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Sd jurisadvogando – Sandra Mara Dobjenski

DIREITO PROCESSUAL DO TRABALHO – PARTES E PROCURADORES

*Partes = reclamante (ajuíza a ação) e reclamado (em face de quem essa ação é
ajuizada) (justiça do trabalho) (autor e réu) (justiça comum) – autor quem ajuíza
a ação e réu a parte em face de quem a ação é ajuizada.
CAPACIDADE
1. De ser parte – qualquer pessoa pode ser parte, logo quem pode ser parte é
quem possui personalidade jurídica (se adquire no nascimento com vida). Na
justiça do trabalho tanto a pessoa jurídica quanto a pessoa física podem ser
parte.
2. Processual – capacidade de estar em juízo sem ser representada ou assistida
(absolutamente incapazes serão representados) (relativamente incapazes
serão assistidos)
Art. 793 CLT. A reclamação trabalhista do menor de 18 anos será feita por seus
representantes legais e, na falta destes, pela Procuradoria da Justiça do
Trabalho (MPT), pelo sindicato, pelo Ministério Público estadual ou curador
nomeado em juízo. (Redação dada pela Lei nº 10.288, de 2001) (representação
dos incapazes)
 Menores de 18 anos – Art. 793 CLT
2.1. Representantes legais
2.2. Procuradoria da justiça do trabalho (MPT)
2.3. Sindicato
2.4. MPEstadual
2.5. Curador nomeado em juízo
Pessoas Jurídicas
Art. 76 CPC. Verificada a incapacidade processual ou a irregularidade da
representação da parte, o juiz suspenderá o processo e designará prazo razoável
para que seja sanado o vício. (parte tem que ter a capacidade processual) (se
verificada a incapacidade o juiz suspende o processo e abre prazo para ser
feita a regularização) (se a regularização não for feita – em caso de autor o
processo será extinto sem resolução de mérito) (se o réu – revelia e confissão
quanto a matéria de fato) (terceiro – exclusão do processo)
§ 1º Descumprida a determinação, caso o processo esteja na instância originária:
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I - o processo será extinto, se a providência couber ao autor;


II - o réu será considerado revel, se a providência lhe couber;
III - o terceiro será considerado revel ou excluído do processo, dependendo do polo
em que se encontre.
*Se for na fase recursal e o agente estiver interpondo recurso – e for o
recorrente – recurso não será reconhecido e se for o recorrido vai ocorrer o
desentranhamento das contrarrazões.
§ 2º Descumprida a determinação em fase recursal perante tribunal de justiça,
tribunal regional federal ou tribunal superior, o relator:
I - não conhecerá do recurso, se a providência couber ao recorrente;
II - determinará o desentranhamento das contrarrazões, se a providência couber ao
recorrido.
Art. 77 CPC. Além de outros previstos neste Código, são deveres das partes, de
seus procuradores e de todos aqueles que de qualquer forma participem do
processo:
I - expor os fatos em juízo conforme a verdade;
II - não formular pretensão ou de apresentar defesa quando cientes de que são
destituídas de fundamento;
III - não produzir provas e não praticar atos inúteis ou desnecessários à declaração
ou à defesa do direito;
IV - cumprir com exatidão as decisões jurisdicionais, de natureza provisória ou final,
e não criar embaraços à sua efetivação;
V - declinar, no primeiro momento que lhes couber falar nos autos, o endereço
residencial ou profissional onde receberão intimações, atualizando essa informação
sempre que ocorrer qualquer modificação temporária ou definitiva;
VI - não praticar inovação ilegal no estado de fato de bem ou direito litigioso.
§ 1º Nas hipóteses dos incisos IV e VI, o juiz advertirá qualquer das pessoas
mencionadas no caput de que sua conduta poderá ser punida como ato atentatório à
dignidade da justiça.
§ 2º A violação ao disposto nos incisos IV e VI constitui ato atentatório à dignidade
da justiça, devendo o juiz, sem prejuízo das sanções criminais, civis e processuais
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cabíveis, aplicar ao responsável multa de até vinte por cento do valor da causa, de
acordo com a gravidade da conduta.
§ 3 o Não sendo paga no prazo a ser fixado pelo juiz, a multa prevista no § 2º será
inscrita como dívida ativa da União ou do Estado após o trânsito em julgado da
decisão que a fixou, e sua execução observará o procedimento da execução fiscal,
revertendo-se aos fundos previstos no art. 97 .
§ 4º A multa estabelecida no § 2º poderá ser fixada independentemente da
incidência das previstas nos arts. 523, § 1º , e 536, § 1º .
§ 5º Quando o valor da causa for irrisório ou inestimável, a multa prevista no § 2º
poderá ser fixada em até 10 (dez) vezes o valor do salário-mínimo.
§ 6º Aos advogados públicos ou privados e aos membros da Defensoria Pública e do
Ministério Público não se aplica o disposto nos §§ 2º a 5º, devendo eventual
responsabilidade disciplinar ser apurada pelo respectivo órgão de classe ou
corregedoria, ao qual o juiz oficiará.
§ 7º Reconhecida violação ao disposto no inciso VI, o juiz determinará o
restabelecimento do estado anterior, podendo, ainda, proibir a parte de falar nos
autos até a purgação do atentado, sem prejuízo da aplicação do § 2º.
§ 8º O representante judicial da parte não pode ser compelido a cumprir decisão em
seu lugar.
Art. 75 CPC. Serão representados em juízo, ativa e passivamente:
I - a União, pela Advocacia-Geral da União, diretamente ou mediante órgão
vinculado;
II - o Estado e o Distrito Federal, por seus procuradores;
III - o Município, por seu prefeito ou procurador;
IV - a autarquia e a fundação de direito público, por quem a lei do ente federado
designar;
V - a massa falida, pelo administrador judicial;
VI - a herança jacente ou vacante, por seu curador;
VII - o espólio, pelo inventariante;
VIII - a pessoa jurídica, por quem os respectivos atos constitutivos designarem ou,
não havendo essa designação, por seus diretores;
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IX - a sociedade e a associação irregulares e outros entes organizados sem


personalidade jurídica, pela pessoa a quem couber a administração de seus bens;
X - a pessoa jurídica estrangeira, pelo gerente, representante ou administrador de
sua filial, agência ou sucursal aberta ou instalada no Brasil;
XI - o condomínio, pelo administrador ou síndico.
*Representação em audiência
Art. 843 CLT - Na audiência de julgamento deverão estar presentes o reclamante e
o reclamado, independentemente do comparecimento de seus representantes salvo,
nos casos de Reclamatórias Plúrimas ou Ações de Cumprimento, quando os
empregados poderão fazer-se representar pelo Sindicato de sua categoria.
(Redação dada pela Lei nº 6.667, de 3.7.1979)
§ 1º É facultado ao empregador fazer-se substituir pelo gerente, ou qualquer outro
preposto que tenha conhecimento do fato, e cujas declarações obrigarão o
proponente.
§ 2º Se por doença ou qualquer outro motivo poderoso, devidamente comprovado,
não for possível ao empregado comparecer pessoalmente, poderá fazer-se
representar por outro empregado que pertença à mesma profissão, ou pelo seu
sindicato.
§ 3o O preposto a que se refere o § 1o deste artigo não precisa ser empregado da
parte reclamada. (Incluído pela Lei nº 13.467, de 2017)
*Na audiência a presença das partes é obrigatória – a presença do reclamante
e a do reclamado é obrigatória – devem comparecer a audiência
independentemente de estarem representados por advogados ou do
comparecimento dos advogados. EXCEÇÕES: não há necessidade de que
todos compareçam – reclamatórias plúrimas (litisconsórcio ativo – pluralidade
de autores) e nas ações de cumprimento – nessas ações os agentes podem
ser representados pelos sindicatos.
*Quando se trata do empregador ele não é obrigado a comparecer
pessoalmente, podendo ser representado por um gerente ou por um preposto,
desde que eles tenham conhecimento dos fatos (não precisam ter
presenciado, vivenciado – basta simplesmente que ele tenha conhecimento –
pois tudo que eles falarem obriga o proponente).
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*O preposto não precisa ser empregado do reclamado – basta simplesmente


que tenha conhecimento dos fatos.
*Empregado por motivo de doença (motivo de saúde) ou motivos poderosos
pode ser representado ou por outro empregado que pertença a mesma
profissão ou pelo sindicato.
3. Postulatória – privativa do advogado devidamente inscrito nos quadros da
OAB – o advogado para representar o empregado, precisa ter poderes,
precisa ter um mandato, que via de regra é expresso (quando ele tem a
procuração) – na justiça do trabalho se tem o mandato tácito (o advogado
comparece a audiência para que conste seu nome na ata, mediante anuência
da parte representada) o advogado terá os poderes gerais, os poderes
específicos (confessar, transigir, receber, dar quitação) ele não possui. No
caso de mandato tácito não há necessidade de juntar a procuração, pois se
ocorre a juntada passa-se a ter o mandato expresso
Art. 791, § 3o CLT - A constituição de procurador com poderes para o foro em geral
poderá ser efetivada, mediante simples registro em ata de audiência, a requerimento
verbal do advogado interessado, com anuência da parte representada. (Incluído pela
Lei nº 12.437, de 2011)
1 - Orientação Jurisprudencial 200/TST-SDI-I - Advogado. Mandato tácito.
Substabelecimento inválido. CPC/1973, art. 37.
«É inválido o substabelecimento de advogado investido de mandato tácito.»
(somente pode substabelecer quem tem procuração – mandato expresso) (se
quem tiver mandato tácito substabelecer este ato é inválido)
286. AGRAVO DE INSTRUMENTO. TRASLADO. MANDATO TÁCITO. ATA DE
AUDIÊNCIA. CONFIGURAÇÃO (alterada - Res. 167/2010, DEJT divulgado em
30.04.2010 e 03 e 04.05.2010)
I - A juntada da ata de audiência, em que consignada a presença do advogado,
desde que não estivesse atuando com mandato expresso, torna dispensável a
procuração deste, porque demonstrada a existência de mandato tácito. ( se ocorre
o comparecimento a audiência como advogado e realiza requerimento verbal
para que seja consignado em ata seu nome e o número de sua OAB. Mediante
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anuência da parte representada dali para frente se tem mandato tácito – isso
dispensa a juntada da procuração)
II - Configurada a existência de mandato tácito fica suprida a irregularidade
detectada no mandato expresso. (se eventualmente já existia procuração nos
autos e nesta constava qualquer erro, com mandato tácito fica suprida essa
irregularidade)
REPRESENTAÇÃO DO ADVOGADO
Nº 436 TST
SÚMULA N.º 436 - REPRESENTAÇÃO PROCESSUAL. PROCURADOR DA
UNIÃO, ESTADOS, MUNICÍPIOS E DISTRITO FEDERAL, SUAS AUTARQUIAS E
FUNDAÇÕES PÚBLICAS. JUNTADA DE INSTRUMENTO DE MANDATO
I - A União, Estados, Municípios e Distrito Federal, suas autarquias e fundações
públicas, quando representadas em juízo, ativa e passivamente, por seus
procuradores, estão dispensadas da juntada de instrumento de mandato e de
comprovação do ato de nomeação.
II - Para os efeitos do item anterior, é essencial que o signatário ao menos declare-
se exercente do cargo de procurador, não bastando a indicação do número de
inscrição na Ordem dos Advogados do Brasil.
Ex.: Procurador de uma autarquia que vai para a audiência não precisa juntar
procuração e também não precisa juntar o ato de nomeação para provar que é
procurador, quando for assinar a participação na audiência é necessário se declarar
procurador, não bastando a indicação do número da OAB.
Súmula nº 427 do TST
INTIMAÇÃO. PLURALIDADE DE ADVOGADOS. PUBLICAÇÃO EM NOME DE
ADVOGADO DIVERSO DAQUELE EXPRESSAMENTE INDICADO. NULIDADE
(editada em decorrência do julgamento do processo TST-IUJERR 5400-
31.2004.5.09.0017) - Res. 174/2011, DEJT divulgado em 27, 30 e 31.05.2011
Havendo pedido expresso de que as intimações e publicações sejam realizadas
exclusivamente em nome de determinado advogado, a comunicação em nome de
outro profissional constituído nos autos é nula, salvo se constatada a inexistência de
prejuízo.
SUBSTABELECIMENTO
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Súmula nº 395 do TST


MANDATO E SUBSTABELECIMENTO. CONDIÇÕES DE VALIDADE (nova
redação dos itens I e II e acrescido o item V em decorrência do CPC de 2015) -
Res. 211/2016, DEJT divulgado em 24, 25 e 26.08.2016.
I - Válido é o instrumento de mandato com prazo determinado que contém cláusula
estabelecendo a prevalência dos poderes para atuar até o final da demanda (§ 4º do
art. 105 do CPC de 2015). (ex -OJ nº 312 da SBDI-1 - DJ 11.08.2003)
II – Se há previsão, no instrumento de mandato, de prazo para sua juntada, o
mandato só tem validade se anexado ao processo o respectivo instrumento no
aludido prazo. (ex-OJ nº 313 da SBDI-1 - DJ 11.08.2003)
III - São válidos os atos praticados pelo substabelecido, ainda que não haja, no
mandato, poderes expressos para substabelecer (art. 667, e parágrafos, do Código
Civil de 2002). (ex-OJ nº 108 da SBDI-1 - inserida em 01.10.1997) (TST – ainda que
na procuração não haja poderes expressos para o substabelecimento os atos
que forem praticados pelo substabelecido são atos válidos)
IV - Configura-se a irregularidade de representação se o substabelecimento é
anterior à outorga passada ao substabelecente. (ex-OJ nº 330 da SBDI-1 - DJ
09.12.2003)
V – Verificada a irregularidade de representação nas hipóteses dos itens II e IV,
deve o juiz suspender o processo e designar prazo razoável para que seja sanado o
vício, ainda que em instância recursal (art. 76 do CPC de 2015). (quando houver
uma irregularidade, seja uma incapacidade da parte ou irregularidade de
representação se utiliza o Art. 76 CPC de forma subsidiária no processo de
trabalho – neste caso o juiz suspende o processo, abre prazo razoável para
que seja sanado esse vício – caso venha ser descumprido sofre penalidades,
seja na fase originária ou se estiver na fase recursal)
HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS
*Honorários destinados ao próprio advogado, ainda que este advogado atue em
causa própria. (honorários sucumbênciais) – aquele que possui advogado se
este sair vencedor o vencido paga os honorários sucumbênciais = honorários
advocatícios.
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Ex.: Maria ajuizou uma ação contra a empresa alfa, Maria está representada por
advogado bem como a empresa Alfa está representada por advogado – a
empresa Alfa foi vencida – a empresa Alfa pagará os honorários advocatícios
ao advogado da parte vencedora.
Maria ajuizou ação contra a empresa Alfa, mas Maria é advogada e atua em
causa própria – a empresa Alfa possui advogado – a empresa Alfa foi vencida
– a empresa Alfa terá que pagar honorários advocatícios para Maria ainda que
ela esteja atuando em causa própria.
Art. 791-A. Ao advogado, ainda que atue em causa própria, serão devidos
honorários de sucumbência, fixados entre o mínimo de 5% (cinco por cento) e o
máximo de 15% (quinze por cento) sobre o valor que resultar da liquidação da
sentença, do proveito econômico obtido ou, não sendo possível mensurá-lo, sobre o
valor atualizado da causa. (Incluído pela Lei nº 13.467, de 2017)
§ 1o Os honorários são devidos também nas ações contra a Fazenda Pública e
nas ações em que a parte estiver assistida ou substituída pelo sindicato de sua
categoria. (Incluído pela Lei nº 13.467, de 2017)
§ 2o Ao fixar os honorários, o juízo observará: (Incluído pela Lei nº 13.467, de
2017)
I - o grau de zelo do profissional; (Incluído pela Lei nº 13.467, de 2017)

II - o lugar de prestação do serviço; (Incluído pela Lei nº 13.467, de 2017)

III - a natureza e a importância da causa; (Incluído pela Lei nº 13.467, de


2017)

IV - o trabalho realizado pelo advogado e o tempo exigido para o seu


serviço. (Incluído pela Lei nº 13.467, de 2017)
§ 3o Na hipótese de procedência parcial, o juízo arbitrará honorários de
sucumbência recíproca, vedada a compensação entre os honorários.
(Incluído pela Lei nº 13.467, de 2017)
§ 4o Vencido o beneficiário da justiça gratuita, desde que não tenha obtido em juízo,
ainda que em outro processo, créditos capazes de suportar a despesa, as
obrigações decorrentes de sua sucumbência ficarão sob condição suspensiva de
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exigibilidade e somente poderão ser executadas se, nos dois anos subsequentes ao
trânsito em julgado da decisão que as certificou, o credor demonstrar que deixou de
existir a situação de insuficiência de recursos que justificou a concessão de
gratuidade, extinguindo-se, passado esse prazo (02 anos), tais obrigações do
beneficiário. (Incluído pela Lei nº 13.467, de 2017) (suspensão da exigibilidade)
§ 5o São devidos honorários de sucumbência na reconvenção. (Incluído pela Lei nº
13.467, de 2017)

Art. 793. A reclamação trabalhista do menor de 18 anos será feita por seus
representantes legais e, na falta destes, pela Procuradoria da Justiça do Trabalho,
pelo sindicato, pelo Ministério Público estadual ou curador nomeado em
juízo. (Redação dada pela Lei nº 10.288, de 2001)

 OS HONORÁRIOS NA JUSTIÇA DO TRABALHO SERÃO FIXADOS EM UM


MÍNIMO DE 5% E O MÁXIMO DE 15% FIXADOS SOBRE O VALOR DA
LIQUIDAÇÃO DA SENTENÇA. (VALOR DA CONDENAÇÃO) OU DO
PROVEITO ECONÔMICO OBTIDO OU PELO VALOR ATUALIZADO DA
CAUSA.
*AÇÃO CONTRA A FAZENDA PÚBLICA
*Também é cabível os honorários advocatícios quando a parte estiver assistida ou
substituída pelo sindicato.
HONORÁRIOS = SUCUMBÊNCIA – A PARTE VENCIDA IRÁ PAGAR OS
HONORÁRIOS DA PARTE VENCEDORA, SE HOUVER A PROCEDÊNCIA
PARCIAL DO PEDIDO ESSES HONORÁRIOS SERÃO ARBITRADOS OS
HONORÁRIOS E NESTE CASO O JUÍZO VAI ARBITRAR HONORÁRIOS DE
SUCUMBÊNCIA RECÍPROCA – NESSE CASO É VEDADA A COMPENSAÇÃO DE
HONORÁRIOS.
Ex.: Maria ajuizou ação contra a empresa Alfa – a empresa Alfa está representada
por advogado, bem como Maria também está representada por advogado – Maria
fez 04 pedidos, tendo ganho 02 pedidos e perdido 02 – tendo procedência parcial –
neste caso não ocorrerá arbitramento de honorários, pois Maria pagará os
honorários da empresa Alfa e a empresa Alfa pagará os honorários do advogado de
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Maria = sucumbência recíproca. Vedada a compensação dos honorários, porque os


honorários pertencem ao advogado e não as partes.
REQUISITOS PARA A FIXAÇÃO DE HONORÁRIOS
Maria ajuizou ação contra a empresa Alfa – ambos estão representados por
advogado – Maria fez 04 pedidos – todos os pedidos foram julgados improcedentes
– Maria é beneficiária da Justiça gratuita – se a parte vencida for beneficiaria da
Justiça gratuita ainda assim ela será condenada ao pagamento dos honorários
advocatícios. Se o sujeito não tiver recebido nada neste processo e
consequentemente em um processo posterior há a condenação em honorários –
neste caso ocorre a SUSPENSÃO DA EXIGIBILIDADE (pelo prazo de 02 anos) – se
suspende para que depois se possa fazer a cobrança. Se no período de 02 ocorrer
modificação na vida financeira de Maria faz-se a execução – se passar os dois anos
sem nada ter se modificado neste caso extingue-se a obrigação.
*Honorários são devidos na reconvenção (é a ação do réu contra o autor no mesmo
processo em que aquele é demandado. Não é defesa, é demanda, ataque. Esta
ação amplia objetivamente o processo, isso significa que o processo passa a ter
novo pedido) – ação autônoma (natureza jurídica)
*BENEFÍCIOS DA JUSTIÇA GRATUITA
Art. 790. Nas Varas do Trabalho, nos Juízos de Direito, nos Tribunais e no Tribunal
Superior do Trabalho, a forma de pagamento das custas e emolumentos obedecerá
às instruções que serão expedidas pelo Tribunal Superior do Trabalho. (Redação
dada pela Lei nº 10.537, de 27.8.2002)
§ 1o Tratando-se de empregado que não tenha obtido o benefício da justiça gratuita,
ou isenção de custas, o sindicato que houver intervindo no processo responderá
solidariamente pelo pagamento das custas devidas. (Redação dada pela Lei nº
10.537, de 27.8.2002)
§ 2o No caso de não-pagamento das custas, far-se-á execução da respectiva
importância, segundo o procedimento estabelecido no Capítulo V deste
Título. (Redação dada pela Lei nº 10.537, de 27.8.2002)
§ 3o É facultado aos juízes, órgãos julgadores e presidentes dos tribunais do
trabalho de qualquer instância conceder, a requerimento ou de ofício, o benefício da
justiça gratuita, inclusive quanto a traslados e instrumentos, àqueles que
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perceberem salário igual ou inferior a 40% (quarenta por cento) do limite máximo
dos benefícios do Regime Geral de Previdência Social. (Redação dada pela Lei nº
13.467, de 2017)
§ 4o O benefício da justiça gratuita será concedido à parte que comprovar
insuficiência de recursos para o pagamento das custas do processo. (Incluído pela
Lei nº 13.467, de 2017) (é necessário saber se é uma pessoa física ou se é
pessoa jurídica – quando se tratar de pessoa física nesse caso a
hipossuficiência ela é presumida – pode haver impugnação do benefício e
prova em sentindo contrário) (quando se tratar de uma pessoa jurídica não
ocorre a presunção – é necessário a comprovação cabal de que ela não possui
condições financeiras de arcar com as despesas processuais)
*A parte não condição de arcar com as custas do processo sem prejudicar seu
sustento próprio ou de sua família.
1. os benefícios da justiça gratuita podem ser concedidos de ofício ou mediante
requerimento
2. o agente tem que receber até 40% do limite máximo dos benefícios do regime
geral de previdência social
Súmula nº 463 do TST
ASSISTÊNCIA JUDICIÁRIA GRATUITA. COMPROVAÇÃO (conversão da
Orientação Jurisprudencial nº 304 da SBDI-1, com alterações decorrentes do
CPC de 2015) - Res. 219/2017, DEJT divulgado em 28, 29 e 30.06.2017 –
republicada - DEJT divulgado em 12, 13 e 14.07.2017.
I – A partir de 26.06.2017, para a concessão da assistência judiciária gratuita à
pessoa natural, basta a declaração de hipossuficiência econômica firmada pela
parte ou por seu advogado, desde que munido de procuração com poderes
específicos para esse fim (art. 105 do CPC de 2015); (basta a declaração de
hipossuficiência) (o advogado somente poderá fazer essa declaração de
hipossuficiência se ele tiver poderes específicos)
II – No caso de pessoa jurídica, não basta a mera declaração: é necessária a
demonstração cabal de impossibilidade de a parte arcar com as despesas do
processo.
LITISCONSÓRCIO
Sd jurisadvogando – Sandra Mara Dobjenski

*é o fenômeno processual que ocorre quando há uma pluralidade de partes na


mesma lide. Ou seja, quando duas ou mais pessoas, na parte ativa ou passiva,
dividem o mesmo lado, ou lados opostos, no processo. (Pluralidade de partes)
*é cabível na justiça do trabalho.
Art. 842 CLT - Sendo várias as reclamações e havendo identidade de matéria,
poderão ser acumuladas num só processo, se se tratar de empregados da mesma
empresa ou estabelecimento. (quando houver identidade de matéria pode-se
formar esse litisconsórcio)
Ex.: A empresa Alfa dispensou 20 funcionários – esses empregados irão ajuizar
ação contra a empresa Alfa (pluralidade de partes = litisconsórcio) – o litisconsórcio
somente poderá ser formado se ocorrer identidade de matéria.
Art. 113 CPC. Duas ou mais pessoas podem litigar, no mesmo processo, em
conjunto, ativa ou passivamente, quando:
I - entre elas houver comunhão de direitos ou de obrigações relativamente à lide;
II - entre as causas houver conexão pelo pedido ou pela causa de pedir;
III - ocorrer afinidade de questões por ponto comum de fato ou de direito.
§ 1º O juiz poderá limitar o litisconsórcio facultativo quanto ao número de litigantes
na fase de conhecimento, na liquidação de sentença ou na execução, quando este
comprometer a rápida solução do litígio ou dificultar a defesa ou o cumprimento da
sentença.
§ 2º O requerimento de limitação interrompe o prazo para manifestação ou resposta,
que recomeçará da intimação da decisão que o solucionar.
*Quanto a posição o litisconsórcio pode ser:
1. Ativo – a pluralidade de partes está no polo ativo
2. Passivo – pluralidade de partes está no polo passivo
3. Misto – pluralidade tanto no polo passivo quanto no ativo
Ex.: Dois ou mais empregados ajuízam uma ação contra a empresa Alfa =
litisconsórcio ativo
Um empregado ajuizou uma ação contra a empresa Alfa e contra a empresa Beta =
litisconsórcio passivo
Dois empregados ajuizaram em face de duas empresas (Alfa e Beta) = litisconsórcio
misto.
Sd jurisadvogando – Sandra Mara Dobjenski

*Quanto a obrigatoriedade:
1. Facultativo – opcional – pluralidade por vontade das partes – cada um pode
ajuizar a ação individualmente – havendo identidade de matérias os agentes podem
cumular em um único processo
2. Necessário – para que se tenha uma relação jurídica válida – eficácia da decisão
– é preciso a citação de todos os litisconsortes. É necessária a citação de todos os
litisconsórcios – para que se tenha uma relação jurídica válida e a eficácia da
sentença vai depender da citação de todos.
Art. 114CPC. O litisconsórcio será necessário por disposição de lei ou quando, pela
natureza da relação jurídica controvertida, a eficácia da sentença depender da
citação de todos que devam ser litisconsortes.
*Quanto ao resultado: (decisão de mérito)
1. Simples – decisão diferente para os litisconsortes
2. Unitário – decisão de mérito igual para todos os litisconsortes
*Quanto ao momento da formação:
1. Inicial – se a pluralidade de partes se dá desde o ajuizamento da ação
2. Ulterior/posterior – o litisconsórcio se formou após o ajuizamento da ação.

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