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FACULDADE ANHANGUERA

BÁRBARA PIOLA

OS SETE PECADOS DA MEMÓRIA

VALPARAÍSO DE GÓIAS

2020
BÁRBARA PIOLA

OS SETE PECADOS DA MEMÓRIA

Trabalho com o objetivo de apresentar uma


resenha sobre os sete pecados da memória
dentro do curso de psicologia.

VALPARAÍSO DE GÓIAS

2020
RESUMO

O presente trabalho teve como objetivo vivenciar e aprender na prática as teorias


estudadas sobre os 7 pecados da memória em forma de resenha.

Palavras chaves: desenvolvimento, memória.


SOBRE A MEMÓRIA

A memória é entendida como capacidade de adquirir, armazenar, e reproduzir


conteúdos através das experiências vividas. Segundo Daniel Schacter, psicólogo
estudioso sobre memória humana, o processo de esquecimento é um função
essencial para que a memória humana funcione bem. Parte das memórias
adquiridas precisam ser esquecidas para dar espaço para novas e mais importantes
memórias.
O que ocorre eventualmente é a falha, alguma informação importante que
precisava ser retida, acaba sendo esquecida; e a outra que precisava ser esquecida,
por ser pouco importante ou irrelevante acaba se alojando dentro da memória. Outro
processo que pode gerar confusão é a recuperação de informações.

OS 7 PECADOS DA MEMÓRIA

Pensando sobre as falhas e informações que acabam por serem esquecidas,


Schacter listou sete falhas da memória, que chama-se de sete pecados. Portanto,
cada pecado conduz a um erro na recuperação de informações. São eles:

1. Transitoriedade

O pecado da transitoriedade é descrito como a deterioração da memória ao


longo do tempo, sobretudo a memória que envolve eventos (episódica). Segundo
Schacter, isso ocorre por dois fatores: recordamos melhor eventos recentes do que
os que já estão em um passado distante; e, cada vez que tentamos recuperar uma
memória, esta é reprocessada e assim ligeiramente alterada.
 Desaparecimento de informações com o tempo. Varia com o interesse
que se tem no tema. Varia com uso ou desuso do tema.
 Como lembramos: reconstruindo as lembranças, muitas vezes a partir
do conhecimento genérico sobre eventos semelhantes. Nesse
processo, ocorrem perdas (diminuição) e acréscimos o que pode
provocar a DISTORÇÃO.
 Métodos para reduzir o efeito (codificação elaborada das informações
usando)
 Técnicas Mnemônicas Visuais (Imagens + estórias): inventar estórias
com imagens sobre o que se quer memorizar.
 Associação: relacionar a informação nova com algo já conhecido
usando por ex., perguntas sobre características específicas do tema,
comparando-o com outro em semelhanças e diferenças.
 Experimentação ativa por atores: é uma variação do método da
Associação em que, para memorizar falas de um roteiro, atores fazem
perguntas sobre palavras específicas usadas pela personagem, para
ter a percepção da essência, motivação e dos objetivos da
personagem.
 Entraves a esses métodos: * Requer considerável esforço cognitivo

2. Distração

A distração é o pecado de esquecer o que precisava ser feito, não lembrar onde
ficaram as chaves de casa, não é considerado um erro de memória, mas sim de
seleção de armazenamento. Isso pode ocorrer pelo fato de que quando efetuamos a
ação, por exemplo, colocar a chave de casa em tal lugar, estávamos distraídos
pensando em outra coisa, o que leva a memória a interpretar a ação como um fato
pouco importante e não a armazenar da melhor forma para o futuro.

 Ocorre por FALTA DE ATENÇÃO, quando a atenção é atrapalhada ou


dividida por outro assunto frente a um novo tema.
 Memória retrospectiva (passado): quando falhamos em relembrar uma
data ou algo no passado a memória é dita como pouco confiável.
 Memória prospectiva (futuro): quando falhamos em lembrar algum
compromisso a pessoa é dita como pouco confiável.
 Baseada no TEMPO e por EVENTO: Lembrar de algo no tempo
(agendamento) é mais difícil do que por EVENTO
 Soluções ou Recomendações
 A REPETIÇÃO da informação em períodos mais longos. O maior
ESPAÇAMENTO de tempo entre as repetições é melhor. Não deixar para
memorizar ou aprender um novo assunto em um curto espaço de tempo.
Não concentrar tudo de uma vez só.
 Minimizando a dificuldade de memorizar um agendamento (TEMPO):
associar o compromisso a um EVENTO que acontecerá naquele TEMPO.
* O EVENTO dispara a lembrança de algo que está associado a ele. *
Assim que lembrar é melhor agir logo para evitar que a distração por outro
assunto o roube da sua mente. * A associação com o evento tem que
atender a 3 princípios: ser INFORMATIVA, apresentar-se DISPONÍVEL
quando. necessitar-se dela e DIFERENTE justo para causar impacto na
lembrança. Ex.: Tomar remédio antes de dormir: deixar o remédio em
cima da cama.

3. Atribuição Errônea

A atribuição equivocada se dá quando a informação é lembrada corretamente,


mas há um equívoco na fonte desta informação. Por exemplo, quando contamos
sobre uma reportagem que lemos no site da UOL, descrevemos a reportagem
perfeitamente, mas na hora de dizer onde lemos a matéria citamos o portal G1, ou
seja, damos a fonte incorreta.

 Falsas lembranças (Déjà Vu) Atribuição errada ao passado de sensações


e experiências do presente.
 Previsibilidade entre eventos: geração de enganos por uma coisa levar à
outra, mas a outra pode não ter acontecido de fato.
 Mistura de detalhes de eventos parecidos ocorridos em épocas distintas.
 Mistura de contextos ocasionando transferência inconsciente ligando um
fato a outro que na verdade não estão ligados. Isso ocorre devido a
memória não ter sido "cimentada".
 Problemas de "cimentação da memória" sobre alguns fatos podem
provocar até fantasias, por inclusão de coisas imaginadas e não de fato
acontecidas por confusão e mistura entre os fatos.
 Como evitar/atenuar?
 Adotar uma heurística de distinção (norma prática para exigir detalhes
distintos sobre uma experiência): recordar-se de detalhes específicos e
não genéricos ou gerais que possam trazer familiaridade com outro
evento.
 Atribuir de forma errada a sensação de novidade a algo que deveria ser
familiar. A pessoa esquece a fonte de suas ideias e atribui a si próprio
como uma ideia original.

4. Sugestionabilidade

O efeito da sugestionabilidade ocorre quando as lembranças são influenciadas


pelo modo como são lembradas. Por exemplo, quando recebemos uma pergunta
sugestiva, a resposta tende a trilhar o caminho da pergunta, seguindo a “sugestão”
que é dada pela pergunta, às vezes, podendo não condizer com a resposta real.

5. Distorção

A distorção ocorre quando as opiniões e os sentimentos do indivíduo influenciam


diretamente na forma com que ele recordar as situações vividas. Quando você
passa por um término de relacionamento, por exemplo, e procura sair com algum
amigo (a) para contar o que aconteceu, com certeza haverá algum tipo de distorção
na forma com que você descreve os acontecimentos, pelo fato disso envolver seus
sentimentos, suas emoções.

6. Persistência

Segundo Schacter, a persistência ocorre na memória que funciona bem demais.


Assim, informações que muitas vezes tentamos esquecer, embaraçosas ou não,
ficam sendo lembradas, diversas vezes, em diferentes momentos. Vindo sempre à
tona de maneira intrusiva e persistente, Portanto são aquelas lembranças
indesejadas que não se consegue esquecer, associados em:

 Traumas;
 Estresses;
 Medos;
 Situações repentinas;

Referências Bibliográficas
Schacter, Daniel L. ‘Os Sete Pecados da Memória’, Editora Rocco, 2003.

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