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1º Edição
Revisão
Ilustração
António de Matos João
Paginação
Arte Gráfica
Diagramação
ISBN 978-989-53050-0-2
Folha de Rosto
Sobre Autora Ficha Técnica
Capa
Agradecimento Aconselhamos
Importante2 Importante1
Capítulo 4 Sumário
Capítulo 3 Dedicatória
Capítulo 2 Capítulo 1
A todos os que acreditam no amor,
apesar dos seus desencantos.
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CAPÍTULO 1
O PRÍNCIPE
A caminho da escola, numa bela tarde de verão
Apreciava em cada passo vendedoras ambulantes
Em meio a poeira e agitações constantes
Ouvi várias buzinadas de um carrão
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Trocamos contactos e nos despedimos
Já nem me lembrava volvidos três dias
De repente o meu celular chama:
“Oi, estou com saudades desde que nos vimos
e ouvir a sua voz me apetecia.
Então, como estás, bela dama?”
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Chegou em minha casa por volta das treze e trinta
Meu pai relutou que saísse, mas mostrei rebeldia
Estava cansada daquela agonia
Esperei ele entrar e fiz uma finta
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Fomos almoçar em um sofisticado restaurante
Toda sonsa, limitei-me a admirar
Levou-me as compras e mostrou ser um bom pagante
Como uma princesa, ele estava a me tratar
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Às dezoito horas fomos ao cinema
Escolhemos o Xyami do Kilamba
O dia estava valendo a pena
Confesso que estava encantada.
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Por volta das vinte e uma estávamos de volta
Eu sentia-me leve, livre e solta
Quando me beijou na despedida quase levitava
Ele era o primeiro rapaz que eu beijava
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Parecia que estava sonhando
Acenou antes de arrancar o jeep
Entrei em casa flutuando
Feliz, por agora ter o meu príncipe
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CAPÍTULO 2
O CASTELO
Passou um mês e continuávamos felizes
Ele era perfeito e mais alguma coisa
Os meus sentimentos já tinham raízes
Pois tudo era um mar de rosas
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Era na baixa da cidade
Ao entrar fiquei maravilhada
Tão linda quanto grande
Não podia manter-me calada
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O castelo tinha vista para o mar
E o clima mudou de repente
Quando começou a fitar-me intensamente
Aproximou em silêncio, começou a me beijar
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˗ Sei que és virgem já mo disseste,
não farei nada que não queiras,
mas se quiseres ir em frente…
Eu toda molhada, ai já perdi as estribeiras
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Quando dei por mim estava nua
De vergonha levei as mãos ao rosto
Fazia sentir-me na lua
Porque me chupava com gosto
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Volta e meia era eu quem estava
Com o seu pénis entre os lábios meus
Fixava-me enquanto seu pau lambuzava
Eu que sou ateia clamei a Deus
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Me fazia sentir mulher
Eu rangia os dentes entre almofadas
Quanto mais urrava de prazer
Mais ele aumentava as estocadas
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Esqueci o mundo por algumas horas
Paramos eu já quase sem forças
˗ Te portaste lindamente, moça!
Mas está tarde pra ti, vamos embora.
Ao me deixar no portão
Deu-me duas notas, me despedi
Arrancou o carro, abri a mão
Eram duzentos dólares para mim
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De repente uma tristeza abrupta
Minha virgindade já era história
Parecia uma prostituta
Ao me entregar de forma inglória
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Do nada ele saiu de cena
Era o começo do meu terror
Já não atendia os telefonemas
Nem mensagens de “bom dia amor”
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Liguei-lhe de um número estranho, chamava
Atendeu e tão logo reconheceu a minha voz.
“Zoé, estou ocupado, ligo-te depois.”
Desligou a chamada enquanto eu falava
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CAPÍTULO 3
A COROAÇÃO
˗ Zoé, fique calma - disse quando o encontrei
˗, tinha uns pendentes por resolver.
Ali mesmo fiz escândalo e gritei
˗ Tudo que me deste vou devolver
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Cinco da tarde lá estava ele
Sentamos os dois no portão
Onde limpei as lagrimas dele
Pois chorava a pedir perdão
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˗ Zoé, tu és tudo que eu preciso
enfrentar os teus pais estou disposto,
não permitirei que o sorriso
volte a abandonar o seu lindo rosto.
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Adentrou o quintal num ápice
Encontrou na sala os meus pais
Eles pediram que se sentasse
˗ Caro jovem, o que te traz?
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Dai contou tudo sem gaguejar
Eu temia uma desaprovação
Mas correu tudo bem, ao terminar
Acompanhei-o ate o carrão
Sentia-me especial
Estava declarada minha coroação
Agora é oficial
Sou a princesa deste homenzão
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˗ Fala-me do teu emprego, amor.
Perguntei com carinho
˗ Faço exportações pro exterior,
mas não quero falar sobre isso amorzinho.
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˗ Neste envelope tem dinheiro,
mil dólares para o passaporte e compras,
no dia treze de fevereiro,
quero levar-te a passeio na europa.
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Contei a minha mãe com muita euforia
Implorei ao meu pai para ver se topa
Mas ambos negaram de forma atroz
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Ele apareceu no dia combinado
Eu já tinha tudo preparado
˗ Zoé, se saíres nunca mais volta!
Deixei os dois em pé na porta
Pus as malas no porta-bagagem
Estava prontinha para viagem
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No regresso peço desculpa
Por agora, só quero paz
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Oito horas e quarenta o avião chega
Hora do embarque, fomos em frente
Uma sensação estranha passo a sentir
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CAPÍTULO 4
COROA QUEBRADA
Deixamos Luanda rumo à paris
Era tudo glamoroso na primeira classe
Estava super ansiosa e feliz
Querendo que o vôo logo aterrasse
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Do alto muitas cidades observei
Vi arquipélagos, vi o mar
Cansada, liguei os fones e coloquei
Whitney Houston para desnuviar
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Quando de repente dei por mim
Era noite e estávamos aterrar
As tonturas chegaram ao fim
O solo europeu eu estava pisar
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Chegamos ao hotel e dormimos
Nenhum barulho estranho ouvimos
Realmente era um verdadeiro paraíso
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Dias depois senti-me mal
Cai no meio da rua tonta e sem força nos pés
Acordei numa sala de hospital
Onde deram-me a notícia da gravidez
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Os remédios começaram a me enjoar
Qualquer fragrância fazia-me vomitar
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Só quis fazer as malas e voltar
O Rui Paulo começou a me confortar
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No dia seguinte, às vinte
Chegou um jovem vestido com requinte
Estava lindo de mais para quem
Arruma e carrega malas de viagem
Alguma coisa não batia cem
Dava para sentir cheiro de sacanagem
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Fomos ao aeroporto, tudo parecia bem
Rui Paulo me disse: ˗ Amor avança,
vou concluir um negócio com alguém.
Aquilo não me inspirou confiança
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˗ O que carregas na mala senhora?
˗ Roupa e objetos pessoais.
˗ Podemos ir a revista agora?
˗ Claro! Não tem nada de mais
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Fomos então para uma sala
˗ A senhora tem certeza que não tem nada?
˗ Já lhe disse senhor, do que falas?
Vi minha mala sendo rasgada
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˗ Quantos quilos de cocaína carregas? ? ?? ? ??
Perguntou o agente policial ? ?? ? ? ? ?
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Meu coração ficou em pedra ??? ?
Quando vi pacotes saírem da lateral ? ?
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˗ Juro sou inocente, juro não sei nada disso!
˗ É o que todos traficantes costumam falar.
˗ Meu namorado pode explicar isso!
Três horas e, a policia não conseguiu lhe achar
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Caiu a ficha, fui enganada!
Pediram que falasse da quadrilha
Insisti chorando que não sabia de nada
Pedi para ligar a minha família.
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Continua…
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NOTA DA AUTORA
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mortas em curto espaço de tempo. Algumas acabam por encontrar
no suicídio, a cura para tamanha dor.
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AGRADECIMENTO
Abraços Zoéticos!
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ZOÉ POETISA
Estudante de enfermagem
(ISIA), Poetisa, escritora,
declamadora e pesquisadora
cientifica.
Não consigo precisar uma
data em que comecei a
escrever, mas desde a
adolescência que faço uns
rabiscos e fui desenvolvendo
ate ser considerado arte.
Estou vinculada à Editora
Mar Morto.
Tudo que vejo, ouço, penso ou sinto tem poder de me inspirar.
Fábio Brazza, Braúlio Bessa, Carlos Drummond, António Aleixo,
Luís de Camões, Fernando Pessoa, Marco Brasil, Dante e Pepetela
são as minhas grandes referências na literatura.
Em breve sairá o meu livro de contos líricos intitulado Orgasmo
Literário, sob a chancela da editora supracitada, e logo em seguida
sairá o meu álbum de declamações poéticas, intitulado Poemas
Zoéticos.
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CONTACTOS
Email: editoramarmorto@gmail.com
Mar Morto - Editora
Email: inputeditora@gmail.com
Tel: (+244) 928 767 478
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Autora
Instagram: zoe_poetisa
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INPUT Editora
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OBRAS DA MAR MORTO
Disponíveis no Blog
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