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ANO IV Nº 14 J U L . A G O . S E T.

2 0 0 8

pág. pág.

6 Combinações
nutritivas 3
pág.
Entrevista
Jason Prado, diretor executivo da ONG
Leia Brasil, fala sobre a literatura na vida
dos brasileiros.

4 Comportamento
Depoimentos mostram o que alimenta
a motivação de cada dia de educadores
que participam dos programas da
Fundação Cargill.
Foto: Jamil Loureiro e Dina Masson

pág.

10 Giro nas Escolas


Escolas de diferentes regiões do País
apresentam suas atividades baseadas
na Coleção Fura-Bolo e no Programa
“de grão em grão”.
pág.

12 Comemoração
Aos 35 anos, a Fundação Cargill comemora
o sucesso dos programas que já chegam
a 54 mil alunos atendidos, beneficiando
144 escolas municipais de 15 cidades,
em oito Estados.

à quantidade de nutrientes realmente aproveitados


Alimentos combinados garantem maior aproveitamento de nutrientes pelo organismo.

A simples combinação de feijão e frutas nas A dupla feijão e laranja é apenas um exemplo
refeições faz a diferença para manter uma dieta da importância da combinação dos alimentos. “Ela
saudável. Isso porque o ferro contido no feijão é favorece o aproveitamento de minerais como o zinco,
melhor absorvido pelo organismo, caso uma laranja, o cálcio e o ferro”, explica a nutricionista Semíramis
rica em vitamina C, faça parte da sobremesa, por Martins Álvares, professora da PUC - Campinas,
exemplo. Assim, o nutriente principal do feijão terá em São Paulo. E quais as combinações prejudiciais?
um melhor nível de aproveitamento, beneficiando as “O consumo de chocolate, chá, café e leite, junto
condições nutricionais de crianças, jovens e adultos. ou imediatamente após as refeições, desfavorece o
Essa parceria está relacionada à biodisponibilidade aproveitamento de ferro e zinco”, completa.
dos nutrientes presentes nos alimentos, ou melhor, Continua na página 6
1
Editorial
Em agosto, comemoramos o Mês do Folclore (veja encarte). Dessa
forma, vale conhecer ou relembrar algumas superstições que fazem parte
35 anos de Fundação Cargill das lendas da cultura popular.

Espelho
C
om muita satisfação, assumi em junho
deste ano a presidência da Fundação A superstição prega que espelho quebrado traz sete anos de
Cargill, que completa, em 2008, 35 anos
azar. Pior ainda admirar-se em um espelho quebrado: significa
de atividades e beneficia diferentes comunidades
em várias regiões do País. Atuando na Cargill quebrar a própria alma. Também não é bom se olhar no espelho
desde 1987, tive o privilégio de acompanhar de à luz de velas e deixar que outra pessoa se olhe no espelho
perto boa parte dessa trajetória de conquistas. junto com você.

Criada em 18 de setembro de 1973, com o


objetivo de contribuir para o desenvolvimento dos Guarda-chuva e aranhas
estudos científicos e tecnológicos relacionados Para evitar má sorte, o guarda-chuva deve
à agricultura, hoje a Fundação Cargill faz a ficar fechado dentro de casa. E matar aranha pode
diferença no processo de ensino-aprendizagem de
trazer problemas no amor. Aranhas, lagartixas e grilos
144 escolas municipais por meio dos Programas
Fura-Bolo e “de grão em grão”, desenvolve representam boa sorte para o lar.
projetos estratégicos, como a revitalização de
bibliotecas públicas e salas de leitura, além de
ações específicas que buscam suprir carências
Brinde
das comunidades em diferentes áreas, como Uma pessoa que estiver com um copo contendo
saúde e meio ambiente. Um breve balanço do bebida com álcool não deve brindar com outra que estiver
período pode ser conferido nesta edição do bebendo algo não alcoólico. Os desejos podem ser invertidos.
Jornal Fundação Cargill, que também reforça e
amplia informações sobre os fundamentos de
seus programas: educação e alimentação. Neste Gato preto
número trazemos ainda mais uma novidade: Diz a tradição que cruzar com um gato preto é azar
um encarte especial sobre folclore dedicado aos na certa. Isso porque na Idade Média acreditava-se que
professores como forma de reforçar as atividades os gatos eram bruxas transformadas em animais. Mas
em sala de aula com os alunos.
outra versão diz que quando um gato entra em casa é
Comemoramos mais um ano de Fundação porque o dinheiro está chegando.
Cargill, com inovações que oferecem ainda
mais apoio ao trabalho diário de educadores e
voluntários, em benefício a milhares de alunos.
Velas, lâmpadas
Além do material especialmente preparado e cigarros
para o encarte, a cada edição, o Jornal Fundação Três velas ou lâmpadas acesas no mesmo quarto pode ser
Cargill contém informações de qualidade aos
prenúncio de morte. Também é bom evitar acender três cigarros
educadores relacionadas ao desenvolvimento
dos Programas Fura-Bolo e “de grão em grão”. Entre com o mesmo palito de fósforo. Isso por causa de uma tradição de
elas, diferentes visões, análises e interpretações guerra: o primeiro cigarro aceso mostra o alvo ao inimigo, que mira
sobre leitura, alimentação e temas relacionados no segundo e acerta no terceiro.
à vida escolar e familiar de alunos e professores. Fonte: O Guia dos Curiosos, de Marcelo Duarte, Editora Companhia das Letras

Na condição de presidente da Cargill e da O Jornal Fundação Cargill é uma publicação trimestral


Fundação Cargill, estou certo que continuaremos dirigida a educadores e voluntários participantes dos
programas sociais da Fundação Cargill, instituições
a contar com a dedicação de educadores e e entidades do Terceiro Setor. Caixa Postal 28704-0
voluntários para realizarmos mais um ano de CEP 04948-990 – São Paulo – SP – Tel.: (11) 5099-3257 – Fax (11) 5099-3258
bons resultados. www.cargill.com.br – Comitê Editorial: Denise Cantarelli, Aline Machado,
Denyse Barreto e Kátia Karam Gonzalez – Direção Editorial: Afonso Champi
Coordenação Editorial e Jornalista Responsável: Lúcia Pinheiro (MTb 18.755)
Parabéns a todos e boa leitura! Conteúdo Editorial: Plural Publicações Corporativas
Tel.: (11) 3022-4773 – Design, Editoração Eletrônica
Marcelo Martins e Produção Gráfica: Oz Design (11) 5112-9200
Presidente da Fundação Cargill Fotos: Fundação Cargill e Cargill.

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Foto: Divulgação

Nosso entrevistado

A leitura
e os brasileiros
Recentes estudos mostram que os livros continuam distantes do dia-a-dia
dos brasileiros. Segundo a recente pesquisa Retratos da Leitura, divulgada pelo
Instituto Pró-Livro, os estudantes lêem 7,2 livros por ano, sendo 5,5 didádicos
ou indicados pela escola e 1,7 por vontade própria. Para comentar a posição
que a literatura ocupa na vida de crianças, jovens e adultos, o Jornal Fundação
Cargill entrevistou Jason Prado, diretor executivo da ONG Leia Brasil.

Fundação Cargill – Qual sua opinião sobre o Esse resultado reflete as políticas de livro e leitura de
resultado da pesquisa Retratos da Leitura? ontem e hoje. Quando alguém lhe indica um livro, passa
Jason Prado – A pesquisa é essencial como instrumento pela sua cabeça pegar emprestado na biblioteca mais
de avaliação do mercado editorial e até sobre os próxima? Falta entendimento sobre as responsabilidades
comportamentos de consumo de livros dos brasileiros. e os alcances das bibliotecas.
Mas a questão de quanto e o que se lê, como o nome
bem diz, é um retrato. Ou seja, é um quadro congelado, FC – Será que cada vez mais falta tempo livre
extraído de um todo impossível de retratar com o para ler?
instrumento utilizado. Acho complexas as conclusões, JP – Vivemos assoberbados. Nossas jornadas de trabalho
principalmente quando misturam números com de oito horas nos roubam mais quatro de deslocamento.
comportamento. Por exemplo: o que é vontade própria A sociedade do espetáculo nos compromete ainda
nesse caso? A que está relacionado? Significa que o leitor mais. Campeonatos esportivos ao vivo na televisão,
foi a uma livraria e comprou por impulso, atraído pela programas interativos, agendas sociais e, agora, internet.
capa, ou passou numa biblioteca e pediu para ler um É muito apelo. É preciso um pouco de paz para entrar
livro citando seu título ou autor? num livro. Para permitir que os diálogos se reconstruam
em sua cabeça. Um dos maiores pesquisadores de leitura
FC – Qual a importância do livro didático para a desse País, o professor Ezequiel Theodoro da Silva,
formação de leitores? da Unicamp, me disse certa vez que só consegue ler
JP – Os livros didáticos servem apenas para a transmissão ficção quando viaja.
de conhecimento objetivo. Poderíamos forçar a barra
e dizer que, lendo qualquer coisa, o estudante está se FC – O hábito de leitura está relacionado à
familiarizando com textos. Não é assim que funciona. dificuldade de comprar livros ou à falta de acesso
O leitor é aquele que consegue ler as metáforas e a bibliotecas públicas?
compreender o não dito. Como diz o escritor mineiro JP – A ambas as coisas. O preço médio do livro brasileiro
Bartolomeu Campos de Queirós, “leitor é aquele é de R$ 39,90. Quase dez por cento do salário mínimo.
que compreende e preenche os intervalos vazios Quem gosta realmente de ler, lê um ou dois livros por
entre as palavras”. Ou a escritora Eliana Yunes: “É semana. Como possuir livros a esse preço? Por outro
quando levantamos os olhos do papel que realmente lado, experimente procurar um bom livro atual, que está
entendemos o texto”. Isso se consegue por meio sendo lido em todo o mundo, em biblioteca pública.
da literatura, quando reconstruímos, com nossas Dificilmente você vai encontrá-lo.
memórias, as emoções assentadas pelo escritor. É
nesse diálogo interno que se forma o leitor. E é esse
leitor que interessa ao Brasil. O que é Leia Brasil?
É uma ONG (Organização Não Governamental)
FC – Segundo pesquisa do Ibope, 45% dos de incentivo à leitura. Sediada no Rio de Janeiro, a
brasileiros dizem que não gostam de ler. instituição atua junto a escolas públicas, oferecendo
Podemos dizer que esse número deve-se a não cursos e oficinas, bibliotecas móveis, atividades lúdicas
formação de leitores nas décadas passadas? (contadores de histórias, palhaços, conversas com
JP – Esse é um dado curioso. Parece que os outros 55% escritores, oficinas de artes e teatro) e eventos de
gostam, o que não deve ser, absolutamente, verdadeiro. reflexão sobre leitura, educação e cidadania.
Acho que 45% definitivamente não lêem, enquanto Saiba mais: www.leiabrasil.org.br
que o resto tem comportamentos intermediários entre
o zero absoluto e o ideal, que seria o gosto pela leitura.
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Foto: Stock.XCHNG
Comportamento

A motivação
de cada dia
A motivação nada mais é do que ter motivo para
a ação na vida pessoal e no trabalho. Ela é a
base de tudo o que fazemos e no papel de
educador não é diferente. Essa é a opinião do professor
e escritor Jairo de Paula, que, a convite da Fundação
sempre lembro do que o professor Paulo Freire falava
aos professores: sonhe, sonhe muito”, afirma Jairo. Para
o escritor, o sonhar cultiva a motivação, cuja prática
depende de cada um cuidar de si, de seus relacionamentos,
desejos e planos. “Muitas vezes, cuidamos muito bem
Cargill, realizou palestras em algumas cidades, durante dos filhos, da mulher ou do marido, dos colegas de
o Encontro de Formação Continuada, no início do ano, trabalho e esquecemos de cuidar de nós mesmos, que
oferecido aos educadores que atuam nos Programas é um valor imprescindível. O homem é conseqüência de
Fura-Bolo e “de grão em grão”. suas experiências, que acontecem quando vivemos as
oportunidades que surgem. Mas quando não estamos
“O motivo para a ação vem da necessidade. É ela que em sintonia com nós mesmos, as oportunidades passam
aciona o poder criativo. Quando penso em motivação, e não conseguimos enxergá-las ou ouvi-las”, explica.

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Segundo o professor, a motivação de viver e “A maior motivação é quando vejo que as crianças
trabalhar depende de como a pessoa administra a estão aprendendo a ler e a escrever. Isso é muito gratificante
carreira e a relação familiar. Jairo lembra que muitas e me dá força para continuar exercendo a minha profissão
vezes limitamos as causas da falta de motivação de professora do campo”.
às condições de trabalho e esquecemos a vida em Professora Wania Ellen, Escola Rural Elma Garcia,
família e outras questões pessoais, o que gera um Três Lagoas (MS)
alto índice de insatisfação e, consequentemente,
pessoas desmotivadas. “O que me motiva é acreditar que em um futuro
mesmo que distante a educação será o centro de todas
Mas além de cultivar sua própria motivação, como as necessidades humanas. Valorização do profissional
os educadores podem incentivar seus alunos e ajudá-los com salário digno, onde ele poderá trabalhar de forma a
a descobrir e alimentar motivos para agir? Para Jairo, o ter condições de se reciclar e planejar, atendendo melhor
agente motivador precisa ser referência. Assim, o escritor as expectativas do aluno”.
acredita que a motivação do aluno está diretamente Professora Ariangela Gonçalves Silva, Escola Municipal
relacionada à postura do educador, às suas escolhas Norma Sueli Borges, Uberaba (MG)
e compromissos na relação com a educação e com a
formação dos estudantes. “No trabalho, o que mais me motiva é a certeza que
só a educação vai mudar este País. Uma educação que,
PALAVRA DE PROFESSOR apesar das dificuldades, ainda nos possibilita conviver
com crianças superando obstáculos, vencendo desafios,
Para saber o que motiva os educadores, o Jornal para poder ter uma vida mais digna, de se tornar
Fundação Cargill ouviu alguns professores que verdadeiramente cidadão, consciente de seus direitos. Na
participam dos Programas Fura-Bolo e “de grão em minha escola rural, é uma motivação a mais poder contar
grão”. Confira os depoimentos: com o apoio de programas como o Fura-Bolo e o “de grão
em grão”, que nos oferecem mais conhecimentos”.
“Na vida pessoal ou profissional, tudo o que Professora Luzinete Silva de Carvalho, Escola Nucleada
realizamos deve ser feito com amor e dedicação. Destaco do Couto, Ilhéus (BA)
uma frase do Paulo Freire, que diz: ‘Só desperta a
paixão de aprender quem tem paixão em ensinar’. Essa “Na vida, a nossa maior motivação está na família, nos
é a minha motivação, saber que sou responsável por amigos, nos nossos alunos, nas pessoas que nos rodeiam
motivar meus alunos a serem melhores a cada dia.” e no nosso trabalho. O equilíbrio pessoal faz com que
Professora Carolina Rochelli Policarpo Ventura, Escola encontremos a motivação necessária para a vida e o
Rural Nazira Boges e Escola Tiradentes, Paranaguá (PR) trabalho. Esta é a chave do nosso sucesso.”
Professoras Vanilda Fernandes da S. Santos e Roseli
“O que me motiva é a própria vida. Saboreio a vida, Taciano Santos, Escola de Educação Especial Franklin
gosto de viver. Gosto de acordar de manhã, lecionar, Delano Roosevelt, Guarujá (SP).
estudar, ter amigos, conversar e comer bem, ter uma
família para cuidar, de amá-la e de me sentir amada “Em primeiro lugar, o amor pela profissão a qual
por ela, passear, viajar e até ficar sem fazer nada. Sou escolhemos. É muito bom saber que formamos cidadãos,
apaixonada pelo ensino, e ser apaixonada é aceitar para viver em sociedade. Isso requer muita dedicação e
que tudo o que conhecemos é pouco perto do busca de novos conhecimentos, compreendemos que
que podemos vir a conhecer, e que sempre somos nossos alunos precisam ser críticos e conscientes”.
desafiados a aprender”. Professoras Rosaria Pereira Pedroso e Marilania Vieira
Professora Jane Palma Mazzotty, Escola de Educação da Silva, Escola Profª. Ligia Vieira de Camargo Del Fiol,
Básica Rodrigo Damasceno, Sinop (MT) Tatuí (SP)

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Dieta nutritiva
e equilibrada
A alimentação infantil exige certos cuidados. As
crianças precisam de energia suficiente para o
crescimento e de proteína de boa qualidade.
Para conseguir uma dieta equilibrada e um melhor
gera cansaço intenso, respiração curta, palpitações,
ações,
dores de cabeça, irritabilidade e dificuldade de
crescimento, memória e aprendizado.

Para uma melhor absorção desse mineral,


aproveitamento dos nutrientes pelo organismo
(biodisponibilidade), a nutricionista e professora Semíramis fundamental na fase de desenvolvimento de crianças
Martins Álvares prescreve a combinação de fontes e jovens, a indicação da professora Semíramis é
alimentares de produtos animais (carnes, ovos e laticínios), combinar os diversos alimentos ricos em ferro com os
vegetais (mistura arroz e feijão) e leguminosas. ricos em vitamina C.

“Entre os minerais e as vitaminas que exigem maior Vegetais ricos em ferro: agrião, brócolis, couve,
atenção estão aqueles que tradicionalmente são espinafre, ervilha, feijão, grão de bico, lentilha,
consumidos em pequena quantidade e associados às semente de abóbora.
carências mais comuns: o ferro, a vitamina A, o cálcio,
o iodo e o zinco”, explica a professora. E quais os
principais alimentos que são fontes desses nutrientes?
Boa combinação
O ferro está nas carnes e no feijão; a vitamina A nos Frutas ricas em vitamina C:
vegetais verdes e alaranjados, leite e derivados; o zinco laranja, papaya, caju, melancia,
nas carnes e o cálcio nos laticínios. acerola, morango, goiaba,
abacaxi, limão.
Fotos: Jamil Loureiro e Dina Masson

A carência de ferro pode causar insuficiência no


transporte de oxigênio pelo corpo, o que geralmente

Má combinação
ão
Alimentos que inibem m a absorção
do ferro: leite, doce de leite,
te,
chocolate, queijo, iogurte, e,
mousse, sorvete à base de
leite, café, chá, refrigerantee à
base de cola.

A deficiência de vitamina A está em segundo lugar


nos problemas nutricionais relacionados à carência de
nutrientes. Além de atraso no crescimento, sua falta
pode causar pele áspera com alterações das mucosas da
boca, nariz e intestinos, cabelos quebradiços, esterilidade
e cegueira noturna.

6
Parcerias
de sabor
Combinar os alimentos é simples. Confira
algumas parcerias que, além de favorecer a
absorção de nutrientes, agradam o paladar.

Pratos quentes: arroz com cenoura;


arroz com couve e salsinha; macarrão com
molho de tomate e abóbora; sopa de feijão
e abóbora.

Sucos: laranja, caqui e agrião; laranja


com beterraba; tangerina com cenoura;
limão com couve.

A vitamina A está presente


em alimentos de origem
animal e vegetal.
Animal: manteiga, leite, fígado, gema de
ovo, sardinha, queijos gordurosos.

Vegetal: espinafre, cenoura, batata-doce,


couve, alface e escarola.

Manual
Fundação Cargill
Para apoiar as ações do Programa “de grão
em grão”, a Fundação Cargill editou e distribuiu
o manual Da Horta à Mesa – Uma alimentação
equilibrada, para as merendeiras participantes do
Programa. A publicação traz informações sobre
alimentação, biodisponibilidade de nutrientes
e receitas. O “de grão em grão”, desde 2004,
está presente em diferentes regiões do País e
tem como objetivo disseminar o conceito de
agricultura familiar e segurança alimentar de forma
pedagógica e prática, por meio da implantação
de hortas escolares.

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cantinho da leitura dica de receita

V ale conhecer o livro Kimbalo, recém-


lançado pela Paulus Editora, de autoria
das professoras Elô Fernandes e Helô
Bacichette, com ilustrações de André Neves. A obra
reúne lindos poemas sobre a fantasia, o embarque
Sopa de feijão e abóbora
Enriquecida com vitaminas A e C

na viagem da leitura, deixando fluir a imaginação.


Um dos poemas a salientar é o Rap da Lelê, cuja
linguagem contemporânea nos seduz para a leitura,
brincando com as palavras e com a frase “livro
é melhor que tevê”. Em outro poema, intitulado
Enredando, as autoras mesclam personagens dos
contos de fada. O ilustrador André Neves, que já
recebeu vários prêmios, cria imagens primorosas
e, em algumas, faz uma mescla de jornais, livros,
internet e ainda utiliza as ilustrações para uma
denúncia sobre a falta de bibliotecas no País.

Para unir os Programas Fura-Bolo e “de grão


em grão”, indico o livro, também recém-lançado
pela Paulus Editora, Poemas e Comidinhas, dos
autores Roseana Murray e do chef André Murray,
com ilustrações de Caó Cruz Alves. Como
sempre, Roseana escreve poemas belíssimos, aqui
feitos em conjunto com seu filho, que é chef de
cozinha. Assim, aliam o saber ao sabor, mesclando
os sentidos. As receitas que complementam os
poemas também têm um toque de poesia. Para
Sete cores, o chef André apresenta uma receita
chamada Salada arco-íris. Para o poema Nuvens,
ele cria o Pudim de nuvens e convida a criança a O que você precisa
comer sonhando. Em alguns poemas, Roseana faz
um exercício de intertextualidade ao nos remeter 6 conchas de feijão cozido temperado
a outras obras. As ilustrações são alegres e nos 3 copos de água
convidam a saborear com muito prazer esse livro! 1 pires de chá de abóbora picada (cubos pequenos)
Kátia Karam Gonzalez, consultora pedagógica
1 folha de louro
do Programa Fura-Bolo Sal, se necessário
Azeite a gosto
Salsinha e cebolinha frescas

Como preparar
Bata o feijão e a água no liquidificador. Despeje o
conteúdo em uma panela. Acrescente a folha de louro
e deixe cozinhar por 10 minutos ou até reduzir um
pouco o caldo.

Acrescente a abóbora e deixe cozinhar por mais


10 minutos ou até que a abóbora esteja cozida.
Acrescente sal.

No prato, acrescente azeite, salsinha e cebolinha.

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Origem
dos alimentos
O s alunos da Escola Caminho para o Futuro, de
Lucas do Rio Verde (MT), produziram livros
de receitas individuais, a partir do estudo da origem
dos alimentos. Segundo a professora Iolanda Rufino,
tudo começou trabalhando as receitas em sala de
aula. “Estudamos a origem dos produtos, os preços,
regiões de maior produtividade, características de Crianças participaram da colheita do milho
cultivo, entre outros dados. Depois, os alunos levaram
projeto de incentivo ao cultivo da horta implantada
as receitas para casa e as prepararam junto com a
pelo “de grão em grão”. Neste caso, o estudo, chamado
família. Aquelas que mais gostaram foram para o livro
História de uma pamonha, começou na plantação do
de receitas. Cada aluno fez seu próprio livro, que foi
milho e seguiu até a produção da pamonha. Assim, de
presenteado às mães”, explica.
maneira divertida e saborosa, os alunos participaram
Entre as delícias estavam bolos e outros pratos de todas as fases: plantio, adubação, desenvolvimento
preparados com milho e soja. Ainda na Escola Caminho do produto, colheita e preparo do derivado, neste
para o Futuro, o milho também foi tema de mais um caso, a pamonha.

sala do
professor
Agente de Livro de receitas: resultado de estudo sobre alimentos

mudança
E m Uberlândia (MG), o compromisso da professora
Hilda Mara Bacelar Hruska é um exemplo de ação
transformadora. A educadora participa ativamente do
blog http://sementedofuturo.blogspot.com/, no qual os
alunos encontram informações sobre o Fura-Bolo e o “de
grão em grão”, jogos, brincadeiras e trabalhos produzidos
Programa Fura-Bolo desde sua implantação, em 2000, pelos estudantes.
quando lecionava na Escola Jaci de Assis. Este mesmo
engajamento foi demonstrado na Escola Milton Porto,
em 2001, quando assumiu a direção da mesma. Antes
mesmo do Fura-Bolo chegar, Hilda já preparava alunos
e professores para se integrarem ao Programa. “Baseados
em atividades propostas pela Coleção Fura-Bolo,
realizamos diversas ações, antecipando a implantação,
que aconteceu em 2002”, explica Hilda.

Hoje a educadora é professora da Escola Milton Porto


e autora de mais uma iniciativa de apoio ao Fura-Bolo e
também ao “de grão em grão”. Hilda já está preparando
seus alunos de 5 e 6 anos de idade para participarem
dos programas da Fundação Cargill em 2009. Ela criou o
9
2
Da horta à mesa

Em Mairinque (SP) , alunos
da Escola Professora Maria
Ignês Blanco Abreu elaboraram
deliciosas receitas de doces
e salgados. Os principais ingredientes são
RR AP legumes e verduras cultivados na horta
escolar implantada pelo Programa “de grão
em grão”. Confira uma delas:
AM MA CE
PA
3 RN Beijinho de cenoura
PB
PI
PE
AC
5 TO SE
AL Ingredientes: 2 cenouras médias, 1 xícara de
RO
4 BA
chá de açúcar, cravo e açúcar cristal.
MT
DF 6
Modo de fazer: raspe e rale (grosso) as
GO
MG
cenouras. Leve-as ao fogo com o açúcar,
ES mexendo sempre até desprender do fundo
MS
da panela. Faça bolinhas e passe em açúcar
SP 2 RJ
cristal e coloque um cravo em cada docinho.
PR 1e5
SC

RS

3
Poema Fura-Bolo
Em agradecimento à Fundação Cargill, a
professora Irismar Ferreira de Sousa, da

1 •
Escola Eliezilda Coelho Rocha, de Balsas
(MA) , enviou um poema para o Jornal
Fundação Cargill. Conheça alguns trechos:
Provérbios
ilustrados O Programa Fura-Bolo
O mesmo é bom comentar
Os provérbios populares foram um Passa por muitas cidades
Para nos auxiliar
dos temas trabalhados pelos alunos da De maneira bem dinâmica


Escola Municipal Iracema dos Santos, de Faz a criança pensar.
Paranaguá (PR) . Eles fizeram ilustrações
As crianças gostam muito
para os diferentes provérbios: cutucar a Causam admiração
onça com vara curta; assobiar e chupar Sejam nas produções de textos,
Nas leituras dramatizações,
cana; bater o nariz na porta; mandar pentear Rimas, histórias bonitas
macaco; vender seu peixe, entre outros. Saem aqui no Maranhão.

Não poderia esquecer


Que num cantinho do Brasil
Este programa aqui chegou
Graças à Fundação Cargill
Que com garra e interesse
Conosco se uniu.
10
4
Ditados populares
Na Escola Caminho


para o Futuro, de Lucas
do Rio Verde (MT) ,
a professora Fernanda
Capelim Ferreira, atenta
ao interesse dos alunos
6
pelos ditados populares da Coleção Receitas nordestinas
Fura-Bolo, inovou as atividades de sala
de aula. Os alunos, divididos em grupo, Entre as atividades de resgate da


pesquisaram e ilustraram ditados variados cultura regional e popular, alunos da
como Água mole em pedra dura, tanto bate Escola Heitor Dias, de Ilhéus (BA) ,
até que fura. reuniram em um trabalho receitas
tradicionais nordestinas como o bolo
de tapioca. Experimente a tapioca
com açaí:

Ingredientes: 400 g de polpa de açaí.


100 ml de água de coco; 500 ml de
leite de coco; 1 colher de sopa de

5 farinha de tapioca, açúcar ou adoçante


a gosto.

Livros de cantigas Como preparar: Em um recipiente,


coloque a tapioca, a água de coco e o
Dezenas de cantigas populares foram leite de coco. Deixe descansar por 30
escritas, ilustradas e reunidas em minutos. Coloque no liquidificador

• •
livros por alunos das escolas Rodrigo o açaí, a mistura com a tapioca e o
Damasceno, de Sinop (MT) , e adoçante. Bata e sirva em seguida.
Randolfo Arzua, de Paranaguá (PR) .
Entre elas estão O cravo e a rosa; Sapo
cururu; Marcha soldado, entre outras.

11
Comemoração

Fundação Cargill
chega aos
35 anos Hortas escolares e literatura para 54 mil alunos
os

E m 2008, a Fundação Cargill comemora 35


anos. Desde 1973, edita estudos científicos e
tecnológicos relacionados à agricultura e hoje
tem como carros-chefes de atuação dois programas: o
Fura-Bolo e o “de grão em grão”. As iniciativas promovem
de recursos financeiros doados pelo Complexo Soja da
Cargill, Mosaic Fertilizantes e Cargill Foundation
(Minneapolis). O Hospital do Câncer de Rio Verde tem
capacidade para atender 50 municípios de Goiás e também
de Mato Grosso, podendo beneficiar 800 mil habitantes.
atividades complementares para o fortalecimento da
formação de milhares de estudantes brasileiros por meio
de parcerias com prefeituras, secretarias de educação e
unidades da Cargill e da Mosaic Fertilizantes (empresa
Fura-Bolo e
resultado da união da Cargill Crop Nutrition e a IMC
Global). A Fundação Cargill é associada à Fundação
“de grão em grão”
Abrinq pelos Direitos da Criança e Adolescente, ao GIFE, Com o Programa de Apoio ao Ensino Fundamental
ao Mais Unidos (Embaixada Americana) e também Fura-Bolo, a Fundação Cargill contribui para a
integra o movimento Todos Pela Educação. melhoria do ensino por meio da literatura infantil,
resgatando a cultura popular. O Programa “de
PROJETOS ESTRATÉGICOS grão em grão” tem como objetivo transmitir
conceitos sobre agricultura familiar e segurança
Além dos Programas Fura-Bolo e “de grão em grão”, a alimentar, abordando de maneira pedagógica
Fundação Cargill também atua diretamente em projetos conceitos que vão desde o plantio até o preparo
que visam à melhoria das comunidades em que a Cargill dos alimentos, por meio da implantação de
e a Mosaic estão presentes. hortas comunitárias. Os programas beneficiam
alunos de 7 a 10 anos do Ensino Fundamental de
Um deles refere-se à revitalização da Biblioteca escolas municipais de cidades onde a Cargill e a
Pública Paulo Rodrigues dos Santos, em Santarém Mosaic mantêm unidades.
(PA). Após um ano de trabalho, a Fundação Cargill
entregou o prédio totalmente reformado, com uma
sala multifuncional, computadores e novos livros
para compor o acervo. Mas o trabalho não se limitou
a isso. Toda a equipe da biblioteca, professores da
História em números
rede municipal de ensino e funcionários voluntários • 54 mil alunos atendidos
da Cargill de Santarém receberam treinamentos para • 2 mil professores participantes
que todos pudessem usufruir da nova estrutura da • 144 escolas municipais inscritas
biblioteca. Essa ação teve importantes parceiros, que
• 500 merendeiras treinadas
colaboraram para o resgate da cidadania, beneficiando
• 15 cidades atendidas (08 Estados)
os 274 mil habitantes de Santarém.
• 470 mil livros e cadernos de atividades distribuídos
Outro importante projeto foi a implantação da no Programa Fura-Bolo
primeira sala cirúrgica do Hospital do Câncer, em Rio • 276 mil livros e cadernos de atividades distribuídos
Verde (GO). Foram doados 29 itens para compor a sala no Programa “de grão em grão”
cirúrgica (entre equipamentos e mobiliário hospitalar), • 229 mil livros técnicos distribuídos
além da construção da casa de máquinas com cinco • 50 mil famílias de alunos do Programa “de grão em
salas. O projeto foi coordenado pela Fundação Cargill, grão” participaram da palestra Como montar uma
em conjunto com a Prefeitura de Rio Verde, por meio horta em casa

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