Documentação Técnica Documentação Técnica Documentação Técnica

Um importante suporte técnico de toda a atividade da

manutenção é constituído pela documentação técnica relativa A Documentação da Manutenção compreende diversos
aos equipamentos cuja manutenção está à responsabilidade tipos de documentação técnica que, em traços gerais, se Constituição da documentação técnica de um
deste serviço. pode dividir em: equipamento:

É a partir da documentação técnica de cada equipamento que • Documentação Técnica Geral - compreende formulários, ➢ Características / instruções gerais
é elaborado o seu plano de manutenção. livros técnicos, revistas, etc.; ➢ Instruções de instalação

Para algumas ações estabelecidas neste plano será • Documentação Técnica Específica - compreende ➢ Instruções de utilização
eventualmente necessário estudar e definir métodos catálogos, cadernos de máquina, desenhos gerais ou ➢ Documentação mecânica e fluidos utilizados
operatórios de execução. específicos, etc.
➢ Documentação elétrica / automatismos
A documentação técnica do equipamento constitui ainda um
importante suporte de apoio a ações de formação de pessoal
relativas aos equipamentos.
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➢ Características / instruções gerais: ➢ Documentação mecânica e fluidos utilizados:

➢ Instruções de instalação:
1) Ficha de identidade do equipamento. 1) Planos mecânicos de conjunto e de subconjunto.
2) Apresentação geral. 1) Exigências para o local de instalação do equipamento. 2) Planos de ferramentas
3) Características técnicas. 2) Processo de instalação. 3) Nomenclaturas standard do fornecedor e de comércio.
4) Dispositivos e conselhos de segurança. 4) Lista de peças de reserva e de desgaste aconselhadas.
5) Documentos regulamentares: 5) Estado de referência – Km 0.
a. Protocolo de receção do fornecedor. ➢ Instruções de utilização: 6) Planos e procedimentos de substituição de componentes.
b. Planos de implantação e consumos de energia. 7) Esquemas de fluidos, nomenclaturas e peças de reserva
c. Níveis de poluição sonora provocados pelo 1) Conselhos de segurança. aconselhadas.
equipamento. 2) Descrição dos órgãos de serviço e sinalização. a. Hidráulico, pneumático, lubrificação, etc.
d. Declaração de conformidade. 3) Descrição dos modos de funcionamento e exploração. 8) Plano de manutenção preventivo preconizado pelo
e. Fichas de dados de segurança de produtos químicos 4) Anomalias e incidentes. fornecedor.
utilizados.
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Constituição de uma Folha de Características: Exemplos de características gerais, integrando uma folha de
➢ Documentação elétrica / automatismos: características de um agitador:
• Características gerais (ficha de identificação)
1) Esquemas elétricos, nomenclatura e peças de reserva
• Condições de serviço
aconselhadas.
2) Programa autómato (papel + suporte informático). • Características técnicas
3) Licenças.
• Materiais (características técnicas gerais)
4) Manual de automatismos.
5) Plano de manutenção preventiva preconizado pelo • Informação de controlo de condição
fornecedor.
6) Salvaguardas de parâmetros e estados de referência.

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Exemplo de uma folha de características completa, definida Exemplo de uma folha de características completa, definida
para motores elétricos: para motores elétricos (continuação):
Exemplo de condições de serviço:

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Exemplo de uma folha de características completa, definida Exemplo de uma folha de características completa, definida Exemplo de uma folha de características completa, definida
para motores elétricos (continuação): para motores elétricos (continuação): para bombas centrífugas:

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Exemplo de uma folha de características completa, definida
para bombas centrífugas (continuação): Exemplo de uma folha de características completa, definida Exemplo de uma folha de características completa, definida
para bombas centrífugas (continuação): para bombas centrífugas (continuação):

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Exemplo de uma folha de características completa, definida
para bombas centrífugas (continuação):
Constituição da documentação da fase do processo de
fabrico:
1) Criar dossier completo da documentação entregue ao
departamento de manutenção.
2) Estabelecer a lista de peças de desgaste necessárias.
3) Aprovisionar as peças de desgaste
4) Construir e colocar no terreno os manuais do operador.
5) Validar a aplicação do PMP e identificar as cargas de
trabalho necessárias à sua realização.
Documentação Técnica
6) Realizar um plano de colocação em prática do PMP.
7) Realizar a ficha de manutenção autónoma – 1º nível e 2º
nível.
8) Estabelecer a lista de peças de reserva necessárias
9) Aprovisionar as peças de reserva.
10) Atualizar todas as modificações efetuadas nos
equipamentos.
11) Realizar todas as gamas de manutenção necessárias.

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As partes essenciais de um Caderno de Máquina são:

12) Realizar as folhas de procedimento (se necessário). Um Caderno de Máquina é um dossier onde devem estar
13) Colocar no terreno: ➢ Especificação
incluídos os documentos referentes a um dado equipamento,
a. Fichas técnicas ou conjunto de equipamentos semelhantes, de modo a ➢ Histórico
b. Esquemas de fluidos, esquema elétrico e plano de facilitar a consulta e a tornar acessível a sua informação aos
lubrificação. ➢ Reservas
utilizadores da documentação da manutenção.
c. Fichas de controlo. ➢ Instruções de manutenção
d. Fichas de segurança.
e. Manual de manutenção. ➢ Desenhos
➢ Subequipamentos
➢ Diversos

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➢Especificação constituída por: c) Condições Específicas, onde deverão incluir-se os
a) Ficha Técnica onde estão indicados a Identificação e a parâmetros utilizados no controlo de condição ou
Especificação do equipamento. outros, como sejam momentos de inércia, número de
dentes e módulos de engrenagem, binários,
b) Características de Funcionamento, que deverão características de rolamentos e os materiais
mencionar todas as características que digam respeito às constituintes dos órgãos mais importantes.
d) Lista de Desenhos, completa com todos os desenhos
condições normais de funcionamento, como sejam existentes na empresa referentes ao equipamento, bem
condições normais de pressão, temperatura, velocidade, como a sua localização.
e) Documentação Técnica, constituída por catálogos,
potência e outras. instruções de condução e de manutenção.
f) Manuais de inspeção e lubrificação, que são documentos
muito valiosos na clarificação dos conteúdos das ordens
de trabalhos telegráficas ou rotinas, permitindo esclarecer
os conteúdos das rotinas e fornecer os dados necessário
aos operadores. Esta ultima função de fornecimento de dados
aos operadores é de grande importância dada a tendência
moderna de atribuir ao operador do equipamento cada vez mais
tarefas de manutenção.

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 Documentação Técnica Documentação Técnica Planeamento da Manutenção

➢ Histórico, constituído por: Os Cadernos de Máquina devem constituir o repositório de

a) Processo de compra; ➢ Desenhos, constituídos pelos desenhos do todos os factos pertinentes acerca dos equipamentos a que
b) Atas e correspondência; equipamento, bem como os desenhos produzidos ao dizem respeito, que, sendo devidamente atualizados,
c) Histórico dos trabalhos efetuados na máquina. longo da vida do equipamento, correspondendo a constituem uma fonte inesgotável de informação.
modificações introduzidas.
➢ Reservas, constituídas por: Importa criar hábitos de organização que permitam a rápida
a) Lista de peças de reserva pesquisa de informação e bem assim a atualização dos
➢ Subequipamentos, constituídos por informações referentes Cadernos de Máquina, nomeadamente os históricos dos
b) Consultas e novas aquisições à instrumentação, motores elétricos auxiliares, válvulas etc.
equipamentos.
➢ Instruções de Manutenção, constituídas por:
a) Tarefas de manutenção sistemática Pela análise do histórico é possível aferir da eficácia da
b) Inspeções de manutenção condicionada Manutenção prestada bem como obter indicadores que
c) Preparações tipo permitam a correção do Planeamento.

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Ordem de Trabalho (OT) é o documento que transmite para a Elementos de gestão de uma Ordem de Trabalho:
área da intervenção técnica a necessidade de realização do • Número da ordem
A OT normalmente é constituída pelos seguintes blocos de
trabalho, fornecendo as instruções necessárias para a sua • Descrição ou título do trabalho
informação:
execução. • Data e hora em que foi elaborada
▪ Identificação • Tipo de trabalho (por exemplo, corretiva, preventiva, etc.)
A ordem de trabalho serve ainda como centro aglutinador para o
▪ Génese e parâmetros de gestão • Entidade responsável (interna ou externa)
registo do esforço e dos recursos previstos e despendidos (mão-de-
▪ Preparação dos trabalhos • Estado de funcionamento para a realização do trabalho
obra, materiais e serviços), e respetivos custos, na realização do
▪ Suporte para o reporting (a funcionar; máquina parada; linha parada; paragem anual)
trabalho.
• Previsão da duração
• Génese da OT (por exemplo, calibração, rotina de inspeção
A ordem de trabalho deverá ainda ser o suporte para o registo de
e lubrificação, análise de óleos, etc.)
diagnósticos de condição e sugestões de ações futuras.

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A fim de se poder seriar as várias ordens de trabalho de

acordo com a sua Prioridade, criou-se um critério que O Grau de Urgência (U) de uma OT pode ser O Grau de Criticidade (C) de um objeto de manutenção
define a prioridade para a realização do trabalho: classificado de acordo com um código de 1 a 4, com as pode ser classificado de acordo com um código de 1 a 4,
seguintes aceções: com as seguintes aceções:
P=UxCxH
Onde: 1. Emergência 1. Muito crítico
P – grau de prioridade; 2. Urgência 2. Crítico
U – grau de urgência; 3. Normal 3. Normal
C – grau de criticidade do objeto; 4. Quando conveniente 4. Baixo
H – nível hierárquico do solicitante.

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Uma Ordem de Trabalho atravessa vários estados de

O Nível Hierárquico do solicitante (H) de uma OT pode ser gestão. Em função do seu posicionamento no circuito de
classificado de acordo com um código de 1 a 4, com as execução, uma OT pode estar:
seguintes aceções: • preparada (programada com data cega)
• programada (com data decidida)
1. – Gestão de topo • pendente
2. – Produção (com impacto direto nas receitas) • emitida
3. – Gestão intermédia • em curso
4. – Outros • terminada
• encerrada

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