A economia colonial brasileira dependia da monocultura da cana-de-açúcar. A monocultura causou danos ambientais e socioeconômicos e prejudicou a nutrição da população ao invés de diversificar as fontes de alimentos. A estrutura latifundiária e escravocrata envenenou as fontes de nutrição e vida no Brasil colonial.
A economia colonial brasileira dependia da monocultura da cana-de-açúcar. A monocultura causou danos ambientais e socioeconômicos e prejudicou a nutrição da população ao invés de diversificar as fontes de alimentos. A estrutura latifundiária e escravocrata envenenou as fontes de nutrição e vida no Brasil colonial.
A economia colonial brasileira dependia da monocultura da cana-de-açúcar. A monocultura causou danos ambientais e socioeconômicos e prejudicou a nutrição da população ao invés de diversificar as fontes de alimentos. A estrutura latifundiária e escravocrata envenenou as fontes de nutrição e vida no Brasil colonial.
A economia colonial brasileira era baseada na plantação de um só produto, a
cana-de-açúcar. O sistema agrário com base na cultura exclusiva de um produto agrícola é denominado monocultura. Há muitas críticas a respeito desse sistema, por causa dos males ambientais e socioeconômicos advindos dessa forma de exploração da terra. No caso da sociedade brasileira o que se deu foi acentuar-se, pela pressão de uma influência econômico-social - a monocultura - a deficiência das fontes naturais de nutrição que a policultura teria talvez atenuado ou mesmo corrigido e suprido, através de esforço agrícola regular e sistemático. Muitas daquelas fontes foram por assim dizer pervertidas, outras estancadas pela monocultura, pelo regime escravocrata e latifundiário, que em vez de desenvolvê- las abafou-as, secando-lhe a espontaneidade e a frescura. Nada perturba mais o equilíbrio da natureza que a monocultura, principalmente quando é de fora a planta que vem dominar a região […]. Na formação da nossa sociedade, o mau regime alimentar decorrente da monocultura, por um lado, e por outro da inadaptação ao clima, agiu sobre o desenvolvimento físico e sobre a eficiência econômica do brasileiro no mesmo mau sentido do clima deprimente e do solo quimicamente pobre. A mesma economia latifundiária e escravocrata que tornou possível o desenvolvimento econômico do Brasil, sua relativa estabilidade em contraste com as turbulências nos países vizinhos, envenenou-o e perverteu-o nas suas fontes de nutrição e de vida. […] Terra de alimentação incerta e vida difícil é que foi o Brasil dos três séculos coloniais. A sombra da monocultura esterilizando tudo. Os grandes senhores rurais sempre endividados. As saúvas, as enchentes, as secas dificultando ao grosso da população o suprimento de víveres. O luxo asiático, que muitos imaginam generalizado ao norte açucareiro, circunscreveu-se às famílias privilegiadas de Pernambuco e Bahia. E este mesmo um luxo mórbido, doentio, incompleto. Excesso em umas coisas, e esse excesso à custa de dívidas; deficiências em outras. Palanquins forrados de seda, mas telha-vã nas casas- grandes e bichos caindo na cama dos moradores. [FREYRE, Gilberto. Casa-grande & Senzala. São Paulo: Global, 2005, p. 96, 100, 101]