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Luciane Falcão
Resumo
A autora propõe algumas reflexões sobre a alta nos processos
de análise com crianças utilizando-se de exemplos clínicos
e da metapsicologia. Aborda situações que levam esses
pacientes a retornar à análise quando adolescentes. Busca
compreender o que estaria aquém do recalcado e as
construções e representações presentes nesses processos.
Apresenta alguns índices evolutivos das análises com
crianças que possibilitam pensar no seu término, do
irrepresentável ao além do recalcado.
Palavras-chave
análise com crianças; alta; irrepresentável; além do
recalcado.
nossas percepções. Além disso, assim como muito lenta (permaneceu seis meses após
são os pais que demandam o processo, é o início do tratamento sem ingerir sólidos)
comum que o término se dê da mesma estabelecer uma diferença entre o que é
forma: por decisão deles. Também ocor- da ordem da fantasia, do pensamento e
rem altas em que pais, criança e analista do real. Através de um animal (massa de
estão de acordo. Mas qual seria esse bom modelar) que come sua própria cabeça,
momento? Certamente, se os três objetos descobrimos um monstro autofágico, des-
do processo – criança, pais e analista – truidor e engolidor de si, expressão de um
estão de acordo, já temos um índice: algo sadismo que até então não pôde colocar
evolui no aparelho psíquico da criança que para fora. O menino meigo e querido por
lhe permite estar mais feliz. todos não encontra formas de exteriorizar
O problema maior é quando as três par- sua violência. O medo do alimento está
tes do processo não estão de acordo e vemos ainda associado ao medo das fezes, que
(ou não…) se instalar a transferência nega- poderiam estar envenenadas. Gradual-
tiva. Quando não detectada e trabalhada, mente, as fantasias sádicas diminuem e
causará interrupções precoces. Muitas suas ideias de perseguição também.
vezes, ela é silenciosa (Freud, 1920/1976), Nos primeiros meses, eu acabava as
e o caminho do processo será regido pela sessões de análise com Mateus com uma
desobjetalização (Green, 1984/1998, 1993, contratura muscular – meus músculos se
1995, 2002, 2007; Falcão, 2015). enrijeciam. Tempos depois, percebi que
eles se fechavam, provavelmente por temer
alguma invasão corporal. Um dia, mostrei
O enlaçamento da teoria, da técnica e para Mateus que aquele animal que usava a
da vida psíquica/alma (Seele)1 própria boca para se comer e se atacar tam-
bém poderia atacar os outros, e que estes
Mateus: da pulsão de morte e de outros poderiam temer esse ataque.
destruição ao pensar A alta ocorre por desejo dos pais. Mateus
encontra-se bem externamente, sem sinto-
Mateus chega ao tratamento com 4 anos, mas aparentes; retomou uma forma saudá-
num momento em que praticamente vel de se alimentar; vai bem na escola e tem
havia cessado de comer alimentos sólidos, um bom convívio com os amigos, mesmo
já debilitado fisicamente. Suas angústias não sendo uma criança muito expansiva.
terroríficas levavam-no a fantasiar que Percebo, porém, uma fragilidade de ego.
qualquer alimento que ingerisse poderia Muitas vezes, o esbatimento dos sinto-
matá-lo. Qualquer objeto que se aproxi- mas e nossa incapacidade de mostrar para
masse (representado pelo alimento) pre- a família que ainda há “material explosivo”
cisava ser expelido, repudiado. O mundo
da fantasia invade o real. O trabalho ana-
lítico, durante três anos, permite de forma
dentro do aparelho psíquico daquela No entanto, nós dois não dávamos conta
criança levam a uma alta no tratamento. de suas angústias com apenas uma sessão
Nossa postura tem sido sempre a de respei- semanal. Foi preciso tornar consciente para
tar a decisão da família, ao mesmo tempo ele próprio o que significava a intensidade
que apresentamos nosso parecer sobre o daquelas angústias para que percebesse que
mundo subjacente. Acredito que essa pos- precisávamos de mais sessões. Dois meses
tura permite às famílias manterem bons depois, ele aceitou a análise, numa frequên-
vínculos com o analista, para mais tarde, cia de três sessões semanais, e permanece-
caso os sintomas reapareçam, poderem nos mos nesse ritmo de trabalho por mais dezoito
reencontrar disponíveis. Lembrando Anna meses. Quando se sentiu livre das angústias
Freud (1977): “Indubitavelmente, é maior mais intensas, pediu para combinarmos o
nossa certeza em relação ao momento ade- término. Novamente, eu pensava que ele
quado para iniciar a análise de crianças do ainda não tinha condições psíquicas de lidar
que qual seria o melhor momento para sozinho com suas angústias. Mas concor-
considerar seu término” (p. 107). dei, revelando sempre minha opinião. Aos
Aos 10 anos, Mateus pediu para os pais 17 anos, Mateus me telefona durante uma
para retornar. Estava novamente muito crise de angústia que apresentava sinais de
angustiado e com sentimentos de culpa ater- pânico. Retomamos novamente a análise sis-
rorizadores, o que me fazia pensar que, no temática, com três sessões semanais, e assim
momento da alta, ele estava apenas em con- permanecemos por mais dois anos, quando,
dições de lidar com as angústias da latência, já na faculdade, ele propôs pensarmos em
mas não com as da puberdade. Qualquer sua alta. Dessa vez, contudo, diferentemente
acidente ou fato que ocorresse ao seu redor, das outras duas, também considerei que o eu
sentia-se culpado, ou por alguma ação espe- de Mateus estava em melhores condições
cífica, ou por não ter conseguido evitar a de lidar com suas pulsões. Estávamos com a
“tragédia”. Se por um lado ainda mostrava impressão de que o seu eu disporia do prin-
elementos da latência e se sentia rejeitado cípio da realidade para subjugar o do prazer/
em vários grupos de amigos e mesmo na desprazer. Mateus conseguia se dar conta
família, por outro, as angústias da puberdade do que acontecia antes, quando sua capaci-
se faziam presentes nos sinais de intensidade dade de pensar submergia em suas angús-
das emoções que começavam a extrapolar tias. Acreditamos que a análise o auxiliou a
o seu controle. Ao mesmo tempo que quis ampliar sua capacidade de acessar seu fun-
retornar, não aceitou facilmente a ideia do cionamento psíquico.
tratamento analítico. Preferiu vir apenas
uma vez por semana, confirmando as resis- Peter: dos elementos sem forma
tências desse período do desenvolvimento. ao processo de alta
mais tarde, diz: “Eu quero desenhar.” Sem a mamãe que tu agora estás jogando esses
a separação Peter/mãe não existiria a repre- cocôs aqui para fora, para mim e para ela!
sentação de si próprio. Para Peter, perceber
a mãe como objeto separado de si implicou Rindo com uma satisfação explícita,
constituir-se como um objeto diferente do Peter me olha novamente e, com a ponta
outro. No início, não suportava a ausência dos dedos, me mostra o de fora. E diz:
física da mãe; não havia uma representa- “Outo” (outro).
ção de mãe. Respondo: “Ah, sim, claro! Tem um outro
Um dia, Peter desenha uma espécie de aqui fora, esse que tu estás segurando com
círculo. Olha para mim, sorri. Assinalo os teus dedos! Como o teu pipi!” Olha para
que ele está me mostrando alguma coisa a mãe, depois para mim, sempre satisfeito.
em que há lugares dentro e lugares fora. Pega o lápis de cor marrom e pinta o de
Ele então faz um rabisco dentro do cír- dentro. Com um lápis azul-escuro, pinta
culo, que me leva a pensar num cilindro/ o de fora. Digo: “É, tu tens razão, eles são
cocô/pênis, e novamente olha para mim diferentes!”
sorrindo. Era evidente seu contentamento. Na sessão seguinte, Peter entra sozi-
Faz outro rabisco, agora do lado de fora, e nho e assim permanece até o final de seu
me olha de novo. Eu digo: “Ah, tu estás tratamento.
me mostrando que nesse teu espaço tem coi- A palavra outo (outro) revela seu duplo
sas ali dentro! E outras fora! O que será?” sentido: não só o outro cocô, diferente de
Olhando para a mãe e rindo mais ainda, pênis, como também a presença do outro,
diz: “Cocô!” Depois de rirmos juntos, pois enquanto sujeito diferente.
sua alegria foi contagiante, pude lhe dizer: A partir desse momento, o trabalho ana-
“Ah, que coisa importante tens aí contigo! lítico passa a ser de nós dois. Eu, analista,
Tem um espaço com umas coisas aí dentro representando uma alteridade e auxiliando
de ti, como o teu cocô!… Coisas que estão nas vivências diferenciadas e traduzidas.
dentro, mas que também podem sair e che- Fezes e pênis poderiam ser percebidos e
gar na mamãe! Um dentro e um fora!” Ele representados de forma distinta. Aqueles
estava muito atento às minhas palavras. aspectos da com-fusão, entre processo pri-
Olhou então mais uma vez para o desenho, mário e secundário, entre a força pulsional
especificamente para o cocô de dentro, e do id e a incapacidade, ainda, de uma força
novamente para mim. Completei: de eu para reger esses movimentos, come-
çaram a se tornar mais evidentes no pro-
É, fabricaste uns cocôs dentro de ti, e que- cesso. Talvez, até então, lidássemos com
res que eles venham aqui para fora… E eu forças ainda relacionadas a um recalque
acho que tu queres mostrar para mim e para primário, para que, a partir desse processo
de diferenciação e criação da representa-
ção eu/não eu, Peter/mãe, dentro/fora, ele
pudesse começar a trabalhar e instituir o
pais que também se dedicam a uma análise analítico, seguirão sem representação,
pessoal ou pais capazes de lidar com seu podendo estar à espera de representação/
mundo interno de forma mais sensível. Pais de ligação/de investimento/de tradução. A
mais comprometidos psiquicamente ten- forma como as novas construções psíquicas
dem a fazer parte do grupo de famílias que se darão dependerá de como as energias
interrompem o tratamento antes daquele libidinais e agressivas se deslocarão nessa
período considerado por nós como mais estrutura que ainda é imatura. O mundo
adequado. externo será fundamental para essa cons-
O sexual infantil vivido e revelado pela trução. Se a alta ocorrer numa idade em
criança na análise auxiliará sua emergên- que a criança é capaz de lidar com o pul-
cia na vida sexual adulta, considerando sional e com as suas exigências da época,
que o seu desenvolvimento e o ambiente nada garante que, no desenvolvimento
também serão responsáveis pelo potencial ulterior, esses mesmos mecanismos preva-
transformador. O pulsional vivenciado na lecerão. Melanie Klein (1932/1997b) refere
análise entrará nas cadeias de representa- que a análise não poderá parar a operação
ções. Algumas vivências na própria análise, das situações de ansiedades arcaicas por
como as sensoriais, podem não se tornar completo, tanto nos adultos quanto nas
material recalcado, pois nem elas pró- crianças, não poderá nunca “efetuar uma
prias sofreram a ação do recalque: foram cura completa […]. Mas ela pode ocasio-
vivências, signos, sensações, Darstellung nar uma cura relativa na criança e, assim,
e nunca chegam a uma representação-pa- diminuir gradativamente as chances de
lavra. Poderíamos arriscar a ideia de que uma doença futura” (p. 298).
sofreram um recalque primário em função
das vivências corporais, como as próprias Mas como avaliarmos as transformações
excitações vivenciadas num brinquedo, e que são devidas à análise se, naturalmente,
que não receberam por parte do analista muitas ocorrem em função do crescimento
nenhuma interpretação/palavra. Algumas e desenvolvimento da criança? Teríamos
vivências e fantasias sofrerão a força do como responder a essa questão? Creio que
recalque necessária a qualquer desenvol- toda resposta permaneceria dúbia.
vimento e estarão sujeitas a um retorno do Vimos que muitos elementos da ordem
recalcado, apesar de que, por mais capaz das excitações e dos afetos não se incluem
que seja uma criança, os trajetos que esse nas cadeias representacionais, mesmo
recalcado percorrerá não necessariamente numa análise, e podem retornar durante o
conduzirão a insights conscientes. Outros desenvolvimento via transbordamento das
elementos desse aparelho psíquico, mesmo angústias. Isso leva algumas crianças ou ado-
que tenha se submetido a um trabalho lescentes a buscar novamente o tratamento.
Green (2002) pensa que muito daquilo que
retorna e surge em uma comunicação ana-
lítica se espalha sobre um espectro que
Psicoanálisis con niños: temas de actualidad y Child psychoanalysis: current issues and considerations
consideraciones sobre el final del proceso analítico on the end of the psychoanalytic process
La autora propone, por medio de ejemplos clínicos The author proposes a reflection on discharging the
y de la metapsicología, algunas reflexiones sobre patient from the psychotherapy in child psychoanalysis
el alta en los procesos de análisis con niños. by using clinical vignettes and metapsychology. The
Presenta reflexiones sobre situaciones que llevan author analyzes situations that lead these patients
a estos pacientes a regresar al análisis cuando son to relapse and return to psychoanalytically oriented
adolescentes. El artículo trata de entender lo que therapy by the time of their adolescence. This paper
está más acá de lo reprimido y las construcciones is an attempt to understand what would be unaware
y representaciones presentes en estos procesos. of repressed memories, and the constructions and
Presenta algunos índices evolutivos de análisis con representations inside these processes. The author
niños que permiten pensar en su final, de lo no also presents some evolution indexes of child
representable hasta más allá de lo reprimido psychoanalysis – from the unrepresentable to the
Palabras clave: análisis con niños; alta; no return of repressed memories. These evolution indexes
representable; más allá de lo reprimido. enable the psychoanalyst to consider the termination of
psychoanalytic processes for children.
Keywords: child psychoanalysis; discharge from
psychoanalytic therapy; unrepresentable; return of
repressed memories.
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