor Ribeiro o esperava a
sala.
— Problemas Ribeiro.
— Seu filho está fora de controle Gerson, tem de explicar
para ele que as coisas não são como ele quer que sejam.
— Ele sabe, ele vai ver sua nação morrer, provavelmente de
uma cadeira enterrada em um lugar profundo, e todos vocês vão se
perguntar, porque não fizemos algo, ele está fora de controle, acha
fácil ter de sair de férias, e olhar as pessoas como se fossem todas
morrer?
— Mas não é conclusivo que vai acontecer.
— Concordo com o senhor, e só será conclusivo, 60 horas
antes de acontecer, se não acontecer, vivemos, se acontecer,
morremos, mas o que o irrita, é que ele estava tirando dinheiro do
bolso para salvar gente, e a inercia, este papo de não ser conclusivo,
parou obras que nem lhes custava deixar acontecer, a nação
escolheu morrer senhor, ele ligou para a presidente e propôs que
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ela decretasse Lei Marcial, por 11 meses, ele daria apoio bélico e ela
abriria caminho para ele tentar acabar as obras, mas ninguém quer,
a imprensa local foi tão convincente que não vai acontecer, os
donos das operadoras de TV, estão vetando assuntos do gênero que
vem de fora, então, ele pode estar fora de controle amigo, mas
todos vocês, estão pulando na fogueira por preguiça, não tenho
como explicar para ele isto, ele olha as filhas, e não sabe o que falar
nem para sua filha, pois temos onde nos esconder, mas todos os
demais, vão ficar para morrer.
— Não é bem assim Gerson, existem leis que devem ser
respeitadas, e limites que tem de ser impostos, vocês subverteram a
ordem para fazer obras onde não existia permissão para fazer.
— Como digo amigo, repete muitas vezes isto, pois vai
precisar se convencer quando chegar a hora.
Gerson sai pela porta e olha para Patrícia, lhe dá um beijo e
ela pergunta.
— O que está pegando Gerson.
— Estamos encenando, mesmo internamente, Pedro perdeu
toda a calma.
— O que o fez perder a calma?
— Até os cabeças duras dos Príncipes Sauditas estão fazendo
regras e locais para esconder seu povo, e Pedro gastou uma fortuna
para proteger os Brasileiros e seremos proibidos de usar, e ainda
tem uma determinação para minha prisão saindo logo que passar as
férias dos Juízes.
— E o que ele vai fazer?
— Não sei, ele parece querer pensar, ele tentou que o dado
referente as vagas externas ao planeta, fossem noticia, não saiu
uma linha nos jornais nacionais, publicamos, mas estamos perdendo
credibilidade e anunciantes.
— O negocio vai pegar em que ponto?
— Todas as sedes da Rosa’s no Brasil tem um carro da policia
federal na frente, graças a ordem de intervenção, eles dão as
ordens e depois esquecem de as revogar.
— Pedro sabe disto?
— Ele quer uma solução, mas ninguém está querendo a
solução, as vezes ele queria sumir, entendo ele, montou uma
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estrutura para salvar milhares de pessoas, e o que aconteceu?
Todos se colocaram contra quem o fez, pior, parte é politica, parte
inercia, e parte servidores inúteis.

Pedro vai ao parque e olha a policia a porta, entra após se


identificar e olha para os autômatos e os ativa, os dois autômatos
levantam os carros dos policiais e atravessam a cidade deixando
eles encostados na vertical nas paredes da policia federal ao centro
da cidade.
Pedro aciona o parque e os autômatos começam a colocar a
lona sobre ele novamente.
Pedro dá o comando para os autômatos dos demais parques
começarem a tirar a policia de sua frente, e depois se recolherem a
base em Curitiba.
Pedro olha os dados das cidades, sorri da ideia idiota, mas ele
propusera, agora ele iria bater, ele prepara a sua crônica depois de
quase um mês sem escrever nada, e lança em todos os jornais do
pai.
Pedro pega uma de suas filhas no braço e sente Rita lhe
abraçar pelas costas.
— Brigou com meu pai de novo.
— Ele está na posição de todos estes que pararam obras para
que elas não aconteçam, apenas para dizerem que mandam, acho
que eles não entenderam Rita, que leis só existem se o povo estiver
vivo para as cumprir.
— E perdeu a paciência?
— Amor, sei que estou chato, sei que ninguém me leva a
serio, nem eu me levo a serio, mas as vezes queria que as pessoas
entendessem que o problema do nosso país é a inercia.
Carol chega a eles e pergunta.
— Porque o clima de velório lá embaixo?
Pedro tenta sorrir, mas estava difícil para ele naquele dia,
parecia que tudo estava no lugar errado, e ainda teria muita coisa
para fazer para que desse certo.
Pedro liga o computador e começa a programar, se todos
estavam achando que a Rosa’s iria se esconder, a policia federal tem
seus carros todos dispostos em alguma parede em alguma sede
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dela, os autômatos foram vistos de norte a sul do país, se alguém
tinha duvida se eram autômatos de verdade, eles se mostraram
eficientes.

485
Bom dia Brasil, esta crônica está saindo de
norte a sul do país, e venho através dela lhes
perguntar uma coisa, vocês querem morrer?
Vocês vão deixar estes políticos, estes
donos de jornais, saírem do país nas 60 horas
que faltarem para vocês morrerem, pois sei que o
senhor Marinho está com o jatinho pronto no Rio
de Janeiro para voar para longe logo que se
anuncie, assim como outros donos de jornais e
rádios.
As vezes eu estranho como a inercia
brasileira é algo que me choca, ela bate em mim
com força, quantas obras tento fazer aqui e fico
emperrado em processos de inúteis que tem apenas o proposito de
atrapalhar. Mas eu estava gastando do meu dinheiro pensando em salvar
vidas, vocês lhes deram apoio, então o que posso falar, vocês querem
morrer, paciência.
Agora interviram em todas as empresas Rosa’s, vi administrador ter
de enfrentar policiais federais gordos para dar de comer as galinhas em uma
granja que tenho em Santa Catarina, a ordem era não entrar ninguém,
então eles querem que se perca tudo que tem lá, a pergunta, por quê?
Se querem, tiro as empresas Rosa’s do Brasil, já que agora entendo
onde o problema pega.
Ex presidente, eu vou fazer questão de por barreiras no caminho de
sua casa, se não quer salvar o país, não vai chegar a lugar nenhum quando
começar, e se ver um helicóptero no ar, pensa antes de entrar, as coisas
estarão caindo nesta hora.
Presidente, se iria ligar para um bostinha e perguntar para ele se
poderia fazer, me avisasse de cara, eu já nem tinha proposto, pois se é ele
que está na presidência e não a senhora, seja honesta, pede a conta.
Aos Brasileiros, desejo sorte, pois ainda não sei como os ajudar, eu
estou ainda pensando em como os desviar, mas é difícil, quando tem um
bando de inútil, que sabe as leis, sabe que não se aplicam em caso de
urgência maior, e ficam lhe arrotando isto.
Vamos precisar de sorte, se você estiver nas regiões de divisa, a
Rosa’s tem entre Argentina, Paraguai, Uruguai, Bolívia, Peru, Colombia,
Guianas, Suriname e Venezuela, mais de 300 milhões de vagas de proteção,
para quem estiver próximo, é uma alternativa para Novembro, boa sorte a
todos, pois vão precisar.
Pedro Rosa

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Amanhece mais um dia, o ano indo para o fim, quase natal, e
a noticia em todos os demais jornais era a operação de autômatos
em todas as sedes da Rosa’s, se eles queriam motivos para falar,
agora tinham aos montes, mas não tinham ninguém da família para
lhes responder sobre as coisas que estavam acontecendo.
A presidente não fez nada para ajudar, os juízes federais
reforçaram as ordens de intervenção, Pedro estava distraindo eles,
mas começa a traçar os planos que poderia o por em guerra, mas
ele não estava querendo ficar parado.
Sua caixa de mensagens, da época das ideias expostas e
discutidas, estavam cheias de perguntas e de criticas.
Pedro olha para os dados, para o que faria, ele começava a
virar inimigo de muitos.

Dilma recebe a ligação do ex presidente, que fala.


— O que ele acha que está fazendo Dilma?
— O que disse que faria Lula, falei por bem, ninguém me
apoiou, pois você disse que não era para apoiar a ideia, agora,
provavelmente teremos um golpe não militar, mas uma tomada de
poder.
— Acha que ele é maluco o suficiente?
— Acho, ele quer salvar uma nação que por inercia, está
querendo morrer, mas este menino pelo que ouvi falar, vai se meter
em encrenca,
— Vê se não se enrola Dilma, este menino nós cuidamos, ele
acha que vai mandar no nosso governo e na nossa nação.
— Não sei, mas ele vai tentar senhor.
As inteligências mundiais apontavam para um movimento
estranho no Brasil.
Pedro levanta as proteções da casa, uma proteção invisível
aos olhos, mas que protegeria de balas e ataques indevidos, eles
não narraram para onde foram, mas obvio que as coisas nestas
horas requerem proteção antes de ação.

487
Estanho abrir uma caixa de mensagem e
não conseguir chegar a ler todas, podem
continuar a mandar, mas ontem tive mais de um
milhão de indagações, se tivesse as lendo ainda,
não teria feito nada no dia de ontem já que o dia
tem 86400 segundos, mas vou com calma os
lendo, e respondendo, apenas tenham calma.
Aos que consideraram ontem uma
ameaça, sim, era uma ameaça, aos que
reforçaram as ordens de intervenção, peço
desculpas antecipadas pelos eventos do dia de
hoje.
Se você tem voos para o Brasil, cancela,
se tem viagem marcada, nem vá aos aeroportos, eles estarão fechados, em
todas as capitais e cidades com mais de 300 mil habitantes.
Eu propus presidente, você não quis salvar seu povo, agora não
reclame, e aos que tentaram me ligar ontem, desculpa, estava programando
autômatos para tomarem o país, não tinha tempo de ficar no telefone.
Ministro, eu não estou em guerra com você, eu apenas quero
proteger meu povo, se vão me culpar depois de ter passado dos limites, se
eles estiverem salvos, respondo pelos meus atos.
Se você acha que me conhece, que pode com uma ideia, sinal que
nunca teve uma de verdade.
Estou aos poucos, bem aos poucos, tomando o comando do Brasil,
vocês poderiam ter sido inteligentes e racionais, a Presidente poderia ter
feito o mesmo, mas se todos querem o povo morto, eu os quero vivo, pois
eu sou parte do povo.
Sei que alguns vão ficar assustados, mas desculpa novamente, se
tiver algo próximo a uma base do exercito, mantem a calma e as crianças
para dentro do portão.
Desembargador, sei que a ―Lei‖, diz que não posso, mas eu sou
Pedro Rosa, o Rosinha, e todos sabem que ninguém leva a serio o Rosinha,
então ele tem de se superar, demais desembargadores, os que mantiverem
as interdições em obras para salvar a população, eu providenciarei a prisão
por atentado a ordem publica, como disse, estou lentamente tomando o
país, então amanha, quando vocês estiverem pensando no que vão comer
na ceia de natal, eu estarei terminando meus prospectos de ação.
Bom dia a todos.
Pedro Rosa

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Sobre mais de 200 aeroportos no Brasil, naves negras se
posicionam, suas proteções não deixavam ser atingidas pelo fogo
antiaéreo das bases da aeronáutica.
Nos portos de 50 cidades, os maiores portos do Brasil,
fragatas negras com autômatos disfarçados de humanos, cercam as
fragatas e contingentes da marinha.
Na sede de 45 delegacias da policia federal, autômatos de
guerra se posicionam nas entradas, enquanto autômatos menores,
prendem delegados e desembargadores, todos levados a uma sede
que nem sabiam onde ficava,
Autômatos de norte a sul do país detêm 12 governadores,
590 deputados estaduais, 314 deputados federais, 360 prefeitos, 32
senadores, para averiguação, aqueles autômatos invadindo sedes e
residências gera um enfrentamento com as policias locais, mas o
menino não estava agindo aparentemente pelo racional.
Estava no meio da manha quando Pedro liga para a
presidente, a sua volta um monte de assessores e ministros
assustados, ela se afasta e pergunta gritando.
— O que acha que está fazendo menino, acha que eles vão
aceitar assim.
— Apenas ouve presidente, vai a publico e decreta Lei Marcial
colocando-me como inimigo do estado, acredito que todos os
demais grupos tendem a lhe apoiar, uma vez feito isto, vou
continuar as obras, posso estar em Marte senhora, mas se souber
que eles vão estar bem, ficarei melhor.
Dilma olha em volta, ela talvez não tenha pensado nisto, e
fala.
— Esta me forçando a fazer o que você pediu antes.
— Ultima chance senhora, depois não reclama.
— Mas estamos com os aeroportos fechados.
— Para isto serve trens rápidos. – Pedro.
O desembargador ouvia as noticias e entra na sala, Pedro se
despede da presidente e olha para o senhor, ele não parecia
acreditar que ele fizera aquilo.
— O que pretende com isto, prendeu desembargadores e
juízes.

489
— Acho que vocês tem de entender Desembargador, que são
responsáveis pelos atos que tomam, vocês decidiram que não se
fara as bases de sobrevivência, eu os quero processar um por um,
por atentar contra a vida dos Brasileiros.
— Mas não tem provas que vai acontecer.
— Não pedi e não pedirei para os salvar, mas a presidente vai
me transformar em pessoa não grata, em ameaça hoje, decreta Lei
Marcial, ela com isto pode reabrir a Rosa’s forçando a continuação
ignorando vocês, que sabem de lei, mas não estão usando de ética,
de bom senso, de responsabilidade social, que é bem oque vocês
deveriam priorizar, acima das leis.
— E vai ficar aqui, sabe o risco?
— Senhor, eu estou reabrindo as empresas Rosa’s hoje, se
para isto tiver que fazer com a policia local, o que fiz com a CIA,
faço. – Se as pessoas esperavam de Pedro algo descontrolado, eles
não esperavam algo tão drástico.

As noticias do mundo falavam em golpe no Brasil, que


pessoas estavam sendo presas em casa, que tudo indicava que o
inimigo era Pedro Rosa, os demais olham as noticias, vendo as ruas
sendo tomadas pelo exercito, mas grandes naves sobre pontos
específicos, paravam os sistemas aéreos, os sistemas de exportação
de grãos e comidas parados, os sistemas de pontos do exercito, os
já criados, pela parceria com a presidente, tomam o comando de 12
estados, e começam a dar proteção a legislativo e judiciário.

O senhor Ribeiro foi falar que iriam para casa e vê a filha


parar a sua frente e falar.
— E fala que ele que não ouve pai? – Joseane.
— Mas seremos alvo por isto.
— Sim, se o judiciário que senhor fala que defende a ordem, a
continuidade, a razão e ética, estivesse defendendo isto, não
estaríamos neste problema, mas acho que Pedro resolveu se
posicionar, pois entendeu o problema.
— Entendeu?
— Nossa exportação de comida, dobrou nos últimos 4 meses,
os preços internos cresceram, alguém esta querendo ganhar
490
dinheiro nesta hora, sobre os brasileiros, se fossem brasileiros, não
estariam convencendo todos que não vai acontecer, querem nossa
comida, então compram de nós mais caro, para reforçar seus
estoques, eles estão se preparando, e o senhor pai, está servindo a
estes que nos querem mortos, e não sabe recuar, levaram azar, pois
Pedro Rosa, não é como ele diz o Rosinha, ele é alguém capaz de
desmobilizar a CIA, nossa policia federal em horas estará desarmada
e desmantelada.
— Mas vamos virar alvo.
— De quem pai, o Brasileiro é covarde, hoje falam mal,
amanha, quando o exercito de Pedro estiver a rua, com apoio da
presidente, quero ver eles reclamar, são capazes de agradecer como
se estivessem sido forçados a isto, e viram de lado, isto se chama,
covardia pai.
— E acha que ele vai fazer oque?
Joseane olha a TV e aumenta o volume.
“Estamos interrompendo a transmissão para um
pronunciamento da Presidenta da Republica, Dilma Rousseff.”
Pedro estava na parte externa e viu que Joseane olhou para
ele, olha a TV e sente o telefone tocando.
— Pode falar menino? – Dilma.
— Sim.
— Está indo ao ar minha posição, as vezes temos de ver as
reações e entender que muitos estão na mão de multinacionais
neste país, espero você e seu pai em Brasília para conversarmos.
— Apareço.
O olhar foi para seu pai que fala.
— Vamos tomar o país?
— Para ontem pai.
Pedro olha a TV entrando na sala.
“Venho a publico, ter de concordar com um menino,
enquanto os sistemas internacionais se preparam para enfrentar o
problema, nossos empresários, que compraram uma vaga nos
países desenvolvidos para seus filhos, vendem nossos recursos para
eles, e fazem fortunas, não sei o que eles pretendem, mas parece
que querem sobreviver com nossas reservas, e nos deixarem para
morrer, estou com o exercito, aeronáutica e marinha, tomando as
491
dores do povo brasileiro, se você se achar irritado com nossa
tomada de poder, as portas estão abertas para nos abandonar, mas
estamos reabrindo por decisão minha todas as obras de Rosa’s de
sobrevivência, e para isto, estou decretando Lei Marcial, se estamos
com meios de comunicação tentando ir contra o povo, judiciário e
servidores públicos contra o povo, parte de governadores,
deputados, senadores contra o povo, decreto Lei Marcial, e vou por
alguns desembargadores a parede, para entender o que eles
querem com isto?
Como estamos em Lei Marcial, qualquer ato que acharmos
que é prejudicial a nossos planos serão julgados no mesmo dia, e os
deteremos para averiguação por 11 meses.
Se estão reclamando, lembro que a lei me permite isto, o
legislativo e judiciário, não me deram outra alternativa, eles
preferem ver todos morrerem a recuarem, alguns aliados, se
mostraram cobras rastejantes, então se querem se posicionar
contra o povo brasileiro a partir deste momento, vamos deter para
averiguação.
Boa tarde a todos.”
Gerson olha o filho e fala.
— O que faremos?
— Vamos a Brasília pai, de trem rápido, ninguém sai do país
até decidirmos o que fazer.
— Vai manter os aeroportos fechados.
— Pai, de que me adianta construir um carro para vender ao
povo, que não vai ter estrada para andar, vamos primeiro garantir a
existência de estradas, estrutura, e somente depois, vamos verificar
o que podemos fazer.
Os dois vão a Brasília, o desembargador viu que aquele
menino estava puxando tudo para ele, não sabia se respeitava ou
batia, mas sabia que muitos o olhariam atravessado.
Era madrugada quando Pedro e Gerson chegam a Brasília, se
os sistemas de segurança estavam em polvorosa, os dois saem da
estação e caminham até a sede da presidência, em meio a pessoas
assustadas para todos os lados.
Dilma olha a calma que pai e filho atravessam a praça, os
seguranças nem discutiram com os autômatos que abriram
492
caminho, ela olha os dois entrando e alguns ao fundo pareceram
ficar com medo.
— Temos de conversar Gerson, Pedro?
— Vamos a um lugar mais reservado senhora. – Gerson.
Os dois entram, a ministra da casa civil que havia ameaçado
Gerson de o por pra correr, olhava assustada os autômatos a porta,
e outros 4 ministros os acompanharam, muitos ministérios que em
uma crise global não lhe serviam para nada.
— Qual a ideia senhor Gerson? – Dilma, Gerson olha para o
filho que fala.
— Senhora, acha mesmo que eu estava parado, tenho as 50
bases mais secretas do mundo de desenvolvimento de armas e
produtos estranhos, estamos abrindo uma fabrica de um material –
Pedro põem sobre a mesa um saco de areia, todos estranham, ele
pega o celular e aciona um sistema de comando, coloca duas pilhas
na ponta externa tocando com um fio aquela areia. – Este será o
sistema de construção que pretendo usar senhora, para acelerar,
antes de ter como fazer em 11 meses, não me posicionei, não me
adiantava forçar a barra e não ter como construir as cidades para
abrigar as pessoas.
Pedro aciona o sistema e todos veem aquela areia tomar a
forma de uma miniatura de construção, o olhar de todos ficaram
naquilo e a presidente preguntou.
— Quer terminar as obras, mas e os custos?
— Senhora, os custos eu tenho como administrar, mas
preciso começar e terminar sem intervalos, sem interrupção, não
posso ficar a mercê de um juiz de primeira instancia com policiais
gordos, resolver que ele manda mais que a logica e parar tudo, não
porque não desse para fazer, mas para dizer, eu mando.
Os demais viram que o menino explanou toda a ideia, era um
plano que começava Janeiro com a Funai e o exercito, cadastrando
e trazendo a cidades construídas, índios de toda região amazônica,
trabalho para 4 meses, se tudo desse certo, ele demonstra todo o
sistema de novos quarteis e bases do exercito, aeronáutica e
marinha de norte a sul do país, mostra toda a linha de pressão que
não aceitaria, não adiantava achar que uma empresa que na
Alemanha parou de produzir carros a combustão, gerando algumas
493
levas de férias, de sistemas para proteger suas fabricas, iriam querer
vender até o ultimo segundo carro para os brasileiros porque eram
boazinhas, elas estavam era desviando foco, e tentando manter os
recursos.
Pedro perde um bom tempo indagando cada mudança que
iria ser feita, cada grupo de resgate, a mobilização de mais de 4
milhões de pessoas para estarem prontas a recepcionarem as
pessoas nos 200 pontos espalhados de norte a sul do país.
Uma leva de 2 milhões de militares prontos para agir e
manter a ordem na hora que fosse anunciado, todo mudar de
prioridade, plantio de milho, feijão, arroz, e grãos alimentares,
desmotivar toda a plantação de soja que não fosse para
alimentação de gado nacional.
Eram tantas coisas que a noite foi curta para tantas
explicações.

As festas de natal e ano novo distraem os brasileiros,


enquanto as articulações politicas se fazem, alguns aliados viram as
costas, alguns inimigos viram aliados, e as rodas de conversa eram
puxadas para quem era Gerson Rosa, talvez o afastar de um general
de mesmo nome, o apoio de Joaquim Moreira a este senhor, e uma
leva de domínio sobre exércitos por este senhor, fez muitos no
exercito não duvidarem que era bom respeitar.
As festas são sempre festas, e estas encontram Pedro em
Celso Ramos, olhando para a ilha a frente com seus pensamentos
no que poderia ter feito diferente.
O senhor Ribeiro para ao seu lado e fala.
— E se lhe verem não vão acreditar, hoje alguns me
perguntam se podem ter paz com Pedro Rosa, que estavam sendo
mesquinhos, mas sabe o que quer dizer isto?
— Medo, todos temos medo do que não conhecemos,
ditadores são respeitados não por serem muito diferente de
governos democráticos com policia e exercito na mão, apenas
quando um ditador faz, ele é o responsável, gera o medo, quando
um governador manda e gera uma morte, ele diz que não autorizou,
que alguém cometeu um erro, alguém cai, para que o governador
não pague pela morte, mas o morto, nos dois casos, está no caixão.
494
— Parece pensando.
— Senhor José, se alguém há um ano, tivesse me falado que
faria tudo o que fiz este ano, com certeza eu duvidaria, estamos
entrando no ano, que todos os filmes previam catástrofes, mas
agora sabendo que uma vai acontecer.
— E quer fazer oque?
— Eu não vou assinar senhor, mas vou salvar este planeta, e
quem está lhe falando é o Rosinha, não alguém grande, forte, mas
alguém que decidiu que vai fazer, sabe quando você constrói uma
estrutura, e o Príncipe que tentou me roubar, já comprou uma vaga
para metade de seu povo, e vai sobreviver, e você olha para o seu
país, que começou na frente, com tudo parado porque ninguém se
deu ao trabalho de pensar em ajudar, só em lucrar com a catástrofe,
estranho gente que se diz símbolo do trabalhador brasileiro ter
comprado uma vaga fora do país com dinheiro de uma empreiteira,
e fazer pressão para nossas obras não saírem.
— Pelo jeito vai pegar pesado.
— Vou mentir e deter pessoas que nem fizeram crimes
desembargador. – Rita o abraça, começam os fogos ao longe, e
ouve o desembargador falar.
— Vai quebrar a lei?
— A lei nacional estabelece que eu não posso efetuar um
pagamento fora do Brasil por serviços prestados no Brasil, é
lavagem de dinheiro, mas os Cubanos não recebem no Brasil, o
dinheiro é repassado para o governo Cubano que repassa para os
médicos. — Pedro olhou o senhor – Tem coisas que no Brasil não
funciona, e uma delas são as leis, uma lei diz no Brasil que um mais
um é dois, eu posso recorrer que não concordo com esta clausula,
que não é passível de recorrer, até o supremo, este processo
demora 10 anos, chega ao supremo e volta com um carimbo, ou de
deferido ou de indeferido.
Caroline chega e o abraça também, os pais se abraçam com
as confraternizações de passagem de ano, Pedro esperando para o
ano, algo que talvez não conseguisse, mas se em 6 meses, do ano
anterior, ele conseguira fazer estragos no mundo, agora, teria de
remendar os estragos.

495
A neve cai na Europa, os sistemas de dique de contenção,
retêm parte da agua quente que passava pelo canal da mancha e
agora era desviada, isto faz as temperaturas caírem dois graus na
media, então estavam tendo dos invernos mais rigorosos dos
últimos anos.
Sobre o deserto do Saara, em um empreendimento em
conjunto com dez nações, se esticou a maior rede de captação de
energia solar do mundo, as nações estavam tendo sobra de energia
no meio de Janeiro, diante da produção, e os pontos de conexão
estavam todos instalados.
Na China, o governo em meio a um inverno rigoroso, autoriza
a construção dos pontos de intercessão, para tentar erguer a
camada protetora, a empresa não explicava a proteção, pois se
fossem explicar poderiam perder toda o apoio numa hora
importante. Mas parte da estrutura da Rosa’s sofria com as obras a
mais de três mil metro sobre solo congelado, para fechar aquele
lugar, os cálculos de Pedro, estabeleciam que se aquele gelo fosse
atingido pelo sol, poderiam ter um problema imenso nas partes
baixas da China.
Os sistemas de balsas flutuantes sendo colocadas, mas
sabiam que teriam de ajustar elas via satélite próximo ao evento,
mas estavam acelerando, previsão para termino, Outubro, isto
deixava todos tensos.
Algumas nações, são influenciadas pelos problemas no Brasil,
o que faz com que outras 32 nações estabeleçam restrições as suas
populações enquanto não passarem pelo evento.
A conta telefônica de Pedro assusta até a Pedro, tamanha
quantidade de horas nele penduradas, se pensar que ele resolvia
90% das coisas via sistema, as coisas estavam agitadas.
Gerson chama a imprensa, obvio, ali tinha alguns repórteres
que foram com o governador na vez anterior e fala.
— O ministro da Justiça, está aqui para explicar a prisão do
governador, que induziu vocês que a obra abaixo da cidade não

496
estava pronta, o prendemos pois ele sabia que estava pronta e os
induziu a um erro simples.
Todos descem e Gerson aponta a parede e fala.
— Eles os induziram na entrada para aquela porta, aquela
porta, dá na pedreira acima da cidade, onde existem apenas pedras
e mais pedras, acredito que a ideia fosse passar a ideia que não
estava pronto, para eles terem onde se abrigarem.
Gerson aponta a porta e fala.
— Enquanto esta, leva a cidade abaixo.
Os repórteres entraram, não pareceu real, mas descem e
veem que a cidade estava em total funcionamento.
Gerson não deu entrevistas, mas o exercito na entrada
superior e nas rampas de acesso davam o clima, que aquilo agora
era tocado por forças especiais.
O governador preso olha a reportagem e xinga alto, ele fora
usado, mas sabia que o que queriam não era a sobrevivência, e sim
fazer politica, entrar na historia como salvadores.

Em Los Alamos, Dallan recebe uma leva de políticos e


governadores, o presidente não compareceu, estava em suas férias,
alguns governadores olham a sala, estavam na universidade acima
dos laboratórios, alguns achavam que os laboratórios ao fundo,
eram os famosos laboratórios de Los Alamos.
No auditório estavam alguns senadores, talvez agora largados
por seus financiadores, que sumiram do mapa olhassem para Dallan
não como inimigo, mas como um aliado.
Dallan havia conversado com o menino a dois dias, ele lhe
colocou as entradas de bases em 30 estados a disposição, mas não
diria isto a eles de cara.
A reunião começa e o governador da Califórnia pergunta.
— Temos os pontos?
— Sim, as cidades da Califórnia, Florida, Texas, estão ficando
prontas, mas através de sistemas, estamos conseguindo aos poucos
abrir outras de menor capacidade, que estão de norte a sul, vou
passar a cada governador, esquemas de entrada, planos de retirada
e de evacuação, estamos trabalhando em conjunto com alguns

497
grupos secretos, juntando forças para termos vaga para o máximo
de pessoas possíveis, ainda não temos, mas estamos no caminho.
— Teremos bases em quantos estados?
— Até o momento, 30 estados tem algum tipo de proteção,
temos até agora, confirmado, 200 milhões de lugares, se não temos
mais foi por erro de estratégia de alguns.
— E temos como acelerar isto General? – Governador da
Florida.
— Temos alguns planos de contenção, temos alguns efeitos
que eram esperados, mas tudo que estamos fazendo é acelerar
projetos, mesmo os 200 milhões de lugares, ainda falta coisas em
alguns, mas estamos tentando liberar e ajudar por um lado, vejo
gente da CIA ainda tentando atrapalhar, e um presidente fraco,
precisamos de pressão em Washington para facilitar. – Dallan.
— Me afirmaram que aquele rapaz, Pedro Rosa, tomou seu
país na marra, tem esta confirmação?
— Sim, ele detectou que estávamos comprando mais comida
deles, interferindo na credibilidade do evento em sua nação e
estamos com o espaço aéreo do Brasil fechado.
— E conseguimos a quantidade de comida que precisamos? –
Um senador.
— O menino pressionou a presidência daquele país, eles
estão priorizando produtos que deem para armazenamento fácil e
que gerem produtos rápidos, como milho, trigo, arroz, eles abriram
uma leva de campos de plantio de arroz onde eram reservas
permanentes de pântano.
— Acredita ser uma saída?
— Eles estão começando agora, vão ter no máximo duas
colheitas até o evento, nós teremos apenas uma, mas eles estão
agora em um caminho que deveríamos ter pensado.
— Certo, mas acredita que salvaremos quantos?
— Acho que chegamos no evento com estrutura para salvar
perto de 79% de nossa população, sei que parece muito, mas
gostaria de tentar bater estes números. – Dallan.
Os senadores entenderam, ainda tinham 21% dos Norte
Americanos sem lugar para fugir, era um numero absolutamente
alto demais.
498
Dallan passa os prospectos, e viu aquela gama de pessoas
saírem, Sabrina olha para ele e pergunta.
— Acha que eles se contentam com isto?
— Acho que isto acalma a muitos, mas ainda tem muita coisa
a fazer para chegar a este numero.

Pedro olha para a base abaixo de Curitiba, olha os sistemas de


trens, Agda estava ao colo, e Rita olhava encantada.
— E tem gente que acha que você parou.
— Eu em si estou parado, não tenho novas ideias, isto tem
me desgastado, quero pensar em algo a mais, mas estou com a
cabeça enfiada no executar do que já foi planejado.
— E algo que possamos ajudar? – Rita sorrindo.
— Este sorriso me ajuda em muito.
O telefone de Pedro toca, ele atende, era o diretor de
projetos de Paranaguá, ele construíra um imenso laboratório no
local, a meses evitava passar perto, viu sua madrasta Patrícia entrar
na peça e ouve.
— Pedro, preciso conversar com você. – José Voi, engenheiro
chefe do grupo em Paranaguá.
— Urgência?
— Eu acredito que sim, mas não tenho como falar por
telefone.
— Dou uma passada ai.
— Ligo o corredor de passagem. – José.
Pedro sorriu, soube que era algo que o rapaz achou ser
importante.
Patrícia olha para Pedro e fala.
— Vai sair correndo?
— Patrícia, tem de ver que tudo que fiz, pode nem gerar
problemas, mas estou me preparando para o pior.
— E vai para onde?
— Para uma base que não existe Patrícia, onde transformo pó
de diamante no produto mais precioso do planeta.
— Não entendi, você realmente não está explorando nos
lugares normais.

499
— Patrícia, eu descobri que posso fazer mais dinheiro com
uma linha de pó de diamante ou carbonado, do que com diamante.
— Não entendi.
— Em Paranaguá, abaixo da cidade, tenho o maior
laboratório de CVD do mundo.
— Não entendi.
— Acho que a maioria não prestou a atenção Patrícia, mas
estranho que os cientistas quando na primeira vez na Florida, viram
a placa feita de cristais de diamante, ficaram encantados, os demais,
não deram importância, acharam que era um nada.
— Não entendi.
Pedro sorriu, ele não tinha um diamante para mostra além do
anel ao dedo, levantou o mesmo e perguntou.
— Como modelo um diamante destes, na forma de uma placa
de circuito Patrícia?
— Não entendo disto.
— Isto é a tecnologia de ponta da empresa, ela transforma
uma reserva de carbonado, que tinha em Presidente Kubitschek em
dinheiro alto, eles me abriram o buraco, tiraram de lá um estoque
de toneladas de Carbonado, que somado aos diamantes em pó que
tirei em outros pontos, me fez todo investimento em tecnologia até
agora Patrícia, e não gastei 3% das reservas.
— E este rapaz, desenvolve oque?
— Semana passada eles chegaram a um transmissor de som,
baseado em diamante, que é mais fino que um fio de cabelo, quero
ter tempo de por isto em celulares pelo mundo.
— E o que eles produzem lá?
— O cristal de controle, as vezes as pessoas acham que
cheguei a tudo fácil, elas estão quase achando que fiz um milagre
Patrícia, apenas usei a chance.
Pedro deixa a filha no colo de Carol lhe dá um beijo e
atravessa para Paranaguá.
José olha para Pedro e fala.
— As vezes estes laboratórios me dão medo menino.
— Medo?
— Parece que estou contrariando meu Deus.

500
— Sabe que não obrigo ninguém a trabalhar para mim José,
sempre digo que Deus nos deu uma missão, entender seu universo,
apenas temos de ter capacidade de olhar muito acima do que
conseguimos hoje, para isto.
— Eu gosto de trabalhar aqui menino, mas é que as vezes me
assusto com o que fazemos aqui.
— O que lhe deu medo?
O rapaz olha a porta, volta aos olhos para o menino e fala.
— Terminamos de desenvolver nossa versão de computador
para venda ao atacado.
— Pelo jeito se superaram?
José atravessa para a sala ao lado, Pedro olha a tela a parede
e olha para José, a sala estava vazia, não havia nada além da tela,
olhou Jose como se perguntando-se.
— O que quer me mostrar José?
José tirou um pequeno dispositivo que parecia USB, mas era
um pouco diferente, parecia um pen drive daqueles curtos, usados
para carro, e fala.
— Quando se fala em modernidade Pedro, o que nós
queríamos, era desenvolver algo pratico, mas quando o sistema de
som se reduziu, todo resto se reduziu, quando se falava em
diamantes, sempre imaginei um cristal, transformamos em uma
placa de um milímetro de diâmetro, com 4 milímetros de
comprimento, onde este milímetro tem 8 camadas de cristal, onde
cada um deles tem uma cor, existe entre as 8 camadas, uma
camada mais fina, também de diamante, mas que foi feita com
boro, então ela gera a luz do equipamento e a condução de energia
do equipamento.
Pedro olhava para o rapaz.
— Este digamos, dispositivo de dois centímetros por um de
largura, contem processamento a quase a velocidade da luz, com
sistema de baterias internas, para as memorias internas, 50 teras de
armazenamento, 2 téras de memoria, sistema Rosa’s, e uma
infinidade de aplicações estranhas.
— Aplicações estranhas?
O rapaz ligou a tela e falou.

501
— O tamanho pequeno, faz com que a energia usada seja
mínima, um monitor destes, com 6 saídas HDMI para entrada de
informações, se consegue usar os sistemas em paralelo,
transformando uma TV normal, em algo incrível.
José tira da gaveta um tecido e fala.
— Mas o mesmo sistema, permite que eu faça um monitor
dobrável – Ele desdobra um monitor de 60 polegadas, estica duas
hastes para deixar de pé, as costas, e pega o mesmo aparelho e
põem na tela e aperta na tela – podendo ter uma qualidade muito
mais precisa da imagem, o gasto de energia do sistema é quase
insignificante comparado a TV ao lado, é como se a forma e
transmissão de calor melhor do diamante, lhe desse menor gasto de
energia. Mas estas telas, podem interagir com geladeiras, com
outros locais.
— Não entendi. – Pedro.
O rapaz põem a imagem da geladeira, estica a mão para
dentro da Tela e pega um refrigerante em uma geladeira que não
estava naquela peça.
— Interessante, pelo jeito se não fosse o evento mundial,
poderia ganhar uma fortuna.
— Acho que nada vem ao acaso, quando falo que o lugar me
dá medo, é que nada surge ao acaso, 99% das pessoas que
trabalham para Rosa’s nunca me verá, mas sei que quando lanço os
dados no sistema, tenho perguntas que tenho de usar o tradutor
para entender.
— Qual a ideia que parece ainda enrolando para falar.
— Os cristais de proteção se forem feitos como estes, a base
de Carbonado, gastam apenas 6% da energia.
— Esta dizendo que teríamos um evento controlado?
— Teria de pensar nisto, mas os testes induzem que se eu
conseguir fabricar os milhares destes para distribuir pelo planeta, eu
conseguiria gastar bem menos energia.
— E acredita que daria para fazer oque?
— A camada externa, se for forçada, ela resiste 135 horas, se
acelerarmos o tempo interno, ninguém nem perceberá que
aconteceu.
— Vão me chamar de vigarista se o fizer.
502
— Mas salvaria a todos.
— Sim, mas preciso executar o sistema, eles podem me
chamar de vigarista, mas para isto tenho de ter o sistema ligado,
muita gente no planeta vai me xingar, mas se eles viverem, acho
que isto me fará feliz.
— Apenas preciso que alguém recalcule isto menino, eu sei
montar o sistema, mas não consigo testar em um satélite, esta
parte não é minha.
— Consegue alguns para teste, que vou dar um role no
mundo e lhe passo exatamente como podemos verificar isto, talvez
o divino nos queira vivos.
O senhor sorriu.

Pedro pega as amostras prontas e volta a Curitiba, olha para


Patrícia sorrindo e ela fala.
— Uma noticia boa.
— Uma que pode ser complicada Patrícia.
— Complicada.
— Pensa em investir uma fortuna, e no fim, mesmo com todo
investimento, com tudo que preciso fazer, ligar algo, e todos que já
falam mal de mim, não verem o evento, ele acontecer, mas
ninguém sentir ele.
— Acha que conseguiu uma saída?
— Sim, mas tenho de manter os planos, preciso dos pontos
no mundo instalados, vou ter problemas com os mares mesmo
assim, mas podemos ter um planeta no fim disto.
— Confirma isto antes de alardear.
— Patrícia, eu precisava de mais 30 horas para salvar o
humano, agora preciso de mais 12 horas, para salvar o planeta
como ele está.
— E vai correr?
— Vou, finalmente parece que vi uma luz no fim do túnel, e
não é o sol a milhões de graus de temperatura.
Pedro pega seu computador, pega uma pasta e acertas o
painel de passagem e vai a Guiana Francesa, olha para as pessoas
apressadas, lembra que os satélites ainda teriam de ir ao espaço,
sorri e olha para Jean-Yves.
503
— Como estão as coisas Jean?
— Corridas, mas pelo jeito tomou seu país.
— Precisei, e posso precisar de mais atitudes assim no
mundo.
— No mundo.
— Vamos a sua sala Jean-Yves. – Pedro.
Jean viu que o menino estava serio e o seguiu.
— Problemas?
— Ainda vou dividir com você apenas, preciso dos cálculos, e
das estimativas de temperatura e energia.
— O que está acontecendo menino?
Pedro abre o seu computador e liga a tela a parede e fala.
— O que estou lhe passando Jean, é uma estimativa com o
novo cristal que acabamos de produzir, ainda apenas teste, mas me
veio uma afirmativa que me interessou.
— Uma afirmativa?
Pedro põem o teste de proteção temporal a mesa e o senhor
olha os dados e fala.
— Qual a novidade?
Pedro coloca o segundo ao lado e olha para Jean, pareciam
iguais, Jean não estava olhando as baterias.
— O primeiro, o que nos propusemos a por no espaço, o
segundo, o que acabamos de desenvolver, mas preciso saber qual a
abrangência de algo assim, com estes níveis de gastos de energia,
pois a segunda proteção é mais eficiente em quantidade, e gasta
menos energia.
Jean olha para a parte que não estava olhando e olha
desconfiado.
— O que acha que isto pode nos gerar?
— Uma proteção externa de 130 horas, mas não quero deixar
as pessoas na noite este tempo inteiro, quero acelerar os atos
abaixo, não quero arriscar.
— Quer mudar o sistema nos dois lados?
— Primeiro calcular, depois substituir os que vão ao espaço, e
por fim, que me confirme antes de que eu fale algo, que temos esta
proteção, que não falaremos que temos.
— Porque não?
504
— Precisamos dos pontos instalados, precisamos dos satélites
lá, se eles acreditarem que temos a saída, eles nos sabotam, sei que
muitos vão nos xingar Jean, mas deixa o peso sobre uma criança, é
mais fácil.
— E não vai mudar os demais planos?
— Eles são importantes Jean, é a garantia que se tudo der
errado, que a nuvem seja maior do que previmos, que erramos nos
cálculos, alguém sobreviva.
— E quer garantir oque com estas mudanças?
— Acho que a luz no fim do túnel, o salvar dos humanos.
— Sempre modesto.
— Vamos reinstalar em 15 dias os sistemas internos, pois
gastam menos energia, vou transferir a segunda linha de proteção
interna para o espaço.
— Vai querer acelerar todos.
— Vou querer sobreviver Jean, mas preciso que me teste e
me dê a resposta, é suficiente ou terei de continuar a pressionar.
— Esqueço que você colocou todos a pensar.
— E os quero pensando ainda.
— Certo, faço, vai deixar algumas amostras?
— As 100 primeiras que ficaram prontas, mas preciso saber
quantas preciso lá encima para esta proteção fazer sentido.
Pedro vê Jean olhar para o tamanho e fala.
— Algo tão pequeno que pode nos dar espaço para por mais
baterias até.
— Pensa no projeto e nas mudanças Jean, vamos sobreviver
por sermos teimosos.
O senhor sorriu e viu o menino sair, sabia que teria trabalho,
e fica a olhar o esquema do menino, quando se encolhe algo, se
reduz muita coisa, mas ali estavam principalmente reduzindo gastos
de energia e aumentando potencia.

505
Fevereiro começa com Pedro olhando as filhas nos carrinhos,
olha o campo de grama do conjunto de casas, enquanto a nação
estava com as pessoas correndo para cima e para baixo, muita coisa
estava aparentando normal, mas sabia-se pelas manifestações que
não estavam.
Pedro sabia que se conseguisse, todos viriam sobre ele, mas
as noticias internacionais começavam a preocupar as pessoas no
país, as pessoas vendo de Chineses a Árabes fazendo cidades de
proteção, os cientistas falando dos dados, das proteções, muitos
tentavam viver suas vidas normalmente, como se não fosse
acontecer, mas era obvio que algo aconteceria.
— Pelo jeito no fim descobriu algo? – José Ribeiro.
— Sim, mas tenho de conseguir levar isto ao espaço, e pode
ser que isto decrete que seja uma pessoa perseguida no planeta a
partir do fim do evento.
— Perseguido?
— Vocês não sabem dizer obrigado senhor, quando não
sofrerem, dirão que foi inferior ao que falamos, gastamos uma
fortuna para os proteger, e quando não sofrem, vão dos culpar pelo
pouco que gastaram, pelos incômodos, pelas prisões, a culpa é
nossa sempre.
— Acha que vai ser fácil enfrentar o problema solar?
— Não disse isto senhor, mas com certeza, irei a maior
aventura humana dos últimos anos.
— Aventura?
— Eu estarei semana que vem no lançamento dos grupos
técnicos para a base na Lua, nem que ninguém me veja, vamos
começar a monitorar todos os passos do sol a partir da instalação
deles lá.
— Pelo menos alguma conquista.
— Senhor, quando em Novembro, eu tentar enfrentar isto,
teremos gente em Marte, menos do que queria, pois um sal que
não deveria ter em Marte, lá está, vai dar trabalho instalar as

506
pessoas ali, mas vamos ter gente na Lua, mas isto parece ainda ser o
começo.
— Quer mais que isto?
— Lógico. – Pedro olha o senhor, se despede e vai a sua casa.
O senhor via a neta ao fundo, olha o menino, não entendera,
aquele menino há um ano era alguém a observar pela educação,
agora era quase o mesmo menino, mas todos falavam dele.
Pedro olha para seu pai chegando a porta.
— Problemas pai?
— Sabe que eles vão tentar que recuemos por mais 10 meses.
— Sei, mas preciso de tudo nos cronogramas, sei que eles vão
se assustar em alguns lugares, depois vão vir a dizer absurdos, estou
começando a isolar a empresa de Diamantes da de tecnologia pai,
uma fornece para outra, e colocando a Rosa’s como uma empresa
de construção pesada, então o que era uma empresa, vira a ser
algumas empresas imensas.
— Por quê?
— Pai, eu estou me afastando dos jornais também, os
parques vão ficar na mão da mana, mas é que se eles vierem sobre
a Rosa’s, precisamos ter recursos.
— Certo, acredita que vão pegar pesado, mas não entendi
ainda.
— Subimos e explico pai.
— Algo para resolver?
Pedro não respondeu, mostra para o pai os prospectos que
Jean-Yves lhe mandara pela manha e põem os dados em uma
simulação.
— Acharam uma forma de salvar o planeta.
— Sim, com uma noite de 42 horas.
— Não entendi.
— As proteções externas resistem ao evento, mas vão
aquecendo o planeta a cada hora que passarmos dentro ela, então
estaremos nas primeiras 42 horas, acelerando os eventos, quando a
noite acabar, teremos ainda as rebarbas do calor, mas nada que
num conjunto de medidas não dê para resistir, vamos os por em
alerta, nas cidades protegidas, pois podemos ter problemas pai, mas
não acredito que fosse necessário.
507
— E ficará impossível não verem isto.
— Sim, eles estarão vivos, terão gasto seus dinheiros, e ainda
teremos de os mandar adiantar o relógio para frente, pois terão
passado mais de 5 dias, e não os 2 dias que eles viram passar.
— E vai correr um ano inteiro para que isto possa estar
pronto?
— Sim pai, acabamos de superar a tecnologia que estamos
desmontando em uma das pontas.
— E como está a parte do Sogro.
— Vai pegar fogo, mas com calma conversamos.
Pedro sai e vai a seu escritório no centro, liga para a
Presidente Dilma e passa as coisas que iriam fazer.

Era oito da noite, quando um pronunciamento da Presidente


é colocada em todas as TVs e Rádios.
“Brasileiros, venho anunciar que vamos liberar os presos que
estiveram sobre observação, acredito que pegamos ritmo, mas
continuamos em Lei especial, estamos priorizando algumas coisas,
estamos agora com um cronograma acelerado, estamos a um passo
de saber se vamos sobreviver ou morrer, mas os cientistas nacionais
e internacionais me passaram boas noticias, e embora alguns me
perguntem todo dia, como vamos enfrentar, a explicação é
complexa, sei que ainda não a entendi para simplificá-la, mas
estamos com obras em 100 locais no país, estamos com obras de
trens de transporte em vários pontos, estamos acelerando e
tentando não descuidarmos, estamos também providenciando
roupas pesadas para moradores do Nordeste e Norte, e sei que
muitos não entenderam a ideia, mas os prospectos que os
especialistas me passaram dizem necessário.
Então voltamos a ter nossas representações politicas
reestabelecidas, mas ainda sobre uma lei que tudo que for
considerado antinacional, será tido como crime passível de prisão
imediata, sem julgamento prévio.
Boa noite a todos”
Rita olha para Pedro e pergunta.
— Problemas?

508
— Teríamos maior problema em manter eles mais tempo
preso do que soltos Rita, não sei ainda se podemos confiar nestes,
mas começo a desacelerar por um lado, acelerar por outro.
— Acelerar por outro?
— Rita, se conseguir fazer o que dizem possível ser feito,
teremos um planeta Terra para nossa filha crescer.
— Então está preparando uma ideia para Dezembro? – Rita
que conhecia o pequeno Pedro, ele não conseguia parar de pensar
assim tão fácil nas coisas.
— Sim – Pedro sorriu e a abraça – Quem sabe crescer um 15
centímetros.
— Bobo, mas não vai estudar mesmo este ano?
— Soube que seu pai a matriculou no Positivo, acho que
vamos caminhar por trilhos diferentes, mas não me esqueça.
— Vai correr o mundo pelo jeito.
— Ainda não sei o que fazer, tem tanta coisa no cronograma,
que sei que se os deixar folgados, tendo a solução morremos todos.
— Certo, ainda tem de ser o anjo da guarda do planeta.
— Eles vão me odiar por isto.
— Eles são muito ruins com você, mas eu cuido do meu
Pedrinho, mas parece estar mais leve hoje.
— Se ficar mais leve do que estou, terei problemas com os
ventos do meio do ano.
— Vai aprontar?
— Sim, vou criar o modelo de exploração Pedro Rosa, em um
terreno que consegui concessão de exploração ao norte do Canada.
— Modelo Pedro?
— Eu tenho de fazer o mundo olhar para outro lugar, senão
não consigo o que pretendo fazer.
— O que pretende?
— Rita, estou construindo uma copia deste lugar, mas fica
muito longe daqui.
— Muito longe?
— 62 anos luz daqui, mas é que tenho medo do que eles vão
querer fazer, para justificar não me pagar o que gastei.
— E não pretende aliviar?

509
— Mais leve do que estou fazendo, seria estar na posição que
estávamos a dois meses, parados.

Amanhece uma quarta feira, as naves saem das posições, as


fragatas de Pedro reabrem os portos, os aeroportos reabrem e
Dallan olha para Sabrina em Los Alamos.
— O que aconteceu Sabrina?
— Não sei, o pronunciamento otimista da presidente do
Brasil fez muitos grupos de inteligência do mundo tentar entender o
que ela quis dizer, mas soltaram os juízes, os políticos, vi que parte
dos agentes da CIA reapareceram aqui no país também.
— Disto que pergunto, o que aconteceu?
— Alguns generais vão vir sobre nós, mas o menino não está
mais disposto a conversar, ele fez o que se propôs, mas algo mudou,
mas ainda não sei oque.
— Tentou perguntar para ele? – Dallan.
— Passei uma mensagem e não tive resposta, ele estará ai no
domingo.
— Domingo?
— Lançamento oficial do prospecto 2 para Lua.
— Ele acha que vai dar tudo certo?
— A nave que vão usar é uma daquelas que ele ofereceu
parceria e ninguém levou a serio.
— Então teremos uma chance de saber o que mudou no
domingo?
— Não sei senhor, realmente não sei.

A primeira ministra da Alemanha recebe a visita de Pietro


Martins em sua sala em Bonn, faz sinal para ele sentar e pergunta.
— Problemas?
— Informando os aliados diretos senhora das mudanças de
plano, pois as vezes podem ver uma mudança de atitude e não
entender porque dela.
— Não entendi?
— A sequencia do evento está mudada, vamos tentar evitar o
pior, isto que estamos dizendo.
— Evitar o pior?
510
— Que os campos fora das cidades queimem, que se possa
voltar para a vida normal em dias, e não anos.
— Acham que vão conseguir?
—Estamos gastando o que temos para isto senhora, estamos
em um processo de estruturação, estamos correndo contra o
tempo, temos a forma, mas o tempo é curto.
— Certo, vocês tem de executar todas as coisas e acham que
conseguem?
— Ontem chegamos aos cálculos do processo, foi calculado
pelo pessoal do CNES, a NASA está fora por enquanto senhora.
— Não querem problemas?
— Eles parecem querer que morramos, então vamos os
decepcionar ao todo.
— E vamos proteger o povo ainda?
— Sim, os cálculos estabelecem que parte dos polos estará
bem exposta por 12 minutos entre as trocas de camadas de
proteção, então podemos ter ainda o degelo, mas temos de
preparar as pessoas para Novembro, e não nos preocupar com
detalhes pequenos.
— Detalhes pequenos.
— Senhora, nas cidades será seguro, mas fora dela, podemos
ter uma antecipação de dias frios, bem frios, pois teremos 44 horas
de noite, sem sol, então temos de ter cobertores, roupas pesadas,
dai as horas finais, calor, muito calor então o que vamos precisar
para enfrentar isto é muito brilho nos olhos, para aguentar esta
parte.
— E o restante do tempo?
— Explicamos quando for a hora, mas calma, estamos quase
lá, e alguém resolveu pensar em meio a crise.
Os engenheiros começam a recalcular e reprogramar todas as
linhas de produção, estavam todos tensos em ver os planos
mudados, mas se iriam tentar salvar o planeta, iriam o tentar com
força.
Os governos do mundo corriam apressados, e Pedro na
inercia de sua cidade, ele acompanhava o caminhar de todos os
prospectos, e começa a reforçar os projetos de estruturação de seus
projetos pessoais.
511
Sábado chega, e o general Dallan olha a região ser tomada
por vários tipos de seguranças e lhe informam que o presidente
vinha conversar.
— O que aconteceu que eles estão se mexendo Sabrina?
— O menino separou a empresa em polos, separando as
empresas de turismo, as empresas de tecnologia, as empresas de
estruturação física, as de vinho, as de produção, de mineração,
alguns dizem que ele está as vendendo.
— As vendendo? – Dallan.
— Para mim é encenação, mas obvio que se ele estiver
vendendo, o mundo estaria olhando para as empresas, e se
perguntando, por quê?
— E o que respondo se me perguntarem o que ele está
fazendo?
— Parte são ações das empresas de armamento do nosso
país, mas nada será feito antes da segunda senhor, qualquer coisa
antes é especulação, não vivemos de especulações.
— Dinheiro circulando?
— Bilhões, mas como saber o que são obras compradas por
estados, e o que é outra coisa.
— E desconfia de algo?
— Os presidentes das empresas, se reuniram nos últimos 3
dias com alguns presidentes, estes parecem ter acalmado, mas não
pararam obras, as aceleraram.
— O que o menino sabe que não sabemos? – General.
— Ele não se prende a ter de provar algo senhor, ele age se
precisar agir, nós temos sempre de provar necessário e esperar
autorização.
— Como está o agito no cabo Canaveral?
— As famílias que vão a lua já estão lá a duas semanas, elas
participaram de todo o treinamento, esperam o dia de amanha
ansiosos.
— O presidente estará lá?
— Não sei senhor, ele não confirmou, ele não tem
confirmado nada para nós, parece ainda pronto para uma briga.
— E como está a CIA?
512
— Se reorganizando e com gente falando em retaliar.
— Digo que alguns deveríamos jogar na privada e dar
descarga. – O general vendo o presidente sair do carro 4 andares
acima, ele vai ao elevador e sobe para a sala extraoficial do local.
O General viu que outros que foram libertos foram se
apresentando ao lado do presidente, sinal que era guerra, e não
sabia se tinha tempo para a guerra.
O olhar do cabo a porta o fez falar.
— Vamos manter a tranquilidade, vamos apenas ouvir e ver
se saímos vivos no fim do dia.
O cabo não sorriu, mas fez sinal para os demais se
posicionarem, Dallan liga o sistema e vé Carter, o verdadeiro ao lado
do Presidente.
Dallan olha os rapazes e faz sinal para um técnico no fundo,
sabia ser um autômato, este sai da sala, outros ao fundo o
seguiram, descendo para a base.
Dallan olha a porta e Carter olha serio para ele.
— Considere uma tentativa de paz Carter, se veio ameaçar,
lhe informando, sua soltura é consideração, mas espero sempre o
pior dos demais.
O presidente que fora lá pressionar por denuncia de Carter,
olha que Dallan não esconderia, o olhar de Dallan para ele foi de
pergunta, o que gostaria?
— Pelo jeito enquanto alguns achavam que você estava
escondido em Los Alamos, estava protegido na cidade.
— O que precisa presidente, somos uma base do exercito,
para monitoramento de pessoas fora do controle, obedecemos
ordens, mas somente as constitucionais, sabe disto.
— Mas prender Generais não é constitucional.
— Então digamos que reagia a algo não constitucional
senhor, já que quem veio me prender foi o general ai ao seu lado,
não fui eu que começou a retaliação, mandar matar famílias
Americanas, também não é constitucional senhor, e sabe que
assinou aquela ordem.
— Vai me acusar? – O presidente.

513
— Presidente, tem de entender, nós é que demos fim nas
acusações, nós controlamos as informações, se não controlamos
tudo foi por termos sido afastados do caso.
O presidente olha para Dallan, ele não sabia o quanto este
senhor sabia das coisas, o chefe da CIA estava sumido a 12 horas, e
todos falavam que ele estava preparando uma retaliação.
— E saberia me informar onde está o chefe a CIA? –
Presidente.
Dallan olha para a câmera e Sabrina andares a baixo coloca o
endereço da câmera na sede da CIA em San Francisco, e o senhor
olha o senhor falando ao fundo.
“Temos de ter onde proteger os nossos, todos estão
pensando em salvar a população, eles nunca defenderam a nossa
nação como nós, para terem prioridade.”
A imagem pegava apenas alguns de costas e o senhor a
frente, então se ouve alguém perguntar.
“E vamos deixar barato a quem nos prendeu?”
“Vamos primeiro conseguir sobreviver, depois nós damos um
jeito nos nossos desafetos.”
“E vamos começar por onde senhor?”
“Vamos conseguir acesso a bases que a maioria nem sabe
onde fica, como a de Comptche, e seis anexos.”
“E se o governador nos afastar?”
“Se acontecer, alguém dá um fim nele, mas por enquanto ele
está conseguindo vagas, enquanto tem presidente e alguns
governadores que parece que acreditaram nas próprias
propagandas”
Dallan olha para o presidente, com certeza estava ali para
dizer que ele estava por traz de tudo.
— E apoia isto Dallan?
— Não fui eu que protegi Carter e alguns senhor, foi um
menino, ele pelo jeito lavou as mãos, pois ele soltou todos os
malucos que estavam detidos, mas agora ele não está mais na
defensiva senhor.
— Acha que ele nos atacaria?
— Acho que ele se defenderia, pois não o vejo saindo de lá,
ele vai mandar um representante hoje, ou um sósia, não sei ainda.
514
— E se acontecer algo, ele retalha.
— Ele provavelmente lava as mãos, ele parece ter descoberto
algo, mas parece que apenas os ligados a ele sabem oque, ele não
colocou no sistema, ele tem ido pessoalmente falar com alguns.
— As vezes esqueço que ele tentou varias vezes que assinasse
a parceria, muitos como o senhor ali – Apontando a tela – me
induziram que ele era o problema.
— Posso estar enganado senhor, mas assim que o presidente
da CIA fechar todo seu pessoal, ainda vai inventar algo.
— Algo? – Carter.
— Não sou adivinho, mas ele precisa estar junto ao
presidente para estar inteirado das coisas. – Dallan.
— Porque acha que ele precisa estar lá?
— Porque um menino, que sabemos ser perigoso presidente,
tirou todos os satélites da CIA do espaço.
— Mas não vamos esquecer que deteve generais. – Carter.
— Preferiam estar mortos, vou lembrar disto da próxima vez.
Os senhores se olham e o presidente sem abrir ainda muita
coisa, olha serio em volta.
— Você pelo jeito administrava isto de casa?
— Eu poderia o fazer senhor, mas foi divertido ver tudo
desandar porque eu não podia estar aqui, porque a ordem era atirar
em mim se resistisse, poupei meu corpo das balas senhor.
— E sabe se existem bases de sobrevivência realmente?
— A Califórnia é o estado que tem mais lugares, e que os
mesmos não tem nenhuma interferência do Pentágono.
— Por isto a CIA vai tentar lá?
— Acho que não sei o que vai acontecer senhor, mas estou
aqui ainda tentando religar satélites, alguém parece ter ido lá em
cima, e tirado da tomada certos comandos, sei que não o fizeram,
mas é a aparência quando tento reestabelecer certos comandos.
— Então acha que o governador da Califórnia, tem as vagas?
— Ele está abrindo uma cidade de proteção na divisa com
Nevada, pois parece que o governador de lá não levou a serio o
anuncio, então o governador da Califórnia pagou propaganda nos
meios de comunicação de Nevada, afirmando que se precisassem
de ajuda, eles estavam ali como irmãos de nação para ajudar.
515
— Alguns acham que é apenas propaganda. – Carter.
— Sei que o governador tem um acordo com a Rosa’s e tem
tido reuniões semanais sobre o assunto.
— E a afirmação de que o menino está vendendo parte da sua
empresa.
— Como digo sempre, domingo ninguém faz muita coisa,
pode ser para valorizar as ações, pode ser marketing, pode ser até
necessidade de capital, pois eles tem tirado muito dinheiro do
bolso.
O presidente olha para Carter.
— O que os demais acham que está acontecendo?
— Não sei onde era a base que estávamos senhor, mas pelo
jeito eles escolheram diminuir custos, pois mesmo sendo um grande
barracão, tinha sistema de comida, de banheiro, de camas, eles
podem estar pensando em usar para outros fins aquele lugar;
— Esqueço que o menino não fica na briga se achar
desnecessária a mesma, mas as vezes seria bom entender como ele
pensa.
— Isto não tenho ainda como ajudar senhor, os satélites
começaram a voltar para nossa programação, e ainda não sei como
estabelecer alguns dados. – Dallan.
O presidente olha para a segurança, faz sinal que estava
saindo e sai pela porta.
Em cabo Canaveral, uma soma de pessoas com suas famílias,
grande parte funcionários da NASA, chegavam com malas, com jeito
de quem iria mudar de vida, os repórteres olhavam a grande nave
negra ao fundo, olhavam os grandes prospectos, sem saber que era
uma grande encenação, Banneker olha para os rapazes com suas
famílias, e os vai indicando o caminho, eles passam pelo corredor e
vão surgindo na cidade Lunar, com tudo preparado, começam a se
instalar, os familiares estranharam, mas era um segredo até interno,
eles não sabiam se teriam resistência, mas sempre poderia ter
alguma.
O lançamento era um fato conhecido, mas sem programação
anunciada, e mesmo assim, mais de 20 sistemas de informação
estavam lá, muitos repórteres avulsos, todos estavam querendo
registrar aquela partida.
516
As pessoas tinham a imagem das famílias entrando na Nave,
sem ver que logo após passavam por um portal e surgiam na cidade
bem longe dali.
As comportas da nave se fecham, e ela dispara para o espaço,
Banneker viu sua família ir para a Lua, ele e alguns ainda iriam ficar
por ali.
Nem o menino e nem o presidente apareceram, dois sinais
que mostrava que as coisas ainda não estavam amistosas.
Na base lunar o grupo se junta a outros que foram sendo
colocados lá nos últimos meses, aos poucos, mas agora a NASA teria
uma base avançada sobre a Lua, e muitos ainda não tinham visitado
seus novos locais de trabalho, estavam naquele momento pensando
em salvar suas famílias, antes de qualquer coisas.

Pedro olhou tudo pelas câmeras, ele estava tentando ver


onde estavam os furos, ele precisava prever o que aconteceria e
ainda não tinha certeza se conseguiria.
Vendo as pessoas se ajeitarem na lua, ele olha o sistema de
proteção da Lua, ele sempre tinha medo de mandar as pessoas a
morte, a precaução parecia sempre sobrar para ele.
Ele olha as mãos, olha o surgir de fogo, e olha em volta,
aprendia coisas em outras realidades, com ele mesmo, encarando a
vida diferente em cada uma das 70 realidades que ele nascera.
Olha para outro e o vê conversando com uma menina que
não existia naquela realidade, sobre como defender todos os
demais seres da cidade, que parecia isolada por uma magia forte,
eram tantas coisas que as vezes para dormir, tentava se isolar, mas
acabava sonhando como outras maluquices.
Quando segunda começa, anunciando os dois últimos dias do
mês, a venda de ações de algumas empresas, põem em polvorosa o
mercado de ações, o anuncio do desmembrar da Rosa’s, indicava
que eles tinham pretensão de vender, mas o agito financeiro estava
imenso, enquanto Pedro tentava fechar sua planilha até o fim do
ano, temia a represália, mas começava a se preparar para evitar os
problemas futuros.

517
Pietro chega a Paris, olha para a sede da Rosa´s, estava no
terceiro dia do mês, e olha aquela leva de repórteres.
Respira fundo, entra em entrevistas, olha para a direção de
empresas que não entendia, mas que faziam parte da direção da
Rosa’s, olha o empresário Brasileiro, Moreira, a empresaria do
Alaska, Priscila de Senna, estanhava alguns dizerem que ela era
brasileira, pois ela tinha dupla cidadania e ouvira muitas vezes que
ela era uma candidata forte dos conservadores nos Estados Unidos,
estavam lá também as representações do Banco, uma Geóloga que
representava a parte dos diamantes da empresa, e uma moça
jovem, representando os vinhedos e reflorestamentos da empresa.
Pietro cumprimenta todos, ele nem viu o menino percorrer
todos os pontos, mas se estavam ali, era por algum motivo.
A imprensa do lado de fora, mostrava que o menino
conseguira a atenção que queria, Patrícia olha os demais e fala em
português, o sistema de tradução instantânea facilitava em parte.
— Bom dia a todos, sei que muitos estão tensos com esta
reunião, e o que vamos falar aqui, não sai pela porta, de forma
alguma.
— Qual o problema? – Roberto, diretor dos bancos Rosas’s.
— O problema é que a Rosa’s tecnologia chegou a um
numero de proteção para o planeta Terra, de 131 dias, vamos correr
9 meses ainda para deixar pronto, mas se isto acontecer, não
podemos ter o peso interior sobre todos as empresas Rosa’s, já que
o banco Rosa’s está vendendo a parte de Seguros por trocado esta
semana, pois temos de passar a sensação que acreditamos que não
existirá dinheiro para cobrir os desastres.
— Esta dizendo que vamos blefar?
— Não, apenas vamos dividir a empresa, para que quando
salvarmos o planeta, não existir pressão sobre todas as empresas,
apenas sobre a parte que vendeu estruturas de sobrevivência, se
tem uma coisas que eles não vão querer ouvir, é que salvamos o
planeta, eles não tem o dinheiro para nos pagar, nesta hora, a
propaganda vira contraria e não podemos perder toda a estrutura
518
nisto, então vamos primeiro separar duas empresas, a Guerra
Diamantes, que assume a Rosa Diamante, a Guerra Vinhos, e a
Guerra Parques temáticos. Vamos em parceria com Moreira aqui
presente, criar a Moreira Tecnologia, ações ao portador, ninguém
precisa saber quem ainda é o dono majoritário, o menino em
parceria com Priscila de Senna, vai criar o Curitiba Bank, as áreas de
proteção e preservação, vamos em parceria com Patrícia Paz, criar
em todas as regiões que hoje são reflorestamento. A Rosa´s
capitalizou muito dinheiro vendendo os ativos de empresas de
tecnologia, alguns nem sabem se acreditam se tudo vai ser assim,
mas se fizermos direito hoje, teremos uma empresa, teremos um
planeta, mas cada parte vai erguer-se em mercados separados.
Roberto olha para Moreira, eles não se davam, e fala.
— Este nome Curitiba Bank pode ser negociado?
— Não, quem determinou foi o proprietário majoritário,
Gerson Rosa. – Patrícia.
— Qual o discurso para os que estão lá fora? – Pietro.
— Sem dizer nada, que a empresa está vendendo estrutura e
conseguindo recursos para investir na Rosa’s Construção. – Patrícia.
— Tem certeza dos dados referente as 131 horas? – Priscila.
— A empresa ainda tem de por satélites, ainda tem de fechar
os pontos de instalação em terra, mas a algumas coisas na previsão
que Pedro ainda quer evitar, semana que vem, começam a caçar os
ursos no polo norte, pinguins no polo sul, pois sobre o gelo não
existirá como fazer algo ser firme suficiente para gerar uma
proteção, em um planeta aquecendo, e esfriando, então o medo
dele é onde as bases podem se mexer com o solo que está, como
sobre Groelândia, sobre o Ártico, e sobre a Antártida.
— Então sobreviveremos mas teremos consequências? –
Moreira.
— Sim, e todo canto que se abrir durante o evento, teremos
de isolar, não saberemos o estado daquele lugar, mas ainda assim
os estudos registram a existência de vida ao fim do evento em todas
as regiões do planeta, algo que até 2 meses, era impossível.
— E vamos separar para não sofrermos retaliação, seria isto?
– Pietro.

519
— Sim, vocês tem uma empresa de bilhões, e manter ela
sobre a visão de ser uma única que as nações tem dividas pelos
próximos 100 anos, pode os por todos contra nós, sabemos que eles
assim que passar, vão com certeza achar formas legais de não nos
pagarem, mas se a empresa continuar, mesmo que tivermos de
parar por alguns dias, como o planeta em si, sobrevivemos como
empresa e mantemos todos nossos empregos e começamos os
estudos avançados referente a esta empresa.
As perguntas foram para a parte técnica, e após 3 horas de
definições e papeis assinados, as pessoas saem dali, cada qual com
uma determinação sobre o que poderia ou não ser falado.
Pietro era o rapaz da cidade, de novo na cidade, quando um
repórter para a sua frente e pergunta.
— Senhor Martins, qual a determinação da reunião da
empresa.
— Estarei a partir de hoje, ligado apenas a parte tecnológica,
tocada em vinte e duas sedes na América e 12 outras no mundo,
deixamos de fazer parte da Rosa’s, ainda devem definir o novo
nome assim que os novos acionistas determinarem suas
quantidades, no balanço quadrimestral da empresa em um mês.
— Então a Rosa’s deixa de existir?
— Ainda não entendi, mas a parte tecnológica foi vendida,
entre os compradores existem grandes investidores mundiais, mas
dizem que a empresa foi passada por trocado, mas ainda esperamos
o fim da transação para definir o tamanho da mudança.
— Mas...
— Ainda não temos a definição de quais foram os
compradores, dizem que parte da empresa foi para os Rockfeller,
mas ainda não temos a confirmação.
Pietro abre espaço entre os repórteres e Pedro olha para as
ações despencando, normal, olha para o parar das minas de
diamante, não teria grande dinheiro investido neste sentido, não
quando as pessoas pensavam em sobreviver, ele olha para os
nomes e mercadologia de cada um dos seus investimentos, estava
se estruturando para uma empresa que não existia, algo que não
veria, mas queria poder levar o mais distante possível, ele olhava ao
fundo Rita e Carol chegando do colégio, Renata ao lado, olha para
520
os repórteres ao longe e resolve que teria de se posicionar, não
adiantava ficar escondido, embora sabia que ele em movimento era
sempre problema para alguém.
Pedro olha as filhas, olha as meninas, a irmã e fala.
— Vou dar um pulo em Nazareno hoje, devo estar ai no fim
do dia. – Ele olhando as 3, querendo parar e ao mesmo tempo
acelerar.
— O que vai fazer lá?
— Parar tudo, verificar como ficou a cidade subterrânea na
região, e verificar como estão as coisas.
— Acelerando?
— Existem tantas coisas acontecendo Rita, que por mais que
tente, não consigo ver, os autômatos estão começando a terminar o
primeiro bilhão de vagas total, e estou tentando não os parar, vai
que algo dá errado em encima da hora.
— Você diz que podemos salvar o planeta, mas as vezes
parece duvidar mano.
— Eu digo que vou fazer de tudo para o salvar, mas a
impressão mundial das coisas, é que duvidamos disto, pois não
posso dizer ao mundo que resolvo, e ter uma leva de navios lotados
chegando ao país em Outubro.
— Se fala é porque acredita que pode acontecer. – Carol.
— Sim, mas em terra terei mais como os defender do que no
mar, mas podemos ter gente perdida por ai.
Pedro as beija, olha as filhas que o faziam sorrir em meio a
tudo aquilo e passa por uma porta para Nazareno, Charlyston o
esperava e olha para aquele menino sorrindo chegar a lanchonete
que estava ele, o prefeito e os vereadores da cidade, alguns
empresários e aquele menino sorrindo parecia não combinar com
tudo que estava acontecendo.
— Boas noticias menino?
— Nem tão boas, mas é que quando penso nas minhas filhas
sorrio, mesmo em crise, mas como estão as coisas prefeito?
— Todos se perguntam isto menino.
O olhar de Pedro foi para Charlyston que fala.
— Mostrei a cidade para eles, mas parece que ninguém está
disposto a viver lá.
521
— Ninguém sabe ainda se teremos de viver lá Charlyston,
mas considerando que estamos pensando em salvar o máximo de
pessoas possíveis, todos tem de entender, estamos instalando
sistemas para tentar proteger as cidades acima, mas se não
precisarmos pensar que as pessoas podem cozinhar ali, podemos
tentar com mais calma.
— As vezes eles acham que não vai acontecer menino. – O
prefeito.
— Prefeito, quando começar o evento, por 60 horas, o sol vai
ficar maior e mais brilhante, como se tivesse um braço de luz vindo
dele, e vamos atravessar isto, girando, obvio que hoje é talvez, mas
se começar, duvido que alguém duvide, mas como falava, vamos
avisar a todos, quando eles olharem a reação dos animais, eles vão
entender que vai acontecer, passarinhos perdidos, podemos ter até
mortalidades pela mudança de índice de magnetismo, provocado
por tudo isto, mas não serei eu que anunciarei o problema, será o
sol ao céu.
O prefeito olha para os vereadores e um fala.
— Sabe que todos não sabem se agradecem a você menino,
ou lhe jogamos a culpa por tudo isto, alguns dizem que você
investiu na cidade, mas alguns estão deixando o campo para vir a
cidade.
— Terras modernas, permitem eles virem a cidade rapaz, eu
não estou tomando as terras, eu estou mostrando para eles como
podemos recuperar as áreas degradadas, como podemos produzir o
dobro em metade do espaço, conservando beiras de rio,
conservando áreas de inundação natural dos rios locais, mas tudo
com tecnologia, com diversificação de produção a nível de
agronegócios e indústria local.
— E acredita que o evento vai acontecer?
— Acredito, e se não acreditasse, não estaria investindo
quase tudo que tenho nisto, mas entendo e peço que entendam,
que eu me afasto pois eu perto, é descrença, vocês me olham e no
lugar disto ajudar, atrapalha, a fama, Pedro Rosa, funciona, o
menino Pedro Rosa, não.

522
— Mas agora todos estão falando que você, quer dizer, seu
pai tentou nos alertar e todos os meios de comunicação estavam
fazendo um jogo do contra.
— Eles vão continuar fazendo, não é minha função salvar a
todos prefeito, sou uma criança, se vocês quiserem morrer, eu sei
que salvarei meus funcionários, mesmo que eles estejam contra
isto, não será opcional, mas como digo, devo ter hoje, não mais de
100 mil funcionários no mundo, já tive 3 milhões, mas não me
ouvem, preciso ajudar a salvar alguns, mas parece que ainda estão
querendo pular na fogueira.
Pedro estava achando chata a conversa, e sua falta de
gesticulação com os braços, dava o clima do que ele falaram, frases
fortes com um corpo inerte.
Charlyston olhava para o menino, muitos ali queriam sair das
empresas, muitos falaram que não existia porque se manter na
cidade, se as grandes teriam lugar para muitos sobreviventes, sabia
que a pressão estava grande, e ao mesmo tempo, Pedro parecia não
querer impor algo.
O prefeito olha para Charlyston e fala.
— Pensei que era serio os investimentos.
Charlyston olha o prefeito, os vereadores e pergunta.
— Algum investimento foi parado?
— Mas o menino parece querer desistir.
— Ele não disse isto prefeito, lhes mostrei a cidade abaixo de
vocês, algo que será da prefeitura ao termino do evento, mas ele
não disse que pararia os investimentos e nem que iria desistir.
— Mas as obras internas não parecem ser de agrado a todos,
não daria para melhorar? – Um vereador.
— O que gostariam de por a mais lá? – Pedro.
— Parece sem vida, parece um lugar para mortos.
— Não respondeu. – Pedro.
— Tudo que temos.
— Acho que não entenderam, o trabalho de levar para baixo,
vai ser a metade de trazer tudo para cima novamente, a ideia é
tentar ficar o mínimo tempo lá embaixo.
— Mínimo? Sabe o que seria viver em um lugar daqueles?

523
— Espero que não esqueçam, eu estarei no planeta, eu vou
ver isto de perto em Novembro, vi milhares de pessoas escolherem
sair do planeta, mas eu não abandonei os meus, eu não vou viver
longe antes da hora, mas parece que todos aqui, desejam ver os
demais morrerem e sobreviverem, desculpa, vi porque Charlyston
disse que estavam com problemas locais, pensei em problemas
sérios, não em adultos, com crise de não gostei da cor da parede,
todos podem escolher ficar olhando para o sol as primeiras 60
horas, isto já será o suficiente para os matar, mas se querem levar
coisas para a cidade, levem.
— Mas não temos como.
— Não tem dinheiro, seria isto? – Pedro encarando o
prefeito.
— Sim, temos problemas de caixa para realocar as coisas.
— Então pensa no que quer lá prefeito, e põem estes que me
olham para carregar, quando eu não tenho para pegar um avião,
vou de ônibus, se estou na minha cidade, posso ir de bicicleta ou a
pé, vocês querem dinheiro para fazer coisas que não tenho para
ceder, tenho de salvar os demais, não posso ficar brincando de
casinha com vocês.
— Está nos ofendendo menino.
Pedro olha para Charlyston, pensa, estava a fim de resolver,
mas a criança deveria ser ele.
— Verifica isto antes de me falar Charlyston, pois eles podem
não querer ir para a cidade, mas explica como os demais podem
chegar lá, termina as obras, e se ninguém a usar e ficarem aqui e
morrerem do lado de fora, paciência, não podemos dizer para
alguém para acordar, e se acham ofendidos, mas pedir dinheiro
para enfiar no cu, eles não acham ofensivo.
Pedro pisca para Charlyston e toca o peito, todos viram o
menino sumir, ele sai no sentido do museu, sabia ter uma porta de
passagem lá.
Charlyston olha o menino sumir, entendera porque o prefeito
não adiantara o assunto, olha o prefeito e fala.
— Algo mais prefeito, já que se soubesse que em meio a uma
venda de capital assombrosa do menino para manter as obras em

524
dia e no cronograma, era dinheiro que iria pedir, nem teria o
incomodado.
— Acha que vamos baixar a guarda Charlyston, esqueceu com
quem está falando.
— Com quem estou falando Prefeito?
Charlyston aperta o numero 8 no seu celular, e na parte baixa
da cidade autômatos de segurança começam a se posicionar, ele
olhava para o prefeito.
— Tem de entender que somos a lei, se quisermos paramos
tudo que vocês estão fazendo, sabe disto rapaz. – Um vereador no
fim da mesa.
Charlyston pega o telefone calmamente e fala.
— Se querem que paremos, porque não avisaram antes, nem
eu tinha vindo, tenho coisas mais importantes a fazer. – Ele disca e
fala ao telefone – Senhor Gerson Rosa?
— Fala Charlyston.
— Consegue a interdição em Nazareno, temos prefeito e
vereadores querendo agora que viram a cidade, escolher quem vai
para lá, vieram pondo exigências, teria como.
Gerson olhava as maquinas se mexendo em Nazareno,
pensou em outra coisa, mas entendeu o problema.
— O exercito está se posicionando na cidade, apenas tenta
um acordo Charlyston, eles forçam a gente fazer isto e depois viram
santos.
Charlyston olha os demais e fala serio.
— Vocês tem 30 minutos para me dizerem o que querem e os
problemas referente ao que mostrei, se não tiver algo serio,
estaremos sobre intervenção militar por 9 meses. – Charlyston olha
para o prefeito, os seguranças da prefeitura olham para 4 naves
parando nos extremos da cidade, e os autômatos verdes
começarem a se posicionar a rua, se eles achavam que era para
pressionar, viram que não estavam mais diante de qualquer um.
— Vai nos tomar a cidade?
— O tempo está passando. – Charlyston.
— Tem de entender que precisamos de auxílio financeiro. – O
prefeito.
Charlyston olha os demais, e olha para o prefeito.
525
— Mas aquele lugar precisa de vida, de coisas.
— Coisas?
— Aquilo não tem flor, não tem vida, não é uma casa que
moraria feliz.
— Se acha isto prefeito, recomendo não ir a cidade, não
quero pessoas desiquilibradas na cidade, podendo matar todos
porque não gostou da cor da parede, quando um sol quer nos tostar
a todos.
— Não esta entendendo.
— Sei que é assustador ter de ir para um lugar destes, não é
fácil prefeito, mas ninguém está neste ponto porque quer, todos
torcem para que não aconteça, mas não fomos nós que garantiu
que iria acontecer, nós entramos nisto depois da confirmação, mas
frescura nesta hora é inaceitável – Charlyston olha os demais – e
vocês, deveriam respeitar quem os elegeu, pois esta cidade pode
ser das poucas que tem um lugar para os seus sobreviverem, muitos
irão para o que a primeira ministra Alemã definiu como cidade
prisão, entrou lá, na marra e só sai depois de tudo terminar.
— Mas vai intervir na cidade? – O prefeito vendo os
autômatos chegarem a porta da lanchonete.
— Se tiver de intervir prefeito, é porque fez burrada, dai sabe
que vai para uma prisão bem mais apertada que aquela cidade, por
9 meses, por determinação presidencial – Charlyston olha os demais
– e isto serve para todos vocês, querem atrapalhar, sabem qual a
determinação federal.
Charlyston levanta-se e sai pela porta o prefeito olha os
autômatos a rua e o vereador falou.
— Disse que seria fácil extorquir o menino.
— Disse que poderíamos nos fixar como fundamentais, mas
acho que aquela cidade me tirou os argumentos, tentei achar um,
mas como eles fizeram algo tão grande assim, do dia para a noite.
— Não sei, mas pelo jeito o menino vai puxar a orelha do
rapaz ali, nunca o vi irritado, sempre sorrisos.
— Não entendi, ele disse que vendeu quase tudo que tinha? –
Outro vereador.
— Não entendi isto, mas parece que sim.

526
O mês vai correndo, Banneker olha os rapazes e pergunta.
— Qual o prospecto das naves?
— Temos 3 delas prontas, mas como está os prospectos para
a tarde Banneker.
— Tenho de falar com o menino, não entendi o problema,
mas eles nos colocaram numa planície deserta em Marte, mas o
menino deve vir a tarde por ai.
— Ele vem verificar? – Outro rapaz.
Banneker olha o rapaz, concorda com a cabeça, o rapaz era
novo na base, mas com a ida de parte para a Lua, os cargos
mudaram muito ultimamente.
Carlos chega ao local, olha Banneker e fala.
— Acha que ele aparece hoje?
— Não sei, mas ele parecia preocupado com Marte a 2
meses.
— Banneker, tem coisas que não sabemos como falar, mas
achamos na região do monte do vulcão Olympus em Marte, o
mesmo cristal altamente mortal, que achamos em alguns planetas
que hoje são mortos.
— Aqui ao lado?
— Sim, dai nós fizemos uma analise de ventos e de sistemas
de umidade, estes sais sobreviveram apenas em uma única área
muito seca, mas naquela região teria sido mais fácil, pois temos ali
uma base Fanes abandonada.
— Estão dizendo que existiria uma cidade lá abandonada?
— Abaixo do vulcão, para mais de dois milhões de pessoas,
mas que não sabemos se vieram para cá, pelas somas de entulhos e
restos do local, os computadores calcularam que deve estar vazio a
mais de dois milhões de anos.
— Então tem algo lá, mas não é seguro.
— Bem isto, não é seguro, e em meio a isto estudamos todas
as regiões de Marte e colocamos a base no ponto inverso do ponto
que tínhamos, ainda não recomendamos muitos avanços, mas
estamos montando uma cidade de 180 mil lugares, para 60 mil
famílias de 3 pessoas, selecionamos, eles se apresentaram, e está na
hora de os lançar para lá.
— Então refizeram tudo em Marte?
527
— O sistema está ainda terminando, mas já temos os
sistemas de purificação de oxigênio, de reciclagem de agua,
atravessamos pequenas rochas de gelo para lá, estamos
descongelando e purificando a agua, já temos suficiente para se
manterem lá se quiserem por 40 anos.
— Então Marte hoje deixa de ser um sonho de criança? –
Banneker sorrindo.
— Sim, Marte deixa de ser sonho, o menino estava tentando
fazer cálculos de aproximação gradativa para os próximos anos, de
um dos asteroides de mais de 20 quilômetros de diâmetro, de
Vênus, o sistema tem o calculo, a aproximação certa, pode gerar um
giro do planeta, induzirmos ele a girar, e dai fixarmos a orbita do
mesmo.
— Sabem o risco disto Carlos.
— Todos sabemos os riscos, mas não podemos mais nos
portar no universo como se fossemos apenas os moradores deste
planetinha aqui.
— Mas tomem cuidado.
— Banneker, isto são projetos para se sobrevivermos ao sol,
não me adianta investir um centavo nisto hoje.
— Certo, e vão querer forçar a uma mudança lá com certeza.
— Primeiro forçar o planeta a girar, depois, algumas rochas
de gelo para somar oxigênio na reação química deles, e deixar o
planeta evoluir por mil anos.
— Mil anos é muito.
— Sim, mas teríamos nossa base na lua de Vênus, e por lá
estudaríamos tudo que não sabemos, e tudo o que mudar.
— E como estão as famílias que estão querendo ir a Marte?
— Temos algumas desistências, mas existem tantos na fila
para ir, que a vaga se preenche automaticamente.
— Acha que eles vão resistir lá?
— Temos de ver que priorizamos uma variante genética, de
países que a pessoa não tenha a mesma estrutura que montamos
lá, mas as ampliações da cidade vão ser feitas e pensadas após o
evento.
Os dois conversavam quando veem o segurança entrar.
— Problemas?
528
— O presidente vai acompanhar o lançamento.
Banneker olha para Carlos.
— Sabe se o menino vem?
— Não sei, ele tem evitado confrontos e talvez o presidente ai
seja sinal que ele não vem.
— E aqueles repórteres?
— Estamos colocando 6 famílias reais para irem com a nave,
mais os comandos de viajem, os repórteres vão documentar este
grande feito nosso. – Banneker.
Os dois saem e olham para o agito na área de lançamento,
olham aquela imensa nave ao fundo, ao mar aquelas estruturas de
naves piramidais, e bem ao fundo, uma segunda usada para testar o
efeito das placas de energia colocadas na parte baixa das naves, se
isto geraria vida.
Os dois olham o presidente chegar e olhar Banneker.
— Um grande dia para a nação, como estão os preparativos.
— Todos testados, estamos começando a passar as pessoas
por um ultimo teste de saúde, e vamos os monitorar toda a viagem.
— E ninguém me explicou ainda como estão avançando
Banneker, sei que atrapalhei mais que ajudei.
— Sei disto, hoje o lançamento vai ser mais tenso que o para
a lua, mas foi a escolha que fizemos.
— Mais tenso?
— Não tínhamos malucos da CIA prontos para fazer algo dar
errado da ultima vez.
— Eles ainda não parecem prontos a agir, não entendi ainda o
que eles pretendem, mas como está a segurança.
— Sempre testamos muito mais do que temos testado, não
temos tido muito tempo para isto.
— Soube que não priorizaram Americanos.
— Priorizamos gente que possa dar continuidade a espécie
presidente, as vezes temos de pensar friamente, mas foi o sistema
da NASA que fez os cálculos baseados na saúde dos voluntários,
temos 37 mil famílias Norte Americanas embarcando hoje.
— E como controlaram as Naves?
— Usando um sistema desenvolvido pela ePTc, empresa que
já não é do complexo Rosa’s.
529
— Como tem certeza disto?
— A NASA foi uma das empresas que comprou suas ações,
por enquanto temos apenas 32% dela, mas pretendemos aos
poucos ir adquirindo o resto, mas para isto, temos de sobreviver
presidente.
— Mas com que recursos compraram isto? – O presidente
desconfiado.
— Com o montante de verbas que pagávamos para usar o
mesmo sistema, e que com a mudança poderíamos ser proibidos de
usar, então desviamos recursos já alocados para sistema, para ser
acionistas da empresa que o desenvolve.
— Agora começo a entender porque o menino não apareceu.
— Não entendi. – Banneker.
— Pensei que ele ainda estava com alguns contratos com a
NASA, pelo jeito ele não nos quer como parceiros.
— Uma pena ele ter desistido, ele tinha bons investimentos
de capital, mas entendo que cada um montando por um lado, nos
foi mais útil do que todos parados esperando o menino fazer algo.
— Sabe que pensei que ele estaria por aqui hoje.
— Senhor, eu também pensei que ele estivesse aqui, mas ele
não confirmou que viria.
— Mas porque ele viria, se não tem mais parceria com a
NASA.
— Senhor, sabe que a nave ali atrás, pertence ainda a Rosa’s,
não temos ainda capital para a comprar, e a construção da base
lunar e em Marte, foi feita através de tecnologia da Rosa’s,
demoraríamos 40 anos para fazer a estrutura para 180 mil pessoas
em Marte, sabe disto. – Banneker deixando claro que estavam ali
numa grande cerimonia que não existiria se no fundo, o menino não
estivesse os deixando caminhar.
— Mas não podemos aceitar isto Banneker.
— Aceitar oque? – Banneker.
— Não termos o domínio da nave, da cidade na Lua e de
Marte, isto é um absurdo.
— Senhor, o povo ali não está preocupado com isto, a
preocupação deles é não existir planeta Terra em Dezembro, eu
ainda acho que estaremos aqui ainda, mas talvez lá eles estejam
530
melhores que nós aqui, então quando lançamos eles ao espaço,
pode parecer que dominamos um lugar a mais, mas dependendo
dos acontecimentos, pode ser nossa maior nação a parte na Lua e
Marte senhor, quem faz uma nação não é o dono, mas o povo, e
nos dois casos somos maioria.
O presidente olha para Banneker, ele não pensara assim, ele
ainda parecia temer que o menino intervisse.
— Pelo menos não estão fazendo sala para aquele pirralho.
— Ele é uma perda grande senhor, os estados que mantem
contrato com ele, pelo menos terão chances maiores de salvar seu
povo, mas pelo jeito serei grato a ele de não ter aparecido aqui, pois
se o senhor ainda está nesta briga, poderíamos ter intervenção dele
com aqueles autômatos, odeio quando ele mostra que somos
dependentes dele. – Banneker olhando o presidente.
— E vão documentar isto?
— Sim, vamos documentar, vi que a imprensa ficou tensa
quando não pensamos nele na viagem a lua, mas estávamos tensos,
assim como estamos agora.

Pedro olhava pelas câmeras e olha para o grupo de agentes


da CIA em Comptche, olha para eles forçando uma passagem, eles
sabiam que existia uma saída de emergência, viu as grandes
maquinas e os senhores com tudo pronto para sumirem.
Os autômatos começam a sair das bases em Comptche e
região, deixam os estoques locais de agua e comida, Pedro não
tinha ideia de como eles sobreviveriam, mas ele sabia que deixara o
sistema de comunicação interna sabotada, para funcionar até o
começo do evento, para depois se desfazer.
O chefe da CIA chega a uma imensa porta e sorri.
— Uma boa noticia finalmente.
O rapaz olha para ele e pergunta.
— Mas não conseguimos abrir.
— Rapaz, isto temos de descobrir como deslacrar, e relacrar,
isto é um sistema de descompressão, pensei que teríamos de
montar isto ainda, mas se o sistema está aqui, só precisamos
descobrir como o abrir.
— Então não quer que explodamos?
531
O senhor olha para o seu sistema manual e um outro rapaz da
CIA lhe passa a sequencia de códigos e os demais viram aquela
porta imensa no chão começar a abrir, eles ficam rentes a parede e
veem o grande buraco para baixo.
Os rapazes viram o acabamento e um fala.
— Juro que achava que estávamos em um trabalho mais
difícil.
Os rapazes começam a fixar cordas, e começam a descer pela
parede, até chegar a parte baixa.
Os rapazes saem para a praça e veem que ela estava acesa, o
chefe da CIA sorri e fala.
— Verifiquem o estado das coisas, vamos começar a preparar
para ser nossa casa isto aqui.
Os rapazes olhavam encantados para tudo, alguns duvidavam
que aquilo realmente existisse.

O presidente olha para as famílias entrando na grande nave,


as pessoas ao fundo registravam, a imprensa mundial narrava a
primeira viagem tripulada a Marte, que esta viagem seria
documentada por 4 repórteres e dois câmeras, elas entrevistam as
famílias, mas a maioria das famílias entrava e seguia as dicas para se
instalarem em seus alojamentos.
A nave começa a transmitir para a base de lançamento, e
sobre olhar de todos, ela começa a sair do chão, a imagem ia ao
mundo, mas a viagem demoraria os incríveis 10 dias, e o mundo
ficava a olhar aquilo como algo incrível.
Os buracos ao mundo viam como uma saída, se tudo
acabasse, terem como sair do planeta, algo que antes aprecia irreal,
agora parecia possível.
O presidente olha para os demais e sai dando entrevista,
tentando fazer marketing pessoal naquilo.
A imprensa não estava calma, então quando a palavra foi
passada a uma repórter ela pergunta diretamente.
— Senhor presidente, todos se perguntam, Rússia, Alemanha,
Reino Unido, Suíça, Arábia Saudita, se preparam para salvar 100%
de seu povo, qual a quantidade de espaço que o governo Americano
está providenciando ao seu povo.
532
O presidente olha para a moça revoltado, mas isto era bem
ele, achando que os demais que morressem, ele não estava
preocupado com o povo, mas ironicamente fala.
— Estamos fazendo esforços para terminar as cidades
subterrâneas, demoramos para começar algumas mas estamos
avançando rapidamente, tivemos problemas de acesso a algumas,
mas já estamos a cada dia somando mais vagas ao povo Americano.
— Teria os números senhor. – Outro repórter.
— Ainda não posso confirmar isto, mas saibam que os
prospectos para sobrevivência dos Norte Americanos estão bem
adiantadas e em execução.
Carlos olha ao longe e fala.
— Cara de pau.
— Ele não tem como dizer que não sabe, mas viu que se ele
tivesse como proibir que lançássemos, ele o faria.
— Com a imprensa lá fora, ele teria de ter uma super
justificativa, mas parece que ele não o tem.
— Pelo menos não tivemos problemas, mas o sistema parece
ainda estar priorizando a vida, mesmo de agentes da CIA.

Dallan olha para as mudanças passadas para ele e olha para o


segurança geral.
— Vamos lá embaixo, vou explicar o que faremos e como
vamos desviar a CIA.
— Pelo jeito teremos problemas?
Dallan olha para Sabrina e fala.
— Quem passou estes dados.
— Não temos ainda a fonte, mas veio via satélite, eles agora
tem uma base para se esconder, eles ainda estão instalando um
super elevador para lá, mas parecem querer três investidas, um
deles é em Marte, e 6 locais essenciais a informação, aqui e NASA
são dois lugares, San Diego eles parecem não ter engolido não
existir nada lá.
— E estes prospectos? – Dallan olhando para a Tenente.
— Temos para cima, 6 saídas imensas de ar, uma dá na
Universidade, duas no Deserto, bem distante, uma na cidade, na sua
casa e uma na base fantasma, não tem nada lá, e uma nas
533
montanhas ao fundo. – Sabrina coloca o prospecto e fala – A ideia
deles é prendermos para dentro e detonar toda a estrutura neste
caminho.
O segurança olha para a estrutura e fala.
— Eles vão implodir a faculdade sobre nós?
— Sim, e vamos deixar eles fazerem isto, sei que é estranho,
mas talvez esteja na hora de por presidente e gente na parede, o
presidente parece saber o que eles vão fazer, o Pentágono também,
então eles ainda acham que somos inimigos, temos de nos defender
para conseguir os defender, mas amanha as aulas vão ser todas na
parte interna, vamos deixar mais de 600 autômatos com estrutura
de estudantes na Universidade e na segurança.
— Não quer ninguém morto, seria isto.
— Sim, vamos abrir 3 das saídas, e mudar as entradas para lá,
mas podemos faze-lo diretamente da cidade, e – Sabrina aponta a
laje de pedra que existia entre a base que estavam e a universidade
acima – os autômatos de construção vão refazer toda esta estrutura
de proteção durante a noite.
A universidade fecha a noite, e alguns agentes da CIA
infiltrados começam a colocar explosivos, o sistema de cabos em
meio a uma rodovia, começa a ser desconectado, uma escavadeira
tira os cabos de fibra ótica e os vão partindo.
Os agentes da CIA em meio a madrugada, começam a atirar
nos seguranças e os colocar ao lado, para tomarem seus lugares.
O segurança geral, olha os rapazes e fala.
— Temos de evitar que as pessoas saiam de casa, teremos de
passar em cada casa hoje a noite, discretamente, nas casas, pois
quem for a universidade pela entrada normal, vai morrer.
Os seguranças foram a cidade, batendo de casa a casa,
sabiam que poderia vazar algo, mas marcaram com os estudantes
num ônibus, para todos irem juntos, evitando problemas.
Amanhecia no Novo México, quando agentes da CIA olham os
ônibus chegando, mesmo alguns dizendo que ninguém viria, eles
começam a entrar, era próximo da oito da manha, quando o
estrondo seco, se ouve em toda região e o prédio de 8 andares com
os dois anexos de 6 andares da Universidade desabam.

534
Os agentes primeiro proíbem que qualquer um saia vido do
local ao fundo, depois começam a sair, as vezes Dallan queria
entender o que estas pessoas ganhavam com isto.
Sabrina olha para os estudantes nas salas baixas e olha para
Dallan.
— O que vai fazer General, está olhando os dados como se
fosse matar alguém.
— Estou pensando, mas quero saber quem sabia disto.
O chefe da CIA depois de um bom tempo sem aparecer em
Washington chega a Casa Branca, ele é revistado e pareceu
incomodado, nunca o revistavam assim.
Ele passa por um detector de metal, tiram mais alguns metais
dele e ele chega a sala oval da presidência.
— Quanto medo presidente.
— Pelo jeito não soube. – O presidente.
— O que houve senhor, vim lhe dizer que pelo jeito o menino
atacou a base de Los Alamos, ela deixou de existir.
— Los Alamos caiu, esta eu não esperava, mas a base de
lançamentos do Cabo Canaveral acaba de afundar, tentaram me
atacar aqui logo cedo e parece que parte de seus agentes voltaram
a sumir.
O senhor olha para o presidente parecendo não saber do que
ele estava falando e pega o telefone.
— Yuri, me confirma os dados.
— Base de Los Alamos destruída, mas a imprensa parece que
está dando uma destruição imensa em San Diego, toda a região
onde todos diziam que havia uma base secreta, afundou mais de 80
metros, o mar invadiu parte da cidade que afundou.
— O que mais Yuri.
— Cabo Canaveral parece ter sofrido o mesmo afundamento,
não sabemos ainda quantos morreram nos dois casos, mas a
imprensa mundial está relatando estes acontecimentos.
— Pelo jeito alguém resolveu pegar pesado desta vez.
— Temos 14 mil dos nossos desaparecidos senhor, não
sabemos onde eles foram.
— Me mantem informado, vou falar com o presidente.
O diretor da CIA olha para o presidente e fala.
535
— Ainda não sabemos como o menino fez isto, mas temos
quase certeza que ele está sabotando nossas bases de sobrevivência
senhor.
— Pelo jeito ele saiu do controle.
— Temos de cuidar, ele vai dizer que não estava no país,
temos de cuidar para não fazer a propaganda dele senhor, mas
temos de nos defender.
— O que mais acha que ele pode fazer. – O presidente
olhando aquele senhor serio.
— Ainda não sei senhor.

Um rapaz na nave que ia a Marte se afasta dos demais, olha


para a esposa e fala.
— Hora de fazer nossa parte.
A moça olha para fora e fala, vendo o planeta Terra ao longe
e fala.
— Vamos, antes que desista desta maluquice.
O rapaz sabia que estavam sabotando uma nave, o
comandante olha o casal e olha os explosivos, olha os repórteres e
fala.
— Melhor passarem por aquele portal.
— O que está acontecendo? – Um deles.
— Tem um casal, que vieram a bordo, ela parece ter se
livrado do que dizia ser o filho que nasceria em Marte, e estão
espalhando explosivos.
Os rapazes passam pelo portal, e se deparam com uma sala
fechada, estranham, não sabiam que estavam já em Marte, mas
viram o sistema fechar a porta para a Nave, o comando de
autômatos tira os poucos que foram pela nave, para corredores de
passagem, 4 deles que estavam na listagem da CIA surgem no pátio
afundado da base de Cabo Canaveral.
Os demais surgem em salas isoladas em Marte, mas isolados
sem autorização de ir a sala ao lado.
O piloto da nave olha os demais e os auxiliares passam para
Marte, ele olha os autômatos tomarem a nave e olham a mesma
começar a sofrer explosões internas, viram os dois entrarem em

536
uma peça, e atravessarem para longe, dois autômatos atravessam
junto e imobilizam os dois.
Os dois olham os demais presentes amarrados a cadeiras e
encapuzados e a moça grita.
— Acham que podem nos prender.
O autômato não falou nada, olha para a porta e olha para
aquele imenso autômato de 10 metros entrar pela porta e falar.
— Os coloquem na nave de reconhecimento 6.
— Confirme as ordens.
— Nave de Reconhecimento 6.
— Esta ordem pode gerar a morte dos humanos.
— Hoje não deixarei Humanos tentarem matar mais Fanes,
apenas por que se acham CIA.
Os rapazes colocam todos em uma nave, esta dispara no
corredor, uma porta se abre, outras duas abrem enquanto a
primeira se fecha, e o veiculo para em um campo, todos veem o
mar a frente, as algemas se soltam, eles começam a caminhar
naquele lugar, sem sentir que estavam se infectando.

O presidente olha para o chefe da CIA e pergunta serio.


— A única coisa que não entendo, o que ganham com isto.
— O que quer dizer, eles estão nos reduzindo, eles querem o
planeta para eles.
— Pelo que entendi, ninguém terá o planeta, mas a pergunta,
é o que vocês ganham com isto diretor.
— Está nos acusando?
— Sei que fizeram isto, sabia que não deixariam Dallan
sobreviver, a pergunta, devo o deixar onde está, ou o afastar, sei
que muitos sofreram neste planeta por ter falado isto, mas como
posso confiar em alguém, que acha, que destruiu Dallan, diretor.
— Eu não fiz, aquele menino fez.
— Então não vai sair deste prédio antes de analisarmos isto
diretor.
— Isto?
O presidente olha os rapazes e pergunta.
— Está desarmado?

537
Eles apenas balançaram a cabeça e o presidente foi a
estrutura abaixo da casa Branca, com o diretor da CIA forçado a
descer junto.
O presidente olha pra a tela e o diretor vê Dallan surgir na
tela e o presidente perguntar.
— Qual a situação General.
— Olhe por si senhor.
A gravação dos rapazes colocando os explosivos, a imagem
deles metralhando quem tentou sair do local, enquanto outro grupo
dava na cidade ordens de se afastar que tinham denuncia de bomba
na universidade e a mesma afunda ao fundo.
— Como disse presidente, o menino lavou as mãos, ele sabe
que vamos nos matar, ele poderia ter detido os rapazes, mas não o
fez, então temos de decidir se vamos parar isto ou não.
— Vocês estão me acusando? – O diretor.
— Não, estou propondo o seu afastamento para o presidente,
sem testemunhas diretor, pois está ai afirmando que foi o menino,
e foram os seus rapazes que o fizeram, e precisamos saber qual o
próximo alvo, pois quem mata universitários para provar ter
utilidade, pode planejar contra um presidente. – Dallan.
— Não tem prova do que está me acusando.
— Nossos olhos são a prova diretor, pode ir lá fora e fazer
escândalo, mandar os seus apagarem os demais, mas a pergunta,
quem é o próximo alvo? – Dallan.
— Acha que vão se dar bem, não tem como me deter aqui.
Os olhos do senhor foram para os fuzileiros que faziam
proteção, dois deles apontam a arma para o presidente, mas dois
deles ficaram apenas apontando para o Diretor que grita.
— Acha que não vão obedecer minhas ordens?
Na parte alta o alarme de sair da Casa Branca tocava, cada um
foi para seus corredores de saída, e começam a evacuar, o empasse
foi para a parte baixa, um dos fuzileiros aponta para o presidente e
para o rapaz a porta que apontava para o diretor da CIA.
— Melhor largar a arma rapaz.
Dallan pela vídeo conferencia segurava a gargalhada vendo a
cara de susto do presidente, mas o outro toca o peito, tudo parou

538
no tempo, Dallan sabia que algo aconteceria, mas não teria como
acelerar o vídeo a velocidade da luz para ver o que aconteceria.
Um dos rapazes toca no Presidente e fala.
— Por aqui senhor.
O presidente olha para os rapazes no controle, viu que dois
deles pareciam prontos para puxar a arma, ali não deveriam ter
pessoas armadas, gente infiltrada, mas saem dali, enquanto em
outros pontos do prédio um grupo tira bombas de toda região.
O presidente viu que estavam passando pelos demais
estáticos, poucos se mexendo e pergunta.
— Como fazemos isto?
— Senhor, isto é tecnologia roubada pela NROC para
proteção presidencial senhor, não dividimos nossas funções se não
for altamente necessário.
— Dallan desconfiava?
— Ele não tem acesso aos sistemas da NROC.
— Ele estava me alertando, mas entendo que ele não tem
como ter acesso aos internos da casa Branca, mas como vocês o
tem?
— Senhor, tem de entender, o Almirante Leon faz parte da
NROC, ele produz autômatos para reerguer este país quando
terminar o problema, ele está se dedicando ao após, a CIA não
entende de após, apenas de hoje.
— Esta dizendo que não pararam?
— Deve ter visto o prédio da Universidade cair senhor, mas
entre a base superior do prédio e a base real de Los Alamos, tem 30
metros de rocha solida, abaixo disto, estruturas muito fortes para
resistir a mais de 200 bombas atômicas caindo sobre eles, mas ela
não foi projetada para isto, ela foi projetada para se tudo ao chão
explodisse, apenas pegasse fogo, não afundasse.
— Certo, então eles sabiam da ação, conseguem manter o
sistema mesmo com toda a CIA indo contra.
— Eles podem resistir se quiserem senhor, hoje, ao exercito,
a CIA e a NROC, mas eles não estão lá para isto, eles querem
entender o problema.
— Qual a outra ação?

539
— Eles terminaram de desmoronar a parte antiga da sede em
San Diego, a cidade está um caos, eles tentaram explodir a nave
para Marte.
— E como vamos lidar com a imprensa?
— Vamos mudar de tática senhor, vamos evacuar e depois
vamos lhe tirar daqui, mas primeiro para a sala dois.
— Sala dois?
O presidente olha que caminharam até uma parede, o senhor
toca a imagem, a frente, que parece ler suas digitais, pois a mão
pareceu brilhar, e a porta corre lateralmente, assim que passam
para dentro, a porta se fecha e o rapaz toca o peito.
O presidente não sabia da existência daquela sala, mas por
ela se tinha acesso ao que estava acontecendo abaixo.
Um rapaz na parte interna põem as imagens dos ataques e
depois da sala abaixo deles.
O diretor da Cia viu o outro rapaz brilhar, entre o virar para
ele, vê ele e o presidente sumir, assim como o rapaz, o outro ainda
estava armado e o Chefe da CIA fala.
— Matem ele.
Dallan na tela olha para a sala e fala.
— Sabrina, como ajudamos o presidente?
Os rapazes sabiam que um dos dois levariam tiro, então
ficaram naquele segundo antes de atirar, o rapaz que apontava para
o chefe da CIA apenas dá um tiro, e o mesmo cai, os dois
descarregam a arma e as balas não chegam a ele, que dá apenas
dois tiros, viu que os dois ao comando atiraram nele, mais dois tiros,
e bate na porta e fala.
— Limpeza.
O presidente olha aqueles rapazes entrarem e tirarem os
rapazes, como se não tivesse acontecido nada, tiram as balas da
parede, põem massa e acabamento, tiram um inteiro da parede o
refazendo.
O rapaz que dá os tiros, olha para a câmera e fala.
— Só não esquece Dallan, a NROC é apenas uma lenda
urbana, vocês são reais.

540
O presidente olha os seus familiares sendo retirados, e olha
duas explosões na parte do fundo, a imprensa chega rápido, e veem
o mesmo rapaz tirar o presidente.

541
As instalações em outros 30 planetas ficam prontas e o
sistema começa a designar para cada um dos planetas 50 mil
funcionários, alguns não seriam uteis antes do fim do problema,
deixando em campos ao mundo autômatos com aparência humana,
mas autômatos capazes de resistir a 200 graus centigrados como se
fosse apenas um calorzinho.
Gerson estava em Brasília e olha os generais entrando em sua
sala, olham como se fossem ter problemas.
— Problemas? – Gerson.
— Existem manobras perigosas de uma leva de delegados da
policia federal, juntos com o ministério publico.
— Senhores, a urgência é defender as obras e a presidência,
eu posso ir preso, as pessoas não entenderam ainda que não sou eu
que estou coordenando isto, é o sistema, podem me prender e não
muda o fato de que a obra está andando, apenas não descuidem, se
eles fizerem uma operação contra as obras, sabem o que fazer.
— Às vezes pensamos que pode ser complicado os deixar
longe com o senhor preso.
— Acho que eles não entenderam o problema, ou acham-se
acima da lei ainda.
O general olha para Gerson.
— Às vezes esta calma enerva os demais.
— Que fiquem nervosos, se eles acham que me prender vai
facilitar as coisas, não vai ser mais fácil para eles.

Na manha seguinte, Gerson vai a Curitiba, ele queria


provocar, olha o filho que fala.
— Mantem a calma filho.
— Apenas eles estão antecipando algo pai, vai com calma,
acho que eles estão tão preocupados em atrapalhar, que faz termos
mais apoio hoje do que há um ano.
Gerson olha o filho, ele não falou nada, mas lhe dizia, ele vai
aprontar e não estava nem ai se iam falar mal.

542
Pedro sai com o motorista, após as namoradas irem para a
escola e as meninas descansarem um pouco.
Ele entra na casa no Cachoeirinha, olha para as divisas,
protegidas e olha para Dinho.
— Cuida dos demais, hoje quero não pensar que alguém vai
estar ameaçado, mas é um passo que precisava dar.
— Problemas?
— Os autômatos humanoides, detiveram 62 agentes da CIA
no Brasil somente hoje, somando mais de 300 na ultima semana,
mas é bom alguém estar de olho.
Dinho sai dali e Pedro entra na casa, ele olha as câmeras, ele
olha para o telefone e disca para o presidente Norte Americano.
— Bom dia presidente.
— Saindo da sombra menino?
— Eu sempre fui teimoso, o meu sempre não é muito longo,
mas eu sempre ofereço ajuda, mesmo aos mais teimosos que eu.
— Sei que todos lhe culparam e culpam, sei que estou sem
CIA neste instante que informação é importante, mas você resolveu
me ligar, sabe que isto não pensava possível.
— Presidente, quer sair vencedor no fim de tudo?
— Vencedor?
— Salvador de seu povo?
— Está me oferecendo algo menino.
— Sim, algo que só saberá se topar, pois não vou abrir isto
com Dallan, com NROC, com CIA, seria entre eu e o senhor.
— E porque aceitaria?
— Pensa presidente, a oferta já falei, acho que não existe
porque, é seu povo, você que decide.
Pedro desliga e liga para Sena e fala.
— Como estão as coisas Sena?
— Pelo jeito resolveu se mexer.
— Sei que as coisas são complicadas, mas meu pai se vira,
mas preciso apenas ter certeza que a segurança está bem.
— Sim, Pelo jeito está dando sumiço na CIA de novo.
— Não, eu não vou os dar sumiço, eu lavei minhas mãos
Sena, os deixei agir, agora eles que se defendam de seus próprios
atos.
543
— Não entendi?
— Eles tentaram matar os passageiros que iam a Marte, na
Nave só existiam Fanes, os humanos eu mandei direto, então quem
está dando sumiço desde o mês passado neles, é o sistema que não
me protegeria em favor de Fanes.
— As vezes estas coisas deixam os demais tensos.
— Eu fico tenso pensando que um desgraçado deste possa
acertar uma das meninas, sabe disto.
— E seu pai?
— Apenas mantem a ordem, pois eu vou manter a ordem.
Pedro desliga e olha para o sistema e liga para a presidente.
— Fala menino.
— Apenas mantem os aliados calmos, apenas isto presidente.
— Vai tirar seu pai de lá?
— Não, vou acelerar as obras, vou por meu exercito a rua,
vou manter a lei marcial.
— E quer que os mantenha na calma?
— As vezes meu pai dizia que não sei ser meia força, e
concordo, mas eu os soltei, mas quem falou em os soltar foi você e
meu pai, se assim que estas pessoas agradecem, sinal que estão
pensando em abrir portas onde não teremos portas para abrir.
— Não entendi.
— Eles querem nos tirar do rumo presidente, mas eles não
sabem ainda como ter acesso aos locais, sabe que estamos usando
trens rápidos, mas nenhum deles ainda viu além da cidade em
Florianópolis, cidades no Brasil.
— Por falar nisto, como estão as cidades?
— Prontas, pois estou me dedicando a salvar o planeta, então
se eu conseguir presidente, a cidade deixa de necessitar tamanha
estrutura, então posso estar dando um tiro no pé, mas os
computadores ainda estão tentando calcular o ato, a nível real, em
cada ponto do planeta, este mês ainda vou ter uma posição para
onde estou caminhando, mas pode ter certeza presidente, está me
custando caro isto, bem caro, mas se morrer pobre, em uma nação
existente, em um planeta ainda habitável, morro feliz.
— E quer que os acalme?
— Sim, bom dia presidente.
544
Pedro desliga e olha para os dados no computador, ele olha
para os presidentes do Peru, Colômbia, Argentina, Chile, Suriname,
tendo problemas com seus políticos e juristas, e liga para cada um
deles, muitos olham desconfiados, mas se o Brasil estava em lei
marcial agora metade da América do Sul, passa a ter soldados
armados a rua, a inauguração no Peru é confirmada e a presidente
vai ao país vizinho inaugurar a obra, alguns achavam que
conseguiam tomar o poder dela neste intervalo, Pedro sorriu e olha
para os autômatos deterem pessoas agora sem nenhum
estardalhaço, mas os autômatos de guerra foram a rua, um exercito
de 300 mil soldados de 10 metros, cidades pequenas com 10 deles,
cidades grandes com eles e muitos outros sistemas menores
tomando a rua.

Gerson chega a Delegacia, Roberto estava lá, e olha Gerson e


fala.
— Eles pediram prisão por tempo indeterminado, eles não
estão usando a razão, mas tem apoio no ministério publico, e no
supremo para esta ordem de prisão.
— Sem prazo? – Gerson.
— Sim.
— Acusação?
— Assassinato, apropriação indevida, formação de quadrilha,
apropriação de dinheiro ilícito desviado de empresas publicas,
suborno, entre outras coisas?
— O que não consegue me tirar da cadeia, já que tenho
endereço fixo, e não acredito que fora da cidade fosse mais seguro.
— Eles afirmam que pode fugir para a Lua, e se esconder fora
da legislação lá.
Gerson foi levado para o IML fazer corpo delito, e depois para
a cadeia, da policia federal, mas sem data para depoimento.
No ministério publico, um desembargador olha para outro
senhor e pergunta.
— Acha que conseguimos que reação?
— Alguém reforçou a proteção sobre todas as demais cidades
do país, com mais exercito, autômatos, naves, mas localmente
nada.
545
— O que eles vão fazer?
— Se alguém soubesse senhor, mas temos de não parecer ir
contra a determinação federal, o mundo está em polvorosa, e até
TVs que negavam que iria acontecer, começam a falar sobre o
assunto, existem pessoas largando os empregos, a vida, para viver
os últimos dias da vida, mas isto não é local, é mundial.
— E aquele menino?
— Não temos como o deter, ele é de menor, e a prisão de
alguém como ele pegaria mal, se não viu o tamanho dele senhor,
não entende o que esta prisão causa quando é executada.
— A lenda, mas o que o senhor fez, pois tenho certeza que
não é o menino por traz de todos os atos, é alguém comandado por
este senhor.
— Ainda ninguém sabe quem está por traz, alguns apontam
para um fantasma do passado, um rapaz da mesma idade do
senhor, que sumiu a algum tempo, e ninguém sabe onde está.
— Alguém?
— Fabrícia, ou Paulo Oliveira.
— Não sei quem é?
— Programador que a dois anos andava pelas ruas como a
transformista Fabrícia, alguns falavam que ele morrera, mas
ninguém achou o corpo, então ninguém tem certeza.
— E porque acha que seria ele por trás disto.
— Alguém com todo o conhecimento de informática, todos
falam que era alguém em eterno disfarce, mas ele desapareceu
quando as coisas o apontaram como mandante de algumas mortes,
ele foi preso por matar seguranças de Gerson no Hospital e retirado
da prisão por gente ligada ao traficante Alemão do Rio.
— E como acharíamos este senhor, já que não podemos
manter Gerson na cadeia se algumas coisas continuarem a
acontecer.
— A intensão procurador, é que façam burradas, nos dando
razão, odeio ter ficado preso, e vou considerar qualquer um que se
por contra esta retaliação como meu inimigo pessoal.
Pedro olhava aquilo pela câmera a parede a duas salas, olha
em volta e liga para Roberto Vaz.
— Podemos conversar Vaz?
546
— Onde menino?
— Tens uma reunião no fórum hoje, não tem?
— Sim.
— Lá, quero ver eles nos olhando juntos, mas mantem a
calma, vamos os confundir.
— Lhe espero lá.
Pedro liga para Patrícia e fala.
— Como está Patrícia?
— Ainda assustada, não sei se ele está bem.
— Ele está bem, mas eu coloquei gente para vigiar o local, e
não vou deixar acontecer nada a ele, mas mantem a calma, é reação
de delegados, que se acham acima da lei.
Pedro liga para o Delegado Plinio e fala:
— Tudo bem delegado?
O senhor demorou para entender quem estava.
— Pedro Rosa?
— Sim, desculpa, não me anunciei.
— O que precisa?
— Reação delegado, tem delegado da Federal se achando
grande coisa.
— E quer fazer oque?
Pedro explicou e desligou e vai a rua, aciona uma nave
pequena e esta fica visível, ele entra e começa a andar no sentido
do centro.
Pedro para na praça, a mesma fica visível, ele desliga ela,
põem os cones a volta, e vai no sentido do prédio do fórum a duas
quadras.
Pedro senta-se na lanchonete de entrada e espera, alguns
olhavam ele ali, e quando Vaz sai de uma reunião ele estava ali.
— Boa tarde Vaz?
— Pelo jeito problemas.
— Eu que preciso saber, como estão as coisas.
— Complicadas, eles vão reter seu pai um tempo, eles
parecem querer achar algo, fazer acareações.
— Eu sei que eles não querem isto Vaz, mas não sei como
agir, se fizer algo, é o que eles querem, se não fizer nada, temo por
meu pai lá.
547
— O que eles querem?
— Acho que é paranoia, mas colocaram um sistema de
escutas nas ligações lá de casa, instalaram duas câmeras que
parecem fiscalizar o parque a frente, mas ambas ficam voltadas
para o conjunto de casas o tempo inteiro, alguém no supremo
concordou com isto, alguém deu permissão para isto, então fico
sem saber o que fazer.
— E o que eles poderiam descobrir.
— Eles acham, o que vou falar é um acho, que meu pai se
ligou a um antigo amigo da família, primo de minha mãe, Paulo
Oliveira, eles querem achar uma ligação para o culpar.
— E ele não o fez?
Pedro olha para a câmera e sacode a cabeça negativamente e
Vaz olha para a câmera e fala.
— Você é terrível Pedro.
— Disse que eles não acreditariam que eu fiz tudo, mas meu
pai não acreditou em mim, eles querem desfazer a lenda.
— E tem algo contra isto?
— Sim, se eles o fizerem – Pedro olha para a câmera – e um
curitibano morrer a mais do que precisa, por que um delegado e um
desembargador mataram uma lenda para não dizerem que estavam
sendo mesquinhos, eles vão entender o que é lenda, e o que é real.
— Quem está por traz disto Pedro? – Advogado Vaz.
— Desembargador Camilo e Delegado Siqueira, dois merdas,
ainda bem que eles não podem usar aquela câmera para me acusar
Vaz, mas são uns bostinhas, acho que eles estão querendo que um
nada, como eu, prove que eles são mais bostinhas que eu, apenas
estudaram onde o dinheiro permitiu e tiveram as indicações certas,
mas nada além de bostinhas.
Vaz sorriu e perguntou.
—E como ajudamos seu pai.
— Ele fez corpo delito Vaz, se ele sofrer um tropeção que não
seja adequado, acho que os dois voltam para a prisão, mas o que
quero entender é o que eles acham que ganham com isto, pois não
vejo os ganhos, muita gente está saindo da cidade, sem entender
que não precisam sair da cidade para sobreviver.
— O que uma coisa tem haver com a outra?
548
— Eles estão fazendo uma união nacional, eles hoje no fim da
tarde, com ajuda dos dois, vão tentar uma tomada de poder, com
apoio da policia federal, na rua pode não ter proteção Vaz, mas na
sua, na minha, na prefeitura, nos quarteis, tem proteção, eles tem
de escolher e colher o fruto da escolha.
Vaz olha os policiais ao fundo, viu que vinha uma leva de
policiais federais naquele sentido, ele viu o menino sumir a sua
frente, depois viu o menino tocando seu braço, olha para a porta
todos parados, os dois saem, eles vinham para os parar, mas os dois
vão a praça e Pedro toca o peito novamente quando os dois já
estavam sentados a nave que some ao chão, e começa a subir.

Em Brasília e nas base do exercito, uma leva de tentativas


legais de os desarmarem, os soldados estavam na duvida quando
veem aquelas imensas maquinas de 10 metros surgirem a rua, o
levante assim como surgiu, sumiu, mas toda as câmeras de
repórteres que queriam falar algo, foram colocados junto com os
delegados, que se deparam com um barracão imenso, vaziou, sem
muita luz, chão úmido, e ouvem aquela maquina a frente deles.
— Alguém aqui me prove ter utilidade vivo.
— Acha que fala com quem? – Um desembargador de
Brasília.
— Um morto, mas não os vou matar, estão em um local sem
proteção suficiente para o evento solar, então vocês tem dois
desafios, se manterem vivos até a data, e terem cavado o suficiente
para baixo até a data do evento.— Autômato.
Pedro desce na base na região do Cascatinha e olha Vaz.
— O que foi fazer lá?
— Preciso saber o que está acontecendo, e não sei ainda, os
sistemas me mostram o que eles combinaram, mas é que vejo
apenas motivos fúteis ainda.
— O que tem nesta casa.
— Vamos entrar, eu resolvi que deveria me proteger Vaz, mas
ainda falta muita coisa para me sentir seguro.
— Muitas?
— Um invisível sofre menos porque ninguém ataca o que não
se vê.
549
— E pelo jeito os deu corda.
— Tinha muita gente que não fora preso, e estava querendo
nos passar a perna na ultima hora.
— E como sabe quem?
— Eles acham que entenderam o problema, mas estava
apenas os monitorando, mas a capacidade de inercia deste povo,
gera um ampliar quase exponencial quando a proposta faz as
pessoas cruzarem os braços, se você quer fazer uma manifestação
no Brasil, é só dar um motivo para eles cruzarem os braços.
— E o que faz nesta casa.
— Esta casa não tem nada Paz, mas eles sempre ficam
olhando para mim quando eu venho para cá, na sala do lado tem
um servidor que não faz nada, ele nem funciona direito, mas dá a
sensação de estar fazendo um imenso trabalho.
— E vamos esperar aqui?
Pedro espera Dinho chegar e fala ao ouvir a buzina.
— Vamos.

As pessoas estavam naquele imenso galpão, quando um


autômato com a altura de Paulo, produzido como Fabrícia, chega a
um elevado ao fundo, onde os autômatos estavam armados e
olhando eles no meio da peça.
— Boa tarde a todos.
Uns poucos olham para aquela moça, a reconhecendo, mas
um desembargador chega a frente e fala.
— Quem é você rapaz?
— Alguém que quer que os que ficaram lá, prendam e
interditem tudo que tem Gerson Rosa.
O senhor olha sem entender e um fala ao fundo.
— Porque disto Fabrícia?
Os olhos dela foram ao rapaz e o sistema lhe diz quem era.
— Vocês não entendem, brigas não param porque vocês
acham que devemos parar, ele me roubou, e vou reaver tudo que
ele me roubou Silvio.
— Você não pode nos prender. – Silvio.

550
— Posso até os matar, pois não me interessa vocês vivos,
mortos é mais eficiente para jogar a culpa nele, já que mesmo ele
acha que estou morto.
O senhor viu a voz ir do feminino para o masculino, para a
raiva e olha para os demais, vendo a mesma sair pela porta.
O desembargador olha para o rapaz que a reconheceu e
pergunta.
— Quem é a moça?
— Paulo Pedro Oliveira, mais conhecido por Fabrícia na noite
de Curitiba, dizem que ele tentou roubar Gerson e sumiu, muitos
achavam que ela havia morrido, poucos achavam que ela havia
sobrevivido.
O senador Rebelo preso ao fundo olha para os rapazes e olha
para o segurança, chega perto e fala.
— Diz para Paulo que o Senador Rabelo quer falar com ele.
— Não sou menino de mensagem.
— Ele pode estar cometendo um engano, o depoimento dele,
pode por Gerson na prisão, a peça que precisamos para o pegar.
O rapaz não fala nada, e outro faz sinal com a arma para o
senhor se afastar.

Pedro olha para Vaz e fala.


— Fica em casa, não sei quem é de confiança, mas tenho
quase certeza que quase todos estão querendo as vagas, ignorando
a verdade, mas preciso de calma nesta hora.
— Vai fazer oque?
— Provocar, para ser preso.
— Eles não lhe prenderiam.
— Vaz, eles vão me prender, eu vou a uma instituição, mas
nada do que eles alegarem vai valer.
— Sabe o risco?
— Alertei toda minha segurança Vaz, qualquer perigo, eu tiro
as meninas até da sala de aula, mas é hora de parar estes idiotas.

O trem rápido chega a Brasília com tudo normalizado, a


presidente nem viu os movimentos, a imprensa estava esperando

551
uma coisa e se depara com os dois presidentes na praça dos 3
poderes fazendo a inauguração.

Uma leva de autômatos, toca a frente do palácio do governo


no Paraná, e o governador apenas confirma as obras avançando,
uma leva de juristas, começam a pressionar por respostas referente
as prisões, aos direitos civis que foram quebrados, perguntar de
pessoas que estavam desaparecendo.
Pedro sai para jantar, sozinho e uma repórter olha para ele e
senta-se a mesa.
— Podemos conversar menino.
Pedro olha para a moça, o câmera e fala.
— Sim, problemas?
— Responderia algumas perguntas?
— Sem problema.
O câmera se aproxima e ela fala.
— Qual a sua posição referente a prisão de seu pai.
— Acho covardia de alguns desembargadores, juízes, eles
tentaram parar algo que era para o bem do povo, e agora se fazem
de coitadinhos, mas ao meu ver são covardes.
— Acha certo o que fizeram com eles, detiveram sem direito
a defesa.
— Eu não sou quem tem de analisar se é direito ou torto.
— Acha que seu pai sairá da cadeia antes do evento?
— Acho que eles pretendiam me deter hoje mais sedo no
fórum, então novamente eles não querem justiça, isto é papo, eles
querem ser quem dirá quem sobrevive e quem morre, não fiquei lá
para acareação, mas logo eles acham uma forma de me prender,
acho que quando me colocarem em uma instituição, pelo menos eu
terei lavado minhas mãos.
— Sabe que muitos duvidam ainda do evento solar.
— Como digo, eu não previ o evento, sei que alguns vão
querer seus dinheiros de volta, se sobreviverem, sei que
desembargadores vão se fazer de santos, nos fazendo de culpados,
mas as vezes, somente as vezes, tenho vontade de sumir e deixar
vocês se dando mal.
— Acha que eles tem sua prisão homologada?
552
— Kelly, eles tem apoio de Juízes, desembargadores, supremo
e da parte politica para minha prisão, mas como digo, como vamos
vencer o sol, se tudo isto, tem medo de uma criança como eu?
A moça encerra a entrevista e a noticia ia ao noticiário a
noite, Pedro viu Rita preocupada, Caroline preocupada, e foi deitar,
ele imaginava sua prisão na manha seguinte.
A policia bate na casa de Pedro antes mesmo de amanhecer,
eles entram em seu quarto ainda com ele a cama, sai detido, sem
algemas, mas foi levado ao juizado de menores, onde algumas leis
foram ignoradas, para que ele fosse alocado em uma instituição de
menores.
Pedro olha o local, olha os seguranças, eles queriam sua fuga,
para dar mais noticia, mas o brutamonte que o encostou a parece,
parecia realmente querer dizer que mandava ali, Pedro sorri por
dentro.
— Um brinquedo novo para mim Assistente? – O rapaz
pegando no colarinho de Pedro e olhando para o Assistente Social.
— Cuidado que este dai, lhe mata Carlinhos.
— Está de palhaçada né.
O assistente sorriu, os seguranças se afastaram e Pedro olha
para aquele rapaz.
— O que quer Carlinhos? – Ele falou Carlinhos de forma
debochada, o rapaz lhe acerta a barriga, a proteção aliviou a batida,
mas a cara de dor de Pedro foi para dar clima.
— Acho que não disse seu nome.
— Não interessa meu nome Carlinhos.
O rapaz olha para a porta ao fundo, viu que os assistentes já
tinham ido, ninguém para lhe falar.
— Onde eles foram?
— Eles estão ali Carlos, eles querem que você me bata, para
que eu reaja, e possam me deixar aqui até os 18 anos.
— Eles lhe acham perigoso, eles não sabem o que é ser
perigoso.
— Concordo, nunca me viram fora de mim, acho que
podemos nos dar bem Carlos, mas eles não precisam saber disto.
— Eu mando aqui, você obedece.
— Certo, o que precisa Carlos?
553
— Este lugar está um nojo, limpa tudo isto.
Pedro sente o rapaz o soltar, ele olha para a vassoura a ponta,
chega a ela e toca o peito, ele programara para que todas as suas
paradas de tempo fossem acompanhadas de 10 autômatos de
serviço, ele olha em volta com tudo parado, viu os autômatos
entrando na cela, limpando, colocando as coisas no lugar, limparem
o chão, pintarem as paredes, colocarem vasos sanitários novos,
chuveiros novos, um rebocar da parede ao fundo, uma limpeza em
toda a parte interna de detentos, ele olha os autômatos ao fim
saírem e vira-se para Carlos tocando no peito e pergunta.
— Quer que comesse por onde.
Carlos olha em volta, todos sentem o cheiro da tinta nova, do
chão limpo, de um lugar novo, iluminação nova, roupas de cama
novas, Carlos olha para Pedro e pergunta.
— Como fez isto?
— Carlos, eu lhe mataria, tiraria seu corpo daqui, e aqueles
assistentes ali fora não veria, eu não sou o inimigo.
Os demais começam a chegar perto e um rapaz ao fundo fala.
— Disseram que você estaria aqui, para lhe dar proteção, mas
duvido que precise. – Um rapaz de uns 16 anos.
— Quem pediu isto Rogerio? – O nome veio a mente, o
querubim estava ao seu lado.
— Priscila pediu para olhar por você.
— Acho que ninguém entendeu ainda que não preciso de
proteção, quem precisa de proteção é o planeta.
Os assistentes sociais olham a câmera, eles estavam focando
no menino, num segundo estava ele chegando a vassoura, o
pequeno clarão, tudo a volta parece se limpar, ele se vira e começa
a conversar com Carlos.
— Como ele fez isto?
— Acho que os Desembargadores vão amar isto.
— Eles não tem como o condenar por ter limpo um local
destes.
— Mas que ele poderia ter saído ele poderia.
— Sim, mas não saiu, então eles não tem como afirmar nada,
ele ficou ali, nada aconteceu ainda.
Pedro olha para Carlos e estica a mão.
554
— Carlos, não somos inimigos.
— Quem é você?
— Pedro Rosa, mas sei que meu tamanho decepciona as
pessoas.
— O boizinho da cidade.
— Bem pequeno mesmo. – Pedro.
— E como se faz isto?
— Eles estão me filmando, eles querem algo para prender
meu pai, para me manter aqui, mas se vamos ter de jogar um jogo
podre do ministério publico, que seja pelo menos em condições de
não passarmos necessidade.
— Mas o que o trouxe para cá?
— Eles querem uma reação para dizer que sou perigoso.
— E vai deixar como está?
— Carlos, eles não me conhecem, lhe pergunto, você tem
medo de alguém do meus tamanho? Se você não tem, como juízes,
procuradores, parte do exercito, da policia federal, e uma boa parte
de exércitos mundiais tem? Eles não olharam para o lado ainda, eles
não entenderam que nunca, alguém como eu faria tudo sozinho,
que nunca, quando se tem uma meta, servidores acomodados,
folgados, diria vagabundos mesmo, como os que estão olhando por
– Pedro aponta a câmera – aquela câmera tem utilidade, se eles
acham que serão os primeiros a serem protegidos, esquece, se eles
acham que sabem o que esta acontecendo, ignoram totalmente a
verdade, se eles acham que podem com uma ideia, como digo, eles
nunca tiveram uma de verdade.
— Acha que vai acontecer mesmo o que eles falaram na TV?
- Rogerio ao lado.
— Vai acontecer, eu verei, poucos verão o todo, e quando
eles tiverem sobrevivido, eles vem com tudo sobre mim, mas
quando isto acontecer, não serei mais um Brasileiro, procurando um
terreno para viver, serei Pedro Rosa, ou vocês vão me respeitar ou
me odiar, mas enquanto os pobres vão me agradecer, os ricos, vão
me xingar, e servidores – Pedro olha a câmera – para mim, que
morram todos.
— Tá querendo confusão mesmo.

555
— Rogerio, pensa num fato, você veio para cá por algum
motivo, eles documentaram e lhe jogaram aqui, contra mim, eles
não tem nada, e fizeram o mesmo, e querem dizer que porque
foram eles é legal. – Pedro riu – Mas o assunto está chato, o que
fazem por aqui para distrair a cabeça.
Os demais viram que o menino não apanharia, talvez ele não
estivesse ainda enturmado, mas ele preso, era uma chance de
muitas coisas acontecerem.

No centro da cidade, um sistema de proteção foi ativada,


alguns autômatos começam a prender mais gente, a programação
para fazer naquela tarde, discretamente as detenções, fez com que
muitos apenas sumissem.
Na manha seguinte, a secretaria do desembargador olha para
o policial federal a olhar.
— Onde está o desembargador.
— Ninguém sabe, parece que resolveu se esconder numa
sexta, mas pode não ser grave, nem a esposa dele atende.
— Me encontra ele.
A moça liga para muitos e nada, mas fica sabendo que outros
senhores sumiram naquela noite.
— Não estão em lugar nenhum senhor.
— Tem de ter a mão daquele menino, Pedro Rosa.
— Ele está detido desde ontem senhor, não podemos culpar
um preso de o ter feito.
— Gerson Rosa?
— Detido, foi alguém mais, não sei quem.
— Movimento estranho na cidade?
— Nada, as vezes parece que está tudo muito normal senhor.
O policial sai pela rua, todos os grandes nomes da cidade
haviam sumido em uma noite, ele olha para a TV e a noticia do
sumiço de varias pessoas, estabelecia que foi nacional,
O desembargador Ribeiro chega ao trabalho e uma comissão
estava lá para falar com ele.
— Problemas?
José Ribeiro olha dois delegados da federal, dois
desembargadores, o resto, tudo posições de substituto.
556
— Temos de saber quem foi pelo sumiço de parte do nosso
pessoal. – Um policial federal.
— Que saiba, ninguém, vocês que estavam ontem todos
confiantes, como se tivessem onde se esconder se detivessem a
ameaça, vi prenderem um menino sem provas, sem julgamento ou
lei que coubesse, então me provem que não era o que eles queriam
com a movimentação de ontem.
— Eles não voltaram para suas casas?
— Alguém viu?
— Não, tentamos as câmeras das ruas, estão todas com fios
cortados, e não temos quem os cortou.
— Mas quem sumiu? Tem uma lista, pois não entendi o
problema, estava num problema pessoal pensando nele ainda
quando vejo vocês a minha frente.
— Problemas pessoais? – Um outro desembargador
pensando no menino, se ele não saberia de nada.
— Sim, uma filha me perguntando porque o ministério
publico, a policia federal e dois desembargadores pediram a prisão
do pai do meu neto, sem provas, e tenho de justificar dentro da lei,
algo que sei que não a usaram, fizeram com o menino exatamente o
que reclamaram ser ilegal com eles, mas com os demais assinam em
baixo.
— Tem de entender a lei.
— Eu entendo de lei senhores, um menino de 14 anos foi
mandado para uma instituição porque vocês são uns merda, e não
tenho como falar isto para minha filha.
— Mas temos uma lista de mais de 16 mil pessoas sumidas.
— Quantos? Quem sumiu, pois 16 mil pessoas não cabem em
qualquer lugar?
— Sumiram políticos, desembargadores, juízes, de norte a sul
do país sem ninguém ver.
— Isto me parece impossível, temos de ter dados, pois se
soubermos quem o fez, saberemos quem pressionar.
— Achamos ser alguém a mando de Gerson Rosa.
— Gerson está preso senhores, sem comunicação, vão
começar a acusar advogados?

557
— Não senhor, mas temos de saber o que falar para a
imprensa, estão todos querendo uma posição.
— O que eu tenho haver com isto pessoal, eu fui tirado dos
casos pois vocês queriam primeiro burlar a lei para proibir as obras,
depois, burlar a lei para terem preferencia, depois mandaram
prender pessoas porque vocês não entenderam o problema, ou se
fazem de burros, mas o que eu tenho haver com isto, já que vocês
me tiraram disto.
Todos se olham e um senhor ao fundo fala.
— Eles não sabem o que fazer José, apenas isto.
Todos olham aquele senhor chegando ao local, olham para
Joaquim Moreira, e um fala.
— O que você tem haver com isto?
— Vim verificar os prospectos de prisão de um sócio meu,
Pedro Rosa, todos ilegais, quem vai responder pelas ordens ilegais
que deram ontem? – Joaquim olhando os rapazes.
— Não demos ordens, quem as deu sumiu.
— Eles representando o estado de direito o fizeram, não
quero saber quem assinou, mas quem vai responder por aquilo.
Todos se olham, não tinham respostas, mas viram que o
menino iria ter apoio até de empresários.

558
Gerson estava preso a mais de 15 dias, quando o delegado
substituto, junto com um assistente do ministério publico, fazem as
primeiras perguntas.
Começam com as confirmações, nome, profissão, coisas
básicas em tudo e o delegado pergunta.
— Gerson, temos muitas provas contra você, mas poderíamos
aliviar se cooperar com a justiça.
— Cooperar? – Gerson olhando o rapaz.
— Como sabe, você e seu filho estão detidos, pois ambos nos
mandaram prender sem provas, apenas porque queriam nos
amedrontar, isto é crime.
— Se quer uma confissão delegado substituto, referente a
isto, não terá, vocês pararam obras, se elas vão ficar prontas, não
sei, agimos dentro da lei, pois vocês não estavam pensando, os
colocando onde vocês pediram para serem colocados, estamos com
o exercito as ruas, é porque vocês não deram outra alternativa,
sabe disto, se é referente a isto o cooperar, esquece, não vou
confessar um crime que não cometi, quem o fazia, juízes,
procuradores, governadores, senadores e deputados, que queriam
parar as obras para vender nossas reservas para quem estava
pagando mais por ela, independente do povo morrer após isto.
— Acha que vai me convencer de sua inocência.
— Sua função é analisar fatos, não ser convencido, pode me
achar culpado, mas se não tiver provas que sou culpado, tem de me
libertar, Juízes não são feitos neste país para ter opinião, e sim,
seguir a lei.
O rapaz do ministério publico olha o delegado e fala.
— Mantem a calma delegado – ele olha para Gerson – na
verdade precisamos de cooperação senhor Rosa, não é questão de
querer cooperação.
— Precisam?
— Todos falam que as suas empresas estavam construindo
cidades para que o povo se protegesse de um evento solar, todos
no começo duvidaram, mas precisamos das obras, o senhor preso, e
559
ninguém sabe se teremos as obras, a presidente não fala sobre o
assunto, aponta para prisões descabidas, vi que tentamos por
alguns a parede, mas parece que algo tomou as dores destes.
— Já pensou que não sei de nada, estou preso rapaz.
— Mas poderia nos indicar um caminho, hoje vemos a cada
mês, mais pessoas se preparando, alguns dizem que falta menos de
6 meses para o evento, e estamos sem saber como as coisas
andaram.
Gerson também não sabia, isto era coisa de Pedro, não dele,
mas se estavam pedindo ajuda precisava saber oque realmente
queriam.
— Senhores, primeiro ponto a considerar, esta empresa está
em meu nome pois meu filho só tem 14 anos, ele juridicamente
falando, não pode ter empresa no Brasil, segundo, os prospectos
estavam acertados com a presidente, sei que ela tinha todos os
prospetos quando fui preso, e por algum motivo, não sei o que
vocês querem, pois os locais de proteção vão começar a ficar
visíveis, 3 dias antes da data calculada para o evento.
— E se não estiverem prontas?
— Se a 12 meses, ninguém estava preocupado, porque a
preocupação agora? – Gerson.
— Antes poucos diziam da possibilidade.
— Senhor, meu filho, torrou uma fortuna para tentar evitar e
proteger seu povo, mais dinheiro do que vi na minha vida inteira,
ele foi recebendo e investindo, como o agradeceram?
— Mas vocês são perigosos.
— Torça então para que tenhamos sido realmente perigosos
e dê tempo, pois como vi, vocês continuam atrapalhando, eu não
iria a lugar nenhum, todos sabem disto, pedi para agilizarem meus
julgamentos, não o contrario, quem coordenava isto, a Rosa’s,
cansou de ser parada, e insistiu e fazer mesmo assim, vocês ainda
não entenderam, mas espero que dê tempo, mas se der, vocês
ainda vão nos odiar mais ainda, então não me preocupo se estarei
aqui ou em um buraco, pois se der tempo, estarei salvo em ambos
os lugares, mas se não der, morro como todos que estiverem no
lugar.
— Quer dizer que tem como proteger o todo? – Delegado.
560
— Senhores, para isto acontecer, mais de 120 satélites vão
ser lançados, mais de 700 cidades serão protegidas, mais de 2
bilhões de humanos serão tirados dos campos e cidades pequenas,
mas ainda acho que não dará tempo, enquanto tem gente que
ajuda, tem gente que atrapalha, não sei ainda o que pensar sobre o
evento, mas como estarei pelo jeito preso, até lá, verei da cela se os
esquemas funcionaram, pois se acha que sabemos o que está
acontecendo, não entendeu o que estávamos nos preparando para
enfrentar.
— Acha que seu filho saberia resolver este problema, ele é
uma criança. – O procurador.
— Se acha que ele não pode, pois é uma criança, porque o
prenderam? Se querem bater em quem lhes fará sobreviver porque
é teimoso, escolheram o menino certo a bater, mas estejam prontos
para quando ele revidar.
— Talvez não saiba, duvido que não saiba, mas boa parte dos
que eram oposição ao projeto, até quem pediu sua prisão sumiu.
— Sinal que vamos morrer, pois se eles foram a um buraco,
eles sobrevivem e todo resto esta parado.
— Não entendeu, eles sumiram indo para casa, eles não
pegaram nem os familiares, dizem que Paulo Oliveira está por traz
disto.
— Duvido disto, pelo menos para mim, garantiram que ele
tinha se metido em encrenca no Rio de Janeiro com aquele Alemão,
que deu fim nele, duvido que ele esteja vivo.
— E não se preocupa com alguém que dizia ser um amigo.
— Senhor, eu como bissexual fui à cama de Paulo, mas aquele
desgraçado foi um dos responsáveis por colocar C4 no carro que
sairia da igreja após meu casamento, se o mataram, não vou
derramar uma lagrima.
— Muitos duvidam desta historia.
— Muitos duvidam do que não entendem, mas a conversa
está sem proposito senhores.
— Seu filho não fala conosco, ele parece ter se dado bem com
os marginais da instituição.
— Se ele não fala com vocês, me deixa mais calmo.
— Parece não estar nos levando a serio. – O Delegado.
561
— Se vocês não me precisam lá fora, porque vou me
preocupar senhor, vocês distorcem a lei para onde querem, pois
posso não ser santo, mas entre não ser santo e ficar preso por uma
determinação sem fatores novos, apenas porque um juiz ficou com
raiva de mim, idiotice.
— Este juiz não sabemos onde está. – O delegado.
— Torçam para que eu não esteja errado, pois se Paulo
estiver vivo, ele vai matar a todos, para jogar em minhas costas, dai
o melhor é ficar aqui dentro mesmo.
Gerson foi levado para dentro, ele senta-se a cela, olha para o
guarda parar ao corredor, como se o tempo estivesse parado, ele
olha para um autômato o entregar uma carta, ele a lê e volta a
sentar, o autômato sai e tudo volta a se mexer.
As bases na Lua e em Marte são instaladas, mas algumas
nações começam a pedir a divisão das terras em iguais partes, como
se tudo fosse agora do planeta, não de quem lá chegasse.
As obras de transporte se ampliavam, os pontos de controle
são testados no Pacifico, onde um grupo de pessoa, estava em um
tempo tão lento, que um dia poderia durar mais de 3 meses, mas
estavam testando a proteção, mesmo sem ninguém ver.
Pietro em Los Angeles olha para Banneker se anunciar na
entrada do prédio e vai até ele.
— Podemos conversar Pietro?
— Podemos.
Os dois sobem e Banneker fala:
— Sabe como as coisas estão?
— Aceleradas e paradas, estranha isto não é?
— Sim, o menino sumiu.
— Ele está detido no país dele, mas o que quer falar?
— O presidente foi me fazer uma visita, e quer saber se
estava sabendo dos planos do menino.
— Planos?
— Ele ofereceu ao presidente uma forma de salvar o país,
mas ele parecia descrente de ser possível, mas vendo o quanto
alguns países europeus aceleraram suas construções e seus
investimentos, quer saber se podemos ter um acordo entre os
Estados Unidos da América e a Rosa’s.
562
— Se ele assinar este acordo, vou pessoalmente ao Brasil
falar com o menino, ele está detido lá.
— Detido?
— Alguns desmentem, mas é mais para não gerar mais
pânico, o menino separou a empresa, dando autonomia para alguns
grupos, pois não queria todos sobre o julgamento quando o
problema deixasse de existir, mas ele está detido, mas se o
presidente assinar, vou lá.
— Pelo jeito ninguém o leva a serio.
— As pessoas o analisam pelo tamanho, estranho dois
parques dele estarem inaugurando em Orlando, mesmo sem ele lá
para olhar, as vezes me sinto inseguro diante deste menino
Banneker.
— Ele sabe por as pessoas em lugares espaciais, mas pelo
jeito ele também nos aliviou parte dos agentes da CIA.
— Não entendi a ideia, mas ele em um buraco no meio do
pacifico, está testando os limites da tecnologia de tempo.
— Limites?
— Ele prendeu pelo que entendi, em uma cidade
subterrânea, 29 mil pessoas no mundo que estavam atrapalhando,
mas no local, passou pouco mais de 2 horas, e eles já estão lá a
quase um mês.
— Esqueço que ele testa as coisas antes, mas vou falar com o
presidente, se ele assinar lhe ligo.
O presidente americano, com alguns meses de atraso, vendo
que não tinha CIA e órgãos de segurança suficiente nem para proibir
o pânico, assina o acordo com Banneker que explica que levaria ao
menino o acordo.
Era quase fim de Maio, quando Pietro entra na instituição de
menores, viu que estava tudo bem limpo, ficou admirado, sempre
teve uma visão diferenciada de instituições assim.
Pedro é levado a uma sala e olha para Pietro.
— Problemas?
Pietro olha para a câmera e apenas estica o papel, contrato
em inglês, uma copia, que estabelecia o acordo entre a empresa
tecnológica com o governo Norte Americano, no fim, estava um

563
cheque de 300 bilhões de dólares, depositados na conta como
entrada para dar andamento nas obras.
Pedro olha para Pietro e toca o peito.
Olha tudo parado e fala.
— Mantem a calma Pietro, na França já fechamos mais de 65
milhões de lugares entre as proteções aéreas e subterrâneas, acho
que chego ao fim do mês que vem com os planos executados, mas
estar aqui dá calma ao mundo, sei que estranha, mas deve ter visto
a calma para execução de coisas que antes, geravam resistência.
— Mas as vezes é bom ter alguém para trocar uma ideia.
— Sei que também não estou feliz aqui dentro, mas precisava
estar aqui dentro, sei que muita resistência boba se desfez.
— Só para não dizer que ninguém falou, você faz falta Pedro,
suas ideias malucas, como fala, fazem a gente avançar, sei que deve
ter um plano inteiro nesta cabeça, os computadores se batem para
calcular o que parece já ter decidido como fazer.
— Não decidi Pietro, calculei, quero ainda fechar o calculo,
mas sei que muito do que vivemos vai ser diferente por que o
planeta mesmo não vendo, vai sofrer com o mar subindo, com o
aumento de nuvens, com eventos extremos.
— Certo, mas as vezes preciso trocar ideias.
— Já saio daqui.
Pedro olha para o papel, toca o peito e olha para Pietro.
— Pode dizer que entramos com nossa parte.
Pietro olha em volta e fala.
— Vai ficar escondido aqui?
— Eles que decidem quando saio Pietro, não posso forçar
mais do que já fiz, eles ainda me olham pelo tamanho.
— Se cuida.
— Tenta acelerar, pois estou sem dados reais aqui dentro.
Pietro se levanta e sai, o administrador olha para o rapaz
saindo e pergunta.
— O que ele veio fazer?
— Pelo que parece, um documento em inglês, não sei senhor,
mas alguém precisava confirmar com o menino algo, mas deve ser
encenação, a própria imagem parece ser apenas uma encenação.
Pedro olha para a câmera e fala.
564
— Coragem Pedro, os Americanos toparam ser salvos, falta
ainda umas 100 nações, entre elas a sua.
Pedro entra e os rapazes olham para o menino, ficam a
pensar, mas a imagem do dia seguinte, dos autômatos de guerra da
Rosa’s apoiando o exercito americano, e a declaração do presidente
que estava investindo recursos pesados em tecnologia para salvar
toda a nação, fez os rapazes olharem e um procurador olhar para os
dados da conversa e ir a instituição.
— Alguém me explica como ele controla as coisas assim.
— Não pode ser ele, parece uma encenação, mas que eles
usam o menino como vitrine, eles encenaram, o menino encenou, e
no fim, tudo parece acontecer depois do rapaz falar com ele.
— Se o fizeram, parece que o menino sabe cada passo que os
demais vão dar, adianta o deixar ai dentro.
— Os menores estão bem calmos desde que ele entrou
senhor, pelo menos para isto funcionou.
— Não conseguimos nada com a prisão dele e do pai dele, os
advogados a cada dia nos pressionam, amanha deve sair a soltura
do menino, não sei ainda como ele vai se portar.
— Então não conseguimos o deter mais.
— Todos sabiam que esta prisão era irregular, mas os que a
fizeram, nem sabemos onde estão, não temos como os acusar, pois
não temos corpos, lugar, nada que os ligue aos sumiços.
— E pelo jeito eles não vão deixar barato.
— Acho que não deixaram, mas fizeram desta vez sem ficar
claro quem o fez.

Amanhecia no dia 31 de maio, quando Pedro é chamado a


sala e lhe comunicado que sairia no fim do dia, ele se despede dos
rapazes, sai pela porta como se querendo acelerar, na porta estava
o carro de Dinho com Rita e Carol, sorri, pelo menos algo para o
fazer sorrir depois de um mês chato.

565
Dallan olha para Sabrina em Los Alamos e fala.
— O menino saiu ontem da prisão, todos estão de olho nele,
e ao mesmo tempo, sem saber o que ele vai fazer.
— Soube que o presidente assinou finalmente o acordo.
— Sim, os ricos não estão mais ai, parte da pressão da CIA
ninguém sabe onde está, como se falava, lembro que falei que o
menino tinha lavado as mãos, mas ele apenas deu uma chance aos
cabeça dura de mostrar que pararam para pensar um pouco,
quando eles se posicionaram para ataque, mas sabe se ele vai
aparecer por ai?
— Todos o querem longe general, sabe que ele gera medo.
— As vezes me olho no espelho e tento entender o que sinto
referente a este menino, é assustador pensar nele e ter medo.
Sabrina sorriu.
Pedro sai de casa, vai ao centro, olha para o Advogado Vaz e
pergunta.
— Quanto tempo para tirar meu pai de lá?
— Eles não tem motivos para o manter lá.
— E o que não posso fazer?
— Sair do país.
— Certo, não posso pegar um avião oficialmente, é o que
disse?
— Sim, mas sabe que eles estão de olho.
— Eles nem tem algo concreto para me prender Vaz, mas vou
tentar me manter longe da confusão.
— Imagino.
Pedro sorriu, senta-se no Mueller e olha em volta, olha para
alguns olhando para ele, começava não ter graça sair, antes poucos
sabiam quem ele era.
Dinho senta-se a mesa e pergunta.
— Pensando ou provocando?
— Tentando verificar tudo que tenho de verificar. – Pedro
abre o computador e olha em volta – Sabe se a segurança esta boa
Dinho?
566
— João não para de olhar tudo, alguém espalhou que Paulo
pode não ter morrido.
— Sei disto, mas a segurança, como está?
— Montada, organizada, bem rápida em ações que ninguém
nem vê.
— Os drones chegaram?
— Sim, sabe que quem não estava olhando os mesmos, nem
viu eles desligarem as câmeras da policia Brasil a fora.
— Acho que ainda tenho coisas importantes a fazer, mas
deixa eu trabalhar, fiquei na folga mais de mês.
Pedro acessa os sistemas de satélites, confirma os dados, eles
precisavam apenas da liberação de combustível para os
lançamentos.
Começa a confirmar os andamentos de lançamento, começa
a por no esquema o lançamento de 20 satélites por base que tinha
aderido ao problema, mais de 100 bases, então teria naquele junho,
quase um lançamento por dia, pois ainda precisava ajeitar os
detalhes, mas quando começasse, iriam ver foguetes a toda volta do
planeta decolando.
Os prospectos de cidades de proteção fazem Pedro olhar para
elas e falar alto.
— Terei de pensar em um uso para todo este espaço aberto e
dinâmico que criei.
Dinho olha para ele que responde.
— Sei que falo sozinho Dinho, mas você na mesa pelo menos
as pessoas não reparam muito.
— Pensando no que?
— Ter mil bases subterrâneas secretas no mundo.
— Mil bases?
— Se pensar que são bases para milhões de pessoas, seria ter
espaço para por mais de um bilhão de pessoas trabalhando.
Dinho sorriu e falou.
— De você espero algo assim Pedrinho, se outro me falasse
acharia que está viajando, você fico pensando se não tem esta
pretensão maluca.
— Ter a pretensão é diferente de ter a capacidade financeira
de o fazer.
567
— E pretende fazer oque?
— Dinho, as vezes acho que o caminho é aberto, temos
apenas de nos preparar para ele, sei que a empresa foi dividida em
20 delas, mas ainda comando ela toda, mas agora, de forma a terem
de olhar os documentos de abertura para saberem disto.
— E pretende enfrentar mesmo?
— Dinho, falar em instalar 16 mil pontos ao redor do planeta
pode parecer fácil, mas é complicado, mesmo para alguém como
eu, que tem 20 autômatos em serviço para cada contratado da
empresa.
— Então se você chegar a um bilhão de funcionários, vai estar
com 3 vezes a população mundial a seu serviço?
— Não tinha pensado em manter todos ativos, muito
arriscado e dispendioso, pois vamos ter muita coisa agora para
fazer, mas depois a maioria terá de ficar em espera, as pessoas tem
medo deles, e tenho certeza que terei problemas depois disto.
— Acha que eles vão pegar pesado.
— Dinho, se no fim do mês estiver com todos os pontos em
concordância, vamos fazer um teste superior, vamos fazer cada lado
a sua vez, mas é o suficiente para testar o mecanismo, dai Julho será
a corrida para terminar de por os pontos em Terra, a tecnologia já
está em teste, mas estou testando limites, estabilidade,
complexidade de reações adversas locais.
— E estava preso.
— Eu preso era dar tempo deles fazerem, e não poderem me
acusar de nada, sei que tem gente que vai me odiar, mas o que
posso fazer, eles não me querem por perto mesmo.
— E o que tanto faz ai?
— A presidente terá de falar com outros 10 presidentes da
América do Sul, para inaugurar a ligação do continente.
Dinho sorriu e viu um senhor chegar a mesa e olhar Pedro.
— Já livre? – No sotaque eterno de Pablo.
— Já aqui Pablo? – Pedro olhando o senhor.
— Tem de ver que assim que anunciaram sua soltura ontem,
me colocaram em um voo para o Brasil.
— O que precisa?

568
— Alguns falam que você tem a solução, tem gente que vem
ao Brasil e não quer ser visto no Brasil, apenas conversar.
— Alguém?
— Joseph Alois Ratzinger.
Pedro olha serio para o senhor e pergunta.
— Sabe o assunto?
— Vai o fazer esperar?
— Apenas não gosto que pessoas importantes percam tempo
com coisas que não faço, pois depois eles acham que não estou lhes
dando atenção, mas qual o assunto?
— Não me foi passado o motivo.
— Estranho isto.
— Sei que raramente o papa sai de Roma sem pré aviso, a
maioria nem sabe para onde ele embarcou, alguns acham que ele
foi descansar ao sul, mas já está quase pousando nesta sua cidade.
— Sabe que estranho um papa por os pés aqui, mas como
explicar sem complicar a cidade.
— Imagino que deve conhecer mais que eu, e garanto, sei de
coisas assustadoras desta sua cidade.
— E ele quer me encontrar onde?
— Ele me mandou marcar em um lugar neutro, não sei o que
seria um lugar neutro nesta cidade.
— Posso oferecer um local ou quer o revistar antes?
— Pode oferecer, mas obvio que vamos revistar.
— Não entendem mesmo nada sobre isto, não é Pablo?
— Todos tem medo de você, mas parece mais calmo agora.
— Sim, vocês pararam de atirar em mim.
— E onde poderia ser.
— Na minha casa ali no Tingui.
— E acha que ninguém veria?
— Tem heliporto, ele sai do aeroporto direto, ele desce lá,
vamos as áreas internas, quando ele sair, sai direto.
— E poderia ver antes?
Pedro olha para Dinho e fala.
— Vamos para casa antes da hora, mas o que é ter problemas
hoje, se nem confio no amanha.

569
Os dois se levantaram, pegam o carro no estacionamento, o
senhor encostou com outro carro ao lado e saem a norte, pouco
mais de 20 minutos estavam entrando na região, os rapazes
repararam que era uma região toda isolada, toda murada, com
segurança pessoal do rapaz a porta, olha para as casas, mas o carro
de Pedro para ao lado do heliporto e olha para Dinho.
— Estaciona o carro, alerta a segurança para ficarem atentas,
não queremos problemas hoje.
Dinho entendeu e se afastou, estavam falando em receber o
papa Bento em casa.
Pablo olha para o local e fala.
— E vai receber ele aqui?
— Vamos preparar o lugar, mas não, vamos conversar ali.
Pedro apontara uma pequena casa, o senhor estranhou,
obvio que ele andou até o local, pensou em criticar, mas viu que era
um elevador, dentro de uma peça, ele olha Pedro chegar ao local.
— Vamos lá, acho que nada é tão especial para receber
algumas pessoas, mas vamos lá.
Pablo viu que havia apenas um descer e um subir no
comando, não era um conjunto de endereços e andares, apenas
um, o mesmo acelera, ele sente a gravidade e depois o desacelerar,
e quando abre a porta, estavam em uma praça, ele anda os poucos
passos que dava a parte aberta e olha para cima e fala.
— Um buraco bem abaixo de sua casa, mas qual o tamanho
disto?
— Algo que não pretendo usar ao máximo, mas cabe meu ego
com sobra aqui dentro.
Pablo olha o menino, era uma praça de mais de mil metros
para cada lado, um quilometro quadrado, olhando para cima, se via
partes que chegavam a praça, se via ao fundo as escadas rolantes
que deveriam ligar os 22 andares daquela construção, e olha os
seres ao fundo ainda ajeitando.
— Quantos funcionários tem aqui, sabe que não podemos
garantir a segurança com tanta gente.
Pedro pega o comunicador e dá o comando para se
recolherem, eles parecem olhar um comunicador nos pulsos, e
começam a se retirar.
570
— Pelo jeito tem tudo bem organizado.
— Ainda não sei se o lugar serve Pablo.
— Sim, pelo jeito, teria outras entradas?
— Nada aberto ainda Pablo, tudo lacrado para se um dia o sol
tentar nos atingir.
— E o pessoal foi para onde?
— Apenas os desativei Pablo, são autômatos de serviço, não
carregam armas, mas são excepcionais em manter o local aberto e
limpo.
— Então tudo isto ainda é segredo.
— Sim, acha que tudo que montei está onde eles acham
estar?
— E pelo jeito é apenas um local.
— Pablo, eu não tenho muitos a proteger, mas obvio, seria o
suficiente para recomeçar, mas eu quero salvar o planeta, as
pessoas vão me chamar de vigarista no final, mas não estou me
preocupando com o pós ainda.
— Vou passar as instruções.
— Vou providenciar apenas algo para comer e uma mesa para
sentarmos, mas se acha que está de bom tamanho, espero ele
chegar, imagino que deve vir com segurança própria, mas não tenho
como oferecer mais que isto.
Pedro olha para os demais subirem, olha para o pequeno
Beliel surgir ao seu lado, ele olha para o local, olha para Pedro que
parece entender o que poderia acontecer ali.
Pedro aciona o sistema ao fundo e os autômatos soltam das
partes altas, tecidos de exibição, ele olha para as paredes, coloca
seu pequeno notebook ali, os autômatos colocaram uma mesa de
aperitivos, agua, vinho, pães, eles ajeitaram e Pedro liga a exibição e
as paredes de mais de 22 andares, 90 metros, com aquele céu azul
que ele apaga, as paredes começam parecer o interior de uma
igreja, mas eram apenas imagens.
Os autômatos se recolheram, o querubim ficou invisível e
Pablo entrou na peça, ele viu que estava diferente, talvez mais
aconchegante, mas mais intimo, mesmo que em meio a uma praça
imensa, ao centro uma mesa, algumas cadeiras, coisa simples, os
seguranças se posicionaram, e Pedro olha aquele senhor entrar,
571
olhar para o local, deveria estar estranhando, estava em um buraco,
e olha o tamanho do local.
O senhor chega a frente e estica a mão, a maioria beijava o
anel, mas Pedro apenas apertou a mão do senhor e falou.
— O que o traz a minha residência senhor? – Pedro em
Alemão.
O senhor olha em volta e olha para o menino.
— Um senhor buraco, me disseram ser mais do que estou
vendo.
— Os demais não precisam saber o que mostrei ao senhor
Pablo, nem todos precisam saber da verdade senhor.
— Certo, mas preciso lhe falar.
Pedro estava estranhando ainda, mas obvio, o senhor saiu de
casa e veio até ali, algo ele queria falar.
— Estou ouvindo. – Pedro oferecendo uma cadeira ao senhor,
ele sentou-se e fez sinal para os demais se afastarem, aquele lugar
em uma praça coberta, parecia um lugar bom para uma conversa,
mas o senhor estava serio.
— Me alertaram sobre seu tamanho, e mesmo assim estou
assustado com seu tamanho, mas também não me alertaram que
falava alemão.
— Tento falar, se não entender algo pergunto.
— Ok, as informações que me passaram, era que você estava
retirando gente do planeta por medo de extinção, sei que alguns
acham prematuro a pergunta, mas existe este risco?
— Ainda sim, estamos erguendo uma proteção, mas
precisamos de cada segundo de trabalho para isto, quando me
afasto, é para tirar a pressão que quando estou perto surge em
todos os sentidos, muitos querem provar que não pode ser verdade,
apenas porque eu estou ali, mas não fui eu que previ o problema.
— E qual o problema que ninguém soube me explicar.
— Um grupo de milionários Americanos e Europeus, estudam
este evento a 22 anos, eles observaram e chegaram ao risco de uma
explosão do sol, mas para mim, pareciam dados desconectos, não
teríamos como nos basear neles, dai investi capital em duas frentes,
NASA e CNES, eu achava que eles desmentiriam os dados, mas
quase entraram em pânico com os dados, dai lançamos satélites no
572
sentido do sol, teríamos de ter o tamanho do problema, e nos
deparamos com as duas possibilidades, pode ser que chegue em
novembro e a massa do sol não deixe a explosão acontecer, temos a
data aproximada, mas se a explosão for acima de um ponto, ela nos
cobre com uma nuvem de dejetos que podem vir a durar 120 horas,
esta explosão será vista assim que acontecer, 60 horas após,
estaremos dentro da nuvem que deve ter temperatura entre 2 e 65
mil graus célsius.
— Então mesmo sabendo que pode não acontecer resolveu
investir pesado na sobrevivência.
— Senhor, sei que vai acontecer, sei que poucos verão se
conseguirmos erguer a proteção, mas terei gasto mais dinheiro que
tenho se os proteger, mas assim que o fizer, eles não vão me pagar
pelo que investi, sei que serei pobre por um lado no inicio de
Dezembro deste ano, bilionário por outro.
— Espera represália?
— Senhor, o que estou investindo seria o PIB mundial de 10
anos, o total, acha que alguém tem estes recursos?
— Não, e não está se preocupando com isto?
— Senhor, se não investir ninguém estará aqui para não me
pagar pelo serviço, se investir, ninguém vai querer me pagar, prefiro
eles me passando o calote.
— E como pode ter certeza que vai acontecer.
Pedro toca a tela do computador e todas as paredes mudam
para uma imagem do sol, e fala.
— Senhor, estas são imagens ao vivo do sol, transmitidas de
lá para cá, estamos o monitorando a cada segundo, por todos os
lados, nunca estudamos o nosso próprio sol com tantos detalhes. –
A imagem foi como se girassem em torno do sol, o senhor olha a
imensidão daquilo e pergunta.
— E quando acontecer saberá?
— Senhor, saberemos segundos depois do acontecido, mas
para quem olhar o sol, ele vai crescer no nosso sentido, por 60
horas, imagino que os que entrarem em pânico, podem nos gerar
problemas, mas estarei nesta sala monitorando tudo, o que o
senhor não vê, é o local onde estarão as pessoas que vão monitorar

573
o andamento de cada passo do sol, de nossas proteções, temos
algumas coisas prontas e outras em preparo.
— O que tem pronto?
Pedro põem a imagem de 30 locais de lançamento ao redor
do mundo e fala.
— Os equipamentos estão prontos para ir a orbita, teremos
lançamentos a toda volta do planeta, nos próximos 20 dias.
A imagem foi a um lançamento e chega a um satélite a volta
do planeta e fala.
— Este sistema de satélites, fará uma proteção a volta do
planeta, esta proteção está reunida em 3 frentes, duas linhas de
proteção contra a luz, e um contra os íons solares, então temos 3
círculos ao redor do planeta, um vai gerar um campo
eletromagnético extra, para apoiar o campo da terra, as outras
duas, se estiverem lá, cada uma delas, vai nos jogar em uma noite
de 22 horas, somadas, 44 horas de noite.
O planeta estava a frente e aproxima-se a imagem da grande
base de construção das naves que iriam no sentido da nuvem, ele
aproxima e fala.
— Estas naves, vão contra a nuvem, a frente da Terra, elas
vão afastar pelo menos 10% de todos os ions de energia que veem
em nossa direção, a ideia, abrir uma linha mais fina para nós
passarmos, estamos com 5 destas construídas, teremos tempo para
terminar 10 delas, mas ainda estão em construção.
Pedro aproxima a cidade e olha para a câmera entrar ao chão,
se vê a profundidade e ele termina.
— Até a data do evento, teremos mais de 2 bilhões de vagas
abaixo de grandes cidades, com sistemas de transporte.
A linha mostra os polos e ele fala.
— Aqui mora um dos maiores problemas que teremos, não
temos como garantir que os polos não derretam, eles estão na linha
de proteção, mas como a temperatura primeiro subir, depois vai
descer e depois subir, quando começar a subir, não sei o efeito,
alguns cientistas me falaram que os polos são a parte mais sensível,
por isto.
A imagem aproxima as construções que ninguém via,
protegendo as costas de alguns continentes e Pedro termina.
574
— Por isto estamos construindo proteções, pois o mar
esquentando, pode gerar o subir do mar em mais de 200 metros.
— Está falando serio.
— Sim, quando a agua fica mais quente, ela aumenta de
volume, este aumento de volume, pode nos gerar mares por um
tempo, com mais de 200 metros em alguns pontos, media de 110
metros acima do normal, mas caindo nos anos seguintes, para o
planeta, 100 anos é nada, para nós, muito.
O senhor olha o menino, olha as imagens voltarem ao normal
e fala.
— Sabe que muitos tentam negar o que me mostrou, mas
você mesmo disse que pode não acontecer.
— Senhor, pode não acontecer, mas saberemos isto apenas
60 horas antes, não acontece, tocamos a vida, se acontecer e não
tivermos feito nada, extinção, tudo que estiver fora das proteções
que montamos, morre em segundos.
— E não quer esperar para decidir.
— Quando abrimos os caminhos para Lua e Marte, foi por
acharmos que o risco é grande, Marte estará no lado oposto da
trajetória da Terra, então ela não sofrerá, ninguém sabe o que isto
pode fazer sobre Vênus, assim como com asteroides errantes, pois
se eles tiverem o interior deles derretidos, podem ser
impulsionados para qualquer lado.
— E estão pensando nisto?
— Ainda estamos nas proteções, mas é possível que um dos
nossos projetos seja atravessado por algo assim, mas hoje achamos
que temos chance de sobreviver, e saiba mesmo assim, sei que algo
não será como deveria ser.
— Por quê?
— Um dia a mais de 6 meses, alguém me disse, que se fizesse
tudo certo, montasse todas as bases, teria no dia seguinte ao fim do
evento, o maior enterro humano da historia, tento não pensar nisto,
pois se fizer tudo como deve ser feito senhor, podemos perder mais
de um bilhão de pessoas, no planeta, tento a cada dia, pensar em
uma forma de cobrir os buracos da proteção.
— E como esta pessoa saberia?

575
Pedro olha para seu lado e o pequeno querubim surge do
nada, os olhos de todos foram para aquele menino de asas, ele
apenas olha para as telas e Pedro olha a imagem de um rombo
numa das proteções, não sabia qual, mas viu tudo que estava fora
da proteção queimar, o planeta girar e aquilo evaporar tudo que
tocou, e a temperatura subir, a cobertura se refazer, mas o calor
seguir a frente, com tempestades, se via outras pequenas falhas, e
no fim de tudo, as mortes, mar subindo, gente queimando, cidades
sendo sabotadas, e o pequeno anjo some do lado e o senhor olha
para o menino.
— Isto era outra coisa que é difícil narrar em Roma.
— Ele tem evitado falar senhor, pois destruiria tudo isto, mas
as visões não são fatos, são possibilidades, podemos os salvar, já
foram piores que estas.
— Esta dizendo que quanto mais avança, melhor a chance,
mas ainda tem muitos mortos.
— Senhor, se não fizermos nada, pois vejo isto como uma
confirmação que vai acontecer, todos morremos.
O senhor olha o menino, talvez tenha entendido de onde ele
tinha a certeza de que iria acontecer.
— Ele o falou isto?
— Não. – Pedro põem a imagem criada pelo computador de
simulação de eventos catastróficos dos Estados Unidos da América,
começa com o sol esquentando por 60 horas, após isto, o planeta
entra na nuvem de plasma, na simulação ela entra no pacifico, o
mar começa a ferver, o ar começa a ficar bem denso se vê os seres
cozidos e depois mortos em um fundo visível do oceano, o planeta
vai girando e avançando na nuvem, as nuvem se tornando pesadas,
mas instáveis demais, então no limite que o sol está avançando as
chuvas são torrenciais, lavando a terra com 400 milímetros de agua
por pelo menos uma hora antes do sol chegar e queimar tudo,
casas, construções, cimentos, tudo virando pó, a terra fica
incandescente, o sol avança sobre atlântico, o mar se junta as
nuvens que são empurradas a frente, o solo africano e europeus
queimam, a imagem se afasta e a imagem acelera, o planeta estava
destruído na primeira volta, e ainda daria mais 4 voltas completas.
O senhor olha para o estrago e fala.
576
— Esta dizendo que se não fizer nada, somente quem estiver
protegido sobrevive.
— Protegido e com reservas, pois viu, não sobrara nada,
talvez mil anos para podermos por o pé no planeta novamente.
— E pelo jeito isto que ninguém explica a TV.
— Senhor, estamos trabalhando para eles sobreviverem, se
declaramos antes a urgência, é porque não podemos perder o
planeta para a politica, mas deve ter entendido que qualquer lugar
desprotegido, será mortal.
— Sim, esta falando em tudo que a nuvem tocar virar
incandescente, destruindo qualquer vestígio de que houve uma
civilização avançada neste planeta.
— Sim, mas o que tentamos, é gerar soluções sem gerar mais
pânico do que preciso, se falamos foi por motivo pratico, a politica
estava parando as obras, e não tenho como salvar meu país senhor,
ou salvamos o planeta, ou morremos, pois se fosse apenas salvar
um trecho, ainda acho melhor criar buracos como este.
— E como um menino anda com um ser angelical ao seu lado.
— Dizem que sou o predestinado a trazer uma nova, um
caminho novo para a fé, ainda não tenho idade para pregar, não
tenho conhecimento do que tenho de pregar, e muito menos,
tempo para pregar.
— Não entendi.
— Alguns dizem que sou um Netser, ou um broto, minha
arvore vai caminhar a origem de todos os grandes profetas do
passado, mas para mim, sobrou narrar as novas de Tsaphkiel, o rei
dos tronos, se perguntar o que tenho de ligação com ele, ter quase
morrido e ter voltado do caminho ao Trono de Deus, mas sei que
muitos duvidam e mandaram destruir tudo que me havia sido
jogado a mão para ler.
— Sabe que é uma grande heresia se achar um profeta.
— Grande heresia senhor, é querer dizer aos demais quem
pode ser um profeta e o que ele pode dizer, isto é heresia.
O senhor olha o menino, ele lhe mostrara algo que nunca
vira, como contestar, como saber onde aquele menino iria parar,
olha ele serio e pergunta.
— Mas acha que não precisa passar a frente o que sabe?
577
— Senhor, o que vou passar, será como todo mestre, passado
apenas após os 31 anos, não posso pregar antes, não vou nem ter a
certeza do que tenho de falar, talvez até mesmo quando alguns
mandaram estourar minha sede de pesquisas nesta cidade,
explodindo a versão que tinha da Anunciação de Raziel, fosse pois
não era hora de a ler, acredito que meu caminho será ditado, se
fosse para ter morrido, ou para morrer antes, morrerei.
— E não se preocupa em nos deixar as cegas.
— Senhor, um dia um querubim me passou a imagem dos
que iriam passar a Anunciação de Raziel serem enforcados, no
mesmo cais em Londres, e esta passagem ainda não foi revelada,
talvez nunca chegue minha vez de revelar, mas o que me preocupo
neste instante, é salvar o planeta, apenas isto, pois quando pensei
em ser algo, não foi em um buraco como este.
— E o que acha que falava a anunciação de Raziel?
— Que não estamos sozinhos no universo, que somos uma
criação, mas Deus, continuou criando, e hoje, tem milhares de
criações, pois se nos criou em 7 dias, e já nos comunicou isto a 4 mil
anos, teríamos em Deus, pelo menos 208 mil irmãos de criação no
universo.
— Acredita nisto? É maluquice.
— Senhor, olhando em volta, todos os seus seguranças, pois
eu estou sozinho aqui, quantas espécies vê em volta?
O senhor olha em volta e não entende.
— Não entendi a pergunta.
— Existe duas espécies somente nesta sala senhor e eu e o
senhor somos humanos, mas existe pelo menos 3 rapazes que
alguns fanáticos em Israel chamariam de Fanes, entre os seus
seguranças.
— E como os identifica?
— Isto é física, mas é apenas um detalhe, se na Terra, temos
duas espécies inteligentes criadas, quantas podem existir no infinito
universo?
— Acha que muitas?
— Não sei, ainda não li a anunciação de Raziel para saber
quantas eram até o ano de 1800. Mas temos algumas dicas.
— Dicas?
578
Pedro coloca a imagem que estava no sistema, da
Anunciação, olha para os textos surgirem a todas as paredes,
imensas, e olha para elas.
— Fala até o ponto traduzido, que tínhamos companhia, que
seriamos desafiados após a revelação de Raziel, por uma espécie de
controle, este desafio se faria perto de 200 anos após a anunciação,
somente depois disto, seria a anunciação posterior, se está certo,
não aconteceu ainda, pelo menos que saiba.
— E tem isto em seu sistema?
— Senhor, quem me passou este texto, está na Romênia, diria
Buzau, um rapaz de nome Tudor.
O senhor olha em volta e fala.
— Você fala coisas que as pessoas não podem ter acesso
menino, Tudor de Buzau para muitos é apenas lenda.
— Uma lenda mais antiga que sua versão religiosa, que anda
como um humano, a mais de dois mil anos no planeta.
— Certo, nem tudo é lenda, mas ele tinha uma versão deste
escrito, então eles se mantiveram perto.
— Vocês devem ter um destes, nas catacumbas inundadas da
Catedral de Notre Dame.
— Então os relatos são dos Adoradores dos Anjos?
— Sim, mas não entendi a historia ainda, e ainda tem gente
pesquisando, pode parecer fácil traduzir o que está as paredes
senhor, mas é escrita manuscrita, copiada das paredes de alguma
sede dos Adoradores, mas não sei de qual, não encontrei este lugar.
— Acha que a anunciação era para nos preparar para algo
que vem após isto?
— Acredito senhor, e não serei eu que enfrentarei o
problema aqui, não posso revelar isto a quem vai enfrentar, não
entendo das regras, mas tudo que passar muda, então não tenho
como reerguer a Anunciação Perdida, deveríamos ter tido 200 anos
para nos preparar, mas nos recusamos a ouvir, então
enfrentaremos e se sobrevivermos virá a minha anunciação.
— E acredita que sobrara sobreviventes para isto?
— Senhor, começamos o ano como um espécie em um
planeta, hoje estamos em dois planetas e uma lua deste sistema

579
solar, dizem que vamos abrir portas para outros, algo descoberto
por alguns outros cientistas.
— Como abrir portas para outros?
— Se tentar achar os 2 mil mais ricos homens do planeta, não
os achará, eles sumiram e ninguém sabe para onde foram, cientistas
Americanos afirmam que eles foram para um planeta por uma curva
espaço tempo, eles querem tentar abrir outras, para garantir a
sobrevivência da espécie humana.
— E ninguém fala disto, pelo jeito acredita nestas coisas.
— Senhor, eu monto um local destes em exatas 48 horas,
com uma tecnologia que não existia no começo do ano, então eu
acredito que as pessoas estão evoluindo em todas as vertentes,
acho que estamos passando por um desafio imenso, se
sobrevivermos seremos mais, se padecermos, deixamos de existir,
mas se passarmos por este desafio solar, seremos um povo capaz de
ir ao espaço e enfrentar situações bem menos agradáveis do que
nosso planeta.
— Sabe que me disseram que tinham destruído estes relatos
a parede.
— Agora tenho uma base na Romênia, um buraco assim, pois
assim eu consigo analisar o problema, se os especialistas soubessem
onde estão exatamente, se assustariam.
— Terras de Tudor de Buzau?
— Sim, terras de Tudor de Buzau. – Mente Pedro.
O senhor se despediu, saíram, Pedro olha para os autômatos
tirarem as proteções, antes do fim do mesmo dia o Papa estava
embarcando para Roma novamente.
Os seguranças veem o grupo sair, e Dinho pergunta.
— Problemas?
— Sim, eles acham que entenderam o problema, mas eles
ainda querem destruir o que não tem importância.
— O que não tem importância?
— O que já foi lido e transcrito, lembro quando Charlyston
propôs que o sistema analisasse o que os especialistas colocavam
no sistema e ir traduzindo e armazenando os dados, tem gente
achando que está dando fim a nossa versão, mas está salvando a
dele, e temos tudo registrado.
580
Dinho sorriu, Pedro vai a sua casa e programa os lançamentos
que foram assunto o mês inteiro, gente decolando, gente falando
de reservas para os novos habitantes da lua, pouco sabiam, a
maioria era isca para desocupados.
Pedro olha a sala e abraça Carol que sorri.
— Sabe que meu pai está sem saber o que fazer, todos falam
que somos privilegiados, que temos onde nos proteger fora do
planeta.
— Eles não entenderam nada Carol, mas está linda.
Ela o abraça e fala.
— As vezes parece que estamos todos esperando algo, como
se o mundo fosse acabar de verdade.
— Ainda tem um imenso risco Carol, sei que quem olha
minhas inaugurações de parques nos Estados Unidos, nosso índice
de contratação e de construção de coisas, acha que estamos
nadando em dinheiro, e que nada vai acontecer.
— Mas que parece, não pode negar.
Pedro a abraçou, estava com um conjunto de ideias todas em
operação, temia que os malucos religiosos voltassem a surgir a rua,
mas esperava compreensão neste momento.

581
As obras avançam, o mundo estava investindo em muitas
coisas, mas Pedro foi a uma sede em Lavras, os funcionários
estavam meio displicentes, mas a chegada do proprietário, mesmo
todos sabendo que era uma criança, fez os funcionários se reunirem
em volta do buraco principal daquela extração.
Pedro olha os demais, olha para a mãe dele chegar ao lado e
falar.
— Pelo jeito estão todos achando que vão ganhar a conta.
— Em si vamos ter de os fazer manter a mente aberta, mas
vou precisar de gente olhando as coisas mãe, tem muito maluco
espalhado do ai.
Siça olha o filho chegar a frente, um administrador estica a
mão para ele e fala.
— O que vem nos comunicar menino, todos ficaram
preocupados.
Pedro sobe, olha que haviam repórteres locais, deveria ter
mais de 1200 pessoas ali, mais de 1100 funcionários.
— Bom dia, sei que muitos estão preocupados, nós alertamos
e vendemos proteção ao mundo, e devem estar pensando, e nós?
Pedro olha os a frente, não teria como encarar todos.
— Primeiro ponto, estamos investindo porque acreditamos
que podemos sobreviver, não me adiantaria manter produtividade
se não tivesse um planeta no futuro para vender, embora esta não
seja a parte importante.
— O que seria a parte importante. – O administrador.
— Senhores, se olharem o terreno ao fundo, aquele que fica
entre a cidade e nossa empresa, devem ter reparado que surgiu
uma vila de casas de alto padrão, cada uma delas, tem um dono, um
de vocês, mas para isto, vamos distribuir a todos os funcionários
presentes os documentos e o seu novo endereço, assim que o
fizermos, vamos nos reunir na praça central daquela vila.
— Mas dizem que o mundo vai acabar.
— Acredito que temos como enfrentar isto, podem não
saber, mas o que extraem deste buraco, nos permite fazer um
582
circuito, que estamos espalhando ao redor do planeta, para tentar
sobreviver a isto.
— Esta dizendo que somos parte da resistência da empresa
para salvar o planeta.
— Sim, mas para isto, vocês tem de sobreviver, então vamos
primeiro passar os imóveis, e continuamos a conversa na praça.
As pessoas viram um grupo de pessoas que vieram de BH se
postar e começarem a pegar os nomes e passar para eles as chaves,
os documentos da residência, e algumas dicas.
Pedro olha para o administrador e fala.
— Vamos a praça, preciso que você me ajude Robson, pois
estou fazendo hoje aqui algo que você vai fazer entre hoje e metade
de Agosto com os 21 buracos que administra.
— Não entendi a ideia.
— Terá sua casa ali também, mas vamos a praça, pois quero
lhe passar algo.
O senhor olhava desconfiado, ele vira o crescer daquele
loteamento, das casas, pensou em pessoas de poder aquisitivo
vindo a morar na cidade, não que seria uma vila de funcionários da
empresa.
O senhor olha que as casas eram de boa qualidade, olha que
as ruas estavam asfaltadas, olha para a praça com grama verde, mas
ainda recente, com flores e mudas de arvores, olha para as ruas e
olha que elas tinham mudas em todas elas, com o tempo seria uma
cidade bem arborizada.
O administrador chega a uma peça central e o menino entra,
era uma sala de comando, mas ali tinha telas de controle e ouve
Pedro falar.
— Sua parte, é trazer o prefeito e os vereadores locais a este
local, quando iniciar o evento, todos vão querer se esconder, os 20
elevadores que tem a volta, são para baixo, e todos levam para uma
cidade abaixo de nossos pés.
— Esta dizendo que temos vilas ao lado de todos os 21
buracos e abaixo delas, temos local de proteção para as 21 cidades
que controlo as suas minas de exploração?
— Sim, este é um complexo de controle, geralmente isto deve
ser apresentado para os policiais locais, e em meio a crise,
583
controlarem a descida, mantendo a ordem e após isto descendo,
teremos uma proteção de campo de exclusão, provavelmente nem
precisaremos de tudo isto, mas quero o pessoal protegido.
O senhor olha para os comandos, era como se tivessem um
comando de toda a vila, automatizado, onde até havia semáforos,
onde havia controle de pressão do gás para as casas, ele olha o
prospecto a parede e fala.
— E todos pensando que você os mandaria embora.
Pedro sorriu, foram a cidade comer algo e depois voltaram, as
pessoas começavam a chegar ao local e Pedro foi a frente e fala.
— Agora vamos mostrar qual o local que quando começar o
evento solar todos devem ir, peguem os animais de estimação,
peguem o que acham importante, mas vocês tem assim que
começar o evento, 24 horas para se apresentar aqui, esqueçam o
trabalho naquele dia, na primeira 24 horas, o sol ainda não vai estar
torrando no céu, e com calma vocês virão para cá.
— Para onde? – Uma moça ao fundo.
Pedro faz sinal para entrarem na peça ao centro da praça e
aponta para os elevadores.
— Os elevadores resistem com até 100 pessoas, a cidade
deve estar sendo preparada para vir para cá após estas 24 horas,
nosso esquema de proteção prioriza funcionários e suas famílias.
As pessoas entraram nos elevadores, como haviam 20
elevadores, e não tinham duas mil pessoas ali, desceram se
ajeitando em todos os elevadores.
Desceram e sentem o desacelerar do elevador, eles se abrem
e o pessoal olha os demais saindo dos demais elevadores, e
caminham no sentido de uma praça ao lado.
Pedro olha para a praça, os autômatos estavam terminando
de ajeitar.
— A cidade acima tem 26 mil habitantes, este buraco, tem
estrutura para que 40 mil pessoas, produzindo sua comida e se
cuidando, sobrevivam por mil anos se preciso.
— Acha que vamos chegar a tanto.
— Não, mas estamos sempre tentando ser precavidos, mas a
cidade de vocês, se tudo der errado, será está, mas este não é o

584
segredo, e Robson, cada uma destas cidades, é ligada a um conjunto
de cultivo, e para isto, preciso da atenção de vocês.
Todos olham para o menino.
— O que vamos falar agora, ainda é segredo, este segredo é
essencial a sobrevivência da cidade acima, conseguem entender
isto?
O grupo entendeu que a cidade abaixo poderia ser suficiente
para seu grupo, mas teriam problemas se fossem invadidos.
— Quando a Rosa’s desenvolveu a tecnologia que vão ver
agora, desenvolvemos para o Brasil, buracos em mil cidades como
estas, para vocês não precisarem ir para as grandes cidades, toda
cidade que temos uma estrutura da Rosa’s, tem algo assim, uma a
cada 5 cidades do país.
— Entendemos o segredo, estávamos pensando que estavam
a ponto de nos mandar embora, e estão nos dando residências lá
encima e vão tentar nos salvar, tenho de confessar que até nos
assusta quando alguém quer cuidar de nós tanto assim. – Um
senhor ao fundo, Pedro sabia que era o chefe do sindicato, ele
sempre queria mais, mas negociar com Pedro sempre parecia uma
perda de tempo.
Pedro olha os demais e fala.
— O segredo vem agora pessoal, a cidade aqui é parte do
segredo, mas pense, estamos abrindo mil buracos destes no país.
Pedro caminha pela praça, olha para o céu azul das placas e
olha para um corredor que estava escrito na entrada, “Área de
Produção”, o pessoal começou a entrar, eles tinham áreas de
produção internas, mas começam a passar por um portal e olham
aquela área verde e pareciam estar em uma vila como a que saíram
antes.
— Não entendi, voltamos a superfície? – Robson.
Pedro olha em volta e se via o campo de proteção.
— Esta vila, comporta por enquanto os funcionários da
Rosa´s, assim como a residência na cidade, esta é uma residência
em outro lugar, o que vocês fizeram passando por aquela porta, é o
segredo, vocês avançaram 47 anos luz, no espaço, para um planeta
que estamos começando a habitar, se olharem ao fundo, verão que
estamos dentro de um campo de proteção, fora do campo de
585
proteção, teremos apenas os autômatos por enquanto, produzindo,
plantando, pois ainda estamos estudando o planeta.
— Esta dizendo que estamos bem longe de casa, e temos uma
casa extra aqui?
— Sim, um local para se o planeta Terra for abalroado, e não
conseguirmos salvar ele, tenhamos mil lugares onde os humanos
podem recomeçar, este é o segredo, aquele corredor lhe leva para o
buraco, de lá para cima, o que está abrindo estes corredores, é a
energia que conseguimos gerar através do cristal que vocês extraem
lá na Terra.
O sindicalista olha em volta e fala.
— E você, tem onde sua casa, em que mundo?
— Não entenderam, aqui é como se fosse o mundo de vocês,
ainda não é seguro, mas eu não tenho como habitar mil mundos,
mas hoje, tenho mais do que isto em projetos de estruturação
humana para fora do planeta.
— E quer-nos ainda trabalhando?
— Vocês ainda precisam entender, o salario lá fora, é parte
de algo que desde contratados, deveria estar perdendo o
significado, pois a empresa paga a alimentação de vocês, o
transporte, a educação, gera shows, teatros e cinemas de graça na
cidade, este sistema é para que vocês olhem que não é o dinheiro a
parte importante de um trabalho, e sim a evolução pessoal.
As pessoas saem a caminhar por aquele caminho, eles
passaram na casa acima, e veem que a ordem das coisas era a
mesma, era ter duas casas, uma acima, uma abaixo, e uma no
buraco ao lado, mas olham as linhas de cultivo fora de uma
proteção, tocadas por autômatos, olham que ali era um planeta
virgem, com rios virgens, muita bata ao fundo, uma cordilheira bem
ao fundo, parecia ter nevado a pouco lá.
Pedro dá as instruções ao administrador, e sai no sentido de
outra cidade, ele tinha 53 administradores, e somente naquele dia
queria deixar dois a par dos acontecimentos, os colocando a função
de por as pessoas em suas residências.
Pedro sabia que aquilo tendia a vazar, já que assim como ele
fazia isto no Brasil, Pietro fazia o mesmo na França, Carlos na
Alemanha, muitos tentando antecipar o pior, mas obvio, isto tinha
586
um componente perigoso, aumentava o risco de contaminação, e
aumentava o numero de pontos frágeis do sistema, mas as ordens
vindas do pequeno Pedro eram claras, mostrar aos funcionários, de
norte a sul, de leste a oeste do planeta, que teriam rotas de fuga se
o pior acontecesse.
Julho estava cada vez mais curto, mas embora poucos
tivessem visto Pedro Rosa, muitos falavam da solidez daquelas
empresas recentes, que foram rachaduras de uma grande empresa,
mas que mantinham as coisas em dia, mesmo algumas tendendo a
parar aquela empresa parecia querer passar sobre a crise do sol
crescendo.

Dallan olha para a Tenente Jones, e pergunta.


— Tem confirmação se o menino ainda está no Brasil?
— Sim, ele passou em mais de 40 cidades nos últimos 20 dias.
— Acha que as fofocas tem procedência?
— Acho que o menino queria isto com calma, mas as pessoas
esquecem que calma para Pedro Rosa, é por um milhão de pessoas
trabalhando, para achar uma solução.
— Muitos me perguntam se as fofocas são reais tenente.
— Pelo que ouvi falar, eles estão pedindo segredo aos
funcionários referente ao local, as salas de controle das vilas que
eles criaram General, são muito parecidas com as imagens que
temos do ultimo andar do prédio deles de Paris.
— Acha que ele criou saídas rápidas do planeta tão visíveis
que está lá e somente será ativado quando usarem?
— Pelo que entendi das fofocas sim, não sei para onde estão
pulando, mas eles parecem estar situando mais de mil locais para
pulo externo.
— Sempre digo que este menino avança gastando fortunas,
ele não parece estar preocupado se vai morrer pobre, ele tem o
espirito de inventor, ele vai avançando, se ele será quem vai
descobrir ou não, parece não interessar, ele quer avançar.
— Senhor, tudo que as empresas estão fazendo, dão a noção
de como a separação em 20 empresas é uma farsa, eles estão
preparando todos, no mundo, que trabalham para eles, mas não
entendi os relatos, parecem propaganda politica. – Sabrina.
587
— Propaganda politica?
— As transcrições das conversas do menino, parecem
priorizar a vida, a sobrevivência, o suprir de todas as necessidades
dos funcionários, para dai sim, calcular um salario que lhes ficaria
quase que integral nas contas.
Dallan sorriu.
— Não entendi o sorriso general.
— Ainda lembro do menino na primeira vídeo conferencia, de
meus pensamentos, que pedia parceria irrestrita, que quanto mais
restrições nós colocássemos, mais restrições eles colocariam, um
menino capaz de nos deixar apreensivos com os segredos que
tínhamos, já que ele mostrou que éramos muito vulneráveis.
— Isto parece uma vida e foi apenas a um ano senhor.
— Sim, há um ano não sabíamos de quase nada daquele
menino, o menino que inventou um sistema e colocou na internet
um desafio de meio milhão de dólares, para quem entrasse. Hoje
ele parece comandar 20 das maiores empresas do mundo, vem
ganhando força, pois enquanto os ricos fugiram, algumas empresas
avançam societariamente sobre empresas inertes pois seus
diretores estão longe.
— Sim, e que vimos lançar mais satélites neste mês do que
lançamos nos últimos 5 anos.
— Eu desconfio que o menino tem uma carta na manga, não
sei qual é, deve ser referente a estes satélites que subiram ao
espaço, mas como alguém que respeita a vida, deixou mais locais
para sobreviveremos, do que... – Dallan olha para o rapaz que
entrou pela porta e pergunta - ...algum problema?
— O diretor da ePTec local, chamou todos os funcionários da
empresa para uma reunião numa praça da cidade ali ao lado, aquela
feita ao centro das casas novas.
Dallan olha para Sabrina e fala.
— As vezes esquecemos que se ele vai querer salvar seus
funcionários, hoje um terço da cidade de Los Alamos trabalha para
o menino.
— E nem sabem. – Sabrina.

588
Sabrina coloca as imagens de satélites e das ruas mais
distantes e consegue a formação das casas e a pequena casa no
centro, olha para o rapaz e pergunta.
— Alguma restrição para chegarmos perto?
— Não, querem dar uma olhada?
Os dois sorriem e saem no sentido da cidade ao lado, veem os
funcionários sendo comunicados de que cada um teria uma
daquelas casas, Dallan olha em volta e olha para o mercadinho, para
a lanchonete, para o teatro, cinema, olha para o sinal de internet de
seu celular, e fala olhando para Sabrina.
— Este menino é uma maquina de ideias, se olhar, temos de
roupas, a mercado, de diversão a entretenimento nesta vila, ao
fundo até um pequeno parque, então temos aqui as 20 empresas
do menino de alguma forma representadas.
Sabrina olha os rapazes começarem a assinarem e passarem
os documentos das casas, pessoas que estavam ganhando uma casa
a mais, em um local bem conservado, ela olha o hospital ao fundo,
olha para o sistema de arborização, olha em volta e começam a se
posicionar no centro daquela praça, o grupo é induzido aos
elevadores e Sabrina olha a super estrutura e ouve que aquilo era
um lugar para os habitantes da cidade de Los Alamos, mas era algo
entre eles, que o administrador da empresa iria mostra ao prefeito
e os demais aquilo a tarde.
Sabrina olha para os demais, pareciam nem preocupados em
estarem ali, talvez porque por meses, a universidade fora a maior
parceira local das empresas do menino.
O senhor fala mais algumas coisas, e convida eles a passarem
na cede central naquele buraco, naquela cidade subterrânea que
parecia ter um céu azul, Sabrina olha para o general e atravessam,
ela olha para cima, agora haviam nuvens, olha em volta, estavam
em uma região alta, sentiu a diferença de poucos graus de
temperatura, olhou para a cor ao fundo, estavam em um campo de
proteção, a vila parecia a mesma da parte superior, ela chega ao
lado do general e fala.
— Se reparar ao fundo, estamos em um planeta distante, não
sei qual general, mas ao fundo são autômatos de serviço, estamos
em uma área isolada, limpa e construída a pouco, temos um
589
planalto imenso a todo lado, mas um pouco abaixo da posição que
estamos, o menino deixou um ponto de fuga na cidade ao lado, não
em San Diego.
Dallan olha aquilo e fala.
— Se ele colocar como o rapaz falou ali, 20 mil pessoas, em
mil endereços esternos, ele está tirando do perigo mais de 20
milhões de pessoas.
— Espalhando o vírus humano pelo universo.
Dallan olha para os demais, estavam encantados, pois todos
estavam pensando que não foram selecionados para Lua e Marte,
que a empresa teria priorizado lucro, mas agora sabiam que
estavam já com locais específicos para eles, longe do perigo.

590
Os meses não davam trégua, estavam passando muito
rapidamente, Pedro estava a olhar para fora em um dia e olha a
policia federal invadindo o conjunto de casas.
Ele olhou para Rita e fez sinal para entrar, ele sai na porta e
olha para os policiais, talvez aquela criança não parecesse o alvo.
Gerson sai a porta da outra casa e olha para Pedro, caminha
pela calçada que ligava as duas e chega ao lado do filho.
— O que acha que está acontecendo filho?
— Eles vão querer dar uma geral em todas as casas, mas
aposto que eles querem olhar aquela casinha ao fundo.
— O elevador?
— Pai, eles não sabem o que querem.
Os oficiais chegam a frente do senhor Gerson e lhe esticam
um mandato de busca e apreensão.
Gerson olha que não havia um pedido de prisão ou de
condução coercitiva, era apenas busca e apreensão, Gerson dá
passagem e olha para o segurança a porta.
— Apenas não atrapalhem, eles estão a busca de algo, ainda
não sabemos oque, apenas não atrapalhem.
Os senhores atravessam o campo e a área de pouso e abrem
a porta do galpão, olham as paredes e o conjunto de material para
reforma que tinha naquela peça.
Entram em cada uma das peças, olham cada um dos
elevadores, cada detalhe, apreendem 10 computadores domésticos,
e alguns laptop, Gerson olha que levaram pouca coisa, saem depois
de mais de duas horas revirando as coisas.
— Acha que eles querem oque filho?
— Aqueles dois rapazes que entraram junto em todas as
casas, filmaram tudo, com se quisessem estudar as imagens, ver
algo que não viram, mas principalmente, esquadrinhar as casas,
para saberem onde tudo está.
— E o que vai fazer agora?
— Vamos mudar tudo de lugar, vamos por autômatos para
mudar parede, decoração, portas de elevadores, sistemas de
591
descida, mas isto é para nos deixar com a pulga atrás da orelha,
sinal que assim que começar o evento pai, melhor pegar o pessoal e
passar para o Morro do Macaco e lacrar tudo por aqui.
— Certo, vamos começar a paranoia, mas se é para
sobreviver melhor que sejamos paranoicos um pouco. – Gerson.
Pedro olha para a rua e olha as câmeras da rua paradas sobre
eles e fala.
— Usam de todos os recursos para tentar sobreviver e deixar
os demais morrerem, mas esquecem que não sabem de nada. –
Pedro soletrando para os demais conseguissem um leitor labial e
soubessem exatamente o que estavam falando.
Gerson sorri e fala.
— E como estão os preparativos?
— Uma leva de circuitos, quando testamos a proteção sobre
o pacifico no mês passado, queimou, pior que queimou com um
teste de 6 horas, não resistiria as 44 horas.
— Preocupante?
— Sim, troca em terra é fácil, no espaço, muito complicado.
Gerson entendeu que Pedro não estava feliz com a tecnologia
e pergunta.
— Algo de ultima hora que desse para usar?
— Nada, estamos ainda com gente nos querendo ferrar pai,
acho que tudo que fiz, perde sentido, as vezes, pois as pessoas no
lugar de apoiar numa hora destas, jogam contra.

Em um escritório no centro, locado pela policia federal, dois


investigadores olham as imagens e um pergunta.
— Porque não estava onde aquele senhor falou?
— Devem ter desmontado, se olhar o chão, parece concreto
novo, eles fecharam a entrada por ali.
— Estes não querem nos facilitar em nada.
— Em parte entendo o menino, respeitado fora, temido e
odiado pelos seus, mas ele não entende que mexeu com o
corporativismo nacional, não quero saber se ele vai nos facilitar,
mas quero saber onde ele esconde as entradas para parte abaixo do
terreno dele.

592
— A policia federal deu uma batida na casa do menino no
morro do Macaco hoje no mesmo horário, a casa que eles falaram,
lá tem um super servidor incrustado na rocha, não sabemos ainda
onde é a entrada para parte baixa, mas aquele local do servidor, é
um senhor local para se esconder.
O rapaz coloca as imagens e começam a olhar os dados,
olham o infra vermelho e os dados davam a informação que o
elevador da casa, estava sobre um buraco bem profundo, mais de
130 metros de buraco abaixo do ponto que estavam.
— Deve ter um sistema alternativo nos elevadores, bate a
medição do sonar, para baixo, muito profundo, em todas as 6 casas
que entramos e verificamos.
— Eles deixaram onde dava para usar a qualquer hora, temos
de saber como acessar o sistema.
O rapaz pega as imagens da Morro do Macaco e fala.
— No morro do macaco, o elevador não desce mais do que
dois metros, do ponto baixo, se vê as molas no ultrassom, então a
entrada deve ser pelo servidor, não pela casa.
— Acha que conseguimos nos apropriar disto?
O rapaz sorri e fala.
— Acho que na hora H, até os seguranças da porta vão querer
estar longe dali.
O grupo faz os prospectos e os levantamentos dos 12 pontos
que tiveram acesso por determinação liminar naquele dia.

Pedro vai a sede no Cachoeirinha e liga o servidor, ele olha


para as imagens de onde os policiais entraram, estuda o que eles
estavam usando e acessa o sistema de informação dos rapazes.
Pedro olha que eles estavam buscando um local para se
esconder, se estavam fazendo isto ali, estavam fazendo em vários
lugares, olha os dados sobre os elevadores enquanto os autômatos
alteravam a disposição das peças das casas, mudavam elevadores
de lugar, deixavam o ponto do antigo elevador com uma laje grossa
cobrindo o buraco, as vezes temia que na hora H tivesse de estar
brigando para sobreviver no lugar de controlando os eventos.

593
Guta viu que o menino mudaria a disposição, sabia que ele
priorizava a segurança, mesmo sabendo que o marido iria reclamar
no fim do dia, por terem mudado tudo de lugar.
As casas foram mudando internamente, embora
externamente a elas, não se visse nada.
Pedro olha para os dados e para os equipamentos
apreendidos, aciona via satélite um sistema de proteção de dados e
os HDs entram em descompressão, e um sistema queima o circuito
e entra em operação em 6 dos computadores.

A correria com as imagens de muitos satélites se


posicionando, faz com que o mundo olhe para os sistemas de
controle aéreo e espaciais do mundo todo.
O telefone de Pedro não para, e as confirmações de que
todos os funcionários do sistema da família Rosa estava protegido,
tanto os dele quanto o de seu pai, o fez começar a pensar nos
últimos meses de trabalho.
O programar de naves Fanes para acompanhar os satélites
em orbita e fazerem as alterações necessárias, fez dos últimos dias
de agosto intermináveis e altamente arriscados.
No ultimo dia do mês de agosto, pela primeira vez o sistema
consegue se manter estável pelas 6 horas de funcionamento.
Pedro passa para Pietro um cronograma e o mesmo liga de
volta.
— Não entendi a ideia Pedro, é loucura.
— Loucura é não termos ninguém lá em cima para concertar
se algo assim acontecer, preciso de estudo de proteções Fanes, com
programação de Autômatos para que eles possam estar a trocar
uma peça defeituosa, assim que ela apresentar defeito, quero uma
reação de não mais de 12 minutos entre o existir do problema e o
começar a concertar, o manter da proteção é a parte que nos faz ter
esperança de sobrevivência Pietro.
— Certo, acha que os painéis no chão vão ser suficiente para
a proteção final?
— Vamos testar isto, não sei ainda Pietro, estamos ficando
sem tempo, as coisas estão andando, mas não sei ainda.

594
Pietro olha o esquema e olha para Carlos entrando pela porta
da sede em Los Angeles.
— Preciso de um grupo de programadores Carlos, dos bons.
— O que pretende programar?
— Sistemas autômatos de troca de circuitos defeituosos.
— Mas não temos esta programação ainda?
— Não uma que o autômato está em gravidade zero, na
proteção de uma nave, está em zero absoluto, e a nave as costas,
está recebendo as descargas de Íons do sol.
— Esqueço que o menino iria querer manter a proteção
operante, mesmo que tudo indique que ela aguenta.
— Ele fez um pré-teste e não gostou dos resultados, ele quer
algo que resista ao evento.
Os dois começam a entrar em contato com algumas pessoas e
a fazer os sistemas fechados e protegidos disto.

595
A contagem regressiva começa e a tensão a cada momento
está mais pesada, após 6 dias carregando ao sol as baterias, a
proteção terrestre estava preste a ser testada, alguns rapazes
observavam a terra da Lua, de onde viam o pacifico inteiro ao
fundo, eles olham o teste começar e por um momento, tiveram a
sensação de que uma parte imensa do pacifico, lhes permitisse ver
através dela, para o espaço ao fundo.
Os rapazes estavam testando quando veem a descarga em
uma das pontas e o que era um teste no pacifico gera uma correria,
algo havia dado errado e desligam o sistema.
Pedro em casa, em seu buraco, olha para os dados e fica
preocupado, não daria a cobertura que ele queria, parecia frágil
demais, começava achar que suas ideias não foram suficiente, não
conseguia ter outras, Pietro liga para Pedro.
— Temos de conversar Pedro.
— Viu os resultados, odeio ter de por todos em buracos
esperando o pior.
— Pelo menos entendeu, pensei que ficaria na ilusão de que
daria tudo certo Pedro. – Pietro.
— Não teria construído 2 bilhão de vagas para os humanos se
esconderem se tivesse certeza dos acontecimentos Pietro.
— Certo, teremos de recalcular, não temos tempo de todas
estas mudanças, um dos sistemas explodiu, e nem temos a
interferência solar ainda.
— Entendi o calculo, estou vendo os motivos Pietro, eu não
sou de desistir, mas entendi que vamos precisar de mais sorte do
que imaginava precisar.
— Estamos olhando os dados, ainda estão chegando eles dos
observatórios na lua.
Pedro viu que Pietro estava irritado, talvez ele tenha colocado
em todos a esperança de salvar o planeta, agora parecia ameaçado.
— Pietro, primeira coisa, apenas olha os dados da Lua, não
deveria ter nos dado a visão do céu do outro lado do planeta, algo
está errado, os cálculos diziam que sumiria o mar e ficaria uma
596
nevoa negra, que não absorveria nada, pois não é palpável, mas o
que nos deu foi o céu estrelado do outro lado ou o céu azul, me
confirma porque disto.
Pietro olha os dados e olha para o computador.
— Me dá um momento menino, talvez tenha razão.
— Não quero ter razão, quero entender isto.
Pietro acessa o sistema e passa uns pedidos de energia e
visibilidade avançadas, acessa dois satélites locais e olha para o mar,
não tinham nada ali, era uma visão estranha, a de que não tinham
mais o planeta no local. Olha os dados e passa uns cálculos para a
Lua e para a CNES pedindo o recalculo.
Pedro estava olhando os dados que Pietro recebia e
transmitia, estava esperando uma posição e ouve Pietro falar.
— As vezes você me surpreende menino, desculpa a
grosseria, pensei que estava tudo errado.
— Não entendi.
— A linha 72 da proteção, é a linha que se estende reta até o
Indico, então entrou energia demais por ali, ela deveria estar
desativada para o teste, mas não o fizeram, conseguiram dispor no
sistema energia demais, o efeito de sumiço, é o que queremos, mas
ele deveria ser obtido, quando estivéssemos com o sistema inteiro,
dos dois lados do planeta ligados.
— Vou priorizar a troca dos sistemas que queimaram Pietro,
amanha a noite testamos de novo.
— Acha que consegue restaurar tão rápido?
— Estou dispondo de um sistema de tentativa de restauro, se
estourar uma na hora do problema, teremos de esperar o dia
acabar naquele ponto para tentar algo, então vou dispor o sistema
sobre naves, pois pode ser que não sobre muito do local onde o
sistema falhar.
— Pelo jeito quer testar de verdade este sistema.
— Sim, é a nossa única chance de sobreviver levando com nós
o planeta, então vamos refazer.
Pedro olha os sistemas de proteção e põem no sistema um
sistema a mais de baterias, de placas de proteção, e por fim, os
cabos que seriam esticados de uma parte a outra.

597
Alguns governos que não haviam decretado estado de sitio,
com o aproximar da data prevista, colocam os exércitos a rua, o
planeta se esforçava em funcionar, mas agora sobre a pressão de
quem não queria os ver parados.

O presidente Americano vai a Los Alamos, ainda estava com


uma relação espinhosa com o general Dallan, ele olha a segurança
baixa e olha o como foi fácil chegar a base e olha para Dallan.
— Nunca foi tão fácil chegar aqui Dallan, o que está
acontecendo?
— Estamos transferindo para a parte baixa, vamos fechar os
experimentos até o fim do evento, pois não podemos perder anos
de estudos para o sol, mesmo que nós não estejamos aqui, alguém
pode o levantar e voltar a condição anterior.
— Me passaram algo como fato, não sei se me confirmaria
general?
— O que lhe tirou de Washington?
— Me afirmaram que o menino está protegendo os seus
funcionários longe do planeta.
— Pelo que sei, está sim senhor.
— E não relatou isto?
— Senhor, no esquema de proteção que o menino passou
para o congresso depois de terem aceitado a ajuda, nos custos dele,
está um buraco em Washington com passagem para fora, mas não
relato isto por correspondência, sabe que teriam muitas pessoas
querendo este lugar.
— Esta dizendo que o esquema de proteção dele, que depois
de muita teimosia assinei vai me tirar do planeta no momento?
— Senhor, o menino não sabe se vai acontecer ainda, mas
sim, o esquema vai lhe por a mais de 60 anos luz daqui, algo que
não sei explicar, como já falai a um ano no Pentágono, eu queria ter
dominado esta tecnologia, mas muitos nomes da CIA e Pentágono
me afastaram disto, para que não fizesse o acordo com a empresa
Rosa’s que domina esta tecnologia.
— E não teria como passar mais gente?

598
— Pelo que entendi, muitos passaram e passarão, mas
mesmo assim, é uma pequena fatia, ouvi falar que ele vai por para
fora mais de 20 milhões de humanos.
— Então ele vai garantir a continuidade não só na lua e
Marte?
— Senhor, estes são pontos visíveis para que o povo não olhe
para dentro, ele não tem como passar todos, ele está através das
empresas, abrindo algo que para mim até um ano atrás era uma
possibilidade em estudo, hoje eles já tem a tecnologia.
— Sabia da possibilidade?
— Pedimos permissão para desenvolver junto, a NASA e nós
fomos barrados nisto.
— Porque a NASA queria isto?
—Ela já usa presidente, ela transfere ao espaço provisões
diretas a estação espacial, economizando milhões por lançamento.
— E sabia disto e não falou nada.
— Presidente, desviamos cada atenção necessária para estar
neste instante, pode não entender, mas nunca fomos contra o
senhor, apenas defendemos a continuidade.
— E pensei que o menino não estava nos dando alternativa.
— Senhor, dos mais de 20 milhões que sei que ele pretende
salvar, mais de dois milhões são em nossa nação, não sabemos bem
como será a vida do após.

As pessoas e países vão entrando no final das obras, se tinha


uma coisa que não parecia ter sentido ainda, para Pedro, era a
sensação de que iriam invadir os locais assim que desse as costas.
Pedro olha para as obras em Curitiba e apresenta ao prefeito
a entrada que ficava ao centro, que tinha uma parte abaixo de sua
casa, mas ele apresenta ao prefeito os 22 pontos de entrada.
O prefeito sorri, estavam finalmente tendo acesso a cidade de
acesso.
Pedro olha para as estruturas na Lua, e durante a noite deles,
retira todas as naves da base da Lua, pois tinha medo delas serem
impedidas de sair na hora, ele começava a pensar no dia do evento,
e deixa as naves dispostas ao solo lunar, prontas a decolar assim
que começasse o evento.
599
Pedro olha para Rita que lhe abraça.
— O que lhe preocupa?
— Que parece que mesmo fazendo tudo, teremos falhas na
proteção, e não sei onde elas serão.
— E se culpa por algo que não é sua culpa.
— Rita, eu estou com a sensação de que são capazes de nos
prender a todos assim que começar o evento.
— Acha que seriam malucos?
— Sim, vou lhe mostrar o que fazer quando acontecer.
Rita viu Carol chegando a sala com Joseane e Renata.
— O que quer nos mostrar? – Renata.
Pedro as olha e vai a uma parede, afasta o imenso quadro e
se viu o elevador, olha para elas e fala.
— Em todas as casas tem um destes, mas assim que começar,
que confirmarem, gostaria que não parassem para olhar para traz,
convençam a família a entrar e desçam.
Pedro aciona e olha para a praça e caminha até lá elas
atravessam para o planeta mais distante que ele tinha chego e olha
para Carol.
— Aqui só chega quem está programado no sistema.
— Onde estamos? – Renata.
— A mais de 700 anos luz de casa.
— E nos quer protegidas, o que temos aqui?
Pedro as apresenta a vila, parecia que estavam no conjunto
de residências do Tingui, o grupo conhece o lugar, as vezes Pedro
olhava aquele lugar como um lugar para criar suas filhas, ele queria
elas protegidas, ele queria elas crescendo e sendo algo, as vezes
parecia que estava querendo de mais, mas fazia parte de sonhar, e
perdem parte do dia naquele lugar diferente.

O aproximar do fim de Setembro fez Pedro olhar cada detalhe


do projeto que montara, o mundo estava numa calma induzida, ele
queria ter certezas, ele temia que não desse certo.
Olha o local abaixo da cancha de esporte, estava bem fundo,
passa da casa para la, por uma entrada em seu quarto, aquela parte
tinha apenas entradas por uma portas externas, nada local, olha os
autômatos colocando as telas de comando, ele olha os dados e as
600
imagens, 70 satélites, olha os dados das proteções, 22 telas que lhe
davam o planeta aberto, e os pontos onde estavam, os 16 mil
pontos de ligação, os dois mil pontos de prontidão para concerto,
aciona as telas, olha as imagens das grandes naves em fase final de
construção naquele estaleiro girando a Terra, olha as imagens da
base na Lua, a base em Marte, coloca as imagens das 100 naves a
volta do Sol, aquela imensa praça tinha subdivisões inteiras, ele olha
os dados sendo calculados, olha os dados da inversão de polo, olha
as colunas de energia do Sol, as vezes queria entender de todos os
dados, sabia que os especialistas estavam adorando, ele aceitava o
que diziam, pois sabia que em sua mente estavam dados que
parecia demorar a tomar sentido, sorria disto.
Pedro olha os dados e liga para Banneker, que estava na sede
da Lua, ligação feita através de um portal, para não dar diferença de
tempo.
— Bom dia Banneker.
— Apareceu?
— Estou erguendo os dados e retransmitindo para vocês e
para Marte, deve receber nas telas da direita, as imagens e dados
do sol, os a esquerda, a imagem de 70 satélites, estão com uma
proteção extra, mas não sabemos quanto tempo eles vão resistir, e
não temos nada que simule o problema.
— Certo, vai começar a operar a resistência?
— Os meus técnicos começam a dispor os dados para vocês,
NASA, CNES, e todos que quiserem acompanhar de perto o evento.
— E onde é a sua base?
— Apenas um buraco, transmitindo para vocês por portais,
recebendo os dados por portais, pois não tenho como erguer uma
antena e não criar desconfiança.
Banneker olha os técnicos olhando os dados do Sol, as
imagens da Terra, e olham a soma de satélites a toda volta.
Pedro liga para o pessoal e alguns começam a chegar ao local,
os que quiseram se manter longe, Pedro respeitou, mas obvio, ele
queria reação, e não folga.
Pedro olha o pessoal começar chegar e se alojar, eles não
sabiam onde ficava aquele buraco, os sistemas de interferência de

601
sinal, bloqueavam tudo, e os sinais capitados, lançados em um
portal que tinha seu ponto aberto em meio ao oceano Indico.

Dallan chega a sede e olha para Sabrina, ela parecia disposta


a enfrentar, não se esconder.
— Problemas?
Dallan olha a moça apontando a sala em frente, a baixo do
ponto que estavam, ela pediu para dispor ali telas enquanto Dallan
falava com o presidente, ele olha e vê a imagem do sol em parte das
telas, imagens de todo o planeta, e os estados de energia de 16 mil
pontos sobre o planeta, e 160 satélites a volta do planeta.
— O que é isto Sabrina?
— A Rosa’s liberou a informação das imagens de sistema da
sua proteção, ela está liberando dados sobre o sol, ela está
iniciando um sistema de monitoramento diários do Sol senhor.
— Abrindo com todos?
— Somente em canais oficiais, eles tem nosso sistema de
proteção, mas eles estão transmitindo para mais de 200 locais no
planeta, que estão começando tentar entender estes dados.
— Eles vão nos informar cada segundo da operação pelo que
entendi.
— Sim, monitorando o sistema de proteção, não sei o total,
mas é obvio que é mais complexo do que falaram, pois ali tem a
imagem de 10 imensas naves definidas como Electron, da um a dez.
— Eles tem sistemas de proteção, o que mais?
— Os sistemas estão começando a transferir dados, não
sabemos ainda senhor tudo, mas a cada segundo chega mais
informação sobre os pontos do que tínhamos até agora.
— E todos duvidavam que estavam trabalhando.
Sabrina olha os dados de 700 megacidades no mapa, a volta
do planeta, ela aproxima San Francisco, olha os dados de
evacuação, priorizando por as pessoas nos sistemas de transporte
nas primeiras 42 horas, Sabrina olha os dados e fala.
— Estes dados são assustadores senhor, se acontecer, antes
deles levantarem as proteções, já teremos queimaduras pesadas em
quem estiver ao sol.
— Não entendi.
602
— A temperatura vai subindo, e enquanto nos aproximamos
do sol, os raios solares, aquecem a terra em mais de 20 graus
célsius, por isto ele prioriza as 42 horas iniciais, pois as ultimas,
teremos problemas em olhar e nos mexer lá fora.
Dallan chega perto e olha os dados e fala.
— Ele está colocando no sistema todos os locais das cidades?
— Todos os esquemas, pelo jeito eles não vão esconder a
partir da agora, e todos tem de se inteirar, pelo jeito eles estão
dizendo ao mundo que fizeram a parte deles.
— E estes círculos com a determinação de Noite?
— São círculos de 22 quilômetros de raio senhor.
— 700 naves pelo que entendi?
— Sim.
— Assustador o que eles tem a disposição deles, mas pelo
jeito estão dispondo dos pontos de apoio e vão parar de fazer de
conta que estão parados.
— Sim, estão disponibilizando os dados para todas as nações,
parece que o sistema deles, deixou ligação com todos os sistemas, o
nosso sistema de previsão de catástrofe está recebendo todos estes
dados senhor, eles vão começar a jogar no sistema a melhor forma
de salvar o maior numero de pessoas.
— E muitos achando que ele não abriria os dados, ele abriu
primeiro com os funcionários, agora ele vai fazer com os demais,
mas se olhar, ele não está falando de cidades pequenas, de nossa
proteção, então ele não está falando dos que vai salvar, e sim dos
que podemos salvar.
Sabrina põem os dados do sol e fala.
— Sei que parece estranho senhor, mas o sistema diz que
saberemos quando vai acontecer, quando o sol decair em
luminosidade em 2%, 22 horas e 32 minutos após, é a aposta deles
para o evento.
— As vezes tenho medo de tudo isto, mesmo eles se
preocupando com a nossa salvação.
— Os sistemas dizem que vamos ter uma rebelião de juízes e
policiais federais em poucos dias na nação do menino.
— Se vai estar sendo transmitido, sabe que não podemos nos
preocupar agora com eles, agora cada um vai ter de dar seu melhor.
603
Sabrina não concordava, ela não fala nada, mas passa uma
mensagem para Pedro, se ele leria ela não saberia.

604
Pedro olha o inicio de Outubro como um marco, menos de
um mês para o evento, ele olha para seu pai chegar a ele e
perguntar.
— O que fazemos filho?
— Teremos problemas, mas o exercito que está no comando
das entradas, se eles acham que terão acesso por aqui, não
entenderam nada.
— Acha que eles vão tentar?
— Pai, pega Patrícia e o Bernardo, passa para o Rio de
Janeiro, vai a sede da empresa, em Copacabana, e prepara as coisas
por lá, eles vão querer acessar a casa no Morro do Macaco, tira os
funcionários de lá.
— Vai ficar?
— Quero ter certeza que todos foram, não adianta mais
manter a fantasia, as pessoas estão todas tensas, muitos querem
começar antes a se esconder, mas temos de ver que cada dia que
demoramos para por para dentro, ganhamos em estoques de
comida se algo pior acontecer.
— E vai para o Rio quando?
— Assim que souber que temos 22 horas para o evento.
— Vai ficar até a ultima hora.
— Sim.
Gerson sai, Pedro foi a casa de Roseli, uma de suas mães,
pede o mesmo, ela e Joao, vão ao Rio, o senhor Ribeiro não queria
ir, mas ele precisa proteger o pessoal, as pessoas saindo por portais
não fez os olhos colocados na casa entenderem o acontecido, os
Frota se foram e Ciça chega a casa, ele explica o acontecido, ela olha
desconfiada e fala.
— Vai encarar sozinho filho?
— Vou os deixar inertes, mas não posso deixar eles se dando
bem nesta hora mãe.
Ciça sai dali por um portal, o sistema de segurança começa a
ser alterado para autômatos, os funcionários saindo no sentido da

605
parte de proteção da cidade para os funcionários, tudo anexo a casa
em Colombo.
Das casas saem os autômatos disfarçados de seguranças e
começam a tomar seus lugares.
Um grupo de policiais se reúne no centro, a determinação era
tomar a residência dos Rosa, já que eles não teriam como impor
algo na entrada da cidade anexa a cidade, ali tinha o exercito e
aqueles autômatos imensos.
Os policiais se posicionam e começam a sair no sentido da
região norte, os seguranças, olham aquela leva de pessoas
apontando armas para eles, os mesmos não estavam armados, o
que a policia estranha, a policia olha para a aglutinação de
repórteres ao portão logo após entrarem, chegaram rápido demais,
o comandante olha para os rapazes e fala.
— Me indiquem onde estão os locais de proteção.
O grupo foi entrando nas casas, Pedro olha o Delegado e fala.
— Qual a determinação no papel Delegado?
O delegado olha o menino, e fala.
— Não lhe interessa.
— Sou o único presente senhor, ou me informa, ou ninguém
vai entrar nas casas.
— Acha que está falando com quem pirralho.
— Quer jogar esta arma no chão e ver quem vence no braço
senhor, sendo que sou um pirralho?
— Acha que vou pagar o mico diante da imprensa ao longe?
— O que faz aqui senhor? – Pedro serio.
Os policiais olham as naves chegarem sobre o local e grandes
autômatos de 10 metros pularem ao chão e Pedro fala.
— Ultima chance de me mostrar o papel delegado, depois,
não reclama de ir parar onde os demais estão.
— Temos determinação de olhar se não estão escondidos por
aqui?
— Senhor, eu estou sozinho aqui, mas acreditar que um –
Pedro conta os presentes – contingente de 120 homens da policia
federal, não é para apenas olhar, o que querem, ninguém além de
mim está nas casas.

606
O delegado viu os autômatos se postarem ao lado dos carros
da policia, ao fundo, e dois as costas do menino, os pés dos
autômatos eram maiores que o menino.
Foi inevitável o senhor olhar para cima, Pedro toca no peito,
olha tudo parado, caminha e pega o papel a mão do senhor, olha o
conteúdo, sorri, eles queriam revirar as casas, mas não tinham nem
uma justificativa, apenas faça.
Pedro põem o papel no bolso e volta a sua posição e toca o
peito novamente.
O senhor estava olhando ainda para cima e olha para o
menino, olha a mão, onde estava o documento.
— Como fez isto?
— Isto?
— A intimação, ela sumiu.
— Não sei do que está falando, já que tinha um papel em
branco ao meu ver a mão, não uma intimação, pois qualquer
determinação sem motivo, é algo em branco perante a lei.
— E vai nos barrar?
— Eles não estão barrando, mas se alguém ai pensa que vai
fazer algo fora da lei nas casas, esquece.
— Se acha engraçado?
— Não tenho humor para um delegado que nem sabe o que
procura, eles inventam que tem um buraco abaixo do elevador, e
mandam o senhor para cá, quero ver eles derrubarem o elevador e
ele nem chegar a descer até o nível do porão.
— E como sabe o que viemos fazer aqui?
— Chutei e pelo jeito acertei em cheio.
— E como pode garantir isto?
— Senhor, eu sou alguém que ninguém leva a serio, porque
levar uma discussão, querem entrar, entrem, querem achar o que
não está aqui, procurem, mas os autômatos vão estar postados para
não destruírem nada.
— Acha que não levaremos algo se quisermos.
— Ache um mandato valido senhor, estou os deixando olhar,
mas sabe que não tem motivo, mas como nada está escondido
neste endereço, construí algo que pode não estar aqui daqui a dois
meses, então se quer olhar, apenas não gostamos de ter nossos e-
607
mail clonados porque alguém da Federal resolveu ter acesso ao que
não entende, mas como explicar para um policial que os contatos
com meu computador não são codificados, apenas são em alemão,
inglês, hebraico, russo, chinês e japonês.
Os rapazes entram nas casas, viram que o projeto não parecia
ser o mesmo, os senhores olham as casas, tudo mudado de lugar,
peças que no plano eram maiores, ali eram diferentes, os
autômatos da entrada entram na peça frontal e surgem no centro
de controle abaixo.
Pedro olha para o senhor, toca o peito, ele brilha, o senhor
estranha, mas viu o menino sumir, Pedro caminha até o atalho no
na guarita frontal, atravessa para baixo e desativa o portal.
O senhor olha o menino sumir, os autômatos ficam a olhar os
senhores, a tensão no ar, e um dos rapazes que viu o menino sumir
chega ao delegado.
— Como ele fez isto?
— Se alguém soubesse, o que temos?
— Nada do que eles documentaram, abrimos os elevadores
na parte baixa, nada, olhando para baixo, não tem nada ali, mas
tudo parece em local diferente, como se tivessem mudado todas as
paredes internas.
— Ou alguém não fez as coisas como deveria?
— Ou isto, mas as casas estão vazias, não nos narraram que
eles ainda estava nas casas?
— Sim, pelo jeito o menino nos vigia mais que nós a eles, mas
estes autômatos põem medo em qualquer um.
O rapaz olha para cima e fala.
— Sim, pés maiores que o carro da policia.
— Sim, mas o que temos de real?
— Nada, estão passando em cada casa, em cada lugar, se
tinha algo abaixo, ninguém consegue nem registrar, sinal que se
tiver, está a mais de 100 metros de profundidade, sem uma entrada
não teríamos como entrar.
— E se não estão aqui, onde estão?
— Não sabemos senhor, mas vendo o menino sumir, podem
estar ao lado e não conseguimos ver.

608
O delegado olha para a entrada, onde havia uma linha de
seguranças e pergunta.
— Onde foram os seguranças?
O rapaz olha a entrada, não tinha mais ninguém ali, apenas
aquelas maquinas imensas, armadas e olhando em volta, nada de
pessoas além deles, o rapaz olha para cima e fala.
— Eles pelo jeito tem como sumir senhor.
— Ninguém some, mas pelo jeito algo está nos monitorando,
eles tem câmeras apenas externas as casas, mas com certeza tem
um sistema que não conseguimos ver.
— Vamos verificar senhor.
Eles reviram as casas enquanto Pedro olha os dados, olha as
câmeras ao longe, olha as câmeras da casa no Morro do Macaco, os
policiais invadiram, estavam pensando em arrombar a porta de
pedra com explosivo quando veem aquelas naves sobre eles, os
helicópteros da policia parados no heliporto não teriam como
decolar com as naves a poucos metros, os autômatos pulam ao
chão e os policiais se armam, um chega ao explosivo e apenas o
toca, os mesmos veem o mesmo criar um campo de proteção e
explodir aquilo, abaixa a mão com uma porta e Pedro passa para lá
e olha para os policiais armados o apontarem a arma e fala.
— Melhor terem autorização para usar explosivo em minha
residência senhores.
O delegado ao fundo viu que o menino apareceu, mas era
obvio, algo estava fora do contesto, ele viu ele passar por uma porta
que o autômato tirou dali assim que ele passou.
O mesmo chega perto e fala.
— Temos uma ordem de procura menino, está nos
obstruindo.
Pedro olha para a porta e apenas toca na pedra e ela abre e
fala.
— Se quer entrar, pede, iria explodir tudo para dentro, um
servidor de milhões porque não sabem pedir por favor delegado?
Os autômatos se postam a toda volta, os policiais federais
viram que se algo acontecesse ali, ninguém veria.
O policial olha para o menino apenas recuar um passo, o
autômato apenas põem a mão para baixo, a porta estava em sua
609
mão, ele atravessa e os rapazes olham o mesmo se postar ao lado
do caminho, se armando, olhando para baixo.
O mesmo estava dentro da piscina que tinha aquele caminho
suspenso onde estavam, que levava a porta, mas o pé do autômato
não estava nem mergulhado totalmente na piscina.
O delegado olha para os policiais assustados entrarem, viram
que era apenas uma caverna com servidores, todos no centro da
peça, as paredes eram em rocha, isoladas com tinta contra
umidade, o senhor olha para o policial e fala.
— Mas me disseram que a entrada teria de ser por aqui.
— Pelo que entendi senhor, a porta poderia ser onde ele
quiser, ele atravessou através da mão do autômato, e ninguém sabe
de onde veio e para onde foi.
— Já pensaram que pode ser em um lugar que não
desconfiamos, pois a entrada ao centro eles colocaram exercito e
começam a organizar as coisas, mas todos juravam que existia uma
entrada por aqui.
— Mas onde senhor?
O senhor viu que aquele lugar era um servidor de serviço,
tinham apenas comandos e telas para comando, um teclado, não
sabiam se aquilo fazia bem ou mal para alguém, mas não era hora
de arriscar perder vagas por desligar algo como aquilo.
Pedro em sua base olha os dados cada vez mais reais, mais
assustadoras, ele tentava se prender ao que tinha de fazer, não ao
que sentia, as vezes aquele sol lhe dava medo, sentia como se todos
olhassem para ele como se esperando que ele resolvesse, mas era
medo nos olhares.
O confirmar de todas as entregas que vendeu, mesmo com
contratos de mais de 20 anos para recebimentos, sabia que eles não
teriam como o pagar, mas se ele se propôs a entregar, estava lá,
olha os autômatos em todos os sistemas, as pessoas viram que as
cidades prontas estavam sendo evacuadas dos autômatos, o grupo
essencial estava se retirando do planeta, alguns olhavam para o
menino, mas ele não diria para ninguém ficar, sabiam o caminho
para longe, e sabia que quanto mais próximo, mais próximo de ficar
sozinho, mas como proibir as pessoas de sair correndo, se ele tinha
vontade de fazer o mesmo.
610
Pedro chega ao fim de outubro, pelo menos o evento deu
tempo deles se organizar, mas a tensão estava no ar, o planeta
estava esperando algo para os dias iniciais de Novembro.
Pedro viu todos irem a locais seguros, estava pensando se
tudo resistiria quando viu o mês terminar, vendo tenso os dados,
como todos naquela base.

Sabrina olha para os controles e olha para o general


chegando ao local.
— Me chamou? – Dallan.
— Informando, o menino acaba de isolar todos os parentes, o
anuncio está em todas as empresas dele, “Férias Coletivas”,
amanha, primeiro dia de novembro, nada das empresas dele
estarão em funcionamento, todas as 20, mostrando um comando
ainda entrosado.
— E os dados do sol?
— Ainda chegando, o menino ainda está em Curitiba, tem um
recado dele para o pai, de poucos dias atrás que ele vai se juntar
aos demais apenas quando tiver a certeza dos eventos.
— E como estão as coisas?
— Agora por mais que alguém queira pular fora, não sabe por
onde pular senhor.
Dallan olha os dados, ainda não tinha o evento, mas se o
menino estava parando as empresas, muitas o seguiriam, uma
solução simples, mas que garantia que as pessoas estariam alertas,
em suas casas, ou na entrada das cidades subterrâneas.
As imagens mostravam governos controlando as coisas, mas
nações inteiras começam a receber o recado de que as empresas do
menino estariam em férias coletivas e Dallan olha a primeira
ministra alemã ir a TV e anuncias que estavam começando a
operação de retirada das pessoas, com antecedência, não sabiam
ainda quando aconteceria, mas estava na hora de começar a se
proteger.
Sabrina olha aquilo e fala.
— Tem gente que não teme passar o carão se não acontecer.
— Todos falam que vai acontecer Sabrina, este sol que você
vê ai, em todas as dimensões, por todos os lados, não sabemos nem
611
o que está lá dando estas informações, mas com certeza
saberemos.
Sabrina olha o telefone pessoal tocar e atende.
— Boa tarde. – Sabrina.
— Boa tarde Sabrina, poderia me confirmar um dado? –
Tamis Jones.
Sabrina olha o general e pergunta.
— Que dado estão precisando? – Sabrina sempre na defesa
referente a irmã.
— Confirmação se Pedro Rosa está recolhendo todos os
familiares?
— Sim, ele não o fez escondido.
— Acha que vai acontecer, não entendo os dados que estão
chegando, e não tenho a estrutura que vocês tem para computar
estes dados.
— Os dados ainda não confirmaram a data, mas saberemos
pouco mais de 22 horas antes de acontecer.
— Se cuida irmã.
Sabrina estranha, olha em volta e fala.
— Sabe que nossas bases não resistem se o sistema dele cair
Tamis, estamos abaixo de uma laje de 10 metros de rocha, em um
buraco, mas na superfície, se a proteção cair, é morte.
— Sabemos disto, mas os buracos nos lagos Secos estão
cheios de antigos comandantes e gente que se apropriou do local.
— Faz seu superior ligar para o Almirante Leon e transfere
para San Diego.
— Mas não haviam desativado lá?
— Tamis Jones, eles desativaram algo que ficava, quer dizer,
ainda fica, está lá, a 12 metros de rocha, eles construíram uma base
a mais de 70 metros abaixo da antiga.
— Certo, vou comunicar meu superior.
— Uma ultima coisa mana, se for entrar em qualquer buraco,
lembra apenas um fato, não falamos disto nunca, mas o seu general
e Leon, são Fanes, então eles sobreviveriam comendo pedras, leva
algo para comer.
— Eles são oque?
— Já falei demais, se cuida.
612
Dallan a olhava serio quando desligou o celular.
— A comunicou o básico, pensei que eles já soubessem do
básico.
— Acho que a maioria é como nós senhor, esconde tudo, o
problema que tivemos é que um menino fez o mesmo com todos, a
ponto de fazer uma passagem para fora na cidade ao lado, e
ninguém ver.
Dallan olha aquelas imagens do sol e fala.
— Agora pelo jeito vamos a nosso desafio de sobrevivência.
Sabrina não falou nada.

613
As placas de férias coletivas em todas as empresas Rosa’s e
antigas empresas, que voltaram a nomes anteriores, como ePTec,
eP, vinhos Rosa, Diamantes Guerra, entre tantas outras fez as
pessoas se protegerem, as inteligências do mundo que se
perguntavam se aconteceria quase tiveram a certeza, mas o menino
não falou nada.
O presidente Americano é transferido com o congresso para a
base abaixo de Washington, o presidente acostumado a lugares
apertados fica a olhar aquele lugar, se não tivesse descido, diria que
estava em uma praça aberta.
Os demais dirigentes começam a se proteger, suas proteções
estavam lá para se esconderem, mas a população ainda estava
esperando a confirmação do evento.
Era dia 6 de novembro e Pedro olha os dados, olha para as
imagens, sente o querubim o tocar e pede uma conferencia aberta
onde estaria Dallan, Banneker, Jean, e outros técnicos espalhados
pelo planeta.
Pedro olha as câmeras abrirem, e fala em inglês, assim todos
o entenderiam.
— Boa tarde a todos, amanha próximo do meio dia, o sol vai
reduzir em 3,22% sua luminosidade, sinal que teremos 22 horas e
32 minutos para o evento, estou desviando as naves que observam
o sol, para elas verem o evento lateralmente, não sabemos ainda a
duração, mas dependendo do tamanho, saberemos em 22 horas se
fizemos pouco ou muito, estou apenas avisando, estou em uma
base de monitoramento em Curitiba, vou ficar aqui até o ultimo
minuto possível, então estou apenas alertando, todos que
quiserem, temos os dados, as proteções, os planos de evacuação, vi
que alguns grupos estão se reinstalando, pensei que ficariam para
morrer, acho que somente eu acredito que vai acontecer, mas esta
transmissão é rápida, apenas para desejar a todos, que tenhamos
sorte, vamos precisar.
Pedro não abre uma conversa, os dados voltam as telas,
todos viram que o menino não discutiu nada, informou onde estaria
614
e que agora era a hora de se posicionar, Pedro olha os dados, cada
dia mais assustadores.
Por quase um dia ele ficou a olhar os dados, não conseguia
pregar os olhos, ele olha o reduzir da luminosidade, ele vai deitar,
ele olha para o céu de seu quarto naquele lugar e seus pensamentos
foram as suas filhas, lembrou de seus rostos, das meninas de sua
vida, sorri e olha para o celular.
“Se for para morrermos, vamos morrer lutando.”
Pedro tentou descansar, mas sua mente estava no evento,
sabia que aconteceria agora, era hora de tentar relaxar e não estava
conseguindo.
Pedro depois de horas adormece por cansaço.
Continua...

615
616
617
J.J.Gremmelmaier

Horas Iniciais,
Horas de Terror,
Maior Enterro
Humano
Crônicas de Gerson Travesso
35

Primeira Edição
Edição do Autor
Curitiba
2017
618
Autor; J. J. Gremmelmaier interligando historias aparentemente sem
Edição do Autor ligação nenhuma;
Primeira Edição
2017
Horas de Terror, Horas de
Terror, Maior Enterro Humano
------------------------------------------
CIP – Brasil – Catalogado na Fonte
-----------------------------------
Gremmelmaier, João Jose
Horas de Terror, Horas de
Terror, Maior Enterro Humano –
Crônicas de Gerson Travesso 35,
Romance de Ficção, 080 pg./
João Jose Gremmelmaier /
Curitiba, PR. / Edição do Autor / Horas Iniciais, Horas
2017 de Terror, Maior
1 - Literatura Brasileira –
Romance – I – Titulo
Enterro Humano
Cronicas de Gerson Travesso
--------------------------------
chega a 35º Capitulo, a historia
85 – 62418 CDD – 978.426 caminhando para o fim.
As opiniões contidas no livro, são
dos personagens, e não obrigatoriamente
Agradeço aos amigos e
assemelham-se as opiniões do autor, esta é colegas que sempre me deram
uma obra de ficção, sendo quase todos os força a continuar a escrever,
nomes e fatos fictícios. mesmo sem ser aquele escritor,
É vedada a reprodução total ou
parcial desta obra sem autorização do mas como sempre me repito,
autor. escrevo para me divertir, e se
Sobre o Autor; conseguir lhes levar juntos nesta
João Jose Gremmelmaier, nasceu
em Curitiba, estado do Paraná, no Brasil, aventura, já é uma vitória.
formação em Economia, empresário a
mais de 15 anos, já teve de confecção a Ao terminar de ler este
empresa de estamparia, ele escreve em livro, empreste a um amigo se
suas horas de folga, alguns jogam, outros gostou, a um inimigo se não
viajam, ele faz tudo isto, a frente de seu
computador, viajando em historias, e nos gostou, mas não o deixe parado,
levando a viajar juntos. pois livros foram feitos para
Autor de Obras como a série correrem de mão em mão.
Fanes, Guerra e Paz, Mundo de Peter, os J.J.Gremmelmaier
livros Heloise, Anacrônicos, cria em
historias que começam aparentemente
normais, mundos imaginários,

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620
Sete de Novembro 18:30hs / Brasília
Pedro estava em sua base quando recebe um pedido de
comunicação, a muito tentara contato com o pessoal da NOAA, mas
eles pareciam não ter permissão de troca de dados.
Olha os dados, ainda sonolento, olha as câmeras, olha para
suas amadas, suas filhas, o sistema mostrava os alemães
começando a se preparar, o que era um alivio de sobrevivência,
olha para os dados da formação da proteção, um ciclone no Indico
estava colocando gente a correr, para colocar mais de 120 pontos
novamente no lugar.
Os solos gelados da China pareciam estáveis, sempre temeu
que aquele lugar não aguentasse, pois Termofrost não é um terreno
muito fácil, os pontos sobre a Groelândia estavam colocados, as
naves dispostas na Antártida, tudo esperando um evento que se
não acontecesse, Pedro gargalharia.
Ele olha a confirmação da comunicação com a NOAA e um
senhor surge a tela.
— Bom dia Pedro, podemos conversar?
Larry Columbis era um especialista do NOAA, eles sempre
supervisionaram os dados solares, deles que saiu os dados que o
grupo dos milionários se desesperaram.
— Bom dia, em que posso ajudar?
O senhor olha o menino, sorri para si, tentando não
demonstrar seus sentimentos, mas vendo que era uma criança a sua
frente, a criança que todos chamavam de terrorista, de gênio, de
milionário.
— Não entendemos de onde vem os dados, sempre
observamos o Sol, mas não entendemos o problema, não sei se
saberia me explicar para alertar os demais, cientistas solares são
descrentes, mas todos estão assustados por não ver nada.
Pedro pensa em como explica e fala.
— Posso tentar – Pedro coloca as suas costas as imagens do
sol, a parede de mais de 20 metros ficou com o sol aberto, visto por
câmeras a toda volta do sol.

621
Pedro olha a imagem e olha para o ponto escuro imenso ao
fundo e fala.
— A 3 horas, na parte equatorial inversa do Sol, uma soma de
Nódulos começaram a girar, como furações, eles estão presos entre
dois dos tantos polos eletromagnéticos do Sol que estão se
invertendo, como fazem sazonalmente a cada 11 anos.
Pedro mostra a imagem ao fundo, onde se via nódulos mais
escuros, mas que se não estivessem no sol, seriam muito brilhantes,
mas diante da luz a volta pareciam pontos negros ao sol, eles
forçados por aquelas colunas eletromagnéticas, se reúnem em um
grande nódulo, que começa a girar.
— Este nódulo, vai estar de frente a nós em 10 horas, os
fluxos laterais, estão crescendo, não sei o tamanho que vão
adquirir, isto que pretendemos descobrir, se olhar os fluxos de
plasma, que brotam do fundo, na região estão muito ativos, muito
mais efervescentes.
— Acha que isto vai gerar oque exatamente?
— Em 11 horas saberemos se será um fluxo de plasma, mas o
que os cálculos ao fundo apresentam, teremos uma imensa coroa
de plasma, mas estou verificando, acho que nosso problema
começa antes.
— Antes?
— Eu começava a encolher os satélites, pois em 6 horas
teremos uma tempestade solar, ela nos atinge perto de 16 a 18
horas após, nossos sistemas elétricos caem.
— Acha que será apenas uma tempestade Solar?
— Não, mas é neste ponto que os cálculos indicam a redução
do brilho em mais de 3,6% do sol, então toda a força dele estará na
anomalia voltada para nós, mas temos de manter os sistemas
funcionando.
— E tem estes dados?
— Estou transmitindo isto abertamente a mais de 10 dias.
— Desculpa a descrença, mas como podem ser dados reais,
como os obtém?

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Pedro sorri e o senhor olha as imagens as costas dele, as
câmeras foram girando e o senhor olha aqueles equipamentos em
naves negras, com autômatos no comando, o sistema mostra as 100
naves, os 100 pontos que geravam aquela imagem as costas.
— Senhor, sei que perdemos muito, pois não sou um
cientista, não sou grande, não sou alguém com formação, mas
como falo a todos, não estou calculando, o sistema o está, não
estou dizendo que vai acontecer, os cálculos da NASA apontam para
o evento, não estou tentando aparecer, poucos me viram e
conhecem, pois ninguém me levaria a serio, mas os dados, são
gerados por 100 naves que colocamos ao redor do Sol.
— E estes dados afirmam a temperatura, tem certeza que os
instrumentos foram ajustados corretamente?
— Não, mas as 100 naves estão registrando o mesmo dado,
se fosse uma, poderia contar com erro, o seu sistema de
monitoração aponta para uma diferença de 0,0000045% de
diferença, e está aqui a volta do planeta.
— Sabe que diferenças desta escala mudariam toda a
previsão.
— Sim, espero que seus dados senhor Larry estejam errados,
pois eles apontam os dados nesta diferença para cima, seria mais
quente, não mais frio, eu não teria uma nuvem de plasma de 120
horas, e sim de 175 horas, estaremos mortos se estiver com razão.
O senhor olha os seus dados, ele não pensara por este lado,
ele olha para o menino e fala.
— E acha que sobrevivemos mesmo assim?
— Senhor, quando terminar, e não entender o
acontecimento, sei que será sobre mim que jogarão os erros.
— E não se preocupa com isto?
— As vezes queria ser mais frio que isto, dizer que não sinto,
que não me preocupo, mas... – Pedro olha para a formação nas
imagens começando a chegar, olha para os imensos arcos coronais
se erguendo, dois deles, olha e os mede, o senhor do outro lado
olha os dados e viu um rapaz chegar a ele, olha para as imagens –
está começando a crescer senhor, esta formação está girando para

623
o lado voltado a Terra, se crescer firme assim, infelizmente está
dentro da previsão de 120 horas de nuvem, que todos os sistema
funcionem.
O senhor olha os dados, começando a crescer a volta,
estavam com um nódulo escuro ao centro girando cada vez mais
violentamente, se via o ponto andando na superfície do sol e acima
e abaixo do nódulo, se via arcos coronais começando a crescer.
O senhor olha o menino girar a cadeira e começa a aproximar
as imagens, a calcular toda a reação do resto dos prospectos, Larry
olha o menino abrir mais comunicação, viu Dallan, Banneker, Jean-
Ives, mais alguns surgirem nas telas ao lado e o menino olhar para
Banneker.
— Bom dia Banneker, confirmado, tem de alertar para em 24
horas teremos a primeira tempestade solar, deve se equiparar a
1859, e é apenas o aviso do que vem depois.
Banneker olha para o técnico ao fundo e fala.
— Avisa os demais, vamos ter de ligar para as centrais de
energia, reduzir a energia nos cabos, e alerta o NOAA para colocar
os satélites para Dormir.
Pedro vira-se para Dallan e fala.
— Ainda na base Dallan?
— Sabe que vamos enfrentar, porque duvida?
— Sempre duvido, mas alerta a costa Oeste para reduzir a
quantidade de energia nas linhas de alta transmissão, pois senão
vamos perder toda energia com transformadores estourando.
— Vai alertar todos, apenas agora?
— Os que me ouviram colocaram sistemas de proteção nas
centrais de distribuição, mas assim que reduzirmos a carga, muita
coisa vai parar, mas ainda prefiro as coisas parando a incêndios
imensos, causados por isto, no planeta inteiro.
— Alertamos o pessoal.
Pedro passa as coordenadas para Jean, depois para Pietro,
para Carlos, muita gente sendo avisada, fala em chinês com o
responsável local, em Coreano e Japonês e após alguns minutos

624
olha para Larry, pois os demais já estavam correndo para alertar os
seus do problema.
— Algo mais senhor, tenho de alertar alguns a mais.
— Pelo que entendi, você vai tentar coordenar uma parada
global para o evento de 24 horas, mas e depois?
— Serão 6 horas, após o inicio da tempestade solar, para
decidir se após isto teremos o ejetar dos arcos Coronais e qual a
duração disto, o que me assustou foi a duração do evento, não o
evento em si, mas pode ser que em 12 horas, saibamos se vai
acontecer ou não o maior evento solar já registrado.
— Dizem que vai erguer proteções, nunca entendi quais
proteções?
— Sei que não entenderam, mas não me culpe senhor, todos
que souberam demais, foram afastados ou foram usados para que
não terminasse de montar a proteção, então vamos a ação.
Pedro gira a cadeira e olha para os comandos desfazendo a
comunicação, Larry Columbis olha os técnicos e um fala.
— Infelizmente os dados deles parecem mais concisos que os
nossos senhor, e se aquilo é o sol, em tempo real, temos de correr.
— Inicia o desligar dos satélites, embora não acredite que se
a massa da coroa de plasma calculada por eles vier em nosso
sentido, começa a evacuar, hora de colocar eles naquela base que o
presidente montou para o grupo, pois se o que está no chão vai
sofrer, o que está nos espaço vai derreter.
— Emitimos alerta?
— Sim, alerta para primeiro evento em 24 horas, tenta
explicar que as comunicações e sistemas aéreos vão cair, não
entendo como eles vão manter o comunicado, mas me liga com
Banneker e Dallan, pelo jeito é serio que eles vão tentar algo, e não
sei oque, temos de tentar ajudar.
O senhor olha a tela e olha Dallan surgir nela.
— Bom dia General, quais as medidas que vão tomar?
— Larry, por 6 meses instalamos sistemas alternativos de
comunicação, cabos de fibra, com geradores protegidos a 10 metros
de profundidade, nem todos ficaram prontos, mas temos a cede da

625
NASA na Florida ligada a na Califórnia, temos um ponto aqui e em
mais de 200 pontos no pais, entre eles duas bases de analise no
Alaska, a ideia é sabermos o que está acontecendo, até o momento
que antecede as 60 horas entre o acontecer e entrarmos na nuvem
de plasma.
Larry olha os dados chegando a ele e fala.
— Querem manter a informação, mas e a população?
— Senhor, muitos vão começar a chegar as proteções, muitos
vão começar a desordem, mas se não desligarmos algumas coisas,
cidades vão queimar, antes mesmo da nuvem de plasma chegar.
— Certo, acha que vamos ter que reações.
— Não temos dados precisos de 1859, mas os sistemas
elétricos até a região dos trópicos de capricórnio e câncer, tiveram
auroras boreais e sobrecargas de energia, estamos quase inteiros
nesta faixa senhor.
— E para depois disto?
— As entradas da base abaixo estão sendo liberadas, verá
que tem como sobreviver com todos os a volta, recomendo para
não ter perdas no momento, chamar as famílias dos que trabalham
ai para dentro, assim eles não estarão preocupados com eles e se
dedicam ao problema, recomendamos o encolher dos satélites, mas
sabemos que os perderemos, estamos ligando as cidades interiores,
então parte da energia que vai ser desativada sobre as cidades, vai
ser liberada nas subterrâneas, estamos alertando grandes usinas
Nucleares, termoelétricas, eólicas e hidráulicas a por no sistema de
emergência, vamos precisar de energia em quantidades pequenas
nos cabos, grandes nas cidades inferiores.
— Acha que sobrevivermos?
— Um menino, o viu senhor, me perguntou há alguns meses,
se iriamos sobreviver ou salvar o planeta, sabe bem o que gerou
este desafio, o menino foi transformado em terrorista, e paramos
muito do que deveria ter sido feito, que tenhamos sorte senhor.
Dallan desliga e olha para Sabrina que fala.
— Todos querem falar com a gente agora. – Sabrina.

626
— Agora somos uteis, assim que passar, pois não entendi,
mas a calma do menino parece mostrar que ele pretende
sobreviver, deixamos de ser uteis e vem o peso.
— Ninguém sabe o que ele realmente terminou.

Gerson chega a Brasília e dá o alerta geral e na TV estatal


recém criada, vai a informação de primeiro problema a caminho,
em 24 horas, tendiam a ter queda de energia generalizada no sul do
pais, região abaixo dos trópicos, o que no Brasil colocava cidades
imensas como Rio e São Paulo na divisa norte do problema.
Um almirante chega a porta, dois rapazes abrem a porta e o
mesmo entra.
— Quais as ordens senhor? – Almirante Dantes.
— As proteções costeiras estão se erguendo, mas ainda não
sabemos o que pode gerar estas proteções, já que estaremos com
uma montanha de agua depois da divisa.
— Não tinham como testar antes?
— Senhor, construímos, vamos liberar as cidades e as lacrar,
se tivermos de tirar elas de lá após drenar, fazemos.
— E o que fazemos?
— Hora de dispor os navios nas regiões que vamos retirar
gente, não podemos deixar para depois o colocar lá das
embarcações, pois podemos ter problemas com a energia local,
então vamos dispor, esperar a primeira onda passar, e começar a
levar os habitantes de áreas não protegidas para as cidades de
proteção.
O Almirante concorda, sai e a Presidenta Dilma entra pela
porta e fala.
— Todos começam a me ligar Gerson, o que aconteceu?
— A primeira onda, vai ocorrer em 24 horas, depois teremos
um apagão geral de algumas horas, e depois, 60 horas para proteger
quem precisa ser protegido.
— E vamos alertar todos quando?
— Sua gravação deve estar indo ao ar presidente, em 12
minutos, começo a abrir as cidades subterrâneas, começamos a

627
dispor gente do exercito nas entradas das cidades, começamos a
tirar as proteções internas para as ferrovias de evacuação, vamos
ter 24 horas agitadas senhora. – Fala Gerson a olhando.
— Alguns exigem e vou dar prioridade Gerson, tem de
entender que quem manda aqui ainda sou eu.
— Alguns? – Gerson.
— A estrutura dos 3 poderes, com seus adendos familiares.
— Se quer estar lá dentro com os folgados e inertes antes de
salvar os trabalhadores, a escolha é sua presidente, depois não
reclama se morrerem por inercia.
— Tem de entender.
— Não discordei, mas então deixa eu parar a gravação, pois lá
não fala em dar prioridade, a senhora leu aquilo, se vai proteger os
demais antes, melhor não os colocar no caminho agora.
A presidente olha desconfiada e fala.
— Acha que eles vão atrapalhar?
— Eles? – Gerson querendo saber o exato da frase, ele
entendera, mas queria as palavras totais, pois depois diziam que ele
entendera errado.
— O povo a rua?
— O povo deveria ser a prioridade senhora, mas se vai
recolher os covardes que atrapalharam, tenho de reprogramar
tudo.
Gerson olha a senhora serio, ela era parte dos covardes, ele
sabia disto, mas sabia que para chegar ali, eles tiveram de escolher
alguns a apoiar.
Gerson entra e fala com a moça, ao comando.
— Liga para a sede da TV e segura a transmissão.
A moça não entende, mas se era para jogar, ele jogaria, a
presidente ficou olhando Gerson, as vezes as pessoas esperam uma
reação diferente, mas esqueciam que Gerson era das pessoas que
mais estavam perdendo com o acontecer do evento solar.
A presidente sai e Gerson olha os dados, passa a instrução
para alguns via correio eletrônico, olha os dados pensando no que
fazer.

628
Gerson pega o celular e liga para o filho.
— Tem como segurar as coisas filho.
— Sabe que sim pai, mas manda os oficiais do exercito
confirmarem nomes e endereço dos que tiraremos primeiro, assim
que eles estiverem seguros, assumimos pai.
— Não entendi.
— Eles querem um lugar para eles, colocamos eles lá, se vai
ser agora, melhor, pelo menos não atrapalham.
Gerson olha para o pessoal do local chegando, estavam todos
tensos, algo que todos falavam que iria acontecer, mas que até
aquele momento estava na escala futura, não na atual.
Marca uma reunião e começa a passar os planos iniciais.
Pedro liga para os seus funcionários mais focados no
problema, confirma todos os percalços, todo sistema teria de estar
sobre proteção para sobrecarga, as pessoas começam a correr pelo
mundo.

Pietro olha para fora pela janela da empresa, olha para a


muralha de pedra surgir no oceano a frente, as ilhas de construções
surgirem a toda costa, liga para sua mãe e dá as instruções, ela era
sua preocupação maior, mas as palavras de sua mãe pareciam de
medo, então até ela escutara os alertas com preocupação.
Pietro olha para uma área isolada no centro da cidade, de Los
Angeles, começarem a tirar os tapumes a toda volta, alguns não
entenderam aquela construção, mas era uma entrada a cidade
baixa, olha em volta e sente a energia piscar, a de emergência do
prédio entra em funcionamento.
Olha o sistema se mantendo, nas paredes externas do prédio,
pisca uma contagem regressiva de uma hora, muitos sabiam que
aquilo seria algo a parar alguns a frente deles, o tirar da energia
excessiva dos cabos, fez boa parte da Califórnia ficar a escuras,
faltavam ainda 16 horas para o evento inicial chegar a eles, e
parecia que o povo a rua já se perguntava se iriam sobreviver. Olha
os prospectos, o sol caminhava a passos lentos para a super
explosão, Pietro por meses duvidou, agora olhando para fora, para

629
os dados, ficou pensando se não poderiam ter feito mais, os receios
estavam grandes.

Pedro olha os dados das viaturas e das estruturas pegando as


pessoas que tentaram parar tudo, antes de qualquer outros, não era
hora de brigar, mas sabia por si, que a eficiência seria algo mais
perigoso agora, pois estes que se escondem, eram os que lhe
queriam preso, ele, seu pai, por tentarem que eles ouvissem a
razão, Pedro estava ouvindo os avisos quando olha a porta do
condomínio um carro oficial, vindo verificar se o desembargador
estava seguro, os seguranças conduzem os rapazes a casa, verificam
que está vazia, Pedro começa a ouvir as conversas dos que se
protegiam agora, mesmo não sendo o momento do perigo ainda,
sinal que eles temiam dentro da ignorância, um temor que poderia
os levar a medidas piores.
As pessoas a rua não estavam ainda alertas, mas com 12
horas de atraso o alerta vai ao ar, que o primeiro choque
eletromagnético deveria chegar em 12 horas, as pessoas em casa
começam a tirar as coisas da tomada, alguns a desligar os
disjuntores, proteções que os meios de comunicação começavam a
passar em todos os canais e rádios.
O alerta que o perigo estaria no ar, mais ao sul que ao resto
do país não acalmou os demais, que também se preparam, o alarme
de que após isto, seriam horas para o inicio de uma evacuação em
massa, fez muitos começarem a se prepararem para ir as cidades
maiores, grupos que estavam em cidades menores, pegam seus
carros e começam a ir no sentido das cidades maiores.
Pedro olha os alertas e olha para a comunicação e aciona a
vídeo conferencia com seu pai e mais 12 generais pelo planeta.
A vídeo conferencia começa e Gerson olha o filho.
— Quais as previsões filho?
— Vai estar entre 118 e 119 horas o evento, nos atingindo a
partir de 69 horas, e 22 minutos a partir de agora.
Os generais se olham, depois um olha para Gerson.
— E quais as medidas preventivas?

630
— Senhores, vimos policiais civis e federais se esconderem
antes da hora, eles deveriam ajudar a salvar o povo, mas se
esconderam, estamos recalculando os meios ação, o sistema deve
liberar isto uma hora após o evento inicial, não conseguiremos
grande coisa depois disto.
Gerson olha o filho e pergunta.
— Algo que possa ajudar nestas horas?
Pedro olha todos e depois para o pai e fala.
— Sobre as 100 cidades maiores, estamos colocando uma
nave, eles não tem como defender o todo do efeito, e seria muito
ruim um incêndio sobre grandes cidades nesta hora.
Pedro olha os generais e fala.
— As cidades internas, são para os que vem de fora, os as
grandes cidades, o sistema de naves protege, então temos de os
manter na área abaixo das naves, o sistema de defesa começa a
carregar a partir da hora que terminar o evento de sobrecarga, não
quero perder nada ou ter de correr a um ponto para repor, mas se
for o caso, faremos, mas somente com 40 horas de carga total
consigo ativar, preciso de toda a carga para manter funcionando
após o ligar da primeira proteção, então teremos proteção abaixo e
acima, o problema é que recomendamos as cidades pois nunca algo
assim foi testado, não teríamos como testar antes, e se falhar, quem
não estiver abaixo das naves ou nos buracos, morrem.
— E como estão as cidades? – Um general.
— Isolamos a abaixo deste prédio para por os que quiseram a
proteção antecipada, mas as demais, estão prontas, até a abaixo da
que os apressadinhos foram. – Gerson.
— Qual o risco de exposição após as 60 horas? – Um dos
generais.
— Assim que der 59 horas, vamos ativar a proteção um, ela
deve ficar ligada 44 horas, com um intervalo entre duas de 22 horas,
mas como nos intervalos não é seguro, recomendo ficarem
próximos a proteções ou áreas seguras, não sabemos se a proteção
se manterá, não temos como prever todos os desdobramentos
disto, tentamos e não conseguimos, mesmo os melhores

631
computadores, em 6 tentativas de prever, chegou-se a 6 resultados
diferentes, estamos nos prendendo a evitar o que as 6 previsões
põem como certo, mas os cálculos não conseguem exatificar o
impacto disto em nossa magnetosfera, se ela resistir bem,
conseguimos com folga, se ela não resistir muito, teremos sistemas
nos polos caindo.
— E teremos reforço, não sabemos se contemos o povo.
— Estamos com congresso, presidência, judiciário e parte da
policia escondida, em estado de emergência, se mostrarmos
fraqueza, eles perdem, se mostrarmos força, eles nos xingam, não
existe final bom nisto senhores, os autômatos estão indo para as
ruas, mas ainda não temos as condições de abrangência, temos um
sistema no Alaska de Resistencia, local que estará sobre noite no
total de horas do evento, estamos com gente observando o planeta
de Marte e da Lua, estamos olhando os dados e torcendo para que
o que montamos aguente, mas mesmo que não aguentar, vamos
sobreviver, apenas o planeta não será o mesmo. – Pedro.
Pedro dá as coordenadas, os moradores das bases da Lua
olham os sistemas de naves começarem a ser ativados, a cidade
bem ao longe, vê os alertas de decolagem vindos de todos os lados,
Banneker que estava na Lua, olha para as naves saindo e sabia que
agora não teria volta.
Na base oculta da Lua, saem mais 400 naves, somando as 300
naves da base Lunar, proteção para 700 pontos no planeta.
As ruas do Brasil começam a ver o exercito forçando as
avenidas de chegada para as cidades ficarem livres, olham os
autômatos de guerra se posicionar a entrada das grandes cidades, e
o escuro da nave sobrevoar o centro, em São Paulo se olha para
cima e em plena tarde começa a escurecer.

Banneker na Lua olha os dados do sol e dá o alerta a todos


para ficarem em suas proteções e com roupa especial, estavam a
lua, e também seriam atingidos pelo sol.
Os dados estavam quase que dando o momento certo, mas
todos estavam ainda apreensivos, na lua não era diferente das ruas

632
das grandes cidades do mundo que começam a se preparar para o
pior.
Olha aquelas naves indo ao planeta, metade azul ao
horizonte, olha como se tentando entender como em poucos meses
chegara ali, olha os dados e a cada segundo sentia-se a energia
vindo do sol aumentar.
Um dos rapazes chama ele que olha os efeitos daquela
primeira leva de partículas carregadas de energia, quando atingiram
as nuvens pesadas de Vênus, olha os efeitos de chuvas acidas
provocadas pelo evento, e quase sobre eles, desligam as baterias
externas e esperam o evento inicial.
A luz pisca e cai em muitos lugares, cabos de transmissão sem
energia, fazem cidades inteiras pararem, a tensão daquela beleza ao
campo, em toda América do Norte, Europa e boa parte da Ásia,
vendo auroras boreais ao céu, um céu carregado de partículas, já
nas cidades, as imensas naves não davam a beleza do evento, mas
determinavam que a proteção estaria ali sobre suas cabeças até o
fim do evento.
As pessoas que não acreditavam que havia um plano de
contingencia, vendo sobre as cidades, as grandes naves,
protegendo-as do sol, começam suas peregrinações para dentro das
mesmas.
Tumultuo em estradas, em rodovias, gente querendo chegar
rápido, onde as estradas não os permitiam ser rápidos.
Os rádios pararam de transmitir quando do evento, somente
uma estática ao som, mas muitos esperavam as instruções.
Enquanto a aurora boreal indicava nos estremos norte e sul
que algo estava errado, no equador a energia dispersa nas camadas
mais altas, geram descargas elétricas que acabam por formar dois
furacões enormes, um no atlântico e outro no Indico.
Os sistemas de controle das balsas e sistemas de proteção
tocam nos comandos de Pedro, que aciona mais de 30 grupos para
se prepararem a agir assim que os furacões se afastassem, eles
começam a se posicionar, mas a camada de proteção em parte do
planeta, na segunda hora após o fim das auroras boreais estavam

633
carregando, enquanto parte estava em meio a mares revoltos, que
apenas davam a Pedro e ao pessoal dos comandos quais estavam
fora do lugar, sem possibilidade de substituir.
As balsas se abrem nos demais pontos, começando a carregar
o dispositivo de proteção, elas absorviam grande energia vindas do
sol e do campo eletromagnético, 97% do sistema estava ativo, mas
apenas 50% deles estava voltado para o sol naquele momento.
Pedro olha para as cidades e olha para o comando do Sol,
Pietro e Dallan olhavam aqueles dados, tudo indicava que
explodiria, tudo em um caminho que deixava todos tensos.

Larry Columbis olha para os dados e o grupo ao seu lado para


naquela sala, se olham e Frans Diet, olha para o grupo e fala.
— Infelizmente os dados que o grupo de Banneker e Dallan
levantaram são mais exatos e precisos que os nossos, os cálculos
deles é para dentro de 12 minutos termos um evento solar nunca
registrado antes, agora vem o problema, registrarmos e
sobrevivermos para contar aos próximos, calculado para 119 horas,
o evento é de extermínio, se os seus parentes não chegaram ainda,
recomendamos os apressar, esta sala, que sublocamos todos os
materiais principais lá de cima, está a 56 metros de profundidade,
vejo que eles pensaram em nos manter na ativa, pois é bem rápido
o sistema, mas estamos precisando de cada um auxiliando os
grupos de auxilio, pois estamos com a monitoração da entrada em
100 cidades subterrâneas, cada qual comportando 3 milhões de
habitantes, temos a liberação do plano de manter as maiores
cidades cobertas durante todo o evento, e um alerta que não
entendo, mas acredito que somente quando vermos acreditaremos,
de que o sistema global de defesa, na hora de numero 59 do
evento, uma hora antes dele nos atingir, nos mergulhará em uma
noite de 44 horas, então temos as 60 primeiras horas e mais estas
44 horas, para tentar defender a ajudar as pessoas, não esqueçam
de olhar o alerta da hora inicial. – Frans.
— Qual alerta? – Uma moça.

634
— Que somente os sistemas de fibra ótica vão funcionar a
partir dai, pois os satélites, esquece, vão virar pó.
— Bilhões de investimento jogados fora. – Larry.
— Sim, mas pelo que ouvi, gastaram trilhões para tentar nos
defender, se sobrevivermos, refazemos, quero vocês se
empenhando, trouxemos tudo para baixo, até as famílias, para não
se preocuparem com elas, precisamos de vocês todos bem atentos,
pois se algo sair errado, precisamos contornar, dividir ideias e tentar
solucionar rapidamente.
O grupo concordou e foram as suas mesas, estavam dando
apoio ao exercito em operações de remoção de milhões de Norte
Americanos.
A primeira ministra da Alemanha faz um pronunciamento, já
com 98% das pessoas nas cidades de proteção, falando do evento, e
de como eles enfrentariam aquilo.
O evento acontece, a transmissão daquilo para alguns locais,
deixa os grupos em pânico, e ao mesmo tempo, numa adrenalina
para colocar as coisas no lugar.
Pedro se levanta, atravessa o portal ao fundo, olha para as
suas pequenas meninas começando a dar os primeiros passos, Rita
olha ele olhando de longe, estavam em um planeta distante,
isolados de tudo, sem ideia do que acontecia no planeta Terra,
então a calma parecia falsa, e a tensão no ar parecia grande, pois
eles não viam os acontecimentos.
Roseli, sua mãe olha ele ali parado e anda até ele e pergunta.
— Quer conversar?
— As vezes, acho que peguei um peso maior do que consigo
carregar mãe, ninguém entende, mas tudo que fiz, foi caminhar,
calmamente, mas a cada passo, o peso parece maior.
— Sabe que existirão perdas, entende isto, mas tem de se
cuidar filho, nós precisamos de você aqui.
— Sei que precisam, sei que quero estar aqui, mas parece que
nada está facilitando as coisas, por um lado parece que tudo está
onde quis que estivesse, mas e se não for o suficiente?

635
— Filho, você fez algo incrível, pode estar a ponto de salvar a
humanidade da extinção, tem de acalmar a alma.
— Vim olhar para minhas filhas, pois o evento aconteceu,
agora teremos 60 horas para nos proteger, e quem sabe, sobreviver
ao fim de tudo.
Roseli abraça Pedro, uma criança de tudo, que as vezes,
somente as vezes, lhes mostrava que ainda era uma criança.

Banneker na Lua olha os dados do sol jogando sua massa para


fora dele, aquela imensa bolha explodindo, algo que parecia lento,
mas gradual, parecia que o conjunto de dados era demais, as naves
olhando lateralmente começam a dar a densidade do objeto,
enquanto ele olha para o engenheiro das naves Electrons, e
pergunta.
— Como elas estão?
— Operacionais.
— Prontas para lançar?
— Sim, a proteção delas, acaba de ser confirmada, resistiu
perfeitamente a passagem da linha eletromagnética.
Em uma base que girava em torno da Terra, as 10 naves são
destravadas, elas começam com um pequeno empurrão, e depois
ligam os propulsores.
Banneker olha as naves traçarem a rota, e se posicionarem
como linha frontal de um caminho que iriam traçar.
As naves começam a se direcionar ao sol, que visto da lua
ainda parecia igual, mas as câmeras mostravam a grande massa da
coroa solar se desprendendo.
A reação em cadeia, gerando uma após a outra a explosão, o
sol estava realmente furioso com os humanos, pois seria talvez a
maior nuvem encandeceste do sol em milênios.
Banneker começa a transmitir os dados para as bases na
Terra, que começam a ter a confirmação que o evento os iria atingir.
Banneker olha para os rapazes e fala.
— Fechem bem os controles externos, mas teremos o
primeiro show de horrores em 30 horas.

636
O rapaz olha sem entender.
— Quando passar por Vênus, vai queimar mais do que já
queima, não sabemos as reações locais, o que pode acontecer, e
fiquem de olho nas rochas que vão esquentar, temos de saber se
alguma delas vem para o nosso lado.

O povo começa a receber as instruções de evacuação, que


teriam de seguir as instruções.
Alguns tumultos, e muita confusão, os trens programados
começam a receber pessoas que nunca saíram de suas casas, e
estavam indo a uma nova, sem saber bem onde era.
O planeta começa a se mexer primeiro lentamente, ainda
com as pessoas pensando que em 60 horas, elas dariam algumas
voltas em torno do planeta.

Dallan olha as instruções para que as pessoas das subsidiarias


das empresas Rosas, falassem com seus vizinhos e começassem a
evacuar as poucas cidades que eles haviam criado sistemas de fuga.
Os dados da cidade ao lado era de quase evacuação, Sabrina
olha para ele e pergunta.
— Vamos ficar até que ponto?
— Não sei, odeio a ideia de sair de campo, mas vamos tentar
manter as coisas funcionando, põem no automático, vamos por 46
horas assim, dai nos recolhemos, nem sei o que fazer numa cidade
agrícola.
Sabrina sorri, alguns tem medo da morte, alguns, de
sentirem-se sem função na vida.

Quando o sol começa a ficar maior no céu, já iam 12 horas de


evento solar, os dados da coroa eram assustadores, e as pessoas
começam a sentir o dia ficar mais quente.
Numa base de sobrevivência no Ártico, um grupo de
cientistas olha as auroras boreais cada vez maiores, olha para os
instrumentos e para os dados chegando via fibra ótica.

637
O comandante da operação, Robert Lulia, olha para os dados
e começa a alertar os demais dos problemas, estavam sobre uma
região ao norte do Alaska.
A temperatura começa a ser medida, e os poucos graus fazem
senhor olhar para o cientista ao lado e perguntar.
— Me confirma os dados, são apenas 12 horas, após o
acontecido e antes do evento.
O cientista sai pela porta e vai pessoalmente aos 6 pontos de
monitoramento, os dados estavam subindo muito rápido.
Robert olha para os cientistas e não sabia o que fariam e
chama uma reunião.
O senhor olha os dados e fala.
— Queria a atenção de vocês.
Os cientistas estavam olhando os dados e o senhor confirma
as temperaturas, passando a prancheta para o comandante.
— Temos um problema, e preciso de que decidamos agora o
que vamos fazer.
— Qual a urgência? – Um geólogo a ponta.
— Estamos sobre uma área de Termofrost, a temperatura
após o inicio do evento que não vemos ao céu, mas vai atingir o
planeta em 47 horas, já fez a temperatura local subir 10 graus
célsius.
— Mas como? – Um cientista ao fundo.
— Isto que temos de saber, ainda estamos longe do Zero, mas
se nas próximas 12 horas, chegarmos a zero, o que acontece com o
local que escolhemos para nos proteger?
Os cientistas se olham, estavam em uma base de
sobrevivência, ao fundo, um imenso silo com amostras genéticas de
todas as espécies do planeta, olham em volta e uma moça fala.
— Se tivemos uma subida alta agora, qual será a subida após
o inicio do evento, pois a 7 graus ao sul, tem sol, se aqui subiu 10
graus em horas, lá deve ter chego à zero, e se gerar agua por baixo
de onde estamos, tudo a volta vai começar a rachar senhor, mas
como defendemos o projeto assim, ou se decidirmos sair, como
saímos e chegamos a um local seguro a tempo?

638
— Isto que gostaria de trocar uma ideia, se ficarmos,
arriscamos morrer, mas é abandonar e o projeto ao fundo se perde,
temos de decidir agora, pois em 12 horas não teríamos como chegar
a Fort Brabank.
— O que tem em Fort Brabank? – A moça.
— O ponto mais próximo de proteção, criado ali para se algo
saísse errado.
Os cientistas olham-se e um fala.
— Mas se a temperatura estabilizar?
— Isto que gostaria de saber, não deveria estar acontecendo
nesta rapidez, não antes do evento, a pergunta, se está
esquentando agora assim, como vai ser no momento que
estivermos dentro da nuvem do evento?
Os cientistas se olham e um rapaz a ponta fala.
— Podemos fazer uma votação, rápida, se querem ficar ou
sair, pois vejo que algo não está como previram.
— Ninguém nunca soube exatamente como algo assim se
comportaria, pode ser apenas reflexo do excesso de energia
magnética no ar, mas eu voto por ficarmos e estudarmos o
processo. – Fala a moça ao fundo, que falara sobre tudo rachar, ela
viu que usara palavras fortes antes, e não queria ser a responsável
pelo fim do projeto.
As pessoas foram falando e votando, a moça olha o
comandante ao final, com a votação de que deveriam sair agora, e
fala.
— Algo contra ficar e cuidarmos do recipiente senhor, sei que
os cientistas precisam ser salvos, mas estamos aqui para defender a
continuidade.
— Tem de ver que estará sozinha tenente, não sei se resiste a
isto sozinha, sei que a ideia de uma arca genética para recomeçar
do zero se preciso, em meio a algo que parece mais forte do que o
previsto, é algo a se defender, mas como falou, isto vai rachar tudo.
— Pedindo autorização para monitorar e ficar, mas fico
apenas com autorização.
O senhor olha a moça e fala.

639
— Sei que deve estar pensando em algo, mas se cuida.
— General, sabe que a sombra pode ser a única coisa que
esteja viva, mesmo que rachando, então se precisar, volta, sei que
alguns tendem a querer sair rápido, mas estarei aqui, apenas
tentando manter um sonho de futuro senhor.
Um dos soldados ao fundo olha o comandante e pergunta.
— A tenente vai ficar?
— Ela se propôs ficar, tem de ver que a ideia aqui é salvar a
arca, ela sozinha, ou poucos conseguem isto, mas em grupo, a
dificuldade aumenta se o chão começar a rachar.
O grupo entra em seus veículos de gelo, e começam a
retornar a sul, teriam um trecho difícil para fazer em poucas horas,
e não queriam perder tempo.
A moça olha para a capsula e olha para um soldado vindo em
seu sentido e pergunta.
— Perdido Soldado Carter?
— O comandante mandou lhe dar cobertura e estrutura.
A moça olha para os rapazes saindo e fala.
— Cientistas, tão inteligentes e tão medrosos.
— Acha que eles apenas ficaram com medo, que nada vai
acontecer?
— Não disse isto, mas pensa, se você estivesse em um grupo
que foi montado para cuidar do recomeço, com a herança genética
de um planeta chamado Terra, vocês não pensaram, vai ser difícil,
não vai ser fácil, ninguém monta algo assim porque as coisas vão ser
fáceis.
— Certo, a missão, não adianta salvarem a vida e não terem
um planeta, ou pior, o ter e não terem como recomeçar.
— A capsula foi colocada sobre rocha, mas todo o solo a volta
é termofrost, então temos de ver o que faremos para sobreviver até
o inicio do evento.
— Não entendi.
— Acredito que o problema seja no inicio e após as 44 horas
iniciais do evento, mas para isto, temos de nos proteger e
sobreviver até lá.

640
O rapaz viu a moça pegar suas coisas na cabana agora vazia
dos rapazes e começar a subir pela encosta daquela rocha.
— O que vai fazer Cris? – O soldado.
— Tenente Cristine para você soldado.
— O que faremos Tenente?
— Vou prender um cabo na rocha, você volta com esta corda
e prende no trailer de alimentação lá embaixo, na parte de reboque.
— Vai puxar para cima?
— Se for rachar, vai ser lá antes daqui, então vamos ao
trabalho.
O rapaz pega a corda e começa a descer, agora sabendo que a
tenente não pretendia ficar na inercia.

Cidades que estavam com neve a rua, começam a ver a


mesma derreter, e o sol abrir, se via rios subirem muito rápido nesta
hora, e começam a evacuar em meio a retirada pessoas de
encostas.
Pedro olha para as imagens no polo sul, Antártida, as balsas
de posição sobre naves faziam ter a imagem a volta, mas ainda nada
de concreto, viu uma grande rachadura surgir no mar de Ross e olha
as naves ficarem a poucos metros do gelo, tentando manter os
cabos de ligação todos estáveis, um autômato pula para fora e
mantem o cabo de ligação esticado sobre a fenda.
Ele olha em volta e Pedro vê que a região iria ceder, e estava
a 16 horas do evento.
Ele tinha outros receios, os sistemas via GPS iriam cair junto
com os satélites em poucas horas, mas teria de tentar manter
estável até a hora.
Os sistemas por si esquentavam um pouco, mas Pedro gira a
imagem e viu uma pequena camada de agua, sobre geleiras eternas,
a temperatura estava subindo rápido, e subiria até o ligar da
proteção.

O monitorar dos pontos na China, também estabeleciam


problemas nas áreas altas de Termofrost, olha os dados da vila que

641
seria o recomeço e vê os cientistas saindo, a temperatura iria fazer
tudo aquilo ruir.
Pedro olha para o esforço que fez, e agora estava prestes a
perder muito rápido tudo.
Uma nave decola do sistema lunar e se direciona a ilha
Cornwallis no Canada.
Olha os demais prospectos e olha para cada problema, estava
tentando adivinhar, mas não estava em um bom dia de adivinho,
estava vendo as temperaturas subirem mais nos polos que no
equador, mas aquele subir de 10 graus no equador transformava
climas tórridos em fornalhas, já nos polos, se via o Ártico rachar
todo, e sobre a Antártida surgirem lagos ainda finos de agua.
O rapaz estava ajudando a moça a ajeitar uma proteção para
a base do laboratório quando olha aquela mancha escura sobre
eles, negro no escuro, com poucas luzes.
A moça olha aqueles autômatos saltarem na parte baixa, no
acampamento, olha para eles passarem pela base e vir direto,
aquilo era aterrorizante.
O autômato chega a eles e fala em um inglês difícil de
compreender de cara, os dois se olham pensando na frase.
— Precisam de ajuda?
— Tentando manter o projeto, mesmo sobre dados
assustadores. - A moça.
— Dados assustadores? – O autômato repetindo a pergunta
que Pedro escreveu. Enquanto Pedro tenta escanear a região, olha
o estado do solo, entendera a saída rápida, estavam agora acima de
um mar de agua doce que começava a escorrer bem ao fundo,
lentamente, mas quando começasse a escorregar, seria
imprevisível.
— Solo instável, os cientistas saíram a sul, a poucas horas.
Os autômatos se olham e a nave de vinte e dois metros de
diâmetro começa a andar no sentido das marcas.
O autômato olha para a moça e senta-se ao fundo, como se
apoiando as costas na parede do Trailer, fixa as pernas na rocha a

642
frente e pressiona o mesmo para cima, o colocando sobre uma
rocha maior.
A moça olha em volta e olha para o soldado.
— Ele está dizendo da forma dele, que abaixo da Rocha, tem
agua, então caminha pela rocha.
O soldado olha em volta e num segundo estava vendo o
acampamento e no seguinte, tudo começa a andar no sentido
oposto que os cientistas andaram, mas também era sul.
A moça olha para as rachaduras, pega uma lanterna potente e
vê que a região já não era a mesma, se viu a agua gelada ainda
congelar em pequenos trechos, mas uma camada de mais de 10
metros de gelo corria agora para longe dali levando tudo que tinha
ali antes.
A nave sobrevoa os cientistas, estavam em um bloco de gelo
que parecia ainda estável, mas não conseguiam ir a frente, pois
tinha uma rachadura de mais de 30 metros de largura por mais de
10 de profundidade.
O militar olha aquela nave ao longe, não sabia se os viram, faz
sinal, mas a mesma aproxima-se rápido e abre a comporta dianteira,
as pessoas começam a sair dos carros, e começam a correr para a
nave, os cientistas pareciam ganhar força ou estavam em pânico,
veem a comporta tocar o chão e começam a subir, nem param para
olhar o autômato a entrada.
O comandante faz os seus rapazes ajudarem os mais velhos, e
por uma leva de cães para dentro, e entram no final, a nave levanta
a haste e o comandante olha para o chão se desfazer a frente, parte
dos carros que estavam sem saber para onde ir desabam no buraco.
A nave decola com destino a Fort Brabank, a comporta se
abre e os rapazes olham apenas a estrutura da comporta para baixo
estava ali, todo resto, forte, casas, nada em volta, pareciam
mergulhados em um lago.
Os cientistas olham para os lados e começam a descer para a
cidade de proteção, onde um grupo de canadenses os recebe, a
cidade começou a desandar e todos foram para a área protegida, os

643
cientistas terem voltado era um sinal de mais sobreviventes, pois
toda a região parecia degelar as pressas.
Os autômatos saem no sentido das comunidades Inuit da
região e foram trazendo os ilhados e sobreviventes para a cidade de
proteção.
O comandante chega a frente de um dos autômatos e fala.
— Preciso ajudar minha tenente que estava cuidando do
projeto Genoma Terra.
— Temos um de nós lá senhor, já voltamos a ajudar lá,
apenas recolhendo os que não deveriam mais estar aqui.
O comandante lembra da ordem de evacuação, para proteger
estas pessoas, mas pelo jeito ninguém ouviu.
A tenente Cristine olha para o autômato e fala.
— Fica sobre a rocha, ai não é seguro.
O mesmo olha ela descrente, um humano querendo ensinar
segurança a um autômato, mas ele olha em volta e aceita a
sugestão, mas estranhou a colocação, nem sempre as pessoas
ajudam os demais.
A toda volta, eles olham o chão se desfazer, olham para o
céu, ainda noite, voltar a formar imensas formações de auroras.
O autômato se desliga, para poupar seus circuitos, e a
tenente coloca algo quente para ferver, pois precisava de algo
muito quente no estomago.
— Vai comer algo quente agora? – O rapaz.
— Vo... – ela para a frase sentindo tudo tremer, olha para
fora, não entendera, mas acende as luzes, olha para fora e olha para
uma das rochas opostas a eles, desabar na agua, o autômato parece
reativar e olhar em volta, ele usava o infravermelho, olha a
estrutura da Arca Genética e olha para cima, a moça não entende,
mas Pedro, na base em Curitiba, olha para o autômato pedindo
ajuda, tudo ali ruiria.
A moça olha para cima, a aura boreal sumiu, ela não via a
nave acima deles, mas ouve quando algo toca a estrutura, sente o
trailer tremer e segura-se.
O autômato olha para a moça e o rapaz e fala.

644
— Segurem-se.
Cristine já se segurava, sente o trailer deslocar-se uns 10
metros para cima, como se tivessem ligado um super-imã acima e
os prendido, sente os pés saírem do chão e voltarem a ele, sentindo
toda a força de algo assim.
Somente quando saem da área noite, entendem que uma
nave das grandes havia os prendido a ela, assim como a arca, e
começavam ir ao sul, a nave solta a Arca ao lado da estrutura que
dava a cidade subterrânea local, e depois solta o trailer, que desaba
em um lago de não mais de um metro de agua.
Os dois sentem a cabeça quando aquilo é solto e saem meio
tontos olhando em volta, o comandante olha para eles e para a Arca
e fala.
— Por aqui rapazes.
Os dois vão a cidade subterrânea, a arca não caberia ali, mas
fixada na parte externa, pelo menos tinha uma chance de
sobrevivência.
Os autômatos colocam a nave sobre a arca gerando ali uma
noite e uma proteção, ligando as camadas de proteção.

O sol crescia no céu a 24 horas, quando um comunicado de


um avião que caíra, acaba por determinar o fim dos voos, Pedro
olha para o alerta e pensa em quem era maluco para nesta hora
pensar em voar.
As imagens dos pontos nos polos, agora davam de naves
acima de lagos, os sistemas de boias que usaram nos oceanos, agora
usavam no mar, a temperatura nas áreas tropicais começa a cair, na
equatoriana subir assim como nos polos, a agua gelada forçava a
parte tropical em uma temperatura para baixo, e a posição do sol, a
polar e equatorial para cima.
Regiões que raramente chovem como a Groelândia, começam
a sofrer com chuvas, o que acelera o degelo de terras a muito
congeladas.
Os mares subiram em questão de horas, com o super
aquecimento da região equatorial, alimentando a área da agua

645
ocupada pela mesma, e pelo degelo de muita agua dos continentes
gelados, mais de 50 metros, e locais que não fizeram proteções
contra invasão do mar, começam a ser atingidos, costas inteiras de
gente que disse que não acreditava que era necessário tamanho
gasto, as encostas de parte da Rússia, ao norte começam a inundar,
assim como parte do Alasca e do Canadá, estruturas como o canal
do Panamá, começa a reter a agua para não entrar no continente,
mas as laterais baixas de cidades como a do Panamá, começam a
inundar, as pessoas em meio ao evacuar de algumas, começam a
fugir para as montanhas, em meio a chuvas cada vez mais
torrenciais.
As proteções em estados como a Florida, o garantem seco,
mas a força das mares tendia a aumentar e estavam apenas
começando a esquentar.
Muitos olhavam os dados e entenderam que era muito
complexo para prever, estavam antes do evento, esperando para
ligar as proteções, Pedro estava tenso, pois não sabia se iria
funcionar, parte da Austrália começa a ver o mar correr para dentro
dos vales com altitude negativa, os dados da crosta da Antártida
dava a toda sua volta, pedaços imensos de gelo despencando no
mar, se viu uma rachadura imensa, Pedro olha pelos dados e põem
todos os pontos a flutuar na região e nos mares a volta, abaixo do
gelo se formou uma pequena camada de agua, no sentido do Indico,
e uma coluna de mais de 3 mil metros de altura com mais de 100
quilômetros de comprimento, começa a deslizar para o oceano
Indico.
Pedro olha as proteções de costa e fica pensando naquela
onda chegando a costa em meio a um enfrentamento solar, ele
refaz os cálculos e não teria como antecipar nada, teria de esperar,
estava vendo o planeta aquecer, as pessoas se protegerem, e os
mares subirem, agora estava prestes a ver um tsunami tomar o mar
Indico por completo.
Os dados estavam nas mãos e ao mesmo tempo, podendo
mudar a cada segundo, Pedro olhava os dados sentado em uma
base subterrânea, olha os demais tentando manter a calma e os

646
cronogramas, talvez a primeira ministra Alemã tivesse sido a única
com coragem, pois os demais estavam correndo, enquanto ela
colocava a policia em estado de atenção máxima, contra qualquer
evento que pudesse causar distúrbio, mas estavam todos
protegidos, mesmo com sistemas de proteção das costas, estavam
todos já em áreas altas, todos na cidades construídas para o evento.
As naves sobre grandes cidades, deixavam elas longe das
tempestades, mas as enchentes que viam o rio, estes atingiam
cidades como Paris, Londres, e muitas cidades, como Shangai.
As TVs em sua maioria, foram saindo do ar, pois os satélites
foram ou torrando ou se desligando, o planeta começa a esquentar
e todos olhavam para os demais, sem saber o que fazer.
Os trens para evacuação no Brasil, estavam cheios na
trigésima hora, mas eram os últimos a ir as cidades subterrâneas.

Na cidade abaixo do prédio do ministério das comunicações,


a Presidente Dilma olha para aquele bando de políticos e
assessores, suas famílias, sabendo que eles mesmos lacraram a
porta de entrada, para não virem outros, que seriam eles os
sobreviventes.
As pessoas faziam perguntas que ela não tinha como
responder, mas em meio a uma senhora, que falava alto e gritava,
ela olha para a mesma e fala.
— Desculpa senhora Mariza, o que quer dizer com estão
tratando a senhora como uma qualquer? – Dilma.
A senhora olha para a atual presidente e fala gritado.
— Deixou um pirralho nos colocar aqui como bem quis, e
agora não temos nem lugar digno para ficar.
— Desculpa, mas ele não queria os por aqui senhora, teria de
ter esperado o seu lugar, este espaço da para mais de dois milhões
de pessoas, estamos em duzentos mil, e lacramos a saída, eu me
preocuparia não com seu lugar dona Mariza, e sim, como vamos sair
daqui, pois estes a sua volta, pressionam, seu marido que não sabe
de nada, pressiona, mas quem eles vão pressionar agora, para sair,
como saberemos se é seguro sair, quem vai manter nossa vida aqui

647
dentro, já que desculpa, aqui viramos um grupo de pessoas de igual
poder, lá fora poderiam apelar as multidões, aqui, é cada um por si
e duvido que se acreditassem em Deus, teriam se isolado deixando
os demais para morrer.

Pedro estava olhando os mares subirem e viu um dos diques


de contenção na Argentina começar a ceder, ele levanta-se e
atravessa para lá, olha para o dique, pega seu computador e projeta
outro mais recuado, segundos antes do outro ceder o mesmo se
ergue, as pessoas a volta estavam correndo ouvindo aquele trincar
da proteção quando veem a nova proteção surgir, Pedro olha para a
antiga, a reestrutura e a ergue novamente, olha para a porta de
segurança e sai novamente no sentido de sua base de observação.
Ele chega com alguns pontos piscando, ele começa a
redirecionar os pontos, algo estava mudando o planeta, e quando
tudo muda, parece que pesos internos mudam, e um vulcão entra
em erupção na Antártida, e o Kilauea parece gerar um grande
estrondo que tremeu todas as ilhas Havaianas.
O planeta queria dizer que estava vivo, e ao mesmo tempo,
um povo a sua casca queria sobreviver.
O sol crescia agora ao céu, em toda sua dimensão, não ele em
si, mas o clarão que vinha dele, crescendo a cada segundo.
Ele passa pela atmosfera de Vênus, com força, a temperatura
cresce, mas parte da atmosfera entra em reações e parte é varrida
ao espaço, somando naquela nuvem, o planeta parece fervilhar, as
imagens ao longe mostram a terra em ebulição, os compostos leves
das camadas mais altas da atmosferas, sendo arrastados pela
nuvem que passava por eles.
Banneker olha as imagens na Lua, olha para os rapazes e
pergunta.
— Assustador.
— Vamos registrar todo o evento senhor, mas em Vênus está
poucos graus acima do previsto.
Os aparelhos instalados na Lua, tentavam olhar para todos os
lados e um rapaz chega a eles e passa os dados.

648
— Temos a direção?
— Ainda não senhor, mas temos o desvio de 12 dos grandes
do conjunto de Amors, o conjunto de Apollos vai ser pego apenas
um grupo bem pequeno, que podem deixar de existir, estamos
acompanhando, mas dos pequenos grupos de Amors, deixaram de
existir, viraram pó, os grandes estão em alteração de orbitas, mas
não temos ainda uma posição de rumo.
Amors e Apollos são conjuntos de asteroides que andam
meio agrupados, e que cruzam as orbitas dos planetas interiores do
sistema solar, os cientistas estavam começando a os acompanhar,
pois seria trágico sobreviver ao sol e ter um asteroide de doze
quilômetros de diâmetro caindo na terra logo após.
Os prospectos de Vênus chegam ao grupo da NOAA, Frans
Diet olha os efeitos na atmosfera do planeta e olha para os técnicos.
— Não sei se resistimos, a atmosfera densa de Vênus, está
sobre ataque, se eles perderem a cada hora os 2,21% de atmosfera
que está perdendo, não vai sobrar muito da atmosfera pesada deles
que vemos hoje.
Um dos rapazes olha os dados e pergunta.
— E como vamos sobreviver?
— Eu não sei os sistemas de defesa, mas o que mostra
referente a Vênus é de nos deixar alerta, pois começo a entender o
sistema de entrada no nosso buraco. – Diet.
— Não entendi. – O rapaz.
— Sistema de isolamento contra descompressão, eles estão
pensando em defender-nos do pior, sei que eu falava que isto não
tinha como acontecer – Diet olha para Larry Columbis – sei que fui
dos mais intransigentes com os cálculos, mas é assustador o que
esta erupção que não sabemos o tamanho, vai fazer ainda.
— Ainda não terminou? – Larry.
— As transmissões começam a ter interferência, o sistema via
satélite está começando a cair, eles estão mantendo um sistema de
comunicação a laser com a lua, e a informação vem de lá. – Diet.
— Alguma previsão?

649
— A previsão que eles acabam de passar é que o evento solar
vai terminar quando já estaremos dentro da Nuvem, não sei se eles
se prepararam Larry, mas as imagens de Vênus, dizem por si, se a
proteção que tantos deixaram de apoiar não funcionar, vamos ser
um planeta morto após o evento.
Larry olha os dados, olha as estimativas e fala.
— E as imagens do Sol?
— Somente as que eles fornecem ainda está no ar, nosso
satélite deixou de operar, uma onda magnética secundaria o fez
torrar no espaço.
Larry olha os dados e coloca as imagens que vinham do
computador da Rosa’s, ele olha a reação em cadeia, e fala.
— Teremos após isto, se sobrevivermos, 10 anos sequenciais
de invernos mais rigorosos, pois a camada central do Sol, que gira
constantemente, vai perder até 4% de brilho nos primeiros 10 anos,
não sabemos ainda exatamente, mas começa a me preocupar o
planeta em si. – Larry.
— Os dados estão preocupando muitos.
— Acho que os mares entram no evento com
aproximadamente 86 metros acima do nível, alguns locais não
protegidos vão sumir do mapa, a quantidade de nuvens no planeta
estão assustadora, mas o aumento da proteção, pode ser uma
perda sem tamanho dos mares, se as nuvens solares as tirarem da
orbita da terra.
Os técnicos olham os dados, alertavam as autoridades,
tentavam encaminhar as coisas, estavam chegando a trigésima
quinta hora, e os dados chegam a todos os meios de comunicação
americana, que em 10 horas, ou se estaria protegido, ou nem saísse
mais a rua, pois seria mortal.
Pedro olha a onda se formar, olha os dados e se acalma, os
Imensos blocos encostam no fundo do oceano, e param, embora
continuassem a evaporar, mas a onda resultante não passaria de
185 metros, com os 62 metros do mar se revoltando e mais alto,
não atingiria as costas protegidas, algumas se abalariam mas
sobreviveriam, os sistemas de naves das grandes sai na direção de

650
vários pontos e passam por baixo de algumas balsas e as erguem, a
proteção teria de manter as posições, e ainda não dava para ligar,
pois assim que se ligasse, não se teria o sol ao céu para recarregar,
então era tentar o máximo de tempo, antes de as ativar.
As pessoas estavam em grandes cidades ao Brasil, os sistemas
de trens as deixavam em cidades subterrâneas que viram somente
neste momento, os trens começam a estabelecer suas ultimas
viagens, temperaturas em regiões ao norte e nordeste no país
estavam ficando insuportáveis.
Pedro passa para Manaus e os autômatos olham o menino
saindo a rua, ele olha para a nave, e dela começam a sair pequenas
naves, uma para a sua frente, ao cais, ele entra com alguns se
perguntando quem era a criança.
Ele sai dali com uma delas e as naves começam a parar em
intervalos a toda volta e os locais olham para fora do escuro e veem
uma cor amarelada, Pedro levantava seu primeiro sistema de
proteção, a temperatura na floresta começa a reduzir, ele não
queria perder toda a biodiversidade, e com o calor ao estremo, um
pequeno incêndio poderia queimar tudo ali, embora a humidade
estivesse em alta, o medo era algo referente a outros dados.
Um sistema idêntico financiado pelo governo chinês começa
a surgir na região de Termofrost, o reduzir ali era estratégico, se
toda aquela agua fosse ao rio Amarelo, o mesmo trasbordaria e
mataria mais gente ainda.
Enquanto alguns governos em locais equatorianos fizeram
sua lição de casa, alguns que pregaram em meio ao deserto que seu
Deus não os abandonaria, viam cidades inteiras começarem a
queimar, gente as laterais de desertos morriam, sistemas naturais
começavam a sofrer, o proteger de alguns em espaços específicos
na África, viam pessoas invadindo reservas protegidas, matando
espécimes mais ameaçadas que as humanas.
As vezes Pedro olhava pelas câmeras e olhava para os
mundos que passara os seus funcionários, a calma em planetas
distantes, sistemas de proteção de campos com leões, tigres,

651
girafas, rinocerontes, e no planeta terra espaços simples sendo
invadidos, pois o pânico tomava conta.
Uma explosão na cidade subterrânea abaixo de Tell Aviv, fez
a cidade ficar com uma poeira fina a rua, as pessoas teriam de
respirar aquilo, pois não teriam como as tirar de lá agora.
Na cidade abaixo de New York um grupo da periferia começa
uma briga e se via a policia tentando os controlar, gente se matando
quando deveriam estar se ajudando.
As imagens passavam pela mente de Pedro, ele não queria o
pior, mas as vezes achava que o projeto estava muito errado, as
pessoas queriam a morte dos demais.
A atenção com contaminações externas, estava ao máximo,
ele não achava 100% seguro, mas não teria alternativa, quer dizer,
teria, arriscar tudo, mas ele preferiu não arriscar, ele tentava deixar
em mais de 2 mil pontos, na galáxia, pelo menos 20 mil pessoas,
seus projetos todos acelerados quando queria calma, mas o ver das
pessoas bem e distantes dava a ele a confiança para tentar
sobreviver.
Quando deu 50 horas do estouro, e faltava menos de 10 para
serem atingidos, começava a noite no Brasil, Pedro olha para a
porta ao fundo e olha Rita passar e olhar para a imagem do sol ao
fundo, com muita interferência, mas ali.
Ela o abraça e fala.
— Tem de descansar.
— Acho que temo não dar certo.
— E não tem como acelerar, então tem de descansar, sabe
que não tem culpa, mas fica ai olhando os dados.
Pedro a beija e fala.
— Não sei o que fazer Rita, os oceanos estão subindo,
pequenas ondas estão atingindo todas as barreiras construídas, os
sistemas de pontos, os 16 mil pontos, 14 mil eu tive de dispor
sistemas que estão os erguendo, o sistema está sempre
recalculando via laser onde eles deveriam estar, pois não temos
mais satélites confiáveis, as naves de redução eletromagnéticas
estão indo no sentido da nuvem, não conseguimos mais do que 4

652
quilos de antimatéria neste tempo todo, então não temos esta
proteção, o sistema de proteção da Lua estou reforçando, as naves
paradas sobre a lua, estão agora sobre as entradas, pois não sei se
aguentariam sem isto, eu não vou conseguir relaxar, eu pensei em
ficar longe, mas se hoje estivesse lá apenas olhando, todo o sistema
de proteção baixa, estaria inoperante, a cada meia hora temos de o
recalcular e reposicionar, o planeta não esta calmo.
Rita olha em volta, ela via as imagens do planeta, talvez a
calma distante fosse algo que as isolava do problema, lhes dava um
caminho, mas era obvio que Pedro tinha naquelas paredes a toda
volta, um sistema de controle, se via as regiões protegidas, os
humanos mostrando seu melhor lado, e seu pior lado.
Pedro a olha e fala.
— Vou tentar descansar, tenho menos de 10 horas para
enfrentar o problema.
Os dois se abraçam, Pedro sorri de abraçar suas duas
meninas, olha os demais olhando ele ao longe, todos estavam
tensos, mas todos tentavam mostrar normalidade.
Pedro vai descansar, teria de pensar e se preparar.

653
Horas de Terror
Pedro acorda assustado, olha Rita ao seu ombro direito, Carol
no esquerdo, olha em volta e demorou a se situar, ele senta-se a
cama com calma, olha para o relógio, olha para o banheiro, toma
um banho e vai a cozinha, faz um café, era madrugada, olha para
fora e olha sua irmã a olhar para fora.
— Perdida?
— Confusa, você está a um paço de ser o ser mais rico do
mundo que conheço, e ao mesmo tempo, sinto como se tivéssemos
de nos afastar.
— Mana, não sei o que vai acontecer, mas sei que o planeta
sobrevive, mas muita coisa vai mudar.
— Mudar?
— Quando terminar, se terminar, precisamos conversar,
todos estão por perto por medo, alguns nem sabem onde estamos,
mas meus cálculos, e vou voltar para lá, já temos mais de 40
milhões de mortes por algum motivo bobo, explosões onde não
deveriam acontecer, gente afogada em locais que deveriam ter
evacuado, gente que foi orar a Ala agora a pouco, e o sol os torrou,
os queimou, os polos quando chegar ao comando, não existirão,
não sei como pedaços de rochas, como a Groelândia vão estar, pois
ninguém a viu sem gelo, muito do que achamos que conhecemos da
Antártida, está abaixo de quilômetros de gelo, que boa parte
escorreu para o mar, mesmo ainda estando degelando, estão lá.
— E não quer ajuda?
— Não vai ajudar em nada precisar me preocupar se estão
seguras, quando eu passar por aquele portal, é para algo que vai me
deixar ativo por horas, mas não tenho como ficar ao longe.
— Todos pensavam que você estaria aqui.
— Este não sei mais ser, este era eu há um ano.
— Se cuida.
Pedro a abraça e atravessa o portal, olha para os pontos se
recalculando e olha para o sistema externo, as naves saem da terra,
faltava menos de uma hora para a nuvem chegar, elas se

654
posicionam entre o satélite e o espaço, os sistemas começam a se
abrir e ligar.
Banneker olha para os dados da Lua e olha para os pontos
surgirem ao céu da Terra, se via a olho nu a nuvem vinda do Sol,
eles atingiriam em pouco tempo a Terra.
A maioria estava cansado a volta, mas ninguém tinha como
sair dali, iriam a seus quartos e ficariam pensando que poderiam ter
visto algo que não entendiam.
Pedro olha para o sistema de pontos em terra e começa a os
carregar, a energia estava suficiente para iniciar, mas ainda não
tinha certeza se daria certo.
Os sistemas em paralelo começam a brilhar ao chão, e os
rapazes na lua olham para a Terra na parte noite brilhar, como se
tivessem pontos bem brilhosos a toda volta, olham para o planeta e
ele fica turvo.
Pedro acabara de ligar o sistema interno, as pessoas olham
para o céu ficar estranho, as proteções começam a se ativar a toda
volta, alguns pontos fora do lugar pareciam desconectos, Pedro
passa as coordenadas dos 51 pontos que deveriam conferir, olha a
nuvem e ativa os satélites, o brilho externo do planeta por questão
de meio minuto, e Banneker olha o planeta sumir, os técnicos
olham aquilo descrentes, o sorriso de ter dado certo pelo menos no
começo foi acompanhado pela imagem de naves vindo sobre eles,
sentiram a nuvem solar a toda volta, Banneker olha os instrumentos
e o conjunto de radares do lado de fora, pararem de funcionar, dá
as coordenadas para verificarem, olha as naves servirem de
proteção extra, e a imagem do solo da lua começar a reagir, como
se tivesse esquentando muito.
Pedro olha para as imagens externas caírem, muda as
frequências e coloca cada um dos 16 mil pontos a volta do planeta
em um pedaço da tela a toda sua volta.
O olhar para os autômatos terminarem os concertos de cada
um dos pontos, fez ele pensar se daria certo.

Na NOAA Diet olha para os comandos começarem a dar que a


energia começava a cair, não entendeu, mas olha para as imagens e
davam que o lado de fora estava escuro.
655
Larry chega a ele, estava amanhecendo, quer dizer, deveria
estar amanhecendo e estava tudo escuro.
— O que aconteceu?
Diet mostra as ultimas imagens vindas da Lua antes de a Terra
sumir e Larry aproxima e fala.
— Esta é uma das defesas?
— Pelo que entendi sim, mas temos de alertar todos a
ficarem nas cidades, pelo que entendi do comunicado, eles tem dois
sistemas de proteção lá encima, o calculo deles é que eles
resistiriam 22 horas, não máximo, então eles tem de trocar de
sistema, e lá fora, é aquele sol que vimos passar por Vênus, não sei
se aguenta, mas as imagens da Lua caíram, não tem como manter
com tamanha interferência, e eles também estão dentro da nuvem.
O senhor olha para o escuro e pergunta.
— O planeta inteiro está assim?
— Todas as imagens que tenho, estão assim, noite nas
cidades e afora, sei que precisamos de algo assim, mas mostra que a
tecnologia que eles desenvolveram é assustadora Larry.
Os técnicos chegavam e se perguntavam o que estava
acontecendo, o mundo estava em uma noite total, e não tinham
como saber quanto tempo resistiria aquilo.
Pedro olha para o sistema começar a mostrar uma falha, o
sistema de proteção de um dos satélites estava querendo dar falha,
os sistemas de autômatos são mandados ao local, passam pelo
satélite e sentem o calor na estrutura das naves, dois deles se
debruçam sobre o satélite, concertar algo girando a alta velocidade,
ligado e com um sol queimando a toda volta.
O autômato sentia o sol interferindo em seus sistemas, o
calor muito alto, um deles se desprende e flutua no sentido da
nuvem, saindo da proteção da nave e Pedro olha o mesmo
derretendo, ele explode e por um segundo Pedro perde a imagem,
em um trecho do Indico, o sol começa a entrar na proteção, uma
faixa de proteção tinha caído, aquilo giraria, com o planeta, teria de
concertar, ao chão, cidades com aquelas naves sobre elas sentiram
o calor, o ar esquentou muito e algumas pessoas começam passar
mal em cidades cobertas na China e Índia.

656
Pedro desloca mais 6 naves para a região, ficava a olhar os
demais pontos, ele não queria este problema agora, mas teria de
fechar.
O autômato dois sofrera com a explosão, um segundo saiu da
nave, e ajuda na operação, eles concertam o problema em questão
de meia hora, e a proteção volta a fechar.
No chão, enquanto isto, outras naves cuidavam do
funcionamento do sistema baixo, que Pedro começa a acelerar.
Os sistemas internos começam a ir a pontos atingidos, e
auxiliar no cuidar das pessoas, uma floresta na Tailândia pegava
fogo, e espalhava terror pela região, 6 áreas de proteção destruídas
em minutos, Pedro olha como se achando que não sobreviveriam.
Ele após o ponto de confirmação liga o sistema de proteção e
começa acelerar o tempo.

Banneker olha para as imagens vindas do planeta, se viu o


pequeno buraco, mas com o fechar do buraco, se via o sol chegar
aquele globo negro, pois nada existia ali, e se via o mesmo passar
pelos lados, se via a silhueta do planeta pelo desviar do sistema, ele
consegue reativar um laser até um dos satélites e a NOAA recebe a
imagem externa.
Larry olha as imagens e põem na parede ao fundo e fala.
— Tivemos um problema na proteção, se vê uma leva de
sistemas de socorro para uma das cidades de proteção Indianas,
passa a imagem para os demais, pois precisamos os deixar alertas.
Frans Diet olha os dados e fala.
— Porque os dados parecem perder parte?
— Não sei, mas as imagens parecem pular de pontos em
pontos, mas melhor que nada.
— Confirma o problema, o relógio deles parece maluco, cada
segundo que chega a informação, parecem ter passado parece se
perder 3 segundos.
O rapaz olha o sistema e fala.
— Não é o nosso que está pulando senhor, é o da lua, pode
ser um defeito que eles não verificaram.
Frans olha o sistema e as imagens e fala.

657
— Pelo jeito os sistemas estão avançando na proteção, ainda
estamos estáveis.
— A correria na Ásia está grande, a informação esta chegando
via fibra ótica, mas não entendo o dado, nós conseguimos olhando
para cima ver a lua, mas eles não nos veem?
Larry olha para a Lua, olha para as estrelas e pensa ter algo
errado, não teria as respostas rápidas, mas a lua é lenta ao céu, mas
o giro da Terra parece a tirar muito rápido do espaço, olha as
estrelas e a imagem do sol, através da proteção, se via o vento
solar, se via as auroras boreais, se via aquele globo ao fundo,
quando Pedro passa para a Lua.
Banneker olha o menino e fala.
— Veio a nós?
— Os sistemas internos estão meio malucos, eles estão
perdendo dados por acharem que estão defeituosos, não consigo
comandar um controle eficiente de lá.
Banneker olha as naves e fala.
— Não temos muita diferença.
Pedro olha para as imagens passadas pelas naves, olha para
os sistemas e para a proteção, caminha para a sala de
equipamentos e pega uma veste, olha para fora e olha os grandes
autômatos abrirem a comporta de uma das grandes naves que
estavam fora da cidade, o calor imenso fez Pedro pensar que as
vestes teriam de ser melhoradas.
A nave sai do chão da Lua, olha em volta e se posiciona a
frente do sistema eletromagnético, a nave se carregava com isto, e
não precisava abrir as linhas de placas externas, poderia vir a perder
elas se as fosse carregar naquela temperatura.
Banneker olha o menino se afastar e um rapaz pergunta.
— O que ele vai fazer?
Banneker olha para a proteção do planeta passar das 22
horas e olha para o relógio, olha para as proteções e fala.
— Ele está tentando acelerar o tempo, é isto que a segunda
proteção faz.
— Não entendi. – Um rapaz ao fundo.

658
— A nave vai ficar em contato com o satélite mas para fora
do planeta, ele precisa ativar a segunda leva, e não tem como saber
quando, já que o tempo interno está diferente do externo.
— Mas o que ele ganha com isto? – O mesmo rapaz.
— Se o sistema foi feito com capacidade calculada de resistir
22 horas, ele acelerar o tempo e para nós ter passado 66 horas, e
não as vinte e duas, ele teria como proteger o planeta, de quase
todo evento.
— Acha que é isto que está acontecendo?
— Isto que ele queria fazer.
Banneker olha os dados sem saber se era bem aquilo, pois
tudo que eles estavam vendo era a nuvem, as vezes viam as naves
negras de proteção dos satélites, mas os satélites estavam para
dentro da proteção.
Banneker olha para os dados de energia e olha para o
intervalo de espaço entre a Terra e a Lua, algumas naves, imensas
surgirem, olha a linha de avanço do menino e não entendeu, ele
faria algo, mas oque ainda não sabia.

Pedro contorna aquele objeto que os sistemas visuais viam


que estava ali apenas pelo desvio da nuvem super quente do sol
que passava por ele e brilhava na parte frontal do planeta, parecia
gerar uma interferência no caminhar dela depois do passar pela
Terra.
Pedro aproxima-se de uma das naves de proteção, eram das
negras de 22 metros, com aquele imensa de 22 quilômetros, sabia
que aquelas naves ali que permitiam a comunicação saindo do
planeta para a Lua, nelas que estava o segredo de comunicação,
pois um cabo ligando o que estava fora do tempo normal e o que
Pedro estava. As vezes a transmissão externa se perdia, por sobra
de dados, pois tinha 3 segundos de dados para cada segundo
passado na parte interna.
A existência de um sistema de Proteção naquele ponto, fez os
autômatos recolherem os restos do que havia explodido, depois aos
poucos ajudarem os dois que fizeram a operação a voltar as suas
posições, a radioatividade externa estava muito alta, Pedro olha os
comandos e tenta entender cada um dos passos, no centro daquela
659
nave ele começa a coordenar cada um dos pontos no chão, o que
nas primeira horas esquentara, começava a esfriar, estavam sem o
sol há 10 horas, os sistemas que primeiro defenderam as florestas
equatorianas do calor, agora prendiam o calor para ele não sair,
sobre pontos secos na Groelândia e na Atlântida camadas de agua
começam a congelar.
As imagens passadas para baixo pegam o pessoal da NOAA de
surpresa e um grupo começa a passar novas informações para os
demais pontos, onde antes o risco era de calor excessivo, agora era
de frio, autômatos no Brasil começam a distribuir nas cidades ao
nordeste e norte roupas de frio, a temperatura começava a cair,
uniformemente em todo o planeta.
No espaço, as mais de 120 naves que chegaram a pouco no
sistema, começam a se posicionar a frente das pequenas de 22
metros, ligam seus sistemas de captação, Banneker olha o fato e
olha o rapaz.
— Ele deve estar precisando de energia, como tudo está para
dentro da formação, ele vai usar um conjunto – Banneker soma as
naves – de 120 naves daquelas negras, para gerar energia para o
sistema.
No espaço grandes autômatos saem para fora da grande
nave, flutuando até a nave menor, ligam nela cabos de energia.
Em cada satélite um autômato menor, entra naquela
diferença temporal, com um cabo, os mesmos se distorcem, a linha
de proteção quando atravessada, distorce os autômatos, os
pressionando em todos os sentidos, um humano teria morrido, os
mesmos ligam os novos cabos de energia e o que era um sistema
que piscava na tela de Pedro como perigoso, começa a estabilizar,
uma fonte a mais além das placas de energia já carregadas fazia
uma linha a mais de energia ao espaço.
Pedro olha cada detalhe, as vezes temia não ter calculado
direito, sabia que perderia estrutura quando o primeiro sistema
sobrecarregasse, mas teria de ter aquela ligação, e ao mesmo
tempo, não teria como dispor além de pessoas, coisas pequenas
para dentro até o fim do evento.
Ele olha suas escolhas, olha os autômatos quando voltam,
desativarem, estavam bem danificados.
660
As cidades cheias de pessoas, naquela noite que parecia
durar, mas o principal, não ter lua, não ter estrelas, uma noite
totalmente escura, as pessoas rezavam, oravam, mas todas tinham
o medo nos olhos.
Pedro olhava a Terra e sabia que estava chegando a hora
numero 62 dentro da proteção, passa um recado para a NOAA.
Frans Diet olha a imagem chegando e uma contagem de
tempo vindo junto.
Ele passa a mensagem e explica a diferença temporal, olha o
sistema e vê Larry e os rapazes chegando.
— O que precisa falar Diet? – Larry.
— O menino Pedro Rosa, nos alertou que na hora de numero
65, temos de alertar todos a estarem em uma proteção.
— O que vai acontecer, é o fim da proteção inicial? – Larry.
— Ele responde rápido demais, mas ele estará mudando a
proteção, por mais de 18 minutos, o lado voltado ao sol, estaremos
nele, estará sujeito aos ventos solares.
— 18 minutos é muito. – Larry.
— Sim, mas quem estiver fora das cidades ou das proteções,
pode considerar morto Larry, estamos falando de um sol
queimando a 6 mil graus.
— Vai detonar tudo.
— Disto que a noite nos protege, não entendi a tecnologia,
mas obvio, temos os teimosos pelo mundo que saíram a olhar o céu
escuro.
Um alerta começa a ser dado em todas as cidades, as pessoas
com medo nem saíram, mas o alerta chega a todos os sistemas,
teriam problemas em horas sequenciais, pois o sol derreteria
geleiras eternas, em montanhas, termofrost iria entrar em fusão,
não em evaporação.
Na cidade de Manaus um grupo de pessoas começa a
levantar as linhas de proteção por cima da floresta, teriam de tentar
evitar com a linha de campos, as pessoas a floresta que viam a noite
escura, os animais recolhidos assustados, as arvores vivas mas
gerando mais dióxido do que oxigênio, são cobertos por uma linha
de energia que se via ao céu, transformando o céu em uma cor
acinzentada.
661
A proteção foi se erguendo em todas as regiões que eles
prepararam para proteger, regiões de proteção ambiental, regiões a
volta de cidades de proteção, encostas de proteção, pois o mar
estava a mais de 90 metros acima do nível, se uma proteção de
encosta não resistisse, seria problemas imensos.
A contagem regressiva se fazia, as telas de proteção da
segunda linha de proteção começa a se formar, mas ela precisava
de energia em grande quantidade, o estar mais próximo da terra,
fazia os sistemas estarem mais próximos, mas em ângulos piores de
interação.
Pedro olha as câmeras, olha para os alertas internos, a
segunda linha de satélites começa a se comunicar, estava
programando as coisas, sem saber o exato momento, ele dá o
comando de desativar da primeira, a segunda se liga e vai fechando
o espaço, não era uma camada simples, mas Pedro preferiu
desativar e sofrer 18 minutos, que pareciam intermináveis, mas o
risco de uma explosão em meio ao aquecer era maior que o
desligar.
Pedro olha os sistemas internos já ligados sofrerem e
ativarem lentamente as camadas.
Em 17 minutos e 14 segundos o segundo grupo de proteção
estava erguido, mas em terra, tinham milhares de mortos que não
estavam nas proteções, eles queimaram ao chão em áreas que não
eram protegidas.
Banneker olha a Terra surgir nos registros por exatos
cinquenta e cinco minutos e 42 segundos, onde viram a Terra ser
atingida, o atingir era estranho, parecia que a Terra não estava bem
lá, era uma proteção que diminuía a força, na parte externa,
estavam com mais de 15 mil graus célsius, na superfície, áreas que
pareciam refletir o calor, parte chega a 5 mil graus, Banneker olha a
imagem da Groelândia com uma entrada que nem sabia existir, sem
gelo, olha para o sentido oposto, e todo gelo tinha derretido, os
mares ainda subindo, agora absorvendo calor, para daqui a pouco
perder um pouco.
A segunda noite começa e Frans Diet olha para Larry e fala.
— Descobrimos o problema de comunicação, quer dizer, nos
abriram o problema.
662
— Qual o problema.
Frans passa a fita que gravaram, não a que tinham olhado
diretamente.
— Não entendi, não tem problemas?
— A transmissão nos dá a sensação de que existe problema,
mas a gravação do evento fica inteira, o menino nos alertou que
para que sobrevivamos, o segundo grupo de proteção, é uma
camada de aceleração de tempo.
— Isto não existe.
Diet sorri e fala.
— A verdade é que não entendemos, não que não existe, mas
a gravação está vindo inteira, mas nosso sistema assim como você
viu, vimos um sol forte, inimaginável, mas que os registros da lua
passam como diferentes antes e após tocar uma proteção baixa,
diferença de mais de 10 mil graus célsius, se a 5 mil queimamos, a
15 seria perda total nestes 18 minutos, mas a lua, registrou uma
troca segura e cronometrada de 55 minutos e 42 segundos.
— Não entendi.
— Algo sobre estarmos acelerados no tempo, então
enquanto para nós foi rápido, para quem olhou e se bateu no
espaço para fazer, foi super demorado.
— E como estão as coisas?
— Estão evacuando algumas cidades que o menino tentou
não proteger, mas que os governos insistiram em proteger.
— Não entendi.
— Ninguém sabe o nível que rios alimentados por geleiras
vão atingir, pois as imagens finais, na metade que se viu, da lua, não
sobrou gelo em montanha alguma, em polo algum, não sabemos
como o termofrost está a China, mas no Canada, não está mais lá,
corre como lama ao mar.
Larry olha para os dados, ele entendera, estava difícil de
admitir que estava acontecendo, mas agora entendia o andar rápido
da lua ao Céu quando a viu.
Os dados de ajuda iam com precações, terras radioativas e
em temperaturas altíssimas, o vale de algumas hidroelétricas
estavam sendo isolados, pois algumas elétricas dilataram no calor,
encolheram no frio, quando dilataram na altíssima temperatura
663
novamente, rachou, primeiro não teve agua para ela segurar, mas
agora chovia em meio planeta, e a agua corria para sistemas que
não conseguiriam segurar as aguas.
Pedro olha para os autômatos e fala.
— Vou descansar um pouco, qualquer coisa me acordem.
Pedro passa para a Lua, acerta a diferença temporal de seu
sistema de transporte a atravessa para a Terra, ele sente o corpo
quando se refez, ele senta-se e olha para o espelho, estava ali, olha
para os comandos e senta-se, tinha de lembrar que isto era doido e
perigoso.
Ele fecha a porta e olha a cama, encosta nela olhando a tela a
volta.
Dorme duas horas e acorda assustado, mede os tempos, se
estica, se organiza e vai ao corredor ao fundo e desce a cidade.
Pedro olha as pessoas todas assustadas, mas bem, alguns
tomaram as rédeas, mas isto que ele queria saber, como seria ao
fim do evento.
Pedro é visto pelo prefeito que o aponta e fala.
— Olha o responsável ai.
Pedro sorri.
Uns policiais olham para o menino e um fala.
— Isto?
— Como estão as coisas prefeito?
— Não sei, estamos todos para baixo, parte ficou na cidade,
mas não sei se estão bem.
— Já vou verificar, mas estamos entrando nas horas finais, se
o sistema aguentar, vamos a superfície em 2 dias.
— Acha que sobrevivemos aqui? – Um senhor, Pedro olha ele
e para o prefeito.
Gente que deveria estar na cidade organizando, ele pega o
comunicador dele e olha como as coisas estavam na parte superior.
— Não sei, mas como saberemos apenas após o fim o todo do
problema, espero que estejam lá para verificar.
Pedro olha aqueles senhores que deveriam estar organizando
a parte superior, e pensa em quantos a mais estavam ali.
Anda até o autômato ao fundo e pergunta.
— Qual a situação.
664
O prefeito olha o menino parar diante do autômato imenso e
este o olhar.
— Muitos para sobreviverem mais de 6 dias, os filtros não
foram feitos para 3 milhões de pessoas.
— A distribuição os permite sobreviver mais dois dias?
— Sim.
— Verifica se existem grupos muito fracos, vou verificar a
situação na base acima, vamos passar parte para lá.
— Vai desativar sua base?
— Tudo que poderia fazer já fiz, agora tenho de esperar o
tempo parar de acelerar e dai pensar em como vamos refazer todo
o problema.
O autômato se afasta, os policiais olham ele entrar nos
corredores do fundo, um grupo o segue e olha para ele chegar a
parte onde estavam os evacuados das cidades laterais, cidades que
Pedro nem tinha como olhar se ainda estavam lá.
Olha que estavam bem servidos, passou observando mas sem
perguntar nada, as pessoas pareciam tensas, ele entra no sistema
de transporte, um autômato olha para ele e fala.
— Desativado até segunda ordem.
— Sei disto, apenas confirmando os dados que não consegui
por fora, todos os trens chegaram?
— Na cidade sim, tivemos tempo de organização, então
estávamos aqui 12 horas antes do evento com todos os transportes.
O autômato responde e olha para as costas de Pedro.
— O que pretende, acha que vai nos sabotar? – Um policial.
Pedro olha para os policiais com armas na mão e pergunta
para o autômato.
— As ordens não eram os deixar sem armas.
— Os vindos pelos trens passaram por sistemas de proteção,
mas os que vieram por portais da cidade, parece que não o foram
desarmados. – O autômato.
Pedro olha para o policial e pergunta.
— Me chamou do que?
— Nos alertaram que você, é um sabotador, sei que o
prefeito está prendendo todos que podem gerar problema, mas ele
mandou ficar de olho em você.
665
— Se querem olhar, fiquem a vontade.
Pedro toca no peito e brilha, olha tudo parado e pensa que
poderia ter feito isto para vir pelo portal, não teria doido tanto, olha
em volta e sai dali, entra em um elevador e sobre para a cidade.
Ele olha os seguranças barrando as pessoas ao fundo, olha os
autômatos defendendo o povo, caixões ao fundo, ouve mortes, olha
para fora e para a frente do segurança surgindo ali.
O segurança olha para ele e aponta uma arma.
— Afasta menino, temos ordens de atirar, não é brincadeira.
Pedro olha para eles e fala.
— Espero que não tenham feito algo assim em cidades de
ligação, pois senão vão responder pelas mortes.
— Temos autorização.
— Quando em 20 horas, o sol nascer novamente, e esta nave
que está sobre sua cabeça, sair dai, quero ver se vai ter esta
valentia, pois eles verão a verdade. Mas o que um pirralho como eu
pode saber sobre isto.
Pedro se afasta e olha para os autômatos e pergunta.
— Situação.
— As pessoas estão querendo entrar, eles deixam apenas
pessoas que eles escolheram entrar e sair.
— Autômato, a cidade a baixo, já está com 3 milhões de
pessoas, todos os que forem para lá, vão passar mais fome que aqui
acima, defender a vida Autômato.
Os autômatos que defendiam a população avançam olhando
a posição dos demais, o segurança olhava para o menino, talvez o
surgir dele ali, fez alguns em meio a praça Tiradentes em Curitiba
olhar para ele, mas os autômatos chegam e desarmam os demais,
uma moça olha para Pedro e pergunta.
— Porque os mandou atacar os seguranças.
— Não estão atacando, atacar para estas maquinas seria
atirar a cabeça moça, eles apenas desarmaram eles, a parte de
baixo está super lotada, não podemos deixar ninguém mais chegar
lá, antes do fim da crise, os sistemas de purificação de oxigênio não
foram feitos para suprir 3 milhões de pessoas.
— Mas então vamos morrer? – A moça.
— Estou com cara que vou morrer?
666
A moça não sabia quem era o menino, mas alguns olhavam
ele como se tentando saber de onde conheciam aquele rosto.
Pedro olha para o seu comunicador, todos viram uma nave
negra de 22 metros chegar perto, estranharam, mas viram o menino
entrar na mesma e ela começar a sobrevoar, a moça olhava para os
seguranças desarmados sendo afastados dos portais e o autômato
desativar os mesmos.
Um senhor olha para a moça e fala.
— Conhece aquele encrenqueiro?
— Encrenqueiro? – A moça.
— Pedro Rosa.
A moça olha a nave se afastar, o menino que todos
desacreditaram, o menino que todos falavam estar mentindo, o
menino que alguns odiavam e outros amavam.
— Ele pode ser encrenqueiro senhor, mas se ele acha que
estar do lado de fora da cidade subterrânea é mais saudável que
dentro dela, começo a pensar em voltar para casa e esperar o fim
do evento. – A moça.
O segurança olha um grupo de senhores chegar e perguntar.
— Temos de descer rapaz, porque não estão protegendo a
porta de descida.
— Pelo jeito alguém isolou as cidades senhor, uma criança
passou agora a pouco aqui e os autômatos que apenas defendiam o
povo, nos tiraram de lá e desativaram os portais.
— Quem foi esta criança? Não acha que tem tamanho para
enfrentar uma criança.
— Senhor, a criança era Pedro Rosa, ele não nos enfrentou,
ele apenas ordenou os seus autômatos – o rapaz apontou o
autômato – para nos tirar de lá.
Pedro chega a região do apartamento de sua mãe na cidade,
olha para cima, a nave negra, as luzes da cidade pareciam as vezes
bem fracas, imaginou o problema que teriam, ele dali foi a sede da
Rosa´s e ativou autômatos para reestruturação da Itaipu antes do
refazer do novo lago, ele começa a ordenar mudanças de estrutura,
confirmar os dados e passa um pedido de conversa com Pietro em
Paris, ele surge na vídeo conferencia e olha o menino.
— Problemas menino?
667
— Sim, queria poder fazer as coisas melhor, sabe que não
tivemos chance, mas cuidado Pietro, todos nós viramos alvo em 20
horas dos que sobreviverem.
— Vi a hostilidade, não entendi.
— Eles terão sobrevivido ao primeiro desafio, mas temos de
manter a calma, pega sua amada e assim que terminar passa para a
sede em Marte, de lá terá pelo menos mil possibilidades de escolha.
— Certo, posso levar minha mãe.
— Todos que achar ser de sua responsabilidade Pietro,
estamos começando, sabe que o dinheiro que tens na conta, terá de
manter longe do olhos deles.
— Alguma ideia?
— Poderia lhe indicar alguém que pode transformar tudo isto
em barras de ouro e diamante, mas isto é para 48 horas.
— Certo, esqueço que tenho um chefinho que tem quilos de
ouro por ai.
— Diria que invisto a pouco tempo em coisas Pietro,
precisamos que eles nos esqueçam, eu afastei os meus, sabe que
afastamos e geramos lugar para todos os nossos funcionários, mas
olha os dados dos cabos de fibra sobre áreas com problemas como
hidroelétricas, usinas nucleares atingidas, estou isolando com
campos de proteção mais de 40 usinas americanas que vão
estourar, olha as por ai, não tenho como coordenar isto sozinho.
— Certo, qual sistema é mais seguro.
— Campo de exclusão, olha os planos de evacuação, se eles
começaram a resfriar e não vai dar, pois algumas foram atingidas
por temperaturas superiores que estavam os seus reatores, põem
um autômato lá e instala um campo de exclusão após isolar, dá para
isolar até o ar, então temos como reter toda a radioatividades.
Pietro ativa todos os sistemas que ainda estavam ativos no
planeta e começa a receber confirmações a toda volta de
problemas, funcionários começam a retornar, ninguém queria voltar
a um planeta morto por radioatividade amiga, então começa uma
operação para isolar e fornecer energia a todas as usinas nucleares,
para não ter perde da refrigeração.
Nas centrais de controle, Dallan olha para a tenente Sabrina e
fala.
668
— Acha que dá para recuperar os sistemas ao norte.
— A parte da montanha ao fundo está queimando, mas
segurei os bombeiros, o nível de radioatividade está muito alto.
— A cidade?
— A proteção manteve toda a cidade protegida, estava vazia,
mas como a nave e o sistema, a temperatura máxima ali foi de 28
graus, nada extremo.
— Então se tivéssemos como proteger todo o planeta com
algo assim ele estaria seguro.
— Sabe que ele está tentando General, mas ainda falta muito
para sairmos, as imagens da região sem proteção mostra o que
aconteceria se não tivéssemos montado os pontos de proteção.
— E o que ele está fazendo, sei que o monitora Tenente.
— Na América mais de 2 mil grupos de ação, gente tentando
refazer hidroelétricas, grupos isolando reatores nucleares que estão
prestes a estourar, concertos em uma das muralhas de proteção da
Florida, e dois trechos no Texas, que com o esquentar e esfriar
parecem ter dilatado mais do que eles calcularam.
— E depois os que se esconderam vão reclamar.
— Sim, o menino estava certo nas estimativas senhor.
— Estimativas?
— Com tudo isto, as mortes já chegam perto de um bilhão de
humanos, entre todas as espécimes, incalculável, então ele acertou
naquele ponto que o tirava o sorriso, teremos se nada sair errado
daqui até o fim, no dia seguinte ao evento, o maior enterro de
humanos da historia.
Dallan olha para os dados e fala.
— E com certeza vão jogar sobre os governos, que vão jogar
na empresa.
— Logico, eles vão falar que tiveram problemas pois a
empresa não entregou o que se propôs, sabe como funciona a
politica general.
— Como dizem, a evolução não é porque o ser humano
evoluiu, e sim, porque alguns foram bem mais longe que os demais.
Dallan olha os dados, fica a passar alertas, a maioria era para
não saírem das proteções, pois a radioatividade, a temperatura e a
instabilidade eram grandes.
669
Sabrina passa para o general o esquema de retomada e ele a
olha após como se perguntando como?
— Isto que estou dizendo senhor, ninguém viu ele proteger,
ninguém viu ele fazer as coisas, e quando saírem da proteção das
naves, dois dias depois do fim do evento, a chuva já terá lavado boa
parte dos terrenos visíveis.
Dallan olha para as câmeras e olha a garoa fina caindo do
lado de fora, eles estavam em uma região que raramente chovia,
mas se via a atmosfera altamente úmida, os furacões não estavam
sendo gerados pois o calor não vinha de lugar nenhum naquele
momento.
Os mares estavam no geral mais quente, mas ainda estavam
entre o dilatar e encolher.

Pedro olha os dados e as horas corriam, ele estava tentando


não olhar para os dados negativos, embora eles piscassem a toda
volta, ele sabia que o planeta estaria com milhares de espécies a
menos, sabia que os mares estariam mais altos, mas com índices
altos de mortes em alguns lugares.
Pedro olha para o chegar da hora de tentar ser frio, ele passa
a base na Lua, com tudo parado, ele olha para os dados e passa para
uma nave em frente ao Sol, olha os dados, olha para o mapa
desenhado pelo sistema, olha para o tamanho da nuvem, as vezes
Pedro queria que as coisas não seguissem o sol a quase a mesma
velocidade, mesmo explosões.
Pedro pega os dados e volta a base lunar, toca o peito e olha
para Banneker, que o viu surgir do nada, andando até ele.
— Problemas?
Pedro sorriu e falou.
— A explosão durou exatas 93 horas Banneker, o tamanho da
nuvem, a temperatura, a velocidade, nos faz passar por ela por 119
horas, a radioatividade solar ainda vai estar em tudo que foi tocado
por ela, mas hora de por os rapazes para dormir, pois em 10 horas,
vou precisar de ajuda.
— No que podemos ajudar?
Banneker olha o menino chegar a tela e coloca o sistema de
imagens e olha as naves negras se aproximando de satélites horas
670
antes do evento e os puxando magneticamente para dentro delas,
mais de 400 satélites, de varias nações.
— Precisamos de umas 30 horas para por todos eles lá de
novo, mas eu sozinho, não sei calcular onde os colocar.
O rapaz no comando olha para Banneker e fala.
— Sabe que teremos de os deixar em rotas fixas, mas o difícil
é os colocar na velocidade.
Banneker olha para o menino que fala.
— Descansem e pensem em como vamos por eles lá de novo,
pior seria ter de os construir todos de novo.
Banneker olha para o menino tocar o peito, ele apenas
brilhou, não o viu caminhar até o portal e atravessar, como o tempo
estava quase parado, diante dos dois sistemas, foi apenas um
embrulho no estomago, ele sorri e senta-se em sua base, vendo os
autômatos ajeitando as pessoas ao fundo.
Olha para o sistema e abre comunicação com os sistemas de
proteção e passa os dados do sol.
Frans Diet olha os dados e olha a estimativa de duração, olha
para os prospectos e chama o grupo de pessoas para uma reunião.
O senhor estava na cidade baixa, a imagem da parte alta ele
nem vira, mas o prédio da empresa tinha pego fogo, queimado com
equipamento e tudo, as imagens que chegavam a eles, em parte
eram a própria situação, ele olha os demais e fala.
— Bom dia, sei que muitos não estão entendendo os eventos,
vamos começar a abrir o que aconteceu, e vamos tentar trabalhar
em conjunto, os dois grupos da NASA, tanto na Florida como na
Califórnia, Banneker está nos abrindo o que eles fizeram e não
alertaram ninguém, eles abraçaram nossos satélites com sistemas
de proteção, eles não sabem se eles estão funcionando, mas eles
vão precisar que assim que o eletromagnetismo externo estiver
mais normal, que todos ajudem a calcular onde cada satélite vai
estar.
Eles acabam de calcular o tempo do evento, o sol conseguiu a
maior erupção que um humano viu, e provavelmente verá na vida,
93 horas, atravessamos esta erupção por exatas 119 horas, e
segundo Banneker, tudo indica que vamos passar seguros.
— Mas como?
671
— Não sei ao certo, mas externo ao planeta, estamos
entrando na hora de numero 70, sei que vocês estão olhando os
relógios e se perguntando como, não sei, mas os dados confirmam
que lá passou este tempo, aqui não.
— E a NASA acha que resistimos mais 29 horas.
— Vimos ali fora, o que foram minutos sem a proteção,
estamos falando em viver, remontar, reorganizar, não apenas
sobreviver, sei que eu fui dos que mais duvidei, mas tenho de
agradecer alguém não ter me ouvido, agora, teremos de ajudar o
pessoal a por as coisas no lugar, para reestabelecer as
comunicações o mais rápido possível.
As pessoas foram as suas salas, a imagem do que aconteceu a
base acima da cabeça, pois a floresta lateral começou um incêndio,
e quando ventou para o lado deles, com tudo seco ao chão, foi um
rastro de pólvora que queimou toda a estrutura, e agora eles teriam
ainda de ajudar a remontar a estrutura de comunicação antes de
voltar a remontar suas vidas.

Pedro começa a olhar os dados da parte externa, os


comandos com as naves estavam mais limpos, sinal que a espessura
da nuvem estava reduzindo, eles estavam indo a parte final, ele
parecia olhar incrédulo a temperatura externa cair para 3 mil graus,
ainda muito alto, mas começa a ver o sistema magnético da terra
reagindo ao evento, mesmo dentro da proteção.
As imagens de um planeta voltando a ter uma camada de
gelo, nos polos, fazia Pedro tentar entender como poderia voltar a
ter gelo ali.
As toneladas de peixes boiando em praias do mundo, a altura
da mesma dizia que no equador a temperatura estava muito alta, já
nos polos começava a reduzir, a ausência de sol, fazia os grandes
problemas ainda não se apresentarem, mas o calculo para furacões
violentos estava em quase todos os sistemas de prevenção, fosse
nos Estados Unidos, na China ou no Japão.

Quando Pedro viu o fim daquela imensa nuvem de dejetos


passar pela Terra, olha em volta com todas as câmeras, a superfície

672
da lua parecia um cristal brilhoso, como se estivesse ainda
resfriando, mas como se tivesse derretido toda a superfície.
O olhar para Vênus dava um planeta quase sem atmosfera,
menos brilhoso.
As naves davam as posições, ele desliga o sistema de retardo
do tempo, os autômatos começam a colocar em suas pequenas
naves os equipamentos, em mais de 16 mil pontos no planeta, os
satélites que ele desativou e foram recolhidos, chegavam a uma
base na Lua, os sistemas confirmam o fim do evento e Pedro olha
para as cidades, liga os sistemas de proteção contra radioatividade,
olha para os sistemas de calor, e aciona as naves para começarem a
sair da cobertura das grandes cidades.
O sistema começa a desligar o sistema e as pequenas naves
começam a recolher o sistema, enquanto começa a amanhecer no
Pacifico.

673
Maior Enterro Humano
Faziam 122 horas do inicio do evento, quando as primeiras
naves, nas regiões mais polares, deixavam de cobrir as cidades,
alguns olhavam as naves saírem, se perguntando se era seguro, as
mesmas se retiraram pelas 24 horas seguintes, os campos de
proteção ainda estavam lá.
As pessoas olhavam as regiões ainda ao longe, os soldados
em boa parte seguravam a saída das pessoas, pois a radioatividade
estava grande.
Portais entre as naves e as cidades subterrâneas começam a
ser ativadas e os grandes autômatos começam a se retirar.
Gerson olha para seu filho vir por aquele portal, suas olheiras
estavam fortes e o viu entrar em casa, tomar um banho, sem falar
muito e cair a cama.
O senhor Ribeiro olha para Gerson e pergunta:
— Acha que é seguro voltar?
— Os dados ainda estão chegando amigo, a radioatividade
nos campos a volta dos pontos isolados estão muito altos ainda,
mas as noticias não são boas.
— Muitos mortos?
— Quem não foi a uma proteção morreu José, mais de um
bilhão de humanos mortos apenas por se recusarem a se proteger.
— Pelo jeito no fim as coisas foram violentas?
— Não sei ainda, ele vai descansar antes de falar sobre isto,
não sei ainda o que vai acontecer.
Pedro ficou a cama quase um dia, saiu da cama por dor nas
costas, não aguentava mais ficar lá.
Enquanto na Terra muitos se perguntavam como recomeçar,
os sistemas de balsas que Pedro gerou no Pacifico eram retirados,
longe dos olhos, milhares de autômatos, aparentando pessoas,
providenciavam um enterro aos seres encontrados, aos animais
encontrados, a um montante imenso de coisas que se deixassem ao
ar livre, apodreceriam e ampliariam os problemas.

674
Sistemas de coleta de peixes, em rios, lagos, mares, estavam
retirando os restos mortos.
O sistema de controle de radioatividade, mostrava que áreas
protegidas foram a índices saudáveis em 12 dias, enquanto havia
regiões que demorariam bem mais para voltar ao normal.
Banneker olha para a Terra do espaço e vê aquela bola mais
amarelada, bem menos azulada do que o normal, se via a olho nu o
resultado a toda volta, o solo da lua estava esfriando agora, o que
dava as cidades protegidas uma área segura, mas no geral,
mudanças em vários pontos da Lua, como se tivessem sofrido
corrosão, resultado do ir a ponto de fusão e a gravidade da lua,
fazer grandes massas correrem para dentro das crateras, a lua
estava mais lisa e com menos pontos altíssimos.
A imagem nova da Terra, não era vista ainda pelo povo, mas o
trabalho coordenado da NASA e da NOAA foi recolocando os
satélites em orbita.
Foram 15 dias para que os satélites começassem a calcular as
diferenças, e estas eram imensas.
Banneker fica a olhar uma imagem da Groelândia olhando
descrente. Uma imagem das partes altas uma imagem de uma
entrada de oeste para leste que ignorava existir, e todas as partes
antes habitadas, totalmente alagadas, lembra quando o menino
falou em insistir em desocupar, lembra que ninguém quis sair, todos
afirmavam que não aconteceria, imaginou o quanto eles sofreram
ali, pois as partes altas estavam todas sem gelo algum, e as partes
baixas, até uma que Banneker nem sabia ser ao nível do mar,
estavam tomadas por agua, os radares dando como sem vida, ele
aproxima as imagens e olha os grupos de resgate, ignorando serem
autômatos, sorri achando que houve sobreviventes, mas em Terra
ele os constataria abrindo cavas nas partes mais altas e enterrando
os humanos, cães, baleias, focas, ursos, tudo o que estava naquele
ponto morrera.
Os dados de mortes começam a surgir nas primeiras imagens
via satélites de operadoras que voltam ao ar, meio sem noção de
conteúdo, sem programação consistente, pois parecia que todos
estavam fora de seus ambientes, o narrar de algumas mortes de
famosos, alguns morreram do coração, alguns se mataram, alguns
675
correram pelo campo, pensando deixar suas ultimas imagens, mas
sem imaginar que tudo derreteu com ele.
As indagações em Brasília, era onde estavam os políticos, a
presidente, os assessores, parte do judiciário, parte da policia
federal. As afirmações de que estavam protegidos vinha apenas
confirmar que ninguém sabia, todos já estavam pensando em
recomeçar e o Brasil estava sem comando.
O senhor José Ribeiro, que havia voltado com a família para a
casa no bairro do Tanguá, olha pra Gerson e pergunta.
— Todos me perguntam onde estão os juízes.
— Agora estão pensando neles ou querem liberação de
recursos?
— Recursos, e o que vou falar não lhe falei Gerson.
— Problemas?
— A sua prisão e a de seu filho estão já encaminhadas, pelos
que sobraram, o prefeito e o governador não querem lhes pagar.
Gerson olha para Patrícia a sala e fala.
— Volta com o Bernardo para a outra casa.
— Problemas?
— Não quero lhe ver presa, se o problema é não pagar, eles
vão primeiro contra eu e Pedro, depois vão começar a atirar em
todos os sentidos que os podem cobrar.
Gerson olha para Roseli atravessando da casa em frente para
ali e olha para José.
— Eu tento falar para meu filho que as pessoas não são
assim, mas elas parecem não querer ajudar na educação de meu
filho.
Roseli entra pela porta e olha Gerson.
— Acabam de fechar os jornais, com ordem do prefeito,
cassou todos os nossos alvarás, ele afirmou que está fechando
todas as empresas que usam derivados de madeira, pois por um
tempo precisaremos recompor o ar.
Gerson olha serio para ela e fala.
— Avisa o João que as empresas vão ser alvo, sei que as
pessoas não gostam disto Roseli, põem na porta de todas as sedes,
para se reapresentarem apenas na segunda.
— Mas como faremos?
676
— Fecharemos os jornais de papel, não é o que o prefeito
determinou, mas vamos conversar com donos de outros jornais,
vamos lançar um site de noticias, temos de nos reinventar.
— Já sabia?
— Iria recomendar que você se mantivesse afastada, pois eles
vão pedir a minha prisão, a de Pedro, dai eles vão tentar parar tudo
que possa os cobrar o que nos deve.
— E o que vai fazer?
— Estou deixando nosso filho descansar, nem sei ao certo
tudo que ele fez, mas ele nitidamente esta cansado.
Rita a porta vai ao quarto e olha para Pedro.
— Sabe das novas?
— Sim, mas antes de ser preso, preciso fazer algumas coisas,
depois me entrego, ou apenas apareço em uma região que tiver
prefeito e governador e eles me mandam prender.
— Sabe que me preocupo.
— Eu sei, as vezes tenho medo de ter de me afastar, eu adoro
este planeta, mas ele vai me odiar, sei que vão jogar sobre minhas
empresas o peso.
— E pretende fazer oque?
— Mais duas semanas para as bolsas abrirem, existe grandes
grupos que estão sem saber como recomeçar.
— Mas tem um plano?
— Sim, vender para meus funcionários a empresa.
— Maluco.
— O problema é que eles tem o universo e estou oferecendo
um pedaço de papel.
— E referente o seu pedido de prisão.
— Eles primeiro vão tentar convencer os demais, então vou
primeiro me manter longe, depois vou pensar numa saída.
— E no que podemos ajudar.
— Se cuidem, tem muito maluco ai por fora.
Rita o abraça, abraço interrompido por uma pequena criança
dando seus primeiros passos e falando “Papai”.
Pedro olha a filha e a pega no colo, ele ainda crescendo, mas
sorri, parecia que seu mundo estava caminhando por um lado, mas
ele temia o que vinha agora.
677
Pedro olha para o pai a porta e Rita fala.
— Eles querem falar com você.
— Sei disto, as vezes queria voltar a ser apenas o Rosinha,
mas sabe que passa rápido esta sensação.
Gerson fala a porta.
— Podemos falar filho.
— Vamos lá, pelo jeito terei de acelerar as coisas, para poder
sentir as coisas voltando ao normal.
Pedro passa a pequena Agda para Rita e sai pela porta.
As pessoas estavam a sala, Pedro pega o celular e disca para
João e pergunta se está longe, ele estava chegando ali, olha para
Caroline e pergunta se o pai dela está em casa, ela confirma e ele
fala.
— Fala que precisamos conversar, hora de entender o
problema.
Pedro olha para o Desembargador e fala.
—Pelo jeito agora eles vão começar a arregaçar as mangas.
— Sim, sabe que pediram sua prisão.
— Sei, mas os autômatos estão chegando hoje a parte que o
grupo da Presidente danificou para não chegarmos lá, devem até
amanha estarem todos soltos, mas preciso apenas de uma decisão
senhor Jose.
— Qual?
— Eu vou calcular o valor do salario para um ano de todos os
funcionários da empresa, preciso que alguém no ministério publico
retenha este dinheiro na conta para este fim.
— Acha que vão tentar tirar o dinheiro das contas?
— Vão, mas isto demora, em 12 dias, estará lá apenas o
dinheiro dos salários para um ano, o resto estará em ações ou na
conta de funcionários.
— Vai desviar para ações? – Gerson.
— Pai, os montantes investidos eu coloquei em empresas que
pagam dividendos, estes devem dar a cada ano, para manter os
funcionários trabalhando, se tiver uma determinação para não
mexer neste montante, pelo menos as empresas se mantem.
— E referente as prisões?

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— Pai, sabe que temos sede em vários países, mas sabe
também que a escolha é sua, pode administrar isto sentado na
varanda vendo um planeta a volta ser estruturado, mas a escolha, é
sua.
— E sua prisão?
— Pai, eu não gosto de ser preso, mas sei que contra mim é
algo a nível financeiro, pego poucos anos, contra o senhor, eles nem
tem provas, mas temos de saber quais as acusações antes de nos
colocarmos em campo.
O senhor Frota entrou pela porta e Pedro olhou-o.
— Bom dia, preparado para representar a maior empresa
nacional a nível de funcionários senhor Frota?
— Vai por todos no BB?
— Apenas os do Brasil por enquanto, não deve chegar a 3
milhões de funcionários ainda.
— Certo, mas o que quer falar.
— Apoia a empresa, mas se perguntarem de Pedro Rosa, não
emite opinião, eles querem afastar todos que me defenderem,
então hora de falar mal do Pedro Rosa.
— O que vão falar, porque falariam mal de você, não os
salvou?
— Digamos que para os salvar, eles assinaram uma divida
com a Rosa’s Engenharia, que soma o PIB total do país de 10 anos.
O senhor José olha o menino, ele estava esclarecendo de
onde vinha o problema, eles não teriam o dinheiro, isto pararia o
país, e pergunta.
— Mas e vai deixar eles não lhe pagarem? – Jose Ribeiro.
— Senhor, se o planeta tivesse acabado, eu não teria de onde
obter o dinheiro, agora vou investir em todos os meios, soube que
perdi mais do que ganhei, mas vou colocar um diretor como
presidente da Regeneracion Medica, empresa que surge assim que
as ações voltarem a ser vendidas, vou por minha irmã a frente da
Guerra Entretenimento, vou forjar uma mudança de direção da
Guerra Diamante, o Curitiba Bank vai se unir a outros dois bancos e
o grupo de Priscila de Sena vai tocar, a parte de vinhos, estou
pensando em deixar meus sócios tocarem, a parte de tecnologia,
Pietro assume e toca a partir de Paris, as produções automatizadas
679
nos mundos distantes, vão ser tocadas por Carlos, no meio disto
estou com um super estaleiro instalado na Coreia, tenho terras
totalmente inoperantes em 120 nações, mas vou começar a
reerguer a empresa através dos 7 mil pontos de convergência,
tenho perto de 17 milhões de pessoas para por em ação.
— E eles estão bem?
— Senhor Jose, todos os meus funcionários estavam em uma
passagem como a que nos levou para aquele conjunto de casas,
bem distante, eles nem sentiram o problema, antes de retornar,
mas todas as vilas que construí, assim como os pontos de extração
de diamante, e os prédios da Rosa’s, tinham um sistema de
proteção que os deixou por ai, espalhados, sem radioatividade e
inteiros para recomeçar.
— A maioria está em pânico lá fora Pedro. – Fala João
entrando pela porta.
— Sei disto, por isto temos de fazer as coisas voltarem a
funcionar, somente quando as coisas voltarem a funcionar as
pessoas voltam a normalidade.
— Os supermercados estão vazios, tem gente que não sabe o
que fazer, os mesmos foram saqueados.
— Sei disto, assim que as coisas começarem a funcionar João,
serei sócio dos 18 maiores grupos de alimentação do mundo, mas
os estoques que tínhamos estocado, estão em caminhões chegando
a pelo menos 10 lugares na cidade, mais de 5 mil no país.
— Alguma ideia para o Jornal?
— Pai, liga para o Jorge, ele parece querer fazer uma parceria
de informação até os sistemas de informação voltarem a circular,
ele parece a fim até de pressionar o prefeito, sabe que se a pressão
vier por ali, ninguém vai falar nada.
— Nunca entendi o medo que alguns tem deste Jorge. –
Desembargador José.
— Senhor, ele foi a julgamento, em meio a este julgamento,
algo muito incrível aconteceu dentro da sala de júri, poucos
narraram, mas enquanto alguns o chamam de Retalhador, outros
falam que ele é a representação de Gabriel em vida.
— Acredita nisto?

680
— Senhor, eu sei que ele não é Gabriel, mas algo muito
poderoso está dentro daquele rapaz, dizem as mas línguas que o
viram morrer mais de 3 vezes, e as marcas no rosto dele confirmam,
ele sofreu na pele.
Gerson querendo desviar o assunto fala.
— Eu ligo para ele.
Pedro olha para João e pergunta;
— Como está a segurança?
— Os autômatos sumiram, não sei quem são estes novos
rapazes que contratou para a casa, os demais estão reclamando.
— Estes são para o momento, autômatos com aparência
humana, para se alguém nos atacar agora não morrermos por
ignorância.
— No centro alguns já falam mal de você.
— Em duas horas teremos energia normal e a internet vai
começar a voltar, em um dia, todos devem estar transferindo para
mim a culpa, eu prefiro ser o culpado João, mas eles não
entenderam isto ainda.
— Porque quer ser o culpado? – Rita com a pequena Agda no
colo.
— Eles para me culparem, teriam de sobreviver, então podem
me acusar, mas enquanto em países como a Índia tivemos 100
milhões de mortos, no Brasil, inteiro, não passou de 3 mil, mas
obvio que mesmo assim, serei o culpado, como expliquei, eles não
tem o dinheiro para me pagar.
— E o que vai fazer para conquistar a liberdade? – Rita.
— Vou tentar negociar, se vou conseguir, não sei.
— Mas como negociar. – José.
— Eu vendo as minhas dividas num pregão, a 1% dela, são
contratos reais, mesmo parecendo pouco, é muito dinheiro.
— Pensando em fazer isto a que nível? – Gerson.
— Mundial, só não vou vender os que tiverem interesse em
me pagar, mas estou vendendo a divida total, e quem comprar terá
de conseguir cobrar a mesma.
— Eles vão odiar.

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— Acho que eles vão pensar na possibilidade de comprar a
divida que tem com a gente, pensa, quem é maluco de vender algo
a 1% do total.
— Pedro Rosa. – Fala Gerson olhando para o filho.
— Mas acha que é um bom negocio? – O senhor Frota.
— Senhor, sem mastigar demais, mas quanto é um por cento
do PIB americano de 10 anos?
— Não sei, teria de pesquisar.
— Mesmo podendo receber 100% dele com muita briga,
posso receber 1% transferindo a briga para outros, e mesmo assim,
não deixa de ser um montante incalculável.
— Não entendi. – Senhor Frota.
— Senhor, o acordo com eles chega a 900 trilhões de dólares
pelas áreas de proteção, isto para receber em 10 anos, eles não tem
como me pagar e reerguer a economia, uma coisa ou outra, eu
entendo eles, mas se eu fizer uma proposta para receber em um ou
10 anos, 1% disto, acredito que o Banco Central Americano, que é
uma empresa particular, vai se tentar a comprar a divida.
— Está falando em 9 trilhões de dólares? – Frota.
— Sim, a mesma coisa aqui, a divida é alta, mas vou tentar
trocar por isenções, por títulos do governo, mas primeiro eles tem
de acalmar, ainda estão no pós evento, tem de dar tempo para a
economia voltar a girar, e após este recomeço, começamos a
negociar mais a fundo.
João olha para a parte de fora e fala.
— Lá vem uma intimação, pelo conjunto de pessoas,
condução coercitiva se duvidar com prisão. – João.
Gerson olha pra Patrícia que atravessa o portal com Bernardo
no colo e atravessa logo após.
— Vai encarar? – José.
— Cuida para não se envolver Desembargador, eles estão em
pânico ainda.
— Nem entendo como eles podem ter alguém decidindo isto.
— Acho que terei de conversar a fundo com alguns, mas
mantem a calma, é desespero apenas.
Pedro estica a mão para a filha, outra para Rita e olha para
Carol, como se dissesse, “Vamos sumir daqui.”
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Pedro atravessa o portal e sua mãe também, Ciça esperava na
sala ao fundo, ela nem retornara, parecia querer entender de coisas
que Pedro desviara a conversa.
A policia entra nas casas, bem violentamente, o
desembargador entendeu que os senhores não estavam cumprindo
ordens decididas, e sim impostas por um prefeito em pânico.
Os mesmos reviram a casa e um senhor chega a frente do
desembargador.
— Senhor Jose Ribeiro, sabe que ocultar criminosos é crime
grave.
José olha os policiais ao fundo e fala.
— Sei que se o menino estivesse aqui procurador, com seus
autômatos, nem o senhor e nem estes policiais estariam tão
confiantes, mas assim como ele não está aqui, não tem como
alguém ter decidido a prisão dele.
— Temos determinação para o prender para averiguação.
— Acusação?
— Houve mortes senhor José Ribeiro.
— Verdade, ele é o sol, ele que matou todos, entendo isto,
um bando de covardes apenas mostrando as garras, mas calma, o
menino não voltou ainda, ele passou em todos os lugares durante a
crise, mas era para saber se daria certo, obvio, os enterros aqui,
como ele disse, somando o país inteiro, não mais de 3 mil mortos,
mas se vão culpar ele de todas as mortes, sinal que ele estava certo,
não valia o esforço.
— Acha que está falando com quem senhor? – O procurador
agressivo.
— Com um covarde que estava na cidade interna, que vocês
mesmo proibiram construir, mas na hora H, se esconderam lá, agora
que se inteiram do problema financeiro do prefeito e do
governador, querem o menino como culpado, mas não se preocupe,
ele não foge, ele apenas deve estar terminando de resolver os
problemas estruturais, como evitar de Angra 1 e 2 estourem.
— E sua filha?
— Ainda protegida, ou acha que deixarei ela na mão de vocês
procurador?
— Ela...
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— Toca nela senhor, e verá um autômato de 10 metros diante
de você, em segundos.
O senhor olha para os policiais, não tinha esta determinação
mas grita para o policial
— Prendam todos.
Os policiais olham para o estalar do engatilhar de armas do
lado de fora e veem mais de 100 autômatos surgirem ali, aqueles
imensos autômatos de 10 metros, o senhor Ribeiro toca o peito,
passa pela esposa, o senhor Frota veio junto e João acompanha ao
longe e sai dali, pelo portal a parede, o mesmo fecha e quando os
policiais olham para dentro da casa, não tinha mais ninguém.
O procurador olha assustado e ouve aquela voz metálica pela
porta.
— Quem baixar as armas e sair de mãos para cima, não
morre.
Os policiais olham para o procurador, ele estava em pânico,
mas levanta as mãos, uma coisa era dar de corajosos, e são
conduzidos a rua, os carros foram deixados de ponta cabeça a rua, e
o ouvem novamente.
— Se os ver ameaçando famílias, da próxima vez não terão a
chance de caminhar para as suas famílias, vão em caixões.
Os policiais viram que tudo que achavam que seria fácil,
quando do surgir dos autômatos, virou sistema de fuga, os
autômatos levantam os carros e por uma rua lateral, autômatos
menores dirigem os mesmos ao centro.

Num fim de buraco em Brasília, um autômato termina de


abrir o buraco que daria saída ao grupo que se isolou, um policial
esticou a arma para o autômato e falou.
— Parado, não temos mais vaga.
O ser olha para a presidente ao fundo e fala.
— Apenas um recado a presidente.
A mesma chega perto e pergunta.
— Qual o recado?
— O perigo passou, a nação precisa de ordem, mas
escondidos estão todos os que poderiam estar dando ordens e nos

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dedicamos a tentar abrir uma saída, para os que ainda quiserem
viver fora de um buraco.
O autômato começa a andar de costas e sai pelo corredor
escavado, a presidente olha os demais, se estavam pensando que
viria mais gente, obvio, tinham um lugar para segurança, mas
parecia que a nação sobrevivera.

Pedro chega a frente da sede da empresa no Rio de Janeiro, a


proteção sobre a cidade, protegeu toda a floresta da Tijucas, uma
parte da baia, uma leva de coisas para recomeçar, os caminhões de
comida começam a chegar em mercados, enquanto os sistemas não
funcionavam, o sistema de reserva feito por Pedro estabelece 10
pontos em toda orla sul, cinquenta e duas em cada entrada de
morro da cidade, além de 6 na região central, e mais de 25 na região
norte da cidade, oferecendo uma refeição, simples, mas para quem
estava em pânico em meio ao fim de uma crise, todos sem energia,
ele liga para os funcionários que tinha em Brasília, ele queria saber
quando a presidente estaria no cargo novamente.
Ele passa em 26 capitais colocando sua estrutura a dar de
comer ao povo, estava terminando em Manaus quando tem a
informação de que a presidente estava no cargo e liga para ela.
— Boa noite presidente, podemos conversar?
— Pelo jeito me vigiando.
— Estou em Manaus neste instante, mas a pergunta
presidente, vai assumir sua responsabilidade ou vai pular fora.
— Já vai me cobrar o dinheiro?
— Não falei em dinheiro senhora, mas se não tomar a nação
com pulsos fortes agora, mesmo tento passado a crise, podemos ter
perdas maiores do que com o sol.
— Esta falando da desordem.
— A desordem mata um ou outro presidente, estamos tendo
de reerguer milhares de quilômetros de linhas de transmissão de
energia, trocar 80% dos transformadores do país, e sem energia
elétrica não existe vida moderna, não existe transmissão, controle,
mas o que me preocupa, é que dos a rua, 1 a cada 10 está
preparado para viver sem energia elétrica, sem estrutura de
saneamento, sem hospitais, temos de erguer rápido isto senhora,
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preciso de uma presidente neste momento, não de alguém
escondido em um buraco que não era para a senhora.
— E como está falando comigo sem sistema?
— Aquilo que erguemos, que dá para a senhora ter uma sala
de comando na sala baixa do Palácio, com gente lhe passando os
dados de todas as capitais do país, mais 30 outras cidades.
A senhora olha os assessores chegando, e começa a descer,
lembra deles instalando aquela sala a alguns dias, olha as imagens e
os comandos e olha para o assessor.
— Me consegue 10 pessoas para me inteirar do problema,
temos de reerguer uma nação.
Os senhores saem para fora olhando a cidade aparentemente
normal, eles não viram os problemas, então obvio que para eles
ainda era apenas teórico os problemas.
A presidente olha para os dados chegando do país inteiro e
olha o caos, olha os grupos de alimentação em todas as grandes
cidades, se alguém queria eles sobrevivendo, era o menino.

Em Los Alamos quando o general Dallan olha para o ar, do


lado de fora, viu o céu amarelado, olha para Sabrina e pergunta.
— Como voltamos ao normal?
— Fora das coberturas, o nível de radioatividade esta
voltando ao normal, estamos com problemas de fornecimento de
energia, temos alguns pontos isolados, temos muito a reconstruir.
— Informação?
— Os satélites começam funcionar, começamos tendo
imagens assustadoras do mundo, um planeta mudando sua
estrutura geral senhor.
— Temos de ter uma ordem de prioridades, as vezes duvido
que tenha algo para começar.
O sistema bipa do lado de dentro e Sabrina entra e olha para
o General.
— Pedro Rosa voltando a atividade.
— O que ele está fazendo?
— Passando um alerta mundial, para priorizarem algumas
coisas, pois sem elas, podemos perder mais gente após do que no
evento, pois sem energia não temos comida saudável, temos
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estoques que acabam, temos problemas de vacinações e hospitais,
problemas em saneamento, em purificação de agua e seu
fornecimento, então ele estabelece os 100 pontos de prioridade
que podem evitar a morte de 9 a cada 10 sobreviventes.
Dallan chega ao computador, passa o olho na lista e fala.
— Este menino consegue fazer coisas incríveis, mas o
principal, ele pensa no problema, não apenas no pseudo problema.
— Ele passou isto via satélite, ele já tem os dele lá encima, os
nossos ainda estão sendo colocados em suas posições.
— E como estão as grandes cidades?
— Se não fosse as grandes barreiras, cidades como New York,
Washington, estariam com 200 metros de agua.
— Como as barreiras estão?
— Tem muita gente cuidando delas, não sei quem general,
mas elas estão lá segurando um mar enquanto cidades tentam
entender todo o problema, mas geradores e algumas usinas
hidroelétricas já estão voltando a funcionar.
— Temos de priorizar hospitais e sistemas básicos, sei que
terá gente reclamando, mas se eles estiverem com sistemas de agua
e esgoto funcionando, teremos menos problemas do que eles
reclamando de não ter energia em casa, mas com agua.
— Sabe que os grandes prédios de New York vão ser os que
mais vão reclamar.
Dallan olha para Sabrina e sorri.

Pedro surge no centro de Brasília, olha para os demais, estava


com seu sistema de proteção pessoal protegido, olha para o
pequeno querubim surgir ao seu lado e sente o toque.
Pedro olha em volta, olha para as mãos, sente os demais
anjos surgirem a sua volta, ele olha Gabriel a sua frente, estava com
o sistema levantado.
Os anjos olham em volta e olham o menino Beliel fala, aquele
som agudo em meio a uma praça não pareceu gerar muita
repercussão.
— Se queria saber quem defendeu os seres Gabriel.
Gabriel sente o cheiro dele e fala.
— Pensei que tinha o matado.
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Pedro sentia a proteção se distorcer e olha para o chão e fala.
— Meus respeitos Gabriel, mas se o pai supremo me quisesse
morto, o estaria, ele me queria ciente do problema, e todo desafio
vejo como uma forma dele me mostrar que estava no caminho
errado.
— Deveria ter entendido antes, que o pai queria a salvação de
uma das suas criações, vejo que muitos morreram, mas perto do
desafio, poucos.
Pedro estava a olhar o chão e ouve.
— Mas saiba que estou de olho, sei que foi uma aposta do
pai, então entendo que Beliel não tinha como ir contra, mas saiba
que sempre que sair da trilha, estarei olhando.
Pedro evitava falar, estava sendo uma consideração e ouve
outro falar ao fundo.
— Como ele nos ouve Gabriel.
— Tecnologia, eles estão evoluindo, mas vamos, daqui a
pouco, os vidros locais não aguentam mais.
O grupo some e Beliel soltou a mão de Pedro e falou.
— Agradeço pelos que sobreviveram, mesmo que eles sejam
cruéis, você merece o respeito de todos os anjos e seres angelicais,
você mostrou que uma intervenção pode ainda mudar muito entre
os humanos.
Pedro olha Beliel sumir e sentiu uma paz.
Pedro lembra para que veio ali, caminha até a base
subterrânea da cidade, olha se todos tinham saído, olha os estragos
gerados pelos poucos que ficaram naquela região, chega ao
comando e isola a região, ele estava isolando cada uma das cidades,
mas começava a revisar os trechos de trens subterrâneos.
O sistema de comunicação se reestabelece e Pedro sorri, teria
trabalho para mil anos.
Ele senta-se e começa a programar as coordenadas de locais
que deveriam ter prioridade, passa para o exercito, eles começam a
receber de norte a sul os locais com mais problemas, os dados de
radioatividade, os dados de energia, quando e onde iria voltar
antes, os pontos de distribuição de comida, e por fim, olha a
determinação de prisão, olha que seu advogado estava preso em
Curitiba e aciona o escritório de advocacia.
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Pedro olha os dados, olha para as ordens e surge em Curitiba,
olha para o advogado lhe esticando a determinação e fala.
— Como estão os advogados que estavam presos.
— Soltos e com processos contra os demais.
Pedro olha para ele e fala.
— Vamos lá então.
Pedro entra no fórum e olha para todos olharem aquela
criança ali, o Juiz ao fundo olha para Pedro e os policiais a porta,
parecem sorrir.
— O fugitivo se apresentando? – O policial a frente.
— Que saiba senhor, o desembargador assinou a duas horas a
minha prisão, antes, algo que o senhor e estes que sorriem atrás,
quando esta cidade estiver normal, eu mesmo coloco para fora da
policia e peço a exoneração.
O policial iria falar algo e outro o segurou.
— Pedro Rosa se apresentando pela petição de prisão,
espedida por esta corregedoria, que em nada tem de concreto
contra o menino. – O advogado – Viemos pedir esclarecimentos, já
que todos que mandamos antes, vocês prenderam, mas não
mostraram as provas. – O advogado.
— Acha que está falando com quem rapaz. – O
desembargador.
— Um funcionário da Lei, que se deixar de representar
desembargador, perde o cargo, deve ser terrível ter chego ao ponto
que chegou, e perder tudo.
— Quer ficar preso.
O advogado olha para Pedro e fala.
— Sabe que estão provocando.
Pedro sorri e fala.
— Calma, eu vendi a divida que a prefeitura e o governo tinha
comigo, se eles querem dinheiro, de mim não terão, se querem
dizer que cobrei uma fortuna, bundas chamuscadas, mas inteiras
são assim, cheiram a merda seca.
— Vai desacatar a justiça menino, sabe a encrenca que está.
— Sei, o senhor sabe a encrenca que está? – Pedro olhando o
senhor serio.
— Vai me ameaçar agora.
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— Não piso em merda senhor, elas fedem.
— Estou registrando as ofensas.
— Quer gravar, pois vai ficar cansado de ver como posso ser
totalmente descontrolado.
— Se achando engraçado.
Pedro toca o peito, tudo parado, olha para fora, dois
autômatos chegam e tiram os policiais, os três que estavam na
porta, o carro da corregedoria, o do desembargador e os dois
policiais civis na porta. Desliga a câmera, olha os autômatos
esvaziarem o local. Volta ao mesmo ponto e parece olhar para a
mão e fala.
— Deve estar com defeito.
— Acha que se livra.
— Não sei, não fui acusado ainda, pois não temos autorização
para edição do diário oficial, o prefeito mandou recolher tudo de lá
também.
— Acha mesmo que não tem como ser acusado.
— Senhor, qual a acusação? – Pedro.
— Morte de 6 pessoas na cidade que vendeu a cidade.
— Algo que possa me acusar senhor, não algo inventado.
— Mas eles morreram.
— Sim, e os culpados, os desembargadores, os que não
tinham autorização para ir para lá, mas que usaram a policia, para
entrar, vocês mandaram atirar em gente, estes mortos senhor, ou
os que vocês mandaram matar não vai contar.
— Não tem provas.
— Tenho, e não vai ficar na não sabia, vou levantar cada
crime do prefeito, dos desembargadores, e todos que atiraram, vão
responder por crime, matar um cidadão para uma bunda fedida
como a sua sobreviver senhor, absurdo.
— Estamos levantando o sumiço de um deputado e seu filho,
que parecem ter brigado com você.
— Estes foram tarde, mas como posso proibir deles fugirem
de mim.
— Não está levando a serio.
— Senhor, a pergunta, sabe com quem está falando.
— Um menino arrogante.
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— Não, o menino que salvou este planeta, mas que esperava
bem esta reação, no lugar de um obrigado, um vou mostrar quem
manda, mas a pergunta, acha que tenho medo de um
desembargador em Curitiba?
— Vai ficar preso.
— Por quem senhor, você vai me prender e conduzir?
O senhor olha em volta, olha que os policiais não estavam
mais ali.
— Deu sumiço neles?
— Devo ser poderoso para ter feito isto, mas senhor, se não
tenho medo da CIA, acha mesmo que um cagado, que fugiu, que
distorceu a lei, me põem medo?
— Acha que se livra.
— Senhor, se prender mais um sem motivo, para não fazer
seu trabalho, eu mando lhe prender, se não sabe o que é isto, não
respeita a falta que fará as suas filhas, o quanto sua esposa o ama,
pois quer brigar com alguém que não tem medo da sua lei, eu, mas
esteja pronto para encarar a morte de frente senhor.
— Alguém para conduzir este marginal. – Fala o senhor.
Um autômato entra pela porta, o senhor não viu um
autômato naquele ser e fala.
— Conduzam este menino para a prisão de menores
infratores.
Pedro olha o autômato e fala.
— Detenham todos, ainda em suas casas, se não entenderem
que não é hora de frescura judicial, em 30 dias damos um novo
caminho.
— Prendam ele.
O senhor olha outro rapaz entrar, talvez a semelhança deles o
fez pensar, não eram humanos, e recua.
— Dei chance de fazer o certo desembargador, agora, quando
em 30 dias, tudo estiver no lugar, eu devolvo a cidade.
O senhor foi conduzido para fora, viu os grandes autômatos a
rua, as naves ao ar, uma espécie de veículos a rua.
— Não pode nos tomar a cidade.
— Se puderam tomar minha cidade, tomo a de vocês agora.

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Pedro sai e as delegacias foram sendo tomadas, os sistemas
políticos parados, e um sistema de enfrentamento ao problema
começa a funcionar, tinha muita coisa para por no lugar ainda.
Por 30 dias, os seres colocaram as coisas no lugar, os enterros
foram feitos, a luz voltou, a cidade começa a funcionar lentamente.

Pedro olha para a sua cidade, senta-se e olha para tudo a


volta, sente suas duas filhas lhe abraçarem, uma manhosa e outra
sorridente, uma mais carente, uma mais explosiva.
Olhar a cidade, da cobertura de sua casa, era algo que pensou
que talvez não pudesse mais, ele imaginou aquela cena, com tudo
destruído a volta, sua imã chega ao lado com a pequena Patrícia ao
braço e fala.
— Os irmãos Rosa virando família Rosa?
— Digamos que espero que minhas filhas sejam mais calmas
que os pais, pois se não, serei avô aos 30. Como está o João?
— Nem brinca. Mas ele está calmo no berço.
Pedro olhava em volta, ele se posicionou, mas sabia que isto
gerou mais raiva, não entendia, ele os salvara, os dera tempo de
pensar e a raiva parecia aumentar.
Quantas duvidas, as empresas começam a mudar de mãos,
indo aos sócios, mesmo que os mesmos estivessem em Marte.
Pedro sabia que agora as coisas ou voltavam ao normal, ou
seria na guerra por anos, mas quando da posição americana de que
ele não era bem vindo, que não teria mais vistos nem de negócios,
que a entrada dele estava proibida, ele soube que a vida seria com
muita emoção.
Pedro se recolhe, ele não queria este fim, mas se era o que
teria, ele abraça as filhas, teria uma vida, para tocar, mesmo que os
demais demorassem a esquecer seu nome.

Fim.

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“Quando eu fui a um fim trágico, para a
historia, com uma crise solar, foi para parar
de escrever esta historia, comecei a escrever
em 2011 e seis anos a escrevendo, me
pareceu um pouco demais, poderia escrever
mais, mas Pedro virou personagem em outras
historias já terminadas, mas o fim de Crônicas
de Gerson Travesso foi por escolha, não por
não ter assunto a mais.
Se verá Pedro em outras histórias, como
Marés de Sol, Ciguapa, Fim de Expediente,
entre as já escritas.
Obrigado pela paciência de ter chego até
aqui.”
J.J.Gremmelmaier

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