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Caxias do Sul
2021
TACIANE ELISA DALLAROSA DA ROSA
Caxias do Sul
2021
TACIANE ELISA DALLAROSA DA ROSA
BANCA EXAMINADORA
RESUMO
ABSTRACT
This work had as theme: The importance of Human Development Psychology in Early
Childhood, focusing on psychoanalytic theory, using as a basis bibliography of authors
such as: Ana Mercês Bahia Bock, Betina Hillesheim, Bee Helen and Denise Boyd,
Cleiton José Senem, Andresa Tabanez da Silva, Fátima Guareschi Jéssica Longhi da
Silva, Juan David Nasio, Leilane Raquel Spadotto de Carvalho, Mirela Bosco, Lisnéia
Aparecida Rampazzo, Neuza Maria de F, Diane E. Papalia and Ruth Duskin Feldman,
Therezinha Costa. In this work, we tried to approach the phases of human
development in early childhood, focusing on Freud's psychosexual phase. Addressing
human development, seeking greater depth in studies, in order to understand the
importance of the Psychology of human development in early childhood. looking
through bibliographical research, to deepen the knowledge on the subject, thus
identifying the importance of Psychology in the study of human development. A study
of relevance and importance for professionals in the field, both psychologists and
educators. Since more and more nowadays the importance of knowing about the
subject and deepening studies, for greater knowledge of the area.
This work was a bibliographical reference research. Through this research, the
importance of Human Development Psychology in early childhood was seen, the
psychosexual phases are important for understanding the child's development, and
how they will make a difference in adult life depending on how the child goes through
them, and the contribution of human development in early childhood.
1.INTRODUÇÃO ....................................................................................................... 09
2. FASES DO DESENVOLVIMENTO INFANTIL NA PRIMEIRA INFÂNCIA .......... 12
3. DESENVOLVIMENTO HUMANO ....................................................................... 20
4. IMPORTÂNCIA DA PSICOLOGIA DO DESENVOLVIMENTO INFANTIL..........25
5. CONSIDERACOES FINAIS..................................................................................30
REFERENCIAS..........................................................................................................31
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1. INTRODUÇÃO
Cada fase traz seus desafios e conquistas para o indivíduo e para seus
cuidadores. Nesta perspectiva, entendeu-se a importância de pesquisar este tema.
Como visto, a primeira infância é o segundo período do desenvolvimento humano, que
se inicia do nascimento aos 3 anos de vida.
Os autores Bock, Furtado e Teixeira (2002, pág.98) descrevem que cada
indivíduo apresenta características próprias a sua idade. Assim sendo a criança não
é um mini adulto, mas tem a sua subjetividade e formas de ver o mundo nessa fase
da vida. Compreender essas questões e compreender a importância do estudo do
desenvolvimento humano.
Conforme Bock, Furtado e Teixeira (2002, pág.98), “Existem formas de
perceber, compreender e se comportar diante do mundo, próprias de cada faixa
etária.”
A partir desse contexto foi explorada as fases da primeira infância, seus
conceitos e modificações durante este período. Quais são essas fases, e de que forma
elas operam na vida e no desenvolvimento da criança.
Existem diversas teorias do desenvolvimento humano e seus estágios. Neste
trabalho procurou-se focar nas teorias psicanalíticas, e nos estágios das mesmas,
com base em seus percussores. Dentre esses precursores, fala-se de Freud, dentre
outros.
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Segundo as autoras Bee, Helen e Boyd, Denise (2011, pág. 35), teorias do
desenvolvimento são: “são conjuntos de afirmações que propõem princípios gerais de
desenvolvimento”. As diversas teorias se tornam relevantes, no sentido de poder
estudar e examinar os fatos sob perspectivas diferentes.
Segundo as autoras Bee, Boyd (2012), para a teoria psicanalítica o
comportamento é governado pelos processos inconscientes e conscientes. Para os
teóricos da psicanálise, o desenvolvimento é constituído de estágios, cada estágio
focado em uma forma de tensão ou tarefa. O indivíduo, a criança no caso, vai passar
por cada estágio diminuindo cada tensão ou realizando cada tarefa de uma forma
específica.
Conforme Bee, Boyd (2012, p.35), "acredita-se a Sigmund Freud (1856- 1939),
a criação da teoria Psicanalítica”, (1905-19200). Teoria esta que vem a muitos anos
tendo influência nos estudos da psicologia do desenvolvimento e na psicologia como
um todo.
Conforme autores, Bock, Furtado e Teixeira (2002, pág.70), “Sigmund Freud
(1856- 1939) foi um médico vienense que alterou, radicalmente, o modo de pensar a
vida psíquica”.
Para Bock, Furtado e Teixeira (2002), Freud definiu os processos misteriosos
do psiquismo e seus pontos obscuros, como as fantasias, os sonhos, os
esquecimentos, a interioridade do homem como problemas científicos.
Os ensinamentos e descobertas de Freud (1856-1939), são até os dias de hoje
ensinados e aprendidos nas escolas de psicanálise e nas faculdades de Psicologia.
Conforme colocam os autores, Bock, Furtado e Teixeira (2002, pág. 70), “A
investigação sistemática desses problemas levou Freud a criação da Psicanalise”.
Sobre a teoria de Freud, ele propôs a existência de uma pulsão sexual básica,
inconsciente, instintiva que chamou de libido.
Bee, Boyd (2012, pág.35), acrescenta: “Ele afirmava que essa energia é a força
motivadora atrás de, virtualmente, todo comportamento humano”.
Existe um segundo pressuposto básico na teoria de Freud, de que a
personalidade do indivíduo, irá se desenvolver com o passar do tempo.
Segundo as autoras, Freud dividiu a personalidade em três partes:
O id, que é a fonte da libido; o ego, um elemento muito mais consciente, o
“executivo” da personalidade; e o superego que é o centro da consciência e da
moralidade, uma vez que ele incorpora normas e censuras morais da família e da
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sociedade. Na teoria de Freud, essas três partes não estão todas presentes no
nascimento. Bee, Boyd (2012, pág.35). Para Freud, o bebê e a criança nas fases
iniciais são totalmente iguais, ou seja; somente desejo, instinto, sem sofrer influências
das outras partes da personalidade, o ego e o superego. Pode-se perceber isso,
quando observamos uma criança ou um bebê que quer ser alimentado ou quer brincar
com algo em específico, ele não pensa em como fazer, ou se precisa pegar, ele
somente tem o desejo e o instinto em querer alcançar e satisfazer seu desejo, seja
através do choro, ou de ir até o objeto desejado.
As outras partes da personalidade começam a se desenvolver mais adiante,
conforme a criança vai crescendo e se desenvolvendo. (muito bom, apenas coloque
o autor e ano).
Conforme leitura e os estudos pesquisados:
O prazer que a criança sente ao sugar o peito da mãe, está ligado a esta fase,
um prazer da pulsão oral, que o bebê sente na sucção. O prazer oral é o prazer
fundamentalmente relacionado ao ato de sucção exercido pela boca do bebê que
entra em contato com o peito da mãe e as partes internas da boca do bebe.
Segundo autor:
Quando observamos uma criança que chupa o polegar bem apoiado contra
a concavidade do palato, com seu olhar sonhador, deduzimos que, nesse
momento, ela está experimentando — psicanaliticamente falando — um
intenso prazer sexual. Não nos esqueçamos de que o apego aos objetos reais
é, acima de tudo, um apego a objetos fantasiados e que esses objetos
fantasiados são o próprio eu. Assim, o polegar real que a criança suga é, na
verdade, um objeto fantasiado que ela acaricia, ou seja, ela mesma
(narcisismo). (Nasio, pág. 60,1999).
Para concluir, segundo o autor, na fase oral temos ainda a fase oral tardia, que
se dá início a partir do sexto mês com a chegada dos dentes, que leva a criança
também as mordidas no peito da mãe. Nasio (1999, pág.61) expõe: “O prazer sexual
de morder, às vezes com raiva, completa o prazer da sucção”.
Fase anal: Nesta fase o local de prazer, passa da boca, para o orifício anal.
Nasio (1999), explica que nesta fase o ânus passa a ser o local predominante de
prazer. Esta fase ocorre, a partir do segundo e terceiro anos da criança.
Conforme Nasio (1999), assim como se distingue o prazer da fase oral da
questão do alimento, mas sim em relação a sucção na fase oral, assim também, na
fase anal, o prazer está relacionado, não na questão orgânica de defecar, mas sim,
no reter e soltar as fezes.
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Esta fase é a fase de percepção dos órgãos genitais masculino e feminino, mas
com uma disputa, digamos de passagem que o menino tem da menina e a menina do
menino, no sentido dos órgãos genitais, como fonte de erotização.
O autor esclarece a questão do falo nesta fase:
A criança na fase fálica tende a uma identificação com um dos pais, em que
o menino se identifica com o pai, e a menina com a mãe. O menino tem o
desejo de ser forte como o pai e ao mesmo tempo deposita ódio por ele amar
a mãe. A menina é hostil com a mãe porque supõe que ela possui o pai, ao
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mesmo tempo tem medo de perder o amor da mãe que sempre lhe foi tão
protetora (Freud, 1976 [1905).
Entre os seis e dez anos ocorre a fase de latência, em que a energia libidinal
é investida em algo que não está no próprio corpo, e pode-se afirmar que a
libido sexual passa por certo “adormecimento” em prol de outros
investimentos da cultura. (Freitas, Teixeira; Barros, Businari; Almeida; Assis
2020).
Dentro disso, através da teoria estudada não se tem o intuito aqui de definir
certo ou errado, ou se é eficaz ou não, porém se trata de um estudo, uma pesquisa
bibliográfica, para maior conhecimento e entendimento desta fase e sua importância
no desenvolvimento infantil na primeira infância.
Existe uma ampla gama de teorias sobre o desenvolvimento infantil e suas
fases e estágios, como definido nesta pesquisa a abordagem psicanalítica, ficou por
exposto os estágios psicossexuais de Freud.
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3. DESENVOLVIMENTO HUMANO
Conforme as autoras Papalia e Olds (2000), Mesmo que através de uma única
célula, esta irá se transformar em um indivíduo único, as transformações que as
pessoas apresentam durante a vida apresentam alguns padrões semelhantes.
Como exemplo as autoras exemplificam:
Os bebês crescem e se tornam crianças, que crescem e se tornam adultos.
Igualmente, as características humanas têm padrões em comum. Por
exemplo: entre 10% e 15% são coerentemente tímidas, e outras 10% e 15%
são muito ousadas. Outras influências podem modificar estes traços, mas
eles tendem a persistir, pelo menos em grau moderado, especialmente em
crianças que estão em um extremo ou outro. (Papalia e Olds, pág. 36, 2000).
Pesquisadores em Boston descobriram que alunos que iam para escola com
fome ou sem nutrientes essenciais em sua dieta tinham notas mais baixas e mais
problemas emocionais e comportamentais do que seus colegas.
Depois que as escolas começaram um programa que incluía café da manhã,
os alunos participantes melhoraram suas notas de matemática, faltavam e se
atrasaram com menor frequência e tiveram menos problemas emocionais e
comportamentais. (Kleinman et al., 2002; Murphy et al., 1998)
Importante lembrar, como já dito pelos autores Bock, Furtado e Trassi (2000),
que as crianças não são mini adultos e que cada uma apresenta características
próprias para a idade. Compreender isso é primordial para compreender o
desenvolvimento humano.
Segundo os autores:
Estudar o desenvolvimento humano significa reconhecer as características
comuns de cada faixa etária permitindo-nos reconhecer as individualidades,
o que nos torna mais aptos para observação e interpretação dos
comportamentos. (Bock, Furtado e Trassi. page. 98, 2000)
sobre a carga genética da inteligência, que comprovam seus aspectos genéticos, que
poderão ou não se desenvolver dependendo do meio onde se encontra.
Crescimento orgânico: refere-se ao aspecto físico. Conforme a criança cresce
seus membros e corpo se desenvolvem, permitindo comportamentos até então não
permitidos. Por exemplo, uma criança quando começa a engatinhar e depois andar
são descobertas diferentes, de quando estava no berço com poucos dias de vida.
Maturação neurofisiológica: significa o que torna possível determinado padrão
de comportamento. Como exemplo, os autores citam a alfabetização da criança, que
quando pequena não consegue segurar o lápis, é preciso que se desenvolva essa
maturação, só observar uma criança de 2, 3 anos, ainda não tem essa maturação
desenvolvida, basta observar como ela segura um lápis.
Meio: se trata das influências e as estimulações alteram o padrão de
comportamento. Como exemplo, uma criança de 2, 3 anos que convive em um
ambiente que a estimulação verbal é muito intensa, essa pode desenvolver um
repertório muito maior do que outras da sua idade, que vivem em outro meio. Assim
como pode não subir e descer escadas com a mesma facilidade, por não ter feito parte
dessa estimulação.
Como estudado e visto a partir das pesquisas, o desenvolvimento humano
envolve uma globalidade de aspectos a serem estudados, que abrange uma vasta
linha teórica, com muitos conceitos e um estudo bem abrangente, que aqui procurou-
se colocar aspectos sintetizados sobre o desenvolvimento humano.
O desenvolvimento humano também se divide em quatro aspectos, conforme
os autores Bock, Furtado e Trassi (2000):
Aspecto físico motor: refere-se ao crescimento orgânico, à maturação
neurofisiológica, à capacidade que a criança adquire de movimento do próprio corpo,
manipulação de objetos, por exemplo a criança que com 7 meses já possui esse
desenvolvimento ao conseguir segurar a mamadeira sozinha, com suas mãos.
Aspecto Intelectual: capacidade de raciocínio, de pensar, por exemplo uma
criança de 2 anos que consegue pegar um brinquedo embaixo de algum móvel com
uma vassoura. E assim como um jovem que tem a capacidade de fazer contas e
administrar o dinheiro.
Aspecto afetivo-emocional: aspecto individual que o indivíduo tem em integrar
suas experiências, emoções, se trata da forma de sentir. Exemplo: a vergonha sentida
em determinada situação, o medo diante de algo desconhecido, a alegria.
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Portanto a psicologia é o ramo das ciências humanas que tem como objeto de
estudo o homem, construindo assim, distintos e específicos conhecimentos a respeito
do mesmo. Passando assim a ser objeto de estudo da psicologia a subjetividade
humana.
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Pelo mundo das ideias, dos significados e das emoções, que são construídos
internamente pelo indivíduo por intermédio “[...] de suas relações sociais, de
suas vivências e de sua constituição biológica; é, também, fonte de suas
manifestações afetivas e comportamentais” (BOCK; FURTADO; TEIXEIRA,
pág. 22, 2010).
Rampazzo (2014) cita Calligaris (2000) descrevendo que olhar mais atento e
amoroso para as crianças como se fossem um trunfo, ou uma divindade triunfou
quando a sociedade passou a dar lugar ao indivíduo.
Segunda a autora:
A autora cita Ariès, que segundo ele, a importância dada ao apego à infância
e à sua singularidade não se exprimia mais pela distração e pela brincadeira, mas
pelo interesse psicológico e preocupação moral. Costa (2010).
A noção de uma inocência infantil começou partir do século XVIII:
A partir do século XVII, estendendo-se até o século XVIII, predomina a noção
de uma inocência infantil que precisava ser preservada e a educação tornou-
se uma preocupação constante das famílias, dos homens da lei e dos
educadores. No entanto, cabe ressaltar que este sentimento moderno em
relação à infância estava começando. Foram necessários ainda muitos anos
para que ele se desenvolvesse. (Costa, pag. 9).
A família começa a se ocupar de tudo que diga respeito à vida de seus filhos,
desde as brincadeiras até a educação, incluindo um elemento novo que é a
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5.CONSIDERAÇÕES FINAIS
REFERÊNCIAS
FREITAS, Ana Paula dos Santos de; TEIXEIRA Cleide; BARROS, Cristiane;
Businari Elder; ALMEIDA, Stheffany; ASSIS, Cleber Lizardo de. ESTUDO SOBRE
DESENVOLVIMENTO PSICOSSEXUAL INFANTIL NA PERSPECTIVA DA
PSICANÁLISE EM CRIANÇAS DE CACOAL-RO. Revista Brasileira de Sexualidade
Humana, [S. l.], v. 23, n. 2, 2020. DOI: 10.35919/rbsh. V 23i2.194. Disponível em:
https://sbrash.emnuvens.com.br/revista_sbrash/article/view/194. Acesso em: 10 out.
2021.
NASIO, Juan David. O Prazer de ler Freud. p. 62, [tradução, Lucy Magalhães;
revisão técnica, Marco Antônio Coutinho Jorge]. — Rio de Janeiro: Jorge Zahar
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NASIO, Juan David. O Prazer de ler Freud. p. 65, [tradução, Lucy Magalhães;
revisão técnica, Marco Antônio Coutinho Jorge]. — Rio de Janeiro: Jorge Zahar
Ed. 1999. Disponível em: http://obsam.ufrn.br/wp-content/uploads/2020/06/J-
.D.-Nasio-O-prazer-de-Ler-Freud.pdf. Acesso em 10/10/2021.