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Universidade Estácio de Sá

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Produção Industrial e Automotiva

FUNDAMENTOS BÁSICOS DA
CONTABILIDADE
Prof. Uanderson Rebula de Oliveira
uanderson@csn.com.br
www.uandersonrebula.blogspot.com

Uanderson Rebula de Oliveira Fundamentos Básicos da Contabilidade


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Produção Industrial e Automotiva

UANDERSON REBULA
DE OLIVEIRA
Pós-graduado em Controladoria e Finanças-Universidade Federal de Lavras
Pós-graduado em Logística Empresarial-Universidade Estácio de Sá
Graduado em Ciências Contábeis-Universidade Barra Mansa
Técnico em Metalurgia e Segurança do Trabalho - ETPC

Professor da Universidade Estácio de Sá nas disciplinas de Gestão Financeira de


Empresas, Ergonomia, Higiene e Segurança do Trabalho, Gestão de Segurança e Análise
de Processos Industriais. Professor em escolas técnicas nas disciplinas de Estatística,
Estatística de acidentes, Probabilidades, Contabilidade básica de custos, Metodologia de
Pesquisa Científica, Segurança na Engenharia de Construção Civil e Higiene do Trabalho.
Ex-professor do SENAI. Desenvolvedor e instrutor de cursos corporativos na CSN.

Fundamentos Básicos
da Contabilidade

 
 
 
 
 
 
EMENTA:  
Contabilidade.  Introdução.  Patrimônio.  Balanço  Patrimonial. 
Demonstração do Resultado do Exercício. Regimes de contabilização. 
 
OBJETIVO: 
Através de Fundamentos Básicos de Contabilidade, o aluno: 
 
Será capaz de entender os principais fundamentos contábeis; entender 
o  que  é,  para  que  serve  e  como  funcionam  as  demonstrações 
financeiras padronizadas; saber as principais terminologias contábeis. 
 
Terá  aptidão  para  estudar  as  disciplinas  de  Gestão  de  Custos 
Industriais e Gestão Financeira de Empresas

Campus Resende - 2010


Atualizada de acordo com as novas alterações da Lei 6404/76

Uanderson Rebula de Oliveira Fundamentos Básicos da Contabilidade


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NOTA DO PROFESSOR

A proposta desta apostila é apresentar um trabalho didático e prático que permita ao estudante 
compreender com facilidade os principais conceitos utilizados na Contabilidade. 
 
É interessante refletir uma forma ideal para ministrar o ensino de contabilidade a estudantes que 
não  serão  contadores,  mas  necessitam  da  contabilidade  como  instrumento  de  gestão  em  suas 
atividades.  A  contabilidade,  por  meios  de  suas  técnicas,  gera  relatórios  e  DEMONSTRAÇÕES 
FINANCEIRAS  que  são  usadas  (interpretadas)  pelos  administradores  para  tomada  de  decisões 
importantes para a sobrevivência e lucratividade das empresas.  
 
Imagine se, você, como um empresário (dono de uma sapataria, por exemplo) estivesse com sua 
empresa  falindo  e  necessitando  realizar  um  empréstimo  bancário  para  garantir  a  sobrevivência  da 
empresa. Como você efetuaria o empréstimo? Como garantir ao banco emprestador que a empresa irá 
honrar  com  seus  compromissos?  É  aí  que  entra  a  contabilidade.  O  banco,  antes  de  conceder  o 
empréstimo, solicitaria os relatórios e DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS de sua empresa para analisá‐los 
e  saber  se  a  empresa  tem  a  capacidade  de  honrar  com  os  seus  compromissos.  Este  é  um  exemplo 
simples da utilização da Contabilidade.  
 
Nesta apostila trataremos da utilização da contabilidade para GESTORES, ou seja, a ênfase deste 
trabalho  é  dada  para  que  o  GESTOR  possa  saber  interpretar  os  relatórios  e  DEMONSTRAÇÕES 
FINANCEIRAS, que é o produto da  contabilidade. Não trataremos nesta apostila da contabilidade para 
formação de contadores. O contador pode ser considerado como um “operador” de dados, ou seja, ele 
coleta  os  dados,  registra‐os  e  gera  relatórios  e  DEMONSTRAÇÕES  FINANCEIRAS  para  que  os 
administradores possam tomar decisões através da análise destas demonstrações.  
 
Assim, a principal preocupação é proporcionar, a cada passo, as informações necessárias para que 
você possa entender os conceitos dos termos contábeis e as demonstrações e relatórios contábeis, para 
assim, prepará‐los para as demais disciplinas do curso que utilizam a contabilidade como  instrumento 
de gestão. 
 
É  importante  salientar  que  a  Contabilidade  é  regida  pela  Lei  6.404/76  “Dispõe  sobre  as 
Sociedades por Ações”, pelos Princípios Fundamentais da Contabilidade e pelas Normas Brasileiras de 
Contabilidade.  Portanto,  há  fundamentação  legal.  Constam  nessa  apostila  as  últimas  alterações 
significativas da Lei 6.404/76. 
 
Nesta apostila temos duas unidades de estudo. A primeira unidade refere‐se aos conceitos básicos 
da contabilidade, como a sua definição e aplicação, os seus usuários dentre outros. Na segunda unidade 
trataremos da contabilidade com detalhes técnicos, basicamente o estudo do Balanço Patrimonial ‐ BP e 
a Demonstração do Resultado do Exercício – DRE.  
 
No  final  desta  apostila  há  o  anexo  I  “DICIONÁRIO  DE  CONTABILIDADE  adaptado  dos  autores 
Iudícibus  et  al  (1999)”  para  auxiliá‐los  no  entendimento  de  cada  termo  técnico  utilizado  pela 
Contabilidade e o anexo II “Livro recomendado e arquivos para download”, caso o aluno, ao exercer a 
profissão, necessite de mais informações sobre o tema. 

Uanderson Rebula de Oliveira Fundamentos Básicos da Contabilidade


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“Quem não controla o que faz,


jamais sabe o que tem”.
Anélio Berti 
Professor universitário, consultor empresarial e mestre em 
Contabilidade.  Autor  do  livro  “Contabilidade  Geral”  e 
“Capital de Giro – teoria e prática”

Uanderson Rebula de Oliveira Fundamentos Básicos da Contabilidade


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Sumário
 
 
UNIDADE 1 – CONCEITOS BÁSICOS EM CONTABILIDADE, 6                                                                                                    
 

1.1 CONCEITO DE CONTABILIDADE, 8   
1.2 FUNÇÕES E OBJETIVOS DA CONTABILIDADE, 10 
1.3 CAMPO DE APLICAÇÃO E USUÁRIOS DA CONTABILIDADE, 13 
1.4 A CONTABILIDADE COMO SISTEMA DE INFORMAÇÕES, 16 
 
UNIDADE 2 – O PATRIMÔNIO, O RESULTADO E AS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS, 17                                
 

2.1 O PATRIMÔNIO: CONCEITOS DE BENS, DIREITOS, OBRIGAÇÕES, 18 
2.2 O PATRIMÔNIO LÍQUIDO ‐ PL, OS ESTADOS PATRIMONIAIS E OS COMPONENTES DO PL, 24 
2.3 DEFINIÇÕES DE ORIGENS E APLICAÇÕES DE RECURSOS, 29 
2.4 BALANÇO PATRIMONIAL – BP, 31 
2.5 CONTAS DE RESULTADO: CONCEITO, FUNÇÃO E FUNCIONAMENTO, 35 
2.6 CLASSIFICAÇÃO DE RECEITAS E DESPESAS, 36 
2.7 DEMONSTRAÇÃO DO RESULTADO DO EXERCÍCIO – DRE, 37 
2.8 REGIMES CONTÁBEIS: REGIME DE COMPETÊNCIA E DE CAIXA, 40 
 
 
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS, 43    
                                                                                                                                      
ANEXO I  – DICIONÁRIO CONTÁBIL ADAPTADO DE IUDÍCIBUS ET AL (1999), 44                                                                  
ANEXO II  – LIVRO RECOMENDADO E ARQUIVOS PARA DOWNLOAD, 49 

Uanderson Rebula de Oliveira Fundamentos Básicos da Contabilidade


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Unidade 1

CONCEITOS BÁSICOS EM
CONTABILIDADE

O que é Contabilidade? 
 
A área contábil é uma das mais críticas, visto que ali se encontram todos os registros da 
vida  de  uma  empresa.  As  oscilações  do  dia‐a‐dia,  as  operações,  os  resultados 
sistematicamente registrados e analisados, mostram o desempenho, os fortes e fracos de 
uma organização. A contabilidade facilita as ações, fornecendo as coordenadas de acordo 
com o desempenho medido. 

Uanderson Rebula de Oliveira Fundamentos Básicos da Contabilidade


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Para melhor compreender da Contabilidade, observe o texto adaptado do livro de Ribeiro (1999, pág. 12): 
 

A CONSTITUIÇÃO DE UMA EMPRESA DE CALÇADOS


Suponha que você pretenda tornar-se comerciante, constituindo uma empresa para vender calçados (Sapataria).
A vontade inicial surge em você: constituir uma empresa.
Aí vêm as primeiras perguntas:
- Você vai constituir uma empresa com o quê?
- O quê você precisa ter em mãos que lhe dê condições de constituir o seu negócio?
Respondemos: você precisa de um capital, que, em Contabilidade, significa dinheiro.
Suponha, então, que você possui uma importância suficiente para montar a loja. Pronto, esta importância suposta é o seu capital inicial.
Agora que você já tem o dinheiro, qual é o próximo passo?
Bem, você precisa de um local para se instalar. Suponha, ainda, ter alugado o local, na qual você instalará sua loja.
E agora que você tem o local e o capital, o que falta?
Respondemos: você precisa equipar a loja com vitrinas, balcões, mesas, cadeiras, máquinas, etc.
Suponha finalmente, ter adquirido todos esses materiais, os quais já estão na sua loja.
A essa altura dos acontecimentos, você já deve estar indagando:
- E os calçados para a venda?
Pois bem, agora você deverá adquirir as mercadorias para revender (mercadorias é uma expressão que representa todos os bens que
uma empresa compra para vender e que, no nosso exemplo são os calçados).
Mais uma vez, pronto! Sua loja está instalada (montada). Você já gastou dinheiro, já aplicou seu capital inicial. Você ou comprou tudo à
vista (pagou em dinheiro no ato da compra), ou comprou parte à vista e parte a prazo, para pagamento futuro.
O importante é que sua empresa existe e agora você a colocará em funcionamento. Você vai abrir sua loja!
Veja: Qual é o principal objetivo do seu negócio?
Certamente você responderá que é a obtenção de lucros. Muito bem. Para obter o lucro desejado, você precisará vender as suas
mercadorias. Sendo assim, podemos concluir que na sua empresa entrarão, diariamente, pessoas com duas finalidades:
a. Uns entrarão com intuito de lhe fornecer mercadorias para que você as revenda. Essas pessoas são chamadas, nos meios
comerciais, de fornecedores. Logo, você comprará delas à vista ou a prazo.
b. Outros entrarão na sua empresa para comprar as suas mercadorias. Esses são chamados de clientes. Logo, você venderá
mercadorias para eles à vista ou a prazo.
Note bem:
) Quanto você imaginou ter de capital inicial?
) Quanto você aplicou em relação a esse capital inicial?
) O que e quanto você comprou?
) Quais os bens que você possui e quantos são?
) Se você comprou a prazo, quanto ficou devendo e para quem?
) Se você vendeu a prazo, quanto tem para receber e de quem?
) Se você comprou ou vendeu à vista, quanto comprou e o que comprou e quanto vendeu e o que vendeu?
) O que e quanto você possui agora?
Essas e outras perguntas nos levam a entender que você já possui um patrimônio, o qual está em movimento em função de quatro
operações principais - compras, vendas, pagamentos e recebimentos - e que essa movimentação (gestão) do patrimônio da sua
empresa necessita de um controle para que você possa avaliar e verificar se o seu principal objetivo (o lucro) está sendo atingido.
Acho que deu para você perceber que há necessidade de se manter um controle do seu patrimônio. E é exatamente aí que a
contabilidade desempenha o seu papel. É ela que, com suas técnicas, permitirá a você manter um controle sobre o patrimônio de sua
empresa.
Osni Moura Ribeiro
Texto adaptado da introdução do livro “Contabilidade Básica Fácil, 1999”

Uanderson Rebula de Oliveira Fundamentos Básicos da Contabilidade


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1.1 Conceito de CONTABILIDADE


RESUMO: “A CONSTITUIÇÃO DE UMA EMPRESA DE CALÇADOS”. IMAGINE A SEGUINTE SITUAÇÃO: 
 
NEGÓCIO: SAPATARIA 
OBJETIVO  LUCRO 
♦ CAPITAL (dinheiro) 
REQUISITOS 
♦ LOCAL DE INSTALAÇÃO 
PARA 
♦ BENS (vitrinas, balcões, mesas, computador, telefone, máquinas, etc.) 
INICIAR 
♦ MÃO DE OBRA (vendedores, caixa, etc) 
♦ COMPRAR CALÇADOS para revender 
ƒ COM FORNECEDORES (quem fornece) ‐ pagar a vista ou a prazo. 
REQUISITOS 
♦ VENDER CALÇADOS 
PARA 
ƒ PARA CLIENTES (quem compra) ‐ vender a vista ou a prazo. 
OPERAR 
♦ CONTROLAR ESTOQUES (quanto entrou, saiu e o que possui) 
♦ GASTOS COM SALÁRIOS, ENERGIA, ALUGUEL, TELEFONE ETC. 
 
PERGUNTA‐SE:  
 
ƒ QUANTO VOCÊ IMAGINOU TER DE CAPITAL? 
ƒ QUANTO DE CAPITAL VOCÊ APLICOU NA LOJA? 
ƒ O QUE E QUANTO VOCÊ COMPROU? 
ƒ QUAIS OS BENS QUE VOCÊ POSSUI E QUANTOS SÃO? 
ƒ SE COMPROU A PRAZO, QUANTO DEVE E PARA QUAL FORNECEDOR? 
ƒ SE VENDEU A PRAZO, QUANTO TEM PARA RECEBER E DE QUAIS CLIENTES? 
ƒ QUANTO VOCÊ TEM DE CALÇADOS ESTOCADOS? 
ƒ O QUE E QUANTO VOCÊ POSSUI AGORA? 
ƒ QUAL O SEU LUCRO? 
 
Essas  e  outras  perguntas  nos  levam  a  entender  que  você  já  possui  um  PATRIMÔNIO,  o  qual 
está em movimento em função de 4 operações principais: COMPRAS, VENDAS, PAGAMENTOS 
E RECEBIMENTOS, e que essa movimentação do patrimônio da sua empresa necessita de um 
controle para avaliar e verificar se o principal objetivo (lucro) está sendo atingido. 
 
 
CONCEITO DE  CIÊNCIA QUE ESTUDA, REGISTRA E 
 
CONTABILIDADE    CONTROLA O PATRIMÔNIO
 
 
) GRANDES EMPRESAS POSSUEM SETORES DE CONTABILIDADE;  
) TODAS  AS  MOVIMENTAÇÕES  POSSÍVEIS  DE  MENSURAÇÃO  MONETÁRIA  SÃO 
REGISTRADAS PELA CONTABILIDADE; 
) É UM PODEROSO INSTRUMENTO PARA TOMADA DE DECISÃO; 
) UMA EMPRESA SEM BOA CONTABILIDADE: 
ƒ  É COMO UM BARCO À DERIVA AO SABOR DOS VENTOS. 
ƒ CORRE RISCO DE IR À FALÊNCIA. 

Uanderson Rebula de Oliveira Fundamentos Básicos da Contabilidade


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EPUL – EMPRESA PÚBLICA DE URBANIZAÇÃO DE LISBOA. 
A CÂMARA DE LISBOA APROVOU A VENDA DE TRÊS PARCELAS DE TERRENOS, NO VALOR DE DEZ MILHÕES DE 
EUROS,  PARA  CONSEGUIR  COMBATER  O  PASSIVO  NAS  CONTAS  DA  EPUL,  QUE  ULTRAPASSA  AQUELE 
MONTANTE, DEVIDO A ERROS GRAVES DE CONTABILIDADE. 

O  plano  de  alienação  dos  lotes  de  terrenos  pela  Empresa  Pública  de  Urbanização  de  Lisboa  (EPUL),  ontem 
aprovado  pelo  executivo  municipal,  tem  como  OBJECTIVO  DIMINUIR  O  PASSIVO  DE  13  MILHÕES  EUROS, 
APURADOS  NO  FINAL  DA  GESTÃO  DE  2007.  Este  pode  ser  o  último  fôlego  para  a  empresa  que  se  dedica  à 
reabilitação  urbana  da  cidade,  já  que  está  praticamente  em  falência  técnica  e  o  seu  capital  social  diminuiu 
consideravelmente. 

Segundo a Lei das Finanças Locais, duas soluções restavam à Câmara de Lisboa: acabar com a empresa municipal 
ou injectar capital. Com a aprovação ontem da venda de terrenos e das respectivas contas da gestão de 2006 e 
2007, que tinham sido chumbadas em Julho, o presidente António Costa (PS) optou pela segunda hipótese. 

PARA  A  DESASTROSA  SAÚDE  FINANCEIRA  DA  EPUL  TERÃO  CONTRIBUÍDO  VALORIZAÇÕES  ARTIFICIAIS  DAS 
RECEITAS.  Durante  estas  gestões,  terão  sido  dados  como  lucros  as  vendas  de  fogos,  mas  cujo  dinheiro  nunca 
chegou a entrar nos cofres da empresa.  

Ou seja, pressupondo que um fogo valeria 150 mil euros, mesmo sem ainda ter recebido tal valor, a contabilidade 
da EPUL considerava‐o como receita total, apenas com base em contratos de compra e venda, sem que o dinheiro 
efectivamente  fosse  recebido.  A  falha  só  foi  detectada  pelos  revisores  de  contas,  que  assinalaram  essa 
irregularidade. 

A  venda  dos  terrenos  ‐  no  Lumiar  e  Telheiras  ‐  não  mereceu  o  consenso  da  oposição,  que  criticou  o  método 
escolhido  de  saneamento  das  contas  pela  dupla  de  vereadores  do  Urbanismo  e  Finanças,  Manuel  Salgado  e 
Cardoso da Silva, respectivamente. 

"Com esta alienação a EPUL vai concorrer de forma desleal com os promotores imobiliários", disse o vereador do 
PSD, António Prôa, que se absteve na votação das contas da empresa, cuja aprovação permitirá o funcionamento 
da mesma e a credibilidade junto da banca.  

"Não nos foram facultados dados suficientes que digam que isto resolve o problema. Na Gebalis, a administração 
apresentou  um  plano  de  saneamento  das  suas  contas, na  EPUL  não  se  verifica  isso",  criticou  a  vereador  Helena 
Roseta, líder do movimento Cidadãos por Lisboa, que com o PCP, votou contra as contas.  
 
http://jn.sapo.pt/paginainicial/pais/concelho.aspx?Distrito=Lisboa&Concelho=Lisboa&Option=Interior&content_id=1047087 
 
 
 
 
 

Uanderson Rebula de Oliveira Fundamentos Básicos da Contabilidade


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1.2 Funções e objetivos da CONTABILIDADE


FUNÇÕES e OBJETIVOS: 

) CENTRALIZAR INFORMAÇÕES DE NATUREZA ECONÔMICA; 
 

) MENSURAÇÃO FIDEDIGNA; 
 

) FORNECER INFORMAÇÕES SOBRE O PATRIMÔNIO; 
 

) CONTROLAR O PATRIMÔNIO ATRAVÉS DE TÉCNICAS CONTÁBEIS; 
 

) SUBSIDIAR A TOMADA DE DECISÃO. 

Vejamos um caso prático da função da contabilidade: 
 
“Fornecer informações sobre o Patrimônio” 
O Sr. ARRISCATUDO, proprietário de uma indústria de máquinas de sorvetes “BOM GELADO” LTDA. 
identifica  que  sua  empresa  não  está  com  boa  saúde  financeira.  Com  intuito  de  MELHORAR  A 
SITUAÇÃO toma algumas decisões importantes: 
 
) VAI ATÉ UM BANCO SOLICITAR UM EMPRÉSTIMO para sua empresa; 
) CONTRATA UM PROFISSIONAL de administração financeira; 
) SOLICITA AOS FORNECEDORES MERCADORIAS A PRAZO; 
) TENTA CONSEGUIR NOVO SÓCIO para dar uma “injeção” de dinheiro na empresa. 
 
Para  surpresa  do  Sr.  Arriscatudo,  todas  as  pessoas  (gerente  do  banco,  fornecedores  e  seu  sócio) 
SOLICITARAM UMA DEMONSTRAÇÃO FINANCEIRA DA EMPRESA antes de tomar qualquer decisão. 

 
O  CONTROLE  DO  PATRIMÔNIO  É  REALIZADO  ATRAVÉS  DA  UTILIZAÇÃO  DE  TÉCNICAS 
CONTÁBEIS,  DENTRE  ELAS,  O  REGISTRO  DAS  MOVIMENTAÇÕES  (OPERAÇÕES),  TAIS  COMO 
COMPRAS, VENDAS, PAGAMENTOS, RECEBIMENTOS, ETC (vide figura pág. 12).  
 
Registrando  esses  acontecimentos,  a  contabilidade  terá  condições  de  fornecer  informações 
sobre a situação do patrimônio através de demonstrações financeiras.  
 
SÃO EXEMPLOS DE MOVIMENTAÇÕES realizadas pelas empresas: 
 
• Compra de matérias‐primas para produzir; 
• Entrada e saída de dinheiro do caixa; 
• Empréstimos bancários; 
• Financiamentos diversos;  
• Pagamentos de salários; 
• Compras de máquinas e equipamentos; 
• Gastos com manutenção de máquinas; 
• Pagamentos de fornecedores, luz, água, aluguel, seguros, impostos; 
• Compra de ferramentas (martelos, parafusos, pregos, etc); 
• Vendas de produtos e apuração dos lucros. 

Uanderson Rebula de Oliveira Fundamentos Básicos da Contabilidade


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TÉCNICAS CONTÁBEIS 
 
TÉCNICA CONTÁBIL  DESCRIÇÃO 
  REGISTRO DE TODOS OS ACONTECIMENTOS QUE OCORREM NO DIA A DIA DAS 
ESCRITURAÇÃO  EMPRESAS, mediante documentos (NOTAS FISCAIS, RECIBOS, CONTAS DE ÁGUA, 
CONTÁBIL  LUZ, etc),  
   
  Resende, 30 de Janeiro de 2001
 
  Veículos
a caixa
  Compra de um veículo, conforme nota fiscal n.
  8.943 da Concessionária XTP
 
 
  QUADROS  TÉCNICOS  QUE  APRESENTAM  DADOS  EXTRAÍDOS  DOS 
ELABORAÇÃO DE  REGISTROS CONTÁBEIS DA EMPRESA. As DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS 
DEMONSTRAÇÕES  mais conhecidas são: o BALANÇO PATRIMONIAL e a DEMONSTRAÇÃO DO 
FINANCEIRAS  RESULTADO DO EXERCÍCIO.  BALANÇO PATRIMONIAL – Empresa Bem sucedida Ltda.
    ATIVO PASSIVO

   
ATIVO CIRCULANTE R$mil
Caixa................................................................. 100
Duplicatas a receber......................................... 150
PASSIVO CIRCULANTE R$mil
Fornecedores....................................................... 250
Impostos a pagar................................................. 220
Contas a receber............................................... 150 Salários a pagar................................................... 330
  Estoques........................................................... 180

ATIVO REALIZÁVEL A LONGO PRAZO PASSIVO EXIGÍVEL A LONGO PRAZO


  Títulos a receber............................................... 200

ATIVO PERMANENTE PATRIMÔNIO LÍQUIDO


  Investimentos
Imobilizado
Capital............................................................... 500
Reservas............................................................ 800

  Móveis e utensílios............................................. 90
Veículos............................................................ 110
Lucros acumulados......................................... 320

Terrenos............................................................ 900
  Máquinas.......................................................... 400
(-) depreciação acumulada............................. (10)
Patentes............................................................. 150
  Diferido
Total do Ativo....................................................... 2.420 Total do Passivo........................................................ 2.420

 
  VERIFICAÇÃO  DA  EXATIDÃO  DOS  DADOS  CONTIDOS  NAS 
AUDITORIA  DEMONSTRAÇÕES  FINANCEIRAS,  por  meio  de  exame  minucioso  dos 
  registros contábeis e quaisquer outros documentos.   
   
‐ Auditoria interna 
‐ Auditoria externa 
 
 
 
  CONSISTE  NA  ANÁLISE  E  INTERPRETAÇÃO  DAS  DEMONSTRAÇÕES 
  FINANCEIRAS,  visando  avaliar  o  DESEMPENHO  das  empresas.  É  o  estudo 
ANÁLISE DAS  da situação econômica da empresa visando verificar sua saúde financeira. 
DEMONSTRAÇÕES   
FINANCEIRAS   
   
 
 

Observe a figura (próxima pág.) exemplificando a seqüência da aplicação das técnicas contábeis. 
 

Uanderson Rebula de Oliveira Fundamentos Básicos da Contabilidade


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EXEMPLO DE APLICAÇÃO DAS TÉCNICAS CONTÁBEIS 
Pagamento a 
fornecedores 
Recebimento  Estoques 
Edificações
das vendas

Equipamentos  Ferramentas

Prejuízos

Gastos com aluguel, 
energia,  seguro, limpeza, 
manutenção, etc.  REGISTRO NA Pagamento de 
Mão de obra
CONTABILIDADE

DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS

AUDITORIA 

ANÁLISE DAS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS 
Fonte: o professor 

Uanderson Rebula de Oliveira Fundamentos Básicos da Contabilidade


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1.3 Campo de atuação e usuários da CONTABILIDADE


CAMPO DE ATUAÇÃO 
O campo de aplicação da Contabilidade é muito amplo e abrange pessoas físicas ou jurídicas, 
com  ou  sem  fins  lucrativos,  que  possuam  patrimônio  (Sociedades,  Associações,  Fundações  e 
Organismos Governamentais).  
 
ENTIDADES  ECONÔMICO‐ADMINISTRATIVAS  são  organizações  que  reúnem  os  seguintes 
elementos: pessoas, patrimônio, titular, capital, ação administrativa e fim determinado. Quanto 
ao  fim  a  que  se  destinam,  as  entidades  econômico‐administrativas  podem  ser  assim 
classificadas: 
 
ENTIDADES COM FINS ECONÔMICOS – chamadas EMPRESAS, visam ao lucro para preservar 
e/ou aumentar o patrimônio líquido. Ex.: empresas comerciais, industriais, agrícolas etc. 
 
ENTIDADES  COM  FINS  SÓCIO‐ECONÔMICOS  –  intituladas  INSTITUIÇÕES,  visam  superávit 
que  reverterá  em  benefício  de  seus  integrantes.  Ex.:  associações  de  classe,  condomínios, 
clubes sociais etc. 
 
ENTIDADES  COM  FINS  SOCIAIS  –  Têm  por  obrigação  atender  às  necessidades  da 
coletividade  a  que  pertencem.  Exemplos:  os  órgãos  da  União,  dos  Estados  e  dos 
Municípios (ex. INSS, Prefeituras, DETRAN etc).
 
USUÁRIOS DA CONTABILIDADE 

Os  USUÁRIOS  das  informações  da  contabilidade  para  tomada  de  decisão  podem  ser 
classificados em duas famílias: OS EXTERNOS E OS INTERNOS (veja figura‐resumo abaixo). Cada 
um  desses  usuários  pode  se  interessar  em  conhecer  determinados  aspectos  da  empresa  em 
estudo, segundo suas carências informativas (WERNKE, 2008:225). 

EXTERNOS  SINDICATOS
(Produtividade do setor) 
(Acordo coletivo) 
BANCOS  INTERNO
Acionistas
(Aprovar empréstimos) 
(Definir limites de crédito) 
CLIENTES Gerentes/Diretores
(Confiabilidade no 
fornecimento do produto)  Administradores 
) Lucro/prejuízo 
FORNECEDORES  ) Metas, Desempenho 
(Capacidade financeira para pagar as dívidas  ) Expansão etc 
pelo crédito concedido) 

GOVERNO  INVESTIDORES CONCORRENTES 


(Arrecadação de impostos)  (Saúde financeira) (Estratégias de Marketing) 

 
 

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Usuários externos: 
SÃO  CONSIDERADOS  LEGÍTIMOS  INTERESSADOS  NA  VIDA  DAS  EMPRESAS,  pois  estas  devem 
estar subordinadas aos interesses e objetivos da sociedade em que se inserem. Em termos mais 
específicos,  e  dependendo  da  importância  relativa  de  cada  empresa,  há  uma  variedade  de 
pessoas  e  entidades  interessadas  em  conhecer  seus  desempenhos,  TAIS  COMO:  CLIENTES, 
BANCOS, SINDICATOS, FORNECEDORES, INVESTIDORES, GOVERNO ETC. 

INVESTIDORES:  Para  decidir  investir  em  uma  determinada  empresa  é 


necessário avaliar a sua situação econômica através das demonstrações 
financeiras, que evidenciam a capacidade da empresa em gerar lucros. 
  
CLIENTES:  interessados  em  medir  a  saúde  financeira  da  empresa  e  a 
garantia de que seu pedido será atendido nas suas especificações e no 
tempo  acordado,  prevenindo  situações  que  possam  comprometer  o 
andamento das atividades da própria empresa. 

FORNECEDORES:  usam  as  demonstrações  financeiras  para  analisar  a 


capacidade da empresa em honrar com as dívidas, proveniente da compra 
de matérias‐primas/mercadorias em um prazo concebido. 

BANCOS:  utilizam  os  relatórios  para  aprovar  empréstimos,  limites  de 


crédito,  etc.  Quando  a  empresa  opera  com  prejuízo  ou  começa  a 
operar ineficientemente, é provável que os sócios continuem a investir 
nela  seus  capitais  na  esperança  de  uma  melhoria,  ao  passo  que  os 
emprestadores  de  dinheiro,  cuja  única  finalidade  é  a  rentabilidade  e 
segurança  de  retorno  de  seus  investimentos,  serão  os  primeiros  a 
cancelar os empréstimos. 

GOVERNO: usa os relatórios com finalidade de arrecadação de impostos. 
Com  base  em  informações  como  vendas,  despesas,  custos  e  resultados 
alcançados,  o  governo  pode  implementar  medidas  que  revelem  a 
prioridade no tocante à fiscalização.  
 
Por  exemplo:  movimentação  alta  de  compra  de  mercadorias  e 
vendas reduzidas, combinada com baixos valores no recolhimento 
de  impostos,  pode  ser  indício  que  a  empresa  esteja  adotando 
práticas ilegais (sonegação de impostos).  
 
O  governo  também  usa  as  informações  contábeis  para  os  dados  estatísticos,  no  sentido  de 
melhor redimensionar a economia (IBGE). 
 
 
Sindicato
SINDICATOS:  utilizam  os  relatórios  para  determinar  a  produtividade  do 
setor,  fator  preponderante  para  reajuste  de  salários  dentre  outros  fins 
para Acordo Coletivo.

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Usuários internos: 
São  aqueles  que  utilizam  as  informações  da  contabilidade  para  conhecer  a  evolução  do 
desempenho  da  empresa  em  termos  de  resultado  (lucratividade),  endividamento, 
produtividade,  planejamento  de  expansão,  definição  de  metas,  tomada  de  DECISÃO  DE 
QUALQUER NATUREZA FINANCEIRA etc. SÃO OS ADMINISTRADORES, GERENTES, DIRETORES, 
CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO, ETC.  
 
SÃO EXEMPLOS DE QUESTÕES PARA TOMADA DE DECISÃO: 
Comprar ou alugar uma máquina? 
Quanto de dívida contrairemos? 
Contrair uma dívida a longo ou curto prazo? 
Produzir mais ou reduzir custos? 
Comprar equipamento novo ou reformá‐lo? 
Vender bens ou adquirir empréstimo para saldar dívidas? 
_____________________________________________________________________________________
NOTÍCIAS 

08/08/2006 
 
O  Bradesco  lucrou  no  primeiro  semestre  deste  ano  R$  3,132  bilhões  e  bateu  novos  recordes.  
O resultado do Bradesco é 19,5% superior ao do primeiro semestre do ano passado e supera o lucro do Itaú nos 
primeiros seis meses deste ano, que somou R$ 2,958 bilhões e liderava o ranking de maiores ganhos da história 
dos bancos brasileiros no período.  
 
“Este  desempenho  recorde  mostra  a  qualidade  e  o  empenho  dos  funcionários  do  Bradesco.  O  lucro  também 
impede qualquer desculpa do banco para não atender as reivindicações dos bancários nesta Campanha Nacional 
que  está  começando”,  afirma  Pedro  Sardi,  diretor  da  Fetec  São  Paulo  e  funcionário  do  Bradesco. 
http://www.bancariosdf.com.br/bancariosdf/index.php?option=com_content&task=view&id=344&Itemid=25 
 

18/08/2005 ‐ 16h19  
Sonegação fiscal cresce e atinge quase 30% das empresas, diz IBPT 
A sonegação fiscal cresceu de 2002 para 2004 entre as empresas, mostrou estudo do IBPT (Instituto Brasileiro de 
Planejamento Tributário). De acordo com o estudo, 29,45% das empresas pesquisadas em 2004 apresentaram 
"fortes indícios de sonegação fiscal". Em 2002, 27,53% das empresas ouvidas se enquadravam na mesma situação. 
Nesse período, a sonegação subiu 6,97%. 
 
O IBPT CONSIDERA INDÍCIOS DE SONEGAÇÃO DISCREPÂNCIAS ENCONTRADAS NO CRUZAMENTO DO VALOR DO 
FATURAMENTO DECLARADO PELA EMPRESA NO BALANÇO, COM SUA MOVIMENTAÇÃO BANCÁRIA (medida pelo 
pagamento de CPMF). Outra forma de verificar se houve sonegação é comparar a receita declarada para fins de 
cobrança do ICMS com a base de cálculo usada para o pagamento do PIS e da Cofins. 
 
http://www1.folha.uol.com.br/folha/dinheiro/ult91u99401.shtml 

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1.4. CONTABILIDADE como sistema de informações

ENTRADAS
(registro dos dados) 

PROCESSAMENTO
(apuração) 

SAÍDAS 
(produtos) 
Demonstrações 
financeiras 

A  CONTABILIDADE,  COMO  SISTEMA  DE  INFORMAÇÕES,  CARACTERIZA‐SE  POR  REGISTRAR 


TODAS  AS  TRANSAÇÕES  OCORRIDAS  NAS  ENTIDADES,  CONSTITUINDO‐SE  NUM  “GRANDE 
BANCO  DE  DADOS”.  Seus  dados  são  úteis  à  administração,  além  de  representarem  um 
instrumento gerencial eficaz para o processo decisório e de controladoria.  

Atualmente  a  necessidade  de  se  obter  informações  exatas  e  de  fácil  entendimento  e  acesso 
dentro  das  organizações  empresariais  ganharam  grande  importância.  Tendo  em  vista  que 
vivemos  num  mundo  de  negócios  exigente  e  totalmente  globalizado,  essas  informações  em 
níveis empresariais  normalmente servem para tomadas de decisões, e gerenciamento interno 
nas organizações empresariais. Uma vez que organizações buscam um nível de excelência cada 
vez  maior  perante  seus  acionistas  e  investidores,  cada  vez  mais  a  informação  gerada  pela 
contabilidade tem tomado grande importância. 

ASSIM, A CONTABILIDADE TEM POR FIM MUNIR TODOS OS USUÁRIOS DE SUA INFORMAÇÃO 
QUER  SEJAM  ELES  INTERNOS  E/OU  EXTERNOS,  COM  AS  DIRETRIZES  E  DEMAIS  RESPOSTAS 
NECESSÁRIAS  À  CONDUÇÃO  DA  ENTIDADE,  NO  SENTIDO  DE  ALCANÇAR  O  FIM  A  QUE  A 
MESMA  SE  PROPÕE,  ATRAVÉS  DA  ADEQUADA  MENSURAÇÃO  DOS  EVENTOS  CABÍVEIS  QUE 
VENHAM IMPACTAR SEU PATRIMÔNIO.

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Unidade 2

O PATRIMÔNIO, O RESULTADO E AS
DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS.

O que é patrimônio? 
 
Quando  se  pergunta  a  alguém  o  que  é  patrimônio  observa‐se  que  as  pessoas  tendem  a  iniciar 
mentalmente  um  cálculo  matemático  e,  verbalizando,  dizem  como  exemplo:  um  veículo,  uma  casa, 
uma chácara, um terreno, um computador, um volume depositado em conta corrente, uma aplicação 
financeira etc., o que leva a concluir que, para a maioria das pessoas, patrimônio são os bens que se 
possuem.  
 
Diferentemente do que a maioria das pessoas pensam, patrimônio não é somente aquilo que se possui 
em  forma  de  bens  materiais.  Falando‐se  em  contabilidade,  temos  como  patrimônio  organizacional 
tudo aquilo que a organização possui, ou seja, seus bens, seus direitos e também as suas obrigações.  
 
A Contabilidade, aplicando todas as suas técnicas e procedimentos, provê o controle desse patrimônio, 
registrando  sistematicamente  todos  os  fatos  passíveis  de  mensuração  monetária  que  ocorrem  em 
todos  os  setores  empresariais  (administrativo,  comercial,  produção  etc.),  e  que  contribuem  para  a 
alteração de seu estado patrimonial. 

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2.1 O PATRIMÔNIO : Conceito de Bens, Direitos e Obrigações

Costumamos  associar  o  conceito  de  patrimônio  como  um conjunto de  bens  que  temos,  como 
um  veículo,  uma  casa,  um  terreno,  um  computador,  dinheiro  depositado  em  conta  corrente, 
uma aplicação financeira etc. 
 
EM CONTABILIDADE, PATRIMÔNIO NÃO É SOMENTE AQUILO QUE SE POSSUI EM FORMA DE 
BENS  MATERIAIS,  MAS  TUDO  AQUILO  QUE  A  ORGANIZAÇÃO  POSSUI,  OU  SEJA,  SEUS  BENS, 
SEUS DIREITOS E TAMBÉM AS SUAS OBRIGAÇÕES.  

BENS 
PATRIMÔNIO = DIREITOS 
OBRIGAÇÕES 

 
BENS   

É  TUDO  AQUILO  QUE  TEM  UMA  UTILIDADE  PARA  O  HOMEM,  AVALIÁVEL  EM 
DINHEIRO. 
• Quando  você  estiver  tranquilamente  em  sua  casa,  certamente,  estará  rodeado  de  bens  à  sua 
disposição  e  a  de  seus  familiares,  tais  como:  poltronas,  televisão,  aparelho  de  som,  armários, 
geladeira, utensílios de cozinha, seu veículo, além da sua própria casa, entre outros bens. 
• SOB O PONTO DE VISTA CONTÁBIL É TUDO AQUILO QUE A EMPRESA TEM DOMÍNIO E POSSE. 
• DOMÍNIO SIGNIFICA QUE O BEM É DE SUA PROPRIEDADE E POSSE QUE ELE ESTÁ COM VOCÊ. 

EXEMPLOS DE BENS 
‐ Dinheiro no caixa   ‐ Veículos  ‐ Estoques de matérias‐primas 
‐ Calçados   ‐ Móveis e utensílios  ‐ Mercadorias para revenda  
‐ Vitrinas  ‐ Computadores  ‐ Bebedouros 
‐ Máquinas  ‐ Impressoras   ‐ Edificações 
‐ Terrenos, ‐ Casas  ‐ DVD, Televisão  ‐ Ferramentas 
 
CLASSIFICAÇÃO DOS BENS 
 
Os BENS podem ser classificados em TANGÍVEIS (materiais) ou INTANGÍVES (imateriais): 
 
BENS  TANGÍVEIS  –  são  aqueles  que  possuem  existência  física.  Divide‐se  em  bens  móveis  e 
imóveis.  
 
‐ BENS MÓVEIS – São aqueles que podem ser removidos de seu lugar.  
Exemplos:  mesas,  veículos,  dinheiro,  mercadorias,  computadores,  ferramentas, 
máquinas (empilhadeiras, tratores), etc. 
 
‐ BENS IMÓVEIS – São aqueles que NÃO podem ser removidos de seu lugar.  
Exemplos: casas, terrenos, edifícios, etc. 
 

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BENS INTANGÍVEIS – São aqueles que não possuem existência física, corpo, matéria, não são 
palpáveis.  Exemplos:  Patentes  (de  invenção)  marcas  (coca  cola),  direitos  autorais,  softwares, 
direitos de exploração de serviços públicos (concessão), fundo de comércio etc. 
 
  BENS TANGÍVEIS (MÓVEIS e IMÓVEIS)
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
BENS INTANGÍVEIS 
 
  Direitos autorais 
Marca  
 
 
 
 
 
 
 
  Software
 
 
 
 
  Patente de invenção 
   
Instituto Nacional de 
  Propriedade Intelectual 
  www.inpi.gov.br 
   
 
 
 

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BENS                                            R$(mil) 
PATRIMÔNIO DA EMPRESA  Caixa............................     100 
BEM‐SUCEDIDA    Estoques.......................     180 
Móveis e utensílios......       90 
Veículos.......................     110 
Máquinas....................      400 
Terrenos......................     900 
Patentes......................      150 
Total...........................    1930 
DIREITOS 
OBRIGAÇÕES 
DIREITOS  

SÃO VALORES DE PROPRIEDADE DA EMPRESA QUE ESTÃO EM PODER DE TERCEIROS. 

EXEMPLOS DE DIREITOS  “... a receber”. 
 
‐ Contas a receber   ‐ Aluguéis a receber  
‐ Duplicatas a receber  ‐ Depósitos em contas bancárias  
‐ Títulos a receber, Promissórias a receber  ‐ Aplicações financeiras, Ações 
 
Os  direitos  são  bens  dos  quais  a  empresa  tem  o  domínio,  mas  não  tem  a  posse.  Os  direitos  podem  ser 
vistos como bens de posse de terceiros. É como emprestar um bem. Continua a ser seu, mas não está com 
você.  Significa  que  permanece  o  seu  direito  de  recebê‐lo  de  volta.  “Direito”  é  o  poder  de  exigir  alguma 
coisa.  
 
Exemplo:  É  comum  as  empresas  efetuarem  vendas  a  prazo.  Quando  isso  ocorre,  a  empresa  não 
recebe no ato o dinheiro. Receberá no futuro. Sendo assim, a empresa fica com direito de receber o 
valor da venda no prazo determinado. 
 
Assim, se uma empresa vendeu R$3000, em mercadorias com o prazo para recebê‐lo em 60 dias, 
terá contas a receber, ou seja, ela tem dinheiro (bens) de posse de terceiros para receber no futuro. 
 
BENS                                                   R$(mil) 
Caixa..................................   100 
PATRIMÔNIO DA EMPRESA  Estoques............................   180 
BEM‐SUCEDIDA  Móveis e utensílios.............   90 
Veículos.............................   110 
Máquinas..........................    400 
Terrenos...........................    900 
Patentes...........................    150 
Total...............................    1930 
DIREITOS 
Contas a receber...............    150 
Duplicatas a receber.........    150 
Títulos a receber...............    200 
Total................................    500 
OBRIGAÇÕES 

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Nota Promissória

Duplicata

Cheque

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OBRIGAÇÕES  

SÃO VALORES QUE A EMPRESA TEM A PAGAR (SÃO AS DÍVIDAS). 

EXEMPLOS DE OBRIGAÇÕES “...a pagar” 
 
‐ Contas a pagar  ‐ Financiamentos a pagar 
‐ Fornecedores a pagar   ‐ Empréstimos a pagar 
‐ Impostos a pagar  ‐ Salários a pagar 

As  obrigações  são  bens  que  estão  com  você,  mas  não  são  seus.  Você  tem  a  posse,  mas  não  tem  o  domínio 
(propriedade legal). Tem a obrigação de devolver. São os capitais de terceiros. São as dívidas com outras pessoas.  
 
Exemplo: E comum às empresas efetuarem compras a prazo. Quando isso ocorre, a empresa não paga a 
compra  no  ato;  deverá  pagar  futuramente.  Neste  caso,  a  empresa  fica  obrigada  a  pagar  o  valor  da 
compra  no  prazo  determinado.  Há  casos  também  em  que  as  empresas  tomam  empréstimos,  pagam 
salários e impostos, ou qualquer outro tipo de dívida, será considerado obrigação.  

BENS                                                     R$(mil) 
Caixa...................................     100 
PATRIMÔNIO DA EMPRESA  Estoques.............................     180 
BEM‐SUCEDIDA  Móveis e utensílios............        90 
Veículos.............................     110 
Máquinas..........................     400 
Desta  forma,  constituímos  o 
Terrenos...........................     900 
Patrimônio  da  empresa  Bem‐
Sucedida  Ltda.  com  seus  bens,  Patentes..........................      150 
direitos e obrigações.  Total...............................    1930 
DIREITOS 
Contas a receber.............      150 
Duplicatas a receber......      150 
Títulos a receber............      200 
Total.............................      500 
OBRIGAÇÕES 
Fornecedores a pagar....      250 
Salários a pagar............      330 
Impostos a pagar..........      220 
Total............................      800 

REPRESENTAÇÃO GRÁFICA DO PATRIMÔNIO  
 

T
O  patrimônio  é  um  conjunto  de  Bens,  Direitos  e  Obrigações  de  uma  empresa. 
PARA  QUE  A  CONTABILIDADE  DESEMPENHE  SEU  PAPEL  DE  FORNECER 
INFORMAÇÕES SOBRE A SITUAÇÃO DO PATRIMÔNIO, ELA PRECISA APRESENTAR 
ESSES  ELEMENTOS  PATRIMONIAIS  DE  ALGUMA  FORMA.  A  maneira  que  a 
contabilidade  utiliza  para  representar  a  situação  patrimonial  é  a  forma  gráfica. 
Os bens, direitos e obrigações são didaticamente dispostos em um gráfico em forma de T. 

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PATRIMÔNIO 
BENS (o que é de domínio e posse)  OBRIGAÇÕES (dívidas) 
DIREITOS (em posse de terceiros) 
 
 
Elementos positivos   Elementos negativos  
LADO ESQUERDO  LADO DIREITO 
 
Contabilmente, os elementos positivos ficam no lado esquerdo, e os elementos negativos ficam 
no lado direito. Os bens, direitos e obrigações são representados graficamente de forma que: 
 
♦ Os  bens  e  direitos  façam  parte  de  um  grupo  que  formam  os  elementos  positivos 
(elementos  positivos  porque  os  bens  e  direitos  representam  a  parte  positiva  da 
empresa, ou seja, o que ela tem efetivamente); 
 
♦ As  obrigações  façam  parte  de  outro  grupo  que  formam  os  elementos  negativos 
(elementos  negativos  porque  as  obrigações  representam  a  parte  negativa  da 
empresa, ou seja, as dívidas que ela tem de pagar). 
 
É  evidente  que  os  elementos  positivos  não  podem  permanecer  juntos  com  os  elementos 
negativos,  devendo  haver  uma  separação  entre  eles  para  uma  melhor  organização  das 
informações contábeis. Isto justifica a necessidade da separação desses elementos. ATRIBUÍ‐SE, 
POR MERA CONVENÇÃO, O LADO ESQUERDO PARA OS BENS E DIREITOS E O LADO DIREITO 
PARA AS OBRIGAÇÕES.  
 
Assim, a representação gráfica do patrimônio da empresa Bem‐sucedida Ltda. será:  
 
PATRIMÔNIO da EMPRESA BEM‐SUCEDIDA Ltda. 
Elementos positivos  Elementos negativos 
BENS                                                  R$(mil) OBRIGAÇÕES                                    R$(mil)
Caixa..................................   100 Fornecedores a pagar......       250
Estoques............................   180 Salários a pagar...............       330
Móveis e utensílios.............    90 Impostos a pagar.............       220
Veículos.............................   110 Total................................................................ 800
Máquinas...........................   400  
Terrenos............................   900  
Patentes............................   150  
DIREITOS   
Contas a receber................   150  
Duplicatas a receber..........   150  
Títulos a receber................   200  
   
Total............................................................ 2430 
 
 
  SEMPRE DO LADO ESQUERDO SEMPRE DO LADO DIREITO 

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2.2. O PATRIMÔNIO LÍQUIDO - PL, os estados patrimoniais


e os componentes do PL.
PATRIMÔNIO LÍQUIDO ‐ PL 
 
É TODA RIQUEZA LÍQUIDA QUE A EMPRESA POSSUI.  
 ‐ REPRESENTAM OS BENS + DIREITOS MENOS AS SUAS OBRIGAÇÕES.  
 
CASO SIMPLES 
Suponha‐se  que  o  Sr.  ALBERTO  possua  um  VEÍCULO  no  valor  de  R$15.000  com  ENTRADA  de 
R$10.000 e FINANCIAMENTO de R$5.000. Qual o seu Patrimônio líquido? 
  
PATRIMÔNIO e PATRIMÔNIO LÍQUIDO do Sr. ALBERTO 
Elementos positivos  Elementos negativos 
BEM                                                    R$  OBRIGAÇÃO                                          R$ 
       Veículo............................... 15.000         Financiamento a pagar..........  5.000
   

DIREITO   
        ‐  PATRIMÔNIO LÍQUIDO................. 10.000
   

Total geral.............................................. 15.000  Total geral................................................. 15.000 
 
Considerando a situação anterior, suponha‐se que o Sr. ALBERTO tenha agora uma CONTA A 
RECEBER de R$ 5.000. Qual o seu novo Patrimônio Líquido? 
 
PATRIMÔNIO e PATRIMÔNIO LÍQUIDO do Sr. ALBERTO 
Elementos positivos  Elementos negativos 
BEM                                                        R$  OBRIGAÇÃO                                          R$ 
        Veículo................................  15.000        Financiamento a pagar........  5.000
   
DIREITO   
      Conta a receber.......................  5.000  PATRIMÔNIO LÍQUIDO............. 15.000
   
Total geral................................................... 20.000  Total geral............................................. 20.000 
 
Observe que houve um ACRÉSCIMO DE R$ 10.000 PARA R$ 15.000 NO PATRIMÔNIO LÍQUIDO 
DO Sr. ALBERTO. ESSE ACRÉSCIMO É O CAPITAL QUE ELE INVESTIU NO PATRIMÔNIO. Também 
houve um acréscimo de R$ 5.000 no lado esquerdo, pois ele agora tem uma conta a receber. 
 
CONCLUSÃO 
PATRIMÔNIO LÍQUIDO = BENS + DIREITOS – OBRIGAÇÕES. 
 
PATRIMÔNIO  
BEM +   ‐ OBRIGAÇÃO                                           
DIREITO                     = PATRIMÔNIO LÍQUIDO 
 
 

Uanderson Rebula de Oliveira Fundamentos Básicos da Contabilidade


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Vamos ver o Patrimônio líquido da empresa Bem‐Sucedida: 
 
PATRIMÔNIO e PATRIMÔNIO LÍQUIDO da empresa BEM‐SUCEDIDA LTDA. 
Elementos positivos  Elementos negativos 
BENS                                               R$(mil) OBRIGAÇÕES                            R$(mil) 
Caixa...................................   100  Fornecedores a pagar......        250 
Estoques.............................   180  Salários a pagar...............        330 
Móveis e utensílios..............    90  Impostos a pagar.............        220 
Veículos..............................   110  Total............................................         800 
Máquinas.............................  400   
Terrenos..............................   900   
Patentes..............................   150   
Total................................................  1930   
DIREITOS  PATRIMÔNIO LÍQUIDO.............    1630 
Contas a receber..................   150   
Duplicatas a receber............   150   
Títulos a receber...................  200   
Total.................................................   500   
   
Total geral................................................  2430  Total geral..............................................    2430 
 
R$1.930 (BENS) +R$ 500 (DIREITOS)                    –R$ 800 (OBRIGAÇÕES) =            R$ 1.630 (PL) 
 
 
ESTADOS PATRIMONIAIS 
 
O PATRIMÔNIO LÍQUIDO pode ser POSITIVO, NEGATIVO OU NULO:  
 
SITUAÇÃO LÍQUIDA POSITIVA 
 
BENS + DIREITOS 
 
OBRIGAÇÕES > (superavitária) 
 
<
SITUAÇÃO LÍQUIDA NEGATIVA 
BENS + DIREITOS 
  OBRIGAÇÕES (passivo a descoberto) 
 
SITUAÇÃO LÍQUIDA NULA 
 
BENS + DIREITOS  OBRIGAÇÕES = (inexistente) 
 
Assim, temos: 
 
♦ SITUAÇÃO  LÍQUIDA  POSITIVA  (SUPERAVITÁRIA)  ‐  quando  o  valor  total  dos  elementos  positivos  (bens  e 
direitos)  é  MAIOR  que  o  valor  dos  elementos  negativos  (obrigações).  Neste  caso  a  empresa  tem  a 
capacidade de honrar com seus compromissos (os elementos positivos superam os elementos negativos). 
♦ SITUAÇÃO  LÍQUIDA  NEGATIVA  (PASSIVO A  DESCOBERTO)  ‐  quando  o  valor  total  dos  elementos  positivos 
(bens e direitos) é MENOR que o valor dos elementos negativos (obrigações). Neste caso a empresa não tem 
a  capacidade  de  honrar  com  seus  compromissos  (os  elementos  positivos  são  inferiores  aos  elementos 
negativos). 
♦ SITUAÇÃO LÍQUIDA NULA (INEXISTENTE) ‐ quando o valor total dos elementos positivos (bens e direitos) é 
igual ao valor dos elementos negativos (obrigações). 

Uanderson Rebula de Oliveira Fundamentos Básicos da Contabilidade


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EXEMPLOS DE SITUAÇÕES LÍQUIDAS PATRIMONIAIS 
 

SITUAÇÃO LÍQUIDA POSITIVA______________________________________________ 
 

PATRIMÔNIO e PATRIMÔNIO LÍQUIDO do Sr. ALBERTO 
Elementos positivos  Elementos negativos 
BEM                                                  R$ OBRIGAÇÃO                                           R$ 
        Veículo.......................  15.000         Financiamentos a pagar.....  5.000 
DIREITO   
       Conta a receber.............  5.000 PATRIMÔNIO LÍQUIDO............ 15.000 
   
Total geral...................................... 20.000  Total geral............................................. 20.000 
 
BENS + DIREITOS = 20.000  ‐ OBRIGAÇÕES = R$5.000  POSITIVA R$ 15.000 
 

Os BENS E DIREITOS do Sr. Alberto são MAIORES que suas OBRIGAÇÕES. Ele possui um veículo de R$ 15.000 e uma conta a 
receber  no  valor  de  R$  5.000,  totalizando  R$  20.000,  enquanto  que  possui  apenas  uma  obrigação  de  R$  5.000  com  o 
financiamento que realizou. A situação líquida patrimonial do Sr. Alberto é de R$ 15.000, positiva. Ele possui capacidade para 
saldar suas dívidas. 
 

SITUAÇÃO LÍQUIDA NEGATIVA_____________________________________________ 
 
PATRIMÔNIO e PATRIMÔNIO LÍQUIDO do Sr. ALBERTO 
Elementos positivos  Elementos negativos 
BEM                                                R$  OBRIGAÇÕES                                         R$ 
          Veículo.....................  15.000         Financiamentos a pagar.....  5.000 
          Contas a pagar.................  20.000 
DIREITO   
         Conta a receber.........  5.000  PATRIMÔNIO LÍQUIDO............ (5.000) 
   
Total geral..................................... 20.000  Total geral.............................................. 20.000 
 
BENS + DIREITOS = 20.000  ‐ OBRIGAÇÕES = R$25.000  NEGATIVA (R$5.000) 
 
O  Sr.  Alberto  não  investiu  em  Bens  e  Direitos  e  contraiu  “Contas  a  pagar”  no  valor  de  R$20.000  para  ajudar  sua  família  em 
diversos  gastos  (remédios,  alimentação,  colégio,  aluguéis  etc).  A  situação  líquida  patrimonial  do  Sr.  Alberto  é  de  (R$5.000), 
negativa. Neste caso, os bens e direitos que o Sr. Alberto possui não são suficientes para honrar com as suas obrigações.  
 
SITUAÇÃO LÍQUIDA NULA________________________________________________ 
 
PATRIMÔNIO e PATRIMÔNIO LÍQUIDO do Sr. ALBERTO 
Elementos positivos  Elementos negativos 
BEM                                                R$  OBRIGAÇÕES                                         R$ 
Veículo......................  15.000 Financiamentos a pagar....  5.000 
  Contas a pagar.................  15.000 
DIREITO   
Conta a receber...........  5.000 PATRIMÔNIO LÍQUIDO................... 0 
   
Total geral..................................... 20.000  Total geral............................................. 20.000 
 
BENS + DIREITOS = 20.000  ‐ OBRIGAÇÕES = R$20.000  NULA (R$0) 
 
O Sr. Alberto não investiu nada em Bens e Direitos e contraiu “Contas a pagar” no valor de R$15.000 para ajudar sua família 
em diversos gastos (remédios, alimentação, colégio, aluguéis etc). A situação líquida patrimonial do Sr. Alberto é de (R$0), nula. 
Neste caso, os bens e direitos que o Sr. Alberto possui são suficientes para honrar com as suas obrigações, mas torna‐se nula 
a sua situação patrimonial. 

Uanderson Rebula de Oliveira Fundamentos Básicos da Contabilidade


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Vamos ver a situação líquida da empresa Bem‐Sucedida: 
 
PATRIMÔNIO e PATRIMÔNIO LÍQUIDO da empresa BEM‐SUCEDIDA LTDA. 
Elementos positivos  Elementos negativos 
BENS                                                   R$(mil) OBRIGAÇÕES                                     R$(mil)
Caixa.........................................   100 Fornecedores a pagar..........        250
Estoques....................................  180 Salários a pagar...................        330
Móveis e utensílios....................    90  Impostos a pagar..................      220 
Veículos.....................................  110 Total..................................................      800 
Máquinas...................................  400  
Terrenos....................................   900  
Patentes....................................   150  
Total.......................................................  1930   
DIREITOS  PATRIMÔNIO LÍQUIDO..................  1630 
Contas a receber......................   150   
Duplicatas a receber................   150   
Títulos a receber.......................  200   
Total......................................................   500   
   
Total geral..................................................  2430  Total geral....................................................   2430 
 
BENS + DIREITOS = R$2.430  ‐ OBRIGAÇÕES = R$800       =  POSITIVA R$ 1.630 
 
 
COMPONENTES DO PATRIMÔNIO LÍQUIDO 
PATRIMÔNIO e PATRIMÔNIO LÍQUIDO da empresa BEM‐SUCEDIDA LTDA. 
Elementos positivos  Elementos negativos 
BENS                                       R$(mil)  OBRIGAÇÕES                              $(mil) 
Caixa................................  100  Fornecedores a pagar.....        250 
Componentes 
Estoques..........................  180  Salários a pagar..............        330 
das 
Móveis e utensílios..........    90  Impostos a pagar.............      220  OBRIGAÇÕES 
Veículos...........................  110  Total.......................................      800 
Componentes 
dos BENS  Máquinas.........................  400   
Terrenos..........................   900   
Patentes..........................   150   
Total......................................  1930   
DIREITOS  PATRIMÔNIO LÍQUIDO..........  1630 
Contas a receber..............   150  Capital  Componentes 
Componentes  Duplicatas a receber........   150  Prejuízos acumulados  do PL 
dos DIREITOS Títulos a receber...............  200  Reservas 
Total................................   500   
Total geral...................................  2430  Total geral.......................................  2430 

OS COMPONENTES DO PATRIMÔNIO SÃO CHAMADOS DE CONTAS PATRIMONIAIS. 
Vimos  anteriormente  que  os  Bens,  Direitos  e  Obrigações  possuem  seus  componentes.  O  patrimônio  líquido 
também possui seus componentes. Os componentes do PL são: o capital, os prejuízos acumulados e as reservas.  
 
 
COMPONENTES DO PATRIMÔNIO = CONTAS PATRIMONIAIS 

Uanderson Rebula de Oliveira Fundamentos Básicos da Contabilidade


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) CAPITAL 
SÃO OS VALORES QUE OS PROPRIETÁRIOS INVESTIRAM NA EMPRESA. 
Também  chamado  por  capital  social,  capital  inicial,  capital  nominal  ou  capital  subscrito.  Na  fase  de 
constituição  da  empresa,  o  capital  é  a  principal  fonte  do  grupo  do  patrimônio  líquido.  Se  houver  mais 
investimentos por parte do proprietário, teremos acréscimo ao capital. Segundo Ribeiro (1999) O capital pode 
ser composto por dinheiro, móveis, veículos, imóveis, promissórias a receber, equipamentos, etc. 
 
Quando o Sr. ALBERTO ADQUIRIU o veículo por R$15.000, PAGOU R$ 10.000 A VISTA e FINANCIOU R$5.000. 
PORTANTO ELE APLICOU R$ 10.000 PARA CONSTITUIR SEU PATRIMÔNIO. Sendo assim, este valor representa 
o capital investido no patrimônio: 
 

                  PATRIMÔNIO e PATRIMÔNIO LÍQUIDO do Sr. ALBERTO 
Elementos positivos  Elementos negativos 
BEM                                                    R$  OBRIGAÇÃO                                         R$ 
Veículo...................................... 15.000  Financiamento a pagar................ 5.000 
  PATRIMÔNIO LÍQUIDO 
  Capital........................................ 10.000 
Total geral.................................... 15.000  Total geral..................................... 15.000 
 
) PREJUÍZOS ACUMULADOS 
REPRESENTA OS PREJUÍZOS RESULTANTES DAS ATIVIDADES DE PRODUÇÃO (VENDAS), OU 
PRESTAÇÃO  DE  SERVIÇOS.  As  empresas  podem  ter  prejuízos  em  decorrência  de  suas  atividades 
operacionais. Por isto o nome deste componente é chamado prejuízos acumulados. 

) RESERVAS* 
SÃO PARCELAS DO LUCRO QUE FICAM RETIDAS (RESERVADAS) NA EMPRESA, POR VÁRIOS 
MOTIVOS. Por exemplo, se uma empresa agrícola espera uma seca pode resolver constituir uma reserva de 
contingência,  para  se  preparar  para  o  período  difícil.  A  reserva  de  lucros  constitui  os  lucros  resultantes  das 
atividades operacionais. A reserva de investimentos é utilizada para ampliação das instalações da empresa. 

     PATRIMÔNIO e PATRIMÔNIO LÍQUIDO da empresa BEM‐SUCEDIDA LTDA. 
Elementos positivos  Elementos negativos 
BENS                                       R$(mil)  OBRIGAÇÕES                              $(mil) 
Caixa................................  100  Fornecedores a pagar.....        250 
Estoques..........................  180  Salários a pagar..............        330 
Móveis e utensílios..........    90  Impostos a pagar.............      220 
Veículos...........................  110  Total.................................      800 
Máquinas.........................  400   
Terrenos..........................   900   
Patentes..........................   150   
Total.................................  1930   
DIREITOS  PATRIMÔNIO LÍQUIDO 
Contas a receber..............   150  Capital.................................500 
Duplicatas a receber........   150  Reservas............................. 800 
Títulos a receber...............  200  Reservas de lucros.............. 320 
Total..................................   500  Total....................................1630 
   
Total geral...........................  2430  Total geral..............................  2430 

___________________
*Existem vários tipos de reservas. As reservas classificam‐se em reservas de capital, reservas de reavaliação e reservas de lucros (dentro deste grupo: reservas legal; 
estatutária; livres; contingências; lucros a realizar; lucro para expansão). Os conceitos estão no Anexo I desta apostila. 

Uanderson Rebula de Oliveira Fundamentos Básicos da Contabilidade


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2.3 Definições de ORIGENS e APLICAÇÕES DE RECURSOS


“TODO RECURSO QUE SE USA VEIO DE ALGUM LUGAR”.  

Todo recurso que se usa na empresa, na vida, em qualquer lugar, teve uma origem qualquer, saiu de algum lugar, 
ou seja, TODA APLICAÇÃO TEM UMA ORIGEM. 

EXEMPLO 1 – caso Sr. ALBERTO 
• RECURSO: VEÍCULO DE R$15.000 
• ORIGEM DO RECURSO: CAPITAL DE R$10.000 E FINANCIAMENTO DE R$5.000 
O recurso que ele está utilizando (veículo) foi originado a partir de um financiamento e do seu próprio capital. 
 

PATRIMÔNIO  
ATIVO  PASSIVO 
BEM                                             R$  OBRIGAÇÃO                                     R$ 
      Veículo...................15.000       Financiamentos a pagar..... 5.000 
  PATRIMÔNIO LÍQUIDO 
       Capital.............................. 10.000 
Total geral..................................... 15.000  Total geral.......................................... 15.000 
APLICAÇÕES DE RECURSOS  ORIGENS DE RECURSOS 
 

EXEMPLO 2 – caso casa da Sra. BERLINDA 
• RECURSO: CASA de R$50.000 
• ORIGEM DO RECURSO: FINANCIAMENTO PELA CAIXA ECONÔMICA DE R$50.000 
PATRIMÔNIO da Sra. BERLINDA 
Elementos positivos  Elementos negativos 
BEM                                                           R$  OBRIGAÇÃO                                                    R$ 
Casa..........................................50.000  Financiamento a pagar longo prazo... 50.000 
  PATRIMÔNIO LÍQUIDO 
  Capital..................................................... 0 
Total geral....................................... 50.000  Total geral.............................................. 50.000 
APLICAÇÕES DE RECURSOS  ORIGENS DE RECURSOS 
 

EXEMPLO 3 – caso EMPRESA C 
RECURSO: COMPRA DE MERCADORIAS ($500) E FERRAMENTAS ($500) 
ORIGEM DO RECURSO: EMPRÉSTIMO BANCÁRIO ($1.000) 
PATRIMÔNIO da EMPRESA C 
Elementos positivos  Elementos negativos 
BENS                                                          R$  OBRIGAÇÃO                                                    R$ 
Mercadorias...................................500  Empréstimos a pagar..........................  1.000 
Ferramentas...................................500  PATRIMÔNIO LÍQUIDO 
  Capital..................................................... 0 
Total geral....................................... 1.000  Total geral.............................................. 1.000 
APLICAÇÕES DE RECURSOS  ORIGENS DE RECURSOS 
 

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NOTAS 

) A  PARTE  POSITIVA  DO  PATRIMÔNIO  MOSTRA  ONDE  OS  RECURSOS  COLOCADOS  À 


DISPOSIÇÃO  DA  EMPRESA  FORAM  INVESTIDOS.  A  PARTE  NEGATIVA  MOSTRA  OS 
FINANCIAMENTOS QUE ORIGINARAM TAIS APLICAÇÕES, PODENDO SER CAPITAL PRÓPRIO 
OU CAPITAL DE TERCEIROS. 

) A  razão  para  isto  é  porque  nos  ELEMENTOS  NEGATIVOS  EU  TENHO  AS  ORIGENS  DOS 
RECURSOS,  AS  FONTES,  e  nos  ELEMENTOS  POSITIVOS  EU  TENHO  AS  APLICAÇÕES 
DAQUELES  MESMOS  RECURSOS,  o  que  foi  que  eu  fiz  com  este  recurso.  Como  são  os 
mesmos recursos (origem e aplicação), O TOTAL DOS ELEMENTOS POSITIVOS E NEGATIVOS 
DEVE SER IGUAL.  
 
) UMA  EMPRESA  seja  ela  pessoa  jurídica,  com  ou  sem  fins  lucrativos,  seja  ela  uma  pessoa 
física,  PRECISA  SATISFAZER  NECESSIDADES  DE  ORDEM  ECONÔMICO‐FINANCEIRA,  COMO 
COMPRA  À  VISTA  OU  A  PRAZO  DE  MERCADORIAS  PARA  REVENDA,  COMPRA  DE 
MÁQUINAS  OU  EQUIPAMENTOS  PARA  USO  PRÓPRIO,  APLICAÇÃO  FINANCEIRA  DE 
RECURSOS  OU  SOLICITAR  CRÉDITOS  A  TERCEIROS,  COMO  BANCOS  E  FINANCEIRAS,  POR 
EXEMPLO. Além disso, necessita cobrir gastos como pagamento de salários, energia, água, 
aluguel , etc. 
 
Nesse contexto, uma questão fundamental a ser respondida é a seguinte: DE ONDE VIRÃO 
OS  RECURSOS  PARA  SATISFAZER  ESSAS  NECESSIDADES?  OS  RECURSOS  PODEM  VIR  DA 
PRÓPRIA ENTIDADE OU SEREM OBTIDOS COM TERCEIROS. 

) A primeira fonte de recursos para qualquer empresa são seus sócios. Eles trazem recursos 
para a empresa, que os aplica, assumindo uma obrigação para com os sócios. É por isto que 
o  PATRIMÔNIO  LÍQUIDO  fica  no  lado  direito.  Este  é  o  chamado  Princípio  da  Entidade 
Contábil. Para a contabilidade, a pessoa da empresa é distinta e diferenciada das pessoas de 
seus sócios. A empresa tem personalidade independente da personalidade do sócio.

Uanderson Rebula de Oliveira Fundamentos Básicos da Contabilidade


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2.4. BALANÇO PATRIMONIAL – BP


DEMONSTRAÇÃO  FINANCEIRA  QUE  REFLETE  A  POSIÇÃO  FINANCEIRA  E 
PATRIMONIAL DA EMPRESA. 
 
) ORGANIZAM‐SE  OS  BENS,  DIREITOS  E  OBRIGAÇÕES  EM  GRUPOS,  SEGUNDO  AS 
CARACTERÍSTICAS DAS CONTAS PATRIMONIAIS (Ex.: Terreno, edifício / caixa, banco); 
 
 

) SUBSIDIA  A  DEFINIÇÃO  DE  ESTRATÉGIAS  DE  INVESTIMENTOS,  REDUÇÃO  DE  CUSTOS, 


COMPRAS, EMPRÉSTIMOS, ETC.  
 

) LARGAMENTE UTILIZADA PELOS USUÁRIOS DA CONTABILIDADE, NÃO SENDO NECESSÁRIO 
SER ESPECIALISTA EM CONTABILIDADE PARA INTERPRETÁ‐LO. 
 
ESTRUTURA BÁSICA 1 ‐ BALANÇO PATRIMONIAL RESUMIDO 
ATIVO  PASSIVO  
BENS                                                    OBRIGAÇÕES 
DIREITOS 
Os bens e direitos pertencem ao ATIVO (lado esquerdo) e as obrigações pertencem ao PASSIVO (lado direito). 
 
ESTRUTURA BÁSICA 2 ‐ BALANÇO PATRIMONIAL RESUMIDO 
ATIVO  PASSIVO E PATRIMÔNIO LÍQUIDO 
ATIVO CIRCULANTE  PASSIVO CIRCULANTE 
ATIVO NÃO CIRCULANTE  PASSIVO NÃO CIRCULANTE  OBRIGAÇÕES
BENS   Realizável a longo prazo  PATRIMÔNIO LÍQUIDO 
DIREITOS  Investimentos 
Imobilizado 
Intangível 
 
Comentários: 
Os BENS e DIREITOS continuam inseridos no ATIVO,  As  OBRIGAÇÕES  continuam  inseridas  no  PASSIVO, 
porém  distribuídos  nos  grupos  e  subgrupos  de  porém  distribuídas  nos  grupos  de  contas 
contas patrimoniais.  patrimoniais. 
ATIVO significa elementos positivos da empresa  PASSIVO significa elementos negativos da empresa 
ATIVO sempre do lado esquerdo  PASSIVO sempre do lado direito 

 
) O termo “balanço” decorre do equilíbrio Ativo = Passivo + PL, ou da igualdade Aplicações = Origens. Parte da 
idéia de uma balança de dois pratos, onde sempre encontramos igualdade. A expressão “patrimonial” origina‐
se do patrimônio global da empresa, ou seja, o conjunto de bens, direitos e obrigações. Já Patrimônio Líquido 
significa a parte residual do patrimônio, a riqueza líquida da empresa. 
 
) Se demonstrássemos um Balanço Patrimonial com um “amontoado de contas de bens e direitos” (de forma 
heterogênea), teríamos dificuldade em ler, interpretar e analisar o Balanço Patrimonial. Por isso, é importante 
apresentar o Balanço agrupando‐se em contas de mesmas características, isto é, separando grupos de contas 
homogêneas entre si. Ex.: caixa e bancos; prédios e terrenos; patentes e marcas; etc. 

Uanderson Rebula de Oliveira Fundamentos Básicos da Contabilidade


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BALANÇO PATRIMONIAL – VISÃO SINTÉTICA  
ATIVO   PASSIVO E PATRIMÔNIO LÍQUIDO  
São  todos  os  bens  e  direitos  da  empresa,  avaliáveis  São  todas  as  obrigações  que  a  empresa  possui  com 
em dinheiro.  terceiros e com seus proprietários. 
ATIVO CIRCULANTE  PASSIVO CIRCULANTE 
São  bens  e  direitos  que  estão  em  constante  São as obrigações que estão em constante circulação 
circulação e que serão transformados em dinheiro a  e que serão pagas a curto prazo (até 1 ano).   
curto prazo (até 1 ano).   Ex.:  contas  a  pagar,  salários  a  pagar, 
Ex.:  Caixa,  bancos,  contas  a  receber,  fornecedores a pagar, empréstimos a pagar, 
aplicações  financeiras  de  liquidez  imediata,  impostos a pagar etc.  
estoques, duplicatas a receber etc.   
   
ATIVO NÃO CIRCULANTE  PASSIVO NÃO CIRCULANTE 
São  bens  e  direitos  com  pequena  ou  nenhuma  São  as  obrigações  que  serão  liquidadas  a  longo 
circulação. Subdivide‐se nos subgrupos:  prazo, (mais de 1 ano). 
  Ex.:  Financiamentos  a  pagar  a  longo  prazo, 
‐ REALIZÁVEL A LONGO PRAZO  empréstimos a pagar a longo prazo 
São direitos que as empresas esperam muito tempo   
para receber, ou seja, a longo prazo (mais de 1 ano).   PATRIMÔNIO LÍQUIDO 
Ex.:  Contas  a  receber  a  longo  prazo,  São  os  recursos  dos  proprietários  aplicados  na 
Empréstimos a receber a longo prazo, títulos  empresa.  São  as  obrigações  que  os  sócios  possuem 
a receber a longo prazo etc.  com a empresa.  
  Ex.: Capital, Reservas e Prejuízos acumulados. 
‐ INVESTIMENTOS 
São aplicações que geram rendimentos e que não se 
destinem ao funcionamento da empresa.  
Ex.:  imóveis  de  renda  (alugados),  ações, 
aplicações  em  ouro,  obras  de  arte, 
investimentos em outras empresas, etc. 
 
‐ IMOBILIZADO 
São bens corpóreos utilizados para o funcionamento 
das atividades normais da empresa.  
Ex.:  Terrenos,  Galpões,  máquinas  e 
equipamentos,  móveis  e  utensílios, 
edificações,  instalações,  computadores, 
veículos etc. 
 
‐ INTANGÍVEL 
São  bens  incorpóreos  utilizados  para  o 
funcionamento das atividades normais da empresa.  
Ex.:  Marcas,  Patentes,  Fundo  de  comércio, 
Direitos  autorais,  Softwares,  direitos  de 
exploração de serviços públicos etc. 

 
 
 
 
 
 
 

Uanderson Rebula de Oliveira Fundamentos Básicos da Contabilidade


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EXEMPLO DE UM BALANÇO PATRIMONIAL 
ATIVO  PASSIVO e PL 
Grau de  ATIVO CIRCULANTE (até 1 ano)  PASSIVO CIRCULANTE (até 1 ano)  Grau de 
LIQUIDEZ  Caixa  Fornecedores  EXIGIBILIDADE 
Bancos conta movimento  Empréstimos a pagar 
Aplicações Financeiras   Impostos a pagar 
Duplicatas a receber  Salários a pagar 
Contas a receber  Títulos a pagar  
Estoques   Contas a pagar 
ATIVO NÃO CIRCULANTE  PASSIVO NÃO CIRCULANTE (+ 1 ano) 
Ativo realizável a longo prazo (+ 1 ano)   Financiamentos a pagar 
Empréstimos a receber  Empréstimos a pagar 
Títulos a receber   
Investimentos  PATRIMÔNIO LÍQUIDO 
Ações  Capital 
Imóveis de renda  Reservas 
Imobilizado  Reservas de lucros 
Móveis e utensílios 
Edifícios e Terrenos 
Máquinas e equipamentos 
Veículos 
(‐) depreciação acumulada* 
Intangível 
Marcas e Patentes 
Softwares 

É importante salientar que A ORDEM DE DISPOSIÇÃO DESTES GRUPOS, BEM COMO AS CONTAS, SÃO CLASSIFICADAS 
SOB TRÊS ASPECTOS: 
 
PELO GRAU DE LIQUIDEZ (capacidade de transformar o bem e direito em dinheiro) ‐ No ATIVO, as contas obedecem 
à ordem decrescente do grau de liquidez, ou seja, as contas de maior liquidez são classificadas em primeiro lugar, e as 
de  menor  liquidez  aparecem  em  último  lugar.  Como  exemplo,  uma  aplicação  financeira  se  transforma  em  dinheiro 
mais rápido do que um apartamento. 
 
PELO GRAU DE EXIGIBILIDADE (maior ou menor prazo no qual as contas devem ser pagas) ‐ No PASSIVO, as contas 
estão dispostas em ordem crescente de exigibilidade, ou seja, primeiramente vêm as contas com menores prazos de 
pagamento, depois as com prazos maiores de pagamento. P 
 
PELO  PRAZO  –  Em  contabilidade,  CURSO  PRAZO  significa  o  período  ATÉ  1  ANO,  e  longo  prazo  significa  o  período 
superior a 1 ano. Assim, se uma empresa realiza diversas vendas com prazos de recebimento entre 3 a 9 meses, por 
exemplo, todas as Duplicatas a receber estarão inseridas em um mesmo grupo, ou seja, no Ativo Circulante. 
_______________________________________________________________________________________________ 
 
*DEPRECIAÇÃO ‐ É A PERDA DO VALOR DE UM BEM, EM FUNÇÃO  DE SEU DESGASTE NATURAL. 
Quando temos um carro, por exemplo, este sofre um desgaste natural com o uso, ou até mesmo a perda da capacidade de 
utilização (vida útil). Este desgaste faz com que o carro não tenha o mesmo rendimento de quando era novo. Da mesma 
forma, os bens como prédios, casas, equipamentos, etc, se desgastam com o tempo e uso e consequentemente perdem 
valor.  
 
Sendo assim, contabilmente, é correto que seja deduzida uma parcela do valor do bem em função da perda ao longo do 
período estimado de sua vida útil. A contabilidade reconhece esta perda e, por este motivo, deduz uma parcela do valor 
do BEM ao longo do período estimado de sua vida útil. Esta perda é denominada “DEPRECIAÇÃO”. Cada bem depreciável 
possui sua taxa de depreciação, estabelecida pelo governo, por meio da Secretaria da Receita Federal.  

Uanderson Rebula de Oliveira Fundamentos Básicos da Contabilidade


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O quadro abaixo demonstra, de forma resumida, as taxas de depreciação de alguns bens: 
 
Espécie de bens  Taxa anual  Vida útil estimada 
As Instruções Normativas SRF 
Edifícios e construções  4 %  25 anos  n.  162/98  e  130/99  fixam  a 
Equipamentos,  máquinas,  móveis  e  taxa de depreciação de vários 
10%  10 anos 
utensílios, instalações, etc.  outros bens. 
Veículos (passageiros ou cargas)  20%  5 anos 
 
BALANÇO PATRIMONIAL – Empresa BEM‐SUCEDIDA  
ATIVO  PASSIVO 
ATIVO CIRCULANTE                                              R$mil  PASSIVO CIRCULANTE                                 R$mil 
Caixa................................................................. 100  Fornecedores........................................... 250 
Duplicatas a receber......................................... 150  Impostos a pagar..................................... 220 
Contas a receber............................................... 150  Salários a pagar....................................... 330 
Estoques........................................................... 180   
ATIVO NÃO CIRCULANTE  PASSIVO NÃO CIRCULANTE 
Ativo realizável a longo prazo   
Títulos a receber............................................... 200  PATRIMÔNIO LÍQUIDO 
Investimentos  Capital....................................................... 500 
Imobilizado  Reservas.................................................... 800 
Móveis e utensílios............................................. 90  Reservas de lucros................................. 320 
Veículos............................................................. 110   
Terrenos............................................................ 900   
Máquinas.......................................................... 400   
(‐) depreciação acumulada................................(10)   
Intangível   
Patentes.............................................................150   
   
Total do Ativo..................................................... 2.420  Total do Passivo........................................... 2.420 

 
BALANÇO PATRIMONIAL DE UMA FAMÍLIA 
ATIVO  PASSIVO e PATRIMÔNIO LÍQUIDO 
ATIVO CIRCULANTE                                                    R$  PASSIVO CIRCULANTE                                     R$ 
Caixa.............................................................. 10.000  Financiamentos a pagar...................... 120.000 
Caderneta de poupança................................ 15.000   
Aplicação Bancária em CDB.......................... 35.000   
Total.......................................................... 60.000  Total................................................ 120.000 
   
ATIVO NÃO CIRCULANTE  PATRIMÔNIO LÍQUIDO 
Imobilizado  Capital da família................................ 140.000 
Imóveis........................................................ 120.000   
Veículos......................................................... 40.000   
Móveis........................................................... 40.000   
Total......................................................... 200.000  Total................................................. 140.000 
   
Total do Ativo................................................. 260.000  Total do Passivo....................................... 260.000 

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2.5. Contas de resultado: conceito, função e funcionamento.


No Balanço Patrimonial vemos a conta Reservas de lucros ou prejuízos acumulados no grupo do 
Patrimônio  Líquido.  Mas  é  apenas  um  número,  não  se  sabe  como  a  empresa  chegou  àquele 
valor. A DRE – DEMONSTRAÇÃO DO RESULTADO DE EXERCÍCIO ‐ vem trazer esta explicação. 
ATRAVÉS  DA  DRE  PODE‐SE  VERIFICAR  O  RESULTADO  QUE  A  EMPRESA  OBTEVE  (LUCRO  OU 
PREJUÍZO) no desenvolvimento de suas atividades. Veja abaixo esta explicação: 

BALANÇO PATRIMONIAL – Empresa BEM SUCEDIDA Ltda. 

ATIVO  PASSIVO 
ATIVO CIRCULANTE                                              R$mil  PASSIVO CIRCULANTE                                 R$mil 
Caixa................................................................. 100  Fornecedores........................................... 250 
Duplicatas a receber......................................... 150  Impostos a pagar..................................... 220 
Contas a receber............................................... 150  Salários a pagar....................................... 330 
Estoques........................................................... 180   
ATIVO NÃO CIRCULANTE  PASSIVO NÃO CIRCULANTE 
Ativo realizável a longo prazo   
Títulos a receber............................................... 200  PATRIMÔNIO LÍQUIDO 
Investimentos  Capital....................................................... 500 
Imobilizado  Reservas.................................................... 800 
Móveis e utensílios............................................. 90  Reservas de lucros.................................. 320 
Veículos............................................................ 110   
Terrenos............................................................ 900   
Máquinas.......................................................... 400    DRE da empresa Bem sucedida Ltda: 
(‐) depreciação acumulada............................... (10)          Contas de resultado 
Intangível  Lucro/prejuízo do exercício.... 320 
 
Patentes............................................................. 150   
   
Total do Ativo....................................................... 2.420  Total do Passivo............................................. 2.420 

 
Vimos no Balanço Patrimonial as suas Contas Patrimoniais (caixa, contas a receber, salários a 
pagar, veículos, etc).  Agora aprenderemos as Contas de Resultado, que são contas da DRE. 

As CONTAS DE RESULTADO são aquelas que representam as RECEITAS e DESPESAS. Antes de 
demonstrarmos algumas contas de resultado, vamos definir o que é receita e despesa: 

) RECEITA  ‐ São os  GANHOS  obtidos  pela  empresa  decorrentes  das 


vendas, da prestação de serviços ou dos investimentos. 
Ex.:  Uma  concessionária  obteve  R$100.000  de  receita  em  uma 
semana, em função das vendas de 3 veículos.  

) DESPESA – São os GASTOS para se obter as receitas.  
Ex.: Esta mesma concessionária gastou R$ 60.000 em despesas com impostos, luz, água 
e comissões de vendedores para obter a receita de R$100.000. 

Portanto, As contas de resultado dividem‐se basicamente em duas: 
 
CONTAS DE RECEITA e CONTAS DE DESPESA 

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2.6. Classificação das RECEITAS e DESPESAS.


Lembram  que,  no  Balanço  Patrimonial,  existem  GRUPOS  de  contas  patrimoniais?  (Ativo 
Circulante,  Passivo  Exigível  a  Longo  Prazo,  Permanente,  etc).  Da  mesma  forma,  NA  DRE 
TAMBÉM  EXISTEM  GRUPOS  DE  CONTAS  DE  RESULTADO  para  uma  melhor  leitura, 
interpretação e análise contábil dos resultados. Tais grupos são basicamente os seguintes: 

GRUPOS DE CONTAS DA DRE
RECEITAS
‐OPERACIONAIS 
‐NÃO OPERACIONAIS  
DESPESAS
‐OPERACIONAIS  
‐NÃO OPERACIONAIS  

GRUPOS DE CONTAS DA DRE ‐ DETALHAMENTO
RECEITAS
 
‐OPERACIONAIS → Decorrentes das atividades normais da empresa. 
Receita de vendas (vendas de produtos) 
Receita de serviços (serviços prestados) 
Receitas financeiras (rendimentos sobre aplicações, por exemplo).
 
‐NÃO OPERACIONAIS → Decorrentes de atividades não incluídas nas atividades normais da empresa.
Ex.: Vendas do imobilizado (Terrenos, edifícios, máquinas, veículos, etc) 
 
_____________________________________________________________________________ 
DESPESAS
 
‐OPERACIONAIS → são aquelas necessárias para vender os produtos, administrar a empresa e financiar 
as operações. Todas as despesas que contribuem para a manutenção da atividade operacional da empresa.  
Despesas de vendas como Propaganda e Comissões sobre vendas 
Despesas financeiras como Juros passivos e Despesas bancárias 
Despesas administrativas como Aluguéis de escritórios, seguros do escritório etc. 
 
‐NÃO OPERACIONAIS → Gastos não previstos nas atividades normais da empresa 
Ex.: Perdas por perecimento de produtos, desgaste, obsolescência, acidentes etc. 

Uanderson Rebula de Oliveira Fundamentos Básicos da Contabilidade


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2.7. Demonstração do Resultado do Exercício - DRE.


A  DRE  É  UMA  DEMONSTRAÇÃO  FINANCEIRA  QUE  VEM  A  EXPLICAR  COMO  A  EMPRESA 
CHEGOU  AO  LUCRO  OU  PREJUÍZO.  O  objetivo  das  empresas  é  o lucro,  e,  nas  suas  operações 
normais há receitas, que são os ganhos, e também há despesas, que são os gastos para se obter 
receita.  

A  DRE  nada  mais  é  do  que  um  RESUMO  ORDENADO  DAS  RECEITAS  E  DESPESAS  até  que  se 
CHEGUE AO RESULTADO FINAL (lucro ou prejuízo). É apresentada de forma dedutiva vertical*. 

DRE SIMPLES 
Sentido vertical 
RECEITAS  1600 
(dedutivo) 
(‐) DESPESAS               (1280) 
LUCRO OU (PREJUÍZO)  320 

A  DRE  mostrada  acima  é  simples,  geralmente  utilizada  nas  pequenas  empresas  que  não 
requeiram dados detalhados para tomada de decisão, como bares, farmácias, mercearias, etc. 
A  DRE  completa,  utilizada  pelas  grandes  empresas,  contém  mais  detalhes  para  tomada  de 
decisão, como o destaque dos impostos, os grupos de despesas, vários tipos de lucro etc.  

DRE COMPLETA 
Observe  que  na  DRE 
RECEITAS  1600  completa  aparece,  além  dos 
(‐) DEDUÇÕES               (450)  que já estudamos, mais dois 
(‐) CUSTOS DAS VENDAS               (450)  grupos:  as  Deduções  e  os 
Custos das vendas. 
(‐) DESPESAS               (380) 
LUCRO OU (PREJUÍZO)  320 

) (‐) DEDUÇÕES  
SÃO  AJUSTES  E  NÃO  DESPESAS.  Ajuste  significa  que  não  houve  sacrifício  financeiro  para 
obter a receita. Neste grupo encontramos os impostos sobre as vendas.  
 
Impostos incidentes sobre vendas:  IPI, ICMS, PIS, COFINS, etc. Para a empresa estes não 
são despesas, são apenas repasses de recursos. A empresa recolhe e passa para o governo. 
 
) (‐)CUSTOS DAS VENDAS 
São os GASTOS RELATIVOS ÀS ATIVIDADES DE PRODUÇÃO. Diferente de despesa, que são 
os  gastos  relativos  às  atividades  não  ligadas  à  produção.  Na  verdade,  tanto  custo  como 
despesa constituem, em termos gerais, GASTOS da empresa. 

Ex. de custos: Matéria prima utilizada na produção; Mão de obra da produção; 
energia elétrica das máquinas de produção, aluguéis da fábrica; manutenção dos 
equipamentos da produção, depreciação dos equipamentos da fábrica etc. 

_________________ 
*Dedutiva vertical significa que as receitas são deduzidas das despesas verticalmente até que se chegue ao resultado final (lucro ou prejuízo).  
 

Uanderson Rebula de Oliveira Fundamentos Básicos da Contabilidade


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MODELO DE DEMONSTRAÇÃO DO RESULTADO DO EXERCÍCIO 
 
RECEITA OPERACIONAL BRUTA 
Receitas de vendas 
Receitas de serviços 
 (‐) DEDUÇÕES  
ICMS sobre vendas 
PIS s/ faturamento 
COFINS 
=  RECEITA OPERACIONAL LÍQUIDA 
(‐) CUSTOS DE VENDAS 
Matérias‐primas 
Mão de obra 
Energia elétrica 
Aluguel da fábrica 
Depreciação de equipamentos 
 =  LUCRO OPERACIONAL BRUTO 
(‐) DESPESAS OPERACIONAIS 
Despesas de vendas 
Propaganda 
Comissões sobre vendas 
Despesas financeiras 
Juros passivos 
Despesas bancárias 
Despesas administrativas 
Aluguéis de escritórios 
 =  LUCRO OPERACIONAL LÍQUIDO 
(‐) DESPESAS NÃO OPERACIONAIS 
 +  RECEITAS NÃO OPERACIONAIS 
 =  LUCRO ANTES DO IMPOSTO DE RENDA* e CSSL** 
(‐) PROVISÃO PARA IMPOSTO DE RENDA e CSSL 
=  LUCRO LÍQUIDO DO EXERCÍCIO 

É importante percebermos que a Demonstração do Resultado segue uma seqüência lógica que facilita 
bastante uma análise sobre a movimentação da empresa.  
 
Primeiramente  temos  as  receitas  operacionais  da  empresa,  ou  seja,  o  quanto  ela  arrecadou  com  sua 
atividade  fim.  Faz‐se  então,  uma  “limpeza”  neste  número  deduzindo  os  impostos  incidentes  sobre 
vendas. Deduzindo‐se daí os custos das vendas, termos então o resultado operacional bruto. 
 
Deste número iremos diminuir o total das despesas operacionais. Já se sabe a margem obtida na venda 
de produtos e agora vamos deduzir o quanto foi gasto para vender estes produtos, obtendo então o 
lucro  operacional,  que  sintetiza  todo  o  trabalho  da  empresa  tendo  por  parâmetro  sua  atividade 
principal. 
_______________ 
*Imposto de Renda – Assim como as pessoas físicas, as empresas também devem pagar o imposto de renda sobre o lucro.  
**CSSL – Contribuição social sobre lucro líquido. É um imposto federal criado pela Lei nº. 7.689, de 15‐12‐1988. 
 

Uanderson Rebula de Oliveira Fundamentos Básicos da Contabilidade


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DRE DA EMPRESA BEM SUCEDIDA LTDA. 
Demonstração do Resultado do Exercício – DRE                                    Em R$mil 
RECEITA OPERACIONAL BRUTA 
Receitas de vendas.........................................................................1600 
 (‐)  DEDUÇÕES  
ICMS sobre vendas........................................................................(50) 
PIS s/ faturamento........................................................................(30) 
COFINS..........................................................................................(20) 
=   RECEITA OPERACIONAL LÍQUIDA.......................................................1500 
(‐) CUSTOS DE VENDAS  
Matérias primas............................................................................(215) 
Mão de obra .................................................................................(215) 
Energia elétrica..............................................................................(60) 
Depreciação de equipamentos......................................................(10) 
 =  LUCRO OPERACIONAL BRUTO............................................................ 1000 
(‐) DESPESAS OPERACIONAIS 
Despesas de vendas 
Salários de vendedores............................................................... (230) 
Despesas financeiras 
Despesas bancárias......................................................................(170) 
Despesas administrativas 
Aluguéis de escritórios................................................................ (150) 
 =  LUCRO OPERACIONAL LÍQUIDO.......................................................... 450 
(‐) DESPESAS NÃO OPERACIONAIS 
 +  RECEITAS NÃO OPERACIONAIS 
 =  LUCRO ANTES DO IMPOSTO DE RENDA e CSSL..................................   450 
(‐) PROVISÃO PARA IMPOSTO DE RENDA e CSSL...................................  (130) 
 = LUCRO LÍQUIDO DO EXERCÍCIO.........................................................   320 

BALANÇO PATRIMONIAL – Empresa BEM SUCEDIDA Ltda. 

ATIVO  PASSIVO 
ATIVO CIRCULANTE                                              R$mil  PASSIVO CIRCULANTE                                 R$mil 
Caixa................................................................. 100  Fornecedores........................................... 250 
Duplicatas a receber......................................... 150  Impostos a pagar..................................... 220 
Contas a receber............................................... 150  Salários a pagar........................................ 330 
Estoques........................................................... 180   
ATIVO NÃO CIRCULANTE  PASSIVO NÃO CIRCULANTE 
Ativo realizável a longo prazo   
Títulos a receber............................................... 200  PATRIMÔNIO LÍQUIDO 
Investimentos  Capital....................................................... 500 
Imobilizado  Reservas.................................................... 800 
Móveis e utensílios............................................. 90  Reservas de lucros................................. 320 
Veículos............................................................ 110   
Terrenos............................................................ 900   
Máquinas.......................................................... 400   
(‐) depreciação acumulada.............................. (10)   
Intangível   
Patentes............................................................. 150   
   
Total do Ativo....................................................... 2.420  Total do Passivo............................................. 2.420 

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2.8. REGIMES CONTÁBEIS: regime de competência e de caixa.


REGIMES CONTÁBEIS SÃO AS REGRAS E NORMAS QUE NORTEIAM OS REGISTROS CONTÁBEIS. 

Neste capítulo tratamos especificamente de uma análise do Resultado (lucro/prejuízo) na DRE. 
A contabilidade utiliza duas maneiras distintas para APURAR O RESULTADO: A do regime de 
competência e a do regime de caixa. Estes regimes são chamados de “Regimes de APURAÇÃO 
DE RESULTADOS”. 

Antes  de  conceituarmos  estes  regimes,  É  IMPRESCINDÍVEL  fazermos  uma  análise  sobre  as 
RECEITAS  E  DESPESAS  geradas  nas  operações  das  empresas.  A  partir  desta  análise 
entenderemos porque existem estes regimes. 
_____________________________________________________________________________________
ANÁLISE DAS RECEITAS E DESPESAS 

) RECEITAS. Quando a empresa vende um produto recebe o dinheiro de duas formas: 

VENDA A VISTA – Há entrada de dinheiro no Caixa 
VENDA A PRAZO – Há entrada de direito em Duplicatas a receber.

) DESPESAS. A empresa paga as suas despesas de duas formas: 

PAGAR A VISTA –  Há saída de dinheiro no caixa 
PAGAR A PRAZO – Há saída de obrigação em contas a pagar.

Observe a analogia que fizemos da receita e despesa no quadro abaixo: 

Operações→  VENDA A VISTA  VENDA A PRAZO 


  Entrada no Caixa   Duplicatas a receber 
Entrada no caixa
  (ATIVO)  (ATIVO) 
RECEITA    →   
 
 
  Saída do Caixa 
Saída do caixa
Contas a pagar 
  (ATIVO) (PASSIVO) 
DESPESA   →   
 
 
DRE  BALANÇO PATRIMONIAL 
Fonte: Ludícibus e Marion (2007) 
 
Os  regimes  de  competência  e  de  caixa  fazem  uma  análise  nas  receitas  e  despesas  para 
apuração de lucro. 
 
 
 
REGIME DE COMPETÊNCIA 

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Este  regime  é  aceito  e  recomendado  pela  Legislação  de  Imposto  de  Renda,  pois  evidencia  o 
resultado da empresa (lucro ou prejuízo) de forma mais adequada e completa. 

A  DRE  estudada  nesta  apostila  tem  como  suporte  o  Regime  de  competência,  que  é  o 
recomendado pela legislação do Imposto de Renda. 

As regras deste regime são as seguintes: 

) A RECEITA SERÁ REGISTRADA NO PERÍODO EM QUE FOR GERADA, INDEPENDENTEMENTE 
DO SEU RECEBIMENTO.

Uma empresa vendeu um produto em 12/2007 com prazo de recebimento em 01/2008, 
considera‐se a receita foi gerada em 12/2007, independente do prazo de recebimento: 
Operação  DATA DA VENDA  Prazo de recebimento das vendas 
RECEITA  12/2007  01/2008 

) A  DESPESA  SERÁ  REGISTRADA  NO  PERÍODO  EM  QUE  FOR  UTILIZADA, 


INDEPENDENTEMENTE DO PAGAMENTO. 

Em  01/2008  a  empresa  pagou  os  salários  dos  empregados  (referente  a  12/2007).  Neste 
caso a despesa compete a 12/2007, pois incorreu nesse período. 
Operação  Mês que os empregados trabalharam  Pagamento dos salários 
DESPESA  12/2007  01/2008 
 
Dessa forma, neste regime, o lucro será apurado considerando‐se que: 

“Toda  despesa  gerada  no  período  (mesmo  que  ainda  não  tenha  sido  paga)  será 
subtraída do total da receita, também gerada no mesmo período (mesmo que ainda não 
tenha sido recebida)”. 

Ou seja: 
 
  APURAÇÃO DO  Toda receita gerada no ano X1 (mesmo não recebida) 
  RESULTADO NO ANO X1  Toda despesa incorrida no ano X1 (mesmo não paga) 

REGIME DE CAIXA 
 
O regime de caixa tem uma característica bem diferente do regime de competência. É utilizada 
para reconhecer o quanto a empresa tem disponível* para pagar seus compromissos e elaborar 
planejamentos financeiros. 

As regras básicas para a contabilidade por esse regime são: 
 
• A  RECEITA  SERÁ  CONTABILIZADA  NO  PERÍODO  EM  QUE  FOR  RECEBIDA,  OU  SEJA, 
QUANDO ENTRAR DINHEIRO NO CAIXA. 

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Uma empresa vendeu um produto em 12/2007 com prazo de recebimento em 01/2008. 
Neste caso a receita será registrada quando o cliente pagar: 
Operação  Data da venda  Prazo de recebimento das vendas 
RECEITA  12/2007  01/2008 
 
• A  DESPESA  SERÁ  CONTABILIZADA  NO  PERÍODO  EM  QUE  FOR  PAGA,  OU  SEJA,  QUANDO 
SAIR DINHEIRO DO CAIXA.  
 
Em 01/2008 a empresa pagou os salários de seus empregados (referente a 12/2007). Neste 
caso a despesa compete a 01/2008, pois foi nesse período ela pagou: 
Operação  Mês que os empregados trabalharam  Data do pagamento dos salários 
DESPESA  12/2007  10/01/2008 
 
______________________________________________________________________________ 
 
EXEMPLO DE REGIME DE COMPETÊNCIA E REGIME DE CAIXA 
 
A  CIA.  MUITO  BEM  SUCEDIDA  VENDEU  EM  2001  R$20.000  E  SÓ  RECEBEU  R$12.000.  (o 
restante receberá no futuro). TEVE UMA DESPESA INCORRIDA DE R$16.000 E PAGOU ATÉ O 
ÚLTIMO DIA DO ANO R$10.000: 
 
DRE  REGIME DE COMPETÊNCIA  REGIME DE CAIXA 
RECEITA  20.000  12.000 
    (‐) despesa  (16.000)  (10.000) 
Lucro  4.000  2.000 
 
O regime de caixa apura o lucro, através de uma demonstração denominada “Demonstração do Fluxo de Caixa” – 
DFC e verifica as disponibilidades da empresa, desconsiderando contas do tipo “depreciação” dentre outras. 
 
A vantagem da utilização da DFC é o esclarecimento de situações controvertidas da empresa, por exemplo, através 
da comparação com a DRE o porquê de a empresa ter um bom lucro e estar com o caixa baixo, não conseguindo 
liquidar com todos os seus compromissos. 
 
O  Administrador  de  Empresas  preocupa‐se  em  manter  a  solvência  (capacidade  de  pagar  os  compromissos)  da 
empresa  e  tem  toda  a  flexibilidade  para  trabalhar  as  informações  da  forma  que  melhor  lhe  convier,  sem  se 
preocupar com normas contábeis. Assim, interessa‐lhe receitas e despesas quando estas representam entradas e 
saídas de Caixa. O Regime de Caixa, é pois a base para a tomada de decisão do administrador financeiro. 
 
 
 
 
 
 
 

Uanderson Rebula de Oliveira Fundamentos Básicos da Contabilidade


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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
 
BERTI, Anélio. Contabilidade Geral. São Paulo. Ed. Ícone, 2001, 206 p. 
 
CONSELHO  REGIONAL  DE  CONTABILIDADE  DO  RIO  GRANDE  DO  SUL.  Demonstrações  financeiras: 
aspectos práticos e conceitos técnicos. 5. edição. Porto Alegre: CRCRS, 2007. 48p. 
 
________. Princípios Fundamentais de Contabilidade e Normas Brasileiras de Contabilidade. 6. edição. 
Porto Alegre: CRCRS, 2007. 383p. 
 
CURI, Maria Imaculada. Textos acadêmicos: Contabilidade empresarial. Lavras: ed. UFLA, 2004. 
 
DOWNES,  John;  GOODMAN,  Jordan  Elliot.  Dicionário  de  termos  financeiros  e  de  investimentos.  São 
Paulo. ed. Nobel, 1993. 
 
GITMAN, Lawrence J. Princípios da administração financeira. São Paulo: 10. edição. Ed. Pearson, 2004. 
 
IUDÍCIBUS, Sérgio de; MARION, José Carlos. Curso de contabilidade para não contadores. São Paulo: 6. 
edição. ed. Atlas, 2009. 
 
IUDÍCIBUS, Sérgio de; MARION, José Carlos; PEREIRA, José. Dicionário de termos de contabilidade. São 
Paulo: 2. edição. ed. Atlas, 1999. 
 
KROETZ,  Cesar  Eduardo  Stevens;  MATOS  Wilson  Castro;  FONTOURA,  José  Roberto  de  Araújo.  Dos 
sistemas à contabilidade. Revista Brasileira de Contabilidade, São Paulo, n. 1, p. 22‐28, jan./mar. 1999. 
 
MARTINS, José Pio. Educação financeira ao alcance de todos. São Paulo. Ed. Fundamento educacional, 
2004. 104p. 
 
MULLER, Aderbal Nicolas. Contabilidade básica: fundamentos essenciais. São Paulo. ed. Pearson, 2006. 
 
NEVES,  Silvério  das;  VICECONTI,  Paulo  E.  V.  Contabilidade  avançada  e  análise  das  demonstrações 
financeiras. São Paulo: 12. edição. Ed. Frase, 2003.  
 
__________. Contabilidade básica. São Paulo: 13. edição. Ed. Frase, 2006.  
 
OLIVEIRA,  Antonio  Gonçalves  de;  MÜLLER,  Aderbal  Nicolas;  NAKAMURA,  Wilson  Toshiro.  A  utilização 
das  informações  geradas  pelo  sistema  de  informação  contábil  como  subsídio  aos  processos 
administrativos nas pequenas empresas. Rev. FAE, Curitiba, v.3, n.3, p.1‐12, set./dez. 2000. 
 
RIBEIRO, Osni Moura. Contabilidade básica. São Paulo: 2. edição. ed. Saraiva, 2009. 
 
________. Contabilidade básica fácil. São Paulo: 23. edição. ed. Saraiva, 1999. 
 
________. Estrutura e análise de Balanços fácil. São Paulo. 6. edição. Ed. Saraiva, 1999. 
 
WERNKE,  Rodney.  Gestão  Financeira:  Ênfase  em  aplicações  e  casos  nacionais.  Rio  de  Janeiro:  Ed. 
Saraiva, 2008. 

Uanderson Rebula de Oliveira Fundamentos Básicos da Contabilidade


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ANEXO I 
Dicionário contábil adaptado de Iudícibus et al (1999) 
 
ADIANTAMENTO  A  EMPREGADOS.  Concessão  de  empréstimo,  praticado  pela  empresa,  realizado  a  empregados,  para  que  estes  devolvam  o  montante  ao 
receberem os seus salários. Representa um direito da empresa (não uma despesa) e, em geral, pertence ao Ativo Circulante, pois o prazo de devolução é curto;  
ADIANTAMENTO  A  FORNECEDORES.  Conta  do  Ativo  Circulante  que  abriga  os  adiantamentos  efetuados  pela  empresa  a  fornecedores,  vinculados  a  compras 
específicas de materiais que serão incorporados aos estoques quando de seu efetivo recebimento. 
ADIANTAMENTO A TERCEIROS. Conta do Ativo Circulante que representa valores entregues a terceiros, mas sem vinculação específica ao fornecimento de bens ou 
serviços contratuais predeterminados. 
ADIANTAMENTO DE CLIENTES. Conta do Passivo Circulante que registra, usualmente, parcelas contratuais recebidas antecipadamente, para entrega futura de bens, 
(equipamentos ou serviços) tais como: os de empreiteiros de obras, transporte a executar e outros. 
ALUGUÉIS ATIVOS. Representa o recebimento de aluguéis de terceiros.  
ALUGUÉIS PASSIVOS. Representa o pagamento de aluguéis a terceiros. 
AMORTIZAÇÃO. É a diminuição do valor dos bens intangíveis em razão do tempo. 
AMORTIZAÇÃO  ACUMULADA.  Conta  dedutiva  do  Ativo  Não  Circulante  que  representa  consumo  dos  bens  intangíveis  com  o  decorrer  do  tempo  e  quando  do 
Diferido, a diminuição deste item, em virtude de sua distribuição proporcional aos exercícios sociais. Ver Amortização. 
APLICAÇÃO FINANCEIRA. Ato de emprestar dinheiro da empresa a instituições financeiras e ao governo, a fim de receber juros sobre o montante aplicado e de  
evitar a corrosão inflacionária.  
APLICAÇÕES  FINANCEIRAS  DE  LIQUIDEZ  IMEDIATA.  Conta  do  Ativo  Circulante  que  representa  a  aplicação  de  curtíssimo  prazo  no  mercado  financeiro,  como  a 
poupança, por exemplo. 
ATIVO. Todos os bens e direitos de posse, controle ou propriedade da empresa, mensuráveis monetariamente, que representam benefícios presentes ou futuros 
para a entidade. As contas do ativo serão dispostas em ordem decrescentes conforme o grau de liquidez dos elementos nelas registrados: (a) ativo circulante; (b) 
ativo não circulante: (1) realizável a longo prazo; (2) investimento; (3) imobilizado; e (4) diferido. 
ATIVO CIRCULANTE. Grupo de contas do Ativo de maior grau de liquidez. São as disponibilidades, os direitos realizáveis no curso do exercício social subseqüente e 
as aplicações de recursos em despesas do exercício seguinte. Podendo ser entendido, também, como grupo do Ativo que representa as disponibilidades ou outros 
ativos  normalmente  identificados  como  os  que  se  espera  sejam  transformados  em  dinheiro,  vendidos  ou  consumidos  durante  o  ciclo  operacional  normal  da 
empresa. 
ATIVO  IMOBILIZADO.  Grupo  do  Ativo  Não  Circulante  que  representa  bens  destinados  à  manutenção  das  atividades  da  empresa,  a  exemplo  das  máquinas, 
equipamentos, computadores, imóveis, galpões. 
ATIVO REALIZÁVEL A LONGO PRAZO. Subgrupo do Ativo Não Circulante de menor grau de liquidez. Trata‐se das contas que se transformarão em dinheiro mais 
lentamente. Classificam‐se nesse grupo os direitos realizáveis após o término do exercício seguinte. 
BALANÇO PATRIMONIAL. Demonstração contábil fundamental constituída de duas partes: a coluna do lado direito, denominada Passivo e Patrimônio Líquido; a 
coluna do lado esquerdo, denominada Ativo. No balanço, as contas serão classificadas segundo os elementos do patrimônio que registrem, e agrupadas de modo a 
facilitar o conhecimento e a análise da situação da empresa. 
BANCOS. Conta do Ativo Circulante que representa o dinheiro disponível da empresa depositado em conta da empresa em uma instituição bancária. É conhecido 
como Bancos Conta Movimento para pessoa jurídica. 
BENS.  São  as  coisas  úteis  capazes  de  satisfazer  às  necessidades  das  pessoas  e  das  empresas.  Se  eles  têm  forma  física,  denominam‐se  bens  tangíveis:  veículos, 
imóveis, estoques de mercadorias, dinheiro, móveis, ferramentas etc. Os bens incorpóreos, não constituídos de matéria, denominam‐se bens intangíveis. As marcas 
que constituem um bem significativo para as empresas e as patentes de invenção são exemplos de bens intangíveis. 
BENFEITORIAS EM IMÓVEIS DE TERCEIROS: Gastos realizados em imóveis alugados. Ex.: Construir um depósito em um imóvel que está alugado. O valor gasto será 
contabilizado no patrimônio da empresa. 
CAIXA. Conta do Ativo Circulante que representa o dinheiro disponível na empresa, em espécie. Consideram‐se também cheques em mãos, recebidos e ainda não 
depositados, pagáveis irrestrita e imediatamente.  
CAPITAL  SOCIAL.  (1)  Capital  subscrito  pelos  sócios  ou  acionistas  de  uma  empresa,  constando  no  Contrato  Social  ou  Estatuto,  respectivamente.  (2)  Conta 
representativa das ações autorizadas de acordo com o documento de constituição de uma empresa. (3) Investimento efetuado na empresa pelos acionistas, este 
abrange não só parcelas entregues pelos acionistas como também os valores obtidos pela sociedade e que, por decisão dos proprietários, se incorporam ao capital, 
representando uma espécie de renúncia à sua distribuição na forma de dinheiro ou de outros bens. 
CLIENTES. Subconta do grupo de Títulos a Receber. Normalmente é uma conta do Ativo Circulante indicando vendas a prazo a receber. Ver Duplicatas a Receber 
COFINS. Sigla de Contribuição para Financiamento da Seguridade Social. 
COFINS A RECOLHER ‐ Conta do Passivo Circulante que representa a obrigação da empresa junto ao Governo Federal, relativa a contribuição para financiamento da 
seguridade social. 
COMISSÕES A PAGAR. Conta do Passivo Circulante que registra as obrigações da empresa referentes a comissões sobre vendas a pagar. 
COMISSÕES  DE  VENDAS.  Subconta  de  despesas  com  pessoal  que,  logicamente,  aplica‐se  somente  às  Despesas  de  Vendas.  Registra  todas  as  despesas  com 
comissões devidas sobre vendas. 
COMISSÕES  E  DESPESAS  BANCÁRIAS.  Subconta  de  Despesas  Financeiras  que  registra  as  despesas  cobradas  pelos  bancos  e  outras  instituições  financeiras  nas 
operações de desconto, de concessão de crédito, comissões em repasses, taxas de fiscalização etc. 
COMPETÊNCIA. Regime contábil que reconhece as despesas e receitas pela sua realização, independente do seu pagamento ou recebimento. É o regime adotado de 
acordo com a legislação brasileira. Contrapõe‐se ao Regime de Caixa. Ver Realização da Receita e da Confrontação das Despesas. 
CONTA. Serve para registros das operações da empresa. Podem ser contas patrimoniais ou de resultado. 
CONTA DE MOVIMENTO. Conta bancária em que são feitos os depósitos das disponibilidades sem qualquer restrição ou vinculação. 
CONTAS  A  PAGAR.  Conta  do  Passivo  Circulante  que  registra  as  obrigações  decorrentes  do  fornecimento  de  utilidades  e  da  prestação  de  serviços,  tais  como  de 
energia elétrica, água, telefone, propaganda, honorários profissionais de terceiros, aluguéis e todas as outras contas a pagar. 
CONTAS A RECEBER. Conta do Ativo Circulante que representa os valores não recebidos decorrentes de vendas de mercadorias ou prestação de serviços a prazo ou 
oriundos de outras transações. Essas outras transações não representam o objeto principal da empresa, mas são normais e inerentes às suas atividades. Por esse 
motivo,  é  importante  a  segregação  dos  valores  a  receber,  relativos  ao  seu  objeto  principal  (CLIENTES),  das  demais  contas,  que  podemos  denominar  OUTROS 
CRÉDITOS. 
CONTAS DO ATIVO. Contas agrupadas de acordo com suas características de realização e de acordo com o seu grau de liquidez. 
CONTAS DO PASSIVO. Contas agrupadas de acordo com seu vencimento, isto é, a serem liquidadas mais rapidamente serão destacadas daquelas a serem pagas em 
um prazo mais longo. 
CONTAS  PATRIMONIAIS  ‐  As  Contas  Patrimoniais  registram  os  elementos  Ativos  e  Passivos,  ou  seja,  representam  os  bens,  direitos,  obrigações  e  o  patrimônio 
líquido. São estas contas que representam o Patrimônio da empresa num dado momento, através do BALANÇO PATRIMONIAL. 
CONTAS DE RESULTADO ‐ As Contas de Resultado são aquelas que representam as Receitas (ganhos) e Despesas (perdas) que provocam as variações Patrimoniais. 
Estas contas se diferenciam das contas patrimoniais, também, porque no final do exercício elas são encerradas (zeradas) permitindo a apuração do resultado do 
exercício (lucro ou prejuízo). 
CONTAS  RETIFICADORAS  DO  ATIVO.  São  contas  que  reduzem  o  montante  normalmente  do  lado  esquerdo  do  Balanço  Patrimonial.  Como  exemplos,  no  Ativo 
Circulante,  encontram‐se  as  contas  de  Depreciação,  Exaustão  ou  Amortização  Acumulada  etc.  São  classificadas  no  ativo,  tendo  saldos  credores,  por  isso  são 
demonstradas com o sinal (‐).  
CONTRIBUIÇÃO SOCIAL. Encargo para a empresa. A base de cálculo dessa contribuição é o resultado contábil do exercício, antes da constituição de Provisão para o 

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Imposto de Renda, computados os ajustes previstos na legislação pertinente. Sobre essa base é aplicado o percentual estabelecido. 
CONTRIBUIÇÃO  SOCIAL  A  RECOLHER.  Conta  do  Passivo  Circulante  que  representa  a  obrigação  da  empresa  junto  ao  Governo,  referente  à  Contribuição  Social. É 
denominada CSSL – Contribuição Social Sobre Lucro líquido 
CRÉDITOS – São os títulos de crédito, quaisquer valores mobiliários e os outros direitos. Estes direitos representam, normalmente, um dos mais importantes ativos 
das empresas em geral. Decorrem de vendas a prazo, de mercadorias e serviços a clientes ou são oriundos de outras transações que geram valores a receber. 
CUSTO ‐ Gasto relativo a bem ou serviço utilizado na produção de outros bens ou serviços. São todos os gastos relativos às atividades de produção.  
DEBÊNTURES. Títulos de longo prazo com garantias, emitidos por Empresas para solicitar empréstimo ao público em geral, pagando juros periódicos e concedendo 
amortizações regulares.  Classificada  no  exigível  a  longo  prazo.  A  emissão  destes  títulos  é  uma  modalidade  de  captação  de  recursos  utilizada  pela  empresa  para 
obter o dinheiro junto aos investidores sem necessitar tomar empréstimos de instituições financeiras. 
DÉBITO. Por convenção, é o lado esquerdo de uma conta. Há diversos conceitos conforme a Escola Contábil Italiana. 
DEMONSTRAÇÃO DE RESULTADO DO EXERCÍCIO. Demonstração financeira que contém um resumo ordenado das receitas e despesas da empresa em determinado 
período, normalmente 12 meses. É apresentada de forma dedutiva (vertical), ou seja, das receitas subtraem‐se as despesas e, em seguida, indica‐se o resultado 
(lucro ou prejuízo). 
DEMONSTRAÇÕES  FINANCEIRAS.  Definidas  pela  Lei  no  6.404,  são  o  Balanço  Patrimonial,  Demonstração  do  Resultado  do  Exercício,  Demonstração  de  Lucros  ou 
Prejuízos Acumulados e Demonstração de Origens e Aplicações de Recursos. 
DEPRECIAÇÃO. O desgaste, perda de utilidade por uso, ação ou natureza ou obsolescência, é representado pela depreciação.  
DEPRECIAÇÃO ACUMULADA. Conta de dedução do Ativo Imobilizado que representa a deterioração física e tecnológica e a perda de eficiência funcional sofrida 
pelos bens tangíveis, com o passar do tempo. 
DESPESA. Em sentido restrito, representa a utilização ou consumo de bens e serviços no processo de produzir receitas. O que caracteriza a despesa é o fato de ela 
tratar de expirações de fatores de serviços, direta ou indiretamente relacionados com a produção ou a venda do produto (serviço) da entidade. 
DESPESAS FINANCEIRAS. Remunerações aos capitais de terceiros tais como: juros pagos ou incorridos, comissões bancárias, correção monetária prefixada sobre 
empréstimos,  descontos  concedidos,  juros  de  mora  pagos  etc.  Devem  ser  compensadas  com  as  Receitas  Financeiras  (conforme  disposição  legal),  isto  é,  essas 
receitas são deduzidas daquelas despesas.  
DESPESAS GERAIS. Conta do grupo das despesas de vendas e administrativas que registra as despesas de viagens e representações, material de escritório, materiais 
auxiliares e de consumo, higiene e limpeza, copa, cozinha e refeitório,  conduções e lanches, revistas e publicações, donativos e contribuições legais e judiciais, de 
serviços profissionais e contratados de auditoria, consultoria, recrutamento e seleção, segurança e vigilância, treinamento de pessoal etc. 
DESPESAS ANTECIPADAS: Compreende as despesas pagas antecipadamente que serão consideradas como custos ou despesas no decorrer do exercício seguinte. 
Ex: Prêmios de seguros a vencer. Também podem ser chamadas de DESPESAS DO EXERCÍCIO SEGUINTE 
DESPESAS PAGAS ANTECIPADAMENTE. Ativos decorrentes da aquisição, antes do uso, de material geral operacional e direitos a serviços. 
DESPESA  COM  PESSOAL.  Valor  pago  ou  incorrido  com  a  remuneração  dos  empregados,  classificável  de  acordo  com  sua  atividade  ou  função.  Devendo  ser 
contabilizada de acordo com o regime de competência. 
DESPESAS DO EXERCÍCIO SEGUINTE – Ver despesas antecipadas. 
DESPESAS OPERACIONAIS. (1) Despesas necessárias para vender os produtos, administrar a empresa e financiar as operações. Despesas que contribuem para a 
manutenção  da  atividade  operacional  da  empresa.  Contas  de  resultado  que  representam  todas  as  despesas  que  contribuem  para  a  manutenção  da  atividade 
operacional da empresa. As principais são: Despesas de Vendas, Despesas Administrativas e Despesas Financeiras. (2) Despesas pagas ou incorridas para vender 
produtos  e  administrar  a  empresa,  sendo  que,  dentro  do  conceito  da  Lei  das  S.A.,  abrangem  também  as  despesas  líquidas  para  financiar  suas  operações  e  os 
resultados líquidos das atividades acessórias da empresa. Obs: Despesas Financeiras a classificação internacional, mais correta, é de não Operacionais, apesar de 
tudo, pois tais despesas estão mais associadas à avaliação do risco que a entidade oferece para os emprestadores de dinheiro do que a decisões de consumo de 
ativos individuais no esforço para produzir receita. 
DIREITOS. São bens que estão em posse de Terceiros, como contas a receber, duplicatas a receber, títulos a receber, ações, depósitos em contas bancárias (direito a 
saque), títulos de crédito etc. De maneira geral são papéis a receber, dão direitos de saque. 
DIREITO AUTORAL. O direito que o autor tem de gozar dos benefícios morais e econômicos resultantes da reprodução de suas criações. 
DISPONIBILIDADES.  Titulação  usada  para  indicar  dinheiro  em  caixa  e  em  bancos,  bem  como  valores  equivalentes,  como  cheques  em  mãos  e  em  trânsito  e  que 
representem  recursos  com  livre  movimentação  para  aplicação  nas  operações  da  empresa  e  para  os  quais  não  haja  restrições  para  uso  imediato.  Dentro  deste 
conceito, as aplicações em títulos de liquidez imediata são também classificáveis como Disponibilidades, devendo todavia, ser mostradas em conta à parte. 
DIVIDENDOS. Direito do acionista de receber, em cada exercício, parcela dos lucros estabelecida no estatuto, ou, se este for omisso, conforme critério da Lei n° 
6.404/76. 
DUPLICATA.  Título  emitido  por  uma  empresa  que  corresponde  a  um  crédito  (venda  de  produtos/mercadorias  ou  serviços.  Na  prática,  quando  compramos  uma 
televisão parcelada em 12 vezes, por exemplo, é emitido um boleto bancário. Este boleto é praticamente uma duplicata que temos que pagar ao fornecedor (loja 
que compramos). A duplicata é um comprovante de dívida do cliente com a empresa. Através dela a empresa passa a ter o direito de cobrar de seus clientes no 
prazo acordado. 
DUPLICATAS DESCONTADAS. Conta de dedução do Ativo Circulante que representa parte das duplicatas a receber, negociadas com as instituições financeiras com o 
objetivo da realização financeira antecipada daqueles títulos. Deve ser subtraída de Contas a Receber. Ver Desconto de Duplicatas. 
EMPRÉSTIMO. Ato em que uma das partes recebe, para uso ou utilização, um objeto ou material que, depois de certo tempo, deve restituir ou dar outro do mesmo 
gênero, quantidade e qualidade. 
EMPRÉSTIMOS E FINANCIAMENTOS. Conta do Passivo que pode classificar‐se no Passivo Circulante se de curto prazo, bem como, classificar‐se no Passivo Exigível a 
Longo Prazo se de longo prazo. Essas contas registram as obrigações da empresa junto a instituições financeiras do país e do exterior, cujos recursos podem estar 
destinados tanto para financiar imobilizações como para capital de giro. 
ENCARGOS  DA  EMPRESA.  Despesas  decorrentes  da  folha  de  pagamento,  referentes  à  parte  do  custeio  da  previdência  social,  fundo  de  garantia  do  empregado, 
salário‐educação, seguro de acidente do trabalho etc. 
ENCARGOS  SOCIAIS  A  PAGAR.  Conta  do  Passivo  Circulante  que  registra  as  obrigações  de  previdência  social  resultantes  dos  salários  pagos  ou  creditados  pela 
sociedade, com base nas taxas de encargos incidentes, devendo ser obedecido o regime de competência. 
EQUIPAMENTOS. Conta do Ativo Imobilizado que registra os bens de uso direto na produção, como empilhadeiras e similares. Ver Máquinas e Equipamentos 
ESTOQUE. Conta do Ativo que representa bens de propriedade tangível destinados à venda, podendo ser classificados na indústria de acordo com seu estágio de 
acabamento: Matérias‐Primas, Produtos em Elaboração e Produtos Acabados. No comércio, será representado pela conta Mercadorias.  
EXAUSTÃO. Amortização aplicada somente aos recursos naturais exauríveis. Quando se trata de floresta própria (ou vegetação em geral), o custo de sua aquisição 
ou formação (excluído o solo) será objeto de quotas de exaustão, à medida que seus recursos forem exauridos (esgotados). Aqui, não se tem a extração de frutos, 
mas a própria árvore é ceifada, cortada ou extraída do solo. Corresponde a perda do valor, decorrente da sua exploração, de direitos cujo objeto sejam recursos 
minerais ou florestais, ou bens aplicados nessa exploração. 
EXAUSTÃO ACUMULADA. Conta redutora do Ativo que representa o consumo de recursos naturais com o decorrer do tempo. Ver Exaustão. 
EXERCÍCIO. Período de duração das atividades contábeis, em geral, tem duração de um ano e não precisa coincidir com o ano civil. Ver Exercício Social. 
EXERCÍCIO SOCIAL. Período de tempo normalmente equivalente a um ano para levantamento de DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS. Não havendo necessidade de 
coincidir com o ano civil (01/01 a 31/12), embora, na maioria das vezes, assim aconteça. Contudo, para fins de Imposto de Renda o exercício social deverá coincidir 
com o ano civil. 
EXIGÍVEL. São aquelas obrigações que serão reclamadas após o seu vencimento. Serão cobradas à empresa 
FERRAMENTAS. Conta do Ativo Imobilizado que registra as ferramentas de vida útil superior a um ano. É aceitável a prática de lançar diretamente em despesas as 
ferramentas e similares de pequeno valor unitário, mesmo quando de vida útil superior a um ano. 
FGTS A RECOLHER. Conta do Passivo Circulante que registra as obrigações da empresa referente ao Fundo de Garantia por Tempo de Serviço, de acordo com a folha 
de pagamento da empresa. Subconta de despesas com pessoal que registra o encargo da empresa relativo ao Fundo de Garantia Por Tempo de Serviço. 

Uanderson Rebula de Oliveira Fundamentos Básicos da Contabilidade


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FINANCIAMENTO. Ato de tomar (ou dar) emprestado dinheiro de instituições financeiras, a fim de suprir deficiências no fluxo de caixa, ampliação etc. São exemplos 
de financiamentos: empréstimos com juros ‐ prefixados; Desconto de Duplicatas; Empréstimos com juros pós‐fixados, empréstimos em moeda estrangeira. 
FINANCIAMENTOS BANCÁRIOS DE CURTO PRAZO. Conta do Passivo Circulante que registra os empréstimos obtidos de instituições financeiras cujo prazo total para 
pagamento seja inferior a um ano, tal como o desconto de notas promissórias, empréstimos garantidos por caução de duplicatas a receber ou estoques e outros. 
FORNECEDORES.  Conta  do  Passivo  Circulante,  devendo  ser  feita  a  divisão  entre  Fornecedores  Nacionais  e  Fornecedores  Estrangeiros.  Registra  o  crédito  dos 
fornecedores das compras efetuadas referentes a matérias‐primas, mercadorias e outros materiais.  
FUNDO  DE  COMÉRCIO.  É  o  que  uma  empresa  tem  de  valor  acima  do  seu  patrimônio  líquido  avaliado  a  preço  de  mercado.  Só  que  Fundo  de  Comércio  não  é  a 
diferença entre esse Patrimônio Líquido contábil e o valor de negociação do Patrimônio Líquido como um todo. É a diferença entre o Patrimônio Líquido levantado 
com  os  Ativos  e  Passivos  todos  a  preço  de  mercado  e  o  Patrimônio  Líquido  conforme  seu  valor  de  negociação  como  um  todo.  
Representa, então, o "goodwill", o que um Patrimônio Liquido consegue ter de valor, se negociada a empresa como um todo, acima do que seria obtido com a 
negociação de cada Ativo, individualmente, a preços de mercado." Fonte: http://www.inpecon.com.br/goodwil.htm 
GRUPO DE CONTAS. União de contas que têm os mesmos objetivos sob aspectos diferentes, podem ser divididos em contas e subcontas. 
ICMS – Sigla do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços. É um imposto estadual. 
ICMS A PAGAR Conta do Passivo Circulante que representa a obrigação da empresa junto ao Governo Estadual, relativa ao ICMS.   
IMPOSTO – Segundo o Código Tributário Nacional, "imposto é o tributo cuja obrigação tem por fato gerador uma situação independente de qualquer atividade 
estatal  específica,  relativa  ao  contribuinte".  Em  outras  palavras,  é  um  tributo  pago,  compulsoriamente,  pelas  pessoas  físicas  e  jurídicas  para  atender  parte  das 
necessidades  de  Receita  Tributária  do  Poder  Público  (federal,  estadual  ou  municipal),  de  modo  a  assegurar  o  funcionamento  de  sua  burocracia,  o  atendimento 
social à população e os investimentos em obras essenciais. 
IMPOSTO DE RENDA A PAGAR. Conta do Passivo Circulante onde se consigna o valor do imposto devido pela empresa e acusado na declaração de rendimentos. 
Representa, portanto, uma obrigação efetiva junto ao Governo Federal. O pagamento do imposto, devido, ocorrerá no mês seguinte ao de sua ocorrência. 
IMPOSTOS A RECOHER. Conta contábil de passivo circulante que registra o montante de impostos pagos pelos consumidores (ou compradores), que, no entanto, 
não pertencem à empresa, e a esta cabe, apenas, a tarefa de receber e transferir o imposto ao governo. Daí a expressão a Recolher e não a Pagar. São exemplos de 
contas de recolhimento de impostos: COFINS a recolher, ISS a recolher, IPI a recolher, ICMS a recolher, PIS a recolher.  
IMPOSTOS E TAXAS. Conta do grupo das despesas administrativas e de vendas que registra as despesas com o imposto sobre a propriedade territorial rural (ITR), o 
imposto  sobre  a  propriedade  predial  e  territorial  urbana  (IPTU),  o  imposto  sobre  a  propriedade  de  veículos  automotores  (IPVA),  a  contribuição  sindical,  a 
contribuição para o Programa de Integração Social (PIS), a contribuição para o Programa de Formação do Patrimônio do Servidor Público (PASEP) etc. 
IMPOSTOS SOBRE VENDAS. Impostos que guardam proporcionalidade com o preço de venda, normalmente tratados como deduções na DRE. 
INSTALAÇÕES. Conta do Ativo Imobilizado que registra os equipamentos, materiais e custos de implantação de instalações que, apesar de integradas aos edifícios, 
devem ser segregadas das obras civis, como, por exemplo: instalações elétricas, hidráulicas, sanitárias, de vapor, de ar comprimido, frigoríficas, contra incêndio, de 
comunicações, de climatização, para combustíveis, gases, antipoluição, para cozinha etc., em função de terem vida útil e depreciação diferentes. 
INVESTIMENTOS.  (1)  Participações  permanentes  em  outras  sociedades,  isto  é,  não  há  interesse  de  a  empresa  vender  sua  participação.  (2)  Conforme  a  Lei  nº 
6.404/76,  participações  permanentes  em  outras  sociedades  e  os  direitos  de  qualquer  natureza,  não  classificáveis  no  ativo  circulante,  e  que  não  se  destinem  à 
manutenção da atividade da empresa ou da empresa. (3) Toda aplicação no Ativo suscetível de gerar resultados positivos para a entidade, no longo prazo. 
INVESTIMENTOS TEMPORÁRIOS. Conta do Ativo Circulante que representa as aplicações realizadas normalmente no mercado financeiro com o excedente do Caixa. 
São  investimentos  por  um  curto  período,  pois,  tão  logo  a  empresa  necessite  do  dinheiro,  ela  se  desfaz  da  aplicação.  Forma  de  aplicar  as  disponibilidades  da 
empresa. A classificação desses investimentos deverá ser feita em função do tipo de investimento, do prazo de resgate e considerando, ainda, a própria intenção da 
empresa quanto à época em que pretende resgatar os títulos. 
IPI – Sigla dos Impostos sobre Produtos Industrializados. É um imposto federal. 
IPI  A  RECOLHER.  Conta  do  Passivo  Circulante  que  representa  a  obrigação  da  empresa  junto  ao  Governo  Federal,  relativa  ao  Imposto  sobre  Produtos 
Industrializados. 
ISS – Sigla dos Impostos Sobre Serviços. É um imposto municipal. 
ISS A RECOLHER. Conta do Passivo Circulante que representa a obrigação da empresa junto ao Governo Municipal, relativa ao imposto incidente sobre os serviços 
prestados, que deve ser apurado e contabilizado pelo regime de competência. 
IOF  –  Imposto  sobre  Operações  de  Crédito,  Câmbio  e  Seguro,  ou  Relativas  a  Títulos  ou  Valores  Mobiliários,  também  chamado  de  Imposto  sobre  Operações 
Financeiras. É um tributo que integra a receita da União e é cobrado sobre operações financeiras e seguros. Seu percentual varia de acordo com o tipo de operação, 
conforme a política monetária adotada pelo Poder Executivo através do Banco Central.  
JUROS. Remuneração efetiva do dinheiro, recebida pelo financiador, decorrente do prazo concedido. 
JUROS  A  RECEBER.  Conta  do  Ativo  Circulante  que  representa  os  juros  a  receber  de  terceiros  relativos  a  diversas  operações,  tais  como  de  empréstimos  feitos  a 
terceiros, juros sobre empréstimos da Eletrobrás, juros de aplicações em títulos de emissão do governo e outras operações em que os juros não sejam agregados 
aos próprios títulos. Devem ser contabilizados de acordo com o regime de competência, ou seja, pró rata tempore calculado pela taxa de juros em função do tempo 
já transcorrido. A contrapartida é contabilizada em Receitas Financeiras. 
JUROS PASSIVOS. Representam os juros negativos para a empresa por motivo de atraso de pagamento de uma determinada conta. 
JUROS ATIVOS. Representam os juros positivos para a empresa por motivo de atraso de pagamento de terceiros. 
LEASING. Arrendamento Mercantil. Contrato de aluguel de bens. É uma modalidade de financiamento. 
LIQUIDEZ. Avaliação da capacidade de pagamento da empresa. 
LIVRO CAIXA. Livro que registra todas as entradas e saídas de dinheiro. 
LIVRO DIÁRIO. Livro obrigatório, exigido por lei, em todas as empresas. Registra os fatos contábeis em partidas dobradas, na ordem cronológica de dia, mês e ano. 
LUCRO ANTES DO IMPOSTO DE RENDA. Lucro da empresa antes da dedução do Imposto de Renda, indicado na Demonstração do Resultado do Exercício. 
LUCRO LÍQUIDO. Sobra líquida à disposição do sócio ou acionista, apurada na DRE. 
LUCRO OPERACIONAL BRUTO. Diferença entre a Receita de Vendas, menos as suas deduções e o custo daquilo que tenha sido vendido. Ver Lucro Bruto. 
LUCROS.  (1)  Rendimentos  resultantes  do  capital  aplicado  na  empresa,  pertence  aos  seus  proprietários  que  nela  investiram.  Excesso  de  Receita  em  relação  à 
Despesa. (2) Remuneração do Fator de Produção Gestão. Ver Superávit. 
MÃO‐DE‐OBRA. Valor referente ao salário dos funcionários que trabalham na elaboração do produto. 
MÁQUINAS E EQUIPAMENTOS. Conta do Imobilizado que registra todo o conjunto de bens utilizados no processo de produção da empresa. Pode ser denominada 
também como, EQUIPAMENTOS, somente. 
MARCAS E PATENTES. Conta do grupo intangível da empresa que representa direitos específicos conferidos a alguém, normalmente durante determinado período. 
São amortizados quando de duração limitada, durante a vida conferida pelo direito, contrato ou permissão governamental, ou por sua vida econômica. 
MATÉRIA‐PRIMA.  Conta  do  Ativo  do  grupo  de  Estoques  que  representa,  na  indústria,  os  componentes  que  estão  para  ser consumidos  na  produção  de  bens  ou 
serviços que se tornarão disponíveis para a venda. Materiais mais importantes e essenciais e que sofrem transformação no processo produtivo. Sua composição e 
natureza é extremamente diversificada e depende de cada tipo de indústria.  
MERCADORIAS PARA REVENDA. Produtos adquiridos de terceiros para revenda, e que não sofrem nenhum processo de transformação na empresa. 
NOTA  PROMISSÓRIA.  É  um  título  de  crédito  que  representa  uma  promessa  de  pagamento.  É  emitida  sempre  que:  uma  pessoa  ou  empresa  toma  emprestado 
dinheiro de bancos ou de financeiras; vende ou compra imóveis a prazo. 
OBRIGAÇÕES: São dívidas ou compromissos de qualquer espécie ou natureza assumidos perante terceiros, ou bens de terceiros que se encontram em nossa posse. 
OBRIGAÇÕES FISCAIS. As obrigações da empresa junto ao Governo, relativas a impostos, taxas e contribuições são registradas em contas específicas dentro deste 
subgrupo. As mais comuns são: ICMS a recolher; IPI a recolher, Imposto de Renda a pagar, Provisão para Imposto de Renda; Contribuição Social a recolher; Provisão 
para IOF; ISS a recolher; PIS a recolher; Retenções de impostos a recolher; Outros impostos e taxas a recolher. 
OBSOLESCÊNCIA. Representa a perda da capacidade de uso de um bem seja ela por desgaste, por avanço tecnológico etc. 
OUTROS IMPOSTOS E TAXAS A RECOLHER. Conta do Passivo Circulante onde são contabilizados os impostos e taxas, devidos pela empresa e que não estiverem já 

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inclusos  nas  demais  contas  do  subgrupo  Obrigações  Fiscais.  Serão,  usualmente,  impostos  e  taxas  pagáveis  mais  esporadicamente,  tais  como  IPTU,  imposto  de 
transmissão e outros, além de taxas e contribuições. 
PASSIVO. (1) Evidencia toda a obrigação (dívida) que a empresa tem com terceiros. O Passivo é uma obrigação exigível, pois será cobrada no seu vencimento, por 
isso também é chamado de Passivo Exigível. (2) Conforme a Lei n° 6.404, grupo de contas do Balanço Patrimonial situado do lado direito do mesmo com a seguinte 
classificação: (a) passivo circulante; (b) passivo exigível a longo prazo; (c) resultados de exercícios futuros; (d) patrimônio líquido: (d1) capital social; (d2) reservas de 
capital; (d3) reservas de reavaliação; (d4) reservas de lucros; e (d5) lucros ou prejuízos acumulados. Ver Exigibilidades. 
PASSIVO A DESCOBERTO. Denominação dada ao Patrimônio Líquido Negativo, quando o Passivo Exigível for maior que o Ativo. 
PASSIVO CIRCULANTE. Grupo do Passivo que representa as obrigações para cuja liquidação se espera seja requerido o uso de recursos existentes classificados como 
ativos circulantes ou a criação de outras exigibilidades circulantes. Obrigações da empresa cuja liquidação se espera que ocorra dentro do exercício social seguinte, 
ou de acordo com o ciclo operacional da empresa, se este for superior àquele prazo. Essas obrigações podem representar valores fixos ou variáveis, vencidos ou a 
vencer, em uma data ou em diversas datas futuras. 
PASSIVO NÃO CIRCULANTE. Agrupamento das contas que serão pagas em um prazo mais longo, após o Exercício Social seguinte, ou após o Ciclo Operacional se 
este for maior que um ano. 
PATENTES. Registro de invenções que é feito no Ativo Intangível 
PATRIMÔNIO. É o conjunto de bens, direitos e obrigações da empresa. 
PATRIMÔNIO  LÍQUIDO.  (1)  Diferença,  em  determinado  momento,  entre  o  ativo  e  o  passivo,  atribuindo‐se  a  este  último  a  conotação  restritiva  de  dívidas  e 
obrigações. Evidencia recursos dos proprietários aplicados no empreendimento. No Patrimônio Líquido existem várias abordagens, a mais antiga é a da teoria do 
proprietário; Tem‐se também: A teoria da entidade; A teoria do acionista ordinário; A teoria do fundo; A teoria do empreendimento; A teoria do comando. (2) De 
acordo com a Lei N º 6.404/76, o patrimônio líquido é dividido em: (a) Capital Social; (b) Reservas de Capital; (c) Reservas de Reavaliação; (d) Reservas de Lucros; (e) 
Prejuízos Acumulados. 
PIS. Sigla de Programa de Integração Social. 
PIS A RECOLHER. Conta do Passivo Circulante que representa a obrigação da empresa junto ao Governo, relativa ao Programa de Integração Social, calculado sobre 
o faturamento da empresa. 
PRAZO CURTO. Período de tempo de um ano ou o ciclo operacional da empresa valendo o maior para considerar as contas a pagar e as contas a receber a curto 
prazo. 
PRÉDIOS E INSTALAÇÕES. Conta do Ativo  Imobilizado que registra o valor dos prédios e suas instalações, adquiridos pela empresa 
PREJUÍZOS ACUMULADOS: Conta que registra as perdas acumuladas da entidade, já absorvidas pelas demais reservas ou lucros acumulados 
PRODUTO. Resultado final do processo de fabricação 
PROMISSÓRIAS A PAGAR. Ver Nota Promissória. 
PROPAGANDA  E  PUBLICIDADE.  Conta  do  grupo  das  despesas  de  vendas  que  registra  as  despesas  de  propaganda  e  publicidade.  Pode  às  vezes,  ser  considerada 
como despesa administrativa, no caso de campanhas não vinculadas à promoção de vendas de produtos, mas à, propaganda para  melhoria da imagem da empresa 
ou com sentido social.  
PROVISÕES. (1) Estimativas que reduzem o Ativo ou aumentam o Passivo. Em outras palavras, representam perdas do Ativo ou obrigações. Embora as provisões 
tenham conotação negativa, são fundamentais para se cumprir rigidamente o Regime de Competência. Dividem‐se em: Provisão como conta redutora do ativo e 
Provisão como aumento de obrigações ou Provisão como exigível. (2) Obrigações da empresa, normalmente encargos e riscos já conhecidos, sendo seus valores 
calculáveis, mesmo que por estimativas. Isso porque no exigível devem estar contabilizadas todas as obrigações, encargos e riscos, conhecidos e calculáveis. 
PROVISÃO  PARA  DÉCIMO  TERCEIRO  SALÁRIO.  Conta  do  Passivo  Circulante  que  registra  mensalmente  1/12  do  valor  bruto  da  folha  de  pagamento,  para  fins  de 
apuração mensal de resultados. Direito do empregado, de acordo com o princípio de competência, em que, a cada mês de trabalho o empregado adquire direito a 
1/12 de 13º Salário, devendo ser pago até o dia 20 de dezembro de cada ano. 
PROVISÃO PARA FÉRIAS. Conta do Passivo Circulante que registra, de acordo com o regime de competência, as férias transcorridas e ainda não gozadas, permitindo 
assim  melhor  apuração  do  resultado.  A  legislação  permite  a  dedução  da  formação  dessa  provisão,  inclusive  considerando  a  parcela  proporcional,  bem  como  a 
relativa aos encargos sociais derivantes das férias. Exigindo, no entanto, que a empresa mantenha na data do balanço uma posição analítica como suporte do valor 
provisionado. Direito do empregado, de acordo com o princípio de competência, em que, a cada mês de trabalho o empregado adquire direito de 1/12 de férias. E, 
em momento adequado, a empresa pagará esta obrigação. 
PROVISÃO PARA O IMPOSTO DE RENDA. É a obrigação constituída na base de estimativa, e com o advento da Lei n° 8.383, de 30/12/91, o Imposto de Renda, a 
partir de janeiro de 1992, passou a ser devido mensalmente. O pagamento do imposto, provisionado mensalmente, ocorrerá no mês seguinte ao de sua ocorrência. 
PROVISÃO PARA FÉRIAS. Conta do Passivo Circulante que registra, de acordo com o regime de competência, as férias transcorridas e ainda não gozadas, permitindo 
assim  melhor  apuração  do  resultado.  A  legislação  permite  a  dedução  da  formação  dessa  provisão,  inclusive  considerando  a  parcela  proporcional,  bem  como  a 
relativa aos encargos sociais derivantes das férias. Exigindo, no entanto, que a empresa mantenha na data do balanço uma posição analítica como suporte do valor 
provisionado. Direito do empregado, de acordo com o princípio de competência, em que, a cada mês de trabalho o empregado adquire direito de 1/12 de férias. E, 
em momento adequado, a empresa pagará esta obrigação. 
RECEITA. (1) Representa a entrada de ativos, sob forma de dinheiro ou direitos a receber, correspondentes, normalmente, à venda de mercadorias, de produtos ou 
à prestação de serviços. Pode também derivar de juros sobre depósitos bancários ou títulos e de outros ganhos eventuais. (2) Receita de uma empresa durante um 
período de tempo representa uma mensuração do valor de troca dos produtos (bens e serviços) de uma empresa durante aquele período. (3) Valor monetário, em 
determinado período, da produção de bens e serviços da entidade, em sentido lato, para o mercado, no mesmo período, validada, mediata ou imediatamente pelo 
mercado, provocando acréscimo de patrimônio líquido e simultâneo acréscimo de ativo, sem necessariamente provocar, ao mesmo tempo, um decréscimo do ativo 
e do patrimônio líquido, caracterizado pela despesa. (4) Expressão monetária conferida pelo mercado à produção de bens e serviços da entidade, em sentido amplo, 
em determinado período. Em geral pode‐se dizer que é a expressão monetária, validada pelo mercado, do agregado de bens e serviços da entidade, em sentido 
amplo  (em  determinado  período  de  tempo),  e  que  provoca  um  acréscimo  concomitante  no  ativo  e  no  patrimônio  líquido,  considerado  separadamente  da 
diminuição do ativo (ou do acréscimo do passivo) e do patrimônio líquido provocados pelo esforço em produzir tal receita. 
RECEITA LÍQUIDA. Receita real da empresa, com a exclusão dos impostos incidentes, das devoluções, dos abatimentos e dos descontos comerciais. 
RECEITA  NÃO  OPERACIONAL.  Conta  onde  devemos  incluir  todos  os  acréscimos  de  ativo  e  de  patrimônio  líquido  derivantes  de  rendimentos  de  aplicações 
financeiras (na prática internacional), rendas patrimoniais, etc. 
RECEITA OPERACIONAL. Conta onde somente deve‐se englobar a parcela proveniente do produto principal ou dos co‐produtos da empresa (ou serviços), não a 
receita extraordinária derivante da venda de sucatas e de subprodutos. 
RECEITAS E DESPESAS FINANCEIRAS. Conta de resultados que registra os juros, descontos e a atualização monetária prefixada, além de outros tipos de receitas ou 
despesas, como as oriundas de aplicações financeiras temporárias em títulos. 
RECEITAS FINANCEIRAS. (1) Receitas derivadas de aplicações financeiras (open‐market, prazo fixo etc.), juros de mora recebidos, descontos obtidos etc. (2) Conta 
de resultado que apresentam as receitas de natureza financeira, derivadas de aplicações financeiras, juros de mora recebidos, descontos obtidos etc. 
RECURSOS FINANCEIROS. Dinheiro disponível na empresa para pagamento de dívidas, investimentos etc. 
REGIME  CONTÁBIL.  Regras  e  normas  que  norteiam  os  registros  contábeis.  Normalmente  se  fala  Regime  de  Competência  e  Regime  de  Caixa.  Ver  Princípios 
Fundamentais de Contabilidade. 
REGIME DE CAIXA. Consiste, basicamente, em considerar Receita do exercício aquela efetivamente recebida dentro do exercício (entrada de dinheiro) e Despesa do 
exercício aquela também efetivamente dentro do exercício.  
REGIME  DE  COMPETÊNCIA  DOS  EXERCÍCIOS.  Princípio  básico  da  contabilidade,  que  considera  a  Receita  gerada  em  determinado  exercício  social  e  a  despesa 
consumida no mesmo exercício (período), não importando o recebimento ou pagamento das mesmas. 
RELATÓRIO CONTÁBIL. Evidenciação resumida e ordenada de dados colhidos pela contabilidade. Objetiva relatar aos usuários da contabilidade os principais fatos 
registrados  em determinado período.  
RESERVAS. (1) São parcelas que representam a diferença entre o Patrimônio Líquido e o Capital, se positivas; correspondem a valores recebidos dos sócios ou de 

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terceiros que não representam aumento de capital e que não transitaram pelo resultado como receita (Reservas de Capital), ou representam acréscimos de valor do 
ativo (Reservas de Reavaliação), ou se originam de lucros não distribuídos aos proprietários (Reservas de Lucros e Lucros Acumulados). São em suma, a explicação 
da diferença entre o Capital Realizado Atualizado e o Patrimônio Líquido. Não tem nenhuma característica de exigibilidade imediata ou remota. (2) São acréscimos 
ao  Patrimônio  Líquido  que,  quase  sempre,  são  utilizadas  para  aumento  de  capital.  Normalmente  as  reservas  originam‐se  de  contribuições  dos  acionistas,  de 
doações, de lucros não distribuídos aos proprietários etc. 
RESERVA DE REAVALIAÇÃO. Contrapartidas de acréscimos de valor atribuído ao Ativo Imobilizado em circunstâncias de novas avaliações, normalmente ao valor de 
mercado. 
RESERVA  DE  CAPITAL.  (1)  Consiste  no  resultado  da  Correção  Monetária  do  Capital  (extinta  a  partir  de  1996)  enquanto  não  realizado,  isto  é,  enquanto  não 
incorporado ao próprio capital através de uma operação jurídica (registro na junta comercial). As doações e as subvenções para investimentos, entre outros casos, 
são também integrantes desta reserva. (2) Conta do Patrimônio Líquido onde são registrados os valores recebidos pela empresa e que não transitam pelo Resultado 
como Receitas, por se referirem a valores destinados a reforço de seu capital, sem terem como contrapartidas qualquer esforço da empresa em termos de entrega 
de bens ou de prestação de serviços. 
RESERVA PARA CONTINGÊNCIAS. Conta do Patrimônio líquido onde a assembléia geral poderá, por proposta dos órgãos da administração, destinar parte do lucro 
líquido à formação de reserva com a finalidade de compensar, em exercício futuro, a diminuição do lucro decorrente de perda julgada provável, cujo valor possa ser 
estimado. 
RESERVA LEGAL. Conta do Patrimônio Líquido em que são registradas as reservas de lucros instituídas, basicamente, para dar proteção ao credor; é tratada no art. 
193  da  Lei  nº.  6.404/76  e  deverá  ser  constituída  com  a  destinação  de  5%  (cinco  por  cento)  do  lucro  líquido  do  exercício.  Esta  reserva  será  constituída 
obrigatoriamente, pela empresa, até que o seu valor atinja 20% (vinte por cento) do capital realizado, quando então deixará de ser acrescida. 
RESERVAS DE LUCROS. (1) Retenção de lucros. Existem vários tipos de reservas de lucros, tais como: Reserva Legal; Reservas Estatutárias; Reserva Orçamentária; 
Reserva de Lucros a Realizar. (2) Conta do Patrimônio Líquido onde são registradas as reservas constituídas pela apropriação de lucros da empresa.  
RESERVA DE LUCROS A REALIZAR. (1) Conta do patrimônio líquido, prevista na Lei n° 6.404 no artigo 197, e é bastante inovadora, em termos internacionais, em seu 
parágrafo único define como lucros a realizar o seguinte: (a) o saldo credor da conta de registro das contrapartidas dos ajustes de correção monetária (já extinto); 
(b) o aumento do valor do investimento em coligadas e controladas; e (c) o lucro em vendas a prazo realizável após o término do exercício seguinte. Quando os 
lucros a realizar, acima definidos, ultrapassarem o valor destinado às reservas: legal, estatutária de contingências e especial, a assembléia geral, por proposta dos 
órgãos da administração, poderá destinar o excesso à constituição de reserva de lucros a realizar. Estas reservas servem para postergar o pagamento de dividendos 
relativos a lucros economicamente existentes, mas financeiramente ainda não realizados. São de uso optativo e deverão ser analiticamente controladas, ou seja, 
deve‐se registrar separadamente cada lucro financeiro por realizar decorrente de cada uma das três hipóteses legais, para que seja possível a realização de reversão 
futura da forma mais correta possível. (2) Constituída como uma destinação dos lucros do exercício, sendo, todavia, optativa a sua ou não constituição. Seu objetivo 
é  evidenciar  a  parcela  de  lucros  ainda  não  realizados  financeiramente  (apesar  de  contábil  e  economicamente  realizada)  pela  empresa  e  também  não  distribuir 
dividendo obrigatório, fixado como porcentagem do lucro do exercício, sobre essa mesma parcela. 
RESERVA DE LUCROS PARA EXPANSÃO. Para atender a projeto de investimento, a empresa poderá reter parte dos lucros do exercício, conforme disciplinado pelo 
art.196 da Lei n° 6.404/76, que trata da reserva de Retenção de Lucros. 
SEGUROS. (1) Refere‐se a um contrato realizado junto a uma Empresa de Seguros para proteger a empresa contra possíveis riscos que possam vir ameaçá‐la. (2) 
Representa a conta de despesa “Seguros” no resultado do exercício. . 
SISTEMA  DE  INFORMAÇÃO  CONTÁBIL.  (1)  Um  conjunto  de  procedimentos  projetado  para  fornecer  as  informações  financeiras  necessárias  dentro  de  uma 
organização.  (2)  um  sistema  que  consiste  de  partes  manuais  e  de  computador,  inter‐relacionadas,  que  usa  processos  como,  coletar,  registrar,  resumir,  analisar 
(usando modelos de decisão), e gerir dados para fornecer informações de saída para os usuários. 
SOCIEDADE. Acordo consensual em que duas ou mais pessoas se obrigam a conjugar esforços ou recursos para a consecução de um fim comum. As sociedades 
podem ser classificadas em Sociedades Civis e Sociedades Comerciais. 
SOCIEDADE ANÔNIMA OU POR AÇÕES. Tipo de sociedade de capital que deveria ser chamada de Sociedade por Ações, uma vez que a Lei nº. 6.404/76 trata de 
sociedade por ações. Existem duas formas de constituição de sociedades anônimas: por subscrição pública, e por subscrição particular.  
TERRENOS.  Conta  do  Ativo  Imobilizado  que  registra  os  terrenos  de  propriedade  da  empresa  realmente  utilizados  nas  operações,  ou  seja,  onde  se  localizam  a 
fábrica, os depósitos, os escritórios, as filiais, as lojas etc. Os terrenos onde estão sendo construída uma nova fábrica ainda não em operação devem ser registrados 
no grupo Imobilizado em Andamento. Os terrenos sem uma destinação definida devem estar classificados em investimentos. 
TÍTULOS DE CRÉDITO. São documentos, com validade jurídica, que se destinam a tornar a circulação da riqueza e a concessão de crédito de modo mais simples, 
mais  rápida  e  segura,  como  por  exemplo,  os  cheques,  as  notas  promissórias,  as  duplicatas,  as  letras  de  câmbio,  os  debêntures,  etc.  No  ordenamento  jurídico 
Brasileiro existem diversos tipos de títulos de crédito. 
TÍTULOS  A  PAGAR.  Conta  do  Passivo  que  pode  classificar‐se  no  Passivo  Circulante  ou  Passivo  Exigível  a  Longo  Prazo,  sendo  que  a  parcela  vencível  no  exercício 
seguinte à data do balanço deve figurar no curto prazo (Passivo Circulante) e as posteriores na mesma conta no longo prazo, que registra as obrigações resultantes 
de financiamentos obtidos junto a pessoas físicas ou outras empresas que não sejam instituições financeiras. 
TÍTULOS A RECEBER. Conta do Ativo Circulante que representa créditos oriundos das próprias contas normais a receber de clientes as quais, quando vencidas e não 
pagas,  são  passíveis de  renegociação  mediante  troca  por  Títulos  a  Receber  (Notas  Promissórias),  com  novos  prazos  de  vencimento,  normalmente  acrescidos  de 
juros.  Poderão  ser  classificados  nesta  conta  vendas  não  ligadas  às  operações  normais  da  empresa,  tais  como  vendas  de  investimentos  ou  bens  do  imobilizado, 
imóveis, equipamentos, veículos etc. Outro tipo de operação classificável é a de títulos a receber por empréstimo feito a terceiros (pessoa física ou jurídica). 
VEÍCULOS. Conta do Ativo imobilizado que registra os veículos de propriedade da empresa, sejam os de uso da Administração, como os do pessoal de vendas ou de 
transportes de carga em geral. 
VIDA ÚTIL. Período de tempo no qual os Ativos serão úteis à empresa. Durante este período os bens sofrerão depreciação de acordo com os métodos permitidos 
pela legislação do Imposto de Renda. 

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ANEXO II 
 
LIVRO RECOMENDADO E ARQUIVOS PARA DOWNLOAD 
 
 
Este é o primeiro livro voltado especificamente para disciplinas de Contabilidade, (Contabilidade, 
Custos,  Análise  de  Demonstrações  Financeiras)  dos  cursos  de  graduação  que  não  visam  formar 
contadores, mas profissionais que serão usuários da Contabilidade.  
 
Sua  linguagem  evita  termos  excessivamente  técnicos,  simplifica  conceitos  considerados 
complexos e desmistifica algumas idéias tidas como inacessíveis ao não contador.  
 
É  um  texto  atual,  que  abrange  a  Contabilidade  moderna  e  aspectos  da  Lei  das  Sociedades 
Anônimas, como Balanço Social, Valor Adicionado, Fluxo de Caixa. 
 
Os capítulos são distribuídos de acordo com a demanda de cada curso (Administração, Economia, 
Direito,  Engenharia).  Análise  de  empresa  na  iminência  de  concordata  e  falência,  por  exemplo,  é 
indicado  especificamente  para  o  Curso  de  Direito.  Ao  final  de  cada  capítulo  é  apresentada  uma 
prova  aplicada  numa  instituição  de  ensino  (USP,  PUC,  USF,  Unip,  Unisa,  UEL,  FGV,  Unib), 
propiciando  ao  estudante  uma  avaliação  prática  de  sua  aprendizagem  em  relação  ao  ponto 
estudado. 
 
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Uanderson Rebula de Oliveira Fundamentos Básicos da Contabilidade

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