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Urolitiase em Cães
Urolitiase em Cães
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amónico magnésico. En gatos, los de oxalato de calcio son los más prevalentes entre los
siete y nueve años de edad y los de estruvita en felinos jóvenes. Los signos clínicos varían
entre sí, siendo la radiografía simple o contrastada el método de diagnóstico más utilizado.
Como factores predisponentes se citan la ocurrencia de infecciones del tracto urinario,
variaciones en el pH urinario, factores hereditarios, tipo de dieta y poca ingestión de agua.
Esta revisión tiene como objetivo informar sobre los diferentes tipos de urolitos en perros
y gatos, cómo ocurre la formación de los mismos y tratamientos empleados en la forma
clínica y quirúrgica.
Palabras clave: Urolitos, obstrucción, urianálisis, tracto urinario
de cálcio (Ettinger and Feldman, 2004). A o objetivo de localizar e determinar o tamanho dos
ureterolitíase felina está comumente associada a urólitos (Castro and Matera, 2005). As projeções
azotemia, hiperfosfatemia, anemia e radiográficas devem incluir todas as porções da
hipercalcemia. Ocasionalmente, a hipercalcemia é uretra, quando comparadas com aquelas realizadas
encontrada, mas a hipocalcemia é mais comum para avaliação abdominal de rotina (Ettinger and
(Fossum, 2014). Feldman, 2004).
Os urólitos podem ser enviados para análise em O aspecto radiográfico e ultrassonográfico é
recipientes secos e limpos. Múltiplos urólitos influenciado pelo tamanho e pela composição
podem ser colocados em formalina tamponada a mineral do urólito. Em felinos a maioria dos
10% para exame microscópico da matriz. Os urólitos de tamanho superior a 3mm podem
núcleos dos urólitos devem ser analisados apresentar-se com graus variados de
separadamente a partir de suas camadas externas, radiodensidade, sendo detectados por radiografia
pois a causa desencadeante do urólito é sugerida abdominal simples. Urólitos com mais de 1 mm,
pela composição mineral de seus núcleos. Vários podem ser observados pelo meio de cistografia
métodos podem ser utilizados para avaliar a com contraste duplo. Já pequenos urólitos podem
composição dos urólitos, entre eles a aparência não ser vistos pela radiografia simples (Ettinger
macroscópica, a presença de cristalúria, o aspecto and Feldman, 2004).
radiográfico, a análise quantitativa e a cultura do
A radiodensidade de urólitos radiopacos pode
urólito. A análise quantitativa é quem irá fornecer
mudar para radioluscentes quando avaliados pela
a informação diagnóstica, prognóstica e
radiografia com duplo contraste. Isto pode ocorrer
terapêutica mais definitiva (Ettinger and Feldman,
pelo fato de que a maioria dos urólitos são mais
2004).
radiopacos que o tecido corpóreo, porém menos
A infecção do trato urinário por bactérias radiopacos que o material de contraste. Também é
produtoras de urease promove uma rápida importante destacar que quando ocorre a formação
formação de urólitos de estruvita. A urease de pequenos urólitos na bexiga estes podem
bacteriana atua hidrolisando a uréia, ocorrendo deslocar-se para a uretra de machos e fêmeas
alcalinização da urina com grandes quantidades de (Figura 2), da mesma forma que cálculos renais
íon amônia e fosfato. Em felinos, os urólitos podem avançar para os ureteres. Pela variância no
induzidos por infecção são encontrados menos tamanho e posição dos urólitos, se no decorrer do
frequentemente em comparação com os estéreis, diagnóstico e do tratamento cirúrgico houver um
pelo fato de os gatos apresentarem uma resistência intervalo de tempo significativo, recomenda-se
inata à infecção de trato urinário bacteriana uma repetição da avaliação radiográfica de
(Kaufmann et al., 2011). Microrganismos sistema urinário (Kaufmann et al., 2011).
produtores de urease podem ser submetidos a
Urólitos compostos de oxalato de cálcio,
culturas e detectados por meio de microscopia
fosfato de cálcio, fosfato amônio magnésio, cistina
óptica e eletrônica (Ettinger and Feldman, 2004).
e sílica são considerados mais radiopacos quando
Urólitos uretrais e vesicais em cães muitas comparados com urólitos de urato, que muitas
vezes podem ser palpados durante o exame retal vezes são radioluscentes, mas podem apresentar-
ou abdominal, entretanto uma bexiga em se também como radiopacos, de acordo com os
acentuada repleção ou com inflamação e tipos de minerais formados. Pela variação em
espessamento da parede pode obscurecer a relação a radiodensidade dos urólitos, esta não é
presença de pequenos cálculos (Grauer, 2015). uma forma significativa de determinar a
Nos gatos, a maioria dos urólitos não pode ser composição dos mesmos (Kaufmann et al., 2011).
detectado por palpações abdominais, como por Urólitos de estruvita, urato de amônio, fosfato de
exemplo, os urólitos formados na pelve renal. A cálcio e cistina apresentam contorno radiográfico
avaliação radiográfica ou ultrassonográfica é liso ou arredondado, podendo chegar ao formato
necessária para verificar a presença de forma da bexiga ou uretra. Já urólitos de oxalato de
concreta dos urólitos em felinos (Kaufmann et al., cálcio podem apresentar-se de duas formas,
2011). Recomenda-se a realização de uma irregulares e espiculados, ou então pequenos, lisos
pielografia intravenosa em animais com e arredondados. Urólitos de sílica possuem centro
nefrólitos, ureterólitos e acometidos por infecção arredondado e projeções semelhantes a raios
do trato urinário (Birchard and Sherding, 2008). A (Ettinger and Feldman, 2004). Coágulos
radiografia de todo trato urinário é realizada com sanguíneos são radiotransparentes, podendo ser
A terapia clínica contra urólitos de oxalato de relatos de protocolos com emprego de fármacos
cálcio baseia-se na remoção e diminuição dos eficazes no tratamento clínico contra este tipo de
fatores de risco, que contribuem para urólito. Devem ser evitados medicamentos que
supersaturação da urina, por este composto. Pode possam levar ao aumento da excreção de cálcio,
ser instituída a suplementação com citrato de como glicocorticoides e diuréticos. O manejo
potássio, pelo seu efeito alcalinizante, sendo dietético pode atuar de maneira benéfica, com a
recomendada a monitoração do pH urinário para introdução de dietas balanceadas e projetadas,
que os valores fiquem em torno de 7,0 até 7,5, para impedir o excesso de proteínas, sódio, cálcio
ajustando a dose conforme necessário (Osborne et e vitamina D (Kaufmann et al., 2011). Para a
al, 2004). Os tratamentos e a dieta devem ser dissolução dos urólitos de cistina recomenda-se
mantidos por um período de até 1 mês após o reduzir a concentração urinária de cistina e
desaparecimento dos urólitos pela radiografia aumentar a solubilidade desse aminoácido na
(Elliot, 2003). Para os urólitos de urato de amônio, urina. A solubilidade de cistina varia conforme o
ainda não foram desenvolvidos protocolos pH, podendo ser instituído consumo de dietas
clínicos que levem a sua dissolução em felinos. alcalinizantes com alto teor de umidade, as
De forma geral, podem ser removidos pela mesmas utilizadas para animais com insuficiência
sondagem urinária ou pela uroidropropulsão, por renal (Kaufmann et al., 2011). A diminuição da
serem pequenos e conseguirem passar pela uretra. concentração proteica na dieta pode ajudar a
Alguns compostos como alopurinol, um inibidor minimizar a formação de urólitos de cistina
seletivo de etapas de biossíntese de ácido úrico, (Ettinger and Feldman, 2004). Conforme a
pode ser considerado para diminuir a formação de necessidade, o uso de citrato de potássio ou
urólitos de urato de amônio, porém sua eficácia bicarbonato de sódio pela via oral, podem ser
ainda é estudada em gatos. A dieta baseia-se em utilizados a fim de manter o pH numa faixa estável
um consumo reduzido de precursores de purina de 7,5 (Kaufmann et al., 2011). A administração
com restrição de sódio (Kaufmann et al., 2011). de fármacos contendo tiol, como a D-penicilina ou
2-mercaptopropionilglicina, podem ser utilizados
Em cães sem anomalias portovasculares, o
no controle dos urólitos, apresentando resultados
tratamento constitui-se em promover uma
satisfatórios quando associados à dieta em
dissolução clínica, associando dietas calculolíticas
cães(Ettinger and Feldman, 2004).
com administração de inibidores da xantina
oxidase (alopurinol), promovendo a alcalinização Os urólitos de xantina ocorrem geralmente
da urina e pelo controle e erradicação das associados com a administração de alopurinol,
infecções do trato urinário. A dose recomendada para tratamento de outros tipos de urólitos, sendo
do alopurinol para cães é de 15 mg/kg, a cada 12 uma justificativa para a interrupção de seu uso.
horas, para a dissolução dos urólitos. Em pacientes Dietas com baixo teor de purina podem auxiliar na
que apresentam disfunções renais, a dose do prevenção da formação de cálculo de xantina
alopurinol é reduzida, por dependerem dos rins (Elliot, 2003). Em relação aos urólitos de silicato
para que seja eliminado do organismo. Para não existem protocolos para promover sua
alcalinização da urina podem ser utilizados o dissolução (Ettinger and Feldman, 2004). A
bicarbonato de sódio ou o citrato de potássio, pela ocorrência da urolitíase por sílica pode estar
via oral, sendo a dose ajustada conforme a associada a ingestão de grandes quantidades de
necessidade de cada paciente. A terapia para cães terra (Elliot, 2003). As recomendações
com anomalias portovasculares apresenta poucos nutricionais, de forma geral, incluem a dieta
estudos, sendo a eficácia da dieta, o uso de úmida, com teores levemente elevados de sódio,
inibidores e a alcalinização da urina nestes casos para estimular a diurese, e que contenham na
pouco relatados (Ettinger and Feldman, 2004). formulação níveis reduzidos de cálcio, oxalato,
vitamina D e vitamina C (Halasc, 2004).
Em pacientes acometidos com urólitos de
fosfato de cálcio, a uroidropropulsão é levada em No caso dos urólitos considerados compostos,
conta, para remoção de pequenos urólitos, sendo a que apresentam um núcleo de um tipo de mineral,
cirurgia o método de maior confiança para e um envoltório de outro tipo, a dissolução pode
remoção de urólitos maiores e ativos. Para urólitos ser mais complexa. Primeiramente, são iniciados
considerados inativos a intervenção não é protocolos para dissolver a camada mais externa e
necessária. Estes pacientes devem ser monitorados quando o urólito não apresentar mais reduções
pela urinálise e radiografias, e se necessários, por adicionais de tamanho, a terapia clínica pode ser
testes laboratoriais sanguíneos. São poucos os instituída, para dissolver camadas internas
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Retrospective and prospctive study of original work is properly cited.
urolithiasis in dogs. São Paulo, Brasil, 146f.