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A viagem de descoberta do caminho marítimo para a Índia

Afonso Lopes nº1 9ºE, 4-5-2021

Inicialmente foi Estevão Gomes o indicado para liderar a expedição, mas a sua
morte inesperada levou D. Manuel I, rei de Portugal, a confiar ao filho desse, Vasco
da Gama, fidalgo nascido em Sines (Setúbal), o cargo de capitão-mor da frota que
num sábado partiu de Lisboa com o objetivo de descobrir o caminho marítimo para
a Índia, através do Oceano Índico. Partiram a 8 de julho de 1947 e eram no total
148 homens distribuídos por 3 naus – a S. Gabriel, comandada por Vasco da Gama,
a S. Rafael, comandada pelo seu irmão Paulo da Gama e a Bérrio, comandada por
Nicolau Coelho, acompanhadas por um navio de pequeno porto com mantimentos.
Um dos navios transportava exclusivamente mantimentos para três anos,
maioritariamente biscoitos, feijão, carnes secas, vinho, farinha, azeite e salmoura.
Fizeram paragem nas Ilhas de Cabo Verde e continuaram para sudeste em direção
à Serra Leoa. Viraram para sudoeste, arqueando a rota ao longo do Atlântico Sul, e
regressando para junto da costa africana, próximos do Cabo da Boa Esperança. O
continente africano foi avistado após mais de três meses de navegação e os Diários
de Bordo da tripulação contam várias experiências inéditas, como o seu encontro
com tribos que comiam todos os tipos de animais e que tocavam instrumentos de
madeira de forma tão coordenada que surpreendiam os portugueses. Também
assaltaram navios, aprisionando outros navegantes com quem fariam trocas ou
quem obrigariam a trabalhar. Mas também sofreram várias dificuldades devido a
vários obstáculos naturais: as correntes de vento inflavam as velas dos navios, o
tempo alternava constantemente entre um tempo bastante calmo e tempestades
violentas e os ciclones no Atlântico Sul eram acompanhados por tempestades,
ventos de superfície intensos, e ondas gigantescas, os maiores responsáveis pelos
naufrágios, castigando as embarcações próximas ao extremo sul de África. No
entanto, foram capazes de concluir o objetivo principal, chegando a Calecut, na
Índia em maio de 1498. Esta viagem deu início a uma época lendária de
imperialismo global, e depois de mais de dois anos do início desta expedição, a
caravela Bérrio regressa pelo rio Tejo. Vasco da Gama tinha ficado para trás, na ilha
Terceira, para acompanhar o seu irmão doente. Das embarcações envolvidas
apenas a São Rafael não regressou, tendo sido queimada por já não a conseguirem
manobrar, devido à pouca gente a que a tripulação se tinha reduzido, tendo os
outros morrido vítimas de várias doenças, como o escorbuto (carência de vitamina
C), Apenas 55 dos 148 homens sobreviveram à viagem.
Fontes:
https://ccm.marinha.pt/pt/museumarinha_web/multimedia_web/Paginas/efemeri
de-chegada-vasco-da-gama-%C3%ADndia-2020.aspx
https://pt.wikipedia.org/wiki/Descoberta_do_caminho_mar%C3%ADtimo_para_a_
%C3%8Dndia
https://ensina.rtp.pt/artigo/expedicao-india/
http://mtc-
m16b.sid.inpe.br/col/cptec.inpe.br/walmeida/2003/08.13.15.30/doc/Innocentini_P
ossiveis%20dificuldades.pdf

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