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Fernão de Magalhães foi um navegador português, o capitão da armada que realizou a viagem

de circum-navegação através dos oceanos Atlântico, Pacífico e Índico pela primeira vez, em
busca de um caminho para a Índia.

Nasceu dia 3 de fevereiro de 1480, em Sabrosa, na região de Trás-os-Montes. Pertencia à


quarta ordem da nobreza portuguesa, sendo educado como pajem da corte de D. Leonor,
durante o auge dos Descobrimentos.

Com 25 anos, Magalhães alistou-se como voluntário para participar na viagem à Índia com o
primeiro vice rei português do Leste, tendo como objetivo principal a descoberta de uma rota
marítima para Molucas de onde vinha a mercadoria. Viajando sempre pelo Oriente, Fernão de
Magalhães fez parte de expedições a Quíloa, Sumatra e Malaca. Em 1506 foi ferido em
Canacor. Quando voltou à Índia, em 1508, feriu-se denovo na Batalha de Diu.

Recebeu o título de capitão em 1510, em reconhecimento aos seus serviçoes prestados. Entre
1513 e 1514, tomou parte na luta contra Azamor durante a conquista de Marroco, acabando
ferido, aleijado de uma perna.

Magalhães foi mais tarde acusado de traição, por suspeitas de negociações com os mouros,
perdendo prestígio junto ao rei D. Manuel, impedido de continuar a trabalhar com a nação.
Renunciou a sua nacionalidade e ofereceu-se para prestar serviço a Espanha. Em 1517
consegue, com a ajuda de amigos importantes, apresentar os seus planos de atingir Índias
Orientais viajando pelo Ocidente ao Rei D. Carlos V. Elaborou o projeto com o anstrónomo
português, Rui Faleiro, que foi financiado por Cristóvão de Haro, inimigo de Portugal.

Dia 22 de março de 1518, Magalhães e Faleiro assinam compromisso com rei D. Carlos V, pelo
qual proclamariam espanholas todas as terras que encontrassem no curso da navegação. A
armada era formada por cinco embarcações, “Vitória”, “Santiago”, “Conceição”, “Santo
António” e a nau “Trinidad” sob o comando de Magalhães, com tripulação de mais de 265
homens, provisões e armas para dois anos.

Partiram de Sanlúcar, porto de Andaluz no Oceano Atlântico, no dia 20 de sentembro de 1519.


Foi uma viagem lenta devido a ventos não favoráveis. Dia 13 de dezembro chegam à baía do
Rio de Janiero para suprimentos e para a reparação das embarcações. Chegam ao Golfo de são
Matias dia 31 de março de 1520, onde decidem invernar até à primavera. Em fins de maio, a
nau “Santiago” naufraga e a frota reinicia a viagem a 24 de agosto. No rio Santa Cruz, param
por dois meses devido a tempestades. A 21 de outubro encontram o Cabo das Onze Mil
Virgens, finalmente chegam a uma passagem que os levaria ao outro lado do oceano. No dia 1
de novembro começa a travessia do estreito de Todos os Santos, que levou 27 dias. Ao
chegarem ao outro oceano, batizaram-no de Pacífico pelas suas águas calmas.

Dia 16 de março de 1521 chegam às Filipinas. No dia 27 de abril ao desembarcarem em


Mactán, Magalhães é atingido por uma felcha e morre na praia. O resto da armada prosseguiu
viagem sob o comando de Juan Sebastián Elcano. Finalmente, no dia 21 de dezembro, as naus
“Trinidad” e “Vitória”, chegam ao destino e fazem um enorme carregamento de especiarias
nas ilhas Molucas. Na viagem de volta, dia 7 de setembro, apenas 18 homens regressam ao
porto de Sanlúcar.

Embora Fernão Magalhães não tenha chegado pessoalmente à ilha das especiarias, sua tarefa
foi cumprida, chegou bem perto e demonstrou que o mundo era redondo.

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