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Primo Levi:

Primo Levi nasceu em 1919 em Turim, na Itália, e faleceu na mesma cidade, em 1987 de suícidio.

Em 1937 o autor entrou na Universidade de Turim, onde se licenciou em Química. Durante o seu
percurso universitário, o governo fascista aprovou algumas leis que proibiam cidadãos judeus de
frequentar escolas públicas o que dificultou um pouco o percurso de Primo Levi durante e após a sua
licenciatura.

Ele também fez parte da resistência contra a ocupação nazi e por isso mesmo no dia 13 de dezembro
de 1943, tendo apenas 24 anos, foi detido pela Milícia fascista e mandado para Fóssoli, um campo
de internamento anteriormente destinado a prisioneiros de guerra ingleses e americanos.

Em fevereiro de 1944 foi transportado para Auschwitz, onde permaneceu até finais de Janeiro de
1945, altura em que o campo foi libertado.

Se Isto é um Homem:

Passando finalmente para a obra em si, Primo Levi através desta obra, conta-nos ao pormenor como
foi a sua vida enquanto prisioneiro do campo de concentração mais mortífero da história.

Então no início do livro Primo Levi começa por descrever a forma como os prisioneiros eram
transportados para os campos de concentração, referindo até que para um total de 650 pessoas só
haviam 12 vagões para os transportar, tendo em conta que nenhum deles tinha quaisquer tipo de
boas condições ( eles passavam frio e fome e sede chegavam até a pedir um pouco de neve apesar
desses pedidos não serem bem sucedidos) e claro cada vagão tinha dimensões muito reduzidas e
estas viagens duravam dias.

Na altura em que é deportado para Auschwitz ele considera-se uma pessoa de sorte visto que
devido às inúmeras execuções havia uma escassez de mão de obra, levando assim a um
prolongamento na vida dos prisioneiros e a irrelevantes melhorias nas condições de vida.

E a verdade é que essas melhorias eram mesmo irrelevantes porque Primo Levi descreve aqueles
homens como seres com caras vazias, crânios rapados, fardas humilhantes e inapropriadas para as
condições climatéricas a que estariam sujeitos. Eram seres que deixaram de ter um nome e
passaram a ser mais um número, sendo Primo Levi o 174517, eram obrigados a fazer trabalhos
pesados tanto fisicamente como psicologicamente para no final do dia receberam meia ração de
sopa não para tentarem viver mas sim sobreviver a este inferno, isto é, sobreviver à fome,
sobreviver às doenças como a escarlatina e o tifo que eram bastante comuns no Lager, sobreviver
aos dias de inverno com um frio constante na pele basicamente para sobreviver à morte que
naquele lugar era algo quase inevitável.

E assim se desenrola a história ao longo do livro através de todas estas descrições objetivas, até que
em janeiro de 1945 as zonas próximas do campo começaram a ser bombardeadas por tropas
soviéticas até que os alemães acabaram por abandonar o campo por completo deixando todos os
seus prisioneiros lá. Quando as pessoas perceberam o que estava realmente a acontecer tentaram
arranjar formas de resistir até que fossem resgatados e foi isso mesmo que Primo Levi fez até a
chegada do exército soviético e à libertação de Auchwitz.

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