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ANO IV Nº 12 J A N . F E V. M A R .

2 0 0 8

pág.

2 Curiosidades divertidas
Como surgiram algumas brincadeiras
infantis tradicionais e populares.

6
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Crianças aprendem
brincando 3 Entrevista
Com as Histórias em Quadrinhos,
o aluno “aprende com prazer, para
jamais esquecer”. A opinião é do
educador Flávio Calazans.
Foto: Divulgação/ Editora Peirópolis

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9 pág.
Sala do Professor
Novas atividades para o Programa
Fura-Bolo.

12 Palavra do Voluntário
Programa de Reconhecimento
homenageia voluntários de todo o País.

Francisco Marques, conhecido como Chico dos


Bonecos. Para ele, o ato de brincar está diretamente
relacionado aos processos de ensino e aprendizagem.
Chico explica: “Ao brincar, a criança investiga e
experimenta. Investigar e experimentar formam a
base da construção do conhecimento. Este tema do
brincar está presente na Educação Infantil, mas ainda
é muito tímido no Ensino Fundamental, ao qual tem
enormes contribuições para dar”.

Chico fala baseado nos resultados de seu trabalho.


Desde os 15 anos, ele utiliza teatro de fantoches como
recurso de educação, o que lhe rendeu o apelido Chico
dos Bonecos, a partir de 1980, quando morava em Mato
Grosso. Hoje, ele faz a alegria de crianças de vários pontos
“Brincar é a linguagem da criança, é a sua maneira do País, durante suas apresentações. Com o apoio de
de estar no mundo, de se relacionar com sentimentos, uma simples mala de brinquedos de fabricação própria,
pessoas e situações. Para a criança, brincadeira e Chico conta histórias e faz teatro de fantoches por meio
pensamento formam uma unidade indissolúvel”. da técnica homem-palco (palco preso no próprio corpo
A opinião é do poeta e “desenrolador de brincadeiras” do bonequeiro). Continua na página 6

1
Editorial
Novos tempos Pipa
C om a chegada de 2008, iniciamos uma
nova fase na Fundação Cargill. Um bom
exemplo é o próprio Jornal Fundação
Cargill. Com visual e conteúdo renovados, a
publicação também ganhou um maior número
Chamado de
pipa, papagaio, arraia,
raia, quadrado ou pandorga, o
brinquedo colorido que voa pelo céu
apareceu na China, mil anos antes de Cristo,
de páginas, tendo como principal objetivo como forma de sinalização. Os chineses
ampliar e aprimorar a comunicação com os usavam a cor, o desenho ou o movimento das
educadores e voluntários que participam dos pipas para enviar mensagens entre os campos. Da China elas foram
Programas Fura-Bolo e “de grão em grão”. para o Japão, para a Índia, para o Afeganistão e depois para a
Com a colaboração de toda nossa equipe, Europa. A diversão colorida chegou ao Brasil com os colonizadores
voluntários e educadores, pretendemos ainda portugueses. Os tipos mais conhecidos são o de três varas, o de
que o ano de 2008 seja marcado pela expansão cruzeta e o de caixa. Para fazer uma pipa bastam algumas folhas de
das atividades da Fundação Cargill. Entendemos papel, varinhas e linha.
que as principais áreas trabalhadas pela instituição
– educação e alimentação – estão interligadas Jogo cinco Marias
a tantas outras, como meio ambiente e saúde. O jogo tem origem pré-histórica
Dessa forma, a partir deste ano, nosso foco será e pode ser praticado de várias maneiras.
ampliado com a realização de novas ações, bem Uma delas é lançar uma pedra para
como daquelas que sejam capazes de aprimorar o alto e, antes que ela caia no chão,
ainda mais o Fura-Bolo e o “de grão em grão”, ambos pegar outra pedra. Depois tentar pegar
já consolidados em 143 escolas municipais. duas, três, ou mais. Ganha quem fica com todas as pedras
Assim, podemos dizer que a “boa nova” de na mão. Na antiguidade, os reis praticavam com pepitas de
2008 está no planejamento de crescimento e ouro ou pedras preciosas. No Brasil, o cinco Marias, além de
aprofundamento da participação da Fundação pedrinhas, é jogado com sementes ou caroços de frutas, ossos
Cargill no desenvolvimento educacional, social ou saquinhos de pano cheios de areia.
e ambiental das comunidades nas quais as
unidades da Cargill estão presentes.
Para cumprirmos essa meta, contamos com Peteca
a colaboração e o apoio de todos que fizeram – Em 1500, quando os portugueses chegaram
e fazem – dos nossos Programas uma realidade. ao Brasil, viram os índios brincando com
Isso inclui ainda todos os funcionários da Cargill uma trouxinha de folhas cheia de pedrinhas,
e da Mosaic, que têm dado provas de seu que chamavam de Pe´teka, que em tupi
engajamento com as atividades da Fundação significa “bater”. Depois de passar de geração
Cargill por meio da prática do voluntariado em geração, no século passado o jogo de peteca
e, também, de doações por meio de recente entrou para a galeria dos esportes, com direito a
campanha interna denominada Um dia para regras e torneios oficiais.
o Futuro, cuja arrecadação será revertida para a
revitalização de bibliotecas públicas.
O Jornal Fundação Cargill é uma publicação trimestral
Estou certo que continuaremos lado a lado, dirigida a educadores e voluntários participantes dos
com os educadores e voluntários, para chegar ao programas sociais da Fundação Cargill, instituições
final deste novo ano comemorando novas vitórias. e entidades do Terceiro Setor. Caixa Postal 28704-0
CEP 04948-990 – São Paulo – SP – Tel: (11) 5099-3257 – Fax (11) 5099-3258
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Obrigado e boa leitura! Kátia Karam Gonzalez e Lisandra Faria – Direção Editorial: Afonso Champi – Coordenação
Editorial e Jornalista Responsável: Lúcia Pinheiro (MTb 18.755) – Conteúdo Editorial: Plural
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Presidente da Fundação Cargill (11) 5112-9200 – Fotos: Fundação Cargill e Cargill.

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Nosso entrevistado
Foto: Divulgação

Histórias
Quadrinhos
em
na sala de aula
Flávio Mário de Alcântara Calazans é livre-docente e pesquisador concursado da
Universidade Pública, escritor e Doutor pela Universidade de São Paulo (USP).
Foi pioneiro na criação de um grupo de pesquisa de Histórias em Quadrinhos,
como fundador e coordenador do Grupo de Trabalho dos Pesquisadores de HQ
do Congresso Brasileiro de Ciências da Comunicação Intercom. Autor do livro
História em Quadrinhos na Escola – Editora Paulus.

Os atuais lançamentos de obras clássicas em Histórias em Quadrinhos (veja boxe)


reforçam a eficiência do uso do formato para o ensino das diferentes disciplinas
curriculares. Para o educador e escritor Flávio Calazans, com as Histórias em
Quadrinhos, o aluno “aprende com prazer, para jamais esquecer”.
Fundação Cargill - Os atuais O instrumento HQ é sempre bem aceito e propicia a
lançamentos de clássicos em HQ aprendizagem com prazer, de maneira lúdica. Ninguém
facilitam o acesso de crianças e nunca foi forçado a ler HQ. Os alunos associam HQ à
jovens a essas obras? diversão. Assim, aprendem brincando.
Flávio Calazans - Sim. Acredito
que o primeiro contato com adaptações em imagens, FC - O HQ é mais apropriado para as crianças da
como cinema e quadrinhos, atrai para a leitura da atual geração internet?
obra original. FC - A atenção dispersa exige muito movimento,
diagramação ousada e cores com profundidade. A atual
FC - Como as Histórias em Quadrinhos podem ser geração é muito mais atenta à imagem do que ao texto,
usadas nas escolas? que deve ser curto e direto.
FC - O importante é a vontade de trabalhar com HQ e
adaptar-se aos recursos disponíveis para ensinar a pensar. FC - Além de sua experiência como educador e
Como proponho no livro História em Quadrinhos na Escola, escritor, o senhor tem alguma vivência pessoal
o trabalho pode começar com a coleta dos gibis que os relacionada à HQ?
próprios alunos já lêem. Desse material, o professor adapta FC - Fui alfabetizado aos 5 ou 6 anos de idade com
os conteúdos que vão ser trabalhados. Por exemplo, Histórias em Quadrinhos. Minha mãe, professora
pode propor o recorte de figuras e reorganizar junto com normalista e bibliotecária, já sabia da força da HQ em
os alunos, criando historinhas relacionadas com temas de 1960 e usou para me ensinar: Tintin para Geografia, Asterix
Geografia, História, Matemática, Português, Ciências etc. para História etc.

FC - Então, o método estimula a criatividade?


FC - Sim. As crianças também podem criar personagens,
desenhando suas próprias histórias, para depois fazer
Clássicos A Relíquia
em HQ
de Eça de Queiroz
exposições, que os pais adoram. Também há vários estilos por Marcatti
que podem ser usados: mangá (HQ japonês), europeus Conrad Editora

(Asterix e Tintin) e outros. O Alienista


de Machado de Assis
FC - O formato ainda é pouco usado nas escolas por Fábio Moon e Gabriel Ba
do País? Editora Agir/Ediouro

FC - Os Parâmetros Curriculares Nacionais (PCN) Dom Quixote


recomendam seu uso em sala de aula, logo, deveria ser de Miguel de Cervantes
mais utilizado. por Caco Galhardo
Editora Peirópolis

FC - Quais as principais vantagens do formato para Os Lusíadas


o aprendizado? de Luís de Camões
FC - Com os quadrinhos o aluno sempre vai aprender por Fido Nest
Editora Peirópolis
com prazer, para jamais esquecer. E não há resistência ou
recusa, 100% dos alunos aceitam bem os quadrinhos.
3
Comportamento

Hiperatividade
ou agitação
infantil?
H oje, a agitação infantil muitas vezes é classificada de
Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade
(TDAH). Mas o que essa expressão significa? É
uma doença? Para o psiquiatra Raul Gorayeb, coordenador
do Serviço de Psiquiatria da Infância e Adolescência do
O comportamento das crianças é sempre influenciado
pelo meio ambiente e pela cultura. Todo ser humano
é resultado da interação contínua dele mesmo com o
ambiente humano e cultural que o cerca. Essa noção
corre o risco de hoje se perder”. Assim, segundo o
Departamento de Psiquiatria da Unifesp (Universidade Federal psiquiatra, a maneira como está sendo tratada a questão
de São Paulo), apesar da expressão ser utilizada em textos de da hiperatividade faz com que comportamentos sejam
Psiquiatria para nomear uma possível “doença mental”, ainda caracterizados como doenças ou anormalidades.
não há evidência confiável para afirmar que seja uma doença.
Além da polêmica do diagnóstico, a psicóloga Yara
Segundo Raul Gorayeb, é preciso cuidado para avaliar a Sayão, da equipe do Serviço de Psicologia Escolar da
questão. “Encontramos diversos tipos de comportamentos, USP, chama a atenção para o risco de discriminação
tanto nas crianças como nos adultos, que podem ser das crianças mais agitadas. Para ela, cabe aos adultos
descritos por comparação como mais ou menos intensos ajudá-las a compreender sua condição ou momentos de
que a média da população. Esses comportamentos podem “energia inesgotável”.
estar relacionados tanto à atividade motora em geral, como à
atenção. São alterações próprias das oscilações normais dessas Dependendo do caso, elas simplesmente precisam de
funções. Nunca vi uma pessoa que é sempre desatenta ou canais para usar essa energia e aprender a conviver com
sempre hiperativa ou agitada”, explica. pessoas de ritmos diferentes. A inquietação, por exemplo,

A
pode ser originada pela facilidade que elas têm de fazer
A inquietação pode ser originada rapidamente várias tarefas ou simplesmente perder o
interesse por uma certa atividade que já dominam. A
pela facilidade de fazer psicóloga defende que o primeiro passo está em avaliar
rapidamente várias tarefas. o que a inquietação ou agitação provoca na criança,
deixando de lado a comparação com o comportamento
A psicóloga Renata Guarido, da Faculdade de Educação de seus colegas, por exemplo.
da USP (Universidade de São Paulo) chama a atenção para a
tendência de diagnósticos simplistas de hiperatividade. “Há “É importante saber se o ritmo dessa criança prejudica
um grande risco. Acredito que estamos nos acostumando a vida dela mesma; não a dos pais, professores ou amigos.
à idéia de poder encontrar uma causa única para um certo É preciso avaliar se a agitação é um fato isolado ou está
comportamento. A questão é mais complexa”. Raul Gorayeb impedindo a criança de viver: aprender, dormir, brincar
concorda. Para ele, os comportamentos devem ser analisados etc. Caso não haja prejuízo, o melhor a fazer é oferecer
sempre dentro do contexto ambiental em que eles ocorrem. outras possibilidades de atividades dentro e fora da
escola. A prática de esporte está entre os bons remédios”.
Ele explica: “Posso ser distraído em determinada situação E se persistir alguma dúvida sobre as condições gerais da
e muito atento em outra. Essas variações são relacionadas, saúde mental e psíquica da criança? “Deve-se recorrer
na maioria das vezes, a fatores ambientais, educacionais e até à ajuda de um profissional sério e bem preparado para
mesmo a peculiaridades emocionais e psíquicas de cada um. esclarecê-la”, conclui o psiquiatra Raul Gorayeb.

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5
Foto: Imageplus
É preciso brincar...

O “desenrolador de brincadeiras” Chico dos


Bonecos é um defensor dos brinquedos e
brincadeiras milenares e planetárias, também
conhecidas como “tradicionais”. Segundo ele, são brin-
cadeiras que atravessaram gerações, séculos, conti-
APRENDENDO COM BONECOS E FANTOCHES

Para exemplificar a eficiência do brinquedo


no processo de aprendizagem, Chico cita os
bonecos e fantoches. Segundo ele, nas mãos
nentes, e continuam a desafiar e encantar as crianças. de crianças e adultos, qualquer objeto pode
São jogos de palavras, contos, poemas, brincadeiras transformar-se em brinquedo como, por exemplo,
cantadas, brincadeiras corporais e as que envolvem o boneco. “Com ele, provoca-se na criança o
brinquedos como bola, bilboquê, jabolô e escada de movimento do corpo (anda, pula, voa, abraça,
maracá (veja boxe). beija, briga, se arrasta, se esconde, se enrosca e
se esparrama), da imaginação (mistura a história
“Esse repertório lúdico é sempre contemporâneo. inventada com as situações do seu cotidiano,
Se as crianças de hoje não estão brincando com esses mistura o suspense de suas aventuras com os
brinquedos é porque, simplesmente, não conhecem. E não sentimentos vividos) e das palavras (desenvolve
conhecem porque nós, adultos, não ensinamos para elas. narrativas, estabelece diálogos, realça expressões,
Não ensinamos porque não vemos valor nessa cultura. revela diferentes entonações, cria vozes esganiçadas
e cavernosas)”, explica.
Não existe contradição alguma entre os brinquedos
milenares, construídos com materiais do cotidiano, e os E o fantoche pode aprofundar a brincadeira.
brinquedos eletrônicos, de alta tecnologia. As crianças Com ele, a criança explora novas possibilidades
teriam enorme prazer em transitar de um para outro: do expressivas, ao enfrentar o desafio de construir
jabolô para a internet, dos jogos eletrônicos para o jogo suas narrativas com os movimentos que ela mesma
da argola”, ensina. produz com as mãos.

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Fotos: Divulgação/ Editora Peirópolis
Brincadeiras
milenares
Jabolô
Brinquedo milenar de origem chinesa,
composto por dois cones unidos pelas partes
mais finas. Com uma corda, que une duas
varetas, gira-se o jabolô e, quando ele ganha
velocidade, estica-se o cordão para que possa
ser jogado para o alto e depois voltar.

Escada de maracá Brinquedos podem ser construídos com materiais do cotidiano,


como barbante e madeira

Formada por seis caixas de fósforo


interligadas por fitas coloridas, que se
transforma em uma espécie de mandala, é
manuseada para formar figuras.

Bilboquê
Brinquedo antigo formado por uma esfera
de madeira (ou de forma semelhante), com
um orifício no meio, e presa por uma corda
numa espécie de suporte. A brincadeira é
encaixar a bola no suporte.

OBRAS DE FRANCISCO MARQUES


Formado em Letras pela UFMG – Univer-
sidade Federal de Minas Gerais, Francisco
Marques escreveu diversas obras como:
Galeio - Antologia poética para crianças e
adultos (Editora Peirópolis), Prêmio FNLIJ
Odylo Costa Filho - O Melhor Livro de
Poesia, da Fundação Nacional do Livro
Infantil e Juvenil (FNLIJ); Desvendério
(Quem conta um conto omite um ponto
e aumenta três); Muitos Dedos: Enredos
e o CD Sáiti Gudáiti de Gurrunfáiti de
Maracutáiti Xiringabutáiti.

7
cantinho da alimentação dica de receita com sabor de azeite

A escolha de óleos de boa qualidade pode fazer


uma enorme diferença para a nossa saúde,
principalmente para a cardiovascular. O azeite
é capaz de reduzir o colesterol LDL (mau colesterol)
e aumentar o HDL (bom colesterol), o que previne
a arteriosclerose. O azeite é o único óleo extraído de
fruto (azeitona) que possui gordura monoinsaturada
(a mais saudável das gorduras), vitaminas, minerais,
além de ser fonte de vitamina E e de vários compostos
conhecidos como antioxidantes (substâncias que
protegem o organismo contra agentes agressores e do
desenvolvimento de doenças). O tipo extra virgem
possui acidez de até 0,8%, é rico em vitaminas A, D, K e
tem maior concentração de vitamina E e de compostos
importantes para a nossa saúde. Assim, uma forma
saudável de suprir a necessidade de gordura de nosso
organismo é consumir azeite em saladas e outros
pratos, preferencialmente frio. Veja a
Experimente um prato saudável, que
receita ao lado!
ganha um sabor especial com o azeite.
Dra. Carla A. Mosconi É fácil de fazer, simples e muito gostoso.
Guimarães,
nutricionista do Programa
“de grão em grão”
O que você precisa
1 kg de batatas médias
cantinho da leitura ½ xícara (chá) de Azeite de Oliva La Española*

C omplementando 2 colheres (chá) de sal


as dicas do Chico 1 colher (chá) de pimenta-do-reino moída na hora
dos Bonecos sobre 5 ramos de salsa lavados e picados
brincadeiras (leia matéria 2 talos de cebolinha verde lavados e picados
de capa), o Jornal Fun-
dação Cargill indica o li- Como preparar
vro Brinquedoteca – jogos,
brinquedos e brincadeiras, da Lave as batatas, coloque-as em uma panela grande
autora Natividade Pereira, Edições Paulinas. com 2 xícaras (chá) de água. Cozinhe as batatas por
cerca de 10 minutos para que elas fiquem firmes. Retire
A obra aborda a importância da atividade do fogo, escorra e embrulhe-as em papel-alumínio.
lúdica para o desenvolvimento cognitivo, Pré-aqueça o forno a 180°C e termine o cozimento por
emocional, social, psicológico e motor da criança, mais 20 minutos no forno ou até que as batatas estejam
bem como no auxílio à prática pedagógica; macias.
explicita o que é brinquedoteca e como montá-
la. A seguir, utilizando sucata dos mais variados Retire as batatas do forno e deixe amornar. Com os
tipos, ensina como confeccionar brinquedos, punhos fechados, dê leves batidas para abri-las. Coloque
bonecas diferenciadas, jogos e animais. Além no prato que irá servir e regue-as com o molho feito de
disso, apresenta alguns trava-línguas, brincadeiras azeite, sal, pimenta, salsa e cebolinha.
e cantigas de roda, realizando um autêntico
resgate da cultura popular. Esse livro é um *O Azeite de Oliva La Española é importado e distribuído
excelente recurso pedagógico que pode ser pela Cargill no Brasil. O La Española integra a linha de produtos
utilizado por qualquer educador. de consumo da empresa, composta por óleos de cozinha, óleos
Kátia Karam Gonzalez, pedagoga do Programa Fura-Bolo compostos, maioneses e molhos para salada.

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O livro Um elefante incomoda muita gente, duas
cobras incomodam muito mais, da Coleção
Fura-Bolo, foi o material utilizado em aulas de Artes da
que simula uma televisão e “apresenta” desenhos
produzidos por alunos, com os quais foi montada
uma “fita de projeção”. Assim, cada cena da história
professora Renata Mizue Ura, da Escola Municipal Olhos A Gulosa aparece na TV artesanal, quando girada
D’água, de Uberlândia (MG). O conteúdo do livro foi a manivela que movimenta a fita. A professora
usado para trabalhar interpretação de textos, em forma Renata conta como foi a produção: “O primeiro
de ilustração, com alunos da 3ª. série. “Nesse exercício passo foi dividir o texto em cenas. Na seqüência,
foi possível abordar questões de formas do desenho e separamos os alunos em grupos para que cada um
exercitar várias técnicas de tratamento de cores”, conta ilustrasse uma parte da história. Como resultado
a educadora. desse processo, obtivemos vários desenhos.
Assim, resolvemos contar a história em forma
A partir do texto A Gulosa, também da Coleção de um filminho, usando os desenhos dos alunos
Fura-Bolo, os alunos ganharam uma “caixa-TV”, ordenados em tira”.

sala do professor
Práticas criativas
com a Coleção
Fura-Bolo

“P ara o saudoso poeta Mário Quintana, o livro


traz a vantagem da gente poder estar só e ao
mesmo tempo acompanhado. Desejamos que
ele seja a companhia agradável de todos os dias
para nossos alunos, professores e toda a equipe
de nossa escola”. A afirmação é das professoras
Ana Maria Ferreira do Amaral e Eliane Carvalho,
da Escola Municipal Professor Jacy de Assis, de
Uberlândia (MG), que, com o apoio da educadora
Luciany Rodrigues Paiva, realizaram um evento
especial para comemorar o Dia Nacional do
Texto A Gulosa, de Regina Carvalho
Livro, 29 de outubro. A festa literária aconteceu
na Biblioteca Escolar Sebastiana Silveira Pinto,
que ganhou decoração especial para receber os
alunos, que assistiram a diferentes apresentações
de teatro, baseadas em textos dos livros da Coleção
Fura-Bolo. Entre os textos representados estava o
Cobra-Norato, de Tatiana Belinky. Além da peça,
as crianças também puderam conhecer outras
obras da escritora e livros do acervo da biblioteca
da escola. “O objetivo foi incentivar a leitura. É por
meio dela que o aluno se desenvolve, além de viajar
na imaginação para conhecer mundos diferentes e
incríveis”, explicam as professoras. Cobra-Norato, de Tatiana Belinky

9
2
Exposição no Guarujá
O Programa de Apoio ao Ensino Fundamental
Fura-Bolo e o “de grão em grão” foram
destaques na exposição realizada por
professores, alunos e voluntários da
RR AP


Fundação Cargill na Escola Municipal Mário
Cerqueira Leite Filho, no Guarujá (SP) .
O evento expôs os trabalhos dos alunos
AM
PA MA CE
RN baseados nos programas, fotos do Desfile
PI
PB Cívico de 7 de Setembro, que também contou
PE
AL
com a participação da Fundação Cargill, e
AC TO
RO 3
SE objetos produzidos pelos alunos a partir de
1 MT
BA materiais recicláveis.
DF 6
GO
1 MG
4 ES
MS
RJ
SP
2
PR

SC
5
3
RS
Talentos mirins
Mais de mil alunos das nove
1 •
escolas municipais de Candeias
(BA) participaram do
1º. Concurso de Talentos,
organizado pelos voluntários
da Fundação Cargill, em parceria com a
Secretaria Municipal da Educação. Inspiradas
no tema Meus Melhores Momentos com o
Fura-Bolo e o “de grão em grão”, crianças
da 1ª. à 4ª. série produziram desenhos e
Merenda eficiente redações. Os seis primeiros colocados foram
Pelo quarto ano consecutivo, a gestão da merenda premiados com uma mochila e materiais
escolares e tiveram seus trabalhos expostos


escolar das oito escolas municipais de Lucas do
Rio Verde (MT) recebeu o Prêmio Gestor na sede da Mosaic Fertilizantes (empresa
Eficiente da Merenda, concedido pela ONG Apoio resultado da união entre
a Cargill Crop Nutrition


Fome Zero. Na edição de 2007, a cidade mineira de
Uberlândia (MG) também foi premiada pela e a IMC Global), onde
qualidade da administração da merenda em suas aconteceu o evento de
seis escolas municipais. Os dois municípios fazem premiação.
parte do “de grão em grão”, iniciativa da Fundação
Cargill que colabora para a redução de custo e
qualidade da merenda, por meio da implantação e
manutenção das hortas escolares, em parceria com
as Secretarias Municipais de Educação.
10
4
Dia especial


Em dezembro, os voluntários de
Três Lagoas (MS) conferiram de perto
6
os resultados de 2007 dos Programas Fura-Bolo Festival de talentos
e “de grão em grão”. Eles e os pais de alunos
foram especialmente convidados para assistir
à exposição de trabalhos e às apresentações

Em Ilhéus (BA) , 21 escolas
encerraram o ano letivo de 2007
das duas turmas do terceiro ano do Ensino em grande estilo. Em dezembro,
Fundamental da Escola Diógenes de Lima. Além cerca de mil convidados lotaram
de desenhos, redações e outras produções o Teatro Municipal de Ilhéus para
baseadas nos livros da Coleção Fura-Bolo, as assistir ao Festival dos Programas da
crianças fizeram apresentações de música e Fundação Cargill, que reuniu diferentes
teatro. A representação do texto Bicho de Sete apresentações de teatro, música e
Cabeças ficou entre os destaques do evento. Para dança criadas a partir de atividades e
apresentá-lo, os alunos usaram máscaras que livros do Fura-Bolo e do “de grão em
representavam todos os bichos citados na história. grão”. Entre as atrações do evento,
organizado pelos voluntários da
Fundação Cargill, foram destaques
a apresentação musical Crescendo
com o Fura-Bolo e o “de grão em grão”,
5 dos alunos do Centro Educativo
Fé e Alegria; o recital O Cordel da
Teatro e gastronomia Fundação, da Escola Pequeno Davi;
e a dramatização da história O Saco
A dramatização do texto A Gulosa e a degustação Cantador, do livro Cultura da Terra
de pratos regionais, que compõem as receitas (Fundação Cargill), por crianças da
da Coleção Fura-Bolo, fizeram sucesso na Escola Nucleada do Couto.
apresentação de encerramento do ano letivo de


2007 na Escola Berta Rodrigues, em Paranaguá
(PR) . Assim como o teatro e a gastronomia,
alunos e professores atraíram a atenção de
voluntários, familiares e comunidade com a
apresentação de diferentes
trabalhos produzidos durante
o ano, por meio de desenhos,
redações e fotografias. Além do
registro detalhado da realização de
atividades propostas nos livros e
várias outras desenvolvidas pelos
educadores, professores e alunos
falaram sobre a satisfação de
poder participar dos Programas
Fura-Bolo e “de grão em grão”.
11
4 14 7
15

Palavra do 3 9

Voluntário
5 12 1
6

13 10 8
11 2

Premiação Confira, 1. Adriano Gomes Mota


Candeias (BA)
ao lado, os 2. Fabiano Schenten
Uberlândia (MG)
vencedores
nacional
3. Flávia Fernandes Sachete
Lucas do Rio Verde (MT)
regionais, 4. Getúlio Fernandes
Uberaba (MG)
que foram 5. Graziela Fátima Moura
homenageados Tatuí (SP)

A primeira edição do Programa de Reconhecimento


dos Voluntários premiou a dedicação de 15
voluntários da Fundação Cargill, que integram
os Programa de Apoio ao Ensino Fundamental Fura-Bolo
e “de grão em grão”. Os ganhadores foram eleitos pelos
em novembro
de 2007,
durante visita
6. José Alberto Vieira
Mairinque (SP)
7. José Carlos Martins
Ponta Grossa (PR)
8. José Marcos Almeida
Guarujá (SP)
próprios voluntários que atuam nas 143 escolas municipais à Fundação 9. Lindina P. Silva
Três Lagoas (MS)
onde os programas estão implantados. Fernanda Diniz, Cargill, em 10. Márcio de Jesus Menezes
de Uberlândia (MG), foi escolhida como a vencedora Ilhéus (BA)
nacional na categoria Coordenadores. Fernanda participa São Paulo. 11. Moisés José de Oliveira
Cubatão (SP)
dos programas na cidade mineira há sete anos. “Em 2000,
12. Salete Calai
éramos oito voluntários e trabalhávamos em seis escolas. Sinop (MT)
Hoje, nosso grupo tem 25 pessoas e os programas 13. Thiago Leite
beneficiam 15 escolas, cerca de 10 mil alunos. Agradeço o Paranaguá (PR)

reconhecimento e aproveito para destacar a importância 14. Wagner S. dos Santos


Balsas (MA)
do comprometimento de todos os voluntários da 15. Fernanda Diniz
Fundação Cargill”, afirma a coordenadora. Uberlândia (MG)

12

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