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Narcisismo e psicose em Freud

Eloy San Carlo Maximo Sampaio- IP-USP


Psicólogo, mestrando em Psicologia Clínica IP- USP, Bolsista FAPESP 2011/2013
Eva Maria Migliavacca-IP-USP
Professora Titular do IP -USP –
Psicanalista da Sociedade Brasileira de Psicanálise de São Paulo.

Resumo: O objetivo desse trabalho é discutir a relação entre narcisismo e psicose,


baseando-se em uma perspectiva freudiana. Por meio de uma investigação bibliográfica
e análise de casos clínicos será discutida a interconstituição dessas duas condições.
Observa-se contemporaneamente a existência de várias manifestações psicopatológicas
ligadas ao narcisismo e tal quadro torna desejável um retorno investigativo à articulação
existente entre eles. O narcisismo emergiu na psicanálise freudiana a partir de 1910 e se
tornou central para as discussões clínicas e metapsicológicas desde então. Constata-se
que no seu processo de constituição e desenvolvimento o narcisismo foi relacionado em
vários pontos com os fenômenos psicóticos e dentre estes se destacam a paranóia, a
erotomania e a megalomania. Dessa maneira visa-se analisar pormenorizadamente cada
uma dessas condições para apontar quais são as especificidades de cada quadro e,
principalmente, qual ou quais são os elementos comuns.

Palavras-chave: narcisismo- psicose- psicanálise freudiana

O narcisismo é um dos conceitos mais importantes da psicanálise e tem um


papel destacado na metapsicologia freudiana. O seu surgimento e o desenvolvimento
impactou enormemente a teoria psicanalítica. A modificação da compreensão pulsional
ou ainda a problematização sobre o ego, que culminou em uma nova teoria tópica, são
exemplos da sua relevância.

Além da dimensão teórica e clínica o narcisismo também teve um papel


fundamental do ponto de vista político. Foi a partir dele que se articulou um impasse
entre Freud, por um lado, e Jung e a escola de Zurique, por outro. O narcisismo foi a
partir de 1914 uma contraposição freudiana a proposta junguiana do papel do ego nas
psicoses não esquizofrênicas. Conforme propõe Costa e Freire (1988) “para Jung a
patologia das psicoses delirantes crônicas não-esquizofrênicas mostrava que os
complexos sexuais, neste casos, eram secundários diante dos “complexos” de um Ego
grandioso, reivindicante e sensitivo” ( p.152) Nesse cenário o narcisismo surge como
uma tentativa de demonstração que o investimento sexual no ego poderia ocasionar
fenômenos psicopatológicos. Em outras palavras o que Freud tentava provar era que “o
Ego engrandecido da psicose era o Ego sexualizado. A deusa libido estava vingada”
(p.152).

Esse ponto de impasse é explicitado no célebre artigo Sobre o narcisismo: uma


introdução de 1914, porém a relação entre narcisismo e psicose já estava presente anos
antes na teoria freudiana. A estrutura psicótica foi um dos campos privilegiados da
investigação desse fenômeno e diversas manifestações contribuíram para uma visão
mais acurada sobre o papel e o alcance do narcisismo. Paranóia, megalomania, e
erotomania são alguns exemplos dessa relação.

Desse modo o presente trabalho objetiva discutir algumas características da


relação entre narcisismo e psicose em Freud. Para uma panorâmica sobre esse campo se
faz necessária uma retomada histórica da trajetória de desenvolvimento desse conceito.
Inicialmente serão apresentados os textos Três ensaios sobre a teoria da sexualidade
(1905) e Leonardo da Vinci: uma lembrança de infância (1910) em um segundo
momento será tratado um texto que aborda mais especificamente a relação entre
narcisismo e psicose, de maneira especial os elementos contidos em Notas
psicanalíticas sobre um relato autobiográfico de um caso de paranoia ( dementia
paranoides) (1911).

O processo de constituição do conceito de narcisismo

O termo narcisismo surge na teoria freudiana em 1910 em uma nota de rodapé


de uma reedição dos Três ensaios sobre a teoria da sexualidade. A presença desse
termo nessa obra angular da psicanálise já pode ser tomada como índice da importância
que ele posteriormente se revestiria. Os Três ensaios passou por algumas modificações
ao longo dos anos e o papel do narcisismo no interior dessa obra também foi mudando
progressivamente.

A primeira publicação data de 1905 e não trazia qualquer referência a


problemática do narcisismo. A proposta era discutir a sexualidade humana, sendo que o
percurso elaborado não trabalhava com o conceito em questão. Um segundo momento
ocorre em 1910 e trás pela primeira vez na obra freudiana a menção ao narcisismo,
nota-se que nesse ponto o conceito ocupava um lugar específico que não seria mantido
na sua completude nas posteriores elaborações. Um terceiro momento é em 1915,
quando Freud já tinha publicado obras fundamentais como Sobre o narcisismo: uma
introdução. Nesse período o autor já trabalhava com uma compreensão mais
desenvolvida do que é o narcisismo e quais suas implicações para a sexualidade
humana. De todos esses momentos propõem-se aqui discutir a noção de narcisismo que
estava vinculada na re-edição de 1910, uma vez que é aí que o narcisismo é utilizado de
maneira inaugural.

Nos Três ensaios, Freud lança algumas das bases fundamentais para a
consolidação das noções de sexualidade no interior da psicanálise. O estudo é iniciado
pela consideração dos casos que desviavam da norma, sendo analisadas as
manifestações perversas da sexualidade. Em um capítulo que tem por título As
aberrações sexuais, o autor tenta compreender algumas características da sexualidade
que não se coadunam com a norma social estabelecida. É nesse ponto que Freud analisa
a inversão sexual, isto é, a homossexualidade.

Ao tentar analisar a psicogêneses da homossexualidade é proposto que

É verdade que a psicanálise não trouxe até agora um esclarecimento


completo da origem da inversão; não obstante, desvendou o mecanismo
psíquico de sua formação e enriqueceu substancialmente a colocação dos
problemas envolvidos. Em todos os casos investigados, constatamos que os
futuros invertidos atravessaram, nos primeiros anos de sua infância, uma fase
muito intensa, embora muito breve, de fixação na mulher (em geral, a mãe),
após cuja a superação identificaram-se com a mulher e tomaram a si mesmo
como objeto sexual, ou seja, a partir do narcisismo buscaram homens jovens
e parecidos com sua própria pessoa, a quem eles devem amar tal como a mãe
os amou. Constatamos ainda, com muita freqüência, que supostos invertidos
não eram de modo algum insensíveis ao encanto de uma mulher, mas
transpunham seguidamente para um objeto masculino a excitação neles
despertada pela mulher. Assim, repetiam durante toda a vida o mecanismo
pelo qual se originara sua inversão. Sua aspiração compulsiva ao homem
mostrava-se condicionada a sua fuga incessante da mulher. (FREUD,
1905/1996, p.137)

Vale salientar que já nesse texto a perversão não era concebida como uma
condição totalmente apartada da neurose. O texto freudiano aborda inicialmente as
manifestações claramente perversas para depois elucidar que elas não pertencem a uma
ordem diferente daquelas notadas na estrutura neurótica. É analisando as “aberrações
sexuais” que Freud pode afirmar que “a disposição para as perversões é a disposição
originária universal da pulsão sexual humana “(FREUD, 1905/1996, p.218)
No que tange ao narcisismo pode-se afirmar que ele ainda não apresenta um
status conceitual nesse texto. Não é trabalhado nenhum aspecto psicodinâmico,
econômico ou tópico, de maneira que seu uso se restringe a um recurso metafórico.

A segunda aparição do narcisismo na obra freudiana se dará no artigo sobre


Leonardo da Vinci, escrito em 1910. Esse escrito é fundamental para a historiografia do
conceito por ser a primeira vez que a ideia de narcisismo é utilizada já na elaboração
original de uma obra. Em Leonardo da Vinci: uma lembrança de infância, Freud tenta
analisar a configuração psíquica desse artista e propõe que estaríamos diante de um caso
de um homossexualismo emocional. A homossexualidade nesse caso não é inferida a
partir das suas possíveis relações com um amante, mas sim devido a uma configuração
psíquica determinada. Freud deixa tal característica explícita em mais de uma passagem,
quando, por exemplo, afirma que “o que nos leva a classificar alguém como sendo um
invertido não é o seu comportamento real porém a sua atitude emocional” e o autor
acrescenta a essa condição o fato de “que a tradição, na verdade, sempre apontou
Leonardo como sendo um homem de sentimentos homossexuais” (FREUD,
1910a/1996, p.95). Dessa forma a homossexualidade de Leonardo da Vinci se
expressaria a partir de uma maneira ideal ou sublimada, condição essa que não impede
que se lance uma pergunta direcionada à psicogêneses dessa característica.

Para Freud os homossexuais executariam

um retorno ao auto-erotismo, pois os meninos que ele agora ama à


medida que cresce, são apenas, figuras substitutivas e lembranças de si
próprio durante sua infância – meninos que ele ama da maneira que
sua mãe o amava quando ele era criança. Encontram seus objetos de
amor segundo o modelo do narcisismo, pois Narciso, segundo a lenda
grega, era um jovem que preferia sua própria imagem a qualquer
outra, e foi assim transformado na bela flor do mesmo nome (FREUD,
1910a/1996, p.106).

Observa-se mais uma vez que o termo narcisismo apresenta uma condição analógico-
metafórica e que apesar de fazer referência a uma psicodinâmica não se encontram
elementos sobre a economia ou aos aspectos tópicos do fenômeno.

A dimensão conceitual vai se materializando aos poucos e faz sua emergência


em um texto escrito em 1911 que tem por título Notas psicanalíticas sobre um relato
auto biográfico de um caso de paranoia (dementia paranoides), também conhecido
como caso Schreber. Nesse escrito se objetiva discutir os mecanismos de formação da
paranoia. A partir desse texto a relação entre narcisismo e psicose começa a se estreitar,
o que justifica lançarmos um olhar mais atento para esse binômio.

Narcisismo e psicose em Freud.

O caso Schreber é uma das reflexões mais importantes sobre a psicose dentro do
projeto freudiano. Os elementos tópicos, econômicos e psicodinâmicos são abordados
pormenorizadamente e acabam por elucidar também condições ligadas a estrutura
neurótica. Nesse escrito é proposta uma nova visão sobre o desenvolvimento libidinal, o
que representa um acréscimo a algumas noções construídas previamente nos Três
ensaios sobre a teoria da sexualidade. Mais especificamente é descrita a passagem do
autoerotismo para o amor objetal, salientando as etapas intermediárias desse processo.

A condição auto-erótica é a disposição original da libido é o momento no qual


nota-se o caráter parcial das pulsões, que incidem sobre o corpo de uma maneira
perversa e polimorfa. Essa libido auto-dirigida somente aos poucos é utilizada para
investir objetos diferentes do próprio sujeito, porém tal passagem não é realizada de
maneira abrupta. Modificações gradativas são necessárias nesse processo, que vale
ressaltar, nunca é completamente atingido.

Freud ao refletir sobre os mecanismos libidinais envolvidos nessa dinâmica


propõe que:

Chega uma ocasião no desenvolvimento do indivíduo, em que ele reúne seus


instintos sexuais (que até aqui haviam estado empenhados em atividades
auto-eróticas), a fim de conseguir um objeto amoroso; e começa por tomar a
si próprio, seu próprio corpo, como objeto amoroso, sendo apenas
subsequentemente que passa daí para a escolha que não ele mesmo como
objeto (FREUD, 1911/1996, p. 68)

Mas essa relação com a alteridade, com um objeto externo também não é
processada de um modo único. A superação, sempre parcial, do narcisismo exige que os
primeiros objetos externos resguardem semelhanças com o sujeito. O que significa que

De importância principal no eu (self) do sujeito assim escolhido como objeto


amoroso já podem ser os órgãos genitais. A linha de desenvolvimento, então,
conduz à escolha de um objeto externo com órgãos genitais semelhantes –
isto é, a uma escolha objetal homossexual – e daí ao heterossexualismo.
(FREUD, 1911/1996, p.69)
Esse homossexualismo constitutivo do desenvolvimento libidinal não é
simplesmente abandonado, mas sim modificado. Ele dá lugar ao que Freud denominou
de “instintos sociais” (p.69), ou seja, a reserva libidinal que liga as pessoas aos grupos.
Assim a amizade, o amor à humanidade e as vinculações são tributárias desse estádio.

Todavia alguns sujeitos apresentam uma ressexualização desses laços, marcada


pelo retorno do homossexualismo sublimado. Existiria uma fixação entre o momento
narcísico e a escolha objetal homossexual. Assim, “os paranoicos se esforçam por
proteger-se contra esse tipo de sexualização de suas catexias sociais instituais”
(FREUD, 1911/1996, p.70). A instauração da paranoia, bem como de algumas outras
formas de psicose, se dá a partir de uma complexa rede de modificações da
compreensão da relação homossexual.

Diante da asserção Eu amo um homem, o paranoico inconscientemente inverteria


para Eu odeio um homem. Essa inversão seria acompanhada de uma justificativa sobre
as razões desse quadro, que repousaria na crença de que o objeto homossexual amado
na verdade quer perseguir o sujeito. Vale salientar que de maneira concomitante ao
retorno do homossexualismo o narcisismo também tem um papel preponderante. Ele
investe o sujeito de maneira que ele passa a acreditar que é tão importante a ponto de ser
perseguido por suas características únicas e especiais.

O caso de Schreber é paradigmático nesse sentido, uma vez que em seu delírio
ele se julgava tão importante a ponto de que Deus se poria a persegui-lo. Em um
segundo momento a megalomania se torna mais visível, como pode ser constado
quando esse indivíduo modifica a sua relação com Deus, considerando-o não mais como
perseguidor, mas como aliado no projeto de salvar a humanidade. Esse objetivo seria
obtido a partir de uma transformação de Schreber em uma mulher. O juiz presidente
considerava-se como o único objeto de milagres e o ser humano mais importante de
todos os tempos (FREUD, 1911/1996, p.27). Essas especificidades se tornam mais
inteligíveis ao se considerar que

na paranóia, a libido liberada vincula-se ao ego e é utilizada para o


engrandecimento deste. Faz-se assim um retorno ao estádio do
narcisismo (que reconhecemos como estádio do desenvolvimento da
libido), no qual o único objeto sexual de uma pessoa é seu próprio ego
(FREUD, 1911/1996, p.79).
Além do mecanismo paranoico Freud também descreve outras manifestações
psicóticas que poderiam surgir a partir da defesa do homossexualismo sublimado. O
delírio de perseguição pode ser substituído pelo delírio de ser amado por uma outra
pessoa. Diante da asserção Eu amo um homem seria possível duas modificações inter-
relacionadas a primeira seria Eu amo uma mulher e a segunda seria utilizada como
justificativa: isso acontece porque Ela me ama.

Cabe observar a homologia existente entre paranoia e a erotomania. Existe uma


inversão no sentimento estruturante, no primeiro caso é o ódio e no segundo é o amor,
bem como uma inversão no agente perseguidor, na paranoia um objeto externo e na
erotomania o próprio sujeito. Essa condição permite a pergunta se essas manifestações
não seriam o negativo uma da outra.

Novamente o papel do narcisismo pode ser percebido na erotomania. É o ego


super investido que serve de base para o delírio. A crença incondicional de ser amado
por outra pessoa repousa na percepção que o sujeito é de fato portador de uma série de
características especiais. Novamente é possível verificarmos um ponto de articulação
entre as duas manifestações psicóticas aqui discutidas. Ambos os casos repousam na
megalomania, que é definida por Freud como a “supervalorização sexual do ego”
(FREUD, 1911/1996, p.73). E própria megalomania, quando ocorre isoladamente,
também é tomada como mais uma manifestação psicótica

Servindo-se mais uma vez de uma racionalidade clínica que propõe que a
investigação deve privilegiar os casos mais agudos presentes nos fenômenos
psicopatológicos, Freud parece encontrar nessas manifestações psicóticas uma via de
estudos privilegiada para a investigação do narcisismo. Embora seja uma característica
universal, o narcisismo exarcebado pode ser uma peça fundamental para a estrutura
psicótica. Por isso não parece ser acidental que seja em um texto que toma como objeto
privilegiado a paranoia que o narcisismo possa surgir como um conceito, o que
demonstra a importante relação entre esses dois elementos.

Conclusão

O narcisismo é uma importante condição para a psicanálise e que ao longo de


quase três décadas de desenvolvimento passou por importantes modificações. Além da
sua pertinência teórica a relação entre narcisismo e psicose também se revestiu com um
caráter político. Foi em torno desse binômio que ocorreu uma das rupturas entre Freud e
Jung.

No plano da teoria psicanalítica a relação entre esses elementos pode ser


constatada a partir da análise de diversos quadro, como a paranoia, erotomania e a
megalomania. Foi na psicose que o narcisismo encontrou um dos mais férteis terrenos
para a sua problematização.

Isso é atestado pelo fato de que foi somente em uma obra destinada
especificamente a investigar a psicose que o narcisismo foi elevado ao nível de
conceito. Nota-se que tanto nos Três ensaios sobre a teoria da sexualidade (1905),
quanto em Leonardo da Vinci: uma lembrança de infância (1910) o narcisismo emergia
apenas como uma metáfora ou analogia, diferentemente do texto Notas psicanalíticas
sobre um relato autobiográfico de um caso de paranoia ( Dementia Paranoides) de
1911, no qual o narcisismo já aparece integrado a um modelo inédito de
desenvolvimento libidinal, com os contornos tópicos, econômicos e psicodinâmicos já
elaborados.

Miguelez (2007) propõe inclusive que a paranoia ao lado da histeria deve ser
considerada como uma das duas grandes fontes de investigação sobre o narcisismo A
incidência em duas estruturas diferentes pode ter significações também diversas, o que
aponta para um promissor campo de estudos.

Referências bibliográficas

COSTA, J. F. Narcisismo em tempos sombrios. In: Birman, J. (org). Percurso na história


da psicanálise. Rio de Janeiro: Taurus, 1988, p. 151-174.

FREUD, S. (1905) Três ensaios sobre a teoria da sexualidade. Em: Edição Standard
Brasileira das Obras Completas de Sigmund Freud. Vol. VII. Rio de Janeiro: Imago
Editora, 1996.

___________(1910) Leonardo da Vinci: uma lembrança de infância. Em: Edição


Standard Brasileira das Obras Completas de Sigmund Freud. Vol. XI. Rio de Janeiro:
Imago Editora, 1996.
___________(1911) Notas psicanalíticas sobre um relato autobiográfico de um caso de
paranóia (Dementia paranoides). Em: Edição Standard Brasileira das Obras Completas
de Sigmund Freud. Vol. XII. Rio de Janeiro: Imago Editora, 1996.

___________(1914) Sobre o narcisismo: uma introdução. Em: Edição Standard


Brasileira das Obras Completas de Sigmund Freud. Vol. XIV. Rio de Janeiro: Imago
Editora, 1996.

MIGUELEZ, O. M. Narcisismos. São Paulo: Escuta, 2007.

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