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Avaliação e Terapia da Gagueira – Uma Abordagem Multidimensional

Paula Moura Buzzeti – Fonoaudióloga CRFª 6 – 16.524


Mestre em Distúrbios da Comunicação Humana

PROTOCOLOS DE ANAMNESE E AVALIAÇÃO


(com modelo de orientação aos responsáveis)

VALORES DE REFERÊNCIA PARA A AVALIAÇÃO


Avaliação e Terapia da Gagueira – Uma Abordagem Multidimensional
Paula Moura Buzzeti – Fonoaudióloga CRFª 6 – 16.524
Mestre em Distúrbios da Comunicação Humana

Anamnese Fonoaudiológica - Disfluência Infantil

1) Identificação:

Nome: ______________________________________________________________ DN: ___/___/______


Sexo: _____ Idade atual: ____ anos ____ meses Naturalidade: _________________________
Escola: ________________________________________________ Série: _________________________
Pai: _____________________________________________________________________ Idade: ______
Mãe: ____________________________________________________________________ Idade: ______
Endereço: ____________________________________________________________________________
Cidade: ____________________________ Bairro: ___________________ Fone:____________________
OBS:_________________________________________________________________________________

2) Queixa e duração
_____________________________________________________________________________________

3) Sobre a disfluência

- Quando notou o início da gagueira? _______________________________________________________


- Descreva como é a gagueira:

Repete frases? SIM ( ) NÃO ( ) Repete sílabas? SIM ( ) NÃO ( )


Repete palavras? SIM ( ) NÃO ( ) Existem intervalos? SIM ( ) NÃO ( )

- Tem dificuldade para iniciar frase ou diálogo? _______________________________________________


- Em que situação ocorre a gagueira? ______________________________________________________
- Há situações de melhora ou piora? Quais? _________________________________________________
- Tem alguém na família com o mesmo problema? Quem? ______________________________________
- Quando a gagueira atrapalha mais? _______________________________________________________
-Usa algum recurso para não gaguejar? _____________________________________________________
- Já fez algum tratamento antes? Como foi? __________________________________________________
- Tem algum tique associado? ____________________________________________________________

4) Como o problema afeta a criança:

Na família: ___________________________________________________________________________
Na escola: ____________________________________________________________________________
Em sociedade: _________________________________________________________________________
Em casa: _____________________________________________________________________________
Como o problema afeta os pais? __________________________________________________________

5) Você acha que seu filho:


Fala: Muito ( ) Pouco ( ) Rápido ( ) Devagar ( )
Tem vocabulário: Bom ( ) Muito Bom ( ) Limitado ( ) Muito Ruim ( )
Escuta Bem ( ) Mal ( ) Compreende: SIM ( ) NÃO ( )

Observações:
_____________________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________________

Belo Horizonte, ____ de _____________________ de 2018

_____________________ ______________________
Fonoaudiólogo(a) Responsável
Avaliação e Terapia da Gagueira – Uma Abordagem Multidimensional
Paula Moura Buzzeti – Fonoaudióloga CRFª 6 – 16.524
Mestre em Distúrbios da Comunicação Humana

Gagueira – Orientação Familiar

Para iniciar nosso bate papo sobre a gagueira é importante conhecermos alguns conceitos:
Fluência: é a característica da fala espontânea e natural, produzida com facilidade.
Disfluência: são quebras, bloqueios, prolongamentos ou repetições nos sons da fala.
Quais os tipos de quebras na fala (disfluências) que a criança apresenta? Faça um X no quadradinho
correspondente:

O p(prende o A f(estica o som Isto é um


Cacacadê o som do p)ato do f)aca corta. eeeeelefante.
meu sapato?
nada.

Eu não quero
Eu quero é, é, Eu ia, eu fui Mãe, mãe, eu
comer. Eu não
é comer! na praia. quero.
quero!

Você deve ter notado que a fala da criança pode ser interrompida ou enroscada devido à
dificuldade que ela tem de falar de forma contínua (sem parar no começo ou no meio da palavra).
Vários tipos de quebras (disfluências) podem acontecer na fala. Caso você tenha marcado os X na
maioria dos desenhos da segunda linha, provavelmente a criança está passando por um período de
disfluências comuns e não gagueira. As disfluências ocorrem por vários motivos, tais como: dúvida na
escolha da palavra ou no uso correto da gramática, e são utilizadas para organizar o pensamento, entre
outros motivos. Essas disfluências devem desaparecer em um período de 6 meses.
Se a fala da criança for interrompida na maioria das vezes pelas disfluências descritas na primeira
linha, possivelmente a criança apresenta gagueira. Em alguns casos mais graves, junto com o problema
na fala a criança poderá apresentar movimentos associados com o corpo, como piscar os olhos, mexer as
mãos, tremer o queixo, por exemplo.
Avaliação e Terapia da Gagueira – Uma Abordagem Multidimensional
Paula Moura Buzzeti – Fonoaudióloga CRFª 6 – 16.524
Mestre em Distúrbios da Comunicação Humana

Como ajudar uma criança que apresenta estas quebras na fala?

1. O familiar deve ouvir mais do que falar: deixe a criança falar livremente, escute com
paciência o que ela tem a dizer. Mostre que você está prestando atenção no que ela tem a dizer
e não no modo como está falando. Adote atitudes que reduzirão alguns comportamentos que
prejudicam a fluência, por exemplo: não interrompa a fala da criança e não complete as palavras
por ela (fale COM a criança e não POR ela: ouça mais e mande menos); não a chame de “gaga”
e nem dê conselhos do tipo “pare, respire e pense”, “fale mais devagar”. Evitando esses
comportamentos você estará propiciando experiências agradáveis de comunicação.

2. Mantenha o contato visual natural, olhos nos olhos, enquanto ela estiver falando

3. Converse com a criança em uma velocidade de fala lenta, pausando a fala sempre que necessário.
Você pode começar a diminuir a velocidade de fala lendo um livro de histórias bem devagar, esticando
ou prolongando as vogais, pausando nas vírgulas, pontos finais e outros sinais de pontuação. Diminua a
pressão do tempo na comunicação, espere dois segundos antes de responder ou perguntar alguma coisa.
É importante destacar que para falar mais devagar a família deve prestar mais atenção no estilo de vida da
criança para não ser acelerado.

4. Use uma voz suave com a criança, demonstrando que para falar não é necessário fazer esforço
(tensão da musculatura).

5. Use palavras simples e frases curtas.

6. Quando necessário, faça uma pergunta de cada vez para a criança, esperando que ela responda, pois
perguntas feitas ao mesmo tempo podem confundi-la.

7. Use comunicação não verbal: procure expressar sentimentos positivos não verbais, olhe
para ela e sorria, dê carinho, mostre que você tem orgulho dela.

Dicas

 Ofereça oportunidades para a criança falar sem competição ou distração de outras pessoas.
 Se a criança não for consciente do problema, não chame atenção para este fato. Se for consciente,
não tente protegê-la pela pretensão de que sua fala é normal. É melhor conversar abertamente
sobre suas dificuldades. Diga que a boca às vezes pode enroscar um pouquinho, mas que não tem
problema.
 Tente agir da mesma maneira quando sua criança for fluente ou disfluente.
 Conte histórias para a criança, se ela quiser deixe-a completar as frases ou terminar a história que
já conhece.
 Não compare a fala de uma criança disfluente com a de outras crianças.

Inicie gradativamente as mudanças necessárias na sua fala e no ambiente, dedicando a princípio de 5 a


10 minutos em cada período do dia para colocá-las em prática. Depois vá aumentando o tempo até que
você use continuamente estes novos modelos e atitudes.
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Paula Moura Buzzeti – Fonoaudióloga CRFª 6 – 16.524
Mestre em Distúrbios da Comunicação Humana

Como diminuir a minha velocidade de fala?

Para diminuir a velocidade de fala é necessário esticar um pouco cada sílaba, aumentar o número e o
tempo de pausas.

Vamos aprender a esticar a sílaba, porém, sem quebrar a fala entre uma sílaba e outra:

pa....to... bo....la... fa....ca... ma....la... ma....ca...co... pa....ne....la.....

Agora treine em frases simples, sempre se lembrando de dar continuidade entre as sílabas e entre
as palavras, ou seja, você vai emendar os sons suavemente:

O...pa...to....na...da.... (fale tudo numa saída de ar)

O...ga...to...mi...a....

A...fa....ca...cor....ta.....

O...ca...rro....é...ver....de...

A...ma...çã...é...ver...me...lha...

Quando for falar frases grandes, que tenham vírgulas, você deve emendar as sílabas e palavras até o
sinal de vírgula ou ponto final, treine:

O....me...ni....no, *que...es...ta...va...no...par...que, *ca...iu...**

* = pausa que deve ser dada, podendo ser usada para respirar

** = pausa maior (2 segundos) usada em pontos finais, ou entre uma frase e outra.

E...ra....uma...vez, *u...ma...me...ni...na..., *cha....ma...da...cha...peu...zi...nho....ver...me...lho...**

Você percebeu como é possível diminuir a velocidade de fala esticando as sílabas e colocando
algumas pausas na fala? Porém, é preciso muito treino e paciência para cada vez mais usar uma fala
assim com a criança disfluente. Comece em casa, lendo algumas historinhas tentando falar devagar,
falando o nome das palavras dos jogos de memória ou outros jogos.

Porque é importante fala devagar?

A criança tentará imitar a sua velocidade de fala, e como ela ainda está aprendendo a falar as
palavras e usar frases, se ela falar muito rápido possivelmente apresentará quebras (disfluências) na fala.
Quando falamos rápido o músculo fica mais duro (tenso) o que dificulta manter uma fala sem interrupções
(disfluências). Tente melhorar a qualidade de diálogo que você tem com a criança. Escolha momentos
calmos, tranquilos para usar esse tipo de fala, como na hora em que o bebê estiver dormindo, a televisão
estiver desligada e em um momento que você não tiver pressa.

Referência:

Oliveira CMC, Yasunaga CN, Sebastião LT, Nascimento EN. Orientação Familiar e seus efeitos na gagueira infantil. Rev Soc Bras
Fonoaudiol. 2010;15(1):115-24.
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Paula Moura Buzzeti – Fonoaudióloga CRFª 6 – 16.524
Mestre em Distúrbios da Comunicação Humana

Anamnese Fonoaudiológica - Disfluência Adulto

1) Identificação

Nome: ______________________________________________________________ DN: ___/___/______


Sexo: _____ Idade atual: ____ anos Naturalidade: _____________________________________
Endereço: ____________________________________________________________________________
Cidade: ____________________________ Bairro: ___________________ Fone:____________________
OBS:_________________________________________________________________________________

2) Questionário de Van Riper

Coloque F (falso) ou V (verdadeiro) para cada frase que se aplique ao seu caso:
1. Quando eu falo, às vezes fico o sem ar.........................................................................................(F) ou (V)
2. Quando eu acho difícil falar, eu não olho as pessoas...................................................................(F) ou (V)
3. Eu sou sensível quanto a meu problema de fala...........................................................................(F) ou (V)
4. Eu me preocupo pelo fato de gaguejar..........................................................................................(F) ou (V)
5. Se eu quiser, posso ser fluente.........................................................................(F) ou (V)
6. Há alguma coisa errada com a minha fala....................................................................................(F) ou (V)
7. Quando eu não consigo dizer a palavra, uso um truque que me ajuda........................................(F) ou (V)
8. As pessoas notam que eu falo de modo diferente........................................................................(F) ou (V)
9. Eu evito encontrar certas pessoas, porque tenho medo de gaguejar...........................................(F) ou (V)
10. Se eu não gaguejasse, provavelmente falaria muito mais do que eu falo agora........................(F) ou (V)

3) Anamnese

1. Queixa: ____________________________________________________________________________
2. Idade que começou a gaguejar? _________________________________________________________
3. Início e causa: liga o início da gagueira a alguma causa particular? _____________________________
4. Gradual ou de repente?________________________________________________________________
5. Modificações: está melhorando, piorando ou estacionou?_____________________________________
6. Alguém chamou atenção?______________________________________________________________
7. Por que a consulta só agora?____________________________________________________________
8. O que provoca a gagueira?_____________________________________________________________
9. Procura evitar? ______________________________________________________________________
10. Pode prever a gagueira? ______________________________________________________________
11. Pode se enganar?___________________________________________________________________
12. Reação: com que se preocupa mais, com si ou com os outros? _______________________________
13. Tem momentos fáceis e difíceis?________________________________________________________
14. As influências que sofre: seria diferente do que é? Até que ponto a gagueira é fato importante? ______
_____________________________________________________________________________________
15. A gagueira é de momento ou é constante?________________________________________________
16. As pessoas pedem para repetir? Elas terminam as frases por você? Isso te irrita ou não? ___________
_____________________________________________________________________________________
17. Espera uma melhora ou cura?__________________________________________________________
18. Faz esforço para falar?________________________________________________________________
19. Falar é difícil ou fácil? ________________________________________________________________
20. Se pudesse mudar 3 coisas em si, o que você mudaria?_____________________________________
_____________________________________________________________________________________
21. Que vantagens tira da gagueira?________________________________________________________
_____________________________________________________________________________________
22. Já fez terapia antes?_________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________________
23. Quem tem mais responsabilidade no tratamento que vamos fazer, eu ou você?___________________
_____________________________________________________________________________________
Avaliação e Terapia da Gagueira – Uma Abordagem Multidimensional
Paula Moura Buzzeti – Fonoaudióloga CRFª 6 – 16.524
Mestre em Distúrbios da Comunicação Humana

24. Descreva como é a gagueira: __________________________________________________________


_____________________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________________
25. Repete frases?______________________________________________________________________
26. Repete sílabas?_____________________________________________________________________
27. Existem intervalos?__________________________________________________________________
28. Tem dificuldade para iniciar uma frase ou diálogo?__________________________________________
29. Em que situação ocorre a gagueira?_____________________________________________________
30. Há situações de melhora ou piora? Quais?________________________________________________
31. Com o foi o seu desenvolvimento motor? Quando sentou/andou e falou?________________________
_____________________________________________________________________________________
32. Tem intervalos durante as frases, como Ah/É?_____________________________________________
_____________________________________________________________________________________
33. Tem antecedente familiar com o problema? _______________________________________________
34. Já fez algum tratamento antes? ________________________________________________________
35. Quando a gagueira atrapalha mais? _____________________________________________________
36. Tem algum tique associado? Qual? _____________________________________________________
_____________________________________________________________________________________
37. Você usa algum recurso para não gaguejar? ______________________________________________
38. Tem outras queixas associadas?________________________________________________________
39. Trata ou tratou de alguma doença? Qual?_________________________________________________
_____________________________________________________________________________________
40. Toma ou tomou medicamentos? Quais? __________________________________________________
_____________________________________________________________________________________

Observações: _________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________________
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Belo Horizonte, _____ de ___________________ de 2018.

_________________________ _________________________
Fonoaudiólogo(a) Paciente
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PROTOCOLO DE RISCO PARA GAGUEIRA DO DESENVOLVIMENTO (Adaptado) – Andrade, 2006

Coloca-se um ponto na coluna de baixo, médio ou alto risco de acordo com os fatores de risco
apresentados pela criança (perguntar para o responsável). Em seguida, realizar a soma e definir em qual
das colunas o paciente obteve maior pontuação, determinando assim o risco para gagueira apresentado
pelo paciente.
OBS: Nas colunas de gênero e histórico familial a pontuação pode ser diferente de 1.

Auxílio para pontuar - esclarecimento sobre cada fator de risco:

1 – Quanto mais nova a criança, menor o risco para desenvolvimento de gagueira crônica.
2 – Gagueira mais frequente em homens: 2 pontos para meninos e 1 para meninas, na mesma coluna que
corresponde a idade.
3 – Determinar qual o tipo de disfluências mais presentes na fala da criança.
4 – Recuperação espontânea ocorre, principalmente, nos primeiros anos de vida – muitos recuperam nos primeiros
12 meses de início.
5 – Melhorou (diminuíram as disfluências) – Estável (não melhorou, nem piorou) – Piorou (as disfluências vem se
agravando com o tempo).
6 – Tensão corporal, aumento da taxa de elocução, incoordenação respiratória.
7 – Pré-maturidade, complicações pré-natais graves, infecções prolongadas, achados neurológicos.
8 – Baixo: morte de animal, problemas com professor, mudanças de hábito pessoal, residência ou escola. Médio:
perda de emprego dos pais, mãe começa a trabalhar, nascimento de irmão, gravidez da mãe. Alto: divórcio dos pais,
morte ou doença grave de pais ou familiares próximos.
9 – Familiar de 2º ou 3º grau – colocar 2 pontos para gagueira recuperada ou casos sem informação da família
biológica e 3 pontos para gagueira crônica. Familiar de 1º grau – 2 pontos para gagueira recuperada e 3 pontos para
gagueira crônica
10 – Atitudes inadequadas: não respeito à troca de turnos, falar muito rápido com a criança, ter um estilo de vida
muito acelerado, corrigir a fala da criança, dar conselhos como: fale devagar, respire antes de falar.
11 – Atitudes inadequadas: timidez em excesso, perfeccionismo, ansiedade, carência afetiva, intolerância a
frustração.
12 – Percebe que sua fala é diferente dos amiguinhos, afirma que gagueja, informa que seu apelido é gaguinho.
13 – Evita situações comunicativas e/ou evita contato visual.

Referência: Andrade CRF. Gagueira infantil: risco, diagnóstico e programas terapêuticos. Barueri: Pró Fono; 2006. Modelo
adaptado pela Profa. Dra. Cristiane Moço Canhetti de Oliveira (Unesp de Marília-SP).
Avaliação e Terapia da Gagueira – Uma Abordagem Multidimensional
Paula Moura Buzzeti – Fonoaudióloga CRFª 6 – 16.524
Mestre em Distúrbios da Comunicação Humana

Nome: ______________________________________________________________________ DN: ___/___/_______


Responsável: __________________________________________________________________________________

PROTOCOLO DE RISCO PARA GAGUEIRA DO DESENVOLVIMENTO

Observações: ___________________________________________________________________________________
_______________________________________________________________________________________________
_______________________________________________________________________________________________
_______________________________________________________________________________________________
_______________________________________________________________________________________________
_______________________________________________________________________________________________

Belo Horizonte, ____ de _________________ de 2018.

_______________________________
Fonoaudiólogo(a)
Avaliação e Terapia da Gagueira – Uma Abordagem Multidimensional
Paula Moura Buzzeti – Fonoaudióloga CRFª 6 – 16.524
Mestre em Distúrbios da Comunicação Humana

PROTOCOLOS PARA AVALIAÇÃO DE SENTIMENTOS E ATITUDES EM RELAÇÃO À FALA.

Mãos para baixo: Desenhar com o paciente o contorno de suas mãos em uma papel e solicitar que faça
um sinal de positivo (+) em uma das mãos e de negativo (-) na outra. Na mão que tiver o sinal de +, listar 5
características que admira em si mesmo, uma em cada dedo, e na mão com o sinal de -, listar 5
características que não gosta e/ou mudaria em si mesmo, uma em cada dedo.

Referência: Chmela KA, Reardon N. The school-age child who stutters: working effectively with attitudes and emotions. Memphis,
Stuttering Foundation of America. Publication n° 5. 2005. Tradução e adaptação – Oliveira, 2010.

Fala fácil e fala difícil: solicitar ao paciente que desenhe ele próprio em duas situações: quando a fala flui
facilmente e quando a fala é difícil (com disfluências). Observar as carcaterísticas que o paciente ressalta
no que se refere aos sentimentos (se está feliz, triste, indiferente, etc.).

Descrevendo minha fala (framming my speech): lista de palavras que representam sentimentos para
que o paciente escolha aquelas que descrevem os dele em relação à sua própria fala e escreva no interior
de um desenho de destaque:

Lista: Triste - feliz – cansado – frustrado – esperto – humilhado - surpreso – esperançoso – mal – estranho –
satisfeito - aborrecido – preocupado – tímido – sozinho – calmo – diferente – relaxado – desapontado – bravo –
irritado – ansioso – curioso – orgulhoso - excitado – medroso – confuso – corajoso – depressivo – embaraçado –
tenso – culpado – outros (descrever...)

Referência: Chmela KA, Reardon N. The school-age child who stutters: working effectively with attitudes and emotions. Memphis,
Stuttering Foundation of America. Publication n° 5. 2005. Tradução e adaptação – Oliveira, 2010.

Plaquinhas de Emojis: realizar atividade supondo situações comunicativas (falar com os pais, conversar
com amigos na escola, falar sozinho, etc) e solicitar ao paciente que levante uma plaquinha que expresse
como ele geralmente se sente na situação suposta.
Avaliação e Terapia da Gagueira – Uma Abordagem Multidimensional
Paula Moura Buzzeti – Fonoaudióloga CRFª 6 – 16.524
Mestre em Distúrbios da Comunicação Humana
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TESTE DE ATITUDES COMUNICATIVAS


G. Brutten (1985)
Leia cada frase cuidadosamente e diga se é verdadeira ou falsa para você. As frases se referem à sua fala.

1 - Eu não falo corretamente. VERDADEIRO FALSO


2 - Eu não me importo em fazer perguntas para a professora na sala de aula VERDADEIRO FALSO
3 – As vezes as palavras travam na minha boca quando eu falo. VERDADEIRO FALSO
4 – As pessoas se preocupam com a maneira que eu falo. VERDADEIRO FALSO
5 – Dizer algo na sala de aula é mais difícil para mim do que para as outras crianças. VERDADEIRO FALSO
6 – Meus colegas de classe não acham que eu falo engraçado. VERDADEIRO FALSO
7 – Eu gosto da maneira que eu falo. VERDADEIRO FALSO
8 – As vezes as pessoas terminam as palavras por mim. VERDADEIRO FALSO
9 – Meus pais gostam da maneira que eu falo. VERDADEIRO FALSO
10 – Eu acho fácil falar com a maioria das pessoas. VERDADEIRO FALSO
11 – Eu falo bem na maioria das vezes. VERDADEIRO FALSO
12 – Falar com as pessoas é difícil para mim. VERDADEIRO FALSO
13 – Eu não falo como as outras crianças. VERDADEIRO FALSO
14 – Eu não me preocupo com a maneira que eu falo. VERDADEIRO FALSO
15 – Eu não acho fácil falar. VERDADEIRO FALSO
16 – Minhas palavras saem facilmente. VERDADEIRO FALSO
17 - Falar com estranhos é difícil para mim. VERDADEIRO FALSO
18 – As outras crianças gostariam de falar como eu. VERDADEIRO FALSO
19 - Algumas crianças riem ou fazem piadinhas sobre o jeito que eu falo. VERDADEIRO FALSO
20 – Falar é fácil para mim. VERDADEIRO FALSO
21 - Falar o meu nome para alguém é difícil para mim. VERDADEIRO FALSO
22 – Para mim é difícil falar as palavras. VERDADEIRO FALSO
23 – Eu falo bem com a maioria das pessoas. VERDADEIRO FALSO
24 – Ás vezes eu tenho problemas na fala. VERDADEIRO FALSO
25 – Eu prefiro falar à escrever. VERDADEIRO FALSO
26 – Eu gosto de falar. VERDADEIRO FALSO
27 – Eu não sou um bom falante. VERDADEIRO FALSO
28 – Eu gostaria de falar como as outras crianças. VERDADEIRO FALSO
29 – Minhas palavras não saem facilmente. VERDADEIRO FALSO
30 – Meus amigos não falam tão bem quanto eu. VERDADEIRO FALSO
31 – Eu não me preocupo para falar ao telefone. VERDADEIRO FALSO
32 – Eu converso melhor com um amigo. VERDADEIRO FALSO
33 – As pessoas parecem não gostar da maneira que eu falo. VERDADEIRO FALSO
34 – Eu deixo os outros falarem por mim. VERDADEIRO FALSO
35 – Ler em voz alta na classe é fácil para mim. VERDADEIRO FALSO
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Paula Moura Buzzeti – Fonoaudióloga CRFª 6 – 16.524
Mestre em Distúrbios da Comunicação Humana

Folha de Respostas
Pontuação: 1 ponto para cada resposta que corresponda as respostas a seguir:
1. Verdadeiro 9. Falso 17. Verdadeira 25. Falso 33. Verdadeira
2. Falso 10. Falso 18. Falso 26. Falso 34. Verdade
3. Verdadeira 11. Falso 19. Verdadeira 27. Verdadeira 35. Falso
4. Verdadeira 12. Verdadeira 20. Falso 28. Verdadeira
5. Verdadeira 13. Verdadeira 21. Verdadeira 29. Verdadeira
6. Falso 14. Falso 22. Verdadeira 30. Falso
7. Falso 15. Verdadeira 23. Falso 31. Falso
8. Verdadeira 16. Falso 24. Verdadeira 32. Verdadeira

Pontuação Total: _______

Média para as crianças que gaguejam: 16,7 (n = 70)


Média para as crianças que não gaguejam: 8,71 (n = 271)

Referência: Brutten, G.J. Communication Attitude Test. Unpublished manuscript, Southern Illinois University, Department of
Communication Disorders and Sciences, Carbondale, 1985.
Avaliação e Terapia da Gagueira – Uma Abordagem Multidimensional
Paula Moura Buzzeti – Fonoaudióloga CRFª 6 – 16.524
Mestre em Distúrbios da Comunicação Humana

AVALIAÇÃO DA FLUÊNCIA – PROTOCOLO DE TRANSCRIÇÃO DA FALA

Nome: _____________________________________________________________ Data: ___/___/______

Gênero: M ( ) F( ) DN: ___/___/_______ (____anos e _____meses)

Quadro 1 – Transcrição com Disfluências


Tempo de duração da amostra de 200 sílabas fluentes = X segundos

Transcrever aqui amostra de fala do paciente com 200 sílabas fluentes.

Quadro 2 – Transcrição sem Disfluências


Número de palavras fluentes = X palavras

Registrar aqui apenas as PALAVRAS fluentes.

Quadro 3 – Transcrição sem Disfluências


Número de sílabas fluentes = X (de preferência devem ser 200 sílabas)

Registrar aqui apenas as SÍLABAS fluentes.

_________________________________
Fonoaudiólogo(a)
Avaliação e Terapia da Gagueira – Uma Abordagem Multidimensional
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Mestre em Distúrbios da Comunicação Humana

PROTOCOLO DE TRANSCRIÇÃO DA FALA - MODELO

Nome: _____________________________________________________________ Data: ___/___/______

Gênero: M ( ) F( ) DN: ___/___/_______ (____anos e _____meses)

Quadro 1 – Transcrição com Disfluências


Tempo de duração da amostra de 200 sílabas fluentes = 110 segundos

Sexta feira é (H) eu fiquei o dia inteiro jojogando (RSi) (2s) nunu (RSi) meu celular que eu tinha perdido
aí (I) foi pra matá saudade e no s_ábado (P) eu # Ah (I) foi a mesma coisa eu fifiquei (RSi) jojojogando
(RSi) s_ábado (P) eu F_iz (P) um texto que era pra terça que é pra # que é pra pra (RP + RPE) escola
pra deixar ele adiantado dedededepois (RSi) (2s) eu fiquei no com_putador (P) e aajudando (RSi) minha
irmã /a (B) fazê um um (RP) tra/balho (B) e aí (I) -------(segmento ininteligível) fico assistindo série 58s
// teen Wolf 1s // é (H) s_egunda (P) eu # a a (RSi + PI) eu acordei eu vim aqui quanquando (Rsi) eu saí
/eu (B) (2s) me troquei pra ir pra escola quando eu cheguei eu m_e me (P + RP) troquei e aí (I) eu fui
aassisti (RSi) a novela /e (B) só que como a novela /acaba (B) tarde eu me arrumei pra pra (RP) dormir e
fui dormir e daí (I) no outro dia eu acordei mais cedo dedepois (Rsi) acho mais ou menos 51s (...)

Quadro 2 – Transcrição sem Disfluências


Número de palavras fluentes = 103

Sexta feira eu fiquei o dia inteiro meu celular que eu tinha perdido foi pra matá saudade e no eu foi a
mesma coisa eu eu um texto que era pra terça que é pra escola pra deixar ele adiantado eu fiquei no e
minha irmã fazê um e fico assistindo série teen Wolf eu acordei eu vim aqui eu saí me troquei pra ir pra
escola quando eu cheguei eu troquei e eu fui a novela só que como a novela tarde eu me arrumei pra
dormir e fui dormir e no outro dia eu acordei mais cedo acho mais ou menos

Quadro 3 – Transcrição sem Disfluências


Número de sílabas fluentes = 200

Sex ta fei ra eu fi quei o di a in tei ro gan do meu ce lu lar que eu ti nha per di do foi pra ma tá sal da de e
no ba do eu foi a mês ma coi sa eu quei gan do ba do eu um tex to que era pra ter ça que é pra es co la
pra dei xar e le a di na ta do pois eu fi quei no pu ta dor e ju dan do mi nha ir mã fa zê tra lho e fi co as
sis tin do sé rie teen Wolf gun da eu eu a cor dei eu vim a qui do eu sa í me tro quei pra ir pra es co la
quan do eu che guei tro quei e eu fui sis ti a no ve la só que co mo a no ve la ca ba tar de eu me ar ru
mei dor mir e fui dor mir e no ou tro di a eu a cor dei mais ce do pra mim a ju dar mi nha mãe em ca sa
pois a cho mais ou me nos (...)

Em azul disfluências comuns.


Em vermelho Disfluências gagas.
Em laranja duração das 3 disfluências gagas mais longas.
Em verde duração de cada trecho de fala da paciente.
// significa trecho de fala da terapeuta (não deve ser computado na amostra).
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Mestre em Distúrbios da Comunicação Humana

PROTOCOLO DE AVALIAÇÃO DA FLUÊNCIA


(Adaptado: ABFW - Andrade, 2004; SSI-3 - Riley, 1994)

Nome: ____________________________________________________________ Data: ___/___/_______


Gênero: M( ) F( ) DN: ___/___/_______ (____anos e _____meses)

1 – Tipologia das Disfluências

Disfluências Comuns (DC) Disfluências Gagas (DG)


Hesitação (H) Repetição de sílabas (RSi)

Interjeição (I) Repetição de sons (RS)

Revisão (Rv) Repetição de palavras – a partir de 3 x (RP)


Palavra incompleta (PI) Prolongamento (P)
Repetição de palavras – até 2 (RP) Bloqueio (B)

Repetição de parte do enunciado (RPE) Pausa (Pa)

Repetição de frases (RF) Intrusão (Int)


TOTAL TOTAL
Percentual de DC Percentual de DG

2 – Velocidade de Fala

Fluxo de Palavras por Minuto Fluxo de Sílabas por Minuto

3 – Frequência das Rupturas

% Descontinuidade de Fala % Disfluências Gagas

4 – Duração
Média das três disfluências mais longas: _______ + _______ + _______ = _______________
3
5 – Concomitantes Físicos
Sons Movimentos Movimentos de Movimento das
Total
Dispersivos Faciais Cabeça Extremidades

Escores do SSI: Frequência _____ + Duração _____ + Concomitantes Físicos ______ = __________

Resultado: _________________________________________________________________________

_______________________________________
Fonoaudiólogo(a)
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VALORES DE REFERÊNCIA PARA VELOCIDADE DE FALA

Média de velocidade de fala esperada para cada faixa etária em falantes do Português brasileiro.

Velocidade de Fala
Faixa Etária Média do Fluxo de palavras Média do Fluxo de Sílabas
por Minuto por Minuto
2a6 84,62 145,74
7 a 11 82,72 150,78
12 a 14 93,5 166,6
15 a 17 109,3 200,4
18 a 27 103,25 192,67
28 a 37 113,21 215,09
38 a 47 119,05 224,24
48 a 59 95,03 179,78
60 a 69 118,4 216,95
70 a 79 111,38 201,64
80 a 89 102,92 183,61
90 a 99 99,67 177,34

Referência: Martins VO, Andrade CRF. Perfil evolutivo de falantes do Português brasileiro. Rev Atual Cient Pró-Fono.
2008:20(1):7-12.
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TESTE DE GRAVIDADE DA GAGUEIRA – OBTENÇÃO DE ESCORES

TABELAS DO SSI-3 – VALORES DE REFERÊNCIA

FREQUÊNCIA DURAÇÃO
Porcentagem Escore Média das 3 DG mais longas Escore
1 4 Assistemáticos (5 milisegundos ou menos) 2
2 6 Meio segundo (5 – 9 milisegundos) 4
3 8 1 segundo ( 1.0 – 1.9 Segundos) 6
4–5 10 2 segundos (2.0 – 2.9 segundos) 8
6–7 12 3 segundos (3.0 – 4.9 segundos) 10
8 – 11 14 5 segundos (5.0 – 9.9 segundos) 12
12 – 21 16 10 segundos (10.0 – 29.9 segundos) 14
22 ou mais 18 30 segundos (30.0 – 59.9 segundos) 16
1 minuto (60 segundos ou mais) 18

CONCOMITANTES FÍSICOS

Escala de Avaliação:
0 = nenhum 3 = distrativo, chama a atenção
1 = não notado a menos que se procure por ele 4 = muito distrativo
2 = pouco notado para observador casual 5 = aparência grave e dolorosa

SONS DISPERSIVOS Respiração ruidosa, ruído de assobio ou de fungada, sopro e sons de estalo.

MOVIMENTOS Movimentos incoordenados de mandíbula, protrusão de língua, pressionar os


FACIAIS lábios, tensão na musculatura da mandíbula.
MOVIMENTOS DE Movimentos de cabeça para trás, para frente, pobre contato ocular, olhar para
CABEÇA os lados.
MOVIMENTOS DAS Movimentos de braços e mãos, mãos levadas ao rosto, movimentos do tronco,
EXTREMIDADES das pernas, bater ou esfregar os pés no chão.

Referência: Riley GD. Stuttering Severity Instrument for Children and Adults. Pro Ed, Austin. 1994.
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VALORES DE REFERÊNCIA PARA A CLASSIFICAÇÃO DA GRAVIDADE DA GAGUEIRA


SEGUNDO O PROTOCOLO SSI – 3
(Riley, 1994)

TABELA 1 - Crianças pré-escolares (até 6 anos e 11 meses).

ESCORE TOTAL GRAVIDADE


0–8 Muito leve
9 – 10 Muito leve para leve
11 – 12 Leve
13 – 16 Leve para moderada
17 – 23 Moderada
24 – 26 Moderada para grave
27 – 28 Grave
29 – 31 Grave para muito grave
32 ou mais Muito grave

TABELA 2 – Crianças em idade escolar (até 16 anos).

ESCORE TOTAL GRAVIDADE


6–8 Muito leve
9 – 10 Muito leve para leve
11 – 15 Leve
16 – 20 Leve para moderada
21 – 23 Moderada
24 – 27 Moderada para grave
28 – 31 Grave
32 – 35 Grave para muito grave
35 ou mais Muito grave

TABELA 3 – Adultos (acima de 17 anos).

ESCORE TOTAL GRAVIDADE


6–8 Muito leve
9 – 10 Muito leve para leve
11 – 15 Leve
16 – 20 Leve para moderada
21 – 23 Moderada
24 – 27 Moderada para grave
28 – 31 Grave
32 – 35 Grave para muito grave
35 ou mais Muito grave

Referência: Riley GD. Stuttering Severity Instrument for Children and Adults. Pro Ed, Austin. 1994.
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RELATÓRIO DE AVALIAÇÃO DA FLUÊNCIA (MODELO)

______________________________________________de ___ anos, realizou avaliação da


fluência da fala no mês de __________ de 2018, na Clínica_____________________.
Os seguintes procedimentos foram realizados: história clínica, avaliação da fluência e aplicação de
testes. Na história clínica foi referido que a gagueira surgiu _______ (há quanto tempo? Com que idade? É
persistente ou tem períodos que a gagueira some? Descreva aqui detalhes importantes coletados na
anamnese).
A avaliação da fluência da fala espontânea foi realizada baseada no Teste de Fluência do ABFW 1.
O paciente apresentou um total de _____% de descontinuidade da fala e ____% de disfluências gagas,
caracterizando assim o distúrbio de fala como gagueira. Sabe-se que o esperado para falantes fluentes é
apresentar no máximo 10% de disfluências comuns e 3% de disfluências gagas. As disfluências foram
caracterizadas numa amostra de fala com 200 sílabas fluentes, entre disfluências comuns (listar aqui as
disfluências comuns apresentadas pelo paciente) e gagas (listar aqui as disfluências gagas apresentadas
pelo paciente).
No que se refere à velocidade de fala, o paciente apresentou um fluxo de ___ palavras por minuto
e ____ sílabas por minuto. Os dados esperados2 seriam de ___ palavras por minuto e ____ sílabas por
minuto, portanto, seu fluxo de informação está ____________ (diminuído? devido à presença das
disfluências).
Quanto aos concomitantes físicos, pode-se notar que o paciente apresentou
_____________________ (descrever, por exemplo, os movimentos de face antes ou durante as
disfluências, mal contato ocular, etc) que prejudicam sua comunicação e agravam a gagueira.
A gravidade da gagueira foi classificada como ________ (Leve? Moderada? Grave?) com
pontuação total de _____, de acordo com o Instrumento de Gravidade da Gagueira3. Este instrumento
utiliza três medidas: a frequência da gagueira, a média de duração das disfluências mais longas e a
presença de concomitantes físicos.
Portanto, a análise dos resultados obtidos demonstrou que o paciente apresenta um quadro de
gagueira ______________(desenvolvimental – quando aparece desde a infância) __________________
(familial – quando tem história na família - ou isolada – quando não tem) _______________(leve,
moderada,...) com prejuízo em sua comunicação, necessitando de um trabalho de terapia fonoaudiológica
que visa diminuir a gagueira por meio da promoção da fluência.

_____________________
Fonoaudióloga

Referências Bibliográficas:
1 - Andrade CRF. Fluência. In: Andrade CRF, Befi-Lopes DM, Fernandes FDM, Wertzner HF. (Ogs.). ABFW – Teste de Linguagem
Infantil nas Áreas de Fonologia, Vocabulário, Fluência e Pragmática. Carapicuíba: Pró-Fono. 2004; P. 51-81.
2 - Martins VO, Andrade CRF. Perfil evolutivo da fluência de falantes do Português brasileiro. Rev Atual Cient Pró-Fono.
2008;20(1):7-12.
3 - Riley GD. Stuttering Severity Instrument for Children and Adults. Pro Ed, Austin. 1994.
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MATERIAIS PRONTOS PARA TERAPIA


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MÁQUINA DA FALA INFANTIL

A Incrível Máquina da Fala!


Você sabe quais os órgãos que fazem parte da incrível máquina da fala?
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Como Funciona a Incrível Máquina da Fala?
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Escreva os nomes dos órgãos da máquina da fala.


(Se a criança não souber escrever, peça para que fale os nomes e escreva para ela).
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MÁQUINA DA FALA ADULTO

APARELHO FONADOR E A PRODUÇÃO DA FALA

Cérebro

Nariz

Boca
Lábios
Língua
Dentes Pregas Vocais
Palato

Pulmões

Como ocorre o processo de fala:


_____________________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________________

Referência da ideia “Máquina da Fala”:


Oliveira CMC, Yasunaga CN, Sebastião LT, Nascimento EM. Orientação familiar e seus efeitos na gagueira infantil. Revista da
Sociedade Brasileira de Fonoaudiologia. 2010;15(1):115-24.
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FIGURAS MONOSÍLABAS

Sol ____ Flor_____ Céu_____

Mão____ Pé_____ Pá_____

Boi_____ Pão_____ Chá_____

mmmmTrem_____ Mel_____ Sal_____


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mmGás____ Rei_____ Nó____

Um_____ Rã_____ Pó_____

Mar_____ Luz_____ Cruz_____


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FIGURAS DISSÍLABAS

Bo____la____ Ca____sa____ Da____do____

Fo___ca___ Ga___to___ Ja____ca____

Lá___pis___ Ma___la___ Na____riz____


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Pê___ra___ Quei___jo___ Ra____to____

Su___co___ Cha___péu___ Ta____tu____

Ve___la___ Xa___drez___ Ze____bra____


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FIGURAS TRISSÍLABAS

Ár___vo___re Bo___ne___ca Ca___me___lo

Di___nhei___ro___ Es___ca___da___ Fo___rmi___ga___

Ga___li___nha___ I___gre___ja___ Ja___ne___la___


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Lá___gri___ma___ Ma___ca___co___ O___ve___lha

Pi___sci___na___ Qua___dra___do___ Re___ló___gio___

Sa___pa___to___ Ta___pe___te___ U___ru___bu___

Va___mpi___ro___ Xí___ca___ra___ A___be___lha___


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Ba___ra___lho___ Co___e___lho___ Ca___mi___nhão___

E___stre___la___ Fan___tas___ma___ Gi___ra___fa___

Jo___e___lho___ La___ran___ja___ Mor___ce___go___


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FIGURAS POLISSÍLABAS

A___bó___bo___ra___ Bi___ci___cle___ta___ Ca___ta___ven___to___

Di___a___man___te___ E___le___fan___te___ Fe___cha___du___ra___

Hi___po___pó___ta___mo___ Ins___tru___men___tos___ Ge___la___dei___ra___

Ma___ma___dei___ra___ Lo___bi___so___men___ Na___mo___ra___dos__


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Pa___pa___ga___io___ Ri___no___ce___ron___te___ Sa___pa___ti___lha___

Tar___ta___ru___ga___ U___ni___có___rni___o___ Ven___ti___la___do___r

For___mi___guei___ro___ Li___qui___di___fi___ca___dor___ Pa___ra__fu___so___

E___sco___rre___ga___do___r Me___la___nci___a___ Cho___co___la___te___


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A___qua___re___la___ Bo___rbo___le___ta___ Ca___ran___gue___jo___

Bai___la___ri___na___ Com___pu___ta___dor___ He___li___co___pte___ro__

Ca___lcu___la___do___ra___ Fu___ra__dei___ra___ Cen___to___pe___ia___

Ma___la___ba___ris___ta___ A___ba___ca___xi___ Pi___râ___mi___de___


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FIGURAS PARA TRABALHAR A TÉCNICA DE PHRASING


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FIGURAS QUE REPRESENTAM AÇÕES


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CARTÕES COM PERGUNTAS PARA CONVERSAÇÃO

Dia Chuvoso

1 - De quais maneiras podemos nos proteger da chuva?

2 - O que você costuma fazer em dias chuvosos?

3 - Você sabe explicar porque a chuva é importante para nós e para as flores?

4 - Conte uma situação legal ou engraçada que você viveu em um dia de chuva.
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Escola

1 - Em qual escola e horário você estuda?

2 - Quais as matérias que você mais gosta e menos gosta?

3 - Qual o nome dos seus melhores amigos da escola e porque você gosta tanto

deles?

4 - Como é o professor (a) que você mais gosta?

5 - Conte como é a sua escola. (É grande, pequena? Como são as salas, o espaço

de recreio, etc.?). O que você mudaria nela?


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Praia

1 - Você já foi à praia? Conte um pouco como foi a viagem.

2 - Quais as brincadeiras mais divertidas que podemos fazer na praia?

3 - Que tipo de roupas homens e mulheres usam para ir à praia?

4 - Quais os cuidados que devemos tomar na praia (sol) e ao entrar na água do

mar?

5 - Você sabe dizer quais os animais que vivem no fundo do mar?


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Brincadeiras ao ar livre

1 - De quais brincadeiras podemos brincar ao ar livre, em praças e parquinhos?

2 - Qual a sua preferida? Conte como funciona.

3 - Com que frequência você costuma brincar ao ar livre?

4 - Você pratica esportes? Qual o seu preferido?

5 - Conte sobre alguma situação legal ou engraçada que tenha acontecido com

você e seus amigos durante uma brincadeira ou prática de esporte.


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MENSAGEM MOTIVACIONAL PARA ADULTOS

Uma mensagem pessoal

Prof. Dr. Charles Van Riper


Quando eu era adolescente, quase 70 anos atrás o futuro certamente parecia sombrio, desanimador. Eu
era um gago muito severo com muitos bloqueios longos acompanhados por contorções faciais e
movimentos de cabeça que não só provocavam rejeição nos meus ouvintes, mas também se tornava
quase impossível para eu me comunicar. Eu tinha feito terapia no instituto de gagueira, ganhei um
pouquinho de fluência temporária, então tive uma recaída. Somente uma vez eu tinha pedido a uma garota
para marcar um encontro. Recitar na escola era tão frustrante para mim, que meus colegas e o professor
diziam que eu raramente falava. Aqueles anos foram horríveis (tristes, sombrios).

Mas, na verdade eu me sentia não apenas sem ajuda como também sem esperança. Como eu
conseguiria um emprego ou como seria capaz de me sustentar? Como eu poderia me casar e formar uma
família? Eu me sentia num mundo cheio de facas de aço. Pensei a respeito de suicídio e o tentei certa vez,
mas falhei naquilo também.

Se eu tivesse ido numa vidente e ela previsse que eu teria uma vida maravilhosa e compensadora eu teria
rido em sua cara, amargamente. Mas, apesar da minha gagueira, ou até mesmo por causa dela, eu tenho
tal vida, e você também pode tê-la (com sucesso). Agora, com 82 anos, posso olhar para trás naqueles
anos com um senso de total preenchimento e realizações.

Tive um fascinante trabalho que me ajudou a ser o pioneiro de uma nova profissão. Casei-me com uma
mulher adorável, tive 3 filhos e 9 netos, todos eles me deram amor que eu desejava ardentemente, mas
que jamais esperava conseguir. Ganhei muito dinheiro dos muitos livros que escrevi. Fiz filmes,
apresentações na TV e rádio, fiz discursos e dei palestras por todo país e em muitos países estrangeiros.
Na minha velha idade eu estou satisfeito.

Certamente você deve estar pensando que eu devo ter sido curado da minha gagueira, para fazer todas
estas coisas. Não, eu gaguejo todos os dias. Acho que sou daqueles gagos incuráveis. Todo mundo tem
seu próprio problema pessoal, e o meu é a gagueira. Assim é a tua também.

Descobri que certa vez eu a aceitei como um problema e aprendi a poder com ela (encarar este
problema), não evitando ou escondendo nem lutando com ela, a gagueira perdeu sua resistência.
Se eu temesse em gaguejar (estava com medo) eu conversava de qualquer modo. Se os outros me
rejeitavam por causa disto, o problema era deles! Parei de lutar comigo mesmo quando eu gaguejava.

Aprendi a gaguejar facilmente e quando eu fazia assim, eu me tornava fluente o suficiente para realizar
qualquer coisa que eu pretendia fazer.

Tenho conhecido centenas de gagos que passaram a ter vidas igualmente satisfatórias apesar da
gagueira. Entre eles há operários, trabalhadores rurais, pastores, advogados, até mesmo um ator. A única
característica que eles tinham em comum, era que eles não permitiam que sua gagueira os impedisse
de falar.

Portanto, há esperança para você também, meu amigo.


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EXERCÍCIOS DE RELAXAMENTO PARA OMBRO E PESCOÇO - ADULTOS

Estes exercícios têm como objetivo o relaxamento (deixar o músculo mais mole) do ombro e
pescoço, pois estes músculos são usados na fala, e se estiverem sem tensão você conseguirá falar de
modo mais suave, e com menos gagueira. Esses exercícios também ajudam a diminuir os possíveis
movimentos associados que podem ocorrer durante a fala, além de melhorar sua articulação. Você pode e
deve fazer diariamente em sua casa, em poucos minutos. Devem ser realizados juntamente com o
trabalho de respiração. Com uma musculatura alongada, suas tensões diminuem e você estará assim
soltando o ar para a fala.

1 - Contração- Relaxação de Ombro:


- sentado, deixe os braços soltos;
- eleve suavemente os ombros, bem alto, quase até as orelhas, feche os olhos e sinta a tensão dos
músculos (conte mentalmente até 5);
- solte-os pesadamente, deixando-os cair de uma só vez (ainda com os olhos fechados, sinta os músculos
mais soltos e a sensação gostosa que a musculatura relaxada proporciona – conte até 5 mentalmente).
Repita o exercício pelo menos 5 vezes.
A mesma sequência de exercício pode ser realizada com um ombro de cada vez (5 vezes cada um).

2- Rotação de Ombro para Frente:


Em pé ou sentado, veja o que fica mais fácil para você, faça:
- movimento com os ombros rodando-os para frente, subindo os ombros em direção a orelha e depois
abaixando para completar a volta completa.
Repita o exercício pelo menos 5 vezes.
A mesma sequência de exercício pode ser realizada com um ombro de cada vez (5 vezes cada um).

3 - Rotação de Ombro para Trás:


Em pé ou sentado, veja o que fica mais fácil para você, faça:
- movimento com os ombros rodando-os para trás, abaixando e depois subindo os ombros em direção à
orelha para completar a volta completa.
Repita o exercício pelo menos 5 vezes.
A mesma sequência de exercício pode ser realizada com um ombro de cada vez (5 vezes cada um).

4 – Movimento do “SIM” (com a cabeça):


Nesse exercício você deve perceber o alongamento da musculatura vertical do pescoço.
- Deixe a cabeça, pender para frente, num movimento como se estivesse fazendo "sim" com a cabeça;
- Eleve-a lentamente, até a posição vertical. Mantenha assim por alguns instantes.
- Faça o movimento de pender a cabeça para trás.
- Eleve-a, novamente, até a posição vertical.
Repita pelo menos mais duas vezes o exercício.

6 – Movimento do "NÃO" (com a cabeça):


Com esse exercício você deve sentir o alongamento da musculatura lateral do pescoço, em um movimento
como se estivesse fazendo "não" com a cabeça. Você deve sentir o músculo alongando-se do lado oposto
ao que você girar a cabeça:
- Gire a cabeça, primeiramente para o lado esquerdo, lentamente; mantenha-se nessa posição por alguns
instantes;
- Repita o movimento para o lado direito;
- Volte à posição normal.
Repita o exercício pelo menos mais 5 vezes.
Esse exercício pode ser realizado com o trabalho de respiração: ao girar a cabeça para o lado esquerdo,
inspire, "puxe o ar" e, retorne ao lado direito expirando, "soltando o ar". Nesse caso, não pare a cabeça,
vire de um lado para o outro sem parar, para não prender a respiração.
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7 – Movimento do "Talvez" (com a cabeça):


Por meio desse exercício você deve sentir o alongamento da musculatura lateral do pescoço, em um
movimento como se estivesse fazendo "talvez" com a cabeça. Você deve sentir o músculo alongando-se
do lado contrário ao que você pender a cabeça.
- Penda a cabeça, no sentido da orelha para ombro, primeiramente do lado direito, mantenha-se nessa
posição por alguns instantes;
- Repita o movimento do lado esquerdo;
- Volte à posição normal.
Repita o exercício pelo menos 5 vezes.
Lembre-se: Nunca se esqueça de trabalhar a respiração enquanto realiza os exercícios de alongamento e
fortalecimento: "Puxe o ar e solte-o devagar".

8 - Rotação de Cabeça:
Por meio desse exercício você deve perceber o alongamento da musculatura lateral do pescoço. Você
deve sentir o músculo alongando-se do lado oposto ao que você girar a cabeça:
- Em pé ou sentado, deixe a cabeça pender para frente. Gire-a, de leve, para que se incline à esquerda;
- Com outro leve impulso, gire-a por sobre o ombro esquerdo; eleve a cabeça lentamente à posição
vertical.
- Agora, faça o mesmo para o lado direito.
- Repita cada semirotação pelo menos 5 vezes.
- Realize, agora, uma rotação completa, iniciando por sobre um ombro e terminando por sobre o outro.
- Faça o mesmo, invertendo o sentido da rotação. Repita pelo menos mais duas vezes os dois movimentos
anteriores.

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